18/03/2018 Galileu - NOTÍCIAS - Cuidado: as calorias enganam

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RITA LOIOLA
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A regra parece ser uma proporção direta entre menos esforço para comer, mais
Edição 218 - Set de 2009 Pesquisar
calorias armazenadas, mais gordura na cintura. Então é sempre bom desconfiar
dos rótulos de comidas cozidas ou muito macias. Richard Wrangham,
antropólogo da Universidade de Harvard e autor do livro Catching Fire: How SERVIÇOS
Cooking Made Us Human (ainda sem título em português, previsto para ser
lançado no Brasil em fevereiro do ano que vem), publicado em maio nos EUA, Anuncie
ONLINE
afirma que o processamento e o cozimento aumentam em muito a energia da Assine Galileu
BLOG DA GALILEU Outras assinaturas
comida - em parte porque facilita a digestão.
BLOG CLEMENTINA Newsletter
CONSPIRADO Wrangham estava preocupado em descobrir como o ato de cozinhar impulsionou Central do assinante
a evolução humana. Entre outras coisas, percebeu que os alimentos cozidos Informe um Erro
SEXPEDIA
deram mais energia aos homens pré-históricos, ajudaram na sobrevivência, na Concurso Cultural
GALILEU NO ORKUT procriação e na estocagem de energia suficiente para fazer o cérebro crescer.
NO FACEBOOK
"Na sociedade moderna, os benefícios escondidos desses alimentos cozidos - OUTROS SITES
NO TWITTER
escondidos porque não são reconhecidos oficialmente pelas embalagens como Revistas
LINKS DA EDIÇÃO fornecedores de calorias extras - faz-nos mais gordos", diz Wrangham. "Nossa
GALILEU NO CELULAR comida tornou-se ainda mais processada nos últimos cem anos, mas os rótulos
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continuam estampando o mesmo número de calorias."
GENEROSIDADE
BLOG GENEROSIDADE Suas experiências indicaram que absorvemos 30% a 50% a mais de energia de um
ovo cozido que de um ovo cru e 10% a 50% mais calorias quando comemos
CONTEÚDO alimentos rígidos ou ricos em proteína cozidos. Isso acontece porque cozinhar
facilita a quebra de moléculas e de nutrientes pelo organismo. Texturas macias
SUMÁRIO parecem ter o mesmo efeito. "Mesmo quando as calorias são exatamente iguais,
ED. ANTERIORES as comidas mais moles proporcionam mais ganho de peso", afirma o antropólogo.
FALE COM A REDAÇÃO
A prova é uma experiência com ratos de laboratório alimentados com comida
comum e com a mesma comida, mas com a adição de ar. Os ratinhos que
SEÇÕES comeram a comida mais macia engordaram 30% a mais que os outros. Eles
ENTER comeram a mesma quantidade de calorias e foram submetidos aos mesmos
exercícios físicos. A única diferença foi a dificuldade na mastigação e digestão.
VÍDEO
"Ainda não existem testes para comidas específicas, mas tudo indica que a
NOVAS IDEIAS textura, aliada a diferenças sutis, como o ponto de cozimento das carnes e
CONSUMO vegetais (malpassada ou ao ponto), faz com que o número de calorias absorvidas
pelo organismo se modifique substancialmente."

Até o grau de maturação das verduras e legumes e a adição de farinhas e

açúcares refinados também podem modificar a digestão - e as calorias dos
rótulos. Os vegetais verdes dificultam o processo, enquanto os ingredientes
refinados ajudam o acúmulo de calorias no organismo. Os carboidratos
complexos, como o amido contido na banana verde, necessitam de mais energia
para serem digeridos. "Já massas, pães e tubérculos bem cozidos, na textura
mais agradável ao paladar, são facilmente mastigados, digeridos e convertidos
em glicose minutos depois de ingeridos", diz Jaime Amaya Farfan, um dos
coordenadores do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (Nepa), da
Universidade de Campinas (Unicamp).

DISPARATE CALÓRICO
Segundo o nutricionista inglês Geoffrey Livesey, o atual sistema de medição
de calorias não calcula corretamente a energia usada para digerir proteínas e
fibras - que tornariam os alimentos nos quais estão presentes menos calóricos.
Veja a diferença entre o método corrente e o proposto por Livesey:

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG87084-7943-218-2,00-CUIDADO+AS+CALORIAS+ENGANAM.html 1/2
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