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18/03/2018 ConJur - Da tornozeleira ao chip, a eletrônica avança na execução da pena

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SEGUNDA LEITURA

Da tornozeleira ao chip, a eletrônica avança


na execução da pena
18 de março de 2018, 8h05 Imprimir Enviar 93 0 0

Por Vladimir Passos de Freitas


English Live- Gire a Roda
O Brasil tem uma elevada população carcerária, Aprenda Inglês e Ganhe: 2 meses
atualmente a terceira do mundo1. Isso leva, por extras, 12 aulas extras, R$350,00
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parte dos que não se aprofundam no tema, a
pensar que nosso sistema de Justiça é rigoroso ao
extremo. Não é bem assim.

O Brasil conta com mais de 200 milhões de


habitantes, sendo o 5º no ranking populacional
mundial2. Além disso, é um país com elevadas
taxas de violência, onde o Estado perdeu o LEIA TAMBÉM
controle de determinadas áreas (não apenas no SEGUNDA LEITURA
Rio de Janeiro) e tende a perder em determinadas Avanço tecnológico, Buser e
atividades. profissões, entre ontem e hoje

Tudo isso sem falar na corrupção, tendo como resultado, de forma inédita SEGUNDA LEITURA
em nossa história, prisões de empresários e políticos. É expressiva a notícia Trabalhar com alegria é o verdadeiro
de que “o Brasil teve uma forte piora no ranking que avalia a percepção da sucesso na profissão jurídica
corrupção no mundo divulgado pela Transparência Internacional nesta
SEGUNDA LEITURA
quarta-feira. O país caiu 17 posições em comparação ao ano anterior e ocupa
História do Judiciário brasileiro
o 96° lugar na lista de 2017, que avaliou a corrupção do setor público em 180
precisa ser mais conhecida
países”3.
SEGUNDA LEITURA
Se essa é a nossa triste realidade, não seria de se esperar que tivéssemos Criação de um ministério para
prisões vazias. Por outro lado, abrandar a lei é ir a um extremo Segurança Pública é medida urgente
desconhecido em qualquer país. Seria, por exemplo, dar prisão semiaberta a
condenado por sequestro ou latrocínio. SEGUNDA LEITURA
A Lei 13.306 e a averbação da
A prisão provisória, ou seja, a que se impõe durante o processo, é a exceção. certidão de dívida ativa nos registros
O Código de Processo Penal prevê, no artigo 19, nada menos do que nove
medidas alternativas, como, por exemplo, a proibição de acesso ou
frequência a determinados lugares. O monitoramento eletrônico é permitido Facebook Twitter
e concedido com base na Lei 12.403/2011.
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Na fase da execução da pena, o regime fechado é previsto apenas para os
condenados a penas superiores a oito anos (artigo 33, parágrafo 2º, “a”).
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18/03/2018 ConJur - Da tornozeleira ao chip, a eletrônica avança na execução da pena

Portanto, um condenado por homicídio simples ou estupro, cujas penas


mínimas são de seis anos, certamente não irá para o regime fechado. É que
no Brasil a regra é aplicar-se a pena mínima ou pouco mais do que ela.
Mesmo nos casos mais graves, com condenado reincidente.

Ainda, atualmente, em grande número de cidades, atuam juízes de garantias


que recebem o preso logo após a sua prisão e ordenam a soltura caso ela se
revele desnecessária.

Diante de tais dispositivos legais, fácil é concluir que a prisão é exceção e


que o Brasil chegou ao ponto máximo de concessões alternativas a presos
provisórios ou condenados. Por isso mesmo, demonstram total
desconhecimento da legislação aqueles que afirmam ser necessário
abrandar as regras para que tenhamos menor número de presos. Já estamos
no limite.

Portanto, não podemos voltar ao passado, quando, por fatos de menor


importância (por exemplo, furto simples, estelionato ou contrabando), as
pessoas eram recolhidas à prisão. Vivi tempos de extrema severidade. Tive
experiência única em 1975 quando, visitando a Cadeia Pública de
Caraguatatuba (SP) como promotor de Justiça, encontrei um jovem
condenado por crime de sedução. Conversando com ele, vim a saber que era
reincidente...

O caminho certo é prestigiar as medidas alternativas. Réus ou condenados


sem periculosidade devem ser preservados do encarceramento, evitando-se
que sejam aliciados por organizações criminosas, às quais ficarão
vinculados e prestarão ajuda quando forem postos em liberdade.

Só que no controle da liberdade durante o processo ou na execução da pena,


as falhas sempre foram enormes. Falta de fiscalização, total descontrole da
ação dos beneficiados, ineficiência e desmoralização.

Na busca da efetividade das exigências determinadas nas decisões judiciais,


surgiu a tornozeleira eletrônica. É ela a grande inovação, a que mais se
aproxima do ideal de evitar-se o encarceramento nas infrações menos
graves e o cumprimento de sanções.

A iniciativa não é tão inovadora. Em 2008, a Lei paulista 12.806 previu, de


forma pioneira, o uso da tornozeleira eletrônica4. No âmbito federal, a Lei
12.258, de 2010, alterando a Lei de Execuções Penais, permitiu sua
implantação nos casos de prisão em regime semiaberto ou saídas
temporárias.

A primeira experiência no uso das tornozeleiras eletrônicas ocorreu na


comarca de Guarabira (PB), por iniciativa do juiz de Direito Bruno
Azevedo5. Atualmente, a maioria dos estados adota o sistema, como São
Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Goiás.

Mas as tornozeleiras entraram na consciência dos brasileiros em tempos


mais recentes, quando começaram a ser presas, por decisão da Justiça
Federal, pessoas de destaque na vida econômica e política do país.
Prestigiados programas de televisão passaram a exibir tais personagens
cumprindo pena em casa, principalmente os que participaram de acordo de
delação premiada.

No âmbito da Justiça Federal, a Seção Judiciária do Paraná saiu na frente,


firmando acordo com a empresa que se dedica às tornozeleiras eletrônicas e
criando regras para o uso e fiscalização. O Rio Grande do Sul aderiu à
iniciativa, São Paulo a implantará em março e outras seções estão com seus
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projetos em andamento. Contudo, falta uma normatização, que só pode ser


feita pelo Conselho da Justiça Federal.

A tornozeleira eletrônica, realmente, traz vantagens relevantes. A primeira


delas é tirar a prisão provisória ou penas alternativas daquelas obscuras
formas de cumprimento, que poucos controlavam e geravam desgaste na
imagem do Judiciário. Mas elas não ficam apenas na fiscalização do
cumprimento das exigências impostas.

Vejamos dois exemplos. Um condenado com tornozeleira, preso por tráfico


de entorpecentes em Londrina (PR), teve o caráter internacional de sua
conduta comprovado através dos dados de monitoramento que
evidenciaram sua ida ao Paraguai, onde comprou a droga. Em Curitiba, um
condenado exibiu inchaço na perna, atribuindo-o à tornozeleira. Constatou-
se que ele passava várias horas em um hospital, recebendo tratamento com
quimioterapia. Disso resultou um pedido do juiz federal para que ele
recebesse indulto humanitário.

Sempre haverá um risco de fraude, como a de um empresário que ficava


apenas 30 minutos no local de trabalho, conforme reportagem recente de
programa de TV. Como dizem os italianos, “fatta la lege, trovato l'inganno”.
Contudo, a tecnologia é avançada, e as fraudes serão cada vez menores.
Entretanto, é preciso mais.

É preciso pensar na evolução da tecnologia da tornozeleira eletrônica,


menor e mais discreta. É necessário dar ao Ministério Público maior poder
para transacionar acordos, saindo dos limites dos crimes apenados com o
mínimo de um ano de reclusão. Finalmente, na colocação de um chip
subcutâneo nas pessoas, medida mais simples e barata do que a
tornozeleira, mas que gera polêmica porque, segundo o ponto de vista de
alguns, ofenderia a dignidade do preso.

Em suma, aos poucos, o cumprimento das penas alternativas deixa de ser


uma fraude consentida para se tornar uma realidade. As tornozeleiras
eletrônicas estão dando valiosa contribuição nesse sentido.

1 http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-12/populacao-carceraria-
do-brasil-sobe-de-622202-para-726712-pessoas
2 https://www.suapesquisa.com/pesquisa/paises_mais_populosos.htm
3 https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/20/politica/1519152680_008147.html
4 Disponível em https://expresso-noticia.jusbrasil.com.br/noticias/139906/lei-
paulista-permite-uso-de-pulseiras-eletronicas-em-presos
5 https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/09/24/juiz-
pioneiro-em-monitoramento-eletronico-defende-fim-do-semiaberto-e-uso-
de-chip-em-presos.htm

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Vladimir Passos de Freitas é desembargador federal aposentado do TRF da 4ª Região, onde


foi corregedor e presidente. Mestre e doutor em Direito pela UFPR, pós-doutor pela
Faculdade de Saúde Pública da USP, é professor de Direito Ambiental no mestrado e
doutorado da PUC-PR. Presidente da International Association for Courts Administration
(IACA), com sede em Arlington (EUA). É vice-presidente do Ibrajus.

Revista Consultor Jurídico, 18 de março de 2018, 8h05

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