Via Internet
HTML
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navegador.
E-mail
Como ratificado por Laudon e Laudon (1999) e
Goldwein (1998), o e-mail, correio eletrônico, é um dos
serviços mais utilizados na Internet. Com ele é possível
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EDUCAÇÃO
Chat
O Chat, mais conhecido no Brasil como bate-papo, é
outra ferramenta que pode ser aplicada a EAD, tendo como
objetivo principal o estabelecimento de discussões síncronas
por via textual (Fischer, 2000). Os participantes do chat,
identificados por pseudônimos, podem enviar e ler
mensagens, estabelecendo uma discussão em grupo e, ainda,
trocar mensagens de forma reservada e particular.
Esta possibilidade de “conversar on-line” pode ser
utilizada com diversos objetivos na EAD: esclarecimento
de dúvidas, discussões ou debates, dentre outros. No
entanto, existe grande possibilidade de apresentar
desmotivação e/ou desvio do objetivo pretendido. Como o
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mecanismo é aberto, ou seja, não existe controle de software
sobre o que será discutido, ou mesmo na ordem da discussão,
EDUCAÇÃO
muitos alunos podem perder o estímulo em participar da
discussão ou desviar o papo para um assunto adverso à
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finalidade do encontro.
Muitos alunos podem, ainda, sentir-se inibidos a emitir
opiniões, seja por receio de expor suas idéias ao grupo e ser
repreendido ou chacoteado, ou simplesmente pela falta de
experiência com o ambiente utilizado, ou por não conseguir
acompanhar o ritmo ágil e de certa forma desordenado de
uma seção de chat.
Assim, o professor exerce um papel fundamental para
o bom aproveitamento deste instrumento. Ele deve estar
atento para identificar os alunos que não estão participando
e instigá-los a se expressar, com o cuidado de não parecer
uma obrigatoriedade, o que poderia provocar maior retração
por parte do aluno. É preciso, ainda, que o professor esteja
atento a desvios na discussão, emitindo considerações que
levem o grupo a retomar o objetivo pretendido.
Para que o professor possa melhor desempenhar sua
função de coordenador de debates ou discussões em chats,
é preciso que a ferramenta utilizada lhe forneça uma série
de informações gerenciais que o auxiliem na identificação
de possíveis problemas. Dentre as possibilidades gerenciais
estão o controle de autorização, permitindo acesso apenas
a alunos de uma turma, quando necessário; saber a
freqüência de intervenção dos participantes; excluir da sala
usuários que não respeitem as normas estabelecidas; saber
quais alunos estão realizando conversas paralelas, pois a
depender da freqüência isto pode interferir no debate do
grupo; além de várias outras possibilidades que auxiliem o
professor na tarefa de coordenar a discussão (Fischer,
2000).
Outro aspecto importante é a possibilidade de
armazenar toda a discussão realizada e disponibilizar o
conteúdo para que um aluno que não participou do evento
70 possa se inteirar do que foi discutido, ou para que algum
membro do grupo possa examinar com mais cuidado a
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EDUCAÇÃO
De forma semelhante, o The Palace (Fig. 2), a
conversação é realizada por meio de balões, com os
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Realidade Virtual
Segundo Whatis, a realidade virtual pode ser definida
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Videoconferência
A videoconferência é definida por Oliveira (1996)
como um conjunto de facilidades de telecomunicações que
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permite aos participantes, em duas ou mais localidades
distintas, estabelecer uma comunicação bidirecional
EDUCAÇÃO
mediante dispositivos eletrônicos de comunicação, enquanto
compartilham, simultaneamente, seus espaços acústicos e
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interação.
É claro, como já foi dito, existem limitações
tecnológicas e estruturais para um bom funcionamento da
videoconferência. Se não forem tomados os cuidados
necessários, pode se tornar em um instrumento de
desmotivação do aluno, visto que tentará falar com o
professor e apenas verá uma imagem intercalada por uma
seqüência de outras imagens que apenas sugerem a
ocorrência de algum movimento e sons que de tão
interrompidos se torna impossível produzir um significado
compreensível.
Alguns softwares para videoconferência via Internet
já estão disponíveis para uso, tais como: Cu-SeeMe da
desenvolvido por Tim Dorcey na Universidade de Cornell,
EUA; o NV, desenvolvido por Ron Frederick na Xerox
PARC, EUA; o VIC, desenvolvido por Steven McCane e
Van Jacobson no Lawrence Berkeley Laboratory e
University of California, Berkeley, EUA; o IVS,
desenvolvido por Thierry Turletti no Inria, Sophia-Antipolis,
França; o sistema do MCRLab, desenvolvido por Louis
Lamond e Grant Henderson na Universidade de Ottawa,
Canadá; o TVS do Laboratório TeleMídia, PUC-Rio; e o
NetMeeting, da Microsoft (Oliveira, 1996).
Os softwares de videoconferência para Internet são
geralmente baseados em uma interface que apresenta as
imagens daqueles que estão conectados no momento. A
maioria disponibiliza ainda outras ferramentas adicionais
como um chat (bate-papo) para a interação via texto. Este
recurso é fundamental para superar obstáculos de
comunicação, substituindo parte do que seria dito, em áudio,
por textos.
76 Quadro Branco
Quadro Branco é uma ferramenta que possibilita
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Outras Tecnologias
Uma gama variada de tecnologias estão disponíveis
nos diversos cursos e ambientes de EAD existentes em
todo o mundo, sendo impossível catalogar toda sua extensão.
Entretanto, na seqüência deste estudo serão apresentados
alguns ambientes de EAD, que reúnem várias tecnologias
em um único website, possuindo ainda características
necessárias para o gerenciamento do curso, como por
exemplo, funções administrativas de um curso.
Ambientes de EAD
Ambientes de EAD, denominados por Fischer (2000)
como Sistemas de Gerenciamento para a EAD (SGEAD),
são ferramentas que possibilitam a criação, administração
e manutenção de cursos a distância, ofertando diversos
recursos de interação que visam proporcionar o fácil
estabelecimento de comunicação, síncrona ou assíncrona,
entre os envolvidos no processo de ensino, bem como sua
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relação com o conteúdo didático disponível.
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Aulanet
O Aulanet é um ambiente desenvolvido pelo
Laboratório de Engenharia de Software (LES), do
Departamento de Informática da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO), com apoio do CNPq.
Desde o início de seu projeto, em 1997, o Aulanet tem
conquistado grande espaço, sendo utilizado por diversas
instituições brasileiras e internacionais, tendo mais de 4 mil
cópias distribuídas. Apesar de ser um software de
distribuição gratuita, é representado e distribuído,
exclusivamente, pela empresa Eduweb (http://
www.eduweb.com.br).
Segundo Lucena et al (1999), o ambiente foi
concebido com o objetivo de proporcionar a manipulação
de cursos por usuários leigos, não necessitando que o autor
seja um expert em informática. Assim, com uma interface
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mais amigável, o Aulanet pode proporcionar uma transição
da sala de aula convencional para a sala de aula virtual de
EDUCAÇÃO
maneira mais tranqüila, possibilitando, também, sua utilização
como ferramenta de apoio a cursos presenciais (Fischer,
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2000).
O Aulanet prevê a existência de três grupos de
usuários:
o administrador: que desempenha as funções
administrativas, gerenciamento do cadastro de alunos e
professores, configuração da interface, dentre outras;
o professor: que cria os cursos a serem ministrados,
gerencia o conteúdo, controla a agenda do curso, dentre
outras funções. É possível ainda existir outros professores,
co-autores, no mesmo curso;
o aluno: é o usuário final do curso, que pode acessar
o conteúdo disponibilizado pelo professor, interagir com os
demais usuários por meio de ferramentas de comunicação
disponíveis no ambiente, além de poder receber o status de
co-autor e colaborar com o professor na produção de
material.
Estes usuários interagem entre si e com o ambiente
por meio de ferramentas disponíveis em mecanismos
definidos pelo sistema como de comunicação, cooperação
e coordenação. Elas são definidas pelo professor durante a
configuração de cada curso, indicando quais recursos
estarão ou não disponíveis àquele curso, de acordo com as
necessidades instrucionais de cada público alvo e/ou área
de estudo.
Mecanismos de Comunicação: Com eles é realizada
a comunicação entre professores e alunos e entre alunos.
Este mecanismo dispõe de ferramentas de comunicação
assíncrona, tais como: o e-mail; o grupo de discussão,
semelhante a uma lista de discussão, onde é possível o envio
de mensagens que são distribuídas para todos os membros
do curso e, ainda, armazenadas no ambiente, podendo ser
acessadas no futuro; o grupo de interesse, onde a discussão
se dá no sistema de fóruns de discussão. Para a comunicação
80 síncrona, existem as ferramentas de debate, onde a interação
entre os participantes pode ser realizada por meio de
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WebCT
Desenvolvido pela University of British Columbia, no
Canadá, é uma ferramenta voltada à construção de
ambientes educacionais para a web. É uma das mais
utilizadas em todo o mundo, sendo atualmente usada por
mais de 1500 instituições em 61 países (BOLETIM-EAD,
2001, Cunha; Campos; Santos, 1999, Fischer, 2000).
Todo o funcionamento do curso se dá por meio de
páginas WWW, construídas pelos próprios professores, que
podem ainda personalizar o ambiente incorporando novas
ferramentas ou alterando o layout do curso.
O ambiente dispõe de uma variedade de ferramentas,
como chat, auto-avaliação, controle de acesso, lista de
discussão, correio eletrônico, geração de índices automáticos,
calendário de curso, homepage de alunos, pesquisa de
conteúdo de cursos, caderno de anotações, dentre outras.
Outra ferramenta interessante é a possibilidade de
criar grupos de trabalhos, determinando uma área onde um
grupo de alunos pode interagir. Nesta área apenas os
membros do grupo podem escrever, porém os demais alunos
podem observar as colaborações que foram realizadas.
Os usuários do WebCT estão divididos em quatro
classes:
Administrador: tem a responsabilidade de administrar
82 a inclusão e exclusão de cursos no ambiente, além de
controlar senhas de usuários. Após a criação de um curso,
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Lotus® LearningSpace
O Lotus® LearningSpace é um ambiente de EAD
desenvolvido pela Lotus® Education e pela IBM®, com
base no software Domino. É um software comercial que
cria uma infra-estrutura virtual necessária para o ensino a
distância, permitindo que apostilas, anotações de aula,
gráficos, tabelas e vídeos sejam acessados de forma remota,
via Internet ou na intranet de uma instituição.
O LearningSpace é um ambiente composto por
módulos:
· programação (schedule): é utilizado para
apresentar uma lista de tarefas e atividades que serão
realizadas durante o curso. A partir desta o usuário poderá
ter acesso ao conteúdo de qualquer uma das aulas, exercícios
e testes relacionados. Pode ser exibido em tópicos, provendo
uma estruturação hierárquica do curso, ou por um calendário.
· centro de recursos (media center): este módulo
funciona como uma biblioteca do curso armazenando textos,
imagens, áudio e vídeo disponíveis. Estes recursos multimídia,
mantidos pelos responsáveis pelo curso, podem ser
classificados por título, autor, palavra-chave ou tipo da mídia,
além de dispor de uma área de anotações.
· sala de aula (course room): é o local onde serão
realizadas as discussões e tarefas do curso. A ferramenta
de discussão permite a criação de tópicos a serem discutidos
no formato de fórum, que pode ser apresentado por aluno
ou por data. Possibilita, ainda, a criação de enquetes
84 automáticas gerenciadas pelo próprio aluno, além do envio
de arquivos anexados. As tarefas sugeridas pelo professor
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TopClass
Software desenvolvido pela WBT Systems (Web-
Based Training Systems) que é utilizado por mais de 600
organizações e instituições em todo o mundo. Dispõe de
ferramentas de colaboração e administração que permitem
o gerenciamento do ambiente e a comunicação e interação
entre os participantes. O TopClass dispõe uma ferramenta
de autoria, o TopClass Publisher, que permite ao professor
a rápida criação, estruturação e publicação de cursos. É
possível a adição de recursos multimídia como áudio, vídeo,
animações, dentre outros (Micropower, 2002).
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O ambiente usa o conceito de turmas, onde os alunos
matriculados terão a sua disposição os cursos oferecidos,
EDUCAÇÃO
que podem ser ofertados para apenas um aluno, ou turma
específica.
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Referências Bibliográficas e
Webgráficas
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Disponível em: <http://c5.cl/ ieinvestiga/actas/tise99/html/papers/
ferramentas>. Acesso em: 30 jan. 2002.
BITTENCOURT, Dênia Falcão. A construção de um modelo de curso
“lato sensu” via internet – a experiência com o curso de especialização
para gestores de instituições de ensino técnico UFSC / SENAI. 1999.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina.
Disponível em: <http://www.eps.ufsc.br/disserta99/denia/>. Acesso em:
04 jan. 2002.
BOLETIM-EAD. Ambientes. Boletim-EAD Unicamp. n.3, 15 jan. 2001.
Disponível em: <http://www.ead.unicamp.br>. Acesso em: 03 mar. 2001.
CARDOSO NETO, Celso. Tecnologia para EAD: videoconferência.
Disponível em: <http://www.cciencia.ufrj.br/educnet/videconf.htm>.
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Acesso em: 07 dez. 2001.
EDUCAÇÃO
CARNEIRO, Mara Lúcia Fernandes. Videoconferência: Ambiente para
educação a distância. In: Workshop Informática na Educação - PGIE/
UFRGS. Porto Alegre, 1999. Disponível em: <http://penta.ufrgs.br/pgie/
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fev. 2002.
WHATIS. Disponível em <http://www.whatis.com>. Acesso em 04 dez.
2001.
Mário Sérgio da Silva Brito (brito@uefs.br)
é graduado em Informática (UCSal),
especialista em informação em saúde, mestre
em saúde coletiva (UEFS) e professor da
Universidade Estadual de Feira de Santana/
BA (UEFS).
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EDUCAÇÃO
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