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Fisiologia 2014 1

UNIDADE II

NEUROFISIOLOGIA
O Sistema Nervoso Central (SNC) recebe, analisa e integra
informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de
ordens. O Sistema Nervoso Periférico (SNP) conduz informações dos
órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema nervoso
central para os órgãos efetores (músculos e glândulas).

SISTEMA SENSORIAL
A maioria dos comportamentos é iniciada pela experiência
sensorial que emana dos receptores sensoriais, quer sejam visuais,
auditivos, táteis, nociceptivos, proprioceptivos. O sistema sensorial
transmite as informações sensoriais dos receptores espalhados por todas
as partes do corpo ao SNC por via dos nervos periféricos. No SNC a
informação sensorial é distribuída pelos tratos nervosos para diferentes
áreas sensoriais na medula espinhal, na substância reticular da ponte,
bulbo e do mesencéfalo, no cerebelo, no tálamo e no córtex cerebral. Os
neurônios do córtex sensorial enviam as informações sensoriais para
outras regiões do cérebro, incluindo aquelas áreas que iniciam
movimentos da musculatura esquelética (córtex motor) ou visceral (para
o tronco cerebral), ou áreas importantes para a aquisição e consolidação
de memórias (por exemplo, o hipocampo). Assim, a experiência sensorial
pode causar uma reação imediata, ou sua memória pode ser armazenada
no cérebro por minutos, semanas ou anos, vindo posteriormente auxiliar
na emissão de respostas comportamentais ou viscerais adequadas à
apresentação dos mesmos estímulos que a geraram ou a estímulos
semelhantes.
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O objetivo destas atividades práticas é estudar as experiências
sensoriais iniciadas pela estimulação de diferentes tipos de receptores
sensoriais e algumas de suas consequências.

1- SENTIDO SOMÁTICO
A sensação tátil é aquela que detecta o toque, a pressão e a
vibração. Possui o menor limiar de discriminação de intensidade, de
discriminação de localização e discriminação de dois pontos. É a mais
desenvolvida das sensações cutâneas sendo estudado junto com as outras
sensações cutâneas, isto é dor, temperatura e pressão.

 Objetivos:
- Demonstrar a variação do limiar de discriminação táctil de dois pontos
(limiar de dois pontos) em diferentes áreas da superfície corporal.
- Determinar a localização do estímulo táctil em diferentes regiões da
superfície corporal no homem.
- Evocar e experimentar várias sensações somestésicas para
compreender os mecanismos sensoriais de detecção, sensação e
percepção.

Instruções para organização do grupo:

Cada grupo deverá indicar 2 voluntários (1♀; 1♂) que irão relatar as
experiências sensoriais e o restante do grupo deverá coletar as
informações necessárias e anotar para o relatório.

 Materiais:
- alfinete, compasso, 1 régua, lápis (ponta rombuda) e texto em
Braille.
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 Procedimentos Experimentais:

1.1- Topognosia (Discriminação entre dois pontos)


Ajuste os braços do compasso para que as pontas fiquem com
distância de 2 mm; inicie as estimulações cutâneas, aplicando as duas
pontas do compasso simultaneamente nas regiões indicadas na tabela
abaixo. O voluntário não pode estar vendo as estimulações. A cada
estimulação consulte o voluntário: “- Quantos pontos você discrimina?”
Anote as respostas na tabela abaixo:

Local da Distância entre dois pontos


estimulação 2 mm 5 mm 10 mm 50 mm
Dedo indicador
Dedo polegar
Palma da mão
Antebraço
Braço
Costas
Lábios
Língua

1.2 - A seguir, analise apostila com texto em Braille. Toque com a ponta
dos dedos o texto e detecte os pontos. Em seguida, com auxilio de régua,
verifique a distância entre dois pontos. Anote. A partir dos dados obtidos
que conclusões o grupo chegou? Qual é a distância entre dois pontos? Por
quê?

2-Tato leve
O voluntário deverá estar com os olhos fechados. Com um pincel de
cerdas delicadas ou a ponta de um chumaço de algodão toque,
alternadamente, as regiões cutâneas que correspondem à inervação distal
dos nervos mediano, radial e ulnar de ambas as mãos. Verifique se o
voluntário confirma a estimulação sobre a pele e se de forma simétrica em
ambos os lados, marcando com sinais de + ou - .
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Nervo mediano Nervo Ulnar Nervo Radial

Esquerda
Direita

Esquerda
Direita

Teste a superfície da cabeça, verificando a integridade funcional das três


divisões do nervo trigêmeo (V1-oftálmica, V2-maxilar e V3- mandibular).

V1 V1
V3 V3

V2 V2

3) Grafestesia
O voluntário deverá estar com os olhos fechados. Com lápis de ponta
rombuda, “escreva” números ou letras (orientadas para o voluntário)
sobre a palma da mão do voluntário. Faça à pesquisa em ambas as mãos
e em outras regiões do corpo. Como você faria o teste em voluntário
analfabeto?
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4) Sensibilidade álgica
O voluntário deverá estar com os olhos fechados. Com alfinete,
toque a superfície cutânea da mão, alternadamente com a extremidade
pontiaguda e rombuda; avise o voluntário quando ele está sendo tocado
com uma ou outra ponta para que possa reconhecer a sensação. Em
seguida, alterne a estimulação em várias regiões da mão (dedos, palma e
dorso da mão), perguntando se está sendo estimulado com a parte romba
ou pontiaguda. Anote com sinal de + ou – conforme a resposta.

Pontiaguda Romba
Dedo polegar
Dedo indicador
Palma da mão
Dorso da mão

5) Estereognosia
O voluntário deverá estar com os olhos fechados. Selecione objeto
conforme o sexo do voluntário e mostre-o aos demais membros do grupo
(que devem reconhecê-lo em silêncio). Anote o nome do objeto na coluna
da direita e, em seguida, coloque a peça sobre a palma da mão do
voluntário e peça-lhe que diga o nome do objeto sem manipular o objeto.
Caso não reconheça o objeto, solicite que o voluntário manipule. Anote as
respectivas respostas:
Voluntário ( ) feminino ( ) masculino
item Nome do item Sem manipulação Com manipulação
1
2
3
4
5
Por que a manipulação do objeto torna possível reconhece-lo?
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QUIMIORRECEPÇÃO
SENSAÇÕES GUSTATIVA E OLFATIVA

 Objetivos:
- Constatar e analisar as condições e os locais de percepções
gustativas e olfativas.
- Sentir as interações das sensações gustativas e destas com as
olfativas.
 Materiais e Soluções:
Papel de filtro, cristais de NaCl (sal grosso), soluções de sacarose a
10%, ácido cítrico 2%, NaCl 10%, frutas, frasco com cânfora ou álcool e
frasco com tintura de iodo.

1. Sensações Gustativas
1.1- Necessidade de Solução:
Secar bem a língua com papel de filtro e colocar na ponta da língua um
cristal de NaCl. A seguir molhe o cristal com a saliva.
Há diferença na percepção? Explicar

1.2 - Importância do contato:


Colocar solução de sacarose por meio de um bastão de vidro num ponto
da língua. Sentir-se-á o gosto doce. Recolher a língua para o interior da
boca e fazer os movimentos de degustação, isso aumentará a intensidade
da sensação.
Qual a explicação para tal fenômeno?

1.3 - Localização da percepção gustativa:


Preparar três soluções (sacarose 10%, ácido cítrico 2%, NaCl 10%) e
aplicá-las sucessivamente sobre a língua seca por meio de um bastão de
vidro. Sentir-se-ão os sabores fundamentais: doce, ácido ou azedo e
salgado, respectivamente. Sondando a língua com o bastão, observar as
áreas mais sensíveis a cada classe de substâncias que determinam as
diferentes sensações gustativas: ponta da língua para o doce, bordas
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anteriores e salgado, bordas posteriores para o ácido e região posterior
para o amargo.
O que estes resultados estão indicando em relação aos receptores
gustativos?

1.4 - Recepção associada de dois estímulos gustativos:


Saborear a solução de sacarose 10%, lave a boca e saboreie o NaCl 10%.
Em seguida fazer uma mistura de ambas, em tubo de ensaio, e provar a
mistura com um bastão de vidro.
Relatar as sensações obtidas para cada caso.

1.5 - Recepção associada de estímulos gustativos e olfativos:


Antes de iniciar a atividade, 01 aluno do grupo deverá retirar os alimentos que
estão disponíveis na bancada principal do laboratório. Em seguida, deverão tapar
os olhos do voluntário e fechar as narinas com os dedos ou pinça suave.
Introduzir na boca do voluntário, com cuidado, pedacinhos do alimento. Pergunte
o que tem sobre a língua. Caso a resposta seja correta, passe para outro pedaço
de alimento. Caso a resposta seja errada, desobstrua as narinas, mantenha os
olhos vedados e volte a perguntar sobre qual é o alimento. Errou novamente,
solicite que o voluntário mastigue o alimento.
Por que quando estamos resfriados ocorrem alterações no paladar dos
alimentos?

2 - Sensações Olfativas:
2.1 - Necessidade da Inspiração:
Fazer um companheiro respirar profundamente várias vezes e em seguida
fazer apnéia inspiratória. Aproximar do nariz frasco de boca larga com
álcool ou cânfora.
Por que não se percebe o cheiro enquanto não se inspira?

2.2 - Adaptação seletiva e Olfação:


Cheirar frasco contendo tintura de iodo. Depois de algum tempo o cheiro
do iodo deixará de ser sentido. Descansar 1 minuto e em seguida verificar
se a capacidade olfativa foi restabelecida. Repetir o experimento com
outras substâncias odoríferas disponíveis.
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NOCICEPÇÃO
1-DOR E SENSAÇÕES TÉRMICAS

1.1 - Sensação referida


As gradações térmicas que os seres humanos podem perceber
são discriminadas por três tipos diferentes de receptores sensoriais:
receptores de frio, receptores de calor e dois subtipos receptores de dor:
os receptores de dor por frio e os receptores de dor por calor. Esses dois
tipos de receptores de dor são estimulados por graus extremos de frio e
de calor, sendo responsáveis, junto com os receptores de frio e de calor,
pelas sensações de frio congelante e de quente fervente. Os receptores de
frio e de calor estão localizados imediatamente abaixo da pele, em pontos
distintos, bem separados, cada um tendo diâmetro estimulante de cerca
de 1 mm.
Atividade: Misturar água e gelo triturado com pouco de água líquida em
recipiente e aí introduzir o cúbito/cotovelo. Aproximadamente 1 minuto
depois, sentir-se-á cócegas nos dedos anelar e mínimo.

1.2 - Somação Espacial de Sensações Térmicas


A sensação de calor será maior quanto maior for à superfície
estimulada, pois mais pontos de calor serão atingidos. O mesmo ocorrerá
com a sensação de frio, usando-se água a 10º C.
Atividade: Em uma cuba contendo água a 50º C introduzir primeiro o dedo
e depois a mão e em seguida, inversamente, primeiro a mão e depois o
dedo. Repita a atividade em cuba com água na temperatura de 10º C.

1.3 - Adaptação a Estímulos Térmicos


Introduzir a mão direita em uma cuba com água a 10ºC, a mão
esquerda em outra com água a 50ºC e depois de certo tempo, ambas em
água a 35ºC.
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Qual é a sensação recebida? Explicar:

2- ANALGESIA - Teste da Placa Quente

O teste nociceptivo será realizado por meio de analgesimetro de


retirada de cauda. O aparelho emite fonte de calor irradiante onde a
cauda do animal é inserida. O calor será aplicado de 3 a 9 cm da região
proximal da cauda do rato e quando a fonte de calor for ativada o animal
removerá a cauda. Com esse teste, o período de latência será
determinado (precisão de 0,01s). A intensidade térmica da fonte de calor
será definida para produzir linha de base para a retirada da cauda com
período de latência entre 2 e 3,5 s. Cada sessão será constituída de três
determinações de latência em diferentes pontos da cauda com 10
segundos de intervalo entre cada sessão.
O teste de retirada da cauda foi escolhido por causa da substancial
diferença demonstrada pela literatura, evidenciando as diferenças sexuais
em animais tratados com morfina. O protocolo será realizado da seguinte
maneira, seguindo os detalhes citados anteriormente:

♂ ♀
Animal Jovem Animal Jovem
Animal Senil Animal Senil

Após as três aferições, os animais pertencentes ao presente


experimento receberão a administração de morfina (5 mg/kg). Trinta
minutos após a administração de morfina, será realizado novamente o
teste de retirada da cauda.
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SISTEMA MOTOR

Enquanto o sistema nervoso sensorial nos proporciona


representação do mundo exterior e do estado interno do corpo, o
processamento motor começa com “imagem” do movimento desejado e,
finalmente, sua expressão na forma de comportamento. A mentalização
do mundo exterior e do nosso próprio corpo tem como principal função
guiar a expressão motora na forma de várias posturas e combinações de
movimentos do corpo e partes do corpo. Ao contrário do sistema sensorial
que transforma os sinais físicos e químicos do ambiente em sinais neurais,
o sistema motor faz o inverso: processa os sinais neurais em comandos
ordenados que irão determinar, no músculo, a força contrátil que deverá
utilizada para realizar determinado movimento. Assim como a nossa
capacidade perceptual reside em detectar, analisar e estimar o significado
dos estímulos ambientais, a nossa habilidade e performance motora
refletem a capacidade do sistema motor planejar, coordenar e
executar os movimentos. Nessa linha de produção as fibras musculares
são os elementos finais que traduzem os códigos neurais em força
contrátil do movimento pretendido. Tanto o sistema sensorial como o
motor está sujeito ao aperfeiçoamento pela aprendizagem: reconhecemos
os mais variados estímulos do ambiente como produto da experiência e
incorporamos e aprimoramos as mais variadas tarefas motoras. A
motricidade somática nos garante a manutenção da postura e locomoção
do nosso corpo, da movimentação de suas partes específicas para realizar
tarefas manipulativas como a construção e uso de ferramentas e,
finalmente, a de expressar nossos pensamentos e os sentimentos.
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PROPRIEDADES DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

A característica principal do músculo esquelético é a sua


capacidade de contrair-se, e desta maneira, produzir tensão e realizar
trabalho. A ação muscular é dotada de propriedades, que podem ser
identificadas tanto no músculo isolado, quanto em funcionamento no
corpo.
Em circunstâncias fisiológicas, porém, o músculo é ativado
pelos neurônios que o inervam, situados na medula. Cada motoneurônio
inerva número finito de fibras musculares, constituindo a unidade motora.
Estimulando-se eletricamente os axônios de um nervo motor, pode-se
estudar as propriedades do sistema formado pelo nervo, junção mioneural
e fibras musculares.
Células musculares, assim como neurônios, podem ser
excitadas por estímulos químicos (ACh), elétricos e mecânicos, que
produzem potencial de ação que é transmitido por sua membrana celular.
De modo diferente dos neurônios, as células musculares possuem
mecanismo contrátil que é ativado pelo potencial de ação resultando em
aumento da atividade de Ca++ intracelular, deslizamento das proteínas
contráteis, actina e miosina, encurtando os sarcomêros após o potencial
de ação.

 Objetivos:
-Evocar e experimentar algumas respostas motoras de natureza reflexa e
voluntária. Discutir os mecanismos causais dessas atividades motoras e o
nível topográfico em que as associações sensoriais e motoras ocorrem.

Instruções para organização do grupo:


Cada grupo deverá indicar 2 voluntários de mesmo sexo para executar as
atividades práticas e relatar as experiências sensoriais. O restante do
grupo deverá orientar, coordenar e coletar as informações necessárias e
anotar para o relatório.
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1 - CONTRAÇÃO ISOTÔNICA E ISOMÉTRICA


Peça para dois colegas do mesmo tamanho disputarem braço de
ferro. No decurso da disputa, ambos desprendem grande esforço, a
musculatura fica rija e ambos os braços mal se movem. Mas logo, haverá
um vencedor. Observem que a desistência é caracterizada pelo
relaxamento muscular.

Agora discuta:
a) De que maneira a contração muscular foi progressivamente
aumentada até a contração máxima?
b) Quando os braços estavam rijos e praticamente imóveis que tipo de
contração (isométrica ou isotônica) estaria ocorrendo? Como os
sarcomêros estariam se comportando?
c) Foi vantajosa a desistência de um deles? O que aconteceria se não
desistisse?

2 - APALPAÇÃO
Com a mão apalpando o próprio bíceps experimente a sua textura
(percepção somestésica) enquanto ele está em repouso (o braço em
extensão). Ainda com a mão sobre o bíceps faça um movimento rápido de
flexão do antebraço sobre o braço e, depois, uma flexão lenta aplicando
bastante forca. Descreva os três estados da tonicidade muscular.

Braço relaxado

Contração rápida

Contração lenta

Como você acha que estariam os músculos de uma pessoa com paralisia?
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Eletromiografia Padrão e Integrada

O tecido muscular esquelético humano consiste em centenas


de células cilíndricas (fibras musculares) ligadas ao tecido conectivo. No
corpo, o músculo esquelético é estimulado a contrair por nervos somáticos
motores que transportam sinais em forma de impulsos nervosos do
cérebro para a medula espinhal e da medula para os músculos
esqueléticos. Os axônios via nervos espinhais e nervos cranianos são
distribuídos aos músculos apropriados na forma de nervos periféricos. Ao
atingir o músculo, cada ramo de fibra nervosa inerva várias fibras
musculares individuais. Embora um simples neurônio motor possa inervar
diversas fibras musculares, cada fibra muscular é inervada por somente
um neurônio motor. A combinação de um simples neurônio motor e todas
as fibras musculares que ele controla é denominada unidade motora.
Quando uma unidade motora é ativada, os componentes das fibras
musculares geram e conduzem impulsos que finalmente em contração das
fibras. Embora os impulsos elétricos produzidos e conduzidos por cada
fibra são muito fracos (menor que 100 mv), muitas fibras conduzem os
impulsos simultaneamente induzindo diferenças em tecidos sobrejacentes
(pele) que são grandes o suficiente para serem detectados por eletrodos
de superfície. A detecção, amplificação e gravação de alterações na
voltagem da pele que são produzidos pela contração muscular são
denominadas eletromiografia. Assim, a gravação obtida é denominada
eletromiograma (EMG)
 Objetivos
- Observar e gravar os valores do tônus muscular esquelético durante o
nível basal refletido por atividade elétrica com o músculo em estado de
repouso.
- Gravar a máxima força de preensão das mãos direita e esquerda.
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- Observar, gravar e correlacionar o recrutamento da unidade motora
com o aumento da contração do músculo esquelético.
- Ouvir os sons do EMG e correlacionar a intensidade do som com o
recrutamento da unidade motora.
 Materiais
 Conjunto cabo-eletrodo BIOPAC (SS2L);
 Eletrodos de vinil descartáveis (EL503), seis eletrodos por pessoa
avaliada;
 Fones de ouvido BIOPAC (OUT1);
 Gel para eletrodos (GEL1) e esponja abrasiva (ELPAD) ou limpador
de pele ou álcool;
 Computador;
 Software Biopac Student Lab 3.7;
 Unidade de aquisição de dados BIOPAC (MP36, MP35 ou MP30, cabo
de força).
 Métodos experimentais
Antes do início do experimento é necessário:
- Ligar o computador;
- Certificar-se de que a unidade BIOPAC MP3X está desligada;
- Plugar os equipamentos ao BIOPAC MP3X descritos a seguir da
seguinte maneira:
Conjunto cabo-eletrodo BIOPAC (SS2L) no canal 3
 Conectar os fones de ouvido na parte anterior do BIOPAC MP3X
Ligar o BIOPAC MP3X
Em seguida, conecte três eletrodos (SS2L) aos respectivos cabos de
acordo com a coloração. Para o primeiro registro do segmento (braço
direito/esquerdo), selecione o braço dominante do avaliado e acople os
eletrodos no braço deste de acordo com as cores. O braço escolhido será
denominado FOREARM1 e o outro membro será denominado FOREARM
2. Para melhor adesão, os eletrodos devem ser colocados ao menos cinco
minutos antes do procedimento de calibração. Cada uma das presilhas
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presentes nas extremidades dos cabos dos eletrodos precisa ser acoplada
aos respectivos eletrodos. Cada cabo de eletrodo possui sua respectiva
cor. Obs: assegure-se de conectar cada cabo ao seu respectivo eletrodo.
Após todos os procedimentos descritos à seguir, dar-se-á início ao
software Biopac Student Lab Program. No seguinte software, selecione a
lição 1 (L01-EMG-1) e clique em OK. Dê nome ao arquivo e novamente
em clique em OK. Em seguida inicia-se o processo de calibração.
- Procedimentos detalhados para a calibração
Clique em Calibratione em seguida aparecerá caixa de diálogo. A
calibração não será iniciada até que ocorre o clique em OK. Após clicar em
OK peça para o avaliado (com o membro dominante) que cerre o punho e
exerça a força de contração máxima que ele possa exercer. Espere em
torno de dois segundos e então o avaliado pode voltar ao estado inicial, ou
seja, relaxamento do braço. O processo de calibração encerrará em torno
de oito segundos automaticamente.
- Aquisição dos dados
Para iniciar o processo de aquisição dos valores clique em RECORD.
Automaticamente será iniciado marcador intitulado como “FOREARM 1”.
Repita o ciclo de “cerramento do punho (contração muscular),
relaxamento e espera” por quatro vezes, pedindo ao avaliado que
aumenta a força de contração a cada novo ciclo. Ao final dos quatro ciclos
clique em SUSPEND. Os dados obtidos ficarão dispostos na tela do
computador. Para a aquisição dos dados do membro não dominante
(FOREARM 2) clique em RESUME e então repita o mesmo procedimento
realizado na mensuração do membro dominante (FOREARM 1). Ao final da
mensuração de ambos os membros clique em DONE.
- Análise dos dados
Para visualizar os dados escolha o modo REVIEW SAVE DATA e escolha o
arquivo de mensuração. O canal CH3 mostra os valores individuais de EMG e o
CH40 a integração das mensurações.
Significado de algumas abreviações:
Fisiologia 2014 16
- min: mostra o valor mínimo da área selecionada
- max: mostra o máximo do valor da área selecionada
- p-p: busca o valor máximo da área selecionada e subtrai com o valor
mínimo encontrado na área selecionada.
- mean: mostra o valor da média da área selecionada.

Ficha de anotação

ELETROMIOGRAFIA PADRÃO E INTEGRADA 1


I. Aquisição de dados
Nome do avaliado_________________________________________________
Idade______
Estatura______
Peso_________
Data:_________
Sexo M ( ) F( )

A. Mensurações EMG

Forearm 1 (Dominante) Forearm 2


Cluster
Min Max P-P Mean Min Max P-P Mean
1
2
3
4
Clusters se referem aos picos de força a cada cerramento de punho.

B. Use as médias da mensuração da tabela acima para computar o


percentual de aumento na atividade de EMG adquiridas entre as
contrações mais fortes e mais fracas do FOREARM 1.
Cálculo:
_______________________________________________________________

Resposta: __________%
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Mensuração do tônus

Cluster Forearm 1 (Dominante) Forearm 2


P-P Mean P-P Mean
1
2
3
4

II – Questões
C. Compare a média da contração máxima entre os membros direito e esquerdo
(Clench EMG cluster). Os valores são os mesmos ou diferentes?
( ) Iguais ( ) Diferentes
A maior geração de força ocorreu em qual membro?
( ) Direito ( ) Esquerdo ( ) Nenhum
Explique
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
______________________________________________________________
D. Quais fatores, como o gênero, contribuem com as diferenças observadas na
força de compressão (cerramento dos punhos) ?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________________________________________________
E. Não parece haver diferença no tônus muscular entre os dois membros?
( ) sim ( ) não
Você esperaria observar diferenças? O gênero influenciou suas expectativas?
Explique.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
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________________________________________________________________
____________________________________________________________
F. Explique a origem dos sinais detectados pelos eletrodos de EMG.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
G. O que o termo “recrutamento neuromotor” significa?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
H. Defina tônus muscular esquelético.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
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_______________________________________________________________
I. Defina eletromiografia e qual sua aplicabilidade na clínica odontológica.
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REFLEXOS

REFLEXOS MEDIADOS PELA MEDULA


 Objetivos:
- Demonstrar a função do arco reflexo na atividade muscular.
- Verificar a importância de reflexos simples e de complexidade crescente
nos movimentos.
- Observar as reações do animal quando submetido a estímulos mecânicos
e químicos.

 Materiais:
Materiais: suporte para animal, gancho de alfinete, pedaços de
linha, estilete, recipientes de vidro, papel de filtro, conta-gotas,
algodão, material cirúrgico, béquer de 50 mL.
Soluções: ácido acético glacial, cloreto de sódio isotônico e água
destilada.
Animal: Rã

 Técnica:
1- Observe os movimentos do animal em situação normal (sobre a
bancada estará caixa com as rãs; em silencio, locomova-se até a
referida bancada e observe o animal). O técnico de laboratório fará a
destruição do encéfalo do animal, de acordo com a descrição em
"Manuseio de animais"; tomando-se o cuidado de não lesar a medula
espinal. Dessa forma a medula espinal estará desconectada do
encéfalo e íntegra.
2- O animal, imediatamente à destruição do encéfalo adquire postura
chamada "choque espinal", caracterizada pela ausência total dos
reflexos (arreflexia). Esse fato é constatado ao estimular com a pinça a
pata do mesmo. Após alguns minutos os músculos apresentarão ligeiro
tônus, embora desprovido de movimentos voluntários (fica móvel).
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3- Suspenda o animal no suporte por meio de um gancho na mandíbula.

 Sequência Experimental:
OBS: Solicitamos extrema atenção para a realização eficaz da
atividade prática
1. Realize pinçamento em uma das patas do animal e anote as reações
observadas.
- Conceitue "choque espinhal".
- Desenhe um arco reflexo simples.

2. Adicione 2 gotas de ácido acético no béquer acrescido de 25 mL de


água. Coloque uma pata do animal no recipiente. Se não obtiver
resposta, adicione mais ácido até o seu aparecimento. Anote essa
resposta e lave a pata do animal.
- Quantas gotas foram necessárias para obter a resposta?
- Além do estímulo químico que outros estímulos podem despolarizar
os receptores em geral? Pince a pata, por exemplo.

3. Aumente a concentração de ácido acético, adicionando mais 5 gotas de


ácido. Submergir novamente a pata do animal e observe a resposta.
- Como se explica a movimentação dos outros membros do animal?
- Faça desenho das vias implicadas nessa resposta.
- A que se deve o lapso de tempo entre a aplicação do estímulo e a
resposta muscular?

4. Coloque pedaço (2 x 2 cm) de papel de filtro embebido em ácido, no


dorso do animal.
- Descreva a movimentação do animal.
- Qual o critério formado sobre a função medular, depois de observar
a resposta do animal ao estímulo nocivo?
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5. Retirar porção da pele de uma das pernas da rã e expor o tecido
muscular. Aplicar papel (1 x 1 cm) embebido em ácido sobre a região.
- Onde estão localizados os nociceptores?

6. Destrua a medula espinhal com o estilete. Coloque a pata do animal no


líquido com ácido e observe se aparece algum reflexo.
- Explique o fenômeno.

REFLEXOS TENDINOSOS PROFUNDOS ou MIOTÁTICOS


(Humano)

A percussão do martelo (estímulo mecânico) sobre o tendão de um


determinado músculo causa a sua contração reflexa. As contrações nem
sempre são visíveis e torna-se necessário senti-las por apalpação. Vamos
realizar dois reflexos miotáticos.
 Objetivos:
- Analisar as vias do reflexo patelar no homem.
- Demonstrar a atuação de níveis nervosos superiores sobre esse
reflexo.
 Material: martelo neurológico.
Reflexo patelar: O voluntário deverá estar sentado com as pernas
pendentes (sem apoio) sobre uma mesa. Golpeie o tendão patelar:

Reflexo patelar
Fisiologia 2014 22
Analise o esquema abaixo e descreva o circuito neuronal do reflexo
patelar:

1- Fibras sensoriais Ia

Quadriceps

2-Motoneurônio 

Fuso muscular
Tendão

Circuito neuronal do reflexo patelar. 1. via aferente; 2. motoneurônio alfa.

Reflexo tricipital: Golpeie o tendão do tríceps acima da inserção do


processo do oleocrânio ulnar, conforme figura abaixo.

Reflexo Tricipital

2- Analise a figura abaixo: para que um membro possa fletir ou se


estender que outro reflexo deverá estar ocorrendo simultaneamente? Por
quê? Descreva como seria esse reflexo.
Fisiologia 2014 23

DIREITO ESQUERDO
FLETIR O ANTEBRAÇO ESTENDER O ANTEBRAÇO

Reflexo de retirada (a) Reflexo extensor


Reflexo de inibição recíproca (b) cruzado (c)

Circuitos neuronais de excitadores (+) e inibidores (-) envolvidos no reflexo de retirada;


inibição recíproca e extensão cruzada. O esquema ilustra a via aferente, a integração
medular de impulsos e as respostas motoras.

REFLEXOS SUPERFICIAIS OU CUTÂNEOS


Cutâneo abdominal: o voluntário deverá ficar em decúbito dorsal.
Esfregue horizontalmente (do sentido lateral para o medial) a ponta de
um bastão em direção ao umbigo. O músculo abdominal do mesmo lado
deverá contrair e desviar o umbigo no sentido do estímulo.

Cutâneo plantar: Esfregar o bastão na face


lateral da região plantar, do calcanhar até os
dedos. Deverá ocorrer flexão plantar do hálux
(dedão).
Reflexo plantar
Fisiologia 2014 24

Sinal de Babisnki: Um paciente com lesão do trato córtico-espinhal


apresentará resposta reflexa diferente: fará dorsiflexão do hálux e
abertura dos dedos

FUNÇÕES CEREBELARES
O cerebelo é o principal órgão envolvido com a coordenação da
motricidade somática e os padrões de marcha revelam se sua função
está íntegra. A realização de movimentos aprendidos, precisos, dirigidos
para um alvo requer a atividade simultânea de vários músculos atuando
em várias articulações. A programação de força e da velocidade depende
da integridade funcional do cerebelo e a sua disfunção produz
decomposição do movimento e a falta ou excesso de força (dismetria).
Esses dois problemas causam a ataxia.
Como avaliar a integridade funcional do cerebelo?
LEMBRETES:
Vestibulocerebelo (arquicerebelo, lobo flóculo-nodulo). Recebe
aferências do sistema vestibular. Sua disfunção causa nistagmo,
instabilidade troncular e ataxia.
Espinocerebelo (paliocerebelo, vermis e paravermis): recebe amplas
informações cutâneas e proprioceptivas que chegam da medula. Os
processamentos das informações proprioceptivas são importantes para
fazer ajustes posturais e a disfunção causa ataxia troncular.
Cerebrocerebelo (Neocerebelo, hemisférios cerebelares): recebe
conexões do córtex cerebral (predominantemente motor) e envia os sinais
neurais de volta via tálamo, participando do planejamento motor do
córtex. As disfunções resultam na incoordenação da fala, e ataxia das
extremidades e as lesões cerebelares se manifestam homolateralmente e
apresentam sinais como hipotonia, decomposição do movimento,
dismetria e dificuldade de realizar movimentos rápidos e alternados.
Fisiologia 2014 25

1 - Equilíbrio estático:
1.1 - Peça ao voluntário para se levantar, caminhar (ir e voltar). Depois
peça que caminhe pé-ante-pé. Analise os movimentos realizados, a
velocidade (constante ou não?), ocorreu oscilação do corpo? Como é
realizado o controle da marcha e equilíbrio em nosso organismo?

1.2) Peça ao voluntário ficar em pé com os pés juntos durante 30s com e
30s sem os olhos abertos. Em seguida, realize a mesma atividade com
um pé à frente do outro bem como com um pé no assoalho e a perna
contrária em flexão. Outro participante do grupo deverá ficar responsável
pelo cronômetro para avisar o tempo em que ocorreu a primeira
oscilação. Compare o grau de oscilação do corpo.

Olhos abertos Olhos fechados


(minutos) (minutos)
Os dois pés juntos
Um pé à frente do outro

Um pé

2) Teste Dedo-Nariz
Com dedo indicador tocar o seu próprio nariz e em seguida, o dedo
do colega, de forma mais rápida e suave. Depois de várias tentativas,
repetir o exercício com os olhos fechados.
O mau funcionamento do cerebelo dificultaria a realização precisa e
coordenada desse movimento: todas as vezes que se tentasse tocar o
nariz ou o dedo ocorreria a ultrapassagem do ponto e os tremores.

3) Diadococinesia
Fisiologia 2014 26
A capacidade de realizar movimentos rápidos e alternantes. Teste a
sua capacidade de realizar movimentos alternantes com os dedos das
mãos.

REFLEXOS MEDIADOS PELO TRONCO ENCEFÁLICO


(Nervos cranianos)

Reflexo Mandibular ou mentual

Peça ao voluntário que fique com a boca levemente entreaberta. Percuta o


mento de cima. A resposta reflexa deverá ser o fechamento da boca pela
ação dos músculos mastigadores.
Tente explicar os resultados obtidos

CONTROLE NEURONAL DA MASTIGAÇÃO

O tratamento de alimentos por processos físico-químicos, em


diferentes níveis do sistema digestório, permite um fornecimento
adequado de nutrientes para as células do organismo. O alimento
penetrando na cavidade oral é impulsionado por contrações musculares
através das regiões do trato digestivo. Este movimento súpero-inferior no
homem e ântero-posterior em outras espécies está relacionado
principalmente com a atividade do músculo liso, que se estende desde a
parte distal do esôfago até as porções finais do intestino grosso.
As funções motoras e secretoras das diversas estruturas do
sistema digestório são reguladas por mecanismos nervosos e hormonais.
Propõe-se frequentemente que mastigação cuidadosa é importante para o
processo digestivo, embora trabalhos recentes tenham demonstrado que
as dietas modernas requerem mínimo de mastigação para digestão
completa.
Fisiologia 2014 27
A função mastigatória destina-se à divisão dos alimentos, de
forma a diminuir o atrito contra os tecidos moles da boca e do tubo
digestório aumentar a superfície de contato entre os alimentos e as
secreções digestivas, possibilitando uma digestão adequada e rápida.
Na execução da função mastigatória, dois fatores são básicos:
1º) a ação muscular: o trabalho muscular produz forças que permitem
vencer a resistência imposta pelo alimento;
2º) transmissão de força: conduzida pelos dentes nos alimentos.
Esses fatores, embora pareçam simples, na realidade constituem
mecanismos extremamente complexos, considerando que estão
envolvidos mecanismos de regulação altamente diferenciados, com a
finalidade de controlar a grandeza da distribuição da força necessária para
a trituração ou maceração do alimento.
Para que a mastigação seja efetiva é necessário “conhecer” a
quantidade de força que será desenvolvida pela ação muscular, levando
em conta as condições intra-orais. Esse “conhecimento” da força
mastigatória é elaborado pela integração no SNC de informações que
chega ao trono encefálico, oriundos dos receptores da cavidade oral, do
olfato, visão, tato, etc...
Pessoas habituadas a alimentação cujos elementos da dieta
apresentam resistência à mastigação (corte ou trituração) possuem força
mastigatória maior, comparadas àquelas pessoas que ingerem alimentos
de baixa resistência.
A disposição correta e a oclusão dos dentes superiores e
inferiores é fator de grande importância, visto que a força produzida pelo
trabalho muscular é exercida nos alimentos por meio dos dentes. Assim,
deve haver disposição dos dentes que permita transmissão uniforme
dessas forças, caso contrário, algumas partes do sistema serão afetadas,
e consequentemente ter-se-á ato mastigatório deficiente.
Fisiologia 2014 28

ATIVIDADE DOS MÚSCULOS DA


MASTIGAÇÃO

 Objetivos:
Analisar se 1 (um) minuto de descanso é suficiente para se
refazer de 2 (dois) minutos de exercícios mandibulares.

 Materiais:
Cronômetro; pedaço de borracha flexível, (não facilmente
friável), com cerca de 1,5 cm de espessura (largura e comprimento
suficiente para ser colocado entre os dentes incisivos).

 Técnica:
1) Coloque o pedaço de borracha entre os dentes incisivos. Fazer
compressões sucessivas na frequência de 120/min (2/s) durante 2
minutos. Os movimentos do maxilar inferior devem ser feitos para
haver compressões de 5 mm na borracha. Contar a frequência
realizada no 1º e 2º minuto. Após os 2 minutos de exercícios, parar
por 1 minuto. Repetir o exercício como antes e contar as compressões
no 1º e 2º minutos pós-pausa.
2) Realizar as mesmas etapas do item 1, mas alterar a frequência de
120/min (2/s) para 180/min (3/s).

 Estudo Orientado:
- Descrever as sensações que surgem nos músculos da mastigação
desde o início até o término do experimento.
- Apesar da proposta de realizar 120 movimentos por minuto,
conseguiu tal intento? Mostre num gráfico as frequências de
compressões nos 1º e 2º minuto e pós-pausa. 1º e 2º minutos,
Fisiologia 2014 29
colocando o tempo no eixo horizontal e a frequência no eixo vertical.
Descrever o mesmo para 180 movimentos por minuto.
- Neste tipo de experimento o descanso (pausa) de 1 minuto foi
suficiente para refazer as condições contráteis dos músculos?
Explica.r
- O que seria previsto se a borracha fosse mais rígida? E se os
movimentos fossem mais lentos? E mais rápidos?
- Quais meios artificiais poderiam ser utilizados para se refazer mais
rapidamente deste exercício feito?
- Pelas sensações tidas, quais músculos da mastigação entraram em
maior grau de fadiga, neste tipo de experimento?
- O que significa fadiga muscular, quais os tipos e qual ou quais
possivelmente tenha(m) ocorrido neste caso? Justifique.

DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA OU ÍNDICE

MASTIGATÓRIO
O método mais comumente utilizado para se determinar a
eficiência mastigatória de uma pessoa, consiste em instruí-la a mastigar
quantidade de alimento, geralmente de consistência razoável, durante
determinado número de ciclos mastigatórios, ou até que ela considere que
o alimento está pronto para ser deglutido. O alimento mastigado é então
expelido da cavidade oral e passado através de série de tamises, cada
uma com diferentes diâmetros de malha. Portanto, a eficiência constitui
na medida do tamanho das partículas em que o alimento foi dividido,
determinado pela ausência de partículas grandes e pelo predomínio de
partículas pequenas. Os resultados desse estudo têm demonstrado que
boa dentição é necessária para obter mastigação efetiva. Sem dúvida, a
eficiência mastigatória não pode ser estimada somente a partir do número
de dentes presente, pois ela varia muito entre os indivíduos com o mesmo
Fisiologia 2014 30
número de dentes. O que parece ser realmente de grande importância é a
área ou superfície de contato dos dentes.
 Objetivo:
Determinar a eficiência mastigatória dos discentes dos segundo
ano do curso de Odontologia (2014).
 Material:
Tamises com malhas de 5, 4, 3, 2, e 1 mm; cenoura crua; 1
béquer, centrífuga; 5 tubos graduados; álcool, espátula pequena.
 Procedimento:
Examinar as dentárias do aluno voluntário, anotando as
ausências de dentes, presença de cáries e qualquer outra anomalia, como
por exemplo – mordida aberta, mordida aberta com arremesso lingual,
mordida cruzada, etc.
Observar as tamises que estão sobre a bancada e montar a
estrutura, conforme o esquema abaixo:

Tamises superpostas e deitados mostrando as malhas

5 mm

Tamises
Superpostas

 Sequência Experimental:
1. Fazer o voluntário mastigar 1 cenoura de tamanho médio dividida em 4
pedaços equivalentes, realizando para cada pedaço 50 movimentos
Fisiologia 2014 31
mastigatórios, tendo o cuidado de não deglutir as partículas,
recolhendo-as a um béquer.
2. Verter todas as partículas mastigadas sobre os tamises, que devem
estar superpostos em ordem crescente, isto é, o tamis de malha 5 mm
sobre o de 4 mm, este sobre o 3 mm e assim por diante, conforme
figura a cima. Todas as partículas são colocadas inicialmente sobre o
tamis de 5 mm.
3. Tamisar sob pressão d’água.
4. Recolher as partículas mastigadas obedecendo ao seguinte critério: as
partículas mastigadas do tamis de:
- 1 mm no tubo A;
- 2 mm no tubo B;
- 3 mm no tubo C;
- 4 mm no tubo D;
- 5 mm no tubo E (primeira tamise)
5. Adicionar álcool a cada tubo até 2 centímetros da borda.
6. Centrifugar durante 5 minutos numa velocidade de 2.000 rpm.
7. Fazer a leitura (em mL das partículas dos alimentos) de cada tubo e
aplicar a fórmula, substituindo as letras pelos valores respectivos
obtidos.
4.A + 2.B + C
Índice mastigatório=
D+E

8. Confrontar o índice calculado com os índices mastigatórios fornecidos


na tabela que se segue: Valores médios dos índices mastigatórios
encontrados na literatura:
- Índice mastigatório superior a 10 -------------------- ótimo
- Índice mastigatório de 5 a 9,9 ----------------------- bom
- Índice mastigatório de 2,0 a 4,9 --------------------- regular
- Índice mastigatório de 1,0 a 1,9 --------------------- mau
- Índice mastigatório inferior a 1,0 --------------------- péssimo
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 Estudo Orientado:
- Qual o índice obtido?
- A que qualidade ou defeitos você atribui ao grau de eficiência
mastigatória obtida?
- Em uma pessoa que come depressa, como se comportaria o índice?
- Além do tratamento dentário, como o cirurgião dentista poderia
contribuir pra melhorar o índice mastigatório de seu paciente?

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