Anda di halaman 1dari 5
[=e oe SISTEMA NERVOSO ENTERICO Débora de Mello Gongalves Sant’ Ana* 1 Mareflio Hubner de Miranda Neto ** Marco Antonio Sant’ Ana ** Resumo tubo digestivo ¢ inervado por fibras nervosas e neurdnios agrupados em plexos com localizagao intramural. Estes plexos constituem o Sistema Nervoso Entérico. Dentre os plexos ganglionados, ‘os principais sao o plexo submucoso, de Meissner, € oplexo mientérico, de Auerbach. Neste estudo so descritas técnicas empregadas para 0 estudo dos neurdnios do plexo mientérico em varios animais, experimentas. ADSt0a Ct sncnmmmnenceennemenmnnnesee ‘The digestive pipe isinervated by nervous fibers and nerve cells gathered in plexux with intramural location. ‘Therse plexus compose The Enterico ‘Nervous System. Among the ganglionated plexus, the main ones are the submocous plexus, by Meissner, ‘and the mienterico plexus, by Auerbach, Inthis article ate desctibed the techniques used for the study of nerve cells of the mienterico plexus in several experimental animals, Introdugio Otubo digestivoé inervado por fibras nervosas ‘Mestre em Anatomia, Docente da UNIPAR eda UEM. + Doutorem Anatomia, Docente da UEM. + Especialista em Morfofisiologia. Docente da UNIPAR. e neurOnios agrupados em plexos com localizagiio intramural. Esses plexos constituem o Sistema Nervoso Entérico (SNE) (Langley apud WOOD, 1989) apresenta um funcionamento relativamente independente do Sistema Nervoso Central (SNC), realizando fungdes complexas como: controle da motilidade gastrointestinal, da secregao de glandulas exGerinas e endécrinas e do fluxo sangiiineo local (GABELLA, 1979; WOOD, 1987; STERNINI, 1988). Sistema nervoso entérico OSNE funciona como um “oérebro” localizado no trato gastrointestinal (TGD), sendo uma forma eficiente de deslocamento do controle viscerall do SNC para SNE, eliminando, entre outras coisas, um grande imero de vias, percorrendo a longa distancia de conexao entre 0 SNC ¢ 0 tubo digestivo. Evoluti- vamente esta € uma forma de o SNC pouparespago, ‘mantendo, no entanto, ligagio com o intestino para intercdmbio de informagées essenciais (GABELLA, 1979, GERSHON, 1981; WOOD, 1987; SANTER & BAKER, 1988; STERNINI, 1988). Morfologicamente, 0 SNE apresenta-se organizado em plexos que podem ser ganglionados ae ou no, Dentre os plexos ganglionados, os prineipais so © plexo submucoso (de Meissner) ¢ 0 plexo mientérico (de Auerbach). (IRWIN, 1931; GABELLA, 1979; GERSHON, 1981; STERNINI, 1988). O plexo mientérico estende-se por todo TG, do es6fago ao Anus e apresenta diferengas morfolégicas nos diferentes érgaos, (PALUMBI, 1933; MATSUO, 1934, ; BARBOSA, 1973; CHRISTENSEN, 1983; STERNINI, 1988) e espécies estudadas (GABELLA, 1971; FURNESS & COSTA, 1987). Geralmente em mamiferos, 0 plexo mientérico localiza-se natinica muscular, entre oestrato muscular circulare longitudinal, ou levemente deslocados para FIGURA 1- Corte transversal do colo de Ratos, e 0 interior de um desses estratos. (IRWIN, 1931; MELLO, 1995). Seus neurdnios encontram-se ‘organizados em ginglios ou isolados entre os feixes de fibras nervosas interconectantes, como pode ser observado na figura 1. Cada ganglio apresenta um niimero varidvel de neurdnios que vao de 2 ou 3 a dezenas (GABELLA, 1971) e apresentam-se sob diversas formas, podendo ser estrelados, alongados, ou piramidais (HERNANDES, 1994; MELLO, 1995). Os ginglios do SNE sto estruturas compactas ‘que, pela sua arquitetura, relembram a organizacao do SNC. Consistem de neurdnios agrupados, circundados por uma limina basal e separados por parede intestinal. Coloraciio H.E.Seta: Gangliodo plexomientérico. tecido conjuntivo (SANTER & BAKER, 1988; WOOD, 1987). No interior dos ganglios hé pouco tecido extracelulare auséncia dos folhetos endoneuro € perineuro. Suas células de suporte so mais parecidas com as células da astréglia do SNC do que com as eélulas de Schuwann do sistema nervoso periférico (SNP) (GABELLA, 1971; GERSHON, 1981), Ointerior dos ganglios € avascular. Os capilares esto localizados fora dos ginglios e em suas paredes ha auséncia de fenestragdes, dando a eles a caracteristica de uma permeabilidade relativa, similar aqueles capilares cerebrais que constituem a barreira, hematoencefilica (GERSHON, 1981; WOOD, 1987), Os neurénios mientéricos variam grandemente em seu formato, estrutura e tamanho, Normalmente apreser:tam seu mticleo oval ou redondo, localizado excentricamente ¢ com um ou mais nuckolos visfveis (GABELLA, 1979; MELLO, 1995; NATALI & MIRANDA-NETO, 1996). A microscopia cletrOnica demonstrou que possuem citoplasma rico em ribossomos livres e reticulo endoplasmitico, complexo de Golgi bem desenvolvido e numerosas e pequenas mitocOndrias (GABELLA, 1971, JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1995; COMARCK, 1995). O tamanho do neuréitio€ muito variével de acordo com aespécie, 6rgio, idade ou modelos experimentais estudados, variando de 100 m* a mais de 2000 m” (GABELLA, 1979), (Figura 2). ‘Varios autores tentaram submeter ta populago neuronal heterogénea a umaclussificagdo, sendo uma das mais classicas a realizada por DOGIEL (1899), que classificou os neurdnios do tipo I , Il e III. Os neurOnios tipo I possuem corpo celular achatado, axénio dnico, longo e iregular, dendritos numerosos que se projetam para a musculatura (neurénios motores); neurdnios do tipo II, com corpo celular oval, e processos longos que se projetam para as células ganglionares (neurOnios sensitivos);e tipo do III com corpo celular retangular, com dendritos imegulares, e axnio que se projeta normalmente para amucosa (FURNESS & COSTA, 1987; SANTER +& BAKER, 1988). GABELLA (1971) afirma que, com 0 desenvolvimento de técnicas de microscopiaeletronica € imuno-histofluorescéncia, os neurdnios foram classificados em 9 tipos morfologicamente distintos, ‘com base em seu tamanho, distribuigdo de organelas, relagio com as células gliais e contetido das vegiculas ‘em seus terminais pré-sinépticos. ‘Anilises quantitativas dos neurGnios mientéricos foram realizadas em diversos animais, nos segmentos ‘com variadas técnicas. Nas primeiras contagens, utilizou-se a metodologia de impregnaco pela prata e azul de metileno (RWIN, 1931; MATSUO, 1934; ‘TAFURI & CAMPOS, 1958) técnicas que ainda sio utilizadas. A estas, somam-se outras recentes, como a histoquimica, a imunohistoquimica entre outras (GABELLA, 1967; YOUNG et al, 1993; BOR- SENG-SHU et al, 1994; SANTER, 1994). Além dos estudos filogensticos, encontramos quantificagdes descritas em animais submetidos a modelos experimentais como: envelhecimento (GABELLA, 1989; SANTER & BAKER, 1988), alimentados com dietas hipoprotéicas (MELLO, 1995; NATALI & MIRANDA-NETO, 1996), 20 FIGURA 2- Preparado de Membrana do colo deratos,corado pelo métodode Giemsa, Giinglio do plexo mientérico. aan 34 diabetes mellitus HERNANDES, 1993), 2hipertrofia causada por estenose (BARBOSA & TAFURI, 1983) entre outros, numa tentativa de explicar, na variago quantitativa de neurdnios, as achadas clinicas de constipagio idiopatica ou diarréia crOnica e ma absorcio encontrada em pacientes idosos, ov portadores dessas patologias. Estamos recentemente iniciando na UNIPAR uma linha de pesquisa com neurdnios entéricos, através do projeto de pesquisa “Estudo Morfolégico € Quantitativo dos Neurdnios do Plexo Mientérico do Colo Descendente de Ratos Wistar”, que fara parte do Laborat6rio de Ciéncias Farmacéuticas desta Universidade, e pretendemos fazer deste o primeit de uma série de artigos sobre a complexa inervagaio intestinal ¢ modelos experimentais de estudo em neurdnios entéricos. Bibliografia 1.ANARUMA. C.A. Estudo Morfoquantitativo quantitativo do Plexo Mientérico do Esté- mago Humano em Individuos Jovens € Idosos. So Paulo: USP, 1994. Tese ( Dou- torado) - Instituto de Ciéncias Biomédicas - Universidade de Sao Paulo, 1994. 2. AMENTA, F. Aging of the Autonomic Nervous ‘System. London: CLC, 1993. 3. BARBOSA, A. J. A Auerbach’s plexus of the albino rat. I, Quantitative study of the ganglion and nerve cellsin the caecum and colon. Rev. Bras. de Pesquisas Med. e Biol., 6(5): 253-262, 1973. 4, BARBOSA, A. J.A Técnica histolégica para giinglios nervosos intramurais em prepa- rados espessos. Rev. Bras. de Pesquisas Med. e Biol. 11 (2-3): 95-97, 1978. 5. BARBOSA, A.J.A.and TAFURI, W.L. Ganglion cell number in hypertrophic colon above experimental stenosis. Brazilian J, Med. Biol. Res, 16: 165-169, 1983, 6. BOR-SENG-SHU, E. etal. Myenterie neurons of the mouse small intestine. Morphometry and acetylcholinesterase activity. Brasilian J. Med. Biol. Res., 27: 101-108, 1994 7. CHRISTENSEN, J. et al. Arrangement of the myenteric plexus throut the gastrointes- tinal tract of the opossum. Gastroenterology 85: 890-9, 1983. 8. DOGIEL, AS. Ueber den bau der Ganglien in den Geflechten des Darmes und der Gallenblase des Menschen und der Saiige- tiere. Arch. Anat. Phyiol. Leipzig. Anat. Abt., 130-58, 9. FURNESS, J.B, and COSTA, M. The Enteric ‘Nervous System. New York: Churchill Livi- nestone, 1987. 10. GABELLA, G. Detection of nerve cells by a histochemical technique. Experientia, 23 (52) 218-219, 1967. 11.GABELLA, G.Neuron size and_ number in the myenteric plexus of the newborn and adult rat. J. Anat, 109 (1): 81-95, 1971 12. GABELLA, G. Innervation of the Gastroin- testinal ‘Tract. International Review Cytology, 59; 129-191, 1979 13. GERSHON, M.D. The Enteric Nervous Sys- tem. Ann. Ver. Neurosci., 4: 227-72, 1981. 14, HERNANDES, L. Estudo morfol6gico da mu- cosa e do corpo celular dos neurénios do plexo mientérico do fleo de ratos com dia- betes mellitus induzidos por estreptozooto- ee quae ina, Maring&: Universidade Estadual de Ma- ringé, 1994. Dissertagdo (mestrado) em Cién- cias Biol6gicas (Biologia Celular), Universidade Estadual de Maringé, 1994. 15. IRWIN, D.A. The Anatomy of Auerbach’s Plexus. The American Journal of Anatomy, 49 (1): 141-165, 1931 16. MATSUO, H.A contribuition on the anatomy of Auerbach’s plexus. Jpn. J. Med. Sci. Anat., 4:417-128, 1934, 17. MECIANO FILHO, J, Estudo morfoquantita- tivo do plexo mientérico do es6fago em individuos jovens e idosos. So Paulo: Uni- versidade de Sao Paulo, 1994, Tese (doutorado) - Instituto de Ciéncias Biomédi- cas, 1994. 18, MELLO, E.VS.L. Estudoda Morfologia da Parede e dos Ganglios do Plexo Mientérico do Colo Proximal de Ratos. Maring&: Uni- versidade Estadual de Maringé, 1995. Disser- tagiio(mestrado) - Ciéncias Biolégicas, Uni- versidade Estadual de Maringé, 1995, 19. MOURA, AS. Estudo em ratos do proceso deadaptagioa dietas com niveis variaveis de proteina com e sem restrigao energéti- tica, Sio Paulo: Universidade de So Paulo, 1984, Tese (doutorado) - Instituto de Cigneias Biomédicas da Universidade de S30 Paulo, 1984. 20. PALUMBI, G. Differenti aspetti del plesso di Auerbach in regione dei vari segmenti dell'intestine umano. Ric. Morfol., /3:538- 62, 1933, 21. ROBBINS, A .Tratado de Patologia Médica, Riode Janeiro: Guanabara Koogan, 1993. 22, SAFFREY, MJ. and BURNSTOCK, G. Gro: wth factors and the developmente and plasticity of the enteric nervous system. Journal ofthe autonomic nervous system 49, 183-196, 1994. 23, SANTER, R.M. and BAKER, D.M, Ente neuron number and sizes in Auerbach plexus in the small and large intestine of adult and aged rats. Jomal of the Anatomic Nervous System, 28: 59-67, 1988. 24, SANTER, R.M. Survival of the population of NADPH- diaphorase stained myenteric neurons in the smalll intestine of aged rats. Journal of the autonomic nervous system.49: 115-121, 1994. 25, STERNINI, C. Structural and Chemical Or- ganization of the Myenterie Plexus. Ann. Ver. Physiol. 50, 81-93, 1988. 26. TAFURI, W. L. & CAMPOS, F* Auerbach plexus bei der maus, Z. Naturforsch, 13b: 816-8, 1958. 27. WOOD, J.D. Physiology of the Enteric Ner- vous System. In: Physiology of the gas- trointestinal tract. 2. ed. Raven Press, New York, 1987. 28, YOUNG, H.M.’FURNESS, J.B.; SEWELL, P; BURCHER, E.; KANDIANH, CJ. Total number of neurons in myenteric ganglia of the guinea-pig small intestine. Cell Tissue Res 272: 197-200, 1993.

Anda mungkin juga menyukai