PLANO DE AULA
(PRIMEIRA PARTE)
DIREITO ADMINISTRATIVO II
2. AUTARQUIA
Nas palavras de José Cretella Júnior, o termo autarquia vem do grego: autos
(=próprio) e arquia (=comando, governo, direção).
2.2. CONCEITO
3.3. CARACTERÍSTICAS
“A sua personalidade jurídica começa com a vigência da lei criadora, não sendo
necessária a inscrição dos atos constitutivos no Registro competente [...].
A reserva legal, exigida para a instituição da autarquia, não impede que o
detalhamento da sua estruturação interna seja estabelecido por ato administrativo
normalmente Decreto”.
“os bens autárquicos não são passíveis de constrição judicial, pois a alienação,
conforme já assinalado, depende do cumprimento das exigências legais e o
pagamento decorrente da decisão judicial, transitada em julgado, deve seguir a
ordem do precatório ou, excepcionalmente, da Requisição de Pequeno Valor
(RPV)”.
c) Imprescritibilidade (arts. 183, §3º, e 191, parágrafo único, da CRFB, art. 102 do CC e
Súmula 340 do STF);
“De modo geral, as “autarquias sob regime especial” têm previstos nas leis
instituidoras (federais, estaduais, distritais ou municipais) determinados
instrumentos aptos a conferir-lhes maior autonomia do que as autarquias
“comuns”, a exemplo da exigência de aprovação legislativa prévia para a
nomeação de seus dirigentes, do estabelecimento de mandato por prazo
determinado para seus dirigentes, da previsão de que suas decisões proferidas
em processos administrativos são definitivas na esfera administrativa, não
cabendo recurso ao ministério supervisor (ou órgãos supervisor), entre outros”.
“É importante, porém, frisar que essas regras não se aplicam à Ordem dos
Advogados do Brasil. Em relação a esta entidade, o Supremo Tribunal Federal já
se manifestou no sentido de que não ostenta a qualidade de autarquia e, portanto,
não se submetem à exigência de concurso público para nomeação de seus
empregados. Com efeito, conforme entendimento da corte, a OAB é serviço
público independente, não sendo integrante da Administração Indireta, o que,
inclusive afasta a incidência do controle orçamentário, financeiro, operacional e
patrimonial exercido pelo Tribunal de Contas da União.
[...] nas palavras do Supremo Tribunal Federal, uma “categoria ímpar no elenco
das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro”.
• Agências que exercem, com base na lei, o poder de polícia; é o caso da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), criada pela Lei nº 9.782/99,
Agência Nacional de Saúde Pública Suplementar (ANS), criada pela Lei nº
9.961/2000, da Agência Nacional de Águas, criada pela Lei nº 9.984/2000;
“a) aplicar o Direito aos casos concretos não litigiosos que se lhes apresentem
(aplicar de ofício o Direito);
b) editar as normas que possibilitem a implementação das políticas (elaboradas
pelo Parlamento e pelo Poder Executivo) para o setor sob sua competência
regulatória; e
c) solucionar os conflitos verificados entre os interessados na atividade objeto
de regulação (Estado, setor econômico regulado, usuários de serviços e a
sociedade em geral), ressalvada, sempre a possibilidade de controle judicial,
absolutamente inafastável em nosso ordenamento jurídico (CF, art, 5 °,
XXXV)”.
d) Independência
“De acordo com a Lei 9.986/00 – Norma Geral das Agências Reguladoras – os
dirigentes somente perderão seus cargos mediante:
a)Renúncia;
b)Processo Administrativo Disciplinar;
c)Condenação Criminal.
OBS: Admite-se que a norma criadora de cada agência estabeleça outras
condições.”
a) Legislação (art. 37, § 8º da CF/88, Lei nº 9.649/98, Lei 10.683/2003, Decretos Federais
nº 2.487 e 2.488/88, Lei nº 9.648/98, que alterou o lei de licitações, art. 24, I e II e
parágrafo único – ampliação do percentual para a dispensa de licitação – 20%)
b) Conceito
Segundo Maria Sylvia Di Pietro,
“[...] é a qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato de
gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, para a
melhoria da eficiência e redução de custos. [...] Trata-se de medida que visa
melhorar a eficiência das entidades autárquicas e fundacionais. Para esse fim,
elas deverão fazer uma avaliação do seu modelo de gestão com base nos
critérios de excelência do Prêmio Nacional da Qualidade, de forma a terem
subsídios para elaborar um plano de reestruturação e desenvolvimento
institucional”.
c) Requisitos
d) Características básicas:
“Ressalte-se que esse contrato de gestão é duramente criticado por grande parte
da doutrina brasileira “tratando-se de um arremedo de contrato, sem qualquer
valor jurídico”, nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello.
As críticas decorrem do fato de que a celebração deste contrato configura, em
verdade, uma premiação àquelas entidades autárquicas ineficientes, por meio da
concessão de benefícios para que atinjam sua finalidade originária. Ademais, a
definição de competência e autonomia das entidades da Administração Indireta
decorre de lei, não podendo ser ampliada mediante acordo ou qualquer ato
infralegal”.
1. FUNDAÇÕES PÚBLICAS
2.1. CONCEITO
2.2. CRIAÇÃO
2.3. OBJETO
a) a forma de organização;
b) a composição de capital.
3.7. RESPONSABILIDADE CIVIL
“Por sua vez, caso a empresa estatal seja exploradora de atividade econômica, a
regra estampada no art. 37, §6º da Constituição Federal não lhe será aplicável,
uma vez que atua na atividade privada e segue o regime jurídico idêntico àquele
aplicado para as empresas privadas [...]”.
3.8.4. Para fins de responsabilidade penal (art. 327 do Código Penal) e por atos de
improbidade são considerados agentes públicos (art. 2º da Lei 8.429/92)
1. EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS
1.1. CONCEITO
“[...] caso a lei que autoriza a criação da empresa estatal tenha previsão para
criação da subsidiária, estará suprida a necessidade legislativa para criação desta
entidade.
Outrossim, é importante ressaltar que, não obstante não seja entidade integrante
da Administração Indireta, a doutrina entende que as empresas subsidiárias ou
controladas seguem o regime similar àquele aplicado para as empresas estatais,
haja vista se submeterem a controle do ente público e a determinadas restrições,
em decorrência da indisponibilidade do interesse público. Logo, seguem o
regime híbrido aplicável às empresas públicas e sociedades de economia mista,
após sua criação”.
2. EMPRESAS CONTROLADAS
2.1. CONCEITO
Segundo Alexandre Mazza, [...] a lei n. 13.303/2016 foi além e estendeu sua
abrangência também para as prestadoras de serviços públicos, tanto federais quanto estaduais,
distritais ou municipais.
3.1. NOMEAÇÃO DOS DIRIGENTES (art. 17, alíneas a, b, c do inciso I c/c os incisos
II e III)
3.2. LICITAÇÃO
ATO ADMINISTRATIVO
1. NOÇÕES GERAIS
[...] são fatos jurídicos todos dos eventos em razão dos quais nascem, se
modificam, subsistem e se extinguem relações jurídicas.
O ato jurídico é espécie de fato jurídico e se peculiariza pela existência de
uma manifestação de vontade do seu autor. Como a manifestação de
vontade é uma característica do ser humano, podemos afirmar que o ato
jurídico é decorrente de um comportamento humano apto a gerar efeitos
jurídicos.
3.1. Competência
Segundo Marcelo Alexandrino, é o “poder legal conferido ao agente público para o desempenho
específico das atribuições de seu cargo [...]”.
3.2. Finalidade
De acordo com Marcelo Alexandrino, a finalidade pode ser analisada sob dois
enfoques:
3.3. Forma
Sendo assim, a questão deve ser tratada, nas palavras do doutrinador, da seguinte forma:
3.3.2. Manifestações da forma: verbais (não é regra); gestos, apitos e sinais luminosos na
condução do trânsito; cartazes e placas etc.
3.4. Motivo
3.5. Objeto
4. Mérito administrativo
4.1. Conceito
5.1. Conceito
b)Imperatividade ou coercibilidade
c)Auto-executoriedade
b) em situações de urgência.
e)Tipicidade
Segundo Maria Sylvia Di Pietro, “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve
corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados
resultados”.
a)Atos vinculados: “são os que a administração pratica sem margem alguma de liberdade de
decisão, pois a lei previamente determinou o único comportamento possível a ser
obrigatoriamente adotado sempre que se configure a situação objetiva descrita em lei”.
b) Atos discricionários: “são aqueles que a administração pode praticar com certa liberdade de
escolha, nos termos e limites da lei, quanto ao seu conteúdo, seu modo de realização, sua
oportunidade e sua conveniência administrativa”.
a)Atos simples:
[...] é aquele que está pronto, terminado, que já conclui o seu ciclo, suas
etapas de formação; tem-se um ato perfeito quando já se esgotaram todas
as fases necessárias a sua produção [...]”. Por exemplo, um ato
homologado de um concurso público que tenha sido escrito, motivado,
assinado e publicado na imprensa oficial é um ato: está perfeito o ato em
que todas as etapas de seu processo de produção foram concluídas [...]
podemos observar que o ato administrativo pode ser perfeito, por ter
completado o seu ciclo de formação, mas ser inválido, por estar em
desacordo com a lei ou os princípios jurídicos [...].
b) Ato imperfeito (Marcelo Alexandrino): “[...] é aquele que não completou o seu ciclo de
formação, com a minuta de um parecer ainda não assinado, o voto proferido pelo conselheiro
em uma decisão de processo administrativo em julgamento no Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais – CARF do Ministério da Fazenda [...]”.
d)Ato pendente (Marcelo Alexandrino):: “é aquele que, embora perfeito, está sujeito a
condição (evento futuro e incerto) ou termo (evento futuro e certo) para que comece a produzir
efeitos”.
e) Ato consumado (ou exaurido) (Marcelo Alexandrino): “é o que produziu todos os efeitos
que estavam aptos a produzir, que já esgotou a possibilidade de produzir efeitos”.
a) Atos válidos: “são praticados pela autoridade competente atendendo a todos os requisitos
exigidos pela ordem jurídica”.
c) Atos anuláveis: “praticados pela Administração Pública com vícios sanáveis na competência
ou na forma. Admitem convalidação. [...].”
d) Atos inexistentes: “possuem vício gravíssimo no ciclo de formação impeditivo da produção
de qualquer efeito jurídico [...]”.
d) Atos irregulares: “portadores de defeitos formais levíssimos que não produzem qualquer
conseqüência na validade do ato [...]”.
b)Atos puros ou meros atos administrativos: “não produzem diretamente efeitos, mas
funcionam como requisito para desencadear, no caso concreto”.
a)Autorização
c)Licença
d) Admissão
É ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração
Pública reconhece ao particular, que preencha os requisitos legais, o
direito à prestação (desfrute e gozo) de um determinado serviço público.
É ato vinculado, tendo em vista que os requisitos para a outorga da
prestação administrativa são previamente definidos, de modo que todos
que os satisfaçam tenham direito de obter o benefício.
e) Aprovação
f) Homologação
g) Visto
9.3) RETIRADA POR ATO: “é a forma de extinção mais importante para provas e concursos
públicos. Ocorre com a expedição de um ato secundário praticado para extinguir ato anterior”.
9.1.5. REVOGAÇÃO: “é a extinção do ato administrativo válido ou dos seus efeitos válidos
causado por outro ato administrativo, por razões de conveniência e oportunidade”.
b) Forma do ato revocatório: “o ato revocatório deve ter obrigatoriamente a mesma forma do
ato revogado”. (Alexandre Massa)
c) Limites da revogação
Nesse ponto, acrescenta Alexandre Massa que os atos administrativos não podem ser
revogados:
- atos preclusos no curso de procedimento administrativo: a
preclusão é óbice á revogação.
g) O ato revocatório pode ser revogado? No caso em tela, a administração pública pode
negar o efeito repristinatório?
Para Alexandre Massa, por “envolver questão de mérito, a revogação só pode ser
praticada pela Administração Pública, e não pelo Poder Judiciário. [...] A revogação é de
competência da mesma autoridade que praticou o ato revogado.
g) Efeitos da revogação
10.1. Mera retirada: ocorre “com o ato administrativo que se encontra produzido, mas ainda
não surtiu os efeitos jurídicos. Neste caso, a Administração Pública resolve, por razões de
conveniência e oportunidade, ou de legalidade, retirá-lo do cenário jurídico”.
10.2. Recusa: “o beneficiário do ato administrativo recusa os efeitos que o ato ainda irá
produzir [...]”.
b) Poder Judiciário
a)Ato válido
b) Ato nulo
c) Atos inexistentes
a) O ato inexistente não produz efeitos jurídicos, mesmo perante terceiros de boa-fé.
b) O ato inexistente não tem prazo para que administração ou o Judiciário declare a sua
inexistência e desconstitua os efeitos que ele produziu [...]. Os atos nulos têm prazo,
em geral, para a anulação. “Na esfera federal, os atos administrativos eivados de vício
que acarrete a sua nulidade, quando favoráveis ao destinatário, têm o prazo de cinco
anos para ser anulados, salvo comprovada má-fé (art. 9.784/99, art. 54)”.
d) Anulabilidade
Nas palavras de Dirley da Cunha, “consiste num vício que pode ser convalidado. Os
atos anuláveis são prescritíveis (05 anos) e convalidáveis. Não admitem, entretanto, resistência
munu militari.
e.1) Conceito
e.2) Fundamento:
• Segurança jurídica
• Economia processual
b) Confirmação: “quando realizada por outra autoridade, e não por aquela que praticou o ato”.
c) Saneamento: “ocorre por iniciativa do particular. Ex.: publica-se que ocorreu a exoneração a
pedido, sem que tal pedido tenha ocorrido, mas depois o servidor pede sua exoneração”.
e) Convalidação x conversão
BENS PÚBLICOS
1.CONCEITO
De acordo o Código Civil de 2002: Art. 98. São públicos os bens de domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares seja
qual for a pessoa a que pertencerem.
Segundo Maria Sylvia Di Pietro, são “aqueles que, por determinação legal ou por sua
própria natureza, podem ser utilizados por todos em igualdade de condições, sem necessidade
de consentimento individualizado por parte da Administração”.
São exemplos de bens de uso comum do povo as ruas, praças, águas do mar, vias
públicas, rios.
De acordo com Maria Sylvia Di Pietro, “são todas as coisas, móveis e imóveis,
corpóreas ou incorpóreas, utilizadas pela Administração Pública para realização de suas
atividades e consecução de seus fins”.
Nas palavras de Maria Sylvia, os bens de domínio público são os de uso comum do povo e os
de uso especial.
a) Inalienabilidade.
“são não ser com relação àqueles bens que, por sua própria natureza, são
insuscetíveis de valorização patrimonial, como mares, praias, rios navegáveis; os
que sejam inalienáveis em decorrência podem perder o de inalienabilidade, desde
que percam a destinação pública, o que ocorre pela desafetação”.
a) Impenhorabilidade.
b) Imprescritibilidade.
3.1.1. Afetação
Segundo Alexandre Massa, “é a condição do bem público que está servindo a alguma
finalidade pública. Exemplo: o prédio público onde funciona um hospital da prefeitura é um
bem afetado à prestação desse serviço”.
3.1.2. Desafetação
Nas palavras de Maria Sylvia, os bens de domínio público são os bens dominiais, ou
seja, são os bens do patrimônio disponível.
De acordo com Maria Sylvia Di Pietro, os bens públicos podem ser utilizados por
particulares a partir da seguinte classificação:
4.1. Uso de bem público conforme ou não com o destino principal do bem:
7.1.2.1. Distinção entre a permissão e autorização de uso de bens públicos (segundo Maria
Sylvia)
c)Permissão de uso
Segundo Maria Sylvia, “é prevista na Lei nº 9.639, de 15-5-98, para utilização, de uso
precário, de áreas de domínio da União para realização de eventos de curta duração, de natureza
recreativa, esportiva, cultural, religiosa ou educacional (art. 22)”.
f) Cessão de uso
7.
7. INSTRUMENTOS ESTATAIS DE OUTORGA DE USO PRIVATIVO (FORMAS DE
DIREITO PRIVADO)
a) Enfiteuse.
b) Direito de superfície.
c) Locação.
f) Comodato.
DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO I
DOCENTE: ELIANE COSTA DOS SANTOS BAPTISTA
SEMESTRES: 9° SEMESTRE
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA
1. RESPONSABILIDADE CIVIL
O vigente Código Civil mantém sentido básico da referida norma, embora com
texto mais preciso e com desdobramentos da disciplina pertinente ao ato ilícito e
à responsabilidade. Assim, dita o art. 186 do Código: “Aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato lícito. No capítulo
destinado à responsabilidade civil e à obrigação indenizatória, averba o mesmo
Código no art. 927: “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo”.
1.2. CONCEITO
2. EVOLUÇAO
Segundo Maria Sylvia, os atos de impérios são aqueles praticados pela Administração
“com todas as prerrogativas e privilégios de autoridade e impostos unilateral e coercitivamente
ao particular”; os atos de gestão praticados “seriam aqueles praticados pela Administração em
situação de igualdade com os particulares, para a conservação e desenvolvimento do patrimônio
público e para a gestão de seus serviços”.
“indica que não é qualquer prejuízo experimentado por um particular que será
ressarcido pelo Estado, mas apenas aqueles decorrentes da atividade
administrativa. Daí a expressão risco administrativo, que significa que o Estado,
pelo grande número de tarefas que comumente executa e também pelo poder
econômico de que dispõe, assume certos riscos por tais atividades, devendo
indenizar sempre que o prejuízo a terceiros resultar dessas atividades, pouco
importando se a atividade é lícita ou ilícita”.
“Nesse caso, tal qual um segurador universal, o Estado seria obrigado a reparar o
dano mesmo quando sua causa fosse imputada ao particular. A teoria do risco
integral, como se vê claramente, não encontra espaço no direito contemporâneo,
haja vista ser contrária ao senso de justiça e também por ferir princípio geral de
direito que veda o enriquecimento sem causa, o que, em última análise, ocorreria
caso o administrado culposamente causasse um sinistro e mesmo assim fosse
indenizado pelo Estado”.
“No direito brasileiro, segundo Hely Lopes e José dos Santos Carvalho, a teoria
do risco integral jamais foi adotada no nosso ordenamento jurídico, chegando
este último autor a dizer que esta teoria é “absurda, injusta e inadmissível no
Direito moderno”. Maria Sylvia di Pietro, por sua vez, entende que não há
distinção entre as teorias e que o risco integral e risco administrativo seriam
expressões sinônimas”.
a) atos decorrentes de comportamentos lícitos podem ser: a) atos jurídicos; b) atos materiais.
a) fato da natureza;
b) comportamento material de terceiros.
Na visão de Celso Antônio Bandeira de Mello, “são casos em que a ação danosa,
propriamente dita, não é efetuada por agente do Estado, contudo é o Estado quem produz a
situação da qual o dano depende”.
6. DANO INDENIZÁVEL
Para que nasça o dever de indenizar do Estado é necessário que o dano apresente tais
características:
a) lesão a um direito;
b) dano certo;
c) especialidade;
d) anormalidade.
Para que nasça o dever de indenizar do Estado é necessário que o dano apresente tais
características:
9. ATOS DE MULTIDÕES
Sendo assim, tanto pode o lesado propor a ação contra a pessoa jurídica,
como contra o agente estatal responsável pelo fato danoso, embora seja
forçoso reconhecer a Fazenda Pública sempre poderá oferecer maior
segurança ao lesado para o recebimento da indenização; por outro lado, a
responsabilidade do agente livra o lesado da conhecida demora do
pagamento em virtude do sistema de precatórios judiciais.[...].
“O STF, entretanto, já decidiu que, em se tratando de dano causado por
magistrado no exercício da função jurisdicional, a ação indenizatória deve
ser ajuizada somente em face da respectiva pessoa jurídica de direito
público, e não diretamente em face do magistrado, e isso porque este se
caracteriza como agente político do Estado, não se podendo, na hipótese,
vislumbrar responsabilidade concorrente, mas apenas a que
eventualmente venha a decorrer do exercício do direito de regresso.
Acrescenta o autor,
a) ausência de culpa
b) ausência de dolo
c) força maior e caso fortuito
d) atos de terceiro
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
http://www.youtube.com/watch?v=HeUd_cbNQwk
http://www.youtube.com/watch?v=RwBOv_gnA8o
http://www.blogdaliciniarossi.com.br/categoria/questoes-comentadas/
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA: