por
John Piper
21 de julho de 1986
1) Lucas 16.18 nos diz que todo novo casamento após o divórcio
é adultério
Lucas 16.18: Qualquer que deixa sua mulher, e casa com
outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo
marido, adultera também.
1.1) Este verso mostra que Jesus não reconhece o divórcio como
o término de um casamento aos olhos de Deus. A razão para o
segundo casamento ser chamado de adultério é porque o
primeiro é considerado ainda válido. Assim, Jesus está tomando
uma posição contra a cultura judaica, em que considerava-se
que todo divórcio levava ao direito de um novo casamento.
Mateus 5.32: Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar
sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela
cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete
adultério.
4.4) Eu assumo que, uma vez que uma esposa inocente que é
divorciada comete adultério quando ela casa-se novamente,
segue-se que uma esposa culpada que casa-se novamente após
o divórcio torna-se muito mais culpada. Se alguém argumentar
que esta esposa culpada é livre para casar-se novamente,
enquanto a inocente que foi repudiada não é, já que o adultério
da culpada quebrou o relacionamento de “uma só carne”, então
esta pessoa deve colocar-se na inconveniente posição de dizer à
divorciada inocente que “se agora você cometer adultério, será
lícito você casar-se novamente”. Isto parece ser errado por pelo
menos duas razões.
5.1) Quando Paulo diz que esta ordem não é sua, mas do
Senhor, eu acredito que ele quer dizer que está ciente de um
específico dito do Jesus histórico que trata desta questão. Como
prova, estes versos parecem-se muito com Marcos 10.11-12,
porque é destinado tanto ao marido quanto à esposa. Além
disso, o novo casamento parece ser excluído do verso 11, da
mesma forma que é excluído em Marcos 10.11-12
Romanos 7.1-3: Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que
sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o
tempo que vive? 2 Porque a mulher que está sujeita ao marido,
enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o
marido, está livre da lei do marido. 3 De sorte que, vivendo o
marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas,
morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se
for de outro marido.
7.3) Jesus não está dizendo que alguns de seus discípulos têm
a habilidade de obedecer este casamento de não casar-se
novamente e outros não. Ele está dizendo que a marca de um
discípulo é que eles receberão um dom de contigência,
enquanto não-discípulos não. A evidência para isto é que 1) o
paralelo entre Mateus 19.11 e 13.11; 2) O paralelo entre Mateus
19.12 e 13.9,43 e 11.15; e 3) o paralelo entre Mateus 19.11 e
19.26.
9.1) Existem muitas razões para que a frase “não está sujeito à
servidão” não deveria ser construída para significar “é livre para
casar-se novamente”
Conclusão e Aplicação