-corrente que tem sido influenciada pelos estudos marxistas, em autores como Thompson
e Heller a fim de fazer emergir as tensões sociais do dia-a-dia, s formas improvisadas de
lutas, de resistência e organização (p.165);
-a história do cotidiano liga-se tanto à história social quanto à história cultural, sendo
objeto tbm dos que estudam a história das mentalidades (p.166)
-“o cotidiano deve ser utilizado como objeto de estudo escolar pelas possibilidades que
oferece de visualizar as transformações possíveis realizadas por homens comuns,
ultrapassando a ideia de que a vida cotidiana é repleta e permeada de alienação” (p.168)
-porém, ela tem sido elaborada por historiadores de diferentes tipos – sendo alguns mais
criadores de memórias do que de história (p.169)
“muitas vezes esta [a história local] tem sido objeto de estudo escolar, preservando, no
entanto, os mesmos pressupostos norteadores da história nacional. A história local pode
simplesmente reproduzir a história do poder local e das classes dominantes, caso se limite
a fazer os alunos conhecerem nomes e políticos de outras épocas’ (p.169)
-a memória é a base da identidade, e é por ela que se chega à história local (p.169) >
dialoga nesse ponto com a Maria Cândida Proença (p.169)
-atenta p/ não confundir memória com história > dialoga com Le Goff: a história trabalha
com a acumulação da memória coletiva, usando um método p/ recompor os dados da
memória (p.170)
-ao estudar a história local é necessário ter cuidado com a identificação do conceito de
espaço: costuma-se chamar de história local a história do entorno e quem mais se
identifica com esse tipo de estudo são os geógrafos >> a discussão sobre o espaço ou o
lugar são fundamentais para a discussão de história local (p.171)
“Milton Santos sustenta, no entanto, que o lugar só pode ser compreendido dialeticamente
levando-se em conta as relações de produção nele estabelecidas e sendo concebido como
uma produção histórica” (p. 171)
SANTOS, Milton. Metamorfose do espaço habitado. 2 ed. São Paulo: Hucitec, 1991.
**********************************************************************
-por isso, ele tem sido considerado impossível para algumas faixas etárias, pq não teriam
condições de uma abstração suficiente para o domínio de conceitos (p.183)
-essa teoria que justificou a impossibilidade dos alunos dos anos iniciais de dominarem
conceitos abstratos como “tempo histórico” > os estágios de desenvolvimento,
determinam as etapas de formalização do domínio conceitual (p.186)
-essa teoria influenciou boa parte dos currículos escolares no mundo (p.186)
-p/ o russo, o conceito espontâneo e o conceito científico possuem uma interação muito
próxima > no processo de escolarização, o primeiro não é substituído (como pensava
Piaget), mas os esquemas intelectuais anteriormente adquiridos são modificados (p.187)
-mais do que a maturidade biológica, Vygotsky aponta para a aquisição social dos
conceitos > considera as dimensões historicamente criadas e culturalmente elaboradas
(p.187)
-diferente de Piaget, Vygotsky e seus seguidores (como Luria e Leontiev) apontam para
a importância das condições sociais que o indivíduo encontra no seu caminho cognitivo,
superando a lógica de um sujeito universal (p.188)
-no conhecimento histórico isso é ainda mais significativo, dada as experiências históricas
vidas pelo aluno na mídia, etc (p.189)
-a noção de tempo passado era considerada demasiado abstrata para ser compreendida
por pessoas de faixa etária correspondente ao pensamento operatório concreto > vem daí
a organização da aprendizagem por círculos concêntricos, que parte da experiência
concreta dos alunos e torna o conhecimento social em algo atemporal (p.196)
-tempo vivido: tempo biológico, que se manifesta nas etapas da vida > está associado aos
dois polos da vida, nascimento e morte (p.200)
-os mapas são uma importante forma de situar no espaço (SÉRIO? :o), mas os
historiadores tem se preocupado em ressaltar as diferentes formas de apreensão do espaço
pelas diversas sociedades em diversos momentos históricos (p.208)
-uma pesquisa ressaltou que muitos professores entendem como sinônimo o tempo
cronológico e o tempo histórico (p.211)
-atenta para o fato de que, aprender datação é importante, mas não deve ser a única
preocupação do professor, é necessário entender seu significado (p.212) > por exemplo,
as mudanças nas concepções e no significado do tempo (p.213-214)