MAGNÉTICO DANIFICADO.
1. Versão do documento:
2. Objetivo:
5. Material necessário:
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6. Histórico:
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Figura 2: Detalhe do anel superior e bobina.
7. Procedimento:
Uma vez entendido todo o problema, foi necessário traçar uma estratégia para
o conserto. Nesta seção será detalhado o procedimento utilizado para o reparo.
Basicamente, ele consistiu em: desmontar o alto-falante (partes móveis apenas),
colar o conjunto magnético e, por último, remontar as partes.
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Primeiro passo - Descolando a suspensão:
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solvente vai penetrando melhor. Em seguida, basta ir com cuidado até que a
suspensão seja toda descolada.
Uma ferramenta improvisada pode ajudar. No caso, foi feita uma com um
garfo de pontas finas e entortadas com o auxílio de um alicate de bico, conforme
mostrado na Figura 4. Esta ferramenta foi criada, no caso aqui discutido, para
descolar a aranha da carcaça, como veremos a seguir, mas ela serve
perfeitamente para este passo. Você pode usar esta ferramenta como uma mini
espátula, passando por entre a suspensão e cone, sempre com muita calma pois
um movimento em falso pode estragar a suspensão ou o cone.
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ainda que em um pequeno setor, onde será suficiente para se encaixar a
ferramenta. Isso tornará o resto da descolagem muito mais fácil pelas mesmas
razões citadas no passo anterior. Pode-se adicionar mais solvente caso a cola
ainda não tenha amolecido plenamente.
A Figura 5 ilustra o processo descrito anteriormente. Notar como a
centragem ainda não está totalmente solta na parte da esquerda e será
necessário passar a ferramenta ali por baixo para terminar o processo. Mais do
que nunca, é preciso muito cuidado neste passo para não danificar o cone nem a
centragem. O processo é mesmo um pouco demorado e o importante é não fazer
com pressa.
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Figura 6: Conjunto móvel sendo separado do resto do alto-falante.
Nesta etapa, o conjunto magnético será reparado através de uma nova colagem.
É nesta etapa que será utilizado o Araldite 24h, a fita adesiva, a tira de plástico
grosso e a faca.
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Figura 7: Imã e anel superior ainda com resíduos de cola.
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Este plástico pode ser conseguido a partir de embalagens plásticas usadas.
É preciso ser criativo e curioso para encontrar uma que sirva. Também é possível
utilizar diversos plásticos mais finos, enrolando-os diversas vezes até completar a
espessura desejada.
gap
Peça
plástica
Anel
Superior
Peça polar
Onde:
Danel : Diâmetro do furo do anel superior
Dpolar : Diâmetro da peça polar do imã
Egap : Espessura do gap
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Figura 10: Anel plástico em posição para colagem.
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colocar muito pois durante a prensagem das peças, cola pode vazar para dentro
do gap tornando o reparo inútil e a limpeza extremamente desagradável. O ideal é
espalhar do meio do imã até perto da borda externa, como mostra a Figura 12.
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Aguardar 24 horas até que a cola seque completamente e só aí passar para a
retirada do anel plástico. Um alicate de bico pode ajudar se a remoção manual
estiver um tanto difícil. Se tudo correu bem, o que se terá é um conjunto
magnético firmemente colado e o gap concêntrico com relação à peça polar
conforme mostra a Figura 14 .
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Um local que pode merecer um pouco de limpeza (dependendo do caso) é
a borda da centragem, que ainda pode conter muitos resíduos da cola antiga. Para
remover é necessário um pouco de paciência e jeito: umedecer com solvente e
deixar agir, esfregando com os dedos até fazer umas “bolinhas” com a cola antiga.
Remover estas “bolinhas” pouco a pouco. Infelizmente a limpeza perfeita pode ser
muito trabalhosa e não compensar, deixar um pouco de resíduo no tecido da
centragem não é tão prejudicial assim.
Assim como a peça polar foi cuidadosamente colada para que ficasse
centrada e não prejudicasse o funcionamento do alto-falante, a bobina deve estar
perfeitamente centrada no estreito gap também. Simplesmente colar todo o
conjunto móvel à carcaça do alto-falante (a olho) resultaria em um alinhamento
insatisfatório e possivelmente faria com que a bobina raspasse nas paredes do
gap durante o seu funcionamento.
Por isso, mais uma vez, é necessário utilizar a técnica de centragem
utilizando, desta vez, um anel feito de um material de espessura adequada, só que
desta vez ele será colocado entre a peça polar e a parte interna da bobina. A
colocação será feita pela frente do cone.
Para acessar a parte interna da bobina, é necessário remover a calota (ou
guarda-pó) que é a peça colada na parte central do cone.
A menos que a calota esteja muito mal colada, é muito difícil removê-la sem
ter que cortá-la com um estilete. Aqui, não é recomendável utilizar solventes nem
força física, sob pena de danificar o cone. Esta é uma tarefa MUITO delicada
porque é muito fácil furar acidentalmente o cone durante a sua extração.
A recomendação é que se use um estilete bem afiado, não cortando muito
rente à junção calota-cone pois a probabilidade de estragos é maior. A lâmina não
deve entrar na vertical e sim um pouco inclinada, acompanhando-se a inclinação
da parede do cone da melhor forma possível. Ainda, deve-se prestar muita
atenção para não danificar a cordoalha da bobina, que passa por debaixo da
calota, colada sobre a superfície do cone. MUITO CUIDADO é necessário nesta
tarefa, deve-se ter paciência e calma para não estragar nada. Verifique o resultado
na Figura 15.
Extraído o cone, é possível passar para o preparo da centragem da bobina
no gap. Observar que é preciso efetuar uma preparação antes de se efetuar a
colagem realmente. Isso assegura que o processo de centragem será bem feito,
no momento de colar suspensão e aranha (centragem) de volta à carcaça.
Para efetuar a centragem basta conseguir alguns negativos fotográficos ou
chapas de radiografia. Ambos servem muito bem para esta tarefa.
Colocar o conjunto móvel (cone+bobina+centragem – peça única) de volta
na carcaça, como se fosse remontá-lo ao alto-falante (logicamente sem colar nada
ainda): encaixar a bobina no gap, a centragem em seu lugar e a suspensão
também.
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Junção
calota-cone
bobina
Cordoalha
da bobina
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Quando for encontrada uma disposição de tiras que preencha
completamente o gap, considerar a preparação como encerrada. Desmontar tudo,
retirando as tiras e memorizando como elas serão colocadas quando for feita a
colagem final (passo seguinte), retirar, também, a parte móvel da carcaça.
A esta altura está tudo pronto para a montagem final e falta muito pouco
para o trabalho terminar. Para este passo será utilizada a cola de contato. O
adesivo escolhido, foi utilizada a Brascola Brascoplast (fácil de encontrar e
relativamente barato) conforme Figura 17. Outros adesivos de contato podem ser
utilizados, conforme Seção 5 deste documento.
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suspensão à carcaça para consolidar a colagem. Pode ser necessário fazer uso
de algum tipo de grampo para segurar as partes enquanto elas colam.
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O segundo teste é o tão aguardado: o teste de funcionamento. Para isso,
montar o alto falante na caixa, ligando-o eletricamente e iniciar a reprodução
musical a baixo volume. Ligar somente a caixa com o alto-falante que foi
reparado ajuda muito nas avaliações. Verificar o funcionamento (excursão, tentar
sentir algum cheiro de queimado, verificar se bobina não está raspando, etc.).
Deixar em funcionando por alguns minutos, sempre em observação. Se estiver
tudo em ordem, é possível aumentar o volume gradativamente, sem exagerar e aí
iniciar a avaliação em potências mais elevadas.
Em caso de sucesso, completar o reparo recolocando a calota. Para isso,
usar o adesivo de contato e tomar cuidado para não derramar cola no gap.
A Figura 19 mostra o alto-falante terminado. Ele passou em todos os testes
na primeira vez, atestando a boa qualidade do reparo. Aos poucos, o som
reproduzido pareceu melhorar, por conta, provavelmente, de alguma acomodação
mecânica das partes coladas.
8. Conclusões:
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