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RESENHA: Popper, “A ciência da pesquisa ciêntífica”

Eziel G. de Oliveira

Em sua publicação do livro “A ciência da pesquisa científica”, Popper busca


apresentar a proposta de análise de métodos para a prova dedutiva, assim, o
autor rejeita a lógica indutiva das denominadas ciências empíricas como
método científico válido. A ciência empírica teria como intuito representar o
mundo das experiências e observações humanas, no entanto, o autor entende
que enunciados singulares produzidos a partir da experiência são logicamente
inadmissíveis para a elaboração de teorias.

Para Popper, um critério indispensável a todo sistema científico é a sua


condição de falseabilidade. A fórmula lógica para a validação científica é o
teste (prova empírica) e a possibilidade de sua refutação. Defende que o
sistema capaz de representar o mundo da experiência deve admitir a aplicação
do método dedutivo, sendo submetido a provas e resistindo a tais provas.

O método empírico adequado seria aquele que exclui maneiras de evitar a


falseabilidade. As maneiras de escapar a falseabilidade seriam o maior critério
do método empírico. Desse modo, indispensável a todo sistema científico seria
sua condição de ser passível a falseabilidade. A fórmula lógica para a
validação científica seria o teste (prova empirica) e a possibilidade de sua
refutação.

Popper faz crítica direta aos “positivistas” ao assumir que a ciência empírica se
satisfaz com critérios de verificabilidade. A falseabilidade seria um critério
científico muito superior ao questionável princípio “positivista” de
verificabilidade empírica. Ao invés de buscar salvar um sistema teórico, a
busca deveria ser por meio do critério de teste encontrar a melhor dentre as
teorias disponíveis. Por mais que as teorias nunca sejam inteiramente
verificáveis ou justificáveis, toda teoria de pretensão científica deveria ser
submetida a prova. Em síntese, Popper afirma que o critério de objetividade
científica depende da submissão ao teste.

Popper traz o desenvolvimento do método dedutivo hipotético a partir da


premissa de que a elaboração de uma teoria não tem como base a observação
indutiva da natureza, e sim pela busca de uma hipótese científica e a partir de
testes validá lo ou não. A principal prática científica seria sistematizar
elementos para falsificar a teoria anterior. O erro seria o motor da ciência. A
consistência de uma teoria dependeria dela ser testada pela exposição de seus
possíveis erros. As teorias contemporâneas deveriam buscar sempre falsear
teorias anteriores a elas.
Questionamentos as proposições de Popper

Para Popper o maior exemplo de método objetivo nas ciências sociais se


identifica na economia. Aí sua concepção de método científico se identifica
como sua proposta de método da lógica situacional, um método individualista
onde a ação é resultado de condicionamentos situacionais que são admitidos
pelos contextos institucionais.

Um dos grandes intuitos de Popper foi elaborar uma adequação lógica à


aplicação de enunciados universais nas ciências. No entanto, as proposições
defendidas pelo autor fazem insignificantes ponderações às inúmeras
complexidades que envolveriam a aplicação de enunciados científicos para o
campo dos fenômenos sociais. Primeiramente, é no mínimo insensato afirmar
postulados ou leis gerais para processos históricos como é o desenvolvimento
do que constitui a(s) realidade(s) social.

Popper assume negar a abordagem “positivista” baseada na teorização de


indução empírica (a qual parece não exemplificar pela representação positivista
de nenhuma teoria ou teórico específico), no entanto o mesmo se mostra
dotado de grande postura positivista ao defender fundamentalmente para todo
ramo científico a modelagem e seus procedimentos cuja finalidade é a medição
de relações de causalidade.

Sua proposta, ao se basear em princípios de causalidade, seria pouco


adequada para estudar com maior profundidade os fenômenos do mundo
social, pois estes são caracterizados mais por condições de relacionamentos
simultâneos ou contradições históricas como base para suas manifestações na
realidade.

Popper afirma que em ciência não há enunciado que não admita teste possível
de refutação ou falseamento. Porém, só se pode aplicar testes a partir da
elaboração de uma modelagem estatística que é uma enorme simplificação da
realidade e um método pouco fecundo para lidar com as enormes
complexidades e contradições do mundo social e seus fenômenos. Popper
ignora completamente a dialética ou os movimentos contraditório do real, seu
método fragmenta ou separa fundamentalmente o objeto de estudo de seu
significado e interpretação em relação à totalidade ou conjunto da realidade
social.

Essencialmente Popper aparenta propor apenas a abordagem da forma lógica


e quantitativa para produção científica, em suma, uma ciência da modelagem.
Porém, a modelagem é somente possível a partir da imposição de grandes
premissas. E é justamente no debate ou embate ontológico e epistêmico, não
passível de teste de falseabilidade, que é onde as grandes premissas podem
ser elaboradas e questionadas. Assim, considerando que certos pressupostos
ontológicos e/ou epistêmicos são impossíveis de uma submissão a
testabilidade quantitativa ou refutação empírica, fica evidente os grandes
questionamentos da validade ou utilidade das preocupações de Popper para o
estudo dos fenômenos sociais.

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