2017
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como às suas características gráficas.
Autores:
Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Marcelo Andrade • Fabrício Sarmanho
Eduardo Muniz Machado Cavalcanti • Saulo Fontana • Raquel Mendes de Sá Ferreira
Gladson Miranda • Samantha Pozzer Kühleis • Welma Maia
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Figuras de linguagem............................................................................................................................................................ 13
Ortografia.............................................................................................................................................................................. 15
Acentuação gráfica............................................................................................................................................................... 25
Uso da crase.......................................................................................................................................................................... 27
Divisão silábica..................................................................................................................................................................... 35
Fonética e Fonologia:
som e fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos....................................................................................... 34
Morfologia:
classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto.............................................................................36
Formação de palavras........................................................................................................................................................... 67
Elementos de comunicação.................................................................................................................................................... 8
Sintaxe:
relações sintático-semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período composto
por coordenação e subordinação)...................................................................................................................................70
Colocação pronominal.......................................................................................................................................................... 49
Elementos de coesão............................................................................................................................................................ 11
Variação linguística................................................................................................................................................................. 7
Questão
O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur- Infere-se que o humor da tirinha se constrói:
sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do a) pois a imagem resgata o valor original do radical que
Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O compõe a gíria bombar.
Programa originou-se da exitosa experiência do PRO- b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente
5
ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, no sentido de “bombear”.
com ênfase no fortalecimento institucional de todos os c) pois reflete o problema da educação no país, em
atores envolvidos com a gestão dos recursos hídricos que os alunos só se comunicam por gírias, como é
no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas o caso de fessor.
viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na
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ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional norma culta o regionalismo fessô.
dos recursos hídricos. e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado.
(http://proagua.ana.gov.br/proagua) Gabarito
a
a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de-
rivados do PROÁGUA/Nacional.
b) A expressão “sua missão estruturante” (l. 5) refere- Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar.
-se a “Banco Mundial” (l. 3). Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode
“deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque
c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os
isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con-
atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos cluir que, por exemplo, ele esteja preocupado, ou tímido, em
é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido. função de estar de cabeça baixa.
d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/
Nacional promovem o uso racional dos recursos
Comandos para Medir Conhecimentos Gerais
Língua Portuguesa
hídricos.
e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do Tendo o texto como referência inicial...
ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am- Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional. Enfocando o assunto abordado no texto...
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a 10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos”
amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5. justifica-se pela regência do termo “impingidas”.
1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das 11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente
mais conhecidas organizações não governamentais “plástico” (l.11).
cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na
melhoria das condições de vida das populações mais Gabarito
pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no
setor secundário da economia. Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos.
“inteligente”.
Comandos para Medir Conhecimentos
Linguísticos Desvio ou Deturpação
O texto disse: A contratação da funcionária pode ser
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue considerada competente.
os itens. A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi-
Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical. derada competente.
Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra-
da norma culta. tação” e não a “funcionária”.
Os pressupostos são identificados por estarem sugeridos tituído, conforme o caso, por Argumentação, Exposição, ou
por palavras ou outros elementos do texto, não são difíceis Injunção:
de encontrar-se e não podem ser desmentidos pelo uso do • Argumentação: apresenta argumentos na defesa
raciocínio lógico. de um ponto de vista:
Ex.: Teresa voltou da Índia. A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes
dos países vizinhos, não só porque dispunha de extensa
Pressupostos: ela foi à Índia (indiscutível); a viagem teve rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por-
início há mais que dois dias (indiscutível). que detinha maiores recursos para investimento.
Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, Os dicionários, as gramáticas, os livros de texto, de re-
atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância dação, as críticas literárias são exemplos de metalinguagem.
a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep-
tor, referente, canal, código ou mensagem). Descobrir qual Função Poética (ou Estética)
elemento está em destaque é definir a função da linguagem. Predomina em importância a elaboração da mensagem.
Função Emotiva (ou Expressiva) Mensagem, fala ou discurso: é o como se diz e não o
Predomina em importância o emissor e é muito usada que se diz.
em textos líricos, amorosos, autobiográficos, testemunhais...
Constitui uma característica de subjetividade. As frases “Você roubou minha caneta” e “Você achou
minha caneta antes de eu a perder”, embora tenham o mes-
Emissor: aquele que fala, representado por eu, nós, a mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos
gente (no sentido de “nós”). diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no
receptor.
São índices desta função: A função poética valoriza a escolha das palavras, ora pela
1. sujeito emissor – Eu vi Mariana chegar. A gente viu sonoridade, ora pelo ritmo (Quem casa quer casa. Quem tudo
Mariana chegar. Nós vimos Mariana chegar. quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido),
2. uso de exclamação – Mariana chegou! ora pelo significado inusitado (Penso, logo desisto), ora por
3. uso de interjeição – Ih! Mariana chegou. mais de uma dessas ou outras características.
Função Conativa (ou Apelativa) Obs.: todas essas funções podem interpenetrar-se no
Predomina em importância o receptor e é frequente em texto, mas uma (qualquer uma) tenderá a ser predominante.
linguagem de publicidade e de oratória. No caso de um texto poético ou estético, as demais funções
ocupam o segundo plano.
Receptor: com quem se fala, representado por tu, vós,
você(s), Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa... TIPOS DE DISCURSO
São índices desta função:
1. sujeito receptor – Você sabia que Mariana chegou? Discurso Direto
2. vocativo – Paulo, tu estás correto. Reprodução exata da fala do personagem.
3. imperativo – Por favor, venha cá. Beba guaraná. Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Pode vir entre aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.”
Função Referencial (ou Informativa) Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua
Predomina em importância o referente e é empregada resposta.
nos textos científicos, jornalísticos, profissionais – correspon-
dências oficiais, atas... É uma característica de objetividade. Discurso Indireto
O narrador traduz a fala do personagem.
Referente: de que ou de quem se fala, representado por Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta
ele(s), ela(s), Sua Excelência, Sua Majestade, Sua..., ou por qual- dele.
quer substantivo ou pronome substantivo de terceira pessoa. Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele.
É índice desta função:
1. sujeito referente – Mariana chegou. Ele chegou. Sua Discurso Indireto Livre
Senhoria chegou. Quem chegou? A fala do personagem se confunde com a do narrador.
Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava
naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto...
Função Fática
Língua Portuguesa
Conto Epígrafe
História curta com poucos personagens em torno de um Inscrição que antecede um texto (no frontispício de um
núcleo de ação. livro, no início de um capítulo, de um poema, de uma crô-
nica...).
Novela
História mais longa que o conto e que também envolve Título: EPICÉDIO III
só um núcleo de ação.
Epígrafe: À morte apressada de um amigo
Romance
História longa e complexa em que os personagens atuam Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo
em torno de vários núcleos de ação. As chamadas novelas de Quanto apesar de meu letargo, e pejo,
televisão literariamente são romances porque revezam vários Me intentas persuadir, ó sombra muda,
núcleos temáticos, revezando também como protagonistas Que tudo ignora quem te não estuda.
grupos diferentes de personagens.
(Cláudio Manuel da Costa)
Parábola
Língua Portuguesa
Paronímia Gabarito
Palavras parecidas: eminência e iminência, vultoso e
vultuoso... Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos.
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parte.
b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda Uso de palavras ou expressões estrangeiras.
parte. Internet, slow motion, pick-up, abat-jour, débauche,
front-light...
4. a) Encontrei o artigo que você falou.
b) Encontrei o artigo de que você falou. Solecismo
Erro sintático.
5. a) Foi essa a frase que você falou. 1. De regência: Emprestei de você um calção. Ele obede-
b) Foi essa a frase de que você falou. ceu o pai.
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3. Observe as frases que se seguem: 1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão correta-
I – Minha coragem é algo incontestável. mente grafadas, exceto:
II – O jiló é um fruto amargo, mas delicioso. a) enchumaçar.
III – A giboia é uma serpente brasileira. b) cachumba.
Agora, responda, em relação à ortografia das palavras c) chave.
sublinhadas. d) brecha.
a) Todas estão corretas. e) galocha.
b) Somente a III está correta.
c) Todas estão incorretas. 2. Todas as palavras abaixo estão incorretamente grafadas,
d) Somente a III está incorreta. exceto:
e) Somente a I está correta. a) faicha.
b) fachina.
4. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia. c) repuchão.
a) Jertrudes. d) chuteira.
e) relachado.
b) jestão.
c) jerimum.
3. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
d) jesso.
a) chilindró.
e) jerminar.
b) estrebuchar.
c) facho.
5. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
d) chafurdar.
a) jereré.
e) chamego.
b) jeropiga.
c) jenipapo. 4. Assinale a afirmação incorreta.
d) jequitibá. a) A palavra “boliche” está corretamente grafada.
e) jervão. b) A palavra “rocho” está corretamente grafada.
c) A palavra “mecha” está corretamente grafada.
GABARITO d) A palavra “richa” está incorretamente grafada.
e) A palavra “chereta” está incorretamente grafada.
1. d 2. c 3. d 4. c 5. e
5. Assinale a alternativa correta.
a) tachinha (prego).
Emprego do “ch” b) chilindró.
c) cocho (manco).
O “ch” provém da evolução de grupos consonantais la- d) muchocho.
tinos: e) muchiba.
Língua Portuguesa
CI ‑ clave / Ch – Chave
FI – Flagrae / Ch – Cheirar GABARITO
PI – Plenu / Ch – Cheio
PI – Planu / Ch – Chão. 1. b 2. d 3. a 4. b 5. a
• Na palavra derivada de outra que já vem escrita com
“ch”: Emprego do “X”
charco / encharcar, encharcado
chafurda / enchafurdar • O “x” representa cinco fonemas tradicionais:
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Quintana) pector)
“Vende-se uma bússola enguiçada. Infelizmente não
• Mais sei onde estou, senão não venderia a bússola”. (Leon
Advérbio de intensidade Eliachar)
“As fantasias mais usadas no carnaval são: homem
vestido de mulher e mulher vestida de homem”. (Leon • Aonde
Eliachar) É dinâmico. Usa-se com os verbos chamados de mo-
Ele nunca está satisfeito. Sempre quer mais do que vimento, como ir, andar, caminhar etc.; corresponde
recebe. a lugar em que (quo, em latim):
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Quando substantivo com o sentido de “falha”, “defei- 2. Preencha as lacunas com porque, por que, porquê, por
to”, “imperfeição”. Admite, então, flexão de número: quê, ou quê:
“Esfregam as mãos, têm júbilos de solteiras histéricas, dão a) Você não disse _________ veio, ontem, à festa.
pulinhos, apenas porque encontram senões miúdos nas b) Não sei ________ você não veio, ontem, à festa.
páginas que não saberiam compor”. (Josué Montello) c) Você sabe se José não veio à aula hoje, ________ não
chegou ainda do passeio de final de semana?
• Se não
d) Todos temos direitos inalienáveis, ________ somos
Quando conjunção condicional “se”:
pessoas humanas.
‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?”
(Mário Quintana) e) _________ se questiona tanto o progresso e se ques-
tionam pouco os responsáveis pela ampliação desu-
Quando advérbio de negação “Não” mana da técnica? ___________?
“Os ex-seminaristas, como os ex-padres, permanecem f) Os caminhos __________ temos andado, os valores
ligados indissoluvelmente à Igreja. Se não, pela fé – _________ temos lutado, podem não ser os mais
pelo rito”. (Josué Montello) certos, porém são aqueles em que acreditamos.
‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?” g) Há um _______ misterioso em tudo isso.
(Mário Quintana) h) Não consigo perceber o _________ de tudo isso, mas
as razões ________ não consigo perceber tudo isso
Notações sobre “afim” e “a fim de” já estão bem identificadas.
• Afim GABARITO
Adjetivo com o sentido de parente, próximo:
“... era meu parente afim, [...] interrogou-nos de cara
1. a) mau 2. a) por que
amarrada e mandou-nos embora.” (CDA) b) mal b) por que
Naquele grupo todos eram afins; por isso brigavam c) mal, mal c) porque
tanto. d) Mal, mau, má d) porque
e) mal, má e) Por que, Por quê
• A fim f) mal f) por que, por que
Locução prepositiva; dá ideia de finalidade; equivale g) má, mau g) porquê
a “para”: h) mau, mal h) porquê, por que
Viajou a fim de se esconder. i) maus, males
j) mau, mau, mal
Língua Portuguesa
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c) Não será mais usado quando o prefixo termina em O que não muda no hífen
vogal diferente da que inicia o segundo elemento. Lem-
bremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico, os Continua-se a usar hífen nos seguintes casos:
prefixos abaixo eram sempre grafados com hífen antes de • Em palavras compostas que constituem unidade sin-
vogal. Observe o quadro: tagmática e semântica e nas que designam espécies:
ano-luz, azul-escuro, conta-gotas, guarda-chuva,
segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor,
Velha Regra Nova Regra erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi.
auto-análise autoanálise • Com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice-, vizo-:
auto-afirmação autoafirmação ex-mulher, sota-piloto, soto-mestre, vice-campeão,
auto-adesivo autoadesivo vizo-rei.
auto-estrada autoestrada • Com prefixos circum- e pan- se o segundo elemento
auto-escola autoescola começa por vogal h e m ou n:
auto-imune autoimune circum-adjacência, pan-americano, pan-histórico.
Língua Portuguesa
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Importante! Dica:
A nova ortografia não modificou estas regras básicas de O sistema de acentuação da Língua Portuguesa se baseia
acentuação. nas terminações a(s), e(s), o(s), em, ens.
Memorize!
As paroxítonas terão acento quando a terminação for
Posição da diferente de a(s), e(s), o(s), em, ens.
Terminação Exemplos
sílaba tônica
Proparoxítonas todas lúcido, anátema, arsê- Obs. 2:
nico, paralelepípedo. O sinal til (~) não é acento. É apenas o sinal para indicar
Monossílabas a(s), e(s), o(s) lá, ré, pó, pás, mês, vogal com som nasal. Portanto: rã (monossílaba tônica sem
tônicas cós. acento), sã (feminino de são = saudável), irmã (oxítona sem
acento), ímã (paroxítona com acento agudo e final ã).
Oxítonas a(s), e(s), o(s), crachá, Irecê, trenó,
em, ens ananás, Urupês, re- Obs. 3:
trós, armazém, para- O único caso de palavra com dois acentos no Português
béns. é verbo no futuro com pronome mesoclítico:
Paroxítonas r, n, l, x, ditongo, fêmur, próton, fácil, Cantará o hino → Cantará + o → Cantar + o + á → Cantá-lo-á.
ps, i, is, us, um, látex, colégio, pônei, Note acima a forma verbal oxítona em “cantará” e em
uns, ão(s), ã(s). bíceps, júri, lápis, bô- “cantá”.
nus, álbum, fóruns,
acórdão, ímã, órfãs. Regras Especiais
Obs. 1: As regras especiais resolvem casos que as regras básicas
Monossílabo tônico é a palavra (sílaba) com sentido pró- não resolviam.
prio. Continua com seu sentido mesmo que fora da frase. Atenção!
Geralmente, verbos, advérbios, substantivos e adjetivos. Estas regras mudam com a nova ortografia.
Quando não possui sentido, o monossílabo é átono.
Tenho dó do menino. Dica:
dó: monossílaba tônica Só muda na penúltima sílaba da palavra.
do: monossílaba átona (de + o) Lembrete: a pronúncia não se altera.
Atenção!
Na palavra “dêitico” temos proparoxítona. O acento deve-se
à regra das proparoxítonas. Continua acentuado.
Língua Portuguesa
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Cuidado!
Em fri-ís-si-mo, se-ri-ís-si-mo, pe-rí-o-do continuamos tendo
proparoxítonas acentuadas. Não é a regra do hiato com i ou u.
pôlo, pôlos [filhote de gavião], pólo, pólos [extremidade] pôde (passado) x pode (presente); pôr (verbo) x por (prep.);
(substantivos) x polo, polos (por + o; arcaico); pêra (subst.) têm (eles), tem (ele); vêm (eles), vem (ele).
x pera (= para; arcaico), mas peras (plural da fruta “pêra”).
Atenção:
Para os verbos ter, vir e derivados: têm (eles), tem (ele),
vêm (eles), vem (ele).
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1. Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acen- Exercitando e fixando a regra prática de crase com artigo.
tuado: 2. Complete as lacunas com a, as, à ou às junto dos subs-
a) hífen. tantivos femininos, observando as correspondências
b) hífens. necessárias: o = a; os = as; ao = à; aos = às.
c) itens. Observe o paralelismo.
d) rítmo. a) Dava comida aos gatos e ____ gatas.
e) ítem. b) Estimava o pai e ____ mãe.
c) Perdoa aos devedores e ___ devedoras.
2. Assinale a alternativa que completa corretamente as d) Prefiro o dia para estudar; ela prefere ____ noite.
frases: e) Terás direito ao abono e ____ gratificação.
I – Normalmente ela não ... em casa. f) Confessou suas dúvidas ao amigo e ___ amiga.
II – Não sabíamos onde ... os discos. g) Nunca faltava aos bailes e _____ festas de São João.
III – De algum lugar ... essas ideias. h) Sempre auxilio os vizinhos e __ vizinhas.
i) Tinha atitudes agradáveis aos homens e ___ mulheres.
a) pára / pôr / provém
b) para / pôr / provém
c) pára / por / provêem
Pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo
d) para / pôr / provêm
e) para / por / provém Método prático
Entregue o livro a este menino.
3. Assinale a alternativa onde aparecem os vocábulos que Note: a + este a + aquele (veja que temos a + a).
completem corretamente as lacunas dos períodos:
I – Os professores ... seus alunos constantemente. Então:
II – Temos visto, com alguma ... fatos escandalosos nos Entregue o livro àquele menino.
jornais.
III – Estudam-se as ... da questão social. Leia este livro.
Note: só temos este, sem preposição a. Então ficará sem
a) arguem / freqüência / raízes crase com “aquele”:
b) argúem / freqüência / raízes Leia aquele livro.
c) arguem /freqüência / raízes
d) argüem /freqüência / raízes Exercitando e fixando a regra prática de crase com pronome
e) arguem / frequência / raízes aquele(s), aquela(s), aquilo.
3. Preencha as lacunas com aquele, aqueles, aquela, aque-
GABARITO las, aquilo, se não houver preposição a; ou então com
àquele, àqueles, àquela, àquelas, àquilo, se ocorrer a
1. a 3. e preposição a exigida pelo termo anterior regente.
2. d a) A verba aprovada destinava-se apenas ________ des-
Língua Portuguesa
pesas inadiáveis.
b) Prefiro este produto __________.
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE c) As providências cabem ________ que estejam inte-
CRASE ressados.
d) Submeterei _________ alunos a uma prova.
Crase é a contração de a + a = à. e) Nunca me prestaria a isso nem ____________.
O acento (`) é chamado de acento grave, ou simplesmen- f) Ficaram todos obrigados ____________ horário.
te de acento indicador de crase. g) Já não amava __________ moça.
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QUADRO-RESUMO DE CRASE
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adjetivo masculino.
Por maiores que sejam os esforços e a generosidade dos b) inadequado, pois não indica contração.
que lhes oferecem atenção e cuidado, essas crianças estarão c) proibido, porque não se admite crase antes de subs-
desprovidas do fundamental: carinho e referência familiar. tantivos abstratos.
4. O termo “lhes” pode ser substituído pela expressão à d) obrigatório, pois indica uma vogal átona representada
elas, com acento indicativo de crase, pois o pronome por um artigo.
elas remete a “crianças”, substantivo feminino utilizado e) adequado, pois representa a contração da preposição
no texto. a e do artigo definido feminino a.
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14. (FCC/TRE-RN) Graças ...... resistência de portugueses e 20. (TRT 20ª R) Exportadores brasileiros lançaram-se ...... con-
espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio imposto por Na- quista de vários mercados internacionais, após ...... mo-
poleão e deu início ...... campanha vitoriosa que causaria dernização do setor agropecuário, que passou a oferecer
...... queda do imperador francês. ...... esses mercados produtos de qualidade reconhecida.
Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada, As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
a) a - à - a c) à - à - a e) à - a - à chidas, respectivamente, por
b) à - a - a d) a - a - à a) à - a - a c) a - a - à e) à - à – a
b) à - a - à d) a - à - à
Língua Portuguesa
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Os sons /i/ e /u/ não serão vogais quando apoiados em • dígrafos consonantais:
uma vogal na mesma sílaba, pronunciados em um único
jato de voz. Esses são os fonemas semivogais. Veja: Mário ch – chave, achar gu – guincho, joguinho
(i), automóvel (u). lh – lhama, telha qu – quiabo, aquilo
Representação das semivogais: /i/ -> /y/, /u/ -> /w/. nh – terra, sonho sç – cresça, desça
Nem sempre as letras que representam o som semivogal ss – isso, pássaro xc – excelente, excêntrico
serão “i” e “u”. Veja: em “pão”, temos a letra “o” com som rr – carro, errado
de /w/ junto da vogal /a/ na mesma sílaba, então a letra “o”
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• Feminino com o mesmo radical (flexão por desinên- pintor – pintores, cruz – cruzes, hambúrguer – hambúrgueres,
cia): menino / menina, aluno / aluna, prefeito / prefeita, júnior – juniores, sênior – seniores.
pintor / pintora. d) Substantivos terminados em s. Podemos distinguir
• Heterônimos (feminino com radical diferente da for- dois casos: se o substantivo é proparoxítono ou paroxítono,
ma masculina): bode / cabra, cão / cadela, carneiro / ele invariável (ônibus, pires, lápis); se é oxítono, acrescenta-
ovelha, cavaleiro / amazona, cavalheiro / amazona, -se es (país – países, japonês – japoneses).
compadre / comadre, genro / nora, homem / mulher, e) Substantivos terminados em n. Podem formar o plural
patriarca / matriarca. em es ou s, sendo a última forma a mais usada (hífen – hífens
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Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó)
aposto apostos fogo fogos poço poços
caroço caroços forno fornos porco porcos
corno cornos foro foros porto portos
coro coros fosso fossos posto postos
corvo corvos imposto impostos povo povos
despojo despojos jogo jogos reforço reforços
desporto desportos miolo miolos socorro socorros
destroço destroços olho olhos tijolo tijolos
esforço esforços ovo ovos troco trocos
Grau dos Substantivos nho agradável ou que Fulano é um amigão são formas que
expressam juízos de valor, possuem conotação afetiva e não
A flexão de grau exprime ideia de aumento ou de dimi- podem ser classificadas como flexão de grau.
nuição de tamanho, tendo como referência um grau normal, Por outro lado, a flexão de grau é mais nítida com o uso
que seria o substantivo tal como aparece no dicionário. do processo analítico.
Outra curiosidade é perceber que o grau pode conduzir
Formação do grau do substantivo a novos significados. Exemplo: portão, cartão, cartilha, fo-
lhinha (calendário).
Utilizamos dois processos para formar o aumentativo e
o diminutivo: EXERCÍCIOS
a) sintético: acrescentam-se sufixos ao grau normal:
Língua Portuguesa
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38
Comparativo de Somos menos passivos (do) que em -vel, que assumem a terminação -bilíssimo:
inferioridade eles. volúvel – volubilíssimo / indelével – indelebilíssimo
Somos menos passivos (do) que
tolerantes Os adjetivos terminados em -io formam o superlativo
absoluto sintético em -íssimo:
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sério – seriíssimo
sintéticas para o grau comparativo de superioridade: melhor, necessário – necessariíssimo
pior, maior e menor, respectivamente: frio – friíssimo
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40
adnominais. 3. Observe:
“... foram intimados a comparecer...”
Classificação dos artigos “... não a fizeram...”
“... a sua oração...”
a) Artigo indefinido: indica seres quaisquer dentro de
uma mesma espécie; seu sentido é genérico. Assume as for- As três ocorrências do a são, respectivamente:
mas um, uma; uns, umas. a) preposição, pronome, preposição.
Gosto muito de animais: queria ter um cachorro, uma b) artigo, artigo, preposição.
gata, uns tucanos e umas araras. c) pronome, artigo, preposição.
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7. Assinale a alternativa em que o numeral não está em- Existem seis tipos de pronomes:
pregado corretamente. • pessoais
a) A citação encontra-se à altura da página vinte e duas. • demonstrativos
b) As declarações estão na página duzentos e trinta e • possessivos
dois. • relativos
c) A vigésima quarta hora já havia soado. • interrogativos
d) A encomenda foi entregue na Rua Vinte e um, casa • indefinidos
dois.
As provas cobram muito os pronomes relativos, os de-
8. Assinale a alternativa que traz a leitura correta dos nu- monstrativos e os pessoais “o” e “lhe”.
merais destacados nas frases seguintes.
I – “João Paulo II manteve-se em Roma por 27 anos.” Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos
II – Segundo dizem, o capítulo X é o mais interessante
do livro todo. Quando um pronome é empregado junto de um subs-
III – A supremacia papal entrou em declínio no fim do tantivo, ele é chamado de pronome adjetivo; e quando um
século XI. pronome aparece isolado, sozinho na frase, ele é chamado
IV – Tutmósis III subiu ao trono egípcio em 174+9 1479 de pronome substantivo.
a.C. Ninguém pode adivinhar suas vontades?
Ninguém → pronome substantivo (pois está sozinho).
suas → pronome adjetivo (pois está junto do substantivo
a) João Paulo Dois; capítulo dez; século onze; Tutmósis
vontades).
três.
b) João Paulo Segundo; capítulo décimo; século décimo Encontrei minha caneta, mas não a apanhei.
primeiro; Tutmósis terceiro. minha → pronome adjetivo.
c) João Paulo segundo; capítulo décimo; século onze; a → pronome substantivo.
Tutmósis terceiro.
d) João Paulo segundo; capítulo dez; século onze; Tut-
EXERCÍCIO
mósis terceiro.
Coloque: (1) para pronome substantivo e (2) para pro-
9. Muitas vezes os numerais são utilizados para indicar nome adjetivo.
quantidade indeterminada. Assinale, dentre as frases a) Estas montanhas escondem tesouros.
abaixo, aquela em que isso ocorreu: b) Aquilo jamais se repetirá.
a) “já pedi duzentos mil réis emprestados ao André c) Qualquer pessoa o ajudaria.
Gonzaga, para as alianças e outros proveitos.” (José d) Nossa esperança é que ele volte.
Candido de Carvalho)
b) “Como e por que lhe veio aos vinte anos a deter- Pronomes Pessoais
minação de sair do convento, não sei (...)” (Clarice
Lispector) Vamos supor que a Gorete esteja com fome e que ela
c) “Mas reconheço que em Frederico viveu uma raposa queira contar isso para uma outra pessoa que a esteja ouvin-
de mil astúcias.” (José Cândido de Carvalho) do. É claro que, numa situação normal de comunicação, não
usaria a frase Gorete está com fome, e sim a frase:
GABARITO Eu estou com fome.
• eu designa o que chamamos de 1ª pessoa gramatical,
1. a) O décuplo isto é, a pessoa que fala.
b) O cêntuplo Se, no entanto, fosse mais de uma pessoa que estivesse
2. a) Um milésimo com fome, uma delas poderia falar assim:
b) Nove cinquenta avos Nós estamos com fome.
c) Sete décimos
d) Treze vinte avos Vamos supor, agora, que Gorete esteja conversando com
Língua Portuguesa
3. Ordinal, ordinal, cardinal. um amigo e queira saber se tal amigo está com fome. Ela,
então, usaria a seguinte frase:
4. d
Tu estás com fome? ou: Você está com fome?
5. c, d, a, b, e ,f
• Tu (você) designa o que chamamos de 2ª pessoa gra-
6. Cinco mil seiscentos e cinquenta e sete reais e doze
matical, isto é, a pessoa com quem se fala.
centavos.
7. b Se, por outro lado, Gorete estiver conversando com mais de
8. C uma pessoa e quiser saber se elas estão com fome, falará assim:
9. c Vós estais com fome? ou: Vocês estão com fome?
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Podemos concluir, então, que pronomes pessoais são Note, portanto, que frases como as exemplificadas a se-
aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas guir são gramaticalmente incorretas.
gramaticais. Marcos, eu preciso falar consigo.
São três as pessoas gramaticais: Eu gosto muito de si, minha amiga.
• 1ª pessoa (a que fala): eu, nós
• 2ª pessoa (com quem se fala): tu, vós c) Os pronomes oblíquos nos, vos e se, quando significam
• 3ª pessoa (de quem se fala): ele(s), ela(s). um ao outro, indicam a reciprocidade (troca) da ação. Nesse
caso são chamados de pronomes reflexivos recíprocos.
Quadro dos pronomes pessoais Os jogadores se abraçavam após o gol. Onde: se (= um
ao outro) → pronome reflexivo recíproco.
Caso oblíquo (outras funções)
Caso reto
(sujeito) Átonos (sem Tônicos (com d) Eu x mim: eu (pronome reto) só pode funcionar como
preposição escrita) preposição escrita) sujeito, enquanto mim (pronome oblíquo) só pode ter outras
Singular: funções, nunca sujeito. Daí termos frases como:
eu, me, mim, comigo Ela trouxe o livro para eu ler. (correto)
tu te, ti, contigo
ele(a) se, o, a, lhe si, consigo, ele, ela Sujeito
Os principais são:
4. Os pronomes oblíquos tônicos, quando precedidos da Vossa Alteza (V.A.) → Príncipe, Duques
preposição com, combinam-se com ela, originando as Vossa Majestade (V.M.) → Reis
formas: comigo, contigo, consigo, conosco, convosco. Vossa Santidade (V.S.) → Papas
Vossa Eminência (V.Emª.) → Cardeais
Emprego dos Pronomes Pessoais Vossa Excelência (V.Exª.) → Autoridades em geral
a) Os pronomes oblíquos me, nos, te, vos e se podem * Ver Manual de Redação da Presidência da República, para usos
indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio conforme normas de redação oficial.
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Pronomes Possessivos
Variáveis Invariáveis
Pronomes possessivos são aqueles que se referem às algum(ns); alguma(s) alguém
três pessoas gramaticais (1ª, 2ª e 3ª), indicando o que cabe nenhum(ns); nenhuma(s) ninguém
ou pertence a elas. todo(s); toda(s) tudo
Tuas opiniões são iguais às minhas. outro(s); outra(s) outrem
• tuas: pronome possessivo correspondente à 2ª pessoa muito(s); muita(s) nada
do singular (tu). pouco(s); pouca(s) cada
• minhas: pronome possessivo correspondente à 1ª certo(s); certa(s) algo
pessoa do singular (eu). tanto(s); tanta(s)
quanto(s); quanta(s)
É importante fixar bem que há uma relação entre os pro- qualquer; quaisquer
nomes possessivos e os pronomes pessoais.
Observe atentamente o quadro abaixo: Observação:
Um pronome indefinido pode ser representado por ex-
pressões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões
Pronomes pessoais Pronomes possessivos
são denominadas locuções pronominais. As mais comuns
eu → meu, minha, meus, minhas são: qualquer um, todo aquele que, um ou outro, cada um,
seja quem for.
tu → teu, tua, teus, tuas Seja qual for o resultado, não desistiremos.
ele → seu, sua, seus, suas
nós → nosso, nossa, nossos, nossas Pronomes Interrogativos
vós → vosso, vossa, vossos, vossas Pronomes interrogativos são aqueles empregados para
eles → seu, sua, seus, suas fazer uma pergunta direta ou indireta. Da mesma forma que
ocorre com os indefinidos, os interrogativos também se re-
Emprego dos Pronomes Possessivos ferem, de modo vago, à 3ª pessoa gramatical.
Os pronomes interrogativos são os seguintes:
a) Quando são usados pronomes de tratamento (V.Sª, Que, quem, qual, quais, quanto(s) e quanta(s).
V.Excia etc.), o pronome possessivo deve ficar na 3ª pessoa
Que horas são? (frase interrogativa direta)
(do singular ou do plural) e não na 2ª pessoa do plural.
Gostaria de saber que horas são. (interrogativa indireta)
Vossa Majestade depende de seu povo.
Quantas crianças foram escolhidas?
Pron. tratamento 3ª pessoa
Pronomes Relativos
Vossas Majestades confiam em seus conselheiros?
Vamos supor que alguém queira transmitir-nos duas in-
Pron. tratamento 3ª pessoa formações a respeito de um menino. Esse alguém poderia
falar assim:
b) Os pronomes possessivos seu(s) e sua(s) podem se Eu conheço o menino. O menino caiu no rio.
referir tanto à 2ª pessoa (pessoa com quem se fala), como
à 3ª pessoa (pessoa de quem se fala). Mas essas duas informações poderiam também ser trans-
Sua casa foi vendida (sua = de você) mitidas utilizando-se não duas frases separadas, mas uma
Sua casa foi vendida (sua = dele, dela) única frase formada por duas orações. Com isso, seria evitada
a repetição do substantivo menino. A frase ficaria assim:
Essa dupla possibilidade de uso de tais pronomes pode
gerar ambiguidade ou frases com duplo sentido. Quando isso
Eu conheço o menino que caiu no rio.
ocorrer, você deve procurar trocar os pronomes seu(s) e sua(s)
por dele(s) ou dela(s), a fim de tornar a frase mais clara.
Língua Portuguesa
1ª oração 2ª oração
c) Os pronomes seu(s) e sua(s) são usados tanto para 3ª
pessoa do singular como para 3ª pessoa do plural (confira Observe que a palavra que substitui, na segunda oração,
tal afirmação no quadro acima). a palavra menino, que já apareceu na primeira oração. Essa
é a função dos pronomes relativos.
d) Os pronomes possessivos podem, em muitos casos, Podemos dizer, então, que pronomes relativos são os que
ser substituídos por pronomes oblíquos equivalentes. se referem a um substantivo anterior a eles, substituindo-o
A chuva molha-me o rosto. (= molha meu rosto). na oração seguinte.
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exigida pelo verbo nascer (quem nasce, nasce em algum lugar). • onde só pode se referir a um lugar;
Você comprou o livro. Eu gosto do livro. • podemos substituir onde por no qual e suas variações;
• podemos substituir onde por em que.
de que
Você comprou o livro eu gosto.
do qual ONDE versus AONDE
Observe:
Da mesma forma que no exemplo anterior, aqui houve Visitei o bairro onde você mora. (Quem mora, mora em...)
a necessidade de se colocar a preposição de, exigida pelo Visitei o bairro aonde você foi. (Quem foi, foi a...)
verbo gostar (quem gosta, gosta de alguma coisa). Então: aonde = a + onde.
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Cuidado!
Pronomes que podem ficar no lugar de trechos com ou
(TRT 9ª R/Analista) Relação é uma coisa que não pode exis- sem preposição: me, te, se, nos, vos.
tir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para Eu lhe amo. (errado)
completá-la. Mas essa “outra coisa” fica sendo essencial Eu te amo. (certo)
dela. Passa a pertencer à sua definição específica. Muitas Eu a amo. (certo)
vezes ficamos com a impressão, principalmente devido aos Dei-lhe amor. (certo)
exemplos que são dados, de que relação seja algo que “une”, Dei-te amor. (certo)
que “liga” duas coisas. Dei-a amor. (errado)
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Pronomes oblíquos átonos: me, nos, te, vos, se, o, a, lhe. Casos de mesóclise obrigatória
A mesóclise é obrigatória somente se o verbo no futuro
Regras básicas: iniciar a oração:
• Não iniciar oração com pronome oblíquo átono: Te darei o céu. (errado)
Me dedico muito ao trabalho. (errado) Dar-te-ei o céu. (certo)
• Não escrever tais pronomes após verbo no particípio: Eu te darei o céu. (certo)
Tenho dedicado-me. (errado). Eu dar-te-ei o céu. (certo)
50
GABARITO
Língua Portuguesa
1. E 9. E 17. e 24. e
2. C 10. E 18. C 25. C
3. E 11. E 19. e 26. a g 1–e
4. e 12. C 20. b 27. e (que) 2–a
5. E 13. E 21. d 28. a 3–a
6. C 14. C 22. E E E E E i (se) 1-asse
7. C 15. C CCCEEC 2-esse
8. E 16. E 23. C C C E C 3-isse
51
g
i
(que) haja
(se) 2 – fosse
3 – fosse tenha
ponha
i
EXERCÍCIOS (se) houvesse
tivesse
Conjugue os verbos ser e ir em todos os tempos simples. pusesse
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Pretérito mais que perfeito Não exprimem tempo nem modo. Valores de substantivo
Passado suposto antes de outro passado: Se tivessem ou adjetivo. São: infinitivo, gerúndio e particípio.
lido o aviso, não se atrasariam. Infinitivo é a pura ideia da ação. Subdivide-se em infini-
Forma-se com o imperfeito do subjuntivo de ter (ou ha- tivo impessoal e pessoal.
ver) mais o particípio: tivessem lido. 1. Infinitivo impessoal: não se refere a uma pessoa, ne-
nhum sujeito próprio. É agradável viajar. Posso falar
Futuro simples com João. Usos:
Suposição no futuro: Posso aprender o que quiser. Poderei • Como sujeito: Navegar é preciso, viver não é preciso.
aprender o que quiser. • Como predicativo: Seu maior sonho é cantar.
Forma-se trocando o final -ram do perfeito do indicati- • Objeto direto: Admiro o cantar dos pássaros.
vo (cantaram, viveram, partiram) por: r, res, r, rmos, rdes, • Objeto indireto: Gosto de viajar.
rem. Quando/que/se cantar, cantares, cantar, cantarmos, • Adjunto adnominal: Comprei livros de desenhar.
cantardes, cantarem. Quando/que/se viver, viveres, viver, • Complemento nominal: Este livro é bom de ler.
vivermos, viverdes, viverem. • Em lugar do gerúndio: Estou a pensar (=Estou pen-
sando).
Futuro composto • Valor passivo: O dano é fácil de reparar. Frutas boas
Futuro suposto antes de outro: Isso será resolvido depois de comer.
que tivermos recebido a verba. • Tom imperativo: O que nos falta é estudar.
Forma-se com o futuro simples do subjuntivo de ter (ou
haver) mais o particípio: tivermos recebido. Duas formas do infinitivo impessoal:
Simples (valor de presente). Ações de aspecto não con-
Modo Imperativo cluído: Estudar Português ajuda em todas as provas. Perder
o jogo irrita.
Composto (passado). Ações de aspecto concluído: Ter es-
Expressa ordem, conselho, convite, súplica, pedido, a de-
tudado Português ajuda nas provas. Ter perdido o jogo irrita.
pender da entonação da voz. Dirige-se aos ouvintes apenas:
tu, você, vós, vocês.
2. Infinitivo pessoal: refere-se a um sujeito próprio. Não
• Quando o falante se junta ao ouvinte, usa-se a primeira
estudou para errar. Não estudei para errar. Não estu-
pessoa plural (nós): cantemos, vivamos.
damos para errarmos. Não estudaram para errarem.
• O imperativo pode ser suavizado com: Usos:
a) Presente do indicativo: Você me ajuda amanhã. • Mesmo sujeito: Para nós sermos pássaros, precisa-
b) Futuro do presente: Não matarás, não furtarás. mos de imaginação.
c) Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se você falasse • Sujeitos diferentes: (Eu) Ouvi os pássaros cantarem.
baixo! (eu x os pássaros)
d) Locução com imperativo de ir mais infinitivo: Felipe • Preposicionado: Nós lhes dissemos isso por sermos
rasgou a roupa; não vá brigar com ele. amigos. Nós lhes dissemos por serem amigos.
e) Expressões de polidez (por favor, por gentileza etc.): • Sujeito indeterminado: Naquela hora ouvi chegarem.
Feche a porta, por favor.
f) Querer no presente ou imperfeito (interrogação), Duas formas do infinitivo pessoal:
ou imperativo, mais infinitivo: Quer calar a boca? Simples (presente). Aspecto não concluído: Por chegar-
Queria calar a boca? Queira calar a boca. mos cedo, estamos em dia. Por chegarmos cedo, obtivemos
g) Infinitivo (tom impessoal): Preencher as lacunas uma vaga.
com a forma verbal adequada. Composto (passado). Aspecto concluído: Por termos
• O imperativo pode ser reforçado: chegado cedo, estamos em dia. Por termos chegado cedo,
a) Com repetição: Saia, saia já daqui! obtivemos uma vaga.
b) Advérbio e expressões: Venha aqui! Repito outra
vez, fique quieto! Suma-se, seu covarde! Gerúndio é processo em ação. Papel de adjetivo ou de
• O imperativo pode ser: advérbio: Chegou com os olhos lacrimejando. Vi-o cantando.
a) Afirmativo Usos:
1. Tu e vós vêm do presente do indicativo, retiran- • Início da frase para: I) ação anterior encerrada (Jurando
do-se -s final: deixa (tu), deixai (vós). vingança, atacou o ladrão.); II) ação anterior e continu-
Língua Portuguesa
ð Exceção: “ser” forma sê (tu) e sede (vós). ada (Fechando os olhos, começou a imaginar a festa.).
ð Verbo “dizer” e terminados em -azer e -uzir • Após um verbo, para ação simultânea: Saí cantando.
podem perder “-es” ou só “-s”: diz/dize (tu), Morreu jurando inocência.
traz/traze (tu), traduz/traduze (tu). • Ação posterior: Os juros subiram, reduzindo o consumo.
2. Você, nós e vocês vêm do presente do subjunti-
vo: deixe (você), deixemos (nós), deixem (vocês). Duas formas de gerúndio:
ð Verbos sem a pessoa “eu” no presente indi- Simples (presente): aspecto não concluído. Sorrindo, olha
cativo terão apenas tu e vós: abole (tu), aboli para o pai. Ignorando os perigos, continuou na estrada. =>
(vós). Forma-se trocando o -r do infinitivo por -ndo.
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pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos): Eu me natureza, vozes de animais, ruídos, ou pelo sentido
lavei. Ele se feriu com facas. Nós nos arrependemos tarde. não admitem certas pessoas. chover, zurrar, zunir.
Grupo 2: verbos sem a primeira pessoa do singular
Classificando os Verbos no presente do indicativo e suas derivadas: abolir,
jungir, puir, soer, demolir, explodir, colorir.
a) Pela função: Grupo 3: adequar, doer, prazer, precaver, reaver,
• Principal é sempre o último verbo de uma locução urgir, viger, falir.
(verbos com o mesmo sujeito): Devo estudar. Co- • Abundante: possui mais de uma forma correta.
mecei a sorrir. Diz/dize, faz/faze, traz/traze, requer/requere, tu
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5. (FCC/Assembl.Leg./SP) Os verbos grifados estão corre- 10. (FCC/PBGAS) “... de como se pensavam essas coisas antes
tamente flexionados na frase: dele”. A forma verbal grifada acima pode ser substituída
a) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a corretamente por
região, os responsáveis propuseram a liberação dos a) havia pensado.
recursos necessários para sua reconstrução. b) deveriam ser pensadas.
b) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar c) eram pensadas.
projetos que prevessem a exploração sustentável o d) seria pensada.
meio ambiente. e) tinham sido pensados.
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(Cespe/Anatel/Analista) Durante muitos anos discutiu-se (Cespe/TRT-PE/Analista Judiciário) Talvez o habeas corpus da
apaixonadamente se as empresas multinacionais (EMNs) iam saudade consinta o teu regresso ao meu amor.
dominar o mundo, ou se serviam aos interesses imperialistas 20. O advérbio “Talvez” admite que a forma verbal “Consin-
de seus países-sede, mas esses debates foram murchando, ta” seja alterada para Consente, no modo indicativo.
seja porque não fazia sentido econômico hostilizar as EMNs,
Língua Portuguesa
seja porque elas pareciam, ao menos nas grandes questões, (Cespe/TRT 9ª R/Técnico) O material orgânico presente no
alheias e inofensivas ao mundo da política. lixo se decompõe lentamente, formando biogás rico em
14. A substituição das formas verbais “iam” e “serviam” por metano, um dos mais nocivos ao meio ambiente por con-
iriam e serviriam preserva a coerência e a correção textual. tribuir intensamente para a formação do efeito estufa. No
Aterro Bandeirantes, foi instalada, no ano passado, a Usina
(Cespe/Anatel/Analista) Até agora, quando os países-mem- Termelétrica Bandeirantes, uma parceria entre a prefeitura
bros divergiam sobre assuntos comerciais, era acionado o e a Biogás Energia Ambiental. Lá, 80% do biogás é usado
Tribunal Arbitral. Quem estivesse insatisfeito com o resul- como combustível para gerar 22 megawatts, energia elétrica
tado do julgamento, no entanto, tinha de apelar a outras suficiente para atender às necessidades de 300 mil famílias.
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trabalhadores rurais, promoveu, mediante convênios com O Brasil tem-se caracterizado por perenizar problemas, para
instituições de ensino, a realização de 141 cursos. Com o os quais não se encontram soluções ao longo de décadas.
programa Luz Para Todos – parceria do Ministério do Desen- Ellen Gracie e Paulo Skaf. Folha de S. Paulo, 18/3/2007
volvimento Agrário, INCRA e Ministério das Minas e Energia 33. Para o trecho “não se encontram soluções”, a redação
–, os assentamentos também ganharam luz elétrica. Mais de não são encontradas soluções mantém a correção gra-
132 mil famílias em 2,3 mil assentamentos já foram benefi- matical do período.
ciadas com o programa.
O fortalecimento institucional do INCRA, com a realiza- Na região entre Caravelas, sul da Bahia, e São Mateus, norte
ção de dois concursos públicos, e o aumento no número de do Espírito Santo, a plataforma continental prolonga-se por
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A Petrobras e o governo do Espírito Santo assinaram um “Ações que não emancipam os usuários, pelo contrário, re-
protocolo de intenções com o objetivo de identificar opor- forçam sua condição de subalternização perante os serviços
tunidades de negócios que potencializem o valor agregado prestados.”
da indústria de petróleo e gás no estado. 44. O fragmento ações que não emancipam os usuários,
35. O emprego do modo subjuntivo em “que potencializem” pelo contrário, reforçam a condição deles de subalter-
justifica-se por tratar-se de uma hipótese. nização perante os serviços prestados substitui corre-
tamente o original.
(PM-ES) A economia colonial brasileira gerou uma divisão
de classes muito hierarquizada e bastante simples. No topo (Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país que passe
da pirâmide, estavam os grandes proprietários rurais e os pela nossa mente – e alguns outros de cuja existência sequer
grandes comerciantes das cidades do litoral. No meio, loca- desconfiávamos.”
lizavam-se os pequenos proprietários rurais e urbanos, os 45. O pronome “cuja” tem valor possessivo, já que equivale
pequenos mineradores e comerciantes, além dos funcioná- a sua.
rios públicos.
36. A substituição de “localizavam-se” por estavam locali- Ao coração, coube a função de bombear sangue para o res-
zados prejudica a correção gramatical do período. to do corpo, mas é nele que se depositam também nossos
mais nobres sentimentos. Qual é o órgão responsável pela
(Petrobras/Advogado) Cabe lembrar que o efeito estufa saudade, pela adoração? Quem palpita, quem sofre, quem
existe na Terra independentemente da ação do homem. É dispara? O próprio.
importante que este fenômeno não seja visto como um pro- 46. A repetição do pronome na frase “Quem palpita, quem
blema: sem o efeito estufa, o Sol não conseguiria aquecer sofre, quem dispara?” cria destaque e certo suspense
a Terra o suficiente para que ela fosse habitável. Portanto o na informação.
problema não é o efeito estufa, mas, sim, sua intensificação. 47. A resposta “O próprio.”, dada às perguntas feitas ante-
37. Preservam-se a coerência da argumentação e a correção riormente, omite o nome (coração) ao qual se refere o
gramatical do texto ao se substituir “que este fenômeno adjetivo, o que valoriza enfaticamente o termo “próprio”.
não seja” por este fenômeno não ser.
(Terracap) Foi pensando nisso que me ocorreu o seguinte:
Trabalho Semiescravo se alguém está com o coração dilacerado nos dois sentidos,
biológico e emocional, e por ordens médicas precisa de um
Autoridades europeias ameaçam impor barreiras não tari- novo, o paciente irá se curar da dor de amor ao receber o
fárias ao etanol e exigir certificados de que, desde o cultivo, órgão transplantado?
são observadas relações de trabalho não degradantes e pro- Façamos de conta que sim. Você entrou no hospital com o
cessos autossustentáveis. coração em frangalhos, literalmente. Além de apaixonado por
38. No fragmento intitulado “Trabalho semiescravo”, pre- alguém que não lhe dá a mínima, você está com as artérias
servam-se a correção gramatical e a coerência textual obstruídas e os batimentos devagar quase parando. A vida
ao se empregar forem em lugar de “são”. se esvai, mas localizaram um doador compatível: já para a
mesa de cirurgia.
(Inmetro) Atualmente, o PEFC é composto por 30 membros Horas depois, você acorda. Coração novo.
representantes de programas nacionais de certificação flo- 48. O pronome “Você” é empregado na frase como forma
restal. de indeterminar o agente da ação, traço característico
39. A substituição da expressão “é composto” por com- da oralidade brasileira. Assim, “Você entrou no hospital”
põem-se mantém a correção gramatical do período. corresponde a Entrou-se no hospital.
49. A sequência “a mínima”, à qual falta o nome importân-
Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto nº 5.296. cia, faz do qualificativo “mínima” o núcleo, o foco da
40. A substituição de “foi editado” por editou-se mantém informação.
a correção gramatical do período.
(Adasa) Na história da humanidade, a formação de grandes
O Inmetro tem realizado estudos aprofundados que visam comunidades, com a sobrecarga do meio natural que ela
diagnosticar a realidade do país e encontrar melhores solu- implica, priva cada vez mais os seres humanos de seu acesso
ções técnicas para que o Programa de Acessibilidade para livre aos recursos de subsistência de que eles necessitam e re-
Transportes Coletivos e de Passageiros seja eficaz. Idem, cai, necessariamente, sobre a sociedade enquanto sistema de
ibidem (com adaptações). convivência, a tarefa (responsabilidade) de proporcioná-los.
41. O segmento “tem realizado” pode, sem prejuízo para Essa tarefa (responsabilidade) é frequentemente negada com
Língua Portuguesa
a correção gramatical do período, ser substituído por algum argumento que põe o ser individual como contrário ao
qualquer uma das seguintes opções: vem realizando, ser social. Isso é falacioso. A natureza é, para o ser humano, o
está realizando, realiza. reino de Deus, o âmbito em que encontra à mão tudo aquilo
de que necessita, se convive adequadamente nela.
(MS/Agente) Não ingira nem dê remédio no escuro para que 50. O pronome demonstrativo ‘Isso’ tem como referência
não haja trocas perigosas. anafórica o termo “ser social” do período anterior.
42. Em “para que não haja trocas perigosas”, o emprego do
modo subjuntivo justifica-se por se tratar de situação (Iphan) Os povos da oralidade são portadores de uma cul-
hipotética. tura cuja fecundidade é semelhante à dos povos da escrita.
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classificar as palavras que: i) O vento, por que a porta foi fechada, só cessou ao
“Que é loucura: ser cavaleiro andante / ou segui-lo como bater na vidraça.
escudeiro? / De nós dois, quem o louco verdadeiro? / j) Ele falou um que enfático.
O que, acordado, sonha doidamente? / O que, mesmo k) Ficou provado o crime de que era culpado.
vedado, / vê o real e segue o sonho / de um doido pelas l) “É um teatro em que se apresentam todas as cenas
[...]” (Ferreira de Araújo)
bruxas embruxado? / Eis-me, talvez, o único maluco, / e m) “Homens conturbados que corriam atrás da roda e
me sabendo tal, sem grão, de siso, / sou – que doideira do fogo [...]” (Tércio de Abreu)
– um louco de juízo.” n) Se fosse pelo nome que ele tem, seria ator.
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4. Em ordem de aparecimento: conjunção subordinativa in- Quando o verbo é pronominal, o pronome “SE” é parte
tegrante (Acho tão natural isso.), conjunção subordinativa integrante do verbo.
consecutiva (consequência de achar tão natural), substan- Aqui precisamos distinguir os verbos pronominais. Exis-
tivo (acentuado é substantivo; note também o sentido: rir tem dois grupos de verbos pronominais:
de algo), pronome relativo (qualquer cousa a qual tem que • verbos pronominais essenciais, ou seja, sempre conju-
ver...), preposição (qualquer cousa que tem a ver com haver gados com pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos,
gente...), pronome relativo (haver gente a qual pensa...). vos). São alguns desses verbos: referir-se, ajoelhar-se,
arrepender-se, suicidar-se, apoderar-se, queixar-se.
5. a) objeto direto (que = saudade eu sinto saudade), Veja a conjugação:
objeto direto (que = tudo eu ainda não vi tudo). Eu me arrependo (certo)
b) Sujeito (que = o quintal o quintal tinha uma árvore). Eu arrependo (errado)
c) Adjunto adverbial de intensidade (que = muito Vargas se suicidou (certo)
você está muito esperto). Vargas suicidou (errado)
d) Objeto direto (que = as mudanças [nós] começa-
mos a observar as mudanças). • verbos pronominais acidentais, ou seja, nem sempre
e) Núcleo do sujeito (Pergunte assim: o que ficou no são conjugados com pronomes oblíquos átonos. Tais
ar? Resposta = sujeito: um quê). verbos mudam de sentido e ou de regência. Compare:
f) Em ordem de aparecimento: sujeito (que = crianças O rapaz se dirigiu ao tribunal. (sentido de ir) pronome
crianças sabem), sem função sintática (conjunção “se” parte integrante do verbo
subordinativa comparativa [crianças sabem mais do O rapaz dirigiu o tribunal. (sentido de chefiar, comandar)
que eu comparação], e conjunção não tem função O presidente se valeu de lacunas da lei. (sentido de
sintática), adjunto adverbial de intensidade (que = utilizar) => pronome “se” parte integrante do verbo
muito: muito engraçado). O carro valeu R$ 20.000,00. (sentido de valor)
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b) Faço questão de que os clientes se sintam à vontade. b) Ana Lúcia deixou-se ficar calada, aguardando o de-
c) No epílogo da vida, vão-se embora todos os belos senrolar da conversa das duas senhoras. (Pronome
sonhos. reflexivo, empregado na função de objeto direto)
d) Não se esqueça das belas manhãs ensolaradas. c) O peregrino ajoelhou-se contrito e deslumbrado ante
e) Necessita-se de calma e perseverança para alcançar tanta beleza da basílica. (Partícula apassivadora, sem
o objetivo. função sintática)
d) O maior defeito dos homens é darem-se valores di-
4. Aponte o período em que a palavra se é conjunção su- vinos. (Pronome reflexivo, empregado como objeto
bordinativa integrante. indireto)
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10. (Cespe) Em qual das opções o se não foi analisado cor- Estrutura das Palavras
retamente?
a) Deitada de lado, a menina se vê nos dois espelhos Em geral, a palavra pode ser decomposta em partes: a
negros. (Pronome pessoal reflexivo, na função de raiz, o radical, o tema, os afixos (sufixos e prefixos), a desi-
objeto direto) nência (nominal e verbal), a vogal temática; os infixos (a vogal
b) Depois os dois deram os braços como há muito tempo e a consoante de ligação).
não se usava dar. (Partícula apassivadora, formando
a voz passiva sintética)
Raiz: é o elemento fundamental da palavra; não pode ser
c) O cipreste inclina-se em fina reverência e as mar-
garidas estremecem. (Pronome pessoal reflexivo, na decomposta e nele se concentra o sentido básico: é, além dis-
função de objeto direto) so, comum às palavras da mesma família (palavras cognatas):
d) Não, não se trata de um congresso de gurus, bruxos (‑reg‑) é a raiz das palavras cognatas:
ou remanescentes. (Pronome pessoal reflexivo, na reger; régua; regular etc.
função de objeto indireto)
e) Adriana deixou-se cair, no canapé, a rir. – Pronome A raiz chama-se também radical primário.
pessoal reflexivo, na função de sujeito.
Radical (ou radical secundário): é a raiz acrescida de
11. A palavra se é conjunção subordinativa integrante (por afixos, se houver. Não havendo qualquer afixo (sufixo ou
introduzir oração subordinada substantiva objetiva di- prefixo) raiz e radical se confundem.
reta) em qual das orações seguintes?
Assim, na palavra “reger”, eliminando-se a desinência
a) Ele se morria de ciúmes pelo patrão.
b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. “‑er” fica-se a raiz que, nessa palavra, é, também, o radical
c) O aluno fez-se passar por doutor. primário. Mas na palavra “desregular”, eliminando-se a desi-
d) Precisa-se de pedreiros. nência “‑ar”, fica-se o radical “desregul –”, que é o radical se-
e) Não sei se o vinho está bom. cundário, por ter sido ampliado com afixos (sufixo e prefixo).
12. Na frase “Trabalhou-se com prazer”, a palavra se é: Tema: é o radical acrescido de uma vogal, denominada
a) partícula de realce. “vogal temática”. Nos nomes nem sempre é fácil apontar a
b) partícula expletiva. vogal temática, quando coincide com as desinências do gê-
c) pronome relativo. nero, ou não passa de simples semivogal; além disso, pode
d) índice de indeterminação do sujeito. nem existir. Nos verbos, obtemos o “tema” com a eliminação
e) n.d.a. da desinência do infinitivo (r).
Exemplo:
13. “O herdeiro, longe de compadecer-se, sorriu e, por es-
“ama ‑” é o tema do verbo “amar”, “am” é o radical e
mola, atirou-lhe três grãos de milho.” O se na oração é:
a) índice de indeterminação do sujeito. “a” a vogal temática (característica da primeira conjugação).
b) pronome apassivador.
c) pronome reflexivo. Afixos: são os elementos de significação secundária que
d) partícula de realce. se agregam à raiz para formar uma nova palavra, derivada da
e) parte integrante do verbo. primeira. Os afixos chamam-se “prefixo” quando se antepõe
à raiz e “sufixo” quando se pospõe a ela:
14. Quanto ao uso do se, a gramática tradicional não admite Exemplos:
a construção: reluzir ‑ “re” prefixo
a) Vendem-se casas. sapateiro ‑ “eiro” sufixo
b) Aluga-se apartamento.
c) Não se vá tão cedo! Desinências: são os elementos que terminam as palavras,
d) Trabalhou-se muito hoje. indicando as flexões gramaticais. Dividem-se em:
e) Conserta-se sapatos.
• desinências nominais: quando, nas palavras, indicam
15. A classificação da palavra se está correta em: as flexões de gênero e de número dos nomes;
a) Passavam-se os meses, e nenhuma notícia chegava. • desinências verbais: quando indicam as flexões de
(parte integrante do verbo) número e pessoa, tempo e modo do verbo.
b) Venha à festa se estiver disposta. (conjunção inte-
grante) Assim, nas formas “menino”, “menina”, “o” e “a” são
c) Quero perguntar-lhe se você está satisfeita. (conjun- desinências de gênero; já em “meninos” e “meninas” o “s”
ção subordinativa condicional) é desinência de número (desinências nominais).
d) Com o susto, deixou-se cair no sofá. (partícula de realce)
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Vogais e consoantes de ligação: são elementos, sem e) Regressiva: forma-se uma palavra nova pela subtração
quaisquer sentidos, que se intercalam entre outros para de um elemento da palavra primitiva.
facilitar a pronúncia.
café‑i‑cultor, gas-ô-metro, cha-l-eira, pau‑l‑ada, café‑t‑ei- primitiva derivada
ra etc. chorar choro
combater combate
Processo de Formação de Palavras
Observação:
Dois são os principais processos de formação de palavras Na derivação regressiva, formam-se, geralmente, subs-
tantivos abstratos indicativos de ação, através da queda do
na língua portuguesa: composição e derivação.
“r” da palavra primitiva (o verbo).
Composição f) Imprópria: formação de uma palavra nova sem que seja
Consiste na criação de palavras por meio de duas ou mais alterada a forma da palavra primitiva. É um caso especial de
palavras. A associação dos referidos elementos pode ser feita derivação, a palavra não sofre modificações em sua estrutura
por “justaposição” ou por “aglutinação”. básica, nem acréscimo nem redução, o que ocorre, na reali-
a) Justaposição dade, é uma mudança na função que a palavra exerce num
Na justaposição, os elementos conservam a sua indepen- determinado contexto; isso acontece quando uma palavra
dência, tendo cada radical o seu acento tônico, não havendo muda de classe gramatical.
perda de sons em qualquer dos componentes. Exemplo:
carro-dormitório, amor-perfeito, segunda-feira, mula- A palavra “não”, tomada isoladamente, é um advérbio
-sem-cabeça, vira-lata, guarda-comida, madrepérola, de negação; exerce essa função em frase do tipo: Não irei
passatempo, pontapé etc. ao cinema.
Entretanto, sua função pode ser modificada, dependendo
b) Aglutinação do contexto:
Na aglutinação, os dois elementos se fundem num todo O não é uma palavra terrível.
com um só acento tônico, havendo inclusive perda de sons. Nesse caso, a palavra “não” passa a ser um substantivo.
O mais comum na derivação imprópria é a mudança de
aguardente (água + ardente); embora (em + boa + hora);
verbos, adjetivos, advérbios e conjunções em substantivos.
outorga (outra + hora); pernalta (perna + alta) etc.
Observação:
Derivação Para sabermos se a palavra é substantivo ou verbo, usa-
Consiste na formação de palavras novas por meio de mos o seguinte critério: “Se o substantivo denota ação, será
prefixos ou sufixos. Daí a divisão em: palavra derivada, e o verbo palavra primitiva; mas, se o nome
a) Prefixação ou derivação prefixal: quando antepomos denota algum objeto ou substância, será palavra primitiva e o
ao radical da palavra, um elemento denominado “prefixo”, verbo derivada.” Desta forma, exemplifiquemos: caça (subs-
formando aí uma nova palavra. tantivo, denota ação) vem do verbo caçar. O substantivo
in‑feliz = infeliz arquivo (denota um objeto) dá origem ao verbo arquivar.
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17. ( ) A mente humana é poderosa arma contra o mal. Eu sou seu. (pronome na função de predicativo)
18. ( ) A vida e a morte são os extremos da raça humana. Nós somos esforçados. (adjetivo na função de predicativo)
19. ( ) Necessitamos de muita paz. Nós somos de ferro. (locução adjetiva na função de pre-
20. ( ) O querer e o fazer são alcançáveis. dicativo)
21. ( ) ( ) ( ) Querer e fazer é alcançável. A solução é que você venha. (oração não função de pre-
22. ( ) Todos necessitam de ajuda. dicativo)
23. ( ) O valor do homem é medido pela cultura.
24. ( ) Houve dias de sol em pleno inverno. (SGA-AC/Administrador) Uma decisão singular de um juiz
25. ( ) Caíram ao solo os lápis e os cadernos. da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a
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clusivas, que são: logo, portanto, então, por isso, por con-
Aposto explicativo: maior acidente geográfico das seguinte, pois (depois do verbo) etc.
Américas. ADN: das Américas. Houve algum engano, por isso vamos verificar.
194. aposto resumitivo: TUDO. Ele estudou muito, logo venceu na vida.
195. aposto resumitivo: NINGUÉM. Ele pagou seus compromissos, então merece crédito.
196. aposto explicativo: piratas modernos.
197. aposto explicativo: os sequestradores. 5. Orações coordenadas sindéticas explicativas
198. aposto enumerativo: Robinho, Fernando e Franco. Quando encerram uma explicação daquilo que vem ex-
I presso na anterior, sendo introduzidas por conjunções ou
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(complemento nominal)
1. D 8. A 15. E 22. E Período composto:
2. B 9. C 16. F 23. F Sou favorável a que executem a fera.
(oração subordinada substantiva completiva nominal)
3. E 10. A 17. C 24. A
4. E 11. F 18. B 25. B e) Predicativo – oração subordinada substantiva pre-
5. F 12. B 19. B dicativa
6. D 13. A 20. E Desempenha a função de predicativo do sujeito da ora-
7. B 14. D 21. F ção principal.
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Observação: 2. Explicativa
Onde = em que
Quanto: Tudo quanto existe é obra divina. Características
a) Acrescenta uma qualidade acessória ao antecedente.
A oração subordinada adjetiva pode ser: b) É dispensável ao sentido da frase.
c) Vem separada por vírgulas da oração principal.
Restritiva ou Explicativa Jorge de Lima, que foi um poeta da segunda fase, do
Modernismo brasileiro, escreveu uma obra junto com
É restritiva quando restringe ou limita o sentido do nome Murilo Mendes.
ou pronome a que se refere. A qualidade ou propriedade
expressa pela oração subordinada adjetiva, nesses casos, não EXERCÍCIOS
é intrínseca, não é essencial ao nome ou pronome a que se
reporta a oração. Coloque nos parênteses que precedem os períodos seguin-
O homem que crê, nunca se desespera. tes, em relação à oração que estiver sublinhada.
Oração principal: O homem nunca se desespera. (R) para oração subordinada adjetiva restritiva.
Oração subordinada adjetiva: que crê. (E) para oração subordinada adjetiva explicativa.
Justificativa: Nem todo homem crê.
Logo, a crença não é qualidade comum a todos os ho- 1. ( ) Os alunos que chegarem atrasados serão advertidos.
mens. 2. ( ) A vida, que é curta, deve ser bem aproveitada.
3. ( ) A perseverança, que a marca dos fortes, leva a su-
A oração restringe ou limita o sentido do termo homem, cessos na vida.
pois o autor refere-se somente ao homem que crê, e não a
4. ( ) Quero somente as fotos que saírem perfeitas.
todo e qualquer homem.
5. ( ) Pedra que rola fica lisa.
6. ( ) O carro que bateu vinha a mais de oitenta.
É explicativa quando exprime uma qualidade inerente,
7. ( ) O Amazonas, que é o maior rio do mundo em vo-
essencial ao nome com que se relaciona.
O homem, que é mortal, tem no túmulo o epílogo da vida. lume d’água, nasce nos Andes.
Oração principal: O homem tem no túmulo o epílogo da 8. ( ) O cavalo que ganhou o grande prêmio Brasil chama-
vida. -se Sun Set.
Oração subordinada adjetiva explicativa: que é mortal. 9. ( ) Os carros que não tiverem placa serão multados.
Justificativa: todo homem é mortal. 10. ( ) O homem, que é um ser mortal, tem uma missão
Logo, a morte é inerente à natureza do homem. sobre a terra.
11. ( ) A lua, que é um satélite da terra, recebe a luz solar.
Os exemplos apresentados revelam-nos que a adjetiva 12. ( ) O negro que está faminto precisa de cuidados especiais.
restritiva é indispensável ao sentido do período, enquanto 13. ( ) A vida, que é boa, deve ser aproveitada.
que a adjetiva explicativa pode ser retirada do período sem 14. ( ) Ali fica o consultório que pertence a meu amigo.
prejudicar o sentido. A adjetiva explicativa vem sempre en- 15. ( ) As justificativas, que escutei, são do pobre coitado.
tre vírgulas e as restritivas aceitam vírgulas apenas, onde 16. ( ) Ontem vi o amigo que vai viajar comigo.
terminam. 17. ( ) O médico, que está a serviço do povo, atendeu a
um chamado.
Importante: 18. ( ) Era um homem que tinha muita coragem.
Se, no entanto, as palavras: quem, qual, onde, quan- 19. ( ) O médico prestou favores que não podem ser esti-
to, quando e como figuram na oração, sem antecedente mados.
expresso, as orações por eles introduzidas não mais serão 20. ( ) É deliciosa a sensação inusitada que senti.
adjetivas, mas sim, subjetivas. 21. ( ) Ontem examinei a senhora gorda que está diabética.
Exemplifiquemos comparando adjetivas com subjetivas: 22. ( ) O cliente que chegar atrasado será advertido.
Conheço a rua onde mora o professor. 23. ( ) O médico que ajudou o preto chama-se Jamur.
Antecedente expresso: rua 24. ( ) O Rio de Janeiro, que é a cidade rica em belezas
Or. sub. adj. restr.: onde mora o professor naturais, é hospitaleira.
25. ( ) O homem que desmaiou vinha mal intencionado.
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(MRE/Assistente de Chancelaria) Segundo o ex-assessor es- Temporais: quando, enquanto, logo que, antes que, de-
pecial de Lula, Frei Betto, que chegou recentemente de Cuba, pois que, mal, sempre que.
onde esteve com Raúl Castro, de quem é amigo pessoal, os Sempre que corríamos à janela, assistíamos ao pôr-do-sol.
cubanos fazem sérias ressalvas ao processo chinês, exata- Mal as provas chegaram, os alunos se agitaram.
mente por valorizar o crescimento econômico sem levar em
conta o desenvolvimento social. 2) Conjunções coordenativas (para comparar e distin-
4. O trecho “que chegou recentemente de Cuba” está entre guir)
vírgulas por tratar-se de oração subordinada adjetiva Aditivas: e, nem ( = e não), mas também.
restritiva. Astolfo não cantou nem dançou.
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Financeiro” seria corretamente explicitada por meio da para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o
conjunção Entretanto. 37 problema.
Pode haver paz onde há fome crônica? Pode haver
(Banco do Brasil/Escriturário) A Airbus mantém 4.463 aerona- paz no lar em que a criança está morrendo por falta de
ves em operação, enquanto a Boeing tem 24 mil – incluindo 40 remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode
5 mil Boeing 737, o principal rival do Airbus 320, o mesmo haver paz onde o ódio domina? Pode haver paz onde a
modelo do envolvido em recente acidente aéreo. As duas perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o pri-
empresas travam um duelo à parte pelo mercado da aero- 43 meiro passo é suprimir a fome, a doença, o desemprego,
náutica. No ano passado, a Airbus recebeu 791 encomendas o ódio, a perseguição.
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1 A compreensão dos processos históricos relacio- (MRE/Assistente de Chancelaria) O afastamento de Fidel Cas-
nados a determinados assuntos é possível quando se tro, como quer que deva ser analisado de diversos pontos
levam em consideração manifestações concretas que de vista, tem certamente significado simbólico. Ele aponta
4 acontecem na vida das pessoas, contextualizando-as no para o fim de uma singular experiência revolucionária no
espaço e no tempo. Assim sendo, é de suma importância hemisfério, que, não obstante o que aparece como sobrevi-
relacionar fatos históricos brasileiros ao desenvolvimen- da melancólica nas condições de hoje, ao nascer incendiou
7 to dos meios de transporte para facilitar o entendimento romanticamente a imaginação de muitos de nós e nos mo-
da participação e da importância destes na integração bilizou.
das regiões brasileiras e no seu desenvolvimento so- 28. O termo “não obstante o” pode, sem prejuízo para a
10 cioeconômico. correção gramatical e para as informações originais do
Tão antigos quanto a existência do próprio homem período, ser substituído por apesar do ou a despeito do.
são o desejo e a necessidade humanos de se deslocar, de
13 se mover, de transportar, enfim, de transitar, fato que se
(Teresina-PI/Agente Fiscal) No ano passado, a produção in-
antecipa mesmo ao surgimento dos meios de transporte.
dustrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o
Foi exatamente pela necessidade de transitar que, há
16 500 anos, os europeus chegaram ao continente ameri- total de horas pagas pela indústria aumentou 1,8%. Isso quer
cano e fizeram do território que hoje se chama Brasil o dizer que a produtividade cresceu sem necessidade de de-
Língua Portuguesa
seu espaço de exploração. Entretanto, para descobrir as missões de trabalhadores, como ocorreu entre 1990 e 2003.
19 potencialidades de um país com tamanha vastidão terri- 29. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção
torial e conhecê-lo em sua totalidade, desenrolaram-se gramatical e para as informações originais do período,
muitas histórias. ser substituído por qualquer um dos seguintes: ao passo
que, na medida que, conquanto.
22. A relação que o período iniciado por “Assim sendo”
(l. 5-6) mantém com as ideias do período imediatamente (Teresina-PI/Agente Fiscal) A despeito da desaceleração
anterior permite que esse termo seja substituído por econômica nas nações ricas, as cotações das commodities
Desse modo ou Por isso. agrícolas, minerais e energéticas persistem em ascensão.
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(Detran/Analista de Trânsito) Todavia, foi somente após a • Sujeito = mais de, verbo de acordo com o numeral.
Independência que começou a se manifestar explicitamente, Obs.: repetição ou reciprocidade, só plural.
no Brasil, a preocupação com o isolamento das regiões do Mais de um político se corrompeu.
país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico. Mais de dois políticos se corromperam.
48. O termo “Todavia” estabelece uma relação de causa Obs.: Mais de um político, mais de um empresário se cor-
entre as ideias expressas no primeiro e no segundo pe- romperam. Mais de um político se cumprimentaram.
ríodos do texto.
• Sujeito coletivo, partitivo ou percentual, verbo concorda
(Detran/Analista de Trânsito) Observe o trecho: com o núcleo do sujeito ou com o adjunto.
linguagem. S.f. 1. o uso da palavra articulada ou escrita como Obs.: coletivo distante do verbo fica no singular ou no plural.
meio de expressão e de comunicação entre as pessoas. O bando assaltou a cidade (assaltar, no passado).
49. No texto do verbete de dicionário, o valor de comparação O bando de meliantes assaltou ou assaltaram a cidade.
da palavra “como” deixa subentender uma expressão A maior parte das pessoas acredita nisso. Ou:
mais complexa: assim como. A maior parte das pessoas acreditam nisso.
A maior parte acredita.
(Ibama/Analista) Preso em diversas ocasiões, só foi defini- Oitenta por cento da turma passaram ou passou.
tivamente absolvido em 1º de março de 1984, quatro anos Obs.: O povo, apesar de toda a insistência e ousadia, não
depois, portanto, de iniciadas as perseguições. De acordo conseguiu ou conseguiram evitar a catástrofe.
com a conselheira Sueli Bellato, embora o relatório não tenha
se aprofundado na questão, foi possível constatar que Chico • Sujeito = pronome pessoal preposicionado
Mendes também foi torturado enquanto estava sob custódia a) núcleo singular, verbo singular.
de policiais federais. Algum de nós errou. Qual de nós passou.
50. Os termos “portanto” e “enquanto” estabelecem idên- b) núcleo plural, verbo plural ou com o pronome pessoal.
ticas relações de sentido. Alguns de nós erraram ou erramos. Quais de nós
erraram ou erramos.
GABARITO
• Sujeito = nome próprio que só tem plural
1. E 14. E 27. E 40. C a) Não precedido de artigo, verbo no singular.
2. C 15. C 28. C 41. E Estados Unidos é uma potência. Emirados Árabes fica
3. E 16. C 29. E 42. E no Oriente Médio.
4. E 17. C 30. C 43. E b) precedido de artigo no plural, verbo no plural.
5. E 18. E 31. C 44. E Os Estados Unidos são uma potência. Os Emirados Ára-
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Obs.: Verbo sem sujeito chama-se verbo impessoal. (TCU) “O melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá
A regra é ficar na 3ª pessoa do singular. Ver verbo haver. andando, até achar entrada. Há de haver alguma”.
27. Na expressão Há de haver verifica-se o emprego impes-
“Novos instrumentos vêm ocupar o lugar dos instrumentos soal do verbo haver na forma “Há”.
velhos e passam a ser utilizados para fazer algo que nunca
tinha sido imaginado antes.” (DFTrans) “As estradas da Grã-Bretanha tinham sido cons-
7. É gramaticalmente correta e coerente com a argumen- truídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por car-
tação do texto a seguinte reescrita para o período final: ruagens romanas”.
Cada novo instrumento que vêm ocupar o lugar dos ins- 28. Devido ao valor de mais-que-perfeito das duas formas
trumentos antigos passam a ser utilizados para fazer algo verbais, preservam-se a coerência textual e a correção
que ainda não fôra imaginado. gramatical ao se substituir “tinham sido” por havia sido.
“Agora, ao vê-lo assim, suado e nervoso, mudando de lugar (PMDF) “Jamais houve tanta liberdade e o crescimento das
o tempo todo e murmurando palavras que me escapavam, democracias foi extraordinário”.
temia que me abordasse para conversar sobre o filho.” 29. A substituição do verbo impessoal haver, na sua forma
8. A forma verbal “temia” concorda com o sujeito de tercei- flexionada “houve”, pelo verbo pessoal existir exige
ra pessoa do singular ele, que foi omitido pelo narrador. que se faça a concordância verbal com “liberdade” e
“crescimento”, de modo que, fazendo-se a substituição,
9. A substituição de “teria” por teriam não altera o sentido deve-se escrever existiram.
nem a adequação gramatical do trecho “o valor de suas
casas, que serviam de garantia para os empréstimos, (Abin) “Melhorar o mecanismo de solução de controvérsias
teria de continuar subindo indefinidamente”. é um dos requisitos para o fortalecimento do Mercosul, vide
as últimas divergências entre Brasil e Argentina”.
Regras Especiais 30. Mantém-se a obediência à norma culta escrita ao se
substituir a palavra “vide” por haja visto, uma vez que
Verbo haver com sujeito. as relações sintáticas permanecem sem alteração.
Eles haviam chegado.
Outros Verbos Impessoais
Verbo haver sem sujeito tem o sentido de existir, acon-
tecer ou tempo decorrido. Verbo fazer indicando tempo ou clima.
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Regra: Regra:
O núcleo conjuga o verbo, ou o adjunto adnominal Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo
conjuga o verbo. próximo conjuga o verbo.
(Ibram-DF) “Um caso de amor e ódio. A maioria dos estudio- “Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz
sos evita os clichês como o diabo foge da cruz, mas as frases um livro, um governo, ou uma revolução”.
39. No trecho “assim se faz um livro”, a expressão “um livro”
feitas dão o tom do uso da língua.”
exerce a função de sujeito.
32. No segundo período do texto, a forma verbal “evita”, em-
pregada no singular, poderia ser substituída pela forma Atenção:
flexionada no plural, evitam, caso em que concordaria Com a palavra se, o verbo de ação não tem objeto direto.
com “estudiosos”, sem que houvesse prejuízo gramatical Quando temos a palavra se, o objeto direto vira sujeito pacien-
para o período. te. Então, chamamos a palavra se de partícula apassivadora.
(MPU) “A maioria dos países prefere a paz.” “Acho que se compreenderia melhor o funcionamento da lin-
33. Está de acordo com a norma gramatical escrever “pre- guagem supondo que o sentido é um efeito do que dizemos,
ferem”, em lugar de “prefere”. e não algo que existe em si, independentemente da enun-
ciação, e que envelopamos em um código também pronto.
(PF) “Hoje, 13% da população não sabe ler.” Poderiam mudar muitas perspectivas: se o sentido nunca
34. A forma verbal “sabe”, no texto, está flexionada para é prévio, empregar ou não um estrangeirismo teria menos a
concordar com o núcleo do sujeito. ver com a existência ou não de uma palavra equivalente na
língua do falante. O que importa é o efeito que palavras es-
trangeiras produzem. Pode-se dar a entender que se viajou,
(PCDF) “Uma equipe de policiais está junta por dez anos e
que se conhecem línguas. Uma palavra estrangeira em uma
aprenderam a investigar.”
placa ou em uma propaganda pode indicar desejo de ver-se
35. Está adequada à norma culta a redação do texto. associado a outra cultura e a outro país, por seu prestígio.”
40. Para se manter o paralelismo com o primeiro e o último
(TCU) “Os meus pupilos não são os solários de Campanela períodos sintáticos do texto, o segundo período também
ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que admitiria uma construção sintática de sujeito indeter-
não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares.” minado, podendo ser alterado para Poderia se mudar
36. A forma verbal “formam” está flexionada na 3ª pessoa muitas perspectivas.
do plural para concordar com a ideia de coletividade
que a palavra “povo” expressa. Atenção:
Muito cuidado com as duas opções de análise! Em lo-
Cuidado com a exceção! cução verbal com a palavra SE na função de partícula apas-
Quando o núcleo coletivo, partitivo ou percentual está sivadora, podemos analisar como sujeito simples nominal,
após o verbo, somente o núcleo conjuga o verbo. (regra: o núcleo conjuga o verbo) ou como sujeito oracional,
(regra: o verbo fica no singular).
(Iema-ES) “Quando se constrói um transgênico, os objetivos
41. A flexão de plural em lugar de “Pode-se” respeita as
são previsíveis, bem como seus benefícios. Entretanto, os
regras de concordância com o sujeito oracional “dar a
riscos de efeitos indesejáveis ao meio ambiente e à saúde
entender”.
humana são imprevisíveis, a não ser que se gere também
uma série de estudos para avaliar suas reais consequências.” Regra:
37. Seria mantida a correção gramatical do período caso a Sujeito oracional pede verbo no singular.
forma verbal “gere” estivesse flexionada no plural, em Cantar e dançar relaxa. (certo) => O sujeito de “relaxa”
concordância com a palavra “estudos”. é oração: cantar e dançar.
Cantar e dançar relaxam (errado).
Sujeito com Núcleos Sinônimos ou Quase
Atenção:
Regra: Caso os verbos do sujeito oracional expressem sentidos
Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo opostos, teremos plural.
próximo conjuga o verbo. Subir e descer cansam. (certo) => Note os opostos: subir
A paz e a tranquilidade descansam a alma. e descer.
A paz e a tranquilidade descansa a alma. Subir e descer cansa. (errado)
Verbo no Infinitivo
(Abin) “A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin)
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87. Esqueci de que era feriado. 108. O pai custou a acreditar no filho.
88. Esqueci que era feriado. Importante! O sentido adequado é algo (sujeito) custar
(ser difícil) para alguém (complemento). Veja:
Atenção! Existe um uso literário raro: O relatório custou ao especialista.
Esqueceu-me o seu aniversário. Sentido: o seu aniversário Custou-me acreditar. (Sentido: acreditar foi difícil para
saiu de minha memória. mim). Aqui o sujeito é oracional: acreditar.
Sujeito: o seu aniversário (não é complemento). Aqui o com- Custou ao pai acreditar no filho. (Certo). Aqui o sujeito
plemento é representado pelo pronome “me”. é a oração: acreditar no filho. O complemento é: ao pai.
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• Separam uma unidade (moeda, peso, medida) equi- 3. A vírgula depois da oração “e mantê-la saudável” indica
valente a outra. que essa oração constitui um aposto explicativo para a
O animal pesaria 10 arrobas (150 kg). oração anterior.
• Separam números e letras, numa relação de itens, e
asterisco. (MS) Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, bri-
(1), (2), (a), (b), (*). lhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a
• Deslocado para a linha seguinte, basta usar o segundo atenção e a curiosidade natural das crianças; não estimule
parêntese. essa curiosidade; mantenha medicamentos e produtos do-
1), 2), a), b). mésticos trancados e fora do alcance dos pequenos.
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e) I, II e III.
19. (Metrô-SP) No trecho “– e comerciais, por meio das pa-
tentes.” O emprego do travessão (Banco do Brasil) A turbulência decorrente do estouro de
a) confere pausa maior no contexto, acrescentando mais essa bolha ainda não teve suas consequências totalmen-
sentido de crítica ao segmento. te dimensionadas. A questão que se coloca é até que ponto
b) introduz segmento desnecessário no contexto, pois é possível injetar alguma previsibilidade em um mercado tão
repete o que foi afirmado anteriormente. interconectado, gigantesco e que tem o risco no DNA. O único
c) assinala apenas escolha pessoal do autor, sem signi- consenso é que o mercado precisa ser mais transparente.
ficação importante no parágrafo. (Veja, 12/3/2008 com adaptações).
99
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans- didas tiveram de ser tomadas pela Companhia Urbanizadora
mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e da Nova Capital do Brasil — NOVACAP — objetivando à ins-
alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” talação de fontes de energia elétrica necessárias às ativida-
28. O travessão foi usado para enfatizar trecho do enuncia- des administrativas desenvolvidas no gigantesco canteiro de
do. Efeito similar se conseguiria com o uso de negrito, obras. Assim sendo, já nos primeiros dias de 1957, a energia
ou, no discurso oral, com entonações enfáticas. elétrica de origem hidráulica era gerada, pela primeira vez,
no território do futuro Distrito Federal, pela usina pioneira
29. (Funiversa/Sejus/Téc. Adm.) Cada uma das alternativas do Catetinho, de 10 HP, instalada em pequeno afluente do
a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto. Ribeirão do Gama.
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Essa é uma questão delicada, daí a importância que se tenha Carlos Drummond de Andrade. Reunião, 10.ª ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 17.
clareza sobre ela.
34. A frase Essa é uma questão delicada, por isso é impor-
tante que se tenha clareza sobre ela é uma reescrita 40. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter-
adequada da original registrada. nativa incorreta.
a) Para o autor, em uma visão integral, porém dinâmica
da cidade, a ausência de artigos na primeira estrofe
Parte da população torna-se receptora de “benefícios” não
do texto reflete a similaridade conceitual estabele-
no sentido do patamar do direito e, sim, na perspectiva da
cida entre os substantivos.
troca votos-favores.
b) A fusão dos elementos humanos à paisagem natu-
35. A frase parte da população torna-se receptora de “be-
ral, em uma visão panorâmica, ratifica a ausência de
nefícios” não somente no sentido do patamar do direi-
artigos na primeira estrofe.
to, mas também na perspectiva da troca votos-favores
c) Ao longo do texto, quase não há inserção de adje-
é uma reescrita adequada da original.
tivos, dado o fato de a dinamicidade do texto não
promover espaço para o detalhamento.
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans- d) O emprego da pontuação ao longo do texto sugere
mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e ausência de conhecimento sintático, promovendo
alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” lentidão e morosidade na leitura.
36. A sequência “de qualquer país” pode ser reescrita, sem e) É empregada a sinonímia de estruturação sintática e
perda de sentido, como por seja qual for o país. lexical na segunda estrofe.
(Funiversa/Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país 41. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter-
que passe pela nossa mente – e alguns outros de cuja exis- nativa incorreta.
tência sequer desconfiávamos.” a) Se, ao penúltimo verso, for dada a seguinte redação:
37. A conjunção “e” poderia ser substituída, sem perda de Devagar... às janelas olham ter-se-á modificação se-
sentido, pela locução além de. mântica da estrutura textual.
b) A variação da abordagem semântica na estrutura
(Funiversa/Terracap) A vida se esvai, mas localizaram um sintática do texto tornou-o incoeso e inacessível ao
doador compatível: já para a mesa de cirurgia. leitor.
38. A seguinte reescritura do trecho está gramaticalmente c) Nenhum atributo é legado aos substantivos da se-
correta: localizaram um doador compatível; portanto, gunda estrofe, porém, apesar desta característica, é
vá urgente para a mesa de cirurgia. Porém, ela perde em perceptível a introdução de movimentação espacial.
qualidade para a original, mais sintética e mais expressiva. d) No texto, é possível verificar a ocorrência de artigo
indefinido.
39. (Funiversa/Adasa) O trecho “É a conduta dos seres hu- e) No trecho “Devagar... as janelas olham.”, foi emprega-
manos, cegos entre si mesmos e ao mundo na defesa da da a personificação, processo que humaniza objetos.
negação do outro, o que tem feito do presente humano
o que ele é.” pode ser reescrito, sem que haja alteração GABARITO
de sentido, da seguinte forma:
a) É o agir humano, cego ao outro e ao mundo na negação 1. C 22. a
de outro mundo, o que faz do presente o que ele é. 2. E 23. C
b) É o mal inerente ao homem, que o torna cego em 3. E 24. b
relação ao próximo e ao mundo, que faz do presente 4. E 25. a
o que ele é. 5. C 26. E
c) É a maneira de agir do homem, alienado ao negar o 6. e 27. C
outro seja na forma do semelhante ou na forma do 7. d 28. C
mundo, que faz do presente o que ele é. 8. C 29. d
d) É a forma de agir dos homens que se tornam cegos 9. a 30. C
para com os outros e para com o mundo que faz deste 10. C 31. b
mundo o que ele é. 11. C 32. e
e) É a conduta da humanidade, cega entre si e ao mundo 12. b 33. E
por negar o outro, o que torna o homem mau como 13. a 34. C
Língua Portuguesa
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SUMÁRIO
Noções de Informática
Conhecimento e utilização dos principais softwares utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de
e-mails, reprodutores de vídeo, visualizadores de imagem, antivírus)................................................................................ 7
Periféricos de computadores.................................................................................................................................................. 4
Ambientes operacionais. Utilização dos sistemas operacionais Windows 7 e Windows 8.1....................................... 13/19
Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, busca e pesquisa na Web, Mecanismos de busca
na Web...........................................................................................................................................................................59
Processador
raramente solicitadas; desde as que armazenam dados por De acordo com a sua fabricação, a memória RAM pode
muito tempo (mesmo com o computador desligado) até ser de dois tipos principais: a DRAM (RAM Dinâmica) e a
aquelas que só armazenam informações enquanto o com- SRAM (RAM Estática):
putador está sendo utilizado. – DRAM: menos rápida, mais barata e encontrada em
De acordo com o meio de armazenamento, as memórias maior quantidade em nossos computadores. São
podem ser classificadas em: fabricadas com capacitores (pequenas pilhas) que
– Semicondutoras: armazenam informações em chips se descarregam com o tempo e devem sofrer atua
de silício (RAM, ROM, EPROM, Cache). lizações frequentes (refresh, realimentação). Esse
– Magnéticas: armazenam informações em uma super- processo toma tempo do processador e aumenta o
fície magnetizável (disquete, HD, fita). tempo final de processamento.
Memória Cache (Memória Intermediária) chamada de Arquivo de Troca, Permuta ou Paginação, Swap
File e Memória Paginada.
Além da RAM principal (SDRAM), há uma pequena quan- A memória virtual é um recurso de armazenamento
tidade de memória RAM estática (SRAM) nos nossos compu- temporário usado por um computador para executar pro-
tadores. Essa memória é muito rápida e fica localizada dentro
do processador (5 ns contra 70 ns da SDRAM), interposta entre gramas que precisam de mais memória do que ele dispõe.
ele e a RAM principal. O nome cache vem do francês e significa Quando o computador está com pouca memória RAM e
“escondida”, pois quem controla o que entra e o que sai dela é precisa de mais, imediatamente, para completar a tarefa
a própria CPU, e não os programas ou o sistema operacional. atual, o Windows usará um espaço reservado em disco rígido
A cache serve para armazenar os dados e instruções que para simular a RAM do sistema.
foram mais frequentemente trazidos da memória principal. Ou O Windows XP define o tamanho inicial do arquivo de
seja, se um dado está sendo requisitado na RAM, ele é arma- paginação como 1,5 vezes e o tamanho máximo como duas
zenado na cache para que, quando for requisitado novamente, vezes a quantidade de RAM instalada no computador. Essa
não precise ser buscado na RAM, que está mais distante e é “reserva” de espaço é feita quando o Windows é carregado
menos rápida, aumentando a performance do processador e
reduzindo o tempo de acesso aos dados e instruções. (inicialização), mas a área em si de memória virtual só será
De acordo com a proximidade em relação ao núcleo de utilizada quando (e se) necessário.
processamento, a memória cache recebe níveis: a cache Usando a memória virtual, se o processador procurar
Noções de Informática
primária (L1) é a mais próxima, a mais rápida e a mais cara. por um dado na memória RAM, poderá encontrar apenas
A cache secundária (L2) está ainda dentro do processador, um endereço, um atalho, para o dado que está de fato ar-
porém um pouco mais afastada do núcleo e tem capacidade mazenado no HD.
de armazenamento superior à L1. Alguns processadores para Quando um programa está sendo mais usado que outro,
servidores possuem um terceiro nível (L3), como o Xeon e o
eles trocam de lugar: o programa mais usado, se estiver na
Itanium, da Intel, e o Opteron, da AMD.
Virtual, é transposto para a real e o programa menos usado,
Memória Virtual (Memória de Apoio) se estiver na real, é transposto imediatamente para a virtual.
Se a memória virtual estiver sendo utilizada.
É a parte do HD usada como memória RAM, ou é a parte O desempenho do computador será bastante prejudica-
da memória fixa usada como memória provisória. Pode ser do, pois o acesso ao HD é mais lento que à RAM.
O Microsoft Security Essentials (MSE) é um antivírus da Microsoft, lançado em novembro de 2008, liberado para o público
em geral e apenas para Windows oficialmente registrados, substituindo o Windows Live OneCare, e que oferece proteção
em tempo real contra spyware, vírus, rootkits e outros tipos de software mal-intencionado, verificação e limpeza online do
sistema, serviço de assinaturas dinâmicas, verificação e limpeza off-line do sistema, proteção avançada contra rootkits e
bootkits (no Windows 8, como Windows Defender).
Antes de instalar o Microsoft Security Essentials é recomendável desinstalar outros softwares antivírus que estejam
em execução no computador. Executar mais de um programa antivírus ao mesmo tempo pode causar conflitos e afetar o
desempenho do computador.
ou personalizado no computador em busca de pragas que detectados como uma ameaça pelo programa.
infectaram o sistema.
Guia Configurações
Guia Atualizar
Possui opções do programa para personalizar diversas
Manter o banco de dados de um antivírus sempre atuali- ações do Microsoft Security Essentials, como a mensagem a
zado é essencial para que ele consiga proteger o computador ser exibida para cada nível de ameaça detectada. Além disso,
contra o maior número de vírus possível, inclusive das novas o agendamento de verificações também é feito nessa guia,
ameaças que surgem todos os dias. A aba Atualizar mostra em “Exame agendado”.
1. Interface
5. Nova Mensagem
5.1. Barra de título: mostra os botões de controle da
janela e, em sua área livre, o título da janela, na forma do
assunto da mensagem (Nova mensagem, quando o campo
assunto está em branco). Mostra ainda a Barra de ferra-
mentas Acesso Rápido, com atalhos para os comandos mais
frequentemente utilizados.
5.2. Barra de menus: apresenta botões e menus dro-
pdown distribuídos em grupos para utilizar os recursos do
programa.
4. Barra de Ferramentas
Imagem Nome Atalho Menu
Imagem Nome Atalho Menu
Início/Novo/Men-
sagem de email Enviar ALT + S
Mensa-
Mail/Novo/Mensa-
gem de CTRL+N
gem de email
e‑mail Coloca a mensagem na Caixa de Saída.
Guia de acesso
rápido/Novo
Abre uma janela Nova Mensagem, em branco, para criação Mensagem / Con-
de nova mensagem de e‑mail. Verificar
--- tatos / Verificar no-
nomes
mes
Email com Início/Novo/E‑mail
CTRL+ALT+P
imagem com imagem Permite que endereços de e‑mail escritos parcialmente
nos campos Para, Cc e Cco sejam verificados no catálogo
Abre uma janela Nova Mensagem e uma janela Adicionar de endereços e sejam completados.
fotos, permitindo ao usuário selecionar um grupo de ima- Mensagem / Entre-
gens a serem enviadas apenas como anexos ou em usando Prioridade ga / Prioridade...
um estilo de álbum. Alta / Bai- --- Barra de ferramen-
Início/Ferramentas/ xa tas de acesso rápido
Enviar/ Enviar‑Receber / Prioridade...
F5
Receber Guia de acesso rá- Aplica alta ou baixa Prioridade à mensagem. Não altera a
pido/Atualizar tudo
forma como a mensagem vai chegar ao destinatário, ou a
Faz conexão com o servidor POP/IMAP e SMTP do serviço torna mais rápida ou segura.
de e‑mail configurado, enviando todas as mensagens que
estiverem na Caixa de Saída e recebendo todas as mensa- Mensagem / Inserir
gens armazenadas no servidor, colocando‑as na Caixa de Anexar / Anexar Arquivo
---
Entrada. O menu dropdown permite enviar/receber usando arquivo Inserir / Incluir /
uma conta específica. Anexar Arquivo
Início/Responder/ Abre a caixa de diálogo Inserir / Anexo, que permite esco-
Noções de Informática
10
5.3. Campos 2. Ações para a regra: definir qual ação deverá ser reali-
• De: endereço de e‑mail que será usado para enviar a zada sobre a mensagem recebida, quando obedecida
mensagem (remetente). a condição.
• Para: endereços de e‑mail dos destinatários principais, 3. Descrição: além de mostrar um resumo da regra,
separados por vírgula ou ponto e vírgula. permite indicar palavras que devem aparecer no cri-
• Cc: destinatários secundários que receberão uma cópia tério de filtragem e para qual local deverá ser levada
da mensagem (com cópia, ou cópia carbono). a mensagem filtrada.
• Cco: destinatários ocultos a todos (cópia carbono 4. Nome da regra: nome usado para identificar aregra
oculta ou BCc). numa lista.
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Cópia Simples
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Listas de Atalhos – Novidade do Windows 7: são listas de O Windows 7 não disponibiliza, em sua instalação padrão,
itens abertos recentemente, como arquivos, pastas ou sites, programas para fotos, filmes, mensagens instantâneas, e-
organizados pelo programa que o usuário usa para abri-los. -mail, blogs, proteção para a família. Usuários de qualquer
Além de poder abrir itens recentes usando uma Lista de versão do W7 que desejem utilizar programas da Microsoft
Atalhos, o usuário também pode fixar favoritos na Lista de para estas finalidades podem baixar do site da empresa um
Atalhos; dessa forma, é possível acessar de maneira rápida conjunto de programas chamado Windows Live Essentials
os itens usados diariamente. Para abrir uma Lista de Atalhos, que inclui Messenger, Galeria de Fotos, Mail, Movie Maker,
basta clicar com o botão direito do mouse em um ícone de Writer, Proteção para a Família e a Barra de Ferramentas,
programa na barra de tarefas do Windows 7 ou clicar uma além do Microsoft Office Outlook Connector, Suplemento
vez sobre ícones no Menu Iniciar. do Office Live e Microsoft Silverlight.
13
tes, onde estarão acessíveis com apenas um clique de mouse. conta de usuário.
O botão Mostrar Área de Trabalho foi movido para a O lado esquerdo do Menu Iniciar permite acesso a to-
extremidade oposta da barra de tarefas do botão Iniciar, dos os programas instalados no computador, inclusive aos
facilitando clicar ou apontar para o botão sem abrir aciden- Acessórios do Windows e Ferramentas do Sistema. É atu-
talmente o menu Iniciar. alizado com links para os 10 (dez) programas abertos com
mais frequência pelo usuário atual e, na parte superior são
Propriedades da Barra de Tarefas fixados atalhos para outros programas, os quais aparecerão
independentemente de utilização frequente.
A Barra de Tarefas pode ser personalizada através do O lado direito permite acessar pastas especiais do Win-
Painel de Controle, usando-se o ícone Barra de Tarefas e dows criadas para cada usuário e outros recursos do sistema.
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Windows Explorer
direito são mostrados os botões Minimizar, Restaurar, No Windows Explorer do Windows 7, a Barra de Fer-
Maximizar e Fechar 2 , os quais permitem ocultar a ramentas e o Painel de Tarefas do Windows XP foram
janela, reduzi-la, alargá-la para preencher a tela in- fundidos e a Barra de Ferramentas atual não apresenta
teira e fechá-la, respectivamente. Ainda na Barra de mais botões para ativar comandos. Sempre que um
Título, os botões Voltar e Avançar são mostrados 3 , objeto é selecionado, as ações que podem ser exe-
cutadas junto a este objeto são mostradas na barra,
a Barra de Endereços 4 , Botão Atualizar 5 e Caixa como em um menu de contexto, mostrando apenas
de Pesquisa 6 . as tarefas que são relevantes. Três botões aparecem
• Barra de Menus 7 : contém itens nos quais o usuário sempre na Barra de Ferramentas: Organizar, Modos
pode clicar para ativar recursos e comandos em um de Exibição e Mostrar o Painel de Visualização:
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17
como clipes da câmera digital ou da câmera de vídeo, para o local de origem, usando opções do clique duplo
ou arquivos de vídeo baixados da Internet. Por padrão, / Restaurar, botão direito / Restaurar, menu Arquivo
os arquivos movidos, copiados ou salvos na biblioteca / Restaurar ou clicar o botão Restaurar este item da
Vídeos são armazenados na pasta Meus Vídeos. Barra de Ferramentas.
• É possível restaurar arquivos e pastas da Lixeira para
Lixeira qualquer outro local usando Recortar / Colar ou
arrastando-os.
Lixeira é uma pasta especial do Windows que pode • Para mostrar novamente o ícone da Lixeira na área de
ser acessada através de seu ícone na área de trabalho ou trabalho do Windows: Painel de Controle / Persona-
Windows Explorer . Quando o usuário exclui lização / Alterar ícones da área de trabalho.
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2.1.1. Barra de tarefas 2.1.2.2. Aero Snap: novo e rápido jeito de redimensionar
Parte da área de trabalho que é, por padrão, visível todo as janelas abertas, simplesmente arrastando-as para as bor-
o tempo (mesmo com várias janelas de programas abertos), das da tela. O recurso Ajustar facilita o trabalho com janelas
ajuda o usuário a gerenciar e acessar mais facilmente seus abertas. Com esse recurso, para maximizar uma janela, deve-
arquivos e programas mais importantes. Ela contém o botão -se arrastar a barra de título da janela para a parte superior
Iniciar, botões fixos da barra de tarefas e botões de programas da tela e liberar a janela para expandi-la e preencher toda
em execução. Cada programa aparece como um botão único a área de trabalho. Dependendo de onde o usuário arrastar
sem rótulo, mesmo quando vários itens de um programa es- uma janela, será possível expandi-la verticalmente, colocá-la
tão abertos, para se obter uma aparência limpa e organizada. na tela inteira (maximizar) ou exibi-la lado a lado com outra
A Área de Notificação apresenta ícones que permanecem janela. Para ajustar uma janela ativa para o lado da área de
ativos em segundo plano e informações de status importan- trabalho usando o teclado, pressione +← ou +→.
tes. No passado, a área de notificação podia, às vezes, ficar
cheia de ícones. Agora, o usuário pode escolher quais ícones 2.1.2.3. Aero Shake: recurso da área de trabalho que
estão sempre visíveis e manter o restante deles disponíveis permite minimizar todas as janelas abertas, de forma rela-
em uma área de excedentes, onde estarão acessíveis com tivamente rápida, exceto a janela ativa, na qual se deseja
apenas um clique de mouse. trabalhar. Para ativar o Shake, pode-se ainda pressionar
O botão Mostrar área de trabalho permanece na extre- +Home para minimizar todas as janelas exceto a janela ativa
midade oposta da barra de tarefas do botão Iniciar, facilitan-
do clicar ou apontar para o botão sem abrir acidentalmente no momento. Pressione +Home novamente para restau-
o menu Iniciar. rar todas as janelas.
2.1.1.2. Listas de Atalhos (Lista de Saltos, Jump List): 2.1.2.4. Espiar (Aero Peek): exibe temporariamente a
novidade do Windows 7, são listas de itens abertos recen- área de trabalho apontando para o botão Mostrar área de
temente, como arquivos, pastas ou sites, organizados pelo trabalho, na extremidade da barra de tarefas. As janelas aber-
Noções de Informática
programa que o usuário usa para abri-los. Além de poder tas esmaecem da exibição, revelando a área de trabalho.
abrir itens recentes usando uma Lista de Atalhos, o usuário Isso pode ser útil para exibir rapidamente ícones da área de
também pode fixar favoritos na Lista de Atalhos; dessa forma, trabalho ou quando o usuário não deseja minimizar todas
é possível acessar de maneira rápida os itens usados diaria- as janelas abertas e depois precisar restaurá-las.
mente. Ao se clicar com o botão direito do mouse o ícone O Aero Peek também é acionado quando o ponteiro do
de um programa na barra de tarefas, serão listados atalhos mouse é colocado sobre a miniatura de uma janela aberta na
relacionados a esse programa. Caso o programa Windows Barra de Tarefas e quando o ALT + TAB é usado para alternar
Media Player esteja na barra de tarefas, por exemplo, e se entre as janelas abertas – apenas a janela selecionada é exi-
clique com o botão direito do mouse o ícone desse programa, bida e as demais ficam transparentes. A tecla de atalho +,
serão listados os atalhos de acesso a músicas e vídeos que (vírgula) também pode ser usada.
20
Charms Bar
Os cinco Botões da Charms Bar – Pesquisar, Comparti-
lhar, Iniciar, Dispositivos e Configurações – são maneiras
rápidas de acessar as ações que o usuário realiza com fre-
quência, como pesquisar a Internet e o computador, impri-
mir documentos e enviar fotos e links por e-mail. Eles estão
sempre disponíveis no lado direito da tela, mostrados ao
se apontar com o mouse o canto superior direito da tela e
mover o ponteiro do mouse para baixo – ou usar Winkey +
C, a qualquer momento.
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tare- Pesquisar
fas. Ele dá acesso à Tela Inicial (tecla Winkey), exibindo as Usa a Pesquisa Inteligente Bing para que o usuário possa
opções de uso do sistema operacional, tanto para fins de pesquisar seu computador, a Internet e o OneDrive, além
administração da máquina quanto para uso de seus aplica- de alguns aplicativos e a Windows Store. É possível limpar o
tivos de diversas finalidades – pesquisar arquivos, pastas e histórico de pesquisa, escolher como suas informações de
programas, ajustar configurações do computador, obter aju- pesquisa são compartilhadas com o Bing e alterar opções de
da para o uso do sistema, desligar o computador, fazer logoff Pesquisa Segura que filtram conteúdo adulto dos resultados
ou alternar para outra conta de usuário. Algumas opções de sua pesquisa. E, se quiser, o usuário poderá desativar
de uso frequente podem ser listadas no menu Link Rápido a pesquisa na Internet para ver somente os resultados do
pressionando-se Winkey + X. computador e do OneDrive.
• Apontar para o canto superior direito da tela, mover o
2.2.1. Opções de Energia e Troca de Usuário ponteiro do mouse para baixo (mostrar Charms Bar),
No Windows 8.1, as opções de desligamento, economia clicar em Configurações e em Mudar configurações
de energia e troca de usuário foram alocadas em diversos do computador, Pesquisar e aplicativos e depois em
locais e podem ser acessadas de maneiras diferentes: Pesquisar.
• Charms Bar (Botões, Barra Lateral) / Configurações /
Liga/Desliga; Compartilhar
• Tela Inicial / ícone do usuário e Opções Liga / Desliga; O botão Compartilhar é um modo rápido de compartilhar
• pressionar ALT+F4 na área de trabalho do Windows; arquivos, fotos e informações com pessoas conhecidas, ou
• menu Link Rápido do Botão Iniciar (Winkey + X) / Des- salvar itens para mais tarde, sem sair do aplicativo atual. O
ligar ou sair; usuário pode compartilhar uma foto com apenas algumas
• CTRL+ALT+DEL. pessoas de cada vez, compartilhar um link com sua rede
social inteira ou enviar um artigo interessante ao aplicativo
• Reiniciar: encerra o Windows, desliga o computador Lista de Leitura para que possa lê-lo mais tarde.
e o reinicia – sem acesso à sessão anterior.
• Trocar usuário: se houver mais de uma conta de usu- Dispositivos
ário no computador, caso a troca rápida de usuários O botão Dispositivos é um modo rápido de enviar arqui-
esteja ativada, quando o usuário fizer logoff e outro, vos e informações a outros dispositivos que estão conectados
logon, os programas do primeiro permanecerão sendo ao computador, como impressora, Xbox, telefone, alto-falan-
executados no computador. A opção de troca de usu- tes, TV ou projetor, a partir de um aplicativo em execução:
ários, após a realização do login no sistema Windows, • transmite vídeos, música ou uma apresentação de sli-
permite a execução de tarefas por um usuário sem des de fotos para outro dispositivo (como uma TV ou
a interferência de outro usuário, que pode acessar o um aparelho de som);
sistema usando conta e senha próprios. • imprime um documento, uma foto ou um e-mail;
• Fazer logoff: realiza a troca de usuário no Windows, • projeta o que estiver sendo exibido na tela do compu-
sem desligar o computador, a fim de encerrar a sessão tador em outra tela.
atual de trabalho e deixar o computador disponível
Noções de Informática
21
22
manter a tecla CTRL pressionada e clicar em cada um dos impedir exclusões acidentais NÃO mais é apresentada
itens que se desejam selecionar. ao usuário para confirmar a exclusão de uma pasta ou
arquivo.
3.2.4. Renomear uma pasta ou arquivo selecionado • Um arquivo, enquanto armazenado na Lixeira, ainda
O nome de um arquivo é composto de duas partes, se- ocupa espaço no disco rígido de onde foi excluído. Seu
paradas por um ponto (.). A primeira é geralmente definida espaço será liberado quando o arquivo for removido
pelo usuário ou pelo programa que cria o arquivo e pode da Lixeira.
identificar o conteúdo ou a finalidade do arquivo. A segunda • Não é possível restaurar arquivos excluídos definitiva-
parte representa a extensão do arquivo e segue padrões que mente, usando ferramentas disponíveis numa instala-
identificam o tipo de arquivo, como exe, doc e ini. ção padrão do Windows.
23
24
+Z final (.)
Você também poderá ver algumas configu-
rações e opções se for para o botão Confi- +ponto final Percorrer aplicativos abertos
gurações, quando o aplicativo for aberto. (.)
+, Espiar temporariamente a área de trabalho Iniciar a reconversão do IME
+/
Exibir a caixa de diálogo Propriedades do
+Pause +Alt+Enter Abrir o WindowsMedia Center
Sistema
Procurar computadores (se você estiver em +adição (+)
+Ctrl+F uma rede) Ampliar ou reduzir usando a Lupa
ou subtração (-)
Restaurar janelas minimizadas na área de
+Shift+M trabalho +Esc Sair da Lupa
25
Os antigos menus verticais e as barras de ferramentas do • personalizar a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido;
Word 2003 foram fundidos e se estendem em sentido hori- • mostrar a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido
zontal de uma ponta à outra da interface. Cada uma das nove abaixo da Faixa de Opções;
guias básicas (Arquivo, Página Inicial, Inserir, Design, Layout, • personalizar a Faixa de Opções...;
Referências, Correspondências, Revisão e Exibir) possui vários • recolher a Faixa de Opções.
Grupos ② que mostram comandos agrupados por funciona-
lidade. Um Comando ③ pode ser um botão, uma caixa ou A sequência dos menus, seus nomes e botões conti-
um menu (galeria). Mais opções de cada grupo podem ser dos em cada grupo podem ser alterados.
acessadas em uma janela, clicando nos Iniciadores de caixa
de diálogo ④, marcas em forma de seta diagonal existentes
no canto inferior direito de alguns grupos. Localização dos Comandos nos Menus
Guias adicionais/contextuais aparecerão sob de- De forma generalizada, os programas guardam em seus
manda ⑤, sempre que imagens, tabelas, desenhos, dia- menus todos os comandos disponíveis aos usuários, organi-
gramas (SmartArts), cabeçalhos, equações ou gráficos forem zados em uma ou outra lista de acordo com alguma caracte-
selecionados. Essas ferramentas contextuais permitem tra- rística comum entre eles. Mais importante do que memorizar
balhar com um conjunto específico de comandos voltados quais comandos estão dispostos em certo menu é conseguir
para o objeto selecionado, que aparecem com uma cor de perceber em qual deles deve estar certo comando, asso-
ênfase, após a última guia padrão. ciando seu funcionamento e características principais às de
outros pertencentes ao mesmo menu.
Personalização da Faixa de Opções Não existe uma definição oficial a respeito do tipo de co-
mando que pertence a cada menu. Obtida com a prática, uma
Para ganhar algum espaço na região central do aplicativo proposta para essa definição, apresentando o conteúdo dos
e exibir um trecho um pouco maior do documento em edição, menus e seus representantes de uso mais comum vem a seguir.
Noções de Informática
de atalho CTRL+F1 ou o botão ⑥ também podem Em entrevistas com usuários, a Microsoft registrou os
ser usados com a mesma finalidade. comandos utilizados com maior frequência e os dispôs numa
guia exibida sempre que o Word é iniciado. Com isso, co-
Menu Arquivo/Opções/Personalizar Faixa de Opções mandos dos antigos menus Editar e Formatar, como Fonte,
ou clicar com o botão direito numa área livre ou botão da Parágrafo e Estilo, do Word 2003, entre os mais usados, são
Faixa de Opções mostra opções que permitem: facilmente encontrados no Menu Página Inicial.
• adicionar Grupo à Barra de Ferramentas de Acesso No Word, ao se selecionar um trecho de texto e se cli-
Rápido ⑦ (adiciona o botão ou grupo clicado); car o menu Página Inicial, é exibido um menu com diversas
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Menu Arquivo e edição do texto com opções dos comandos desse menu,
denominado Backstage. Muito do que se faz no Word tem
Comandos usados com menor frequência durante a a ver com o gerenciamento de arquivos, executando-se
edição do texto e que executam ações no documento como tarefas comuns como abrir, fechar, salvar, imprimir e criar
um todo, sem alterar seu conteúdo. Então, como durante novos documentos. A organização dos comandos no menu
a utilização dos itens do menu Arquivo não há necessidade Arquivo mostra as tarefas de “bastidores” no programa - em
de enxergar o documento, o visual do menu Arquivo foi al- resumo, tudo aquilo que o usuário faz para um arquivo, e
terado para ocupar todo o espaço destinado à visualização não no arquivo.
Menu Layout
Apresenta comandos para configurar as páginas, onde aqueles mais importantes alteram todo o documento, ou partes
dele, gerando modificações no conteúdo das páginas.
Menu Exibir
Mostra recursos já disponibilizados pelo Word que alteram a visualização do documento e não necessitam configuração
antes de exibidos ao redor do documento, para orientar o trabalho do usuário.
Noções de Informática
Menu Inserir
Em oposição aos itens do menu Exibição, o menu Inserir mostra recursos que poderão ser trazidos de fora do Word e
necessitam configuração antes de inseridos dentro do documento.
27
Disponibiliza comandos para a inserção de Sumários (índices analítico, remissivo, de ilustrações e autoridades), Legenda
e Notas de rodapé.
Menu Revisão
Mostra comandos usados após a edição do documento, como revisão da ortografia, inserção de comentários e controle
de alterações do revisor.
Menu Correspondências
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⑧ ⑨
Alinhar à Esquerda Centralizar
① Tipo da Fonte (CTRL+SHIFT+F). CTRL + Q CTRL + E
② Tamanho da Fonte (CTRL+SHIFT+P): tamanhos de 8
a 72. Limites: mínimo 1 e máximo 1638, com variações de
0,5 ponto.
⑩ ⑪
③ Aumentar Fonte: CTRL + > (lista pré-definida) ou CTRL Alinhar à Direita Justificar
+ ] (um ponto mais). CTRL+G CTRL + J
④ Reduzir Fonte: CTRL + < (lista pré-definida) ou CTRL
+ [ (um ponto menos).
⑤ Maiúsculas e Minúsculas: altera a capitalização do ⑫ Espaçamento Entre linhas: define o espaço vertical
texto selecionado. O atalho de teclado SHIFT+F3 alterna o entre as linhas dentro dos parágrafos selecionados texto.
texto selecionado entre maiúsculas e minúsculas, como no
ciclo representado a seguir, funcionando como alternativa
ao uso desse botão.
⑥ Limpar Formatação: remove formatos de fonte (CTRL
+ Espaço) e parágrafo (CTRL + F), devolvendo o texto se- Simples 1,5 Duplo
lecionado ao estilo Normal, padrão de formatação que o (CTRL + 1) (CTRL + 5) (CTRL + 2)
documento usava quando criado.
O comando Limpar Formatação não removerá o real- ⑬ Sombreamento: colore o plano de fundo atrás do
ce do seu texto. Para limpá-lo, selecione o texto realçado texto ou parágrafo selecionado. ⑭ Bordas.
e clique na seta ao lado de Cor de Realce de Texto e clique
em Sem Cor. 3.5. Estilos (e formatação)
⑦ Negrito: CTRL + N ou CTRL + SHIFT + N ⑧ Itálico: CTRL
+ I ou CTRL + SHIFT + I. Conjunto de ações de formatação que podem ser apli-
⑨ Sublinhado: aplica à seleção o último estilo de subli- cadas ao texto, tabelas e listas do documento para alterar
nhado selecionado nas opções da seta. A tecla de atalho sem- rapidamente sua aparência. Ao aplicar um estilo, todo um
pre aplica sublinhado simples (CTRL + S ou CTRL + SHIFT + S). grupo de formatos é aplicado em uma simples operação.
⑩ Tachado ⑪ Subscrito: CTRL + =. ⑫ Sobrescrito: CTRL
+ +.
⑬ Efeitos de texto: aplica um efeito visual ao texto se-
lecionado como sombra, brilho e reflexo.
⑭ Realce. ⑮ Cor da Fonte.
Noções de Informática
Grupo Parágrafo
29
30
Quebras
31
No MS Word, a opção de inclusão de uma quebra de Indicador: atribui um nome ao ponto do documento
seção contínua possibilita, na seção selecionada, atribuir al- onde está o cursor, para que um hiperlink possa ser criado
guns recursos de formatação, exclusivos à seção desejada, apontando para este local específico.
sem que os mesmos recursos sejam efetivos nas demais se- Referência Cruzada: insere um hiperlink automático para
ções do documento, como formatação de colunas, margens o local atual, que pode mais tarde ser citado em outros pon-
e parágrafos. tos do documento e trazer o usuário de volta àquele local
específico.
Menu Inserir Cabeçalho e Rodapé: áreas situadas nas margens supe-
rior e inferior, de cada página de um documento, onde pode-
Folha de Rosto: insere uma página no início do documen- -se inserir textos ou elementos gráficos – como números de
to, completamente formatada, com alguns campos para pre- página, data, logotipo de uma empresa, o nome de arquivo
enchimento com informações sobre o arquivo, autor e data. do documento— que são impressos no início ou no fim de
cada página de um documento.
32
33
34
Área de Trabalho
Réguas
Minibarra de Ferramentas
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Célula ③: retângulo formado pelo cruzamento de uma Fórmulas / Nomes Definidos / Definir Nome... ou
coluna e uma linha, onde são inseridos os dados e cálculos. Gerenciador de Nomes
O nome, endereço ou referência de uma célula é dado pela
coluna, seguida da linha que a formam. O Excel 2010 possui Barra de fórmulas ⑥: mostra o CONTEÚDO da célula
17.179.869.184 células (234). Quando é inserido um cálculo ativa e permite editá-lo.
na célula, esta pode ser chamada célula de absorção ou cé- Ao se realizar um cálculo no Excel, a fórmula é inserida
lula de resultado.
Para se inserir dados em uma planilha do Microsoft Excel, na barra de fórmulas, no campo eo
resultado é disponibilizado em uma célula.
deve-se, inicialmente, selecionar a célula onde os dados serão
Noções de Informática
Caixa de nome ⑤: identifica a célula ativa, gráfico ou Autocálculo ⑦: recurso presente na barra de status que
objeto de desenho selecionado, localiza uma célula qualquer, mostra, para células selecionadas, a média aritmética, con-
atribui nome a uma célula ou intervalo de células. tagem de células com dados e a soma desses valores. Pode
Página Inicial / Edição / Localizar e Selecionar / Ir para... mostrar ainda o mínimo, máximo e contagem de números.
36
clicar... seleciona...
1x em uma célula a célula
2x em uma célula edita o conteúdo na célula
e arrastar intervalo de células (células adjacentes)
em uma célula, manter a tecla SHIFT pressionada, clicar em
intervalo de células (células adjacentes)
outra célula
em uma célula, manter a tecla CTRL pressionada, clicar em adiciona células à seleção anterior
outra célula (seleciona células não-adjacentes)
no cabeçalho da coluna ou linha toda a coluna ou linha
no retângulo entre os cabeçalhos das colunas e linhas todas as células da planilha atual
no ponto médio entre duas colunas ou linhas e arrastar altera a largura da coluna anterior ou altura da linha anterior
Caracteres Especiais
Iniciadores de Cálculo
Operadores de Referência
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=SOMA(núm1; núm2;...)
• Retorna a soma de todos os números na lista de ar-
gumentos.
3.6. Precedência (prioridade)
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 que se de-
seja somar.
=SOMAQUAD(núm1;núm2; ...)
• Retorna a soma dos quadrados dos argumentos.
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 para os
quais se deseja a soma dos quadrados.
Estrutura ①: a estrutura de uma função começa com um
sinal de igual (=), seguido do nome da função, um parêntese
de abertura, os argumentos da função separados por ponto
e vírgula (;) e um parêntese de fechamento.
Nome da função ②: comando que indica qual o cálculo
ou avaliação será realizado com os argumentos da lista. Para
Noções de Informática
38
=HOJE( ) =CONT.VALORES(valor1;valor2;...)
• Retorna o número de série da data atual. O número de • Calcula o número de células não vazias e os valores na
série é o código de data-hora usado pelo Excel para cálculos lista de argumentos.
de data e hora. • valor1; valor2;... são argumentos de 1 a 255 que re-
• O Excel armazena datas como números de série se- presentam os valores que se deseja calcular. Neste caso, um
quenciais para que eles possam ser usados em cálculos. Por valor é qualquer tipo de informações, incluindo texto vazio
padrão, 1° de janeiro de 1900 é o número de série 1 e 1° (“”), mas não incluindo células em branco.
de janeiro de 2008 é o número de série 39448 porque está • Se um argumento for uma matriz ou referência, as cé-
39.448 dias após 1° de janeiro de 1900. lulas vazias na matriz ou referência são ignoradas.
• Se o usuário não precisa calcular valores lógicos, texto
=AGORA( ) ou valores de erro, utilize a função CONT.NÚM.
• Retorna o número de série sequencial da data e hora
atuais. =CONTAR.VAZIO(intervalo)
• Os números à direita da vírgula decimal no número de • Conta o número de células vazias no intervalo espe-
série representam a hora; os números à esquerda represen- cificado.
tam a data. Por exemplo, o número de série 0,5 representa • intervalo é o intervalo no qual se deseja contar as cé-
Noções de Informática
39
E3; clicar .
40
41
de milhares .
42
Congelar Painéis
O botão possui funcionalidades que podem ser
utilizadas para excluir todos os elementos da célula ou remover Quando se rola para baixo numa planilha para ver as
seletivamente a formatação, o conteúdo ou os comentários. linhas de dados, mas, ao chegar no final da tela, os nomes
das colunas na primeira superior desaparecem, ou deixam de
Alinhamento de Texto estar visíveis. Para corrigir isso, a opção de congelar painéis
no programa Excel permite que, a partir do menu Exibição/
Horizontal: altera o posicionamento horizontal do conte- Janela, seja fixada, em tela, uma parte desejada da tabela
údo das células. Por padrão, o Excel alinha texto, na direção para que essa parcela permaneça visível mesmo quando a
horizontal, à esquerda, números à direita e os valores lógicos tabela estiver sendo rolada.
e de erro são centralizados. O alinhamento horizontal padrão É possível congelar quantas linhas e colunas forem ne-
é Geral. As alterações no alinhamento dos dados não alteram
Noções de Informática
Recuo: recua o conteúdo das células a partir de qualquer O recurso Congelar Painéis não impede a alteração das
borda da célula, dependendo das opções escolhidas em Ho- informações nas células congeladas.
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Mensagens de Erro
2. Clicar em Classificar em Ordem Crescente ou
Quando um usuário digita o nome da função ou argumen-
tos de fórmulas e funções errados o Excel retornará um valor
em Classificar em Ordem Decrescente . de erro, que varia de acordo com o tipo de erro ocorrido.
#N/D
fórmula. referência.
O usuário fornece uma interseção de duas áreas
#NULO! Alterar a referência para que ela intercepte.
que não se interceptam.
Certifique-se de que os argumentos usados na
Valores numéricos inválidos foram inseridos em função são números. Por exemplo, mesmo se o valor
#NÚM!
uma fórmula ou função. que o usuário deseja inserir for R$ 1.000, insira 1000
na fórmula.
Ocorre quando uma coluna não é larga o bastante Alterar a largura da coluna. Corrigir o valor negativo
#########
ou quando é usada uma data ou hora negativa. da data ou hora.
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O Microsoft Office PowerPoint 2016 é a 16ª versão do editor de apresentações de slides da Microsoft. É um software
que facilita a criação e animação de slides, permitindo a inserção de imagens, sons, vídeos, tabelas e gráficos. O PowerPoint
é um aplicativo utilizado para a criação de apresentações de slides para palestras, cursos, organização de conteúdos, entre
outras finalidades.
Interface (área de trabalho) menu, estão as que permitem mudar o layout do slide e a
formatação do plano de fundo do slide.
Painel de Slides
Painel de Miniaturas
Noções de Informática
Região que apresenta versão em miniatura do slide no Novo slide: adiciona um slide à sequência da apresenta-
qual está trabalhando ②. O usuário pode clicar nas minia- ção com o MESMO LAYOUT do anterior.
turas lá exibidas para navegar entre os slides, num painel
chamado Slides. Clicar essas miniaturas com o botão direito
do mouse mostra um menu de contexto com opções.
Em um slide em branco de uma apresentação criada Guia Página Inicial / Grupo Slides / Novo slide…
utilizando-se o Microsoft PowerPoint 2016 (em português), (CTRL + M)
uma das maneiras de acessar alguns dos comandos mais • Copiar e colar no painel de miniaturas.
importantes é clicando com o botão direito do mouse so- • Segurar CTRL e arrastar com o botão esquerdo.
bre a área vazia do slide. Dentre as opções presentes nesse • Arrastar um slide com o botão direito.
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slide
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Normal: visualização padrão, mais usada, mostra todas O PowerPoint dá suporte ao uso de apenas dois monito-
as ferramentas de edição. O modo de exibição Normal é o res por apresentação. Entretanto, o usuário pode configurar
principal modo de exibição de edição, no qual o usuário pode seu computador para executar uma apresentação em três ou
escrever e criar sua apresentação. mais monitores que estejam conectados a um computador.
Modo de Exibição
Classificação de Slides
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Slide Mestre
Exibe uma guia especial onde é possível editar os slides
com layout padrão, os quais poderão ser aplicados a qual-
quer outro slide.
O eslaide mestre é um elemento do modelo de design
que armazena informações sobre o modelo, inclusive esti-
los de fontes, tamanhos e posições de espaços reservados, A ferramenta correspondente ao botão pode ser
design do plano de fundo e esquemas de cores. usada em uma sequência de ações para se ajustar o espa-
No Microsoft PowerPoint, o slide mestre facilita a cria- çamento entre caracteres de um texto da apresentação que
ção de apresentações com mais de um estilo e com temas for selecionado.
diferentes.
Quando se deseja que no PowerPoint 2016 todos os
slides contenham as mesmas fontes e imagens (como lo-
gotipos), essas alterações devem ser feitas no Slide Mestre.
Cada apresentação contém, pelo menos, um slide mes-
tre. O principal benefício de modificar e usar slides mestres
é que o usuário pode fazer alterações de estilo universal
em todos os slides de sua apresentação, inclusive naqueles É possível se alterar a orientação (de horizontal para ver-
adicionados posteriormente a ela. Ao usar um slide mestre, tical) do texto que está dentro do retângulo tracejado com
o usuário poupa tempo, pois não precisa digitar as mesmas
informações em mais de um slide. o auxílio da ferramenta .
Como os slides mestres afetam a aparência de toda a
apresentação, ao criar e editar um slide mestre ou os layouts
correspondentes, o usuário trabalha no modo de exibição
Slide Mestre. As alterações nos slides mestres e seus layouts
são realizadas em uma área de edição especial. Para voltar
ao modo de edição da apresentação, o modo de exibição
mestre deve ser fechado. Menu Inserir
O eslaide mestre serve de modelo para os eslaides da
apresentação, de modo que modificações feitas na estru-
tura desse eslaide refletirão em todos os outros eslaides da
apresentação.
Ao modificar um ou mais dos layouts abaixo de um slide
mestre, o usuário está modificando essencialmente o slide
mestre. Cada layout de slide é configurado de maneira dife-
rente, mas todos os layouts associados a um determinado Durante a criação de uma apresentação no PowerPoint
slide mestre contêm o mesmo tema (esquema de cores, 2016, para inserir uma figura, deve-se clicar na guia Inserir,
fontes e efeitos). no grupo Ilustrações, clicar em Imagem e, em seguida, sele-
Para que uma apresentação contenha dois ou mais estilos
cionar a figura que se deseja a partir de seu local. A opção
ou temas diferentes (como planos de fundo, esquemas de
Do scanner ou câmera, para adicionar imagens a uma apre-
cores, fontes e efeitos), o usuário precisa inserir um slide
mestre para cada tema diferente. sentação ou álbum de fotografias, presente no PowerPoint
O usuário pode criar uma apresentação que contenha 2003, não está disponível no PowerPoint 2016.
um ou mais slides mestres e salvá-la como um arquivo de
Modelo do PowerPoint (.potx ou .pot) e usá-la para criar
outras apresentações.
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Na guia Design, encontra-se a opção que permite definir, para o slide mostrado na figura, a aparência do plano de fundo,
o layout de espaço reservado, além das cores e estilos de fonte.
49
No aplicativo PowerPoint, o tipo de efeito de animação em que o slide é apresentado por meio de um efeito do tipo
padrão quadriculado ou de exibição gradativa é chamado Transição.
No PowerPoint 2016, é possível controlar a velocidade de cada efeito de transição de eslaides e também adicionar a
execução de som em cada transição.
No PowerPoint 2016, os slides podem ter imagens animadas do tipo gif e a transição de um slide para o próximo pode
ocorrer de forma automática, por meio da configuração de um temporizador.
Menu Animações
No PowerPoint 2016, a ferramenta Pincel de Animação permite copiar efeitos de animação de um objeto para outro, de
forma semelhante à cópia de formatação de texto realizada com a ferramenta Pincel de Formatação.
Menu Apresentação de Slides Uma das funções do recurso Testar Intervalos do MS Po-
werPoint 2016 é gravar o tempo utilizado em cada slide e
trocar automaticamente os slides com base neste tempo.
Menu Exibir
base na Web; para arquivar uma reunião de modo que os menu Exibir, a opção Mestre e a subopção Slide Mestre.
oradores possam examiná-la mais tarde e ouvir os comen- No MS PowerPoint, os mestres que contêm e refletem os
tários feitos durante a apresentação; e para apresentações elementos de estilo, usados na apresentação toda, podem
executadas automaticamente. ser aplicados em slides, anotações e folhetos.
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51
Recarregar, que substitui o documento atual pela última Fontes de Dados (F4): mostra uma faixa horizon-
versão salva. Todas as alterações efetuadas após o último tal entre as Barras de Ferramentas e a régua mostrando os
salvamento serão perdidas. bancos de dados registrados. A exibição da fonte de dados
pode ser usada para arrastar campos de tabela de bancos
Exportar... e Exportar como PDF... : abrem uma janela de dados registrados e soltá-los nos documentos, bem como
para configuração de opções de criação de arquivo PDF a partir para criar arquivos de mala direta.
do documento atual, como definição do intervalo de páginas,
qualidade das imagens e senhas de abertura e permissão do ar- Tela Inteira (CTRL+SHIFT+ J): exibe ou oculta os
quivo gerado. A opção Exportar... permite a criação de arquivos menus e as barras de ferramentas no Writer ou no Calc.
em formato HTML, XHTML, XML e TXT. A opção de exportar um Para sair do modo de tela inteira, clique no botão Ativar/
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54
Abrir arquivo remoto: cria conexão com serviços de ar- Nova página: cria página em branco após atualmente
mazenamento em nuvem como OneDrive e Google Drive e selecionada.
lista seus arquivos. Duplicar página: cria nova página com o mesmo conte-
Visualizar no navegador web: mostra a página/desenho údo daquela selecionada atualmente.
atual no navegador padrão.
Exportar: salva o desenho ou objeto selecionado na for- Principais Comandos do Menu Formatar
ma de arquivo com extensão .html, .xhtml, .pdf, .sfw (Flash),
.bmp, .emf, .eps. .gif, .jpg, .png, .svg, .tif, .wmf.
Linha: definição de estilo, seta, espessura e cores das
bordas do objeto atual.
Principais comandos do Menu Editar Área: definição de cor de preenchimento, sombra e trans-
parência do objeto atual.
Duplicar... (SHIFT + F3): cria cópias do objeto selecio- Texto: ajuste do texto ao objeto e da distância limite do
nado, permitindo identificar a quantidade de cópias, deslo- texto às bordas, animação do texto no objeto.
camento (colocação), ampliação e cores dos novos objetos
criados.
Principais Comandos do Menu Ferramentas
Pontos (F8): permite a modificação das bordas de uma
figura geométrica (para arredondar os cantos de um qua-
drado, por exemplo). Substituir cores: abre a caixa de diálogo do conta-gotas
para substituir cores em figuras de meta-arquivo e de bitmap.
Mapa de Imagem: atribui ação/link a partes da imagem.
Noções de Informática
① Painel de Elementos: lista de operadores, funções, relações e formatos que podem ser inseridos na equação.
② Edição Gráfica da Equação: permite visualização da equação pronta e seleção do elemento a ser alterado.
③ Edição da Equação: mostra o código interno gerado pela equação e permite alterá-lo.
55
de cada mensagem.
onde pode adicionar contas e alterar definições.
6. Responda a partir do painel de leitura
2. Procurar
Pode Responder e Reencaminhar diretamente a partir
Pode procurar uma pasta, subpastas e até outras caixas
de correio. do painel de leitura. Também pode escrever uma resposta
no painel de leitura.
3. Faça gestão de tarefas de mensagem na Lista de Men-
sagens 7. Pré-visualize
Categorize, Sinalize ou Elimine mensagens onde residem Veja uma vista rápida do seu Calendário, Pessoas e Tare-
– na Lista de Mensagens. fas. Veja também compromissos futuros.
56
Algumas coisas que poderá procurar. Utilize a seguinte lista para localizar algumas das ferramentas e comandos mais
comuns no Outlook 2013.
57
Adicionar automaticamente uma assinatura a mensagens clique em Assinatura e, em seguida, clique na assinatura
Noções de Informática
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Intranet e Extranet
A Intranet é uma rede privada que se baseia na mesma
tecnologia da Internet, mas que é utilizada para agilizar e
incrementar a comunicação e a produtividade dentro de uma
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Topologias e Arquiteturas
Topologias são formas de construção das redes que definem a forma de conexão (física) e o funcionamento da rede (lógica).
A arquitetura de uma rede é um conjunto de características padronizadas que especificam como uma rede funciona
(cabos, conectores, concentradores, placas de rede, protocolos, regras). É o “modelo” da rede. Todos os equipamentos
usados em uma mesma rede devem ter as mesmas especificações (mesma arquitetura).
Noções de Informática
60
Infraestrutura: requer equipamento central (concentrador sem fio), chamado ponto de acesso.
Ad-Hoc: as placas de rede dos computadores se comunicam diretamente entre si, sem a necessidade de concentradores.
Subpadrões Wi-Fi
3 REDE • adiciona aos pacotes um endereço para que localizem o destino, trans-
formando-os em datagramas (IP, roteador)
Noções de Informática
61
HTTP (Hyper Text Tranfer Protocol): realiza a transfe- são gratuitas, enquanto chamadas de VoIP para rede pública
rência de documentos hipermídia (hipertexto), escritas em podem ter custo.
linguagem HTML (HyperText Markup Language) entre um SNMP (Simple Network Management Protocol): pro-
servidor Web e um programa cliente (navegador, browser), tocolo de gerência e monitoramento de redes TCP/IP, que
os quais interpretam as páginas e as descarregam para o facilita a troca de informação entre os dispositivos de rede,
computador do usuário final. A implementação do protocolo como placas e comutadores. O SNMP permite aos adminis-
HTTP sobre uma camada adicional, SSL (Secure Socket Layer) tradores de rede verificar o desempenho da rede, encontrar
ou TLS (Transport Layer Security), fazem com que as informa- e resolver problemas, e reunir informações para planejar sua
ções sejam enviadas através de uma conexão criptografada expansão, dentre outras.
e autenticada entre servidor e cliente e cria uma variação DNS (Domain Name Service): protocolo que realiza o ser-
do HTTP, o HTTPS (o “S” lembra seguro). viço de consulta a um banco de dados hierárquico, realizando
FTP (File Transfer Protocol): transfere arquivos entre a tradução (resolução, transformação) de um nome amigável,
dois computadores usando a arquitetura servidor/cliente, nome domínio ou URL (fácil de guardar na memória, como
sendo um dos mais utilizados na Internet. Pode-se usar um www.google.com.br) em um endereço IP (74.125.93.103),
navegador ou programas específicos para acessar, copiar, usado para acessar recursos em redes.
apagar e renomear arquivos remotos. Todos os recursos presentes em servidores na Internet
TELNET (Terminal Emulator): protocolo para acesso são localizados por meio de um endereço padronizado – o
remoto a um computador numa intranet ou na Internet, URL (Uniform Resource Locator), que obedece ao formato
permitindo controle sobre seus recursos – simula a presença protocolo://domínio/recurso. O nome de domínio deve ser
de um usuário diante da máquina de outro. adquirido junto a um órgão competente e será único na
SSH (Secure Shell): conecta dois computadores na rede, Internet, para que não haja confusões no acesso às páginas.
permitindo que um envie comandos que serão executados No Brasil, a responsável pela distribuição dos nomes de do-
na unidade remota. Tem as mesmas funções do TELNET, mínio é a Registro.br, ligada ao Comitê Gestor da Internet
com a vantagem da conexão entre o cliente e o servidor ser Brasileira (CGI.br).
criptografada e, consequentemente, segura, criando um Quando desejamos visualizar o site do Google, por
Noções de Informática
62
TCP UDP
(Transmission Control Protocol) (User Datagram Protocol)
Serviço orientado por conexão Serviço sem conexão
(é estabelecida uma sessão entre os hosts) (nenhuma sessão é estabelecida entre os hosts)
Garante a entrega através de confirmações e entrega sequen- Não garante e nem confirma a entrega dos dados
ciada dos dados
Numera os pacotes e garante sua entrega no destino; controla o Não numera os pacotes e não garante sua entrega no destino;
fluxo para que o destino não receba mais do que pode processar não controla o fluxo e não dá falta por nenhum pacote extraviado
É confiável, porém mais lento Não é confiável, porém é rápido
Usado em quase todos os serviços: páginas, email, transferência Usado em situações de menor prioridade, como músicas e
de arquivos vídeos, VoIP
O protocolo IP não garante a entrega dos pacotes no segurança como SSL e TLS trabalham da camada de trans-
destino. Essa função é do TCP. porte (camada 4) até a camada de aplicação (camada 7).
É uma variação do protocolo IP que visa fornecer privacidade
IPv6: é a versão mais atual do protocolo IP. Ele está sendo ao usuário (aumentando a confiabilidade das informações
implantado gradativamente na Internet e deve funcionar em fornecidas pelo usuário), integridade dos dados (garantindo
conjunto com o IPv4, numa situação temporária chamada que o mesmo conteúdo que chegou ao seu destino seja a
de “pilha dupla” ou “dual stack”. A longo prazo, o IPv6 deve mesma da origem) e autenticidade das informações ou
substituir o IPv4, que aceita criar cerca de 4 bilhões (4 x 109) identity spoofing (garantia de que uma pessoa é quem diz
de endereços, contra 3.4 x 1038 endereços do novo protocolo. ser), quando se transferem informações através de redes IP
A previsão para que todos os endereços livres do IPv4 para pela internet.
63
mas somente dentro do site estadao.com.br. As con- resultados, poderá usar o operador OR (observe que
sultas mais simples [ iraque estadao.com.br ] ou [ ira- o usuário precisará digitar OR em LETRAS MAIÚS-
que Estadão ] geralmente funcionarão com a mesma CULAS). Por exemplo, [ campeão brasileiro 1994 OR
eficiência, ainda que possa haver resultados de outros 2005 ] retornará resultados sobre qualquer um desses
sites que mencionem o Estadão. Também é possível anos, enquanto [ campeão brasileiro 1994 2005 ] (sem
especificar um tipo de site, por exemplo [ iraque OR) mostrará páginas que incluam ambos os anos
site:.gov ] somente retornará resultados de sites com na mesma página. O símbolo | pode substituir OR.
domínio .gov, enquanto [ iraque site:.iq ] somente A propósito, o operador AND é o padrão; portanto,
retornará resultados de sites iraquianos. não é necessário.
64
O uso desses operadores pode ser feito também, de • Uma palavra específica pode não aparecer em uma
forma simplificada, usando a Pesquisa Avançada do Google. página de resultados se ficar comprovado que a página
é relevante. A comprovação poderá vir de uma análise
Exceções do idioma que o Google faz ou de outras fontes. Por
exemplo, a consulta [ visão aérea do Maracanã ] trará
A pesquisa raramente é absoluta. Os mecanismos de pes- imagens aéreas de páginas que não apresentem a
quisa utilizam uma variedade de técnicas para imitar como palavra “aérea”.
as pessoas pensam e para aproximar seu comportamento.
Consequentemente, a maioria das regras têm exceções. A Pontuação não é Ignorada
Por exemplo, a consulta [ to be or not to be ] (em inglês),
não será interpretada pelo Google como uma consulta que • Pontuações existentes em termos comuns, com
utilize o operador OR e sim como uma expressão conhecida. significados específicos, como [ C++ ] ou [ C# ], que
O Google mostrará resultados matemáticos [ 34 * 87 ], em vez são nomes de linguagens de programação, não são
de utilizar o operador para “preencher espaços em branco”. ignoradas.
Ambos os casos seguem a óbvia intenção da consulta. • O sinal de cifrão ($) é usado para indicar preços. [ nikon
400 ] e [ nikon $400 ] trará resultados diferentes.
Exceções para a Regra “Todas as Palavras São • O hífen – poderá ser usado como sinal de que as duas
Importantes” palavras unidas por ele têm forte relação. No entanto,
isso somente ocorrerá se não houver um espaço antes
• Palavras de uso comum, como “a”, “um” e “de”, e depois de -. Nesse caso, significará que se trata de
geralmente são ignoradas porque são conhecidas um sinal negativo.
Noções de Informática
como “stop words”, ou palavras de parada. Também • O caractere de sublinhado _ não será ignorado, quan-
há exceções nessa exceção. A pesquisa [ a fazenda ] do conectar duas palavras. Ex.: [ quick_sort ].
provavelmente estará se referindo ao programa de TV,
enquanto que a consulta [ fazenda ] provavelmente Dicas para Aperfeiçoar as Pesquisas
estará buscando informações sobre o Ministério da
Fazenda. O Google não irá ignorar o termo “a” na • Mantenha a simplicidade. Se estiver procurando por
primeira pesquisa. uma empresa em particular, insira apenas o nome ou a
• Sinônimos poderão substituir algumas palavras em parte dele que o usuário souber. Se estiver procurando
sua consulta original. Como adicionar o + antes de por um conceito, lugar ou produto específico, comece
uma palavra desativa sinônimos. pelo nome. No caso de estar buscando uma pizzaria,
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10,5 cm em pol
• Conversão de moeda: para usar o nosso conversor de moeda, basta inserir a conversão que o usuário gostaria de
fazer na caixa de pesquisa do Google e forneceremos a resposta diretamente na página de resultados.
• Mapas: digite o nome ou código postal dos EUA de um local e a palavra “mapa”. Exibiremos um mapa dessa região.
Se o usuário clicar no mapa, acessará uma visualização ampliada no Google Maps.
mapa Brasília
• Refinamentos de consulta – Operador de adição (+): o Google ignora palavras e caracteres comuns como onde, o/a,
como e outros dígitos e letras que afetam o desempenho da pesquisa sem melhorar os resultados. Se uma palavra
comum for essencial para obter os resultados desejados, coloque o sinal “+” antes dessa palavra.
queijo +goiabada
• Preencha a lacuna: às vezes, a melhor maneira de fazer uma pergunta é deixar que o Google “preencha a lacuna”
adicionando um asterisco (*) como parte da sentença ou pergunta que deseja fazer à caixa de pesquisa do Google.
• Rastreamento de pacotes: o usuário pode acompanhar os pacotes digitando o número de rastreamento do seu pacote
UPS, Fedex ou USPS (correio americano) diretamente na caixa de pesquisa. Os resultados incluirão links rápidos para
acompanhar o status do envio com facilidade.
1Z9999W99999999999
• Definições de dicionário: para ver a definição de uma palavra ou frase, digite a palavra “definir”, coloque um espaço
e, em seguida, a palavra desejada. Para obter uma lista com diferentes definições de várias fontes on-line, digite
“definir:” seguido por uma palavra ou frase. Os resultados definirão a frase inteira.
Definir pescar
• Corretor ortográfico: o software de correção ortográfica do Google verifica automaticamente se a sua consulta usa
a ortografia mais comum de uma determinada palavra. Se o programa considerar que o usuário provavelmente teria
melhores resultados com uma ortografia alternativa, fará a pergunta “O usuário quis dizer: (ortografia mais comum)?”.
Clique na ortografia sugerida para iniciar uma pesquisa do Google para esse termo.
Imobiriaria
• Pesquisa local: se o usuário estiver procurando uma loja, um restaurante ou alguma outra empresa local, poderá
pesquisar pela categoria da empresa e pelo local. Retornaremos os resultados na lateral direita da página, junto com
um mapa, comentários e informações de contato.
Noções de Informática
• Horários de exibição de filmes: para encontrar comentários e horários de exibição de filmes perto de o usuário, digite “fil-
mes” ou o nome de um filme atual na caixa de pesquisa do Google. Se sua localização já tiver sido salva em uma pesquisa
anterior, o primeiro resultado de pesquisa mostrará horários de cinemas próximos de o usuário que estão exibindo o filme
escolhido.
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1. Área de Trabalho
Seguindo a tendência minimalista dos demais navegadores, a interface (janela, área de trabalho, sessão) do Internet
Explorer está bastante enxuta – alguns de seus recursos foram removidos ou agrupados para dar mais espaço às páginas
e aos serviços web. Com essas mudanças, o Internet Explorer 9 é o browser com maior espaço para as páginas web ④,
dando ao navegador sua real função: a de palco de teatro, não a de espetáculo*.
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o botão Modo de Exibição de Compatibilidade aparece Interrompe o carregamento do sítio mostrado na guia
na barra de endereços. Ativando o Modo de Exibição de atual. Não interrompe downloads de arquivos em janelas
Compatibilidade, a página da Web que está sendo exibida diferentes da atual, nem desconecta o computador da In-
é recarregada e será mostrada como se estivesse usando ternet ou fecha a janela do navegador.
uma versão anterior do Internet Explorer. A opção de menu Exibir / Parar também permite a
ativação do comando Interromper.
2.5 Atualizar (F5) Ⓔ
Caso haja processo de download em execução no acesso
Recarrega (refresh, refresca) a página atual usando, 2.7 Abas (guias, separadores de molduras) ➑
quando possível, arquivos da pasta de Arquivos da Internet
Temporários, o que faz a página ser exibida mais rapida- O Internet Explorer é um browser que permite acessar
mente. Os comandos Atualizar, Interromper e Ir comparti- mais de um site da Internet em uma mesma sessão de usos.
lham um único botão na extremidade direita da barra de A navegação por abas caracteriza‑se pela possibilidade
endereços, que muda de acordo com a necessidade do de abrir várias páginas na mesma janela do navegador da
usuário: enquanto se digita na barra, exibe‑se o botão ir; Internet.
69
direita da tela, logo após a última guia aberta e o botão Nova facilitada usando‑se o botão , da Barra de Comandos.
Guia – eles abrigam as funções mais úteis do navegador, de
uso mais frequente. 2.8.2.1 Feeds
Exibe a lista dos sites cadastrados para receber atualiza-
ções de conteúdo de forma prática e rápida.
2.8.1 Início (ALT+HOME) RSS é uma tecnologia que começou a ser desenvolvida
Quando clicado o botão Início ➊, carregam‑se todas as em 1999 pela Netscape com o nome de Rich Site Summary
páginas iniciais (máximo oito) definidas pelo usuário, a partir (RSS 0.91) e hoje é amplamente utilizada como Really Simple
da guia atualmente selecionada. Não é possível configurar Syndication (RSS 2.0). Permite a criação e envio de arquivos
páginas iniciais com recursos desse botão. (chamados Feeds, ou alimentadores) em linguagem RSS e
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Quando um site de notícias, como o PCIConcursos, des- primeiros duzentos caracteres da novidade, por exemplo,
cobre um edital novo lançado por algum órgão ou prefeitura é criado e armazenado em arquivo .XML, normalmente
ele é copiado e deve ser publicado no site www.pciconcursos. na forma de texto, e armazenado numa pasta especial do
com.br na forma de uma novidade ①, a ser consultada pelos servidor web ③. Vários destes feeds (alimentadores) são
visitantes do site. criados, um para cada novidade do site, e aguardam a visita
De forma automatizada, um resumo ② contendo os dos usuários.
Noções de Informática
Usando o IE11, um usuário acessa a página inicial do Clicar no cabeçalho do Feed levará o usuário até o site
servidor da PCI e percebe que o botão Feeds, antes sem cor, da PCI onde a novidade completa, postada anteriormente,
se acende e torna‑se laranja ④: é um sinal do navegador ao estará disponível para leitura de forma completa. Para
usuário que o site oferece a tecnologia de RSS Feeds para sua receber os resumos das novidades desse site com maior
consulta e inscrição. Clicar o botão laranja trará o conteúdo facilidade, basta assinar seu Feed – copiar um atalho para a
pasta FEEDS da PCI e deixá‑lo pronto para uso na guia Feeds
da pasta FEEDS da PCI para o leitor de RSS Feeds embutido da Central de Favoritos. Isso é sinônimo de realizar a inscrição
no IE11 ⑤ para que o usuário defina se o conteúdo real- ou assinatura nos Feeds da PCI. Para isso, o botão Assinar
mente o interessa. este Feed na página mostrada ou na Central de Favoritos.
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O IE11 procura feeds e Web Slices em cada página da Arquivos de Internet Temporários são arquivos (ele-
Web visitada. Quando encontra feeds disponíveis, o botão mentos gráficos, pequenos aplicativos) e informações que
passa de cinza a laranja e emite um som. Se encontrar Web o IE armazena no computador, incluindo uma lista de sites
Slices, o botão muda para o botão do Web Slice. visitados, cookies, informações digitadas em formulários
da Web, senhas de site e outras informações salvas tem-
3.3 Ler Email porariamente. Um programa navegador na Internet pode
armazenar uma cópia dos itens acessados recentemente.
A vantagem desse procedimento é permitir acelerar a visão
novamente desses itens. A desvantagem é o gasto de espaço
de armazenamento.
Excluir regularmente o histórico de navegação ajuda a
Abre o cliente de email padrão, substituindo algumas proteger a privacidade, especialmente se o usuário estiver
funções do botão Correio do IE6. usando um computador compartilhado ou público. O usuário
pode configurar o Internet Explorer para excluir seu histórico
3.4 Página (ALT+G) toda vez que o usuário fechar uma sessão de navegação ou
excluir manualmente todos os arquivos de internet tempo-
rários, usando o menu Ferramentas/Opções da Internet/
Geral, ou atalho de teclado CTRL SHIFT+DEL.
73
Barras de Ferramentas e Barras do Explorer). Alguns deles são necessários ao funcionamento correto do
Internet Explorer e do computador.
3.6.1 Bloqueador de pop‑up
3.6.3.1 Acelerador
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4. Barra de Notificações
roubem as informações pessoais do usuário durante visita A sincronização de guias e configurações do usuário no
a sites confiáveis. Os níveis de segurança mais altos podem IE11 no Windows 8.1 permite que os usuários possam tran-
proteger de hackers e ataques na Web. O filtro XSS perma- quilamente ver e interagir com o site em seus dispositivos.
nece ativado por padrão para ajudar a protegê‑lo. Os novos recursos de sincronização do IE11 no Windows 8.1
O Filtro XSS analisa como os sites interagem e, quando foram projetados com base na alternância entre dispositivos.
reconhece um ataque em potencial, ele bloqueia automati- Quando um usuário sai de um dispositivo, todas as guias
camente a execução do código de script. Se isso acontecer, abertas, com exceção das guias Navegação InPrivate, são
o usuário verá uma mensagem na Barra de notificação in- sincronizadas por meio dos servidores Microsoft OneDrive;
formando que a página da Web foi modificada para ajudar portanto, elas são prontamente disponibilizadas quando o
a proteger sua privacidade e segurança. usuário abre o IE em outro dispositivo.
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MOZILLA FIREFOX 3
Mozilla Firefox é um navegador livre e multiplataforma,
desenvolvido pela Fundação Mozilla com ajuda de centenas
de colaboradores. A intenção da fundação é desenvolver um
navegador leve, seguro, intuitivo e altamente extensível.
1. Novidades
1.1. Filtro para sugestão de endereços: para procurar
por um endereço que está nos favoritos, o usuário pode 1.10. Biblioteca: substitui o gerenciador de favoritos das
digitar o filtro * no campo de endereços. O Firefox vai su- versões anteriores (Favoritos > Organizar favoritos). Engloba
gerir apenas os itens dos favoritos. Os outros filtros são: ^ favoritos e histórico; backup mais fácil (há um menu dedi-
histórico, + tags, # título da página, @ endereço, ~ endereços cado a essa função); propriedades de favoritos podem ser
que foram digitados. modificadas rapidamente; pastas de pesquisa – salva uma
pesquisa de forma permanente como uma pasta.
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3. Barra de Menus
Noções de Informática
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2. Trabalhando com Guias
Para reorganizar as guias abertas, basta clicar em uma guia e arrastá‑la para uma posição diferente na parte superior
da janela do navegador.
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2.1. Modo de Navegação Anônima (navegar em modo visitados ainda tenham registros da visita do usuário.
privado) Além disso, os arquivos salvos no computador ou nos
dispositivos móveis serão mantidos. Por exemplo, se o
O modo de navegação anônimo, disponibilizado no nave- usuário fizer login na Conta do Google enquanto estiver
gador Google Chrome, possibilita que o usuário navegue na no modo de navegação anônima, suas pesquisas do
Internet sem que as páginas por ele visitadas sejam gravadas Google serão registradas no seu Histórico da Web do
no histórico de navegação. Google. Neste caso, para impedir que suas pesquisas
Quando o usuário quiser navegar na Web sem salvar sejam armazenadas na Conta do Google, o usuário
determinadas informações, pode usar o modo de navegação pode desativar o Histórico da Web do Google.
anônima do Google Chrome. Uma nova janela anônima pode • As páginas da Web que o usuário abrir e os arquivos
Noções de Informática
ser criada clicando na barra de ferramentas do navegador que transferir por download no modo anônimo não
e selecionando a seguir Nova janela anônima. Uma nova são registrados nos seus históricos de navegação e de
download.
janela será aberta com o ícone de anonimato exibido • Todos os novos cookies são excluídos depois que o
no canto superior esquerdo. O usuário também pode usar usuário fecha todas as janelas anônimas que estavam
os atalhos do teclado CTRL+SHIFT+N para abrir uma janela abertas.
anônima. Detalhes importantes: • As alterações que o usuário faz nos favoritos e nas
• O modo de navegação anônima impede que o Google configurações gerais do Google Chrome enquanto
Chrome armazene informações sobre os websites está no modo de navegação anônima AINDA SERÃO
visitados. No entanto, é possível que os websites SALVAS.
84
momento para ir para sua página inicial. mo de pesquisa padrão. São várias as formas e ferramentas
Personalizar / Configurações / Aparência / Mos- para pesquisa no navegador:
trar botão “Página inicial” • Se o Google Chrome tiver um registro do mecanismo
de pesquisa do site, ele oferecerá automaticamente
Quando a caixa de seleção Mostrar botão “Página inicial” a opção de pesquisar nesse site. Caso se lembre da
está selecionada, um endereço da Web aparece abaixo. Se palavra‑chave do mecanismo de pesquisa, o usuário
desejar que o botão “Página inicial” abra uma página da também pode digitar a palavra‑chave na barra de
Web diferente, pode‑se clicar em Alterar para inserir um endereço. Digitado o termo de busca, pressionar TAB
link. O usuário também pode escolher a página “Nova guia” para escolher o mecanismo de pesquisa, digitar o
como sua página inicial. termo de pesquisa e pressionar ENTER.
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O Google Chrome pode salvar nomes de usuários e Na primeira vez que o usuário preenche um formulário,
senhas para diferentes sites. O navegador poderá, então, o Google Chrome salva automaticamente as informações
preencher os campos de login automaticamente, na próxima inseridas, por exemplo, “nome”, “endereço”, “telefone” ou
vez em que o usuário visitar esses sites. “endereço de email”, como uma entrada do Preenchimento
Essas senhas são armazenadas no mesmo sistema que automático. O usuário pode armazenar vários endereços
contém suas senhas salvas de outros navegadores. Todas como entradas separadas.
essas senhas, incluindo as senhas salvas de outros nave- Quando o usuário começa a preencher um formulário,
gadores, podem ser sincronizadas com a Conta do Google, as entradas do Preenchimento automático que correspon-
para que estejam disponíveis em outros computadores que dem àquelas que o usuário está digitando aparecem em um
o usuário for usar. menu. Selecionar uma entrada completará automaticamente
Decidir se o usuário quer salvar senhas (o Google o formulário com as informações anteriormente armazena-
Chrome deve perguntar se o usuário deseja salvar sua senha das. O Google Chrome também salva o texto que o usuário
digitou em campos específicos de formulários. A próxima
sempre que fizer login em um novo site): Personalizar /
vez que o usuário preencher o mesmo campo, o texto que
Configurações / Mostrar configurações avançadas... / Senhas
o usuário digitou anteriormente aparecerá em um menu.
e formulários / Oferecer para salvar senhas com o Google
Smart Lock para senhas. Editar entradas do Preenchimento automático: Perso-
Excluir senhas salvas: Personalizar / Configura- nalizar / Configurações / Mostrar configurações
ções / Mostrar configurações avançadas... / Senhas e formu- avançadas... / Senhas e formulários / Gerenciar confi-
lários / Gerenciar senhas (lista as senhas salvas, pesquisa, gurações do preenchimento automático
mostra e exclui as senhas).
5.6. Configurações de Privacidade
5.3. Sincronização
Várias opções do navegador usam informações como as
Tanto o Google Chrome quanto o Mozilla Firefox pos- páginas da Web visitadas, a fim de aprimorar e proteger a
suem recursos que possibilitam aos usuários sincronizarem experiência do usuário na Web.
para uma determinada conta o histórico de navegação, Todos esses recursos são ativados por padrão, exceto
os favoritos e as senhas e, desse modo, estarem acessíveis “Enviar automaticamente estatísticas de uso e relatórios de
em outras máquinas. erros” e “Enviar uma solicitação para “Não rastrear” com
A sincronização do Google Chrome salva as personaliza- seu tráfego de navegação”. O usuário também pode optar
ções do navegador na Web e permite acessá‑las a partir do por desativá‑los nas configurações “Privacidade”, clicando
Google Chrome em qualquer computador. no menu do Google Chrome / Configurações / Mostrar
Quando o usuário faz login no navegador Google Chrome configurações avançadas... / Privacidade.
ou em um Chromebook, seus favoritos, guias, histórico e • Utilizar um serviço da Web para ajudar a solucionar
outras preferências do navegador são salvos e sincronizados erros de navegação: em casos em que o endereço da
com sua Conta do Google. O usuário pode então carregar Web não funciona ou não é possível estabelecer uma
essas configurações sempre que usar o Google Chrome em conexão, o navegador envia ao Google o URL da página
outros computadores e dispositivos. Fazer login no Google que o usuário tentou acessar e recebe sugestões de
Chrome também facilita a utilização de serviços do Google páginas da Web alternativas que sejam parecidas com
como Gmail, YouTube e Google Maps, pois geralmente é a página que o usuário está tentando acessar.
necessário fazer login apenas uma vez no navegador. • Utilizar um serviço de previsão para ajudar a preen-
cher pesquisas e URLs digitados na barra de endere-
Para fazer login: Personalizar / Fazer login.
ço: o navegador pode usar um serviço de previsões,
Opções de sincronização: Personalizar / Fazer à medida que o usuário digita na barra de endereço,
login / Configurações de sincronização avançadas... para mostrar pesquisas da Web relacionadas, corres-
pondências com seu histórico de navegação e websites
5.4. Gerenciamento de Usuários populares.
• Usar um serviço de previsão para carregar páginas
Se o usuário compartilha o computador com alguém mais rapidamente: os navegadores usam o endereço
regularmente, adicionar novos usuários ao Google Chrome IP para carregar uma página. Ao pesquisar essas infor-
pode manter suas configurações de navegação separadas. mações com antecedência, os links em que o usuário
Os perfis de usuários também são úteis se o usuário deseja clicar na página da Web serão carregados mais rapi-
manter suas configurações de navegação profissionais e damente. Websites também podem usar tecnologia
pessoais separadas. de pré‑processamento para carregar previamente os
Personalizar / Configurações / Pessoas / Adi- links em que o usuário pode clicar depois.
Noções de Informática
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8. Menus
Noções de Informática
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AÇÃO ATALHO
Abrir uma nova janela CTRL + N
Abrir uma nova janela no modo de navegação anônima CTRL + SHIFT + N
Abrir uma nova guia e acessá‑la CTRL + T
Reabrir a última guia fechada e acessá‑la CTRL + SHIFT + T
Acessar a próxima guia aberta CTRL + TAB ou CTRL + PGDN
Acessar a guia aberta anterior CTRL + SHIFT + TAB ou CTRL + PGUP
Acessar uma guia específica CTRL + 1 a CTRL + 8
Acessar a última guia CTRL + 9
Abrir a página inicial na guia atual ALT + HOME
Abrir a página anterior do histórico de navegação na página atual ALT + SETA PARA A ESQUERDA
Abrir a próxima página do histórico de navegação na página atual ALT + SETA PARA A DIREITA
Fechar a guia atual CTRL + W ou CTRL + F4
Fechar todas as guias abertas e o navegador CTRL + SHIFT + W
Minimizar a janela atual ALT + ESPAÇO + N
Maximizar a janela atual ALT + ESPAÇO + X
Fechar a janela atual ALT + F4
Sair do Google Chrome CTRL + SHIFT + Q
AÇÃO ATALHO
Abrir o menu do Google Chrome ALT + F ou ALT + E ou F10
Exibir ou ocultar a barra de favoritos CTRL + SHIFT + B
Abrir o Gerenciador de favoritos CTRL + SHIFT + O
Abrir a página do histórico em uma nova guia CTRL + H
Abrir a página de downloads em uma nova guia CTRL + J
Abrir o Gerenciador de tarefas do Chrome SHIFT + ESC
Definir o foco no primeiro item na barra de ferramentas do Chrome SHIFT + ALT + T
Mover o foco para frente entre a barra de endereço, a barra de favoritos F6
(se ela estiver sendo exibida) e o conteúdo da página
Mudar o foco para trás entre a barra de endereço, a barra de favoritos SHIFT + F6
(se ela estiver sendo exibida) e o conteúdo da página
Abrir a barra “Localizar” para pesquisar na página atual CTRL + F ou F3
Ir para a próxima correspondência da pesquisa da barra “Localizar” CTRL + G
Ir para a correspondência anterior da pesquisa da barra “Localizar” CTRL + SHIFT + G
Abrir as ferramentas do desenvolvedor CTRL + SHIFT + J ou F12
Abrir as opções de “Limpar dados de navegação” CTRL + SHIFT + DELETE
Abrir a Central de Ajuda do Chrome em uma nova guia F1
Fazer login como um usuário diferente ou navegar como visitante CTRL + SHIFT + M
Abrir um formulário de feedback ALT + SHIFT + I
AÇÃO ATALHO
Noções de Informática
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AÇÃO ATALHO
Abrir opções para imprimir a página atual CTRL + P
Abrir opções para salvar a página atual CTRL + S
Atualizar a página atual F5 ou CTRL + R
Atualizar a página atual, ignorando o conteúdo armazenado em cache SHIFT + F5 ou CTRL + SHIFT + R
Interromper o carregamento da página ESC
Navegar por itens clicáveis deslocando‑se para a frente TAB
Navegar por itens clicáveis deslocando‑se para trás SHIFT + TAB
Abrir um arquivo do computador no Chrome CTRL + O + SELECIONAR UM ARQUIVO
Exibir o código fonte HTML não editável da página atual CTRL + U
Salvar a página da Web atual como um favorito CTRL + D
Salvar todas as guias abertas como favoritos em uma nova pasta CTRL + SHIFT + D
Ativar ou desativar o modo de tela cheia F11
Aumentar tudo na página CTRL E +
Diminuir tudo na página CTRL E -
Retornar tudo na página para o tamanho padrão CTRL + 0
Rolar para baixo em uma página da Web, uma tela por vez ESPAÇO ou PGDN
Rolar para cima em uma página da Web, uma tela por vez SHIFT + ESPAÇO ou PGUP
Ir para a parte superior da página HOME
Ir para a parte inferior da página FIM
Rolar a página na horizontal SHIFT + ROLAR O MOUSE
Mover o cursor para o final da palavra anterior em um campo de texto CTRL + SETA PARA A ESQUERDA
Mover o cursor para o começo da próxima palavra em um campo de texto CTRL + SETA PARA A DIREITA
Excluir a palavra anterior em um campo de texto CTRL + BACKSPACE
Mover o foco para uma notificação ALT + N
Conceder permissão dentro de uma notificação ALT + SHIFT + A
Negar permissão dentro de uma notificação ALT + SHIFT + D
Abrir a página inicial na guia atual ALT + HOME
Atalhos do Mouse
Ação Atalho
Abrir um link em uma guia atual (somente com o mouse) Arrastar um link para uma guia
Abrir um link em uma nova guia em segundo plano CTRL + clicar em um link
Abrir um link e acessá‑lo CTRL + SHIFT + clicar em um link
Abrir um link e acessá‑lo (somente com o mouse) Arrastar um link para uma área em
branco na barra de guias
Abrir um link em uma nova janela SHIFT + clicar em um link
Abrir uma guia em uma nova janela (somente com o mouse) Arrastar a guia para fora da barra
de guias
Mover uma guia para a janela atual (somente com o mouse) Arrastar a guia para uma janela já exis-
tente
Retornar uma guia para a posição original Pressionar ESC ao arrastar
Salvar a página da Web atual como um favorito Arrastar o endereço da Web para a bar-
ra de favoritos
Noções de Informática
92
propostas para trabalhar em casa e empréstimos bilidades existentes ou falhas na configuração de softwares
facilitados. instalados em computadores.
• Spit (spam via Internet Telephony): mensagens não
solicitadas atingindo os usuários dos “telefones IP” Cavalo de Troia (Trojan Horse)
(VoIP).
• Spim (spam via Instant Messenge): envio de spam É um programa, normalmente recebido como um “pre-
por meio dos aplicativos de troca de mensagens ins- sente” (cartão virtual, álbum de fotos, protetor de tela, jogo
tantâneas como o Messenger e o ICQ. etc.), que além de executar as funções para as quais foi apa-
• Estelionato (Phishing): consiste no envio de e-mails, rentemente projetado, também executa funções maliciosas
mensagens instantâneas ou scraps com textos que e sem o conhecimento do usuário.
93
Termos da criptografia :
• Algoritmo de criptografia: programa (sequência
finita de passos) usado para realizar a encriptação e
decriptação.
• Chave: é um número binário, um código que o progra-
ma deve conhecer para cifrar e decifrar a mensagem.
• Tamanho da chave: é a medida, em bits, do tamanho
Firewall do número usado como chave. Quanto maior a chave,
mais complexa ela será para ser descoberta (mais
Pode ser definido como uma barreira de proteção, que segura).
controla o tráfego de dados entre seu computador e a Inter-
net (ou entre a rede onde seu computador está instalado e a Criptografia Simétrica (Chave Secreta)
Internet). Seu objetivo é permitir somente a transmissão e a
recepção de dados autorizados. Existem firewalls baseados Utiliza a mesma chave tanto para codificar quanto para
Noções de Informática
na combinação de hardware e software e firewalls baseados decodificar mensagens. Apesar de ser um método bastan-
somente em software. Este último é o tipo recomendado ao te eficiente em relação ao o tempo gasto para codificar e
uso doméstico e também é o mais comum.
decodificar mensagens tem como principal desvantagem
Explicando de maneira mais precisa, o firewall é um
mecanismo que atua como “defesa” de um computador ou a necessidade de utilização de um meio seguro para que a
de uma rede, controlando o acesso ao sistema por meio de chave possa ser compartilhada entre pessoas ou entidades
regras e a filtragem de dados. A vantagem do uso de firewalls que desejem trocar informações criptografadas – a chave
em redes é que somente um computador pode atuar como precisa ser compartilhada entre emissor e receptor para que
firewall, não sendo necessário instalá-lo em cada máquina a mensagem possa ser cifrada ou decifrada, mas somente
conectada. os dois sujeitos podem possuir a chave.
94
Noções de Informática
95
em transações digitais. Garante autenticidade, irretrata- • nome da Autoridade Certificadora (AC) que emitiu o
bilidade e validade jurídica aos documentos e transações certificado;
comerciais realizadas pela Internet. • o número de série e o período de validade do certifi-
Instalado no browser e no programa de correio ele-
cado;
trônico do proprietário do certificado digital, contém as
seguintes informações: nome e endereço de e-mail do titular • a assinatura digital da AC.
do certificado, chave pública, data de validade da chave
pública, identificação e assinatura digital da CA, algoritmos O objetivo da assinatura digital no certificado é indicar
usados. Pode ser visto nos sites por meio de duplo clique no que outra entidade (a Autoridade Certificadora) garante a
cadeado da barra de status. veracidade das informações nele contidas.
96
.EXE, .VBS, .PIF. Esse tipo de vírus é conhecido como do pacote Microsoft Office, é conhecido como
a) vírus de BOOT a) Excel.
b) vírus de Programa. b) Word.
c) worms. c) PowerPoint.
d) vírus de Macro.w d) Access.
e) vírus stealtf. e) Outlook.
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os usuários correm o risco de sofrer, podem causar da- 21. (IDIB/CRO‑BA/Técnico Administrativo/2017) Analise as
nos aos computadores e aos seus usuários, como perda seguintes afirmativas acerca das tecnologias de Internet
de arquivos, invasão de privacidade, danos financeiros, e Intranet.
dentre outros. Sendo assim, existe uma gama de técni- I – Tanto a Internet como a Intranet utiliza o protoco-
cas para vitimar um computador. Assinale a alternativa lo HTTP.
que apresenta somente o nome de técnicas de ataque II – Na Internet é possível acessar clientes de correio
a computadores. eletrônico como, por exemplo, o gmail da Microsoft.
a) Trojan, McAfee, Spam. III – A Intranet é um espaço restrito a determinado
b) Worms, DoS, Phishing. público, sendo utilizado para compartilhamento de
c) Vírus, Conficker, Kaspersky. informações restritas.
98
99
100
O grupo de teclas número 2 representa teclas de: 39. (FGV/IBGE/Agente Censitário/2017) No Windows 10,
a) função; para abrir a Central de Ações, deve-se clicar no ícone:
b) controle; a)
c) navegação;
d) digitação alfanumérica; b)
e) numeração.
c)
36. (FGV/IBGE/Agente Censitário/2017) No Windows 7, d)
para capturar a imagem da janela ativa, aquela que
está em primeiro plano na tela, devem-se pressionar e)
a(s) tecla(s):
a) ALT + PrintScreen. 40. (FGV/IBGE/Agente Censitário/2017) A parte do sistema
b) PrintScreen. computacional que realiza as instruções de um progra-
c) Backspace. ma de computador executando operações básicas de
d) Logotipo do Windows . aritmética, lógica e entrada/saída de dados é o(a):
e) Logotipo do Windows . a)
d)
e)
a porta:
a) DVI;
b) HDMI;
c) Ethernet;
d) USB;
e) VGA.
101
102
SUMÁRIO
Noções de Direito
DIREITO CONSTITUCIONAL
Direitos e Garantias Fundamentais (artigo 5º).................................................................................................................... 4
Da Administração Pública (artigo 37) ............................................................................................................................... 20
Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas, do estado de defesa e do estado de sítio (artigos 136 ao 141)...24
Da Segurança Pública (artigo 144).................................................................................................................................... 26
DIREITO PENAL
Do crime (artigo 13 ao 25)................................................................................................................................................ 40
Das Penas (artigos 32 ao 52)............................................................................................................................................. 60
Dos crimes contra a honra (artigos 138 ao 145)............................................................................................................... 86
Dos crimes contra a Pessoa (artigos 121 ao 154).............................................................................................................. 75
Dos crimes contra a liberdade individual (artigos 146 ao 150)......................................................................................... 89
Dos crimes contra o Patrimônio (artigos 155 ao 180)....................................................................................................... 94
Dos crimes praticados por funcionário público contra a Administração em Geral (artigos 312 ao 327)........................111
2
Assunto cobrado na prova da Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria
Nacional de Defesa Civil/2012.
3
Assunto cobrado na prova do Cespe/Câmara dos Deputados/Técnico Legislativo/ De acordo com o art. 3º da Constituição Federal, são
Técnico em Radiologia/2012. objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
4
Assunto cobrado na prova do Cespe/PRF/Agente Administrativo/Classe A/
Padrão I/2012.
5
Cesgranrio/Bacen/Técnico/2010. 7
Assunto cobrado na prova da FCC/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico
6
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Câmara dos Deputados/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2010.
Legislativo/Técnico em Radiologia/2012; Esaf/Ministério da Integração Nacio- 8
FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo/Direito/2010.
nal/Secretaria Nacional de Defesa Civil/2012 e FCC/Assembleia Legislativa-SP/ 9
Assunto cobrado na prova da FCC/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico
Agente Legislativo de Serviços Técnicos e Administrativos/2010. Judiciário/Área Administrativa/2010.
A relativização dos direitos fundamentais pode advir da seja, por parte daquele que venha a interpretar a norma e a
capacidade de conformação que é dada ao legislador. Assim, aplicar a disposição abstrata a um caso concreto.
mesmo nos casos em que não existe uma reserva legal, ou
seja, mesmo quando a constituição não faz referência à lei Passamos a comentar os setenta e oito incisos que com-
é possível que o legislador venha a delimitar a forma de põem o art. 5º da Constituição Federal.
utilização dos direitos fundamentais.
Assunto cobrado na prova do Cespe/PRF/Agente Administrativo/Classe A/
14
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença,
alguma coisa senão em virtude de lei; sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
Comentário: traduz esse inciso o princípio da legalida- e a suas liturgias21;
de17. Todos nós podemos fazer tudo o que a lei não proíba,
o que exprime a nossa capacidade de autodeterminação, Comentário: a liberdade acima descrita alcança os fenô-
também chamada autonomia das vontades. menos, possibilitando o livre exercício das crenças religiosas e
a livre adoção de concepções científicas, filosóficas, políticas
A autonomia das vontades definida no art. 5, II, da Cons- etc. Sendo o Brasil um país laico, não é mais aceita a previsão
tituição Federal não pode ser confundida com o princípio da de religião oficial no País.
legalidade estrita ou restrita, que está descrito no art. 37
da Constituição Federal. O referido artigo, ao estipular a VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de
necessidade de observância da legalidade, impõe que o assistência religiosa nas entidades civis e militares de
administrador público apenas faça o que está previsto em internação coletiva22;
lei. Podemos assim distinguir as duas legalidades:
Comentário: são considerados locais de internação
Autonomia das vontades Legalidade estrita (art. 37 da CF) coletiva os hospitais, as prisões e os quartéis, por exemplo.
(art. 5º, II, da CF)
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de
Vincula os particulares. Vincula o administrador público. crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se
Permite que se faça tudo Apenas admite que se faça o que as invocar para eximir‑se de obrigação legal a todos imposta
o que a lei não proíba. a lei prevê. e recusar‑se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei23;
O princípio da legalidade não pode ser confundido com Comentário: são consideradas obrigações a todos im-
o princípio da reserva legal. A reserva legal impõe que certas postas, a obrigação de votar e o alistamento militar, que em
matérias sejam regidas apenas por lei em sentido estrito18. tempos de paz obriga a todos os homens de nacionalidade
É o caso, por exemplo, da previsão de crimes e cominação brasileira. Se alguém oferecer uma excusa de consciência
de penas, que somente pode ser feita por lei. para deixar de cumprir uma obrigação a todos imposta,
terá de se sujeitar ao ônus de uma obrigação alternativa.
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamen‑ Se, porém, a obrigação alternativa não for cumprida, será
to desumano ou degradante19; aplicada, por exemplo, a pena de perda dos direitos políticos,
nos termos do art. 15, IV, da Constituição Federal.
Comentário: cuida o dispositivo da dignidade da pessoa
humana. Este inciso está em consonância com o que dispõe IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artís-
o art. 1º, III, da Constituição Federal. tica, científica e de comunicação, independentemente de
censura ou licença24;
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo ve‑
dado o anonimato20; Comentário: a proibição da censura não impede que o
Estado venha a limitar a atividade de comunicação social,
Comentário: a liberdade de expressão, como todo direito impedindo que os meios de comunicação venha a oferecer pro-
fundamental, não é absoluta. Diversos limites serão encon- gramação que não seja condizente com os valores da sociedade
trados no exercício concreto de tais direitos. Primeiramente, ou que sejam ofensivos a determinados grupos. A classificação
não se pode utilizar a liberdade de expressão para cometer indicativa de diversões públicas e a limitação à publicidade de
atos ilícitos, ofendendo os direitos fundamentais. Assim, tabaco, bebidas alcoólicas, remédios, terapias e agrotóxicos são
impede‑se, por exemplo, a utilização desse direito com a in- exemplos desse tipo de atividade, que é plenamente legítima.
tenção de ofender alguém. A repressão contra a má utilização
dos direitos fundamentais somente é efetiva se acompanhada X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra
de identificação do responsável. O anonimato é vedado jus- e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Noções de Direito
Comentário: os sigilos, assim como todos os demais direi- Comentário: o direito de locomoção, como os demais
tos fundamentais, não são absolutos. Eles podem sofrer limi- direitos fundamentais, não é absoluto.
tação legal ou judicial. Em relação ao sigilo das comunicações Primeiramente, há que se observar, para o seu exercício,
telefônicas, verifica‑se a previsão de uma reserva jurisdicional. a prevalência da paz. Em hipóteses de guerra, que suscitam
Sendo assim, somente por ordem judicial é possível quebrar a instituição de Estado de Sítio, é possível a restrição da
o referido sigilo. Outra imposição posta em relação ao sigilo liberdade de locomoção no território nacional. Além desse
das comunicações telefônicas é a necessidade de que somente aspecto, há que se observar que o direito de locomoção
seja determinada a quebra para fins de investigação criminal inclui os bens pertencentes ao seu titular. Isso não significa,
ou instrução processual penal. Não é possível quebrar o refe- porém, que os bens possuam de forma autônoma o direito
rido sigilo em causas cíveis. Além disso, é necessário que seja de locomoção, mas sim que eles possam acompanhar o
observada a forma estabelecida em lei. proprietário que esteja se locomovendo.
O sigilo das comunicações telefônicas não pode ser O direito de locomoção é protegido pelo habeas corpus
Noções de Direito
confundido com o sigilo dos dados telefônicos. O extrato das e somente é garantido dentro do território nacional.
ligações telefônicas é protegido pelo sigilo de dados, que não
XVI – todos podem reunir‑se pacificamente, sem armas,
25
Assunto cobrado nas seguintes provas: Esaf/Ministério da Integração Nacio-
em locais abertos ao público, independentemente de autori‑
nal/Secretaria Nacional de Defesa Civil/201 e Vunesp/Tribunal de JUStiça-SP/
Escrevente Técnico Judiciário/2010. 28
Assunto cobrado na prova do Vunesp/Tribunal de Justiça-SP/Escrevente Técnico
26
FCC/TJRJ/Técnico de Atividade Judiciária/2012. Judiciário/2010.
27
Assunto cobrado na prova do Vunesp/Tribunal de Justiça-SP/Escrevente Técnico 29
Assunto cobrado na prova do Cespe/PRF/Agente Administrativo/Classe A/
Judiciário/2010. Padrão I/2012.
Tendo em vista a impossibilidade de penhora dessas XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no
terras, torna‑se pouco interessante o empréstimo de valores País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge
aos respectivos produtores rurais. Por tal razão, dispõe a ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais
Constituição que a lei disporá sobre os meios de financiar seu favorável a lei pessoal do de cujus38;
desenvolvimento, que muitas vezes é fomentado pelo Estado.
Comentário: a Constituição brasileira tenta proteger
XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de cônjuge e filhos brasileiros quando da partilha de bens de
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, trans‑ estrangeiros situados no Brasil. Para tanto, dispõe que deve
missível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar37; ser aplicada a lei mais favorável aos familiares brasileiros,
mesmo que, para tanto, seja necessário afastar a legislação
Comentário: a propriedade intelectual também é pro- civil brasileira para que seja aplicada a legislação do país de
tegida no âmbito constitucional. Aqui estamos a tratar dos origem do de cujus, ou seja, do estrangeiro falecido. Impor-
direitos autorais, que protegem bens imateriais destinados tante salientar que essa regra, por questões de soberania,
essencialmente a uma função estética (obras literárias, somente é aplicável aos bens situados no Brasil.
músicas, pinturas etc.). Compete à legislação a definição
do prazo o qual os herdeiros poderão usufruir dos direitos XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa
patrimoniais da propriedade intelectual. do consumidor;
Noções de Direito
A lei determinará medidas para que os consumidores XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam lesão ou ameaça a direito;
sobre mercadorias e serviços.
Comentário: cuida‑se da inafastabilidade da jurisdição
Essa disposição constitucional ganha destaque pelo fato ou do princípio do amplo acesso ao Poder Judiciário, que
de consistir em obrigação destinada ao ente Estatal, que demonstra a intenção do constituinte de submeter ao Poder
institui tributos. Demonstra-se, assim, que o Direito do Con- Judiciário toda lesão ou ameaça de lesão a direito, afastando,
sumidor não se restringe a impor obrigação ao fornecedor de assim, o modelo francês de contencioso administrativo, ou
bens ou serviços, mas também a todos aqueles que possam seja, de submissão de questões administrativas a tribunais
atingir a categoria dos consumidores. específicos. Sendo assim, seria inconstitucional, por exemplo,
Por fim, destacamos a disposição expressa no a estipulação de taxas judiciárias elevadas ou fixadas em per-
art. 170, V, que estabelece a defesa do consumidor como um centuais sobre o valor da causa, sem limite, pois impedem o
dos princípios da ordem econômica. A inserção do direito amplo acesso da população ao Poder Judiciário.
consumerista em nossa ordem econômica representa um Em certos casos é possível transacionar acerca do direito
contrapeso ao liberalismo econômico, destacado pela liber- de acesso à máquina judiciária, por exemplo, nas hipóteses
dade de iniciativa. Demonstra que a atividade econômica, de convenção de arbitragem livremente acordada em um
apesar de livre, não se situa em posição de anarquia, tendo negócio jurídico. É possível também que a Fazenda Pública
em vista o papel cogente dos direitos fundamentais, como venha a condicionar um parcelamento tributário à renúncia
do consumidor. do direito de discutir o débito perante o Poder Judiciário.
Essas são as disposições constitucionais relacionadas ao Em alguns casos, o prévio acesso à via recursal adminis-
Direito do Consumidor. trativa se mostra necessário para a configuração do interesse
de agir, condição para o ajuizamento de uma ação. Para
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos a impetração de habeas data, por exemplo, é necessário
informações de seu interesse particular, ou de interesse que o interessado em obter acesso ou a retificação de seus
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob dados pessoais comprove a existência de prévia negativa do
detentor do banco de dados.
Noções de Direito
Judiciário/2012 e Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria Nacional Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria Nacional de Defesa Ci-
40
10
cabível o julgamento de crimes que se destinam a ofender beneficiar o réu no caso concreto.
Ex. 1:
11
Ex. 2:
XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos Cabe lembrar que nada impede que a legislação venha a
direitos e liberdades fundamentais; ampliar as características aqui listadas, prevendo, por exem-
plo, que outros crimes também sejam sujeitas a prescrição.
Comentário: trata‑se de cláusula genérica de proteção
ao próprio sistema de garantias fundamentais do cidadão. XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;
Comentário: primeiramente, há que se asseverar que o
racismo consiste em atitude de segregação, não se limitando a Comentário: o princípio da pessoalidade da pena impede
que a condenação penal venha a ser estendida, subjetiva-
ofensas verbais de conteúdo discriminatório. Ademais, o racis-
mente, extrapolando a figura do autor. Nosso sistema repudia
mo não precisa estar atrelado a critérios biológicos, englobando a responsabilidade de pena objetiva, razão pela qual a pena
qualquer forma de discriminação baseada em critérios étnicos, somente pode ser aplicada a quem seja culpado (em sentido
religiosos etc. A inafiançabilidade impede a concessão de liber- lato) pela conduta delitiva. A referida limitação, porém, não
dade provisória mediante pagamento de fiança. A imprescriti- se aplica aos reflexos patrimoniais da atividade criminosa.
bilidade impede que o Estado venha a perder sua pretensão A obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento
punitiva em virtude do decurso do tempo. Por fim, a pena de de bens pode alcançar os herdeiros, desde que a execução
reclusão impõe a aplicação de regime de pena inicialmente da dívida se limite ao patrimônio efetivamente transferido.
fechado, sendo cabível, porém, a progressão de regime. Dessa forma, ainda que os reflexos patrimoniais sejam
transferidos aos sucessores, a obrigação nunca poderá ser
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetí- cobrada em montante superior ao valor do patrimônio
veis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito transferido, o que, de certa forma, impede a existência de
de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos uma responsabilidade penal objetiva.
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandan-
tes, os executores e os que, podendo evitá‑los, se omitirem; XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará,
entre outras, as seguintes:
Comentário: os delitos definidos nesse inciso não admitem a) privação ou restrição da liberdade;
o pagamento de fiança com a finalidade de se obter a liberdade b) perda de bens;
provisória, bem como a concessão dos benefícios da graça ou c) multa;
da anistia. Interessante notar que será cabível a modalidade d) prestação social alternativa;
omissiva em relação àqueles que puderem evitar esses crimes. e) suspensão ou interdição de direitos;
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a Comentário: as penas descritas no presente inciso for-
malizam um rol meramente exemplificativo das penas que
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
podem ser adotadas em nosso ordenamento jurídico. Estabe-
constitucional e o Estado Democrático41;
lece a Constituição, ainda, o princípio da individualização da
pena, que impõe a pena adequada ao réu, segundo elemen-
Comentário: o presente inciso disciplina o terceiro grupo tos objetivos (relacionados à conduta criminosa) e subjetivos
de crimes que mereceram do constituinte uma repressão (relativos ao perfil do réu). Segundo esse preceito, deve o juiz,
especial. Tal qual no racismo, foi excluída a possibilidade de ao proceder à dosimetria da pena, adequar a pena de forma
pagamento de fiança e de prescrição de tais delitos. a amoldar‑se perfeitamente à situação segundo critérios de
Sendo assim, temos o seguinte panorama no que se quantidade, tipo e regime de cumprimento.
refere aos crimes com repressão especial, definidos cons- Por conta desse preceito já foi considerada inconstitucional
titucionalmente: a tentativa de se proibir a progressão de regime, que permite
– inafiançáveis: racismo, crimes hediondos, tráfico, ao réu progredir, passando do regime fechado, mais grave,
tortura, terrorismo e ação de grupos armados contra para os regimes semiaberto e aberto. A imposição de regime
a ordem constitucional e o Estado Democrático; integralmente fechado retira do juiz a possibilidade de indivi-
– imprescritíveis: racismo e ação de grupos armados dualizar a pena segundo as peculiaridades existentes no caso,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; aplicando o mesmo regime de pena em qualquer situação.
Noções de Direito
12
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Câmara dos Deputados/Técnico Legislativo/Técnico em Radiologia/2012 e FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente
43
13
Comentário: estamos diante do princípio do devido pro- LVIII – o civilmente identificado não será submetido a
cesso legal, que impõe a observância das normas processuais identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
vigentes para que alguém seja privado de sua liberdade
ou de seus bens. A presente regra também é denominada Comentário: em nosso país, privilegiando‑se a presun-
“devido processo legal substancial” e impõe a observância ção de legitimidade e a fé pública, adota‑se como regra a
da proporcionalidade de da razoabilidade. identificação feita por meio de documentos civis. Em casos
excepcionais, porém, desde que haja previsão legal, poderá
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrati- ser feita a identificação criminal, papiloscópica ou fotográfica,
por exemplo.
vo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório
Assim, quando alguém é detido, somente será obrigado
e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
a proceder a uma identificação criminal se, por exemplo,
não possuir identificação civil, tiver identificação civil em
Comentário: este inciso explicita o conteúdo do devido mau estado de conservação ou cometer delitos específicos,
processo legal processual, estipulando duas regras básicas, previstos em lei.
que são o contraditório e a ampla defesa.
O contraditório consiste no direito de contra‑argumentar, LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação
ou seja, de apresentar uma versão que conteste as alegações pública, se esta não for intentada no prazo legal46;
feitas pela parte adversa.
A ampla defesa pressupõe a possibilidade de se produzir Comentário: esse é o caso da ação penal privada sub-
provas no processo, juntando elementos fáticos à argumen- sidiária da pública. Vamos aqui, de forma sintética, resumir
tação feita em sua defesa. esse trâmite.
O Poder Judiciário somente age quando é provocado.
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas A isso chamamos princípio da inércia. Dessa forma, para
por meios ilícitos; que o Estado possa condenar alguém pelo cometimento de
um crime, é necessário que o Judiciário seja provocado por
Comentário: no exercício da ampla defesa, não é possível meio de uma ação penal.
juntar aos autos provas que tenham sido obtidas por meios As ações penais podem ser ajuizadas pela vítima (ação
ilícitos. A presente medida busca evitar que a atividade de pro- penal privada) ou pelo Ministério Público (ação penal pú-
blica), quando for o caso. Quando proposta pela vítima,
Noções de Direito
Esaf/MF/Assistente Técnico/Administrativo/2012.
45 FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Administração/2012.
46
14
Como a prisão em flagrante pode ser feita por qualquer Comentário: a identificação dos responsáveis pela prisão
do povo, ela será a única possibilidade de prisão que é con- ou pelo interrogatório do preso é um instrumento necessário
cedida às Comissões Parlamentares de Inquérito. à proteção contra abusos, já que intimida o agente público
49
Assunto cobrado nas seguintes provas: FGV/Senado Federal/Técnico Legisla-
47
Assunto cobrado na prova da FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Admi- tivo/Administração/2012 e FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário/Área Administrati-
nistração/2012. va/2010.
48
FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Administração/2012. 50
FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Administração/2012.
15
LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do LXXI – conceder‑se‑á mandado de injunção sempre que
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania53;
Comentário: a prisão civil é aquela utilizada na cobrança
de dívidas. Não tem um caráter punitivo, mas sim coerciti- Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico
“Remédios Constitucionais”.
vo, voltado ao adimplemento da obrigação. A prisão civil é
admitida em duas hipóteses: LXXII – conceder‑se‑á habeas data:
a) inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação a) para assegurar o conhecimento de informações
alimentícia; relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros
b) depositário infiel. ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
A prisão por obrigação alimentícia somente ocorrerá caráter público.
nos casos em que a dívida é voluntária, ou seja, quando não b) para a retificação de dados, quando não se prefira
houver um motivo de força maior para o inadimplemento fazê‑lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
da obrigação.
O depositário infiel é responsável pelo bem, devendo Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico
devolvê-lo imediatamente nas hipóteses legais. “Remédios Constitucionais”.
Tais hipóteses eram definidas em nosso ordenamento
jurídico. Ocorre que o Supremo Tribunal Federal veio a consi- LXXIII – qualquer cidadão54 é parte legítima para propor
derar o Pacto de São José da Costa Rica, tratado internacional ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio pú‑
que impede esse tipo de prisão, uma norma supralegal, ou blico ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
seja, superior às demais normas legais. Isso fez com que administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico
fossem derrogadas as normas legais que dispunham sobre e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má‑fé, isento
a prisão civil do depositário infiel. de custas judiciais e do ônus da sucumbência55;
Antes desse entendimento, a prisão do depositário infiel
era justificada por uma obrigação processual ou por uma Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico
obrigação contratual. Na primeira situação, estando o bem “Remédios Constitucionais”.
em discussão perante o Poder Judiciário, determinava-se que
Noções de Direito
16
Comentário: esse dispositivo será tratado no tópico Comentário: o presente dispositivo, inserido pela Emen-
“Gratuidades Constitucionais”. da Constitucional nº 45/2004, abriu a possibilidade de trata-
dos e convenções internacionais possuírem força de emenda
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são constitucional. Para tanto, será necessário preencher os dois
assegurados a razoável duração do processo e os meios que requisitos, de forma cumulada: tratar de direitos humanos
garantam a celeridade de sua tramitação. e ser aprovado por três quintos de cada Casa do Congresso
Nacional em dois turnos de votação.
Comentário: esse dispositivo foi inserido na reforma Os tratados que não cumprirem tais requisitos, como
constitucional de 2004 que, por meio da Emenda Constitucio- vimos, terão forma de lei ordinária ou força supralegal.
nal nº 45, realizou a chamada “reforma do Poder Judiciário”.
No caso, os processos judicial e administrativo passam a ter § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
a garantia da razoável duração do processo. Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão60.
Dois problemas surgem em relação a tal dispositivo.
Primeiramente, temos a dificuldade em definir qual será a Comentário: essa importante determinação acaba por
duração razoável do processo, principalmente pelo fato de colocar em discussão a noção clássica de soberania, que vê no
que as ações possuem múltiplos graus de complexidade. Estado Soberano um ente totalmente independente. Passa
Em segundo lugar, a dificuldade encontrada reside no fato o Brasil, a partir da inserção desse dispositivo pela Emenda
de o dispositivo possuir uma redação muito ampla, que não Constitucional nº 45/2004, a submeter‑se à jurisdição de um
especifica, no caso concreto, as medidas a serem adotadas. organismo internacional se houver manifestado adesão ao
A conclusão a que chegamos, portanto, é a de que se trata ato de criação. Cumpre ressaltar, porém, que essa previsão
de uma norma‑princípio, que exigirá concretização por meio se limita aos tribunais penais, não podendo ser estendida a
de políticas públicas e da atividade legislativa. outras áreas como a do comércio internacional.
O judiciário, em caráter excepcional, tem deferido pedi-
dos de julgamento imediato da causa em respeito ao direito Remédios Constitucionais
à razoável duração do processo.
Os remédios constitucionais são garantias definidas no
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias corpo do art. 5º da Constituição Federal, que visam à prote-
fundamentais têm aplicação imediata58. ção de valores também definidos na Carta Maior. Apesar de
a maioria dos remédios tramitar perante o Poder Judiciário,
Comentário: o fato de as normas desse artigo terem apli- existem remédios, como o direito de petição, que podem
cação imediata significa dizer que podem ser aplicadas a um tramitar perante órgãos administrativos. Consideraremos,
caso concreto imediatamente, sem necessidade de norma em nosso estudo, os seguintes remédios constitucionais:
regulamentadora, por exemplo. Essa é a razão pela qual di- • habeas corpus;
versos remédios constitucionais, ainda que não tivessem seu • habeas data;
papel bem definido pela legislação, puderam ser utilizados • mandado de segurança;
Noções de Direito
17
Legitimidade ativa: possui legitimidade ativa aquele Portanto, uma das finalidades do habeas data é a pos‑
que pode impetrar o habeas corpus, chamado, portanto, sibilidade de retificação de dados, quando não se prefira
de impetrante. Esse remédio é dos mais informais, já que fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.62
pode ser impetrado por qualquer pessoa, física ou jurídica, A impetração do habeas data exige, ainda, a demonstra-
independentemente de capacidade civil, de advogado e de ção de que houve uma prévia negativa administrativa. Em
mandato outorgado pelo paciente. Exige‑se, porém, como outras palavras, o impetrante deve demonstrar que buscou
um formalismo mínimo, que a petição seja assinada, já que previamente o acesso às informações diretamente junto ao
é considerado inexistente o habeas corpus apócrifo. banco de dados, sem obter, porém, sucesso.
Legitimidade ativa: qualquer pessoa pode impetrar o
Paciente: será considerado paciente aquele que estiver a habeas data, desde que as informações pleiteadas se refiram
sofrer lesão ou ameaça a seu direito de locomoção e venha exclusivamente ao impetrante. Trata‑se, dessa forma, de uma
a ser protegido pelo remédio constitucional. O paciente ação personalíssima.
será necessariamente uma pessoa física, já que as pessoas
jurídicas não possuem liberdade de locomoção, prerrogativa Legitimidade passiva: apenas pode ser impetrado o
que é incompatível com elas. banco de dados de caráter público (Serasa, SPC etc.) ou
respectiva entidade governamental (INSS, Receita Federal
Legitimidade passiva: a legitimidade passiva é conferida do Brasil, Polícia Federal etc.).
àquele que age como coator, praticando atos ilícitos ou em
abuso de poder, razão pela qual será considerado impetrado. Gratuidade: trata‑se de ação gratuita, independente-
mente de qualquer condição.
Tipos: podemos classificar o habeas corpus como pre-
ventivo, que é aquele impetrado quando há uma ameaça ao Mandado de Segurança
direito de locomoção, ou repressivo, impetrado quando já
se configura a ilegalidade ou o abuso de poder, e “de ofício”, Finalidade: o mandado de segurança se presta à proteção
concedido pelo juiz independentemente de impetração. de direito líquido e certo contra abuso de poder ou ilegalida-
No habeas corpus preventivo, pode ser expedido salvo de. Direito líquido e certo é aquele que se mostra delimitado
conduto, que é instrumento que impede a prisão do paciente quanto à extensão e inquestionável quanto à existência. De
nas hipóteses descritas na ordem judicial concessiva da ordem. forma simplificada, podemos dizer que o direito líquido e
Imaginemos uma situação em que o paciente será ouvido certo é aquele que não demanda ampla instrução probatória,
como acusado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito motivo pelo qual a única prova admitida no mandado de
e requer, por meio de um habeas corpus, a expedição de um segurança é a de caráter documental.
salvo conduto para garantia de seu direito de permanecer ca- No mandado de segurança, o direito é facilmente aferí-
lado. Poderá o Supremo Tribunal Federal, nesse caso, conceder vel a partir da leitura das normas legais aplicáveis ao caso.
o remédio para que o paciente não seja preso caso venha a Compete à parte, portanto, apenas demonstrar que se
legitimamente exercer seu direito sem que incida, portanto, enquadra na situação descrita na lei. Cabe mandado de se-
em crime, caso recaia em falso testemunho. gurança, portanto, para pleitear aposentadoria por tempo de
No writ repressivo, já existe a situação de coação e o serviço, quando bastar a certidão de tempo de serviço para
paciente requer, portanto, a sua soltura, por exemplo. Tanto comprovar que o impetrante preenche os requisitos legais
no habeas corpus preventivo quanto no repressivo, há a para usufruir do benefício. No caso, porém, de aposentadoria
possibilidade de concessão de medida liminar. por invalidez, quando é necessário realizar perícias e ouvir
A liminar é uma medida precária, que busca a proteção testemunhas, o direito não é líquido e certo, motivo pelo qual
do bem quando exista perigo de dano irreparável ao bem não será possível, a priori, impetrar mandado de segurança.
tutelado. Somente será concedida a liminar se houver a fu- Dessa forma, no mandado de segurança não se discute
maça do bom direito, ou seja, a plausibilidade das alegações matéria probatória, de cunho fático. Por outro lado, mos-
Noções de Direito
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de trabalho.
Proíbem‑se, assim, descontos no salário que não sejam
Prestações Pecuniárias autorizados pelos trabalhadores. No caso de a empresa
estar passando por sérios problemas financeiros, o não
• Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, obri- pagamento do salário pode não ser doloso, e sim,
gatório aos trabalhadores. culposo, não constituindo, portanto, crime.
tiva/2010. tiva/2010.
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23
o entendimento direto com os empregadores. Seria assim, nos, um terço a mais do que o salário normal;
um verdadeiro representante eleito pelos empregados para XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do
a defesa de seus direitos junto ao empregador. Cabe ressal- salário, com a duração de cento e vinte dias;
var que isso não retira a obrigatoriedade da intervenção do
sindicato nas negociações coletivas de trabalho. 77
Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligências/2012.
78
Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligências/2012.
79
Assunto cobrado na prova da Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligên-
cias/2012.
Assunto cobrado na prova do Cespe/Anac/Técnico Administrativo/2012.
76 80
Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligências/2012.
24
definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, Cabe notar que o Direito Constitucional tem um caráter
não podendo ser inferior à área de um Município; histórico muito marcante, decorrente da evolução gradativa
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses nos negócios do Estado. Dessa maneira, conseguimos per-
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões ceber fatores históricos que influenciam demasiadamente
judiciais ou administrativas; na adoção dos critérios de nacionalidade. Por exemplo,
em países que tiveram forte movimento emigratório ou
81
Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligências/2012.
82
Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligências/2012.
83
Vunesp/TJ-SP/Escrevente Técnico Judiciário/2013. Cespe/CNJ/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2013.
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O primeiro caso de naturalização depende de um ato São cargos privativos, ou seja, reservados apenas aos
discricionário do Presidente da República, enquanto o se- brasileiros natos:
gundo caso configura um direito subjetivo do estrangeiro, • Presidente e Vice‑Presidente da República93;
ficando o Estado brasileiro obrigado a concedê‑la caso todos • Presidente da Câmara dos Deputados94;
os requisitos estejam preenchidos. A concessão da naturali- • Presidente do Senado Federal;
zação, portanto, não está sujeita a juízo de conveniência da • Ministro do Supremo Tribunal Federal95;
administração, sendo um ato vinculado. • Carreira diplomática;
Importante lembrar que a naturalização sempre depen- • Oficial das Forças Armadas96;
derá de requerimento do estrangeiro, não existindo mais • Ministro de Estado da Defesa;
previsão para a naturalização automática, como a grande • Membros do Conselho da República (art. 89, VII), que
naturalização que ocorreu no governo provisório do marechal define a existência de seis brasileiros natos a serem
Deodoro da Fonseca (1889‑1891). indicados para esse Conselho.
O STF decidiu que o requerimento de naturalização
possui caráter meramente declaratório. O que isso traz de Perda da Nacionalidade
efeito prático? Na prática, isso leva ao entendimento de que
os efeitos da naturalização retroagem à data da solicitação. Perderá a nacionalidade o brasileiro que:
Assim, um estrangeiro que possua os 15 anos de residência • tiver contra si sentença judicial que cancele a naturali-
ininterrupta e não tenha sido condenado criminalmente, zação, por haver o brasileiro cometido atividade nociva
nos termos do art. 12, II, b, da CF, poderá ser investido em ao interesse nacional (não alcança os natos).
um cargo público, mesmo que sua posse tenha ocorrido • adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos em que
antes da naturalização, desde que ele já tenha solicitado a é admitida a dupla nacionalidade:
nacionalidade brasileira. – concessão de nacionalidade estrangeira de forma
originária pela lei estrangeira, ou seja, o brasileiro não
Observação: aos portugueses residentes no Brasil tenha optado por adquiri‑la. Ainda que o brasileiro se
podem ser atribuídos os mesmos direitos reservados esforce por reconhecer essa nacionalidade, esse reco-
aos brasileiros naturalizados107. Tal instituto, chamado nhecimento não pode ser confundido com pedido de
de quase nacionalidade (a ser estudado a seguir), não naturalização, já que se trata de nacionalidade originá-
pode ser confundido com a naturalização ordinária. ria. Tal situação é muito comum com os descendentes
92 de italianos, caso em que a nacionalidade italiana é
concedida pelo critério do ius sanguinis, tornando o
Quase Nacionalidade brasileiro um polipátrida.
– exigência da aquisição da nacionalidade estrangeira
É possível que os portugueses possuam todas as prerro- para que o brasileiro exerça seus direitos civis no país
gativas dos brasileiros naturalizados, caso em que teremos a estrangeiro, ou para que permaneça no território desse
figura do português equiparado. Para obter um certificado de país.
equiparação, é necessário que o português venha a residir
no Brasil e que haja reciprocidade em relação aos brasileiros
Dispositivos Constitucionais
que venham a residir em Portugal. Não há, como se pode
perceber, um prazo mínimo de residência e sequer critérios
TÍTULO II
quanto à índole do português que requer a naturalização.
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Cabe ressaltar que a quase nacionalidade não é concedida
.............................................................................................
a todos aqueles que sejam oriundos de países que adotem
CAPÍTULO III
o idioma português como língua oficial, mas apenas àqueles
Da Nacionalidade
que sejam oriundos da República de Portugal.
Nesse caso, não teremos um português naturalizado
Art. 12. São brasileiros:
brasileiro, mas sim, um português que, mesmo sem se natu-
I – natos:
ralizar, possui todos os direitos que são conferidos aos brasi-
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda
leiros naturalizados, bastando um certificado de equiparação.
que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a
serviço de seu país97;
Distinções entre Natos e Naturalizados
Noções de Direito
93
Assunto cobrado na prova da FCC/Ministério Público do Estado do Amapá/
Não poderá haver distinções entre brasileiros natos e na- Técnico Ministerial/Auxiliar Administrativo/2012.
turalizados, salvo nos casos previstos na Constituição, a saber: 94
Assunto cobrado na prova da FCC/Ministério Público do Estado do Amapá/
Técnico Ministerial/Auxiliar Administrativo/2012.
• possibilidade de extradição apenas dos brasileiros 95
Assunto cobrado nas seguintes provas: Vunesp/TJ-SP/Escrevente Técnico Judi-
naturalizados (art. 5º, LI, da CF); ciário/2012; FCC/Ministério Público do Estado do Amapá/Técnico Ministerial/
Auxiliar Administrativo/2012; Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secre-
taria Nacional de Defesa Civil/2012 e Vunesp/Tribunal de Justiça-SP/Escrevente
Assunto cobrado na prova da Esaf/MF/Assistente Técnico/Administrativo/2012.
91
Técnico Judiciário/2010.
Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria Nacional de Defesa Ci-
92 96
Vunesp/TJ-SP/Escrevente Técnico Judiciário/2012.
vil/2012. 97
Vunesp/TJ-SP/Escrevente Técnico Judiciário/2013.
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trativa/2010. tiva/2013.
29
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103
FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Administração/2012. 110
Assunto cobrado na prova da FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Admi-
104
Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligências/2012. nistração/2012.
105
Assunto cobrado nas seguintes provas: Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Di- 111
Assunto cobrado na prova da FCC/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico
ligências/2012 e FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Administração/2012. Judiciário/Área Administrativa/2010.
106
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TJ-DF/Técnico Judiciário/Área 112
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TJ-DF/Técnico Judiciário/Área Ad-
Administrativa/2013; Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligências/2012 e ministrativa/2013 e FCC/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico Judiciário/
FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo/Administração/2012. Área Administrativa/2010.
107
Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligências/2012. 113
Assunto cobrado na prova da FCC/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico
108
Funcab/MPE-RO/Técnico/Oficial de Diligências/2012. Judiciário/Área Administrativa/2010.
109
FCC/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico Judiciário/Área Administrati- 114
Assunto cobrado na prova da FCC/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico
va/2010. Judiciário/Área Administrativa/2010.
32
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS rigidamente controlada sua conduta de administrar, desde
............................................................................................. o Presidente da República até o mais modesto servidor.
CAPÍTULO V É uma forma de preservar o patrimônio público ao impor
Dos Partidos Políticos procedimentos de atuação.
O agente público tem o poder-dever de agir conforme o
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção ordenamento jurídico.
de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, Essa distinção é chamada por Hely Lopes Meirelles de cri-
o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fun- tério de subordinação à lei (o agente público somente pode
33
se funda a ordem jurídica do Estado. Nesse contexto, a capítulo pertinente à organização político-administrativa.
inobservância do referido princípio pode configurar impro‑
bidade administrativa e acarretar, para o agente público, a Administração Pública indireta: Autarquias, Fundações,
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,
sem prejuízo da ação penal cabível, se sua conduta confi‑ • Autarquias: segundo Maria Sylvia Di Pietro, é a pessoa
gurar, também, a prática de ato tipificado como crime.115 jurídica de direito público, criada por meio de lei, com aptidão
Cespe/MPS/Agente Administrativo/2010.
115 de autoadministração, para o desempenho de serviço público
34
35
fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e juris‑ privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
dição, precedência sobre os demais setores administrativos, danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a tercei-
na forma da lei123; ros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa.
121
Assunto cobrado na prova da Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria
Nacional de Defesa Civil/2012. 124
Assunto cobrado na prova da Esaf/MF/Assistente Técnico-Administrativo/2012.
122
Assunto cobrado na prova da Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria 125
Esaf/Ministério da Integração Nacional/Secretaria Nacional de Defesa Ci-
Nacional de Defesa Civil/2012. vil/2012.
123
Esaf/MF/Assistente Técnico-Administrativo/2012. 126
Esaf/MF/Assistente Técnico-Administrativo/2012.
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os atos praticados durante tais medidas, de forma a evitar Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
abusos. Não compete ao Judiciário, porém, em respeito à § 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será
separação dos Poderes, estabelecer juízo quanto à oportuni- convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
dade e à conveniência no tocante aos motivos da decretação § 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de
do estado de defesa ou do estado de sítio. dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar
Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
também seus efeitos, hipótese em que as medidas aplicadas § 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado
em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da Repúbli- de defesa.
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41
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44
bição a culpabilidade. Excluem também a culpabilidade, a) Mutação de critérios de justo e injusto na evolução
a imputabilidade e a inexigibilidade de conduta diversa. dos costumes.
• O atual Código Penal Brasileiro adotou a teoria finalista b) O nosso ordenamento jurídico no art. 2º da LICC
da ação. Em seu art. 18, I e II, expressamente reconhece afirma que o costume, ainda que contrário à lei, não
que um crime é doloso ou culposo, desconhecendo a a revoga. Da mesma forma, não é dado ao julgador
nossa legislação a existência de um crime em que não revogar regras editadas pelo legislador. O desuso
haja dolo ou culpa. deve compelir o legislador a retirar a norma do
• O art. 20, caput, do CP, afirma que o erro incidente ordenamento jurídico.
45
f) Teoria Constitucionalista do Delito (Luiz Flávio Gomes) não está relacionada entre as pessoas que têm o dever jurí-
• Luiz Flávio Gomes, baseado em Munhoz Conde e Silva dico de agir, responderá pelo crime de omissão de socorro
Sanches (doutrinadores espanhóis) constrói um con- qualificado pela morte, classificado como crime omissivo
ceito analítico tripartite. Ele chama o crime de injusto próprio. Todavia, se um bombeiro avista uma criança se
punível. Para ele, a Teoria Geral do Crime, ou melhor, afogando, e nada faz, vindo a criança a morrer, como há o
do injusto punível consiste em: dever jurídico de agir, responderá o bombeiro pelo resultado
• INJUSTO PUNÍVEL = FATO TÍPICO + ILÍCITO + PUNIBILI- ocorrido, ou seja, pelo crime de homicídio, classificado aqui
DADE ABSTRATA. como crime omissivo impróprio.
46
esta razão a sua aferição independe de qualquer apreciação um tipo penal incriminador. Em outras palavras, procura-se
jurídica, da verificação de dolo ou culpa. Ex.: motorista diri- verificar se a conduta do agente se amolda a alguma descri-
gindo prudentemente atropela pedestre que atravessa a rua ção trazida pela lei penal. Se a conduta é contrária à norma
sem olhar. Mesmo sem atuar com dolo ou culpa o motorista penal, ou seja, antinormativa, ter-se-á a chamada tipicidade
deu causa ao resultado. A teoria adotada pelo nosso CP é a formal. Se a conduta ofender a bens considerados relevan-
Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais: segundo tes para a legislação penal, ter-se-á a chamada tipicidade
essa teoria, toda e qualquer conduta que de algum modo,
ainda que minimamente tiver causado o resultado, será Cespe/PC-BA/Delegado de Polícia/2013.
134
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tivos do tipo afirmam que a tipicidade e a antijuridicidade o querendo de forma direta, não se importa com a sua ocor-
compõem a mesma fase do delito e a culpabilidade compõe a rência, assumindo o risco de vir a produzi-lo.
segunda fase do crime, para a concepção tripartite bem como Também chamado intencional, o dolo é a vontade livre
para a Teoria da Ratio Cognoscendi (ou Teoria Indiciária), e consciente de realizar a conduta prevista no tipo penal
incriminador. Para Welzel, o dolo possui dois momentos,
que é a que tem preferência da maioria dos doutrinadores,
sendo um intelectual (o sujeito decide o que quer) e um
haveria três fases do crime: a tipicidade, a antijuridicidade
volitivo (o sujeito decide fazer o que queria).
e a culpabilidade, esta sendo entendida como injusto típico
ou injusto penal. Cespe/TC-DF/Procurador/2013.
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culposo. Cada um responde pela sua culpa, pela sua parcela Em ambos os casos, o agente é capaz de prever o resultado
de contribuição para o risco criado. A jurisprudência admite lesivo. No dolo eventual, o agente não queria diretamente o
coautoria em crime culposo, mas tecnicamente não deveria resultado, mas assume o risco de vir a produzi-lo. Ele não se
ser assim, mesmo porque a coautoria exige uma concordân- importa que o resultado ocorra. A ele é indiferente. Já na cul-
cia subjetiva entre os agentes (Luiz Flávio Gomes). pa consciente, o agente espera sinceramente que não ocorra
o resultado. Na culpa consciente há superconfiança; no dolo
eventual, indiferença. Havendo dúvida na ocorrência de um ou
Vunesp/PC-SP/Papiloscopista Policial/2013.
136 outro, deve-se optar pelo culposo (Princípio do in dubio pro reo).
49
Consumado é quando nele se reúnem todos os elemen- Crime tentado é aquele que, iniciada a execução, não se
tos de sua definição legal. Iter criminis é o caminho percorrido consuma por motivos alheios à vontade do agente, também
pelo crime desde sua idealização até sua consumação. Cinco denominado de tentativa idônea. O agente tem noção do que
são as fases do iter criminis: quer, inicia sua prática a fim de obter o resultado típico, mas
• cogitação (cogitatio ): é a fase interna ao agente. São não consegue por algum fato alheio.
os pensamentos, as maquinações; Como regra, a pena para o crime tentado é a mesma do
• preparação (atos preparatórios): é munir-se de ape- crime consumado reduzida de um a dois terços.
trechos, ou seja, é a escolha dos meios utilizáveis na
A tentativa pode ser:
produção do resultado; • perfeita ou acabada: também conhecida como crime
• execução: o bem jurídico tutelado começa a ser atin- falho. Dá-se quando o agente pratica todos os atos
gido ou exposto a perigo. Coloca-se em prática aquilo executórios, mas não se consuma o crime por questões
que se programou; alheias à sua vontade. Observe que aqui ele esgota
• consumação: é a realização de todos os atos contidos toda sua capacidade ofensiva, porém o crime não se
no tipo penal. Normalmente o agente atinge o resul- consuma. Ex.: desferir todos os tiros de que dispõe
tado a que se quis chegar. contra a vítima, mas esta não vem a óbito;
• exaurimento: é quando se esgota plenamente o delito. • imperfeita ou inacabada: ocorre quando não são
praticados todos os atos executórios, que são inter-
Obs.: o exaurimento, de acordo com a doutrina domi- rompidos, geralmente por circunstâncias externas. Ex.:
nante, é fase do iter criminis, embora, para muitos, não o agente inicia atos de execução do crime de estupro,
se enquadra, haja vista a possibilidade da consumação do mas, quando chega a polícia, ele empreende fuga;
137138 • branca ou incruenta: a vítima sequer é atingida, não
crime sem o seu exaurimento, fato verificado nos crimes sofrendo qualquer dano. Não resulta nenhum tipo
formais, como, por exemplo, o crime de extorsão, que se de lesão na vítima. Ela pode ser verificada tanto na
consuma mesmo que o autor não receba a vantagem inde- tentativa perfeita quanto na imperfeita;
vida. O recebimento da vantagem indevida, aqui menciona- • cruenta: a vítima é atingida, mas não da forma que
pretendia o agente. Ex.: o agente, com animus necandi
do, seria mero exaurimento. Só há se falar em iter criminis
(vontade de matar), dispara vários tiros, não mata a
quando se tratar de delito doloso, não existindo quando a
vítima, mas lhe causa lesões. Também se verifica na
conduta do agente for culposa.
tentativa perfeita e imperfeita;
• inidônea: também denominada crime impossível.
Em princípio, não há punição para a preparação. Excepcio- Verifica-se quando iniciada a execução, o crime jamais
nalmente, haverá se se tratar de formação de quadrilha ou crime se consumaria por ineficácia absoluta do meio (como
independente. Observe que a cogitação e preparação são fases usando arma desmuniciada para matar alguém) ou
internas de realização do crime e, como regra, são irrelevantes por absoluta impropriedade do objeto (como tentando
para Direito Penal, exceto quando o CP tipifica a simples cogita- matar uma pessoa que já se encontra morta, fato este
ção e preparação como infrações de per si, autônomas, ou seja, desconhecido pelo agente).
não se trata de mero ato preparatório, mas de crime autônomo.
Noções de Direito
Ex.: incitação ao crime; quadrilha ou bando etc. Segundo o Mestre Guilherme de Souza Nucci, os crimes
que não admitem tentativas , dentre outros, são: os culposos
Obs.: vale ressaltar que a cogitação jamais poderá ser ob- (pois o resultado é sempre involuntário); os preterdolosos
jeto de repreensão penal (cogitationis poenam nemo patitur). (pois o resultado não advém de dolo. Ex.: lesão corporal
seguida de morte, vez que deve haver dolo no antecedente
e culpa no consequente); unissubsistentes (pois são consti-
137
Assunto cobrado na prova do Cespe/CNJ/Analista Judiciário/Área Judiciá- tuídos de ato único, não admitindo iter criminis – fases pelas
ria/2013.
138
UEG/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil/2013. quais o crime passa, quais sejam: a cogitação, os atos prepa-
50
Consequência da Tentativa
A B
Aplica-se a mesma pena do crime consumado, reduzida
de 1/3 a 2/3.
Exceção: para o crime previsto no art. 352 do CP, em que
a simples tentativa de fuga do indivíduo preso ou submetido
à medida de segurança faz com que a pena seja aplicada
integralmente. Crime este em que a simples prática da ten-
Noções de Direito
51
um indiferente penal, como, por exemplo, vender chá pen- ou arrependimento eficaz, mas em tentativa, que é puní-
sando ser maconha. vel. O arrependimento eficaz, assim como a desistência
voluntária, possui como natureza jurídica, para a maior
Desistência Voluntária parte da doutrina, causa que conduz à atipicidade do fato.
Este instituto ocorre quando o agente, após esgotar todos
Também é conhecida por tentativa abandonada ou qua- os meios de que dispunha para chegar à consumação do
lificada (ou ponte de ouro). O agente desiste voluntariamente crime, arrepende-se e atua em sentido contrário, evitando
de prosseguir na execução. Ele não esgota sua capacidade a produção do resultado inicialmente pretendido. O que o
52
Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à Segundo Fernando Capez, o Arrependimento Posterior
pessoa (como no crime de furto, por exemplo), reparado o é instituto que concede uma premiação àquele que ainda
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia em tempo se arrepende da conduta típica praticada. Tem
ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será redu- por Natureza jurídica uma causa de diminuição de pena.
zida de um a dois terços. Note-se que alguns examinadores Estende-se aos coautores e partícipes.
trazem capciosamente a expressão “antes do oferecimento Requisitos:
da denúncia”, o que tornaria a questão errada, já que tal • crimes cometidos sem violência ou grave ameaça a
momento é atribuição do Ministério Público e o primeiro pessoa;
53
54
55
Art. 19. Pelo resultado que agrava especialmente a existindo causas de exclusão da ilicitude também na parte
pena, só responde o agente que o houver causado especial do Código Penal, como no art. 128 (o aborto provo-
ao menos culposamente. cado por médico, quando não há outro meio de salvar a vida
da gestante e aquele em que a gravidez foi decorrente de
Erro sobre elementos do tipo estupro e o aborto foi precedido de consentimento da ges-
Art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo tante, ou, quando incapaz, de seu representante legal) e no
legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição art. 146, § 3º (em que não constitui o constrangimento ilegal
por crime culposo, se previsto em lei. as seguintes condutas: intervenção médica ou cirúrgica, sem
56
57
A agressão praticada pelo agente, embora inicialmente o cumprimento de uma ordem judicial de busca e apreen‑
legítima, transforma-se em agressão injusta quando incidiu são pela polícia, diante da recusa do morador em facultar
no excesso. Nessa hipótese, o revide caracteriza a legítima a entrada na residência, determina o arrombamento da
defesa sucessiva. Em outras palavras, é a repulsa contra o porta pelos agentes policiais, atua em estrito cumprimento
excesso, pois quem pratica a agressão não pode alegar a do dever legal.147 O excesso, no início da conduta, chama-
legítima defesa em seu favor, somente em relação ao excesso. -se excesso na causa e não há excludente de ilicitude, e sim,
abuso de autoridade ou outro delito.
Funcab/PC-ES/Delegado de Polícia/2013.
145
58
legítima defesa preordenada já que ele é colocado em uma o período da experiência, Geraldino procurou a de‑
propriedade para funcionar no momento em que esse local legacia de polícia da circunscrição de sua residência,
é invadido contra a vontade do morador, portanto serve alegando que fora vítima de crime, em face do seu
como defesa necessária contra injusta agressão. Há uma encarceramento. Do relato apresentado, conclui-se
terceira corrente que defende ser exercício regular de direito que não há crime, pois o consentimento do ofendido
enquanto ali predispostos e que sejam facilmente perceptí- excluiu a ilicitude.148
veis, contudo, a partir do momento em que tal aparato entra
em ação para defender a propriedade de alguém, passa a Funcab/PC-ES/Delegado de Polícia/2013.
148
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um sexto da pena aplicada; recolhimento em cela individual; gime fechado, não conseguiu a passagem para o semiaberto
visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, por falta de vaga, permanece mais 1/6 no regime fechado,
com duração de duas horas; o preso terá direito à saída da que acaba por ser entendido como se estivesse no semia-
cela por 2 horas diárias para banho de sol. berto, e, terminando esse prazo, vai direto para o aberto.
O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar O preso provisório – segundo a Súmula nº 716 do STF:
presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, “Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena
que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do ou a aplicação de regime menos severo nela determinada,
estabelecimento penal ou da sociedade. antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.”
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Na execução das penas restritivas de direitos, o poder à razão de um dia de pena por três de trabalho.
disciplinar será exercido pela autoridade administrativa a O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por
que estiver sujeito o condenado. acidente, continuará a beneficiar-se com a remição.
Nas faltas graves, a autoridade representará ao Juiz da A remição será declarada pelo Juiz da execução, ouvido
execução para os fins dos arts. 118, inciso I, 125, 127, 181, o Ministério Público.
§ 1º, d, e § 2º, da Lei de Execuções Penais – 7.210/1984 O condenado que for punido por falta grave perderá o
(praticar fato definido como crime doloso, perda do tempo direito ao tempo remido, começando o novo período a partir
remido). da data da infração disciplinar.
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Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar. A Colônia Suspensão condicional Suspensão condicional do pro-
Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento da pena cesso
da pena em regime semiaberto.
• O condenado poderá ser alojado em compartimento Prevista no Código Penal Prevista na Lei nº 9.099/1995 –
coletivo, observados os requisitos da alínea a do pará- Juizado Especial Criminal
grafo único do art. 88 desta Lei. São também requisitos Já houve um processo e Inicia-se o processo com o
básicos das dependências coletivas: a) a seleção ade- uma sentença. O que se oferecimento da denúncia pelo
quada dos presos; b) o limite de capacidade máxima suspende é o cumprimen- Ministério Público e então se
Noções de Direito
que atenda aos objetivos de individualização da pena. to da pena suspende o trâmite processual
Da Casa do Albergado. A Casa do Albergado destina-se A pena privativa de liberdade, uma vez aplicada na sen-
ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime tença pelo juiz, poderá ser suspensa a sua execução, desde
aberto, e da pena de limitação de fim de semana. que preenchidos os seguintes requisitos, quais sejam:
• O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado 1) A execução da pena privativa de liberdade, não su-
dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela perior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a
ausência de obstáculos físicos contra a fuga. 4 (quatro) anos, desde que:
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Judiciais – Nada impede que o juiz coloque novas con- Da Medida de Segurança
dições.
Revogação do Livramento Condicional – São causas que O termo Sanção penal é gênero que tem como espécies:
revogam a concessão do benefício: pena e medida de segurança. Aquele que pratica um fato
a) Obrigatória – Condenação irrecorrível por crime a típico ilícito e culpável surge como consequência a pena. To-
pena privativa de liberdade por crime praticado antes do be- davia, ao que pratica um injusto penal, ou seja, um fato típico
nefício, condenação irrecorrível por crime a pena privativa e ilícito, mas não culpável por ser inimputável decorrente de
de liberdade por crime praticado durante do benefício.151
doença mental, aplica-se, em regra, medida de segurança.
b) Facultativa – Condenação irrecorrível por crime ou
contravenção a pena não privativa de liberdade: pena res- A pena tem por finalidade reprovar e prevenir a prática
tritiva de direito ou pena de multa e descumprimento das da infração penal. Já a medida de segurança tem a finalidade
condições impostas. exclusiva de prevenção, no sentido de evitar que o autor de
Obs.: na revogação facultativa, o juiz poderá: revogar uma infração penal que tenha demonstrado periculosidade
o benefício; advertir novamente o condenado; alterar as volte a delinquir, bem como tratá-lo ou ainda curá-lo.
condições impostas acrescentando outras.152 O CP adotou o sistema Vicariante, ou seja, ou se aplica
à pena, ou se aplica à medida de segurança. No Brasil, não
Efeitos da Revogação do Livramento Condicional vigora o sistema Duplo Binário em que há a possibilidade de
se aplicar pena e medida de segurança.
a) Por crime praticado durante o benefício: não se des- A medida de segurança é aplicada aos inimputáveis: “o
conta o tempo em que o sentenciado esteve solto e deve agente que por doença mental ou desenvolvimento mental
cumprir, integralmente, a sua pena, somente podendo obter incompleto era ao tempo da ação ou omissão inteiramente
novo benefício em relação à nova condenação. Não poderá incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou determinar-se
somar o tempo que deverá cumprir com a nova pena, resul- de acordo com esse entendimento.” O inimputável pratica
tante de outro delito para obter novo benefício. um fato típico e ilícito, mas é inculpável. Na verdade, ele
b) Por crime anterior ao benefício: é descontado o tempo pratica um injusto penal. Deverá ser absolvido, mas sua
em que o sentenciado esteve solto, devendo cumprir preso absolvição é chamada de imprópria porque lhe é aplicado
apenas o tempo que falta para completar o período de prova.
uma medida de segurança. A periculosidade, que é a poten-
Além disso, terá direito de somar o que resta da pena com a
cialidade para praticar ações lesivas, é presumida, bastando
nova condenação, calculando o livramento sobre este total.
c) Por descumprimento das condições impostas: não é o laudo apontar a perturbação mental para que a medida de
descontado o tempo em que esteve solto e não pode obter segurança seja imposta.
novo livramento em relação a essa pena, um vê que traiu a Já o semi-inimputável poderá receber a pena reduzida
Noções de Direito
confiança do juízo. 1/3 a 2/3 ou medida de segurança. Para tanto, deve-se veri-
Obs.: é inadmissível a revogação do livramento condi- ficar se o agente em virtude da perturbação de saúde mental
cional sem prévia oitiva do condenado para então exercer o ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado
seu direito de ampla defesa e contraditório. não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
150
Assunto cobrado na prova da Fepese/DPE-SC/Analista Técnico/2013. Aqui, a periculosidade não é presumida. Mesmo o laudo
151
Assunto cobrado na prova da Fepese/DPE-SC/Analista Técnico/2013.
152
Assunto cobrado na prova da Fepese/DPE-SC/Analista Técnico/2013. Assunto cobrado na prova da Fepese/DPE-SC/Analista Técnico/2013.
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Obs.: Greco afirma que poderá o juiz, em qualquer das Regras para Aplicação da Pena pelo Juiz
penas previstas, optar pelo tratamento mais adequado ao
inimputável. 1) O juiz fixará a pena-base baseado nos critérios do
art. 59 do CP.
Procedimento de aplicação da medida de segurança: 2) Verificação da presença de circunstâncias atenuantes
a) O juiz, na sentença, irá fixar o prazo mínimo de inter- e agravantes.
nação, que poderá ser de 1 a 3 anos. 3) Verificação de causa de aumento e diminuição da pena.
b) Cumprido esse prazo, será realizado o primeiro exame Obs.: há quem fale em uma quarta fase, a substituição da
de cessação de periculosidade. pena privativa de liberdade em restritiva de direito.
c) Segundo a LEP, esse exame poderá ser determinado
pelo juiz a qualquer momento. Atenção: o juiz deverá fundamentar cada etapa da
d) Constatada a presença de periculosidade, será reno- dosimetria da pena, garantindo ao réu o amplo direito do
vado todo ano o exame até sua melhora. exercício da defesa.
e) Constatada a sua melhora, será posto em liberdade
(desinternação) e acompanhado por 1 ano. Nesse prazo, se Primeira Fase – Art. 59 do CP
não praticar atos que demonstrem a sua periculosidade,
estará revogada a medida de segurança. Se praticar, retoma a) O juiz analisará livremente as circunstâncias elencadas
a aplicação da medida de segurança. no art. 59 para a escolha da pena abstrada a ser aplicada.
f) Transitada em julgado a sentença, expede-se a guia de (Ex.: homicídio, pena reclusão de 6 a 20 anos. O juiz, por
internamento ou tratamento. meio das circunstancias do art. 59, escolherá se vai aplicar
g) Ciência obrigatória ao MP da expedição da guia. a pena 6, 8, 10, 12 ou 20 anos).
h) O diretor do estabelecimento de cumprimento da b) Para se aplicar a pena-base, deverá se verificar se o
medida de segurança, até um mês antes de expirar o prazo fato praticado se enquadra na forma simples do tipo penal ou
mínimo, remeterá ao juiz um minucioso relatório para auxiliar em sua modalidade qualificada. (Ex.: roubo simples, art. 157,
Noções de Direito
o julgamento da revogação ou não da medida de segurança. caput, ou latrocínio, 157, § 2º, do CP). A forma simples do
i) O relatório será instruído com laudo psiquiátrico, pois crime é chamada de tipo fundamental. Já a qualificadora
aquele não supre a este. estão sediadas em parágrafos dos tipos incriminadores,
j) Juiz decide. Caberá agravo, com efeito suspensivo. tipo derivado.
Não há possibilidade de aplicação de medida de segu- c) O início da dosagem da pena parte sempre do limite
rança em caráter provisório. mínimo da pena em abstrato.
É possível a conversão da pena em medida de segurança d) As circunstâncias previstas no art. 59 estão previstas
durante a execução da pena privativa de liberdade quando de forma exaustiva.
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parte especial, segundo o art. 68 do CP, o juiz poderá optar para individualização da execução. (Redação dada pela Lei
pela causa que mais diminua ou aumente a pena, aplicar nº 7.209, de 11/7/1984)
somente ela. Ex.: art. 226, CP – concurso de agentes, sendo § 1º O condenado fica sujeito a trabalho no período
um deles ascendente, cometem um estupro. diurno e a isolamento durante o repouso noturno. (Redação
Obs.: nas hipóteses de concurso entre causas de aumento dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
e diminuição da parte especial, o juiz poderá aplicar todas, § 2º O trabalho será em comum dentro do estabeleci-
mas sempre a partir da pena-base. mento, na conformidade das aptidões ou ocupações anterio-
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II – proibição do exercício de profissão, atividade ou suspensivas da prescrição. (Redação dada pela Lei nº 9.268,
ofício que dependam de habilitação especial, de licença de 1º/4/1996)
ou autorização do poder público; (Redação dada pela Lei § 1º e § 2º (Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º/4/1996)
nº 7.209, de 11/7/1984)
III – suspensão de autorização ou de habilitação para di- Suspensão da execução da multa
rigir veículo; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984) Art. 52. É suspensa a execução da pena de multa, se
sobrevém ao condenado doença mental. (Redação dada
Cespe/CNJ/Analista Judiciário/Área Judiciária/2013.
157 pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
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absorvido, art. 163, II do CP, princípio da subsidiarie- Dessa maneira, para montar a figura do homicídio privile-
dade expresso. giado qualificado deve-se unir as qualificadoras objetivas
• Asfixia – Impedimento da função respiratória. Poderá com as causas privilegiadoras (que são todas subjetivas).
ser: Ex.: matar o estupra da filha (sob domínio de violenta
– Esganadura – Mãos e pés no pescoço do agente; emoção – causa privilegiadora) mediante uma emboscada
– Estrangulamento – Fios, arames, cordas no pescoço (qualificadora objetiva).
do agente;
– Enforcamento – O próprio peso da vítima; f) Homicídio qualificado privilegiado é hediondo? Não.
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Atenção! Se a vítima não tiver nenhuma capacidade de 6) Consumação: morte. É crime material.
resistência (ex.: débil mental) o crime será de homicídio.
Obs.: somente haverá o crime de infanticídio se este foi
10) Classificação: crime comum (pode ser praticado por praticado por influência do estado puerperal. Do contrário,
qualquer pessoa); material (necessita do resultado naturalísti- não diagnosticado por perícia médica o estado de puerpério,
co para a sua consumação); de forma livre (pode ser praticado estaremos diante do crime de homicídio.
de qualquer maneira, não existindo no tipo penal uma forma
previsão); comissivo (por ação); instantâneo (a consumação 7) Não confundir os crimes abaixo:
ocorre em um dano momento); de dano (há efetiva lesão ao
bem jurídico protegido pela norma); unissubjetivo (pode ser Infanticídio – Art. 123 do CP Abandono de recém-nas-
praticado por apenas uma pessoa), não admite tentativa; • Conduta – Matar, sob a in- cido – Art. 134, § 2º do CP
monoofensivo (atinge apenas um objeto jurídico). fluência do estado puerpe- • Conduta – Expor ou
ral, o próprio filho, durante abandonar recém-nas-
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um o parto ou logo após. cido, para ocultar de-
terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído • O dolo é de matar e se sonra própria.
pela Lei nº 13.104, de 2015) pratica sob a influência do • O dolo é de abandonar
I – durante a gestação ou nos 3 (três) meses poste- estado puerperal. o recém-nascido devido
riores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) a vergonha acerca da
II – contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior gestação.
de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído
pela Lei nº 13.104, de 2015) Obs.: se o dolo for de matar
III – na presença de descendente ou de ascendente mediante abandono do
da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) recém-nascido, se a mãe
estiver sob o estado puer-
Infanticídio peral será infanticídio, se
não será homicídio.
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal,
o próprio filho, durante o parto ou logo após. Aborto
Pena – detenção de 2 a 6 anos.
Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir
1) Conduta: matar + influência do estado puerperal + pró- que outrem lho provoque.
prio filho + durante o parto ou logo após. Trata-se de um tipo de Pena – detenção de 1 a 3 anos.
homicídio, mas o legislador entendeu que por se tratar de uma Art. 125. Provocar aborto sem o consentimento da
pena mais branda. É a aplicação do princípio da especialidade. gestante.
2) Objeto jurídico (bem jurídico tutelado, protegido, por
Pena – reclusão de 3 a 10 anos.
aquele tipo penal): vida humana extrauterina (a morte de
uma vida intrauterina será aborto). Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da
3) Objeto material (coisa sobre a qual recai a ação do gestante.
agente): vida humana. Pena – reclusão de 1 a 4 anos.
4) Sujeito ativa: mãe no estado puerperal. É crime próprio, Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior,
pois somente pode ser praticado por este sujeito ativo. Agora se a gestante não é maior de 14 anos ou é alienada
em relação ao concurso de pessoas: deve-se verificar se o coau- ou débil mental, ou se o consentimento é obtido
tor conhece a elementar “sob a influência do estado puerperal”. mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Art. 127. As penas cominadas nos artigos anteriores
são aumentadas de 1/3, se, em consequência do
Mãe sob a influência do Mãe sob a influência do es- aborto ou dos meios empregados para provocá-lo,
Noções de Direito
estado puerperal juntamen- tado puerperal juntamente a gestante sofre lesão corporal de natureza grave;
te com o pai (concurso de com o pai (concurso de pes- são duplicadas, se, por destas causas, lhe sobrevém
pessoas), que sabe do estado soas), que não sabe do esta- a morte.
de saúde de sua mulher (co- do de saúde de sua mulher Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:
nhece a elementar do tipo (não conhece a elementar do I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
penal “sob a influência do tipo penal “sob a influência II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é
estado puerperal”) matam do estado puerperal”) ma- precedido de consentimento da gestante ou quando
o filho recém-nascido. tam o filho recém-nascido. incapaz, de seu representante legal.
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crime, respondem pelo mesmo crime”. Se não estivés- tado lesão grave ou morte da gestante. Se o terceiro
semos diante de uma exceção prevista pelo legislador, quis praticar o aborto e após quis lesionar ou matar a
tanto a gestante como o terceiro responderiam por gestante, o terceiro responderá pelo crime de aborto e
este crime previsto no art. 124 do CP. Porém, estamos lesão corporal grave ou homicídio.
diante da Exceção Pluralista à Teria Monista, porque
o próprio legislador previu que a gestante neste caso • Se mesmo que o crime de aborto não tenha se consuma-
responderá pelo crime descrito no art. 124 do CP e o do, mas a gestante tenha sofrido lesão grave ou morte,
terceiro que pratica manobras abortivas nela e com a aumento de pena será aplicado.
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Atenção! Com a Lei nº 9.099/1995, a lesão corporal leve passou a ser processada através da ação penal pública condi-
cionada à representação da vítima ou de seu representante legal (art. 88 da Lei nº 9.099/1995). As demais formas de lesões
corporais permanecem sendo processadas por meio de ação penal pública incondicionada.
Lesão Corporal Grave – Prevista no art. 129, § 1º, do CP. Lesão Corporal Gravíssima – Prevista no art. 129, § 2º, do CP.
I) Resultar incapacidade para ocupações habituais por mais I) Resultar incapacidade permanente para o trabalho
de 30 dias Aqui as agressões causaram incapacidade permanente e
Para o delito estar configurado é necessário que a vítima, não temporária para o trabalho, não se referindo às demais
devidos as lesões sofridas fique incapacitada para desenvol- atividades.
ver as suas atividades habituais. É necessária a realização de
exame de corpo de delito. Deve-se destacar que atividades
habituais são as condutas rotineiras da vítima como andar,
trabalhar, praticar esportes, não sendo, portanto, apenas o
trabalho. Da mesma forma, se a vítima conseguir desenvolver
suas atividades rotineiras e não as fizer apenas por vergonha
das lesões, não se tratará de lesão corporal grave e sim de
lesão corporal leve.
II) Resultar perigo de vida II) Resultar enfermidade incurável
Se a vítima em decorrência da lesão estiver correndo risco Das agressões surge uma enfermidade incurável, por exem-
de morte. Exemplo: em decorrência das lesões sofridas plo, atingido o pâncreas, diminui-se a produção de insulina
houve grande perda de sangue. Necessário se faz o exame e a vítima torna-se diabética.
de corpo de delito.
III) Resultar debilidade permanente de membro, sentido III) Perda ou inutilização de membro, sentido ou função
e função Muito semelhante ao item ao lado, todavia enquanto no inci-
Debilidade consiste na redução ou enfraquecimento da ca- so IV do § 1º do art. 129 fala-se em redução permanente, aqui
pacidade de funcionamento. Ela deve ser permanente para falamos em perda ou inutilização total de membros, sentidos
então estar configurada a lesão corporal grave. ou função. Exemplo: mutilação de um braço, amputação de
Membros – São braços e pernas. uma perna, perda da visão, incapacidade reprodutora.
Sentido – Olfato, visão, audição, paladar e tato.
Função – Digestiva, reprodutora, respiratória.
Assim, para se configurar o crime de lesão corporal grave a
agressão deve reduzir de forma permanente a capacidade
de membros, sentidos e função, por exemplo: diminuir os
movimentos de um braço, o paladar, o sistema circulatório.
IV) Aceleração do parto IV) Resultar aborto
Das agressões sofridas decorrer um parto prematuro. Só é Neste caso o aborto não foi praticado intencionalmente,
aplicado quando o feto nasce com vida, pois se ocorrer o ele decorreu das agressões. É crime preterdoloso em que
aborto o crime será de lesão corporal gravíssima. o agente tem o dolo de praticar lesões corporais na vítima
Noções de Direito
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– Perdão judicial:
Crime de Homicídio Crime de Lesão Corporal • quando o sofrimento percebido pelo próprio agente
seguida de Morte em face de sua conduta culposa for tão grande que torna a
Aqui o dolo é de matar. Aqui o dolo é de lesionar aplicação da pena insignificante;
Ex.: A atira em B com vonta- e por culpa (negligência, • aplica-se no momento da sentença;
de de matar e B morre. imprudência ou imperícia) a • natureza jurídica – causa de extinção da punibilidade.
vítima vem a morrer.
Ex.: A querendo lesionar B e) Violência Doméstica – Se a lesão corporal leve for
começa a espancá-lo, toda- praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge
via B acaba por morrer dos ou companheiro ou ainda prevalecendo-se o agente da
ferimentos. relação doméstica de coabitação e hospitalidade a pena
c) Lesão Corporal Privilegiada será de detenção de 6 meses a 1 ano.
Requisitos – Muito se assemelha ao crime de homicídio Todavia, se esta lesão for grave ou gravíssima ou seguida
privilegiado: se o agente comete o crime impelido por motivo de morte e for praticada contra estas mesmas pessoas a
de relevante valor social ou relevante valor moral ou sob pena será de 1/3.
o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta Da mesma forma, se quaisquer das pessoas elencadas
provocação da vítima (neste item se aplicam os mesmo acima forem portadoras de deficiência física, a pena será
comentários atribuídos ao crime de homicídio privilegiado). aumentada de 1/3.
Consequências – O juiz pode reduzir a pena de um sex-
to a um terço. Da mesma forma, poderá, ainda o juiz, não Da Periclitação da Vida e da Saúde
sendo graves as lesões, substituir a pena de detenção pela
de multa, tanto no caso de lesão corporal privilegiada como Perigo de Contágio Venéreo – art. 130 do CP e Perigo
de lesões recíprocas. de Contágio de Moléstia Grave – art. 131 do CP
d) Lesão Corporal Culposa
Conceito – Quando o agente por praticar uma conduta Devido à proximidade destes dois crimes passemos a
imprudente, negligente ou imperita acaba por causar lesões estudá-los de forma comparativa:
Crime de Perigo de Contágio Venéreo – Art. 130 do CP Crime de Perigo de Contágio de Moléstia Grave – Art. 131 do CP
Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que
libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve está contaminado, ato capaz de produzir o contágio:
saber que está contaminado: Pena – reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
Pena – detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.
§ 1º Se é intenção do agente transmitir a moléstia:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Objeto jurídico: incolumidade física. Objeto jurídico: incolumidade física.
Sujeito ativo: qualquer pessoa contaminada com uma doença Sujeito ativo: qualquer pessoa contaminada com uma moléstia
venérea. grave.
Obs.: doença venérea é aquela sexualmente transmissível. Obs.: moléstia grave é qualquer doença que provoca séria per-
turbação da saúde, pouco importando se curável ou não, todavia
deve ser transmissível.
Sujeito passivo: qualquer pessoa. Sujeito passivo: qualquer pessoa.
Modo de execução do crime: mediante ato sexual ou qualquer Modo de execução do crime: qualquer meio como aperto de
ato libidinoso. É um crime de ação vinculada, em que o legislador mão, beijo, abraço, injeção, talheres.
prevê a forma em que o delito é praticado. Atenção! Se estivermos diante de uma doença venérea, sendo
Noções de Direito
ela grave e desde que ela não tenha sido transmitida através de
um ato sexual ou ato libidinoso, estaremos diante do presente
delito e não do crime previsto no art. 130 do CP.
O autor do delito sabe que é portador da doença (dolo direto) O autor de delito sabe da doença a qual é portador (dolo direto).
ou deveria saber (modalidade culposa). O tipo penal não traz a previsão de sua prática na modalidade
culposa. Assim, se por descuido pessoal o autor não sabe que
estar infectado com uma moléstia grave e por isso não toma os
devidos cuidados, não haverá crime.
82
Perigo para Vida ou Saúde de Outrem dano efetivo a alguém. A simples exposição já configura o
presente crime. É o chamado dolo de perigo.
Código Penal 5) Consumação: com a prática do ato que faz gerar a
situação de perigo.
Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo 6) Ação nuclear: a exposição a perigo pode ser praticada
direto e iminente: através de uma ação, por exemplo, agredir motorista de
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, se ônibus colocando em risco a vida de todos os passageiros,
o fato não constitui crime mais grave. ou por omissivo, patrão não concede aparelhos de segurança
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/6 (um aos empregados.
sexto) a 1/3 (um terço) se a exposição da vida ou da 7) A conduta deve ser praticada em relação a pessoas
saúde de outrem a perigo decorre do transporte de determinadas.
pessoas para a prestação de serviços em estabele- 8) O perigo deve ser concreto.
9) Previsão expressão do princípio da subsidiariedade –
cimentos de qualquer natureza, em desacordo com
somente haverá o presente crime se o fato não constituir
as normas legais.
um delito mais grave.
1) Objeto jurídico: vida ou saúde de outrem. Abandono de Incapaz – art. 133 e Abandono de
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa. Recém-Nascido – art. 134
3) Sujeito passivo: qualquer pessoa.
4) Elemento subjetivo: o crime consiste em expor alguém Passemos a estudar estes crimes de forma comparativa.
a uma situação de perigo, não necessitando que ocorra um Vejamos:
Aumento de pena
§ 3º As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um
terço:
I – se o abandono ocorre em lugar ermo;
II – se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão,
tutor ou curador da vítima.
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.
Objeto jurídico: a vida e saúde do incapaz. Objeto jurídico: a vida e a saúde do recém-nascido.
Sujeito ativo: pessoa que tenha o dever de zelar pelo in- Sujeito ativo: somente pode ser praticado pela mãe ou pelo
capaz, pois o tem sob o seu cuidado, vigilância, guarda ou pai para esconder uma gravidez indesejada.
autoridade.
Noções de Direito
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crime próprio.
Código Penal
Da Rixa
Art. 136. Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa
sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim Código Penal
de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer
privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os
quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, contendores:
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86
Obs. 1: na difamação é a imputação de um FATO DESON- 7) Injúria qualificada: se a injúria consiste na utilização
de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem,
ROSO, em que não importa se é verdadeiro ou falso, pois
pessoa idosa ou portadora de deficiência. Ex.: xingar a pessoa
será crime. Não se confunde com o crime de calúnia que é
de manco, velho caduco, negrinho.
um fato criminoso falso.
Obs. 3: não confundir com o crime de racismo previsto
Obs. 2: quando falamos em fato, significa a descrição de na Lei nº 7.716/1989. Estas são manifestações preconcei-
uma situação, como no exemplo acima: “Douglas sempre vai tuosas generalizadas ou a prática de algum tipo de segre-
trabalhar embriagado”. Se o que for dito tratar-se de “Dou- gação. Ex.: todo índio é safado e preguiçoso, ou neste clube
glas, bêbado”, o crime será de injúria, pois é um xingamento é proibida a entrada de negros ou deficientes.
e não a descrição de um fato.
Obs. 4: o crime de injúria qualificada visa pessoas deter-
Obs. 3: se o fato imputado for contravenção penal tam- minadas e não trata de segregações.
bém será difamação. 8) A lei prevê ao crime de injúria a possibilidade de apli-
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa. cação do perdão judicial, no qual o juiz deixará de aplicar a
3) Sujeito passivo: qualquer pessoa. pena ao ofensor quando:
a) o ofendido de forma reprovável provocou diretamente
4) Consumação: quando terceira pessoa fica sabendo da
(face a face) a injúria;
imputação. Crime formal. b) no caso de retorsão (revide, tão logo é ofendida a
5) Tentativa: somente possível por escrito. vítima também ofende).
Noções de Direito
6) Exceção da verdade: A regra é não caber exceção 9) Injúria real: se a injúria consiste em violência ou vias
da verdade no crime de difamação, já que na difamação é de fato. Ex.: tapa na cara, empurrão com o fim de humilhar,
indiferente que a imputação seja falsa ou verdadeira. levantar a saia, rasgar a roupa.
7) Hipótese de cabimento da exceção da verdade: a) se 10) Se ocorrer alguma lesão corporal o agente responderá
o fato é imputado a funcionário público e diz respeito ao pelo crime de injúria real + o crime de lesão corporal (que
exercício de suas funções. Assim se ofensor provar que é poderá ser leve, grave ou gravíssima).
verdadeira a imputação ocorrerá excludente específica de 11) Se ocorrer apenas vias de fato o agente responderá
ilicitude, já que a falsidade não integra o tipo penal. somente pelo crime de injúria real.
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Parágrafo único. Nos casos dos ns. I e III, responde os deputados e senadores são invioláveis em palavras
pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publi- quando no exercício do mandato. Assim, se um deputado
cidade. quando estiver discursando na Tribuna do Congresso Nacio-
nal e disser, por exemplo, “Vossa Excelência é um corrupto,
Retratação desonesto, que desviou o dinheiro público para compra de
Art. 143. O querelado que, antes da sentença, se Fazendas”, não estará praticando o crime de calúnia, nem
retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica difamação, nem injúria. Porém, se este mesmo parlamentar
isento de pena. estiver na reunião de condomínio de seu prédio e ofender a
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Obs. 2: se efetivamente ocorrer um estupro, o agente Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar,
responderá pelo crime de sequestro e estupro. transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, median-
te grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso,
7) Crime de sequestro qualificado: se do sequestro com a finalidade de:
resultar grave sofrimento físico ou mental. I – remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;
II – submetê-la a trabalho em condições análogas à
Redução a Condição Análoga de Escravo de escravo;
III – submetê-la a qualquer tipo de servidão;
Código Penal IV – adoção ilegal; ou
V – exploração sexual.
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou § 1º A pena é aumentada de um terço até a metade se:
a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições I – o crime for cometido por funcionário público no
degradantes de trabalho, quer restringindo, por exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las;
qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
contraída com o empregador ou preposto: II – o crime for cometido contra criança, adolescente
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, além ou pessoa idosa ou com deficiência;
da pena correspondente à violência. III – o agente se prevalecer de relações de paren-
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: tesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade,
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por de dependência econômica, de autoridade ou de
parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local superioridade hierárquica inerente ao exercício de
de trabalho; emprego, cargo ou função; ou
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho IV – a vítima do tráfico de pessoas for retirada do
ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do território nacional.
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. § 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente
§ 2º A pena é aumentada de metade, se o crime é for primário e não integrar organização criminosa.
cometido:
I – contra criança ou adolescente; Violação de Domicílio
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, Código Penal
religião ou origem.
Noções de Direito
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• Emprego de arma – tanto arma própria (faca, punhal, Obs.: trata-se de um tipo misto alternativa, pois em
revólver), como arma imprópria (faca de cozinha, um único tipo penal há a previsão de 4 condutas – desviar
navalha); (dá rumo diverso), sonegar (esconder), subtrair (furtar) ou
• Por duas ou mais pessoas. suprimir (destruir) correspondência comercial, abusando da
8) Causa de aumento de pena: se praticado por funcio- condição de sócio ou empregado.
nário público.
9) Excludente de ilicitude: não haverá crime de violação 2) Objeto jurídico: inviolabilidade das correspondências.
de domicílio quando praticado nas seguintes condições: 3) Objeto material: a correspondência comercial.
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conectado ou não à rede de computadores, mediante 5) Consumação: no momento que o segredo chega a
violação indevida de mecanismo de segurança e com terceiros, mesmo que não cause dano a vítima.
o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou infor- 6) Se o agente tomar conhecimento do segredo em
mações sem autorização expressa ou tácita do titular razão da função pública o crime será de Violação de Sigilo
do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter Profissional, art. 325 do CP.
vantagem ilícita: (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) 7) O crime deve ser praticado “sem justa causa”, ou seja,
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, o segredo deve ser divulgado sem que exista um motivo
e multa. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) razoável para tal conduta.
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gia com valor econômico. Assim pode ser objeto de furto ou a sua retirada da esfera de vigilância da vítima, bastando
a energia elétrica, a TV a cabo, a internet, bem como a a posse do objeto material por curto tempo.
energia genética, que é o caso de sêmen de animais.
• O ser humano não poderá ser objeto de furto pois 6) Tentativa: quando o agente não consegue, por
não é coisa, tratando-se pois do crime de sequestro. circunstâncias alheias a sua vontade, a posse, ainda que
• Cadáver poderá ser objeto de furto se pertencer a momentânea, da coisa.
um museu ou universidade, do contrário será o crime 7) Furto noturno: a pena aumenta-se de um terço, se o
previsto no artigo 211 do CP. crime é praticado durante o repouso noturno.
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inimputáveis, bem como agente não identificável. a) Violência – vis absoluta. É o emprego de desforço físico
h) Subtração de veículo automotor que venha se trans- que deve ser praticada sempre contra a pessoa. Ex.: Tapas,
porta para o exterior ou para outro Estado – Já deve haver o socos, violentos empurrões ou trombadas, todavia se forem
dolo em retirar o veículo do Estado. Todavia, se o agente leves não será o crime de roubo.
for detido antes de conseguir chegar a outro Estado ou País b) Grave ameaça – vis relativa promessa de mal grave
responderá pelo crime de furto simples e não tentativa de e iminente.
furto qualificado. Só restará configurado o presente crime c) Qualquer outro meio que reduza á vitima à impossi-
se a apreensão ocorrer próximo da divisa. bilidade de resistência – Ex.: sonífero.
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Código Penal agente apenas porte a arma, sendo necessária a sua utiliza-
ção ostensiva e intimidadora.
Art. 157. [...] A Súmula nº 174 do STJ (que estabelecia que “no crime de
§ 1º Na mesma pena incorre quem, logo depois de roubo, a intimidação feita com arma de brinquedo autoriza
subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa o aumento de pena”) foi revogada (STJ, REsp. nº 213.054);
ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade arma de brinquedo apenas configura violência ou grave
do crime ou a detenção da coisa para si ou para ter- ameaça, sendo, portanto, crime de roubo e não de furto,
ceiro. (Grifo nosso) todavia não é causa de aumento de pena.
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O crime de roubo pode ser qualificado tanto com a Obs.2: mata-se a vítima e após a morte surge a ideia de
ocorrência de lesão corporal grave como pela morte. O que subtrair seus pertences, será crime de homicídio em concurso
se tem é o chamado crime qualificado pelo resultado. Há material com o crime de furto.
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Art. 161. Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou Obs.: Esbulho Possessório – desejo de excluir a posse de
qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, quem a exerce para passar exercê-la.
para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa
imóvel alheia: 2) Meio executório: deve-se invadir terreno alheio me-
Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa. diante violência ou grave ameaça, bem como em concurso
§ 1º Na mesma pena incorre quem: de mais de duas pessoas, ou seja, deve haver ao menos três
Usurpação de águas pessoas.
I – desvia ou represa, em proveito próprio ou de 3) Objeto jurídico: proteção da posse alheia.
outrem, águas alheias; 4) Sujeito ativo: qualquer pessoa salvo o possuidor do
Esbulho possessório terreno.
II – invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, 5) Sujeito passivo: o proprietário ou possuidor do ter-
ou mediante concurso de mais de duas pessoas, reno invadido.
terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho 6) Consumação: no momento da invasão.
possessório. 7) Se no momento da invasão o agente causar lesões
§ 2º Se o agente usa de violência, incorre também corporais, ainda que leves responderá por ambos os crimes.
na pena a esta cominada. 8) Se a propriedade é particular, e não há emprego de
§ 3º Se a propriedade é particular, e não há emprego violência, somente se procede mediante queixa.
de violência, somente se procede mediante queixa.
Supressão ou Alteração de Marca em Animais
1) Conduta: suprimir (retirar) ou deslocar (mover) ta-
pume, marco ou qualquer outro sinal indicativo de linha Código Penal
divisória com o fim de apropriar-se de coisa alheia móvel.
2) Objeto jurídico: visa a resguardar a posse a proprie- Art. 162. Suprimir ou alterar, indevidamente, em
dade de bens imóveis. gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo
3) Sujeito ativo: o vizinho do imóvel alterado. É crime de propriedade:
próprio. Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos,
4) Sujeito passivo: o proprietário do imóvel que teve sua e multa.
propriedade invadida.
5) Consumação: com a supressão ou deslocamento do 1) Conduta: suprimir (retirar) ou alterar (modificar),
marco, ainda que o agente não atinja a sua finalidade de indevidamente, marca ou sinal indicativo de propriedade
apropriar-se do imóvel alheio. É crime formal. em gado ou rebanho alheio.
2) Objeto jurídico: propriedade e posse de animais
Usurpação de Águas semoventes.
3) Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Código Penal 4) Sujeito passivo: dono do animal.
5) Consumação: com a supressão ou alteração da marca,
Art. 161. [...] ainda que ocorra em apenas um animal.
§ 1º [...] 6) Em caso de furto de animal e posterior supressão da
Noções de Direito
I – na mesma pena incorre quem desvia ou represa, marca, este último crime fica absorvido pelo crime de furto.
em proveito próprio ou de outrem, águas alheias.
Dano
1) Conduta: desviar ou represar em proveito próprio
águas alheias. Código Penal
2) Objeto jurídico: resguardar as águas públicas ou par-
ticulares que passem por um determinado local. Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
3) Sujeito ativo: qualquer pessoa. Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
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Obs.: o ato de pichar monumentos urbanos configura o Dano em Coisa de Valor Artístico Econômico ou Histórico
crime previsto no art. 65, caput da Lei n º 9.605/1998. Toda-
via, se o monumento ou coisa for tombado será o parágrafo Código Penal
único do art. 65 da Lei nº 69.605/1998.
Art. 165. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tom-
2) Objeto jurídico: propriedade alheia. bada pela autoridade competente em virtude de
3) Sujeito ativo: qualquer pessoa, salvo o proprietário valor artístico, arqueológico ou histórico:
da coisa danificada. Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos,
4) Sujeito passivo: o proprietário da coisa. e multa.
5) Consumação: com a destruição, inutilização ou dete-
riorização da coisa. Obs.: revogado pelo art. 62, I da Lei nº 9.605/1998.
6) Para que o crime de dano exista é necessário que a
destruição, inutilização ou deteriorização da coisa seja um fim Alteração de Local Especialmente Protegido
em si mesmo. Se, todavia constituir um meio para prática de
um crime mais grave, como, por exemplo, crime de furto com Código Penal
destruição de obstáculo, o crime de dano restará absorvido.
Art. 166. Alterar, sem licença da autoridade compe-
Crime de Dano Qualificado – O crime será qualificado tente, o aspecto de local especialmente protegido
quando cometido com: por lei:
• Violência à pessoa ou grave ameaça – A violência ou Pena – detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou
grave ameaça devem constituir meio para execução multa.
do crime de dano. Se praticadas após a deteriorização
da coisa o agente responderá pelo crime de dano e Obs.: revogado pelo art. 63 da Lei nº 9.605/1998.
por lesões corporais ou ameaça. Da mesma forma a
violência pode ser praticada contra o próprio dono do
Apropriação Indébita
objeto danificado como contra terceiros.
• Com o emprego de substância inflamável ou explosi-
va, se o fato não constituir crime mais grave – É uma Código Penal
qualificadora expressamente subsidiária.
• Contra o patrimônio da União, Estado, Município, Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que
empresa concessionária de serviço público ou socie- tem a posse ou a detenção:
dade de economia mista – Embora não haja a menção Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
expressa em relação a empresa pública, autarquias Aumento de pena
e fundações instituídas pelo poder público, estas § 1º A pena é aumentada de um terço, quando o
integram, ainda que parcialmente, o patrimônio da agente recebeu a coisa:
União, Estados e Municípios. I – em depósito necessário;
• Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável II – na qualidade de tutor, curador, síndico, liquida-
para vítima – No caso deste inciso somente se pro- tário, inventariante, testamenteiro ou depositário
cessa mediante queixa-crime. judicial;
III – em razão de ofício, emprego ou profissão.
Introdução ou Abandono de Animais em Propriedade
Alheia 1) Conduta: apropriar-se de coisa alheia móvel, de que
Noções de Direito
101
Obs. 2: requisitos para prática do crime de apropriação Aumenta-se a pena de um terço, quando o agente rece-
indébita: beu a coisa (art. 168, § 1º):
a) a vítima entrega o bem ao agente a posse ou a deten- Em depósito necessário – O depósito pode: legal, mi-
ção do bem de forma livre, espontânea e consciente; serável e por equiparação – art. 647, I, II, III do CC. Abrange
b) o agente recebe a coisa de forma lícita e de boa-fé, somente o depósito miserável, por exemplo, em uma cala-
não pretendendo praticar crime; midade pública como é o caso de uma inundação, a vítima
c) a posse deve ser desvigiada. Caracteriza um crime de em desespero entregar seus bens para primeira pessoa que
quebra de confiança; aparece. Apesar de não haver uma relação de confiança,
d) após estar na posse ou detenção do bem resolve se o agente recebe os bens de boa-fé e se, depois decidir se
apoderar do bem e assim comete o crime. apropriar de tais bens será o crime de apropriação indébita
com causa de aumento de pena.
2) Objeto jurídico: a posse e a propriedade. Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário,
3) Sujeito ativo: qualquer pessoa que tenha a posse inventariante, testamenteiro ou depositário judicial – É um
ou detenção lícita de um bem. Deve estar de boa-fé para rol taxativo. Tais pessoas não são funcionários públicos, as-
receber a coisa. Se já estiver de má-fé será estelionato. Se sim, não será peculato e sim apropriação indébito. Atenção!
funcionário público, no exercício de sua função, será peculato Não existe mais a figura do liquidante e o síndico passou a
apropriação. chamar administrador judicial.
4) Sujeito passivo: geralmente é o proprietário da coisa, Em razão de ofício, emprego ou profissão – O recebi-
mas pode ser também o possuidor. mento da coisa deve ter sido em razão do ofício, emprego ou
5) Consumação e tentativa: a apropriação indébita se profissão, exigindo-se, ainda, que haja relação de confiança.
consuma no momento em que o agente inverte o título da Emprego é a prestação de serviço com subordinação. Ofício
posse, comportando-se como dono, ou no momento em que
é a ocupação manual ou mecânica que supõe certo grau de
o agente se recusa a devolver o objeto material.
habilidade (mecânico, costureiro). Profissão diz respeito ao
Ocorre a tentativa quando o agente, por circunstâncias
exercício de atividade técnica e intelectual sem vinculação
alheias a sua vontade, não consegue inverter o título da
posse, por exemplo, quando tenta vender a coisa e não hierárquica (médico, advogado), é o profissional liberal.
consegue. Na negativa de devolução, é impossível a tenta-
tiva, pois ou não devolve e o crime consuma ou devolve e Apropriação Indébita Previdenciária
não há crime.
6) Não há crime quando o agente tem direito de retenção Código Penal
da coisa (ex.: arts. 644 e 681 do CC), pois o exercício regular
de direito exclui a antijuridicidade. Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as
7) Diferença ente o crime de apropriação indébita e o contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo
crime de furto: e forma legal ou convencional. A pena é de 2 a 5 anos
de reclusão, e multa.
Apropriação indébita Furto 1) Conduta: deixar de repassar à previdência social as
Posse desvigiada e há apro- Posse vigiada e há subtração contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e for-
priação do bem (atos de dis- do bem. ma legal ou convencional. O responsável pelo repassar dos
Noções de Direito
posição como venda, troca tributos recolhidos, não o faz no prazo legal.
etc. ou a passar comportar- 2) Objetividade jurídica: o patrimônio previdenciário.
-se como dono). 3) Sujeito ativo: somente a pessoa que seja responsável
Ex.: bibliotecária empresta Ex.: bibliotecária empresta pelo repasse, à previdência social, das contribuições reco-
livro ao aluno para consulta livra ao aluno para consulta lhidas dos contribuintes (firma individual, sócios, gerentes,
em casa por 10 dias. No local. Quando esta se distrai diretores, administradores). É um crime próprio.
terceiro dia o aluno vende ele subtrai o livro e se retira 4) Sujeito passivo: é o órgão da previdência social (INSS)
o livro. da biblioteca. e o contribuinte lesado. Dupla subjetividade passiva.
102
• É extinta a punibilidade se o agente, espontanea- Atenção! Somente existe crime se o agente sabe que o
objeto é alheio e veio parar em suas mãos por Caso Fortuito
mente, declara, confessa e efetua o pagamento das
ou Força Maior.
contribuições, importâncias ou valores e presta as
informações devidas à previdência social, na forma
Apropriação de Tesouro
definida em lei ou regulamento, antes do início da
ação fiscal (art. 168-A, § 2º).
Código Penal
• O art. 9º, § 2º, da Lei nº 10.684/2003, que prevê a
extinção da punibilidade a qualquer momento, só se
Art. 169. [...]
aplica ao crime da sonegação fiscal, não se aplicando
I – quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria,
a apropriação indébita previdenciária, quando a
no todo ou em parte, da quota a que tem direito o
pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o
proprietário do prédio;
pagamento integral dos débitos oriundos de tributos
e contribuições sociais, inclusive acessórios, não se Quem encontra casualmente tesouro em terreno alheio
aplicando à apropriação indébita previdenciária, já deve dividi-lo com o proprietário da terra. Se, porventura,
que o art. 5º, § 2º, da mesma lei, foi vetado, razão pela se apoderar de tudo, cometerá o crime de apropriação de
qual a referência ao art. 168-A existente no caput do tesouro.
art. 9º restou inócua (STF, HC nº 81.134).
Apropriação de Coisa Achada
Noções de Direito
103
Obs. 2: quando o agente encontrar coisa perdida, terá 15 Obs. 1: na hipótese de enganar uma máquina clonando
dias para efetuar a entrega da coisa para autoridade pública. cartão bancário e sacando dinheiro da conta corrente junto
O delito somente se consuma após o prazo de 15 dias, salvo a um caixa eletrônico, não existe “alguém” que tenha sido
se o agente antes disso praticar atos de disposição. Antes ludibriado, tratando-se, portanto, de crime de furto.
desse prazo se a pessoa é presa o fato é atípico.
Obs. 2: deve ser pessoa determinada. Assim no caso
Obs. 3: será crime de furto: de adulteração de taxímetro ou de bomba de gasolina, inú-
• se o agente achar coisa perdida dentro de uma resi- meras pessoas, indeterminadas serão vítimas, tratando-se,
dência e dela se apoderar; portanto de crime contra a economia popular (art. 2º, XI da
• se o agente provocar a perda; Lei nº 1.521/1951).
• se o agente presenciar a perda, por exemplo, o agente
vê a carteira da vítima caindo e nada faz para alertar 5) Tipo subjetivo: o dolo, consistente na vontade de
a vítima, pois tem o intuito de subtraí-la. enganar a vítima e obter a vantagem econômica ilícita. Exige
ainda o elemento subjetivo do tipo (contido na expressão
Obs. 4: agora se achar coisa abandonada não comete “para si ou para outrem”).
crime algum, porque não constitui coisa alheia. 6) Consumação e tentativa: o estelionato se consuma no
momento em que o agente obtém a vantagem ilícita visada,
Estelionato em prejuízo alheio.
A tentativa é admissível:
Código Penal a) quando o agente emprega a fraude e não consegue
enganar a vítima (desde que a fraude empregada seja capaz
Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem de enganar);
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo b) sendo a vítima enganada, quando o agente não con-
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer segue obter a vantagem pretendida.
outro meio fraudulento: 7) Ação penal: pública incondicionada.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
§ 1º Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor O estelionato difere do furto mediante fraude, pois neste
o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o a fraude ilude a vigilância do ofendido, que não sabe que a
disposto no art. 155, § 2º. coisa está sendo subtraída, enquanto que naquele a própria
vítima, voluntariamente, se despoja de seus bens.
1) Conduta: obter, para si ou para outrem, vantagem
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém Estelionato Furto mediante fraude
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio A fraude é utilizada para que A fraude é utilizada para
fraudulento. a vítima entregue o bem ao distrair a vítima para que o
agente. agente realize a subtração.
Obs.: o crime de estelionato exige quatro requisitos:
a) Obtenção de vantagem ilícita, pelo agente ou por A diferença entre o crime de apropriação indébita e o
terceiro – Se a vantagem pretendida for lícita, o crime é de crime de estelionato está no momento em que surge o dolo.
exercício arbitrário das próprias razões. A vantagem tem que No estelionato o agente se utiliza de fraude, há dolo para o
ser de natureza econômica; bem ser entregue, na apropriação o agente recebe o bem
b) Causação de prejuízo alheio; de boa-fé e posteriormente haverá inversão da vontade
c) Induzimento ou manutenção da vítima em erro – surgindo o dolo.
Induzir a vítima em erro é fazer a vítima ter uma percepção
errônea da realidade. Manter a vítima em erro é, percebendo
Apropriação indébita Estelionato
que ela equivocou-se em relação a determinada situação,
incentivar para que ela continue equivocada; Primeiro a vítima recebe o O agente antes de entrar na
d) Artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento bem de boa-fé, e após estar posse do bem já possui o
• Artifício é a utilização de algum aparato ou objeto na posse do bem surge o dolo de apropriar-se. Assim
para enganar a vítima (disfarce, documento falso). dolo de apropriar-se. aplica uma fraude e então
• Ardil é a conversa enganosa, a astúcia. apropria-se do bem.
• Ou qualquer outro meio fraudulento, por exemplo,
Diferença entre o crime de extorsão e o crime de este-
o silêncio – percebe que a vítima está incidindo em
lionato:
erro e fica em silêncio.
Noções de Direito
104
qualidade ou quantidade, pratica o delito; Pode ser crime o) Se o agente se arrepende após a consumação do cri-
contra a economia popular, ou crime contra o consumidor. Só me, ma antes do recebimento da denúncia haverá extinção
será estelionato se for contra vítima certa e determinada. Ex.: da punibilidade, se após haverá uma atenuante genérica,
empresário encomenda remessa de combustível para o pos- art. 65, III, b, do CP;
to, que envia substância adulterada. O proprietário responde p) Tentativa é possível: emite cheque sem fundo e um
por estelionato. Se todo o combustível é adulterado, não parente deposita o valor sem seu conhecimento, emite o
somente uma remessa será crime contra economia popular. cheque e manda uma carta para o banco sacado para sustar
Consuma-se com a entrega da substância. o cheque, mas a carta se extravia.
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1) Conduta: emitir fatura, duplicata ou nota de venda que Crime de estelionato Crime de abuso de incapaz
não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou O meio utilizado para ludi- O meio utilizado é a neces-
qualidade, ou ao serviço prestado. briar a vítima é a fraude. sidade, paixão ou inexperi-
O sujeito passivo pode ser ência. O sujeito passivo é o
Obs. 1: passemos a analisar as elementares deste tipo qualquer pessoa. menor ou alienado mental.
penal
a) Emitir – Por em circulação; Induzimento à Especulação
b) Fatura, duplicata, nota de venda – Títulos de crédito
utilizados nas vendas à prazo. Código Penal
Obs. 2: a duplicata uma vez emitida será posta em circula- Art. 174. Abusar, em proveito próprio ou alheio, da
ção podendo o vendedor ter o valor nela contido descontado inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade
antecipadamente com terceira pessoa, e esta por ocasião do mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou
vencimento receberá do comprador o a quantia respectiva. aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias,
Todavia, se o valor contido nela for inverídico, poderá gerar sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa:
um prejuízo para quem a descontar, tendo em vista que não Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
obterá o valor nela descrito.
1) Conduta: abusar (fazer mau uso, aproveitar-se), em
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa que falsifique o conte- proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simpli-
údo do título de crédito. cidade ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o à
3) Sujeito passivo: qualquer pessoa. prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou
4) Consumação: com a simples emissão da duplicata, mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é
fatura ou nota de venda. A tentativa é inadmissível, pois ou
ruinosa.
o agente emite o documento e o crime está consumado ou
nada faz e a conduta é atípica.
Obs.: aqui a figura penal também apresenta a situação
de abuso, todavia delimita a vítima (pessoa inexperiência,
Falsidade no Livro de Registro da Duplicata
simples ou com inferioridade mental), em como a maneira de
Código penal se praticar o crime: induzindo-o à prática de jogo ou aposta,
ou à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou
Art. 172. [...] devendo saber que a operação é ruinosa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele
que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de 2) Objeto jurídico: a proteção do patrimônio de pessoas,
Registro de Duplicatas. simplórias, rústicas ou ignorantes.
Noções de Direito
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Art. 176. Tomar refeição em restaurante, alojar-se em por conta da sociedade, ações por ela emitidas, salvo
hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor quando a lei o permite;
de recursos para efetuar o pagamento: V – o diretor ou o gerente que, como garantia de
Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, crédito social, aceita em penhor ou em caução ações
ou multa. da própria sociedade;
Parágrafo único. Somente se procede mediante VI – o diretor ou o gerente que, na falta de balanço,
representação, e o juiz pode, conforme as circuns- em desacordo com este, ou mediante balanço falso,
tâncias, deixar de aplicar a pena. distribui lucros ou dividendos fictícios;
107
que são depositadas em armazéns gerais. O primeiro é o do- multa, ou ambas as penas.
cumento de propriedade da mercadoria e confere ao dono o § 4º A receptação é punível, ainda que desconhecido
poder de disponibilidade sobre a coisa. Já o segundo confere ou isento de pena o autor do crime de que proveio
ao portador o direito real de garantia sobre as mercadorias. a coisa.
§ 5º Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário,
2) Objeto jurídico: patrimônio. pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias,
3) Sujeito ativo: é quem emite o conhecimento de de- deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-
pósito ou warrant em desacordo com a lei. -se o disposto no § 2º do art. 155.
108
Obs. 2: a coisa, objeto material do crime, é um produto 1) Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da
União, Estado, Município, empresa concessionária de servi-
de crime, obtido pelo autor do crime antecedente, sendo,
ços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista
portanto, a receptação um crime acessório que possui como
no caput deste artigo aplica-se em dobro (art. 180, § 6º).
pressuposto indispensável a sua existência a ocorrência de
O receptador deve saber que trata-se de bens dessas
um crime anterior. O crime anterior não necessita ser contra
entidades.
o patrimônio podendo ser, por exemplo, o crime de peculato. 2) O agente tem que saber que o objeto material provém
de uma das pessoas jurídicas mencionadas.
Obs. 3: se o objeto a ser receptado for se for produto de
contravenção não haverá crime de receptação. Somente se aplica ao caput, não incidindo sobre a recep-
tação qualificada ou culposa.
Obs. 4: o agente deve saber que a coisa é produto de
crime anterior, ou seja, não admite dolo eventual, somente Receptação Qualificada
dolo direto. Assim se o agente recebe o bem de boa-fé e após
descobre a origem ilícita do bem e continua usando-o não 1) Conduta: adquirir, receber, transportar, conduzir, ocul-
será receptação. Se houver mera desconfiança da origem tar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender,
ilícita do objeto será crime de receptação culposa. expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
2) Objeto jurídico: o patrimônio. industrial, coisa que deve saber ser produto de crime.
3) Sujeito ativo: qualquer pessoa, salvo o autor, coautor
ou partícipe do crime anterior. Para eles, a receptação é post Obs.: muito embora somente se refira ao dolo eventual,
factum não punível. o tipo o penal abrange toda e qualquer forma de dolo.
4) Sujeito passivo: é a mesma vítima do crime anterior,
titular da posse, detenção ou propriedade. 2) O crime é próprio, pois só pode ser praticado por
5) Consumação e tentativa: comerciante ou industrial. Este é o motivo da qualificadora,
a) no caso de receptação própria, o crime é material, a facilidade de repassar o produto a terceiro de boa-fé,
consumando-se com a efetiva tradição da coisa; iludidos pela impressão de maior garantia oferecidos por
b) na receptação imprópria, o crime é formal, exigindo profissionais desta área.
apenas que haja a influência sobre terceiro de boa-fé; 3) É tipo misto alternativo, praticando vários verbos do
c) o crime é permanente nas modalidades transportar, caput responde somente por uma infração penal.
Noções de Direito
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– Funcionário público;
– Funcionário público;
– Subtrair ou concorrer para a subtração de bem público
– Desviar bem público ou particular que está sob a custó- ou particular que está sob custódia da Administração
dia da Administração Pública; Pública, em razão do cargo que ocupa;
– Bem este de que tem a posse lícita em razão do cargo – Bem este de que não tem a posse lícita.
que exerce.
2) Objeto jurídico: o patrimônio público ou particular e
2) Objeto jurídico: o patrimônio público ou particular e a probidade administrativa.
a probidade administrativa. 3) Sujeito ativo: funcionário público. E o particular pode
3) Sujeito ativo: funcionário público. E o particular pode praticar este crime? Somente se estiver em concurso de pes-
praticar este crime? Somente se estiver em concurso de pes- soas com o funcionário público e conhecer desta elementar .
soas com o funcionário público e conhecer desta elementar . 4) Sujeito passivo: a Administração Pública e o particular
4) Sujeito passivo: a Administração Pública e o particular quando o bem pertencer a este.
quando o bem pertencer a este. 5) Tipo subjetivo: o dolo. Exige também o elemento
5) Tipo subjetivo: o dolo. Exige também o elemento subjetivo do tipo, contido na expressão “em proveito próprio
subjetivo do tipo, contido na expressão “em proveito próprio ou alheio”.
ou alheio”. 6) Consumação e tentativa: o crime se consuma da
6) Consumação e tentativa: o crime se consuma no mo- mesma forma que o furto, ou seja, com a posse do objeto
mento em que ocorre o desvio, pouco importando se a van- material por curto período de tempo, sendo desnecessária
tagem visada é conseguida ou não. A tentativa é admissível. a posse tranquila do bem subtraído por parte do agente.
7) Só há crime de peculato-desvio quando o objeto A tentativa é admissível.
material é fungível (agente que usa dinheiro público para
comprar alguma coisa: o crime está consumado, mesmo que Peculato Culposo
depois o agente reponha o dinheiro aos cofres públicos).
8) Se o objeto material é infungível, não há crime, porque Código Penal
a lei não pune o mero uso.
9) O uso de bem público por funcionário público para fins Art. 312. [...]
particulares caracteriza ato de improbidade administrativa, § 2º Se o funcionário concorre culposamente para o
sendo, para fins penais, fato atípico (salvo se o funcionário crime de outrem:
público for Prefeito conforme o Decreto-Lei nº 201/1967, Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
art. 1º, II). § 3º No caso do parágrafo anterior, a reparação do
dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a
10) Se o agente se apropriar do bem e após desviá-lo,
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a
cometerá apenas o crime de peculato-apropriação.
pena imposta.
Peculato-Furto 1) Conduta: o funcionário ao praticar uma conduta negli-
gente, imperita ou imprudente contribui para a ocorrência
Código Penal de crime praticado por outrem.
Art. 312. [...] Obs. 1: aqui há dois crimes: funcionário pratica peculato
§ 1º Aplica-se a mesma pena, se o funcionário públi- culposo e o terceiro pode praticar crime doloso contra a
co, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou Administração Pública ou contra o patrimônio.
Noções de Direito
bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, Ex.: o porteiro da escola pública esquece (negligência)
em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilida- de trancar o colégio – Peculato Culposo. Um terceiro que
de que lhe proporciona a qualidade de funcionário. presencia a cena, adentra na escola e subtrai os computa-
dores – crime doloso.
1) Conduta: funcionário público que, embora não tendo a
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para Obs. 2: não há concurso de agente entre o funcionário
que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se e o terceiro, porque não há identidade de infração penal e
de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. nem liame subjetivo.
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Obs. 3: o recebimento da coisa deve decorrer em razão tica sem autorização ou solicitação de autoridade
do exercício do cargo. competente:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos,
Obs. 4: assim, os requisitos para prática do crime em e multa.
tela são: Parágrafo único. As penas são aumentadas de um
terço até a metade se da modificação ou alteração
– A vítima entrega espontaneamente e erroneamente o resulta dano para a Administração Pública ou para
bem ao funcionário público; o administrado.
113
o fato não constituir um crime mais grave. limita à vantagem de natureza patrimonial, pois não se trata
8) Não confundir o crime em tela: com o previsto no de crime contra o patrimônio.
art. 356 do Código Penal, o qual descreve a conduta daquele c) É indispensável que o agente se valha da função que
que inutiliza documento ou objeto de valor probatório que exerce ou vai exercer, ou que se prevaleça da autoridade
recebeu na qualidade de advogado ou procurador, bem como que possui ou vai possuir.
previsto no art. 337 do Código Penal, o qual prevê a conduta d) “Ainda que fora da função” – Não importa que esteja
do particular que subtrai ou inutiliza, total ou parcialmente, afastado da função pública, desde que se valha dela. To-
livro oficial, processo ou documento confiado à Administração. davia, a lei não abrange a pessoa exonerada ou demitida,
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Art. 318. Facilitar, com infração de dever funcional, 2) Objeto jurídico: moralidade da Administração Pública.
a prática de contrabando ou descaminho: 3) Sujeito ativo: funcionário público.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 4) Sujeito passivo: Estado e o particular eventualmente
prejudicado.
1) Conduta: funcionário público que facilita a prática do 5) Elemento subjetivo do tipo: é o dolo. Exige-se o
contrabando ou descaminho. elemento subjetivo específico consistente na vontade de
satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Obs. 1: diferença ente contrabando e descaminho. 6) Consumação: com a omissão ou retardo ou a realiza-
a) Contrabando – Mercadoria ilícita, ou seja, que não ção do ato. CRIME FORMAL.
possui autorização para ser comercializada no país; 7) Não se confunde com corrupção passiva, pois nesta o
b) Descaminho – Mercadoria lícita, a qual possui autoriza- funcionário negocia seus atos visando vantagem indevida.
ção para ser comercializada no país. Todavia, o seu ingresso 8) Não se confunde com corrupção passiva privilegiada,
ocorre de forma ilegal, tendo em vista o não pagamento dos pois nesta o agente atende a pedido ou influencia de outrem.
tributos referentes a tal ingresso.
Obs. 2: a conduta é praticada por um funcionário público Prevaricação Corrupção Passiva com
que facilita a entrada de mercadorias oriundas de contra- Causa de Aumento de Pena
bando ou descaminho, todavia tal facilitação deve infringir Deixa de praticar ato de ofí- Em consequência da vanta-
o dever funcional. cio ou pratica ato de ofício gem indevida ou promessa
contra disposição expres- de tal vantagem, o funcioná-
2) Objetividade jurídica: Administração Pública. sa de lei, para satisfazer rio retarda ou deixa de prati-
3) Sujeito ativo: o funcionário público que facilita a en- interesse ou sentimento car qualquer ato de ofício ou
trada de mercadorias infringindo o dever funcional. pessoal. o pratica infringindo dever
4) Sujeito passivo: o Estado. funcional.
5) Tipo subjetivo: o dolo. Não há elemento subjetivo.
6) Consumação e tentativa: consuma-se com a facilitação Prevaricação Corrupção Passiva
para entrada das mercadorias oriundas de contrabando ou Privilegiada
descaminho. CRIME FORMAL. Deixar de praticar ato de O funcionário pratica, deixa
7) O crime é de ação penal pública incondicionada e ofício ou praticar ato de de praticar ou retarda ato de
será processado perante a Justiça Federal. ofício contra disposição ex- ofício, com infração de dever
8) Em caso de entrada de drogas ou armas, incide o pressa de lei, para satisfazer funcional, cedendo a pedido
princípio da especialidade, aplicando-se a lei de drogas e interesse ou sentimento ou influência de outrem.
o estatuto do desarmamento. pessoal.
9) O agente do contrabando ou descaminho que tem
facilitada a entrada de sua mercadoria pela conduta de Código Penal
um funcionário público pratica o crime previsto no art. 334
do CP. Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou
agente público, de cumprir seu dever de vedar ao
Prevaricação preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou si-
milar, que permita a comunicação com outros presos
Código Penal
ou com o ambiente externo:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevida-
mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse ou senti- 1) Conduta: o Diretor de Penitenciária ou outro funcio-
mento pessoal: nário público que deixando de cumprir o seu dever funcional
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, permite ao preso o acesso a aparelhos telefônicos.
e multa. 2) Objeto jurídico: segurança da Administração Pública.
3) Sujeito ativo: funcionário público.
Noções de Direito
1) Conduta: retardar ou deixar de praticar indevidamente 4) Sujeito passivo: Estado e a sociedade como um todo.
ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, 5) Elemento subjetivo do tipo: é o dolo. Não se exige o
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. elemento subjetivo específico.
6) Consumação: com a omissão.
Obs. 1: análise dos elementos do tipo penal:
a) Retardar, por exemplo, não expedir uma certidão; Obs.: a famosa “vista grossa”, que significa fingir não ver
b) Deixar de fazer – Conduta que deveria fazer, por exem- o aparelho circulando no estabelecimento penitenciário já é
plo, delegado não instaura Inquérito Policial; suficiente para configuração do crime.
117
Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência, de Art. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente, interes-
responsabilizar subordinado que cometeu infração no se privado perante a administração pública, valendo-
exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, -se da qualidade de funcionário:
não levar o fato ao conhecimento da autoridade Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
competente: Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano,
Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês,
além da multa.
ou multa.
1) Conduta: patrocinar, direta ou indiretamente, interes-
1) Conduta: funcionário público que deixa por indulgên- se privado perante a Administração Pública, valendo-se da
cia de responsabilizar subordinado que cometeu infração no qualidade de funcionário.
exercício do cargo quando possuir competência para tal ou
quando lhe falte competência não levar o fato ao conheci- Obs. 1: o delito ocorre quando um funcionário público
mento da autoridade competente. valendo-se de sua condição defende interesse alheio legítimo
ou ilegítimo perante a Administração.
Obs. 1: o crime pode ser praticado de duas maneiras:
a) funcionário público que deixa por indulgência de res- Obs. 2: não necessita ser na repartição que trabalha,
ponsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício podendo ser em outra e se valer de valendo da qualidade de
do cargo quando possuir competência para tal; funcionário público para obter privilégios (amizades, contatos).
b) funcionário público que deixa por indulgência de co-
municar à autoridade competente infração que subordinado Obs. 3: se estiver defendendo interesse próprio não há
cometeu no exercício do cargo. crime.
Obs. 2: para a configuração deste crime, não há a neces- 2) Objeto jurídico: moralidade da Administração Pública.
sidade de que o subordinado seja sancionado pela infração 3) Sujeito ativo: funcionário público. Apesar do nome
não necessita ser praticado por advogado.
cometida, nem tampouco que o superior seja obrigado
4) Sujeito passivo: Estado.
a puni-lo. O que realmente deve ser levado em conta é o 5) Elemento subjetivo do tipo: dolo.
cumprimento do dever funcional do superior em apurar a 6) Consumação: no ato de patrocinar interesse alheio.
responsabilidade do subordinado pela infração, em tese, que CRIME FORMAL.
praticou no exercício do cargo. 7) Tentativa: é admissível.
Obs. 3: o que a move omissão do funcionário público em Violência Arbitrária
apurar a falta de seu subordinado é a indulgência, ou seja,
o sentimento de piedade. Código Penal
Obs. 4: assim, se um fiscal adentra em um estabelecimen- Art. 322. Praticar violência, no exercício de função ou
to comercial e verifica que o mesmo não possui condições a pretexto de exercê-la:
mínimas de higiene para o regular funcionamento e mesmo Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos,
assim deixa de aplicar uma multa, por sentir pena do pro- além da pena correspondente à Violência.1
prietário, qual crime terá praticado? Mesmo verificando que Abandono de Função
o que moveu a omissão do funcionário público foi o senti-
mento de indulgência, o proprietário do estabelecimento Código Penal
comercial não é seu subordinado, não havendo que se falar
na ocorrência do crime de condescendência criminosa. Mas Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos casos
permitidos em lei:
qual crime este fiscal praticou? No citado exemplo, não há
Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês,
menção acerca do recebimento de vantagem indevida, o que ou multa.
de pronto nos leva a descartar a hipótese do crime de cor- § 1º Se do fato resulta prejuízo público:
rupção passiva. Todavia, o que motivou o funcionário público Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano,
foi um sentimento pessoal, tendo, portanto ele praticado o e multa.
crime de prevaricação. § 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa
de fronteira:
2) Objeto jurídico: moralidade da administração pública. Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
3) Sujeito ativo: funcionário público.
4) Sujeito passivo: Estado. 1) Conduta: abandonar cargo público fora dos casos
Noções de Direito
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A Constituição Federal de 1988 estabeleceu diversos tenciado senão pela autoridade competente”.
direitos aos trabalhadores e também aos agentes pú-
blicos. Com relação ao direito de greve e de associação Qual princípio a seguir melhor sintetiza o conteúdo?
sindical dos agentes públicos, a) Razoabilidade.
a) o texto constitucional prevê expressamente o direito b) Do juiz e do promotor natural.
de greve e de livre associação sindical ao servidor c) Ampla Defesa.
público, sendo a primeira norma de eficácia limitada, d) Contraditório.
dependente de lei, e o segundo, autoaplicável. e) Duplo grau de jurisdição.
120
121
17. (Consulplan/TRF 2ª Região/Técnico de enferma- De acordo com a Constituição Federal, estão corretos
gem/2017) “Edson era investigado pela prática de um os itens:
crime e estava com receio de ser julgado por um Juiz Fe- a) 1 e 4 apenas.
deral que considerava seu desafeto. Ao conversar com b) 2 e 3 apenas.
seu amigo Pedro, estudante de direito, foi informado c) 1, 2 e 3 apenas.
que a Constituição da República dispõe, em seu Art. 5º, d) 1, 2 e 4 apenas.
XXXVII, que ‘não haverá juízo ou tribunal de exceção’.” e) 1, 2, 3 e 4.
À luz da sistemática constitucional, o comentário de
Pedro indica que: 21. (IBFC/Polícia Científica-PR/Odontólogo/2017) Consi-
a) A causa de Edson será julgada pelo Juiz Federal que dere as regras básicas aplicáveis ao Direito Penal e ao
a escolher. Direito Processual Penal para assinalar a alternativa em
b) Os critérios de escolha do Juiz Federal devem ante- que não conste crime contra a pessoa.
ceder a prática do crime. a) Homicídio.
c) As regras gerais de competência não admitem exce- b) Aborto.
ção, aplicando-se a todos. c) Feminicídio.
d) A competência de todos os Juízes deve ser detalhada d) Indução a suicídio.
na Constituição, sem exceção. e) Extorsão.
122
28. (MPE-PR/Promotor de Justiça/2017) Analise as asser- 30. (Ibade/PC-AC/Delegado de Polícia/2017) Sobre a doutri-
tivas relacionadas a crimes previstos na Parte Especial na da ação finalista, tal qual formulada por Hans Welzel,
do Código Penal, e assinale a alternativa incorreta. é correto afirmar que:
a) Crime de homicídio (CP, art. 121): se praticado con- a) o tipo, para Welzel, é objetivo e neutro, ao passo em
tra ascendente, constitui homicídio simples com cir- que o injusto é uma criação normativa, propiciada
cunstância agravante; se praticado contra criança, por juízos de valor que teriam como norte o objetivo
constitui homicídio simples majorado por causa de almejado pelo legislador, seja a proteção de bens
aumento de pena; se praticado contra mulher por jurídicos, seja outra situação estatal de conveniência.
razões da condição de sexo feminino, constitui ho- b) para a teoria finalista de Welzel. ação é uma ma-
micídio qualificado. nifestação da personalidade, que abrange todos
Noções de Direito
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em razão da condição de sexo feminino, efetua disparo c) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do em-
de arma de fogo contra sua esposa Efigênia, percepti- pregador, sem excluir a indenização a que este está
velm ente grávida, todavia atingindo, por falta de ha- obrigado quando incorrer em dolo ou culpa.
bilidade no manejo da arma, Nereu, um vizinho, que d) aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, no
morre imediatamente. Desconsiderando os tipos penais máximo de trinta dias, nos termos da lei.
previstos no Estatuto do Desarmamento e levando em e) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
conta apenas as informações contidas no enunciado, nascimento até os 06 (seis) anos de idade em creches
é correto afirmar que Terêncio praticou crime(s) de: e pré-escolas.
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a) do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, voluntário ou não, e gozo de intervalo para refeição
sexo e cor. e descanso na forma da lei.
b) de uma sociedade livre, justa e solidária com repúdio d) à proteção do mercado de trabalho da mulher, me-
ao racismo e ao terrorismo. diante incentivos específicos, nos termos da lei, e
c) da erradicação da miséria e da marginalização e da ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço,
redução da desigualdade nacional. sendo no mínimo de trinta dias, conforme previsão
d) da autodeterminação dos povos e dos direitos hu- legal.
manos. e) ao intervalo intrajornada e interjornada.
126
127
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SUMÁRIO
Direitos Humanos:
Concepções. O Estado e as garantias à pessoa em privação de liberdade...................................................................... **
Carta das Nações Unidas (1945): art. 1º e art.55. 2.4. Declaração Universal dos Direitos Humanos (adotada
e proclamada pela Resolução 217-A (III) – da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de
1948): universalidade, igualdade e não discriminação (artigos 1º, 2º e 7º); direito à vida, à liberdade e à
segurança (art. 3º); direito de ir e vir e proibição de prisão arbitrária (arts. 9º e 13); asilo (art. 14)................................3
Os liberais, portanto, reconhecem a primazia dos direitos sempre precário, pois, mesmo que possa significar avanço
civis, mas também lhes acrescentam os direitos políticos importante na geração de condições para sua efetivação,
como sendo fundamentais. É preciso não esquecer que também pode significar seu estreitamento, já que se dá nos
as primeiras formulações dos direitos humanos nasceram marcos da institucionalidade disponível que, de regra, não
bastante carregadas desta concepção. está construída na lógica dos direitos humanos. Contradito-
riamente, toda luta pela institucionalização dos direitos gera
Concepção Positivista condições, instrumentos e mecanismos para que possam ser
exigidos publicamente, mas também tende a enfraquecer a
A concepção positivista de direitos humanos advoga força constitutiva da dignidade humana como processo per-
a ideia de que direitos humanos são aqueles inscritos em manente de geração de novos conteúdos e de alargamento
permanente do seu sentido. Ademais, a positivação dos
direitos não significa, por si só, garantia de sua efetivação,
1
CARBONARI, Paulo César. Direitos Humanos: Sugestões Pedagógicas. Passo
Fundo: IFIBE, 2008. mesmo que sua não‑positivação os deixe ainda em maior
em constituições, leis e tratados internacionais; exatamente com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da socie-
porque se está diante de exigências de respeito à dignidade dade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce,
humana, exercidas contra todos os poderes estabelecidos, através do ensino e da educação, por promover o respeito a
oficiais ou não. “Todo homem”, proclama o art. VI da Declara- esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas pro-
ção, “tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido gressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o
como pessoa perante a lei”. seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva,
tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto
Tópicos da Declaração Cobrados no Edital entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
ência e devem agir em relação uns aos outros com mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia
espírito de fraternidade. Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de Dezembro
b) Todo ser humano tem capacidade para gozar os direi- de 1948. Dessa forma, considera
tos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, a) que o reconhecimento da dignidade inerente a al-
sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, guns membros da família humana e de seus direitos
cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de iguais e alienáveis é o fundamento da liberdade, da
outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, justiça e da paz no mundo.
nascimento, ou qualquer outra condição. b) que o apreço e o respeito pelos direitos humanos
c) Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a cons-
segurança pessoal. ciência da Humanidade e que o ser humano comum
d) Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; não tem como aspiração o advento de um mundo
a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em que todos gozem de liberdade de palavra, de
em todas as suas formas. crença e da liberdade de viverem a salvo do temor.
GABARITO
1. d 8. e
2. a 9. d
3. b 10. b
4. e 11. e
5. e 12. d
6. a 13. a
Direitos Humanos e Cidadania
7. e
10
SUMÁRIO
Legislação Especial
Lei Federal nº 10.826, de 22/12/2003 (Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e
munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm)...................................................................................................... 3
Decreto Federal nº 5.123, de 1/07/2004 (Regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe
sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas -
Sinarm e define crimes).......................................................................................................................................................... 9
Lei Estadual nº 12.567, de 3/4/1996, publicada no DOE de 29/4/1996 (Institui porte de arma de defesa para
Agentes Penitenciários do Estado do Ceará e dá outras providências).............................................................................. 34
Leis Federais nº 8.072/1990 e nº 8.930/1994 (Dá nova redação ao art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de
1990, que dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e
determina outras providências)........................................................................................................................................... 18
Lei Federal nº 11.343/2006 (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD):
Título III - Capítulo III, Dos crimes – arts. 27 ao 30; Título IV - Capítulo II, Dos Crimes – arts. 33 ao 47..........................23
Gladson Miranda rência do cargo que ocupa, que no caso do julgado era um
policial civil, é obrigatório fazer o registro da arma no ór-
ESTATUTO DO DESARMAMENTO gão competente. (Jurisprudência noticiada no Informativo nº
719/STF – RHC nº 111.931, Relator(a): Min. Gilmar Mendes,
(LEI Nº 10.826/2003) Segunda Turma, julgado em 4/6/2013, Processo Eletrônico
DJe-117, Divulg 18/6/2013, Public 19/6/2013).
O Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) dis- O interessado em adquirir arma de fogo de uso permiti-
põe sobre o registro, posse e comercialização de armas de do, além de declarar a efetiva necessidade, deverá atender
fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas (Sinarm), a determinados requisitos5. São três requisitos: o primeiro é
além de definir crimes e dar outras providências. Entrou em a comprovação de idoneidade, com a apresentação de cer-
vigor na data da sua publicação, em 22 de dezembro de 2003, tidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela
e revogou a Lei nº 9.437/1997 (art. 36). Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar
respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que
Do Sistema Nacional de Armas poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; o segundo é
a apresentação de documento comprobatório de ocupação
O Sistema Nacional de Armas (Sinarm), instituído no lícita e de residência certa; e o terceiro requisito é a compro-
Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem vação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para
circunscrição em todo o território nacional1 (art. 1º). Será o manuseio de arma de fogo, que serão atestadas na forma
mediante o cadastro da arma de fogo que o Sinarm identi- do regulamento (art. 4º e incisos). Com relação ao terceiro
ficará as características e a propriedade da arma de fogo2. requisito, observa-se que este poderá ser dispensado quando
Além disso, compete também ao Sinarm cadastrar as armas o interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido
de fogo produzidas, importadas e vendidas no País, cadastrar comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas
as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações características daquela a ser adquirida (art. 4º, § 8º).
expedidas pela Polícia Federal, cadastrar as transferências
Atendidos os requisitos, o Sinarm expedirá autoriza-
de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências
ção de compra de arma de fogo em nome do requerente e
suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as de-
para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização
correntes de fechamento de empresas de segurança privada
(art. 4º, § 1º). Ressalta-se que a concessão dessa autorização,
e de transporte de valores, identificar as modificações que
alterem as características ou o funcionamento de arma de ou mesmo a sua recusa com a devida fundamentação, se dará
fogo, e integrar no cadastro os acervos policiais já existentes no prazo de 30 dias úteis, contados da data do requerimen-
(art. 2º, incisos I a V). to (art. 4º, § 6º). Já com relação à aquisição de munição,
Compete, ainda, ao Sinarm cadastrar as apreensões de esta só poderá ser feita no calibre correspondente à arma
armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos po- registrada e na quantidade estabelecida no regulamento
liciais e judiciais, cadastrar os armeiros em atividade no País, (Decreto nº 5.123/2004)6 (art. 4º, § 2º).
bem como conceder licença para exercer a atividade, cadas- A empresa que comercializar arma de fogo em territó-
trar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, rio nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade
exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, competente7, como também a manter banco de dados com
acessórios e munições, cadastrar a identificação do cano da todas as características da arma e cópia dos documentos
arma, as características das impressões de raiamento e de que foram necessários para adquirir a autorização para
microestriamento de projétil disparado, conforme marca- aquisição da arma8 (art. 4º, § 3º).
ção e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante e Com relação às armas de fogo, acessórios e munições,
informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e estes são de responsabilidade da empresa que as comercia-
do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de liza, ficando registradas como de sua propriedade enquanto
armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter não forem vendidas (art. 4º, § 4º). Este registro em nome da
o cadastro atualizado para consulta (incisos VII a XI do art. 2º). empresa trata-se de registro precário e, por isso, prescinde
Ressalta-se que essas competências do Sinarm não al- de cumprir os requisitos que são exigidos do interessado
cançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, em adquirir arma de fogo de uso permitido (art. 4º, § 7º).
bem como as demais que constem dos seus registros próprios No caso de se dar entre pessoas físicas, a comercialização
(art. 2º, parágrafo único). somente será efetivada mediante autorização do Sinarm9
(art. 4º, § 5º).
Do Registro O certificado de Registro de Arma de Fogo tem valida-
de em todo o território nacional e é expedido pela Polícia
Com relação ao registro, o Estatuto prevê que é obriga- Federal após a obtenção da autorização do Sinarm10. Este
tório que se proceda ao registro de arma de fogo no órgão certificado autoriza o seu proprietário a manter a arma
competente3. As armas de fogo de uso restrito serão regis- de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou
tradas no Comando do Exército4 (art. 3º e parágrafo único). domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local
Legislação Especial
O STF já se posicionou que mesmo no caso de o indivíduo de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável
possuir autorização para portar arma de fogo em decor-
5
Assunto cobrado na prova: UESPI/PC-PI/Escrivão de Polícia Civil/2014.
6
Assunto cobrado na prova: Cespe/STF/Técnico Judiciário/Segurança Judiciá-
1
Movens/PC-PA/Escrivão de Polícia Civil/2009. ria/2013.
2
FCC/TRT 1ª Região (RJ)/Técnico Judiciário/Segurança/2011. 7
Assunto cobrado na prova: UESPI/PC-PI/Escrivão de Polícia Civil/2014.
3
Assunto cobrado nas seguintes provas: UESPI/PC-PI/Escrivão de Polícia Ci- 8
Assunto cobrado na prova: EJEF/TJ-MG/Juiz/2006.
vil/2014; Movens/PC-PA/Investigador/2009. 9
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Polícia Federal/Agente Admi-
4
Assunto cobrado nas seguintes provas: Movens/PC-PA/Escrivão de Polícia Ci- nistrativo/2014; Cespe/STF/Técnico Judiciário/Segurança Judiciária/2013.
vil/2009; Fepese/DPE-SC/Analista Técnico/2013; FCC/TRF 4ª Região/Técnico 10
Assunto cobrado na prova: Fundação Sousândrade/Emap/Guarda Portuá-
Judiciário/Segurança e Transporte/2014. rio/2012.
TJ-MG/Juiz/2006; FCC/TRF 4ª Região/Técnico Judiciário/Segurança e Trans- será autorizado, na forma prevista no regulamento dessa
porte/2014. Lei, o porte de arma de fogo na categoria “caçador”20, de
12
Assunto cobrado na prova: FCC/TRF 4ª Região/Técnico Judiciário/Segurança
e Transporte/2014.
uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou
13
Assunto cobrado na prova: FCC/TRF 4ª Região/Técnico Judiciário/Segurança 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a
e Transporte/2014. 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva
14
Assunto cobrado na prova: FCC/TRF 4ª Região/Técnico Judiciário/Segurança
e Transporte/2014.
necessidade em requerimento e que anexe o documento de
15
Assunto cobrado na prova: Movens/PC-PA/Investigador/2009.
16
Assunto cobrado na prova: Cesgranrio/Bacen/Técnico do Banco Central/Área 18
Cespe/STF/Técnico Judiciário/Segurança Judiciária/2013.
2/2010. 19
Assunto cobrado na prova: Cespe/Polícia Federal/Agente Administrativo/2014.
17
Assunto cobrado na prova: Movens/PC-PA/Escrivão de Polícia Civil/2009. 20
Ejef/TJ-MG/Juiz/2006.
30
Assunto cobrado nas seguintes provas: Fumarc/PM-MG/Oficial da Polícia quer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou
Militar/2011; UFPR/DPE-PR/Defensor Público/2014. adulterado, praticada após 23/10/2005, pois, em relação
31
Assunto cobrado nas seguintes provas: Fumarc/PM-MG/Oficial da Polícia
Militar/2011; Cespe/Polícia Federal/Agente da Polícia Federal/2012; PC-SP/
Delegado de Polícia/2011; Cespe/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2013; IBFC/PC-RJ/ 36
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Polícia Federal/Agente Admi-
Oficial de Cartório/2013; Cespe/PM-CE/Oficial da Polícia Militar/2014. nistrativo/2014; TJ-PR/Assessor Jurídico/2012.
32
Assunto cobrado nas seguintes provas: Movens/PC-PA/Investigador/2009; 37
Assunto cobrado na prova: Vunesp/PC-CE/Delegado de Polícia Civil de 1a
Cespe/PC-DF/Escrivão de Polícia/2013; MPE-SP/Promotor de Justiça/2006; Classe/2015.
PC-SP/Delegado de Polícia/2011; TJ-PR/Assessor Jurídico/2012. 38
Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/MPE-RS/Secretário de Diligên-
33
Assunto cobrado na prova: IBFC/PC-RJ/Oficial de Cartório/2013. cias/2010; Vunesp/PC-CE/Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe/2015.
34
Assunto cobrado na prova: Cespe/PC-AL/Agente de Polícia/2012. 39
Assunto cobrado na prova: IBFC/PC-RJ/Oficial de Cartório/2013.
35
COMVEST/UEPB/PM-PB/Soldado da Polícia Militar/2008. 40
Officium/TJ-RS/Juiz/2012.
em entidades desportivas46 (art. 20). reservado trimestral a ser encaminhado àquelas instituições,
abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse (art. 25,
41
Vunesp/PC-CE/Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe/2015.
42
Assunto cobrado nas seguintes provas: PC-SP/Delegado de Polícia/2011; TJ-PR/ § 1º). A relação das armas a serem doadas será enviada pelo
Assessor Jurídico/2012. Comando do Exército ao juiz competente, que determinará
43
Assunto cobrado nas seguintes provas: MPE-SP/Promotor de Justiça/2006; o perdimento em favor da instituição beneficiada (art. 25, §
PC-SP/Delegado de Polícia/2011; TJ-PR/Assessor Jurídico/2012.
44
FCC/TRF 4ª Região/Técnico Judiciário/Segurança e Transporte/2014.
45
Assunto cobrado na prova: Cespe/TJ-RO/Analista Judiciário/Oficial de Justi- 47
Assunto cobrado nas seguintes provas: IBFC/PC-RJ/Oficial de Cartório/2013;
ça/2012. UFPR/DPE-PR/Defensor Público/2014.
46
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/MPE-PI/Promotor de Justi- 48
Assunto cobrado na prova: FCC/TRT 1ª Região (RJ)/Técnico Judiciário/ Segu-
ça/2012; Cespe/DPE-RR/Defensor Público/2013. rança/2011; PC-SP/Delegado de Polícia/2011.
dimento aos requisitos do art. 4º da Lei nº 10.826, de 2003; Art. 8º As empresas autorizadas a comercializar armas de
II – as armas de fogo das empresas de segurança privada fogo encaminharão à Polícia Federal, quarenta e oito horas
e de transporte de valores; e após a efetivação da venda, os dados que identifiquem a
III – as armas de fogo de uso permitido dos integrantes arma e o comprador.
dos órgãos, instituições e corporações mencionados no inciso Art. 9º Os dados do SINARM e do SIGMA serão interliga-
II do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003. dos e compartilhados no prazo máximo de um ano.
§ 3º A apreensão das armas de fogo a que se refere o in- Parágrafo único. Os Ministros da Justiça e da Defesa es-
ciso II do §1º deste artigo deverá ser imediatamente comuni- tabelecerão no prazo máximo de um ano os níveis de acesso
cada à Policia Federal, pela autoridade competente, podendo aos cadastros mencionados no caput.
III – habilidade do uso da arma de fogo demonstrada, deverá ser comprovado, periodicamente, a cada duas re-
pelo interessado, em estande de tiro credenciado pelo Co- novações, junto à Polícia Federal. (Incluído pelo Decreto nº
mando do Exército. 8.935, de 2016)
§ 4º Após a apresentação dos documentos referidos nos § 3º (Revogado pelo Decreto nº 6.715, de 2008)
incisos III a VII do caput, havendo manifestação favorável § 4º O disposto nos § 2º e § 2º-A não se aplica, para a aqui-
do órgão competente mencionada no §1º, será expedida, sição e a renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo,
pelo SINARM, no prazo máximo de trinta dias, em nome aos integrantes dos órgãos, das instituições e das corporações,
do interessado, a autorização para a aquisição da arma de mencionados nos incisos I e II do caput do art. 6º da Lei nº
fogo indicada. 10.826, de 2003. (Redação dada pelo Decreto nº 8.935, de 2016)
10
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12
Art. 37. Os integrantes das Forças Armadas e os servido- III – conceder Porte de Arma de Fogo;
res dos órgãos, instituições e corporações mencionados nos IV – fiscalizar os cursos mencionados no inciso II; e
incisos II, V, VI e VII do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de V – fiscalizar e controlar o armamento e a munição uti-
2003, transferidos para a reserva remunerada ou aposenta- lizados.
dos, para conservarem a autorização de porte de arma de Parágrafo único. As competências previstas nos inci-
fogo de sua propriedade deverão submeter-se, a cada cinco sos I e II deste artigo não serão objeto de convênio.
anos, aos testes de avaliação psicológica a que faz menção Art. 41. Compete ao Comando do Exército autorizar a
o inciso III do caput do art. 4º da Lei nº 10.826, de 2003. aquisição de armas de fogo e de munições para as Guardas
(Redação dada pelo Decreto nº 8.935, de 2016) Municipais.
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vadas pelos prestadores de serviços de transporte aéreo de serão por este controladas.
passageiros, para controlar o embarque de passageiros ar- Art. 54. A importação de armas de fogo, munições e aces-
mados e fiscalizar o seu cumprimento; sórios de uso permitido e demais produtos controlados está
II – regulamentar as situações excepcionais do interes- sujeita, no que couber, às condições estabelecidas nos arts.
se da ordem pública, que exijam de policiais federais, civis 51 e 52 deste Decreto.
e militares, integrantes das Forças Armadas e agentes do Art. 55. A Secretaria da Receita Federal e o Comando do
Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Ins- Exército fornecerão à Polícia Federal, as informações relativas
titucional da Presidência da República, o Porte de Arma de às importações de que trata o art. 54 e que devam constar
Fogo a bordo de aeronaves; e do cadastro de armas do SINARM.
14
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6.715, de 2008)
cabíveis. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008)
§ 4º O transporte da arma de fogo sem a guia de trânsito
Art. 67-A. Serão cassadas as autorizações de posse e de
ou o transporte com a guia, mas sem a observância do que
porte de arma de fogo do titular a quem seja imputada a nela estiver estipulado, poderá sujeitar o infrator às sanções
prática de crime doloso. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de penais cabíveis. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008)
2008) Art. 70-A. Para o registro da arma de fogo de uso per-
§ 1º Nos casos previstos no caput, o proprietário deverá mitido ainda não registrada de que trata o art. 30 da Lei nº
entregar a arma de fogo à Polícia Federal, mediante indeniza- 10.826, de 2003, deverão ser apresentados pelo requerente
ção na forma do art. 68, ou providenciar sua transferência no os documentos previstos no art. 70-C e original e cópia, ou
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§ 6º Nos requerimentos de registro ou de renovação de marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por qual-
Certificado de Registro de Arma de Fogo em que se constate quer meio, faça, promova ou facilite o transporte de arma
a existência de cadastro anterior em nome de terceiro, será ou munição sem a devida autorização ou com inobservância
feita no SINARM a transferência da arma para o novo pro- das normas de segurança; e
prietário. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008) b) à empresa de produção ou comércio de armamentos,
§ 7º Nos requerimentos de registro ou de renovação de na reincidência da hipótese mencionada no inciso I, alínea
Certificado de Registro de Arma de Fogo em que se constate “b”; e
a existência de cadastro anterior em nome de terceiro e a III – R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), sem prejuízo
ocorrência de furto, roubo, apreensão ou extravio, será feita das sanções penais cabíveis, na hipótese de reincidência da
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grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente59, PC-SP/Escrivão de Polícia Civil/2010; Funcab/PC-RO/Agente de Polícia/2009;
PC-SP/Delegado de Polícia/2011.
e homicídio qualificado60 (art. 121, § 2º, I, II, III, IV, V, VI e VII); 68
Assunto cobrado na prova: IBFC/PC-RJ/Papiloscopista Policial de 3ª Classe/2014.
69
Assunto cobrado nas seguintes provas: CAIP-IMES/Câmara Municipal de São
58
Assunto cobrado nas seguintes provas: Copese/UFT/DPE-TO/Analista em Gestão Caetano do Sul-SP/Procurador/2012; PC-SP/Escrivão de Polícia Civil/2010; PC-
Especializado/Ciências Jurídicas/2012; MPE-RS/Assessor/2011; Funcab/PM-GO/ -SP/Delegado de Polícia/2011.
Soldado da Polícia Militar/2010; Cespe/CBM-DF/Advogado/2007. 70
Assunto cobrado nas seguintes provas: Vunesp/PC-CE/Delegado de Polícia
59
Assunto cobrado nas seguintes provas: FGV/Susam/Advogado/2014; IBFC/MPE-SP/ Civil de 1ª Classe/2015; Cespe/CNJ/Analista Judiciário/Área Judiciária/2013;
Analista de Promotoria I/2013; Instituto Cidades/DPE-GO/Defensor Público/2010; MPE-PR/Promotor de Justiça/2008.
TJ-SC/Juiz/2010; Cespe/TJ-DF/Analista Judiciário/Área Judiciária/2008. 71
Assunto cobrado nas seguintes provas: UEG/PM-GO/Cadete da Polícia Mili-
60
Assunto cobrado nas seguintes provas: IBFC/PC-RJ/Papiloscopista Policial de tar/2013; MPE-PR/Promotor de Justiça/2008; Cespe/TJ-RR/Analista Judiciário/
3ª Classe/2014; Cespe/PRF/Policial Rodoviário Federal/2013; Vunesp/DPE-MS/ Área Judiciária/2006.
18
Juiz Federal/2013; FAURGS/TJ-RS/Analista Judiciário/2012; MPE-RS/Assessor/ Judiciário/Área Judiciária/2011; Instituto Cidades/DPE-GO/Defensor Público/2010;
Direito/2011; FCC/MPE-RS/Secretário de Diligências/2010; Cespe/MPU/Técnico Funcab/PM-GO/Soldado da Polícia Militar/2010; Cespe/OAB/Exame de Or-
de Apoio Especializado/Segurança/2010; Cespe/MPU/Técnico de Apoio Especia- dem/2009; Movens/PC-PA/Delegado de Polícia/2009; TJ-SC/Juiz/2009; Cespe/
lizado/Transporte/2010; TJ-SC/Técnico Judiciário/Auxiliar/2010; Funcab/PM-GO/ OAB-SP/Exame de Ordem/2008; Cespe/IPAJM/Advogado/2006.
Soldado da Polícia Militar/2010; Cespe/Polícia Federal/Escrivão da Polícia Federal/
82
Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/TJ-CE/Juiz/2014; FGV/AL-MT/Pro-
Regional/2004; Cespe/PC-RN/Escrivão de Polícia Civil/2009. curador/2013; Cespe/DPE-DF/Defensor Público/2013; Cespe/TJ-ES/Analista
74
Assunto cobrado na prova: Fumarc/Cemig-Telecom/Advogado Júnior/2010. Judiciário/Área Judiciária/2011.
75
Assunto cobrado nas seguintes provas: Instituto Cidades/DPE-GO/Defensor
83
Cespe/TJ-CE/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2014; Cespe/TCE-BA/
Público/2010; Cespe/Sejus-ES/Agente Penitenciário/2009; Vunesp/DPE-MS/ Procurador/2010.
Defensor Público/2008; Cespe/Polícia Federal/Escrivão da Polícia Federal/Na- 84
Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/MPE-RS/Secretário de Diligên-
cional/2004; Cespe/Polícia Federal/Agente Federal da Polícia Federal/2000. cias/2010; Vunesp/MPE-SP/Analista de Promotoria I/2010; Cespe/OAB-SP/
76
Assunto cobrado na prova: TJ-SC/Juiz/2009. Exame de Ordem/2008.
19
DPE/SP/Defensor Público/2006.
95
TJ/SC/Juiz/2010.
85
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TJ-CE/Analista Judiciário/Exe- 96
Assunto cobrado nas seguintes provas: IOBV/PM/SC/Soldado da Polícia Mi-
cução de Mandados/2014; MPE-RS/Assessor/2011; FCC/TJ-PE/Juiz/2011. litar/2013; Vunesp/Sejus/ES/Agente Penitenciário/2013; Instituto Cidades/
86
Assunto cobrado nas seguintes provas: IBFC/MPE-SP/Analista de Promotoria DPE-AM/Defensor Público/2011; Cespe/MPU/Técnico de Apoio Especializado/
I/2013; FCC/MPE-RS/Secretário de Diligências/2010; Vunesp/MPE-SP/Analista Transporte/2010; Funiversa/PC/DF/Agente de Polícia/2009; Funrio/Depen/
de Promotoria I/2010; Cespe/OAB-SP/Exame de Ordem/2008; Cespe/TJ-RR/ Agente Penitenciário/2009; FGV/PCRJ/Oficial de Cartório/2008; Cespe/Polícia
Analista Judiciário/Área Judiciária/2006. Federal/Agente Federal da Polícia Federal/Nacional/2004.
87
Assunto cobrado nas seguintes provas: Vunesp/PC-SP/Investigador de Polí- 97
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/PC/DF/Agente de Polícia/2013;
cia/2014; FCC/MPE-RS/Secretário de Diligências/2010; Cespe/PC-RN/Escrivão Cespe/Depen/Agente Penitenciário/2013; Vunesp/Sejus/ES/ Agente Peniten-
de Polícia Civil/2009. ciário/2013; Copese/UFT/DPE/TO/Analista em Gestão Especializado/Ciências
88
Cespe/DPE-BA/Defensor Público/2010. Jurídicas/2012; FCC/DPE/SP/Defensor Público/2006.
20
103
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TJ/CE/Analista Judiciário/Execu- Polícia/2009; Cespe/PC/PB/Delegado de Polícia/2009; Funrio/Depen/Agente
ção de Mandados/2014; Instituto Cidades/DPE/AM/Defensor Público/2011; Penitenciário/2009; FGV/PC/RJ/Oficial de Cartório/2008; Cespe/MPE/RR/
Cespe/PC/PB/Delegado de Polícia/2009; Funrio/Depen/Agente Penitenciá- Promotor de Justiça/2008; Cespe/Polícia Federal/Escrivão da Polícia Federal/
rio/2009. Regional/2004.
104
FCC/DPE/PB/Defensor Público/2014; FCC/MPE/PE/Promotor de Justiça/2014; 113
Assunto cobrado nas seguintes provas: Vunesp/PC/CE/Delegado de Polícia
FCC/DPE/SP/Defensor Público/2006. Civil de 1ª Classe/2015; Cespe/MPE/AC/2014; TJ/SC/Juiz/2013; Cespe/TJ/RO/
105
Assunto cobrado nas seguintes provas: FGV/OAB/Exame de Ordem Unificado Analista/Processual/2012; Funcab/PM/GO/Soldado da Polícia Militar/2010;
III/2011; Cespe/PM/DF/Aspirante/Quadro de Praças Especiais/2010; Cespe/ Upnet/2010/Seres/PE/Agente Penitenciário; Vunesp/MPE/SP/Promotor de
PC/PB/Agente de Investigação e Agente de Polícia/2009. Justiça/2008.
106
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TJ/DF/Juiz de Direito Substitu- 114
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/PG/DF/Procurador/2013; Ces-
to/2014; IBFC/SEDS/MG/Agente de Segurança Socioeducativo/2014; Funcab/ pe/Polícia Federal/Agente da Polícia Federal/2012; Cespe/PC/PB/Agente de
PC/MT/Investigador/Escrivão de Polícia/2014; Cespe/TJ/AC/Técnico Judiciário/ Investigação e Agente de Polícia/2009.
21
22
23
Cumpre ressaltar que as atividades de prevenção do correr neste tópico, frise-se que poderão ser aplicadas isola-
uso indevido de drogas dirigidas à criança e ao adolescente da ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer
deverão estar em consonância com as diretrizes emanadas tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor140 (art. 27).
pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Ado-
lescente – Conanda136 (art. 19, parágrafo único). 137
Assunto cobrado na prova: Copese/UFT/DPE-TO/Analista Jurídico/Defensoria
Pública/2012.
138
Assunto cobrado na prova: Copese/UFT/DPE-TO/Analista Jurídico/Defensoria
135
Assunto cobrado na prova: Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia Civil/2012. Pública/2012.
136
Assunto cobrado na prova: Copese/UFT/DPE-TO/Analista Jurídico/Defensoria 139
Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia Civil/2012.
Pública/2012. 140
Assunto cobrado na prova: FCC/SJCDH-BA/Agente Penitenciário/2010.
24
25
colheita, sem autorização ou em desacordo com determi- Cespe/MPU/Analista Processual/2010; MPE-MT/Promotor de Justiça/2012.
nação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam
163
Cespe/PC-AL/Escrivão de Polícia/2012.
164
Cespe/TJ-CE/Oficial de Justiça/2008.
165
Cespe/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros/2014; Cespe/TJ-SE/
154
Assunto cobrado nas seguintes provas: Funrio/PRF/Policial Rodoviário Fede- Titular de Serviços de Notas e de Registros/2014; MPE-PR/Promotor de Jus-
ral/2009; Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia Civil/2012. tiça/2011.
155
Cespe/Polícia Federal/Escrivão da Polícia Federal/2013. 166
Assunto cobrado nas seguintes provas: UFG/DPE-GO/Defensor Público/2014;
156
Assunto cobrado na prova: Acafe/PC-SC/Delegado de Polícia/2014. Cespe/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros/2014; Cespe/DPE-ES/
157
Assunto cobrado na prova: Acafe/PC-SC/Delegado de Polícia/2014. Defensor Público/2012; FCC/DPE-SP/Defensor Público/2012.
158
Assunto cobrado nas seguintes provas: FGV/Senado Federal/Advogado/2008; 167
Assunto cobrado nas seguintes provas: IBFC/PC-RJ/Papiloscopista Policial de 3ª
Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia Civil/2012. Classe/2014; Vunesp/DPE-MS/Defensor Público/2014; FCC/MPE-PA/Promotor
159
Assunto cobrado na prova: FCC/DPE-PB/Defensor Público/2014. de Justiça/2014; Officium/TJ-RS/Juiz/2012.
26
Induzir, instigar, ou auxiliar ao uso indevido de droga Já a conduta de associarem-se duas ou mais pessoas
para o fim de praticar178, reiteradamente ou não, qualquer
Dando continuidade aos crimes na atual lei de drogas, dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei
existe também tipificada a conduta de induzir, instigar ou traz previsão de pena de reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos,
auxiliar alguém ao uso indevido de droga, com pena de de- e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos)
tenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a dias-multa. Incorrerá nas mesmas penas quem se associa
300 (trezentos) dias-multa (art. 33, § 2º). Destaca-se aqui a para a prática reiterada de financiar ou custear a prática de
Adin 4.274-2, que deu interpretação conforme a Constitui- qualquer crime previsto nos art. 33, caput, e § 1º e art. 34
ção, para excluir aqui qualquer significado que vise proibir da Lei de Drogas (art. 35 e parágrafo único). Anote-se que é
manifestações de debates públicos sobre a descriminalização pacífico na jurisprudência que o crime de associação para
ou legalização de drogas. o tráfico não é equiparado aos crimes hediondos. (Jurispru-
dência do STJ/HC nº 123.945/RJ, Rel. Ministro Jorge Mussi,
Quinta Turma, julgado em 6/9/2011, DJe 4/10/2011). Tem-se,
Tráfico privilegiado
ainda, que para a materialidade do crime de tráfico ilícito
de entorpecentes pressupõe-se a apreensão da droga, to-
Também é típica conduta de oferecer droga, eventu- davia, o mesmo não ocorre para o crime de associação para
almente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu rela- o tráfico, cuja materialidade pode advir de outros meios
cionamento, para juntos a consumirem172, com pena de de prova179.
detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento Destacamos aqui que exige-se o dolo de se associar com
de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, permanência e estabilidade para a caracterização do cri-
sem prejuízo das penas de advertência sobre os efeitos das me de associação para o tráfico, previsto no art. 35 da Lei
drogas, prestação de serviços à comunidade e medida edu- nº 11.343/2006. Dessa forma, é atípica a conduta se não
cativa de comparecimento a programa ou curso educativo173 houver ânimo associativo permanente (duradouro), mas
(art. 33, § 3º). Este tipo penal não estabelece distinção en- apenas esporádico (eventual)180. (Jurisprudência noticiada
no Informativo nº 509 do STJ/HC 139.942-SP, Rel. Min. Maria
168
Assunto tratado na prova: FCC/MPE-PA/Promotor de Justiça/2014. Thereza de Assis Moura, julgado em 19/11/2012)
169
Assunto cobrado na prova: FCC/MPE-SE/Analista do Ministério Público/2009.
Legislação Especial
170
Assunto cobrado nas seguintes provas: Ieses/TJ-MS/Titular de Serviços de
Notas e de Registros/2014; FCC/MPE-PA/Promotor de Justiça/2014. 174
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Polícia Federal/Delegado de
171
Assunto cobrado na prova: Vunesp/TJ-RJ/Juiz/2013; Cespe/DPE-DF/Defensor Polícia/2013; UESPI/PC-PI/Delegado de Polícia/2009.
Público/2013. 175
MPE-MS/Promotor de Justiça/2013.
172
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/STF/Analista Judiciário/Área 176
Assunto cobrado na prova: Cespe/TJ-AC/Juiz/2012.
Judiciária/2013; Cespe/PC-DF/Agente de Polícia/2013; UEPA/PC-PA/Delegado 177
Assunto cobrado na prova: Vunesp/DPE-MS/Defensor Público/2014.
de Polícia/2013; Cespe/TJ-AC/Técnico Judiciário/Área Judiciária/2012; Cespe/ 178
Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/DPE-PB/Defensor Público/2014;
OAB/2009; Vunesp/TJ-MT/Juiz/2009; UESPI/Delegado de Polícia/2009. FCC/TJ-AP/Juiz/2014; FGV/Senado Federal/Advogado/2008; MPE-SP/Promotor
173
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/PC-DF/Escrivão de Polícia/2013; de Justiça/2010; UESPI/PC-PI/Delegado de Polícia/2009; FCC/TJ-PE/Juiz/2011;
Vunesp/TJ-RJ/Juiz/2013; FGV/Senado Federal/Advogado/2008; Vunesp/DPE- FCC/DPE-RS/Defensor Público/2011.
-MS/Defensor Público2008; Cespe/OAB/2010; Cespe/MPE-ES/Promotor de 179
Cespe/PC-AL/Delegado de Polícia/2012.
Justiça/2010. 180
Cespe/TJ-RR/Titular de Serviços de Notas e de Registros/2013.
27
A conduta de colaborar, como informante, com grupo, Prescrever ou ministrar, culposamente191, drogas, sem
organização ou associação destinados à prática de qualquer que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses exces-
dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta sivas ou em desacordo com determinação legal ou regula-
Lei182, tem como previsão de pena a reclusão, de 2 (dois) a 6 mentar é a conduta que tem como pena prevista a deten-
(seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecen- ção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50
tos) dias-multa (art. 37). Sobre este crime, o STJ entende que (cinquenta) a 200 (duzentos) dias-multa192. Neste delito,
o tipo penal trazido no art. 37 da Lei de Drogas se reveste de o juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da
verdadeiro caráter de subsidiariedade, só ficando preenchi- categoria profissional a que pertença o agente193 (art. 38
da a tipicidade quando não se comprovar a prática de crime e parágrafo único).
mais grave. De fato, cuidando-se de agente que participa
do próprio delito de tráfico ou de associação, a conduta Conduzir embarcação ou aeronave após consumo de
de colaborar com informações para o tráfico já é inerente drogas
aos mencionados tipos. Considerar que o informante possa
ser punido duplamente, pela associação e pela colabora- O ilícito de conduzir embarcação ou aeronave após o
ção com a própria associação da qual faz parte, além de
consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolu-
contrariar o princípio da subsidiariedade, revela indevido
midade de outrem194 tem como pena prevista a detenção,
bis in idem. (Jurisprudência noticiada no Informativo nº 527
de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do
do STJ – HC 224.849/RJ, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze,
veículo, cassação da habilitação respectiva ou proibição
Quinta Turma, julgado em 11/6/2013, DJe 19/6/2013)
de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de li-
As penas para os delitos até aqui previstos são aumen-
berdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400
tadas de 1 (um) sexto a 2 (dois) terços183, se a natureza, a
procedência da substância ou do produto apreendido e as (quatrocentos) dias-multa195. As penas de prisão e multa
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade previstas aplicadas cumulativamente com as demais, serão
do delito184; se o agente praticar o crime prevalecendo-se de de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600
função pública ou no desempenho de missão de educação, (seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no caput deste
poder familiar, guarda ou vigilância185; se a infração tiver artigo for de transporte coletivo de passageiros (art. 39 e
sido cometida nas dependências ou imediações de estabe- parágrafo único).
lecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes
de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, es- Delação premiada
portivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo,
de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de A lei prevê que, se o indiciado ou acusado que colabora
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependen- voluntariamente com a investigação policial e o processo
tes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes
ou policiais ou em transportes públicos186; se o crime tiver do crime e na recuperação total ou parcial do produto do
sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de crime, no caso de condenação, ele terá a pena reduzida de
arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa um terço a dois terços196 (art. 41).
ou coletiva187; caracterizado o tráfico entre Estados da Fe-
deração ou entre estes e o Distrito Federal188; se sua prática Circunstâncias preponderantes
envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem
tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a ca- Na Lei nº 11.343/2006, o legislador elegeu como cir-
pacidade de entendimento e determinação e, por fim, se o cunstâncias preponderantes para fixação da pena, dentre
agente financiar ou custear a prática do crime189 (art. 40). aquelas prevista no art. 59 do CP, a natureza e a quantidade
da substância ou do produto, a personalidade e a conduta
181
UEPA/PC-PA/Delegado de Polícia/2013.
182
Assunto cobrado nas seguintes provas: Vunesp/DPE-MS/Defensor Públi-
co/2014; Funcab/PC-ES/Delegado de Polícia/2013; FCC/DPE-SP/Defensor 190
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/MPE-RO/Promotor de Justi-
Público/2012; Cespe/Polícia Federal/Agente Federal da Polícia Federal/2009; ça/2013; Cespe/TJ-RR/Titular de Serviços de Notas e de Registros/2013; UEG/
TRF 4ª Região/Juiz Federal/2009; Movens/PC-PA/Investigador/2009. PC-GO/Delegado de Polícia/2013.
183
Assunto cobrado na prova: Vunesp/DPE-MS/Defensor Público/2014. 191
Assunto cobrado na prova: TJ-SC/Juiz/2009; FCC/DPE-RS/Defensor Públi-
184
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TJ-SE/Titular de Serviços de co/2011.
Legislação Especial
28
200
Assunto cobrado na prova: TRF 4ª Região/TRF 4ª Região/Juiz Federal/2009;
FGV/PC-AP/Delegado de Polícia/2010.
201
Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/MPE-AP/Promotor de Justiça/2012; 203
Assunto cobrado na prova: Cespe/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de
Cespe/OAB-SP/2008. Registros/2014.
202
Jurisprudência do STF – HC nº 97256, Relator(a): Min. Ayres Britto, Tribunal 204
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TJ-RR/Titular de Serviços de
Pleno, julgado em 1/9/2010, DJe-247, divulg. 15/2/2010, public. 16/2/2010, Notas e de Registros/2013; FCC/MPE-AL/Promotor de Justiça/2012; FCC/
ement vol-02452-01, pp-00113 RTJ vol-00220, pp-00402 RT v. 100, nº 909, MPE-AP/Promotor de Justiça/2012; Cespe/OAB-SP/2008; Cespe/Polícia Fe-
2011, p. 279-333). Assunto cobrado na prova: FCC/DPE-PB/Defensor Públi- deral/Agente/2009; Movens/PC-PA/Delegado de Polícia/2009; Cespe/DPF/
co/2014; Ieses/TJ-MS/Titular de Serviços de Notas e de Registros/2014; Cespe/ Agente/2009.
MPE-RO/Promotor de Justiça/2013; Cespe/TJ-RR/Titular de Serviços de Notas 205
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2009;
e de Registros/2013; MPE-SC/Promotor de Justiça/2013; MPE-MT/Promotor FCC/MPE-RS/Secretário de Diligências/2010.
de Justiça/2012. 206
Assunto cobrado na prova: Vunesp/TJ-RJ/Juiz/2013; FCC/TJ-PE/Juiz/2011.
29
cia/2009; FCC/MPE-SE/Analista/2010.
208
Assunto cobrado nas seguintes provas: UEPA/PC-PA/Delegado de Polícia/2013; 212
Assunto cobrado na prova: Acafe/PC-SC/Delegado de Polícia/2014.
Fumarc/TJ-MG/Titular de Serviços de Notas e de Registros/2012; Cespe/DPE- 213
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/PC-AL/Delegado de Polícia/2012;
-ES/Defensor Público/2009; Cespe/PC-PB/Delegado de Polícia/2009; Cespe/ Fumarc/TJ-MG/Titular de Serviços de Notas e de Registros/2012; Cespe/TJ-AL/
PC-ES/Delegado de Polícia/2011; FCC/MPE-SE/Analista/2010; FCC/MPE-SE/ Juiz/2008; FCC/MPE-SE/Analista do Ministério Público/2009; Cespe/PC-PB/
Analista/2010. Agente de Investigação e Agente de Polícia/2009; Cespe/PC-PB/Delegado
209
Assunto cobrado na prova: FCC/MPE-SE/Analista/2010 de Polícia/2009; TJ-PR/Juiz/2010; Funcab/PC-RO/Delegado de Polícia/2009;
210
Assunto cobrado na prova: Cespe/PC-PB/Agente de Investigação e Agente de Funcab/PC-RO/Escrivão de Polícia Civil/2009; Movens/PC-PA/Delegado de
Polícia/2009. Polícia/2009; Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/Civil/2012.
211
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TJ-AL/Juiz/2008; Cespe/PC-PB/ 214
Assunto cobrado na prova: Cespe/PC-PB/Delegado de Polícia/2009.
Agente de Investigação e Agente de Polícia/2009; Cespe/PC-PB/Delegado de 215
Assunto cobrado nas seguintes provas: FGV/PC-AP/Delegado de Polícia/2010;
Polícia/2009; Funcab/PC-RO/Delegado de Polícia/2009. Movens/PC-PA/Investigador/2009.
30
31
inteligência ou militares, envolvidos nas ações de preven- declarados perdidos em favor da União, indicando, quanto
ção ao uso indevido de drogas e operações de repressão à aos bens, o local em que se encontram e a entidade ou o
produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, ex- órgão em cujo poder estejam, para os fins de sua destinação
nos termos da legislação vigente (art. 63, § 4º).
225
Assunto cobrado na prova: PC-SP/PC-SP/Delegado de Polícia/2011. Por intermédio do Senad, a União poderá firmar con-
226
Assunto cobrado nas seguintes provas: Acafe/PC-SC/Delegado de Polícia/2014; vênio com os Estados, com o Distrito Federal e com or-
FMP-RS/MPE-MT/Promotor de Justiça/2008; PC-SP/PC-SP/Delegado de Polí- ganismos orientados para a prevenção do uso indevido
cia/2011.
227
Assunto cobrado na prova: Acafe/PC-SC/Delegado de Polícia/2014. de drogas, a atenção e a reinserção social de usuários ou
32
No caso de falência ou liquidação extrajudicial de em- Estados e o com o Distrito Federal, visando à prevenção e
presas ou estabelecimentos hospitalares, de pesquisa, de repressão do tráfico ilícito e do uso indevido de drogas, e
ensino, ou congêneres, assim como nos serviços de saúde com os Municípios, com o objetivo de prevenir o uso inde-
que produzirem, venderem, adquirirem, consumirem, pres- vido delas e de possibilitar a atenção e reinserção social de
creverem ou fornecerem drogas ou de qualquer outro em usuários e dependentes de drogas (art. 73).
que existam essas substâncias ou produtos, incumbe ao juízo
perante o qual tramite o feito determinar, imediatamente à
228
Assunto cobrado na prova: FMP-RS/MPE-MT/Promotor de Justiça/2008.
229
FMP-RS/MPE-MT/Promotor de Justiça/2008.
ciência da falência ou liquidação, sejam lacradas suas insta- 230
Cespe/PC-AL/Delegado de Polícia/2012.
33
34
Dos Direitos do Preso A Lei nº 10.713/2003 alterou os artigos 41, inciso XVI
(supracitado) e 66, inciso X, ambos da LEP, introduzindo o
A expressão “direitos não atingidos pela sentença ou pela direito do preso a um atestado de pena a cumprir, o qual
lei” contida no caput do art. 3º da LEP é referente ao disposto deve ser emitido anualmente pela autoridade judiciária
nos artigos 41 e 43, também da LEP, vejamos: competente, sob pena de responsabilidade. O objetivo
deste atestado é impedir que os presos permaneçam em
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegu- cárcere por mais tempo que o necessário. Vejamos o art.
rados todos os direitos não atingidos pela sentença 66, inciso X, da LEP:
ou pela lei.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
natureza racial, social, religiosa ou política. [...]
[...] X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir.
Art. 41. Constituem direitos do preso: (Incluído pela Lei nº 10.713, de 2003)
I – alimentação suficiente e vestuário;
II – atribuição de trabalho e sua remuneração; Acerca deste atestado, a Resolução nº 113, do CNJ, dis-
III – Previdência Social; põe:
IV – constituição de pecúlio;
V – proporcionalidade na distribuição do tempo para Art. 12. A emissão de atestado de pena a cumprir e
o trabalho, o descanso e a recreação; a respectiva entrega ao apenado, mediante recibo,
VI – exercício das atividades profissionais, intelec- deverão ocorrer:
tuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que I – no prazo de sessenta dias, a contar da data do
compatíveis com a execução da pena; início da execução da pena privativa de liberdade;
VII – assistência material, à saúde, jurídica, educacio- II – no prazo de sessenta dias, a contar da data do
nal, social e religiosa; reinício do cumprimento da pena privativa de liber-
VIII – proteção contra qualquer forma de sensacio- dade; e
nalismo; III – para o apenado que já esteja cumprindo pena
IX – entrevista pessoal e reservada com o advogado; privativa de liberdade, até o último dia útil do mês
X – visita do cônjuge, da companheira, de parentes de janeiro de cada ano.
e amigos em dias determinados; Art. 13. Deverão constar do atestado anual de
XI – chamamento nominal; cumprimento de pena, dentre outras informações
XII – igualdade de tratamento salvo quanto às exi- consideradas relevantes, as seguintes:
gências da individualização da pena; I – o montante da pena privativa de liberdade;
XIII – audiência especial com o diretor do estabele- II – o regime prisional de cumprimento da pena;
cimento; III – a data do início do cumprimento da pena e a
XIV – representação e petição a qualquer autoridade, data, em tese, do término do cumprimento integral
em defesa de direito; da pena; e
Legislação Especial
XV – contato com o mundo exterior por meio de IV – a data a partir da qual o apenado, em tese, po-
correspondência escrita, da leitura e de outros meios derá postular a progressão do regime prisional e o
de informação que não comprometam a moral e os livramento condicional.
bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anual- Do Dever do Estado
mente, sob pena da responsabilidade da autoridade
judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, O art. 4º da LEP prevê como dever do Estado, recorrer à
de 2003) cooperação da comunidade na execução da pena, vejamos:
35
ral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento Art. 3º O Juiz competente para a execução da pena
sujeito à jurisdição ordinária. ordenará a formação do Processo de Execução Penal
(PEP), a partir das peças referidas no artigo 1º.
A Resolução nº 113, do CNJ, regulamenta o assunto em § 1° Para cada réu condenado, formar-se-á um
seus seguintes artigos, vejamos: Processo de Execução Penal, individual e indivisível,
reunindo todas as condenações que lhe forem im-
postas, inclusive aquelas que vierem a ocorrer no
233
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Processuais Penais Comentadas. 5.
ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: RT, 2010. curso da execução.
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38
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40
41
42
43
O MP é obrigado a intervir como custus legis em toda É o órgão da execução da pena subordinado ao Ministério
a execução penal, devendo fiscalizar todo o procedimento da Justiça. Além disso, fornece apoio financeiro e administra-
aplicado. Pode, inclusive, formular pedidos em benefício do tivo ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
condenado.
Ainda, deve mensalmente, um membro do MP visitar Art. 71. O Departamento Penitenciário Nacional,
os estabelecimentos penais, registrando sua visita em livro subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão exe-
próprio. cutivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio
administrativo e financeiro do Conselho Nacional de
Art. 67. O Ministério Público fiscalizará a execução Política Criminal e Penitenciária.
da pena e da medida de segurança, oficiando no Art. 72. São atribuições do Departamento Peniten-
processo executivo e nos incidentes da execução. ciário Nacional:
Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público: I – acompanhar a fiel aplicação das normas de exe-
I – fiscalizar a regularidade formal das guias de reco- cução penal em todo o Território Nacional;
lhimento e de internamento; II – inspecionar e fiscalizar periodicamente os esta-
II – requerer: belecimentos e serviços penais;
a) todas as providências necessárias ao desenvolvi- III – assistir tecnicamente as Unidades Federativas na
Legislação Especial
44
45
46
semiaberto.
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compar- Das Penas Privativas de Liberdade
timento coletivo, observados os requisitos da letra a,
do parágrafo único, do artigo 88, desta Lei. Dos Regimes
Parágrafo único. São também requisitos básicos das
dependências coletivas: Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime
a) a seleção adequada dos presos; no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena
b) o limite de capacidade máxima que atenda os privativa de liberdade, observado o disposto no artigo
objetivos de individualização da pena. 33 e seus parágrafos do Código Penal.
47
emitido pelo diretor do presídio, nos termos do art.112 rupção da contagem do prazo para progressão do regime, po-
da LEP; se cometido após o dia 28/3/2007 deve cumprir rém não interrompe o prazo para a concessão do livramento
2/5 da pena imposta, se primário e 3/5, se reincidente. condicional, conforme prevê a Súmula 441 do STJ, vejamos:
Da Progressão para o Regime Semiaberto Súmula nº 441/STJ. Pena. Execução da pena. Livra-
mento condicional. Falta grave. Não interrupção do
Se o juiz deferir a progressão, determina que a Secretaria prazo. CP, arts. 83, II. A falta grave não interrompe
de Administração Penitenciária a cumpra. o prazo para obtenção de livramento condicional.
48
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ouvidos o Ministério Público e a defesa. (Incluído pela realizar estudos por conta própria, ou com simples
Lei nº 12.433, de 2011) acompanhamento pedagógico, logrando, com isso,
obter aprovação nos exames nacionais que certi-
Remição por Trabalho ou Estudo ficam a conclusão do ensino fundamental Exame
Nacional para Certificação de Competências de
Tanto o condenado em regime fechado, aberto ou semia- Jovens e Adultos (ENCCEJA) ou médio Exame Nacio-
berto fazem jus á remição. No regime fechado e semiaberto nal do Ensino Médio (ENEM), a fim de se dar plena
esta poderá ocorrer por trabalho ou estudo; no regime aber- aplicação ao disposto no § 5º do art. 126 da LEP (Lei
to somente por estudo. O abatimento da pena se dará da nº 7.210/1984), considerar, como base de cálculo
50
da comissão referida na alínea anterior, nos termos para a concessão do livramento condicional estão no art. 131
do art. 130 da Lei nº 7.210/1984, acerca da possi- da LEP, a seguir citado, e no art. 83 do Código Penal.
bilidade de constituir crime a conduta de atestar
falsamente pedido de remição de pena; Art. 131. O livramento condicional poderá ser conce-
h) a remição deverá ser aferida e declarada pelo juízo dido pelo Juiz da execução, presentes os requisitos
da execução penal competente, ouvidos o Ministério do artigo 83, incisos e parágrafo único, do Código
Público e a defesa; Penal, ouvidos o Ministério Público e Conselho Pe-
i) fazer com que o diretor do estabelecimento pe- nitenciário.
nal, estadual ou federal, encaminhe mensalmente [...]
51
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional ções referidas no artigo 132 desta Lei.
as obrigações seguintes: Art. 139. A observação cautelar e a proteção rea-
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se lizadas por serviço social penitenciário, Patronato
for apto para o trabalho; ou Conselho da Comunidade terão a finalidade de:
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação; I – fazer observar o cumprimento das condições
c) não mudar do território da comarca do Juízo da especificadas na sentença concessiva do benefício;
execução, sem prévia autorização deste. II – proteger o beneficiário, orientando-o na execução
§ 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicio- de suas obrigações e auxiliando-o na obtenção de
nal, entre outras obrigações, as seguintes: atividade laborativa.
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do condenado e, ouvido o Ministério Público, fixará IV – outras peças do processo reputadas indispen-
o número de prestações. sáveis ao adequado tratamento ou internamento.
§ 2º Se o condenado for impontual ou se melhorar § 1° Ao Ministério Público será dada ciência da guia
de situação econômica, o Juiz, de ofício ou a reque- de recolhimento e de sujeição a tratamento.
rimento do Ministério Público, revogará o benefício § 2° A guia será retificada sempre que sobrevier mo-
executando-se a multa, na forma prevista neste dificações quanto ao prazo de execução.
Capítulo, ou prosseguindo-se na execução já iniciada. Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da medida de
Art. 170. Quando a pena de multa for aplicada segurança, naquilo que couber, o disposto nos artigos
cumulativamente com pena privativa da liberdade, 8° e 9° desta Lei.
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56
Art. 187. Concedida a anistia, o Juiz, de ofício, a re- Recurso Contra Decisão da Execução Penal
querimento do interessado ou do Ministério Público,
por proposta da autoridade administrativa ou do Con- O único recurso cabível contra qualquer decisão do juiz
selho Penitenciário, declarará extinta a punibilidade. da execução é o Agravo, sem efeito suspensivo, previsto no
art.197 desta Lei, vejamos:
O indulto é uma forma de perdão soberano pelo Presi-
dente da República, nos termos do art. 84 da CF, por meio Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá
de Decreto, que pode se destinar a uma pessoa determi- recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
nada, sendo denominado indulto individual ou graça, ou a
uma coletividade, sendo denominado indulto coletivo. Não A Súmula nº 700 do STF trata deste tema, vejamos:
é aplicável a fatos.
SÚMULA Nº 700 – STF – É de cinco dias o prazo para
Art. 188. O indulto individual poderá ser provocado interposição de agravo contra decisão do juiz da
por petição do condenado, por iniciativa do Mi- execução penal.
nistério Público, do Conselho Penitenciário, ou da
autoridade administrativa. Possui, no entanto, efeito regressivo ou juízo de retrata-
Art. 189. A petição do indulto, acompanhada dos ção, quando o processo retorna ao juiz para que este ratifique
documentos que a instruírem, será entregue ao Con-
ou retifique a sua decisão. A Resolução nº 113 do CNJ trata
selho Penitenciário, para a elaboração de parecer e
deste assunto em seu art. 7º, vejamos:
posterior encaminhamento ao Ministério da Justiça.
Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos
Art. 7º Modificada a competência do juízo da execu-
do processo e do prontuário, promoverá as diligên-
ção, os autos serão remetidos ao juízo competente,
cias que entender necessárias e fará, em relatório,
excetuada a hipótese de agravo interposto e em
a narração do ilícito penal e dos fundamentos da
processamento, caso em que a remessa dar-se-á após
sentença condenatória, a exposição dos anteceden-
eventual juízo de retratação.
tes do condenado e do procedimento deste depois
da prisão, emitindo seu parecer sobre o mérito do
pedido e esclarecendo qualquer formalidade ou Das Disposições Finais e Transitórias
circunstâncias omitidas na petição.
Art. 191. Processada no Ministério da Justiça com Art. 198. É defesa ao integrante dos órgãos da execu-
documentos e o relatório do Conselho Penitenciário, ção penal, e ao servidor, a divulgação de ocorrência
a petição será submetida a despacho do Presidente que perturbe a segurança e a disciplina dos estabe-
da República, a quem serão presentes os autos do lecimentos, bem como exponha o preso à inconve-
processo ou a certidão de qualquer de suas peças, niente notoriedade, durante o cumprimento da pena.
se ele o determinar. Art. 199. O emprego de algemas será disciplinado
Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos autos por decreto federal.
cópia do decreto, o Juiz declarará extinta a pena ou Art. 200. O condenado por crime político não está
ajustará a execução aos termos do decreto, no caso obrigado ao trabalho.
de comutação. Art. 201. Na falta de estabelecimento adequado, o
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por in- cumprimento da prisão civil e da prisão administrati-
dulto coletivo, o Juiz, de ofício, a requerimento do va se efetivará em seção especial da Cadeia Pública.
interessado, do Ministério Público, ou por iniciativa Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão
do Conselho Penitenciário ou da autoridade admi- da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas
nistrativa, providenciará de acordo com o disposto por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça,
no artigo anterior. qualquer notícia ou referência à condenação, salvo
para instruir processo pela prática de nova infração
Do Procedimento Judicial penal ou outros casos expressos em lei.
Art. 203. No prazo de 6 (seis) meses, a contar da
Art. 194. O procedimento correspondente às situa- publicação desta Lei, serão editadas as normas
ções previstas nesta Lei será judicial, desenvolvendo- complementares ou regulamentares, necessárias à
Legislação Especial
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concluso ao juiz para verificação do cumprimento do c) Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em de-
alvará de soltura. pósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
§ 1º O não cumprimento do alvará de soltura na emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda
forma e no prazo será oficiado pelo juiz do processo ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de
à Corregedoria Geral de Justiça, inclusive do juízo uso permitido, sem autorização e em desacordo com
deprecado, quando for o caso, para apuração de determinação legal ou regulamentar.
eventual falta disciplinar e adoção de medidas pre- d) Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,
ventivas, e ao Ministério Público, para apuração de acessório ou munição, de uso permitido, em desa-
responsabilidade criminal. cordo com determinação legal ou regulamentar, no
58
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60
ciada em fuga, através de procedimento disciplinar ad- ou similar, que permita a comunicação com outros
ministrativo, com observância do contraditório e ampla presos ou com o ambiente externo.
defesa. Assim, entendo desnecessária nova oitiva em c) O cometimento de falta grave ocasiona a perda de
juízo e homologo a falta grave. Com isso, nos termos até 1/2 (metade) dos dias remidos, sendo que o Ju-
do inciso I do artigo 118 da LEP, regrido o sentenciado ízo das Execuções deve dimensionar o percentual
para o regime fechado, devendo ser considerada como cabível no caso concreto, a partir dos critérios pre-
data base para nova progressão de regime a data da vistos na LEP, relativos à natureza, aos motivos, às
sua recaptura, por se tratar de infração disciplinar de circunstâncias e às consequências do fato, bem como
natureza permanente.” à pessoa do faltoso e seu tempo de prisão.
61
28. (FCC/TJ-SC/Juiz de Direito/2017) A Lei n° 11.343/2006 31. (Cetro/TJ-RJ/Titular de Serviços de Notas e de Regis-
– Lei de Drogas, estabelece em seu art. 59 – Nos crimes tros/2017) Acerca da aplicação de tratamento mais
previstos nos arts. 33, caput e § 1° , e 34 a 37 desta Lei, o benéfico ao réu de crime de tráfico de entorpecentes
réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo se (Lei nº 11.343/2006), assinale a alternativa que condiz
for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido com o entendimento atual do STF acerca do tema.
na sentença condenatória. Este dispositivo legal a) A incidência da circunstância atenuante em crime
a) foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal de tráfico de entorpecentes não pode conduzir à
Federal. redução da pena abaixo do mínimo previsto em lei.
b) estabeleceu modalidade de prisão preventiva vi- b) A aplicação da causa de diminuição de pena para réu
sando a garantia da ordem pública e assegurar a primário, de bons antecedentes, não dedicado às
aplicação da lei penal. atividades criminosas nem integrante de organização
c) é incompatível com a regra do Código de Processo criminosa não tem o cunho de afastar a hediondez
Penal que determina que o juiz, ao proferir a sen- do crime de tráfico de entorpecentes.
tença condenatória, decidirá, fundamentadamente, c) É vedada a conversão em penas restritivas de direitos
sobre a manutenção ou a imposição de prisão pre- na aplicação de diminuição de pena referente ao cri-
ventiva. me de tráfico de entorpecentes para réu primário, de
d) somente poderá ser aplicado no caso de sentença bons antecedentes, que não se dedica às atividades
penal condenatória que impuser o regime inicial de criminosas nem integra organização criminosa.
cumprimento da pena fechado. d) Configura bis in idem a valoração da natureza e da
e) é modalidade de execução provisória da pena pri- quantidade da droga na dosimetria do delito de trá-
vativa de liberdade aplicada ao réu. fico de entorpecentes tanto na primeira – pena-base
– quanto na terceira fase do cálculo da pena, o que
29. (FCC/TJ-SC/Juiz de Direito/2017) Segundo a Lei de impede de aplicar contornos mais benignos ao réu
Execução Penal, o preso, condenado com trânsito em com envolvimento ocasional, não reincidente, de
julgado, poderá ter a execução da sua pena fiscalizada bons antecedentes e desvinculado de organização
por meio da monitoração eletrônica, quando o juiz criminosa.
a) fixar o regime aberto para cumprimento da pena e) A existência de outro processo criminal, ainda sem
e o dispensar do recolhimento ao estabelecimento definição final, não afasta a incidência de atenuante
penal no período noturno e nos dias de folga. na aplicação da pena para crime de tráfico de en-
b) aplicar pena restritiva de liberdade a ser cumprida torpecentes quando se verifica que o réu se dedica
Legislação Especial
nos regimes aberto ou semiaberto, ou conceder pro- a atividades criminosas ou integra organização cri-
gressão para tais regimes. minosa.
c) aplicar pena restritiva de direitos que estabeleça
limitação de horários ou de frequência a determi- 32. (Ibade/PC-AC/Delegado de Polícia/2017) Sobre o crime
nados lugares. de extorsão mediante sequestro, é correto afirmar que:
d) conceder o livramento condicional ou a suspensão a) a consumação do crime do art. 159 do CP se opera
condicional da pena. com a exigência de uma vantagem como condição
e) autorizar a saída temporária no regime semiaberto ou preço do resgate, o que faz com que o delito seja
ou determinar a prisão domiciliar. doutrinariamente classificado como crime formal.
62
35. (Ibade/PC-AC/Delegado de Polícia/2017) No que tange 38. (Ibade/PC-AC/Agente de Polícia Civil/2017) A pena pre-
aos crimes previstos na Lei de Drogas e a Jurisprudên- vista no crime de tráfico de drogas, previsto no art. 33
cia do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa da Lei n° 11.343/2006 (Lei de Drogas), é aumentada de
correta. um sexto a dois terços, se:
a) Compete à justiça dos Estados o processo e o julga- a) a natureza, a procedência cia substância ou dc pro-
mento dos crimes relativos a entorpecentes ocorri- duto apreendido e as circunstâncias do fato eviden-
dos com o exterior. ciarem a intermunicipalidade do delito.
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SUMÁRIO
Conhecimentos Específicos
Direitos, deveres e regime disciplinar dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará (Lei Estadual nº 9.826,
de 14 de maio de 1974).......................................................................................................................................................... 3
Lei nº 14.582, de 21/12/09 (D.O.E de 28/12/09) e suas alterações. Redenomina a Carreira Guarda Penitenciária,
e dá Outras Providências...................................................................................................................................................... 22
Sistema de Revistas nos Estabelecimentos Penais do Estado do Ceará (Decreto Estadual nº 25.050, de 14 de
julho de 1998, publicado no DOE de 16/07/98).................................................................................................................. 23
Regimento Geral dos Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará (Anexo Único da Portaria nº 240/2010,
de 16 de abril de 2010, publicada no Diário Oficial de 28 de abril de 2010 e republicada no DOE de 24 de agosto
de 2010)................................................................................................................................................................................ 24
Art. 8º Os cargos em comissão serão providos, por livre em categoria funcional que importe em exigência de curso
nomeação da autoridade competente, dentre pessoas de nível médio; e
que possuam aptidão profissional e reunam as condições
necessárias à sua investidura, conforme se dispuser em 1
A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
regulamento. concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
§ 1º A escolha dos ocupantes de cargos em comissão as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
poderá recair, ou não, em funcionário do Estado, na forma exoneração; (Art. 37, II da CF)
do regulamento. 2
A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
§ 2º No caso de recair a escolha em servidor de entidade e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
da Administração Indireta, ou em funcionário não subor‑ as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
dinado à autoridade competente para nomear, o ato de exoneração; (Art. 37, II da CF)
3
A Constituição Federal de 1988 não prevê idade máxima para a inscrição em
nomeação será precedido da necessária requisição. concurso público para servidores públicos.
Art. 41. Em caso de vacância do cargo em comissão e ocupado o lugar será reconduzido ao cargo anteriormente
até seu provimento, poderá ser designado, pela autoridade ocupado, sem direito a qualquer indenização, ou ficará como
imediatamente superior, um funcionário para responder excedente da lotação.
pelo expediente.
Parágrafo único. Ao responsável pelo expediente se 5
A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
aplicam as disposições do art. 40, § 3º. e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
Art. 42. Pelo tempo da substituição remunerada, o as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração; (Art. 37, II da CF)
substituto perceberá o vencimento e a gratificação de re‑ 6
A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
presentação do cargo, ressalvado o caso de opção, vedada, concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza
porém, a percepção cumulativa de vencimento, gratificações e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
e vantagens. exoneração; (Art. 37, II da CF)
sibilitem o funcionário definitivamente para o trabalho, serviço apurado através de justificação judicial quando se
nos termos em que estabelecer Decreto do Chefe do Poder verificar a inexistência, nos registros de pessoal, de elemen‑
Executivo; tos comprobatórios de frequência.
XV – doença, devidamente comprovada, até 36 dias por § 3º As férias e períodos de licença especial não gozados,
ano e não mais de 3 (três) dias por mês; referentes a tempo de serviço anterior ao reingresso de
XVI – missão ou estudo noutras partes do território na‑ funcionário no Sistema Administrativo Estadual, relativo a
cional ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido tempo de serviço estranho ao Estado, não serão considerados
expressamente autorizado pelo Governador do Estado, ou para efeito do disposto nas alíneas “b” e “c” do inciso II deste
pelos Chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário; artigo, salvo se, na origem, assim tenham sido computados
aqueles períodos.
8
O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para
efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de
Art. 70. A apuração do tempo de serviço será feita em
disponibilidade (Art. 40, § 9º da Constituição Federal). dias.
deste artigo, será comprovada mediante parecer do Serviço de acordo com o disposto em Regulamento:
de Assistência Social, nos termos do Regulamento. I – sem prejuízo dos vencimentos quando:
§ 3º O funcionário licenciado, nos termos desta Seção, a) for estudante, para incentivo à sua formação profis‑
perceberá vencimentos integrais até dois anos. Depois desse sional e dentro dos limites estabelecidos neste Estatuto;
prazo, não lhe será pago vencimento. b) for realizar missão ou estudo em outro ponto do ter‑
ritório nacional ou no estrangeiro;
Seção IV c) por motivo de casamento, até o máximo de 8 (oito)
Da Licença à Gestante dias;
d) por motivo de luto até 8 (oito) dias, em decorrência de
Art. 100. A funcionária gestante, mediante inspeção falecimento de cônjuge ou companheiro, parentes consan‑
médica, será licenciada por quatro meses, com vencimentos güíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto
integrais. e pais adotivos;
10
Art. 111. Poderá ser autorizado o afastamento, até duas Art. 121. Todo funcionário, em razão do vínculo que
horas diárias, ao funcionário que frequente curso regular de mantém com o Sistema Administrativo Estadual, tem direito
1º e 2º graus ou de ensino superior. a uma retribuição pecuniária, na forma deste Estatuto.
Parágrafo único. A autorização prevista neste artigo pode‑ Art. 122. As formas de retribuição são as seguintes:
rá dispor que a redução do horário dar-se-á por prorrogação I – vencimento;
do início ou antecipação do término do expediente, diário, II – ajuda de custo;
conforme considerar mais conveniente ao estudante e aos III – diária;
interesses da repartição. IV – (Revogado pela Lei nº 12.913, de 18/6/1999)
Art. 112. Será autorizado o afastamento do exercício IV – auxílio para diferença de caixa;
funcional nos dias em que o funcionário tiver que prestar V – gratificações.
exames para ingresso em curso regular de ensino, ou que, § 1º O conjunto das retribuições constitui os vencimentos
estudante, se submeter a provas. funcionais.
Art. 113. O afastamento para missão ou estudo fora do § 2º A retribuição do funcionário disponível constitui
Estado em outro ponto do território nacional ou no estran‑ vencimentos para todos os efeitos legais.
geiro será autorizado nos mesmos atos que designarem o § 3º A retribuição pecuniária atribuída ao funcionário não
funcionário a realizar a missão ou estudo, quando do inte‑ sofrerá descontos além dos previstos expressamente em lei,
nem serão objetos de arresto, sequestro ou penhora, salvo
resse do Sistema Administrativo Estadual.
quando se tratar de:
Art. 114. As autorizações previstas nesta Seção depen‑
I – prestação de alimentos determinada judicialmente;
derão de comprovação, mediante documento oficial, das
II – reposição de indenização devida à Fazenda Estadual.
condições previstas para as mesmas, podendo a autoridade
§ 4º As reposições e indenizações à Fazenda Pública
competente exigi-la prévia ou posteriormente, conforme
serão descontadas em parcelas mensais não excedentes da
julgar conveniente.
10ª parte do vencimento.
Parágrafo único. Concedida a autorização, na dependên‑ § 5º Se o funcionário for exonerado ou demitido, a
cia da comprovação posterior, sem que esta tenha sido efetu‑ quantia por ele devida será inscrita como dívida ativa para
ada no prazo estipulado, a autoridade anulará a autorização, os efeitos legais.
sem prejuízo de outras providências que considerar cabíveis.
Seção II
Seção III Do Vencimento
Do Afastamento para o Trato
de Interesses Particulares Art. 123. Considera-se vencimento a retribuição corres‑
pondente ao padrão, nível ou símbolo do cargo a que esteja
Art. 115. Depois de três anos de efetivo exercício e vinculado o funcionário, em razão do efetivo exercício de
após declaração de aquisição de estabilidade no cargo de função pública.
provimento efetivo, o servidor poderá obter autorização Art. 124. O funcionário perderá:
de afastamento para tratar de interesses particulares, por I – o vencimento do cargo efetivo, quando nomeado
um período não superior a quatro anos e sem percepção para cargo em comissão, salvo o direito de opção e de acu‑
Conhecimentos Específicos
11
12
I – do indeferimento do pedido de reconsideração; que se acham conceituados nos §§ 1º, 2º, 3º e 4º do artigo
II – das decisões sobre os recursos sucessivamente inter‑ 68, e corresponderá ao valor percebido pelo funcionário,
postos, nos termos do § 1º deste artigo. a título de vencimentos, na data do óbito, reajustável nos
§ 1º O recurso, interposto, perante a autoridade que termos da legislação específica.
tiver praticado o ato ou proferido a decisão, será dirigido à § 1º Da mesma forma será prestada assistência médica
autoridade imediatamente superior e, sucessivamente, em gratuita ao funcionário acidentado em serviço, ou que tenha
escala ascendente, às demais autoridades. contraído doença profissional.
§ 2º No encaminhamento do recurso observar-se-á o § 2º Até que legislação específica estipule o contrário, a
disposto na parte final do art. 142. pensão e a assistência médica referidas neste artigo serão
Art. 145. O pedido de reconsideração e o recurso não têm custeadas pelo Estado, independentemente de contrapres‑
efeito suspensivo, salvo disposição em contrário, e o que for tação por contribuição de previdência.
provido retroagirá, nos efeitos, à data do ato impugnado. § 3º (Vetado).
13
10
Os servidores públicos serão aposentados por invalidez permanente, sendo ou de padrão de vencimento.
os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente
de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, na forma da lei (Art. 40, I da Constituição Federal). CAPÍTULO III
11
Os servidores públicos serão aposentados compulsoriamente, com proventos Do Salário-Família
proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou
aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar (Art. 40,
II da Constituição Federal): Art. 158. O salário-família é o auxílio pecuniário especial
12
Os servidores públicos serão aposentados voluntariamente, desde que cumpri‑ concedido pelo Estado ao funcionário ativo e ao aposentado
do tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco
anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes
como contribuição ao custeio das despesas de manutenção
condições (Art. 40, III da Constituição Federal): de seus dependentes.
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cin‑ Art. 159. A cada dependente relacionado no artigo se‑
quenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se
guinte corresponderá uma cota de salário-família de acordo
mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. com o valor fixado em lei.
14
III – no caso de se tratar de maior de 21 anos, se total do funcionário no local do falecimento, o auxílio-funeral será
pago a quem promover o enterro, mediante comprovação
e permanentemente incapaz para o trabalho, hipótese em
das despesas.
que informará a causa e a espécie de invalidez;
IV – se o dependente vive sob a guarda do declarante. TÍTULO VI
Art. 166. A declaração do servidor será prestada a seu DO REGIME DISCIPLINAR
chefe imediato que a examinará e, após o seu visto, a en‑
caminhará ao órgão competente para o processamento e CAPÍTULO I
atendimento da concessão. Dos Princípios Fundamentais
Art. 167. O salário-família será concedido à vista das
declarações prestadas, mediante simples despacho que será Art. 174. O funcionário público é administrativamente
comunicado ao órgão incumbido da elaboração de folhas responsável, perante seus superiores hierárquicos, pelos
de pagamento. ilícitos que cometer.
15
16
petência, os pedidos de informação do Poder Legislativo e atividades estranhas às relacionadas com as suas atribuições,
às requisições do Poder Judiciário; causando prejuízos a estas;
XVII – cumprir, na medida de sua competência, as deci‑ XIV – deixar de comparecer ao trabalho sem causa
sões judiciais ou facilitar-lhes a execução. justificada;
Art. 192. O funcionário deixará de cumprir ordem de XV – ser comerciante;
autoridade superior quando: XVI – contratar com o Estado, ou suas entidades, salvo
I – a autoridade de quem emanar a ordem for incom‑ os casos de prestação de serviços técnicos ou científicos,
petente; inclusive os de magistério em caráter eventual;
II – não se contiver a ordem na área da competência do XVII – empregar bens do Estado e de suas entidades em
órgão a que servir o funcionário seu destinatário, ou não se serviço particular;
referir a nenhuma das atribuições do servidor; XVIII – atender pessoas estranhas ao serviço, no local de
III – for a ordem expedida sem a forma exigida por lei; trabalho, para o trato de assuntos particulares;
17
18
veis irregularidades que possam configurar, ou não, ilícitos do Governador, ao Secretário de Administração.
administrativos, aberta pela autoridade de maior hierarquia, Art. 212. As Comissões Permanentes de Inquérito Admi‑
no órgão em que ocorreu a irregularidade, ressalvadas em nistrativo compor-se-ão de três membros, todos funcionários
qualquer caso, permitida a delegação de competência: estáveis do Estado ou de suas autarquias, presidida pelo
I – do Governador, em qualquer caso; servidor que for designado pela autoridade competente,
II – dos Secretários de Estado, dos dirigentes autárquicos que colocará à disposição das Comissões o pessoal neces‑
e dos Presidentes da Assembleia Legislativa, Tribunal de sário ao desenvolvimento de seus trabalhos, inclusive os de
Contas e do Conselho de Contas dos Municípios, em suas secretário e assessoramento.
respectivas áreas funcionais. Art. 213. Instaurado o inquérito administrativo, a auto‑
§ 1º Abrir-se-á, também, sindicância para apuração das ridade encaminhará seu ato para a Comissão de Inquérito
aptidões do funcionário, no estágio probatório, para fins de que for competente, tendo em vista o local da ocorrência
demissão ou exoneração, quando for o caso, assegurada ao da irregularidade verificada, ou a vinculação funcional do
19
20
II – aproveitamento no serviço público, sem a exigência cursos não regulares de formação, treinamento, aperfei‑
do disposto no art. 106, § 1º da Constituição do Estado; çoamento e de especialização profissionais, mantidos por
III – aposentadoria com proventos integrais aos 25 (vinte entidades oficiais ou particulares, de reconhecida e notória
e cinco) anos de serviço efetivo, se funcionário público da idoneidade.
Administração direta ou autárquica; Parágrafo único. O Decreto a que se refere este artigo
IV – benefício do Instituto de Previdência; poderá dispor sobre a concessão de bolsas de estudo para
V – promoção após interstício legal, e se houver vaga; funcionários em cursos de extensão universitária e de pós‑
VI – assistência médica, hospitalar e educacional, se -graduação.
carente de recurso. Art. 254. A carga horária de trabalho de trinta (30) horas
Art. 246. As atuais funções gratificadas passam à ca‑ semanais, a que estão obrigados os servidores públicos do
tegoria de cargos em comissão, convertendo-se automa‑ Sistema Administrativo Estadual, será prestada, em período e
ticamente os valores das gratificações em gratificações de tempo corrido das segundas às sextas-feiras.
21
22
ANEXO I
ESTRUTURA DA CARREIRA SEGURANÇA PENITENCIÁRIA GRUPO
QUALIFICAÇÃO
GRUPO CATEGORIA CARGO/
CARREIRA REFERÊNCIA EXIGIDA PARA
OCUPACIONAL FUNCIONAL FUNÇÃO
INGRESSO
Conhecimentos Específicos
Atividade de
Apoio Segurança Agente Curso de Nível
Apoio 1 a 20
Administrativo Penitenciária Penitenciário Médio
Administrativo
A Lei nº 16.102, de 2 de setembro de 2016 alterou o percentual da Gratificação de Atividades Especiais e de Risco - GAER, que passa a ser devida aos Agentes Peni‑
14
23
24
25
recebimento de presos oriundos da Secretaria de Segurança IV – locais internos e externos para atividades socio‑
Pública e Defesa Social e das comarcas do interior. educativas e culturais, esportes, prática religiosa e visita
§ 1º O Centro de Triagem e Observação Criminológica conforme dispõe a Lei.
será responsável pela identificação e realização dos exames Art. 13. O Hospital Geral e Sanatório Penal destina‑se
gerais de admissão dos internos, sendo dotado de equipe ao tratamento do preso, em regime de internamento, das
técnica que promoverá atendimento social, psicológico, enfermidades infecto‑contagiosas, dos pós‑operatórios, das
médico, odontológico e jurídico, cujos resultados e desdo‑ convalescenças e de exames laboratoriais.
bramentos serão encaminhados à Comissão de Avaliação de § 1º O preso acometido de enfermidades, conforme arti‑
Transferências e Gestão de Vagas – CATVA que deliberará a go acima, deverá permanecer internado o tempo necessário
unidade prisional destinatária para recebimento do preso e, à sua reabilitação, tendo retorno imediato à sua Unidade
posteriormente, às Comissões Técnicas de Classificação das Prisional de origem logo após emissão de laudo médico
unidades de recebimento. autorizando sua alta.
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Públicas locais, observadas as normas deste Regimento Geral Pública e Conselho Penitenciário as informações que lhe
no que forem aplicáveis e as restrições legais ou de decisões forem solicitadas, relativas aos condenados e aos presos
judiciais, bem como a capacidade populacional máxima da provisórios;
Unidade respectiva. V – Assegurar o normal funcionamento da Unidade, ob‑
§ 2º Ao preso provisório será assegurado regime especial servando e fazendo observar as normas da Lei de Execução
no qual se observará: Penal e do presente Regimento Geral;
I – separação dos presos condenados; VI – Presidir a Comissão Técnica de Classificação;
II – utilização de pertences pessoais permitidos; VII – Elaborar o plano de segurança interna do Estabele‑
III – uso de uniforme fornecido pelo Estabelecimento cimento em conjunto com o Chefe de Segurança e disciplina;
Prisional em quantidade de 03 (três) mudas; VIII – Conceder audiência ao interno quando solicitada;
IV – oferecimento de oportunidade de educação, traba‑ IX – Comparecer nas sessões do Conselho Penitenciário,
lho e lazer nos termos da legislação pertinente; quando convocado;
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I – Assessorar diretamente o(a) Diretor(a) da Unidade carreira, terceirizados e presos e a garantia das instalações
Prisional no desempenho de suas atribuições; físicas, bem como promover o conjunto de medidas que
II – Substituir, em seus afastamentos, ausências e im‑ assegurem o cumprimento da disciplina prisional e organizar,
pedimentos legais, o(a) Diretor(a) da Unidade Prisional, controlar e orientar os Agentes Penitenciários no exercício
independente de designação especifica, salvo se por prazo de suas atribuições, competindo‑lhe:
superior a 30 (trinta) dias; I – orientar os presos quanto aos seus direitos, deveres
III – Autorizar a expedição de certidões relativas aos e normas de conduta a serem observados, quando de sua
assuntos da Unidade; chegada à Unidade;
IV – Acompanhar a execução do plano de férias dos II – realizar reuniões com os presos para preleções ins‑
servidores da Unidade; trutivas e disciplinares;
V – Exercer outras atividades que lhes sejam determina‑ III – propor a concessão ou suspensão de recompensas
das pelo(a) Diretor(a) da Unidade. aos presos;
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em seguida, de forma circunstanciada, por escrito; II – Requisitar de órgãos públicos ou privados dados e
V – Em caso de emergência que comprometa a integri‑ informações referentes ao preso;
dade física do preso, autorizar transferência de alojamento III – Realizar outras diligências e exames.
no interior da unidade, diante da ausência de seu superior
hierárquico; TÍTULO IV
VI – Em caso de emergência que comprometa a integri‑ DAS FASES DA EXECUÇÃO
dade física do preso, autorizar a saída temporária do mesmo ADMINISTRATIVA DA PENA
para atendimento médico, mediante escolta, diante da
ausência de seu superior hierárquico; Art. 29. As fases da execução administrativa da pena
VII – Exercer a vigilância, em conjunto com os agentes serão realizadas através de estágios, respeitados os requisi‑
penitenciários de plantão, cumprindo e fazendo cumprir as tos legais, a estrutura física e os recursos materiais de cada
normas e regulamentos do estabelecimento; unidade prisional.
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devendo, logo após, ser submetido a higienização corpórea e nia, mediante Relatório de Inteligência Prisional.
substituição de seu vestuário pelo uniforme padrão adotado. § 1º A Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão
Art. 35. No ingresso, o preso terá aberto, em seu nome, de Vagas – CATVA será formada por equipe multidisciplinar
um prontuário, devidamente numerado em ordem seriada, e administrará o ingresso, reingresso e a transferência de
onde serão anotados, dentre outros, seus dados de iden‑ presos nas unidades do sistema penitenciário estadual, in‑
tificação e qualificação, de forma completa, dia e hora da dicando a unidade para onde o interno será encaminhado,
chegada, situação de saúde física e mental, aptidão profis‑ devendo ser presidida pelo Coordenador Adjunto da COSIPE,
sional e alcunhas. que executará, privativamente, as atribuições previstas no
§ 1º No prontuário ficarão arquivados todos os docu‑ inciso II do Art.16 do Decreto nº 27.385 de 2/3/2004.
mentos relativos ao preso, inclusive certidão atualizada de § 2º A Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão
antecedentes criminais do juízo local, bem como do seu de Vagas – CATVA será o órgão competente para a liberação
domicílio de origem; de vagas para presos provisórios e condenados em presídios,
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XXVII – submeter‑se às condições estabelecidas para uso II – assistir coletivamente sessões de cinema, teatro,
de aparelho de rádio e/ou aparelho de TV; shows e outras atividades sócio‑culturais, fora do horário
XXVIII – submeter‑se às condições de uso da biblioteca do normal em épocas especiais;
estabelecimento, caso haja, e de livros de sua propriedade; III – assistir coletivamente sessões de jogos esportivos
XXIX – submeter‑se às condições estabelecidas para as em épocas especiais, fora do horário normal;
práticas desportivas e de lazer; IV – participar de atividades coletivas, além da escola
XXX – submeter‑se às condições impostas para quaisquer e trabalho, em horário pré‑estabelecido de acordo com a
modalidades de transferências e remoção de ordem judicial, Unidade do Sistema e Direção;
técnico‑administrativa e a seu requerimento; V – participar em exposições de trabalho, pintura e ou‑
XXXI – submeter‑se aos controles de segurança impostos tros, que digam respeito às suas atividades;
pelos Agentes Penitenciários ou outros agentes públicos VI – visitas extraordinárias devidamente autorizadas pela
incumbidos de efetuar a escolta externa. direção se comprovada sua necessidade e relevância
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casos de infração de natureza média, bem como os reinci‑ sua propriedade a outro preso sem prévia comunicação da
dentes de natureza leve. direção da unidade respectiva;
Art. 66. Às faltas leves e médias, poderão ser aplicadas V – utilizar‑se de bens de propriedade do Estado, de
as sanções previstas nos incisos I, II, III do artigo anterior. forma diversa para a qual recebeu;
Art. 67. Às faltas graves, aplicam‑se as sanções previstas VI – executar, sem autorização, o trabalho de outrem;
nos incisos IV e V do artigo 65 deste Regimento Geral, não VII – responder por outrem às chamadas regulamentares;
podendo qualquer delas exceder a 30 (trinta) dias. VIII – ter posse de papéis, documentos, objetos ou valores
§ 1º O isolamento será sempre comunicado ao Juízo da não cedidos e não autorizados pela Unidade Prisional;
Execução. IX – descuidar da higiene pessoal;
§ 2º A autoridade administrativa poderá decretar o X – estar indevidamente trajado;
isolamento preventivo do faltoso pelo prazo máximo de 10 XI – proceder de forma grosseira ou discutir com outro
(dez) dias, no interesse da disciplina e da averiguação do fato. preso;
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comprovadas, de que estaria preste a cometer infração I – Tratando‑se de faltas de natureza leve ou média, reme‑
disciplinar de natureza grave; terá os autos respectivos ao Diretor do Estabelecimento que
II – pesem contra o preso, informações devidamente aplicará a sanção correspondente, no prazo de 02 (dois) dias;
comprovadas, de que estaria ameaçada sua integridade II – Tratando‑se de falta grave a aplicação de sanção
física; será de competência do Conselho Disciplinar, por ato de seu
III – a requerimento do preso, que expressará a necessi‑ presidente, no mesmo prazo acima citado.
dade de ser submetido a isolamento cautelar, como medida Art. 86. Em sendo o preso julgado inocente das imputa‑
de segurança pessoal. ções que lhe foram feitas, serão os autos respectivos enca‑
Parágrafo único. Em caso de necessidade, o prazo esta‑ minhados ao Diretor do Estabelecimento, a fim de que seja
belecido no caput deste artigo poderá, a pedido da direção por este determinado seu imediato arquivamento.
da unidade respectiva, ser prorrogado por igual período pela Art. 87. Concluído o julgamento respectivo será dada
autoridade judiciária competente. ciência ao preso envolvido e ao seu defensor.
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tes na execução, aos quais seu assistido fizer jus; periódicos e o acesso ao preso dar‑se‑á:
III – manter contato com o Juízo das Execuções, Tribunais, I – para uso na própria biblioteca; e
Conselho Penitenciário e Direção do Estabelecimento, no II – para uso na própria cela, mediante autorização da
sentido de velar pela situação do preso; direção da unidade.
IV – providenciar o recebimento de qualquer benefício § 1º A Sejus deverá desenvolver juntamente com a Se‑
extrapenal a que o preso tiver direito; cretaria de Educação do Estado projeto de remição de pena
V – providenciar para que os prazos prisionais não sejam pela leitura, como forma de estimular e valorizar a partici‑
ultrapassados, requerendo o que for de direito. pação dos internos em atividades educacionais e culturais,
VI – Organizar e manter estatísticas de atendimento dos colaborando para a sua reinserção social.
presos sob seu patrocínio; Art. 120. Os livros deverão ser cadastrados, utilizando‑se
VII – Requerer, junto aos demais órgãos da estrutura fichas para consultas no local e nas retiradas para leitura
organizacional da Unidade Penitenciária, qualquer ação em cela.
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no interior da Unidade Prisional, através de seus diversos atividades voltadas à redução de danos e agravos à saúde.
representantes, direito a realização de cultos em dia e hora VI – desenvolver atividades de grupos focais, traba‑
pré‑determinados pela Direção, desde que não coloquem lhando temas pertinentes ao contexto prisional, com viés
em risco a vida e a integridade dos participantes, vedado multidisciplinar;
o proselitismo religioso e qualquer forma de discriminação VII – proceder aos encaminhamentos à rede de assistên‑
ou estigmatização. cia social, de saúde e educação;
§ 1º Caso o estabelecimento prisional não tenha local VIII – participar da articulação de parcerias para a realiza‑
adequado para a prática religiosa, as atividades deverão ção de atividades de promoção da saúde mental, prevenção
se realizar no pátio, nas galerias ou nas celas, em horários da dependência química, orientação e assistência aos fami‑
específicos. liares de presos e egressos;
§ 2º Para atuar no estabelecimento prisional o líder ou IX – destinar, nas unidades femininas, atenção especial
grupo religioso fará pedido ao Diretor, por escrito, e deverá às internas gestantes, em estado puerperal e às crianças da
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desnudamento total ou parcial, o toque nas partes íntimas, meses após a prática do ato.
o uso de espelhos, o uso de cães farejadores, bem como a Art. 153. O preso que cometer falta disciplinar média ou
introdução de quaisquer objetos nas cavidades corporais da grave poderá ter restringido ou suspenso o direito a visita
pessoa revistada. por até 30 (trinta) dias.
§ 6º A retirada de calçados, casacos, jaquetas e similares,
bem como de acessórios, não caracteriza desnudamento. Seção II
§ 7º A revista manual será realizada por servidor habili‑ Da Visita Íntima
tado e sempre do mesmo sexo da pessoa revistada.
§ 8º A revista pessoal em crianças ou adolescentes deve Art. 154. A visita íntima constitui um direito e tem por fi‑
garantir o respeito ao princípio da proteção integral da nalidade fortalecer as relações afetivas e familiares, devendo
criança e do adolescente, sendo vedada sua realização sem ser requerida pelo preso interessado ao Diretor da Unidade.
a presença e o acompanhamento de um responsável legal. Parágrafo único. A orientação sexual dos internos e dos
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comum ou denunciado por crime inafiançável, em nº 9.926, de 14 de maio de 1974, o funcionário será
processo em que não haja pronúncia, o servidor será aposentado compulsoriamente aos
afastado do exercício de seu cargo até trânsito em a) sessenta anos de idade.
julgado da decisão do juízo criminal. b) sessenta e cinco anos de idade.
c) setenta anos de idade.
4. (UECE/CEV/Seplag/Sejus/Agente Penitenciário/2011) d) setenta e cinco anos de idade.
Nos termos do art. 8º, § 1º da Lei Nº 14.582, de 21 de
dezembro de 2009, o adicional por trabalho noturno GABARITO
é devido ao servidor cujo trabalho seja executado no
período compreendido entre 1. b 3. e 5. d 7. a
a) 21 (vinte e uma) horas de um dia às 5 (cinco) horas 2. c 4. b 6. a 8. c
do dia seguinte.
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