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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS (TRE/MG)

DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS


ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA
AULA 4
PROF: RICARDO GOMES

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS (TRE/MG)

Aula 4 de Direito Eleitoral!.


Bons estudos!
Ricardo Gomes
Por sua aprovação!

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

Inelegibilidade (Lei Complementar nº 64/1990 e


alterações posteriores, inclusive Lei Complementar nº
135/2010):
1. Conceito de Inelegibilidade.
2. Fatos Geradores de Inelegibilidade.
3. Ação de Impugnação de Registro de Candidatura
(AIRC).
4. Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE).
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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5. Novas disposições Materiais e Processuais da LC nº


64/90, instituídas pela LC nº 135/10.

LEI DE INELEGIBILIDADES:

1. Conceito de Inelegibilidade.

Estudamos anteriormente as Inelegibilidades previstas em sede


constitucional, como parte dos princípios constitucionais do Direito Eleitoral.
Na CF-88 estão dispostos os principais casos/fatos geradores de
inelegibilidades, tanto as inelegibilidades absolutas quanto as relativas. No
entanto, a própria Constituição cuidou de prevê, em seu art. 14, §9º, a
possibilidade de disposição infraconstitucional sobre a matéria de
inelegibilidades, por meio de Lei Complementar ao texto constitucional,
regulando assim o tema de forma mais abrangente e completa:

CF-88
Art. 14
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)

Conceito de Inelegibilidade.
Conforme leciona o Professor José Gomes, a inelegibilidade
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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consiste no “impedimento ao exercício da cidadania passiva, de maneira


que o cidadão fica impossibilitado de ser escolhido para ocupar cargo
político-eletivo. Em outros termos, trata-se de fator negativo cuja
presença obstrui ou subtrai a capacidade eleitoral passiva do nacional,
tornando-o inapto para receber votos e, pois, exercer mandato
representativo”.
Como já dissemos anteriormente, as inelegibilidades são
circunstâncias previstas na CF-88 e em Lei Complementar que impedem o
cidadão de exercitar sua capacidade eleitoral passiva (de eleger-se). São
circunstâncias que restringem a elegibilidade do cidadão, limitam a sua
possibilidade de candidatar-se em uma eleição.
Na Lei Complementar nº 64/90 estão previstas as
doutrinariamente chamadas de Inelegibilidades Legais, dentro do rol da
classificação das inelegibilidades relativas. Contudo, a LC nº 64 acaba por
prevê também hipóteses de inelegibilidades absolutas (impedimentos para
assunção de qualquer cargo eletivo).

À frente veremos que a LC nº 64 teve severas alterações e inclusões em


decorrência da LC nº 135/2010, a chamada “Lei da Ficha Limpa”.
Aconselho a fixarem bastante nestas alterações, pois será matéria certa em
todos os concursos de TREs vindouros e do TSE!

2. Fatos Geradores de Inelegibilidades da LC nº 64/90.

A LC nº 64/90 classifica as inelegibilidades nos seguintes critérios:

1. para QUALQUER CARGO;


2. para PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA;
3. para GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR;
4. para PREFEITO e VICE-PREFEITO;
5. para o SENADO FEDERAL;
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6. para a CÂMARA MUNICIPAL.

Seguiremos este mesmo roteiro na Aula.

2.1. Inelegibilidades para QUALQUER CARGO.

São inelegíveis para qualquer cargo (ABSOLUTAS), sem


exceção:
1. os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS.
Mas isto eu já sei Professor!
Verdade! Mas foi repetido na LC nº 64/90, e por isso faço
referência para vocês!
Como disse, esta é uma repetição do que já dispõe a CF-88 em seu
art. 14, §4º:

CF-88
Art. 14
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

Reescrevo o que já havia comentado nas inelegibilidades previstas


na CF-88:
INALISTÁVEIS – A elegibilidade tem como pressuposto inicial a
alistabilidade. Se o indivíduo não pode sequer ser eleitor, também
não poderá ser candidato, por óbvio, não é verdade. Segundo a
CF-88, são Inalistáveis os Estrangeiros e os Conscritos, durante
o serviço militar obrigatório. Consoante o Código Eleitoral são
também inalistáveis os que não saibam exprimir-se na língua
nacional e os que estejam privados, temporária ou
definitivamente dos direitos políticos.

Código Eleitoral
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:
I - os analfabetos; (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da
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Constituição/88)
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente
dos direitos políticos.

Resumo:

São INALISTÁVEIS:
1) os Estrangeiros e os Conscritos! (segundo a CF-88);
2) os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam
privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos
(segundo o Código Eleitoral).

ANALFABETOS – apesar de ter direito a ser eleitor (por ser


facultativo o seu alistamento e voto), o analfabeto NÃO pode ser
eleito. Por disposição constitucional e legal, o analfabeto não tem
capacidade eleitoral passiva.
Observação 1: A jurisprudência do TSE tem apontado que a
inelegibilidade do analfabeto, quando não apresentado pelo candidato
documento de escolaridade mínima, deve ser aferida por submissão à
prova elementar de alfabetização perante o Juiz Eleitoral. Poderá,
desse modo, ser realizado teste simples, na presença do Juiz, para
aferição se o candidato é ou não analfabeto.
Observação 2: o semi-analfabeto, aquele que demonstra mínimos
atributos de alfabetização, é considerado pela Jurisprudência como
elegível.

Não poderão concorrer para qualquer cargo, estão absolutamente impedidos


de elegerem-se, os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS!

2. os membros das Casas Legislativas (Congresso Nacional,


Assembléias Legislativas, Câmara Legislativa e Câmaras
Municipais) que tenham PERDIDO seus MANDATOS, na
forma do art. 55, I e II da CF-88 ou nos dispositivos
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equivalentes nas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas


Municipais.
Os Membros das Casas Legislativas são: Deputados Federais,
Estaduais e Distritais, Senadores e Vereadores.
Esta inelegibilidade decorrente de Perda de Mandato é para
eleições que venham a realizar-se durante o remanescente período do
mandato e nos 8 ANOS posteriores ao término do mandato!
As causas de Perda de Mandato são as previstas no art. 55, I e II,
combinados com o art. 54, da CF-88, destacando-se a realização de
procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar. In
verbis:

CF-88
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo
anterior (art. 54);
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o
decoro parlamentar;

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:


I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado,
inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades
constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que
goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito
público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad
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nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";


c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das
entidades a que se refere o inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

3. o Governador e o Vice-Governador de Estado e do


Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que
PERDEREM seus cargos eletivos por processo de
impeachment (infrigência a dispositivo da Constituição
Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei
Orgânica do Município).
A antiga redação da LC nº 64/90, antes da Lei da Ficha Limpa,
previa que a inelegibilidade decorrente da Perda de Mandato de Governador e
Prefeito era para eleições que venham a realizar-se durante o remanescente
período do mandato e nos 3 ANOS posteriores ao término do mandato.
ALTERAÇÃO!
Com a LC nº 135/10, o prazo foi modificado nos seguintes termos:
durante o remanescente período do mandato e nos 8 ANOS posteriores
ao término do mandato!

4. os que tenham contra sua pessoa REPRESENTAÇÃO


julgada PROCEDENTE pela Justiça Eleitoral, em decisão
TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO
JUDICIAL COLEGIADO (2ª INSTÂNCIA), em processo de
apuração de abuso do poder econômico ou político, para
a eleição na qual concorrem ou tenham sido
diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8
(oito) anos seguintes.
Vamos por partes.

Esta LC nº 135/10 (Lei da Ficha Limpa) teve por objetivo


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principal impedir a candidatura de políticos condenados por crimes e condutas


graves, por um colegiado de juízes (2ª instância), sem necessitar que o
possível crime/conduta seja julgado em todas as instâncias jurídicas (desde a
1ª até a última instância).
Assim, com esta nova regulamentação, o candidato estará com a
“ficha suja”, inelegível para pleitear o cargo eletivo, se for condenado nos
termos da LC nº 64/90, em decisão transitada em julgado ou em decisão
judicial colegiada de 2ª instância (que dispensa o trânsito em julgado).
Outro ponto relevante foi a extensão do prazo de inelegibilidade,
passando de 3, 4 ou 5 anos para 8 anos.

A regra do item 4 visa proteger a normalidade e legitimidade das


eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de
função, cargo ou emprego na Administração Pública, na esteira do art. 14, §9º,
da CF-88:

CF-88
Art. 14
§ 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência
do poder econômico ou o abuso do exercício de função,
cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

ALTERAÇÃO!
Com isso, será inelegível qualquer candidato ou detentor de
cargo eletivo aquele que, em processo de apuração de abuso de poder
econômico ou político, tiver julgada procedente pela Justiça Eleitoral
REPRESENTAÇÃO contra sua pessoa, em decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão judicial colegiado – 2ª instância (esta não
depende do trânsito em julgado!).
Esta inelegibilidade tem efeitos para a eleição na qual
concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes.
A antiga redação do dispositivo não previa a hipótese de decisão
por órgão colegiado e a inelegibilidade tinha efeito para eleições com prazo
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de até 3 ANOS da decisão.

5. os que forem CONDENADOS pelos CRIMES listados abaixo,


em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por
ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, desde a condenação até o
transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o
CUMPRIMENTO DA PENA:
a. contra a economia popular, a fé pública, a
administração pública e o patrimônio público;
b. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o
mercado de capitais e os previstos na lei que regula a
falência;
c. contra o meio ambiente e a saúde pública;
d. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa
de liberdade;
e. de abuso de autoridade, nos casos em que houver
condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o
exercício de função pública;
f. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (a
maioria comete estes crimes! Rsrs);
g. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo,
tortura, terrorismo e hediondos;
h. de redução à condição análoga à de escravo; Ex: um
Deputado do Maranhão foi condenado por trabalho
escravo no ano de 2006; se fosse hoje, poderia ser
considerado inelegível;
i. contra a vida e a dignidade sexual;
j. praticados por organização criminosa, quadrilha ou
bando;
ALTERAÇÃO!
Serão, portanto, inelegíveis para qualquer cargo os condenados
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pelos crimes listados acima, desde que a decisão penal já tenha transitada
em julgado ou seja proferida por órgão judicial colegiado (esta não
depende do trânsito em julgado!).
O início dos efeitos desta inelegibilidade é desde a condenação até
o transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o CUMPRIMENTO DA
PENA. Não é 8 ANOS após a condenação, mas após o cumprimento da pena!
Com isso, o prazo pode ser bem superior. Ex: 5 anos de cumprimento de pena
a que foi condenado + 8 anos após este cumprimento = 12 ANOS de
INELEGIBILIDADE!
A anterior redação do dispositivo abarcava apenas alguns crimes,
não previa a hipótese de decisão por órgão colegiado e a inelegibilidade tinha
efeito para eleições com prazo de até 3 ANOS após o cumprimento da pena.

Antiga redação
LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados criminalmente, com sentença
transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia
popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio
público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes
e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o
cumprimento da pena;

Atenção!
Além disso, a LC 135/10 trouxe a previsão de que a inelegibilidade
decorrente da condenação pelos crimes dispostos acima NÃO SE APLICARÁ
aos crimes culposos, aos definidos como crimes de menor potencial
ofensivo e aos crimes de ação penal privada.

LC nº 64/90
Art. 1
§ 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo
não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei
como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação
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penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

6. os que forem declarados indignos do oficialato, ou com


ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;
Esta inelegibilidade é referente à perda de posto e patente do
militar que for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, conforme
art. 142, §3º, VI, da CF-88:

CF-88
Art. 142
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados
militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas
em lei, as seguintes disposições:
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno
do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal
militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal
especial, em tempo de guerra;

A única alteração da previsão legal foi quanto ao prazo de


inelegibilidade, que era de 3 ANOS, passando para 8 ANOS.

7. os que tiverem suas CONTAS REJEITADAS - contas


relativas ao exercício de cargos ou funções públicas
rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato
doloso de improbidade administrativa, e por decisão
irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições
que se realizarem nos 8 (oito) ANOS seguintes, contados a
partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II
do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de
despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido
nessa condição.
Considerações sobre a inelegibilidade por Rejeição de Contas:
a. todo aquele que exerce cargo ou função pública que
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tiver suas contas rejeitadas pelo Poder Legislativo


(auxiliado pelo órgão de Controle Externo – Tribunal de
Contas) de cada Ente Federativo (União, Estados, DF e
Municípios) será inelegível se preenchidas as seguintes
condições:
• a irregularidade seja insanável – são
irregularidades graves, não passíveis de simples
correção, perpetradas com dolo ou má-fé e
lesivas ao interesse público;
• configuração de ato de improbidade
administrativa na modalidade DOLOSA! Se
for ato de improbidade administrativa na
modalidade culposa, não configurará a
inelegibilidade.
• decisão irrecorrível (final e irretratável) do
órgão competente (Poder Legislativo auxiliado
por seu Tribunal de Contas – TCU, TCEs e
TCMs);
b. Se esta decisão do órgão competente for suspensa ou
anulada pelo Poder Judiciário, também não configurará
a inelegibilidade;
c. Os efeitos das inelegibilidades são extensíveis para as
eleições que se realizarem 8 ANOS a partir da decisão
irrecorrível. A redação anterior previa o prazo de 5
ANOS.
d. Os ordenadores das despesas serão também
considerados inelegíveis em caso de rejeição das
contas!

8. os detentores de cargo na Administração Pública


Direta, Indireta ou Fundacional, que beneficiarem a si ou
a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político,
que forem condenados em decisão TRANSITADA EM
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JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL


COLEGIADO, para a eleição na qual concorrem ou tenham
sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos
8 (oito) anos seguintes;
Esta hipótese de inelegibilidade assemelha-se à prevista no item 4,
por coibirem o abuso do poder econômico ou político nas eleições.
Naquela prevista em referido item 4 são sancionados com a
inelegibilidade qualquer candidato ou detentor de cargo eletivo que, em
processo de apuração de abuso de poder econômico ou político, tiver julgada
procedente pela Justiça Eleitoral REPRESENTAÇÃO contra sua pessoa.
Aqui, apenas aqueles que detenham determinado CARGO na
Administração Pública, considerada em sentido amplo (direta, indireta ou
fundacional) serão assim penalizados.
Ex: um Governador que quer eleger um amigo seu e abusa do
poder político; o Governador incidirá na inelegibilidade do item 8 (detentor de
cargo na Administração); já seu amigo incidirá na inelegibilidade do item 4
(por ser candidato a cargo eletivo).

9. os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento


ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de
processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam
exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva
decretação, cargo ou função de direção, administração ou
representação, enquanto não forem exonerados de
qualquer responsabilidade;
Todo aquele que tiver exercido cargo ou função de
direção/administração/representação em instituição financeira
(estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro), objeto de processo
de liquidação judicial ou extrajudicial, nos 12 MESES anteriores à
decretação de liquidação, são considerados inelegíveis enquanto não ficar
comprovado que não têm responsabilidade pela liquidação.
Ex: o Presidente do Banco Santos, que teve decretada liquidação
da instituição financeira há alguns anos, seria considerado inelegível para
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qualquer cargo enquanto não fosse exonerado de responsabilidade.

Inelegibilidades para qualquer cargo inseridas pela LC nº


135/10 (Lei da Ficha Limpa)
Prezados, abaixo veremos as novas hipóteses de inelegibilidades
para qualquer cargo incluídas recentemente pela LC nº 135/10:

10. os que forem condenados, em decisão transitada


em julgado ou proferida por órgão colegiado da JUSTIÇA
ELEITORAL, por corrupção eleitoral, por captação ilícita
de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de
recursos de campanha ou por conduta vedada aos
agentes públicos em campanhas eleitorais que
impliquem CASSAÇÃO DO REGISTRO ou do DIPLOMA,
pelo prazo de 8 (oito) ANOS a contar da eleição;
São as seguintes as condutas passíveis de condenação pela Justiça
Eleitoral:

a. corrupção eleitoral,
b. captação ilícita de sufrágio,
c. doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de
campanha
d. conduta vedada aos agentes públicos em
campanhas eleitorais

Lembro que a condenação deve implicar em cassação do registro


ou diploma para que configure a inelegibilidade!

11. o Presidente da República, o Governador de


Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do
Congresso Nacional (SENADORES e DEPUTADOS
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FEDERAIS), das Assembléias Legislativas, da Câmara


Legislativa, das Câmaras Municipais, que
RENUNCIAREM a seus mandatos desde o oferecimento
de representação ou petição capaz de autorizar a abertura
de processo por infrigência a dispositivo da Constituição
Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito
Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que
se realizarem durante o período remanescente do mandato
para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) ANOS subseqüentes
ao término da legislatura;
Desse modo, mesmo que renuncie ao cargo de todos os
detentores de cargos eletivos APÓS o momento em que for oferecida
representação para abertura de processo judicial com base na legislação
eleitoral/constitucional, os detentores de mandato eletivo estarão agora
INELEGÍVEIS para qualquer cargo. A Lei quer evitar que o detentor de
mandato eletivo renuncie ao cargo para furtar-se de penalização de que venha
a, no futuro, declará-lo inelegível.
INCLUSÃO RECENTE: No entanto, se for renúncia para fins
eminentemente de desincompatibilização para pleitear outro cargo eletivo
ou para assumir mandato, a LC nº 135/10 dispõe que esta renúncia NÃO
GERARÁ a inelegibilidade comentada, salvo se a Justiça Eleitoral
reconhecer que foi feita apenas como meio de fraude.

LC nº 64/90
Art. 1
§ 5o A renúncia para atender à desincompatibilização com vistas
a candidatura a cargo eletivo ou para assunção de mandato não
gerará a inelegibilidade prevista na alínea k, a menos que a
Justiça Eleitoral reconheça fraude ao disposto nesta Lei
Complementar.

12. os que forem condenados à SUSPENSÃO DOS


DIREITOS POLÍTICOS, em decisão transitada em
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por
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ato DOLOSO de improbidade administrativa que importe


lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a
condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do
prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena;
Observem que será considerado inelegível por 8 ANOS após o
cumprimento da pena aquele condenado à suspensão dos direitos políticos por
ato de improbidade administrativa na sua modalidade DOLOSA! Os outros
casos de suspensão dos direitos políticos e a condenação por ato de
improbidade administrativa na modalidade culposa não implicam nesta
específica inelegibilidade por 8 ANOS após a condenação.

13. os que forem excluídos do exercício da profissão, por


decisão sancionatória do órgão profissional
competente, em decorrência de infração ético-
profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato
houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;
Um exemplo é o caso do Advogado punido em Processo
Administrativo por infração ético-profissional (ex: furtar dinheiro de seu
cliente) pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Este Advogado será
considerado inelegível por 8 ANOS desde a decisão sancionatória, salvo se
anulada ou suspensa pelo Poder Judiciário.

14. os que forem condenados, em decisão transitada em


julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão
de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo
conjugal ou de união estável para evitar caracterização
de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) ANOS após a
decisão que reconhecer a fraude;
Esta nova previsão é mais do que justa, porque anteriormente era
bastante difícil coibir a prática de simulação de quebra do vínculo conjugal para
fugir da inelegibilidade reflexa dos cônjuges. Agora, os condenados por tal
prática (tanto o detentor do cargo de Chefe do Poder Executivo quanto seu
cônjuge) serão considerados inelegíveis por 8 ANOS a partir da decisão que
reconhece a fraude.
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15. os que forem DEMITIDOS do serviço público em


decorrência de Processo Administrativo ou Judicial, pelo
prazo de 8 (oito) ANOS, contado da decisão, salvo se o ato
houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário;
A partir da LC nº 135/10, aqueles servidores públicos que forem
sancionados com a pena de DEMISSÃO (não se aplica pena de suspensão e
de advertência) em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ou em
Processo Judicial, serão considerados inelegíveis por 8 ANOS a partir da
decisão demissória, salvo suspensão ou anulação da decisão pelo Poder
Judiciário.

16. a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas


responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por
decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos
após a decisão, observando-se o procedimento previsto no
art. 22 da LC nº 64/90;
As pessoas físicas e os dirigentes de pessoas jurídicas que
fizerem DOAÇÕES ILEGAIS, se condenados por tal conduta, serão
considerados inelegíveis por 8 ANOS.

17. os Magistrados e os Membros do Ministério Público


que forem aposentados compulsoriamente por decisão
sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença
ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria
voluntária na pendência de processo administrativo
disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos.
Não somente os servidores públicos demitidos são considerados
inelegíveis, mas também os MAGISTRADOS (Juízes) e Membros do MP que
forem aposentados compulsoriamente (como decisão sancionatória), que
tenham perdido o cargo por sentença (conforme previsto na Lei Orgânica
respectiva) ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria na
pendência de PAD.
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2.2. Inelegibilidades para PRESIDENTE e VICE da


República.

Para concorrerem aos cargos de Chefe do Poder Executivo


(Presidente, Governador e Prefeito), é necessária a
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO de agentes públicos e membros de algumas
categorias, sob pena de serem considerados inelegíveis.
Mas, Professor, o que é desincompatibilização?
É simples colegas! Não se assustem!
A desincompatibilização constitui na obrigação do titular do
cargo eletivo de afastar-se do seu exercício para disputar a eleição. A falta de
desincompatibilização no período dado pela Lei acarreta na inelegibilidade do
possível candidato.
Mas são todos os detentores de cargos eletivos que precisam se
desincompatibilizar?
Não! O art. 14, §6º, da CF-88 prevê que o Presidente da
República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais (Chefes do
Poder Executivo) devem RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus
mandatos até 6 MESES antes do pleito para concorrem a OUTROS CARGOS
(diversos do que ocupam! Ex: um Prefeito quer ser Governador ou Senador).

CF-88
Art. 14
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.
LC 64/90
Art. 1º
§ 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República,
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses
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antes do pleito.

Por óbvio, para a REELEIÇÃO nos cargos de Presidente da


República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais NÃO É
NECESSÁRIA a DESINCOMPATIBILIZAÇÃO!
Relevante regra insculpida na LC nº 64/90 refere-se à condição do
VICE. O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito somente
poderão concorrer a OUTROS CARGOS, preservando os respectivos mandatos
(isto é, mantendo-se como Vice), desde que nos últimos 6 MESES antes do
pleito NÃO TENHAM SUCEDIDO ou SUBSTITUÍDO o titular.

LC 64/90
Art. 1º
§ 2° O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito
poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus
mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular.

Abaixo estão todas as hipóteses de desincompatibilização aplicáveis


aos pleiteantes ao Cargo de Presidente e Vice-Presidente da República:
a) sob pena de serem considerados inelegíveis, precisam afastar-se
definitivamente de seus cargos e funções até 6 (seis) MESES do
pleito/antes das eleições:

1. os Ministros de Estado:
2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da
Presidência da República;
3. o chefe do órgão de assessoramento de informações da
Presidência da República;
4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;
5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da
República;
6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica;

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7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica;


8. os Magistrados;
9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
públicas e as mantidas pelo poder público;
10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de
Territórios;
11. os Interventores Federais;
12. os Secretários de Estado (mesmo status de Ministros nos
Estados e no DF);
13. os Prefeitos Municipais;
14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos
Estados e do Distrito Federal (não se previu aqui de
Municípios);
15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal;
16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os
Secretários Nacionais, os Secretários Federais dos
Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes (são os
considerados 2º escalão do Governo, logo abaixo de Ministros de
Estado);

b) também precisam afastar-se definitivamente de seus cargos e funções


até 6 (seis) MESES do pleito/antes das eleições, sob pena de serem
considerados inelegíveis os que:
1. os que exerçam nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e em
qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de nomeação
pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do
Senado Federal – Ex: Ministros do TCU, Ministros do STF e dos
Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do
banco central , etc.
2. os que tiverem competência ou interesse, direta, indireta ou
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eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos,


taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais,
ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades;
3. os que exerçam cargo ou função de direção, administração ou
representação nas empresas de que tratam os arts. 3° e 5° da
Lei n° 4.137, de 10 de setembro de 1962 (atualmente regrada pela
Lei nº 8884/94 – que regulamente o abuso do Poder Econômico),
quando, pelo âmbito e natureza de suas atividades, possam tais
empresas influir na economia nacional;

c) Ademais, serão considerados INELEGÍVEIS para o cargo de


Presidente e Vice Presidente da República:
1. os que, detendo o controle de empresas ou grupo de
empresas que atuem no Brasil, nas condições monopolísticas
previstas no parágrafo único do art. 5° da Lei nº 4.137/62
(atualmente regrada pela Lei nº 8884/94 – que regulamente o
abuso do Poder Econômico), não apresentarem à Justiça
Eleitoral, até 6 (seis) MESES antes do pleito, a prova de que
fizeram cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou de que
transferiram, por força regular, o controle de referidas empresas
ou grupo de empresas;
2. os que tenham, dentro dos 4 (quatro) MESES anteriores ao
pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou
representação em entidades representativas de classe,
mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo
poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela
Previdência Social;
3. os que, até 6 (seis) MESES depois de afastados das funções,
tenham exercido cargo de Presidente, Diretor ou
Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos de
operações financeiras e façam publicamente apelo à poupança e ao
crédito, inclusive através de cooperativas e da empresa ou
estabelecimentos que gozem, sob qualquer forma, de vantagens
asseguradas pelo poder público, salvo se decorrentes de contratos

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que obedeçam a cláusulas uniformes;


4. os que, dentro de 6 (seis) MESES anteriores ao pleito, hajam
exercido cargo ou função de direção, administração ou
representação em pessoa jurídica ou em empresa que mantenha
contrato de execução de obras, de prestação de serviços ou de
fornecimento de bens com órgão do Poder Público ou sob seu
controle, salvo no caso de contrato que obedeça a cláusulas
uniformes;
5. os que, Membros do Ministério Público, não se tenham afastado
das suas funções até 6 (seis) MESES anteriores ao pleito;
6. os que, SERVIDORES PÚBLICOS, ESTATUTÁRIOS OU NÃO
(inclusive os funcionários públicos celetistas), dos órgãos ou
entidades da Administração direta ou indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios,
inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se
afastarem até 3 (três) MESES anteriores ao pleito, GARANTIDO
o direito à percepção dos seus vencimentos INTEGRAIS;

2.3. Inelegibilidades para GOVERNADOR e Vice.

São inelegíveis para o cargo de Governador e Vice-Governador de


Estado e do DF os seguintes:
1. os mesmos inelegíveis para Presidente e Vice-Presidente da
República dispostos na alínea a acima em cor cinza (os
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Ministros de Estado, os chefes dos órgãos....), bem como os


inelegíveis restantes quando se tratar de repartição
pública, associação ou empresas que operem no território
do Estado ou do Distrito Federal, sendo observados os
mesmo prazos de desincompatibilização;
2. até 6 (seis) MESES depois de afastados definitivamente de
seus cargos ou funções:

a. os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do Governador


do Estado ou do Distrito Federal;
b. os comandantes do Distrito Naval, Região Militar
e Zona Aérea;
c. os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de
assistência aos Municípios;
d. os secretários da administração municipal ou
membros de órgãos congêneres;

2.4. Inelegibilidades para PREFEITO e Vice.

São inelegíveis para Prefeito e Vice-Prefeito Municipal:


1. no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os
inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente
da República, Governador e Vice-Governador de Estado e
do Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) MESES
para a desincompatibilização – observem que o prazo de
desincompatibilização para concorrer ao cargo de PREFEITO é
de 4 MESES e não de 6 meses!
2. os Membros do Ministério Público e Defensoria Pública
em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) MESES anteriores
ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais – observo
que, com a redação do art. 128, II, e, da CF-88, esta
inelegibilidade para o MP só pode ser aplicada para os
membros que ingressaram antes de 1988.
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3. as AUTORIDADES policiais, civis ou militares, com


exercício no Município, nos 4 (quatro) MESES anteriores ao
pleito.
Destaco que neste caso a LC nº 64/90 previu a necessidade de
desincompatibilização de 4 MESES antes do pleito para as
AUTORIDADES policiais (Delegados e Oficiais), sendo silente
a respeito dos agentes de polícia e militares que não detenham
posto de autoridade.
Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal:

Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE (P. Executivo) 4 MESES


Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) 6 MESES

2.5. Inelegibilidades para o SENADO FEDERAL.


São inelegíveis para o Senado Federal:
1. os mesmos inelegíveis para Presidente e Vice-Presidente
da República dispostos na alínea a acima em cor cinza (os
Ministros de Estado, os chefes dos órgãos....), bem como os
inelegíveis restantes quando se tratar de repartição
pública, associação ou empresas que operem no território
do Estado ou do Distrito Federal, sendo observados os
mesmo prazos de desincompatibilização;
2. em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para
os cargos de Governador e Vice-Governador, nas
mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos
prazos de desincompatibilização;

2.6. Inelegibilidades para a CÂMARA dos


DEPUTADOS, Assembléia e Câmara Legislativa.

São inelegíveis para a Câmara dos Deputados, Assembléia


Legislativa e Câmara Legislativa, no que lhes for aplicável, por
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identidade de situações, os inelegíveis para o SENADO FEDERAL, nas


mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos de
desincompatibilização.

2.7. Inelegibilidades para a CÂMARA MUNICIPAL.

São inelegíveis para a Câmara Municipal:


1. no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os
inelegíveis para o SENADO FEDERAL e para a CÂMARA
DOS DEPUTADOS, observado o prazo de 6 (seis) MESES
para a desincompatibilização;
2. em cada Município, os inelegíveis para os cargos de
PREFEITO E VICE-PREFEITO, observado o prazo de 6
(seis) MESES para a desincompatibilização .
Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal:

Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE (P. Executivo) 4 MESES


Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) 6 MESES

3. Ação de Impugnação de Registro de Candidatura


(AIRC).

Esta parte da Lei Complementar nº 64/90 é realmente um pouco


complicada para memorizar e entender todos os aspectos legais e doutrinários.
No entanto, tentarei simplificar ao máximo para que possam familiarizar-se
com os temas sem maiores dificuldades.
A Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) é
prevista na Lei Complementar nº 64/90 (Lei das Inelegibilidades), em seus
arts. 3º e seguintes.

Objeto da AIRC.
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A AIRC tem por objetivo demonstrar a ausência de condição de


elegibilidade e/ou a presença de causa de inelegibilidade do candidato para
IMPEDIR o REGISTRO de candidatura ou CANCELAR o já registrado.
As Condições de Elegibilidades nós já conhecemos, estão
lembrados?
São aquelas previstas no art. 14, §3º, da CF-88:

CF-88
Art. 14
3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
República e Senador*;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado
e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

Já as Causas de Inelegibilidade são previstas no art. 14, §§ 4º-


8º, da CF-88 e na Lei Complementar nº 64/90 (Causas de
Inelegibilidade Legais).
Com isso, caso algum candidato que pleiteie registro de
candidatura não preencha alguma das condições de elegibilidade ou incorra
em alguma dessas causas de inelegibilidade, tanto Constitucionais quanto
Legais, poderá ter seu registro de candidatura impugnado!
Exemplos de fundamentos para a AIRC:
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1. candidato a Deputado Federal com apenas 19 anos de


idade (não preencheu requisito básico de elegibilidade
para o cargo almejado: idade mínima de 21 ANOS);
2. candidato a Prefeito Municipal analfabeto;
3. servidor público que não se desincompatibilizou de suas
funções no prazo legal.

Causas de Inelegibilidade Constitucionais


CF-88
Art. 14
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e
do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido,
ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos
para um único período subseqüente. (Redação da EC 16/97)
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente,
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no ato da diplomação, para a inatividade.

Como a AIRC objetiva cancelar/impedir o registro do candidato,


obviamente somente poderá ser manejada após a publicação do pedido de
registro do candidato.

Preclusão das inelegibilidades.


Ensina o Professor José Gomes que se a inelegibilidade
infraconstitucional (LC nº 64) não for argüida via AIRC e nem pronunciada de
ofício pelo Juiz, haverá preclusão (perda do direito de alegá-la por meio da
AIRC). Todavia, se a inelegibilidade for de ordem constitucional nunca
precluirá, podendo ser alegada via Recurso Contra Expedição de Diploma
(RCED), matéria fora de nosso estudo.

Legitimidade Ativa.
Quem é legítimo para impugnar o registro de candidatos?
São legitimados para manejar a AIRC:

1. qualquer candidato (os adversários);


2. Partidos Políticos
3. Coligações
4. Ministério Público Eleitoral

A Lei assegura ao Ministério Público Eleitoral (MPE)


competência independente dos demais legitimados para interpor a AIRC.
Com isso, mesmo que candidato, partido político ou coligação tenha
impugnado o registro de algum candidato, o MPE também poderá impugnar no
mesmo sentido.
O Membro do MPE (Promotor Eleitoral) que nos últimos 4 ANOS
tiver sido candidato a cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido
atividade político-partidiária está vedado por lei de propor AIRC!

LC nº 64/90
Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político,
coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco)
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DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO


DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada.
§ 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou
coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo
sentido.
§ 2° Não poderá impugnar (vedação legal) o registro de
candidato o representante do Ministério Público que, nos 4
(quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado
diretório de partido ou exercido atividade político-partidária.

Devo observar que para a doutrina majoritária e para


jurisprudência do TSE, a falta das condições de elegibilidade e a presença de
causa de inelegibilidade poderão ser também reconhecidas ex officio pelo
JUIZ, isto é, poderá reconhecer sem a provocação dos legitimados ativos.
Por isso, qualquer cidadão poderá dar notícia ao Magistrado
Eleitoral de alguma causa de inelegibilidade ou do não preenchimento das
condições de elegibilidade de algum candidato. Com base nela poderá o
magistrado cassar o registro do candidato se for confirmada. Friso, contudo,
que tal notícia não constitui a AIRC, pois o cidadão não tem legitimidade para
impugnar registro de candidatura.

Legitimidade Passiva.
Os que irão figurar no pólo passivo da AIRC são os pré-
candidatos a cargos eletivos. A AIRC deve ser interposta após o pedido de
registro de candidatura, mas antes do seu deferimento.

Órgão Competente para julgar a AIRC.


Por simples raciocínio lógico poderíamos inferir que a competência
para julgar a Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) cingir-
se-ia à Justiça Eleitoral. Contudo, a Lei estabelece os seguintes critérios de
determinação de competência para julgamento da AIRC:
1. o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará a AIRC quando se
tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da
República;
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2. os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) julgarão a AIRC


quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado
Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital;
3. os Juízes Eleitorais julgarão a AIRC quando se tratar de
candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.

RITO PROCESSUAL DA AIRC:


1. Prazo para interposição da AIRC.
Como determina o art. 3 da LC nº 64/90, o prazo para interpor a
AIRC é de 5 (CINCO) DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE
REGISTRO DO CANDIDATO. Vejam que este prazo e os listados à frente
diferem-se da regra de prazos no Direito Eleitoral, que é de 3 DIAS.
O pedido de registro de candidatura tem prazo limite até às 19
HORAS do dia 5 JULHO. O prazo para interpor a AIRC, portanto, é em até 5
DIAS da publicação do pedido de registro.
Com a petição inicial da AIRC o autor já deve desde logo
especificar os meios de prova que pretende produzir. As testemunhas a
serem arroladas estão limitadas ao número máximo de 6 (seis).

LC nº 64/90
Art. 2
§ 3° O impugnante (autor) especificará, desde logo, os meios
de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado,
arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis).

2. Contestação.
Com o ajuizamento da AIRC, antes de notificar o impugnado
deve-se esperar que seja esgotado o prazo de 5 DIAS da publicação do
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pedido de registro do candidato. Passando este prazo, deve-se proceder à


notificação do impugnado.
Após a notificação, o CANDIDATO impugnado, o PARTIDO
POLÍTICO ou a COLIGAÇÃO têm prazo de 7 (SETE) DIAS para apresentar
CONTESTAÇÃO contra a AIRC.
Assim, a partir da data em que terminar o prazo para impugnação
(5 DIAS após a publicação do pedido de registro do candidato), estando
regularmente notificado o candidato, começa o prazo para a contestação.
Na Contestação poderão ser juntados documentos, arroladas
testemunhas e requerer produção de provas. Abre-se, com isso, a fase
instrutória do processo da AIRC, onde serão produzidas as provas do alegado
na petição inicial.

LC nº 64/90
Art. 4° A partir da data em que terminar o prazo para
impugnação, passará a correr, após devida notificação, o prazo
de 7 (sete) DIAS para que o candidato, partido político ou
coligação possa CONTESTÁ-LA, juntar documentos, indicar
rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas,
inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros,
de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou
administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de
justiça.

Se for matéria eminentemente jurídica (somente de Direito) e a


necessidade de prova não for relevante, NÃO serão inquiridas as testemunhas.
No entanto, se a matéria for fática (não restritamente
jurídico/abstrata) e se a prova for imprescindível para o deslinde do caso,
serão designados os 4 (QUATRO) DIAS seguintes ao término do prazo da
contestação para a INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS tanto do impugnante
quanto do impugnado (autor e réu da AIRC), no número máximo de 6
testemunhas.

LC nº 64/90
Art. 5° Decorrido o prazo para contestação, se não se tratar
apenas de matéria de direito e a prova protestada for
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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relevante, serão designados os 4 (QUATRO) DIAS seguintes


para INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS do impugnante e do
impugnado, as quais comparecerão por iniciativa das partes que as
tiverem arrolado, com notificação judicial.
§ 1° As testemunhas do impugnante e do impugnado serão
ouvidas em uma só assentada.
§ 2° Nos 5 (cinco) dias subseqüentes, o Juiz, ou o Relator,
procederá a todas as diligências que determinar, de ofício ou a
requerimento das partes.
§ 3° No prazo do parágrafo anterior, o Juiz, ou o Relator, poderá
ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas, como
conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam influir na
decisão da causa.
§ 4° Quando qualquer documento necessário à formação da prova
se achar em poder de terceiro, o Juiz, ou o Relator, poderá ainda,
no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito.
§ 5° Se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou
não comparecer a juízo, poderá o Juiz contra ele expedir mandado
de prisão e instaurar processo por crime de desobediência.

3. Alegações Finais.
Todas as PARTES - impugnante e impugnado (autor e réu da
AIRC) - e o Ministério Público Eleitoral poderão oferecer ALEGAÇÕES
FINAIS no processo no prazo de 5 (CINCO) DIAS após o encerramento do
prazo da instrução probatória (encerramento da fase instrutória).
Mas o que são essas “Alegações Finais” Professor?
São as razões finais (argumentos finais) apresentadas no processo
pelas partes após a fase instrutória/probatória. Primeiro o autor interpõe a
AIRC, abre-se o prazo para o réu Contestar, iniciando também a fase
instrutória. Após o encerramento desta fase probatória, as partes e o MPE
têm prazo de 5 DIAS para apresentar as alegações finais.

LC nº 64/90

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Art. 6° Encerrado o prazo da dilação probatória, nos termos do


artigo anterior, as PARTES, inclusive o Ministério Público,
poderão apresentar ALEGAÇÕES no prazo comum de 5 (cinco)
dias.

4. Sentença.
Com a apresentação ou não das alegações finais, findo o prazo
para sua interposição, os autos deverão ser conclusos no dia imediato ao Juiz
Eleitoral ou ao Relator no Tribunal (nas eleições presidenciais, federais e
estaduais – TSE e TREs) para Sentença do Juiz Eleitoral ou Julgamento da
Corte Eleitoral competente.
Na decisão, conforme dispõe o Direito Processual e,
especificamente, o parágrafo único do art. 7º da LC nº 64/90, para formar sua
convicção, o Juiz ou o Relator gozam de liberdade para apreciar o acervo
probatório, devendo atentar aos fatos e às circunstâncias constantes dos
autos, ainda que não alegados pelas partes.
Quanto aos pedidos de registro de candidatos nas ELEIÇÕES
MUNICIPAIS (competência do Juiz Eleitoral), a Sentença do magistrado
deve ser proferida no prazo máximo de 3 DIAS após a conclusão do processo
ao magistrado.

LC nº 64/90
Art. 7° Encerrado o prazo para alegações, os autos serão
conclusos ao Juiz, ou ao Relator, no dia imediato, para sentença
ou julgamento pelo Tribunal.
Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal, formará sua convicção pela
livre apreciação da prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes,
mencionando, na decisão, os que motivaram seu convencimento.
Art. 8° Nos pedidos de registro de candidatos a eleições
municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em cartório 3
(três) dias após a conclusão dos autos, passando a correr
deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição de
RECURSO para o Tribunal Regional Eleitoral.
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5. Recursos e Contra-razões.
Tão logo passem estes 3 DIAS após a conclusão dos autos, inicia-
se novo prazo de 3 DIAS para interposição de RECURSO da Sentença do Juiz
Eleitoral para o Tribunal.
O TSE inclusive editou a Súmula 10 a respeito da contagem inicial
do prazo de recurso contra a sentença do Juiz Eleitoral em AIRC:

TSE Súmula nº 10 - DJ 28, 29 e 30/10/92


Processo de Registro de Candidatos - Prazo para o Recurso
Ordinário
No processo de registro de candidatos, quando a sentença for
entregue em Cartório antes de 3 (três) dias contados da
conclusão ao Juiz, o prazo para o RECURSO ordinário, salvo
intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele
tríduo – 3 dias.

Assim, mesmo que a Sentença do Juiz seja proferida antes do


prazo de 3 dias da conclusão do processo, o prazo para recurso desta Sentença
somente começará a correr após a finalização deste prazo.
De outro lado, a LC nº 64/90 dispõe que a partir da interposição do
RECURSO contra a Sentença, começa a correr o prazo de 3 DIAS para o
recorrido apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso. Com o recebimento
destas contra-razões, os autos devem ser encaminhados ao TRE.

LC nº 64/90
Art. 8.
§ 1° A partir da data em que for protocolizada a petição de
recurso, passará a correr o prazo de 3 (três) dias para a
apresentação de contra-razões.
§ 2° Apresentadas as contra-razões, serão os autos imediatamente
remetidos ao Tribunal Regional Eleitoral, inclusive por portador, se
houver necessidade, decorrente da exigüidade de prazo, correndo
as despesas do transporte por conta do recorrente, se tiver
condições de pagá-las.
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Da decisão do TRE sobre a Sentença do Magistrado de 1º grau


cabe RECURSO ao TSE, em petição fundamentada, também no prazo de 3
DIAS a contar da leitura e publicação do Acórdão (decisão do TRE).

LC nº 64/90
Art. 11. Na sessão do julgamento, que poderá se realizar em até 2
(duas) reuniões seguidas, feito o relatório, facultada a palavra às
partes e ouvido o Procurador Regional, proferirá o Relator o seu
voto e serão tomados os dos demais Juízes.
§ 2° Terminada a sessão, far-se-á a leitura e a publicação do
acórdão, passando a correr dessa data o prazo de 3 (três) dias,
para a interposição de recurso para o Tribunal Superior
Eleitoral, em petição fundamentada.

RESUMO do Rito Processual da AIRC:

• Publicação do pedido de registro de candidatura – 5 DIAS para


interpor a AIRC;
• Apresentada a AIRC, notifica-se o candidato impugnado para
apresentar CONTESTAÇÃO em 7 DIAS;
• Após o prazo da contestação, poderá abrir-se o prazo de 4 DIAS para
INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS;
• Encerrada a fase instrutória (probatória), todas PARTES e o
Ministério Público Eleitoral poderão oferecer ALEGAÇÕES FINAIS
processo no prazo de 5 (CINCO) DIAS;
• Com o fim do prazo para alegações finais, os autos deverão ser
conclusos no dia imediato ao Juiz Eleitoral ou ao Relator no
Tribunal (nas eleições presidenciais, federais e estaduais – TSE e
TREs) para Sentença ou Julgamento. Nas ELEIÇÕES MUNICIPAIS
(competência do Juiz Eleitoral), a Sentença do magistrado deve ser
proferida no prazo máximo de 3 DIAS após a conclusão do processo
ao magistrado.
• Passados os 3 DIAS após a conclusão dos autos, inicia-se novo prazo
de 3 DIAS para interposição de RECURSO da Sentença do Juiz
Eleitoral para o Tribunal. Ademais, interposto o RECURSO contra a
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Sentença, começa a correr o prazo de 3 DIAS para o recorrido


apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso.
• Com o recebimento destas contra-razões, os autos devem ser
encaminhados ao TRE.

6. Prazos de Impugnação de Registro.


São peremptórios (terminantes, implacáveis), contínuos e
correm em secretaria ou Cartório os prazos desde o encerramento do registro
até a proclamação dos eleitos, não se suspendendo aos sábados, domingos e
feriados.

LC nº 64/90
Art. 16. Os prazos a que se referem o art. 3º e seguintes desta lei
complementar são peremptórios e contínuos e correm em
secretaria ou Cartório e, a partir da data do encerramento do prazo
para registro de candidatos, não se suspendem aos sábados,
domingos e feriados.

7. Efeitos da AIRC.
ALTERAÇÃO RECENTE!
Com o TRÂNSITO EM JULGADO ou com a publicação da
decisão proferida por ÓRGÃO COLEGIADO que declarar a inelegibilidade do
candidato, poderão ocorrer 2 (duas) hipóteses:
a) se o impugnado ainda não tiver obtido o registro de
candidatura, ser-lhe-á NEGADO O REGISTRO!
b) se o impugnado já tiver obtido o registro de candidatura,
abre-se 2 (duas) possibilidades:
a. o registro será cancelado, se for antes da
diplomação – como não ocorreu a diplomação, basta
cancelar o registro;
b. será declarado nulo o diploma se já tiver sido
expedido; com a expedição do diploma, não como
cancelar o registro, sendo necessária a declaração
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de nulidade do diploma.
A decisão que nega o registro, cancela o registro ou declara
nulo o diploma deverá ser comunicada ao Ministério Público Eleitoral e ao
órgão da Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e
expedição de diploma do candidato réu.

LC nº 64/90
Art. 15. Transitada em julgado ou publicada a decisão
proferida por órgão colegiado que declarar a inelegibilidade do
candidato, ser-lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver
sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já
expedido. (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de
2010)
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput,
independentemente da apresentação de recurso, deverá ser
comunicada, de imediato, ao Ministério Público Eleitoral e ao órgão
da Justiça Eleitoral competente para o registro de candidatura e
expedição de diploma do réu. (Incluído pela Lei Complementar nº
135, de 2010)

8. Substituto ao Candidato Inelegível e Inelegibilidade do


Titular X Vice.
A Lei assegura aos Partidos Políticos ou às Coligações o direito de
substituir o candidato considerado inelegível por outro candidato,
escolhido pela Comissão Executiva do Partido, mesmo que a decisão transitada
em julgado tenha sido proferida após o término do prazo de registro (19 horas
do dia 5 Julho).
Conforme preleciona o art. 18 da LC nº 64/90, a declaração de
inelegibilidade do candidato a TITULAR de Chefe do Poder Executivo é
independente da candidatura do candidato a VICE, isto é, a declaração de
inelegibilidade do candidato a TITULAR não atingirá a candidatura do VICE por,
em regra, ter caráter personalíssimo.
A Lei nº 9.504/97 também faculta aos Partidos e Coligações
substituir o candidato inelegível até 10 DIAS contados da notificação do

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partido da decisão judicial de inelegibilidade.

LC nº 64/90
Art. 17. É facultado ao partido político ou coligação que requerer o
registro de candidato considerando inelegível dar-lhe substituto,
mesmo que a decisão passada em julgado tenha sido proferida
após o termo final do prazo de registro, caso em que a respectiva
Comissão Executiva do Partido fará a escolha do candidato.
Art. 18. A declaração de inelegibilidade do candidato à Presidência
da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito
Municipal não atingirá o candidato a Vice-Presidente, Vice-
Governador ou Vice-Prefeito, assim como a destes não atingirá
aqueles.
Lei nº 9.504/97
Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato
que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o
termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro
indeferido ou cancelado.
§ 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no
estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro
deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da
notificação do partido da decisão judicial que deu origem à
substituição. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

9. Argüição de Inelegibilidade como Crime Eleitoral.


A LC nº 64/90 prevê que a argüição de inelegibilidade ou a
impugnação de registro de candidato com fundamento em interferência do
poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma
temerária ou de manifesta má-fé constitui CRIME ELEITORAL punido com
pena de 6 MESES a 2 ANOS e multa.

LC nº 64/90
Art. 25. Constitui crime eleitoral a argüição de inelegibilidade, ou
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a impugnação de registro de candidato feito por interferência do


poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade,
deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé:
Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa de 20
(vinte) a 50 (cinqüenta) vezes o valor do Bônus do Tesouro
Nacional (BTN) e, no caso de sua extinção, de título público que o
substitua.

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4. Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE).

Previsão Normativa e Objetivo da AIJE.


A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) tem por
fundamento primeiro o art. 14, §9º, da CF-88, que estabelece os bens
tutelados pela AIJE: probidade administrativa, moralidade para o exercício do
mandato, a normalidade e a legitimidade das eleições, evitando-se a influência
do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego.

CF-88
Art. 14
§ 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência
do poder econômico ou o abuso do exercício de função,
cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

Com efeito, a AIJE tem disciplinamento previsto no art. 22 da LC nº


64/90:

LC nº 64/90
Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou
Ministério Público Eleitoral poderá REPRESENTAR (AIJE) à
Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou
Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e
circunstâncias e pedir abertura de INVESTIGAÇÃO JUDICIAL
para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico
ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de
veículos ou meios de comunicação social, em benefício de
candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: (...)

A AIJE, que é chamada na Lei de “representação”, poderá ser


manejada nas hipóteses de transgressões à legislação eleitoral que venham a
beneficiar candidatos ou pré-candidatos, desequilibrando o pleito eleitoral
ao não respeitar a igualdade entre os candidatos. Estas transgressões são
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listadas na LC nº 64/90 nos seguintes termos:

a) transgressões relativas à origem de valores


pecuniários;
b) uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou
político/autoridade, em detrimento da liberdade do voto;
c) utilização indevida de veículos;
d) utilização indevida de meios de comunicação social.

LC nº 64/90
Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores
pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento
da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações
jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e
Corregedores Regionais Eleitorais.
Parágrafo único. A apuração e a punição das transgressões
mencionadas no caput deste artigo terão o objetivo de proteger
a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência
do poder econômico ou do abuso do exercício de função,
cargo ou emprego na administração direta, indireta e
fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

Prazo para proposição da AIJE.


Conforme a doutrina majoritária, apesar da não previsão em Lei, a
AIJE deve ser proposta a partir do REGISTRO DA CANDIDATURA até a
DIPLOMAÇÃO do candidato.
Segundo o TSE, a AIJE não poderá ser proposta após a diplomação
do candidato, pois o processo seria extinto em “razão de decadência”
(Acórdão TSE nº 628).

Legitimidade Ativa.
Igualmente à AIRC, são legitimados para manejar a AIJE:

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1. qualquer candidato;
2. Partidos Políticos
3. Coligações
4. Ministério Público Eleitoral

O Eleitor/cidadão NÃO tem legitimidade para interpor a AIJE.

Legitimidade Passiva.
Conforme pacífica jurisprudência do TSE, no pólo passivo da AIJE
podem figurar candidato, pré-candidato, e também qualquer pessoa
(cidadão) que haja contribuído para a prática abusiva.

Competência para julgar a AIJE.


A competência para julgar a AIJE é do CORREGEDOR-GERAL da
Justiça Eleitoral (Ministro do STJ no TSE), dos CORREGEDORES
REGIONAIS ELEITORAIS (nos TREs) e dos Juízes Eleitorais.
A competência para conhecer e julgar a AIJE liga-se à natureza das
eleições, determinando-se da seguinte forma:
1. candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, a
competência é do Corregedor-Geral Eleitoral;
2. candidato a Senador, Deputado Federal e Estadual,
Governador e Vice-Governador, a competência é do
Corregedor Regional Eleitoral;
3. candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, a
competência é dos Juízes Eleitorais.

LC nº 64/90
Art. 21. As transgressões a que se refere o art. 19 desta lei
complementar serão apuradas mediante procedimento
sumaríssimo de investigação judicial, realizada pelo
Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, nos
termos das Leis nºs 1.579, de 18 de março de 1952, 4.410, de
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24 de setembro de 1964, com as modificações desta lei


complementar.
Art. 24. Nas eleições municipais, o Juiz Eleitoral será
competente para conhecer e processar a representação prevista
nesta lei complementar, exercendo todas as funções
atribuídas ao Corregedor-Geral ou Regional, constantes dos
incisos I a XV do art. 22 desta lei complementar, cabendo ao
representante do Ministério Público Eleitoral em função da Zona
Eleitoral as atribuições deferidas ao Procurador-Geral e Regional
Eleitoral, observadas as normas do procedimento previstas nesta
lei complementar.

Efeitos da AIJE.
ALTERAÇÃO RECENTE!
Antes da LC nº 135/10 existiam efeitos diversos para o
julgamento procedente da AIJE, se ocorrido antes ou depois da eleição.
Agora, caso seja julgada procedente a AIJE ANTES ou DEPOIS
da eleição (mesmo após a proclamação dos eleitos), os efeitos são os
mesmos, a seguir listados:

IMPORTANTE!
• declaração de inelegibilidade do representado e dos que
tenham contribuído para a prática do ato, com sanção
de inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos 8
(OITO) ANOS subseqüentes à eleição anterior;
• cassação do registro ou diploma do candidato
diretamente beneficiado pela interferência do poder
econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade
ou dos meios de comunicação,
• remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral para
instauração de Processo Disciplinar e de Ação Penal, se for o
caso.

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LC nº 64/90
Art. 22
XIV – julgada procedente a representação, ainda que após a
proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a
inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído
para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade
para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos
subseqüentes à eleição em que se verificou, além da
cassação do registro ou diploma do candidato diretamente
beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio
ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação,
determinando a remessa dos autos ao Ministério Público
Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o
caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências
que a espécie comportar; (Redação dada pela Lei Complementar nº
135, de 2010)

RITO PROCESSUAL DA AIJE:


A LC nº 64/90 prevê 2 tipos diversos de procedimentos. O
Procedimento visto na Ação de Impugnação de Registro de Candidatura
(AIRC) é considerado pela doutrina como um Procedimento Ordinário. Já o
Procedimento da AIJE é reputado sumaríssimo, pela concentração de atos e
diminuição dos prazos, previstos nos incisos do art. 22:
1. Notificação do representado.
Após a proposição da AIJE, o Corregedor ou o Juiz Eleitoral deverá
notificar o representado, entregando-lhe a 2ª VIA da Petição Inicial da AIJE
a fim de que, no prazo de 5 DIAS apresente sua DEFESA.

2. Fase Probatória e Inquirição das testemunhas.


Com a finalização do prazo de 5 DIAS da notificação, abrem-se
mais 5 DIAS para inquirição das testemunhas arroladas pelo representante
e pelo representado, no máximo 6 (seis) para cada parte.
A oitiva das testemunhas abre a fase probatória da AIJE. Nos
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3 DIAS subseqüentes à inquirição das testemunhas, o Juiz ou Corregedor


poderão proceder às diligências solicitadas pelas partes ou determinadas de
ofício.

3. Alegações Finais.
Tanto as Partes quanto o MPE poderão apresentar alegações
finais no prazo de 2 DIAS após a fase probatória e às diligências.
Obs: na AIRC o prazo para alegações finais é de 5 DIAS.

4. Decisão.
Finalizado o prazo para apresentação das alegações finais, os
autos serão conclusos ao Juiz ou Corregedor para, em 3 DIAS, apresentar
Sentença (Juiz) ou Relatório (Corregedor), que será submetido a julgamento
pelo colegiado do Tribunal na 1ª sessão subseqüente.
O prazo de recurso tanto da Sentença do Juiz Eleitoral para o
TRE quanto da decisão do TRE para o TSE é de 3 DIAS.

5. Novas disposições Materiais e Processuais da LC nº


64/90, instituídas pela LC nº 135/10.

Inelegibilidade não deferida X registro de candidatura.


Caso a alegada inelegibilidade do candidato por meio de Ação de
Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) seja, ao final, afastada
pela Justiça Eleitoral, o registro de candidatura deverá ser deferido
normalmente, na forma como dispõe a Lei nº 9.504/97.

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Art. 26-A. Afastada pelo órgão competente a inelegibilidade


prevista nesta Lei Complementar, aplicar-se-á, quanto ao registro
de candidatura, o disposto na lei que estabelece normas para as
eleições. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

Priorização aos Processos da Justiça Eleitoral.


Os processos de desvio ou abuso do poder econômico ou do poder
de autoridade deverão ser tratados com PRIORIDADE pelo Ministério
Público e pela Justiça Eleitoral, com a ressalva apenas para os processos de
habeas corpus e mandado de segurança.
Dando ainda mais relevância aos Processos sobre inelegibilidades,
a LC nº 135/10 determina que tanto a Justiça Eleitoral quanto o MPE não
podem deixar de cumprir os prazos legais previstos na LC nº 64/90
(ex: 3 dias após a conclusão para exarar a Sentença) alegando acúmulo de
serviço no exercício das funções regulares.
Inclusive, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP) e as Corregedorias Eleitorais
devem manter acompanhamento sobre o cumprimento dos prazos da LC nº
64/90 por parte da Justiça Eleitoral e do MPE, promovendo a devida
responsabilização quando for o caso.
Ademais, a Lei atual prevê que as Polícias Judiciárias, as Receitas
Federais, Estaduais e Municipais, os Tribunais e os Órgãos de Contas (Tribunais
de Contas), o Banco Central do Brasil (BACEN) e o Conselho de Controle de
Atividade Financeira (COAF) auxiliarão a Justiça Eleitoral e o MPE na
apuração de crimes eleitorais, dando também prioridade às demandas
destes órgãos eleitorais.

LC nº 64/90
Art. 26-B. O Ministério Público e a Justiça Eleitoral darão
prioridade, sobre quaisquer outros, aos processos de desvio ou
abuso do poder econômico ou do poder de autoridade até
que sejam julgados, ressalvados os de habeas corpus e mandado
de segurança. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
§ 1o É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar
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de cumprir qualquer prazo previsto nesta Lei Complementar


sob alegação de acúmulo de serviço no exercício das funções
regulares. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
§ 2o Além das polícias judiciárias, os órgãos da receita federal,
estadual e municipal, os tribunais e órgãos de contas, o Banco
Central do Brasil e o Conselho de Controle de Atividade Financeira
auxiliarão a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral na
apuração dos delitos eleitorais, com prioridade sobre as suas
atribuições regulares. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
§ 3o O Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do
Ministério Público e as Corregedorias Eleitorais manterão
acompanhamento dos relatórios mensais de atividades fornecidos
pelas unidades da Justiça Eleitoral a fim de verificar eventuais
descumprimentos injustificados de prazos, promovendo,
quando for o caso, a devida responsabilização. (Incluído pela Lei
Complementar nº 135, de 2010)

Suspensão da Decisão de Inelegibilidade.


A LC nº 135/10 incluiu em várias situações de decretação de
inelegibilidade de candidatos a possibilidade de decisão proferida por órgão
colegiado, mesmo sem o trânsito em julgado, decretarem a inelegibilidade de
candidatos.
Esta decisão proferida por órgão colegiado do Poder Judiciário
(seja da Justiça Eleitoral seja da Justiça Comum – Justiça Estadual ou Federal)
já produz efeito de decretar a inelegibilidade, mas dela cabe RECURSO ao
órgão colegiado do Tribunal competente.
Nas hipóteses de decretação de inelegibilidade em virtude de
decisão de órgão colegiado do Poder Judiciário listadas abaixo, a nova redação
da LC nº 64/90 prevê que o órgão também colegiado do Tribunal competente
para julgar o recurso poderá, em caráter cautelar, SUSPENDER a
inelegibilidade sempre que:
• existir plausibilidade da pretensão recursal – é a fumaça do
bom direito (fumus boni juris) – indicação de que as
razões dispostas no recurso sejam verdadeiras;
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possibilidade de existência do direito invocado pelo


recorrente;
• requerimento expresso do recorrente de suspensão da
inelegibilidade (ou seja, a Justiça Eleitoral não poderá
decretar ex officio a suspensão).

Hipóteses passíveis de pedido de suspensão da


inelegibilidade decretada por órgão colegiado:

LC nº 64/90
Art. 1º
Inciso I:
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada
procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de
abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual
concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 135, de 2010)
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o
transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena,
pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de
2010)
h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta
ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do
poder econômico ou político, que forem condenados em decisão
transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem
como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção
eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação
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ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada


aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem
cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a
contar da eleição; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de
2010)
l) os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em
decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial
colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que
importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde
a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo
de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; (Incluído pela Lei
Complementar nº 135, de 2010)
n) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito
ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para
evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos
após a decisão que reconhecer a fraude; (Incluído pela Lei
Complementar nº 135, de 2010)

Três considerações sobre o novo efeito suspensivo destas


inelegibilidades:
a) Se o órgão colegiado do Tribunal que julgar o recurso conferir
o dito efeito suspensivo, o julgamento do recurso terá
PRIORIDADE sobre todos os demais, salvo quanto a
mandado de segurança e habeas corpus.
b) Caso o órgão colegiado do Tribunal mantenha a inicial
decisão pela inelegibilidade ou caso seja revogada a
suspensão, serão desconstituídos o registro ou o
diploma eventualmente concedidos ao recorrente.
c) O efeito suspensivo poderá ser revogado caso a defesa
pratique atos manifestamente protelatórios ao longo da
tramitação do recuso.

LC nº 64/90

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Art. 26-C. O órgão colegiado do tribunal ao qual couber a


apreciação do recurso contra as decisões colegiadas a que se
referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1o poderá,
em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que
existir plausibilidade da pretensão recursal e desde que a
providência tenha sido expressamente requerida, sob pena
de PRECLUSÃO, por ocasião da interposição do recurso. (Incluído
pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
§ 1o Conferido efeito suspensivo, o julgamento do recurso terá
prioridade sobre todos os demais, à exceção dos de mandado de
segurança e de habeas corpus. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de
2010)
§ 2o Mantida a condenação de que derivou a inelegibilidade ou
revogada a suspensão liminar mencionada no caput, serão
desconstituídos o registro ou o diploma eventualmente
concedidos ao recorrente. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
§ 3o A prática de atos manifestamente protelatórios por parte da
defesa, ao longo da tramitação do recurso, acarretará a revogação
do efeito suspensivo. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

Ressalto que, com o advento da LC nº 135/10, as provas de


direito eleitoral até agora editadas restaram parcialmente desatualizadas. No
entanto, farei as devidas adequações, adaptações e frisarei as mudanças.

QUESTÃO 126: DPU - Defensor Público Federal [CESPE] - 06/03/2010.


Acerca das inelegibilidades, julgue o próximo item.
Considere que um indivíduo tenha sido condenado, em decisão transitada em
julgado, à pena de três anos de reclusão e multa por adulteração de número
de chassi de veículo automotor e que a tenha cumprido integralmente.
Considere, ainda, que os efeitos da pena perduraram até 4/5/2009. Nessa
situação, o indivíduo permanecerá inelegível até 4/5/2012.

COMENTÁRIOS:
Não se assustem, esta é uma questão um pouco mais elaborada. Foi cobrada
no concurso do Cargo de Defensor Público Federal, aliando um pouco os
conhecimentos do Direito Penal. Foi montada antes da Lei da Ficha Limpa.
Houve condenação e, por óbvio, em virtude do cumprimento da pena, houve o
trânsito em julgado da sentença. Neste caso, serão suspensos os direitos
políticos do indivíduo.

CF-88
Art. 15. É VEDADA A CASSAÇÃO de direitos políticos, cuja
PERDA ou SUSPENSÃO só se dará nos casos de:
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
durarem seus efeitos;

Mas por quanto tempo e a partir de quando?


O início dos efeitos da inelegibilidade é desde a condenação. Cumprida esta,
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começa a correr o prazo legal de inelegibilidade: antigamente eram 3 ANOS,


agora é 8 ANOS.
A questão queria 3 ANOS, as próximas exigirão 8 ANOS, sendo que a decisão
penal agora pode ser proferida também por órgão judicial colegiado, que não
depende de trânsito em julgado.

LC nº 64/90
ATUAL REDAÇÃO
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados, em decisão transitada em
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a
condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após
o cumprimento da pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei
Complementar nº 135, de 2010)
Antiga redação
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados criminalmente, com sentença
transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia
popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio
público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes
e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o
cumprimento da pena;

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 127: TSE - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


14/01/2007 (ADAPTADA).
Aníbal afastou-se definitivamente do cargo de delegado de polícia, nos três
meses anteriores ao pleito eleitoral, para concorrer ao cargo de vice-prefeito
em certo município mineiro onde exercia suas atividades. Considerando essa
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situação hipotética e com base na disciplina normativa da Lei Complementar


n.º 64/1990, julgue o item abaixo.
Para candidatar-se ao cargo eletivo, Aníbal deveria ter-se afastado do cargo de
delegado de polícia nos seis meses anteriores ao pleito eleitoral.

COMENTÁRIOS:
O prazo para desincompatibilização de autoridades policiais é 4 meses e não 6
meses. Este prazo, inclusive, não foi alterado pela nova Lei da Ficha Limpa.

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:
c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no
Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito;

Lembrando que os prazos de desincompatibilização na esfera Municipal são


estes listados abaixo, a depender do cargo:

Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE (P. Executivo) 4 MESES


Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) 6 MESES

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 128: - RICARDO.


José foi condenado pela prática de homicídio culposo de trânsito em virtude de
atropelado pedestre. A sentença transitou em julgado, José será inelegível
a) por 8 anos após o cumprimento da pena.
b) por 4 anos após o trânsito em julgado da sentença.
c) só seria inelegível se a decisão fosse por órgão judicial colegiado.
d) enquanto estiver cumprindo a sanção penal.
e) não será considerado inelegível pela prática de homicídio culposo.

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COMENTÁRIOS:
De fato, José cometeu um crime contra a vida (homicídio), o que poderia
levá-lo a incidir na inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, 9, da LC 64/90:

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a
condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após
o cumprimento da pena, pelos crimes:
9. CONTRA A VIDA e a dignidade sexual; e (Incluído pela Lei
Complementar nº 135, de 2010)

No entanto, não há que se falar em inelegibilidade de José, eis que o crime


contra a vida foi na modalidade CULPOSA, incidindo a exceção legal prevista
no novo §4º do art. 1º da LC 64/90, que dispõe pela não aplicação da
inelegibilidade aos crimes culposos, aos definidos como crimes de menor
potencial ofensivo e aos crimes de ação penal privada.

LC nº 64/90
Art. 1
§ 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo
não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei
como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação
penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

Item A – errado. Caso fosse possível, de fato o prazo da inelegibilidade seria


desde a condenação até 8 ANOS do cumprimento total da pena. Mas como o
crime foi culposo, não há inelegibilidade.
Item B – errado. Como dito, a inelegibilidade conta-se da condenação e não do
transito em julgado da sentença, estendendo-se por mais 8 ANOS do
cumprimento da pena.
Item C – errado. A decisão condenatória que geraria a inelegibilidade poderia
ser por Juiz singular (único) ou por órgão judicial colegiado.

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Item D – errado. A inelegibilidade iniciaria desde a condenação.


Item E – correto. Incide a nova exceção relatada acima.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 129: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


01/02/2009.
As normas constitucionais sobre mandato eletivo e processo eleitoral
estabelecem que
a) o mandato poderá ser impugnado perante a justiça eleitoral até trinta dias
após a posse.
b) a lei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor um ano após a sua
promulgação, não se aplicando à eleição que ocorrer em seguida.
c) são inelegíveis para os mesmos cargos, no período subseqüente, os
prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído nos seis meses anteriores
ao pleito.
d) não podem ser candidatos os analfabetos, os estrangeiros e, durante o
período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Não é assunto desta aula, mas, conforme a CF-88, a
impugnação ao mandato eletivo pode ser realizada 15 DIAS a contar da
DIPLOMAÇÃO do candidato e não da posse.

CF-88
Art. 14
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação,
instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude.

Item B – errado. A Lei que altera o processo eleitoral já entra em vigor desde a
sua publicação, mas não tem EFICÁCIA, não gera efeitos, nas eleições
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que ocorram em até 1 ANO de sua vigência.

CF-88
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na
data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra
até um ano da data de sua vigência.

Item C – errado. Só estaria correta se fosse na hipótese de 2º mandato. No 1º


mandato é plenamente possível a reeleição e a candidatura dos que sucederam
ou substituíram o titular.
Item D – correto. Os analfabetos têm capacidade eleitoral ativa, mas não têm
a passiva, por isso não podem candidatar-se. Já os estrangeiros e os
conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório, não poderão
candidatar-se porque sequer possuem a alistabilidade, não poderão nem
mesmo ser eleitores, quanto o mais candidatos!
Em todos os casos, a inelegibilidade é absoluta!

CF-88
Art. 14
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 130: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


24/01/2010 (ADAPTADA).
Acerca das condições de elegibilidade e das causas de inelegibilidade, assinale
a opção correta.
a) São inelegíveis para qualquer cargo o governador e o vicegovernador de
estado e do Distrito Federal ( DF ), o prefeito e o vice-prefeito que perderem
seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da constituição estadual, da
lei orgânica do DF ou da lei orgânica do município, para as eleições que se
realizarem durante o período remanescente e nos oito anos subsequentes ao
término do mandato para o qual tenham sido eleitos.

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b) Para concorrerem a outros cargos, o presidente da República, os


governadores de estado e do DF e os prefeitos não precisam renunciar aos
respectivos mandatos.
c) São inelegíveis os candidatos que tenham contra sua pessoa representação
julgada procedente pela justiça eleitoral, ainda que aguardando julgamento de
recurso no TSE, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou
político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem
como para as que se realizarem nos três anos seguintes.
d) É condição de elegibilidade para o candidato ao cargo de governador ter
idade mínima de 35 anos.
e) Para concorrerem a outros cargos, os deputados federais e senadores
devem sempre renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do
pleito.

COMENTÁRIOS:
Item A – correto. É o que dispõe o art. 1º, I, c, da LC 64/90:

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos
eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da
Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município,
para as eleições que se realizarem durante o período remanescente
e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término do mandato para o
qual tenham sido eleitos; (Redação dada pela Lei Complementar nº
135, de 2010)

A antiga redação da LC nº 64/90 previa o prazo de 3 ANOS de inelegibilidade e


não o atual prazo de 8 ANOS subsequentes ao término do mandato.
Item B – errado. O art. 14, §6º, da CF-88 prevê que o Presidente da
República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais devem
RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus mandatos até 6 MESES antes do
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pleito para concorrem a OUTROS CARGOS (diversos do que ocupam).

CF-88
Art. 14
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito.
LC 64/90
Art. 1º
§ 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República,
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses
antes do pleito.

Item C – errado. Pela antiga e pela atual redação da LC 64/90, a


representação tem já ter sido julgada procedente com trânsito em julgado, não
se admitindo a possibilidade de pendência de recurso para a caracterização da
inelegibilidades. Ademais, o prazo de inelegibilidade é de 8 ANOS e não mais 3
anos como previa o antigo texto.

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada
procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de
abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual
concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 135, de 2010)

Item D – errado. A idade mínima de Governador é de 30 ANOS.


Item E – errado. A previsão constitucional-legal de necessária renúncia 6
meses antes das eleições para concorrer a outros cargos é apenas para os
Chefes do Poder Executivo, não se aplicando aos cargos do Poder
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Legislativo.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 131: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -


02/12/2007.
Conforme a Constituição da República, o instituto da inelegibilidade destina-se
a proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do
mandato - em razão da qual se considera a vida pregressa do candidato - e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício da função, cargo ou emprego da
administração direta ou indireta. Considerando os princípios constitucionais e a
Lei de Inelegibilidade - Lei Complementar n.º 64/1990 -, assinale a opção
correta.
a) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a renunciar ao
mandato para candidatar-se a deputado federal.
b) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a se licenciar do
mandato para candidatar-se a deputado federal.
c) Cidadão analfabeto pode ser candidato a vereador, mas não, a prefeito.
d) Pessoa submetida a processo em que é acusada da prática de crime
hediondo somente pode candidatar-se após o trânsito em julgado.
e) Irmão de governador de estado pode ser candidato em qualquer eleição,
desde que já seja ocupante de algum cargo eletivo.

COMENTÁRIOS:
Item A – correto. Sim, é obrigado. Como já estudamos, o art. 14, §6º, da CF-
88 prevê que o Presidente da República, Governadores de Estados e
Prefeitos Municipais devem RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus
mandatos até 6 MESES antes do pleito para concorrem a OUTROS CARGOS.

CF-88
Art. 14

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§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da


República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito.
LC 64/90
Art. 1º
§ 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República,
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses
antes do pleito.

Item B – errado. Não se licenciar, mas renunciar.


Item C – errado. Analfabeto de novo!
Item D – errado. Não, é possível candidatar-se na pendência do processo
penal, pois a inelegibilidade somente ocorrerá com o trânsito em julgado da
condenação.

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação
até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da
pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135,
de 2010)
7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura,
terrorismo e hediondos; (Incluído pela Lei Complementar nº 135,
de 2010)

Item E – errado. Não é a qualquer eleição que poderá candidatar-se, mas


apenas à reeleição do cargo que ocupa. É vedado também candidatar-se ao
cargo de Governador, por seu irmão ser titular atual do cargo.

RESPOSTA CERTA: A

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QUESTÃO 132: Senado Federal – Advogado [FGV] - 09/11/2008.


Determinado aspirante a vereador, com condenação criminal transitada em
julgado, porém com pedido de revisão criminal em curso, é:
a) elegível, ante a pendência da decisão na revisão criminal que visa à
nulidade do julgamento.
b) inelegível, pois há sentença condenatória que transitou em julgado.
c) inalistável, visto que teve seus direitos políticos cassados com a condenação
criminal.
d) alistável e elegível, até que a revisão criminal transite em julgado.
e) inalistável, porém elegível em função da propositura da revisão criminal.

COMENTÁRIOS:
Mesmo na redação anterior da LC 64/90, a partir do trânsito em julgado da
decisão penal condenatória nos crimes elencados em referida Lei, o candidato
é considerado inelegível. Pouco importa se há ou não pedido de revisão
criminal (que não tem natureza de recurso, não afetando o trânsito em julgado
da sentença).

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 133: TRE-ES - Analista Judiciário – Judiciária [FESAG] -


22/05/2005 (ADAPTADA).
Leia com atenção os enunciados abaixo:
Seguindo a orientação da Lei Complementar n. 64, de 18-5-1990, pode-se
afirmar que:
I - são inelegíveis os servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou
entidades da administração direta ou indireta, da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações
mantidas pelo Poder Público, que não se afastarem até 3 (três) meses antes
do pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais;
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II - são inelegíveis os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao


pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação
em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por
contribuições impostas pelo poder público ou com recursos arrecadados e
repassados pela Previdência Social;
III - como regra, o prazo de desincompatibilização para concorrer a Prefeito e
Vice-Prefeito é 4 (quatro) meses;
IV - como regra, o prazo de desincompatibilização para concorrer para
Vereador é 6 (seis) meses.
a) Somente os enunciados I e III são verdadeiros.
b) Os enunciados I, II e IV são verdadeiros.
c) Somente os enunciados II e III são verdadeiros.
d) Todos os enunciados são verdadeiros.

COMENTÁRIOS:
Item I – correto.

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
II - para Presidente e Vice-Presidente da República: I) os que,
servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou
entidades da Administração direta ou indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios,
inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se
afastarem até 3 (três) MESES anteriores ao pleito, garantido o
direito à percepção dos seus vencimentos integrais;

Item II – correto.

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
II - para Presidente e Vice-Presidente da República:
g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao
pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração
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ou representação em entidades representativas de classe,


mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo
poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela
Previdência Social;

Item III e IV – corretos.


Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal:

Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE (P. Executivo) 4 MESES


Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) 6 MESES

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 134: TRE-BA - (ADAPTADA).


Considere as afirmações:
I. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, do
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, do Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, mesmo se
já forem titulares de cargo eletivo e candidatos à reeleição.
II. São inelegíveis, para qualquer cargo, os que forem condenados, em decisão
transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a
condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da
pena, pelos crimes eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de
liberdade.
III. São inelegíveis, para qualquer cargo, os Ministros de Estado até 6 meses
depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.

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e) II e III.

COMENTÁRIOS:
Item I – errado. Conforme o art. 14, §7º, da CF-88 a inelegibilidade reflexa é
dos parentes até o 2º GRAU dos titulares da Chefia do Poder Executivo,
SALVO se já titulares de mandato eletivo e candidatos à reeleição. A questão
trouxe “mesmo se já forem titulares...”, por isto está errada.

CF-88
Art. 14
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição

Item II – correto. A antiga redação da LC nº 64/90 previa o seguinte:

LC nº 64/90
Antiga redação:
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados criminalmente, com sentença
transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia
popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio
público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes e por
crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o
cumprimento da pena;

Agora, com a nova redação:

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:

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I - para qualquer cargo:


e) os que forem condenados, em decisão transitada em
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a
condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o
cumprimento da pena, pelos crimes:
4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de
liberdade;

Item III – errado.

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
II - para Presidente e Vice-Presidente da República:
a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de
seus cargos e funções:
1. os Ministros de Estado:

A LC nº 64/90 repete em todos os outros cargos eletivos a hipótese de


inelegibilidade de Ministro de Estado ao remeter à inelegibilidade para os
cargos de Presidente e Vice-Presidente da República. No entanto, como para o
cargo de Prefeito e Vice o prazo é de 4 MESES, não é para todos os cargos o
prazo de 6 MESES de desincompatibilização dos Ministros de Estado.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 135: MPE-PE - Promotor de Justiça [FCC] - 01/08/2008


(ADAPTADA).
Muitas são as condições de elegibilidade que devem ser preenchidas para a
participação política ativa e passiva. Rinaldo é oficial da Polícia Militar do
Estado e conta mais de dez anos de serviço. Resolveu ser candidato a Prefeito
Municipal. Nesse caso, ele é
a) elegível e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para
a aposentadoria.
b) inelegível, porque os policiais militares estaduais são inalistáveis.
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c) elegível e, se eleito, deverá permanecer afastado de suas funções até o


término do mandato.
d) inelegível, visto que o militar só pode ser candidato a cargo eletivo após
vinte anos de serviço.
e) elegível, mas para ser eleito deverá afastar-se de suas funções em até 4
(quatro) meses antes do pleito.

COMENTÁRIOS:
Item A e C – errados. Como já estudamos anteriormente, o Militar é
plenamente elegível e, se eleito, com mais de 10 anos de serviço, passará
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade e não para a
aposentadoria.
Item B e D – errados. Todos os Militares são elegíveis, atendidas as condições
legais e constitucionais, não havendo exigência de tempo de serviço para a
plena elegibilidade.
Item E – correto. Conforme a LC nº 64/90, as autoridades Policiais (Militares e
Civis) precisam desincompatibilizar 4 MESES antes do pleito para concorrer ao
Mandato de Prefeito e Vice-Prefeito Municipal. Rinaldo é Oficial da PM, o
que é entendido pela jurisprudência como autoridade policial.

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:
c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no
Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito;

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 136: TJ-AL - Juiz Substituto [FCC] - 28/01/2007.


Tício é presidente de entidade representativa de classe, com sede no município
Alpha, mantida parcialmente por contribuições impostas pelo poder público e
Paulus é delegado de polícia em exercício no mesmo município. O prazo de
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Desincompatibilização para Tício e Paulus candidatarem-se a Prefeito Municipal


de Alpha é de
a) 3 meses.
b) 4 meses.
c) 3 meses e 4 meses, respectivamente.
d) 4 meses e 3 meses, respectivamente.
e) 6 meses e 4 meses, respectivamente.

COMENTÁRIOS:
Tício é Presidente de entidade representativa de classe com sede no
Município. É prevista expressamente uma inelegibilidade ao detentor de tal
cargo quando pleitear o cargo de Presidente e Vice da República. No entanto, o
art. 1º, IV, a, impõe referida inelegibilidade também para o cargo de Prefeito
e Vice-Prefeito ao remeter a aplicação das inelegibilidades previstas para os
cargos de Presidente e Vice da República e de Governador e Vice de Estado. O
prazo previsto na LC nº 64/90 para o caso de Tício é de 4 MESES.

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
II - para Presidente e Vice-Presidente da República:
g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao
pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração
ou representação em entidades representativas de classe,
mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo
poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela
Previdência Social.
LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:
a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os
inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da
República, Governador e Vice-Governador de Estado e do
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Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) meses para a


desincompatibilização;

Paulus é Delegado de Polícia no Município (autoridade da polícia civil),


configurando a hipótese já comentada acima, do art. 1, IV, c, da LC nº 64/90.
O prazo de desincompatibilização para Paulo é o mesmo de Tício: 4 MESES.

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:
c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no
Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito;

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 137: TRE-BA - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


21/09/2003.
Alexandro, Prefeito Municipal da cidade de Rio Turvo, renuncia ao cargo até 6
meses antes do pleito eleitoral. Nesse caso,
a) está caracterizada a inelegibilidade indireta apenas para os cargos de
Governador do Estado e de Deputado Estadual do Estado que o município
integra, não tendo aplicação a outros mandatos eletivos.
b) está presente a inelegibilidade reflexa para o cargo de Presidente da
República, de Governador do Estado e de Prefeito, assim como para os demais
cargos eletivos do Poder Legislativo.
c) não está presente a inelegibilidade reflexa, permitindo-se a candidatura
para quaisquer cargos dos Poderes Executivo e Legislativo.
d) está caracterizada a inelegibilidade indireta, que se aplica à candidatura de
mandatos eletivos no Poder Legislativo, mas não tem aplicação à candidatura
no Poder Executivo.
e) está presente a inelegibilidade reflexa somente para o cargo de Prefeito,
não tendo aplicação para a candidatura a outros mandatos eletivos.

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COMENTÁRIOS:
Esta questão serve para rememorarmos alguns aspectos das inelegibilidade no
âmbito constitucional correlacionadas com as estudadas no âmbito da LC nº
64/90.
Renúncia à Chefia do Executivo e a inelegibilidade reflexa dos parentes do
titular. Vimos em Aula anterior que, segundo entendimento do TSE, se o titular
estiver em seu 1º mandato, com a sua renúncia em até 6 meses antes do
pleito, resta afastada esta inelegibilidade reflexa dos parentes, tanto para
concorrerem ao mesmo cargo do titular (Chefe do Executivo), quanto para
qualquer outro cargo.
Somente se ele estiver em seu 2º mandato, a prévia renúncia não afastaria a
inelegibilidade dos parentes para concorrerem ao mesmo cargo de Chefe do
Poder Executivo.
Na questão não foi informado o dado se estaria o Prefeito Alexandre em seu 1º
ou 2º mandato. Este é um dado crucial para que a resposta da questão fosse
precisa.
De todo modo, o que se afigura é o seguinte:
1) caso estivesse Alexandre em seu 1º mandato, a sua renúncia antes dos 6
meses do pleito afastaria a inelegibilidade reflexa de seus parentes para
concorrerem a qualquer cargo, inclusive o de Prefeito Municipal;
2) caso fosse o seu 2º mandato, a renúncia prévia não afastaria a
inelegibilidade reflexa para o cargo de Prefeito, mas apenas para os outros
cargos diversos do de Chefe do Executivo.
O gabarito da questão veio como certo o item “e”. No entanto, com base na
orientação atual do TSE, entendo que nenhum item apresentado mostra-se
correto. O item “e” estaria correto se a questão indicasse que Alexandre
estaria em seu 2º mandato de Prefeito. Por sua vez, o item “c” estaria correto
se a questão indicasse que ele estivesse em seu 1º mandato.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 138: TRE-SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -

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10/05/2006.
O analfabeto
a) pode ser eleito para as Assembléias Legislativas.
b) pode ser eleito para a Câmara dos Deputados.
c) só pode alistar-se se souber ao menos assinar o nome.
d) pode ser eleito Prefeito Municipal.
e) é inelegível para qualquer cargo eletivo.

COMENTÁRIOS:

LC nº 64/90
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
a) os inalistáveis e os analfabetos;
CF-88
Art. 14
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 139: TRE – RS – Técnico Judiciário [FCC] – 18/07/2010.


O conhecimento e decisão da argüição de inelegibilidade de candidato a
Senador, a Governador de Estado e a Deputado Estadual, formulada perante a
Justiça Eleitoral, será feita perante o Tribunal
(A) Regional Eleitoral do Estado correspondente.
(B) Superior Eleitoral.
(C) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e
o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente, respectivamente.
(D) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e
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o Juiz Eleitoral, respectivamente.


(E) Regional Eleitoral do Estado correspondente e o Juiz Eleitoral,
respectivamente.

COMENTÁRIOS:
O art. 2º da Lei Complementar nº 64/90 prevê a competência a julgamento
das argüições de inelegibilidade. Para julgamento das referentes a candidato
ao Senado, Governador, Vice, Deputados Federais e Estaduais/Distritais, a Lei
dispõe que é de competência do TRE.

LC nº 64/90
Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições
de inelegibilidade.
Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita
perante:
I - o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato a
Presidente ou Vice-Presidente da República;
II - os Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de
candidato a Senador, Governador e Vice-Governador de
Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado
Estadual e Deputado Distrital;

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 140: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010.


O prazo para interposição de recurso da decisão do Juiz Eleitoral que rejeitar
impugnação de registro de candidato a Prefeito Municipal e do acórdão do
Tribunal Regional Eleitoral que confirmar a decisão de primeiro grau é de
a) 3 dias.
b) 3 e 5 dias, respectivamente.
c) 5 dias.

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d) 5 e 7 dias, respectivamente.
e) 15 dias.

COMENTÁRIOS:
Da Sentença do Juiz de 1º grau, cabe RECURSO ao TRE no prazo de 3 DIAS.

LC nº 64/90
Art. 8° Nos pedidos de registro de candidatos a eleições
municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em cartório 3
(três) dias após a conclusão dos autos, passando a correr
deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição de
RECURSO para o Tribunal Regional Eleitoral.

Inclusive o TSE Sumulou o seguinte entendimento:

TSE Súmula nº 10 - DJ 28, 29 e 30/10/92


Processo de Registro de Candidatos - Prazo para o Recurso
Ordinário
No processo de registro de candidatos, quando a sentença for
entregue em Cartório antes de 3 (três) dias contados da
conclusão ao Juiz, o prazo para o RECURSO ordinário, salvo
intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele
tríduo – 3 dias.

Da decisão do TRE sobre a Sentença do Magistrado de 1º grau cabe


RECURSO ao TSE, em petição fundamentada, também no prazo de 3 DIAS a
contar da leitura e publicação do Acórdão (decisão do TRE).

LC nº 64/90
Art. 11.
§ 2° Terminada a sessão, far-se-á a leitura e a publicação do
acórdão, passando a correr dessa data o prazo de 3 (três) dias,
para a interposição de recurso para o Tribunal Superior
Eleitoral, em petição fundamentada.

Então, os prazo de recursos são 3 DIAS nos dois casos apresentados na


questão.
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RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 141: TRE-AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


15/01/2007.
A impugnação de registro ao cargo de Senador poderá ser feita
a) por qualquer candidato, partido político, coligação, ou pelo Ministério
Público, em petição fundamentada, no prazo de 10 dias contados da publicação
do pedido de registro, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
b) por qualquer candidato, partido político, coligação, ou pelo Ministério
Público, em petição fundamentada, no prazo de 5 dias contados da publicação
do pedido de registro, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
c) apenas pelo Ministério Público Eleitoral, em petição fundamentada, no prazo
de 5 dias contados da publicação do pedido de registro, perante o Tribunal
Regional Eleitoral competente.
d) apenas pelos candidatos, partidos políticos e coligações, em petição
fundamentada, no prazo de 3 dias contados da publicação do pedido de
registro, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
e) por qualquer candidato, partido político, coligação, ou pelo Ministério
Público, em petição fundamentada, no prazo de 5 dias contados da publicação
do pedido de registro, perante o Tribunal Regional Eleitoral competente.

COMENTÁRIOS:
São legitimados para manejar a AIRC:

1. qualquer candidato (os adversários);


2. Partidos Políticos
3. Coligações
4. Ministério Público Eleitoral
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Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político,
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coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco)


DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO
DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada.

A competência para julgar a AIRC contra candidato a Senador é do TRE. São


os seguintes os critérios de determinação de competência para julgamento da
AIRC:

1. o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará a AIRC quando se


tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da
República;
2. os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) julgarão a AIRC
quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado
Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital;
3. os Juízes Eleitorais julgarão a AIRC quando se tratar de
candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 142: TRE-RN - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


03/07/2005.
Considere as proposições a respeito da impugnação de registro de candidatura.
I. Caberá a qualquer candidato, partido político, coligação ou ao Ministério
Público, no prazo de 5 dias contados da publicação de pedido de registro de
candidato, impugná-lo em petição fundamentada.
II. A impugnação por parte de candidato, partido político ou coligação impede
a ação do Ministério Público no mesmo sentido.
III. O impugnante pode arrolar, se for o caso, até 3 testemunhas para
confirmarem a veracidade do alegado.
IV. A partir da data em que terminar o prazo para impugnação, passará a
correr, após devida notificação, o prazo de 7 dias para que o candidato, partido
ou coligação possa contestá-la.

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Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) I e IV.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) II e IV.

COMENTÁRIOS:
Item I – correto.

LC nº 64/90
Art. 3° Caberá a qualquer candidato, a partido político,
coligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco)
DIAS, contados da PUBLICAÇÃO DO PEDIDO DE REGISTRO
DO CANDIDATO, impugná-lo em petição fundamentada.

Item II – errado.
A Lei assegura ao Ministério Público Eleitoral (MPE) competência
independente dos demais legitimados para interpor a AIRC. Com isso,
mesmo que candidato, partido político ou coligação tenha impugnado o
registro de algum candidato, o MPE também poderá impugnar no mesmo
sentido.

LC nº 64/90
Art. 3°
§ 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou
coligação, NÃO impede a ação do Ministério Público no
mesmo sentido.

Item III – errado.


O número máximo de testemunhas é de 6 (seis) e não 3 (três).

LC nº 64/90
Art. 2

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§ 3° O impugnante (autor) especificará, desde logo, os meios


de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado,
arrolando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis).

Item IV – correto.

LC nº 64/90
Art. 4° A partir da data em que terminar o prazo para
impugnação, passará a correr, após devida notificação, o prazo
de 7 (sete) DIAS para que o candidato, partido político ou
coligação possa CONTESTÁ-LA, juntar documentos, indicar
rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas,
inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros,
de repartições públicas ou em procedimentos judiciais, ou
administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de
justiça.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 143: TRE – RS – Técnico Judiciário [FCC] – 18/07/2010.


O conhecimento e decisão da arquição de inelegibilidade de candidato a
Senador, a Governador de Estado e a Deputado Estadual, formulada perante a
Justiça Eleitoral, será feita perante o Tribunal
(A) Regional Eleitoral do Estado correspondente.
(B) Superior Eleitoral.
(C) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e
o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente, respectivamente.
(D) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e
o Juiz Eleitoral, respectivamente.
(E) Regional Eleitoral do Estado correspondente e o Juiz Eleitoral,
respectivamente.

COMENTÁRIOS:
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O art. 2º da Lei Complementar nº 64/90 prevê a competência a julgamento


das argüições de inelegibilidade. Para julgamento das referentes a candidato
ao Senado, Governador, Vice, Deputados Federais e Estaduais/Distritais, a Lei
dispõe que é de competência do TRE.

LC nº 64/90
Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições
de inelegibilidade.
Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita
perante:
I - o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato a
Presidente ou Vice-Presidente da República;
II - os Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de
candidato a Senador, Governador e Vice-Governador de
Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado
Estadual e Deputado Distrital;

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 144: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010.


O prazo para interposição de recurso da decisão do Juiz Eleitoral que rejeitar
impugnação de registro de candidato a Prefeito Municipal e do acórdão do
Tribunal Regional Eleitoral que confirmar a decisão de primeiro grau é de
a) 3 dias.
b) 3 e 5 dias, respectivamente.
c) 5 dias.
d) 5 e 7 dias, respectivamente.
e) 15 dias.

COMENTÁRIOS:
Da Sentença do Juiz de 1º grau, cabe RECURSO ao TRE no prazo de 3
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DIAS.

LC nº 64/90
Art. 8° Nos pedidos de registro de candidatos a eleições
municipais, o Juiz Eleitoral apresentará a sentença em cartório 3
(três) dias após a conclusão dos autos, passando a correr
deste momento o prazo de 3 (três) dias para a interposição de
RECURSO para o Tribunal Regional Eleitoral.

Inclusive o TSE Sumulou o seguinte entendimento:

TSE Súmula nº 10 - DJ 28, 29 e 30/10/92


Processo de Registro de Candidatos - Prazo para o Recurso
Ordinário
No processo de registro de candidatos, quando a sentença for
entregue em Cartório antes de 3 (três) dias contados da
conclusão ao Juiz, o prazo para o RECURSO ordinário, salvo
intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele
tríduo – 3 dias.

Da decisão do TRE sobre a Sentença do Magistrado de 1º grau cabe


RECURSO ao TSE, em petição fundamentada, também no prazo de 3 DIAS a
contar da leitura e publicação do Acórdão (decisão do TRE).

LC nº 64/90
Art. 11.
§ 2° Terminada a sessão, far-se-á a leitura e a publicação do
acórdão, passando a correr dessa data o prazo de 3 (três) dias,
para a interposição de recurso para o Tribunal Superior
Eleitoral, em petição fundamentada.

Então, os prazos de recursos são 3 DIAS nos dois casos apresentados na


questão.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 145: TRE-PB - Analista Judiciário [COPERVE] -


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18/11/2007.
Para pleitear a Investigação Judicial Eleitoral, NÃO é(são) parte legítima
a) os partidos políticos.
b) os eleitores.
c) o Ministério Público.
d) os candidatos.
e) as coligações.

COMENTÁRIOS:
O Eleitor/cidadão NÃO tem legitimidade para interpor a AIJE.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 146: (RICARDO).


Assinale a alternativa correta:
a) É matéria de competência do corregedor-geral e dos corregedores regionais
eleitorais a realização de investigação jurisdicional para apurar transgressões
pertinentes à origem de valores pecuniários e a abuso de poder econômico ou
político, em detrimento da liberdade de voto.
b) Constitui infração administrativa a argüição de inelegibilidade, ou a
impugnação de registro de candidato feito por interferência do poder
econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma
temerária ou de manifesta má-fé.
c) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo
máximo de 30 dias contados da diplomação.
d) A ação de impugnação de mandato, por força do princípio da transparência,
não tramitará em segredo de justiça e o autor não responderá por litigância de
má-fé.
e) Nas eleições municipais, a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo deve ser
proposta perante o Juiz Eleitoral, no prazo de 15 dias contados da
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diplomação, independente de prova constitutiva, sendo a mesma julgada pelo


T.R.E.

COMENTÁRIOS:
Item A – correto.

LC nº 64/90
Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores
pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento
da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações
jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e
Corregedores Regionais Eleitorais.
Art. 21. As transgressões a que se refere o art. 19 desta lei
complementar serão apuradas mediante procedimento
sumaríssimo de investigação judicial, realizada pelo
Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, nos
termos das Leis nºs 1.579, de 18 de março de 1952, 4.410, de 24
de setembro de 1964, com as modificações desta lei
complementar.

Item B – errado. Constitui crime eleitoral e não simples infração


administrativa.
Item C – errado. O prazo da AIME é de 15 DIAS após a diplomação e não de
30 dias.
Item D – errado.

LC nº 64/90
Art. 14
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em
segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se
temerária ou de manifesta má-fé.

Item E – errado. Está errado também porque a interposição da AIME depende


de prova de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

LC nº 64/90

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Art. 14
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação,
instruída a ação COM PROVAS de abuso do poder econômico,
corrupção ou fraude.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 147: TRE – RS – Técnico Judiciário [FCC] – 18/07/2010.


A investigação judicial para apurar uso indevido ou abuso do poder econômico
ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de
comunicação social, em benefício de candidato ou partido político,
(A) será processada pelo Tribunal Regional Eleitoral que, após a oitiva do
Corregedor-Geral, enviará os autos ao Ministério Público para que este aplique
as sanções previstas em lei.
(B) será feita pela Polícia Judiciária, mediante inquérito policial, que, afinal,
será encaminhado ao Ministério Público para oferecimento de eventual
denúncia.
(C) será objeto de investigação pelo Ministério Público eleitoral que, afinal,
declarará a inelegibilidade do investigado, aplicando-lhe as sanções previstas
em lei.
(D) será processada internamente por qualquer partido político, coligação ou
candidato que, afinal, encaminhará as suas conclusões ao Tribunal competente
que, após a oitiva do Corregedor-Geral, aplicará as sanções previstas em lei.
(E) terá início por representação de qualquer partido político, coligação,
candidato ou Ministério Público feita diretamente ao Corregedor-Geral.

COMENTÁRIOS:
A investigação judicial é prevista na Lei Complementar nº 64/90, como
competência da Corregedoria-Geral Eleitoral e das Corregedorias
Regionais Eleitorais para apurar eventual transgressão de candidatos quanto
à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político em
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detrimento da liberdade do voto.


O art. 22 da LC nº 64/90 prevê que qualquer partido político, coligação ou
o Ministério Público poderão representar diretamente ao Corregedor-Geral
ou Regional para dar início à investigação judicial.
A questão queria saber a legitimidade ativa para apresentar a AIJE:
Igualmente à AIRC, são legitimados para manejar a AIJE:

1. qualquer candidato;
2. Partidos Políticos
3. Coligações
4. Ministério Público Eleitoral

LC nº 64/90
Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores
pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento
da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações
jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e
Corregedores Regionais Eleitorais.
Parágrafo único. A apuração e a punição das transgressões
mencionadas no caput deste artigo terão o objetivo de proteger a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou
emprego na administração direta, indireta e fundacional da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 21. As transgressões a que se refere o art. 19 desta lei
complementar serão apuradas mediante procedimento
sumaríssimo de investigação judicial, realizada pelo
Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, nos
termos das Leis nºs 1.579, de 18 de março de 1952, 4.410, de 24
de setembro de 1964, com as modificações desta lei
complementar.
Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou
Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça
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Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional,


relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir
abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio
ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou
utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em
benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte
rito:

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 148: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


21/02/2010.
Considerando que um cidadão brasileiro tenha dupla cidadania e candidate-se
a deputado federal, julgue os próximos itens com base nas leis eleitorais e
partidárias e nas disposições constitucionais sobre cidadania.
[67] A justiça eleitoral deverá indeferir essa candidatura, pois a CF veda que
pessoa detentora de cidadania estrangeira seja candidata a esse cargo eletivo,
ainda que se trate de caso de dupla cidadania.

COMENTÁRIOS:
A dupla nacionalidade, por si só, não implica necessariamente na
inelegibilidade do cidadão. Por ser brasileiro (nato ou naturalizado) tem sua
capacidade eleitoral passiva preservada.

RESPOSTA: E

QUESTÃO 149: TJ - AC - Juiz de Direito Substituto [CESPE] -


09/09/2009.
Um deputado federal que tenha o seu mandato cassado pela Câmara dos
Deputados tem os direitos políticos restritos pelo prazo de oito anos e, nesse
caso,

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a) perde todos os seus direitos políticos e também o de ocupar cargo no


serviço público federal.
b) poderá ser detentor de novo mandato eletivo após o fim da legislatura em
que sofreu a cassação.
c) perde a capacidade eleitoral passiva, mas não a capacidade eleitoral ativa.
d) somente poderá candidatar-se a outros cargos que não o de deputado
federal, tais como o de vereador ou de senador, por exemplo.

COMENTÁRIOS:
A inelegibilidade afeta exclusivamente a capacidade eleitoral passiva
(elegibilidade) pelo período em que for decretada. Não atinge a capacidade
eleitoral ativa (alistabilidade – de ser eleitor).
Assim, não afeta a possibilidade de ocupar cargo público efetivo em qualquer
esfera, mas a possibilidade de candidatar-se a qualquer outro cargo eletivo.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 150: TRE-SC - Analista Judiciário – Judiciária [FAPEU] -


19/06/2005 (ADAPTADA).
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à ocorrência de inelegibilidade.
a) Os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis,
pelo prazo de oito anos.
b) Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções
públicas rejeitadas, por irregularidade sanável, por decisão do órgão
competente.
c) Os analfabetos e os inalistáveis.
d)Os que forem condenados criminalmente, em decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão judicial colegiado, pelos crimes, entre outros, contra a
economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público.

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COMENTÁRIOS:
Item A – correto.

Art. 1º São inelegíveis:


I - para qualquer cargo:
f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele
incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;

Lembro que o prazo atual é de 8 ANOS; antes era de 4 anos.


Item B – errado. Para a caracterização da inelegibilidade por rejeição das
contas, a irregularidade praticada precisa ser INSANÁVEL.

Art. 1º São inelegíveis:


I - para qualquer cargo:
g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções
públicas rejeitadas por irregularidade INsanável que configure ato doloso
de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente,
salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as
eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da
data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição
Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que
houverem agido nessa condição;

Item C – correto. Analfabetos e inalistáveis são absolutamente inelegíveis.


Item D – correto.

Art. 1º São inelegíveis:


I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida
por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de
8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:
1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o
patrimônio público;

RESPOSTA CERTA: B
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QUESTÃO 151: TRE-SC - Analista Judiciário (judiciária) [FAPEU] -


17/02/2005 (ADAPTADA).
Sobre a inelegibilidade, é CORRETO afirmar.
a)São inelegíveis para qualquer cargo as pessoas que tenham contra si
representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, transitada em julgado
ou proferida por órgão judicial colegiado, em processo de apuração de abuso
do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham
sido diplomados bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes.
b)São inelegíveis os servidores públicos que forem submetidos a processo
disciplinar para apurar falta grave cometida.
c)São inelegíveis os membros do Ministério Público que não se tenham
afastado das suas funções até 01 (um) ano antes do pleito.
d)São inelegíveis os Magistrados para qualquer cargo eletivo.
COMENTÁRIOS:
Item A – correto. O prazo anterior da LC 64/90 era de 3 ANOS, agora é de 8
ANOS.

Art. 1º São inelegíveis:


I - para qualquer cargo:
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente
pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida
por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder
econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido
diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes;

Item B – errado. Somente serão considerados inelegíveis na atual conjuntura


os servidores públicos já demitidos em PAD ou judicialmente, não o sendo
os que estão ainda na pendência de processo.

Art. 1º São inelegíveis:


I - para qualquer cargo:

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o) os que forem demitidos do serviço público em decorrência de


processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado
da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder
Judiciário; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

Item C – errado. O prazo para o membro do MP afastar-se é de apenas 6


MESES.
Item D – errado. Os Magistrados, igualmente aos membros do MP poderão
eleger-se para cargo eletivo desde que se desincompatibilizem até 6 MESES
antes do pleito.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 152: MPF – Procurador [MPU] (ADAPTADA).


AS HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADES:
I - estão previstas apena no Código Eleitoral e na Constituição;
II - são situações fáticas, sem previsão legal, apuradas em representações por
abuso de poder econômico e político;
III - estão previstas na Constituição Federal e ainda em lei complementar a fim
de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do
mandato, considerada a vida pregressa do candidato, a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta;
IV - são situações de direito eleitoral, tipificadas como crimes eleitorais, tendo
em vista a improbidade administrativa e as ilegalidades nos gastos nas
campanhas, corrupção, fraude e abuso do poder econômico. Analisando-se as
assertivas acima, pode-se afirmar que:
a) somente as de números I e IV estão corretas;
b) estão corretas as de número II e III;
c) apenas a de número III está correta;
d) somente a de número I correta.

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COMENTÁRIOS:
Item I – errado. Estão previstas na CF-88 e na LC 64/90.
Item II – errado. Sem previsão legal??
Item III – correto. É o que dispõe a CF-88:

CF-88
Art. 14
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os
prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a
moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 4, de 1994)

Item IV – errado. As inelegibilidades NÃO SÃO CRIMES eleitorais, mas


situações previstas em lei (inclusive alguns crimes comuns) que impedem a
assunção de cargo eletivo. Não têm relação direta e necessária com crimes.

RESPOSTA CERTA: C

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EXERCÍCIOS COM GABARITO

QUESTÃO 126: DPU - Defensor Público Federal [CESPE] - 06/03/2010.


Acerca das inelegibilidades, julgue o próximo item.
Considere que um indivíduo tenha sido condenado, em decisão transitada em
julgado, à pena de três anos de reclusão e multa por adulteração de número
de chassi de veículo automotor e que a tenha cumprido integralmente.
Considere, ainda, que os efeitos da pena perduraram até 4/5/2009. Nessa
situação, o indivíduo permanecerá inelegível até 4/5/2012.
QUESTÃO 127: TSE - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -
14/01/2007 (ADAPTADA).
Aníbal afastou-se definitivamente do cargo de delegado de polícia, nos três
meses anteriores ao pleito eleitoral, para concorrer ao cargo de vice-prefeito
em certo município mineiro onde exercia suas atividades. Considerando essa
situação hipotética e com base na disciplina normativa da Lei Complementar
n.º 64/1990, julgue o item abaixo.
Para candidatar-se ao cargo eletivo, Aníbal deveria ter-se afastado do cargo de
delegado de polícia nos seis meses anteriores ao pleito eleitoral.
QUESTÃO 128: - RICARDO.
José foi condenado pela prática de homicídio culposo de trânsito em virtude de
atropelado pedestre. A sentença transitou em julgado, José será inelegível
a) por 8 anos após o cumprimento da pena.
b) por 4 anos após o trânsito em julgado da sentença.
c) só seria inelegível se a decisão fosse por órgão judicial colegiado.
d) enquanto estiver cumprindo a sanção penal.
e) não será considerado inelegível pela prática de homicídio culposo.
QUESTÃO 129: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -
01/02/2009.

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As normas constitucionais sobre mandato eletivo e processo eleitoral


estabelecem que
a) o mandato poderá ser impugnado perante a justiça eleitoral até trinta dias
após a posse.
b) a lei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor um ano após a sua
promulgação, não se aplicando à eleição que ocorrer em seguida.
c) são inelegíveis para os mesmos cargos, no período subseqüente, os
prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído nos seis meses anteriores
ao pleito.
d) não podem ser candidatos os analfabetos, os estrangeiros e, durante o
período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
QUESTÃO 130: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -
24/01/2010 (ADAPTADA).
Acerca das condições de elegibilidade e das causas de inelegibilidade, assinale
a opção correta.
a) São inelegíveis para qualquer cargo o governador e o vicegovernador de
estado e do Distrito Federal ( DF ), o prefeito e o vice-prefeito que perderem
seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da constituição estadual, da
lei orgânica do DF ou da lei orgânica do município, para as eleições que se
realizarem durante o período remanescente e nos oito anos subsequentes ao
término do mandato para o qual tenham sido eleitos.
b) Para concorrerem a outros cargos, o presidente da República, os
governadores de estado e do DF e os prefeitos não precisam renunciar aos
respectivos mandatos.
c) São inelegíveis os candidatos que tenham contra sua pessoa representação
julgada procedente pela justiça eleitoral, ainda que aguardando julgamento de
recurso no TSE, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou
político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem
como para as que se realizarem nos três anos seguintes.
d) É condição de elegibilidade para o candidato ao cargo de governador ter
idade mínima de 35 anos.
e) Para concorrerem a outros cargos, os deputados federais e senadores
devem sempre renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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do pleito.
QUESTÃO 131: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -
02/12/2007.
Conforme a Constituição da República, o instituto da inelegibilidade destina-se
a proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do
mandato - em razão da qual se considera a vida pregressa do candidato - e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício da função, cargo ou emprego da
administração direta ou indireta. Considerando os princípios constitucionais e a
Lei de Inelegibilidade - Lei Complementar n.º 64/1990 -, assinale a opção
correta.
a) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a renunciar ao
mandato para candidatar-se a deputado federal.
b) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a se licenciar do
mandato para candidatar-se a deputado federal.
c) Cidadão analfabeto pode ser candidato a vereador, mas não, a prefeito.
d) Pessoa submetida a processo em que é acusada da prática de crime
hediondo somente pode candidatar-se após o trânsito em julgado.
e) Irmão de governador de estado pode ser candidato em qualquer eleição,
desde que já seja ocupante de algum cargo eletivo.
QUESTÃO 132: Senado Federal – Advogado [FGV] - 09/11/2008.
Determinado aspirante a vereador, com condenação criminal transitada em
julgado, porém com pedido de revisão criminal em curso, é:
a) elegível, ante a pendência da decisão na revisão criminal que visa à
nulidade do julgamento.
b) inelegível, pois há sentença condenatória que transitou em julgado.
c) inalistável, visto que teve seus direitos políticos cassados com a condenação
criminal.
d) alistável e elegível, até que a revisão criminal transite em julgado.
e) inalistável, porém elegível em função da propositura da revisão criminal.
QUESTÃO 133: TRE-ES - Analista Judiciário – Judiciária [FESAG] -

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22/05/2005 (ADAPTADA).
Leia com atenção os enunciados abaixo:
Seguindo a orientação da Lei Complementar n. 64, de 18-5-1990, pode-se
afirmar que:
I - são inelegíveis os servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou
entidades da administração direta ou indireta, da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações
mantidas pelo Poder Público, que não se afastarem até 3 (três) meses antes
do pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais;
II - são inelegíveis os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao
pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação
em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por
contribuições impostas pelo poder público ou com recursos arrecadados e
repassados pela Previdência Social;
III - como regra, o prazo de desincompatibilização para concorrer a Prefeito e
Vice-Prefeito é 4 (quatro) meses;
IV - como regra, o prazo de desincompatibilização para concorrer para
Vereador é 6 (seis) meses.
a) Somente os enunciados I e III são verdadeiros.
b) Os enunciados I, II e IV são verdadeiros.
c) Somente os enunciados II e III são verdadeiros.
d) Todos os enunciados são verdadeiros.
QUESTÃO 134: TRE-BA - (ADAPTADA).
Considere as afirmações:
I. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, do
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, do Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, mesmo se
já forem titulares de cargo eletivo e candidatos à reeleição.
II. São inelegíveis, para qualquer cargo, os que forem condenados, em decisão
transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a
condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o
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cumprimento da pena, pelos crimes eleitorais, para os quais a lei comine pena
privativa de liberdade.
III. São inelegíveis, para qualquer cargo, os Ministros de Estado até 6 meses
depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
QUESTÃO 135: MPE-PE - Promotor de Justiça [FCC] - 01/08/2008
(ADAPTADA).
Muitas são as condições de elegibilidade que devem ser preenchidas para a
participação política ativa e passiva. Rinaldo é oficial da Polícia Militar do
Estado e conta mais de dez anos de serviço. Resolveu ser candidato a Prefeito
Municipal. Nesse caso, ele é
a) elegível e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para
a aposentadoria.
b) inelegível, porque os policiais militares estaduais são inalistáveis.
c) elegível e, se eleito, deverá permanecer afastado de suas funções até o
término do mandato.
d) inelegível, visto que o militar só pode ser candidato a cargo eletivo após
vinte anos de serviço.
e) elegível, mas para ser eleito deverá afastar-se de suas funções em até 4
(quatro) meses antes do pleito.
QUESTÃO 136: TJ-AL - Juiz Substituto [FCC] - 28/01/2007.
Tício é presidente de entidade representativa de classe, com sede no município
Alpha, mantida parcialmente por contribuições impostas pelo poder público e
Paulus é delegado de polícia em exercício no mesmo município. O prazo de
Desincompatibilização para Tício e Paulus candidatarem-se a Prefeito Municipal
de Alpha é de
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a) 3 meses.
b) 4 meses.
c) 3 meses e 4 meses, respectivamente.
d) 4 meses e 3 meses, respectivamente.
e) 6 meses e 4 meses, respectivamente.
QUESTÃO 137: TRE-BA - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -
21/09/2003.
Alexandro, Prefeito Municipal da cidade de Rio Turvo, renuncia ao cargo até 6
meses antes do pleito eleitoral. Nesse caso,
a) está caracterizada a inelegibilidade indireta apenas para os cargos de
Governador do Estado e de Deputado Estadual do Estado que o município
integra, não tendo aplicação a outros mandatos eletivos.
b) está presente a inelegibilidade reflexa para o cargo de Presidente da
República, de Governador do Estado e de Prefeito, assim como para os demais
cargos eletivos do Poder Legislativo.
c) não está presente a inelegibilidade reflexa, permitindo-se a candidatura
para quaisquer cargos dos Poderes Executivo e Legislativo.
d) está caracterizada a inelegibilidade indireta, que se aplica à candidatura de
mandatos eletivos no Poder Legislativo, mas não tem aplicação à candidatura
no Poder Executivo.
e) está presente a inelegibilidade reflexa somente para o cargo de Prefeito,
não tendo aplicação para a candidatura a outros mandatos eletivos.
QUESTÃO 138: TRE-SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -
10/05/2006.
O analfabeto
a) pode ser eleito para as Assembléias Legislativas.
b) pode ser eleito para a Câmara dos Deputados.
c) só pode alistar-se se souber ao menos assinar o nome.
d) pode ser eleito Prefeito Municipal.
e) é inelegível para qualquer cargo eletivo.

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QUESTÃO 139: TRE – RS – Técnico Judiciário [FCC] – 18/07/2010.


O conhecimento e decisão da argüição de inelegibilidade de candidato a
Senador, a Governador de Estado e a Deputado Estadual, formulada perante a
Justiça Eleitoral, será feita perante o Tribunal
(A) Regional Eleitoral do Estado correspondente.
(B) Superior Eleitoral.
(C) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e
o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente, respectivamente.
(D) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e
o Juiz Eleitoral, respectivamente.
(E) Regional Eleitoral do Estado correspondente e o Juiz Eleitoral,
respectivamente.
QUESTÃO 140: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010.
O prazo para interposição de recurso da decisão do Juiz Eleitoral que rejeitar
impugnação de registro de candidato a Prefeito Municipal e do acórdão do
Tribunal Regional Eleitoral que confirmar a decisão de primeiro grau é de
a) 3 dias.
b) 3 e 5 dias, respectivamente.
c) 5 dias.
d) 5 e 7 dias, respectivamente.
e) 15 dias.
QUESTÃO 141: TRE-AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -
15/01/2007.
A impugnação de registro ao cargo de Senador poderá ser feita
a) por qualquer candidato, partido político, coligação, ou pelo Ministério
Público, em petição fundamentada, no prazo de 10 dias contados da publicação
do pedido de registro, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
b) por qualquer candidato, partido político, coligação, ou pelo Ministério
Público, em petição fundamentada, no prazo de 5 dias contados da publicação
do pedido de registro, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
c) apenas pelo Ministério Público Eleitoral, em petição fundamentada, no
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prazo de 5 dias contados da publicação do pedido de registro, perante o


Tribunal Regional Eleitoral competente.
d) apenas pelos candidatos, partidos políticos e coligações, em petição
fundamentada, no prazo de 3 dias contados da publicação do pedido de
registro, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
e) por qualquer candidato, partido político, coligação, ou pelo Ministério
Público, em petição fundamentada, no prazo de 5 dias contados da publicação
do pedido de registro, perante o Tribunal Regional Eleitoral competente.
QUESTÃO 142: TRE-RN - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -
03/07/2005.
Considere as proposições a respeito da impugnação de registro de candidatura.
I. Caberá a qualquer candidato, partido político, coligação ou ao Ministério
Público, no prazo de 5 dias contados da publicação de pedido de registro de
candidato, impugná-lo em petição fundamentada.
II. A impugnação por parte de candidato, partido político ou coligação impede
a ação do Ministério Público no mesmo sentido.
III. O impugnante pode arrolar, se for o caso, até 3 testemunhas para
confirmarem a veracidade do alegado.
IV. A partir da data em que terminar o prazo para impugnação, passará a
correr, após devida notificação, o prazo de 7 dias para que o candidato, partido
ou coligação possa contestá-la.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e IV.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) II e IV.
QUESTÃO 143: TRE – RS – Técnico Judiciário [FCC] – 18/07/2010.
O conhecimento e decisão da arquição de inelegibilidade de candidato a
Senador, a Governador de Estado e a Deputado Estadual, formulada perante a
Justiça Eleitoral, será feita perante o Tribunal
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(A) Regional Eleitoral do Estado correspondente.


(B) Superior Eleitoral.
(C) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e
o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente, respectivamente.
(D) Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado correspondente e
o Juiz Eleitoral, respectivamente.
(E) Regional Eleitoral do Estado correspondente e o Juiz Eleitoral,
respectivamente.
QUESTÃO 144: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010.
O prazo para interposição de recurso da decisão do Juiz Eleitoral que rejeitar
impugnação de registro de candidato a Prefeito Municipal e do acórdão do
Tribunal Regional Eleitoral que confirmar a decisão de primeiro grau é de
a) 3 dias.
b) 3 e 5 dias, respectivamente.
c) 5 dias.
d) 5 e 7 dias, respectivamente.
e) 15 dias.
QUESTÃO 145: TRE-PB - Analista Judiciário [COPERVE] - 18/11/2007.
Para pleitear a Investigação Judicial Eleitoral, NÃO é(são) parte legítima
a) os partidos políticos.
b) os eleitores.
c) o Ministério Público.
d) os candidatos.
e) as coligações.
QUESTÃO 146: (RICARDO).
Assinale a alternativa correta:
a) É matéria de competência do corregedor-geral e dos corregedores regionais
eleitorais a realização de investigação jurisdicional para apurar transgressões
pertinentes à origem de valores pecuniários e a abuso de poder econômico ou

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político, em detrimento da liberdade de voto.


b) Constitui infração administrativa a argüição de inelegibilidade, ou a
impugnação de registro de candidato feito por interferência do poder
econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma
temerária ou de manifesta má-fé.
c) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo
máximo de 30 dias contados da diplomação.
d) A ação de impugnação de mandato, por força do princípio da transparência,
não tramitará em segredo de justiça e o autor não responderá por litigância de
má-fé.
e) Nas eleições municipais, a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo deve ser
proposta perante o Juiz Eleitoral, no prazo de 15 dias contados da diplomação,
independente de prova constitutiva, sendo a mesma julgada pelo T.R.E.
QUESTÃO 147: TRE – RS – Técnico Judiciário [FCC] – 18/07/2010.
A investigação judicial para apurar uso indevido ou abuso do poder econômico
ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de
comunicação social, em benefício de candidato ou partido político,
(A) será processada pelo Tribunal Regional Eleitoral que, após a oitiva do
Corregedor-Geral, enviará os autos ao Ministério Público para que este aplique
as sanções previstas em lei.
(B) será feita pela Polícia Judiciária, mediante inquérito policial, que, afinal,
será encaminhado ao Ministério Público para oferecimento de eventual
denúncia.
(C) será objeto de investigação pelo Ministério Público eleitoral que, afinal,
declarará a inelegibilidade do investigado, aplicando-lhe as sanções previstas
em lei.
(D) será processada internamente por qualquer partido político, coligação ou
candidato que, afinal, encaminhará as suas conclusões ao Tribunal competente
que, após a oitiva do Corregedor-Geral, aplicará as sanções previstas em lei.
(E) terá início por representação de qualquer partido político, coligação,
candidato ou Ministério Público feita diretamente ao Corregedor-Geral.
QUESTÃO 148: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -

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21/02/2010.
Considerando que um cidadão brasileiro tenha dupla cidadania e candidate-se
a deputado federal, julgue os próximos itens com base nas leis eleitorais e
partidárias e nas disposições constitucionais sobre cidadania.
[67] A justiça eleitoral deverá indeferir essa candidatura, pois a CF veda que
pessoa detentora de cidadania estrangeira seja candidata a esse cargo eletivo,
ainda que se trate de caso de dupla cidadania.
QUESTÃO 149: TJ - AC - Juiz de Direito Substituto [CESPE] -
09/09/2009.
Um deputado federal que tenha o seu mandato cassado pela Câmara dos
Deputados tem os direitos políticos restritos pelo prazo de oito anos e, nesse
caso,
a) perde todos os seus direitos políticos e também o de ocupar cargo no
serviço público federal.
b) poderá ser detentor de novo mandato eletivo após o fim da legislatura em
que sofreu a cassação.
c) perde a capacidade eleitoral passiva, mas não a capacidade eleitoral ativa.
d) somente poderá candidatar-se a outros cargos que não o de deputado
federal, tais como o de vereador ou de senador, por exemplo.
QUESTÃO 150: TRE-SC - Analista Judiciário – Judiciária [FAPEU] -
19/06/2005 (ADAPTADA).
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à ocorrência de inelegibilidade.
a) Os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis,
pelo prazo de oito anos.
b) Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções
públicas rejeitadas, por irregularidade sanável, por decisão do órgão
competente.
c) Os analfabetos e os inalistáveis.
d)Os que forem condenados criminalmente, em decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão judicial colegiado, pelos crimes, entre outros, contra a
economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público.
QUESTÃO 151: TRE-SC - Analista Judiciário (judiciária) [FAPEU] -
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17/02/2005 (ADAPTADA).
Sobre a inelegibilidade, é CORRETO afirmar.
a)São inelegíveis para qualquer cargo as pessoas que tenham contra si
representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, transitada em julgado
ou proferida por órgão judicial colegiado, em processo de apuração de abuso
do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham
sido diplomados bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes.
b)São inelegíveis os servidores públicos que forem submetidos a processo
disciplinar para apurar falta grave cometida.
c)São inelegíveis os membros do Ministério Público que não se tenham
afastado das suas funções até 01 (um) ano antes do pleito.
d)São inelegíveis os Magistrados para qualquer cargo eletivo.
QUESTÃO 152: MPF – Procurador [MPU] (ADAPTADA).
AS HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADES:
I - estão previstas apena no Código Eleitoral e na Constituição;
II - são situações fáticas, sem previsão legal, apuradas em representações por
abuso de poder econômico e político;
III - estão previstas na Constituição Federal e ainda em lei complementar a fim
de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do
mandato, considerada a vida pregressa do candidato, a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta;
IV - são situações de direito eleitoral, tipificadas como crimes eleitorais, tendo
em vista a improbidade administrativa e as ilegalidades nos gastos nas
campanhas, corrupção, fraude e abuso do poder econômico. Analisando-se as
assertivas acima, pode-se afirmar que:
a) somente as de números I e IV estão corretas;
b) estão corretas as de número II e III;
c) apenas a de número III está correta;
d) somente a de número I correta.

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GABARITOS OFICIAIS
126 127 128 129 130 131 132 133 134 135
C E E D A A B D B E
136 137 138 139 140 141 142 143 144 145
B E E A A E B A A B
146 147 148 149 150 151 152
A E E C B A C

Até a próxima Aula!


Bons estudos!
Ricardo Gomes
Por sua aprovação!

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RESUMO DA AULA

São inelegíveis para qualquer cargo (ABSOLUTAS), sem


exceção:
1. os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS.
2. os membros das Casas Legislativas (Congresso Nacional,
Assembléias Legislativas, Câmara Legislativa e Câmaras
Municipais) que tenham PERDIDO seus MANDATOS, na
forma do art. 55, I e II da CF-88 ou nos dispositivos
equivalentes nas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas
Municipais.
3. o Governador e o Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que
PERDEREM seus cargos eletivos por processo de
impeachment (infrigência a dispositivo da Constituição
Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei
Orgânica do Município).
4. os que tenham contra sua pessoa REPRESENTAÇÃO
julgada PROCEDENTE pela Justiça Eleitoral, em decisão
TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO
JUDICIAL COLEGIADO, em processo de apuração de
abuso do poder econômico ou político, para a eleição
na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem
como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos

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seguintes.
5. os que forem CONDENADOS pelos CRIMES listados abaixo,
em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por
ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, desde a condenação até o
transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o
CUMPRIMENTO DA PENA:
a. contra a economia popular, a fé pública, a
administração pública e o patrimônio público;
b. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o
mercado de capitais e os previstos na lei que regula a
falência;
c. contra o meio ambiente e a saúde pública;
d. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa
de liberdade;
e. de abuso de autoridade, nos casos em que houver
condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o
exercício de função pública;
f. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (a
maioria comete estes crimes! Rsrs);
g. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo,
tortura, terrorismo e hediondos;
h. de redução à condição análoga à de escravo; Ex: um
Deputado do Maranhão foi condenado por trabalho
escravo no ano de 2006; se fosse hoje, poderia ser
considerado inelegível;
i. contra a vida e a dignidade sexual;
j. praticados por organização criminosa, quadrilha ou
bando;
6. os que forem declarados indignos do oficialato, ou com
ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;
7. os que tiverem suas CONTAS REJEITADAS - contas
relativas ao exercício de cargos ou funções públicas
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rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato


doloso de improbidade administrativa, e por decisão
irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições
que se realizarem nos 8 (oito) ANOS seguintes, contados a
partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II
do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de
despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido
nessa condição.
8. os detentores de cargo na administração pública direta,
indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a
terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político,
que forem condenados em decisão TRANSITADA EM
JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL
COLEGIADO, para a eleição na qual concorrem ou tenham
sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos
8 (oito) anos seguintes;
9. os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento
ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de
processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam
exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva
decretação, cargo ou função de direção, administração ou
representação, enquanto não forem exonerados de
qualquer responsabilidade;
10. os que forem condenados, em decisão transitada
em julgado ou proferida por órgão colegiado da JUSTIÇA
ELEITORAL, por corrupção eleitoral, por captação ilícita
de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de
recursos de campanha ou por conduta vedada aos
agentes públicos em campanhas eleitorais que
impliquem CASSAÇÃO DO REGISTRO ou do DIPLOMA,
pelo prazo de 8 (oito) ANOS a contar da eleição;
11. o Presidente da República, o Governador de
Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do
Congresso Nacional (SENADORES e DEPUTADOS
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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FEDERAIS), das Assembléias Legislativas, da Câmara


Legislativa, das Câmaras Municipais, que
RENUNCIAREM a seus mandatos desde o oferecimento
de representação ou petição capaz de autorizar a abertura
de processo por infrigência a dispositivo da Constituição
Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito
Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que
se realizarem durante o período remanescente do mandato
para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) ANOS subseqüentes
ao término da legislatura;
12. os que forem condenados à SUSPENSÃO DOS
DIREITOS POLÍTICOS, em decisão transitada em
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato
DOLOSO de improbidade administrativa que importe
lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a
condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do
prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena;
13. os que forem excluídos do exercício da profissão, por
decisão sancionatória do órgão profissional
competente, em decorrência de infração ético-
profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato
houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;
14. os que forem condenados, em decisão transitada em
julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão
de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo
conjugal ou de união estável para evitar caracterização
de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) ANOS após a
decisão que reconhecer a fraude;
15. os que forem DEMITIDOS do serviço público em
decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo
prazo de 8 (oito) ANOS, contado da decisão, salvo se o ato
houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário;
16. a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas
responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por
decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
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colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos


após a decisão, observando-se o procedimento previsto no
art. 22;
17. os magistrados e os membros do Ministério
Público que forem aposentados compulsoriamente por
decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por
sentença ou que tenham pedido exoneração ou
aposentadoria voluntária na pendência de processo
administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos.
A desincompatibilização constitui na obrigação do titular de
cargo eletivo de afastar-se do seu exercício para disputar a eleição. A falta de
desincompatibilização no período dado pela Lei acarreta na inelegibilidade do
possível candidato.
Principais hipóteses de desincompatibilização aplicáveis aos
pleiteantes ao Cargo de Presidente e Vice-Presidente da República: - sob
pena de serem considerados inelegíveis, precisam afastar-se definitivamente
de seus cargos e funções até 6 (seis) MESES do pleito/antes das eleições:

1. os Ministros de Estado:
2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da
Presidência da República;
3. o chefe do órgão de assessoramento de informações da
Presidência da República;
4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;
5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da
República;
6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica;
7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica;
8. os Magistrados;
9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
públicas e as mantidas pelo poder público;

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10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de


Territórios;
11. os Interventores Federais;
12. os Secretários de Estado (mesmo status de Ministros nos
Estados e no DF);
13. os Prefeitos Municipais;
14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos
Estados e do Distrito Federal (não se previu aqui de
Municípios);
15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal;
16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os
Secretários Nacionais, os Secretários Federais dos
Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes (são os
considerados 2º escalão do Governo, logo abaixo de Ministros de
Estado);

Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE (P. Executivo) 4 MESES


Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) 6 MESES

A AIRC tem por objetivo demonstrar a ausência de condição de


elegibilidade e/ou a presença de causa de inelegibilidade do candidato para
IMPEDIR o REGISTRO de candidatura ou CANCELAR o já registrado.
Como a AIRC objetiva cancelar/impedir o registro do candidato,
obviamente somente poderá ser manejada após a publicação do pedido de
registro do candidato.
São legitimados para manejar a AIRC, a AIJE e a AIME:

1. qualquer candidato (os adversários);


2. Partidos Políticos
3. Coligações
4. Ministério Público Eleitoral

Os que irão figurar no pólo passivo da AIRC são os pré-


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candidatos a cargos eletivos. A AIRC deve ser interposta após o pedido de


registro de candidatura, mas antes do seu deferimento.
Critérios de determinação de competência para julgamento da
AIRC:
1. o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará a AIRC quando se
tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da
República;
2. os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) julgarão a AIRC
quando se tratar de candidato a Senador, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Deputado
Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital;
3. os Juízes Eleitorais julgarão a AIRC quando se tratar de
candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.

RESUMO do Rito Processual da AIRC:

• Publicação do pedido de registro de candidatura – 5 DIAS para


interpor a AIRC;
• Apresentada a AIRC, notifica-se o candidato impugnado para
apresentar CONTESTAÇÃO em 7 DIAS;
• Após o prazo da contestação, poderá abrir-se o prazo de 4 DIAS para
INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS;
• Encerrada a fase instrutória (probatória), todas PARTES e o
Ministério Público Eleitoral poderão oferecer ALEGAÇÕES FINAIS
processo no prazo de 5 (CINCO) DIAS;
• Com o fim do prazo para alegações finais, os autos deverão ser
conclusos no dia imediato ao Juiz Eleitoral ou ao Relator no
Tribunal (nas eleições presidenciais, federais e estaduais – TSE e
TREs) para Sentença ou Julgamento. Nas ELEIÇÕES MUNICIPAIS
(competência do Juiz Eleitoral), a Sentença do magistrado deve ser
proferida no prazo máximo de 3 DIAS após a conclusão do processo
ao magistrado.
• Passados os 3 DIAS após a conclusão dos autos, inicia-se novo prazo
de 3 DIAS para interposição de RECURSO da Sentença do Juiz
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Eleitoral para o Tribunal. Ademais, interposto o RECURSO contra a


Sentença, começa a correr o prazo de 3 DIAS para o recorrido
apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso.
• Com o recebimento destas contra-razões, os autos devem ser
encaminhados ao TRE.

Efeitos da AIRC:
Com o TRÂNSITO EM JULGADO ou com a publicação da
decisão proferida por ÓRGÃO COLEGIADO que declarar a inelegibilidade do
candidato, poderão ocorrer 2 (duas) hipóteses:
a) se o impugnado ainda não tiver obtido o registro de
candidatura, ser-lhe-á NEGADO O REGISTRO!
b) se o impugnado já tiver obtido o registro de candidatura,
abre-se 2 (duas) possibilidades:
a. o registro será cancelado, se for antes da
diplomação – como não ocorreu a diplomação, basta
cancelar o registro;
b. será declarado nulo o diploma se já tiver sido
expedido; com a expedição do diploma, não como
cancelar o registro, sendo necessária a declaração de
nulidade do diploma.
A argüição de inelegibilidade ou a impugnação de registro de
candidato com fundamento em interferência do poder econômico, desvio ou
abuso do poder de autoridade, deduzida de forma temerária ou de
manifesta má-fé constitui CRIME ELEITORAL.

São legitimados para manejar a AIRC, a AIJE e a AIME:

1. qualquer candidato (os adversários);


2. Partidos Políticos
3. Coligações
4. Ministério Público Eleitoral
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A AIJE, que é chamada na Lei de “representação”, poderá ser


manejada nas hipóteses de transgressões à legislação eleitoral que venham a
beneficiar candidatos ou pré-candidatos, desequilibrando o pleito eleitoral
ao não respeitar a igualdade entre os candidatos. Estas transgressões são
listadas na LC nº 64/90 nos seguintes termos:

a) transgressões relativas à origem de valores


pecuniários;
b) uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou
político/autoridade, em detrimento da liberdade do voto;
c) utilização indevida de veículos;
d) utilização indevida de meios de comunicação social.

A AIJE deve ser proposto a partir do REGISTRO DA


CANDIDATURA até a DIPLOMAÇÃO do candidato.
Efeitos da AIJE:
Caso seja julgada procedente a AIJE ANTES ou DEPOIS da
eleição (mesmo após a proclamação dos eleitos), os efeito são:

IMPORTANTE!
• declaração de inelegibilidade do representado e dos que
tenham contribuído para a prática do ato, com sanção
de inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos 8
(OITO) ANOS subseqüentes à eleição anterior;
• cassação do registro ou diploma do candidato
diretamente beneficiado pela interferência do poder
econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade
ou dos meios de comunicação,
• remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral para
instauração de Processo Disciplinar e de Ação Penal, se for o
caso.

A AIME é uma ação constitucional-eleitoral que visa subtrair do


mandato o candidato que se utilizou de fraude, corrupção ou abuso do
poder econômico para obtê-lo. Na AIME não se cogita de inelegibilidade
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do candidato, mas apenas da derrogação, subtração, do mandato obtido


ilicitamente.
Fundamentos para a AIME:

1. Abuso do poder econômico;


2. Corrupção;
3. Fraude.

O prazo para AIME é de 15 DIAS após a DIPLOMAÇÃO.


A AIME tem por característica marcante o seu trâmite em
SEGREDO DE JUSTIÇA.
Caso a AIME seja julgada procedente, emerge-se 2 efeitos:
1. a perda do mandato eletivo do candidato eleito e diplomado.
2. a inelegibilidade por 8 ANOS, na esteira do disposto no atual
art. 1º, I, d, da LC nº 64/90.

Nas hipóteses de decretação de inelegibilidade em virtude de


decisão de órgão colegiado do Poder Judiciário, o órgão também colegiado
do Tribunal competente para julgar o recurso poderá, em caráter cautelar,
SUSPENDER a inelegibilidade sempre que:
• existir plausibilidade da pretensão recursal – é a fumaça do
bom direito (fumus boni juris) – indicação de que as
razões dispostas no recurso sejam verdadeiras;
possibilidade de existência do direito invocado pelo
recorrente;
• requerimento expresso do recorrente de suspensão da
inelegibilidade (ou seja, a Justiça Eleitoral não poderá
decretar ex officio a suspensão).

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REFERÊNCIAS
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Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em
5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
CÂNDIDO, Joel José. Direito Eleitoral. Bauru: Edipro, 2002.
Código eleitoral anotado e legislação complementar. 8. ed. rev. e atual.
– Brasília : TSE, 2008.
CONEGLIAN, Olivar. Radiografia da Lei das Eleições 2010. 6.ed. Curitiba:
Juruá, 2010.
DAL POZZO, Antônio Araldo Ferraz. Lei nº 9.504/97: estrutura, análise e
jurisprudência. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São
Paulo: Método, 2009.
FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito:
técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 5.ed. DelREy: 2010.
MELO, Henrique: Direito Eleitoral para Concursos. 2.ed. São Paulo:
Método, 2010.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2001.
PORTO, Roberto. Lei nº 9.504/97. São Paulo: Saraiva, 2009.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 9.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2009.
RIBEIRO, Fávila. Direito Eleitoral. 5.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
SILVA, Fernando Carlos Santos da. Anotações de direito eleitoral. Brasília:
Vestcon, 2008.

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