Eles vieram com a proposta de pensar diferente, exercer o novo com convicção e fazer
valer seus direitos e valores. Como a cada nova geração, existe o encontro do que "era"
com o que "será". Nesse encontro, não cabe o julgamento do que é certo ou errado, mas
sim a avaliação dos aspectos positivos dessa nova proposta em linha com o que já foi
conquistado pela experiência adquirida, ao longo do tempo. É hora de unirmos o valioso
conhecimento conquistado pelas gerações anteriores ao anseio de inovar dessa nova
geração.
Não se trata apenas de uma mera questão de quem está com a razão ou de quem é
melhor. Todo esse processo configura a forma de ver, sentir e pensar de uma geração
distinta, referenciada pelo modo como foi moldada. Afinal, somos, principalmente,
"frutos do meio". O passado nos permite enxergar que em todos os momentos da
história da humanidade vivenciamos aspectos positivos e negativos, os quais serviram
como base empírica para evolução de vários conceitos. Um fato que precede ao outro,
uma geração que sugere outra.
Somos todos parte de uma mesma engrenagem, ensaiando, hoje, o que seremos amanhã.
Ao maldizermos nosso registro, atual, incorremos no risco de macular nosso passado e
limitar nosso futuro. Gerações distintas em convívio comum sugerem a cada um,
desafios "sob medida" para seu desenvolvimento.
É característica do "Y" testar estruturas e conceitos antes de definir o que melhor alinha-
se ao seu ideal. Esse tipo de comportamento o faz perceber logo cedo ao menos o que
não faz parte da sua realidade, evitando o processo de acomodação. Eles falam de
sustentabilidade pessoal, ética, aprendizado contínuo, inovação, resultado rápido e
demandam feedback constante. Não há tempo a perder. É mandatório que suas
conquistam tenham um sentido maior e façam a diferença. Se essa atitude não for
reconhecida e valorizada, certamente não haverá um motivo para que esses jovens
dediquem-se e exerçam seu potencial. E acreditando que são capazes, eles fazem
acontecer.