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RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “A ELABORAÇÃO DE MATERIAIS

DIDÁTICOS DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: AUTORIA, PRINCÍPIOS E


ABORDAGENS”

Samira Silva de Souza, UFC

O artigo analisado é de autoria de Márcio Luiz Corrêa Vilaça. No que tange a sua
formação, esse estudioso é doutor em Letras pela UFF e mestre em Linguística Aplicada
pela UFRJ. O mesmo atua no programa de pós-graduação em Humanidades, Culturas e
Arte (UNIGRANRIO), é bolsista de produtividade em pesquisa 1ª
(FUNADESP/UNIGRANRIO) e é líder do grupo de pesquisa Linguística Aplicada,
Tecnologias e Educação. Quanto a sua produção acadêmica, possui diversos livros e
dezenas de artigos publicados. Entre esses, destaca-se o livro Cultura Digital, Educação,
Linguagem e Tecnologia, Tecnologia Sociedade e Educação na Era Digital e Pesquisas
e Experiências Interdisciplinares. Todas essas informações estão disponíveis no endereço
digital pessoal do autor Márcio Vilaça.

A estrutura do artigo em questão é a seguinte: são dez páginas de texto organizado


em introdução, questões de autoria, abordagens de contextualização, da adaptação para
elaboração de materiais didáticos, considerações finais e referências. A fundamentação
teórica conta com estudiosos renomados nas áreas de ensino de inglês (BROWN),
linguística aplicada (COOK), elaboração de materiais (LEFFA, RICHARDS,
TOMLINSON), entre outras áreas e autores.

Na introdução, Vilaça esclarece que o objetivo do artigo é discutir questões


relacionadas à elaboração de materiais didáticos. O autor destaca a lacuna de haver poucas
pesquisas sobre elaboração de material didático. Segundo ele, as pesquisas existentes
estão prioritariamente focadas em análise e avaliação de livros didáticos. Ele destaca que
há uma compreensão do material didático como restrito à figura do livro didático, e alega
que isso é um problema, pois restringe a abrangência das pesquisas. Em sentido oposto,
Vilaça considera material didático qualquer material empregado para fins didáticos, no
intuito de facilitar a aprendizagem. Por fim, o autor critica o excesso de produções
acadêmicas sobre materiais didáticos publicados e poucas produções sobre como
efetivamente elaborar esses materiais didáticos.
Na seção sobre as questões de autoria, Vilaça divide os materiais em duas
categorias: material afetado por fatores externos e material afetado por fatores internos.
Quando afetado por fatores externos, geralmente, o material visa a um público mais
abrangente, trazendo questões culturais mais amplas e diversas. Quando afetado por
fatores internos, o material tende a visar a um público mais específico, almejando
necessidades mais localizadas.

Em seguida, o autor traz os conceitos de elaboração global e elaboração local, os


quais dialogam com os conceitos da seção anterior. Segundo Vilaça, a elaboração
globalizada seria mais idealizada, e se aplicaria a diferentes contextos. Por sua vez, a
elaboração localizada é mais contextualizada, específica e direcionada às necessidades de
um determinado grupo.

Na seção quatro, o estudioso reflete sobre a transição entre adaptar um material


já pronto até a necessidade de elaborar um material próprio. Segundo Vilaça, elabora-se
um material na busca de maior adequação aos objetivos e características do contexto de
ensino. Antes de elaborar qualquer material, surge a necessidade de escolhas
metodológicas e estabelecimento de princípios, assim como objetivos gerais e
específicos. Acerca da abordagem metodológica, o estudioso destaca duas posturas: a
intuitiva e a baseada em teorias. A abordagem intuitiva traz um planejamento baseado em
experiências. As motivações durante a elaboração são internas e subjetivas. Por outro
lado, a abordagem baseada em teorias traz um planejamento que parte de teorias
metodológicas pesquisadas e discutidas. Nesse sentido, as motivações são externas e
objetivas, justificadas em teorias. As prioridades são baseadas em estudo/pesquisa. Por
fim, após expor essas abordagens, o autor sugere um meio termo como sendo o melhor
caminho. Deve-se levar em conta tanto as intuições quanto as teorias no momento de
elaborar material.

Nas considerações finais, Vilaça reconhece a brevidade das ideias apresentadas e


justifica o aprofundamento reduzido pela delimitação de extensão concedida ao artigo. O
autor deixa claro que seu intuito era fomentar discussão e que seu artigo não tem caráter
prescritivo. O autor vem mostrar um panorama da pesquisa em elaboração de material e,
com isso, visa a instigar a reflexão e a elaboração de novas pesquisas a respeito do tema.

Vilaça cumpre o que se propõe a fazer em seus objetivos, fundamentando-se em


uma bibliografia rica e sólida no meio acadêmico. Além disso, mostra-se consciente de
que o tema tem abertura para reflexões muito mais complexas e profundas. Esse artigo
levanta questões problemáticas muito pertinentes inclusive na formação de professores.
Em minha experiência enquanto estudante de graduação em Letras, por exemplo, não se
falava em analisar outro tipo de material senão o livro didático. A atividade final da
disciplina destinada à elaboração de material foi justamente formular um capítulo de livro
didático. Bem como os textos e seminários foram voltados a esse tipo de material.
Refletir, por meio desse artigo, sobre a abrangência do termo material didático e sobre os
diversos fatores que influenciam sua elaboração foi proveitoso. Assim, mostra-se
coerente com o que se propôs dentro do espaço limitado da publicação e está
consistentemente fundamentado por estudiosos renomados.

REFERÊNCIAS:

VILAÇA, M. L. C. A Elaboração de Materiais Didáticos de Línguas Estrangeiras:


Autoria, Princípios e Abordagens. Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais
do XVI CNLF, p.51-60

MÁRCIO VILAÇA Disponível em: < https://marciovilaca.com/site/ > Acessado em 21


Mar 2018

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