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ÁREA DE ESTUDO

O bairro Santa Maria é uma área de expansão dos limites da cidade de Aracaju, que cresceu
de forma não planejada, através de pessoas que migravam para Aracaju em busca de moradia.
Devido a esse crescimento descontrolado e a falta de políticas públicas, o bairro apresenta diversas
carências na área de saneamento básico, fornecimento de agua, saúde e violência. Além disso, o
bairro apresentou até o ano de 2006 um depósito de lixo que atraiu centenas de famílias que
passaram a viver em condições insalubres no deposito de lixo, denominado “Lixeira da Terra
Dura”. A lixeira favorecia a contaminação de diversas doenças e o aumento de vários vetores
transmissores de doenças parasitárias.
Outro fator preocupante é a falta de estudo da população local, propiciando diretamente o
aumento da violência e de várias doenças relacionadas com a falta de higiene pessoal e doméstica.
Dessa forma, a população não dispõe dos recursos básicos essenciais para a saúde, contrapondo
uma melhoria da qualidade de vida.
Uma das doenças parasitárias mais preocupante no bairro é a alta incidência de
esquistossomose, devido a presença de áreas alagadas, lagoas e minas que formam criadouros
naturais dos hospedeiros intermediários de Schistossoma mansoni. De acordo com o Ministério
da Saúde, Aracaju apresentou 2.551 casos positivos para Schistossoma mansoni. Sendo assim,
necessário a construção de medidas de saneamento básico e a implementação de projetos
educativos. Atualmente, o bairro oferece na área da saúde três Unidades de Saúde da Família
(USF).

Figura 1: Mapa geográfico do município de Aracaju com a divisão dos 39 bairros. O nº 37


representa a área do Bairro Santa Maria.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aracaju_Bairros_Numerados.png

POPULAÇÃO DE ESTUDO
O trabalho será executado no Colégio Estadual Vitoria de Santa Maria, situado no bairro Santa
Maria na zona sul do município de Aracaju. A instituição é grande porte, oferecendo educação
básica – Ensino Fundamental, Ensino Médio Regular e Ensino Médio Centro Experimental. De
acordo com os dados de 2015 da Secretaria de Estado da Educação-SEED, foram matriculados
1026 alunos, sendo 486 alunos do Ensino Fundamental, 348 do Ensino Médio Regular e 192 do
Ensino Médio Centro Experimental. O público-alvo analisado foi composto pelos alunos de
ambos os sexos, com faixa etária de 10 a 16 anos, matriculados do 6º ao 9º ano do Ensino
Fundamental II, provenientes do próprio bairro. Adotou-se como critérios de inclusão do estudo
os alunos apresentaram a autorização através do termo de consentimento assinado pelos
responsáveis, sendo excluídos os alunos sem autorização prévia dos pais ou responsáveis.
PROCEDIMENTOS ÉTICOS

A pesquisa obedeceu aos aspectos éticos considerando-se o que determina a Resolução nº


196/96 do Conselho Nacional da Saúde, que regulamenta as pesquisas com animais e seres
humanos. Os responsáveis legais dos alunos permitiram a participação e assinaram um termo
de consentimento livre e esclarecido informando sua participação. Essa pesquisa foi aprovada
pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP)
através do protocolo: 66074017.6.1001.5546.

O projeto foi realizado em quatro etapas. Na primeira etapa realizou-se a aplicação do


questionário onde foram avaliados os aspectos socioeconômicos, culturais, ambientais e
comportamentais, em que foram feitas perguntas a elas sobre as parasitoses, prevenção do
parasito e higiene corporal.

Na segunda etapa, com base nas necessidades das crianças, elaborou-se uma palestra sobre as
principais enteroparasitoses, formas de contagio e prevenção, de maneira informativa e lúdica,
com todos os alunos de cada turma. A palestra também teve o objetivo de informa-los sobre a
proposta da pesquisa.

EXAME DE FEZES

A terceira etapa consistiu na explicação da importância da realização do EPF e dos cuidados a


serem realizados durante a coleta das fezes. Foram distribuídos um kit coletor para cada aluno,
cada kit era composto por um pote coletor com solução conservante de MIF modifica (formol,
glicerina e água destilada), uma etiqueta adesiva, um palito de picolé e um manual de instruções.
Foi solicitada apenas uma amostra de material biológico (fezes) de cada participante da pesquisa
para análise laboratorial. Foram distribuídos ao todo 219 kits, além do termo de consentimento
livre dos pais ou responsável legal. Após a coleta, as amostras fecais foram mantidas sob
refrigeração, até a realização dos exames.

Para a análise utilizou-se o método de Blagg [1] mais conhecido como método de sedimentação
por centrifugação (MIFC), utilizado para verificação de cistos de protozoários, ovos e larvas de
helmintos. De acordo com a metodologia foram coletadas cerca de 5g de fezes homogenizadas,
em seguida o material foi filtrado através de gaze dobrada em quatro num copo descartável. Em
seguida, é transferido 1 a 2 ml do filtrado para um tudo de ensaio com capacidade para 15 ml,
acrescentando na sequência 4 a 5 ml de acetato de etila (desengordura a amostra fecal). O tubo
é fechado e agitado vigorosamente por 30 segundos e colocado para centrifugar por um minuto
a 1.500 rpm, depois o tudo é invertido desprezando o líquido.

Após inverter, as paredes do tubo são limpas com um bastão contendo algodão na extremidade.
Foi acrescentado em seguida gotas de Lugol e coletados 2 a 3 gotas do sedimento, preparando
1 lâmina para cada amostra que foram examinadas em microscopia no aumento de 10x e 40x
para confirmar a presença de ovos, larvas e cistos de parasitos.

Na quarta e última etapa foi realizado a entrega dos resultados, que foram enviados aos pais
por intermédio da escola. Foi abordado em cada turma as principais parasitoses encontradas e
a importância das medidas profiláticas, orientando os alunos a procurar uma Unidades de Saúde
da Família (USF), para receberem o tratamento adequado. O mesmo procedimento foi abordado
pela coordenação ao entregar o resultado.
ELABORAÇÃO DO PARADIDÁTICO

A partir do perfil traçado e para fins de sensibilização dos alunos da escola foi confeccionado um
livro paradidático numa linguagem clara e popular para o público alvo sobre o bairro local
contextualizando com as situações socioeconômicas, as principais enteroparasitoses e a prática
de bons hábitos higiênicos para a prevenção das parasitoses. O livro paradidático teve como
objetivo não somete o ensino do conteúdo, mas também auxiliar o professor elaboração das
aulas e em enquadrar o assunto no âmbito local.

O livro se apresenta no formato de livreto e foi confeccionado no Microsoft Office 2016, com
auxílio do Adobe Photoshop CS6 v13.0, ilustrando-o tanto didaticamente como nas imagens
inseridas. Será distribuída na escola três exemplares para ficarem a disposição dos professores
de história, geografia e ciências, e também para a leitura dos alunos.

Utilizando as categorias de leitor-alvo infantil, sugeridas por Coelho & Santana (2002), o material
foi elaborado para a categoria de público-alvo LF – LEITOR FLUENTE (a partir dos 10/11 anos),
fase em que o aluno está no processo de consolidação da leitura e da compreensão do mundo
expresso no livro.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
A pesquisa epidemiológica foi realizada com a participação dos alunos, sendo analisados somente
os questionários mediante o termo de consentimento livre. Foi aplicado um questionário
semiestruturado, que permitiu caracterizar a população quanto aos dados de identificação,
condições sanitárias do ambiente onde vivem, hábitos de higiene e contato com animais
domésticos, conhecimento sobre os parasitos, dentre outros dados.

TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quanti/qualitativa. As investigações
epidemiológicas, de cunho descritivo, têm a finalidade de informar sobre a distribuição de um
evento, na população, em termos quantitativos. (MARCONI; LAKATOS, 2010).
Quanto à abordagem, a combinação dos métodos quantitativo e qualitativo produz a
triangulação metodológica, que, numa relação entre contrários complementares, busca a
aproximação do positivismo e do compreensivíssimo. Assim, a triangulação é uma tática de
pesquisa que contribui para alargar o conhecimento sobre determinado tema, alcançar os objetivos
traçados, observar e compreender a realidade estudada. (MARCONI; LAKATOS, 2010).

ANÁLISE ESTATÍSTICA

1. BLAGG, W., SCHOEGEL, E. L., MANSOUR N. S. & KNALAF, G. I. — A new


concentration technic for the dem onstration of Protozoa and Helm inth eggs in feces. Amer.
J. Trop Med. & Hyg. 4: 23-28, 1955.
2. Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996. Aprova
normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Diário Oficial
da União, 1996 out 16:21082-5.

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