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Oficina de Fotografia – Profª Carolina Ruiz

Comunicação Social – Rádio e TV / UNEB Campus XIV / Semestre 2010.1

A fotografia é o processo de produção de imagens a partir da ação da luz. Tal


processo é constituído de uma etapa física (formação da imagem na câmera) e outra
química (reação do material fotossensível à ação da luz). O princípio óptico de
formação da imagem, conhecido desde a Antiguidade, desenvolveu-se bastante na
Renascença, quando o dispositivo da "camara obscura" era utilizado para esboçar os
traços de uma pintura. O desenvolvimento da química a partir do sec. XVIII permitiu
a busca de maneiras de se fixar a imagem produzida pela câmera, e no início do sec.
XIX experiências diversas são tentadas, sendo as mais importantes as contribuições
de Nièpce e Daguerre, na França, e de Talbot, na Inglaterra.

A câmera fotográfica

- Plano focal: Superfície onde se projeta a imagem captada pela objetiva. É onde se
localiza o filme a ser exposto (ou o sensor, no caso das câmeras digitais).

- Objetiva: Conjunto de lentes responsável pela formação da imagem. Seu ângulo de


visão varia conforme sua distância focal.

- Mecanismo de foco: Mecanismo que permite variar a distância entre a objetiva e o


filme, tornando mais nítido um determinado plano da cena.

- Diafragma: Mecanismo que produz, no interior da objetiva, um orifício de diâmetro


variável através do qual passa a luz formadora da imagem. O diafragma controla o
efeito da profundidade de campo, ou seja, permite que uma maior ou menor extensão
da cena apareça nítida na fotografia. As aberturas de diafragma são calculadas a
partir da divisão da distância focal da objetiva pelo seu diâmetro, e são chamados de
números-f ou de pontos de diafragma.

- Obturador: Sistema de controle do tempo durante o qual a luz atinge o filme.


Responsável pela aparência do movimento do objeto. Pode ser concêntrico
(localizado no interior da objetiva e semelhante ao diafragma) ou de plano focal
(situado junto ao filme, permite a troca de objetivas e acessórios). A velocidade do
obturador é medida em segundos, correspondentes ao tempo de exposição.

- Visor: Componente que permite o enquadramento da cena. Pode ser direto (ponto
de vista diferente ao da objetiva; erro de paralaxe) ou mono-reflex (a imagem do visor
é captada pela objetiva da câmera).
Tipos de emulsão

Filme cromo (slide) – sufixo "~chrome" – positivo colorido

Filme negativo cor (papel cor) sufixo "~color – negativo colorido

Filme PB (papel PB) – negativo preto e branco

Formatos de filme

135 (35mm) – filme de dupla perfuração, normalmente tem uma imagem de 24 x 36


mm. Cartuchos de 12, 24 ou 36 exposições, e latas de 30 m.

120 (rolo) – filme sem perfuração de 6 cm de largura (2 1/4’), utilizado em câmeras de


diferentes formatos: 6x4,5 (16 exposições), 6x6 (12), 6x7 (10), 6x8 (9), 6x9 (8), entre
outros.

Chapa 4x5’, 8x10’ ou 20x24’ – filme em folhas utilizado em câmeras "view".

Exposição

Momento da entrada de luz na câmera, formando a imagem sobre o filme. A


atuação do fotógrafo deve ser técnica (manejo da câmera) e criativa (composição; cor
x p/b). No momento da exposição o fotógrafo muitas vezes irá priorizar o uso de um
dos principais mecanismos, o diafragma ou o obturador. Priorizando o diafragma
(maior ou menor profundidade de campo), a velocidade deverá ser aquela que
permitir uma boa exposição (quantidade de luz correta sobre o filme); sendo
preferido o obturador (movimento borrado ou congelado), a abertura deverá
igualmente permitir uma boa exposição.

Escalas

Cada ponto das escalas do obturador e do diafragma permite a entrada na


câmera do dobro da quantidade de luz do ponto anterior e da metade da quantidade
de luz do ponto seguinte. Deslocar-se na escala na direção que permite mais luz
significa "abrir x pontos"; na direção que permite menos luz significa "fechar x
pontos".
Tempos do obturador

longa exposição, mais luz (abrir)

... 1- -1/2- -1/4- -1/8- -1/15- -1/30- -1/60- -1/125- -1/250- -1/500- -1/1000 seg. ...

rápida exposição, menos luz (fechar)

Aberturas do diafragma

orifício estreito, menos luz (fechar)

... f/32- -f/22- -f/16- -f/11- -f/8- -f/5.6- -f/4- -f/2.8- -f/2- -f/1.4- -f/1 ...

orifício largo, mais luz (abrir)

Sensibilidade do filme

filme menos sensível, menor grão

... ISO 50; 64; 80; 100; 125; 160; 200; 250; 320; 400; 500; 640; 800; 1000; 1250; 1600; 2000; 2500; 3200
...

filme mais sensível, maior grão

- Reciprocidade: Diz-se da correspondência entre a quantidade de luz transmitida ao


filme pelos "pares" de obturador-diafragma; o par 1/125-f/4 irá transmitir a mesma
quantidade de luz que o par 1/60-f/5.6 (abriu-se um ponto do obturador e fechou-se
um ponto de diafragma).

- Falha da reciprocidade: Embora a quantidade de luz seja constante para os pares de


uma determinada situação, tempos muito curtos ou muito longos irão apresentar
resultado diferente na fotografia. Isso se deve ao fato de as reações químicas do filme
à ação da luz variarem de acordo com duração (tempo) da ação da luz.

- Valor de exposição (EV): Indica os pares obturador-diafragma correspondentes à


determinada exposição para uma determinada sensibilidade de filme. Como as
escalas de obturador e diafragma, cada ponto EV corresponde ao dobro da exposição
do ponto anterior e metade da exposição do ponto seguinte. É utilizado
principalmente para relacionar as diferentes iluminâncias de uma determinada cena.
As Lentes Fotográficas

Uma lente é um pedaço de material transparente, com pelo menos uma das
faces curva, onde ocorre principalmente o fenômeno da refração da luz. As lentes já
eram conhecidas na China desde o sec. X, usadas como queimadores; não se tem
notícia de serem aproveitadas suas qualidades ópticas. Na Europa são conhecidas
desde o sec. XIV, como auxiliar à visão, em telescópios e 'camaras obscuras'. São
fabricadas em vidro ou plástico. Na fabricação de vidro ótico são misturados óxidos
de silício, alumínio, cálcio, potássio, chumbo e sódio. Variando-se a quantidade de
chumbo, varia o índice de refração da lente; assim, o fabricante poderá manipular as
propriedades óticas das objetivas.

As lentes podem ser convergentes (positivas - bordas finas) ou divergentes


(negativas - bordas espessas), indicando o comportamento dos raios de luz que as
atravessam. As modernas objetivas fotográficas combinam elementos divergentes e
convergentes, obtendo, ao final um resultado convergente.

- Foco: O foco é a convergência dos raios de luz provenientes de um determinado


ponto do objeto. Apenas neste plano a imagem do objeto será absolutamente nítida.
Há porém, uma limitação na capacidade do olho humano de perceber pequenas
variações de nitidez. A acuidade visual varia de uma pessoa para outra, dentro de
limites mais ou menos gerais.

- Distância focal: Distância entre a lente e o plano onde se forma uma imagem nítida
de um assunto colocado no infinito (plano focal). Em uma lente simples, a distância
focal equivale à distância entre o centro da lente e a imagem de um objeto situado no
infinito. Nas objetivas, compostas de elementos convergentes (positivos) e
divergentes (negativos), a distância focal é medida a partir do ponto nodal - plano
imaginário no interior da objetiva onde o raio formador da imagem cruza o eixo da
objetiva. Na prática, o ponto nodal irá corresponder ao centro óptico da objetiva. As
objetivas trazem gravadas em seu aro externo a distância focal, que poderá estar
expressa em milímetros, centímetros ou polegadas

Profundidade de campo

Consiste na extensão, à frente e atrás do objeto focado, que também apresenta


nitidez de foco aceitável na imagem. Uma imagem com pequena profundidade de
campo irá apresentar nitidez apenas nos objetos situados no plano de foco; com uma
grande profundidade de campo, objetos situados à frente e atrás do plano de foco
apresentarão nitidez aceitável para o olho humano, mesmo que não estejam
absolutamente em foco.

A profundidade de campo varia de acordo com:


distância focal da objetiva: quanto maior a distância focal, menor a profundidade;

abertura do diafragma: quanto maior a abertura, menor a profundidade;

distância entre objeto e lente: quanto maior a distância, maior a profundidade;

Tipos de objetivas

Os raios de luz provenientes de uma cena irão formar, ao atravessar a objetiva,


uma imagem circular sobre um plano. Esta imagem se chama círculo de iluminação
da objetiva. As bordas da imagem apresentarão uma grande perda de nitidez
comparadas com o centro, devido ao fato de os raios que passam pela borda da lente
não serem convergidos corretamente, causando distorção da imagem. Apenas o
centro do círculo de iluminação apresenta qualidade suficiente para ser aproveitado
fotograficamente. Será a área de cobertura da objetiva, onde será colocado o filme.
Cada objetiva será desenhada para produzir uma imagem de qualidade sobre o
tamanho de negativo a que se destina; pode-se usar filme menor, mas não se pode
usar um negativo maior sob o risco de se ter as bordas da imagem sem nitidez. O
tamanho da imagem não irá variar se for trocado o tamanho do negativo; a porção do
objeto que cada tamanho irá registrar é que será diferente. Uma objetiva irá captar um
ângulo diferente da cena, para cada formato de filme que se utilizar, independente da
distância focal. De acordo com o ângulo de campo visual coberto por uma
determinada distância focal num determinado negativo, as objetivas são dividas em
normais, grande-angulares e tele-objetivas.

- Objetiva normal - objetiva cuja distância focal equivale à diagonal do formato do


filme. Apresenta um ângulo de campo visual semelhante à visual monocular do ser
humano, de aproximadamente 45º. Nas câmeras formato 135, a normal seria uma
objetiva de 43mm. Na prática, utiliza-se 50mm como normal do formato.

- Grande-angular - possui distância focal inferior à da normal do mesmo formato de


filme. Apresenta um grande ângulo de campo visual, superior a 70º, daí o seu nome.
Objetos próximos ao centro da objetiva aparecem maiores do que os que os da
periferia do enquadramento, provocando uma aparência arredondada característica.

- Tele-objetiva - seu nome indica ser mais utilizada para fotografar objetos distantes,
devido ao seu pequeno ângulo de visão, de 30º ou menos. Tem distância focal maior
que a normal do mesmo formato de filme. Não apresenta distorção da forma de
objetos próximos, sendo especialmente indicada para retratos.

- Objetiva zoom – objetiva de distância focal variável. Tem como vantagem a


praticidade, uma vez que possui qualidade óptica inferior às objetivas de distância
focal fixa.
Processamento do filme

Ao ser exposta à luz dentro da câmera fotográfica, o filme sofre alterações


químicas. Os sais de prata atingidos pela luz começam a se transformar em prata
metálica negra. Quanto maior a quantidade de luz, maior a transformação. As áreas
do filme que receberem muito pouca ou nenhuma luz não se alteram. A essa
transformação damos o nome de imagem latente, por refletir as variações de
luminosidade da cena fotografada, sem ser, ainda, visível.

O processamento do filme irá intensificar este processo, formando uma


imagem visível, permanente e em negativo da cena. Para a produção da cópia todo o
processo se repete, com a utilização do papel fotográfico no lugar do filme. Como o
original da copiagem é o negativo, obtém ao final uma cópia em positivo.

Revelação

No interior de um quarto completamente escuro, ou usando um "saco preto",


coloca-se o filme numa espiral de metal ou plástico, e esta dentro de um tanque de
mesmo material. O tanque permite a entrada e saída de líquidos porém é
hermeticamente vedado à luz. As etapas seguintes podem ser realizadas à luz
ambiente.

Prepara-se o revelador. Existem diversos tipos de reveladores para filmes PB,


mas o Kodak D-76 firmou-se como o mais utilizado internacionalmente. Ele pode ser
utilizado em temperaturas de 18º C a 24º C, sendo 20º C a temperatura ideal. Verifica-
se na tabela de revelação do filme qual o tempo que se deve usar para o revelador e a
temperatura em questão. Despeja-se o líquido no tanque, agitando-se inicialmente
por 15 a 30 segundos. Após esse tempo, deve-se agitar por 5 segundos a cada 30
segundos.

Terminado o tempo de revelação, despeja-se fora o revelador e o tanque é


cheio do interruptor – o mais rapidamente possível. Este é formado por uma solução
de ácido acético glacial a 5%. A função do interruptor é interromper prontamente a
revelação, garantindo uma revelação uniforme. Agita-se continuamente por 1 minuto.

Despeja-se fora o interruptor e coloca-se o fixador. Este tem a função de


dissolver todos os elementos da película que não tenham sido transformados em
prata negra – ou seja, o fixador elimina tudo o que não for a imagem. Sua ação torna a
imagem negativa duradoura. Após 5 minutos de fixação já se pode retirar o filme do
tanque para inspeção. Em seguida o filme é lavado, por cerca de 15 minutos, e
colocado para secar.
Copiagem

São dois os tipos de copiagem: contato e ampliação. O contato, como o nome


diz, é feito com o negativo em contato com o papel fotográfico. A imagem final será
do mesmo tamanho que ela tem no negativo. A ampliação é feita com o ampliador,
que projeta a imagem do negativo sobre uma base, onde é colocado o papel.
Variando-se a altura da cabeça do ampliador tem-se uma imagem maior ou menor.
Em ambos os casos o papel é processado da mesma maneira.

O processamento do papel segue as mesmas etapas do filme; o revelador de


papel mais utilizado é o Kodak Dektol. O interruptor e o fixador são os mesmo do
processamento do filme, podendo, no entanto, variar o fixador de acordo com o tipo
de papel.

Os papéis fotográficos PB não são sensíveis à luz vermelha ou laranja. Isso


facilita o trabalho de copiagem. A primeira etapa é determinar o tempo de exposição
da cópia. Utiliza-se um pedaço de papel fotográfico, e sobre ele são feitas exposições
de mesmo intervalo (por exemplo, 5 segundos). Esta tira de teste é revelada e
examinada sob luz branca, e verifica-se qual o tempo que produz a melhor imagem.
Esse tempo é utilizado na cópia final. Depois de feito o teste e determinado o tempo
de exposição não se pode alterar a altura da cabeça do ampliador (tamanho da
imagem) nem a abertura do diafragma.

Bibliografia

ADAMS, Ansel. A Cópia. São Paulo, Editora SENAC.


HEDGECOE, John. Manual do Fotógrafo. Rio de Janeiro, Editora JB.
LANGFORD, Michael. Fotografia Básica. São Paulo, Martins Fontes.
TRIGO, Thales. Equipamento Fotográfico: teoria e prática. São Paulo, Editora SENAC.

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