‡
Rodrigo Carlos Silva de Lima
rodrigo.uff.math@gmail.com
‡
4 de março de 2017
1
Sumário
1 Derivadas 4
1.1 Definições e conceitos básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1.1 Definições equivalentes de derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.1.2 A regra de L’Hospital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1.3 A reta tangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2 Operações com funções deriváveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2.1 Linearidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2.2 Derivada do produto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2.3 Derivada do quociente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.2.4 Regra da cadeia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.2.5 Derivada de |f(x)|. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.2.6 Derivada da inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.2.7 (xn ) 0 = nxn−1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.2.8 Teorema do sanduı́che para derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.3 Derivada e crescimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.3.1 Pontos crı́ticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
1.4 Funções deriváveis num intervalo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1.4.1 Teorema do valor intermediário para derivadas-Teorema de Dar-
boux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1.4.2 Teorema de Rolle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
1.5 Teorema do valor médio (TVM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
1.6 Aplicações do teorema do valor médio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
1.6.1 |f 0 (x)| ≤ |f(x)| ∀ x e f(0) = 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
1.6.2 n-ésima derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
2
SUMÁRIO 3
Derivadas
4
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 5
da mesma maneira
f(x) − f(a)
lim− f(x) − f(a) = lim− (x − a) = 0 ⇒ lim− f(x) = f(a)
x→a x→a x−a x→a
como ambos limites laterais possuem o mesmo valor f(a) então segue que o limite
lim existe e vale f(a) portanto a função é contı́nua em a.
x→a
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 6
Z Exemplo 1. Uma função pode ser contı́nua em um ponto, porém não ser
derivável nesse ponto, como a função de lei f(x) = |x| que não é derivável em 0,
pois
|x|
lim
x→0 x
f(xn ) − f(a)
lim
xn − a
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 7
ê Demonstração. Temos
f(x + h) − f(x) c−c
= =0
h h
tomando o limite h → 0, temos como resultado 0.
ê Demonstração.
f(x + h) − f(x) ax + ah + b − ax − b ah
= = =a
h h h
logo tomando o limite, temos o limite de uma constante que é a.
lim[f(x) − f(a)]
x→a
e vale
lim[f(x) − f(a)] = 0
x→a
pois
f(x) − f(a) f(x) − f(a)
lim[f(x) − f(a)] = lim[ (x − a)] = lim[ ] lim[x − a] = 0.
x→a x→a x−a x→a x−a | {z }
x→a
=0
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 8
Tem-se então
lim[f(x) − f(a)] = 0
x→a
logo
lim f(x) = f(a)
x→a
ê Demonstração. Escrevemos
daı́
lim an (zn − a) + a + bn (tn − a) = a = lim an .zn + bn .tn
f(yn ) − f(xn )
lim xn = lim yn = a então lim = f 0 (a).
yn − xn
ê Demonstração. Começamos com uma manipulação algébrica
f(yn ) − f(xn ) f(yn ) − f(a) − f(xn ) + f(a) f(yn ) − f(a) f(xn ) − f(a)
= = − =
yn − xn yn − xn yn − xn yn − xn
f(yn ) − f(a) −xn + a f(xn ) − f(a)
= + =
y n − xn yn − xn xn − a
f(yn ) − f(a) yn − xn − yn + a f(xn ) − f(a)
= + =
yn − xn yn − xn xn − a
f(yn ) − f(a) yn − a f(xn ) − f(a)
= + 1− =
yn − xn yn − xn xn − a
yn − a f(yn ) − f(a) yn − a f(xn ) − f(a)
= + 1− =
y −x yn − a y n − xn xn − a
| n {z n}
=tn
f(yn ) − f(a) f(xn ) − f(a)
= tn +(1 − tn )
yn − a xn − a
| {z } | {z }
→f 0 (a) →f 0 (a)
yn − a
observamos que (tn ) é limitada pois xn < a ⇒ yn − a < yn − xn ⇒ < 1,
y n − xn
pois yn > xn daı́ podemos dividir por yn − xn sem alterar a desigualdade. Da mesma
yn − a
maneira vale 0 < yn − a e daı́ 0 < < 1, logo (tn ) é limitada, o mesmo vale
yn − xn
para 1 − tn , logo aplicamos o lema anterior que nos garante que
f(yn ) − f(xn ) f(yn ) − f(a) f(xn ) − f(a)
lim = lim tn +(1 − tn ) = f 0 (a).
y n − xn yn − a xn − a
| {z } | {z }
→f 0 (a) →f 0 (a)
1 1
tomamos xn = e yn = , daı́ vale lim xn = lim yn = 0
nπ nπ + π2
1
f(xn ) = sen(nπ) = 0
(nπ)2
1 π (−1)n
f(yn ) = sen(nπ + ) =
(nπ + π2 )2 2 (nπ + π2 )2
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 10
π π π
pois sen(nπ + ) = sen(nπ) cos( ) + sen( )cos(nπ) = (−1)n , daı́
2 | {z } 2 2
=0
1 1 nπ − nπ − π2 − π2
yn − xn = π − = =
nπ + 2
nπ (nπ + π2 )(nπ) (nπ + π2 )(nπ)
−1 −1
que não converge, pois para n par temos π .2 → .2 e para n ı́mpar tem-se
(π + 2n ) π
1 1
π .2 → .2 duas subsequências convergindo para valores distintos, logo a
(π + 2n ) π
sequência não converge.
Tal função é derivável no 0, pois
x2 sen( x1 ) − 0 1
lim = lim xsen( ) = 0
x→0 x x→0 x
2xsen( 1 ) − cos( 1 ) se x 6= 0
f 0 (x) = x x
0 se x = 0
f(x + h) − (f(x))
lim =a
h→0 h
portanto a função é derivável.
Pode ser vantajoso definir a derivada desse modo pois certas generalizações de
derivada usam limites semelhantes a esse, como a generalização de derivada para o
espaço Rn .
r(h)
⇐ .) Supondo f(a + h) = f(a) + ch + r(h) com lim = 0 então
h→0 h
h.r(h)
lim f(a + h) = lim f(a) + ch + = f(a).
h→0 h→0 h
f(a + h) − f(a − h)
lim = f 0 (a).
h→0 2h
O limite pode existir porém a função mesmo não ser contı́nua no ponto, como
a função definida como f(x) = 0 se x ≤ 0, f(x) = 1 se x > 0. Ela não é contı́nua
em 0, porém o limite citado existe, pois tomando o limite pela direita
f(h) − f(−h) 1
lim+ = lim+ =0
h→0 2h h→0 2h
e pela esquerda
f(h) − f(−h) −1
lim− = lim+ = 0.
h→0 2h h→0 2h
f(x) − f(a)
= g(x)
x−a
f(x) − f(a)
como existe lim g(x) por g ser contı́nua em a, então existe lim = f 0 (a) =
x→a x→a x−a
g(a), logo f é derivável.
⇒)[1].
Definimos g : A → R como
f(x) − f(a) se x 6= a
g(x) = x−a
f 0 (a) se x = a
f(x) f 0 (a)
lim = 0 .
x→a g(x) g (a)
ê Demonstração.
f(x)
f(x) f(x)−f(a) lim f(x)−f(a)
x−a f 0 (a)
x→a
lim = lim x−a
= lim g(x)−g(a)
x−a
= = .
x→a g(x) x→a g(x) x→a lim g(x)−g(a) g 0 (a)
x−a x−a x→a x−a
Como corolário dessa definição temos que g(x0 ) = f(x0 ) e g 0 (x) = f 0 (x0 ).
1.2.1 Linearidade
X
n X
n
( ck fk ) 0 (a) = ck fk0 (a).
k=1 k=1
Y
n X
n Y k−1 Y
n
0 0
( fk (x)) = ( fs (x))fk (x)( fs (x)).
k=1 k=1 s=1 s=k+1
Y
1 X
1 Y
k−1 Y
n Y0 Y
1
( fk (x)) 0 = f10 (x) = ( fs (x))fk0 (x)( fs (x)) = ( fs (x))f10 (x)( fs (x)) = f10 (x)
k=1 k=1 s=1 s=k+1 s=1 s=2
pois o primeiro e o último produto são vazios. Supondo a validade para n funções
provamos para n + 1 funções
Y
n+1 X
n Y k−1 Y
n Y
n+1
0 0 0
( fk (x)) = fn+1 (x) ( fs (x))fk (x)( fs (x)) + fk (x)fn+ 1 (x) =
k=1 k=1 s=1 s=k+1 k=1
X
n+1 Yk−1 Y
n
0
= ( fs (x))fk (x)( fs (x)).
k=1 s=1 s=k+1
Y
0
fk (x) = 1
k=1
X
0 Y k−1 Y
0
( fs (x))fk0 (x)( fs (x)) = 0.
k=1 s=1 s=k+1
= nf(x)n−1 f 0 (x).
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 17
e o segundo fator tem o sinal de (−1)n−t pois cada fator é negativo, da mesma
maneira
Y
t−2 Y
n
P 0 (at−1 ) = (at−1 − as ) . (at−1 − as )
| {z }
s=1 >0 s=t
o segundo fator tem sinal (−1)n+1−t , portanto P 0 (at−1 ) e P 0 (at ) tem sinais distintos ,
logo existe uma raı́z de P 0 entre esses valores, sendo n − 1 raı́zes desse tipo, como P 0
é de grau n − 1 tais raı́zes são todas do polinômio derivado.
com f(a) 6= 0 .
$ Corolário 7. 0
f f 0 (a).g(a) − f(a).g 0 (a)
(a) =
g [g(a)]2
com g(a) 6= 0.
Aplicamos a regra da derivada do produto
0
f 1 1
(a) = f 0 (a). + f(a).( ) 0 (a) =
g g(a) g
g(f(a) + h1 ) − g(f(a))
= g 0 (f(a)) + s(h1 )
h1
lim s(h1 ) = 0 tomando
h1 →0
f(a)f 0 (a)
g 0 (a) = |f(a)| 0 = .
|f(a)|
ê Demonstração.
De g(x) = |f(x)| segue que g(x)2 = f(x)2 , portanto o fato de f ser derivável em a
implica f2 ser derivável e g2 também, daı́ existe o limite
f(a)f 0 (a)
2g 0 (a)g(a) = 2f(a)f 0 (a) ⇒ g 0 (a) =
g(a)
portanto
f(x)f 0 (x)
|f(x)| =
0
.
|f(x)|
≥0
z }| {
|f(x)|
lim− =c≤0
x→a x − a
| {z }
<0
daı́ c = 0.
|f(x)| f(x) f(x) − f(a)
lim = lim | | = 0 = | lim | = |f 0 (a)|
x→a x − a x→a x − a x→a x−a
com isso tem-se que f 0 (a) = 0.
⇐). f 0 (a) = 0 ⇒
1
g 0 (y) = .
f 0 (g(y))
ê Demonstração. ⇒).
Supondo g derivável em b, tem-se g(f(x)) = x, ∀ x ∈ A, daı́ pela regra da cadeia
g 0 (b)f 0 (a) = 1, não pode valer f 0 (a) = 0, se não o produto seria nulo, segue então
1
que g 0 (b) = 0 .
f (a)
⇐)[1].
Suponha f 0 (a) 6= 0. Tomamos yn = f(xn ) ∈ B \ {b} com lim yn = b, pelo fato de g
ser contı́nua em b tem-se lim g(yn ) = g(b) = g(f(a)) = a = lim g(f(xn )) = lim xn e
⇐)[2].
Pelo critério de Carathéodory.
Dado a ∈ A existe uma função T : A → B contı́nua tal que f(x)−f(a) = T (x)(x−a)
onde T (a) = f 0 (a). Como f 0 (a) = T (a) 6= 0 e T é contı́nua então existe δ > 0 tal que
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 22
f(g(y)) = y ∀ y ∈ V
e vale
y − b = f(g(y)) − f(a) = T (g(y))(g(y) − g(b))
Z Exemplo 6. Dado f : (0, +∞) → (0, +∞) com f(x) = xn , temos f 0 (x) =
√
nxn−1 > 0 a função é crescente, f é bijeção, logo possui inversa g(y) = n y, dessa
forma g é derivável e vale
√ 1
( n y) 0 = √ .
n( n yn−1 )
b Propriedade 19.
[xn ] 0 = nxn−1
para n ∈ N.
X n k n−k X n k n−k
n n−1
n n n−n X n k n−k
n−1
n
(x + h) = x h = x h + x h = x h + xn
k=0
k k=0
k n k=0
k
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 23
n
pois = 1, que implica
n
X
n−1
n X
n−2
n k n−k
n
X
n−2
n k n−k
n−1 n−n+1
n
(x+h) −x = n k n−k
x h = x h + x h = x h +nxn−1 h
k k n − 1 k
k=0 k=0 k=0
n
pois = n, dividindo ambos termos por h 6= 0, temos
n−1
(x + h)n − xn X
n−2
n k n−k−1
lim = lim x h + nxn−1 = nxn−1
h→0 h h→0
k=0
k
pois os termos no somatório se anulam por ter fator h .
ê Demonstração.[2] Demonstração usando indução e a fórmula da derivada do
produto de duas funções [f(x).g(x)] 0 = f 0 (x).g(x) + f(x).g 0 (x).
x+h−x h
x 0 = lim = lim = lim 1 = 1
h→0 h h→0 h h→0
temos então a fórmula válida pra n = 1, pois [x ] = 1x0 = 1 funciona. Agora tomando
1 0
[xn ] 0 = nx(n−1)
[xn+1 ] 0 = (n + 1)x(n)
ln(xn+1 ) = (n + 1) ln(x)
Xn
1
f 0 (x) = xn = nxn−1 .
k=1
x
ê Demonstração.[5]
f dada por f(x) = xn+1 é diferenciável e vale f 0 (x) = (n + 1)xn . Pois
1
f(x) − f(x0 ) xn+1 − xn+
0
=
x − x0 x − x0
X
n
n+1
temos a identidade x − x0n+1 = (x − x0 ) xk xn−k
0 então
k=0
X
n X
n
f (x0 ) = lim
0
xk xn−k
0 = xk0 xn−k
0 = (n + 1)xn0 .
x→x0
k=0 k=0
X
n X
n
$ Corolário 9. Seja g(x) = ak x então g (a) =
k 0
ak kak−1 pois podemos
k=0 k=0
aplicar a derivada da potência e da soma.
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 25
−nxn−1
Dx−n = = −nx−n−1 .
x2 n
X
n X
n
$ Corolário 10. Se P(x) = ak x então P (x) =
k 0
k.ak xk−1 .
k=0 k=0
f0 (x) = x
Para n natural.
Assim
f1 (x) = f(f0 (x)) = f(x)
b Propriedade 21.
Y
n−1
[fn (x)] 0 = f 0 (fk (x)).
k=0
Y
n−1 Y
n−1
[fn (x)] 0 [fn (x)] 0
f 0 (fk (x)) = Q[fk (x)] 0 = 0 0
= 0
= [fn (x)] 0 .
k=0 k=0
[f (x)] [x]
Y
4
5
[f (x)] = 0
f 0 (fk (x)) = f 0 (f0 (x))f 0 (f1 (x))f 0 (f2 (x))f 0 (f3 (x))f 0 (f4 (x))
k=0
Y
4
5 0
[f (x)] = cos(fk (x)) =
k=0
. Se num ponto a ∈ X ∩ X 0 tem-se f(a) = h(a) e existem f 0 (a) = h 0 (a) então existe
g 0 (a) = f 0 (a) .
tem-se também
f(a + h) ≤ g(a + h) ≤ h(a + h), ⇔ f(a + h) − f(a) ≤ g(a + h) − g(a) ≤ h(a + h) − h(a)
pois f(a) = h(a) = g(a), como as derivadas f 0 (a) e h 0 (a) existem, então também
existem as derivadas laterais
f+0 (a) = f−0 (a) = f 0 (a) = g 0 (a) = h+0 (a) = h−0 (a)
Z Exemplo 8. Seja P(x) um polinômio, tal que a seja raiz de P(x) e de P (x). 0
Se f é uma função tal que vale |f(x)| ≤ P(x) ∀ x então f 0 (a) = 0 pois
b Propriedade 24. Se f é derivável à direita no ponto a com f+0 (a) < 0 então
existe δ > 0 tal que a ∈ A e a < x < a + δ ⇒ f(x) < f(a).
f(x) − f(a)
ê Demonstração. f+0 (a) = lim+ > 0 então existe δ > 0 tal que para
x→a x−a
f(x) − f(a)
a < x < a+δ tem-se por propriedade de limite que < 0, x > a ⇒ x−a > 0
x−a
daı́ e da desigualdade anterior f(x) > f(a).
f(x) − f(a)
ê Demonstração. f−0 (a) = lim− > 0 então existe δ > 0 tal que para
x→a x−a
f(x) − f(a)
a−δ < x < a tem-se por propriedade de limite que > 0, x < a ⇒ x−a < 0
x−a
daı́ e da desigualdade anterior f(x) < f(a).
f(x) − f(a)
ê Demonstração. f−0 (a) = lim− > 0 então existe δ > 0 tal que para
x→a x−a
f(x) − f(a)
a−δ < x < a tem-se por propriedade de limite que < 0, x < a ⇒ x−a < 0
x−a
daı́ e da desigualdade anterior f(x) > f(a).
ê Demonstração. Se f+0 (a) < 0 então terı́amos a < x < a + δ e f(x) < f(a) o
que contraria f ser não-decrescente, da mesma maneira se f−0 (a) < 0 então a − δ <
x < a ⇒ f(a) < f(x), que também é absurdo.
ê Demonstração. Se f+0 (a) > 0 então terı́amos a < x < a+δ e f(a) < f(x) o que
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 29
contraria f ser não-crescente, da mesma maneira se f−0 (a) > 0 então a − δ < x < a ⇒
f(x) < f(a), que também é absurdo.
$ Corolário 11. Se f é derivável em a com f 0 (a) > 0 então existe δ > 0 tal
que x, y ∈ A, a − δ < x < a < y < a + δ ⇒ f(x) < f(a) < f(y). A propriedade
segue do fato de termos f+0 (a) = f−0 (a) = f 0 (a) > 0, dai usamos as propriedades já
mostradas para derivadas laterais.
$ Corolário 12. Se f é derivável em a com f 0 (a) < 0 então existe δ > 0 tal que
x, y ∈ A, a − δ < x < a < y < a + δ ⇒ f(y) < f(a) < f(x). A propriedade segue do
fato de termos f+0 (a) = f−0 (a) = f 0 (a) < 0, e novamente usamos as propriedades já
mostradas para derivadas laterais.
f(h) −|h|
lim+ = lim+ = −1
h→0 h h→0 h
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 31
f(h) −|h|
lim− = lim+ =1
h→0 h h→0 h
pois no primeiro caso |h| = h, pois h → 0+ e no segundo |h| = −h , pois h → 0− .
• Se f(a) é máximo local vale f+0 (a) ≤ 0 e f−0 (a) ≥ 0 mas deve vale f 0 (a) =
f−0 (a) = f+0 (a) da primeira desigualdade segue f 0 (a) = f−0 (a) = f+0 (a) = 0.
• Se f(a) é mı́nimo local vale f+0 (a) ≥ 0 e f−0 (a) ≤ 0 mas deve vale f 0 (a) =
f−0 (a) = f+0 (a) da primeira desigualdade segue f 0 (a) = f−0 (a) = f+0 (a) = 0.
f 0 (a) ≥ 0.
ê Demonstração. Seja x 6= a, se x > a temos f(x) ≤ f(a) pela função ser não-
crescente e
f(x) − f(a)
≤0
x−a
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 32
f 0 (a) ≤ 0.
ê Demonstração. Definimos
F = {x ∈ R | f 0 (x) = 0}.
Podemos ver que F é fechado de diversas maneiras, como R é fechado segue por
resultado já demonstrado na parte de funções contı́nuas do texto que F é fechado,
podemos olhar também para R \ F = {x ∈ R | f 0 (x) < 0} ∪ {x ∈ R | f 0 (x) > 0} como R é
aberto segue que esses dois últimos conjuntos são aberto, portanto F é fechado .
1
x
Z Exemplo 10. Seja f : R → R dada por f(x) = x sen
x
2
+
13
se x 6= 0 e
f(0) = 0. A derivada no ponto zero é
x sen x1 + 13x
2
1 1
lim = lim xsen +
x→0 x x→0 x 13
1 1 1
f (x) = 2xsen
0
− cos + .
x x 13
1 1
Podemos tomar x 6= 0 arbitrariamente perto de 0 tal que sen( ) = 0 e cos( ) =
x x
1 daı́ tem-se f 0 (x) < 0, da mesma maneira com x 6= 0 arbitrariamente próximo de
1 1
zero com sen( ) = 1 , cos( ) = 0 e f 0 (x) > 0.
x x
Como f é contı́nua existem pontos muito próximos de zero tais que f 0 (x) = 0
0
(pontos crı́ticos), daı́ temos sequências de pontos crı́ticos que tendem a zero, porém
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 33
f 0 (0) > 0.
de Darboux
ln(x)
Z Exemplo 11. Seja f : R +
:→ R dada por f(x) =
x
, determinar os interva-
los de crescimento e decrescimento de f, seus pontos crı́ticos e seus limites x → 0
e x → ∞.
1 − ln(x)
Calculamos a derivada f 0 (x) = pela regra do quociente, o ponto crı́tico
x2
da função acontece quando ln(x) = 1 logo x = e, a derivada é positiva quando
1 − ln(x) > 0, 1 > ln(x) daı́ x < e, a derivada é negativa quando 1 − ln(x) < 0, 1 <
ln(x) daı́ x > e. Então temos
ln(x) ln(x)
Vamos mostrar que lim = −∞ e lim = 0. Para o primeiro limite
x→0 x x→∞ x
1
tomamos x da forma , daı́
2n
ln(x)
logo lim = −∞ pelo fato de f ser crescente para x < e. Para o outro limite
x→0 x
tomamos x = 2n logo
ln(2n ) ln(2)
=n n →0
2n 2
ln(x)
logo lim = 0 pois f é decrescente para x > e.
x→∞ x
ex ex (x − 1)
Z Exemplo 12. Seja g : R +
→ R com g(x) =
x
. Calculamos g 0 (x) =
x2
1
logo temos ponto crı́tico apenas para x = 1. Vale que ex > 0 e 2 > 0, daı́ o sinal
x
de g (x) depende de x − 1.
0
ex 1
Vale lim = ∞, pois tomando da da forma x = ln(1 + n ) temos com esse x
x→0 x 2
aplicado a função
1 1
(1 + n ) →∞
2 ln(1 + 21n )
ex
como a função é decrescente para x < 1 então lim = ∞. Da mesma forma, vale
x→0 x
x
e
que lim = ∞, pois f é crescente para x > 1 e tomando x = ln(n) tem-se
x→∞ x
eln(n) n
= →∞
n ln(n)
ln(n)
pois → 0.
n
π π
• tg : (− , ) → R
2 2
são bijeções com derivadas não nulas e calcule a derivada das funções inversas
arcsen, arccos e arctg.
π π
• (sen(x)) 0 = cos(x), que não se anula em (− , ), para x nesse intervalo
2 2
vale que cos(x) = (sen(x)) > 0 logo a função é crescente. A imagem da
0
−π π
função é (−1, 1), pois sen( ) = −1 , sen( ) = 1 e a função é contı́nua.
2 2
Como ela é crescente, então temos bijeção.
além disso a derivada nunca se anula em (0, π) . Pelo fato da função ser
decrescente temos bijeção .
π π
• A derivada de tg(x) é sec2 (x) > 0 em (− , ), portanto a função é cres-
2 2
π 1
cente. Vale limπ tg(x) = ∞, tomamos x = − , aplicando na função e
x→ 2 2 n
simplificando
cos( n1 )
→∞
sen( n1 )
portanto limπ tg(x) = ∞, de maneira semelhante mostramos que lim
−π
tg(x) =
x→ 2 x→ 2
π 1
−∞. Tomamos x = − + , aplicando na função e simplificando
2 n
cos( n1 )
− → −∞
sen( n1 )
Pelo fato da função ser contı́nua segue que sua imagem é R, por ser cres-
cente, temos bijeção.
Todas essas funções são bijeções, logo podemos definir suas funções inversas.
1
b Propriedade 34. D[arcsen(x)] = √ .
1 − x2
−1
b Propriedade 35. Vale D[arccos(x)] = √ .
1 − x2
p p
como sen(y) = 1 − cos2 (x) tem-se sen(y) = 1 − x2 então
1
y0 = −√ .
1 − x2
1
b Propriedade 36. Vale D[arctg(x] =
x2 +1
.
daı́ segue pelo teorema de Darboux que existe x3 com x1 < x3 < x2 tal que f(x3 ) = c.
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 38
hipótese de indução deve ter no máximo n raı́zes, porém para cada um dos n + 1
pares (x1 , x2 ), (x2 , x3 ), · · · , (xn+1 , xn+2 ), temos Pn+1 (xk ) = Pn+1 (xk+1 ) e daı́ pelo
teorema de Rolle existe ck entre xk e xk+1 tal que Pn+
0
1 (ck ) = 0, daı́ Pn+1 (x) possui
0
pelo menos n + 1 raı́zes ( uma para cada par (xk , xk+1 ) ), o que não pode acontecer,
pois Pn+
0
1 (x) possui no máximo n raı́zes, absurdo!. Então, um polinômio qualquer
f(b) − f(a)
α ∈ (a, b) tal que f 0 (α) = .
b−a
f(b) − f(a)
ê Demonstração. Seja a função g(x) = f(a) + (x − a) de [a, b] em
b−a
R, temos que g(a) = f(a) e g(b) = f(b) além do mais g é derivável, definimos então
h(x) = g(x) − f(x) de [a, b] em R, temos que h(x) é derivável, por ser soma de funções
deriváveis e temos também h(a) = g(a) − f(a) = 0 , h(b) = g(b) − f(b) = 0 pelo
teorema de Rolle existe α ∈ (a, b) tal que h 0 (α) = 0 mas h 0 (α) = g 0 (α) − f 0 (α) = 0 ,
f(b) − f(a)
e tem-se que g 0 (α) = donde segue
b−a
f(b) − f(a)
f 0 (α) = .
b−a
ê Demonstração. Definimos
subtraindo
, logo pelo teorema de Rolle existe c ∈ [a, b] tal que h(c) = 0, portanto
(x − y) = f 0 (c)(x − y) ⇒ f 0 (c) = 1,
absurdo .
b Propriedade 41. Seja f : [0, 1] → R uma função derivável tal que vale
|f 0 (x)| ≤ |f(x)| ∀ x
isto é, construı́mos y1 tal que |f(x)| ≤ x1 |f(y1 )|, supondo por indução a sequência
definida de y1 até yn nas condições supostas, vamos definir yn+1 , tomamos o intervalo
(0, yn ) e aplicamos o TVM que implica existir yn+1 com 0 < yn+1 < yn tal que
logo fica provada a existência de tal sequência (yn ). A sequência (yn ) converge
para algum valor y, como a função é contı́nua (por ser derivável), existe o limite
lim |f(yn )| = |f(y)| e vale lim xn |f(yn )| = 0 pois 0 < x < 1 e lim xn = 0, portanto por
aplicação de limite em
|f(x)| ≤ xn |f(yn )| ⇒ |f(x)| ≤ 0
daı́ f(x) = 0 ∀ x.
ê Demonstração. Vale que f(x.1) = f(x) + f(1) portanto f(1) = 0 desse fato e
f(x + 1)
lim = 1 segue que f 0 (1) = 1. Derivamos f(x.y) = f(x) + f(y) em relação à x
x→0 x
considerando y constante arbitrário, que resulta em yf 0 (x.y) = f 0 (x), tomando x = 1
1 1
tem-se yf 0 (y) = f 0 (1) = 1, portanto f 0 (y) = , como ln 0 (x) = , então ln(x) e f(x)
y x
diferem por uma constante, que deve ser nula pois f(1) = 0 = ln(1).
|f(bn ) − f(an )| α
|f 0 (c)| = lim ≥ =k>0
bn − a n b−a
o que entra em contradição com a hipótese de |f 0 (x)| ≤ k para todo x ∈ I.
sen(y) − sen(x)
= cos(c) ⇒
y−x
|sen(y) − sen(x)| = |y − x||cos(c)| ≤ |y − x|
f(y) − f(x)
B={ , x 6= y ∈ I}.
y−x
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 44
Vale que
• B⊂A
• B=A
ê Demonstração.
f(y) − f(x)
• B ⊂ A, pelo TVM que diz x, y ∈ I então existe x < c < y tal que =
y−x
f 0 (c).
• Da relação A ⊂ B temos que sup(B) ≤ sup(A) porém não pode valer sup(A) >
sup(B) pois sup(B) ∈ A (de A = B) da mesma relação temos inf (B) ≥ inf (A) e
não pode valer inf (B) > inf (A). Portanto sup(B) = sup(A) e inf (B) = inf (A).
D0 f(x) = f(x)
−1
b Propriedade 47. A função f : R → R com f(x) = e x2 para x 6= 0 e f(0) = 0,
satisfaz Dn f(0) = 0 para todo n ∈ N.
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 45
1 −1
ê Demonstração. Para x 6= 0 vale fn (x) = gn ( )e x2 onde gn é um polinômio.
x
Tal resultado segue por indução sobre n, pois para n = 1 a identidade se verifica
1 −1
f 0 (x) = 3 e x2 pela regra da cadeia. Supondo a validade para n, vamos provar para
x
n+1
1 −1 1 2 −1 1 1 −1 1 2 1 1 −1
fn+1 (x) = (fn (x)) 0 = (gn ( )e x2 ) 0 = gn ( ) 3 e x2 − 2 gn0 ( )e x2 = (gn ( ) 3 − 2 gn0 ( ))e x2 =
x x x x x x x x x
1 −1
= (gn+1 ( ))e x2 .
x
Agora provamos por indução que D f(0) = 0 para todo n ∈ N. Para n = 1 temos
n
−1
e x2 1 y
f (0) = lim
0
= lim 1 = lim y2 = 0.
x→0 x x→0 y→∞ e
xe x2
Supondo que Dn f(0) = 0, provamos agora que Dn+1 f(0) = 0
−1
basta
saber a t-ésima derivada de x o termo de mais alto grau, como vale D x =
n t n
n n−t
t! x , n ı́mpar e t é par implicam que n − t é ı́mpar, daı́ Dt p(x) é polinômio
t
de grau ı́mpar e existe c ∈ R tal que Dt p(c) = 0. No caso de t > n tem-se Dt p(x) =
0 ∀ ; x.
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 46
ê Demonstração.
Para todo x 6= c em (a, b) existe zx entre x e c tal que pelo TVM
f(x) − f(c)
= f 0 (zx )
x−c
daı́
f(x) − f(c)
f 0 (c) = lim = lim f 0 (zx ) = L
x→c x−c x→c
b Propriedade 51. Se f : I → R satisfaz |f(y) − f(x)| ≤ c|y − x|α com α > 1, c >
0, x, y ∈ R arbitrários então f é constante.
f(yn ) − f(xn )
lim = f 0 (a).
yn − xn
ê Demonstração. Pelo TVM, para cada yn , xn existe zn entre eles tal que
f(yn ) − f(xn )
= f 0 (zn )
yn − xn
daı́ lim zn = a por sanduiche e lim f 0 (zn ) = f 0 (a) por continuidade, logo
f(yn ) − f(xn )
lim = lim f 0 (zn ) = f 0 (a).
yn − xn
• f 0 (x) ≥ 0∀ x ⇒ f não-decrescente.
• f 0 (x) ≤ 0∀ x ⇒ f não-crescente.
ê Demonstração.
Tomamos x1 , x2 arbitrário em (a, b) com x2 > x1 , x2 − x1 > 0 então pelo teorema
do valor médio temos f(x2 ) − f(x1 ) = f 0 (c)(x2 − x1 ) para algum c ∈ (a, b), daı́ seguem
os casos
• f 0 (c) > 0 ⇒ f(x2 )−f(x1 ) = f 0 (c)(x2 −x1 ) > 0 daı́ f(x2 ) > f(x1 ) então f é crescente.
• f 0 (c) < 0 ⇒ f(x2 ) − f(x1 ) = f 0 (c)(x2 − x1 ) < 0 daı́ f(x2 ) < f(x1 ) então f é
decrescente.
ê Demonstração.
• Se f 00 for contı́nua em c e vale f 00 (c) < 0, então por continuidade vale o item
anterior.
• Se f 00 for contı́nua em c e vale f 00 (c) > 0, então por continuidade vale o item
anterior.
f 00 (c) 6= 0.
f(d) < f(c), que é absurdo, então tais intervalos devem ser diferentes e portanto f é
injetiva implicando que m é enumerável.
1.6.5 Funções Cr
−f 00 (x)
g 00 (y) = .
[f 0 (x)]3
se x racional e
g(x) = x
Seja uma sequência (xn ) de número irracionais tal que lim xn = 0 temos que
f(xn ) − f(0) xn
lim = lim =1
xn − 0 xn
pois f(0) = sen0 = 0 pois 0 é racional Seja agora (yn ) uma sequência de números
racionais com lim yn = 0 segue a derivada
logo tanto por racionais quanto por irracionais o resultado da derivada da função
em 0 é 1 assim a derivada existe e tem valor 1.
g(x) = senx
se x ∈ Q e
g(x) = x2
Z Exemplo 19. Seja f : (−a, a) → R uma função derivável par. Mostre que f 0
é ı́mpar em (−a, a).
A função f tem propriedade f(x) = f(−x) derivando segue f 0 (x) = −f 0 (−x) logo
a função derivada é ı́mpar.
ê Demonstração. Por indução sobre n, temos que f(−x) = f(x), derivando pela
regra da cadeia tem-se −f 0 (−x) = f 0 (x), logo a propriedade vale para n = 1. Suponha
que vale para n, Dn f(−x) = (−1)n Dn f(x), vamos provar a validade para n + 1. Seja
g(x) = Dn f(x) então g(−x) = Dn f(−x) e vale
vale para n = 1. Suponha que vale para n, Dn f(−x) = (−1)n+1 Dn f(x), vamos provar
a validade para n + 1. Seja g(x) = Dn f(x) então g(−x) = Dn f(−x) e vale
derivando pela regra da cadeia tem-se g 0 (−x) = (−1)n g 0 (x) = (−1)n+2 g 0 (x) portanto
Z Exemplo 23. Sejam x ∈ R e f(x) = sen x + cos x. Mostre que f(x) = 1 para
2 2
todo x ∈ R.
Derivando a função segue f 0 (x) = 2cosx.senx − 2senx.cosx = 0 e tem-se
f(0) = sen2 0 + cos2 0 = 1, pela propriedade decorrente do TVM que se a derivada
de uma função é 0 então a função é constante segue que f(x) = c e como f(0) = 1
segue que essa constante é 1 logo sen2 x + cos2 x = 1.
Z Exemplo 24. Use a regra da cadeia para determinar a derivada das seguintes
funções
1
h(x) = e x , x 6= 0
1
f(x) = sen 2 , x 6= 0
x
CAPÍTULO 1. DERIVADAS 57
1
Usando a regra da cadeia para a função g( ) tem-se −n(x)−n−1 g 0 (x−n ) logo
xn
1
h 0 (x) = −x−2 e x
1
−3
f (x) = −2x cos 2 .
0
x
se x 6= 0 e
g(x) = 0