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RELATÓRIO DE PESQUISA

BOLSA DE PESQUISA – PUIC

Título do Projeto: Avanços e limitações do sistema eleitoral brasileiro


Nome do Proponente: Luiz Henrique Milani Queriquelli
Aluna bolsista: Maely Chaves Pinheiro
Trimestre de referência: 4º trimestre (janeiro-março) – Relatório final
Protocolo de submissão ao CEP ou CEUA(quando houver): -

1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o sistema eleitoral brasileiro sofreu mudanças administrativas significativas. Estas
mudanças, se observadas em um panorama histórico, podem ser vistas como a continuação de um processo
que se iniciou há quase cinco séculos, em 1532, quando se realizaram as primeiras eleições: o chamado
“Voto D'Além Mar”, que, segundo Bicalho (1998, p. 20), "era realizado dentro de uma sociedade corporativa
e conforme a ‘economia moral do dom’.” Naquele momento, o sufrágio ainda não era universal. De lá para
cá, a democracia representativa no Brasil passou por uma série de melhoramentos jurídicos, logísticos e
administrativos, com destaque para as modernizações tecnológicas implementadas nas últimas décadas,
por meio das quais os eleitores passaram a utilizar as urnas eletrônicas para eleger seus representantes
(SANTIAGO, 2012).
Contudo, a gestão do sistema eleitoral, desde o ano 2000, tem passado por outra onda de inovações, com o
intuito de aperfeiçoar o sistema e melhorar as leis que o regulam. Uma dessas inovações é a urna eletrônica
com identificação biométrica, que garante a identidade do eleitor por meio das impressões digitais; outra
delas é o voto impresso, regulado pelo Art. 1o da Lei no 10.408, de Janeiro de 2002: “a urna eletrônica
disporá de mecanismos que permitam a impressão do voto, sua conferência visual e depósito automático,
sem contato manual, em local previamente lacrado, após conferência pelo eleitor.” Esta última inovação
vem a ser uma segunda garantia ao eleitor, para o caso de perda ou manipulação eletrônica dos dados.
Entretanto, tais inovações não ficaram livres de polêmicas sobre sua confiabilidade e sobre os reais ganhos
que isso trará ao processo democrático (cf. CASTILHO, 2006; NEISSER, 2016). Além disso, atualmente vemos
uma grande pressão da sociedade civil para aumentar os canais de participação direta em democracias
representativas como a nossa e para aperfeiçoar aqueles já consolidados e constitucionalizados, como o
voto.
Embora haja bons estudos, como os de Rodrigues (2001) e Maciel (2010), que tentaram avaliar o
desenvolvimento do sistema eleitoral brasileiro sob os pontos de vista histórico e legal respectivamente, a
área dos estudos eleitorais ainda carece de pesquisas cujo propósito seja avaliar cientificamente os avanços
do nosso sufrágio, recorrendo a estratégias metodológicas alternativas à pesquisa documental. Por isso,
cremos que uma pesquisa que venha a somar esforços nesse sentido, explorando outras perspectivas

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avaliativas, recorrendo por exemplo à empiria de forma complementar à teoria sufragística doutrinária, seja
oportuna diante do atual contexto.
Assim, diante dessa lacuna no campo de pesquisa aqui situado, nesta pesquisa propomos, como problema
de pesquisa, a mensuração dos avanços ao processo democrático trazidos pelas recentes inovações no
sistema eleitoral brasileiro. Tal problema foi abordado a partir dos seguintes objetivos.

OBJETIVOS

Geral
Avaliar as recentes inovações por que o sistema eleitoral passou nos âmbitos jurídico, administrativo e
logístico, em termos de benefícios efetivos ao processo democrático.

Específicos
 Mapear as principais mudanças implementadas no sistema eleitoral brasileiro nas últimas quatro
décadas.
 Levantar justificativas e críticas às recentes inovações (implementadas ou previstas legalmente) do
nosso processo eleitoral, a partir da perspectiva de: o eleitores;o gestores do TSE;o cientistas
políticos;o candidatos a cargos políticos; o especialistas em informática; o especialistas em logística.
 Analisar pontos falhos remanescentes no processo apesar das inovações.
 Elaborar um dossiê, com uma agenda de desafios a serem superados, pontos críticos e propostas de
solução.

METODOLOGIA
A pesquisa aqui projetada se caracteriza como uma pesquisa do tipo “exploratória”, que tem como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o objeto de estudo e é utilizada quando o pesquisador não
encontrou na literatura um grande acúmulo de conhecimentos gerados sobre o objeto de estudo eleito.
A população de estudo desta pesquisa envolverá 60 participantes selecionados na comunidade onde reside
a pesquisadora (Brasília-DF). Esta população será composta de 10 eleitores; 10 gestores do TSE; 10
cientistas políticos; 10 candidatos a cargos políticos; 10 especialistas em informática; e 10 especialistas em
logística.
A abordagem do problema será predominantemente qualitativa. Quanto aos procedimentos usados, em um
primeiro momento será feita uma pesquisa bibliográfica, para aprofundamento da revisão de literatura, e
uma pesquisa documental, para aprofundamento sobre a legislação, a fim de mapear as inovações
ocorridas no sistema eleitoral nas últimas quatro décadas. Em um segundo momento, por meio de um
questionário, procederemos entrevistas com os sujeitos acima caracterizados, a fim de auferir críticas e
aprovações em relação ao atual sistema eleitoral brasileiro, especialmente em relação ao voto eletrônico, à
identificação digital e ao voto impresso.

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2 APROFUNDAMENTO DO REFERENCIAL TEÓRICO
Reiterando o exposto na introdução, em nosso projeto, propusemos responder a seguinte pergunta central:
em que medida as recentes inovações no sistema eleitoral brasileiro representa avanços ao processo
democrático? Para isso, propusemos, em primeiro lugar, mapear as principais mudanças implementadas no
sistema eleitoral brasileiro nas últimas quatro décadas, o que será apresentado na seção 2.1 deste relatório.

Em segundo lugar, nos dispusemos a levantar justificativas e críticas às recentes inovações (implementadas
ou previstas legalmente) do nosso processo eleitoral, a partir da perspectiva de: eleitores; gestores do TSE;
cientistas políticos; candidatos a cargos políticos; especialistas em informática; e especialistas em logística.
No caso desse segundo objetivo, entendemos que ainda falta justificar o porquê da escolha desses sujeitos
de investigação (eleitores; gestores do TSE; cientistas políticos; candidatos a cargos políticos; especialistas
em informática; e especialistas em logística) e não outros, e por que estamos utilizando a metodologia de
avaliação 360º a esse tipo de objetivo. Os resultados desse trabalho estão expostos na seção 2.2 deste
relatório.

2.1 MAPEAMENTO DAS PRINCIPAIS MUDANÇAS IMPLEMENTADAS NO SISTEMA


ELEITORAL BRASILEIRO NAS ÚLTIMAS QUATRO DÉCADAS
A partir de pesquisas realizadas na legislação e em bibliografia específica (AGRA, 2010; MACIE, 2017;
PORTO, 2002; BRASIL, 2014), traçamos a seguinte cronologia das mudanças implementadas no sistema
eleitoral brasileiro nas últimas quatro décadas:

Quadro 1 - Cronologia das recentes mudanças implementadas no sistema eleitoral brasileiro

De 1977 a 1986

Mudanças político-administrativas

Em 1979 restabeleceu-se o pluripartidarismo, iniciou-se a abertura política e extinguiu-se a ARENA e o MDB, dando início a uma
nova sigla partidária, onde dela devia conter a palavra “Partido”- Lei nº 6.767 de 1979.

Em 1980 restabeleceram-se as eleições diretas para governador e senador, eliminando a figura do senador biônico.

Mudanças logísticas

Em 1982, através da lei nº 6.996, foi regulado o processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais.

Em 1985, a lei nº 7.444 trouxe a implantação do processamento eletrônico de dados ao alistamento eleitoral, e a revisão do
eleitorado. Nesse mesmo ano a Emenda Constitucional nº 25 deu aos partidos políticos o direito de liberdade em sua organização,
e a concessão do direito de votar aos analfabetos.

Em 1986 fez-se o recadastramento dos eleitores no modo informatizado e unificado nacionalmente.

De 1987 a 1996

Mudanças político-administrativas

Em 1989 instituiu-se a primeira eleição direta para presidente da República.

Em 1994 foi aprovada a emenda que reduzia o mandato presidencial de 5 para 4 anos.

Em 1995 entra em vigor a lei 9.096, regulamentando a atuação e o funcionamento dos partidos políticos brasileiros e a

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obrigatoriedade de prestação de contas à Justiça Eleitoral dos valores gastos pelos partidos políticos.

Em 1997 foi aprovada a emenda constitucional que permitiu a reeleição de ocupantes do executivo.

O Tribunal Superior Eleitoral, em 1997, estabeleceu a verticalização das coligações partidárias; e, no mesmo ano, estabeleceram-se
normas para as eleições- Lei nº 9.504; passou-se a exigir a prestação de contas das campanhas eleitorais e, na mesma lei, incluiu-
se a ilicitude de captação de sufrágio, ao candidato que doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o
voto, bem ou vantagem de qualquer natureza, sob pena de multa e cessação do registro ou do diploma.

Mudanças logísticas

Em 1996 começou a utilização das urnas eletrônicas nas eleições.

Em 1997 houve a implantação do voto impresso, permitindo ao eleitor conferir o seu voto por intermédio de um visor.

De 1998 a 2007

Mudanças político-administrativas

Em 2006 extinguiram-se os shows artísticos das campanhas eleitorais e de eventos assemelhados- Lei nº 11.300/2006.

Em 2007 entrou em vigor a obrigatoriedade de registro das pesquisas eleitorais. Res.-TSE nº 22.623, de 8.11.2007.

Ainda em 2007 instituiu-se a obrigatoriedade da Fidelidade partidária-Cta 1.407 de 16.10.2007.

Mudanças logísticas

Em 1998 o voto passou a ser informatizado.

Em 2002 foi regulamentado o voto impresso, Lei nº 10.408.

Em 2003 entrou em vigor a Resolução nº 21.538, dispondo sobre o alistamento eleitoral e serviços eleitorais mediante
processamento eletrônico de dados, entre outras disposições. No mesmo ano, surgiu a figura do registro digital do voto, Lei nº
10.740.

De 2008 a 2016

Mudanças político-administrativas

Em 2010 passou a vigorar a Lei da Ficha Limpa- Lei Complementar nº 135/ 2010.

Em 2015 foi votada a minirreforma eleitoral brasileira - Lei nº 13.165 - que promoveu importantes alterações nas regras das
eleições: mudou os prazos para as convenções partidárias e para o tempo de campanha eleitoral; proibiu o financiamento eleitoral
por pessoas jurídicas, mudou o prazo de filiação partidária, o prazo para o registro de candidatos pelos partidos políticos e
coligações nos cartórios; reduziu o tempo da campanha eleitoral, entre outras.

Mudanças logísticas

Em 2008 foi implantado o sistema biométrico de identificação do eleitor, regulamentando, posteriormente, pela Resolução-TSE nº
23.366 de 2011.

Em 2016 o TSE investiu em testes de segurança nas urnas eletrônicas.

Fonte: Elaboração dos autores (2017).

2.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA COM VISTAS A JUSTIFICAR A ESCOLHA DA POPULAÇÃO


DE ESTUDO DA PESQUISA
Conforme apresentamos na metodologia do projeto, decidimos fazer uma avaliação do atual processo
eleitoral brasileiro (com suas recentes inovações), a partir da perspectiva crítica de determinados atores:

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eleitores; gestores do TSE; cientistas políticos; candidatos a cargos políticos; especialistas em informática e
especialistas em logística. No entanto, não justificamos por que escolhemos esses sujeitos e não outros.
Nossa compreensão de que tais sujeitos são atores-chave para podermos entendermos o fenômeno em
questão encontrou eco em, pelo menos, duas perspectivas teóricas.
A primeira corresponde à teoria das redes sociais, instituições e atores políticos, de Marques (2003),
segundo a qual há pelo menos três tipos de atores considerados como principais no tipo de análise à qual
estamos procedendo: “membros da classe política, os capitais envolvidos com a produção concreta de
obras e serviços contratados pelo Estado, e os membros das burocracias do Estado envolvidos direta e
indiretamente com a política.” Ora julgamos que: candidatos a cargos políticos se encaixam no primeiro
tipo; especialistas em informática e especialistas em logística, de algum modo, se encaixam no segundo
tipo, por incluirmos aí os provedores de materiais, equipamentos e serviços necessários ao processo; e
gestores do TSE, cientistas políticos e eleitores se enquadrariam no terceiro tipo, feitas as devidas
adaptações e ressalvas.
A segunda perspectiva teórica que ecoa a compreensão manifestada na metodologia do nosso projeto
corresponde à teoria da avaliação de desempenho 360º, de Lopes et. al. (2007). Essa teoria é geralmente
aplicada a empresas e se resume na seguinte proposta:
A avaliação de desempenho 360º é uma ferramenta de gestão de pessoas que envolve
visões diferentes e feedbacks, prevendo a participação de todas as pessoas que interagem
com o avaliado, tais como: superiores, pares, subordinados, fornecedores, clientes internos
e externos e também uma autoavaliação do participante. [...] A avaliação de desempenho
360º busca identificar possíveis deficiências nas funções e necessidades de treinamentos
e/ou aperfeiçoamento. Busca também apoiar o desenvolvimento profissional individual e
das equipes através de feedbacks com os quais o funcionário terá oportunidade de
conhecer seus pontos fracos de forma a corrigi-los e seus pontos fortes de forma a
potencializá-los. [...] A avaliação de desempenho 360º possui vantagens como: direção para
resultados, maior objetividade e flexibilidade. Também é uma técnica que possui uma
imparcialidade elevada e na qual se prevê continuidade do processo e participação dos
funcionários.

Transpondo os preceitos da avaliação 360º para o nosso caso e considerando que o avaliado é o processo
eleitoral, e não o funcionário de uma empresa, enxergamos diversos pontos de convergência com a nossa
proposta metodológica: envolve visões diferentes e feedbacks, prevendo a participação de todas as pessoas
que interagem com o objeto avaliado; busca identificar possíveis deficiências nas funções e necessidades de
aperfeiçoamento; busca conhecer seus pontos fracos de forma a corrigi-los e seus pontos fortes de forma a
potencializá-los; busca direção para resultados, maior objetividade e flexibilidade; oferece imparcialidade
elevada, na qual se prevê continuidade do processo e participação dos envolvidos.
Além disso, esse tipo de avaliação busca fazer uma análise total dos atores envolvidos e envolve o máximo
de perspectivas possíveis sobre a temática proposta. Gil (2001) aponta o quão importante é este tipo de
avaliação, visto que nela "todos podem participar expondo suas opiniões e avaliando determinada postura."
Assim, consideramos justificada a nossa proposta metodológica e, mais especificamente, a nossa escolha
dos sujeitos da pesquisa.

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3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
A partir do mapeamento das principais mudanças implementadas no sistema eleitoral brasileiro nas últimas
quatro décadas, chegamos a um conjunto de 16 pontos-chave:
1) redução do mandato presidencial de 5 para 4 anos, ocorrida em 1994;
2) obrigatoriedade de prestação de contas à Justiça Eleitoral dos valores gastos pelos partidos
políticos, que entrou em vigor em 1995, com a Lei 9.096;
3) possibilidade de reeleição de ocupantes do executivo, que entrou em vigor em 1997;
4) obrigatoriedade da prestação de contas das campanhas eleitorais, que entrou em vigor em 1997,
com a Lei nº 9.504;
5) extinção dos shows artísticos das campanhas eleitorais, que entrou em vigor em 2006, com a Lei nº
11.300;
6) obrigatoriedade de registro das pesquisas eleitorais, que entrou em vigor em 2007, com a
Resolução do TSE nº 22.623;
7) obrigatoriedade da fidelidade partidária, que entrou em vigor em 2007, com a Consulta 1.407;
8) instituição do voto impresso, que foi regulamentado em 2002, pela Lei nº 10.408;
9) Lei da Ficha Limpa, que entrou em vigor em 2010;
10) proibição do financiamento eleitoral por pessoas jurídicas, que entrou em vigor em 2015, com a Lei
nº 13.165;
11) mudança no prazo de filiação partidária, que entrou em vigor em 2015, com a Lei nº 13.165;
12) mudança no prazo para o registro de candidatos pelos partidos políticos e coligações nos cartórios,
que entrou em vigor em 2015, com a Lei nº 13.165;
13) redução do tempo da campanha eleitoral, que entrou em vigor em 2015, com a Lei nº 13.165;
14) sistema biométrico de identificação do eleitor, regulamentando pela Resolução-TSE nº 23.366 de
2011;
15) sistema biométrico de identificação do eleitor, regulamentando pela Resolução-TSE nº 23.366 de
2011;
16) segurança nas urnas eletrônicas, que recebeu melhorias em 2016.
Assim, mediante um questionário (cf. Anexos), submetemos esses 16 pontos à avaliação daqueles que –
conforme as razões apresentadas em 2.2, julgamos ser os principais atores do processo eleitoral: eleitores;
gestores do TSE; cientistas políticos; candidatos a cargos políticos; especialistas em informática e
especialistas em logística.
O primeiro resultado relevante pode ser observado no Gráfico 1. Ele mostra que, de modo geral,
considerando as perspectivas de todos os sujeitos envolvidos, as recentes reformas no sistema eleitoral são
bem avaliadas. Apenas um quarto das avaliações foram ruins (notas 1 ou 2) ou regulares (nota 3), contra
três quartos excelentes (notas 4 ou 5).

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Gráfico 1 – Avaliação geral das recentes reformas eleitorais

Fonte: Elaboração dos autores (2017).

O Gráfico 2 apresenta uma visão geral do volume das avaliações negativas. Ele mostra que os itens 4 e 17
(reeleição e segurança da urna) foram os que receberam o maior volume de avaliações negativas.

Gráfico 2 – Volume das avaliações negativas

Fonte: Elaboração dos autores (2017).

É importante explicitar, conforme se observa nos Gráficos 3 e 4, que, nessas questões, quem mais mal
avaliou esses itens foram eleitores e especialistas em informática (estes últimos particularmente no item

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segurança da urna). A reeleição, particularmente, é mal-avaliada pela maioria dos eleitores e especialistas
em informática, e por quase metade dos candidatos, mas é bem-avaliada pela grande maioria dos cientistas
políticos.

Gráfico 3 – Avaliação da reeleição

Fonte: Elaboração dos autores (2017).

A segurança das urnas, em contrapartida, é mal-avaliada pela maioria dos eleitores e especialistas em
informática, mas é bem-avaliada por candidatos e cientistas políticos.

Gráfico 4 – Avaliação da segurança das urnas

Fonte: Elaboração dos autores (2017).

O Gráfico 5 oferece uma visão geral das melhores avaliações, mostrando que as questões 3 (contas dos
partidos), 11 (ficha limpa) e 16 (sistema biométrico) foram as que receberam o maior volume de avaliações
excelentes.

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Gráfico 5 – Volume das avaliações positivas

Fonte: Elaboração dos autores (2017).

Por fim, o Gráfico 6 apresenta o volume das avaliações intermediárias, mostrando que as questões 2
(redução do mandato) 13 (prazo de filiação) e 14 (prazo de registro de candidatos) foram as que receberam
o maior volume de avaliações regulares.

Gráfico 5 – Volume das avaliações regulares (intermediárias)

Fonte: Elaboração dos autores (2017).

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3.1 CONFRONTO DOS PRINCIPAIS RESULTADOS COM OUTROS ESTUDOS RECENTES
Em suma, os resultados auferidos a partir das respostas dos participantes da pesquisa apontaram para três
indicativos:
1. os itens “reeleição” e “segurança da urna” foram os que receberam o maior volume de avaliações
negativas;
2. os itens “contas dos partidos”, “ficha limpa” e “sistema biométrico” foram as que receberam o
maior volume de avaliações excelentes; e
3. os itens “redução do mandato”, “prazo de filiação” e “prazo de registro de candidatos” foram as que
receberam o maior volume de avaliações regulares ou indiferentes.
Assim, decidimos confrontar esses resultados com outros estudos recentes, a fim de verificar se eles
coincidem ou divergem do entendimento de outros pesquisadores sobre o nosso problema.
Observamos que a reeleição é mal-avaliada por eleitores e especialistas em informática, mas é
particularmente bem-avaliada por cientistas políticos. Isso coincide com o entendimento de Mainwaring
(1999), segundo o qual a reeleição permite a continuidade de políticas partidárias, ao passo que a
impossibilidade da reeleição e a alta rotatividade de políticos prejudica tal continuidade. Samuels (2000), de
modo semelhante, entende que o principal enigma das eleições do Brasil não é a reeleição, mas a alta taxa
de rotatividade.
A preocupação o item segurança da urna eletrônica, mal-avaliado especialmente por especialistas em
informática, encontrou eco no estudo de Aranha et. al. (2014, p. 117), que apontou as seguintes
fragilidades: proteção inadequada do sigilo do voto, cifração inadequada, utilização de algoritmos
obsoletos, formulação equivocada do modelo de atacante, processo de desenvolvimento defeituoso e
verificação insuficiente de integridade. Essas fragilidades são assim descritas pelos autores:
Proteção inadequada do sigilo do voto: os votos são armazenados fora de ordem, mas é trivial
recuperá-los em ordem a partir unicamente dos produtos públicos de uma eleição e conhecimento
superficial do código-fonte, também de acesso público aos partidos políticos;
Cifração inadequada: a mesma chave criptográfica é utilizada para cifrar as mídias de todas as urnas
eletrônicas. Utilizando a analogia clássica de um cadeado como abstração de técnica criptográfica,
isto é equivalente a proteger meio milhão de cadeados com uma mesma chave, visto ser este o
número aproximado de equipamentos em operação. Além disso, a chave que decifra todas as mídias
é armazenada às claras na porção decifrada das mídias. Utilizando a mesma analogia, isto equivale a
esconder a chave do cadeado embaixo do tapete e confiar no segredo dessa localização como fonte
de segurança;
Utilização de algoritmos obsoletos: a função de resumo criptográfico utilizada não mais oferece a
segurança esperada para sua aplicação em verificação de integridade. Esta aplicação específica da
função escolhida não é mais recomendada há pelo menos 6 anos;
Formulação equivocada do modelo de atacante: há ênfase demasiada no projeto de mecanismos
resistentes apenas a atacantes externos, quando agentes internos representam risco muito maior;
Processo de desenvolvimento defeituoso: práticas inseguras permitem a inserção acidental ou
maliciosa de vulnerabilidades de software, claramente atestando que o processo de
desenvolvimento adotado pelo TSE é imaturo do ponto de vista de segurança;
Verificação insuficiente de integridade: o software da urna eletrônica verifica sua própria integridade
durante o processo de inicialização, mas toda a informação necessária para subverter esse
mecanismo encontra-se armazenada nas próprias urnas eletrônicas, com dificuldades distintas para
um ataque, dependendo da presença do módulo de segurança em hardware. Em urnas sem este

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recurso, o problema de verificação é reduzido a si próprio, sem fonte externa de confiança. Nesse
caso, “software auto-verificável” por assinatura digital equivale a confiar a autenticidade de uma
assinatura de punho em um documento apenas ao testemunho do próprio “autor”, que, assim, pode
se passar por quem quiser.

A avaliação de Aranha et. al. (2014) coincide com a de Andrade (2000), segundo o qual:
Não se pode negar que a urna eletrônica evita a maioria das fraudes, principalmente aquelas feitas
com papel e caneta, nas quais urnas eram ‘engravidadas’ com cédulas falsas, ou votos em branco
eram desviados para certos candidatos. No entanto, a votação totalmente digital deixou abertas
brechas para novos tipos de fraude, estas profissionais, com repercussão muito maior e, o que é pior,
totalmente indetectável.

Andrade (2000) ainda acrescenta que um programa malicioso escondido na própria urna pode fazer com
que o voto guardado na “memória” da urna seja diferente do que foi visto na tela. Pode-se, por exemplo,
fazer inserir nos programas da urna um comando para que, a cada quatro votos para um candidato, um seja
desviado para outro candidato; ou pior: este programa de desvio de votos pode ser programado para se
autodestruir, sem deixar vestígios, às 17 horas do dia da votação, tornando inócua qualquer verificação
posterior nos programas da urna.
Quanto aos itens mais bem-avaliados, observamos que, embora a Lei da Ficha Limpa tenha recebido
avaliações positivas, grande parte dos entrevistados se mostrou insatisfeita com a sua aplicação. Eles
apresentaram reclamações como: “a Lei da Ficha Limpa não funciona na prática”; “essa lei, capitaneada pela
OAB e por órgão da sociedade civil, serve como um elemento para aumentar a insegurança jurídica sobre as
eleições e confundir o eleitor; sem o efeito de barrar candidatos que estejam implicados na justiça”; “a Lei
da Ficha Limpa não funciona como deveria; e que o Tribunal Superior Eleitoral deveria eliminar todas as
candidaturas irregulares, vetando a participação dos candidatos em situação obscura”.
Esse descontentamento dos participantes da pesquisa, que, apesar de aprovar a iniciativa da Lei,
desaprovam sua aplicação, é corroborada pelos estudos de Sadek (2004), Marchetti (2011) e Pereira e
Taylor (2010). Sadek (2004) justifica que esse descontentamento dos eleitores para com a justiça e para com
o cumprimento da lei se dá porque “o Poder Judiciário é visto como lento, caro, difícil de utilizar, parcial e
muitas vezes corrupto.” Marchetti (2011) afirma que a referida Lei exacerbou o processo de judicialização
da competição política, uma vez que adicionou critérios legais à definição da elegibilidade de candidatos.
Direcionou parte da estratégia de competição da tradicional arena legislativa para a arena judicial também.
Pereira e Taylor (2010) atentam para o problema da incerteza que a Lei pode causar, dadas as dificuldades
no processamento das demandas: em 2010 foram mais de 200 recursos ao TSE de políticos que tiveram
suas candidaturas impugnadas em outras instâncias. Destes recursos, o Tribunal havia julgado 164 até o dia
13 dezembro de 2010, tendo acolhido mais de um terço e permitindo a esses políticos cassados tomarem
posse.
Apesar desses problemas, todos consentem que a Lei é positiva, pois resulta da força da sociedade civil no
sentido de reivindicar reformas para promover maior prestação de contas (accountability) e para fortalecer
as instituições de governança eleitoral.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS SUGERIDOS


Os principais resultados obtidos com a conclusão desta pesquisa podem ser sumarizados em três tópicos
principais: (I) identificação das recentes reformas mais relevantes no sistema eleitoral brasileiro; (II) a

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avaliação 360º desses dessas reformas pelos atores envolvidos no processo; e (III) a interpretação dos
resultados dessa avaliação com outros estudos análogos.
Quanto ao primeiro tópico, cabe reiterar aqui que, a partir do mapeamento das principais mudanças
implementadas no sistema eleitoral brasileiro nas últimas décadas, chegamos a um conjunto de 16 pontos-
chave: redução do mandato presidencial de 5 para 4 anos, ocorrida em 1994; obrigatoriedade de prestação
de contas à Justiça Eleitoral dos valores gastos pelos partidos políticos, que entrou em vigor em 1995, com a
Lei 9.096; possibilidade de reeleição de ocupantes do executivo, que entrou em vigor em 1997;
obrigatoriedade da prestação de contas das campanhas eleitorais, que entrou em vigor em 1997, com a Lei
nº 9.504; extinção dos shows artísticos das campanhas eleitorais, que entrou em vigor em 2006, com a Lei
nº 11.300; obrigatoriedade de registro das pesquisas eleitorais, que entrou em vigor em 2007, com a
Resolução do TSE nº 22.623; obrigatoriedade da fidelidade partidária, que entrou em vigor em 2007, com a
Consulta 1.407; instituição do voto impresso, que foi regulamentado em 2002, pela Lei nº 10.408; Lei da
Ficha Limpa, que entrou em vigor em 2010; proibição do financiamento eleitoral por pessoas jurídicas, que
entrou em vigor em 2015, com a Lei nº 13.165; mudança no prazo de filiação partidária, que entrou em
vigor em 2015, com a Lei nº 13.165; mudança no prazo para o registro de candidatos pelos partidos
políticos e coligações nos cartórios, que entrou em vigor em 2015, com a Lei nº 13.165; redução do tempo
da campanha eleitoral, que entrou em vigor em 2015, com a Lei nº 13.165; sistema biométrico de
identificação do eleitor, regulamentando pela Resolução-TSE nº 23.366 de 2011; sistema biométrico de
identificação do eleitor, regulamentando pela Resolução-TSE nº 23.366 de 2011; segurança nas urnas
eletrônicas, que recebeu melhorias em 2016.
Quanto segundo tópico, cabe ressaltar que, das 16 reformas elencadas, os itens “reeleição” e “segurança da
urna” foram os que receberam o maior volume de avaliações negativas, enquanto que os itens “contas dos
partidos”, “ficha limpa” e “sistema biométrico” foram as que receberam o maior volume de avaliações
excelentes.
Quanto ao terceiro tópico, a interpretação dos resultados dessa avaliação com outros estudos análogos,
podemos destacar as seguintes leituras:
a. A reeleição é mal-avaliada por eleitores e especialistas em informática, e isso parece estar
relacionado com a recente depreciação da classe política no Brasil. No entanto, o item foi
particularmente bem-avaliado por cientistas políticos, segundo os quais a reeleição permite a
continuidade de políticas partidárias, ao passo que a impossibilidade da reeleição e a alta
rotatividade de políticos prejudica essa continuidade.
b. A preocupação o item segurança da urna eletrônica, mal-avaliado especialmente por especialistas
em informática, encontrou eco no estudo de Aranha et. al. (2014, p. 117), que apontou fragilidades
técnicas1, e no estudo de Andrade (2000), segundo o qual a votação totalmente digital deixou
abertas brechas para novos tipos de fraude, estas profissionais, com repercussão muito maior e, o
que é pior, totalmente indetectável.
c. Embora a Lei da Ficha Limpa tenha recebido avaliações positivas, grande parte dos entrevistados se
mostrou insatisfeita com a sua aplicação, e esse descontentamento dos participantes da pesquisa é
corroborado pelos estudos de Sadek (2004), Marchetti (2011) e Pereira e Taylor (2010), que

1
Proteção inadequada do sigilo do voto, cifração inadequada, utilização de algoritmos obsoletos, formulação equivocada do
modelo de atacante, processo de desenvolvimento defeituoso e verificação insuficiente de integridade

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discutem a lentidão do Poder Judiciário, a judicialização da competição política e as dificuldades no
processamento das demandas.

4.1 ENCAMINHAMENTOS POSSÍVEIS


Com base nesse conjunto de resultados sumarizados, podemos propor alguns encaminhamentos gerais,
que correspondem às leituras feitas a partir da confrontação da avaliação com estudos análogos.
Primeiro, é preciso reabrir o debate na sociedade civil sobre o sentido do instituto da reeleição,
cientificando os eleitores sobre os riscos da interrupção de políticas de médio e longo prazo, algo
decorrente da alta rotatividade dos políticos.
Segundo, entendemos ser necessário pressionar o TSE e lhe cobrar respostas quanto às fragilidades
securitárias da urna eletrônica.
Por fim, também acreditamos ser conveniente fomentar o debate sobre alternativas aos impasses da
operacionalização da Lei da Ficha Limpa: a lentidão do Judiciário, a judicialização da competição política e as
dificuldades no processamento das demandas.

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SAMUELS, D. The Gubernatorial Coattails Effect: Federalism and congressional elections in Brazil. The
Journal of Politics, v. 62, n. 1, p. 240-253, 2000.
SANTIAGO, Daniela Andrade. A evolução da urna eletrônica. Revista Eletrônica da EJE, ano II, n. 6, out./nov.
2012. <www.tse.jus.br/institucional/escola-judiciaria-eleitoral/revistas-da- eje/artigos/revista-eletronica-
eje-n.-6-ano-2/a-evolucao-da-urna-eletronica>. Acesso em: 7 out. 2016.

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6 RECURSOS UTILIZADOS E ORIGEM DOS MESMOS (DETALHAMENTO DE SERVIÇOS
DE TERCEIROS, MATERIAL PERMANENTE E MATERIAL DE CONSUMO):
Conforme descrito no projeto, dada a natureza e as necessidades imediatas da pesquisa projetada, foram
utilizados: computadores com editores de planilhas e análise estatística, editores de texto e acesso à
internet (tanto o orientador quanto o estudante dispõem desses recursos nas instalações da Unisul).

7 DIFICULDADES ENCONTRADAS:
Não houve dificuldades relevantes.

8 CRÍTICAS E SUGESTÕES À PRÓ-REITORIA DE ENSINO, DE PESQUISA E DE


EXTENSÃO:
Não temos críticas ou sugestões a fazer à Proeppexi.

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ANEXOS

QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PARTICIPANTES DA PESQUISA


Caro participante, este questionário faz parte de uma pesquisa intitulada “Avanços e limitações do sistema
eleitoral brasileiro”, que está sendo realizada em nível de iniciação científica pela estudante Maely Chaves
Pinheiro e pelo professor-orientador Luiz Henrique M. Queriquelli, no âmbito do Programa Unisul de
Iniciação Científica – PUIC, fomentado pela Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Agradecemos,
de antemão, a gentileza de colaborar com esta investigação e garantimos o total sigilo dos dados aqui
coletados.

1) Você está respondendo esta pesquisa a partir do ponto de vista de:


a. ( ) um eleitor
b. ( ) um gestor do TSE
c. ( ) um cientista político
d. ( ) um candidato a um cargo político
e. ( ) um especialista em informática
f. ( ) um especialista em logística

2) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
redução do mandato presidencial de 5 para 4 anos, ocorrida em 1994:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

3) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
obrigatoriedade de prestação de contas à Justiça Eleitoral dos valores gastos pelos partidos
políticos, que entrou em vigor em 1995, com a Lei 9.096:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

4) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
possibilidade de reeleição de ocupantes do executivo, que entrou em vigor em 1997:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

5) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
obrigatoriedade da prestação de contas das campanhas eleitorais, que entrou em vigor em 1997,
com a Lei nº 9.504:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

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6) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
ilicitude de captação de sufrágio, ao candidato que doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao
eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem de qualquer natureza, que entrou em
vigor em 1997, com a Lei nº 9.504:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

7) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
extinção dos shows artísticos das campanhas eleitorais, que entrou em vigor em 2006, com a Lei
nº 11.300:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

8) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
obrigatoriedade de registro das pesquisas eleitorais, que entrou em vigor em 2007, com a
Resolução do TSE nº 22.623:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

9) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
obrigatoriedade da fidelidade partidária, que entrou em vigor em 2007, com a Consulta 1.407:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

10) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
instituição do voto impresso, que foi regulamentado em 2002, pela Lei nº 10.408:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

11) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a Lei
da Ficha Limpa, que entrou em vigor em 2010:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

12) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
proibição do financiamento eleitoral por pessoas jurídicas, que entrou em vigor em 2015, com a
Lei nº 13.165:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

13) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
mudança no prazo de filiação partidária, que entrou em vigor em 2015, com a Lei nº 13.165:

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1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

14) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
mudança no prazo para o registro de candidatos pelos partidos políticos e coligações nos
cartórios, que entrou em vigor em 2015, com a Lei nº 13.165:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

15) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
redução do tempo da campanha eleitoral, que entrou em vigor em 2015, com a Lei nº 13.165:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

16) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia o
sistema biométrico de identificação do eleitor, regulamentando pela Resolução-TSE nº 23.366 de
2011:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

17) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia o
sistema biométrico de identificação do eleitor, regulamentando pela Resolução-TSE nº 23.366 de
2011:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

18) Numa escala de 1 a 5, em que 1 significa muito ruim, e 5 significa excelente, como você avalia a
segurança nas urnas eletrônicas, que recebeu melhorias em 2016:
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )

19) Do ponto de vista do papel que você desempenha nesse processo (como eleitor, ou gestor do TSE,
ou cientista político, ou candidato a um cargo político, ou especialista em informática, ou
especialista em logística), você gostaria de acrescentar alguma crítica ao sistema eleitoral brasileiro?

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