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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA PARA MPU

CARGO TÉCNICO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS


PROFESSOR: MAYKO GOMES

AULA 03 – Armazenamento e Acondicionamento / Legislação Arquivística

Olá, sofredores! Tudo bem?

Finalmente nossa última aula de Arquivologia para o MPU! Depois desta


aula teremos estudado tudo o que nos foi pedido.

Já peço desculpas pela demora, mas foi por um bom motivo: tive de
adaptar os últimos conteúdos para uma aula só. E isso levou mais tempo do
que esperava... Mas nada que vá prejudicar seu aprendizado, eu garanto!

E depois dessas mudanças, termos para esta aula a seguinte estrutura:

 Armazenamento e Acondicionamento de Documentos;


 Excertos da Constituição;
 Lei 8.159/91 e Decreto 4.073/02;
 Decreto 4.915/03;
 Lei 5.433/68, Decreto 1.799/96 e Resolução CONARQ 10;
 Lei 12.527/11

Estarei disponível para solucionar suas dúvidas. Contem sempre com


meu auxílio e dedicação. Os espero no fórum do curso e no email:
mayko@pontodosconcursos.com.br.

Então, sem mais perda de tempo, vamos ao trabalho!

Prof. Mayko Gomes


Março/2013

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Acondicionamento e Armazenamento

Já sabemos que o documento é a informação registrada em um suporte


material. A principal função de um documento (mais precisamente do suporte)
é fazer com que a informação se perpetue no tempo e no espaço sem perder
ou alterar suas características.

A conservação de documentos engloba um conjunto de ferramentas,


atividades, métodos e cuidados a serem observados para colaborar com a
durabilidade do documento, isto é, fazer com que ele exista pelo maior prazo
de tempo possível. Está dividida em conservação corretiva (ações no
documento quando o mesmo já sofreu algum dano) e conservação preventiva
(ações a serem empregadas para evitar os danos).

Antes de prosseguirmos com a conservação, é preciso conhecer os


conceitos de armazenamento e acondicionamento, e as determinações do
CONARQ para sua aplicação.

Acondicionamento: é a embalagem ou guarda de documentos para sua


preservação. Trata-se de colocá-lo em um invólucro (pasta ou caixa).

Armazenamento: é a guarda do documento propriamente dita. É a


colocação do documento no arquivo, seja ele o móvel, o prédio ou parte dele,
ou o depósito (conforme definições vistas na aula 01).

Podem perceber pela definição dada pelo Dicionário de Terminologia


Arquivística, que não é nada difícil entender essas técnicas. Vamos então às
recomendações do CONARQ, que são as adotadas pelas bancas para elaborar
suas questões.

Armazenamento

Os documentos devem ser armazenados em locais que apresentem


condições ambientais apropriadas às suas necessidades de preservação, pelo
prazo de guarda estabelecido em tabela de temporalidade e destinação.

A localização de um depósito de arquivo deve prever facilidades de


acesso e de segurança contra perigos iminentes, evitando-se, por exemplo:

- áreas de risco de vendavais e outras intempéries, e de inundações;


- áreas de risco de incêndios;
- áreas próximas a indústrias pesadas com altos índices de poluição
atmosférica;
- áreas próximas a instalações estratégicas.

As áreas de trabalho e de circulação de público deverão atender às


necessidades de funcionalidade e conforto, e as de armazenamento de
documentos devem ser totalmente independentes das demais.

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Nas áreas de depósito (de documentos), os cuidados devem ser dirigidos


a:

- evitar, principalmente, os subsolos e porões, em razão do grande risco


de inundações;
- prever condições estruturais de resistência a cargas;
- ter limite de 200 m2 de área. Os depósitos deverão ser
compartimentados. Os compartimentos devem ser independentes entre si,
separados por corredores, com acessos equipados com portas corta-fogo e, de
preferência, também com sistemas independentes de energia elétrica, de
aeração ou de climatização;
- evitar tubulações hidráulicas, caixas d’água e quadros de energia
elétrica sobre as áreas de depósito;
- evitar todo tipo de material que possa promover risco de propagação
de fogo ou formação de gases, como madeiras, pinturas e revestimentos;
- aumentar a resistência térmica ou a estanqueidade das paredes
externas, em especial daquelas sujeitas à ação direta de raios solares, por
meio de isolamento térmico e/ou pintura de cor clara, de efeito reflexivo. Além
dos recursos construtivos utilizados para amenizar as temperaturas internas,
sempre que for possível, posicionar os depósitos nos prismas de menor
insolação;
- promover a ventilação dos ambientes de forma natural ou artificial,
inclusive com a disposição adequada do mobiliário, de forma a facilitar o fluxo
do ar;
- evitar a presença de pessoas em trabalho ou consulta em tais
ambientes;
- manter suprimento elétrico de emergência.

Nas áreas de depósito, os documentos devem ser armazenados


separadamente, de acordo com o seu suporte e suas especificidades, a saber:

- documentos textuais, como manuscritos e impressos;


- documentos encadernados;
- documentos textuais de grande formato;
- documentos cartográficos, como mapas e plantas arquitetônicas;
- documentos iconográficos, como desenhos, gravuras e cartazes;
- documentos em meio micrográfico;
- documentos fotográficos;
- documentos sonoros;
- documentos cinematográficos;
- documentos em meios magnéticos e ópticos.

Quanto às condições climáticas, as áreas de pesquisa e de trabalho


devem receber tratamento diferenciado das áreas dos depósitos, as quais, por
sua vez, também devem se diferenciar entre si, considerando-se as
necessidades específicas de preservação para cada tipo de suporte.
Recomenda-se um estudo prévio das condições climáticas da região, nos casos

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de se elaborar um projeto de construção ou reforma, com vistas a obter os


melhores benefícios, com baixo custo, em favor da preservação dos acervos.

A deterioração natural dos suportes dos documentos, ao longo do tempo,


ocorre por reações químicas, que são aceleradas por flutuações e extremos de
temperatura e umidade relativa do ar, e pela exposição aos poluentes
atmosféricos e às radiações luminosas, especialmente dos raios ultravioleta. A
adoção dos parâmetros recomendados por diferentes autores (de temperatura
entre 15° e 22° C e de umidade relativa entre 45% e 60%) exige, nos climas
quentes e úmidos, o emprego de meios mecânicos sofisticados, resultando em
altos custos de investimento em equipamentos, manutenção e energia. Os
índices muito elevados de temperatura e umidade relativa do ar, as variações
bruscas e a falta de ventilação promovem a ocorrência de infestações de
insetos e o desenvolvimento de microrganismos, que aumentam as proporções
dos danos.

Com base nessas constatações, recomenda-se:

- armazenar todos os documentos em condições ambientais que


assegurem sua preservação, pelo prazo de guarda estabelecido;
- monitorar as condições de temperatura e umidade relativa do ar;
- utilizar preferencialmente soluções de baixo custo direcionadas à
obtenção de níveis de temperatura e umidade relativa estabilizados na média,
evitando variações súbitas;
- reavaliar a utilidade de condicionadores mecânicos quando os
equipamentos de climatização não puderem ser mantidos em funcionamento
sem interrupção;
- proteger os documentos e suas embalagens da incidência direta de luz
solar, por meio de filtros, persianas ou cortinas;
- monitorar os níveis de luminosidade, em especial das radiações
ultravioleta;
- reduzir ao máximo a radiação UV emitida por lâmpadas fluorescentes,
aplicando filtros bloqueadores aos tubos ou às luminárias;
- promover regularmente a limpeza e o controle de insetos rasteiros nas
áreas de armazenamento;
- manter um programa integrado de higienização do acervo e de
prevenção de insetos;
- monitorar as condições do ar quanto à presença de poeira e poluentes,
procurando reduzir ao máximo os contaminantes, utilizando cortinas, filtros,
bem como realizando o fechamento e a abertura controlada de janelas;
- armazenar os acervos de fotografias, filmes, meios magnéticos e
ópticos em condições climáticas especiais, de baixa temperatura e umidade
relativa, obtidas por meio de equipamentos mecânicos bem dimensionados,
sobretudo para a manutenção da estabilidade dessas condições, a saber:

fotografias em preto e branco


T 12ºC ± 1ºC e UR 35% ± 5%

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fotografias em cor
T 5ºC ± 1ºC e UR 35% ± 5%

filmes e registros magnéticos


T 18ºC ± 1ºC e UR 40% ± 5%

Acondicionamento

Os documentos devem ser acondicionados em mobiliário e invólucros


apropriados, que assegurem sua preservação. A escolha deverá ser feita
observando-se as características físicas e a natureza de cada suporte. A
confecção e a disposição do mobiliário deverão acatar as normas existentes
sobre qualidade e resistência e sobre segurança no trabalho.

O mobiliário facilita o acesso seguro aos documentos, promove a


proteção contra danos físicos, químicos e mecânicos. Os documentos devem
ser guardados em arquivos, estantes, armários ou prateleiras, apropriados a
cada suporte e formato.

Os documentos de valor permanente que apresentam grandes formatos,


como mapas, plantas e cartazes, devem ser armazenados horizontalmente, em
mapotecas adequadas às suas medidas, ou enrolados sobre tubos
confeccionados em cartão alcalino e acondicionados em armários ou gavetas.

Nenhum documento deve ser armazenado diretamente sobre o chão.

As mídias magnéticas, como fitas de vídeo, áudio e de computador,


devem ser armazenadas longe de campos magnéticos que possam causar a
distorção ou a perda de dados.

O armazenamento será preferencialmente em mobiliário de aço tratado


com pintura sintética, de efeito antiestático.

As embalagens protegem os documentos contra a poeira e danos


acidentais, minimizam as variações externas de temperatura e umidade
relativa e reduzem os riscos de danos por água e fogo em casos de desastre.

As caixas de arquivo devem ser resistentes ao manuseio, ao peso dos


documentos e à pressão, caso tenham de ser empilhadas. Precisam ser
mantidas em boas condições de conservação e limpeza, de forma a proteger os
documentos.

As medidas de caixas, envelopes ou pastas devem respeitar formatos


padronizados, e devem ser sempre superiores às dos documentos que irão
abrigar.

Todos os materiais usados para o armazenamento de documentos


permanentes devem manter-se quimicamente estáveis ao longo do tempo, não

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podendo provocar quaisquer reações que afetem a preservação dos


documentos.

Os papéis e cartões empregados na produção de caixas e invólucros


devem ser alcalinos e corresponder às expectativas de preservação dos
documentos. No caso de caixas não confeccionados em cartão alcalino,
recomenda-se o uso de invólucros internos de papel alcalino, para evitar o
contato direto de documentos com materiais instáveis.

Atenção: Na pratica, e pode ser pedido em prova, a recomendação


sobre evitar subsolos e porões não é adotada pela imensa maioria das
instituições, devido à falta de uma estrutura arquitetônica capaz de suportar o
grande peso dos arquivos. Então, para efeitos de recomendação, deve ser
evitado esse tipo de ambiente, mas para efeitos práticos, é vantajoso por não
comprometer a estrutura dos edifícios.

Percebam que não é um assunto complicado. Essas determinações do


CONARQ são até um tanto lógicas. Claro, é preciso conhecer um pouco sobre
os materiais dos documentos e estrutura, mas nenhuma questão que não
possa ser resolvida com um pouco de raciocínio, como estas:

(TRT-21/2010 – Cespe/UnB) A definição dos gêneros documentais é


importante para estabelecer o tipo de armazenamento necessário para a
preservação dos documentos.

Resolução

O item está correto. Vimos que os documentos devem ser armazenados


em condições que atendam as necessidades de suas especificações. Conhecer
o suporte e o gênero dos documentos é fundamental para tomas as medidas
que melhor garantam sua preservação e proteção.

(TJDFT/2008 – Cespe/UnB) O acondicionamento é uma das etapas do


planejamento de conservação preventiva de documentos.

Resolução

O item está correto. A correta operação de acondicionamento, como o


uso de materiais adequados, de ferramentas específicas, de embalagens
apropriadas a cada arquivo, etc., contribui para a preservação do documento,
que é a conservação preventiva.

Por conservação preventiva devemos entender todos os cuidados


necessários para evitar que os documentos sofram danos e sejam destruídos
ou danificados de qualquer forma, até mesmo o combate à sua deterioração
natural.

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Legislação Arquivística

Introdução

Começando por alguns excertos da Constituição Federal, vamos


comentar a Legislação Arquivística que mais comumente aparece em provas.

Não vou colocar as leis na íntegra para não ocupar todo o espaço da aula
e nem lhes passar informações que sejam “desnecessárias”. Contudo, peço a
vocês que, caso disponham de algum tempo, leiam as leis para não lhes faltar
nenhuma informação. As leis possuem textos pequenos e pouco técnicos, o
que facilita seu entendimento.

Partiremos em nossos estudos, conforme manda o Direito, seguindo a


hierarquia das normas, fazendo nossos comentários sobre alguns excertos da
Constituição que tratam do assunto.

Toda legislação arquivística se baseia em três principais excertos da


Constituição: o art. 5º (inciso XXXIII), o artigo 215 e o artigo 216
(especialmente o §2º deste). Vamos comentá-los.

O artigo 5º, em seu inciso XXXII, afirma o seguinte:

Todos têm direito a receber dos órgãos públicos


informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado.
(Constituição Federal de 1988, art. 5º, inciso XXXIII).

Assim, A Constituição já deixa claro que o Estado tem o dever de


garantir que as informações sejam preservadas e estejam acessíveis a todos
que a procuram. O excerto acima inclusive já menciona a possibilidade de
responsabilização do Estado pelo não cumprimento da determinação. Contudo,
a própria Constituição também limita as informações as quais os cidadãos
terão direito de acesso: podem ter acesso somente às informações de caráter
particular, coletivo ou geral, E NÃO PODEM ter acesso a informações que
comprometam a segurança da sociedade e do Estado. São exemplos de
informações que comprometam a segurança da sociedade os resultados de
pesquisa científica, informações sobre acordos políticos ou internacionais, etc.
E são exemplos de documentos que comprometem a segurança do Estado os
planos e operações de guerra e os acordos diplomáticos.

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Até alguns meses atrás este excerto da Constituição era regulamentado


pela Lei Federal 11.111/05. Mas esta Lei foi revogada e substituída pela Lei
Federal 12.527/11, de que falaremos mais adiante.

O artigo 215 trata indiretamente da Arquivística. Na verdade, ele afirma


que o Estado tem também o dever de proteger, promover, valorizar e difundir
a criação cultural do país. O Estado tem o dever de proteger a produção
cultural sob as diversas formas em que se apresentem. Podemos considerar
também os documentos como uma dessas formas de produção cultural (uma
vez que, como vimos, os documentos podem ter valor para a Cultura).

O artigo 216 trata de definir os bens que constituem o patrimônio


cultural brasileiro. Destaca que esses bens podem ser de “natureza material e
imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira”. Especificamente no inciso IV temos a afirmação de que os
documentos podem ser considerados bens que constituem o patrimônio
cultural, “frisando” o dever do Estado de protegê-los e garantir o seu acesso.

De forma ainda mais direta, a Constituição determina que o Poder


Público deva promover a Gestão de Documentos de caráter publico, conforme
o texto extraído:

Cabem à administração pública, na forma da lei, a


gestão da documentação governamental e as
providências para franquear sua consulta a quantos dela
necessitem.
(Constituição Federal de 1988, art. 216, § 2º)

Esta lei a que se refere o parágrafo é a Lei 8.159/91, que estudaremos


mais adiante.

Para terminar esta introdução da aula, vamos resumir o que determina a


Constituição: é deve do Estado preservar as informações e garantir o acesso a
elas, observado o caráter particular, coletivo ou geral; e a segurança da
sociedade e do Estado.

Tratamos aqui da base constitucional das leis Arquivísticas. Contudo não


precisam se preocupar com essa parte, pois o conteúdo da Constituição não
aparece quando as provas tratam do assunto.

No Brasil existem programas que buscam a divulgação de documentos


que o governo não publica. Há um movimento muito grande em torno da
divulgação de documentos sobre a Guerra do Paraguai que ainda permanecem
sigilosos; ou sobre a questão do prazo de guarda dos documentos. O mais
importante deles diz respeito á divulgação de documentos sobre o período da
Ditadura Militar, que o governo se nega a conceder acesso irrestrito, mesmo
tendo vencido o prazo dos graus de sigilo.
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Lei Federal nº 8.159/91 e Decreto Federal nº 4.073/02

A lei federal nº 8.159/91 é a mais importante norma que regulamenta a


atividade de gestão de arquivos no país. Também é conhecida como “Lei de
Arquivos” ou Política de Arquivos.

Esta lei trata da Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados, ou


seja, estabelece algumas diretrizes a serem observadas por todos na gestão e
preservação de documentos de arquivo. Importante ressaltar que esta lei trata
de vários assuntos já abordados no curso, como a Gestão de documentos e o
Ciclo Vital. Portanto, não estranhem se nos depararmos com alguns conceitos,
pois será uma revisão sob a ótica da legislação.

Vamos ressaltar alguns artigos mais importantes e comentá-los, à


medida que também acompanharemos pelo Decreto.

Art. 2º: Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os conjuntos de


documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter
público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades
específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da
informação ou a natureza dos documentos.

Este artigo é muito importante por trazer, como vimos na primeira aula,
uma das definições de arquivo. Sob a ótica da lei, o arquivo sempre é formado
por conjunto de documentos produzidos em decorrência do exercício de
atividade específica, não importando seu tamanho, formato, suporte, gênero,
etc.

O Decreto, em seus artigos de 15 a 17, define o que são arquivos


públicos, os produzidos por órgãos e entidades públicas federais, estaduais e
municipais, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; por agentes
públicos no exercício do cargo ou função; por empresas públicas e sociedades
de economia mista; e por organizações sociais e serviços sociais autônomos.

Afirma ainda o Decreto que é do agente público ou da entidade a


responsabilidade pela manutenção e preservação dos documentos públicos; e
também que os arquivos de empresas em processo de desestatização deverão
ser “recolhidos” à instituição pública de sua esfera de competência (federal,
estadual ou municipal).

Art. 3º: Considera-se gestão de documentos o conjunto de


procedimentos e operações técnicas à sua produção, tramitação, uso,
avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua
eliminação ou recolhimento para guarda permanente.

Aqui temos a definição legal de Gestão de Documentos. Notem que a Lei


traz as três fases: a produção, a utilização e a destinação.

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O Decreto, em seus artigos de 18 a 21, trata da transferência e do


recolhimento dos documentos públicos aos arquivos públicos. Afirma que todos
os órgãos e entidades da Administração Pública Federal devem ter uma
“Comissão Permanente de Avaliação de Documentos”. A esta comissão cabe
avaliar e analisar os documentos para lhes atribuir valor e destinação. A
comissão deve observar, para os documentos relativos à atividade meio, a
aplicação da Tabela de Temporalidade e o Plano de Classificação elaborados
pelo CONARQ para toda a Administração Pública Federal. Para os documentos
relativos à atividade fim, a comissão deve elaborar uma Tabela de
Temporalidade e um Plano de Classificação nos moldes do CONARQ.

Esta Tabela de Temporalidade e este Plano de Classificação de


Documentos das Atividades Meio são objeto de estudo da Resolução do
CONARQ nº 14, que veremos ainda nesta aula.

Art. 4º: Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de
seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em
documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da
intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.

Aqui temos o que afirma a própria Constituição, sobre o direito do


cidadão a ter acesso às informações de seu interesse, e sobre o dever do
Estado em fornecê-las, ressalvados os casos de segurança da sociedade e do
próprio Estado.

Art. 7º: Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos


produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de
âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de
suas funções administrativas, legislativas e judiciárias.

§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e


recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas
encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.

§ 2º A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter


público implica o recolhimento de sua documentação à instituição arquivística
pública ou a sua transferência à instituição sucessora.

Este artigo traz novamente a questão da definição de arquivo. Mas sua


importância está em seus parágrafos.

No primeiro traz a consideração, muito importante, de que serão


considerados públicos os documentos de pessoas físicas e jurídicas de caráter
particular, DESDE QUE SEJAM ENCARREGADAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS
PÚBLICOS. Não significa que todos os documentos de uma instituição privada

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serão públicos, mas apenas aqueles relativos à atividade pública que a


instituição desenvolve. Por exemplo: se uma empresa de transporte atua no
transporte público municipal, os documentos dessa empresa relativos a esta
atividade serão públicos. Mas se a mesma empresa também trabalha na área
de excursões turísticas, uma atividade privada, os documentos dessa empresa
relativos a esta atividade serão privados.

No segundo parágrafo determina o que acontece com os documentos de


uma instituição quando esta cessa suas atividades. Seria o chamado “fundo
fechado”. Quando uma instituição encerra suas atividades, seu arquivo não
pode mais receber documentos, devendo ser também encerrado. Se não
houver uma instituição que a substituirá em suas atividades, o fundo fechado
deve ser recolhido à instituição arquivística pública e lá será mantido. Se
houver uma instituição que a substitua em suas atividades, o fundo fechado
permanecerá aos cuidados desta instituição. Atenção para que, mesmo o fundo
estando aos cuidados da nova instituição, não deve ser confundido nem
misturado: serão dois fundos diferentes aos cuidados de uma só instituição.

A respeito de recolhimento, o Decreto afirma que os documentos de


valor permanente recolhidos ao Arquivo Nacional deverão estar avaliados,
organizados, higienizados, acondicionados e acompanhados de instrumento
descritivo que permita sua identificação e controle. Afirma ainda que todos os
custos decorrentes dessas operações devem correr por conta da entidade
produtora, e que cabe ao Ministro da Justiça baixar instrução normativa que
regulamentará essas operações (Instrução Normativa AN/Nº 1, de 18 de abril
de 1997, caso queiram consultar).

Art. 8º: Os documentos públicos são identificados como correntes,


intermediários e permanentes.

§ 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que,


mesmo sem movimentação, constituam de consultas frequentes.

§ 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo


de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo,
aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.

§ 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor


histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados.

Aqui não há muito que falar, senão que o tratamento que a lei dá a
chamada Teoria das Três Idades. Pode-se perceber a importância dessa teoria
pela sua menção no texto da lei. Então peço a atenção de vocês para que
gravem o conceito apresentado aqui. Ainda, devem considerar que esses
arquivos podem aparecer com outros nomes, para contundi-los. Então vou
colocar uma lista com todos os nomes desses arquivos que já apareceram em
provas:

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Art. 10: Os documentos de valor permanente são inalienáveis e


imprescritíveis.

Uma ligação ao Princípio da Territorialidade. Os documentos compõem,


conforme mencionado na Constituição, os bens culturais do país. Portanto
devem permanecer aqui, em território nacional. Sendo inalienáveis, os
documentos não devem ser doados, vendidos ou trocados, e seus direitos não
devem ser cedidos nem transferidos a terceiros devido ao seu valor
secundário. Sendo imprescritíveis, os documentos devem ser preservados para
sempre.

Art. 12: Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público
como de interesse público e social, desde que sejam considerados como
conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico
nacional.

Este artigo determina que os documentos de instituições privadas que


tenham relevante importância para a sociedade devem ser declarados de
interesse público, e tratados como tal. É o caso, por exemplo, de acervos
documentais de pessoas importantes, que contribuíram para o
desenvolvimento da sociedade (médicos, políticos, jornalistas, etc.). O Poder
Público tem preferência na aquisição de arquivos particulares, desde que sejam
de interesse público.

O Decreto afirma que os documentos particulares podem ser declarados


de interesse público mediante decreto presidencial, por solicitação do CONARQ
e ouvido o Ministro da Justiça. A declaração de interesse público não implica
sua transferência ou recolhimento ao arquivo público, ficando o detentor dos
arquivos responsável por sua guarda e preservação. Contudo, o detentor pode
firmar acordos e ajuste a fim de receber apoio para o desenvolvimento de
atividades relacionadas à organização, preservação e divulgação do acervo. A
perda total ou parcial do acervo, ou sua transferência de local de guarda
devem ser comunicadas ao CONARQ; e caso o detentor pretenda alienar esses
arquivos deve notificar a União para que manifeste interesse na aquisição no
prazo de 60 dias.

Ainda segundo o Decreto, estão automaticamente considerados


documentos privados de interesse público e social os documentos tombados

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pelo Poder Público, os registros civis das entidades religiosas e os arquivos


presidenciais, conforme veremos mais adiante.

Art. 18: Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos


documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como
preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e
implementar a política nacional de arquivos.

Artigo muito importante, pois determina a competência do Arquivo


Nacional, que é a Gestão e o recolhimento dos documentos do PODER
EXECUTIVO FEDERAL. Deve ainda facilitar a consulta a esses documentos,
além de implementar a Política Nacional de Arquivos. Veremos mais
detalhadamente quando tratarmos do SINAR.

Dica de prova: O Art. 23, que era muito comum em provas de


concurso, foi revogado pela Lei 12.527/11.

Como esse artigo determinava que decreto fixasse as categorias (graus)


de sigilo, e isso foi feito pelo Decreto 4.553/02, alguns juristas entendem que
houve uma revogação tácita desta norma.

Já para outros não houve revogação do Decreto por que o mesmo trata
de outros assuntos além dos graus de sigilo de documentos.

Então como essa discussão ainda não teve um fim, vamos estudar o
Decreto normalmente, mas os alerto para que tenham sempre em mente que
ele pode estar revogado!

Art. 25: Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa,


na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos
de valor permanente ou considerado como de interesse público e social.

Novamente temos o cuidado da lei em garantir a preservação dos


documentos e a responsabilização daqueles que contribuírem ou não
impedirem sua perda.

Art. 26: Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão


vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos,
como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR).

Um dos artigos mais importante, pois trata da criação do Sistema Nacional


de Arquivos, o SINAR. Também cria o Conselho Nacional de Arquivos, o
CONARQ, órgão superior do Arquivo Nacional.

Vimos que uma das funções do Arquivo Nacional é definir e implementar a


Política Nacional de Arquivos. Ele realiza essas atividades através do CONARQ
e do SINAR. Vejamos:

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CONARQ = define a Política Nacional de Arquivos públicos e privados.


SINAR= implementa a racionalização das atividades arquivísticas.

O Decreto trata da composição e da competência do CONARQ. Afirma que


este é vinculado ao Arquivo Nacional e órgão central do SINAR. É formado por
representantes do Arquivo Nacional, incluindo seu presidente, dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, as instituições arquivísticas estaduais, do DF
e municipais, das instituições de ensino superior onde exista curso de
Arquivologia, das associações de arquivistas e outras instituições que
congreguem profissionais das áreas de ensino, pesquisa, preservação ou
acesso às fontes de informação.

Já falando do SINAR, o Decreto afirma que é formado pelo CONARQ (que


é o órgão central), pelo Arquivo Nacional e pelos arquivos dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário Federal, pelos arquivos dos Três Poderes
estaduais e do DF, e pelos arquivos dos Poderes Executivo e Legislativo
municipais. Ainda há a possibilidade de pessoas físicas e jurídicas de direito
privado comporem o SINAR, mediante acordo com o CONARQ, que é o órgão
central.

(Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) Segundo a lei em questão, a gestão de


documentos compreende o conjunto de procedimentos e operações técnicas
referentes a produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de
documentos em fase corrente e intermediária, visando à sua eliminação ou
transferência para guarda permanente.

Resolução

O item está incorreto. Apesar de descrever exatamente quais são os


conjuntos de procedimentos que fazem parte da gestão de documentos,
também afirma que os documentos são transferidos para o arquivo
permanente, e segundo aprendemos na aula 02, os documentos somente são
transferidos para o arquivo intermediário; quando enviados ao arquivo
permanente, eles são recolhidos.

(Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) O Sistema Nacional de Arquivos (SINAR),


órgão vinculado ao Arquivo Nacional, representa, no Brasil, o CONARQ.

Resolução

O item está incorreto. Houve uma inversão nas definições de SINAR e


CONARQ. O CONARQ é órgão vinculado ao Arquivo Nacional e
simultaneamente órgão central do SINAR.

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA PARA MPU
CARGO TÉCNICO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS
PROFESSOR: MAYKO GOMES

Decreto 4.915/03

Este Decreto trata da função mencionada no artigo 18 da Lei 8.159/91.

A Gestão de Documentos, no âmbito dos órgãos e entidades da


administração pública FEDERAL, fica organizada sob a forma de sistema,
denominada Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo – SIGA.

O Decreto em si trata apenas de sua composição e finalidades.

Art. 2º: O SIGA tem por finalidade:

I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública


federal, de forma ágil e segura, o acesso aos documentos de arquivo e às
informações neles contidas, resguardados os aspectos de sigilo e as restrições
administrativas ou legais;

II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos de


arquivo desenvolvidas pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram;

III - disseminar normas relativas à gestão de documentos de arquivo;

IV - racionalizar a produção da documentação arquivística pública;

V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da


documentação arquivística pública;

VI - preservar o patrimônio documental arquivístico da administração


pública federal;

VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou


indiretamente na gestão da informação pública federal.

Notem que as finalidades são os objetivos a serem alcançados com a


Gestão de Documentos, além de cumprir com as obrigações legais do Estado
quanto ao acesso e preservação dos documentos. Ainda, importante citar que
o SIGA não edita qualquer norma, tendo apenas o dever de disseminá-las.
Também deve procurar meios eficientes para a produção de documentos, com
o objetivo de reduzir custos e utilização de recursos.

Art. 3º: Integram o SIGA:

I - como órgão central, o Arquivo Nacional;

II - como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela coordenação


das atividades de gestão de documentos de arquivo nos Ministérios e órgãos
equivalentes;

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA PARA MPU
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III - como órgãos seccionais, as unidades vinculadas aos Ministérios e


órgãos equivalentes.

Aqui o Decreto deixa evidente a relação de hierarquia no SIGA: o Arquivo


Nacional como órgão central; logo abaixo estão as unidades responsáveis pela
gestão de arquivos nos ministérios ou equivalentes (setoriais); e unidades
gestoras de arquivos e entidades vinculadas aos ministérios, como as
autarquias, por exemplo.

Art. 4º: Compete ao órgão central:

I - acompanhar e orientar, junto aos órgãos setoriais do SIGA, a


aplicação das normas relacionadas à gestão de documentos de arquivos
aprovadas pelo Chefe da Casa Civil da Presidência da República;

II - orientar a implementação, coordenação e controle das atividades e


rotinas de trabalho relacionadas à gestão de documentos nos órgãos setoriais;

III - promover a disseminação de normas técnicas e informações de


interesse para o aperfeiçoamento do sistema junto aos órgãos setoriais do
SIGA;

IV - promover e manter intercâmbio de cooperação técnica com


instituições e sistemas afins, nacionais e internacionais;

V - estimular e promover a capacitação, o aperfeiçoamento, o


treinamento e a reciclagem dos servidores que atuam na área de gestão de
documentos de arquivo.

A partir de agora o Decreto trata das obrigações de cada órgão do SIGA.


Começando pelo central (Arquivo Nacional), podem perceber que suas
obrigações são de natureza diretiva, ou seja, ele deve acompanhar as
atividades de Gestão de Documentos nos órgãos setoriais e seccionais, e
orientar-lhes em métodos, normas e procedimentos que lhes deem melhores
resultados.

Art. 5º: Compete aos órgãos setoriais:

I - implantar, coordenar e controlar as atividades de gestão de


documentos de arquivo, em seu âmbito de atuação e de seus seccionais, em
conformidade com as normas aprovadas pelo Chefe da Casa Civil da
Presidência da República;

II - implementar e acompanhar rotinas de trabalho desenvolvidas, no


seu âmbito de atuação e de seus seccionais, visando à padronização dos
procedimentos técnicos relativos às atividades de produção, classificação,
registro, tramitação, arquivamento, preservação, empréstimo, consulta,

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expedição, avaliação, transferência e recolhimento ou eliminação de


documentos de arquivo e ao acesso e às informações neles contidas;

III - coordenar a elaboração de código de classificação de documentos de


arquivo, com base nas funções e atividades desempenhadas pelo órgão ou
entidade, e acompanhar a sua aplicação no seu âmbito de atuação e de seus
seccionais;

IV - coordenar a aplicação do código de classificação e da tabela de


temporalidade e destinação de documentos de arquivo relativos as atividades-
meio, instituída para a administração pública federal, no seu âmbito de
atuação e de seus seccionais;

V - elaborar, por intermédio da Comissão Permanente de Avaliação de


Documentos e de que trata o art. 18 do Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de
2002, e aplicar, após aprovação do Arquivo Nacional, a tabela de
temporalidade e destinação de documentos de arquivo relativos às atividades-
fim;

VI - promover e manter intercâmbio de cooperação técnica com


instituições e sistemas afins, nacionais e internacionais;

VII - proporcionar aos servidores que atuam na área de gestão de


documentos de arquivo a capacitação, o aperfeiçoamento, o treinamento e a
reciclagem garantindo constante atualização.

Agora tratando dos órgãos setoriais, vemos que suas atividades são de
natureza mais executiva, tratando de implementar as rotinas da Gestão de
Documentos. Cabem ainda a estes órgãos a elaboração das Tabelas de
Temporalidade e dos Códigos de Classificação dos documentos da atividade fim
e sua remessa para aprovação do Arquivo Nacional.

Notem que todos devem contar com uma Comissão Permanente de


Avaliação, que tem a função de elaborar as ferramentas descritas, cuidar das
suas atualizações e avaliar os documentos da instituição.

Notem também que lhes é reservada alguma atividade de natureza


diretiva, quando se trata de auxiliar e supervisionar os órgãos seccionais.

Art. 6º: Fica instituída, junto ao órgão central, a Comissão de


Coordenação do SIGA, cabendo-lhe:

I - assessorar o órgão central no cumprimento de suas atribuições;

II - propor políticas, diretrizes e normas relativas à gestão de


documentos de arquivo, a serem implantadas nos órgãos e entidades da

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administração pública federal, após aprovação do Chefe da Casa Civil da


Presidência da República;

III - propor aos órgãos integrantes do SIGA as alterações ou adaptações


necessárias ao aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão de documentos de
arquivo;

IV - avaliar os resultados da aplicação das normas e propor os


ajustamentos que se fizerem necessários, visando à modernização e ao
aprimoramento do SIGA.

Essa Comissão de Coordenação uma espécie de órgão de


assessoramento ou aconselhamento.

Art. 7º: Compõem a Comissão de Coordenação do SIGA:

I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que a presidirá;

II - um representante do órgão central, responsável pela coordenação do


SIGA, designado pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional;

III - um representante do Sistema de Administração dos Recursos de


Informação e Informática - SISP, indicado pelo Ministro de Estado do
Planejamento, Orçamento e Gestão;

IV - um representante do Sistema de Serviços Gerais - SISG, indicado


pelo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão;

V - os coordenadores das subcomissões dos Ministérios e órgãos


equivalentes.

§ 1o Poderão participar das reuniões como membros ad-hoc, por


solicitação de seu Presidente, especialistas e consultores com direito a voz e
não a voto, quando julgado necessário pela maioria absoluta de seus
membros.

Esta parte dificilmente aparecerá em provas. Quando se trata deste


Decreto, o que mais costuma ser pedido são sua composição e suas funções ou
finalidades. Mesmo assim, peço atenção especial neste assunto, pois como
dito, a FGV não tem costume de elaborar concursos para esta área, e pode
“inovar” em suas questões sobre o tema.

Art. 8º: Deverão ser constituídas nos Ministérios e nos órgãos


equivalentes, no prazo máximo de trinta dias após a publicação deste Decreto,
subcomissões de coordenação que reúnam representantes dos órgãos
seccionais de seu âmbito de atuação com vistas a identificar necessidades e

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harmonizar as proposições a serem apresentadas à Comissão de Coordenação


do SIGA.

Parágrafo único. As subcomissões serão presididas por representante


designado pelo respectivo Ministro.

Em resumo, dentro dos órgãos setoriais deve haver subcomissões de


coordenação, como existe uma para assessorar o órgão central. Atenção para
que estas serão compostas por membros do ministério, designados pelo
ministro, e por membros dos órgãos seccionais.

(ABIN/2010 – Cespe/UnB) São órgãos setoriais do SIGA as unidades


responsáveis pela coordenação das atividades de gestão de documentos de
arquivo nos ministérios e órgãos equivalentes.

Resolução

O item está correto. Sua afirmação é exatamente o que determina o


artigo 3º, II.

(ABIN/2010 – Cespe/UnB) Incluem-se entre as competências dos órgãos


seccionais do SIGA a coordenação da elaboração do código de classificação de
documentos de arquivo e o acompanhamento de sua aplicação.

Resolução

O item está correto. Uma das competências dos órgãos seccionais é


coordenar a atividade de elaboração do código de classificação junto à
Comissão Permanente de Avaliação.

Lei Federal nº 5.433/68; Decreto Federal nº 1.799/96; Resolução


CONARQ 10

Devem se recordar de nossa primeira aula, onde tratamos da


classificação dos documentos quanto ao seu gênero. E uma dessas
classificações era o gênero dos documentos micrográficos, ou seja, aqueles em
suporte de microficha que são resultado do processo de microfilmagem.

A técnica da microfilmagem é tratada pela Lei n° 5.433, de 08 de maio


de 1968, e regulamentada pelo Decreto nº 1.799, de 30 de Janeiro de 1996.
Essa prática surgiu como solução para a falta de espaços nos arquivos,
consequência do alto volume na produção de documentos. Assim, o principal
objetivo da microfilmagem é a economia ou redução do espaço a ser ocupado
pelo arquivo (cerca de 98%!). Atualmente é utilizada em grande escala por

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bancos (que microfilmam cheques) e cartórios. Outras entidades a utilizam em


pequena escala.

Contudo a microfilmagem apresenta outras vantagens, como a facilidade


na conservação dos documentos, a preservação dos originais e a manutenção
do sigilo da informação. As desvantagens são o alto custo do processo e a
dificuldade de comparar uma imagem microfilmada a outra.

Considerando os outros motivos para realizar a microfilmagem, esta


pode receber nomes específicos:

Microfilmagem de segurança: realizada com o objetivo de garantir a


autenticidade da informação. Geralmente é utilizada para evitar adulterações
fraudulentas no conteúdo de documentos, ou para manter a informação em
caso de danos irreparáveis ao mesmo.

Microfilmagem de substituição: realizada com o objetivo de manter a


informação após a eliminação documento. Utiliza-se em documentos de valor
temporário que contenham informações relevantes. Assim os documentos
podem ser eliminados e a informação mantida.

Microfilmagem de complemento: realizada com o objetivo de manter


no arquivo da instituição documentos que pertencem a outras instituições.
Geralmente são documentos muito importantes para uma instituição e
pertencem a outras nações. Como exemplo há documentos que mostram a
história da extração de diamantes em Minas Gerais, mas que pertencem a
Portugal. O mais comum é que esses documentos pertençam a países que
tinham colônias em outros continentes.

Microfilmagem de preservação: realizada com o objetivo de evitar o


manuseio dos documentos originais. Geralmente é utilizada em documentos
muito antigos, frágeis ou parcialmente danificados, para que sejam
preservados por mais tempo. Os documentos originais são armazenados sob
condições favoráveis, e os usuários têm acesso somente aos microfilmes.

Dica Super Ultra Importantíssima de prova: Vou chamar a atenção para


dois pontos muito importantes, pontos estes que o examinador usa para
confundir o candidato quando se trata desse assunto:

Primeiro: o documento microfilmado tem o mesmo valor legal dos


documentos originais, produzindo os mesmos efeitos em juízo ou fora dele.

Segundo: os documentos digitalizados poderão ser eliminados a critério


da autoridade competente, salvo os de valor histórico que, como vimos, devem
ser preservados indefinidamente. De fato, o documento que foi microfilmado,
apenas por este motivo não pode ser destruído. O que vai determinar a
destruição do documento original é apenas a Tabela de Temporalidade e

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Destinação, que vimos nas aulas anteriores. O fato de estar microfilmado ou


não pouco importa para esse fim.

Outra consideração, os documentos microfilmados, mesmo que


autorizada a sua eliminação, devem estar arquivados, isto é, não podem estar
em trâmite.

Vamos a algumas questões:

(Correios/2011 – Cespe/UnB) Após a microfilmagem de documentos de


arquivo, os documentos originais podem ser eliminados, independentemente
de terem valor primário ou secundário.

Resolução

O item está incorreto. Vimos que o fato de estar microfilmado não é


suficiente para determinar se um documento pode ou não ser eliminado. Esse
fato pode até influenciar na decisão por manter ou não um documento, mas
não determina que deva ser eliminado.

(ABIN/2010 – Cespe/UnB) Embora a microfilmagem constitua importante


tecnologia para a redução das massas documentais acumuladas nos arquivos,
a cópia microfilmada de um documento oficial não é reconhecida legalmente.

Resolução

O item está incorreto. Por meio de determinação legal, que veremos


mais adiante, todos os documentos microfilmados têm o mesmo valor legal,
produzindo os mesmos efeitos em juízo ou fora dele, desde que observadas as
normas estabelecidas para o processo.

Aproveito para, mais uma vez, chamar a atenção do candidato para as


duas considerações em que os examinadores mais apostam para eliminar os
candidatos desavisados: os documentos microfilmados têm o mesmo valor
legal que os originais; e o fato de um documento estar microfilmado não é
fator para decidir sobre sua eliminação.

A Lei Federal nº 5.433/68 trata da prática da microfilmagem, instituída


com objetivos de segurança e economia de recursos em meados da década de
50. Esta Lei é bem pequena, razão pela qual daremos mais atenção ao Decreto
nº 1.799/96, que a regulamenta. Vamos a eles então:

A Lei possui apenas seis artigos, do que vou destacar os tópicos mais
importantes:

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Por esta lei, é autorizada a prática da microfilmagem de documentos


oficiais em todo o território nacional.

Os microfilmes e cópias fotográficas obtidas a partir dos filmes produzirão


os mesmos efeitos legais dos documentos originais em juízo ou fora dele.
Muito importante que o candidato tenha isso em mente, pois as bancas sempre
tentam confundir com esse assunto!

Os documentos microfilmados podem ser eliminados ou transferidos para


outro local, desde que haja lavratura de termo, por autoridade competente,
em livro próprio. No caso da eliminação, só podem ser eliminados documentos
microfilmados que não estejam mais em trâmite (tenham sido arquivados) e
que não possuam valor permanente.

A regra é que só podem ser microfilmados documentos que tenham sido


arquivados (não estão mais em trâmite). Contudo, por autorização de
autoridade competente e por excepcional medida de segurança, podem ser
microfilmados documentos ainda em trâmite.

Vamos passar agora pelo Decreto. Ele trata mais de questões da prática
da microfilmagem, que é objeto de estudo do nosso concurso. O mesmo define
as etapas do processo de microfilmagem, que são:

Preparo: aqui é feito o tratamento do documento para a microfilmagem.


Deve ser higienizado, desamassado, retirado todos os grampos e objetos
metálicos, e procedimentos similares.

Microfilmagem: aqui os documentos serão colocados no equipamento


que fará a leitura da imagem. O equipamento e a tecnologia a serem
escolhidos dependerão de vários fatores.

Processamento: aqui começa o processo de visibilidade ao documento


microfilmado. O equipamento utilizado vai trabalhar para gerar uma imagem
do documento.

Duplicação: aqui os microfilmes originais serão copiados, e as cópias


serão guardadas em local diverso por motivo de segurança.

O Decreto define o microfilme como sendo o resultado do processo de


reprodução em filme, de documentos, dados e imagens, por meios fotográficos
ou eletrônicos, em diferentes graus de redução. Muito importante também
levar este conceito para a prova!

A microfilmagem será feita sempre em filme original, com o mínimo de


180 linhas por milímetro de definição, e com garantia de qualidade da imagem,
de segurança e de reprodução do material. É obrigatória a extração de filme
cópia, por motivo de segurança, que deverá ser guardado em local diferente

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do original. E não é permitida a utilização de filmes que sejam atualizáveis,


tanto para a confecção do microfilme original quanto do filme cópia.

Como já dito, a microfilmagem pode ser feita em qualquer grau de


redução, desde que garantida a legibilidade do documento e a qualidade da
reprodução. Em caso de o documento ser maior que o equipamento utilizado
para a microfilmagem (faltar pedaço de documento que não coube na
bandeja), poderá ser feita em etapas, desde que haja repetição de uma parte
da imagem anterior na imagem subsequente, de modo que se possa
identificar, por superposição, a continuidade entre as seções adjacentes
microfilmadas.

As séries de documentos microfilmados deverão constar de imagens de


abertura e de fechamento com os seguintes elementos:

Abertura:

- identificação do detentor dos documentos;


- número do microfilme, se for o caso;
- local e data da microfilmagem;
- registro no Ministério da Justiça;
- ordenação, identificação e resumo da série de documentos a serem
microfilmados;
- menção, quando for o caso, de que a série de documentos a serem
microfilmados é continuação da série contida em microfilme anterior;
- identificação do equipamento utilizado, da unidade filmadora e do grau
de redução;
- nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e assinatura do
detentor dos documentos a serem microfilmados;
- nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável
pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem.

(TJDFT/2008 – Cespe/UnB) A imagem de abertura de cada série de


documentos microfilmados deverá ter os seguintes elementos: grau de
redução e equipamento utilizado.

Resolução

O item está correto. De acordo com o determinado no Decreto, estas são


algumas das informações que devem constar na imagem de abertura do
microfilme.

Fechamento:

- identificação do detentor dos documentos microfilmados;


- informações complementares relativas à identificação dos documentos
microfilmados;

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- termo de encerramento atestando a fiel observância às disposições


legais;
- menção, quando for o caso, de que a série de documentos
microfilmados continua em microfilme posterior;
- nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável
pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem.

A microfilmagem poderá ser realizada por empresas e cartórios


regularmente registradas no Ministério da Justiça e sujeitas a fiscalização deste
quanto aos cumprimentos legais sobre a sua prática. Estas empresas e
cartórios deverão fornecer um documento de garantia, declarando que:

 O processo foi realizado de acordo com as normas legais;


 Responsabilizam-se pelo padrão de qualidade exigido;
 O usuário passa a ser o responsável pelo manuseio e conservação
do microfilme.

Os microfilmes produzidos no exterior somente terão valor legal quando


autenticados por autoridade estrangeira competente, tiverem firma
reconhecida por autoridade consular brasileira, e vierem acompanhados de
tradução oficial.

Os microfilmes deverão observar os prazos de guarda e destinação de


seus documentos originais quando necessários à prestação de contas ou
sujeitos à fiscalização

A empresa ou cartório que incorrer em infração às normas do Decreto


estão sujeitas às penalidades de advertência e suspensão do registro. Em caso
de reincidência, o registro será cassado definitivamente. As penalidades
mencionadas não causam prejuízo a outras sanções penais e civis cabíveis.

(ABIN/2010 – Cespe/UnB) Os documentos microfilmados que


apresentarem imagens ilegíveis, por falha de operação ou por problema
técnico, serão reproduzidos posteriormente, não sendo permitido corte ou
inserção no filme original.

Resolução

O item está correto. Como os filmes não podem ser editáveis, não é
permitido fazer cortes para acrescentar ou retirar. Caso algum documento
tenha ficado fora, deve ser microfilmado em outro filme com as devidas
anotações.

(MPU/2010 – Cespe/UnB) A extração de filme cópia do original e o seu


armazenamento em local distinto do de guarda do original constituem medidas
de segurança obrigatórias.

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Resolução

O item está correto. Tanto a Lei quanto o Decreto determinam que, do


processo de microfilmagem, devem ser produzidos um filme original e uma
cópia, que permanecerão guardados em locais diferentes.

Resolução n° 10

A Resolução nº 10 do CONARQ pode ser tratada como um complemento


da Lei nº 5.433/68, pois determina a aplicação dos símbolos da ISO
9878/1990 no processo de microfilmagem de documentos.

Estes símbolos, ou sinaléticas, como pode aparecer na prova, e seus


significados devem ser decorados pelo candidato. As bancas costumam
mostrar um deles e inverter seus significados, portanto peço atenção ao tratar
desse assunto.

Notem que os símbolos que tratam do início, fim e continuação do rolo


de microfilmes devem ser adotados sempre; e os demais devem ser adotados
conforme a necessidade da situação.

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(MPU/2010 – Cespe/UnB) O símbolo abaixo indica o final do rolo.

Resolução

O item está correto. Esta sinalética informa que o rolo está no fim, e não
há mais imagens que pertença a aquela série microfilmada.

(MPU/2010 – Cespe/UnB) O símbolo a seguir indica existência de texto


ilegível no original.

Resolução

O item está incorreto. Conforme vimos pela norma estudada, esta


sinalética informa que o documento original está com numeração de folhas,
páginas ou datas incorretas.

(MPU/2010 – Cespe/UnB) O símbolo a seguir indica que o documento


não foi reproduzido, na íntegra, no mesmo rolo de microfilme e que, portanto,
continua no próximo rolo.

Resolução

O item está incorreto. Segundo a resolução, esta sinalética informa que


há páginas ou números em falta no documento original.

Resolução nº 14 CONARQ

A Resolução nº 14, já conhecida nossa, trata da implementação do


Código de Classificação de Documentos da Atividade Meio, e a Tabela de
Temporalidade para Documentos da Atividade Meio. Estas ferramentas são de
aplicação obrigatória para todos os órgãos e entidades integrantes do SINAR.

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Cumpre ressaltar que os integrantes do SINAR devem adotar essas


ferramentas como modelo, ou seja, podem elaborar tabelas e códigos
diferentes, mas nos mesmos padrões desta. É o caso de estados e municípios
que possuem um sistema d arquivos e adotam tabelas e códigos que lhes
sejam mais convenientes. Contudo, estas ferramentas estão no mesmo padrão
das ferramentas elaboradas pelo CONARQ.

Tabela de Temporalidade: documentos da atividade meio.

A figura acima é uma parte da Tabela de Temporalidade elaborada pelo


CONARQ. Esta parte retrata os prazos de retenção (lembrar da aula anterior)
para documentos que tratam de assuntos diversos, alem de sua destinação. O
campo observações serve para anotar qualquer fato ou consideração que
interfira ou que seja relevante para a escolha dos prazos ou para a adoção de
outros prazos.

Cito como exemplo o caso de documentos que tratam da compra de


materiais: no geral seu prazo de retenção é de um ano no arquivo corrente,
cinco anos no arquivo intermediário e depois deve ser eliminado. Contudo,
devemos observar que os prazos de retenção podem diferir do determinado se,
por acaso, os materiais comprados forem produtos químicos ou farmacêuticos,
que possuem legislação específica.

Outra consideração é que esta Tabela é dirigida apenas aos documentos


da atividade meio, conforme já dito. Para os documentos da atividade fim cada

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instituição deverá elaborar sua própria Tabela, que deverá ser aprovada pela
entidade arquivística da sua esfera de competência.

Ainda, mesmo que os documentos tenham cumprido seus prazos de


retenção e tenha como destino a eliminação, esta somente ocorrerá com a
autorização da entidade arquivística da sua esfera de competência.

Plano de Classificação: documentos da atividade meio.

Devem notar pela estrutura que o Plano adotado pelo CONARQ é do tipo
ideográfico numérico decimal (lembrem-se da aula anterior, onde estudamos
os métodos de classificação).

Por esta estrutura, no código de classificação as funções, atividades,


espécies e tipos documentais são genericamente denominados assuntos, e

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estão hierarquicamente distribuídos de acordo com temas de que tratam a


instituição. Os assuntos recebem códigos numéricos, os quais refletem a
hierarquia funcional, partindo-se sempre do geral para o particular.

Classe 000
Classe 100
Classe 200
Classe 300
Classe 400
Classe 500
Classe 600
Classe 700
Classe 800
Classe 900

Tomando como referência a classe 000, vamos realizar o seu


desenvolvimento para conhecer as subclasses:

010 – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO


020 – PESSOAL
030 – MATERIAL
040 – PATRIMÔNIO
050 – ORÇAMENTO E FINANÇAS
060 – DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
070 – COMUNICAÇÕES
080 – PESSOAL MILITAR (incluído pela Resolução nº 21)
090 – OUTROS ASSUNTOS DA ADMINISTRAÇÃO GERAL

Continuando seu desenvolvimento, teremos os grupos e subgrupos. Para


exemplo, vamos desenvolver parte da subclasse 010:

CLASSE 000 ADMINISTRAÇÃO GERAL


SUBCLASSE 010 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
GRUPO 012 COMUNICAÇÃO SOCIAL
SUBGRUPOS 012.1 RELAÇÕES COM A IMPRENSA
012.11 CREDENCIAMENTO DE JORNALISTAS

E assim se faz com todos os demais códigos. É importante que saibam:


as classes 000 e 900 foram reservadas à classificação de documentos da
atividade meio; e as classes de 100 a 800 estão reservadas à classificação de
documentos da atividade fim. Cada instituição deve desenvolvê-las conforme
as peculiaridades e necessidades de suas atividades finalísticas, e remeter à
instituição arquivística em sua esfera de competência para aprovação.

Rotinas para a Classificação dos documentos

Os documentos devem passar pelo estudo, que é a leitura de seu


conteúdo para o conhecimento do assunto de que tratam (exceto os sigilosos e
particulares); e pela codificação, que é a atribuição do código referente ao
assunto de que trata o documento. Eis as rotinas para a classificação:

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1. Receber o documento para classificação;


2. Ler o documento, identificando o assunto principal e o(s) secundário(s) de acordo
com seu conteúdo;
3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação de documentos de arquivo,
utilizando o índice, quando necessário;
4. Anotar o código na primeira folha do documento;
5. Preencher a(s) folha(s) de referência, para os assuntos secundários.

Rotinas para o Arquivamento dos documentos

Os documentos, depois de classificados e tramitados, devem ser


arquivados. Passam pelas atividades de inspeção, que consiste em verificar se
o documento destina-se ao arquivamento, se possui anexos e o código de
classificação; e de ordenação, que a reunião de documentos classificados no
mesmo assunto. Eis as rotinas para o arquivamento:

1. Verificar a existência de antecedentes (documentos que tratam do mesmo assunto);


2. Reunir os antecedentes, colocando-os em ordem cronológica decrescente, sendo o
documento com data mais recente em primeiro lugar e assim sucessivamente;
3. Ordenar os documentos que não possuem antecedentes, de acordo com a ordem
estabelecida (cronológica, alfabética, geográfica ou outra), formando dossiês. Verificar a
existência de cópias, eliminando-as. Caso o original não exista, manter uma única cópia;
4. Fixar cuidadosamente os documentos às capas apropriadas com prendedores
plásticos, com exceção dos processos e volumes que, embora inseridos nas pastas suspensas,
permanecem soltos para facilitar o manuseio;
5. Arquivar os documentos nos locais devidos, identificando de maneira visível as
pastas suspensas, gavetas e caixas;
6. Manter reunida a documentação seriada, como por exemplo boletins e atas, em
caixas apropriadas, procedendo o registro em uma única folha de referência, arquivada em
pasta suspensa, no assunto correspondente, repetindo a operação sempre que chegar um
novo número.

Rotinas para Destinação de documentos na fase corrente

1. Ler atentamente as explicações contidas neste instrumento;


2. Verificar se os documentos a serem destinados estão organizados de acordo com os
conjuntos documentais definidos na tabela, procedendo à organização, se for o caso;
3. Observar se o documento se refere a dois ou mais assuntos, pois, neste caso, ele
deverá ser arquivado no conjunto documental que possui maior prazo de guarda ou que tenha
sido destinado à guarda permanente, registrando-se a alteração nos instrumentos de controle;
4. Separar os documentos a serem destinados, verificando se cumpriram o prazo de
guarda estabelecido para esta fase;
5. Eliminar as cópias e vias cujo original ou um exemplar encontrem-se no mesmo
conjunto ou dossiê;
6. Proceder ao registro dos documentos a serem eliminados;
7. Proceder à eliminação;
8. Elaborar termo de eliminação;
9. Elaborar listagem dos documentos destinados à transferência para a fase
intermediária (guias/listagens de transferência);
10. Operacionalizar a transferência, seguindo orientações do setor responsável pelo
arquivamento intermediário.

Rotinas para Destinação de documentos na fase intermediária

1. Ler atentamente as explicações contidas no instrumento;

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2. Verificar se os documentos a serem destinados estão organizados de acordo com os


conjuntos documentais definidos na tabela, procedendo à organização, se for o caso;
3. Separar os documentos a serem destinados, verificando se cumpriram o prazo de
guarda estabelecido para esta fase;
4. Proceder à triagem dos documentos selecionados para a guarda permanente,
separando aqueles que, em relação ao conjunto documental ao qual pertencem, não
constituem elemento de prova e/ou informação que justifique sua guarda;
5. Proceder à alteração de suporte, se for o caso;
6. Proceder ao registro dos documentos eliminados;
7. Proceder à eliminação;
8. Elaborar termo de eliminação;
9. Elaborar listagem dos documentos destinados ao recolhimento (guia/relação/listagem
de recolhimento);
10. Operacionalizar o recolhimento, segundo orientações da instituição arquivística
responsável pela guarda permanente.

Triagem de documentos na fase intermediária

A triagem se confunde com a avaliação, na medida em que ambos os


processos se relacionam à depuração dos documentos de arquivos,
eliminando-se os desprovidos de valor e preservando-se aqueles que o
tenham, seja para fins administrativos ou de pesquisa histórico-científica. A
tabela de temporalidade pode prever a triagem em seu próprio conteúdo
quando assinala que serão preservados apenas exemplares únicos de
documentos repetitivos, ou quando destina conjuntos documentais à
eliminação, uma vez que outros, recapitulativos ou de mesmo teor, já se
encontram preservados.

Contudo, outros critérios de triagem podem ser estabelecidos para


documentos que, embora corretamente classificados, não possuam o mesmo
valor dos demais pertencentes ao conjunto documental, no que concerne ao
conteúdo das informações. Nestes casos, os responsáveis pela destinação dos
documentos em fase intermediária devem realizar a triagem previamente ao
recolhimento, garantindo que o arquivo permanente receba apenas as peças
cujo conteúdo justifique sua guarda do ponto de vista probatório e/ou
informativo.

Caso queiram consultar os documentos na íntegra (o que é muito


recomendado), podem acessar a versão digital disponível no sítio do CONARQ:
www.conarq.arquivonacional.gov.br.

Lei 12.527/11

Esta Lei, que entrou em vigor há poucas semanas, já tem alterado muito
o cenário tanto político quanto administrativo do Estado. Então é fundamental
que a estudem, não só para a Arquivologia, mas para disciplinas como
Atualidades ou Direito. Vamos fazer uma análise dela, mesmo não havendo
questões de prova para orientação. E sugiro também que leiam o o Decreto
7.724/12, que regulamento sua aplicação.
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Garantias do direito de acesso

Em seus artigos 3º, 6º e 7º a Lei não só reafirma o direito constitucional


de todo cidadão a ter acesso a informações públicas, como também o dever do
Estado em garantir esse acesso inclusive com observância de diretrizes e dos
princípios básicos da administração pública.

Regras sobre a divulgação de rotina ou proativa de informações

Nos artigos 8º e 9º, a Lei determina as categorias de informações, os


modos de divulgação e os serviços utilizados para divulgação. As informações
mínimas a serem divulgadas são:

- Registro das competências e estrutura organizacional, endereços e


telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público;
- Registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos
financeiros;
- Registros das despesas;
- Informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os
respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados;
- Dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos
e obras de órgãos e entidades;
- Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

Para divulgar as informações o órgão ou entidade deve utilizar de todos


os meios e ferramentas de que dispuser, especialmente os sites oficiais, que
deverão conter possibilidades de pesquisa, acesso automatizado em sistemas
externos e formatos abertos, garantia de autenticidade e atualização da
informação, canal de comunicação do cidadão com a instituição, e garantia de
acesso por pessoas deficientes.

O acesso a essas informações está assegurado mediante criação de


serviço de informações ao cidadão e realização de audiências ou consultas
públicas, incentivo à participação popular ou a outras formas de divulgação.

Processamento de pedidos de Informação

Em seus artigos de 10 a 14 a Lei trata dos pedidos de informação. Estes


podem ser apresentados por qualquer cidadão, desde que tenha a identificação
do requerente e a especificação da informação solicitada. Os pedidos devem
ser protocolados no órgão ou entidade, e mesmo assim, essas devem oferecer
a alternativa de realização do pedido pelos seus sites oficiais da internet.

Após o recebimento do pedido, o órgão ou entidade deve fornecer o


acesso imediato à informação solicitada, ou fazê-lo em um prazo de no
máximo 20 dias, prorrogável por mais 10 dias com justificativa expressa,
informando ao requerente a data, local e modo para realizar sua consulta,
reprodução ou emissão de certidão.

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O órgão ou entidade deve ainda fornecer meios para que o requerente


pesquise a informação solicitada, bem como comunicar ao requerente caso não
possua a informação solicitada, indicando que instituição ou pessoa a possui, e
o motivo da não autorização para consulta, em caso de documento sigiloso,
dos prazos, condições e indicação de autoridade competente a quem dirigir o
recurso contra a decisão.

O serviço de busca e fornecimento de informações, em regra, é gratuito,


sendo cobrado apenas o valor decorrente de custos de reprodução (energia
gasta, materiais utilizados, ferramentas, etc). Caso a informação esteja em
documento cuja manipulação ofereça risco à sua conservação, pode ser
oferecido o serviço de cópias com certificação, ou caso não seja possível, é
possível solicitar que a reprodução seja realizada por outros meios, às
expensas do requerente e sob supervisão de servidor.

Direito de recurso a recusa de liberação de informação

O recurso contra decisão que negue o acesso à informação solicitada


deve ser realizado em até dez dias, a contar do conhecimento da decisão. Este
recurso deve ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior, que terá o
prazo de cinco dias para apresentar decisão.

Em caso de decisão denegatória neste recurso, o requerente pode


realizar nova interposição de recurso à Controladoria Geral da União, que
também tem o prazo de cinco dias para manifestação.

Exceções ao direito de acesso

Nem todas as informações podem ser acessadas por todos os cidadãos.


Aquelas cujo conteúdo ofereça riscos à sociedade ou ao Estado são
classificadas como sigilosas, e, portanto, tem seu acesso restrito a pessoas
autorizadas.

Informações e documentos sigilosos poderão ser classificados nos


seguintes graus de sigilo:

- Ultrassecreta: até 25 anos;


- Secreta: até 15 anos;
- Reservada: até 05 anos.

Os prazos passam a contar sempre da produção do documento. E vocês


devem se atentar para as seguintes situações:

1 - como alternativa aos prazos citados, podem ser estabelecidos o


acontecimento de fatos específicos como condição para a desclassificação de
um documento sigiloso, desde que observados os prazos máximos. Exemplo:
classifico um documento como reservado, e determino que ele fique assim até
a presidenta escorregue numa casca de banana. Neste caso o documento será
automaticamente desclassificado se a presidenta escorregar na casca de

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banana, ou se atingir o prazo máximo de classificação nesse grau de sigilo (o


que vier primeiro).

2 – mediante provocação ou de ofício, um documento pode ser


reavaliado pela autoridade que o classificou, ou autoridade superior a esta,
para mudança de grau de sigilo, para desclassificação ou mesmo para redução
de prazo, caso em que o novo prazo continua a ser contado da produção do
documento.

Tratamento de Informações Pessoais

Quanto às informações pessoais devem ser tratadas com transparência e


respeito à honra, imagem, intimidade, vida privada, liberdades e garantias
individuais. Essas informações são de acesso restrito somente a agentes
públicos autorizados e às pessoas a que se refiram, ou por estas autorizadas. A
restrição de acesso será por um período de cem anos, a contar da produção do
documento.

A restrição de acesso à informações pessoais não pode ser invocada com


o objetivo de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o
titular das informações estiver envolvido, ou ações voltadas para a
recuperação de fatos históricos de maior relevância.

Responsabilidade dos Agentes Públicos

O agente público estará sujeito a responsabilidade nos seguintes casos:

- Recusar-se a fornecer informação requerida, retardar deliberadamente


o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta,
incompleta ou imprecisa;
- Utilizar indevidamente, subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar
ou ocultar, total ou parcialmente, informação sob sua guarda ou a que tenha
acesso ou conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo,
emprego ou função pública;
- Agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à
informação;
- Divulgar, permitir a divulgação, acessar ou permitir acesso indevido à
informação sigilosa ou informação pessoal;
- Impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou
para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem;
- Ocultar da revisão de autoridade superior competente informação
sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros;
- Destruir ou subtrair documentos referentes a possíveis violações de
direitos humanos por parte de agentes do Estado

Também pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que detiver


informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com a administração
público e deixar de observar os dispositivos legais estará sujeita às seguintes
sanções:
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- Advertência;
- Multa;
- Rescisão do vínculo com o poder público;
- Suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de
contratar com a administração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos;
- Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade.

Os órgãos e entidades públicas, as pessoas físicas ou entidade privada


que, em virtude de vínculo de qualquer natureza com órgãos ou entidades
respondem diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação
não autorizada ou utilização indevida de informações sigilosas ou informações
pessoais, passíveis de responsabilidade.

(TJ-AL/2012 – Cespe/UnB) Assinale a opção em que são apresentadas


informações que não se submetem à Lei de Acesso à Informação brasileira.

a) Informação sobre projetos de pesquisa relacionados ao


desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens,
instalações ou áreas de interesse estratégico nacional.
b) Informação resultante de inspeções, auditorias, prestações e tomadas
de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo
prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
c) Informação contida em registros ou documentos, produzidos ou
acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos
públicos.
d) Informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades,
inclusive as relativas a sua política, organização e serviços.
e) Informação referente à implementação, ao acompanhamento e aos
resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas,
bem como às metas e aos indicadores propostos.

Resolução

De acordo com a Lei, não se aplica suas determinações sobre


informações referentes a projetos de pesquisa, desenvolvimento científico ou
tecnológico, e sobre sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse
estratégico. Isso por que esses documentos, apesar de não serem sigilosos,
podem causar grandes prejuízos caso sejam divulgados indevidamente. Além
disso, por se tratar de interesse estratégico, essas informações devem ser de
conhecimento do menor número de pessoas possível. Portanto a alternativa
correta é a de letra “A”.

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Exercícios

01 - (STM/2011 – Cespe/UnB) O ano é a unidade de tempo utilizada na


tabela de temporalidade de documentos de arquivo do CONARQ.

02 - (Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) Aos órgãos e entidades que


adotarem o código de classificação da área-meio do Conselho Nacional de
Arquivos (CONARQ) cabe proceder o desenvolvimento das classes relativas às
suas atividades específicas ou atividades-fim, as quais devem ser aprovadas
pela instituição arquivística pública federal.

03 - (ANTAQ/2009 – Cespe/UnB) Organizadas sob a forma de sistema,


as atividades de gestão de documentos no âmbito da administração pública
federal fazem parte do Sistema de Serviços Gerais (SISG).

04 - (MTE/2008 – Cespe/UnB) O MTE tem total autonomia para lidar


com seus arquivos, pois, no Brasil, não existe ainda uma política nacional que
oriente os órgãos e entidades da administração pública federal com relação a
arquivos.

05 - (EBC/2011 – Cespe/UnB) Nos acervos arquivísticos, as unidades de


acondicionamento devem ser armazenadas em mobiliário adequado, como
mapotecas e estantes de madeira e de metal.

06 - (MDS/2006 – Cespe/UnB) A lei determina que os órgãos públicos


têm a obrigação de fornecer, a qualquer cidadão que solicitar, as informações
contidas em documentos de arquivo que forem do interesse particular do
solicitante ou que representem interesse geral da sociedade, excetuadas
aquelas consideradas sigilosas, cujo sigilo foi estabelecido porque tais
informações podem afetar a segurança da sociedade e do Estado ou violar a
intimidade, a honra, ou a imagem das pessoas.

07 - (MS/2010 – Cespe/UnB) Para os documentos considerados de


guarda permanente, a microfilmagem pode ser utilizada como uma maneira de
preservar o original, sem eliminá-lo.

08 - (ANTAQ/2009 – Cespe/UnB) Na microfilmagem, pode ser utilizado


qualquer grau de redução, devendo o armazenamento do filme original ser
feito em local diferente daquele em que se encontra o respectivo filme-cópia.

09 - (EBC/2011 – Cespe/UnB) Elevados índices de umidade relativa e de


temperatura no ambiente de um acervo constituem condições propícias para a
infestação de cupins nesse acervo.

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10 - (MPU/2010 – Cespe/UnB) O símbolo abaixo significa documento


original em cores.

11 - (MPU/2010 – Cespe/UnB) É proibida a utilização de filmes


atualizáveis para confecção de microfilme original, visto que tais filmes devem
ser utilizados exclusivamente para extração de cópias.

12 - (MPU/2010 – Cespe/UnB) Emprega-se o símbolo seguinte para


indicar ausência de partes do documento ou de documentos inteiros no
conjunto microfilmado.

13 - (MPU/2010 – Cespe/UnB) Qualquer documento original, oficial ou


público pode ser eliminado após ser microfilmado e autenticado.

14 - (MPU/2010 – Cespe/UnB) Utiliza-se o símbolo abaixo para indicar o


início do rolo.

15 - (TRE-ES/2010 – Cespe/UnB) De acordo com a legislação em vigor,


o original do documento permanente microfilmado não pode ser eliminado.

16 - (ABIN/2010 – Cespe/UnB) O Conselho Nacional de Arquivos,


formulador da política nacional de arquivos, é o órgão central do SIGA.

17 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) A implantação de uma política de


gestão de documentos em um órgão público tem por objetivo a produção, a
manutenção e a preservação de documentos confiáveis, autênticos, acessíveis
e compreensíveis.

18 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) O programa de gestão de documentos


deve ter como base uma política arquivística e a designação de
responsabilidades, além de estar alinhado com a missão institucional e a
legislação arquivística em vigor.

19 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) Uma das competências do Conselho


Nacional de Arquivos é subsidiar a elaboração de planos nacionais de
desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da política nacional de
arquivos públicos e privados.

20 - (Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) A Constituição Federal e a lei que


determina a política nacional de arquivos garantem que todo cidadão tem
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direito de acesso a informações que sejam de seu interesse particular, ou que


sejam de interesse geral da sociedade, contidas em documentos de arquivos
dos órgãos públicos. Assim, a administração pública tem a obrigação de
permitir a consulta aos documentos, ou fornecer as informações solicitadas.

21 - (STM/2011 – Cespe/UnB) O Sistema Nacional de Arquivos tem


como finalidade implementar a política nacional de arquivos públicos e
privados.

22 - (ANEEL/2010 – Cespe/UnB) As áreas de pesquisa, de trabalho e de


depósito devem receber o mesmo tratamento no que concerne às condições
climáticas.

23 - (TRT-21/2011 – Cespe/UnB) Para a implementação da Política


Nacional de Arquivos Públicos, criou-se o Sistema Nacional de Arquivos
(SINAR), que tem por objetivos a gestão, a preservação e o acesso aos
documentos de arquivos exclusivamente públicos, sem se estender aos
arquivos privados.

24 - (TRE-ES/2010 – Cespe/UnB) A elaboração da política nacional de


arquivo compete ao Sistema Nacional de Arquivo.

25 - (TJ-ES/2011 – Cespe/UnB) Na reclassificação dos documentos com


grau de sigilo, o novo prazo de duração é contado a partir da data de produção
do dado ou informação.

26 - (MPU/2010 – Cespe/UnB) O direito de receber informações dos


órgãos públicos é restrito, pois não se aplica àquelas cujo sigilo seja
imprescindível para a segurança da sociedade e do Estado.

27 - (MPU/2010 – Cespe/UnB) O SIGA tem como objetivo garantir ao


cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública federal o acesso
aos documentos de arquivo e às informações neles contidas, preservando os
aspectos de sigilo e as restrições administrativas ou legais.

28 - (MPU/2010 – Cespe/UnB) Além dos arquivos do Poder Executivo, do


Legislativo e do Judiciário, também integram o Sistema Nacional de Arquivos
(SINAR), mediante acordo ou ajuste com o Conselho Nacional de Arquivos
(CONARQ), os arquivos de pessoas físicas e jurídicas de direito privado.

29 - (Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) No código de classificação


recomendado pelo CONARQ, é proposta a utilização de uma classificação por
assuntos, a fim de agrupar os documentos sob um mesmo tema, que deve
servir de base para a recuperação da informação e para todas as demais
tarefas arquivísticas, por serem realizadas com base no conteúdo do
documento.

30 - (Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) O resultado da avaliação é um


instrumento conhecido como tabela de temporalidade. Segundo o CONARQ, é

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indispensável que a estrutura da tabela contenha um campo para o assunto,


onde devem aparecer os conjuntos documentais relativos a um mesmo tema,
um campo para registrar os prazos de guarda em cada fase do ciclo vital e um
campo para palavras-chave, que permite agilizar a localização dos elementos
na tabela.

31 - (Serpro/2008 – Cespe/UnB) Em um órgão público federal, quando


há, na Tabela de Temporalidade, a indicação para eliminação de documentos,
os funcionários elaboram uma lista dos documentos a serem destruídos,
encaminham-na para análise no Congresso Nacional e, uma vez aprovada a
eliminação naquela instância, deverá ser sancionada pelo presidente da
República, para que possa ser executada.

32 - (TSE/2012 – Consulplan) Considerando a autonomia entre os


Poderes da República em seus diferentes níveis de atuação, pode-se afirmar
sobre a Lei nº 12.527 promulgada pela Presidente Dilma Russeff, em 18 de
novembro de 2011, que regula o acesso aos documentos de arquivo e revoga,
não apenas a Lei nº 11.111/2005, mas também alguns dispositivos da Lei nº
8.159/1991, que

a) não se aplica ao Tribunal Superior Eleitoral.


b) não se aplica ao Poder Judiciário.
c) é exclusiva ao Poder Executivo Federal.
d) se aplica aos três poderes da República.

33 - (TRT-6/2012 – FCC) De acordo com a Lei no 12.527, de 18 de


novembro de 2011, a qualidade da informação coletada na fonte, com o
máximo de detalhamento possível, sem modificações, é identificada como

a) objetividade.
b) autenticidade.
c) integridade.
d) primariedade.
e) disponibilidade

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Gabarito

Item Resposta Comentário


01 Certo Os prazos de guarda dos documentos sempre serão expressos em anos.
Deve ser aprovada pela instituição arquivística pública da respectiva esfera de
02 Errado competência.
03 Errado As atividades de gestão de documentos estão organizadas no SINAR.
04 Errado O MTE deve seguir as diretrizes do CONARQ, pois existe a política arquivística.
Não é permitido o uso de mobiliários de madeira, pois esta apodrece, favorecendo a
05 Errado aparição de microrganismos, além de ser combustível em caso de incêndios.
06 Certo É direito de todo cidadão, estabelecido na Constituição e na Lei de Arquivos.
Os documentos de guarda permanente não podem ser eliminados, mesmo os
07 Certo microfilmados.
É o que determina a Lei: obrigação de extração de filme cópia e guarda em local
08 Certo diferente do original.
Um ambiente nessas condições favorece o aparecimento não só de cupins, mas
09 Certo também de outros insetos, além de interferir diretamente no estado dos suportes.
10 Certo A sinalética deve ser utilizada quando o documento original for colorido.
11 Errado O filme atualizável não pode ser utilizado para a extração de cópia.
12 Errado Esta sinalética dever ser utilizada para indicar que o documento está deteriorado.
O fato de estar microfilmado não é suficiente para determinar a eliminação ou não
13 Errado de documentos.
14 Certo Esta sinalética deve ser utilizada para indicar o início de uma série microfilmada.
15 Certo Documentos permanentes jamais podem ser eliminados.
O Conselho Nacional de Arquivos é órgão central do Sistema Nacional de Arquivos –
16 Errado SINAR.
A finalidade da Gestão de Documentos é garantir a função primordial do arquivo:
17 Certo proteger os documentos
O arquivo deve subsidiar a administração, e por isso deve estar alinhada com a
18 Certo instituição.
O CONARQ deve cuidar de todas as diretrizes que se refiram à Política Nacional de
19 Certo Arquivos.
A administração pública tem o dever de zelar pelos documentos e atender aos
20 Certo cidadãos em seus acessos.
É dever do CONARQ definir e do SINAR implementar as diretrizes da Política
21 Certo Nacional de Arquivos.
As áreas de depósitos devem oferecer condições climáticas favoráveis aos
22 Errado documentos; e as áreas de pesquisa, ao trânsito e permanência de pessoas.
23 Certo O SINAR deve atender às entidades privadas que compõem sua estrutura.
24 Errado A elaboração da política nacional de arquivo compete ao CONARQ.
Os prazos para documentos sigilosos sempre são contados da data de sua
25 Certo produção.
26 Certo É um direito condicionado à natureza do assunto e ao interessado direto.
27 Certo O SIGA deve garantir e controlar o acesso aos documentos públicos.
É possível que entidades privadas e pessoas físicas integrem o SINAR por acordo
28 Certo firmado com o CONARQ.
O Código do CONARQ agrupa todos os documentos por assunto, pois considera a
29 Certo sua informação.
A Tabela deve conter um campo para assunto, um para os prazos e um para
30 Errado observações gerais.
A eliminação deve ser aprovada pela instituição arquivística na respectiva esfera de
31 Errado atuação.
32 “D” Deve ser observada por todos os Poderes, em todas as Esferas.
33 “D” Qualidade determinada no artigo 4º, inciso IX da referida Lei.

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E assim terminamos nossa aula.

E concluindo esta aula, terminamos também com o conteúdo pedido no


edital! Então vocês estão muito preparados para fazer este concurso.

Mais uma vez informo que a quantidade de questões de Arquivologia em


provas não é tão grande, o que nos obriga a utilizar questões mais antigas.
Ainda, no caso da Lei 12.527/11, somente em um concurso da banca apareceu
uma questão sobre ela, e ainda em modalidade diferente (múltipla escolha)
daquela que devemos estudar. Portanto não estranhem a presença de
questões assim nesta aula, pois são as únicas que temos sobre o assunto.
Também não são muito comuns questões que tratem de “Armazenamento e
Acondicionamento”, mas observem que não é um conteúdo difícil.

Por todos esses motivos eu recomendo e peço a vocês que estudem o


máximo possível esses assuntos, em especial a Lei 12.527/11, pois ainda é um
“campo inexplorado” e pode trazer muitas surpresas. Analisem questões
(mesmo que de outras bancas) e anotem todas as suas dúvidas.

Espero que tenham gostado, aprendido muito e, principalmente, que


tenham percebido o quanto esta disciplina é importante para sua aprovação!

Foi uma imensa satisfação acompanhá-los nessa jornada, e de ajudá-los


na conquista de seu sonho. Apesar de ser uma despedida, não pensem que os
deixarei tão cedo. Estarei ainda disponível no fórum e no e-mail:
mayko@pontodosconcursos.com.br.

Desejo muito sucesso, muitas felicidades e muita força para continuar


sua luta. Que sua Páscoa seja muito abençoada!

Um forte abraço a todos, ótimo feriado, bons estudos e boa sorte!

Prof. Mayko Gomes


Março/2013

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Exercícios Resolvidos na Aula

(TRT-21/2010 – Cespe/UnB) A definição dos gêneros documentais é


importante para estabelecer o tipo de armazenamento necessário para a
preservação dos documentos.

Item correto.

(TJDFT/2008 – Cespe/UnB) O acondicionamento é uma das etapas do


planejamento de conservação preventiva de documentos.

Item correto.

(Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) Segundo a lei em questão, a gestão de


documentos compreende o conjunto de procedimentos e operações técnicas
referentes a produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de
documentos em fase corrente e intermediária, visando à sua eliminação ou
transferência para guarda permanente.

Item incorreto.

(Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) O Sistema Nacional de Arquivos (SINAR),


órgão vinculado ao Arquivo Nacional, representa, no Brasil, o CONARQ.

Item incorreto.

(ABIN/2010 – Cespe/UnB) São órgãos setoriais do SIGA as unidades


responsáveis pela coordenação das atividades de gestão de documentos de
arquivo nos ministérios e órgãos equivalentes.

Item correto.

(ABIN/2010 – Cespe/UnB) Incluem-se entre as competências dos órgãos


seccionais do SIGA a coordenação da elaboração do código de classificação de
documentos de arquivo e o acompanhamento de sua aplicação.

Item correto.

(Correios/2011 – Cespe/UnB) Após a microfilmagem de documentos de


arquivo, os documentos originais podem ser eliminados, independentemente
de terem valor primário ou secundário.

Item incorreto.

(ABIN/2010 – Cespe/UnB) Embora a microfilmagem constitua importante


tecnologia para a redução das massas documentais acumuladas nos arquivos,
a cópia microfilmada de um documento oficial não é reconhecida legalmente.

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA PARA MPU
CARGO TÉCNICO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS
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Item incorreto.

(TJDFT/2008 – Cespe/UnB) A imagem de abertura de cada série de


documentos microfilmados deverá ter os seguintes elementos: grau de
redução e equipamento utilizado.

Item correto.

(ABIN/2010 – Cespe/UnB) Os documentos microfilmados que


apresentarem imagens ilegíveis, por falha de operação ou por problema
técnico, serão reproduzidos posteriormente, não sendo permitido corte ou
inserção no filme original.

Item correto.

(MPU/2010 – Cespe/UnB) A extração de filme cópia do original e o seu


armazenamento em local distinto do de guarda do original constituem medidas
de segurança obrigatórias.

Item correto.

(MPU/2010 – Cespe/UnB) O símbolo abaixo indica o final do rolo.

Item correto.

(MPU/2010 – Cespe/UnB) O símbolo a seguir indica existência de texto


ilegível no original.

Item incorreto.

(MPU/2010 – Cespe/UnB) O símbolo a seguir indica que o documento


não foi reproduzido, na íntegra, no mesmo rolo de microfilme e que, portanto,
continua no próximo rolo.

Item incorreto.

(TJ-AL/2012 – Cespe/UnB) Assinale a opção em que são apresentadas


informações que não se submetem à Lei de Acesso à Informação brasileira.
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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA PARA MPU
CARGO TÉCNICO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS
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a) Informação sobre projetos de pesquisa relacionados ao


desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas,
bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional.
b) Informação resultante de inspeções, auditorias, prestações e tomadas
de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo
prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
c) Informação contida em registros ou documentos, produzidos ou
acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos
públicos.
d) Informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades,
inclusive as relativas a sua política, organização e serviços.
e) Informação referente à implementação, ao acompanhamento e aos
resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas,
bem como às metas e aos indicadores propostos.

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