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QUI29MAR
Quinta-feira
29 de Março de 2018
Ano 42 • N.º 15217

Kz 45,00
Director: VÍCTOR SILVA
Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR
www.jornaldeangola.co.ao

FACTURAS SOBRE TRABALHOS NÃO REALIZADOS AO ESTADO

NESTA EDIÇÃO

LUCIANO ROCHA
Luanda precisa de amor
e de quem a trate bem
OPINIÃO • 7
COMUNICAÇÃO SOCIAL
Ministro na Lunda-Norte
defende centros regionais
POLÍTICA • 3
PARACETAMOL
Inspecção investiga no país
analgésico proibido
em Lisboa
SOCIEDADE • 24
MARÇO-MULHER
Dívidas estão sob investigação
Denúncias da secretária de Estado para as Finanças e Tesouro provocaram a reacção do procura-
dor-geral da República que prometeu apurar as suspeitas. O Ministério das Finanças começa
em Abril a liquidação da dívida com as diversas empresas que prestaram serviços ao Estado
A Procuradoria-Geral da Repú- tema, no período de 2014/2016, e temos todo o motivo para iniciar demore. No ano passado, foram
blica (PGR) abriu uma investi- superava os mil milhões de kwan- um processo de inquérito para assinados acordos de regulari-
gação sobre as denúncias feitas zas e que 25 por cento do valor apurar a verdade e, depois, dar- zação de dívida no valor de
pelo Ministério das Finanças de correspondia a serviços não pres- mos outros passos”, disse Hélder 87.170 milhões de kwanzas, que
existência de facturas sobre tra- tados ou fraude. O procurador- Pitta-Grós à imprensa. A situa- correspondem à regularização
balhos não realizados. Na terça- geral da República esclareceu ção dos atrasados não registados da dívida de 137 prestadores de
feira, a secretária de Estado para que é dever da PGR averiguar as no sistema constitui, segundo serviço. As dívidas registadas no
as Finanças e Tesouro, Vera Daves, denúncias, principalmente por o Ministério das Finanças, um sistema entre 2014 e 2016 estavam
revelou que a estimativa total de terem vindo da secretária de dos motivos que faz com que o estimadas em 391,145 mil milhões
atrasados não registados no sis- Estado. “É uma denúncia pública pagamento da dívida pública de kwanzas. POLÍTICA • 2

PROPOSTA NO PARLAMENTO HÁ 15 ANOS NOME DE NUNDA

Irina Vasconcelos canta

Há pessoas no país a morrer Procuradoria
admite falhas
sábado no Palácio de Ferro
CULTURA • 29

COMUNICADO DA CEAST
por falta de um transplante na divulgação
O procurador-geral da
Igreja Católica PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
República admitiu falhas
denuncia falso bispo da PGR ao revelar o nome
ÚLTIMA • 32 do chefe do Estado-Maior
General das FAA na ten-
LIGA DOS CAMPEÕES tativa de burla milionária
ao Estado por empresários
estrangeiros, sem o noti-
ficar primeiro. O procu-
rador-geral da República
confirmou, também, que
José Filomeno dos Santos
fez-se presente na DNIAP
para assinar o termo de
identidade e residência
e entregou os seus pas-
saportes. POLÍTICA • 2

1º de Agosto vai encaixar LIVRE COMÉRCIO

mais de 500 mil dólares
DESPORTO • 31
NATAÇÃO
Selecção obteve 22
medalhas
no zonal do Malawi
DESPORTO • 30
RETALIAÇÃO ADIADA
Vladmir Putin está aberto
para diálogo com Trump
MUNDO • 9
TRANSPORTES
Ministro Augusto Tomás
defende redução de custos
ÚLTIMA • 32
No ano passado, morreram 286
pacientes, que podiam ter sido
salvas se houvesse, no país,
uma autorização para os médi-
cos fazerem transplantes de
órgãos. Uma proposta de Lei de
PAULO FLORES
Só quero que
Transplante de Órgãos está enca-
lhada na Assembleia Nacional
há 15 anos. O presidente da
Sociedade Angolana de Nefro-
logia, Matadi Daniel, pede sen-
sibilidade dos legisladores, já
Angola prepara
alguns produtos
que os médicos não podem fazer
transplantes de rim sem que a para o mercado
lei seja aprovada, sob pena de
serem presos e afirma que o fim Angola está a preparar-se
do tratamento das pessoas não para que entre cinco e dez
pode ser a morte. SOCIEDADE • 25 anos tenha produtos para
introduzir na Zona de Livre
Comércio da África. A
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO União Europeia disponibi-
lizou 12 milhões de euros
para desenvolver a cadeia
de valores do sector pro-
dutivo angolano. ECONOMIA • 11
CAMARÕES

as pessoas Presidente Biya

pode concorrer
sejam felizes ENTREVISTA • 4 E 5
a novo mandato
ÁFRICA • 8
2 POLÍTICA Quinta-feira
29 de Março de 2018

DENÚNCIAS DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Procuradoria investiga fraude

no serviço da dívida pública
Procurador-geral da República, Hélder Pitta-Grós, justificou ontem a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades
em função das recentes declarações à imprensa feitas pela secretária de Estado para as Finanças e Tesouro, Vera Daves

MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Adelina Inácio

A Procuradoria-Geral da
República (PGR) vai inves-
tigar a denúncia do Minis-
tério das Finanças sobre
uma alegada burla ao serviço
da dívida pública.
O anúncio foi feito ontem,
em Luanda, pelo procurador-
geral da República, Hélder
Pitta-Grós, em declarações à
imprensa, em consequência
de denúncias do Ministério
das Finanças de suspeitas de
existência de facturas sobre
trabalhos não realizados.
Hélder Pitta-Grós escla-
receu que é dever da PGR
averiguar as denúncias, prin-
cipalmente por ter vindo da
secretária de Estado para as
Finanças e Tesouro, Vera
Daves, que disse que dados
analisados pelo Ministério
das Finanças apontam que
25 por cento da dívida do
Estado para com as empresas
corresponde a processos
fraudulentos.
“Ainda há muito trabalho
por se fazer, muito trabalho,
mas a verdade é que 25 por
cento do que foi analisado
é um serviço que não foi
prestado”, realçou a secre- Conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República perspectiva os desafios da instituição no âmbito do seu novo regime especial de carreiras
tária de Estado.

“É uma denúncia
pública, e temos
todo o motivo para
iniciar um processo
de inquérito para
apurar a verdade e,
depois, darmos
outros passos”
“É uma denúncia pública,
e temos todo o motivo para
iniciar um processo de in-
quérito para apurar a verdade
e, depois, darmos outros pas-
sos”, disse o procurador-geral
da República.
O magistrado afirmou que
a PGR soube da fraude ape-
nas depois da denúncia da
secretária de Estado para as
Finanças e Tesouro. “Só terça-
feira última é que a PGR soube
de fonte segura, e acho que
isso é público. Os cidadãos
sabiam que havia alguma
coisa que não estava bem em
relação à dívida pública, mas
atempadamente soubemos
que o Ministério das Finanças
tinha mandado fazer um tra-
balho em algumas empresas
para ver o que se passava. O
trabalho foi feito, o resultado
já foi divulgado e a partir daí
vamos trabalhar com base
nesses resultados”, disse o
procurador-geral da Repú-
blica, Hélder Pitta-Grós.
A secretária de Estado para
as Finanças e Tesouro afirmou,
na terça-feira, que a estimativa
total dos atrasados não regis-
tadas no sistema, no período
de 2014-2016, superam cerca
de mil milhões de kwanzas
(equivalente a cinco mil mi-
lhões de dólares), 25 por cento
dos quais corresponde a ser-
viços não prestados ou fraude,
e são relativos a 1.700 recla-
mações de serviços supos-
tamente prestados.
Regime dos funcionários
O procurador-geral da Repú-
blica acusou o Sindicato Na-
cional dos Técnicos de Justiça
e Funcionários Administra-
tivos de criar obstáculos à
Procurador-geral reconhece erro ao revelar nome de Nunda
O procurador-geralda Repú-
blica, Hélder Pitta-Grós, reco-
nheceu que a PGR “errou”
ao revelar o nome do chefe
do Estado-Maior General das
Forças Armadas Angolanas,
Geraldo Sachipengo Nunda,
no caso de tentativa de burla
milionária ao Estado por
empresários estrangeiros.
O magistrado afirmou que
o trabalho da PGR não é fácil,
preparação do regime de car-
reira especial da PGR.
Hélder Pitta-Grós afirmou
que o sindicato da PGR "não
contribuiu em nada" para a
produção do referido regime
jurídico da instituição, apre-
ciado recentemente pelo
Conselho de Ministros, e que
esteve no centro da greve na
instituição. “O sindicato não
contribuiu em nada, pelo
contrário procurou de todas
as formas criar obstáculos,
mas o compromisso com os
funcionários era mais forte”,
disse o magistrado.
O regime especial de car-
reiras dos técnicos de Justiça
da PGR e as regras de tran-
sição para as carreiras deste
regime jurídico especial pode
entrar em vigor em breve,
tendo em conta os novos
desafios do país. “Não está
a ser fácil encarar os novos
desafios, estamos todos a
aprender e é natural que a
PGR cometa alguns erros. É
com os erros que se aprende”,
disse o procurador-geral.
“Não é correcto que o
general Nunda venha saber
ser arguido através dos órgãos
de comunicação social. Devía-
depois da apreciação ontem
pelo Conselho de Ministros.
Os diplomas que com-
põem este regime visam o
reajuste das carreiras do
regime vigente. Os diplomas,
que estabelecem o regime de
transição de funcionários da
carreira geral para a carreira
especial dos funcionários e
técnicos de Justiça e aprova
o regime de carreira especial
dos funcionários de Justiça
dos técnicos da instituição,
põem fim a uma série de rei-
vindicações dos trabalha-
dores e técnicos e devolve a
sua dignidade e justiça.
O procurador-geral da Re-
pública reconheceu as difi-
culdades que os funcionários
vivem. Hélder Pitta-Grós disse
que o regime vai ao encontro
mos ter feito a notificação
em local certo”, disse o pro-
curador-geral da República.
Hélder Pitta-Grós reco-
nheceu que deviam ser cita-
dos os nomes de outros
generais envolvidos no pro-
cesso, e não apenas o do
general Nunda. O procura-
dor-geral da República afir-
mou que estão também
envolvidos no mesmo pro-
das expectativas e necessi-
dades dos funcionários da
instituição. A sua implemen-
tação, garante, deve acon-
tecer em breve.
Hélder Pitta-Grós, que
falava na abertura do con-
selho consultivo da institui-
ção, disse que assumiu desde
Janeiro o compromisso de
empenhar-se no resgate dos
projectos de diplomas da
instituição que já existem e
actualizá-los.
Justificações da PGR
O procurador-geral da Repú-
blica confirmou que José Filo-
meno dos Santos esteve na
DNIAP para assinar o termo
de identidade e residência e
entregou os passaportes. Hél-
der Pitta Grós afirmou que
cesso generais conhecidos
pelos cognomes de “Arsé-
nio” e “Led”.
Em conferência de im-
prensa, o responsável da
Direcção Nacional de Inves-
tigação e Acção Penal con-
firmou o envolvimento do
chefe de Estado-Maior Ge-
neral das Forças Armadas
Angolanas, Geraldo Sachi-
pengo Nunda.
José Filomeno dos Santos
assinou o documento ape-
nas na terça-feira “porque
na altura em que foi noti-
ficado como arguido estava
ausente do país, tendo sido
feita a notificação através
do seu advogado.
“O procurador-geral afir-
mou que o ex-gestor do
Fundo Soberano chegou há
dias ao país e cumpriu o seu
dever de cidadão que quer
prestar um bom serviço à
justiça. Hélder Pitta-Grós
confirmou que José Filomeno
dos Santos foi interrogado
no princípio de Março , “mas
quando foi feito o despacho
sobre as medidas cautelares
não estava no país”.
O procurador-geral disse
que a notificação foi feita por
via do seu advogado. “Portanto,
essa é uma questão entre ele
e o advogado”, disse o pro-
curador-geral.
Sobre Belarmino Van-
Dúnem, disse que a PGR res-
peita a opinião dele, mas escla-
rece que ser arguido não sig-
nifica que já tenha alguma
responsabilidade criminal,
porque ainda não foi acusado.
“Há indícios dele ter cometido
algum facto ilícito, há uma
investigação em curso”, disse,
esclarecendo que é benéfico,
porque tem mecanismos mais
amplo de defesa.
POLÍTICA Quinta-feira
29 de Março de 2018
RECONHECIMENTO
Processo dos 50
impulsionou
a independência
O Processo dos 50 permitiu
que a ONU começasse a dis-
cussão sobre a Independên-
cia de Angola e internamente
culminou com os massacres
de Icolo e Bengo e da Baixa
de Cassanje, disse o nacio-
nalista Amadeu Amorim.
O nacionalista prestou estas
declarações ontem, à impren-
sa, após depositar flores no
Largo da Independência, em
Luanda, para homenagear o
primeiro Presidente de Ango-
la, António Agostinho Neto,
no âmbito do 29 de Março de
1959, data do início da deten-
ção de 50 patriotas.
Amadeu Amorim lembrou
que a 29 de Março começa-
ram as prisões e reconheceu
que o processo foi a “mola
impulsionadora”, que deu
expressão e conhecimento
ao mundo de que Angola e
os angolanos queriam lutar
pela sua Independência,
contrariando tudo o que a
propaganda colonial portu-
guesa difundia.
“O Processo dos 50 foi
um tiro dado no pé pela polí-
cia política portuguesa, por-
que possibilitou que inter-
nacionalmente se soubesse
que os angolanos lutavam
pela Independência e abriu
as portas para a ONU come-
çar a discussão”, recordou
o nacionalista.
“Em Dezembro aconteceu
o massacre de Icolo e Bengo,
em Janeiro o levantamento
da Baixa de Cassanje, no mês
seguinte o 4 de Fevereiro, em
Março a UPA lançou a sua
luta, seguindo-se a fuga de
100 estudantes da Casa dos
Estudantes do Império, que
engrossaram a luta no exte-
rior”, disse o nacionalista,
adiantando que esse movi-
mento foi provocado pela pri-
são dos nacionalistas do Pro-
cesso 50, que deram a conhe-
cer Angola e ao mundo e liber-
taram as consciências.
O governador da província
de Luanda, Adriano Mendes
de Carvalho, afirmou que o
Governo provincial pretende
homenagear os nacionalistas
incluindo-os na toponímia
da capital angolana ou atri-
buindo os seus nomes a ins-
tituições de ensino.
Adriano Mendes de Car-
valho adiantou que o Pro-
cesso 50 é um legado que
todos devem apoiar.
PAULINO DAMIÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Nacionalista Amadeu Amorim
Benguela
MPLA REALIZA DEBATE SOBRE AS AUTARQUIAS
O Comité Municipal do MPLA no Lobito vai debater no sábado, na
Canjala, o tema sobre as autarquias locais e as acções do Governo
central, provincial e municipal. O debate enquadra-se no âmbito
do processo de apresentação da agenda política do MPLA para
2018. Na Canjala, o primeiro secretário do MPLA no Lobito, Nelson
Joaquim da Conceição, vai reunir-se também com o secretariado
comunal do partido, para se inteirar do seu funcionamento e das
dificuldades que enfrenta para o desempenho da sua actividade.
comércio de materiais de construção e carpintaria.
LUNDA-NORTE
ACNUR solicita apoio
para assistir refugiados
O Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Refu-
giados (ACNUR) precisa de
64 milhões de dólares para
atender às emergências dos
refugiados da República
Democrática do Congo (RDC),
instalados na província da
Lunda-Norte.
O apelo da agência das
Nações Unidas foi lançado
ontem, em Luanda, pela re-
presentante do ACNUR em
Angola, Philippa Candler, no
seminário sobre “O papel da
comunicação social na pro-
tecção dos refugiados”.
Os 64 milhões de dólares
solicitados para os refugiados
na Lunda-Norte são para res-
ponder às necessidades de
educação, protecção, saúde,
higiene e abrigo dos refugiados
congoleses na província.
Philippa Candler indicou
que, a nível regional, a orga-
nização precisa de 504 milhões
de dólares de financiamento
das agências das Nações Uni-
IMPRENSA
Comunicação Social
cria centros regionais
O Ministério da Comunicação
Social está a trabalhar na
criação de mecanismos que
visam fomentar a instalação
de centros de imprensa regio-
nal do Jornal de Angola e da
TPA, para facilitar a produção
de conteúdos noticiosos a
nível local, anunciou ontem,
em Saurimo, o titular da
pasta, João Melo.
Num encontro com os di-
rectores dos órgãos de comu-
nicação social públicos na
região, que decorreu no salão
nobre do governo provincial,
João Melo defendeu a neces-
sidade de os profissionais,
no exercício das suas acti-
vidades, observarem o rigor,
a transparência e a respon-
sabilidade, passando imagens
reais dos acontecimentos do
país, “em detrimento de fan-
tasias”, disse, para não per-
derem credibilidade.
O papel dos gabinetes de
Comunicação Institucional
e Imprensa (GCII), sublinhou,
é indispensável e representa
o elo de ligação com os órgãos
de comunicação social.
João Melo pediu aos go-
vernadores das três provín-
cias (Lunda-Norte, Lunda-
das para dar resposta à crise
na RDC. Philippa Candler
esclareceu que, neste momen-
to, o ACNUR e o governo ango-
lano fizeram o registo biomé-
trico de 35 mil refugiados, dos
quais 25 mil recebem assis-
tência alimentar. Destes, 77
por cento são mulheres e
crianças, que se encontram
no assentamento de Lóvua,
Lunda-Norte.
Philippa Candler afirmou
ainda que tem havido apoio
regular aos refugiados, subli-
nhando que, para o ACNUR
e os seus parceiros continua-
rem a prestar assistência ao
governo de Angola na resposta
aos refugiados, é fundamental
obter financiamento da parte
dos países doadores. “Em
Angola, o ACNUR e parceiros
estão a fornecer apoio, não
só aos refugiados, mas tam-
bém à população local, de
forma que tenha uma coesão
social e para o desenvolvi-
mento da província”.
Sul e Moxico) a prestarem
apoio material aos órgãos de
comunicação social, no que
toca aos transportes e com-
putadores, para minimizar
as dificuldades que enfren-
tam no exercício das suas
actividades.
Acrescentou que está em
curso um estudo de viabi-
lidade entre os ministérios
da Comunicação Social e das
Telecomunicações e Tecno-
logias de Informação, para
imprimirem nova dinâmica
na expansão dos sinais da
TPA e da Rádio Nacional a
todos os municípios.
Os participantes apresen-
taram preocupações ligadas
à falta de meios de transportes
para a deslocação dos pro-
fissionais para zonas de difícil
acesso, instalações das dele-
gações da Angop nas Lundas
Norte e Sul, entre outras.
Em Saurimo, o ministro
avaliou o nível de organização
e funcionamento dos órgãos
de comunicação social, além
de orientar um seminário
metodológico sobre comu-
nicação institucional, dirigido
aos profissionais.
Kamuanga Júlia|Saurimo
DESENVOLVIMENTO LOCAL
Seminário juntou em Ndalatando a sociedade civil para discutir os desafios de desenvolvimento
Executivo prevê redução
do impacto da pobreza
Prioridade nas comunidades rurais passa pela inclusão de ex-
militares no processo de produção e de geração da renda familiar
Marcelo Manuel| Ndalatando
O Governo prevê reduzir o
impacto da pobreza no seio
de cerca de três milhões de
cidadãos até 2022, através
da execução de projectos
ligados à agricultura, pesca,
comércio rural, obras públi-
cas, habitação e pequenas
indústrias, inseridos no pro-
grama de desenvolvimento
local e combate à pobreza.
O facto foi anunciado
terça-feira, em Ndalatando,
pelo secretário de Estado da
Acção Social, Lúcio do Ama-
ral, no encerramento do
seminário provincial sobre
a disseminação e orientação
metodológica do Plano Inte-
grado de Desenvolvimento
Local e Combate à Pobreza,
destinado a administradores
municipais e seus adjuntos.
De acordo com Lúcio do
Amaral, a prioridade do pro-
grama recai para a conclusão
do processo de reintegração
de 80.537 ex-militares em
projectos de produção de bens
e serviços, para além da des-
mobilização e atribuição de
subsídios a outros 41.182,
entre sargentos e praças.
Com a execução do pro-
grama, Lúcio do Amaral acre-
dita que o Estado pode reduzir
os índices de incidência da
pobreza de 36,6 por cento
para 25 por cento até 2022,
criando efeitos geradores de
renda e de produção.
Lúcio do Amaral chamou
a atenção dos gestores muni-
cipais para a necessidade de
se corrigir os erros do pas-
sado, melhorando as acções
do presente a favor dos cida-
dãos que mais precisam do
apoio do Estado, para que se
possa, de forma paulatina,
reverter a situação de depen-
dência social em que actual-
mente se encontram.
O Cuanza-Norte, disse,
possui cerca de dois mil ex-
militares por reintegrar, facto
que, no seu entender, coloca
a província entre as que devem
concluir o processo de rein-
tegração num curto espaço
de tempo.
Lúcio do Amaral
acredita que o
Estado pode reduzir
os índices de
incidência da
pobreza de 36,6 por
cento para 25 por
cento até 2022,
criando efeitos
geradores de renda
e de produção
A vice-governadora do
Cuanza-Norte para o Sector
Político, Social e Económico,
Leonor Garibaldi, destacou
a pertinência do programa,
pelo facto de apresentar pre-
missas que concorram para
a erradicação da pobreza
extrema, criando condições
para uma nova etapa de desen-
volvimento e potenciação da
riqueza nacional.
Os participantes recomen-
daram o ajustamento dos indi-
cadores dos vários projectos
inseridos no programa, em
função das rubricas definidas
no Plano Integrado de Desen-
volvimento Local, privile-
giando acções que garantam
maiores probabilidades de
sustentabilidade. Os partici-
3
NILO MATEUS | EDIÇÕES NOVEMBRO
pantes recomendaram tam-
bém o reforço dos mecanismos
de monitorização, acompa-
nhamento e fiscalização do
Plano Integrado, nos três níveis
de intervenção, central, pro-
vincial e municipal.
Participaram no evento
directores nacionais do Minis-
tério da Acção Social, Família
e Promoção da Mulher, mem-
bros do Governo provincial
do Cuanza-Norte, adminis-
tradores municipais e adjun-
tos, delegados e directores
de órgãos locais.
Em Malanje, num encon-
tro semelhante, o secretário
de Estado da Acção Social
pediu aos administradores
municipais, mais disciplina
e eficiência na gestão da coisa
pública, para o êxito do Plano
Integrado de Desenvolvi-
mento Local e Combate à
Pobreza.
A conclusão do processo
de reintegração de ex-mili-
tares, constitui prioridade
do Executivo, lembrou o
secretário de Estado, e asse-
gurou que o Plano Integrado
vai dar especial atenção à
localização dos potenciais
beneficiários do projecto de
inclusão produtiva, de acordo
com as estatísticas oficiais
do Instituto de Reintegração
Sócio -Profissional dos ex -
Militares (IRSEM).
Lúcio do Amaral apontou
Malanje, como uma das pro-
víncias mais preparadas em
que é possível concluir o pro-
cesso de reintegração de ex-
militares, em curto espaço de
tempo. Pediu mais reflexão
sobre as vantagens do processo
de descentralização e des-
concentração administrativa.
4 ENTREVISTA Quinta-feira
29 de Março de 2018

PAULO FLORES

“As pessoas têm confiança

na forma como exponho
a nossa dor, a nossa mágoa
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

e a nossa esperança”
Músico, intérprete e compositor distinguido
como continuador das raízes do Semba, Paulo
Flores abre hoje, de forma excepcional, a pre-
sença na quinta temporada do projecto “Show
do Mês”, no Royal Plaza Hotel, em Talatona. Em
entrevista ao Jornal de Angola, o cantor fala da
carreira, que entra para a casa dos 30 anos: “As
pessoas deixam-me falar sobre elas. Têm con-
fiança na forma como exponho a nossa dor, a
nossa mágoa e a nossa esperança. E, por tudo
isso, 30 anos depois estar aqui. Cada vez a fazer
mais músicas, mais letras. Tenho guardadas 60
ou 70. Tenho, talvez, 50 ou 60 convites para gra-
var. Não posso responder a todos. Há muita
gente que me liga porque quer gravar um disco e
acha que posso ajudar.”

Honorato Silva
Por quê só agora Paulo Flores
no “Show do Mês”, num pro-
jecto cultural da Nova Energia,
que há cinco anos tem marcado
a diferença no showbiz?
Foi mais um problema de
datas. Abordámos a questão
no ano passado e no antepas-
sado. Mas o espaço para encai-
xar acabou por colidir sempre
com a minha agenda.
Sente que chega tarde, a julgar
pela forma como os seus fãs
e admiradores acolheram o
anúncio do show?
Neste caso não é tarde. É na
altura certa. No início do ano
em que faço 30 anos de car-
reira. Aliás, o Yuri Simão e o
Álvaro Fernandes são, diga-
mos, os meus delfins. Lem-
bro-me que, quando fizemos
aquele show ao vivo no Karl
Marx, estiveram lá comigo.
Participaram em tudo. Lem-
bro-me que, no fim, nos
demos um abraço. Depois de
tantos anos, pois aquilo foi
em 2002 ... Já passou algum
tempo; é uma grande satis-
fação ver também o cresci-
mento deles. Esse é o principal
motivo que me faz estar aqui.
Como encara o Show do Mês
um músico com vasta expe-
riência?
O Show do Mês é diferente.
É um espectáculo onde o
próprio público é parte inte-
grante. Fiquei bastante im-
pressionado com essa procura.
Sentir que as pessoas estão
envolvidas e querem também
fazer parte.
É a primeira vez que está no
evento, como cartaz. Já esteve
alguma vez na plateia?
Também não. Nunca existiu
essa oportunidade. Sempre
que há concertos eu também
estou a actuar.
Mas, certamente, já seguiu
pela Internet…
Aí sim! Vi vários espectáculos.
Vi o Carlitos, o Show Piô. Vi
várias coisas. Por exemplo,
não me posso esquecer do
show de músicas antigas,
creio ser Angola70’s, e o Can-
tar Teta Lando. Infelizmente,
como disse, ao vivo ainda
não foi possível.
Que representa para si o facto
de estar a secundar Elias dya
Kimuezo, “Rei da Música Ango-
lana”, quando a quarta tem-
porada foi encerrada por
Carlitos Vieira Dias?
Percebo o peso da respon-
sabilidade. Mas não quero
pensar muito nisso, para não
ficar mais nervoso (risos).
De facto, é o que eu digo. É
mais uma prova de que o
“Show do Mês” tem o seu
critério. Acho que, no fundo,
tanto os mais velhos como
os mais novos entendem a
dimensão e esse critério.
Sobretudo, a dignidade que
é dada, tanto para o público
como para os músicos. Saber
que o Tio Carlitos e o Tio Elias
estiveram no show, que saí-
ram satisfeitos e que toda a
gente os aplaudiu como
merecem, é, na verdade, isso
que procuramos. Que a nossa
memória, os nossos ídolos,
que aqueles que são os pre-
c u rs o re s d o q u e s o m o s
tenham também essa retri-
buição em vida. Acho que o
“Show do Mês” foi emocio-
nante, pelo que consegui
perceber.
De que forma encara toda esta
expectativa criada pela sua
presença no projecto, sendo
que os bilhetes esgotaram 20
dias antes do espectáculo?
Foi o que eu disse ao Yuri e
à Yuma! Isso só acontece tam-
bém por o “Show do Mês”
ser o “Show do Mês”. Acho
que se não fosse eu também
estaria cheio, com certeza.
Porque o crédito que as pes-
soas dão ao trabalho que tem
sido feito já faz, à partida,
com que tenham interesse
em querer estar. Hoje em dia,
principalmente nós, que já
temos mais de 45 anos, sair
de casa é só mesmo quando
sabemos que vamos ser bem
tratados, que as coisas vão
correr bem. Acho que esse é
um mérito também do “Show
do Mês”. Lembro-me quando
eu tocava as “Temporadas”
na Casa 70, acho que foram
14 anos seguidos, estava sem-
pre cheio. Isso tinha a ver tam-
bém com o próprio espaço.
Claro que as pessoas têm um
carinho por mim. Mas, se
não fosse por fazer com eles,
Nova Energia, não seria tão
rápido. Pelo menos o esgotar
dos dois dias. É um carinho
para mim e a confirmação
do crédito e da qualidade do
“Show do Mês”.
“Pretendo fazer algo
mais perto do
público. Não sei se
vou conseguir tão
cedo, porque ainda
tenho outras coisas
por fazer. Quero
montar um palco
no Cazenga, onde
nasci, e começar a
tocar. Oferecer
aquilo ao público,
assim, sem
expectativa...”
No seu quinto ano de existên-
cia, o projecto só registou essa
romaria por bilhetes no Show
Piô, que é recorrente, Euclides
da Lomba e “Eduardo Paím
40 anos”.
Como vê, já citou mais de um
caso. Fico satisfeito por per-
ceber que as pessoas me que-
rem ver e também têm esse
carinho pela minha música.
Faço a música pelo amor ao
lugar e às pessoas. Aliás, a
minha música acaba por nem
ser minha, muitas das vezes.
A minha parte no início era
quase um desabafo. Uma
forma quase de sobreviver.
Hoje em dia, é também um
privilégio perceber como é
que aquela coisa, que eu
achava tão íntima e tão pes-
soal, conseguiu tocar a vida
de tantas pessoas. Quando o
Yuri começa a promoção do
show, no facebook, com
aquela minha foto aos quatro
anos de idade, até eu senti.
Tive de escrever. Acho que
foi também essa abordagem,
que nos chega ao coração,
dos tempos que não voltam
mais, que fez com que as pes-
soas rapidamente quisessem
estar. É um pouco isso. Uma
partilha de vida; de trajecto
comum. Paulo Flores, “Show
do Mês” e os showistas, não
é assim que são tratados?!
Com esse movimento, nasce
aqui alguma coisa noutra
dimensão, num espaço mais
amplo, já na perspectiva da
celebração dos 30 anos de car-
reira?
Já fui abordado pelo Yuri. Eu
queria comemorar em Agosto,
o mês em que lancei o pri-
meiro disco. Mas tenho várias
ideias para celebrar esses 30
anos. A principal é dar de
volta. Pretendo fazer algo
mais perto do público. Não
sei se vou conseguir tão cedo,
porque ainda tenho outras
coisas por fazer. Vou ao Brasil
e tenho shows marcados na
Europa. Para preparar como
eu quero, que no fundo é um
show surpresa. Quero montar
um palco no Cazenga, onde
nasci, e começar a tocar. Ofe-
recer aquilo ao público, assim
sem expectativa, era o que eu
gostava de fazer mesmo. Mas
acho que não é impeditivo de
fazermos um show no CCB e
ir a outros lugares mais peque-
nos, como, por exemplo, à
Casa das Artes.
Perto de completar três déca-
das de estrada como criador
artístico, em quase 46 anos
de vida, que avaliação faz
da carreira. Em retrospectiva,
seguiria o mesmo percurso
ou evitaria alguns caminhos?
Responder a isso é compli-
cado. Acho que consegui
muito mais coisas do que eu
esperava. Também porque
nunca espero muito. Não faço
por estar à espera de alguma
coisa. Também nunca fico
muito tempo a pensar “fiz
isso mal, devia ser assim”. É
complicado. O que acho é
que me sinto um privile-
giado, sinceramente! Con-
segui tocar a vida de muitas
pessoas. No início, não dava
assim muito valor. Queria
mudar o mundo. Não queria
ser famoso. Quando começo
a perceber que, se calhar, o
mundo é que me mudou,
houve alturas de grande
desencanto. Achava que não
tinha conseguido nada. De
repente, começou a haver
uma quantidade de pessoas
a vir ter comigo, em diversos
momentos, com depoimentos
sobre a minha música, a for-
ma como influenciou a vida
delas. Aí consegui perceber
que às vezes ao tentarmos
salvar uma vida, acabamos
por salvar milhares.
ENTREVISTA Quinta-feira
29 de Março de 2018
Tem tido o retorno das pes-
soas?
E de que maneira! As pessoas
deixam-me falar sobre elas.
Têm confiança na forma
como exponho a nossa dor,
a nossa mágoa e a nossa espe-
rança. E, por tudo isso, 30
anos depois estar aqui; cada
vez a fazer mais músicas,
mais letras. Tenho guardadas
60 ou 70. Tenho, talvez, 50
ou 60 convites para gravar.
Não posso responder a todos.
Há muita gente que me liga,
porque quer gravar disco e
acha que posso atender a
todos. O que quero dizer é
que sinto que estou vivo e
influenciei muita gente. Mui-
tos músicos do rap, até do
kuduro! Sinto-me vivo e hon-
rado por ser quem sou. E nes-
tes 30 anos nunca pensei
chegar aqui com essa vida,
com essa vontade. Em termos
físicos, acho difícil. Mas em
termos de espírito e daquilo
que quero ainda dizer, acho
que teria ainda mais 30 anos
pela frente e mais 17 ou 18
discos para fazer.
O casamento da sua música
com o actual contexto social
do país traz alguma memória
de um tempo já vivido, como,
por exemplo, a abordagem
feita em 1998, no disco “Perto
do Fim”?
Há na verdade uma luz. Essa
esperança que somos nós
mesmos. A nossa força. Mas
acho que sempre foi assim.
Desde o “Kapuete Kamun-
danda” que me lembro ter
ouvido que iria ser proibido.
Os relatos daquela altura eram
muito aquilo que me conta-
vam o meu pai e a minha avó.
“Sassassa” também teve o
“Por que choras Piô Piô?” e
uma outra música. De facto,
o “Perto do Fim”, quanto ao
impacto social, foi algo com
uma dimensão enorme. Era,
na verdade, a descrição da
vida de muita gente. Mas eu
estava a falar da minha, da
do meu pai. Às vezes até tenho
medo de criar, porque parece
que o que crio acaba por acon-
tecer, mesmo até que não
tenha acontecido. Vou come-
çar a escrever músicas que
no final eu termine a ganhar
a lotaria. Lembro-me que até
os músicos na altura, a Roberta
Miranda, todos compraram
esse disco pirata. Porque, na
altura, vendeu muito e a gente
não tinha essa distribuição.
E como reagiu ao facto de uma
obra sua ter sido pirateada?
Com naturalidade. Prefiro
que uma pessoa que não tem
como ter o meu disco por dez
dólares, tenham o pirata a
não ter. Gostava que tivés-
semos um país, um mercado
ou um mundo onde fosse
mais acessível a todos ter os
trabalhos. Eu já assinei discos
p i rata s , e m S ã o To m é e
Moçambique, porque as pes-
soas têm o mesmo carinho
e muitas vezes não têm essa
possibilidade.
A crítica feita mais com pendor
político prejudicou alguma
obra por si lançada?
Como digo, não espero nada.
Não fico a pensar “não estão
a passar a minha música na
rádio, não me convidaram
para aquele show”. Vou con-
tinuar a fazer as minhas músi-
cas e serei sempre convidado
para outros shows. Tenho é
pena de, às vezes, não poder
estar a cantar para as pessoas
de quem gosto e que gostam
muito da minha música. Não
vou ficar a pensar que me
estão a prejudicar. Sou o meu
próprio lobo. Existe todo um
sistema. O mundo inteiro é
aprisionado pelo poder finan-
ceiro. Enquanto eu acordar,
fizer mais uma canção, mais
um verso e sentir uma emo-
ção, serei feliz. Mesmo que
soubesse que o mundo iria
acabar amanhã, eu iria plantar
uma árvore, porque a gente
nunca sabe o dia de amanhã.
Normalmente, esses que
mandam estão muito atrás
de nós no pensamento.
Tem algum escape para con-
tornar esses bloqueios?
Não penso nisso. Mesmo que
não passe na rádio, quando
o que tu estás a fazer tem
mesmo aquele valor, como
foi o caso do “Baju” ou do
“Makalakato”, não precisa
de passar na rádio. Lembro-
me que o “Makalakato”
demorou pelo menos um ano
e meio para começar a passar
na rádio. Mas depois passava
em todo o lugar. E quando se
diz não passa na rádio, se
calhar não foi a direcção que
disse para não passar. Às
vezes, são as nossas próprias
cabeças, as nossas barreiras.
Por isso, não me canso de
falar do “Baju”, que saiu num
momento em que eu tinha
apoiado de alguma forma o
movimento dos Revus, no
sentido cívico.
Um lançamento de vários dis-
cos, num curto espaço de
tempo, não atrapalha a assi-
milação da mensagem?
Acho que a forma de as pes-
soas assimilarem não tem
um tempo. Eu é que tenho o
meu tempo. Se pudesse, lan-
çava um disco esse mês e
outro a seguir, porque tenho
aí muita coisa para dizer. Às
vezes, as pessoas demoram
anos até entender um disco,
até entender uma música. O
que quero é disponibilizar às
pessoas o que estou a sentir.
Do “Bolo de Aniversário” para
o “Kandongueiro Voador”
passou um ano. Mas,
enquanto artista, é a forma
que tenho de me expressar.
Cada vez mais a descomplexar
essa ideia de que tem de ser
tudo muito bem feito. Quero
partilhar com o meu público
os meus erros, os meus pen-
samentos. Hoje em dia, os
discos, para mim, são rascu-
nho s do s meu s afe cto s ,
daquilo que me preocupa e
do que eu acho que é a nossa
sociedade.
Que Paulo Flores temos hoje,
como músico?
É um pouco de tudo. No início,
não sabia bem o que fazer.
Tocava tudo em lá menor.
Depois, o Eduardo (Paim) fez
os arranjos e a produção, que
aproximou muito do Zouk e
aquilo que fazíamos na altura.
Foi assim que começámos a
tocar também nas nossas fes-
tas, porque, na altura, não
tocava mesmo música de
Angola, que eu me lembre.
Da í e ss e m ovi m e nto d a
Kizomba, com o Ruca (Van-
Dúnem), com o Eduardo,
com todos eles. A minha apro-
ximação ao Carlitos Vieira
5
“Em mim, a política é de consciência,
aquilo que me inspira”
Há alguma forma de um cria- força, a generosidade, que no apontar o dedo. De repente, Um compositor tem necessi-
dor artístico usar a sociedade fundo é o mesmo que inspira vejo que toda a gente enten- dade de explicar o que cantou?
como fonte de inspiração e os políticos. Mas a minha ideia deu a música da maneira que Acho que não. Isso normal-
apagar da sua música tudo o é apenas representar aqueles eu queria. Só quero que as mente já é mau. Mas, contex-
que possa ser entendido como que não têm voz. Agora ser pessoas sejam felizes. Acho tualmente, por vezes, não me
"algo com pendor político"? apolítico é quase impossível, que a música quebrou tantas importo de explicar. Se isso
São várias as formas de se fazer na maneira que tenho de criar, barreiras que pomos a nós for para ajudar que as pessoas
isso. Basta ver as músicas de que tem muito a ver com a próprios mentalmente. Acho se sintam mais descansadas
muitos compositores hoje em nossa realidade. São pequenas que nós, em Angola, às vezes nas suas consciências, porque,
dia. Às vezes, é só uma frase. crónicas do nosso dia-a-dia. temos até o medo de entender. na verdade, não estou muito
No meu caso, a minha cons- Porque quando uma pessoa a pensar em mim. Mas músicas
ciência, enquanto ser humano, E como encara as mensagens me pergunta, por exemplo, como “Carta” ou “Makalakato”
ela já é assim. Em mim, a polí- de descontentamento em o q u e q u e ro d i ze r co m a não explico. Está lá tudo dito.
tica é de consciência. É a vida. relação a determinada men- música “Carta”, digo que tu O “Baju” começou por ter uma
Aquilo que me inspira. O Paulo sagem que passou? não queres entender! O que reacção de espanto, quase
Flores, o próprio criador, vive Com a maior naturalidade. Há quero dizer está lá dito. “Que- mais negativa. Do tipo o que
de tudo isso. Das mágoas, da sempre alguém que não está rida mãe, espero que estejas é isso? E depois não era “Baju”,
forma como nos levantamos contente. Por exemplo, em bem”. Por isso, o “Baju” des- era “Revu”, até surgir o “Medru”.
das quedas. Isso é o que me relação ao “Baju”, foi no sentido complexou um pouco as pes- A minha ideia é sempre a
inspira. São os mais velhos. do humor. Fazer aquilo de uma soas. Essa foi a maior força mesma. Falar de nós. O “Baju”
São pequenos exemplos. É a maneira leve e não de estar a que a música teve. veio na altura certa.
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
PERFIL
ALEXANDRE DA SILVA FLORES
Nasceu no Cazenga (Luanda),
a 2 de Julho de 1972.
Carreira:
Ainda muito novo foi viver para
Portugal, onde fez os estudos
primários. Nas férias escolares visitava
Luanda e, na companhia do pai, Carlos
Alberto “Cabé”, antigo “discotequeiro”,
já falecido, contemplava os encantos
da cidade, cujas histórias registou para
a memória futura, hoje transformada
em sucesso nas canções que viram
retratos da vida de quem escuta e
dança. Em 2011, venceu com o tema
“Boda” o Top dos Mais Queridos.
Em 30 anos de carreira, num percurso
iniciado em Agosto de 1988, com
“Kapuete Kamundanda”, obra
da qual se destacou o ícone “Cherry “,
tem 17 discos gravados.
Em 2004 foi nomeado Embaixador
da Boa Vontade das Nações Unidas
Tem uma agenda repleta de
espectáculos pela Europa,
África e América. Em 2008
festejou os seus 20 anos
de carreira com o feito histórico
de colocar mais de 20 mil pessoas
no Estádio dos Coqueiros.
Tem quatro filhos e dois netos. Músico começa no Show do Mês a série de concertos dos 30 anos de carreira
Dias, à Banda Maravilha, ao do Brasil também é nossa. tecia. Até na harmonia, que tudo, existe um crescimento
Semba. Essa minha apren- Assim como eles pegam na no Semba às vezes muda, em termos musicais, por
dizagem toda. E também o nossa, também temos o direito antes de começares a cantar. exemplo da própria indústria,
facto de eu sentir que, na de pegar na evolução deles. Ainda estão gravadas algu- das profissões que estão sub-
altura, o Semba era quase É esse tipo de complexos e mas coisas e hoje já percebo jacentes à indústria da mú-
como um tesouro guardado. de barreiras que a nossa arte o que eles, os mais velhos, sica, os agentes, os técnicos,
Depois, a minha necessidade tem de finalmente deixar estavam a dizer. os promotores de espectá-
de experimentar a arte sem para trás. Agora, o que temos culo, os que fazem o proto-
rede. Fazer uma música que de fazer é ensinar bem o que Isso sustenta a tese de que o colo, o som, a luz... Existe,
não seja o expectável e que é nosso aos criadores. Semba não se toca com pauta? de facto, um crescimento,
também exercite o meu A nossa música pode ser uma maior profissionalização
público. Porque aquela coisa Cruzar com Carlitos Vieira Dias tocada com pauta. O que eu dos próprios músicos. Da
da receita, que as pessoas e a Banda Maravilha pode ser acho é que os fazedores do forma como se encara a mú-
querem sempre, entendo. A considerado o ponto de vira- Semba teriam de saber de sica como uma profissão.
mim não motiva fazer sempre gem na sua carreira, quanto música e escrever a pauta. Depois, temos os problemas
“Cherry” e “Boda”. Coisas ao firmamento no Semba? Há alguns estudos feitos, que são do país. Que são os
que já fiz. Hoje, sinto que dou Sem dúvida! Lembro-me que como os do Mário Rui Silva, conteúdos, a falta de acesso
mais valor a todos os géneros em alguns sembas que fiz no que é pena que não sejam à educação, à informação e
e a todos os lugares por onde início, quando os kotas toca- editados cá, mas que já fazem à formação. Acho que é aí
já passei. Hoje, respeito e vam, o próprio andamento, uma abordagem muito boa que vem a maior preocupa-
gosto mais das minhas pri- eu não conseguia entrar no ao violão, às cadências e às ção, de como fazer com que
meiras músicas em lá menor. ritmo. O Semba tem alguns rítmicas do Semba. Essen- estejamos mais preparados
Dou mais valor e me preocupo segredos que não se explicam cialmente, acho que, se tivés- para o futuro. Como fazer
muito mais com o Semba e ou não sei explicar. Que só semos mais teoria, cá, em chegar aos mais jovens a
a sua continuidade. Ao mes- consegues ir aprendendo Angola, eventualmente, con- memória da nossa história,
mo tempo, estou mais à von- com a prática, por ser uma seguiríamos explicar melhor. da nossa música. Dos poetas
tade para cantar músicas de coisa que se sente. Se vires Não acho que não se possa e dos criadores. Como dar um
qualquer género. É preciso a música de maneira ociden- passar para a pauta. melhor futuro a todos. No
não esquecer que muitos des- tal, para cantares o Semba, fundo, é incompatível teres
ses géneros saíram daqui. o ocidental vai dizer que está Que avaliação faz do estágio a melhor música do mundo
Aliás, sobre os próprios discos ao contrário. Mas para nós, actual da música e cultura e um país com problemas. As
do André Mingas as pessoas quando o ocidental entra, angolanas? artes são de facto o reflexo do
diziam que era música do também achamos que está Acho que a cultura, a música país. Existe uma maior co-
Brasil. Mas as pessoas não se completamente ao contrário. e as artes são sempre um brança, tanto do público como
podem esquecer que a música Então era isso que me acon- reflexo do país. Como em dos profissionais.
6 OPINIÃO Quinta-feira
29 de Março de 2018

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As instituições públicas Qualidade e segurança
Numa altura em que a tendência é a digita-
texto, precisamos de soluções para inverter
o actual quadro de expansão da cidade de
SECRETARIA DE REDACÇÃO:
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lização, inclusive a governação, não há dú- forma descontrolada. Afinal, precisamos de
CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: A construção de um Estado democrático de direito é um processo em que devem vidas de que a qualidade e a segurança dos cidades sustentáveis, facto que implica algum
Adão Diogo (Lunda Sul),
Alberto Coelho (Cabinda), participar segmentos diversos da sociedade, e, em particular, os detentores do poder dados impõem-se como um requisito vital. controlo, planeamento e reorganização ur-
Vladimir Prata (Namibe),
Sérgio V. Dias (Cuanza-Norte), político. A nossa República está baseada na dignidade da pessoa humana e faz todo o Por isso, escrevo pela primeira vez para o banística da cidade. Julgo que está na hora
Jaime Azulay (Benguela),
Jesus Silva (Lobito), sentido que quem exerce o poder pratique actos que vão ao encontro da defesa de Jornal de Angola, para questionar até que dos urbanistas, arquitectos, engenheiros
Estanislau Costa (Huíla),
João Mavinga (Zaire), valores que contribuam para a construção de uma sociedade justa . ponto caminhamos para nos certificarmos passarem a ter uma palavra a dizer sobre a
Joaquim Aguiar (Lunda-Norte),
Silvino Paulo (Uíge), Não é por acaso e é inevitável que os cidadãos tenham os olhos postos nos poderes de que os nossos dados estão a ser devidamente direcção que a cidade de Luanda está a
Lourenço Manuel (Cuando Cubango),
Luís Pedro (Cuanza-Sul), públicos, nomeadamente no poder executivo. Os cidadãos esperam sempre das autoridades protegidos pelas autoridades. Julgo que está tomar relativamente às construções.
Noé Jamba (Bengo),
Quinito Kanhamei (Cunene), que podem tomar decisões e acções que vão no sentido da satisfação das necessidades na hora das autoridades criarem um sistema ADÉRITO GUIMARÃES
Samuel António (Moxico),
Fernando Cunha (Huambo), colectivas. Com a eleição de João Lourenço para Presidente da República, entrámos num por via do qual seja possível assegurar que Ilha de Luanda
Francisco Curinhingana (Malanje)
ciclo de realização de mudanças profundas ao nível da resolução dos problemas das po- os dados pessoais estão a ser preservados.
ARTE:
Valter Vunge (editor), pulações. Os problemas dos cidadãos devem preocupar, permanentemente, os que têm Aliás, recentemente, vimos como uma das
PAGINADORES: autoridade para tomar decisões no sentido da melhoria da vida das populações. Ou seja, redes sociais mais procuradas da actualidade Gabinete de guerra
Eugenia Victor, Adilson Santos, Augusta
Lucéu, Tomás Cruz, Noé Pungue, Soares os cargos públicos têm por função servir as populações. ficou mal na fotografia, mesmo com sucessivos Sou estudante de Relações Internacionais e
Neto, Ana Dinamene, Evaristo
Sacupalica, João Augusto, Josefa Neste caso, é preciso nomear servidores públicos que reúnam requisitos, em termos pedidos de desculpa dadas pelo seu fundador. escrevo pela primeira vez para o Jornal de
Carvalho, Maria Messele, Alberto
Bumba, Inês Quingando, Margarida de experiência politica e de competência técnica a altura dos desafios dos problemas Não sei que entidade em Angola se respon- Angola. Acompanhando a cena política mun-
Zilungo, Maria da Silva, Saldanha Pedro
CARTOON E ILUSTRAÇÃO: que as populações enfrentam e não ter como base de critérios os interesses pessoais ou sabiliza para protecção dos dados, embora dial, espantei-me com a reacção que algumas
Armando Pululo, Casemiro Pedro
e Edna Mussalo de grupos que resultam em prejuízos enormes para a maioria dos angolanos. os tribunais estejam aí para dirimir eventuais nações tiveram com a nomeação do antigo
COPY DESK:
Rui Ramos, Paulo Pinha, Arlindo
Que o novo ciclo de governação se constitua numa rotura efectiva com práticas de cor- conflitos. Mas julgo que podíamos ficar bem embaixador dos Estados Unidos na ONU para
Soares, Esperança Vieira Dias, João Sá. rupção e de impunidade a que muitos se habituaram. servidos se fosse criada uma espécie de au- ser conselheiro para Segurança Nacional do
O Jornal de Angola É verdade que temos muitos problemas sociais e económicos para resolver, mas toridade, comissão ou instituto com atribuição Presidente Donald Trump. John Bolton, que
utiliza os serviços da ANGOP, AFP,
Reuters, EFE e Prensa Latina também é certo que o nosso país tem instituições estáveis e que estão empenhadas em específica de lidar com questões que envolvam foi representante de George W. Bush na ONU
levar o país à consolidação do Estado democrático de Direito. a protegcção dos dados digitais. é tido em muitos círculos como uma figura
PUBLICIDADE:
(+244) 926 406 929 Os angolanos continuam a confiar nas instituições do país, não tendo a mudança de Pre- MARCO SILVA bastante controversa, da direita à extrema-
(+244) 923 402 700 sidente da República perturbado a governação, estando o partido que ganhou as últimas Calemba esquerda. Com a entrada de John Bolton na
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para levar à prática as politicas que possam proporcionar uma vida melhor aos angolanos. depois da demissão do general McMaster,
Angola é hoje um país estável em que os seus governantes estão apostados em fazer Cidade de Luanda muitos chegaram a apelidar o gabinete de
com que os cidadãos confiem nas instituições do Estado. Os problemas dentro das ins- Há pessoas, com voz autorizada, além da Trump como uma "equipa de guerra". Mas
tituições do Estado estão identificados e as autoridades estão hoje mais determinadas idade, que podem falar sobre determinadas é estranho que a Fox News, o canal de televisão
em resolvê-los. Há servidores públicos que têm sido nomeados para mudar situações coisas. Neste caso, falo do engenheiro Manuel da direita americana, tenha avançado pouco
que eram lesivas dos interesses dos cidadãos. Resende de Oliveira, ministro do Urbanismo, tempo depois de Trump ter feito a nomeação,
PROPRIEDADE Temos de ter nas instituições do Estado angolanos patriotas e honestos, para que Obras Públicas e Habitação, no primeiro que John Bolton tem sido mal interpretado.
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possamos resolver rapidamente muitos dos nossos problemas. Há no país e no estrangeiro Governo de Angola independente. Depois Em todo o caso, vamos esperar que conselhos
angolanos com idoneidade moral e competência técnica e profissional para contribuirem da entrevista que o mesmo concedeu ao John Bolton vai proporcionar ao Presidente
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na edificação de um país próspero. Jornal de Angola, fiquei mais esclarecido Trump, numa altura em que as makas co-
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Que as autoridades que têm de tomar decisões não hesitem em colocar em cargos sobre alguns aspectos, embora tenha igual- meçam a aquecer no Médio e Extremo Oriente,
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públicos aqueles angolanos que possam assegurar uma boa gestão dos negócios do mente ficado com muitas interrogações. O com países como o Irão e a Coreia do Norte
Telegramas: Proangola Estado, para benefício da colectividade. engenheiro tinha defendido que Luanda é na mira dos holofotes. Um "opinion maker"
Daqui a alguns dias vamos comemorar o Dia da Paz e da Reconciliação Nacional e po- hoje um acidente arquitectónico quando se escreveu um artigo, que saiu num dos jornais
demos nos orgulhar de termos um país que é visto no mundo como um bom exemplo de olha para estruturas de obras a todos os norte-americanos, a dizer que a nomeação
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Víctor Silva (presidente)
estabilidade política, com as instituições a funcionar com normalidade, nos termos da níveis. Na verdade, como munícipe de Luanda de John Bolton era má notícia para Irão. Em
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS Constituição e da lei, e num cenário de diversidade de projectos políticos e ideológicos. eu gostaria mais de ouvir sobre as soluções todo o caso e como valem mais as acções do
Caetano Pedro da Conceição Júnior
José Alberto Domingos Ao fim e ao cabo, todos os angolanos, apesar das suas diferenças políticas, ideológicas e sobre a possibilidade, se houver alguma, que as palavras ou interpretações, esperemos
Carlos Alberto da Costa Faro Molares D’Abril
Mateus Francisco João dos Santos Júnior ou religiosas, devem participar na consolidação do nosso Estado democrático de direito, para se reverter o actual quadro. Que a para ver o que vai acontecer.
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
Olímpio de Sousa e Silva
tendo sempre em conta que as instituições públicas devem servir apenas os interesses cidade tem muitos problemas, disso sabemos JAIME VILAR
Catarina Vieira Dias da Cunha colectivos e da Nação. todos e, além de prestarmos atenção ao con- Prenda
OPINIÃO Quinta-feira
29 de Março de 2018
IMPRESSÕES DIGITAIS
Impostos, o “preço da civilização”
Fazemos parte de uma sociedade onde ainda
não existe uma cultura sólida de pagamento
de impostos, aliás, apenas nos últimos anos o
tema entrou para o léxico popular e passou a
dominar as conversas, com a institucionalização
da Reforma Tributária em 2011. Mais grave,
existe visivelmente uma forte resistência ao pa-
gamento de impostos e amontoam-se argumen-
tos e barricadas contra os mesmos.
O que é mais curioso, no nosso seio, é o facto
de, a seguir, sermos nós mesmos que exigimos
tudo ao Estado, esquecendo-nos de que a prin-
cipal fonte de receitas são (ou deveriam ser) os
impostos e taxas.
Queremos um melhor sistema de educação,
com mais escolas e melhores professores? Que-
remos um sistema de saúde que garanta o bem-
estar colectivo seja na prevenção seja no combate
às doenças. Queremos mais in-
vestimentos públicos em infra-
estruturas fundamentais para
o desenvolvimento económico Outra questão
como estradas, sistema de sa- que me parece
neamento, pontes, caminhos-
de-ferro e outras? Queremos relevante é a
maior segurança pública, com
uma polícia que esteja o serviço
carga fiscal
do cidadão, com uma actuação angolana que
exemplar e rigorosa, mas apoia-
da em meios tecnológicos que tem vindo a
suportem uma actuação à al- levantar algum
tura dos novos tempos, asse-
gurando a inviolabilidade das debate e vozes
nossas fronteiras e da nossa
propriedade privada?
no sentido de
Todos temos noção de que redução das
isso será apenas possível me-
diante o aumento da arrecada- taxas,
ção de impostos, mais do que principalmente
isso, o alargamento da base tri-
butária, democratizando tam- em sede dos
bém aqui os impostos, evitando
as perigosas isenções ou a con-
impostos sobre
cessão de benefícios especiais o rendimento,
aos que exercem o seu lobby
mais
junto do Estado e assim conse-
guem lucros astronómicos ge- especificamente
rando graves desigualdades.
o Industrial.
Ouço com muita preocupa-
ção, sobretudo entre empresá-
rios, um discurso anti-impostos
ou se quisermos anti-AGT, en-
quanto instituição pública que se ocupa da arre-
cadação tributária entre nós. Antes, gostaria de
reconhecer o enorme esforço do nosso empre-
sariado para conseguir sobreviver num ambiente
de negócios como o nosso com gritante burocracia,
ausência de infra-estruturas básicas como siste-
mas de distribuição de água e energia, para além
de outras ineficiências como o sistema judicial.
O que entretanto não é um bom sinal para a
classe empresarial é quando esta tem dificul-
dades em entregar ao fisco, por exemplo, o
valor devido a título do imposto de consumo e
ainda deixam, ora subliminarmente, ora de
modo expresso, a necessidade de beneficiarem
de novo perdão fiscal. Como diz um economista
da nossa urbe, os empresários ao exigirem um
novo perdão fiscal “confirmam a falta de cultura
Adebayo Vunge
CITAÇÕES
“Os prestadores de
fiscal reinante e dominante”. Ainda assim, valerá
a pena ponderar. As firmas que cobram imposto
serviços reclamam
tanto, porque leva
tempo. Mas, se não
de consumo aos seus clientes, em nome do Es-
tado, retêm este valor e não o entregam ao levar esse tempo,
Estado, é aceitável vê-los a exigirem publica- vamos pagar às
mente perdão fiscal? cegas e isso é um
Os problematizantes chegam mesmo em perigo. Não
tom humorístico a afirmar “Andam a brincar
de malucos e ainda vão falir o Estado de uma
podemos alimentar
forma irremediável”. fraudes. Temos de
É verdade que devemos analisar a questão de cortar o mal pela
modo objectivo, mas é importante que o sistema raiz e a única
fiscal garanta justiça oferecendo igualdade a forma que temos de
todos os contribuintes. Este é um factor importante
para que se promova a cidadania fiscal. Ao mesmo
cortar é analisar os
tempo, os resultados da governação, ou seja, da processos com
utilização racional e zelosa do erário público são rigor e vagar”
a melhor fórmula de promoção da educação Vera Daves
fiscal, na medida em que os gover- Secretária de Estado para as
Finanças e Tesouro
nados consigam confirmar a ben-
quista execução da sua contribuição
em termos de políticas públicas. “É bom informar a
Será inútil entrarmos para o mé- população que
rito de quem deve assumir a inicia-
tiva. Não valerá de nada engajar-
essas entidades
estão também
mo-nos na história do ovo e da ga-
linha. Será que o Estado deve fazer preocupadas com
primeiro para cobrar a seguir ou os a educação
cidadãos pagar antes e cobrar de-
pois. O que é relevante, no actual
jurídica e com a
prevenção de
estágio de desenvolvimento, é a
crimes e isso pode
urgência de aumentarmos a receita
tributária. E não bastará uma re- funcionar como
formulação sistémica, como está
previsto com a introdução do IVA.
exemplo”
É fundamental mudarmos as men-
João Melo
Ministro da Comunicação Social
talidades e percebermos que a
força do Estado reside na sua ca-
no final do encontro sobre
informação relativa ao combate
pacidade de arrecadar – obviamen- à corrupção
te que não a qualquer preço ou as-
fixiando a actividade económica, “Ao retomarmos
pois, assim, também, estaríamos
a reduzir a arrecadação. as acções de
Outra questão que me parece combate à
relevante é a carga fiscal angolana pobreza, devemos
que tem vindo a levantar algum de-
bate e vozes no sentido de redução
corrigir os erros do
passado e
das taxas, principalmente em sede
direccionar
dos impostos sobre o rendimento,
mais especificamente o industrial. melhor as nossas
Quero acreditar que a alteração em
vista para a introdução do Imposto
intervenções a
favor dos
sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas pre- angolanos que
serve a taxa actual (?) havendo aqui a vantajosa
simplificação com a eliminação, por exemplo, mais necessitam
do IAC. Ora, defendem vários economistas como de apoio do
Paul Krugman e Pikety que a desregulação e a Estado”
redução de impostos a que se assistiu em de-
Lúcio do Amaral
terminados países não foi proporcionalmente
benéfica. As corporações aumentaram os seus Secretário de Estado
proveitos, não houve mais investimentos e a da Acção Social
receita pública entrou em queda.
O importante é que tenhamos noção clara
de que todos devemos pagar. Ainda que pouco, “ A requalificação
mas todos. E digo bem, evitando-se as isenções,
para que possamos exigir do mesmo modo
da Tourada, do
Cine Nacional e do
ao Estado e não fomentando por essa via qual-
quer modalidade de descriminação (positiva Teatro Avenida vai
ou negativa). agregar valor à
KINDALA MANUEL| EDIÇÕES NOVEMBRO cultura nacional”
Comunicado
do Ministério da Cultura
“Devemos tentar
garantir uma
política entre o
Reino Unido e
África que ainda
seja próxima da
europeia, baseada
em valores e
interesses comuns”
Koen Vervaeke
Responsável pelo Fundo de
Desenvolvimento Europeu
7
ESTÓRIAS
DE ONTEM E HOJE
Luciano Rocha
Luanda precisa de amor
e de quem a trate bem
As duas nasceram lindas, quando não se sabe, nem elas
alguma vez o disseram - há segredos, principalmente de fa-
mília, que não se revelam - que cresceram separadas até
que estranhos as fizeram siamesas à força.
Ambas perceberam que eram vítimas. Da ignorância?
Do egoísmo? Talvez das duas coisas. O resultado é o mesmo.
Solidárias, não viraram as costas uma à outra. Pelo contrário,
deram-se as mão artificiais, prometeram fraternidade mútua,
eventuais vinganças. E continuaram bonitas, de uma beleza
natural, sem artifícios.
Assim continuaram, quando as esventraram com lâminas
de aço, lhes levaram bocados, acorrentaram filhos, que
transportaram para muito longe, em porões imundos. Para
terras estranhas de não mais voltar. Os que não pereceram
nas viagens. Como irmãs e mães, padeceram juntas na con-
gregação de dores, raivas e lágrimas. Que se confundiam
tantas vezes com o sussurrar das ondas da baía, a fúria das
calembas da contra-costa, as raivas das kiandas. Desespe-
rançaram na chegada de notícias trazidas por bons ventos
bons. Que já não sentiam. Mesmo quando lhes diziam que
eles continuavam a soprar e até já tinham chegado a outros
portos sofrimento.
As duas, apesar das agruras da vida, continuavam lin-
díssimas. Apesar das rugas de sofrimento nos rostos, dos
sulcos de lágrimas secas, olhos cansados de ver tanta mal-
dade, ingratidão. Que ainda conseguiam ter esboços de
sorrisos francos. Quando ambas, na curiosidade feminina,
ouviam, nas noites fraternas sem luar, sussurros de amores
clandestinos saídos de becos e quintais de aduela ou folhas
de palmeira.
Os anos passavam e com eles o aumento do sofrimento
das siamesas forçadas. Muitos dos seus filhos continuavam
a amá-las, com o amor que as mães merecem. O que lhes
valeu a prisão, desterro, exílio, separação da família, de
tudo o que amavam. Muitos outros pegaram em armas na
defesa do que lhes restava, a honra, o direito mandarem no
que lhes pertencia. As siamesas à força rezaram por eles.
Aos deuses da terra, mares, rios, lagoas, profundezas do
globo. Até aos que lhe tinham sido impostos. Por isso,
fizeram promessas às Senho-
ras do Cabo, Carmo, da Muxi-
As cidades ma. Como Benjamim, do Vi-
riato, também a Santa Efigénia.
precisam de Porventura, recorreram, igual-
mente, à Zefa do Sete.
quem as ame Na hora do anúncio da che-
de forma gada da liberdade, regozija-
ram-se, cumpriram promessas
desinteressada que somente elas sabem quais
para serem são. Combinadas em noites
sem luar, vestidas de cacimbo.
bem tratadas. Sem ninguém nas ruas, quanto
mais becos ou quintais de
Luanda não é aduelas e palmeiras, nem si-
excepção. lêncios cortados pelos sussur-
ros de amores clandestinos.
Esperemos que Mas, não tiveram tempo de ir
a criação do ao baile de qualquer Sô Ja-
nuário, como fez Benjamim.
poder As novas guerras encheram-
lhes as vidas de novos filhos.
autárquico lhe Que agasalharam. Também
dê o carinho e o aceitaram hábitos novos que
lhes descaracterizaram ainda
respeito que mais o dia-a-dia. Porque lhes
merece cortarem árvores, taparem ca-
minhos com ximbecos de pa-
pelão, plásticos, tábuas encon-
tradas no lixo, encherem o ar
de línguas, cheiros, cores, pa-
ladares diferentes.
Quando as novas guerras acabaram, as siamesas à
força estavam mais velhas desgastadas, sofridas. Pior,
desprezadas por quem tinha e tem a obrigação de zelar
por elas, compensá-las das agruras. Continuaram, por
um lado, a agredi-las, a querer trajá-las com “pronto a
vestir”, sapatos de salto e perucas. Por outro, sem lhes
dar banho, sarar-lhes as feridas, devolver-lhes árvores,
jardins, sobras, dignidade.
Luanda, a cidade, e a Ilha do Cabo, que ignorância e
egoísmo transformaram numa só, merecem mais respeito.
Esperemos que com a criação das autarquias isso se verifique.
Para isso é necessária a eleição de pessoas que a amem e
a conheçam de verdade.
8 ÁFRICA
NO PODER HÁ 35 ANOS
Presidente Biya espreita
concorrer a novo mandato
Paul Biya, no poder há 35 anos, mas é alvo de críticas por
estar mais tempo no estrangeiro e distante do seu gabinete
Victor Carvalho
Com eleições previstas para
Outubro deste ano, a popu-
lação dos Camarões aguarda
para saber se o actual Pre-
sidente, Paul Biya, se aven-
tura a um novo mandato
uma vez que já está no poder
há 35 anos.
No essencial a sua gover-
nação não está envolta em
grandes polémicas. Uma das
críticas que lhe é feita deriva
do facto de ao longo destes
35 anos ter estado muito mais
tempo fora do país e em casa
do que no seu gabinete de
trabalho. Outra, é que apesar
das promessas está a falhar
no combate à corrupção.
Talvez por isso os cama-
roneses tenham ficado sur-
preendidos quando a sema-
na passada tiveram conhe-
cimento de que o Presiden-
te, ao fim de dois anos, se pre-
para para estar presente nu-
ma próxima reunião do seu
governo. Perante esta ines-
perada notícia, logo se espe-
culou que poderá ser nessa
reunião, ainda sem data mar-
cada, que Paul Biya esclare-
cerá se irá, ou não, apresentar
a sua candidatura para mais
um mandato.
Chegado ao poder em 1982
e tendo actualmente 85 anos
de idade, Paul Biya é já uma
figura com a qual os cama-
roneses se revêm, faça ele o
que fizer e mesmo que não
faça nada. Um dos méritos
de Paul Biya foi o de ter con-
seguido vencer uma grave
crise económica e de implan-
tar um sistema multiparti-
dário político que se revelou
eficaz, com a governação
entregue a um só partido.
Contra as opiniões interna-
Chefe de Estado camaronês Paul Biya deve confirmar a sua participação nas próximas eleições
cionais conseguiu impor uma
lei que acaba com a limitação
de mandatos presidenciais.
No reverso da medalha
está a sistemática incapaci-
dade de promover um cri-
terioso combate à corrupção.
Pelo meio está a tal tendência
para acompanhar ao longe
os assuntos da governação.
O povo camaronês
aguarda com grande
expectativa um
pronunciamento
oficial do Chefe de
Estado Paul Biya
a confirmar
se o mesmo é
candidato a sua
própria sucessão
Um problema dos Cama-
rões tem sido o de se adaptar
aos tempos actuais, onde os
canais de televisão por satélite
e a internet captam a atenção
de todos, e deixa perceber o
atraso em que o país se encon-
tra a nível das novas tecno-
logias de informação.
Com 60 por cento da po-
pulação com menos de 25
anos, o que equivale a dizer
que ainda não tinha nascido
quando Paul Biya chegou
ao poder, é natural que se
avolumem as reivindicações
e se questione a capacidade
que o Presidente ainda tem
para estar à altura dos desa-
fios, os actuais e os que se
avizinham.
A principal força da opo-
sição, a Frente Social Demo-
crática, está a tentar captar a
simpatia desta nova geração
de camaroneses, tendo já
anunciado que nas eleições
presidenciais de Outubro vai
apoiar a candidatura de um
antigo piloto e actual homem
de negócios, Joshua Osih, que
tem apenas 49 anos de idade.
Constantes ausências
A apresentação desta can-
didatura constitui um enorme
desafio para o Presidente
Biya, que já não tem muito
tempo para decidir se avan-
çará para um novo mandato.
Segundo dados revelados
pelo jornal “Cameron Tri-
bune”, em 2017 o Presidente
Biya esteve 60 dias fora do
país, em diferentes “visitas
de Estado”.
O mesmo jornal refere
ainda que quatro meses em
cada ano, entre 2006 e 2009,
Paul Biya esteve alojado no
Hotel Intercontinental de
Genebra com todas as des-
pesas a serem cobertas pelos
cofres do estado.
Quando está no país, ainda
de acordo com o “Cameron
Tribune”, Paul Biya tem um
comportamento “discreto”,
passando a maior parte do
tempo na sua residência dei-
xando os assuntos do Estado
entregues ao primeiro-minis-
tro, Philemon Yang.
Parece, aliás, ser opinião
generalizada no país que é o
primeiro-ministro que coor-
dena o dia a dia do governo,
enquanto o Presidente se
limita a conceder audiências
privadas a diferentes per-
sonalidades, no Palácio Pre-
sidencial ou na sua própria
residência.
Na última reunião minis-
terial em que participou, em
2015, Paul Biya anunciou
uma remodelação ministe-
rial. Uma outra remodelação
foi feita no princípio deste
mês, mas Paul Biya não neces-
sitou de qualquer reunião
para a concretizar.
DR
Breves
SEGUNDA VOLTA
DAS ELEIÇÕES
NA SERRA LEOA
A segunda volta das
eleições presidenciais da
Serra Leoa vão acontecer
no próximo dia 31,
anunciou a Comissão
Eleitoral Nacional. “Devido
aos atrasos logísticos
provocados pelo recurso
pendente, a votação não se
realizou na terça-feira
como previsto”, indicou
a Comissão Eleitoral
Nacional que convocou
os cerca de 3,1 milhões
de eleitores para votarem
no dia 31. Na corrida estão
Samura Kamara, ligado ao
Presidente cessante, Ernest
Bai Koroma, e o antigo
general Julius Maada Bio,
apoiado pela oposição,
os dois candidatos mais
votados na primeira volta e
que, para o segundo turno,
realizaram uma campanha
“tensa”. A primeira volta
das eleições realizou-se
no dia 7 e o candidato da
principal força da oposição,
o Partido Popular da Serra
Leoa (SLPP), Julius Maada
Bio, obteve 43,3 por cento
dos votos, ficando à frente
do escolhido pelo APC,
Samura Kamara, que
conseguiu 42,7.
SANTOS PEDRO
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
VAI ACOLHER EXERCÍCIOS
MILITARES CONJUNTOS
São Tomé e Príncipe vai ser
cenário em Setembro do
exercício militar conjunto
da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa
(CPLP), Felino 2018.
Para planear o Felino 2018,
militares dos países da
CPLP estão reunidos na
capital são-tomense numa
conferência de quatro dias.
Este exercício militar
conjunto realiza-se em
duas fases, sendo uma na
carta (não inclui unidades
militares no terreno)
e outra com forças
no terreno.
Trata-se do 18º exercício
militar da CPLP, cuja
preparação está a decorrer
na capital são-tomense
com a participação das
delegações de Angola,
Brasil, Guiné-Equatorial,
Portugal e Timor-Leste.
É a segunda vez que S.
Tomé e Príncipe acolhe
este exercício. A primeira
ocorreu em 2007. Angola
recebe em 2019 a próxima
edição, desta vez
com o desdobramento
das forças no terreno.
AUTÁRQUICAS EM MOÇAMBIQUE
Preparação das autárquicas sob suspeita em Moçambique
Renamo acusa Frelimo
de fraude antecipada
O principal partido de opo-
sição em Moçambique, a
Renamo, acusou ontem a
Frelimo e os órgãos eleitorais
de protagonizarem uma
fraude antecipada, através
da inscrição de eleitores sem
direito a voto nas eleições
autárquicas de Outubro.
Em conferência de im-
prensa realizada em Maputo,
o mandatário nacional da
Renamo, André Majibire, de-
nunciou uma alegada movi-
mentação de funcionários
públicos para se inscreverem
em vilas e cidades onde irão
decorrer as eleições autár-
quicas. “Há casos de cidadãos
que estão a ser coagidos pelo
partido no poder, estão a ser
obrigados a irem recensear-
se dentro do raio autárquico”,
declarou André Majibire. O
mandatário nacional da Re-
namo disse que o partido tem
conhecimento de casos de
MESMO DEPOIS DO BREXIT
Reino Unido mantém
parceria com África
O Reino Unido está prepa-
rado para manter a sua par-
ceria com o continente afri-
cano, mesmo depois de sair
da União Europeia, e para
manter as suas contribuições
para o Fundo de Desenvol-
vimento Europeu.
Este Fundo de Desenvol-
vimento Europeu tem sido
fundamental para financiar
alguns programas de coo-
peração que a União Europeia
tem implantado no conti-
nente africano..
O Fundo recebeu 30,5 mil
milhões de euros para o pe-
ríodo 2014-20, tendo o Reino
Unido contribuído com quase
15 por cento.
“Estamos a olhar para a
inscrição orçamental do
Fundo de Desenvolvimento
Europeu e queremos manter
opções abertas em relação a
países terceiros. Por isso,
esperamos que o Reino Unido
continue a contribuir para o
esforço europeu na sua coo-
peração com África”, afirmou
o responsável europeu pela
gestão do referido fundo.
Quinta-feira
29 de Março de 2018
DR
pessoas que saíram do dis-
trito de Montepuez, na pro-
víncia de Cabo Delgado,
norte do país, para se ins-
creverem em municípios da
província de Nampula, tam-
bém no norte.
Dentro da província da
Zambézia, continuou, há
situações de pessoas deslo-
cadas de áreas fora da juris-
dição autárquica para se
recensearem em áreas que
vão acolher as eleições mu-
nicipais. O mandatário na-
cional da Renamo acusou
ainda líderes comunitários
afectos à Frelimo de estarem
a “arrancar” cartões de elei-
tores para colocarem nomes
de cidadãos sem direito a
voto na província de Tete,
centro de Moçambique.
“Achamos nós que é uma
manobra que consubstancia
fraude antecipada”, declarou
André Majibire.
Koen Vervaeke falava num
seminário no Instituto Real
de Relações Internacionais
intitulado “Redefinir a Par-
ceria: o relacionamento
União Europeia-África para
além do Acordo de Parceria
de Cotonu”.
O actual Acordo de Par-
ceria entre o grupo África,
Caraíbas e Pacífico e a União
Europeia foi assinado em 23
de Junho de 2000 em Coto-
nou, no Benim e é válido por
um período de vinte anos,
expirando em Fevereiro de
2020. O responsável europeu
reconheceu que a saída bri-
tânica da União Europeia
terá impacto nas questões
africanas e que o acordo pós-
Cotonu “não será o mesmo”
sem o Reino Unido.
“O Reino Unido tem sido
um parceiro muito importante
na política europeia para com
África. Devemos tentar garan-
tir uma política entre o Reino
Unido e África que ainda seja
próxima da europeia, basea-
da em valores e interesses
comuns”, salientou.
MUNDO Quinta-feira
29 de Março de 2018
SEGURANÇA
União apresenta
plano de acção
para mobilidade
operacional
A Comissão Europeia apre-
sentou ontem um Plano de
Acção para melhorar a mobi-
lidade militar na União Euro-
peia (UE) e para além das
suas fronteiras, que visa
aumentar a eficácia na pre-
venção de crises e mobili-
zação de missões.
O Plano de Acção iden-
tifica um conjunto de medi-
das operacionais para enfren-
tar os obstáculos físicos, pro-
cessuais e regulamentares
que entravam a mobilidade
militar, e representa um novo
passo no objectivo da Comis-
são Europeia de criar uma
verdadeira União da Defesa
até 2025.
DR
Responsável pela diplomacia
pede mais cooperação militar
“Ao facilitar a mobilidade
militar na UE, podemos ser
mais eficazes na prevenção
de crises, mais eficientes na
mobilização de missões e mais
rápidos a reagir quando surgem
desafios. Este será mais um
passo no aprofundamento da
nossa cooperação ao nível da
UE, inclusivamente no âmbito
da Cooperação Estruturada
Permanente que lançámos
recentemente, e da cooperação
com os nossos parceiros, a
começar pela NATO”, referiu
a chefe da diplomacia europeia,
Federica Mogherini.
O plano estipula que o
Serviço Europeu para a Acção
Externa (SEAE) e o Estado-
Maior da UE irão definir os
requisitos militares, reflec-
tindo as necessidades da UE
e dos seus Estados-Membros,
incluindo as infra-estruturas
necessárias para a mobili-
dade militar, sendo o Con-
selho Europeu convidado a
analisar e validar estes requi-
sitos até meados de 2018.
Até 2019, a Comissão irá
também identificar as partes
da rede transeuropeia de
transportes que são adequa-
das para o transporte militar,
incluindo a modernização
necessária das infra-estru-
turas existentes, para elaborar,
posteriormente, uma lista
prioritária de projectos.
A Comissão examinará
ainda as opções possíveis,
tendo em vista a racionali-
zação e simplificação das
formalidades aduaneiras
para as operações militares,
e avaliará a necessidade de
harmonizar as regras res-
peitantes ao transporte de
mercadorias perigosas.
9
MOSCOVO ADIA RETALIAÇÃO
COREIA “ABRE-SE” AO MUNDO
DR
Putin mantém abertura
para diálogo com Trump
A Turquia descarta aplicar medidas contra a Rússia com base
em alegações no caso de envenenamento do ex-espião russo
DR
Líder coreano concerta agenda com Xi Jinping
Kim Jong-un faz
a primeira visita
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, trocou
impressões com o Chefe de Estado chinês, Xi
Jinping, sobre os últimos desenvolvimentos dos
contactos directos com Seul e a preparação de
um possível encontro com o Presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump.
A agência oficial norte-coreana KCNA con-
firmou ontem a deslocação à China e referiu
que o Presidente Xi Jinping aceitou o convite
do líder norte-coreano para visitar Pyongyang,
“num momento apropriado”.
“O convite foi aceite com prazer”, acrescenta
o texto. O Presidente chinês, Xi Jinping, que
ascendeu ao poder em 2013, tornou-se o primeiro
líder da República Popular da China a visitar a
Coreia do Sul, antes de ir à Coreia do Norte.
Os dois países, que combateram lado a lado na
Guerra da Coreia (1950-53), continuam, no entanto,
a ser aliados ideológicos e com interesses comuns
no nordeste da Ásia - nomeadamente a retirada Presidente russo, Vladimir Putin, prepara a retaliação mas prioriza o caminho da diplomacia
das tropas norte-americanas da região.
O líder da Coreia do Norte, que nunca tinha
saído do país em visitas oficiais de Estado, abordou
temas como a desnuclearização da península A Rússia mantém a abertura sidente Recep Tayyip Erdogan, compromissos com a FIFA e
coreana, algo que Kim Jong-un parece estar disposto para um encontro entre Vla- segundo a imprensa turca. garantir a segurança dos bri-
a fazer, caso haja um acordo com os Estados Unidos, dimir Putin e Donald Trump, “Não pretendemos tomar tânicos no Mundial de futebol
algo que deve acontecer quando se encontrar com abordado pelos dois Presi- medidas semelhantes apenas de 2018. “Claramente, a res-
o Presidente Donald Trump, em Maio. dentes numa conversa tele- porque alguns países tomaram ponsabilidade está nas au-
fónica na semana passada, medidas com base numa ale- toridades russas para que
confirmou ontem o porta-voz gação”, disse Erdogan, em honrem o seu contrato com
do Kremlin, Dmitri Peskov. declarações divulgadas ontem a FIFA na sua totalidade e
“Isso depende da parte pelos diários Hurriyet e Yeni que assegurem aos adeptos
POLÓNIA norte-americana, mas a parte Safak. Turquia, que possui o escoceses e de todo o Reino
DR russa mantém abertura a uma segundo exército da NATO em Unido para que tenham um
cimeira Rússia-EUA”, disse número de efectivos, tem torneio seguro e agradável”,
Peskov aos jornalistas, dois estado relativamente silenciosa disse o ministro.
dias depois de os Estados Uni- em relação ao caso do ex- Boris Johnson falava na
dos terem anunciado a expul- espião russo Serguei Skripal, Câmara dos Comuns, em res-
são de 60 diplomatas russos envenenado juntamente com posta a uma pergunta colocada
em resposta ao envenena- a filha Yulia, com um gás neu- pelo deputado Alan Brown,
mento do ex-espião russo Ser- rotóxico, a 4 deste mês em do partido nacionalista escocês,
guei Skripal no Reino Unido. Salisbury, no sul de Inglaterra. em relação à segurança dos
“"Putin está disposto a cidadãos britânicos no Mundial
desenvolver relações mutua- 2018, que vai ser disputado
mente benéficas e de confiança Porta-voz do na Rússia, entre 14 de Junho
com todos os países, incluindo Kremlin reiterou e 15 de Julho.
Exército coloca baterias em pontos estratégicos na fronteira com os Estados Unidos”, que Moscovo Nas últimas semanas as
garantiu Peskov. vai responder relações entre Londres e Mos-
O porta-voz do Kremlin covo deterioram-se, com a
Sistemas anti-mísseis reiterou que Moscovo “vai
responder, atempadamente
e em conformidade com os
atempadamente e
em conformidade
com os interesses
expulsão de 23 diplomatas dos
dois países e no seguimento
do caso de envenenamento
reforçam a segurança interesses da Rússia, à acção
concertada de quase 30 países
de expulsar diplomatas russos
da Rússia à acção
concertada dos
países europeus e
do ex-espião russo Sergei Skri-
pal e da sua filha, encontrados
inconscientes em Salisbury.
dos Estados Unidos
O ministro da Defesa da Poló- de 4.750 milhões de dólares, em solidariedade com Lon- Em 14 de Março, Londres
nia, Mariusz Blaszczak, assi- abaixo do valor de 10,5 mil dres”, que acusa a Rússia do anunciou a expulsão de diplo-
nou ontem um contrato de milhões inicialmente pre- envenenamento de Skripal. O Ministério dos Negócios matas russos do território bri-
aquisição do sistema de mís- visto, segundo a agência de Os Estados Unidos, cerca Estrangeiros turco condenou tânico e o congelamento das
seis Patriot por 4.750 milhões notícias espanhola Efe. de vinte outros países - entre o ataque sem mencionar a relações bilaterais, ao que
de dólares, o maior contrato “Sabemos por experiência os quais 17 da União Europeia Rússia. Erdogan tem boas rela- Moscovo respondeu expul-
militar da história do país. própria que a segurança não (UE) - e também a NATO deci- ções com o Presidente russo, sando também 23 diplomatas
“Com esta compra entra- tem preço”, disse o ministro diram desde segunda-feira a Vladimir Putin, sendo este britânicos e suspendendo a
mos no clube de Estado com da Defesa, classificando as expulsão, no conjunto, de mais esperado na Turquia no início actividade do British Council
o sistema de defesa antiaérea condições oferecidas de muito de uma centena de diplomatas de Abril para uma cimeira na Rússia.
mais avançado do mundo, o vantajosas para a Polónia. russos dos seus territórios, em sobre a Síria, dossier em relação No Reino Unido existe,
que constitui um grande passo O embaixador dos Estados apoio ao Reino Unido. ao qual Ancara e Moscovo neste momento, uma grande
em frente para as Forças Ar- Unidos em Varsóvia, Paul reforçaram a sua cooperação preocupação com a segurança
madas polacas”, disse o Pre- W. Jones, assinou o contrato Turquia nos últimos meses. dos adeptos britânicos que se
sidente da Polónia, Andrzej representando os Estados A Turquia não vai tomar medi- vão deslocar ao Mundial, de-
Duda, que testemunhou a Unidos, e afirmou que com das contra a Rússia, a quem Receios com a segurança vido ao tratamento dado aos
assinatura do contrato jun- esta operação Washington o Reino Unido atribui o enve- O ministro dos Negócios diplomatas russos tanto em
tamente com o primeiro- confirma a sua solidariedade nenamento no seu território Estrangeiros britânico, Boris Londres, como em vários paí-
ministro, Mateusz Morawiecki. e o seu compromisso com de um ex-espião, com base Johnson, disse ontem que a ses europeus, que, também,
A operação teve um custo parceiros da NATO. numa alegação, referiu o Pre- Rússia deve honrar os seus preferiram agir contra a Rússia.
10 ECONOMIA Quinta-feira
29 de Março de 2018

IMPERATIVOS DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DAS INSTITUIÇÕES SUPERIORES DE CONTROLO

Formados devem assegurar

gestão eficiente das finanças
A formação que decorreu entre Setembro de 2016 e Maio de 2017 e teve a participação de auditores do Tribunal
de Contas, deputados e técnicos do Ministério das Finanças e da Inspecção-Geral da Administração do Estado

Os mais de 60 formados no DIMAS DIODO

primeiro curso de pós-gra-

duação em Finanças Públicas
são tidos como uma mais-
valia técnica para uma ges-
tão eficiente dos recursos
públicos angolanos, afirmou
na terça-feira, em Luanda, o
ministro das Finanças, Archer
Mangueira.
A formação que decorreu
entre Setembro de 2016 e
Maio de 2017, com oito mó-
dulos sobre Finanças Públi-
cas e Economia, teve a parti-
cipação de auditores do Tri-
bunal de Contas, deputados,
técnicos do Ministério das
Finanças e da Inspecção-
Geral da Administração do
Estado (IGAE).
Abordado pela Angop,
Archer Mangueira disse, no
final da cerimónia de entrega
de certificados, que espera
dos formados uma boa apli-
cação desses conhecimentos
na vida profissional com maior
rigor e abnegação.
O curso permitiu difundir
conhecimentos sobre Finan-
ças Públicas e Economia,
Gestão Financeira, Sistema
de Contabilidade e Prestação
de Contas, Ética e Deonto- Dinâmica da gestão financeira pública é assente em métodos cada vez mais evoluídos e corresponde a imperativos das instituições superiores de controlo
logia Profissional do Auditor,
entre outros temas inerentes
à gestão financeira pública. dos auditores do TC na fis- O juiz conselheiro pre- imperativos da Organização vista a dar seguimento à for- da Administração do Estado,
calização da gestão financeira sidente do Tribunal de Con- Internacional das Institui- mação em curso de pós-gra- Sebastião Gunza, o coor-
pública e dos deputados da tas referiu que a dinâmica ções Superiores de Controlo duação e mestrado em Finan- denador residente do Sis-
Julião António comissão de Economia e da gestão financeira pública, (INTOSAI). ças Públicas. tema das Nações Unidas em
explicou que a Finanças da Assembleia Na- assente em métodos cada Na ocasião foi assinado A cerimónia contou com Angola, Paolo Balladelli,
formação foi cional, além de outros quadros vez mais evoluídos, corres- um protocolo entre o Tri- a presença do vice-procu- deputados e representantes
concebida importantes para o Ministério ponde igualmente à neces- bunal de Contas e o Instituto rador Geral da República, do ministério público, entre
para atender das Finanças e da IGAE. sidade de corresponder aos Universitário de Lisboa, com Mota Liz, o inspector-geral outras individualidades.
as necessidades
dos auditores do
Tribunal de Contas
na fiscalização da
gestão financeira Sexta Região Tributária quer sistema dinâmico de pagamento de impostos
pública
Vinte e cinco profissionais liberais dos profissionais liberais, tendo sido O director da Sexta Região Tribu- várias iniciativas que a AGT tem estado
A formação é resultado da província do Cunene participaram dado maior realce à entrega da “Decla- tária, António Gourgel, disse na ocasião a criar a nível do país. A Sexta Região
de um concurso público na sede da Sexta Região Tributária, em ração Modelo 1” do IRT, Imposto sobre que a Administração Geral Tributária Tributária já implementa no seu espaço
internacional e do financia- Ondjiva, num encontro de sensibilização o Rendimento do Trabalho por conta (AGT) é o organismo do Estado res- de gestão actividades que vão ao
mento da União Europeia, e e esclarecimento sobre as obrigações própria. O prazo da entrega e paga- ponsável por propor e executar as encontro das necessidades e os cons-
foi ministrado pelo Instituto fiscais dos contribuintes. mento desse imposto vai até sábado, políticas de pagamento de impostos, trangimentos dos contribuintes.
Universitário de Lisboa (IUL), Os profissionais foram elucidados 31 de Março. bem como garantir o asseguramento Para o chefe do Departamento
em parceria com o Tribunal sobre a forma correcta de preenchi- Outro assunto enfatizado nos encon- do seu cumprimento no país. dos Serviços Fiscais, João Jorge Ber-
de Contas de Portugal e com mento, procedimento a adoptar diante tros foi a actualização do cadastro, de António Gourgel explicou, por nardo, a iniciativa pretende munir
a colaboração de alguns pro- de uma retenção do imposto, bem forma a facilitar o enquadramento, outro lado, que foi no âmbito da os contribuintes de informações,
fessores angolanos. como sobre penalidades e prerrogativas uma vez que os profissionais liberais transparência da justiça e da neces- conhecimentos e técnicas para evitar
concedidas pelo Código de Imposto têm uma tributação específica. Os pre- sidade de conferir maior dignidade situações que atrapalhem o cumpri-
Tribunal de Contas sobre o Rendimento do Trabalho. sentes foram aconselhados a cumprir ao contribuinte e na intenção de pro- mento das tarefas.
Ao discursar na sessão de A reunião teve duas sessões, sendo com as obrigações tributárias dentro por um atendimento diferenciado, Por sua vez, o presidente da Câ-
encerramento do curso, o a primeira para advogados e a segunda dos prazos estabelecidos e, em caso que a AGT está a implementar a ini- mara de Empresários no Cunene,
juiz conselheiro presidente para despachantes oficiais, contabilistas de dúvidas, contactarem a repartição ciativa “Top Contribuinte”, que visa Francisco Buleth, louvou a iniciativa,
do Tribunal de Contas (TC), e outros profissionais liberais. Um dos fiscal para informações adicionais. estreitar, cada vez mais, as relações já que a classe empresarial está, mais
Julião António, afirmou que encontros foi orientado pelo chefe da entre as partes. uma vez, esclarecida sobre os seus
a criação de uma instituição Repartição Fiscal de Ondjiva, Joaquim Repartições Fiscais O director regional esclareceu que direitos e deveres.
forte, capaz de desempenhar Fernando, e o outro pelo chefe do Uma maior aproximação dos contri- a iniciativa “Top Contribuinte” surge Francisco Buleth aconselhou os
as suas funções, passa pela Departamento dos Serviços Fiscais, buintes às repartições fiscais dominou no âmbito da potenciação da arre- seus colegas a observarem, com rigor,
qualificação dos seus fun- João Jorge Bernardo, tendo igualmente há dias, também em Ondjiva, a sede cadação de receitas, com o objectivo os conhecimentos apreendidos e
cionários, através da forma- participado nas sessões o chefe do provincial do Cunene, um encontro de melhor informar os contribuintes apelou ao cumprimento dos prazos
ção técnica. Departamento Técnico Tributário, dos responsáveis dos serviços regionais sobre as suas obrigações, uma vez estabelecidos no pagamento de
Julião António explicou Osvaldo Michinge. tributários com os empresários locais, que a missão da AGT não consiste impostos.
que a formação foi concebida Os presentes assistiram a uma apre- que visou esclarecer as modalidades apenas em cobrar impostos. Adelaide Mualimusis
para atender as necessidades sentação sobre as principais obrigações e forma de pagamento de impostos. O “Top Contribuinte” é uma das e Albino Hitotonanye | Ondjiva
ECONOMIA Quinta-feira
29 de Março de 2018
ATÉ 2025
Cabo Verde
quer apenas
energias
renováveis
O Governo de Cabo Verde
quer ser o primeiro país do
mundo a produzir toda a
electricidade com base em
energias renováveis, através
de um programa que lançou
em 2010.
Segundo o serviço de in-
formação CLBrief (China Lu-
sophone Brief) o Governo ca-
bo-verdiano estabeleceu a
meta de 2020-2025 para que
50 por cento da energia pro-
duzida no arquipélago seja
ou eólica ou solar.
Ao mesmo tempo, o Go-
verno está a diligenciar para
que até 2020 toda a população
do arquipélago tenha acesso
à electricidade, que até 2030
o consumo de electricidade
diminua 20 por cento e que
toda a população substitua o
uso de carvão para cozinhar,
DR
Arquipélago quer converter a
energia térmica do oceano
usado por mais de 30 por
cento das residências, por
combustíveis.
Cabo Verde criou a Cabeó-
lica, que tem como parceiros
a Africa Finance Corporation,
a Electra, o Fundo Finlandês
de Cooperação Industrial e
a InfraCo, para desenvolver
projectos renováveis de ener-
gia. Hoje, a sua capacidade
de produzir 25,5 megawatts
está distribuída por 30 tur-
binas de parques eólicos em
Santiago (11), Sal (9), São
Vicente (7) e Boavista (3) que
custaram 90 milhões de
dólares o que não é suficiente
para responder às necessi-
dades do país que são da
ordem dos 150 megawatts.
Actualmente, o consumo
de electricidade per capita
em Cabo Verde é de 727 kWh7
por ano, o que representa
pouco ao nível internacional,
mas bom quando compa-
rado com a maior parte dos
países africanos.
No sentido de desenvolver
ainda mais as energias reno-
váveis, em Setembro de 2017
a empresa alemã SINN Power
assinou um contrato com as
autoridades marítimas e por-
tuárias da ilha de São Vicente,
para instalar um sistema de
produção de energia a partir
das ondas, enquanto o Governo
do arquipélago está a avaliar
a possibilidade de converter
a energia térmica do oceano,
usando as diferenças de tem-
peratura entre as várias pro-
fundidades oceânicas.
CÂMARA DE NEGÓCIOS ANGOLA-ESPANHA
Espanhóis já trabalham em algumas áreas prioritárias do país
Instituição estimula
relações comerciais
O aprofundamento das rela-
ções comerciais entre Angola
e a Espanha, visando a cria-
ção de condições propícias
à convivência empresarial,
para permitir o crescimento
sustentável das empresas de
ambos os países, é uma das
prioridades da Câmara de
Negócios Angola-Espanha
(CNAE), revelou na terça-
feira, em Luanda, o presi-
dente da instituição, Nelson
Dias dos Santos.
Ao intervir na cerimónia
de tomada de posse dos
membros da direcção da
Câmara de Negócios Angola-
Espanha, Nelson Dias dos
Santos sublinhou que a ins-
tituição vai trabalhar com
as entidades governamentais,
para auxiliar o Estado na
identificação das melhores
oportunidades de negócios.
Para tal, acrescentou, serão
criadas as melhores estra-
tégias para a materialização
das pretensões dos homens
de negócios das duas nações,
de preferência em parcerias
viáveis e sustentáveis, para
uma melhor absorção da
experiência e conhecimento,
ADEQUAÇÃO AO CONTEXTO MACROECONÓMICO
Legislação sobre seguro
e fundos é actualizada
A legislação vigente sobre
seguros e fundos de pensões
começa a ser revista, para ade-
quar ao actual período de de-
senvolvimento da economia
e do sistema financeiro.
Um despacho executivo
do ministro das Finanças,
publicado em Diário da Repú-
blica a 23 de Março, dá conta
que “há toda a necessidade
de se melhorar os princípios
e práticas internacionais pre-
conizados pelos mais varia-
dos organismos”.
O documento mostra que
Angola precisa de cumprir
os princípios e práticas da
Associação Internacional de
Fundos de Pensões (IAIS),
da Organização Internacional
de Fundos de Pensões (IOPS)
e do Comité de Seguros, Valo-
res Mobiliários e Instituições
Financeiras não bancárias
da África Austral (CISNA).
Archer Mangueira deter-
mina que, “com vista à con-
tínua modernização e reforço
da solidez, estabilidade e
competitividade do sector”,
se crie um grupo de trabalho,
com o objectivo de analisar
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
da cultura e dos valores de
cada um dos povos.
O presidente da CNAE
disse aos empresários espa-
nhóis que Angola é a porta
de acesso para um mercado
regional na SADC (Comu-
nidade de Desenvolvimento
da África Austral) de cerca
de 318 milhões de habitantes,
potenciais consumidores e
cerca de 1,216 biliões de habi-
tantes de toda a África, tido
já como um “filão” que vale
a pena explorar. Aos empre-
sários angolanos disse que
a Espanha é também a porta
de acesso para um mercado
de cerca de 493 milhões de
habitantes da União Europeia
e de 741,4 milhões de habi-
tantes em toda a Europa.
O embaixador da Espanha
no pais, Manuel Hernández,
reiterou o apoio do seu país
ao processo de diversificação
económica, por ser o futuro
de Angola. “É um grande
mundo de oportunidades que
se vai abrir em Angola para
as empresas obterem novas
oportunidades económicas
que o país está a oferecer ao
mundo”, sublinhou.
e actualizar todo o quadro
legal do sector em causa.
O grupo de trabalho é
coordenado pelo presidente
do Conselho de Administra-
ção da Agência Angolana de
Regulação e Supervisão de
Seguros (ARSEG). A comis-
são, integrada por técnicos
de direcções do Ministério
das Finanças, tem o prazo
de 270 dias para proceder à
revisão de todo o pacote legis-
lativo dos seguros e fundo de
pensões. Entre outras atri-
buições, o grupo de trabalho
deve propor a regulação dos
diplomas legais, a criação de
novos e analisar e propor as
demais revisões que se afi-
guram necessárias.
O sector dos seguros agrega
uma Associação de Segura-
doras de Angola (ASAN) e
tem como presidente Manuel
Gonçalves, da ENSA Seguros.
As associadas da ASAN são
a Mundial Seguros, AAA,
ENSA, GA, Garantia, Global
Seguros, Nossa Seguros e
Universal Seguros, apesar de
no país existirem 26 empresas
do ramo.
CONSTRUÇÃO DA CADEIA DE VALORES DO PAÍS
Angola produz a olhar
para o livre comércio
Serviços de Assistência Técnica de Apoio Institucional
ao Ministério do Comércio trabalham há dois anos e
realizam actividades de reforço da capacidade nacional
Um total de doze milhões de euros é o
valor disponibilizado pela União Europeia
para se desenvolver a cadeia de valores
do sector produtivo angolano, para que
em cinco ou dez anos o país tenha pro-
dutos para introduzir na Zona de Livre
Comércio Continental.
Para a materialização do projecto em
Angola, os Serviços de Assistência Téc-
nica de Apoio Institucional ao Ministério
do Comércio (ACOM) estão a trabalhar
há dois anos e realizam já actividades
de reforço das capacidades nacionais,
através da formação, disse à Angop o
gestor de projectos da União Europeia
em Angola.
Paulo Leitão, que falava à margem
do seminário sobre “Cadeias de Valor”,
afirmou que a ACOM realizou estudos
nos mercados vizinhos, como os da
República Democrática do Congo (RDC),
Zâmbia e Namíbia, e em Angola foram
feitos estudos nos sectores com um
potencial de exportação a curto prazo,
das pescas, madeira, mariscos e rochas
ornamentais.
Paulo Leitão afirmou que o projecto,
ao ser uma das prioridades do Governo
angolano, tem muitos desafios pela
frente, como o reforço da capacidade
institucional das empresas e dos serviços
públicos e, entre outros desafios, a
melhoria do sector dos transportes e
das infra-estruturas.
O trabalho técnico feito pela ACOM
já fornece alguma base para se avançar
com a implementação da cadeia de
valor. Para já, os documentos feitos em
Angola e países vizinhos servem de
referência para os decisores do sector
governamental e privado, para que se
dinamize o tecido produtivo nacional
e torná-lo competitivo.
O secretário de Estado do Comércio,
Amadeu Nunes, ao falar no acto da aber-
tura do seminário sobre “Cadeias de
Valor”, afirmou que o modelo de estru-
turação das actividades desenvolvidas
pelas empresas e instituições públicas
angolanas visa garantir a máxima qua-
Seminário converge com a necessidade do Executivo de congregar as forças vivas
11
lidade do serviço e um melhor produto
ao cliente final, além de criar vantagem
competitiva no mercado interno e externo.
Amadeu Nunes explicou que o país tem
uma vantagem nos sectores agrícolas e
industrial, para diversificar a economia.
A chefe da equipa da ACOM, Diane
Biet, disse que o estudo apresenta uns
exemplos de sucessos para obter um
bom desempenho nos investimentos
da cadeia de valor no continente africano.
Diane Biet disse que além dos estudos
já feitos nos sectores das pescas, madei-
ras, rochas e granitos, a ACOM prevê,
para o próximo ano, fazer estudos no
sector da Agricultura, que precisa de
apoio em termos de logística e de desen-
volver a rede comercial.
O projecto é uma das
prioridades do Governo
angolano e tem muitos
desafios pela frente, como o
reforço da capacidade
institucional das empresas e
dos serviços públicos e, entre
outros desafios, a melhoria do
sector dos transportes e das
infra-estruturas
A cadeia de valores consiste na trans-
formação de um produto primário, atra-
vés da agregação de diversas fases de
transformação tornando-o num produto
final. A título de exemplo Angola tem
mármore. Ao invés de ser comercializado
em bruto, faz-se a transformação para
a fabricação de azulejos, entre outros
derivados, e faz-se a exportação deste
produto, ou seja, consiste na comer-
cialização do produto final, ao invés da
venda apenas da matéria-prima bruta.
O seminário sobre “Cadeias de Valo-
res” converge com a necessidade do
Executivo e, em particular, do Ministério
do Comércio de congregar as forças
vivas, quer públicas quer privadas, com
o objectivo de desenvolver este sector.
JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO
12
REPÚBLICA DE ANGOLA
Ministério da Agricultura e Florestas – Instituto de Desenvolvimento Agrário
PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DE AGRICULTURA FAMILIAR E COMERCIALIZAÇÃO (SADCP)
Crédito IBRD LN 8626 - AO
Solicitação de Manifestação de Interesse
País: Angola
Nome do Projecto: Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e
Comercialização (SADCP).
Descrição do Contrato: Assistência técnica para implementação da compo-
nente de irrigação.
N.º do Contrato: AO-ADI-48267-CS-QCBS
O Governo de Angola, através do Ministério da Agricultura/Instituto de Desenvol-
vimento Agrário recebeu um Financiamento do Banco Mundial para desenvolver
um Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização
(SADCP), e pretende aplicar parte deste crédito em pagamentos elegíveis para
a contratação de consultores que irão prover assistência técnica na implemen-
tação da componente de irrigação do projecto.
Os serviços de consultoria, com três anos de duração, incluem a provisão de ser-
viços de apoio à Unidade de Implementação do Projecto a nível central e provin-
cial na implementação da componente de irrigação, que inclui concepção,
implementação e supervisão de cerca de 30 pequenos sistemas de irrigação nas
províncias do Bié, Malanje e Huambo cobrindo cerca de 1000 Ha beneficiando
2.000 agricultores (média de ½ Ha cada). Os serviços de consultoria terão a du-
ração de 36 meses.
Assim sendo, o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), através da sua Uni-
dade de Implementação do Projecto SADCP, convida empresas elegíveis, a ma-
nifestarem interesse em providenciar os Serviços. Consultores interessados
devem fornecer evidências de possuírem as qualificações e experiência relevan-
tes para a realização da tarefa. Os critérios de avaliação das manifestações de
ELEVADA EXPERÊNCIA NA IMPORTAÇÃO DE GADO
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SE PRETENDE AUMENTAR E MELHORAR O SEU
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(5159)
Quinta-feira
29 de Março de 2018
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interesse são: i) 10 anos de experiência comprovada na prestação de serviços
de irrigação; ii) experiência na implementação de projectos em áreas com condi-
ções similares da África Sub-sahariana, e iii) familiaridade com projectos finan-
ciados por Bancos Multilaterais de Desenvolvimento. As manifestações de
interesse não deverão ter mais do que 30 páginas.
Chama-se a atenção dos consultores interessados para o parágrafo 1.9. das Di-
rectrizes para a Selecção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do
Banco Mundial (Guidelines: Selection and Employment of Consultants by
World Bank Borrowers), Edição de Janeiro de 2011 revistas em Julho de 2014,
concernente à política do Banco Mundial sobre os Conflitos de Interesse.
Os concorrentes poderão formar associações ou consórcios com outras empre-
sas ou subcontratação com o objectivo de melhorar as suas qualificações.
Os concorrentes serão seleccionados pelo método QCBS (Quality and Cost
Based Selection)-Selecção Baseada na Qualidade e no Preço, especificado nas
Directrizes acima mencionadas.
Informações adicionais poderão ser obtidas no endereço supracitado, das 08h00
às 15h30, de segunda a sexta-feira.
As manifestações de interesse deverão ser entregues por escrito no endereço
abaixo (pessoalmente, por correio ou e-mail) até ao dia 24 de Abril de 2018.
Unidade de Implementação do Projecto MOSAPII (SADCP)
Rua Amílcar Cabral nº 45, porta 45, Mutamba-Luanda, Tel.93696432; 992905270.
endereço de e-mail: mosap2.procurement@gmail.com
(5231)
CONCURSO PÚBLICO PARA EMPRESAS
A Cabinda Gulf Oil Company, Ltd (CABGOC), subsidiária da Chevron, figura entre
as principais empresas petrolíferas de Angola, e vem por este meio anunciar um
concurso público para o fornecimento do seguinte material:
Concurso Público Número: RFBA-021-SS-2018
A Contratada deverá ministrar formação e fornecer os materiais necessários a
todos os funcionários da CABGOC identificados com necessidades de desenvol-
vimento. A formação deverá incluir, entre outros, os cursos descritos abaixo:
Curso Intensivo de Língua Inglesa
Curso de Língua Inglesa a tempo parcial (part-time)
Escrita Comercial
Língua Portuguesa para Expatriados
Formação em informática: todos os pacotes da Microsoft, incluindo Word, Access,
Excel e PowerPoint.
A Contratada deverá ministrar formação em todos os níveis de proficiência da Lín-
gua Inglesa em Luanda, Cabinda e Malongo aos funcionários angolanos da CAB-
GOC. A Contratada deverá também ministrar aulas de informática nos locais acima
mencionados sempre que necessário.
As empresas qualificadas que estejam interessadas em ser consideradas para o
concurso acima descrito poderão acessar a página www.chevroninangola.com,
na secção de Fornecedores, Concurso Público; preencher o formulário informativo
do fornecedor e remeter para o endereço electrónico concurso@chevron.com
no prazo definido na página da internet.
Cabinda Gulf Oil Company, Limited
Edifício da Chevron – Chicala
Nova Marginal
Caixa Postal 2950 Luanda,
República de Angola
(100.718)
Quinta-feira
29 de Março de 2018 13
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14
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outra T3 (360m2), água e luz,
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domínio BCI. Contactos telfs:
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moção 5.500.000 Akz, pag.
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29 de Março de 2018 15
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TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Luanda e Bengo)

AVISO DE APREENSÃO N.º 18

A Terceira Região Tributária avisa aos importadores (Agentes de Navegação) abaixo indicados, que nos termos do artigo 509.º, n.º 1, alínea b), conjugado com os
artigos 512.º e 481.º todos do Código Aduaneiro, procedeu à apreensão dos contentores demorados abaixo indicados:

SIGLA DE AGENTE DE SIGLA DE AGENTE DE

N.º ESTADO N.º ESTADO
CONTENTOR NAVEGAÇÃO CONTENTOR NAVEGAÇÃO
01 MSKL5503522 BOM N/Identificado 46 CRXU573249 BOM N/Identificado
02 MSKL5913473 BOM N/Identificado 47 CRXU6962252 BOM N/Identificado
03 MSKL6225751 BOM N/Identificado 48 CRXU6962695 BOM N/Identificado
04 MSKL7209970 BOM N/Identificado 49 CRXU5753026 BOM N/Identificado
05 MSKL8230735 BOM N/Identificado 50 HAPU7523225 BOM N/Identificado
06 MSKL8287406 BOM N/Identificado 51 TRTU7700821 BOM N/Identificado
07 MSKL8300938 BOM N/Identificado 52 RFFU5811179 BOM N/Identificado
08 MSKL8350094 BOM N/Identificado 53 TOLU5886752 BOM N/Identificado
9 MSKL8358177 BOM N/Identificado 54 TRTU6637121 BOM N/Identificado
10 MSKL8410200 BOM N/Identificado 55 TRTU5736794 BOM N/Identificado
11 MSKL8411683 BOM N/Identificado 56 TRTU7279530 BOM N/Identificado
12 MSKL8411688 BOM N/Identificado 57 TRTU5720978 BOM N/Identificado
13 MSKL8434300 BOM N/Identificado 58 TRTU5700974 BOM N/Identificado
14 MSKL8600207 BOM N/Identificado 59 TRTU7207707 BOM N/Identificado
15 MSKL8601422 BOM N/Identificado 60 TRTU9137095 BOM N/Identificado
16 MSKL8710608 BOM N/Identificado 61 TRTU8280868 BOM N/Identificado
17 MSKL8710721 BOM N/Identificado 62 GESU9272215 BOM N/Identificado
18 MSKL8807305 BOM N/Identificado 63 MSCU3622004 BOM N/Identificado
19 MSKL9010294 BOM N/Identificado 64 NDSA2013389 BOM N/Identificado
20 MSKL9121981 BOM N/Identificado 65 TRTU1792492 BOM N/Identificado
21 MSKL9131803 BOM N/Identificado 66 CRXU5753176 BOM N/Identificado
22 MWCU246034 BOM N/Identificado 67 CRXU5752230 BOM N/Identificado
23 POCU0492561 BOM N/Identificado 68 CRXU5753237 BOM N/Identificado
24 TRLU8524835 BOM N/Identificado 69 CRXU575296 BOM N/Identificado
25 XXXU3665435 BOM N/Identificado 70 RRSU7715774 BOM N/Identificado
26 MSKL9043092 BOM N/Identificado 71 REFU7209888 BOM N/Identificado
27 MSKL9058560 BOM N/Identificado 72 HPPU590229 BOM N/Identificado
28 MSKL9128902 BOM N/Identificado 73 SCOU855399 BOM N/Identificado
29 MSKL9538609 BOM N/Identificado 74 CRXU5825933 BOM N/Identificado
30 MSKL9603767 BOM N/Identificado 75 TRLU1817184 BOM N/Identificado
31 CRXU5753263 BOM N/Identificado 76 TRTU5898100 BOM N/Identificado
32 CRXU5753685 BOM N/Identificado 77 APLU6934006 BOM N/Identificado
33 CRXU6962669 BOM N/Identificado 78 CRXU576343 BOM N/Identificado
34 CRXU6960833 BOM N/Identificado 79 PUNU740994 BOM N/Identificado
35 CRXU6963710 BOM N/Identificado 80 TRIU720046 BOM N/Identificado
36 CRXU6966767 BOM N/Identificado 81 ATAS-D-2033 BOM N/Identificado
37 CRXU6966237 BOM N/Identificado 82 ATAS-F-1115 BOM N/Identificado
38 CRXU6968585 BOM N/Identificado 83 ATASIF-1028 BOM N/Identificado
39 CRXU6965927 BOM N/Identificado 84 ATASIF-1220 BOM N/Identificado
40 CRXU6965924 BOM N/Identificado 85 BMOU9770344 BOM N/Identificado
41 CRXU6966793 BOM N/Identificado 86 BMOU9801445 BOM N/Identificado
42 SCZU5906390 BOM N/Identificado 87 CRLU1233744 BOM N/Identificado
43 SCZU8675276 BOM N/Identificado 88 DATAS-D-2013 BOM N/Identificado
44 CRXU5753730 BOM N/Identificado 89 INKU2800935 BOM N/Identificado
45 CRXU5753495 BOM N/Identificado 90 ITLU7339085 BOM N/Identificado

O prazo para a interposição do recurso hierárquico com fundamento na não susceptibilidade do confisco das mercadorias apreendidas é de dez dias úteis, contados
da data da publicação do presente aviso, conforme preceitua o artigo 514.º do Código Aduaneiro.
As mercadorias apreendidas estão sujeitas a confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado, o recurso a que se refere o parágrafo anterior.

Terceira Região Tributária, aos 22 de Março de 2018.

A DIRECTORA REGIONAL
Eurídice Cristina F. Bárber A. Alves
(100.210d)
16 Quinta-feira
29 de Março de 2018

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(100.193)
Quinta-feira
29 de Março de 2018 17
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(100.117b)
18 NECROLOGIA Quinta-feira
29 de Março de 2018

RECORDAÇÃO RECORDAÇÃO RECORDAÇÃO FALECEU

AIDA ISABEL COHEN DOS SANTOS

(Milú dos Santos)

Teresa Cohen (irmã), Arnaldo Santos, filhos Naiole e Xaxa, e

netos, dolorosamente cumprem o dever de comunicar o falecimento
da sua muito querida Milú, ocorrido no dia 27 de Março de 2018,
em Benguela, por doença. (5251)
LEILA ARIEIRO PINHEIRO SIMÃO DALA SIMÃO LEILA ARIEIRO PINHEIRO

Leila! A saudade ficou em seu lugar, desde
que te foste. Antes era de alegria e festa,
agora é de saudade e tristeza em nossos
corações. Antes, neste dia de aniversário,
cantávamos e apagávamos mais uma vela.
Agora cada um se lembra e festeja à sua
maneira. Recordam-te mamã e manas.
(5252)
Querido irmão! Completarias hoje, 29
de Março de 2018, 60 anos de idade. Dia
de reflexão e de recordações inesquecíveis
dos momentos ímpares que partilhaste
com todos os familiares e amigos. Recor-
dam-te com elevada estima e que a tua
alma descanse em paz. (5259)
Leila! Olhos secos, mas coração dilacerado
pela dor de uma ferida que não cura.
Este é o triste episódio da mamã que te
procura e não te encontra, mas com a FALECEU
certeza de que estás ao lado de alguém
que te cuida. Eterna saudade da mamã
Domingas. (5253)
AIDA ISABEL DOS SANTOS BRÁS DA SIVA (Milú)

Bernardo Brás da Silva (esposo), Kamia Maria dos Santos Brás

da Silva, Pedro Sahari dos Santos Brás da Silva (filhos), netos e
bisnetos, cunhados, nora, sobrinhos e demais familiares e amigos
FALECEU RECORDAÇÃO FALECEU cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua
querida esposa e mãe AIDA ISABEL DOS SANTOS BRÁS DA SILVA
(Milú) , ocorrido no dia 27/3/2018, por doença, na cidade do
Lobito. O funeral realiza-se hoje, quinta-feira, dia 29/3/2018,
em Benguela. Paz à sua alma. (5265)

FALECEU

AIDA ISABEL DOS SANTOS SIMÃO DALA SIMÃO AIDA ISABEL DOS SANTOS TITO LÍVIO AMARAL LOPES
BRÁS DA SIVA (Milú) BRÁS DA SIVA (Milú)

Maria Engrácia Cohen dos Santos, Teresa
de Jesus Cohen dos Santos, Rui Walter
de Menezes Cohen dos Santos, Francisco
Sílvio Cohen dos Santos (irmãos), cunhado
e cunhadas, sobrinhos, primos, demais
familiares e amigos comunicam o fale-
cimento da sua querida AIDA ISABEL
DOS SANTOS BRÁS DA SILVA (Milú).
(5267)
SDS! Mais uma vez é o teu aniversário!
Não podemos comemorar, porque já
não estás entre nós. A tua ausência
causa profunda tristeza, mas lembrar
a alegria que geraste entre nós é como
se tu aqui estivesses presente. Tua data
será sempre honrada com muito carinho.
Eterna saudade! Recordam-te Aurora
Simão (esposa),Tatiana, Vinício, Emília,
Georgina e Aldo (filhos). (5268)
As famílias Cohen dos Santos e Brás da
Silva comunicam o falecimento da sua
querida AIDA ISABEL DOS SANTOS
BRÁS DA SILVA (Milú) , ocorrido no dia
27/3/2018, por doença, na cidade do
Lobito. O funeral realiza-se, hoje, quinta-
feira, dia 29/3/2018, em Benguela. Paz
à sua alma. (5266)
Luís Filipe Colaço e família cumprem o doloroso dever de participar
o falecimento do seu grande amigo e camarada TITO LÍVIO
AMARAL LOPES, ocorrido repentinamente em Lisboa no dia
27/03/2018. O funeral realizar-se-á nessa cidade em data a
anunciar. À Rosette Macedo Lopes, sua esposa, seu filho Patrice
e às famílias enlutadasAmaral Lopes e Macedo, apresentamos
as nossas mais sentidas condolências. (5273)

CONDOLÊNCIAS FALECEU CONDOLÊNCIAS FALECEU FALECEU

EMANUEL ANTÓNIO
MIRANDA NUNES
O Comando da Força Aérea Nacional, e
o colectivo de trabalhadores, cumpre o
doloroso dever de comunicar o falecimento
do Sr. Capitão, EMANUEL ANTÓNIO
MIRANDA NUNES, Oficial de Apoio ao
Ensino, endereçam à família enlutada
as mas sentidas condolências. Descanse
em paz. (5296)
MARTA JOSÉ ALFREDO
Maria Helena Porto, Maria José Alfredo
(irmãos), Hélder Gabriel Tchihiluka, Victória
Agostinho (filhos), Francisco Agostinho
(genro), Brígida Pululo (nora), primos,
sobrinhos e netos cumprem o doloroso
dever de comunicar o falecimento da sua
querida MARTA JOSÉ ALFREDO, ocorrido
dia 26/3/2018, por doença. O funeral rea-
liza-se hoje, quinta-feira,dia 29/3/2018,
às 11h00, no cemitério de Sant'Ana. (5256)
SEBASTIÃO CHINCÓCOLO
A Associação de Comandos de Angola
vem neste momento de dor e consternação
apresentar condolências à família enlutada
do senhor SEBASTIÃO CHINCÓCOLO,
irmão do nosso sócio efectivo e Membro
do Conselho Superior dos Órgãos Sociais,
senhor Brigadeiro "CMDO Pára-quedista"
João Pedro Mateus, pelo seu falecimento,
ocorrido no dia 26/3/2018. O funeral
realiza-se no sábado, dia 31/3/2018, na
cidade de Cabinda. (5300)
ADRIANO MIGUEL FÉLIX
Isabel Félix, Felisberto Félix, João Félix,
Quetas Félix, Pedro Félix, Virgínia Félix,,
Eltia Félix, (filhos), netos, sobrinhos,
noras e genros cumprem o doloroso
dever de comunicar o falecimento do
seu ente querido ADRIANO MIGUEL
FÉLIX, ocorrido no dia 27/3/2018.
O funeral realiza-se no sábado, dia
31/3/2018, no cemitério de Sant'Ana.
(5333)
JOÃO ROQUE GOLOME
Foi com profunda dor e consternação, que
o Conselho de Administração da Ensa-
Seguros de Angola S.A., tomou conhecimento
do passamento físico do Sr. JOÃO ROQUE
GOLOME, reformado desta Empresa, ocorrido
no dia 27/3/2018, por doença. O funeral
realiza-se hoje,quinta-feira, dia 29/3/2018,
saindo o préstito fúnebre da sua residência,
no Bairro Golf 2 Vila Estoril, Rua C, junto
do Centro Profissional MAPTSS, para o
cemitério de Sant'Ana, às 10h00. (5341)

FALECEU FALECEU FALECEU FALECEU FALECEU

FRANCISCO FLAMÍNIO
DOS SANTOS
Manuel Mangueira (cunhado) e família
comunicam o falecimento de FRANCISCO
FLAMÍNIO DOS SANTOS, ocorrido no
dia 19/3/2018, por doença, em Havana
(Cuba). O funeral realiza-se, hoje,quinta-
feira, dia 29/3/2018, às 11h00, no cemitério
da Sant'Ana, partindo da Igreja Metodista
Unida Central (Kinaxixi) onde será pre-
cedida de uma Missa de corpo presente
às 8h00. (5347)
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
FRANCISCO FLAMÍNIO
DOS SANTOS
Irmãos, filhos, primos, sobrinhos, netos
e bisnetos comunicam o falecimento do
seu ente querido FRANCISCO FLAMÍNIO
DOS SANTOS, ocorrido no dia 19/3/2018,
em Havana (Cuba). O funeral realiza-
se, hoje, quinta-feira, dia 29/3/2018, às
11h00, no cemitério da Sant'Ana, partindo
da Igreja Metodista Unida Central (Kina-
xixi) onde será precedida de uma Missa
de corpo presente às 8h00. (5347a)
FRANCISCO FLAMÍNIO
DOS SANTOS
As famílias Gaspar Fernandes, Santos Pereira,
Fernandes Constantino, Gaspar de Brito,
Vieira de Sousa, Santiago, Vieira Guedes e
Santos comunicam o falecimento de FRAN-
CISCO FLAMÍNIO DOS SANTOS ,ocorrido
no dia 19/3/2018, em Havana (Cuba).
O funeral realiza-se, hoje, dia 29/3/2018,
às 11h00, no cemitério da Sant'Ana, antecedido
de Missa de corpo presente, às 8h00, na
Igreja Metodista Unida Central. (5347h)
FRANCISCO FLAMÍNIO
DOS SANTOS
Maria Amélia dos Santos (Melita) , Eugénia
dos Santos Chinha), Isaac dos Santos
(Quintinho), Natália dos Santos (Talita),
Diógenes dos Santos (Duducho), Hélder
dos Santos (irmãos) comunicam que
o funeral do seu irmão FRANCISCO FLA-
MÍNIO DOS SANTOS, realiza-se, hoje,
dia 29/3/2018, às 11h00, saindo da Igreja
Metodista Unida da Central, onde será
rezada Missa de corpo presente, às 8h00,
para o cemitério de Sant’Ana. (5347c)
FRANCISCO FLAMÍNIO
DOS SANTOS
Fernanda Paulino (esposa) e família
comunicam o falecimento de FRANCISCO
FLAMÍNIO DOS SANTOS, ocorrido dia
19/3/2018, em Havana (Cuba). O funeral
realiza-se hoje,quinta-feira, 29/3/2018,
partindo da Igreja Metodista Unida
Central, onde será rezada Missa de corpo
presente, às 8h00, para o cemitério de
Sant’Ana, às 11h00. (5249a)
Quinta-feira
29 de Março de 2018
FALECEU
SÉRGIO MANUEL CORREIA
MARTINS DE JESUS
Domingos Martins de Jesus (pai), Paulo de
Jesus, Osvaldo de Jesus, António Carlos de
Jesus, Vladimir de Jesus, Balbina de Jesus,
Florinda de Jesus, Nilza de Jesus Santana,
comunicam o falecimento de seu irmão
SÉRGIO MANUEL CORREIA MARTINS DE
JESUS, ocorrido dia 26 de Março de 2018,
por morte súbita . O funeral realiza-se hoje,
dia 29 de Março de 2018, no cemitério do
Benfica, às 10h00 . (5340)
FALECEU
JOÃO MARIA MARQUES
AIROSA
Isabel Airosa (esposa), Micá Airosa, Caly
Airosa, Niza Airosa, Ludmila Airosa e
Isa Vigário comunicam o falecimento
do seu querido JOÃO MARIA MARQUES
AIROSA, ocorrido no passado dia
26/3/2018, por doença. O funeral rea-
liza-se hoje, quinta-feira, dia 29/3/2018,
às 10h00, no cemitério de Sant’Ana,
antecedido de Missa de corpo presente
na Igreja São Joaquim, às 7h00. (5350)
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
FALECEU
JOÃO ROQUE GOLOME
Gentileza Golome (esposa), Ana Roque
(mãe), Andrea Soraya e Weza Golome
(filhos), Francisco Paulo e Mauro Francisco
(irmãos) comunicam o falecimento do
s e u e n t e q u e r i d o J OÃO R O Q U E
GOLOME,ocorrido dia 27/3/2018. Temos
o discurso fúnebre no Salão do Reino
das Testemunhas de Jeová, na Congregação
Vila Estoril, rua da Lagoa,Bairro Golf II,
hoje 29/3/18, às 9h00, seguindo para o
cemitério de Sant'Ana, às 10h00. (5348)
FALECEU
JOÃO MARIA MARQUES
AIROSA
Francisca Nair Vieira Dias Falcão (Chicha)
comunica o falecimento do seu tio e pa-
drinho, JOÃO MARIA MARQUES AIROSA,
ocorrido no dia 26/3/2018, por doença. O
funeral realiza-se hoje, dia 29/3/2018, às
10h00, no cemitério de Sant’Ana, antece-
dido de Missa de corpo presente, na Igreja
São Joaquim, às 7h00. Pela misericórdia
de Deus, pedimos que a sua alma des-
canse em paz. (5351)
FALECEU
CARLOS ALBERTO
DOS SANTOS
Jú, Cali, Irina, Osvaldo, Daniel, Patrícia
(ausente) (filhos) e demais familiares
cumprem o doloroso dever de comunicar
o falecimento de seu querido pai CARLOS
ALBERTO DOS SANTOS, ocorrido dia
26/3/18, por doença. O funeral reali-
zar-se-á em data a anunciar oportuna-
mente. (5352)
FALECEU
CARLOS ALBERTO DOS
SANTOS
Esperança Matias (mãe), Hélder Santos,
Paulo Sérgio dos Santos, Tatiana Borges,
Cláudia Santos (irmãos), cunhados e
demais familiares cumprem o doloroso
dever de comunicar o falecimento de
seu querido filho e irmão CARLOS
ALBERTO DOS SANTOS. O óbito decorre
no bairro Marçal, rua da Jacó. O funeral
realizar-se-á em data a anunciar opor-
tunamente. (5353)
19
NECROLOGIA
FALECEU
TITO LÍVIO AMARAL LOPES
É com profunda tristeza e pesar, que Rosete Macedo Lopes(esposa),
Patrice Lopes, Nuno Tito Amaral Lopes (filhos) e Gonçalo Lopes(neto)
comunicam aos familiares e amigos, o falecimento de seu ente
querido TITO LÍVIO AMARAL LOPES, ocorrido dia 27/3/2018,
em Lisboa. As exéquias fúnebres começaram ontem, dia 28/3/2018,
na Igreja de Massamá, a partir das 17h00. O funeral realiza-se
hoje, dia 29/3/2018, às 15h00, partindo o cortejo fúnebre da Igreja
de Massamá para Barcarena. Paz à sua alma. (5339)
FALECEU
EURICO FERNANDES DA SILVA RUBINO XAVIER
Rui Orlando Xavier, Eurico Jorge Xavier (filhos), Stella Ribas
Xavier (nora), Ricardo Jorge Xavier Ferreira, Jandira Alexandra
Ribas Xavier, Erikson Cláudio Ribas Xavier, Ana Klandy de
Campos Xavier, Adilson Jorge de Campos Sequeira (netos), Etiene
Ferreira, Cristian Ferreira e Camila Abigail Xavier Zongo (bisnetos)
comunicam que o funeral de EURICO FERNANDES DA SILVA
RUBINO XAVIER, se realiza hoje, dia 29/3/18, às 10h30, no
cemitério de Sant’Ana, antecedido de Missa de corpo presente
no Velório de Sant’Ana, pelas 8h00. (5349)
RECORDAÇÃO DO 1º ANO
MIGUEL DA COSTA GOURGEL
( Lito Costa)
Lito, Pai, Sr. Gourgel, Boss! Custa a crer que estás ausente das
nossas vidas há um ano.Entregamos nas mãos de Deus a dor
dessa despedida/saudade/partida, pois o tempo não cura nada.
A tua ausência e a do teu filho Tininho são e serão, para sempre,
a razão do nosso sofrer diário. Recordam-te, com infindável sau-
dade, tua esposa Dona, filhas, netos, irmãos e demais familiares.
Descanse em paz Sr. Gourgel. (5202)
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20 Quinta-feira
29 de Março de 2018

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Quinta-feira
29 de Março de 2018 21
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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
Processo de execução fiscal aduaneira n.º 588/RDA/2016
Executado(a): VIPLAS- INDÚSTRIA,LDA
Terceira Região Tributária (Delegação Aduaneira do Porto de Luanda)

NOTIFICAÇÃO DE PENHORA POR EDITAL

FAZ-SE SABER QUE, na Terceira Região Tributária (Luanda) da Administração Geral Tributária, sita na Avenida 4 de Fevereiro, Marginal, Largo Diogo Cão, corre termos o Processo de Execução Aduaneira
n.º 588/RDA/2016, instaurado pela Administração Geral Tributária, em 2016, por dívida aduaneira no valor de Akz. 7.797.835,00 (sete milhões setecentos e noventa e sete mil oitocentos e trinta e cinco
Kwanzas).

ORIGEM DA DÍVIDA MONTANTE

Imposto Sobre o Consumo de Produtos Diversos (D59) Akz. 2.384.076,00

Imposto Sobre a Importação (E62) Akz. 1.897.118,00
Imposto do Selo (F71) Akz. 238.409,00
Taxas de Serviços Aduaneiros (G81) Akz. 476.815,00

Juros de Mora (L37) Akz. 2.801.417,00

SOMA Akz. 7.797.835,00

Pelo que, nos termos dos n.ºs 2 e 5 do artigo 97.º e do n.º 1 do artigo 100.º do Código das Execuções Fiscais, aprovado pela Lei n.º 20/14, de 22 de Outubro, conjugados com a alínea e) do n.º 2 do artigo
77.º da Lei de Base das Instituições Financeiras (Lei n.º 12/15, de 17 de Junho), no âmbito do processo de execução fiscal aduaneira contra si instaurado, foram penhorados valores insuficientes para o
pagamento da dívida exequenda e custas processuais, nas contas bancárias, por si tituladas, domiciliadas no seguinte Banco:
I. Banco Sol, S. A.
Assim, nos termos dos artigos 28.º, n.ºs 3 e 4, e 29.º, nº 4, do Código das Execuções Fiscais, conjugados com os n.ºs 6 e 7 do artigo 93.º do Código Geral Tributário, aprovado pela Lei n.º 21/14, de 22 de
Outubro, é notificada a Executada, VIPLAS- INDÚSTRIA,LDA. contribuinte fiscal n.º 5417068543, com último endereço conhecido situado na Rua da Liga Nacional Africana nº 106, Maculusso, em Luanda,
actualmente em parte incerta, para que, no prazo de 10 (dez) DIAS, que começará a correr depois de finda a dilação de 30 (trinta) DIAS a contar da data de publicação do segundo e último anúncio, deduzir,
querendo, OPOSIÇÃO À PENHORA, nos termos do disposto no artigo 90.º do Código das Execuções Fiscais, sob pena de o processo prosseguir os seus termos até final e, eventualmente, com a adjudicação
dos valores penhorados a favor da Administração Geral Tributária, nos termos do disposto no artigo 156.º do Código das Execuções Fiscais, tudo conforme melhor consta do duplicado do mandado de
penhora e notificação que se encontram na Delegação Aduaneira do Porto de Luanda, adstrita à Terceira Região Tributária (Luanda), sita na Avenida 4 de Fevereiro, Marginal, Largo Diogo Cão, edifício da
Alfândega de Luanda, 2.º andar, à disposição da executada.
Delegação Aduaneira do Porto de Luanda, em Luanda, aos 26 de Março de 2018
E eu, Deborah Santos, Escrivã, o subscrevi.

A CHEFE DA DELEGAÇÃO
Nerethz Faria Coelho da Cruz Tati
(100.220)

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
Processo de execução fiscal aduaneira n.º 747/RDA/2017
Executado(a): ANGOYANG CHENG-COMÉRCIO IMPORT E EXP, LDA.
Terceira Região Tributária (Porto).

CITAÇÃO EDITAL
FAZ-SE SABER QUE, corre termos na Terceira Região Tributária (Luanda) da Administração Geral Tributária, sita na Avenida 4 de Fevereiro, Marginal, Largo Diogo
Cão, o Processo de Execução Aduaneira n.º 747/RDA/2017, por dívida no valor de Akz. 229.806,00 (Duzentos e Vinte e Nove Mil, Oitocentos e Seis Kwanzas).

ORIGEM DA DÍVIDA MONTANTE

Multas e Outras Penalidades Aduaneiras (L52) Akz. 176.000,00
Emolumentos do contencioso Akz. 53.806,00

SOMA Akz. 229.806,00

É, nos termos dos artigos 69º, n.ºs 1 e 3, do Código das Execuções Fiscais (“CEF”), aprovada pela Lei n.º 20/14, de 22 de Outubro de 2014 e 247º, 249.º,n.º 3, 250.º
do Código de Processo Civil, citada a Executada ANGOYANG CHENG-COMÉRCIO IMPORT E EXP, LDA., contribuinte fiscal n.º 5402113637, com último endereço
na Rua nº 17, Casa nº 65, Urbanização Nova Vida, na Província de Luanda, actualmente em parte incerta, para que, no prazo de 30 (TRINTA) DIAS, a contar depois
da dilação de 30 (TRINTA DIAS), deduzir OPOSIÇÃO POR REQUERIMENTO ou EMBARGOS, requerer, em alternativa, o PAGAMENTO A PRESTAÇÕES da parte
respeitante às multas (cfr.artigos 65,nº1,al.b) e 72, nº 2, in fine ou a DAÇÃO EM CUMPRIMENTO, nos termos dos artigos 65º, n.º 1 als. a) e b) , e 73.º do CEF.
Neste processo, a Executada poderá ter acesso à Certidão de Decisão Exequível e aos demais documentos que se encontram à sua disposição, nesta Terceira
Região Tributária.

TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA, em Luanda, aos 26 de Março de 2018.

E eu Deborah Santos, Escrivã, o subscrevi.

CHEFE DA DELEGAÇÃO
Nerethz Faria Coelho da Cruz Tati
(100.220a)
22 REGIÕES
DEPOIS DE DEZ ANOS DE INTERRUPÇÃO
Moradores dos bairros Alto-Liro e Zâmbia já não percorrem distâncias para acarretar água
Água corrente chega
à zona alta do Lobito
O projeto implicou a montagem de moto-bombas potentes
para o bombeamento de cerca de 50 metros cúbicos de água
Jesus Silva | Lobito
Moradores dos bairros do
Alto-Liro e Zâmbia, na zona
alta da cidade do Lobito, vol-
taram a ter, desde terça-feira,
água corrente nas suas resi-
dências, depois de 10 anos
de interrupção por avaria no
sistema de bombagem.
Segundo o responsável da
Empresa de Água e Sanea-
mento do Lobito (EASL), Hen-
riques Calengue, para o rea-
tamento do fornecimento de
água aos bairros Alto-Liro e
Zâmbia foram montadas duas
moto-bombas na subestação
do Morro da Rádio, que resul-
tou no aumento da capaci-
dade de abastecimento aos
consumidores de 1.300 para
50 mil metros cúbicos.
“Estamos a abastecer mais
de mil metros cúbicos de
água por hora na zona alta
do Lobito, fruto dos investi-
mentos que estamos a fazer”,
afirmou Henrique Calengue.
“Os moradores destas zonas
exibem hoje um semblante
de alegria, pois estavam pri-
vados durante 10 anos de água
corrente”, acrescentou. O
responsável adiantou que a
água está a chegar às casas
dos consumidores com mais
pressão, fruto das capacidades
elevadas das moto-bombas.
“O desafio agora é manter a
regularidade do abasteci-
mento e, para o efeito, temos
de fazer manutenção regu-
larmente na conduta que já
remonta há mais de 20 anos.
Os interessados têm
apenas de entregar
os materiais
necessários à EASL
e esta procederá à
ligação com a
isenção de
pagamento das
respectivas taxas”,
Já alertámos os moradores
de que nos próximos dias
poderão registar-se rupturas
na conduta por estar obsoleta,
daí que vamos dar prioridade
à manutenção sistemática”,
sublinhou.
Henrique Calengue acon-
selhou os moradores que
ainda não têm água canalizada
BENJAMIM CÂNDIDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
a aderirem à campanha de
ligação domiciliária que está
em curso. “Os interessados
têm apenas de entregar os
materiais necessários à EASL
e esta procederá à ligação com
a isenção de pagamento das
respectivas taxas”, frisou
Em relação à implemen-
tação do sistema pré-pago,
disse que o processo envolve
“grandes investimentos”
em infra-estruturas. “Neste
momento, a prioridade da
EASL é colocar água em todas
as localidades do Lobito”,
assegurou.
Henrique Calengue infor-
mou, por outro lado, que a
empresa que dirige tem uma
facturação mensal de 100
milhões de kwanzas. “Con-
vém notar que os nossos
clientes só pagam 40 por
cento do consumo, equiva-
lente a um dólar por metro
cúbico (cerca de 220 kwan-
zaz)”, esclareceu.
O responsável criticou o
incumprimento de alguns
cidadãos, particularmente
daqueles que possuem tan-
ques de água, no que toca
ao pagamento regular do
consumo.
MOXICO
Parto de trigêmeos
surpreende médicos
O nascimento por cesariana
dos primeiros trigémeos do
ano, terça-feira, na mater-
nidade provincial do Moxico,
surpreendeu a equipa médica
e a parturiente, que espera-
vam apenas por um bebé.
Os trigémeos, dois rapa-
zes e uma menina, nasce-
ram com dois quilos e 400
gramas, um quilo e 900 gra-
mas e dois quilos e 200 gra-
mas, respectivamente.
Segundo a directora clí-
nica da maternidade pro-
vincial, Rodeth Nele, a mãe
goza de boa saúde e admitiu
a possibilidade de os mes-
mos terem alta já nos pró-
ximos dias.
Rodeth Nele disse que a
progenitora, de 35 anos de
idade, furtava-se às con-
sultas pré-natais e na altura
do parto apresentou algumas
complicações, o que obrigou
os médicos em serviço a
submetê-la a uma cirurgia
de cerca de uma hora.
A responsável da mate-
rinidade aconselhou todas
as mulheres em idade fértil
e em gestação a realizarem
consultas de rotina, para
conhecer o seu estado de
saúde e do bebé.
UÍGE
Oficial da corporação angolana respondeu à campanha para doação de sangue
Polícia Nacional adere
à doação de sangue
Um total de 90 agentes e ofi-
ciais de vários ramos da Polí-
cia Nacional da província do
Uíge doou, ontem, 22,5 litros
de sangue à hemoterapia do
Hospital Geral do Uíge.
O segundo-comandante
provincial adjunto para a
Ordem Pública, subcomissário
David Chitundo, disse que o
gesto reflectiu “profunda soli-
dariedade e amor ao próximo”
por parte dos efectivos que
se dispuseram a fazer a doação
à unidade hospitalar .
“O nosso apoio insere-
se no âmbito do Programa
da Associação de Apoio à
Mulher Polícia de Angola
(AAMPA), que visa a recolha
O governador provincial
d o Mox i c o , G o n ça lve s
Muandumba, que se des-
locou à maternidade para
visitar a mãe e os seus tri-
gémeos, ofereceu na ocasião
um enxoval para os recém-
nascidos para minimizar
as dificuldades do casal,
uma vez que o pai das crian-
ças está desempregado.
Nas últimas 24 horas a
maternidade registou um
total de 20 partos, entre os
quais os primeiros trigé-
meos do ano em curso. Em
2017 três mulheres obtive-
ram trigémeos.
A maternidade central
da província do Moxico, com
capacidade para internar
150 doentes, possui 16 blo-
cos, que integram os serviços
de ginecologia e obstetrícia,
consulta externa e pré-natal,
e duas salas de parto, com
11 camas cada.
A instituição dispõe de
serviços pós-parto, um ber-
çário para 30 crianças, incu-
badoras, sendo 14 fixas e
duas de emergência, e salas
de tratamento, uma pré-
operatória e duas pós-ope-
ratórias com dois berços
aquecidos.
de sangue para a unidade de
hemoterapia. Portanto,
somos um órgão com elevada
responsabilidade social.”
Por seu lado, a inspectora-
chefe Feliciana Júlia, coor-
denadora da Rede da Mulher
Polícia de Angola, disse que
as integrantes do órgão que
dirige estão sensibilizadas
para aderirem à campanha
de doação porque o Hospital
Geral do Uíge passa por gran-
des dificuldades para obter
sangue. “Por sermos mães,
a situação da falta de sangue
na província comove-nos,
pelo que é impossível ficarmos
indiferentes”, frisou.
“Como mãe”, acrescen-
Quinta-feira
29 de Março de 2018
ÁGUA NO LUBANGO
Administração
efectua ligações
em 50 mil casas
Um total de 50 mil ligações
de condutas de água em
domicílios, numa extensão
de 500 quilómetros de rede,
estão previstas para os pró-
ximos seis anos no muni-
cípio do Lubango, província
da Huíla, informou, ontem,
o director provincial de Ener-
gia e Águas.
Abel da Costa disse que
logo que o Programa Insti-
tucional do Sector das Águas
(PDSA) for implementado vai
proporcionar a construção
de sete reservatórios de água
em diversas localidades do
município, assim como uma
nova captação de água para
somar às quatro existentes,
permitindo uma cobertura
territorial e populacional na
ordem de 75 a 80 por cento.
“Com essas 50 mil ligações,
inseridas na segunda fase do
Programa Institucional do
Sector das Águas, município
do Lubango passará a estar
próximo das 80 mil ligações,
quando a demanda na cidade
está à volta das 120 mil resi-
dências. Estamos a falar de
todas as casas da cidade do
Lubango e periferia. É um
projecto extremamente inclu-
sivo, disse o responsável.
ANTÓNIO CAPITÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO |UÍJ
tou Feliciana Júlia, “tenho
ficado bastante comovida
com informações que dão
conta do falecimento de
crianças por falta de sangue,
por isso fiz parte do grupo
que organizou esta campa-
nha de doação.”
O director clínico do hos-
pital, David Diavanza, enal-
teceu “o gesto patriótico” dos
efectivos da Polícia, e disse
que o gesto “vai ajudar a mini-
mizar a carência de sangue
no hospital”.
David Diavanza informou
que em Fevereiro foram rea-
lizadas 1.117 transfusões,40
por dia, em pacientes víti-
mas de acidentes de viação
e de malária.
"Gostávamos que mais
pessoas viessem doar sangue
para darmos resposta aos inú-
meros casos de transfusão
que surgem todos os dias.”
António Capitão | Uíge
REGIÕES Quinta-feira
29 de Março de 2018 23
LAR ELAVOCO LEOMWENHO TROCA DE EXPERIÊNCIA

Vigilantes no Cuito
FRANCISCO LOPES | EDIÇÕES NOVEMBRO

reclamam subsídios
Os 12 “vigilantes” do lar da
terceira idade Elavoco Leom-
wenho, no Cuito, província
do Bié, estão há cinco anos
sem receber o pagamento
dos seus subsídios de risco
pelo trabalho efectuado nos
períodos nocturnos.
A situação, de acordo com
o que apurou o Jornal de An-
gola, está a causar desmoti-
vação e absentismo.
A trabalhadora Paulina
Azevedo revelou ao Jornal de
Angola que o quadro se arras-
ta desde a abertura do centro
da terceira idade, em 2013.
Paulina Azevedo explicou
que o regulamento do tra-
balho estabelece pagamen-
tos dos serviços prestados
à noites aos idosos. Paulina
de Azevedo disse que tra-
balha todos os dias na cozi-
nha e em várias ocasiões tem
de passar noites no centro.
“Por isso, é injusto não dis-
pormos dos nossos subsí-
dios”, lamentou.
plicado o atendimento dos
mais velhos, porque tem de
se seguir alguns critérios
como a fiscalização periódica
dos quartos e guiá-los até às
casas de banho.
O director do centro Ela-
voco Leomwenho, Caridade
Massoxi, reconhece a falta de
pagamentos dos subsídios,
mas disse estarem assegura-
dos os salários dos trabalha-
dores que variam entre 24
mil e 28 mil kwanzas.
O responsável do lar da
terceira idade disse que o
trabalho no centro é garantido
todos os dias sem excepção
apesar de os salários serem
irrisórios.
O director realçou que o
centro do Cuito não é um caso
isolado e apontou as provín-
cias do Moxico e Huambo
que atravessam os mesmos
constrangimentos e que o
assunto é do conhecimento Cidade do Huambo albergou encontro de responsáveis e especialistas ligados ao sector da Investigação Científica
do órgão de tutela, a Assis-
tência e Acção Social. O lar

Alterações climáticas
Fernanda Joaquim, auxi- Elavoco Leomwenho do Cuito
liar de limpeza, conta que à alberga 70 idosos.
noite torna-se mais com- Matias da Costa | Cuito

debatidas no Huambo
BIÉ

Andulo beneficia
de mais salas de aula
Duas novas escolas, uma do
ensino primário com 12 salas
de aula cada e outra do pri-
meiro ciclo do ensino secun-
dário com seis, estão em
construção no município do
Andulo, a cerca de 130 quiló-
metros a norte do Cuito, capital
da província do Bié.
As duas novas escolas vão
entrar em funcionamento
ainda este ano, o que vai per-
mitir que muitas crianças
que estudavam ao relento,
em salas improvisadas e em
capelas de igrejas passem a
ter melhores condições.
As escolas estão a ser cons-
truídas nos bairros Chivili 2
e Cambuanda, localizados na
sede do município.
O governador da província
do Bié, Boavida Neto, colocou
no último fim-de-semana a
primeira pedra para a cons-
trução das duas escolas.
A iniciativa enquadra-se
no âmbito do Programa Muni-
cipal Integrado de Desenvol-
vimento Rural e de Combate
à Pobreza.
Além das salas, os esta-
belecimentos de ensino vão
ter áreas reservadas para
biblioteca, arrecadação, sec-
tor administrativo e campos
polivalentes.
O município do Andulo
dispõe de 171 escolas, entre
as quais se destacam um Ins-
tituto Médio Agrário, uma
escola do II ciclo do ensino
secundário e outra de for-
mação de professores, cujo
funcionamento é assegurado
por 1.581 docentes.
No presente ano lectivo
foram matriculados no muni-
cípio do Andulo 62 mil alu-
nos, nos três primeiros níveis
de ensino geral.
A rede escolar pública no
município do Andulo aumen-
tou consideravelmente quer
em número de alunos, quer
em infra-estruturas.
José Chaves | Andulo
EDMUNDO EUCILIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Resultados da investigação científica realizada no país, entre 2013 e 2018,
à luz das variações climáticas, foram debatidos por especialistas do sector
Victória Quintas | Huambo
Governantes , responsáveis de ins-
tituições ambientais, e especialistas
ligados ao sector de Investigação
Científica no país abordaram, na
província do Huambo, os resultados
da primeira fase do projecto sobre
“Alterações Climáticas e Gestão Sus-
tentável dos Solos”, de 2013 a 2017.
O encontro, que juntou ainda enti-
dades de outros sectores, decorreu
no âmbito dos projectos financiados
pelo Centro da África Austral para as
Ciências e Serviços para a Adaptação
às Alterações Climáticas e Gestão
Sustentável dos Solos (SASSCAL).
Os resultados sobre as alterações
climáticas em Angola, de 2013 a 2017,
será ainda discutido, sob a égide da
SASSCAL em Maio próximo, num
simpósio internacional em Lusaca,
capital da Zâmbia, onde também
vai ser abordado os resultados alcan-
HUAMBO
çados nesta vertente pela África do
Sul, Botswana, Namíbia e Zâmbia,
países que fazem parte da iniciativa
da instituição.
A partilha e a troca de experiências
sobre a contribuição da ciência, tec-
nologia e inovação, na resolução dos
problemas sociais decorrentes das
alterações climáticas, bem como a
gestão sustentável dos solos e a pro-
moção do desenvolvimento sustentável,
constam igualmente dos objectivos do
encontro de Lusaca.
Com financiamento inicial em
2009, pelo Governo alemão, através
do Ministério Federal da Educação e
Pesquisa e contribuição equitativa a
partir de 2017 dos países membros,
o SASSCAL actua na capacitação e
formação de recursos humanos.
O organismo presta, igualmente,
serviços nas áreas climáticas, água,
agricultura, florestas e biodiversidade.
O administrador do SASSCAL, Gabriel
Miguel, referiu que em 2012 foi criado
o portfólio para a investigação cien-
tífica com 88 projectos regionais, dos
quais 13 foram implementados em
Angola. Os mesmos estão focados
em cinco áreas, designadamente
clima, águas, agricultura, florestas e
biodiversidade.
Gabriel Miguel realçou que o SASS-
CAL apostou ainda na capacitação
de recursos humanos, atribuindo 19
bolsas de estudos, das quais dois
doutoramentos, 12 mestrados e cinco
licenciaturas, todas nas áreas das
engenharias e geo-ciências. Angola,
Alemanha, Portugal e Zâmbia alber-
gam as referidas formações.
A rede meteorológica nacional
cresceu em 2013 com a instalação de
dezoito estações meteorológicas auto-
máticas, que estão sob responsabilidade
do Instituto Nacional de Meteorologia
e Geofísica (INAMET). Estão localizadas
maioritariamente na região Sul de
Angola, abrangendo as províncias do
Namibe, Huíla e Cunene.

INAPEM certifica centenas de empresas

O Instituto de Apoio a Micro, Peque-
nas e Médias Empresas (INAPEM)
do Huambo certificou, desde o ano
de 2012, 615 empresas, das quais 505
micro, 70 pequenas e 40 médias.
O director provincial da instituição,
Domingos Chinhanga, disse que o
número de empresas certificadas
está aquém da quantidade existente
na província. “As empresas que ainda
não foram certificadas só procuram
Número de salas de aula está aumentar no Andulo os nossos serviços quando pretendem
financiamento bancário, já que para
tal têm de ter um documento do INA-
PEM”, sublinhou.
Domingos Chinhanga disse que
as empresas, depois de receberem
os certificados, usufruem de várias
benesses, como a isenção de impostos
e mais fácil acesso ao crédito bancário.
Domingos Chinhanga sublinhou
que muitos empresários da província
do Huambo desconhecem os pres-
supostos obrigatórios que levam à
classificação de uma empresa como
micro, pequena ou média, “daí que
na altura da certificação às vezes se
verifique alguma polémica”.
O INAPEM é um organismo afecto
ao Ministério da Economia, que fun-
ciona como intermediário entre a
classe empresarial e a banca. Além
das funções de certificação de empre-
sas, presta formação gratuita de
empreendedorismo.
Mário Clemente | Huambo
24 SOCIEDADE Quinta-feira
29 de Março de 2018

PARACETAMOL DE LIBERTAÇÃO PROLONGADA

EDIÇÕES NOVEMBRO DESDE O PASSADO DIA 11 NO SANATÓRIO

Cadáver “à espera”
de família no hospital
O corpo de um jovem, identificado como João Gregório
Sopomba, de 25 anos, está até ao fecho desta edição do
Jornal de Angola à espera, desde o passado dia 11 deste
mês, na morgue do Hospital Sanatório de Luanda, que os
familiares o vão levantar.
Em comunicado, o Hospital Sanatório de Luanda informa
que João Gregório Sopomba padecia de tuberculose pulmonar
e foi transferido, no dia 7, do Hospital Municipal de Catete
para o Hospital Sanatório de Luanda, onde morreu quatro
dias depois de ter dado entrada.
O Hospital Sanatório de Luanda, de acordo com o docu-
mento, pede a comparência dos familiares de João Gregório
Sopomba, que era natural de Luanda e filho de João Alfredo
e de Juliana.
Ontem, em contacto telefónico com o Jornal de Angola,
Carlos Pedro, da Assessoria de Imprensa do Hospital
Sanatório de Luanda, reforçou o apelo aos familiares do
jovem que, quando foi transferido para o Hospital Sanatório
de Luanda, estava apenas acompanhado de uma equipa
médica do Hospital de Catete.
No processo do doente, aberto pelo Hospital de Catete e
transferido para o Hospital Sanatório de Luanda, não consta
nenhum contacto telefónico de algum familiar, encontrando-
Inspectora Cristina da Cunha afirmou que caso o medicamento esteja em circulação no país a entidade vai comunicar se apenas os nomes dos pais, referidos no comunicado.
Carlos Pedro informou que o Hospital Sanatório de
Luanda regista por mês uma média de seis a setes casos
de abandono de doentes por parte de familiares, alguns

Inspecção investiga no país dos quais só aparecem depois do falecimento dos seus
parentes, sendo o fenómeno uma preocupação constante
da direcção do hospital.

remédio proibido em Lisboa NEUROLOGIA

JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Em causa estão os medicamentos Panadol Prolong 665 mg, Diliband Retard 75

mg+650 mg, Tramadol+Paracetamol KrKa 75mg+650mg e Tramadol+Paracetamol

tomarem conhecimento da ser o mesmo da lâmina de

César Esteves
A Inspecção-Geral da Saúde
está a fazer um levantamento
para determinar se estão ou
não à venda em Angola
medicamentos com para-
cetamol de libertação pro-
longada, cuja circulação esta
presença de medicamentos
falsificados no mercado
interno, lembrou a inspec-
LOCAIS DE ENTRADA tora. Cristina da Cunha deu
DE MEDICAMENTOS FALSOS ênfase ao facto de a popu-
Postos fronteiriços do Luvo lação ser ainda alertada para
e Nóqui (Zaire) e Massabi a necessidade de aprender
(Cabinda)
medicamento”, avisou a ins-
pectora, que afirmou não ser
apenas responsabilidade da
Inspecção Geral de Saúde
nem do Serviço de Investi- O estado actual das pessoas com autismo será analisado
gação Criminal o combate
aos medicamentos contra-

suspensa em Portugal por
ter sido concluído que traz
mais riscos à saúde do que
benefícios.
A informação foi avançada
ontem ao Jornal de Angola
pela inspectora Cristina da
Cunha, que confirmou estar
o assunto a ser tratado pela
entidade reguladora, a Direc-
ção Nacional de Medicamen-
tos, “por se tratar de uma
situação normativa”.
A inspectora afirmou que,
caso os medicamentos este-
jam no mercado angolano,
a Inspecção Geral da Saúde
vai emitir um comunicado
para, além de alertar a popu-
lação, recomendar a sua reti-
rada de circulação.
Cristina da Cunha foi abor-
dada pelo Jornal de Angola
depois de ter sido tornada
pública a decisão da Infar-
med, a Autoridade Nacional
do Medicamento e Produtos
de Saúde de Portugal, tendo
esta informado que os medi-
camentos com paracetamol
de libertação prolongada
apresentam toxicidade he-
pática, após ingestão de do-
ses elevadas, que pode ser
fatal se não for adequada-
mente tratada.
Em causa estão os medi-
camentos Panadol Prolong
289
Volumes de medicamentos
falsos apreendidos no
Nóqui
RDC
País de proveniência da
maior parte de
medicamentos falsos
apreendidos pelas
autoridades angolanas
665 mg, Diliband Retard 75
mg+650 mg, Tramadol+Para-
cetamol KrKa 75mg+650mg e
Tramadol+Paracetamol Verum
Pharma LP 75mg+650 mg.
A inspectora Cristina da
Cunha informou também
que a Inspecção Geral da
Saúde tem desenvolvido,
através do Departamento de
Inspecção Farmacêutica,
acções regulares de inspec-
ção, nos portos, aeroportos
e postos fronteiriços a fim
de impedir a entrada de
medicamentos falsificados
em Angola.
Além disso, o Ministério
da Saúde tem apelado à
população, aos profissionais
de saúde e distribuidores de
medicamentos para infor-
marem as autoridades com-
petentes sempre que
a identificar medicamentos
contrafeitos.
“Apesar de não ser fácil,
para um cidadão comum,
identificar um medicamento
falso, há informações que
não devem faltar na emba-
lagem de um fármaco para
ser considerado verdadeiro”,
disse a funcionária do Minis-
tério da Saúde.
Os medicamentos
com paracetamol de
libertação
prolongada
apresentam
toxicidade hepática,
após ingestão de
doses elevadas, que
pode ser fatal se não
for adequadamente
tratada
“Tem de ter prazo de vali-
dade, código de barra, data
de fabrico, o nome do medi-
camento, da marca e o ende-
reço do fabricante”, advertiu
Cristina da Cunha, para quem
esses dados não devem faltar
na embalagem. A ausência
de uma das informações,
acrescentou, significa que
alguma coisa não está bem
com o medicamento.
“O prazo de validade que
estiver na embalagem deve
feitos. “É uma tarefa de todos
os cidadãos”, declarou a ins-
pectora Cristina da Cunha.
Os postos fronteiriços por
onde mais passam medica-
mentos são os do Luvo, Nóqui
e Massabi e alguns fármacos
são acondicionados com
outras mercadorias, como
fuba e produtos de beleza,
frisou a inspectora, que disse
terem sido já detectados
medicamentos colocados
em colunas de som.
A Inspecção-Geral da
Saúde tem realizado, em
colaboração com as polícias
de Guarda Fronteira e Fiscal
e a Administração Geral Tri-
butária (AGT), “um trabalho
árduo” para impedir a entra-
da de medicamentos falsi-
ficados no país.
Uma informação dispo-
nível na página oficial da Po-
lícia, no Facebook, dá conta
de que, há dias, foram apre-
endidos, na fronteira do No-
qui, 289 volumes de medi-
camentos diversos proveni-
entes da República Demo-
crática do Congo.
Na mesma operação, foram
apreendidos 832 telemóveis
e 800 vassouras, que estavam
dissimulados num contentor
de 40 pés. Os presumíveis
proprietários dos produtos
apreendidos foram detidos
pelas autoridades policiais,
na província do Zaire.
Autismo é debatido
sábado em Luanda
A Associação Angolana de
Amigos do Autismo (ASSA-
MA) realiza no sábado, em
Luanda, a terceira conferên-
cia sobre a pessoa com au-
tismo, onde vai ser abordado
o estado actual da protecção
estatal às pessoas com este
transtorno.
Por ocasião do Dia Mun-
dial do Autismo, que é assi-
nalado a 2 de Abril, através
de uma resolução da Orga-
nização das Nações Unidas
, o evento tem como objectivo
ajudar a consciencializar a
população sobre o autismo,
um transtorno no desenvol-
vimento do cérebro que
afecta cerca de 70 milhões
de pessoas no Mundo.
A vice-presidente da
associação, Suzana Pereira
da Silva, disse ontem ao Jor-
nal de Angola que o défice
de especialistas para dar
assistência às pessoas com
autismo está entre as “gran-
des aflições” vividas por
famílias com portadores da
patologia no país.
A associação trabalha ape-
nas com um especialista em
psiquiatria infantil, de nacio-
nalidade cubana, que faz o
acompanhamento de 35
crianças e adolescentes com
autismo e controlados pe-
la organização não gover-
namental na província de
Luanda.
A activista social não reve-
lou dados estatísticos, mas
admitiu que esteja a aumentar
o número de casos de autismo,
sem, no entanto, dar uma ex-
plicação sobre a razão do even-
tual aumento.
A conferência vai ser rea-
lizada em parceria com o
projecto Coração Azul, tendo
sido escolhido o lema “Autis-
mo, Família, Comunidade e
Sociedade”.
Os prelectores convidados
são o sociólogo Paulo de Car-
valho, Raimundo Ricardo,
mestre em Ciências do Des-
porto, e Conceição Bambi,
em representação do Minis-
tério da Educação. Paulo de
Carvalho vai dissertar sobre
“desafios do Estado Angolano
para a gestão das políticas
públicas para as pessoas com
deficiência”, enquanto Rai-
mundo Ricardo vai falar da
“estratégia para a formação
dos profissionais especiali-
zados na área da deficiência”.
SOCIEDADE
29 de Março de 2018
INSATISFAÇÃO
Associações
exigem
renovação
na FAPED
Membros de 18 das 26 asso-
ciações que compõem a Fede-
ração Angolana de Pessoas
com Deficiência (FAPED),
acusam a direcção da mesa
da assembleia-geral de des-
vios de fundos e meios da
agremiação e propõem a re-
novação de mandatos.
Numa carta endereçada
à direcção, a que o Jornal de
Angola teve acesso, as asso-
ciações consideram que a
Federação Angolana de Pes-
soas com Deficiência não
correspondeu aos anseios
dos seus aficionados.
O colectivo de associações
alega injustiça e desrespei-
to, pelo facto de não bene-
ficiar de apoio da Federação
Angolana de Pessoas com
Deficiência, nem haver in-
formação do paradeiro dos
meios e dos fundos que a ins-
tituição adquire em nome dos
associados.
JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Associações querem realizar
eleições na direcção da FAPED
Contactado pelo Jornal de
Angola sobre o assunto, Silva
Lopes Etiambulo, presidente
da Associação Nacional de
Deficientes de Angola, que
dirige o conselho de direc-
ção da FAPED, disse não
aceitar ser culpabilizado pela
não realização até agora da
assembleia de renovação
de mandato.
“Fiz grandes esforços,
nos últimos anos, para que
a assembleia-geral da Fede-
ração Angolana de Pessoas
com Deficiência tivesse lu-
gar, mas fui mal sucedido”,
disse Silva Lopes Etiambulo
que ontem mesmo manteve
encontro com os líderes das
associações para solucionar
o assunto.
No encontro, bastante
concorrido, ficou acordado
consensualmente que a
assembleia de balanço e
renovação de mandatos se
realize no dia 27 Abril.
Em relação às acusações
de desvio de fundos e outros
bens, Silva Lopes Etiambulo
negou e disse não passar de
uma manobra de diversão,
pois, acrescentou, as asso-
ciações que reivindicam não
pagam quotas, nem sequer
participam em actividades
programadas pela Federação
Angolana de Pessoas com
Deficiência.
César André
Quinta-feira
25
TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS
MARÇO MULHER
WALTH MAURÍCIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Proposta de lei “encalhada”
no Parlamento há 15 anos
Nefrologista Matadi Daniel afirmou que se houver transplantes
de rim muitas vidas de doentes renais em Angola podem ser salvas
DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Mulheres da Igreja Messiânica foram homenageadas
Messiânicos exaltam
o quotidiano da mulher
O presidente da Igreja Messiânica Mundial de
África, reverendo Cláudio Pinheiro, considerou,
gratificante, encerrar o mês de Março, dedicado
às mulheres angolanas e de todo mundo, com
uma homenagem especial, através de um culto
evangélico, durante o qual enalteceu o papel
desse estrato social no desenvolvimento das
organizações e na construção e formação das
sociedades.
O reverendo Cláudio Pinheiro que falava na
sede Central de África, no Futungo de Belas, em
Luanda, considera o momento actual determi-
nante no reconhecimento dos direitos da classe
feminina, muito embora o género esteja ainda
em deficit, para melhorar a sua situação social
em todo o mundo.
Março, mês consagrado internacionalmente Médico Matadi Daniel disse que em 2017 morreram 286 pessoas por insuficiência renal
às mulheres, foi exaltado pela Congregação Reli-
giosa Messiânica Mundial, num culto que consistiu
na leitura de experiências de fé, a apresentação
de oferendas e a realização de peças teatrais que Alexa Sonhi de vida, a capacidade pro- base na população de Luanda,
retratam a vida quotidiana da mulher angolana. dutiva e sexual dos pacientes, que tem quase seis milhões
O responsável religioso teceu conselhos úteis homens ou mulheres. de habitantes, disse que, na
às mulheres para o alcance de uma vida longa, Uma proposta de lei sobre Dos 1.600 doentes renais capital angolana, podem
defendendo que uma das colunas de salvação transplantes de órgãos está submetidos à hemodiálise 85 entrar em diálise 600 pessoas,
evocada pelo fundador, o Japonês Meishu - “encalhada”, há 15 anos, na por cento fazem o tratamento mas estas não entram na
Sama,insere-se na busca da paz espiritual, Assembleia Nacional, que em Luanda e os restantes nas estatística ou porque prova-
saúde e desenvolvimento das sociedades através até hoje nunca se pronunciou províncias de Malange, velmente morreram cedo ou
da prática do Modelo da Agricultura Natural, sobre quando vai ser apro- Huambo e Benguela, em cujas porque não foi feito um diag-
sem fazer o recurso de produtos agro tóxicos vada, lamentou ontem, em áreas estão também centros nóstico correcto.
nas culturas.Neste momento, a sua congregação Luanda, o presidente da de hemodiálise. Na visão do médico, se for
religiosa está empenhada na expansão de hortas S o cie dade Angolana de No ano passado, de acordo melhorado o atendimento na
caseiras nas 18 províncias de Angola, para a Nefrologia. com o médico, morreram 286 periferia e havendo diagnós-
busca de saúde no seio familiar, combate à Matadi Daniel, que falava doentes, o que corresponde tico precoce, pode ser evitado
fome e à pobreza para diminuir as toxinas no à comunicação social à mar- a um índice de mortalidade que o doente renal chegue
corpo humano. João Mavinga gem do primeiro simpósio bruta anual de 14.3 por cento. ao nível cinco, que é a fase
sobre nefrologia da Clínica “Os médicos nefrologistas onde obrigatoriamente pre-
Multiperfil, disse que, sem não podem fazer transplantes cisa de fazer hemodiálise.
a aprovação da lei sobre trans- de rim sem que a lei seja apro- “Se detectarmos o paciente
plantes e havendo um sis- vada, sob pena de serem pre- ainda no nível 1, 2 ou 3, toma-
PERISCÓPIO tema de saúde pública defi-
citário, os 1.600 pacientes
com insuficiência renal cró-
sos”, salientou Matadi Daniel,
que disse acreditar num índice
de mortalidade mais alto,
mos atitudes correctas que
lhe vão proporcionar mais
tempo e melhor qualidade
nica, submetidos actual- possivelmente na ordem dos de vida”, declarou o médico,
A cidade solitária mente à hemodiálise a nível
nacional, têm a sua esperança
de vida cada vez mais curta.
“A Sociedade Angolana de
20 aos 25 por cento. que chamou a atenção para
o facto de, enquanto a média
de idade dos doentes em diá-
lise é de 65 a 70 anos nos paí-
Luciano Rocha Tudo isto a faz parecer, Nefrologia e a Associação dos ses desenvolvidos, em Angola
ainda mais desprotegida Matadi Daniel
Doentes Renais Crónicos já avisou que um é de 38 anos.
na frieza e agressividade fizeram apelos, campanhas “São jovens ainda”, lamen-
A Baixa de Luanda é uma dos monstros de betão e transplante de
de sensibilização e cartas para rim fica “muito tou o médico, para quem a
lástima nos mais varia- vidro que a impedem de a Assembleia Nacional, mas inversão do quadro, passa pelo
díssimos aspectos, da respirar. Porque lhe cor- mais barato”
até agora o Parlamento não para os cofres atendimento primário con-
arquitectura bacoca bem tam a brisa da baía. se pronuncia”, acentuou o digno, que, no seu entender,
ao gosto de uma pequena O luandense já não sente do Estado
médico, que disse haver doen- do que um não pode continuar ser visto
burguesia endinheirada, atracção pela Baixa da sua tes, com possibilidades finan- como uma entidade publica
à higiene pública, pas- cidade. Pelo contrário, foge processo de
ceiras, que recorrem à vários hemodiálise de caridade para os pobres.
sando por tudo o que de dela “como diabo da Cruz”. países, onde ficam na lista de “Precisamos melhorar o
mau se possa imaginar. Nem sequer tem espaços, contínuo
espera para serem submetidos Serviço Nacional de Saúde
Aquela zona da capital mesmo maus, para ao fim- a um transplante renal. por ser a base de sustentação
carece, cada vez mais, de de-semana, juntar a famí- O médico nefrologista da melhoria da saúde no
motivos que façam dela lia ou amigos numa mesa defendeu que não se pode “Angola não pode ter uma país”, disse.
local onde apeteça viver de refeição. E quem tra- continuar a ter 1.600 doentes taxa de mortalidade bruta
ou visitar. Principalmen- balha na zona ou traz farnel ou mais a fazerem diálise sem quase equiparada a de Por- Poucos casos em crianças
te aos fins-de-semana, de casa ou fica sem comer. que sejam encaminhados para tugal, que é de 13,5 por cento, Menos de cinco por cento do
quando se esvazia do mar Nem café pode tomar. o transplante renal, porque o devido à falta de condições total de doentes que fazem
de gente que, nos outros A Baixa luandense não “fim deste tratamento (diálise) que o país vive”, afirmou o hemodiálise são crianças,
dia, no seu turbilhão, qua- atrai o que devia atrair, não pode ser só a morte”. nefrologista. informou o médico que,
se lhe encobre as mazelas: mas parece ter íman para Matadi Daniel avisou que Matadi Daniel citou um quando lhe foi perguntado
ruas esburacadas, passeios tudo quanto é mau. Até um transplante de rim fica estudo internacional que diz sobre o porquê do apareci-
a imitá-las, árvores por fingidores de empresários “muito mais barato” para os haver, em um milhão de mento da doença em crianças,
tratar, águas de canos rotos, de restauração. Que estão cofres do Estado do que um habitantes no mundo, 100 respondeu que se deve à má
mas também putrefactas, neste negócio sabe-se lá processo de hemodiálise con- pessoas que entram em diá- formação congénita nefro-
a escorrem pela via pública. porquê... tínuo, além de que o trans- lise anualmente e, depois de lológica ou à deformação dos
plante melhora a qualidade ter feito uma analogia com filtros renais.
26 LAZER Quinta-feira
29 de Março de 2018

HOJE NA HISTÓRIA os sul-vietnamitas eram pelo Norte, travavam

apoiados pelos Estados uma guerrilha contra o PALAVRAS CRUZADAS por Paulo Freixinho

Guerra do Vietname Unidos, Coreia do Sul,

A 29 de Março de 1973, os
últimos soldados norte-ame-
ricanos deixam o sul do Viet-
name. A Guerra do Vietname
foi um grande conflito armado
que aconteceu no Vietna-
me, Laos e Camboja de 1 de
Novembro de 1955 até a queda
de Saigon a 30 de Aabril de
1975. Foi a segunda das Guer-
ras da Indochina e foi ofi-
cialmente travada entre o
Vietname do Norte e o gover-
no do Vietname do Sul.
O exército norte-vietna-
mita era apoiado pela União
Soviética, China e outros
aliados comunistas, enquanto
Austrália, Tailândia, e
outras nações anti-comu-
nistas pelo Mundo. O con-
fl i t o n o Vi e t n a m e é
descrito como uma guerra
por procuração no auge
da Guerra Fria.
Os Viet Cong (também
conhecidos como Frente
Nacional de Libertação,
ou FNL), uma organiza-
ção comunista apoiada
governo do Sul e outras
forças anti-comunistas
da região, enquanto o
exército norte-vietnamita
(conhecido também pela
sigla em inglês NVA) tra-
vava uma luta mais con-
vencional, casionalmente
travando grandes batalhas
tradicionais. As ações
militares dos guerrilheiros
Viet Congs foram per-
dendo força.

DESCUBRA AS SETE DIFERENÇAS por Casimiro Pedro

HORIZONTAIS VERTICAIS
1 - Município da província de 1 - Enrubesce.
Malanje. 2 - Astúcia.
10 - A parte superior do dente. 3 - Cortejar a pessoa
11 - Ousado. que se vai desposar.
12 - Pessoa que vende jornais 4 - País da África Ocidental cuja
pelas ruas. capital é Acra.
13 - Instrumento que faz 5 - Sódio (símbolo químico).
avançar na água 6 - Rijo. 7- Casa térrea onde se
embarcações pequenas. guarda o vinho e outras
14 - Fúria louca. 15- Rio de provisões.
Angola que nasce no 8 - Pequena peça de vidro muito

CURIOSIDADES ANEDOTAS município de Quitexe,

província de Uíge e
desagua no Oceano
fino usada para cobrir
preparações para observação
ao microscópio.
Após um dia de Atlântico, imediatamente a 9 - Oportunidade.
trabalho, João chega Norte da cidade de 10 - As folhas ou agulhas do
Ambriz. pinheiro.
a casa e comenta
16 - Los Angeles (abreviatura). 15 - Latitude (abreviatura).
com a mulher: 17 - União Africana. 17 - Juntei. 19- Apoio.
— Hoje tive uma sorte 18 - Fileira. 20- Milímetro 21 - Que tem excesso de mimos.
do caraças... estava (abreviatura). 23 - Repetição de um som.
a trabalhar num 22 - Cérceo. 25- Antes do 24 - Passa por uma sucessão
andaime e deu-me meio-dia. 26- Suspiros. gradual de transformações.
vontade de ir ao 28 - O número 101 em 27 - Desaparecer.
banheiro. Não é numeração romana. 30 - Matizar.
que enquanto lá 29 - Observei. 31- Calado. 32 - Concedida.
33 - Entrada gratuita. 33 - Suporte.
estava, o andaime
35 - Glória. 36- Revestir de 34 - Flanco.
caiu e o Manuel falsas aparências. 35 - Federação Angolana de
morreu?! Foi uma 37 - Adjunto. Futebol.
tragédia! 39 - Coberto de suor. 38 - Eles.
— Pobre mulher - diz 40 - Que não é da terra.
ela -, com tantos
filhos, como é que
os vai sustentar
agora?
— Felizmente para
ela - diz o João -, os
SUDOKU
Clã e a sua forma de constituição seguros deram-lhe
dez milhões de
kuanzas.
Um clã é constituído por 10000 pessoas. O termo como: tribos e bandos. O mulher comenta:
um grupo de pessoas uni- Clã vem da palavra gaé- Frequentemente, o factor — E tu a fazer chichi,
das por laços de paren- lica clann, que significa distintivo é o clã consti- João!
tesco e linhagem, definido “crianças”, ou mais espe- tuir-se na parte menor
por via da descendência cificamente, 2 crianças de uma sociedade maior,
de um ancestral comum. de uma família”. tais como: uma tribo ou
Mesmo se os reais padrões Alguns clãs são patri- um Estado. Exemplos,
de consanguinidade forem lineares, significa que os incluem clãs irlandeses, Estava um hom Preencha toda
desconhecidos, os mem- seus membros estão vin- escoceses, chineses e ja- em acompanhado a grelha com
bros do clã reconhecem culados à linhagem mas- poneses, os quais existem de duas mulheres, números de 1 a 9.
um membro fundador ou culina, por exemplo, os enquanto grupos de pa- uma alta outra Cada número
não deverá ser
ancestral maior. clãs da Arménia. Outros, rentesco, dentro de suas baixinha. Ele pergunta utilizado mais do
Como o parentesco ba- são matrilineares: os seus respectivas nações. Ob- à baixinha: que uma vez por
seado por laços, pode ser membros são vinculados serve-se, todavia, que tri- — Quantos tem linha, por coluna
de natureza meramente à linhagem feminina. bos e bandos podem tam- Indiana Jones? e por quadrado
de nove casas.
simbólica, alguns clãs Existem, ainda, clãs “bila- bém ser componentes de A baixinha responde:
compartilham um ances- terais”, que consiste de sociedades maiores. Tri- — Nenhum!
tral comum "estipulado", todos os descendentes do bos árabes são grupos Em seguida, o
que é um símbolo de uni- ancestral maior, tanto da menores, dentro da socie- homem pergunta
dade do clã. Quando este linhagem masculina como dade árabe, e bandos Oji- faz a mesma
ancestral não é humano,
é referenciado como um
da feminina. Os clãs da
Escócia são um exemplo:
bwa são partes menores,
da tribo Ojibwa.
pergunta à mulher
alta e esta responde:
SOLUÇÕES dos problemas do dia 29 de Março de 2018

“totem” animal. Em geral, se um clã é patrilinear, Além das diferentes — 360! PALAVRAS CRUZADAS SUDOKU SETE
o parentesco difere da matrilinear ou bilateral, tradições de parentesco, Admirado com a HORIZONTAIS DIFERENÇAS
1- CANGANDALA. 10- COROA. 11- AUDAZ.
relação biológica, visto depende de regras e nor- uma confusão conceitual resposta absurda 12- ARDINA. 13- REMO. 14- RAIVA. 15- LOGE.
16- LA. 17- UA. 18- ALA. 20- MM. 22- RENTE.
• A orelha,
que também envolve a mas de parentesco que adicional emerge do uso da mulher, o 25- AM. 26- AIS. 28- CI. 29- VI. 31- MUDO.
33- BORLA. 35- FAMA. 36- PALIAR. 37- ADIDO.
• A camisola,
adopção, casamento e regem a sociedade de coloquial do termo. Em homem pergunta: 39- SUADO. 40- FORASTEIRO. • A pasta,
supostos laços genealó- onde se insere. países pós -soviéticos, — Então, onde é que VERTICAIS • o muro,
1- CORA. 2- ARDIL. 3- NOIVAR. 4- GANA. 5- NA.
gicos. Os clãs podem ser Em diferentes culturas por exemplo, é comum estão os 360 T? 6- DURO. 7- ADEGA. 8- LAMELA. 9- AZO. • A barba,
10- CARUMA. 15- LAT. 17- UNI. 19- AMPARO.
descritos mais facilmente e situações, um clã pode falar-se em clãs ao refe- A mulher diz: 21- MIMADO. 23- ECO. 24- EVOLUI. 27- SUMIR. • O telefone,
30- IRIAR. 32- DADA. 33- BASE. 34- LADO.
como subgrupos de tri- significar a mesma coisa rir-se a redes informais, — Tam-taram, 35- FAF. 38- OS. • O relógio .
bos, e geralmente cons- que outros grupos, basea- dentro da esfera econó- adivinha tu…
tituem grupos de 7000 a dos em parentesco, tais mica e política.
Quinta-feira
29 de Março de 2018 27
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TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Luanda e Bengo)

AVISO DE APREENSÃO N.º 19

A Terceira Região Tributária avisa aos importadores (Agentes de Navegação) abaixo indicados, que nos termos do artigo 509.º, n.º 1, alínea b), conjugado com os
artigos 512.º e 481.º, todos do Código Aduaneiro, procedeu à apreensão dos contentores demorados abaixo indicados:

SIGLA DE AGENTE DE SIGLA DE AGENTE DE

N.º ESTADO N.º ESTADO
CONTENTOR NAVEGAÇÃO CONTENTOR NAVEGAÇÃO
01 MAEU7902745 BOM N/Identificado 46 PUNU1152107 BOM N/Identificado
02 MAEU8011518 BOM N/Identificado 47 PUNU1172947 BOM N/Identificado
03 MAEU8016741 BOM N/Identificado 48 PUNU1226940 BOM N/Identificado
04 MAEU8327065 BOM N/Identificado 49 PUNU1409340 BOM N/Identificado
05 MNBU3149650 BOM N/Identificado 50 PUNU1500579 BOM N/Identificado
06 MSKU8028695 BOM N/Identificado 51 PUNU1500780 BOM N/Identificado
07 MSKU8079270 BOM N/Identificado 52 PUNU1518220 BOM N/Identificado
08 MSKU8176678 BOM N/Identificado 53 PUNU1538868 BOM N/Identificado
9 MSKU8235650 BOM N/Identificado 54 PUNU1793395 BOM N/Identificado
10 MSKU8260503 BOM N/Identificado 55 PUNU1907862 BOM N/Identificado
11 MSKU8391170 BOM N/Identificado 56 PUNU1921007 BOM N/Identificado
12 MSKU8456461 BOM N/Identificado 57 PUNU1923499 BOM N/Identificado
13 MWCU6928066 BOM N/Identificado 58 PUNU1923591 BOM N/Identificado
14 PUNU1100957 BOM N/Identificado 59 PUNU1980294 BOM N/Identificado
15 PUNU1109369 BOM N/Identificado 60 PUNU2501046 BOM N/Identificado
16 ATASIF-1023 BOM N/Identificado 61 PUNU4101324 BOM N/Identificado
17 ATASIF-2055 BOM N/Identificado 62 PUNU4102763 BOM N/Identificado
18 ATASIF-4844 BOM N/Identificado 63 PUNU4102850 BOM N/Identificado
19 BMOU9700869 BOM N/Identificado 64 PUNU4718264 BOM N/Identificado
20 BMOU9769488 BOM N/Identificado 65 PUNU4781309 BOM N/Identificado
21 BMOU9806447 BOM N/Identificado 66 PUNU1140272 BOM N/Identificado
22 CRLU7101631 BOM N/Identificado 67 PUNU1141226 BOM N/Identificado
23 KNLU5014570 BOM N/Identificado 68 PUNU1152010 BOM N/Identificado
24 MAEU5389211 BOM N/Identificado 69 PUNU1152088 BOM N/Identificado
25 MAEU6329884 BOM N/Identificado 70 PUNU1171853 BOM N/Identificado
26 MAEU6367448 BOM N/Identificado 71 PUNU1178760 BOM N/Identificado
27 MAEU8191976 BOM N/Identificado 72 PUNU1259348 BOM N/Identificado
28 MAEU8360166 BOM N/Identificado 73 PUNU1287761 BOM N/Identificado
29 MNBU0273360 BOM N/Identificado 74 PUNU1309623 BOM N/Identificado
30 MNBU3512200 BOM N/Identificado 75 PUNU1375587 BOM N/Identificado
31 MNBU9032954 BOM N/Identificado 76 PUNU148051 BOM N/Identificado
32 MSKU8092354 BOM N/Identificado 77 PUNU1538699 BOM N/Identificado
33 MSKU8139301 BOM N/Identificado 78 PUNU1642845 BOM N/Identificado
34 MSKU8688322 BOM N/Identificado 79 PUNU1642845 BOM N/Identificado
35 MSWU9025109 BOM N/Identificado 80 PUNU1808690 BOM N/Identificado
36 PUNU9600316 BOM N/Identificado 81 PUNU1850200 BOM N/Identificado
37 PUNU0064552 BOM N/Identificado 82 PUNU1962942 BOM N/Identificado
38 PUNU0183140 BOM N/Identificado 83 PUNU1981406 BOM N/Identificado
39 PUNU1100607 BOM N/Identificado 84 PUNU1981496 BOM N/Identificado
40 PUNU1109029 BOM N/Identificado 85 PUNU3050043 BOM N/Identificado
41 PUNU1118880 BOM N/Identificado 86 PUNU4102439 BOM N/Identificado
42 PUNU1120115 BOM N/Identificado 87 PUNU4103353 BOM N/Identificado
43 PUNU1123466 BOM N/Identificado 88 PUNU4719122 BOM N/Identificado
44 PUNU1146505 BOM N/Identificado 89 PUNU4781232 BOM N/Identificado
45 PUNU1152107 BOM N/Identificado 90 PUNU4781248 BOM N/Identificado

O prazo para a interposição do recurso hierárquico com fundamento na não susceptibilidade do confisco das mercadorias apreendidas é de dez dias úteis, contados
da data da publicação do presente aviso, conforme preceitua o artigo 514.º do Código Aduaneiro.
As mercadorias apreendidas estão sujeitas a confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado, o recurso a que se refere o parágrafo anterior.

Terceira Região Tributária, aos 22 de Março de 2018.

A DIRECTORA REGIONAL
Eurídice Cristina F. Bárber A. Alves
(100.210c)
(100.117b)
28 Quinta-feira
29 de Março de 2018

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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Processo de execução fiscal aduaneira n.º 794/RDA/2017

Executado(a): BEND´S COMERCIAL, LDA.
Terceira Região Tributária (Delegação Aduaneira do Porto de Luanda)

NOTIFICAÇÃO DE PENHORA POR EDITAL

FAZ-SE SABER QUE, na Terceira Região Tributária (Luanda) da Administração Geral Tributária, sita na Avenida 4 de Fevereiro, Marginal, Largo Diogo Cão, corre termos o Processo
de Execução Aduaneira n.º 794/RDA/2017, instaurado pela Administração Geral Tributária, em 2017, por dívida aduaneira no valor de Akz. 10.721.901,00 (dez milhões setecentos e
vinte um mil novecentos e um Kwanzas)

ORIGEM DA DÍVIDA MONTANTE

Imposto Sobre o Cosumo de Produtos Diversos (D59) Akz. 3.024.392,00
Imposto Sobre a Importação (E62) Akz. 5.073.387,00
Juros de Mora (l37) Akz. 2.624.122,00
SOMA Akz. 10.721.901,00

Pelo que, nos termos dos n.ºs 2 e 5 do artigo 97.º e do n.º 1 do artigo 100.º do Código das Execuções Fiscais, aprovado pela Lei n.º 20/14, de 22 de Outubro, conjugados com a alínea
e) do n.º 2 do artigo 77.º da Lei de Base das Instituições Financeiras (Lei n.º 12/15, de 17 de Junho), no âmbito do processo de execução fiscal aduaneira contra si instaurado, foram
penhorados valores insuficientes para o pagamento da dívida exequenda e custas processuais, nas contas bancárias, por si tituladas, domiciliadas no seguinte Banco:
I. Banco Sol, S. A.
Assim, nos termos do artigo 28.º, n.ºs 3 e 4, e 29.º, nº 4, do Código das Execuções Fiscais, conjugados com os n.ºs 6 e 7 do artigo 93.º do Código Geral Tributário, aprovado pela Lei
n.º 21/14, de 22 de Outubro, é notificada a Executada, BEND´S COMERCIAL, LDA. contribuinte fiscal n.º 5417068543, com último endereço conhecido situado na Rua da Liga
Nacional Africana nº 106, Maculusso em Luanda, actualmente em parte incerta, para que, no prazo de 10 (dez) DIAS, que começará a correr depois de finda a dilação de 30 (trinta)
DIAS a contar da data de publicação do segundo e último anúncio, deduzir, querendo, OPOSIÇÃO À PENHORA, nos termos do disposto no artigo 90.º do Código das Execuções
Fiscais, sob pena de o processo prosseguir os seus termos até final e, eventualmente, com a adjudicação dos valores penhorados a favor da Administração Geral Tributária, nos
termos do disposto no artigo 156.º do Código das Execuções Fiscais, tudo conforme melhor consta do duplicado do mandado de penhora e notificação que se encontram na Delegação
Aduaneira do Porto de Luanda, adstrita à Terceira Região Tributária (Luanda), sita na Avenida 4 de Fevereiro, Marginal, Largo Diogo Cão, edifício da Alfândega de Luanda, 2.º andar,
à disposição da executada.
Delegação Aduaneira do Porto de Luanda, em Luanda, aos 26 de Março de 2018.
E eu, Deborah Santos, Escrivã, o subscrevi.

A Chefe da Delegação
Nerethz Faria Coelho da Cruz Tati
(100.200b)

LSG SKY CHEFS TAAG ANGOLA CATERING S.A, O Grupo LSG é líder mundial no fornecimento de produtos

a bordo e ao longo de toda a cadeia de serviços integrados.

Neste conjunto de encargos estão incluídos, catering, vendas e programas de entretenimento durante o voo, con-
cepção e fornecimento de equipamentos, logística, bem como serviços de consultoria e operação em lounges.
O empenho e dedicação da empresa à culinária, com padrões de excelência, e a larga experiência logística, pro-
porcionaram uma ramificação directa e bem-sucedida pelos mercados adjacentes nomeadamente, no sector fer-
roviário e no retalho de conveniência.
Relativamente às actividades de catering, as mesmas são comercializadas sob a marca "LSG Sky Chefs", distri-
buindo anualmente 628 milhões de refeições e está presente em 209 aeroportos espalhados pelo mundo.

Para nossa unidade de Catering em Luanda, Angola, estamos actualmente a procura de um

Executivo Sous-Chefe (m/f)

Responsabilidades:
• Aplicação de conhecimentos culinárias e de gestão para garantir e aumentar a satisfação dos nossos clientes Li-
nhas áreas;
• Produzir menus de alta qualidade referente a design e sabores,
• Garantir a confecção adequada e atempada, conforme a especificação do menu de cada cliente.
• Garantir que os padrões de higiene e segurança são estritamente cumpridos nos processos de produção.
• Monitorizar a realização adequada da confecção, empacotamento e da operação;
• Providenciar treino e desenvolver a equipa da Produção, estabelecer horários e avaliar desempenhos;
• Encorajar uma comunicação eficaz com as equipas, outros departamentos e clientes;
• Ajudar na preparação e criação de todos os Menus e controle receitas e especificações;
• Controle apropriado de requisições feitas para o Armazém, evitando o congestionamento de stocks e desperdí-
cios;
• Providenciar apoio ao Chefe Executivo em trabalhos administrativos, planeamentos e controle Deptº;
• Cooperação e apoio a Deptº Comercial no cálculo de custos;
• Substituição eficaz do Chefe Executivo em situação de ausências.

Requisitos exigidos:
Nacionalidade Angolana
Certificados de experiência em Excelência Culinária;
5 Anos de experiência como Sous-Chefe no ramo Hotelaria ou Catering;
Disponibilidade para trabalho ao Fim- de- Semana;
Conhecimentos práticos de MS Office e Software do Ramo;
Capacidade de apresentar soluções em situações problemáticas;
Bons conhecimentos da Língua Inglesa, falado e escrito;

Oferecemos integração numa equipa jovem e dinâmica, numa empresa sólida, com crescimento forte contínuo.
Os candidatos cujo perfil corresponde ao descrito, são convidados a enviar as suas candidaturas com foto recente,
documentação e indicação da pretensão salarial para: rh.angola@lsgskychefs.com até ao dia 15 de Abril de 2018.
(400.030) (5239)
CULTURA
29 de Março de 2018
“MUZONGUÉ”
Flay e Fedy
recebem
distinções
em Cacuaco
Os cantores Flay e Fedy Kalu-
peteca são contemplados,
hoje, às 18h30, no Centro Cul-
tural Roseira, em Cacuaco,
com diplomas de mérito e
estatuetas pelo contributo
prestado à música angolana.
A iniciativa é da produtora
Buleana e está inserido no
projecto “Muzongué das
homenagens” que reconhece
as acções do cantor enquanto
artista, as suas acções na
produção, promoção e divul-
gação da cultura nacional
através da música.
A homenagem acontece
num ambiente de festa, no
qual os contemplados vão
interpretar temas de sua auto-
ria. Flay tem como principal
cartão de visita os temas de
referência dos seis discos,
nos quais se destacam “É
doçura”, “Sassa mutema” e
“Escravo da canção”, enquan-
to Fedy leva para apreciação
do público “Namoro de brin-
cadeira”, entre outras canções.
O evento tem como convi-
dados os cantores Mona Ni-
castro, Mestre Dangui, Mi,
Anderson e As Felinas. Os
cantores são contemplados
fruto de uma pesquisa sobre
a carreira dos mesmos, na
qual constatou-se que ambos
merecem a homenagem
devido o tempo de trabalho.
Flay e Fedy Kalupeteca
foram escolhidos por serem
cantores dedicados, apesar
do sucesso. Flay é cantor do
grupo carnavalesco Bravos
da Vitória da Catumbela,
líder, vocalista e co-fundador
da Banda Voga, criada no
princípio dos anos 2000.
O cantor tem cinco discos
inéditos: “Doçura e loucura”,
“Catumbela meu berço”,
“Lições da vida”, “Desabafo”
e “Sempre firme” e a colec-
tânea em CD e DVD “Flay
20 anos”. Foi instruendo de
Eduardo Paim e tornou-se
conhecido pela peculiaridade
da sua voz fina na década de
1990. Natural do Lobito, onde
integrou a Banda KS, e é
intérprete de kizomba, semba
e rumba. Por sua vez, Fedy,
natural da Catumbela, em
Benguela, é um actor de tea-
tro e dedica-se à música.
Fedy foi auxiliar de Moisés
Kafala, nas aulas de canto,
momentos em que desen-
volveu a arte do canto. Inter-
preta temas que descrevem
momentos ímpares que viveu.
Temas como “Gravidez de
brincadeira”, “Muatu uami”,
“Sempre Benguela”, “Resul-
tado justo”, “Solange”, “KonJ-
dany” constam entre os seus
trabalhos gravados. Ficou em
terceiro lugar no programa
“Explosão”, da TPA, em 1983,
com “Divua dya mi”. Gravou
o primeiro disco, “Cacim-
bada”, em 1994, e deu se-
quência com “Ombembwa”
(2001), “Kalupeteca” (2002)
e “Tchikuelume - Namoro de
brincadeira” (2005), “É o Pró-
prio” (2003) e “Resultado
justo” (2008).
Roque Silva
Quinta-feira
“Memórias 35 anos”
DOM CAETANO E ZECA SÁ LANÇAM DISCO
NA PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA
Dom Caetano e Zeca Sá agendaram para 8 de Abril, na Praça da
Independência, em Luanda, o lançamento do disco “Memórias
35 anos”. O disco condensa um conjunto de melodias, algumas
das quais, são poemas de Agostinho Neto. O CD tem 16 músicas
em estilos rumba, semba, entre outros ritmos. No mesmo mês,
Dom Caetano vai lançar o álbum a solo, “Esperança divina”.
TEATRO NO NAMIBE
HISTÓRIA DA ARTE
É TEMA DE PALESTRA
O Dia Mundial do Teatro foi
marcado pela realização de
uma palestra, na terça-
feira, sobre a história da
arte no país e no Namibe,
enquadrada nas Festas do
Mar 2018.
A palestra foi proferida pelo
historiador Pompeu David,
que realçou a importância
do teatro e deu a conhecer
o género produzido na
província, além de ter feito
uma análise sobre o
progresso e os erros mais
EDIÇÕES NOVEMBRO
comuns. A directora
provincial da Cultura,
Euracema Major, disse que
na província é notório o
crescimento de grupos de
teatro e apelou aos
participantes no sentido de
se unirem em associação
para o engrandecimento da
MARÇO-MULHER
Poemas de Alda Lara e canções de Lourdes Van-Dúnem em palco
Irina Vasconcelos canta
sábado no Palácio de Ferro
Irina Vasconcelos actua no
sábado, no palco da Fundação
Sindika Dokolo, no Palácio
de Ferro, na Baixa de Luanda,
para recordar a cantora Lour-
des Van-Dúnem e a escritora
Alda Lara, no âmbito das co-
memorações do mês dedi-
cado à mulher.
Na primeira parte do con-
certo, vai revisitar temas de
Lourdes Van-Dúnem e poe-
mas de Alda Lara. A cantora
justifica a escolha por con-
siderar que as duas perso-
nagens deixaram marcas na
cultura e no imaginário ango-
lano. “Lourdes Van-Dúnem,
com o seu canto, remete-nos
aos lamentos e Alda Lara,
arte na província.
Por sua vez, Dionísio
Salvador, representante do
grupo teatral Lucy Arte, da
comuna da Lucira, é de
opinião que o Dia Mundial
do Teatro permite valorizar
a arte de representar. Em
sua opinião, o teatro
evoluiu nos últimos anos,
com o surgimento de novos
grupos e muitos actores
que nas suas
representações transmitem
mensagens apelativas
sobre a prática do bem.
Janeth Amorim, actriz do
Calambas de São Pedro,
considera o teatro como a
“mãe de todas as artes”.
Na província do Namibe
existem13 grupos teatrais,
integrados por150 actores.
Entre os mais conhecidos
são Colacerna, Catjude,
Muwenho, Calambas do
São Pedro, Lá Estrela do
New e Projecto
Constelação.
Existem ainda os grupos
Ovacongo e Ecos das
Montanhas, os Nzila T. O
Acampamento dos Actores,
o Festival de Moçâmedes,
bem como as
apresentações aos
domingos no palco da
cultura são os principais
eventos para assistir teatro
em Moçâmedes.
Manuel de Sousa
HENRY CELSO | ANGOP
pela leveza da sua poesia”,
disse Irina Vasconcelos, que
garantiu oferecer ao público
temas do seu primeiro álbum
a solo “Kai”, acompanhada
por Divino Larson (guitarra
solo), Kappa D (baixo) e
Gabriel (bateria).
Irina Vasconcelos come-
çou a carreira com a banda
Café Negro e Kilapanga do
Órfão. Em 2012 lançou o
álbum “Safra”. Mistura afro-
jazz, rock e word music. Ci-
mentou o seu lugar na cena
musical acrescentando no
seu reportório versões de
clássicos nacionais, “Belina”,
de Artur Nunes, e “14 chuvas”,
de Teta Lando.
CENTRO CULTURAL BRASIL-ANGOLA
Glória Pires é a protagonista da película de Ana Muylaert exibida hoje em Elas no Ecrã
Filme “É proibido fumar”
encerra ciclo de cinema
A segunda edição do projecto Elas no Ecrã homenageou a
cineasta brasileira Ana Muylaert, pela primeira vez em África
Francisco Pedro
O ciclo de cinema Elas no
Ecrã encerra hoje, com duas
sessões, sendo a primeira, às
16h30, com o filme “É proi-
bido fumar”, e a segunda, às
19h00, com o filme “Mãe só
há uma”, no auditório do
Centro Cultural Brasil-Angola
(CCBA), em Luanda.
Em “É proibido fumar”
Baby, protagonizada por
Glória Pires, vive sozinha no
apartamento que herdou da
mãe e dá aulas de violão para
alguns alunos.
Quando Max se muda para
o apartamento vizinho, Ba-
by apaixona-se por ele e está
disposta a enfrentar o vício
compulsivo do cigarro. Mas
a crise de abstinência será api-
mentada pelas saudades que
ele sente da ex-mulher,que
é modelo.
No género drama, além de
Glória Pire, premiada Melhor
Actriz, onze vezes em 2009,
o filme tem no elenco Antó-
nio Abujamra, Paulo Miklos,
Paulo César Peréio, Marisa
Orth e Pitty.
Na equipa, Jacob Solitre-
nick, direcção de fotografia,
Ana Mara Abreu, directora
de arte, Marisa Guimarães,
figurinista, Sara Silveira e Ma-
ria Ionescu na produção. Na
banda sonora há várias can-
ções de Música Popular Bra-
sileira (MPB) como “Taj Mahal”
de Jorge Ben Jor, “Baby” , de
Caetano Veloso e “Filhos de
Gandhi” de Gilberto Gil.
A produção é da África fil-
mes e Dezenove som imagens.
Lançado em Dezembro de
2009, a banda sonora, de au-
toria de Marcio Nigro, mereceu
o Grande Prémio do Cinema
Brasileiro, de Melhor Longa-
Metragem Ficção.
Prémios
“É proibido fumar” conquis-
tou vários prémios, dos quais
no Festival de Brasília, Melhor
Filme, Melhor Actor , Paulo
Miklos, Melhor Actriz , Glória
Pires, Melhor Actriz Coadju-
vante, Dani Nefussi, Melhor
Roteiro, Anna Muylaert, Me-
lhor Direcção de Arte, Mara
Abreu, Melhor Trilha Sonora,
Márcio Nigro, Melhor Mon-
tagem, Paulo Sacramento.
Segunda sessão
O filme “Mãe só há uma”,
narra a história de Pierre, que
descobre que a família não é
biológica quando a polícia
prende a sua mãe. Confuso,
procura os parentes verda-
deiros, que o tratam por Felipe.
A nova realidade faz com que
encontre finalmente a iden-
tidade verdadeira.
A película conquistou o pré-
mio “Teddy Award: Männer
Magazine”. O ciclo serviu para
homenagear a cineasta bra-
sileira Ana Muylaert, que está
em Luanda desde segunda-
feira, a convite do Centro Cul-
tural Brasil-Angola.
O ciclo
homenageou a
cineasta brasilerira
Ana Muylaert, que
está em Luanda
desde segunda-
feira, a convite do
Centro Cultural
Brasil-Angola
Durante o ciclo foram exi-
bidos os filmes “Mãe só há
uma”, “É proibido fumar”,
“Chamada a cobrar” e “Que
horas ela volta?”, seguidos
de debate com a realizadora,
que teve, também, encontros
com profissionais, estudantes
de cinema, membros da Asso-
ciação Angolana de Profis-
sionais de Cinema e Audiovi-
sual (APROCIMA) e público
em geral, em que abordou-
se sobre sua trajectória, os
seus filmes premiados, o
cenário actual do mercado
de trabalho audiovisual e a
presença da mulher no uni-
verso da sétima arte. As exi-
29
DR
bições dos filmes no CCBA
tiveram entradas livres. A pri-
meira edição do ciclo de
cinema Elas no Ecrã reali-
zou-se em 2017, sob iniciativa
do CCBA, da APROCIMA e
da Cinemateca Nacional.
Ana Muylaert
É uma das mais renomadas
cineastas de sua geração e
membro da Academia de
Artes e Ciências Cinemato-
gráficas de Hollywood.
Estudou cinema na Escola
de Comunicação e Artes da
Universidade de São Paulo
(USP). Como roteirista par-
ticipou das equipas de criação
dos programas “Mundo da
Lua” (1991) e “Castelo Rá-
tim-bum” (1995) da TV Cul-
tura, Disney Club (1998), do
SBT, e “Um menino muito
maluquinho” (2006), da TVE
Brasil, além de ter escrito o
episódio do “Open a Door :
O menino, a favela e as tam-
pas de panela”, dirigido por
Cao Hamburger.
Em 2005 foi co-roteirista
da série “Filhos do Carnaval”,
da HBO, e fez o último trata-
mento do roteiro do filme “O
ano em que meus pais saíram
de férias”.
Em 2007 colaborou nos
roteiros da Série “Alice”.
Escreveu o roteiro do filme
“Quanto Dura o Amor?” em
parceria com Roberto Moreira.
Dirigiu “Rock Paulista”, “A
origem dos bebés segundo
Kiki Cavalcanti” (1996) e os
longa-metragem “Durval Dis-
cos” (2002), prémio de melhor
filme e melhor realizadora
no 30º Festival de Cinema de
Gramado e , este em 2009,
“É Proibido Fumar”, com Gló-
ria Pires e Paulo Miklos. Em
2011, dirigiu dois episódios
da série “Preama”, “Chamada
a Cobrar”, “Que Horas Ela
Volta?”, longa premiado no
Festival de Sundance, e no
Festival de Berlim. Em 2016,
dirigiu “Mãe Só Há Uma” e
venceu o prémio de melhor
filme pelo júri de leitores da
revista alemã “Männer.
30 DESPORTO
JOGOS AFRICANOS DA JUVENTUDE
Seleccionador Cláudio Brandão acredita num bom desempenho dos atletas convocados
Nadadores preparam
competição da Argélia
Selecção Nacional conquistou vinte e duas medalhas, das
quais seis de ouro, no Zonal Seis disputado este mês no Malawi
Armindo Pereira
Depois de conquistar o quarto
lugar, com um total de 22
medalhas, com realce para
12 de ouro, na 16ª edição do
Campeonato Africano da
Z o n a I V, d i s p u t a d o e m
Lilongwe, Malawi, a Selecção
Nacional de Natação em
absoluto já projecta a parti-
cipação nos Jogos continen-
tais da Juventude, em Julho,
na Argélia.
A revelação foi feita on-
tem, ao Jornal de Angola, pelo
seleccionador nacional, Cláu-
dio Brandão. A prova que vai
reunir os melhores do con-
tinente é qualificativa para
os Jogos Olímpicos da Juven-
tude, a ter lugar em Outubro,
na Argentina. O objectivo
passa por alcançar os míni-
mos, na capital argelina e
carimbar o passe.
Para esta empreitada foram
seleccionados seis nadadores,
cinco dos quais evoluem no
estrangeiro, Salvador Gordo
(Inglaterra), Heriques Mas-
carenhas e Daniel Francis-
co (África do Sul), Lia Lima
e Catarina Sousa competem
em Portugal, “no maior” Cen-
tro de Rendimento da loca-
lidade de Rio Maior. Eliane
Coelho é a única ligada a um
clube nacional.
De acordo com Cláudio
Brandão: “estes são os melho-
res atletas juniores e dão ga-
rantias de se atingir as metas
preconizadas por nós”.
O departamento técnico
da Federação Angolana de
Natação optou por manter
estes nadadores nos respec-
tivos países, uma vez que
possuem melhores condi-
ções de trabalho, para além
do grau competitivo ser su-
perior em relação as provas
domésticas realizadas em
território nacional.
“Pensamos reunir o grupo
de atletas apenas duas sema-
nas antes do embarque, por-
que apesar de competirem,
os mesmos estão a fazer a
sua formação académica
nestes países. Para acautelar
uma possível ausência no
período de provas escolares,
preferimos reduzir o tempo
de concentração”, revelou.
Em Lilongwe,
a Selecção
melhorou
oito posições
em relação
ao ano
passado, no
Zonal de
Bulawayo-
Zimbabwe,
onde ficou
na 12ª posição
Cláudio Brandão disse
que tem tido contacto per-
manente com os treinadores
dos atletas angolanos. Com
base nos indicadores, o selec-
cionador solicita aos seus
homólogos os períodos em
que os atletas devem atingir
o pico da forma desportiva.
A pre s ença no zonal ,
segundo o seleccionador,
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
serviu de antecâmara para a
projecção dos Jogos Africanos
e não escondeu a satisfação
pela performance de alguns
atletas presentes em número
reduzido, comparativamente
aos demais países.
“Se todos alcançarem os
mínimos, teremos uma boa
representação. Mas adianto,
vamos ter pela frente atletas
com excelentes prestações,
destaque para os sul-afri-
canos detentores de recordes
mundiais e olímpicos, inclu-
sive dão-se ao luxo de levar
uma selecção B”.
Por outro lado, a presença
dos países do Magrebe, como
são os casos do Egipto, Tunísia
e a equipa da casa, vai acres-
cer o grau de dificuldades do
combinado nacional.
“Este facto nos obriga a
trabalhar arduamente. Mas
estamos convictos que te-
mos de conseguir o apura-
mento, embora seja prema-
turo por não sabermos se esta-
remos na Argentina, e a acon-
tecer com quantos atletas”,
argumentou.
Em Lilongwe, a Selecção
melhorou oito posições em
relação ao ano passado, no
Zonal de Bulawayo- Zim-
babwe, onde ficou na 12.ª
posição.
Felipe Freitas foi consi-
derado o melhor nadador da
competição, na categoria de
infantis, ao conquistar sete
medalhas, sendo cinco de
ouro e duas de prata.
O sentimento de dever
cumprido foi exteriorizado
pelo grupo que desembarcou
na segunda-feira, em Luanda.
Breves
SÍLVIO SOUSA
JOGA A FINAL
UNIVERSITÁRIA
A equipa norte-americana
da Universidade de Kansas,
onde alinha o poste
internacional angolano,
Sílvio Sousa, 2,06 metros,
disputa a 31 do corrente,
diante da equipa de
Vilanova, a final do
campeonato académico.
Nas meias-finais, o Kansas
venceu por 85-81, o Duke.
Sílvio, que jogou 26
minutos, marcou apenas 4
pontos, mas foi
determinante na luta pelas
tabelas, tendo ganho 10
ressaltos.
Antes, o atleta formado no
1º de Agosto, tinha feito
história ao se tornar no
primeiro angolano a
participar na fase “Elite 8”
da NCAA, que como o nome
indica, reúne as 8 melhores
equipas do basquetebol
universitário nos Estados
Unidos.
Outra grande marca para
Sílvio e o Kansas, é
chegarem à “Final Four”,
tendo conseguido o titulo
de melhores da região
Centro Oeste.
CARLOS MORAIS
CONVOCADO PARA O
JOGO DAS ESTRELAS
O extremo internacional
angolano, Carlos Morais,
jogador contratualmente
ligado ao Benfica, voltou a
ser convocado pela
Federação Portuguesa de
Basquetebol (FPB), para
disputar o All-Star Game,
referente à edição de 2018,
e marcado para 7 de Abril,
em Albufeira.
A equipa norte é composta
por Miguel Maria Cardoso
(Vitória SC Guimarães), Eric
Coleman, Arnette Hallman,
José Barbosa e João
Balseiro (UD Oliveirense),
Isaiah Johnson (Terceira
Basket Club), Jeff Early e
Carlos Cardoso (Illiabum
Clube), João Grosso e
Jermell Kennedy (Ovarense
Dolce Vita), Will Hanley e
Sasa Borovnjak (FC Porto),
sob o comando técnico de
Norberto Alves (Oliveirense).
Na equipa sul foram
chamados, José Silva,
Carlos Morais, Nuno
Oliveira, Carlos Andrade e
Raven Barber (SL Benfica),
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
Henrique Piedade (Galitos
Barreiro), Khalen
Cumberlander e Mário
Fernandes (CAB Madeira),
Cedric Isom (Galitos
Barreiro), Kevin Coronel
(Eléctrico FC Tekever),
Dominique Coleman (SC
Lusitânia) e Demetric
Austin (Barreirense Dif
Broker) às ordens
de José Ricardo
Rodrigues (Benfica).
TAÇA DE ANGOLA EM BASQUETEBOL
Quartos-de-final já
tem quadro completo
O quadro dos jogos dos quar-
tos-de-final da 34ª edição
da Taça de Angola em bas-
quetebol sénior masculino,
cujo destaque é o Interclube-
Recreativo do Libolo, está
completo com o emparcei-
ramento do Desportivo da
Marinha -ASA, 1º de Agosto-
Helmarc Academia e Cris-
gunza-Petro de Luanda.
A serem jogadas a duas
mãos, as partidas estão agen-
dadas para os dias 10 e 17 de
Abril. Na terça-feira, nas eli-
minatórias da fase interpro-
vincial, ASA, às ordens de
Carlos Dinis, e Helmarc,
orientado por Elvino Dias,
justificaram as vantagens tra-
zidas do primeiro encontro
em que venceram por 77-76,
a Universidade Lusíada, lide-
rada por Manuel Silva “Gi”,
e 62-57, frente ao Vila Clotilde,
comandado por Osvaldo Fer-
nandes “Ndinho”.
No jogo de resposta, os
aviadores voltaram a supe-
Interclube e Recreativo do Libolo é a partida de cartaz
PROVINCIAL DE ANDEBOL
Marinheiras e militares
centralizam atenções
Desportivo da Marinha e 1.º
de Agosto centralizam hoje
às 18h00, as atenções da se-
gunda jornada do Campeo-
nato Provincial de Luanda
em andebol sénior feminino,
partida marcada para o campo
do ex-RI-20.
A jogarem na condição de
anfitriãs, as marinheiras re-
conhecem a superioridade
das adversárias, mas pla-
neiam explorar as fragilida-
des, de modo a equilibrarem
os números. Após o jogo
treino realizado pelas opo-
nentes, João Diogo e pupilas
têm gizadas estratégias para
frustrar os propósitos das
campeãs nacionais.
Ruth Francisco, Patrícia
Neto, Vera Kiala e Cristina
Vidal são jogadoras indis-
pensáveis nas acções defen-
sivas e ofensivas da equipa,
sem desprimor para as de-
mais. As militares às ordens
de Morten Soubak são favo-
ritas à vitória. O grupo ambi-
ciona somar os primeiros
pontos na prova, após o de-
saire frente o Petro (24-28)
na ronda inaugural.
Sem a pivô, Albertina Kas-
soma, as outras jogadoras
Quinta-feira
29 de Março de 2018
riorizar-se aos estudantes
por convincentes 73-53, ao
passo que os helmarquistas
venceram por 81-74, os vilen-
ses. A qualificação do Hel-
marc, no ano de estreia em
competições domésticas, e o
afastamento do Vila, um habi-
tué nestas lides, foram as
notas dominantes na segunda
maior prova do calendário
da Federação Angolana de
Basquetebol (FAB).
Manuel Silva “Gi”, técnico
do Vila lamentou a má abor-
dagem ao jogo feita pelos
jogadores. “Queríamos pas-
sar à outra mas infelizmente
não foi possível porque co-
metemos muitos erros”.
A meia-final, a ser jogada
também a duas voltas, acon-
tece nos dias 24 de Abril e 1
de Maio, cuja data assinala
o dia do trabalhador. Dia 19
do referido mês, a um só
jogo, é decidido o vencedor
da Taça de Angola.
Anaximandro Magalhães
JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO
do mesmo posto, Liliana
Venâncio e Dalva Perez vão
estar em evidência. Para
destabilizar a defesa con-
trária, o técnico conta com
as influentes, Isabel Guialo,
Cristiane Muasessa e Wuta
Dombaxi.
Na outra partida, o Pro-
gresso Sambizanga recebe,
às 18h00, em casa a Epal.
Após o triunfo diante do ASA
(28-26), as pupilas de Ar-
mando Ngumbe pretendem
repetir a proeza, enquanto o
conjunto da empresa de águas
precisa de ter cautelas, sob
pena de averbar outra derrota
volumosa como a sofrida
frente ao Desportivo da Mari-
nha (16-36).
Também hoje, às 18h00,
o Petro de Luanda joga com
o ASA. As petrolíferas estão
galvanizadas, ante um adver-
sário teoricamente favorável.
Por sua vez, as aviadoras que-
rem redimir-se da derrota
anterior. Em masculinos, a
jornada fez disputar o Petro
- Desportivo da Marinha e
Exército-1º de Agosto. O Inter-
clube por imperativo de ca-
lendário cumpriu folga.
Teresa Luís
DESPORTO Quinta-feira
29 de Março de 2018
A NÍVEL DE CLUBES
Provas da UEFA
sofrem várias
alterações
na próxima época
Com as competições de clubes
da UEFA a entrarem num
novo ciclo de três anos, a
partir da próxima época,
várias alterações-chave já
foram anunciadas como
parte da sua evolução.
No entanto, após a reunião
de Fevereiro do Comité Exe-
cutivo da UEFA, em Bratislava,
e das decisões tomadas pelo
International Football Asso-
ciation Board (IFAB), res-
ponsável pela elaboração das
leis do futebol, a 3 de Março,
em Zurique, foram confir-
madas mais alterações em
relação aos novos regula-
mentos das competições de
clubes, cuja entrada em vigor
acontecerá a partir de 2018/19.
DR
Aleksander Ceferin
presidente do organismo
Estas alterações, que serão
aplicadas na UEFA Cham-
pions League, UEFA Europa
League e SuperTaça Europeia
da UEFA incluem:
A partir da temporada
2018/19 pode ser efectuada
uma quarta substituição em
jogos de fases a eliminar, mas
unicamente durante o pro-
longamento. As outras três
substituições mantêm-se.
Excepcionalmente para
a final da UEFA Champions
League, UEFA Europa League
e SuperTaça Europeia, podem
ser incluídos 23 jogadores
(em vez de 18 em todos os
outros jogos) na ficha de jogo.
Isto irá permitir nestas finais
ter no banco 12 suplentes
(em vez de sete), dando aos
clubes, e em especial aos
treinadores, mais flexibili-
dade em relação a substi-
tuições, e facilitar a gestão
do plantel para o jogo mais
importante da época.
Novos horários na UEFA
Champions League e na
UEFA Europa:
Jogos do “play-off”, fase
de grupos, oitavos-de-final,
quartos-de-final, meias-
finais e final da UEFA Cham-
pions League vão começar
às 20h00. No entanto, em
cada jornada da fase de gru-
pos, dois dos jogos de terça
e quarta-feira vão começar
às 17h55. Todos os jogos da
última jornada serão dispu-
tados à mesma hora. Excep-
ções a esta regra podem ser
definidas pela administração
da UEFA.
LIGA DOS CAMPEÕES
1º de Agosto encaixa mais
de meio milhão de dólares
O valor financeiro é dado pela confederação da modalidade
pela presença na montra do futebol africano de clubes
Caso chegue a final os rubro e negro podem embolsar um milhão setecentos e cinquenta mil usd
Honorato Silva
A presença na fase de grupos
da 22ª edição da Liga dos Clu-
bes Campeões Africanos de
futebol permite ao 1º de
Agosto, regressado à prova
duas décadas depois, encaixar
mais de meio milhão de dóla-
res, retorno financeiro que
pode ser reforçado em caso
de apuramento para a final.
Numa altura em que o país
se debate com problemas
cambiais, o clube militar do
Rio Seco ganha um reforço
financeiro para fazer face à
inúmeras necessidades de
tesouraria, sobretudo o paga-
mento de dívidas contraídas
em moeda estrangeira, bem
como despesas inerentes às
deslocações que tem de fazer
à Tunísia, Zâmbia e Suazi-
lândia, no Grupo D da prova
continental.
A disputa da etapa que
arranca a 4 de Maio e termina
a 29 de Agosto, garante um
encaixe de 550.000.00 USD
(quinhentos e cinquenta mil
dólares), quando em caso
de presença na final a safra
será de 1.750.000.00 (um
milhão, setecentos e cin-
quenta mil) e 2.500.000.00
(dois milhões e quinhentos
mil), se a força competitiva
do conjunto rubro e negro
for bastante para erguer o
troféu, o primeiro do país
em termos de clubes.
O sorteio acabou por ser
de alguma forma favorável
aos bicampeões angolanos,
cuja deslocação mais longa
na competição tem como
destino a cidade de Tunis,
com vista o desafio frente
ao Étoile du Sahel, entre os
dias 17 e 19 de Agosto, na
quinta jornada.
Na última edição do tor-
neio, com a final a ser rea-
lizada em Novembro, porque
a partir do próximo ano a
decisão do título acontece
no mês de Maio, à seme-
lhança da liga milionária da
Europa, o 1º de Agosto tem
duas viagens sem sair da
região Austral de África. No
dia 16 de Maio, a meio da
semana, os militares jogam
no reduto do Mbabane Swal-
lows da Suazilândia, en-
quanto no regresso da pausa
a ser observada por causa
do Mundial 2018, na Rússia,
o embaixador angolano vai
à Zâmbia defrontar o Zesco
United, no período de 17-18
de Julho.
O sorteio
acabou por
ser de alguma
forma favorável
aos bicampeões
angolanos, cuja
deslocação mais
longa na
competição tem
como destino a
cidade de Tunis,
com vista o desafio
frente ao Étoile du
Sahel, entre os dias
17 e 19 de Agosto, na
quinta jornada
Aposta no topo
Sob o comando de Zoran
Maki, que substituiu no cargo
Dragan Jovic, impossibilitado
de dar continuidade ao seu
trabalho no clube, por razões
de saúde, a equipa militar
foi projectada a pensar na
passagem desta barreira, feito
cuja materialização exige a
presença num dos dois pri-
meiros lugares da série.
O reforço do sector defen-
sivo, com o regresso do lateral
direito Isaac, inactivo na época
passada, por lesão, e a con-
tratação do central nigeriano
Yisa, jogador sem medo de ter
a bola nos pés, alarga a capa-
cidade competitiva do plantel,
que registou igualmente a
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
entrada de Mongo, Jacques e
Fofó, na estrutura ofensiva.
As exibições, com desta-
que para as assinadas nas
Afrotaças, exceptuando o
jogo da segunda “mão” da
derradeira eliminatória da
Liga dos Campeões, frente
aos sul-africanos do Bidvest
Wits, têm mostrado maior
desenvoltura ofensiva dos
detentores do título do Gira-
bola Zap.
No meio campo, a casa
das máquinas que coordena
as dinâmicas de jogo, quer
no ataque à baliza contrária
quer no resguardo do seu
último reduto, os militares
contam com a juventude de
Show, talento formado nas
oficinas do RI-20. O nigeriano
Ibukun e os criativos Geraldo
e Buá acrescentam qualidade
a um sector integrado ainda
por Natael e Paizo, laterais
flanqueadores.
Fazer o pleno nos jogos
disputados em casa, no Está-
dio Nacional 11 de Novembro,
somando pelo menos dois
pontos nas saídas do país é
a aposta do 1º de Agosto no
regresso ao torneio, em cuja
estreia esteve presente em
1997, com uma prestação
vistosa ao lado do Raja Casa-
blanca (Marrocos), campeão,
USM (Argélia) e Orlando
Pirates (África do Sul), no
Grupo B, apesar de ter ficado
a um ponto da fase seguinte.
No actual formato da pro-
va, o Petro de Luanda é o
clube angolano com o me-
lhor desempenho, após atin-
gir os quartos-de-final em
2001, às ordens do já falecido
técnico brasileiro Djalma
Cavalcani, que colocou os
petrolíferos nas vitrinas da
imprensa desportiva africana,
ao superar o poderoso Al
Ahly do Egipto, vitória por
4-2, em plena cidade do
Cairo, com um plantel co-
mandado em campo por Gui,
Mbiyavanga Capela, Gilberto
e Avelino Lopes.
DEFESA CENTRAL DO PETRO DE LUANDA
Wilson está em dúvida
para o jogo frente ao JGM
O defesa central do Petro de
Luanda, Wilson, de 27 anos,
está em dúvidas para o jogo
de amanhã frente ao JGM do
Huambo, por estar a recu-
perar de uma lesão contraí-
da ao serviço dos Palancas
Negras, no torneio das Quatro
Nações, disputado de 21 a
24 do corrente na cidade de
Ndola, Zâmbia, inserida na
primeira Data FIFA do ano.
A informação foi avançada
ontem, em conferência de
imprensa realizada no Cate-
tão, pelo preparador físico
dos tricolores, Maurício Mar-
ques, que não avançou o
local da lesão. Wilson apre-
sentou-se na segunda-feira,
no clube, após o regresso dos
Palancas Negras, domingo.
Além do defesa, e de Car-
linhos castigado, o técnico
Roberto Bianchi vê-se tam-
bém privado de utilizar Dió-
genes, Francis, Harrison,
Bugos, Nandinho, Gomito
Fonseca e Augusto, todos
por problemas clínicos.
O Petro efectua hoje, às
9h00, no campo do Catetão,
a última sessão de treino. O
apresto é virado para a cor-
recção dos movimentos
ofensivos e de finalização.
No treino de ontem, no
seu campo, o corpo técnico
privilegiou o trabalho com
bola, para ensaiar os movi-
mentos defensivos e ofen-
sivos dentro da área.
Na parte final da prepa-
ração, Roberto Bianchi exer-
citou, interrompendo várias
vezes a sessão, o trabalho de
circulação de bola e o posi-
cionamento dos jogadores
na área. Os médios Job, Tony
SELECÇÃO DE FUTSAL
Guarda-redes Gomito
falha jogo por castigo
Gomito, guarda-redes prin-
cipal da Selecção Nacional
Sub-18 de Futsal, falha, por
acumulação de cartões ama-
relos, o desafio com a similar
do Egipto, referente a pri-
meira mão da terceira eli-
minatória de apuramento
para a fase final da 3ª edição
dos Jogos Olímpicos da
Juventude, a decorrer de 8
a 16 de Outubro, em Buenos
Aires, Argentina.
Com esta baixa no "Cinco"
Nacional, o técnico Rui Sam-
paio chamou o guarda-redes,
Hélder Santos, do Paz e Bem,
para ocupar a vaga do titular
e juntar-se à Kupalissa (Cracks
de Ombaka) e Diengo (Coprat
FC do Namibe).
A Selecção Nacional con-
centra-se domingo à noite,
em Luanda, após a chegada
dos jogadores de Benguela,
Huambo e Namibe, para dar
início aos trabalhos, na
segunda-feira, às 7h00, no
Pavilhão Multiusos Arena
31
e Trésor e o lateral Ari encar-
regaram-se das cobranças
das bolas paradas (pontapés
de canto e livres) de um e
do outro lado do campo.
Malamba Inácio, director
para o futebol dos tricolo-
res, desloca-se esta manhã
à cidade do Huambo, onde
vai preparar as condições
administrativas e logísticas
para a equipa que segue via-
gem amanhã para o palco
do jogo.
JGM e Petro jogam ama-
nhã, às 15h00, no estádio do
Ferroviário, na cidade do
Huambo, para a abertura da
oitava jornada do Campeo-
nato Nacional de Futebol da
Iª Divisão, Girabola Zap.
Remarcação de jogos
A Federação Angolana de Fute-
bol (FAF) remarcou o desafio
entre Progresso Sambizanga
e Petro de Luanda, para a pró-
xima quarta-feira, às 15h30,
no Estádio Municipal dos
Coqueiros, na baixa da capital,
partida de acerto à segunda
jornada do campoenato.
A data do encontro estava
inicialmente marcada para
o dia 17 do corrente, no mes-
mo recinto, mas foi alterada
devido ao desafio entre tri-
colores e os rapazes elegantes
(alcunha do Supersport Uni-
ted FC da África do Sul), no
Estádio Lucas “Masterpieces”
Moripe, em Pretória.
O desafio foi pontuável
para a segunda mão dos dezas-
seis avos, penúltima elimi-
natória de apuramento, para
a fase de grupos da 15ª edição
da Taça Nelson Mandela.
António Cristóvão
do Kilamba. No mesmo dia,
às 16h00, o grupo volta a
treinar no Pavilhão Principal
da Cidadela, para manuten-
ção física dos atletas.
Antes do jogo com o Egipto
dia 14 de Abril, às 16h00, na
Cidadela, o corpo técnico do
“Cinco” Nacional tem agen-
dado desafios de preparação
com as equipas principais
da Marinha de Guerra, Rede
Nacional de Transporte de
Electricidade (RNT), Clínica
Sagrada Esperança, Macu-
lusso FC e Coprat FC.
A partida da segunda
“mão” disputa-se entre 27
e 29 de Abril, na capital egíp-
cia, Cairo.
O técnico Rui Sampaio,
que tem como adjuntos
Paulo Sérgio convocou Vasco,
Bebe, Gilson, Luís, Delgado,
Lukinha, Kupalissa, Nelsi-
nho, Nandinho, Eri, Warreny
Joseph, Vedo, Ruizinho, Rafa,
Levi e Leo.
António Cristóvão

QUI29MAR
ISSN 0446-9518
9 770446 951006
ALTO
Executivo
Triângulo do Tumpo
Ao classificar o Triângulo
do Tumpo, como sítio his-
tórico nacional, o Executivo
pensou na efectiva protec-
ção e valorização do patri-
mónio erguido no local em
que se desenrolaram os úl-
timos confrontos do Cuito
Cuanavale. Na Batalha, as
extintas FAPLA impuseram
uma derrota às tropas sul-
africanas do regime do
“apartheid”.
AGT
Taxa de circulação
A Administração Geral Tri-
butária (AGT), na província
do Cunene, teve a feliz ini-
ciativa de realizar , em lo-
cais de maior circulação
rodoviária e concentração
de pessoas, uma campa-
nha de sensibilização di-
rigida aos automobilistas
e motociclistas, para pa-
gamento da taxa de circu-
lação, cujo prazo termina
a 31 de Março.
BAIXO
Governo de Luanda
Famílias sem casas
O Governo da Província de
Luanda devia preocupar-
se mais com a situação de
milhares de famílias que vi-
viam na Ilha do Cabo e que
continuam à espera de ca-
sas condignas. Muita gente
continua a viver em case-
bres de chapas, num bairro
onde o sofrimento toma
conta das pessoas e mata
a esperança por dias me-
lhores.
TRANSPORTES
Ministro pede redução
de custos no sector
Os gestores das empresas
públicas do sector dos
Transportes devem redu-
zir os custos de produção
e as despesas correntes
de 30 para 40 por cento,
ÂNGELO DA VEIGA TAVARES
Combate à corrupção exige
firmeza dos órgão do Interior
André da Costa
O ministro do Interior,
Ângelo Veiga Tavares, defen-
deu firmeza no combate à
corrupção e à indisciplina
no seio da Polícia. Sublinhou
que neste desafio, os chefes
devem ser exemplares, apre-
sentando uma conduta ade-
quada e digna.
Ao discursar na abertura
do Conselho Consultivo Alar-
gado do Ministério do Inte-
rior, que decorre até hoje,
em Luanda, o ministro pediu
ao Serviço de Investigação
Criminal (SIC) para, em re-
curso à inteligência criminal,
trabalhar no sentido de des-
cobrir os crimes de corrup-
ção e outros de índole finan-
ceiro que ocorrem no país
e que contribuem para o
aumento das dificuldades
dos cidadãos.
Ângelo Veiga Tavares pre-
tende que se explore mais a
cooperação internacional,
visando o combate aos crimes
transnacionais, quer através
da Organização Internacional
de Polícia (INTERPOL), quer
dos acordos bilaterais e mul-
tilaterais rubricados com
vários países.
Esta situação, esclareceu,
vai permitir a recuperação
dos activos financeiros e não
só, no quadro do repatria-
mento de capitais que estão
domiciliados em contas no
exterior, conforme perspec-
tivado pelo Executivo.
O ministro frisou também
que a Polícia Nacional e o
SIC devem ser mais contun-
dentes no combate aos cri-
mes violentos que ocorrem
no país, com realce para a
cidade de Luanda, tendo feli-
citado os efectivos “pela
forma como vão reduzindo
as cifras negras” no registo
de crimes.
O governante defende que
os órgãos de educação moral
e cívica do Ministério do
com vista a melhorar os
resultados operacionais
a nível do sector.
O ministro dos Trans-
portes, Augusto Tomás,
fez ontem este apelo aos
Ministro defende maior segurança individual e colectiva
Interior sejam chamados a
exercer um papel mais activo
junto dos efectivos.
Uma acções destacadas
pelo ministro é o projecto de
Lei do Sistema de Vídeo- Vigi-
lância, que vai contribuir para
maior segurança individual
e colectiva dos cidadãos.
O ministro do Interior de-
nunciou que muitas infor-
mações que ocorrem nas redes
sociais visam, unicamente,
causar insegurança e difa-
mação. “Devemos acelerar a
capacitação dos nossos órgãos,
com vista o combate dos cri-
mes cibernéticos”, disse.
Por isso, pediu aos efectivos
para fazerem um verdadeiro
trabalho de moralização inter-
na, com vista a se ter uma pos-
tura condigna de um agente
da autoridade.
Educação jurídica
Ângelo Veiga referiu que
se pretende que os órgãos
do Ministério do Interior
trabalhem, também, para
contribuir numa melhor
educação jurídica da po-
pulação, no sentido desta
participar igualmente na
sua própria segurança.
O governante frisou que o
Serviço de Migração e Estran-
geiros deve capacitar-se cada
vez mais, para dar resposta
ao momento actual, em que
recomenda maior abertura,
gestores das empresas do
sector que dirige, durante
a abertura do primeiro
“Encontro de Quadros da
Unicargas, que decorre em
Luanda. Augusto Tomás
disse ter constatado um
fraco empenho dos ges-
tores do sector no que con-
cerne à gestão de receitas
alocadas para cada unidade
e também das despesas
produzidas em função das
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
o que atrairia o investimento
e o turismo.
Em relação ao Serviço Pe-
nitenciário, o ministro disse
que, com apoio da Caixa de
Protecção Social, este órgão
deve alargar a capacidade
produtiva nos estabeleci-
mentos prisionais, para con-
tribuir na produção alimentar
e não só, e formar os reclusos
nas distintas artes e ofícios.
“Isso, vai facilitar a sua inser-
ção na sociedade depois do
cumprimento da pena”.
Sobre o Serviço de Pro-
tecção Civil, o ministro realçou
que se deve aprimorar os
métodos de actuação, visando
uma resposta mais rápida e
eficaz nos diferentes níveis
de actuação.
Durante o conselho, os
participantes vão discutir
temas como o Relatório de
Segurança Pública de 2017,
Projecto de Lei do Sistema
de Vídeo Vigilância, Projecto
de Lei do Regime de Porte e
Uso de Armas de Fogo e de
outros meios coercivos pelos
agentes da Polícia Nacional.
No evento, os delegados
provinciais e chefes de depar-
tamentos do Ministério do
Interior vão abordar ainda
questões relacionadas com
o Projecto de Regulamentação
e Comparticipação em Multas
pelos Funcionários da Polícia
Nacional.
actividades realizadas.
“Alguns gestores não inter-
pretaram correctamente
a orientação, na medida
em que não só não fizeram
mais e melhor com menos,
como aumentaram as des-
pesas supérfluas, agudi-
zando assim os resultados
ao nível da empresa.”
Para Augusto Tomás,
existe falta de rigor e zelo
por parte dos gestores,
CONFERÊNCIA EPISCOPAL
Igreja Católica denuncia
falso bispo em Cabinda
A Conferência Episcopal
de Angola e São Tomé e
Príncipe (CEAST) denuncia
a presença em Angola, con-
cretamente na província de
Cabinda, de um cidadão
cabo-verdiano identificado
por Filipe Cupertino Tei-
xeira, que se intitula de
bispo e que usa indevida-
mente as vestes litúrgicas
da Igreja Católica, confun-
dindo e despistando, desta
maneira, as pessoas menos
JORNADA NACIONAL DA JUVENTUDE
Diocese de Luanda
prepara encontro
Mais de três mil jovens de
várias denominações reli-
giosas vão participar na 2ª
Jornada Nacional da Juven-
tude, que se realiza de 15
a 20 de Maio, sob a égide
da Comissão Episcopal da
Juventude da Conferência
Episcopal de Angola e São
Tomé (CEAST).
Ontem, em vésperas do
evento, o presidente da
Comissão Episcopal da
Juventude da CEAST e
bispo auxiliar de Luanda,
Dom Zeferino Zeca Mar-
tins, foi recebido pela
ministra da Juventude e
Desportos, Ana Paula
Sacramento, para dar a
conhecer o evento e pedir
apoio do ministério para
a realização das jornadas.
O bispo auxiliar consi-
derou proveitoso o encon-
tro com a governante, na
medida em que a ministra
da Juventude. “Estamos
satisfeitos porque acredi-
tamos que sempre existiu
essa simbiose entre a igreja,
na sua dimensão pastoral
juvenil, e o Ministério”.
Dom Zeferino Zeca Mar-
tins augura que, durante
as jornadas, os bispos,
sacerdotes, religiosos e os
consagrados sejam pri-
uma vez que foram orien-
tados, desde 2014, altura
em que o país passou a
enfrentar a crise econó-
mica e financeira e “alguns
o que fizeram foi aumentar
as despesas e reduzir as
receitas, aumentar os cus-
tos e reduzir os proveitos
e, isto trouxe consequên-
cias ao nível dos resultados
operacionais das empre-
sas”, disse. O ministro
PUBLICIDADE
atentas. Num comunicado
de imprensa, a CEAST in-
forma que na Igreja Cató-
lica, o bispo é nomeado úni-
ca e exclusivamente pelo
Papa, que o coloca à frente
de uma diocese, que cano-
nicamente chama de igreja
particular.
Por esta razão, a CEAST
informa aos fiéis católicos
que não devem participar
das “celebrações” deste
falso bispo.
meiramente iluminados
por Cristo e dêem aquilo
que abunda de si, a bon-
dade de ser, “e ofereçam
isso aos jovens”.
A segunda Jornada Na-
cional da Juventude Cató-
lica, que tem como lema
“Eis a serva do Senhor, faça-
-se em mim segundo a tua
Palavra”, visa principal-
mente a troca de experiên-
cias entre a juventude quer
religiosa, quer não, nas suas
mais diversas manifesta-
ções culturais.
As dioceses de Luanda,
Caxito e Viana são as que
vão albergar a jornada. No
primeiro dia, está prevista
uma missa de abertura, a
ser celebrada pelo arcebispo
de Luanda, Dom Filomeno
Vieira Dias. Depois seguem-
se um show de música reli-
giosa, via-sacra, vigília no
santuário da Nossa Senhora
da Muxima e celebração
de encerramento.
A ministra Ana Paula
Sacramento disse que o
sector abraça as iniciativas
em relação à juventude e
vão, de forma conjunta,
trabalhar no sentido de que
a actividade seja coroada
de êxitos.
Manuela Gomes
pediu aos responsáveis das
empresas para centrarem
os interesses da empresa
acima dos proveitos indi-
viduais, sendo importante
considerar que os bene-
fícios são para o país. Outra
questão levantada diz res-
peito à identificação dos
principais factores de ele-
vação dos custos em algu-
mas empresas.
Natacha Roberto