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14/5/2014 FILME B

Boletim Filme B
Ano 17 - semana 10 - 06/03/2014 - Edição 850

Pesquisa aponta preferências dos cariocas


por Beatriz Leite

A RioFilme promoveu um encontro no Rio, na última quarta-feira, dia 26 de fevereiro, para divulgar os
resultados da pesquisa Cinema – O Que os Cariocas Querem Ver, elaborada pela empresa de consultoria
cultural JLeiva Cultura & Esporte. O evento, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado
do Rio de Janeiro (Firjan), no Centro, contou com a presença de nomes da indústria num debate
acalorado sobre o panorama atual e futuro do cinema nacional, com ênfase na produção carioca. Os
convidados da mesa mediada por Adrien Muselet eram o presidente da Riofilme e secretário municipal de
Cultura, Sergio Sá Leitão, Bruno Wainer , da Downtown Filmes, o produtor Rodrigo Teixeira e Paulo Sérgio Almeida,
diretor da Filme B.

Para elaborar a pesquisa, foram entrevistados 1.500 moradores, a partir de 12 anos, de variados níveis
socioeconômicos e de todas as regiões da cidade. Entre as conclusões do estudo, estão a de que os
gêneros preferidos dos consumidores de cinema são aventura/ação (45%) e comédia (42%). Segundo os
dados apresentados, a produção nacional tem privilegiado o drama, que não está entre os gêneros com
maior interesse dos entrevistados.

Sergio Sá Leitão abriu a discussão afirmando que o resultado da pesquisa é o reflexo de políticas
públicas voltadas apenas para o interesse dos realizadores, o que gera um evidente desequilíbrio entre o
que está sendo produzido e o que o público deseja assistir. Bruno Wainer, por sua vez, destacou que,
assim como o mercado internacional, onde o gosto do público é respeitado, o Brasil está na direção
certa. “Aos poucos vamos entregando o que o público deseja”, completou.

A questão da pluralidade dos gêneros permeou grande parte do debate. Foi consenso que diversificar é
preciso, mas sem abandonar as raízes da produção nacional. “A comédia é um gênero confiável, o
brasileiro gosta e sabe fazer. Ela veio para ficar, até quando não se sabe, mas temos pelo menos mais
cinco anos pela frente”, afirmou Paulo Sérgio Almeida. Ele destacou ainda que a competição que os
dramas nacionais enfrentam dos internacionais é muito maior que aquela vivida pelas comédias. “No
drama ainda há a concorrência com os melhores diretores do mundo, como Woody Allen e Pedro
Almodóvar”.

A possibilidade de ampliar os tipos de filmes produzidos esbarra em questões econômicas, apontou Sá


Leitão. “Filmes de ação ou drama demandam orçamentos maiores. No Brasil existe uma dificuldade de
conseguir produzir filmes mais caros, que custem mais de R$ 4 milhões ou R$ 5 milhões”, afirmou. “Um
filme desses gêneros, quando consegue captar, não pode errar”, concordou Wainer.

No final da discussão, Rodrigo Teixeira salientou que uma das dificuldades do filme nacional está na
exibição. “Muitos exibidores não querem exibir os filmes nacionais. O exibidor quer o filme em que ele
tem certeza que irá ganhar dinheiro”. Paulo Sérgio Almeida rebateu afirmando que “o mercado é que

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deve tornar o produto algo de prestígio. A imagem do filme brasileiro melhorou muito desde o início da
RioFilme”.

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