2017
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DE QUÍMICA GERAL PARA 11ª
CLASSE: G.S.I
REACÇÃO QUÍMICA
EQUILÍBRIO QUÍMICO
VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO
VOLUMETRIA DE REDOX
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REACÇÃO QUÍMICA
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Fração mássica
Semelhantemente ao conceito de fração molar, a fração mássica de um componente
representa a razão entre a massa desse componente e massa total da solução. Existe
ainda a fração volumétrica, quando multiplicadas por 100%, nos dão a percentagem
mássica e volumétrica, respetivamente.
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EQUAÇÃO QUÍMICA
Representa-se uma reação química através de uma equação química. Você já deve estar
familiarizado com estas equações, pois toda vez que um fenômeno químico tem de ser
ilustrado, utilizam-se estas equações. Considere a equação química representada abaixo:
C12 H22 O11 + 24 H2 SO4 → 24 SO2 + 12 CO2 + 35 H2 O
As substâncias que estão antes da seta são chamadas de reagentes e as que estão após a
seta são chamadas de produtos, ou seja, os reagentes são as substâncias que vão reagir
para formar os produtos da reação química.
Os números que antecedem cada substância são os coeficientes estequiométricos, que são
os menores números inteiros que indicam a proporção entre as espécies que estão
reagindo e sendo formadas, ou seja, indicam o balanço estequiométrico da reação
química. Na reação acima, para cada molécula de celulose (C12 H22 O11 ), são necessárias
24 moléculas de ácido sulfúrico e são formadas 24 moléculas de dióxido de enxofre, 12
moléculas de dióxido de carbono e 35 moléculas de água.
Pode também utilizar-se a mesma relação para número de molis, ao invés de número de
moléculas, o que em geral é mais conveniente.
A seta que separa os reagentes dos produtos pode ser simples ou dupla. A seta simples
indica que a reação ocorre apenas no sentido indicado; enquanto que a seta dupla mostra
que a reação é reversível, isto é, existe um equilíbrio entre os dois sentidos da reação.
Sobre ou sob a seta que separa os reagentes dos produtos na equação química, podem ser
indicadas as condições necessárias para que a reação ocorra. Para isso costumam ser
utilizados símbolos. Abaixo estão alguns desses símbolos e seu significado:
∆ − calor fornecido à reação;
λ − energia luminosa (luz);
cat. −catalisador;
∇ − energia eléctrica.
Estado de agregação dos reagentes e produtos é indicado ao lado de cada substância, entre
parênteses, utilizando-se os símbolos (s) para sólido, (l) para líquido, (g) para gasoso e
(aq) para aquoso.
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Por exemplo:
∇
2H2 O(l) → 2H2 (g) + O2 (g)
Esta representação significa que a água líquida, sob uma descarga elétrica, decompõe-se
em hidrogênio e oxigênio gasosos. É comum também encontrar a indicação do estado
físico em notação subscrita.
Uma equação química deve estar balanceada, ou seja, deve mostrar que átomos não são
criados nem destruídos em uma reação, apenas combinam-se de formas diferentes.
Portanto, a mesma quantidade de átomos de um elemento que existe nos reagentes deve
existir nos produtos da reação. Os coeficientes da reação nos fornecem a proporção entre
os compostos que reagem e os que são formados, deixando a equação balanceada.
Reação de oxirredução
Reações de oxirredução são aquelas que apresentam transferência de eletrões entre os
reagentes, ou seja, são aquelas onde ocorre variação do Nox de alguns dos elementos
envolvidos na reação. A oxidação é a perda de eletrões, e a espécie que doa seu elétron
se oxida.
Fe+2 + e̅ → Fe+3
O ião Fe+2 perde um elétron, isto é, sofre oxidação, e passa para a forma Fe+3. O elemento
que se oxida provoca a redução de um outro elemento. Diz-se então que o elemento que
se oxida é o agente redutor, pois provoca a redução de outro elemento.
A redução é o ganho de eletrões, e a espécie que recebe um elétron se reduz.
Sn+4 + 2e̅ → Sn+2
O ião Sn+4 ganha dois eletrões, isto é, sofre redução, e passa para a forma Sn+4 O elemento
que se reduz provoca a oxidação do outro elemento. Diz-se que o elemento que se reduz
é o agente oxidante, que provoca a oxidação em outro elemento.
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Portanto:
O agente oxidante sofre redução, provocando a oxidação da outra espécie participante
da reação.
O agente redutor sofre oxidação, provocando a redução da outra espécie participante
da reação.
Observe que não existe uma reação de oxidação sem haver uma reação de redução. A
ocorrência de uma depende, exclusivamente, da ocorrência da outra. São reações de
oxirredução as reações de combustão, de corrosão e várias outras. Veja o exemplo abaixo
da reação de combustão do carbono:
C + O2 → CO2
O carbono (substância simples) passou do Nox 0 para Nox +4, portanto ele perdeu +4,
portanto ele perdeu eletrões, se oxidou e seu Nox aumentou. Já o oxigénio (substancia
simples também) passou do Nox 0 para o Nox -2, portanto se reduziu e seu Nox diminui.
Logo, o oxigénio (O2) é o agente oxidante, pois causou a oxidação do carbono, e o
carbono (C) é o agente redutor, pois causou a redução do oxigénio.
Podemos dar nomes para essas reações de decomposição de acordo com a condição
necessária para que a reação ocorra. Assim,
Pirólise: é a decomposição que ocorre mediante fornecimento de calor;
Eletrólise: é a decomposição que ocorre pela passagem de corrente elétrica;
Fotólise: é a decomposição que ocorre por irradiação luminosa.
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Reação de síntese ou composição
É o nome dado às reações em que duas ou mais substâncias, simples ou compostas,
formam apenas uma substância composta.
Vejamos alguns exemplos:
C + O2 → CO2
CaO + CO2 → CaCO3
Reação ácido-base
Esse tipo de reação já foi apresentado anteriormente quando as funções inorgânicas
foram abordadas. Dentro desse tópico, podemos citar as reações de:
a) Neutralização: reação entre um ácido e uma base, em que sal e água são formados.
HCl + NaOH → NaCl + H2 O
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b) Hidrólise: é o processo inverso da neutralização. Sais formados a partir de ácidos
ou bases fracas apresentam reação inversa, isto é, reagem com a água regenerando o
ácido e/ou a base correspondente. Assim, quando esses sais são dissolvidos em água
podem formar soluções com caráter ácido ou básico. As reações de hidrólise estão
sempre em equilíbrio. Observe o exemplo de reação de hidrólise abaixo, onde
prevalece o caráter ácido da solução.
NH4 + + Cl− + H2 O → NH4 OH + H + + Cl−
NH4 + + H2 O → NH4 OH + H +
Então, quanto ao calor envolvido em uma reação, ela pode ser classificada em:
Reação exotérmica: são as reações químicas que libertam calor;
Reação endotérmica: são as reações químicas que absorvem calor.
O calor é representado nestas reações pela variação de entalpia, escrita ao fim da reação.
Se a reação é endotérmica, isto é, absorve calor, a variação da entalpia é positiva. Se a
reação é exotérmica, isto é, libera calor, a variação de entalpia é negativa.
Por exemplo:
∆
C(s) + O2 (g) → CO2 (g) ∆H = −393,5 kJ
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Espontaneidade de uma reação
Para prever a espontaneidade de uma reação química, devemos avaliar não só o conteúdo
de calor do sistema, como também seu grau de desordem, pois há na Natureza uma
tendência de caminhar tanto para um estado de menor energia quanto para o estado de
maior desordem possível. O grau de desordem de um sistema é chamado de entropia.
A variação de entropia (ΔS), isto é, o grau de desordem dos produtos menos o grau de
desordem dos reagentes (ΔS= Sp -Sr), nos indica o estado de desordem do sistema. É
expressa em unidades de energia por temperatura absoluta (J/K) ou em unidades de
energia por temperatura absoluta por mol (J/K.mol).
ΔS positiva – o sistema aumenta sua desordem
ΔS negativa – o sistema diminui sua desordem
CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO
Uma equação química balanceada expressa a quantidade química equivalente de
reagentes e produtos. O cálculo estequiométrico é o cálculo das quantidades de reagentes
e produtos das reações químicas feito com base nas leis das reações.
Desse modo, pode-se calcular a quantidade de produtos formada a partir dos reagentes ou
a quantidade de reagentes necessária para formar determinada massa de produto, sempre
com base na equação química balanceada. Também se utiliza o cálculo estequiométrico
para determinar a eficiência de uma reação e a pureza das substâncias formadas.
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TIPOS DE FÓRMULAS
Vejamos um exemplo:
Uma amostra contém 2,4 g de carbono e 0,6 g de hidrogênio (Dados: massas atômicas:
C = 12, H = 1). Para determinar a fórmula mínima do composto?
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2º método: é relacionando as percentagens em massa com a massa molecular do
composto.
C = 40,9%
{ = 4,55% ; MM = 176
H
O = 54,6%
considerando que a sua fórmula molecular seja: Cx Hy Oz
agora devemos relacionar as percentagens em massa com as massas atômicas e a massa
molecular:
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2) Lei de Proust ou Lei das Proporções Constantes: “Uma determinada substância pura,
qualquer que seja sua origem, contém sempre os mesmos elementos combinados na
mesma proporção em massa.”
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REACÇÕES NO LABORATÓRIO E NA INDÚSTRIA
Os cálculos estequiométricos vistos até agora referem-se a condições teóricas. Na prática,
em certas situações, os reagentes são misturados em quantidades não estequiométricas,
ou então apresentam impurezas. Nem sempre, também, as reações ocorrem com
aproveitamento total. A seguir estudaremos algumas dessas situações práticas.
Para resolver questões que envolvem reagentes limitantes e em excesso, podemos seguir
as etapas abaixo:
a) considere um dos reagentes como limitante e determine quanto de produto seria
formado;
b) repita o procedimento para o outro reagente;
c) a menor quantidade de produto encontrada corresponde ao reagente limitante e indica
a quantidade de produto formada.
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CAPÍTULO II: EQUILÍBRIO QUÍMICO
Definição de Equilíbrio
A maioria das reações que nós trabalhamos, quando realizadas num sistema fechado, é
reversível. Quando colocamos substâncias num recipiente e elas começam a reagir, vão
formando novas substâncias chamadas produtos. Após determinado tempo, estes
produtos reagem entre si, produzindo as substâncias iniciais. Este processo ilustra uma
reação reversível, como demonstrado na equação genérica a seguir:
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Voltemos à nossa reação:
Podemos escrever a expressão da velocidade da reação direta (da esquerda para a direta)
V1:
V1 = k1 × [N2 O4 ]
E a equação para a reação inversa (da direta para a esquerda) V2 será:
V2 = k 2 × [NO2 ]2
Quando o sistema atinge o equilíbrio, podemos igualar V1 e V2:
k1 [NO2 ]2
V1 = V2 ⟹ k1 × [N2 O4 ] = V2 = k 2 × [NO2 ]2 ⟹ =
k 2 [N2 O4 ]
Como k1 e k2 são constantes, então k1/k2 também é uma constante. Essa nova constante é
chamada constante de equilíbrio, e é simbolizada por Kc.
Para o equilíbrio:
[NO2 ]2
Kc =
[N2 O4 ]
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SIGNIFICADO DE KC: quê informação pode retirar-se do fato de se conhecer o Kc de
uma reação?
Se o Kc de uma reação for muito alto, pode concluir-se que, ao atingir o equilíbrio, haverá
muito produto do que reagente, logo, será maior a extensão da reação direta.
Por outro lado, se os valores de Kc forem muito baixos, observa-se que reação direta será
favorecida, ou seja, no equilíbrio ter-se-á mais reagentes do que produtos.
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Assim, o número de mol de cada espécie na condição de equilíbrio é:
HA = n − α × n ou n(1 − α)
H + = nα
A− = nα
Usando esses valores, vamos determinar o valor de Ki:
nα nα
[H + ] × [A− ] × V α2 n α2
Ki = ⇒ Ki = V = × ⇒ Ki = ×M
[HA] n(1 − α) 1 − α V 1−α
V
No caso dos ácidos fracos (α<5%), o valor de (1-α) na expressão será considerado
aproximadamente 1. Assim, a expressão do K será representada por:
K i = α2 × M
Como Ki é uma constante, quanto menor for a concentração molar (M), ou seja, quanto
mais diluída a solução, maior será o grau de ionização (α).
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Sistemas Gasosos
Em sistemas gasosos, a quantidade de reagente e produtos também pode ser verificada
pela pressão parcial de cada um dos gases participantes da reação, porque a concentração
molar de um gás é diretamente proporcional a sua pressão parcial. Para comprovar esta
relação, basta observar a lei dos gases ideais.
n
PV = nRT ou P = × RT
V
Em n/V corresponde à concentração molar.
A lei de equilíbrio desta reação pode ser descrita em função das concentrações molares,
como visto anteriormente:
[N2 ]2
Kc =
[N2 ][H2 ]3
Ou em função das pressões parciais:
P 2 NH3
Kp =
PN2 P 3 H2
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Relação entre Kp e Kc
Para algumas reações, os valores de Kp e Kc são iguais. Porem, para mutas outras, as
duas constantes apresentam valores diferentes. Portanto, é necessário calcular uma a
partir da outra.
A equação que nos permite fazer esse calculo é deduzida a partir da lei dos gases ideias.
K p = K c × (R × T)∆n
Grau de equilíbrio
Considere um frasco fechado, inicialmente, com 9 moles de ozónio. Admita que no
equilíbrio entre ozónio e oxigénio existam 6 moles de ozónio e 4,5 moles de oxigénio.
Para calcular o número de moles de ozónio que reagiram, temos:
n (reagiram) = 9 – 6 = 3 moles de ozónio.
Determina-se a percentagem de moles de ozónio que reage:
É muto importante que você saiba diferenciar grau de equilíbrio e constante de equilíbrio.
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Exemplo 7: a tabela a seguir é valida para o seguinte equilíbrio de decomposição,
realizado a 500ºC:
EXERCÍCIOS
1) Para o equilíbrio CO2 + H2 ⇄ CO + H2 O. Numa determinada temperatura, a constante
Kc vale 8,4. Uma analise apontou os seguintes resultados, em determinado instante de
uma experiencia: [CO2] = 0,2 mol/l; [H2] = 0,3 mol/l; [CO] = 1,2 mol/l; [H2O] = 0,4 mol/l.
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2) num recipiente de 1 litro, colocou-se 1 mol de PCl5. Supondo o sistema:
PCl5 ⇄ PCl3 + Cl2
Homogéneo e em temperatura tal que o PCl5 esteja 80% dissociado. Determine a Kc para
esse sistema?
3) dado Kc = 61 para reação: N2 (g) + 3H2 (g) ⇄ 2NH3 (g) a 500K. Calcule se mais
amoníaco tenderá a se formar quando a mistura de composição 0,00223 mol/l de N2.
0,00124 mol/l de H2 e 0,112 mol/l de NH3 estiver presente um recipiente a 500K.
Ionização
reacção directa
HA + H2 O (l) ⇔ H3 O+ (aq) + A− (aq)
Se HÁ for um ácido forte, o equilíbrio estará deslocado no sentido da reacção directa; se
for um ácido fraco, o equilíbrio estará deslocado no sentido da reacção inversa.
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Dissociação
reacção directa
COH ⇔ C + (aq) + OH − (aq)
Se COH for uma base forte, o equilíbrio estará deslocado no sentido da reacção directa;
se for uma base fraca, o equilíbrio estará deslocado no sentido da reacção inversa.
Teoria de Arrhenius
À ideia de ácido está associado o sabor azedo, como acontece com o vinagre e o limão;
e, à ideia de base (ou álcali), estão associados um sabor adstringente e uma sensação
semelhante à provocada pelo sabão, ao tacto.
Os chamados ácidos de Arrhenius, por ionização, produzem H+, e as bases de
Arrhenius produzem OH-.
O confronto ácido vezes base é muito importante para compreender o comportamento
das substâncias químicas.
Teoria de Lewis
Ácido: é a espécie química receptora de pares de electrões (agente eletrófilo);
Base: é a espécie doadora de pares de electrões (agente nucleófilo).
Considerando a estrutura das substancias envolvidas numa reacção do tipo ácido-base, o
conceito de Lewis não é diferente do conceito de Bronsted-Lewis, só é mais amplo.
Para que uma espécie química possa receber um protão (H+) e funcionar como uma base
de Bronsted-Lowry, deve obrigatoriamente ter um par de electrões disponíveis, não
compartilhados. Veja os exemplos:
NH3 (aq) + H2 O ↔ NH4 (aq) + + OH − (aq)
Ou mais especificamente, o que ocorreu com o NH3:
NH3 + H + → NH4 +
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O NH3, que nessa reacção funciona como base de Bronsted-Lowry, apresenta um par de
electrões não compartilhados, que foi utilizado para receber um protão (H+). Assim, o
NH3 também é uma base de Lewis.
O conceito de Lewis aumenta o número de espécie químicas que podem ser classificadas
como ácidos ou como bases. Assim, um protão ou mesmo um catião podem funcionar
como ácido, ou seja, podem receber um par de electrões.
[H3 O+ ] × [A− ]
Ki =
[HA]
Analogamente, para a dissociação de uma base:
reacção directa
COH ⇔ C + (aq) + OH − (aq)
[C+ ] × [OH − ]
Ki =
[COH]
Em relação aos equilíbrios iónicos, é importante observar que:
Quanto maior o valor de Ka, maior a ionização do ácido e, portanto, maior a sua força
e vice-versa;
Quanto maior o valor de Kb, maior a dissociação da base e, portanto, maior a sua força
e vice-versa;
Os valores de Ka e de Kb, assim como os valores de Kc, só variam com a temperatura.
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Poliácidos e Polibases
A ionização de um poliácido ou a dissociação de uma polibase ocorrem em varias etapas,
tantas quantos forem os catiões hidrónio, H3O+, formados pelo ácido, ou os aniões
hidróxido, OH-, libertados pela base.
Para cada uma dessas etapas, calculam-se os valores de Ki e de α.
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Considere um ácido genérico HÁ, cujo equilíbrio em solução aquosa pode ser
representado de duas maneiras:
HA (aq) ↔ H(aq) + + A(aq) −
HA + H2 O (l) ↔ H3 O+ (aq) + A− (aq)
[H3 O+ ] × [A− ]
Kc =
[HA] × [H2 O]
Água é constante.
K a = K c × [H2 O]
[H3 O+ ] × [A− ]
Ka =
[HA]
Numerador é constituído por iões em solução e o denominador é a parte não ionizada.
Pode perceber-se que: quanto maior for a concentração em mol/l de iões na solução, maior
será o valor de Ka.
Os valores das constantes de ionização de muitos ácidos já foram determinados
experimentalmente e encontra-se tabelados à mesma concentração e temperatura. Por
meio dos valores tabelados podemos comparar a força desses ácidos:
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Experimentalmente, podemos determinar também os valores dessas constantes:
K1 = 1,1 × 10−7 K 2 = 1,0 × 10−19
Note que o valor de K1 é muito maior do que o valor de K2, o que permite concluir que a
1ª ionização é muito mais fácil de ocorrer do que a 2ª que, por ter uma constante muito
baixa, será desprezada para efeito de cálculo.
Assim, deveremos considerar que a concentração de iões H+ presente na solução aquosa
de um poliácido é proveniente da sua 1ª ionização.
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PRODUTO IÓNICO DA ÁGUA E pH
A água pura se ioniza segundo a equação:
H2 O ⇄ H + + OH −
Na verdade, esse processo é mais bem explicado pela auto-ionização da água:
Veja que a primeira molécula de água provocou a ruptura da segunda molécula, formando
os iões H3O+ (hidrónio) e OH- (oxidrila). Abreviadamente, podemos escrever:
2 H2 O ⇄ H3 O+ + OH −
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