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Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB OAR feces Consideracgées In yy Ola, pessoal! Aqui é Renan Araujo, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal do Estratégia OAB. E com enorme satisfacdo que estou participando deste projeto, que sdo os Resumos de Reta Final para o Exame da OAB. De minha parte, serdo 04 resumos ao todo (02 de Direito Penal e 02 de Direito Processual Penal), cada um com cerca de 50 paginas. Nos resumos eu tentarei trazer para vocés apenas aquelas informagdes mais relevantes, sem rodeios, a fim de que vocés tenham um material de qualidade e objetivo para estudar nessa reta final. No resumo de hoje vamos finalizar a parte de Direito Processual Penal. Vamos ao que interessa! Bons estudos! Prof. Renan Araujo Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br ide 36 Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo Direito Processual Penal - Resumo 2/2 INTERCEPTACAO TELEFONICA Finalidade - Regulamentar o artigo 5°, XII da CRFB/88, que estabelece a inviolabilidade das comunicacées telefénicas, permitindo a interceptacao de tais comunicagdes apenas em casos excepcionais, por deciséo judicial. Conceitos Interceptagdo de comunicagées telefénicas - Esse termo significa a captac&o de conversas realizadas por meio telefénico, entre TERCEIROS, e ocorre quando NENHUM DOS INTERLOCUTORES TEM CIENCIA DA GRAVACAO DA CONVERSA. Escuta telefénica - £ a modalidade na qual um dos interlocutores tem ciéncia da gravacao, que é feita por TERCEIRA PESSOA. A semelhanca da interceptagao telefénica, s6 6 admitida mediante autorizacdio judicial. Gravagao telefénica ~ E a modalidade na qual um dos interlocutores realiza a gravacéo da conversa, ou seja, nao ha a participacaio de terceiros. E considerada prova LICITA Interceptagées ambientais - Incluem a interceptacéo ambiental stricto sensu, a gravaco ambiental e a escuta ambiental. Uma comunicacéo ambiental é aquela realizada pessoalmente, e nao através de qualquer aparelho de transmiss3o. GBS! Os Tribunais Superiores aplicam as mesmas regras da interceptacao telefénica as interceptagées ambientais. & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB OAR Clausula de reserva de jurisdigao ~ Trata-se de medida excepcional, e que so pode ser decretada pelo Juiz competente. Mas e se for autorizada por Juiz incompetente? Neste caso, teremos uma prova ilicita e, portanto, n&o poder ser utilizada no processo. BSE Teoria do Juizo aparente - O STF entende que se a incompeténcia do Juizo que decretou a medida somente foi reconhecida em raz&o de fatos cujo conhecimento é posterior 4 decisdo judicial, aplica-se a , Ou seja, o Juizo que decretou a medida nao era, de fato, competente, mas considerando-se apenas os fatos conhecidos a época da deciso, ele era o Juizo aparentemente competente. Requisitos + Haver indicios razodveis de autoria ou participagdo em infrag&o penal «A prova nao puder ser feita por outros meios * 0 fato investigado deve ser punido com pena de recluséo + A situagdo objeto da investigacao deve ser descrita com clareza, com a qualificag&io dos suspeitos, SALVO SE ISSO FOR IMPOSSIVEL Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 2de36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo Prova emprestada Embora as interceptagées telefénicas sé possam ser autorizadas nestes casos expressamente previstos, 0 STF admite que a prova obtida através de uma interceptagao licita (que obedeceu aos requisitos legais) possa ser utilizada como “prova emprestada” em outros processos criminais ou até mesmo procedimentos administrativos dleciplinares instaurados em face dos mesmos investigados OU Quem pode requerer a autorizagdo para realizagaéo de interceptacéo telefénica? + De oficio, pelo Juiz (Sem pedido de ninguém) + A requerimento da autoridade policial, durante a investigagao criminal + A requerimento do MP, durante a investigacéo ou durante a instrug&o processual penal Mas, e no caso de crimes de acao penal privada? A Doutrina entende que a ma tem legitimidade para requerer autorizacao para realizacéo de interceptacio telefénica. Prazo e prorrogagao O prazo é de até 15 dias, renovavel uma vez por igual periodo. STF - Pode haver diversas prorrogagdes, desde que isso seja necessério. Inicio da contagem do prazo - Data em que se efetiva a diligéncia Procedimentos Quem conduz? A autoridade policial, dando ciéncia de tudo ao MP. Conclus&o - Apés a realizac&o dos trabalhos, a autoridade policial encaminharé © resultado ao Juiz, acompanhado de resumo das operagoes realizadas. Neste momento 0 Juiz determinara que os documentos relativos a interceptag’o sejam autuados em apartado, apensados aos autos principais, tramitando em segredo de justia. Apés, dara ciéncia ao MP. Material irrelevante - Deverao ser descartados, mediante requerimento da parte interessada ou do MP, naquilo que se chama de “incidente de inutilizagao”. Degravacao e peri * No é necessdria a transcrigdo de todo o contetido interceptado, somente das partes relevantes «A integralidade do audio interceptado deve ser disponibilizada a defesa = N&o é necesséria a pericia para atestar a legitimidade do material. Entretanto, se alguma das partes tiver duvida, pode requerer a pericia. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 3de36 Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB OAR PRISOES CAUTELARES Conceito - Trata-se de uma medida de NATUREZA CAUTELAR (cautela = cuidado, a fim de se evitar um prejuizo), cuja finalidade pode ser garantir 0 regular desenvolvimento da instrugdo processual, a aplicagdo da lei penal ou, nos casos expressamente previstos em lei, evitar a pratica de novas infracdes penais. Espécies Prisdéo em flagrante Natureza - A prisdo em flagrante é uma modalidade de prisaio cautelar que tem como fundamento a pratica de um fato com aparéncia de fato tipico. Possui natureza administrativa, pois néo depende de autorizacdo judicial para sua realizac&o. Sujeitos — A prisdo em flagrante pode ser efetuada por: = Qualquer do povo (facultativamente) + Aautoridade policial e seus agentes (obrigatoriamente) Espécies de priséo em flagrante + Flagrante préprio (art. 302, I e II do CPP) - Sera considerado flagrante préprio, ou propriamente dito, a situag&o do individuo que esté cometendo © fato criminoso (inciso I) ou que acaba de cometer este fato (inciso Il). Também chamado de flagrante real, verdadeiro ou propriamente dito, + Flagrante impréprio (art. 302, III do CPP) - Aqui, embora o agente no tenha sido encontrado pelas autoridades no local do fato, é necessario que haja uma perseguicao, uma busca pelo individuo, ao final da qual, ele acaba preso. Também chamado de imperfeito, irreal ou “quase flagrante”. + Flagrante presumido (art. 302, IV do CPP) - Temos as mesmas caracteristicas do flagrante impréprio, com a diferenga que a Doutrina nao exige que tenha havida qualquer perseguicao ao suposto infrator, desde que ele seja surpreendido, logo depois do crime, com objetos (armas, papéis, etc...) que fagam presumir que ele foi o autor do delito. Também chamado de flagrante ficto ou assimilado. BSH Caso o infrator se apresente espontaneamente, ndo sera possivel sua prisdo em flagrante. Prisdo em flagrante em situagdes especiais Crimes habituais - Nao cabe priséo em flagrante, pois o crime nao se consuma em apenas um ato, exigindo-se uma sequéncia de atos isolados para que 0 fato seja tipico (maioria da Doutrina e da Jurisprudéncia). Parte minoritaria, no entanto, entende possivel, se quando a autoridade policial surpreender © infrator praticando um dos atos, ja se tenha prova inequivoca da realizagio dos outros atos necessdrios a caracterizagio do fato tipico (Minoritario). Ha decisées jurisprudenciais nesse Gltimo sentido (possivel, desde que haja prova da habitualidade). Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 4de36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo Crimes permanentes - O flagrante pode ser realizado em qualquer momento durante a execugao do crime, logo apés ou logo depois. Crimes continuados - Por se tratar de um conjunto de crimes que sdo tratados como um sé para efeito de aplicacao da pena, pode haver flagrante quando da ocorréncia de qualquer dos delitos. Modalidades especiais de flagrante « Flagrante esperado - A autoridade policial toma conhecimento de que seré praticada uma infragdo penal e se desloca para o local onde o crime acontecera. Iniciados os atos executdrios, ou até mesmo havendo a consumago, a autoridade procede a prisdo em flagrante. TRATA-SE DE MODALIDADE VALIDA DE PRISAO EM FLAGRANTE. + Flagrante provocado ou preparado - Aqui a autoridade instiga o infrator a cometer o crime, criando a situagao para que ele cometa 0 delito e seja preso em flagrante. E 0 famoso “a ocasido faz 0 ladrao". NAOIIWALIDA, pois quem efetuou a prisdo criou uma situagéo que torna impossivel a consumagao do delito, tratando-se, portanto, de crime impossivel. Samula 145 do STF. OSB: A Doutrina e a Jurisprudéncia, no entanto, vém admitindo a validade de flagrante preparado quando o agente provocador instiga o infrator a praticar um crime apenas para prendé-lo por crime diverso. + Flagrante forjado - Aqui o fato tipico nao ocorreu, sendo simulado pela autoridade policial para incriminar falsamente alguém. E ABSOLUTAMENTE + Flagrante diferido (ou retardado) - A autoridade policial retarda a realizaco da prisdo em flagrante, a fim de, permanecendo “a surdina”, obter maiores informacées e capturar mais integrantes do bando. Trata-se de tatica da policia (admitida apenas em determinadas leis penais especiais). Procedimentos para lavratura do APF Quem Iavra? 0 Auto de Priséo em Flagrante - APF geralmente é lavrado pela autoridade policial do local em que ocorreu a PRISAO, ou, se nao houver neste local, a autoridade do local mais préximo. O Juiz pode lavrar o APF, nos crimes cometidos em sua presenca. Diligéncias - Apés ser apresentado o preso em flagrante delito 4 autoridade policial, esta devera adotar o seguinte procedimento: * Ouvir o condutor = Ouvir as testemunhas * Ouvir a vitima, se for possivel * Ouvir o preso (Interrogatério) BSE A auséncia de testemunhas no impede a lavratura do APF. Neste caso, deverao assinar o APF, junto com o condutor, duas pessoas que tenham presenciado a apresentagao do preso a autoridade. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 5 de36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo Comunicacio a familia e as autoridades - A autoridade, apés lavrado o APF dever + Imediatamente - Comunicar a prisdo e 0 local em que esté preso ao juiz competente, ao MP e a familia do preso ou & pessoa por ele indicada + Em 24h (a contar da prisdo) - Remeter os autos do APF ao Juiz competente e, se o preso ndo tiver advogado, a Defensoria Publica. No mesmo prazo, deve ser entregue ao preso a NOTA DE CULPA, assinada pela autoridade, com 0 motivo da priséo, 0 nome do condutor e os das testemunhas. OBSE No APF deve constar expressamente a informacio acerca da existéncia de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiéncia e 0 nome e 0 contato de eventual responsavel pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. Tal exigéncia foi introduzida no CPP pela Lei 13.257/16. > E quando o Juiz receber o Auto de Priséo em Flagrante, o que deve fazer? Trés hipéteses: + Relaxar a prisdo ilegal - Se houver alguma ilegalidade na priséo + Converter a prisiio em prisao preventiva - Caso estejam presentes os requisitos para tal, bem como se mostrarem inadequadas ou insuficientes as outras medidas cautelares + Conceder a liberdade proviséria, com ou sem fianga, a depender do caso - Quando nao for o caso de decretagdo da preventiva ou relaxamento da prisdo. Pris&o preventiva Conceito - A prisdo preventiva é 0 que se pode chamar de prisdo cautelar por exceléncia, pois é aquela que é determinada pelo Juiz no bojo do Processo Criminal ou da Investigagao Policial, de forma a garantir que seja evitado algum prejuizo. Decretacao, revogacao e substituicdo - O Juiz pode, a qualquer momento, revogar a decisdéo, decretar novamente a preventiva ou substituf-la por outra medida, desde que entenda que tais medidas sdo as mais adequadas na situacéo (sempre de maneira fundamentada). Legitimados - A preventiva pode ser decretada pelo Juiz: * De oficio (somente durante o processo) + A requerimento do MP «Por representacdo da autoridade policial + A requerimento do querelante ou do assistente de acusagéo Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 6 de 36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo Cabimento Pressupostos (fumus comissi delicti) + Prova da materialidade do delito (existéncia do crime) * Indicios suficientes de autoria Requisitos (periculum libertatis) Garantia da ordem piblica - A perturbac3o da ordem publica pode ser conceituada como o abalo provocado na sociedade em razéio da pratica de um delito de consequéncias graves. Assim, a prisio preventiva se justificaria para restabelecer a tranquilidade social, a sensac&o de paz em um determinado local (um bairro, uma cidade, um estado, ou até mesmo no pais inteiro). A jurisprudéncia, contudo, ver entendendo que é possivel © reconhecimento da “ameaca a ordem pliblica” quando haja alta probabilidade de que o agente volte a delinquir, Garantia da Ordem Econémica - Esta hipotese é direcionada aos crimes do colarinho branco, aquelas hipdteses em que o agente pratica delitos contra instituigdes financeiras e entidades plblicas, causando sérios prejuizos financeiros. Conveniéncia da Instrucgéo Criminal - Tem a finalidade de evitar que o individuo ameace testemunhas, tente destruir provas, etc. Em resumo, busca evitar que a instrugdo do processo seja prejudicada em razao da liberdade do réu. Seguranca na aplicacao da Lei penal - Busca evitar que o individuo fuja, de forma a se furtar a aplicagdo da pena que possivelmente Ihe seré imposta. BSH Pode ser decretada a preventiva, ainda, quando houver o descumprimento de alguma das obrigasées impostas pelo Juiz como medida cautelar diversa da prisdo: Presentes os pressupostos e requisitos, pode ser decretada a preventiva em relacao a qualquer crime? Nao, somente nas hipoteses do art. 313 do CPP: Crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade maxima superior a 4 (quatro) anos. Se 0 infrator tiver o sido condenado por outro crime doloso, em sentenca transitada em julgado (desde que tenha ultrapassado menos de cinco anos desde a extingao da punibilidade) Se o crime envolver violéncia doméstica e familiar contra a mulher, crianga, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiéncia, para garantir a execugao das medidas protetivas de urgéncia. Quando houver duvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta nao fornecer elementos suficientes para esclarecer a divida, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade apés a identificacao, salvo se outra hipétese recomendar a manutengéo da prisao. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 7 de36 Agqja Resumos Reta FINAL - XXIV Exame DA OAB [aPrEstrategia ne as ce Procsasuat Penal (pte 2) Prof. Renan Araujo Vedacio a decretacao da preventiva A prisdo preventiva em nenhum caso podera decretada se o juiz verificar, pelas provas constantes dos autos, ter o agente praticado o crime amparado por excludente de itude (Ex.: legitima defesa). Prisao temporaria Conceito - A priséo temporaria é uma modalidade de prisdo cautelar que nao se encontra no CPP, estando regulamentada na Lei 7.960/89. Esta Lei nao sofreu alterac3o pela Lei 12.403/11. Possui e sé pode ser determinada DURANTE A INVESTIGACAO POLICIAL. Cabimento - A prisdéo temporaria sé pode ser determinada quando da investigacdo de determinados delitos: = Homicidio doloso = Sequestro ou carcere privado * Roubo = Extorsao = Extorsdo mediante sequestro + Estupro e estupro de vulneravel = Rapto violento (crime revogado) = Epidemia com resultado de morte * Envenenamento de agua potdvel ou substancia alimenticia ou medicinal qualificado pela morte Quadrilha ou bando (atualmente chamado de associac&o criminosa) Genocidio Trafico de drogas Crimes contra o sistema financeiro Crimes previstos na Lei de Terrorismo Quaisquer crimes hediondos ou equiparados (ndo constam expressamente na Lei 7.960/89) Mas basta que se trata de um destes delitos? N&o, é necessdrio que esteja presente um dos requisitos previstos nos incisos I e II do art. 1°: = Quando imprescindivel para as investigagées do inquérito policial; ou « Quando o indicado néo tiver residéncia fixa ou nao fornecer elementos necessarios ao esclarecimento de sua identidade Legitimados A prisdio tempordria pode ser decretada: + A requerimento do MP = Por representagao da autoridade policial BSE Nao pode ser decretada de oficio pelo Juiz. Também nao pode ser prorrogada de oficio. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 8 de36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo Prazo O prazo é, em reagra, de cinco dias, prorrogdveis por mais cinco dias. Em se tratando de crime hediondo ou equiparado, o prazo é de trinta dias, prorrogaveis por mais 30 dias. REGRA 05 +05 CRIMES HEDIONDOS, 30 +30 TORTURA, TRAFICO E TERRORISMO Tépicos importantes * Findo 0 prazo da temporéria, o preso deverd ser colocado em liberdade (independentemente de ordem judicial), salvo se o Juiz decretar sua priso preventiva. O prolongamento ilegal da priséo tempordria constitui crime de abuso de autoridade. * Os presos temporarios devam ficar separados dos demais detentos MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISAO Requisitos + Necessidade * Adequacdo (e suficiéncia) Pressupostos * Fumus comissi delicti - Prova da materialidade e indicios de autoria + Periculum libertatis - Risco que a liberdade plena do infrator gera (Caso a medida se mostre insuficiente, deveré ser decretada a preventiva). Cabimento S6 podem ser aplicadas caso a infragéo penal cometida seja apenada com bena privativa de liberdade (e desde que estejam presentes os pressupostos e requisitos). Aplicagao Podem ser aplicadas ISOLADA OU CUMULATIVAMENTE, podendo ser aplicadas na fase processual ou pré-processual. * Na fase processual - Podem ser decretadas ex officio ou a requerimento das partes. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 9 de 36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo = Na fase pré-processual - Podem ser decretadas por representacao da autoridade policial ou requerimento do MP, mas nado podem ser aplicadas de oficio. > Parte contraria deve ser ouvida antes da decretagdo da medida? Em regra, sim, mas nao seré quando a oitiva prévia possa frustrar a execucao da medida. Neste caso, $6 sera ouvida apés a execugao da medida. Descumprimento Caso no seja cumprida a medida cautelar diversa da priséio, poderé o Juiz: = Cumula-la com outra, mais severa; = Substitui-la por outra; ou + Decretar a prisdo preventiva Alteracao das circunstancias © Juiz poderé, a qualquer tempo, desde que sobrevenham novos fatos que alterem as circunstancias até entdo existentes: > Substituir a medida — Caso se mostre insuficiente ou inadequada > Revogar a medida - Caso se mostre desnecesséria > Voltar a decreta-la - Caso volte a se mostrar necessaria PRISAO ESPECIAL Cabivel para determinadas pessoas (Ministros de Estado, Magistrados, Oficiais das Forgas armadas, etc.) Os presos especiais possuem os mesmos direitos e deveres dos presos comuns. BSE Nao podem, entretanto, ser transportados juntamente com os demais presos. BSE O militar, caso preso em flagrante delito, deverd ser recolhido ao quartel da Instituigdo a qual pertencer (PM, Exército, Marinha...). PRISAO DOMICILIAR Conceito - Alternativa a prisdio preventiva, consiste no recolhimento do individuo em sua residéncia, sé podendo sair dela com autorizacao judicial. Cabimento - £ cabivel quando o infrator for: + Maior de 80 (oitenta) anos + Extremamente debilitado por motivo de doenca gravei + Imprescindivel aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiéncia + Gestante - Nao mais se exige que seja gestacéo de alto risco nem que esteja a partir do 79 més de gestacao. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 10 de 36 Agia Resumos Reta FINnat - XXIV Exame DA OAB [arEstrategia ne ar ce Procsssuat Penal (prte 2) OB Prof. Renan Araujo = Mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos + Homem - Quando seja o Unico responsavel pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. LIBERDADE PROVISORIA E FIANCA A concessio da liberdade proviséria no impede a fixacio de alguma medida cautelar DIVERSA DA PRISAO. A liberdade proviséria pode ser concedida SEM FIANCA (a regra), ou COM FIANGA. Fianga Trata-se de uma medida cautelar que visa a garantir que o réu iré colaborar, comparecendo a todos os atos do processo, etc. Arbitramento A autoridade policial s6 poderé arbitrar a fianga nos crimes cuja pena maxima nao seja superior a quatro anos. Caso 0 crime possua pena maxima superior a 04 anos, a fianca deveré ser requerida ao Juiz, que a arbitraré em até 48 horas. O MP)ido!Séra ouvido|previamente ao arbitramento da fianca, mas tera vista dos autos apés esse momento. Valor Para o arbitramento do valor da fianga devera a autoridade (autoridade policial ou Juiz) verificar algumas circunstancias, como as condigées financeiras do acusado, sua vida pregressa, sua periculosidade, etc. BSE Poderd consistir em dinheiro, metais preciosos, titulos, etc., ou seja, quaisquer bens que possuam valor econémico: jade Nos crimes de racismo Nos crimes de tortura, trafico ilicito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos + Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democratico + Aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fianca anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigagées a que se referem os arts. 327 e 328 do CPP Em caso de prisdo civil ou militar Quando presentes os motivos que autorizam a decretagao da prisdo preventiva Inadmissi E se a fianga for concedida nestes casos? Deverd ser Gassada. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 11 de 36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo (CUIDADO! Ainda que néo se possa arbitrar fianga, é possivel a concesséio de liberdade proviséria. Destinacao do valor da fianca = Sera devolvido a quem pagou - Se absolvido o réu, se extinta a agéio ou se for declarada sem efeito a fianga. = Sera perdido em favor do Estado — Caso o réu seja condenado e ndo se apresente para 0 inicio do cumprimento da pena definitivamente imposta. Servira, neste caso, para pagar as custas do processo, indenizar 0 ofendido, etc. O restante seré destinado ao FUNDO PENITENCIARIO. = Seré utilizado para pagar as despesas a que o réu est4 obrigado e o restante sera devolvido a quem pagou a fianca - Caso condenado o réu, mas se apresente para cumprimento da pena. Neste caso, seré utilizado © valor para pagar as custas do processo, indenizar o ofendido, etc. Apds a utilizagéo do valor da fianca para estes fins, 0 saldo sera devolvido a quem pagou a fianca. Quebramento da fianca A fianga sera considerada quebrada, em sintese, quando houver: * Descumprimento da confianca depositada no réu. + Prdtica de nova infrac&o penal (crime ou contravengéo) dolosa. Consequéncias = Perda de METADE do valor da fianca = Possibilidade de o Juiz fixar alguma outra medida cautelar ou decretar a priséio preventiva = Impossibilidade de prestagéio de nova fianga no mesmo processo BSE Tanto no caso de perda total quanto no de perda parcial do valor da fianca, 0 saldo (apés recolhidas as custas processuais e demais encargos aos quais esteja obrigado 0 acusado) sera recolhido ao Cassacao da fianca * Verificar-se que ela foi arbitrada de maneira ilegal -(Ex.: fianca arbitrada para crime inafiangavel ou arbitrada por autoridade incompetente, etc.). = Houver inovacdo na classificacdo do delito - Desde que faca com que, de acordo com a nova classificac&o, a fianga seja incabivel (Ex.: O agente é denunciado por homicidio simples, mas depois ha o aditamento da denuncia, para passar a considerar a conduta como homicidio qualificado, que é hediondo e nao admite fianca). Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 12 de 36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo > Cassada a fianca, o que ocorre com o valor caucionado (valor prestado a titulo de fianga)? Sera devolvido, em sua integralidade (e atualizado), a quem prestou a fianga. Reforgo da fianga Devera ser exigido 0 reforgo da fianga em alguns casos: = Quando a autoridade tomar, por engano, fianga insuficiente * Quando houver depreciacéo material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciacio dos metais ou pedras preciosas * Quando for inovada a classificacéio do delito (e houver necessidade de complementar o valor) > _E seo réu néo realizar 0 reforco da fianga? Neste caso, a fianca sera e o réu seré recolhido @ prisdo. Esta decretacéo da priséo, contudo, no € automatica. O Juiz devera fundamentar a decretacao da preventiva, apontando a presenca dos pressupostos que autorizam sua decretacao PROCEDIMENTO COMUM Ritos + Ordindrio — Pena maxima igual ou superior a 04 anos + Sumario — Pena maxima inferior a 04 anos (e nao seja infragao de menor potencial ofensivo) + Sumarissimo - Infracdes penais de menor potencial ofensivo (OBS Sao infragdes penais de menor potencial ofensivo: + Os crimes cuja pena maxima cominada néo seja superior a dois. anos. + As contravengdes penais BSE Procedimento comum se aplica, subsidiariamente, a todos os procedimentos especiais, salvo se houver previsdo em sentido contrario. As rio também se aplicam subsidiariamente aos tos sumario e sumarissimo, no que for cabivel. Rito ordinario Sequéncia de atos pré-instrutérios Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 13 de 36 & Estratégia Resumos RETA FINAL - XXIV Exame DA OAB OAR Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo + Juiz rejeita ou recebe a inicial acusatéria - Se rejeitar, cabe RESE. Se receber, 0 processo segue. + Recebendo a inicial, manda citar o acusado - Decisdo de recebimento nao precisa de fundamentagao complexa (STJ). + O acusado tem 10 dias para apresentar resposta a acusacdo - Na resposta a acusacao, poderé alegar tudo quanto interesse a sua defesa. + Caso néo apresente resposta a acusacao - Juiz nomeard defensor para apresenta-la. EXCEGAO: Em se tratando de réu citado por edital, neste caso, 0 Juiz suspenderé o proceso, ficando suspenso também o curso do prazo prescricional (art. 366 do CPP). Providéncias apés a resposta a acusacao Apés a apresentacao da resposta do réu 0 Juiz podera: = Absolver sumariamente o réu « Extinguir 0 processo - Se reconhecer algum vicio na ag&o penal. = Dar sequéncia ao processo - Estando tudo em ordem e nao sendo caso de absolvico suméria, designaré data para audiéncia de instrucéo julgamento. > Quando cabe absolvicéo sumaria? Nos seguintes casos: Quando houver manifesta causa excludente da ilicitude do fato - Ex.: Legitima defesa, estado de necessidade, etc. * Quando houver mai ifesta causa excludente da culpabilidade do agente, = Ex.: Inexigibilidade de conduta diversa, erro de proibic&o escusavel, etc. = Quando o fato narrado evidentemente néo constituir crime = Quando estiver extinta a punibilidade do agente - Ex.: Crime jé prescreveu. BSH A decisdo de absolvicao suméria é de mérito e, portanto, faz coisa julgada material (ndo pode ser ajuizada nova aco penal com base no mesmo fato, contra a mesma pessoa). Da instrucdo propriamente dita Principio da identidade fisica do Juiz - O juiz que presidiu a instrug&o deveré proferir a sentenga. Isso é relativizado pelo STJ. Nao se aplica esta regra nos casos de Juiz: * Promovido * Licenciado + Afastado * Convocado Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 14 de 36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo + Aposentado Audiéncia de instrucdo e julgamento Na audiéncia o Juiz deve, NESTA ORDEM: Tomar as declaragdes do ofendido Inquirir as testemunhas arroladas pela acusaco Inquirir as testemunhas arroladas pela defesa Tomar os esclarecimentos dos peritos, Proceder as acareagdes e ao reconhecimento de pessoas e coisas Realizar o interrogatério do réu BSI No caso de expedic&o de carta precatéria ou rogatoria, para a citiva de testemunhas, é possivel a inversdo da ordem, ou seja, é possivel que a oitiva de testemunha de acusagao (por exemplo), realizada carta precatéria, seja realizada depois da citiva das testemunhas de defesa. Inclusive, pode ser realizada apés o interrogatério do réu - Casos excepcionais, mas admitidos pelo STJ. Ndmero maximo de testemunhas - Até 08 para cada parte. Nao estéo incluidas neste numero as testemunhas néo compromissadas e as referidas. > Parte pode desistir da testemunha arrolada? Sim, mas se 0 Juiz quiser, poderé ouvi-la assim mesmo, como “testemunha do Juizo”, Alegacées finais Apés a instrugéo, ndo sendo 0 caso de realizagao de diligéncias, passa-se a fase de alegacées finais. Regra geral - Alegacées finais orais. Regramento: + 20 minutos para acusagao e 20 minutos para a defesa, prorrogaveis por mais 10 minutos. + Se houver mais de um acusado, o prazo sera individual para cada um + Havendo assistente da acusaco, serd concedido a este prazo de 10 minutos para falar, apés o MP. Nesse caso, serdio acrescidos 10 minutos ao tempo da defesa. Excegao — AlegacGes finais escritas (memoriais). Quando? + Quando o caso for complexo ou diante do numero excessivo de acusados * Quando houver necessidade de realizaco de diligéncias apés a instrucdo Rito sumario Mesmas regras do rito ordinério, como algumas excegdes: Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 15 de 36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo + A audiéncia deve ser realizada no prazo maximo de 30 dias (No rito ordinario 0 prazo é de 60 dias). = O ntimero maximo de testemunhas é de CINCO (engloba as nao compromissadas e referidas). = No hd previsdo de fase de “requerimento de diligéncias”, = N&o ha possibilidade de apresentacéo de alegacées finais por escrito. + Serd aplicdvel 4s IMPO quando, por alguma razo, estas infracées penais n&o puderem ser julgadas pelos Juizados (Ex.: Quando for necessaria citac&o por edital, que é modalidade de citacéo vedada nos Juizados). PROCESSO DOS CRIMES DA COMPETENCIA DO TRIBUNAL DO JURI Cabimento - Processo e julgamento dos crimes DOLOSOS contra a vida. BSE Latrocinio (roubo com resultado morte) n&o é crime contra a vida. Judicium accusationis Conceito - Primeira etapa do rito do Juri. E a etapa da chamada “formagao de culpa”. Juiz analisa se é 0 caso, ou nao, de submeter o acusado a julgamento pelo plenério. Rito + MP (ou querelante, na acéo penal privada subsididria da publica) oferece a inicial acusatéria (arrolando as testemunhas de acusacéo - maximo de 08 por fato criminoso) + Juiz decide se recebe ou se rejeita a inicial acusatoria = Recebendo, manda citar o acusado, para apresentar resposta & acusacgo em 10 dias * Réu néo apresenta resposta a acusacéo nem constitui advogado - Juiz nomeia defensor para apresentar a defesa. EXCECAO: Se o réu tiver sido citado por edital, 0 Juiz deve SUSPENDER o processo, ficando suspenso também o curso do prazo prescricional. + Apresentada a defesa, o Juiz abre prazo ao acusador (MP ou querelante) para falar em réplica — Prazo de cinco dias + Apés isso, Juiz designa data para audiéncia de instrucao e julgamento Audiéncia de instrucdo e julgamento Na audiéncia o Juiz deve, NESTA ORDEM: Tomar as declaracdes do ofendido Inquirir as testemunhas arroladas pela acusacao Inquirir as testemunhas arroladas pela defesa Tomar os esclarecimentos dos peritos Proceder as acareacdes e ao reconhecimento de pessoas e coisas Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 16 de 36 & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB OAR Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo = Realizar o interrogatério do réu * Conceder tempo as partes para os debates orais (alegacées finais) GBS2 No caso de expedicao de carta precatéria ou rogatéria, para a oitiva de testemunhas, é possivel a inversdo da ordem, ou seja, é possivel que a oitiva de testemunha de acusagao (por exemplo), realizada carta precatéria, seja realizada depois da citiva das testemunhas de defesa. Inclusive, pode ser realizada apés 0 interrogatério do réu ~ Casos excepcionais admitidos pelo STJ. Alegagées finais Regra geral - Alegacées finais orais. Regramento: + 20 minutos para acusagdo e 20 minutos para a defesa, prorrogaveis por mais 10 minutos. + Se houver mais de um acusado, 0 prazo serd individual para cada um = Havendo assistente da acusac&o, seré concedido a este prazo de 10 minutos para falar, apds o MP. Nesse caso, seréo acrescidos 10 minutos ao tempo da defesa. -+ Ha previséo de alegacées finais escritas (memoriais)? Ndo, mas a Doutrina entende que é possivel, em hipéteses excepcionais. Decisées do Juiz apés a instrucao preliminar Ao final da instrug&o preliminar o Juiz pode: Pronunciar 0 acusado = Quando convencido de que hd PROVA da materialidade e indicios de autoria. + Submete o acusado a julgamento pelo Juri. + Recurso cabivel contra a decisdo - RESE. + Se a decisdo for reformada pelo Tribunal ou pelo préprio Juiz (Juizo de retratagéo no RESE) ocorreré a desprontincia «= Interrompe a prescricao Impronunciar 0 acusado = Quando NAO esta convencido de que hé PROVA da materialidade e indicios de autoria. + NAO submete o acusado a julgamento pelo Juri, extinguindo o proceso. + NAO FAZ COISA JULGADA MATERIAL. * Recurso cabivel contra a deciséo - APELACAO. Absolver sumariamente o acusado Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 17 de 36 & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB OAR Desclassi Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo Quando o Juiz esté convencido de que o réu deve ser absolvido desde logo. Ocorre nas hipéteses de: ™ Ficar PROVADA a inexisténcia do fato ® Ficar PROVADO que o réu néo participou do crime ™ Ficar PROVADO que o fato nao constitui nenhuma infrago penal (Fato atipico) ™ Ficar PROVADO que o réu praticou o fato amparado por alguma CAUSA DE EXCLUSAO DA ILICITUDE (legitima defesa, estado de necessidade, etc.) ™ Ficar PROVADO que estd presente alguma causa de isengéo de pena (causa excludente da culpabilidade, por exemplo). Nao pode aver absolvicio suméria por putabilidade decorrente de doenca mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (gera aplicagéo de medida de seguranca). Poderé haver absolvic&o suméria neste caso quando a inimputabilidade for a unica tese de defesa. Recurso cabivel contra a deciséo - APELACAO a infragao penal Juiz desclassifica o delito para outro que NAO SEJA DOLOSO CONTRA A VIDA (desclassificago propria) E uma decis&o interlocutéria simples Resulta no encaminhamento dos autos ao Juizo competente (a menos que haja conexdo com outra infragéo que continue sendo da competéncia do Jari). Desclassificacao imprépria - Ocorre quando 0 Juiz desclassifica o delito para outro que também é doloso contra a vida (Ex.: Desclassifica de homicidio para infanticidio). Recurso cabivel - Nao hd previsdo expressa, mas a Doutrina entende ser cabivel o RESE. Judicium causae Conceito - Esta é a segunda fase deste procedimento especial, e tem inicio quando se torna preclusa (irrecorrivel) a decisdo de prontincia, ou quando esta deciséo tenha sido mantida pelo Tribunal. Rito Juiz intima o MP e o Defensor, para que no prazo de CINCO DIAS apresentem o ROL DE TESTEMUNHAS (maximo de CINCO) Partes podem juntar documentos e requerer a realizagéo de diligéncias Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 18 de 36 & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB OAR Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo 0 Juiz verifica os pedidos de diligéncia e produc&o de provas, tomando as providéncias necessérias para sanar eventual nulidade existente no processo ou esclarecer algum ponto ainda controvertido Juiz faz relatério resumido do proceso Juiz designa data para julgamento Desaforamento Conceito - Deslocamento do julgamento para outra Comarca, diversa daquela em que tramita o processo. Razées Interesse de ordem publica Duvida sobre a imparcialidade dos jurados Seguranga pessoal do réu Quando houver comprovado EcCESSO DE SERVIGO (Nao puder ser aprazada data para a sesso de julgamento dentro de seis meses contados do TRANSITO EM JULGADO DA DECISAO DE PRONUNCIA) OBSIi ¢ IMPRESCINDIVEL A OITIVA DA DEFESA no pedido de desaforamento, sendo completamente nula a decisdo que violar esse preceito (stimula 712 do STF). Roteiro da sesso de julgamento Verificagéo das cédulas - A urna deve conter cédulas com os nomes dos vinte e cinco jurados. Instalacao da sessdo — Devem estar presentes AO MENOS 15 JURADOS. No havendo o numero minimo (15), 0 Juiz sortearé suplentes e designara nova data para sesso. Esclarecimentos do Juiz - O Juiz esclarecerd aos Jurados acerca das hipéteses de suspeicéio, impedimento e incompatibilidades, bem como advertira quanto a INCOMUNICABILIDADE ENTRE ELES. Formacao do Conselho de Sentenga - Sorteiam-se SETE JURADOS para iECuEaH o Conselho de eanean podendo 0 MP E A DEFESA Exortagdo e compromisso — 0 Juiz faz aos jurados a exortago constante no CPP. Instrucdo em plenario - Sera tomado primeiro o depoimento do ofendido. Apés, sero inquiridas as testemunhas da acusacao e da defesa. Ao final, procede-se ao interrogatério do réu. Debates - A parte que nao estiver falando podera realizar 0 que se chama de APARTE, que é uma interferéncia na fala do outro. O Juiz-Presidente concedera ou nao o aparte, que ndo excedera trés minutos. Os minutos perdidos pela parte que sofreu a intervencdo serdo acrescidos ao final. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 19 de 36 & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB OAR Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo = Consulta aos jurados - O Juiz indaga aos jurados se eles est&o aptos a julgar. = Dissolugéo do Conselho de Sentenga - Havendo necessidade de realizagao de diligéncia que nao possa ser realizada imediatamente, o Juiz dissolve o Conselho de Sentenca, determinando a realizacao da diligéncia e, posteriormente, realizagao de nova sessdo de julgamento. = Leitura e explicagdo dos quesitos - O Juiz-Presidente procederé a leitura e explicagao dos quesitos aos jurados, perguntando as partes se ha alguma duvida ou reclamagao. * Votacao - 0 Juiz-Presidente, os jurados, 0 MP, o assistente (se houver), 0 querelante (se for acSo privada subsidiéria da publica), o defensor do acusado, 0 escrivao e 0 oficial de justica se dirigem a sala reservada, onde se procede a votacao dos quesitos, sendo tomadas as decisées por maioria de votos. d * Sentenga - Com base nos quesitos dos jurados o Juiz-Presidente condena ou absolve o acusado, procedendo a fixacéo da pena, no caso de condenagSo. Recursos no procedimento do Juri Das decisées proferidas pelo Juri cabera apelacao. Trata-se de Feeurso)de fundamentacao Vinculada, que somente podera ser interposto nos seguintes casos: + Ocorrer nulidade posterior & prontincia + For a sentenga do juiz-presidente contraria & lei expressa ou a decisdo dos jurados + Houver erro ou injustica no tocante & aplicagdo da pena ou da medida de seguranga = For a decisdo dos jurados manifestamente contréria a prova dos autos. > Tribunal pode reformar a deciséo recorrida ou deve anular e submeter a novo julgamento? Depend: IMPUGNAGAO a DECISAO. IMPUGNAGAO a DECISAO DO JUIZ- DOS JURADOS PRESIDENTE (erro na aplicag&o da pena ou medida de seguranga ou violagdo a lei expressa ‘ou as respostas aos quesitos) Tribunal n&o pode reformar | Tribunal pode proceder a reforma da a sentenga. Deve anularo | — decisdo (nao ha violac&o & soberania dos julgamento e submeter o veredictos). acusado a novo julgamento. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 20 de 36 Agia Resumos Reta FINAL - XXIV ExaAME DA OAB [arEstrategia ne ar ce Procsssuat Penal (prte 2) OB Prof. Renan Araujo PROCEDIMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONARIOS PUBLICOS Cabimento - Este procedimento é 0 previsto pelo CPP para a apuracéo dos crimes praticados por funcionério ptiblico contra a administracéo publica. Tratam- se dos crimes funcionais. BSE Aplica-se tanto aos crimes funcionais puros (préprios) quanto aos crimes funcionais impuros (impréprios). BSE Nao se aplica aos crimes funcionais atipicos (STF). Ex.: Crime funcional TiPICO: Art. 319 do CP, crime de prevaricagao. O tipo penal EXIGE a condic&io de funciondrio puiblico. Ex. Il: Crime funcional AT{PICO: E o crime praticado por funcionério piblico em razdo de suas fungdes, mas que poderia ter sido praticado por um particular. Ey: Art. 90 da Lei de Licitacées. Essa conduta pode ser praticada por ualquer pessoa, INCLUSIVE, mas no necessariamente, por um funcionério publico no exercicio das funcdes. Procedimento para os crimes inafiangaveis * Praticamente idéntico ao rito comum ordinario - UNICA DIFERENCA = A queixa ou a denuincia deve estar instruida com documento ou justificagéo que faca presumir a existéncia do crime ou “declarag3o fundamentada da impossibilidade de apresentac&o destas provas”. Apés, segue 0 mesmo rito do procedimento comum ordinario. Procedimento para os crimes afiangaveis Ha diferenca pratica. Consiste, basicamente, na necessidade de abertura de um prazo para defesa prévia (15 dias), antes da citacgao. Resumo do rito: 1) O acusador oferece a dentincia ou queixa 2) A acSo penal é autuada e o acusado notificado para apresentar resposta preliminar, NO PRAZO DE 15 DIAS (art. 514 do CPP) 3) 0 funciondrio piblico apresenta a resposta preliminar (ou néo) - O Juiz, agora, deve deliberar acerca do recebimento ou nao da dentincia. Aqui o Juiz pode: + REJEITAR A DENUNCIA OU QUEIXA. Quando? Quando entender que: (a)Esté presente uma das hipéteses do art. 395 do CPP nao percebidas antes de mandar notificar 0 acusado; ou (b) Em razao das alegages do acusado, entender que néo houve crime ou que a aco é improcedente. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 21 de 36 Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB OAR = RECEBER A DENUNCIA OU QUEIXA E MANDAR CITAR O REU. Quando? Quando entender que a acéo penal nao é inepta, e entender que as razées do acusado (apresentadas na defesa preliminar) nao o convencem da ine téncia do crime ou da improcedéncia da acao. Neste caso, o réu seré Gitado para apresentar CUIDADO! O prazo para a defesa preliminar (antes do recebimento da dentincia) € de 15 dias. O prazo para apresentacéio da resposta a acusacao € de 10 dias! 2 4) A partir daqui o procedimento segue nos termos do procedimento comum pelo rito ordinario ATENCAO! Mas e se o crime é praticado pelo ful da fungio, mas este pt4de a condi posteriormente? Controvertido na Doutrina, mas prevalece que o rito sé é aplicavel no caso de o funcionario pablico ainda ostentar esta condicao, Assim, perdendo a condig&o de funcionario publico, o rito nado mais se aplica. Tépicos importantes * Auséncia de notificagéo para apresentacSo de defesa preli Sempre necessaria. Auséncia gera Nulidade relativa (STF). STJ - Se a acdo penal foi ajuizada apés um procedimento administrativo prévio no qual o acusado teve oportunidade de se defender, nao ha nulidade, mas mera irregularidade. + Funcionério ptiblico que possua foro especial por prerrogativa de fungdo - Se 0 acusado possui foro por prerrogativa de funcdo, nao se aplica o rito previsto no CPP, aplicando-se o rito previsto na Lei 8.038/90 (Processo nos Tribunais). + Acdo penal instruida com inquérito policial - O ST] possui entendimento sumulado (stimula 330) no sentido de que, caso a aco penal seja instruida inquérito policial é desnecessaria a notificacao para a apresentago de resposta preliminar. STF ndo adota este posicionamento. jinar - RECURSOS TEORIA GERAL Conceito - Meios voluntarios de impugnacdo as decisées judiciais, interpostos no curso do processo, ou seja, so utilizados dentro da mesma relagdo juridico-processual. Finalidade - Reverter uma decisao judicial desfavoravel, seja modificando, anulando, esclarecendo ou integrando a decis&o impugnada. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 22 de 36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo Juizo de admissibilidade Verificagio do preenchimento dos pressupostos recursais de admissibilidade do recurso. Em regra, 0 juizo de admissibilidade é realizado tanto pelo Juizo a quo (aquele que proferiu a decisdo) quanto pelo Juizo ad quem (aquele que vai efetivamente julgar o recurso). EXCECOES: * 0 proprio juizo que proferiu a deciso for o responsdvel pelo julgamento do recurso (ex.; embargos de declarag3o) - Neste caso sé ha juizo a quo. * O recurso é interposto diretamente perante o juizo ad quem (Ex.: Carta testemunhavel) - Neste caso o juizo a quo nao participa do juizo de admissibilidade. Pressupostos processuais * Intrinsecos - Relacionados ao préprio direito de recorrer (cabimento, legitimidade recursal, etc.). © + Extrinsecos - Relacionados a forma pela qual o recurso é manejado (tempestividade, regularidade formal, etc.). Juizo de mérito Andlise do recurso, propriamente dita. Sendo positive o juizo de admissibilidade, 0 érg&o julgador adentraré ao mérito e apreciaré o recurso, dando provimento a ele ou n&o. O mérito do recurso pode estar fundamentado em: «Error in procedendo - Alegac&o de algum erro processual cometido pelo Juiz, que conduz a anulagao da decisao * Error in judicando - Alegacdo de “injustiga” da decisdo, ou seja, o Juiz julgou de uma forma que o recorrente entende ndo ser a que condiz com 0 ordenamento juridico. Visa a reforma da decisdo. Efeitos dos recursos + Efeito obstativo - O recurso, quando interposto, impede a ocorréncia da preclusdo temporal. « Efeito devolutivo - £ 0 efeito mediante o qual o recorrente devolve ao Tribunal a competéncia para conhecer a matéria impugnada e apreciar o recurso. « Efeito suspensivo - O efeito suspensivo nao esté presente em todos os recursos, e diz respeito a impossibilidade de a decisdo impugnada produzir efeitos enquanto nao for julgado o recurso. « Efeito Translativo - Refere-se a possibilidade de o Tribunal conhecer, de oficio, determinadas matérias que no foram impugnadas pelo recorrente. + Efeito substitutivo - E 0 efeito que implica na substituicéo da decisao recorrida pela deciséo do juizo ad quem, seja mantendo ou reformando a decisao atacada. = Efeito regressivo (ou iterativo ou diferido) - O efeito regressivo também néo esta presente em todos os recursos, e é 0 efeito que permite Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 23 de 36 Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB OAR ao prolator da decisdo se retratar da decisdo proferida, evitando a remessa ao érgaio ad quem (érgao recursal). * Efeito Extensive - Decorre da necessidade de que haja isonomia no julgamento de todos aqueles que respondem pelo mesmo fato. Assim, se um dos corréus interpée recurso, a deciséo desse recurso se estende aos demais, SALVO SE FUNDADA EM RAZOES DE CARATER ESTRITAMENTE PESSOAL. Principios recursais * Duplo grau de jurisdigéo - Toda decisio deve estar submetida a reapreciagao por outro orgao do Judiciério, que Ihe é superior. A maior parte da Doutrina entende que este princip‘o fii ar ieee fia Constiti¢as como sendo obrigatério em todos os casos. * Taxatividade - Somente se pode considerar como recurso aquele que esta previsto expressamente em Lei, n&o existindo hipdtese de recursos sem previsdo legal. * Singularidade (Ou unirrecorribilidade ou unicidade) - E o principio segundo o qual para cada decisdo somente é cabivel um unico recurso. = Voluntariedade - A existéncia do recurso sé pode decorrer da vontade da parte, nao existindo hipdtese de recurso obrigatorio. * Fungibilidade - 0 principio da fungibilidade recursal determina que, interposto um recurso de maneira errada pela parte, é possivel que 0 6rgao recursal receba este recurso como sendo o correto, desde que inexista ma-fé. = Non reformatio in pejus - O recurso interposto pela defesa NUNCA poderé ser julgado de forma a agravar a situacao do réu. Veda-se, ainda, a aplicagéo da reformatio in pejus indireta. * Complementariedade - 0 recorrente poderé complementar a fundamentagdo de seu recurso (razées recursais) quando a decis&o atacada for modificada apés a apresentacdes das razées recursais. = Colegialidade - Principio nem sempre trabalhado pela Doutrina, prega que a parte tem direito de, uma vez recorrendo, ter seu recurso apreciado por um érgio colegiado. RECURSOS EM ESPECIE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Cabimento - Destina-se a impugnar decisées interlocutérias. Contudo, o RESE 6 poder ser manejado nas hipéteses TAXATIVAMENTE previstas no art. 581 do CPP. GBS JURISPRUDENCIA vem admitindo o cabimento do RESE em situagdes andlogas as do art. 581 do CPP. Topicos importantes quanto ao cabimento: « Deciséo que julga extinta a punibilidade - Se estiver no corpo da sentenca, 0 recurso sera a apelacao. Logo, sé cabe o RESE se a decisao for isolada. Se a decisdéo for proferida em sede de EXECUCAO PENAL, caberd 0 AGRAVO em execugao. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 24 de 36 & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB OAR Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo + Toda e qualquer decisdo proferida pelo Juiz da execuc&o penal seré atacével mediante agravo em execucdo. Assim, todas as hipdteses do art. 581 que tratam de situagées durante o cumprimento da pena, foram tacitamente revogadas pelo art. 197 da LEP. Processamento Prazo - 05 DIAS, salvo na hipétese do inciso XIV, na qual o prazo sera de 20 DIAS. EXCECAO: 0 prazo para o assistente de acusag3o, NAO HABILITADO, interpor © RESE contra decisdo que declara extinta a punibilidade, sera de 15 dias, contados a partir do momento em que termina o prazo para o oferecimento do recurso pelo MP. Forma - Por peticdo ou por termo nos autos. Razées - Devem ser apresentadas em 02 dias. Juizo de retratag4o - O Juiz poderd, em 02 dias, reformar sua decisao (efeito regressivo do recurso). ; I Rx eoac ™ Ese a decisdo for de rejeicado da inicial acusatéria? Neste caso o acusado ainda nao foi citado, mas deve ser intimado para apresentar suas contrarrazées (simula 707 do STF). Efeito suspensivo - © RESE néo possui, em regra, EFEITO SUSPENSIVO. EXCEGOES: "> Decisdo que determina a perda do valor da fianga > Deciséo que denegar a apelacao ou julga-la deserta ® RESE interposto contra deciséo de pronuncia Remessa ao Tribunal REGRA - Subird ao Tribunal por traslado ou instrumento (mediante a remessa de cépias de determinadas pecas do processo, pois os autos do proceso ficaréo no Juizo de primeira insténcia). EXCEGOES: * Quando se tratar de RESE interposto de “oficio” pelo Juiz - Atualmente isso sé ocorre com a deciséio que concede o HC. + Nas hipéteses dos incisos I, III, IV, VIII e X do art. 581. «* Quando a subida dos autos ao Tribunal nao prejudicar o andamento do processo Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 25 de 36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo farestrategia APELAGAO. Cabimento - A apelac’o, em regra, serd o recurso cabivel para atacar as SENTENGAS. No entanto, a apelacdo seré também um recurso SUBSIDIARIO. com relaco as decisdes interlocutorias mistas (terminativas ou nao- terminativas), pois serdo apelaveis estas decisées quando n&o for, para elas, previsto 0 cabimento do RESE. DECISOES INTERLOCUTORIAS MISTAS TERMINATIVAS OU NAO (DECISOES DEFINITIVAS OU COM FORCA DE DEFINITIVAS) SOMENTE SE NAO FOR CABIVEL 0 RESE SENTENCAS DEFINITIVAS DE CONDENAGAO OU ABSOLVICGAO. SEMPRE DECISGES PROFERIDAS NO BOJO DO PROCEDIMENTO DO. SOMENTE NOS CASOS PREVISTOS NO ART. 593, III DO CPP TRIBUNAL DO JURI Processamento Prazo - 05 DIAS. EXCEGOES: + Prazo para a interposic&o de apelacdo pelo ofendido nos crimes de aco penal publica — Se ja estiver habilitado como assistente de acusacdo, o prazo sera de 05 dias. Contudo, caso ainda nao tenha se habilitado, o prazo sera de 15 dias. Em ambos os casos © prazo sera contado a partir do escoamento do prazo para o MP (art. 598, § Unico do CPP e stimula 448 do STF), No primeiro caso, contudo (assistente ja habilitado), o prazo seré contado da data de sua intimagao, caso seja posterior 4 do MP. + Apelago nos processos da competéncia do JECrim - Neste caso 0 prazo é de 10 dias. RECORRENTE PRAZO INICIO PARTES. 05 DIAS Contados da intimacao ASSISTENTE DE 05 DIAS Do dia em que terminar o prazo para o MP ACUSACAO * Caso tenha sido intimado apés o MP, serd HABILITADO contado da data da intimagao Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 26 de 36 Agia Resumos Reta FINnat - XXIV Exame DA OAB [arEstrategia ne ar ce Procsssuat Penal (prte 2) Prof. Renan Araujo ASSISTENTE DE 15 DIAS Contados do dia em que terminar 0 prazo do ACUSACAO NAO HABILITADO Forma - Por petigdo ou por termo nos autos. Razées - Devem ser apresentadas em 08 dias. EXCECOES: + Razdes apresentadas pelo assistente em relac&o ao recurso que Mao foi por ele interposto - 03 dias * Raz6es no rito sumarissimo (Juizados Especiais Criminais) - Simultaneamente com a apelagéo * RazGes nos processos por contravencao - 03 dias Efeitos Devolutive - Possui, como todo recurso. Em se tratando de apelacéo da DEFESA, ainda que se tenha recorrido apenas de parte da decisao, 0 efeito devolutivo abrange TODA A MATERIA TRATADA NO PROCESSO. BSE No rito do juri a fundamentac&o é vinculada. O Tribunal néo pode determinar a realizagdo de novo julgamento com base em fundamento nao alegado no recurso. Efeito regressivo - Nao ha. Efeito suspensivo = Apelagao interposta contra sentenca absolutéria prépria - Nao possui efeito suspensivo. * ApelagSo interposta contra sentenga absolutéria imprépria - Possui efeito suspensivo. = Apelacdéo interposta contra sentenga condenatéria - Possui efeito suspensivo. + Apelagao interposta pelo assistente de acusaco — Nao possui efeito suspensivo. Processamento Interposicao - Perante o Juiz que proferiu a decisdo. Apés a apresentacao das razSes e contrarrazées, sobe ao Tribunal. REGRA - Sobe ao Tribunal junto com os autos principais. EXCECAO: Subira por traslado se houver dois ou mais réus e algum deles nao tiver sido julgado, ou tendo sido julgado, nao tiver apelado EMBARGOS INFRINGENTES Conceito - Cabivel quando, durante o julgamento de um recurso (apelacao ou RESE), em segunda instancia, houver deciséo néo-unanime Prazo - 10 dias. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 27 de 36 Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB OAR Efeitos - Nao possui efeito suspensivo nem regressivo. EMBARGOS DE DECLARACAO Conceito - Os embargos de declaracéo sdo o recurso cabivel para sanar alguma obscuridade, omisséo0, ambiguidade ou contradigao na decisao. Prazo - 02 dias. Forma - So podem ser opostos por PETICAO, e ndo por termo nos autos. Efeitos - Interrompe o prazo para a interposigéo dos demais recursos. ARTA TESTEMUNHAVEL Cabimento - Cabivel quando nao recebido o recurso que deva ser remetido a instancia superior ou, embora recebido, nao seja remetido a instancia superior. Possui natureza RESIDUAL (sé é cabivel se nao for previsto outro recurso para a hipotese). Interposicao - Dirigida ao Escrivao. Prazo - 48 horas. Processamento - O mesmo traémite do recurso que n&o foi admitido. Efeito suspensivo - Nao possui Efeito regressivo - Possui. AGRAVO EM EXECUCAO Cabimento - Impugnar as decisées proferidas na execugao penal. Prazo - 05 dias (simula 700 do STF). Razdes recursais = 02 dias. Rito - Segue o rito do Recurso em Sentido Estrito. Efeitos - NAO possui, em regra, efeito suspensivo. Possui efeito regressivo (segue o rito do RESE, que possui). REVISAO CRIMINAL Conceito - NAO E RECURSO, Trata-se de ag&o auténoma de impugnagao. Cabimento - Visa a desconstituir a sentenca condenatéria estando sujeita a prazo, pois pode ser manejada a qualquer tempo, DOIREW. Trata-se de meio de impugnagSo privativo da defesa. Pressupostos + Existéncia de sentenca condenatéria criminal - Nao se admite em face de sentenga absolutoria, SALVO NO CASO DE SENTENCA ABSOLUTORIA IMPROPRIA. + Existéncia de transito em julgado Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 28 de 36 & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB OAR Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo Reo ATENGAO! Na Revisdo Criminal néo cabe DILACAO PROBATORIA, ou seja, a prova deve ser PRE-CONSTITUIDA. ™ Ese houver necessidade de prova pericial ou testemunhal? Deveré © autor requerer a realizag3o de AUDIENCIA DE JUSTIFICAGAO (espécie de cautelar de produgdo antecipada de provas). Competéncia + Do STF e do STJ quando a Revisao Criminal se der contra decisées por eles proferidas + Pelos TRFs e TJs quando a Revis&o Criminal tiver por objeto decisdes proferidas por eles ou pelos Juizes a eles vinculados Efeitos Sendo julgada procedente a revisdo, poderd ser: ® Alterada a classificacdo da infracdo ™ Absolvido o réu > Modificada a pena ® Anulado o processo BSE Nunca poderd ser agravada a situacdo do réu (non reformatio in pejus). HABEAS CORPUS Natureza - Trata-se de um suced4neo recursal externo. Um instrumento similar a um recurso, mas néo é recurso, pois é uma acéo auténoma (um novo processo). Espécies * Preventive - Finalidade 6 preservar a liberdade de qualquer pessoa, quando hé risco de violagao a este direito. «= Repressivo - Fazer cessar violacéo a liberdade. BSE Doutrina e Jurisprudéncia admitem, ainda, uma terceira modalidade de HC, cuja finalidade é suspender atos processuais ou impugnar procedimentos que ossam importar em prisdo futura da pessoa. E o chamado HC TRANCATIVO. Nao se admite HC para determinar o trancamento de aco penal ou IP quando se trata de infragéo penal em que n&o ha possibilidade de aplicacéo de pena privativa de liberdade (stimula 693 do STF). Sujeitos do HC Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 29 de 36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo + Impetrante - E aquele que ajuiza o HC. Qualquer pessoa pode impetrar um HC em seu favor ou em favor de outra pessoa. Inclusive o MP pode impetrar 0 HC em favor de alguém. NAO SE EXIGE CAPACIDADE POSTULATORIA (Nao é necessaria a presenca de advogado). A PESSOA JURIDICA PODE IMPETRAR HC. CUIDADO! O Juiz nao pode impetrar HC, mas pode concedé-lo sem que haja pedido (de oficio). * Paciente - E aquela pessoa em favor da qual se impetra o HC (Impetrante e paciente podem ser, portanto, a mesma pessoa). * Coator - E a autoridade (ou o particular) que privou a liberdade de locomogao da pessoa ou que esté ameacando privar a liberdade da pessoa. Cabimento Considera-se ilegal a privacdo da liberdade quando: «Nao houver justa causa; + Alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; = Quem ordenar a coacao ndo tiver competéncia para fazé-lo; + Houver cessado 0 motivo que autorizou a coagéo; = Nao for alguém admitido a prestar fianca, nos casos em que a lei a autoriza; + O processo for manifestamente nulo; + Extinta a punibilidade. Brome nota! A Doutrina e a Jurisprudéncia NAO admitem mais a utilizagao do HC como substituto recursal, ou seja, sua utilizagdo ao invés da utilizagéo do recurso cabivel. O Assistente de acusacdo nao pode intervir no HC. O HC n&o comporta dilac&io probatoria, ou seja, o impetrante deve provar, DE PLANO, a ilegalidade da coacao. E incabivel o HC para impugnar decisao que defere a intervencao do assistente de acusacdo na aco penal. E incabivel a utilizagao do HC para atacar ato de punicao disciplinar militar (prisio do militar), salvo se a priséo foi determinada de maneira ilegal (por autoridade incompetente, etc.), mas nao o mérito da medida. JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS Competéncia - Processo ¢ julgamento das infragdes de menor potencial ofensivo. Infragées de menor potencial ofensiv Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 30 de 36 & Estratégia Resumos RETA FINAL ~ XXIV Exame DA OAB OAR Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo CONTRAVENGOES CRIMES PENAIS TODAS APENAS AQUELES CUJA PENA MAXIMA NAO SEJA SUPERIOR A 02 ANOS BSE Determinados crimes no se submetem aos Juizados: * Crimes militares - Nao importa qual a pena cominada (se é menor que dois anos ou nao), n&o se aplica o rito sumarissimo aos crimes militares. ON Rx Roto CUIDADO! Em relacao aos crimes de violéncia doméstica, 0 STF e o STJ entendem que é possivel 0 julgamento pelo rito sumarissimo, 0 que nao é possivel é a aplicacdo dos institutos despenalizadores (transacao penal, suspensao condicional do proceso, etc.) OBS Se a IMPO tiver de ser julgada por outro Juizo (por razées de conexao ou continéncia), deversio ser aplicados os procedimentos relativos as IMPOs (transag&o penal, etc.). Competéncia territorial - A competéncia territorial sera determinada pelo lugar em que foi praticada a infracdo penal Principios = Oralidade + Informalidade = Economia Processual = Celeridade Processual Objetivos + Reparac&o dos danos sofridos pela vitima + Aplicacdo de pena ndo-privativa de liberdade Procedimento Atos chamatérios A citaco seré NECESSARIAMENTE PESSOAL. Néo cabe citacSo por edital! A Doutrina entende ser inadmissivel também, por analogia, a citagéo por hora Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br side 36 (FEstratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) OB Prof. Renan Araujo certa. Se for necess4ria citacdo ficta (edital ou hora certa) = processo vai para 0 Juizo comum (adota-se o rito sumério). Fase preliminar Termo circunstanciado e priséo em flagrante - Nao ha instauracdo de IP em relagaéo as IMPOs, devendo ser lavrado termo circunstanciado. (BSH Seré dispensavel o exame de corpo de delito, desde que o termo circunstanciado esteja acompanhado por boletim médico ou prova equivalente, atestando a materialidade do fato. GBS Se o autor do fato se comprometer a comparecer a todos os atos do processo, néo podera ser lavrado auto de prisao em flagrante. Audiéncia preliminar e composicao civil dos danos + Apés a etapa em sede policial, sera designada audiéncia preliminar = Obtida a composicao civil dos danos causados, o Juiz a homologara por sentenca, que sera IRRECORRIVEL. Esta sentenca valeré como titulo executivo na seara civel. * Se o crime for de ac&o penal publica CONDICIONADA ou de agao penal privada, a composico civil dos danos acarreta a RENUNCIA DO DIREITO DE OFERECER REPRESENTACAO OU QUEIXA. + Caso nao seja obtida a composicdo civil dos danos, e sendo caso de acao penal privada ou publica condicionada a representacéio, o Juiz dara oportunidade ao ofendido para que apresente a sua representac3o ou ofereca a queixa. * Caso 0 ofendido nao a exerca no momento, podera exercer esse direito posteriormente (oferecimento de queixa ou representacg3o), desde que dentro do periodo legal. = Caso 0 ofendido ofereca a representacéo (crimes de ac&o penal publica condicionada) ou sendo crime de ac&o penal publica incondicionada, o Juiz daré vista ao MP para que proponha, se for cabivel, a TRANSAGAO PENAL. Transacao penal Conceito - Proposta de aplicacéo imediata de pena restritiva de direitos ou multas (a ser especificada na proposta). Em troca, o MP deixa de ajuizar a acéo penal. Espécie de “acordo” entre o suposto infrator e o MP. Inadmissi lade + Se 0 autor do fato tiver sido condenado, pela pratica de crime, @ pena privativa de liberdade, por sentenga definitiva + Se o autor do fato tiver sido beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, com a transacéio penal Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 32 de 36 & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB OAR Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo + Os antecedents, a conduta social e a personalidade do agente, bem como 0s motivos e as circunstdncias ndo indicarem ser necessdria e suficiente a adocao da medida Aceitagao * Sendo aceita a proposta, ela sera submetida ao Juiz, para que a acolha ou nao. = Caso 0 Juiz acolha a proposta, aplicara a pena restritiva de direitos ou multa, mas essa sang3o nao é considerada uma condenac&o, nem é levada em conta para fins de reincidéncia. * Da decisao do Juiz que acolhe ou nao a proposta, caberé APELACAO. = Ese o acusado NAO ACEITAR a proposta de transacio penal? Nesse caso, o MP oferecera dentincia oral, se néo for caso de realizacéo de alguma diligéncia. Se a ac&o penal for privada, o ofendido poder oferecer a queixa (aco penal privada). aN CRireeoce A transacéo penal é direito subjetivo do réu? O STJ entende que nao (AgRg no REsp 1356229 / PR). = Cabe transagéo penal em acdo penal privada? Sim, e neste caso o ofendido é quem deve oferecer a proposta. Procedimento sumarissimo propriamente dito * Na inicial acusatéria devem ser arroladas as testemunhas, cujo ntimero a Lei nio diz. Aplica-se, por analogia o nimero de testemunhas do rito sumario = maximo de 05 testemunhas. * Apés esse momento, proceder-se-d a citag3o do acusado. = Na audiéncia de instrug&o e julgamento o Juiz: v Dara a palavra a defesa responder a acusacdo ¥ O Juiz rejeita ou recebe a inicial acusatéria v Recebendo a inicial, o Juiz pode absolver sumariamente o réu ¥ N&o havendo absolvigdo sumaria, ouvira a vitima, as testemunhas de acusacéo e defesa e, por ultimo, procederd ao interrogatério do acusado (NESTA ORDEM). ¥ Apés isso, passa-se a fase dos debates orais Vv Apés os debates orais, o Juiz profere sentenga Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 33 de 36 & Estratégia Resumos Reta FINAL - XXIV ExamME DA OAB OAR Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo ™® Da sentenca final ou da decisdo de rejeicado da inicial acusatéria caberé APELACAO, no prazo de 10 dias. ™ Sio cabiveis, ainda, EMBARGOS DE DECLARACAO, no prazo de 05 dias, caso haja omissao, obscuridade ou contradic&o na sentenca ou acdrdao. Os embargos INTERROMPEM o prazo para interposicao da apelagao. IN ATENGAO! Como regra, em face da decisdo de rejeic&o da inicial acusatéria (denuncia ou queixa) cabe RESE (recurso em sentido estrito). No rito sumarissimo o recurso cabivel para este caso é a apelacao, no prazo de 10 dias. Suspensio condicional do processo Conceito - Suspens&o do processo, por 02 a 04 anos, durante os quais 0 acusado ficara “sob prova”. S6 é cabivel se o acusado nao estiver sendo processado ou no tiver sido condenado por outro crime. Devem estar presentes os demais requisitos que autorizariam a suspens&o condicional da pena. Cabimento Somente pode haver SUSPENSAO CONDICIONAL DO PROCESSO em relacéio as infracées penais cuja pena minima nao seja superior a 01 ano, ™ Mas e se ha previsdo de alguma causa de aumento de pena? Ela é considerada para o calculo da pena minima? Sim. Neste caso a pena minima sera a pena-base minima acrescida do aumento minimo. > Ese oautor do fato néo aceitar a proposta de suspensio condicional do processo? O processo seguira normalmente. Aceitaciio da proposta Aceita a proposta de suspensao do processo pelo acusado e por seu defensor, na presenga do Juiz, seré submetida a apreciacao deste (Juiz) que, suspendendo o processo, submetera o acusado a periodo de prova, sob determinadas condicées: Reparacao do dano, salvo se nao tiver condicées. Proibicdo de frequentar determinados lugares. Proibicéo de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorizacao do Juiz. Comparecimento pessoal e obrigatério a juizo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. + Outras condigées especificadas pelo Juiz. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 34 de 36 Resumos Reta FINAL - XXIV ExaME DA OAB Direito Processual Penal (parte 2) Prof. Renan Araujo Rv Rnto © titular da acao penal est4 obrigado a oferecer a proposta de suspensio condicional do processo? O STJ possui o seguinte entendimento: + A decisio do MP em n&o ofertar a proposta de suspensdo deve ser fundamentada na auséncia dos requisitos previstos na Lei para sua concessao. + Juiz pode (e deve) avaliar a conduta do MP ao néo ofertar a proposta, para verificar se ela esté devidamente fundamentada. E se o réu preenche devidamente todos os requisitos para a obtencao do beneficio, mas o beneficio nao é proposto? Prevalece o entendimento de que o Juiz deveré remeter 0 caso a apreciacao do PGJ, em analogia ao art. 28 do CPP Revogacéo do beneficio OBRIGATORIA FACULTATIVA * Auséncia de reparagéo do + Descumprimento de qualquer dano (sem justo motivo) outra condicéo + Acusado vier a_ ser + Acusado vier a ser processado processado por novo por contravencgaéo (ainda que CRIME (ainda que tenha sido tenha sido praticada antes) praticado antes da suspensao - HC 62401 / ES - STJ) BSH Durante o prazo da suspensdo condicional do processo NAO CORRE A PRESCRICAO. Findo o prazo sem revogagao, estaré EXTINTA A PUNIBILIDADE. A extingao da punibilidade, contudo, deve ser declarada pelo Juiz. Juizados especiais criminais federais Procedimento - Mesmas regras dos Juizados Especiais Criminais. EXCEGAO: Nos Juizados Federais Criminais, nao ha julgamento de CONTRAVENGOES. PENAIS, pois a Justica Federal NAO POSSUI COMPETENCIA para o processo e julgamento de contravengées penais. Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 35 de 36 Agqja Resumos Reta FINAL - XXIV Exame DA OAB [arEstrategia ne ar ce Procsssuat Penal (prte 2) Prof. Renan Araujo Chegamos ao final da segunda parte do nosso resumo de Direito Processual Penal. Nos esforgamos para nao ultrapassar as 50 paginas combinadas para cada resumo, a fim de que vocé possa estuda-lo com tranquilidade. Bons estudos! Prof. Renan Araujo M E-mail: profrenanaraujo@gmail.com og Periscope: @profrenanaraujo Eiracebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia som Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hi=pt-br ‘uly outube: www.youtube.com/channel/UCIIFS2cyREWT350ELN8wcFQ Estratégia OAB www.estrategiaoab.com.br 36 de 36

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