Relatório de Atividades
Práticas Laboratoriais
Viseu
Ano Letivo 2015/2016
INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU
ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE VISEU
Realizado de
09 de Outubro de 2015
a
15 de Maio de 2015
Elaborado por:
Ana Cristina Ferreira, nº2646
Eunice Santos, nº2356
Gislanda Souza, nº2606
Sofia Tavares nº 2643
Viseu, 2015
Ana Cristina Ferreira, nº 2646
Eunice Santos, nº 2356
Gislanda Souza, nº 2606 TECNOLOGIA DOS CEREAIS
Sofia Tavares, nº 2643
Resumo
Os cereais são plantas cujas sementes ou cujos grãos têm uma importante
participação na alimentação humana como fontes de nutrientes indispensáveis ao seu
desenvolvimento.
Durante as aulas práticas realizadas no âmbito da unidade curricular de tecnologia
dos cereais, o nosso grupo analisou um cereal, o milho, apresentando todos os
resultados obtidos ao longo destas aulas. Os restantes grupos analisaram outros tipos
de cereais, nomeadamente, o trigo, a aveia e o centeio.
Abstract
Cereals are plants whose seeds or the grains have an important role as food and
nutrient sources essential to their development.
During the practical classes held within the course of cereal technology, our group
examined a cereal, corn, presenting all the results obtained along these lessons. The
remaining groups have analyzed other types of cereals, namely wheat, oats and rye.
Índice
1. OBJETIVO ........................................................................................................................... 1
2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
3. TRABALHO PRÁTICO Nº 1 – PESO DO GRÃO .......................................................... 3
3.1. Objetivo ............................................................................................................................ 3
3.2. Fundamento do método ................................................................................................ 3
3.3. Apresentação dos Resultados...................................................................................... 3
3.4. Discussão/ Conclusão ................................................................................................... 4
4. TRABALHO PRÁTICO Nº2 – QUALIDADE MOAGEIRA ............................................. 6
4.1. Objetivo ............................................................................................................................ 6
4.2. Fundamento do método ................................................................................................ 6
4.3. Apresentação dos Resultados...................................................................................... 6
4.4. Cálculos ........................................................................................................................... 6
4.5. Discussão/ Conclusão ................................................................................................... 7
5. TRABALHO PRÁTICO Nº3 – ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DAS MATÉRIAS-
PRIMAS ....................................................................................................................................... 8
5.1. Humidade......................................................................................................................... 8
5.1.1. Objetivo ........................................................................................................................ 8
5.1.2. Fundamento do Método ............................................................................................ 8
5.1.3. Apresentação dos Resultados.................................................................................. 8
5.1.4. Cálculos ....................................................................................................................... 9
5.1.5. Discussão/ Conclusão ............................................................................................... 9
5.2. Cinzas............................................................................................................................. 10
5.2.1. Objetivo ...................................................................................................................... 10
5.2.2. Fundamento do método .......................................................................................... 10
5.2.3. Apresentação dos Resultados................................................................................ 10
5.2.4. Cálculos ..................................................................................................................... 11
5.2.5. Discussão/ Conclusão ............................................................................................. 12
5.3. Gordura .......................................................................................................................... 12
5.4. Proteína .......................................................................................................................... 14
5.5. Fibra Bruta ..................................................................................................................... 17
5.6. Determinação do teor de Amiloseamilopectina ....................................................... 19
6. TRABALHO PRÁTICO Nº4 – ALGUNS ENSAIOS TECNOLÓGICOS .................... 21
Índice de Figuras
Índice de Tabelas
1. OBJETIVO
2. INTRODUÇÃO
O ser humano cultiva cereais há milhares de anos, sendo eles um alimento básico
da sua alimentação. Os cereais fazem parte da cultura humana desde a Idade da
Pedra, como alimento chave para o sustento do ser humano (Quesada, 2012).
Antes de serem introduzidos no Norte da Europa, foram cultivados pelos antigos
Babilónicos, Egípcios, Gregos e Romanos. Um dos maiores benefícios trazidos
pelos cereais foi a possibilidade de serem armazenados durante todo o ano, de
modo a que as comunidades primitivas pudessem semear e cultivar as suas próprias
colheitas num mesmo local, em vez de serem forçados a andar sempre a mudar de
local, para procurarem novos terrenos de caça (Quesada, 2012).
Cereais são sementes ou grãos comestíveis de gramíneas. O nome cereal
deriva-se de Ceres a deusa romana da colheita e da agricultura. Os mais utilizados
na alimentação humana são o trigo, o arroz, o milho, a cevada, o centeio, a aveia e
o sorgo (Lorenzeti et al.). Estes, acima de tudo, propiciaram novos meios para a
3.1. Objetivo
Determinar o peso de 1000 grãos de alguns cereais (trigo, milho, aveia e centeio).
3.3. Procedimento
Pesou-se o lote de milho e, em seguida, escolheu-se 1000 grãos e fez-se a sua
pesagem, com a ajuda de uma proveta. Posteriormente, limpou-se o milho restante,
separando-se os grãos partidos/alterados e outros materiais não pertencentes ao milho.
Pesou-se o cereal limpo e os grãos partidos/alterados e outros materiais não
pertencentes ao milho.
Legenda:
* % A (Impurezas A) - % de grãos de cereais partidos presentes na massa total
* % B (Impurezas B) - % de outras impurezas (palhas, pedras,…) presentes na
massa total
3.5. Cálculos
Peso dos grãos partidos
% 𝐠𝐫ã𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐨𝐬/𝐚𝐥𝐭𝐞𝐫𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐥𝐡𝐨 = × 100 ⇔
Peso do lote do cereal
65,11
⇔ % 𝐠𝐫ã𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐨𝐬/𝐚𝐥𝐭𝐞𝐫𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐥𝐡𝐨 = × 100 = 13,24
491,84
m 0,0776409
ρ= = = 0,78 Kg⁄L → Densidade do Milho
V 0,1
4.1. Objetivo
Determinar o rendimento moageiro de alguns cereais (trigo, milho, aveia e
centeio).
4.3. Procedimento
Depois de efetuada a limpeza do milho, moeu-se este recuperando a farinha num
moinho. Por fim peneirou-se a farinha, pesando o que ficou retido no peneiro e a farinha
crivada, que passou do crivo para o peneiro.
4.5. Cálculos
168,79
⇔ 𝐑𝐞𝐧𝐝𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐦𝐨𝐚𝐠𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐥𝐡𝐨 (%) = × 100 = 39,63%
425,91
375,01
⇔ 𝐑𝐞𝐧𝐝𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐦𝐨𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐥𝐡𝐨 (%) = × 100 = 88,01%
425,91
168,79
⇔ 𝐑𝐞𝐧𝐝𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐩𝐞𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚çã𝐨 𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐥𝐡𝐨 (%) = × 100 = 45,01%
375,01
425,91 − 375,01
⇔ 𝐏𝐞𝐫𝐝𝐚𝐬 𝐦𝐨𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐥𝐡𝐨 (%) = × 100
425,91
375,01 − 168,79
⇔ 𝐏𝐞𝐫𝐝𝐚𝐬 𝐩𝐞𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚çã𝐨 𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐥𝐡𝐨(%) = × 100 = 54,99%
375,01
5.1. Humidade
5.1.1. Objetivo
Determinação da percentagem (%) da humidade.
5.1.3. Procedimento
Preparou-se os cadinhos, secando numa estufa e arrefecendo num exsicador, e
determinou-se o seu peso. Pesou-se o cadinho com a amostra. Secou-se na estufa
a 103ºC. Arrefeceu-se o cadinho com a amostra no exsicador e posteriormente fez-
se a pesagem rigorosa do conjunto. Fez-se mais uma vez a secagem, arrefeceu-se
o conjunto e pesou-se (2ª pesagem). A 3ª pesagem foi feita de igual modo.
Peso Peso do
1ª 2ª 3ª
do copo + %
Amostra Pesagem Pesagem Pesagem Média
Copo Amostra Humidade
(g) (g) (g)
(g) (g)
A 49,7590 49,7543 49,7490 47,7860 49,9993 11,31
Trigo 11,38
B 49,5747 49,5698 49,5605 47,7206 49,7983 11,45
A 36,1810 35,0830 36,1668 34,2886 36,4112 11,17
Centeio 11,34
B 35,0865 36,1774 35,0741 33,2841 35,3001 11,51
A 47,6780 47,6721 47,6618 45,4751 47,8852 9,26
Milho 9,30
B 48,5036 48,4987 48,4907 46,4328 48,7024 9,33
A 33,8683 33,8620 33,8515 32,0700 34,0480 9,59
Aveia 9,68
B 34,3400 34,3341 34,3233 32,5302 34,5174 9,77
5.1.5. Cálculos
100 × (𝑃2 − 𝑃3 )
% 𝐇𝐮𝐦𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 =
(𝑃2 − 𝑃1 )
Onde:
P1 = Peso Gobelé
P2 = Peso do Gobelé + amostra inicial
P3 = Peso do Gobelé + amostra seca
Em que nestas condições, será então:
P2 – P1 = Peso da amostra
P2 – P3 = Perda de peso
Milho 2:
abaixo do tabelado – 13%. No entanto, apesar de baixo, acaba por ser bastante
favorável para que haja um adequado armazenamento.
Assim sendo, e considerando não só o milho, no caso de algum destes cereais
se destinar à indústria moageira, justificar-se-ia uma operação de hidratação.
5.2. Cinzas
5.2.1. Objetivo
Determinação da percentagem (%) de cinzas nas diferentes amostras de cereal.
5.2.3. Procedimento
Determinou-se o peso do cadinho utilizado (que foi previamente calcinado a
500ºC e arrefecido no exsicador até à temperatura ambiente).
Pesou-se o cadinho com a amostra e, por fim, fez-se a calcinação a 550ºC.
Pesou-se o conjunto. Adicionou-se 2 mL de ácido Nítrico e evaporou-se no Bico de
Bunsen. Colocou-se na mufla e por fim pesou-se o conjunto cadinho + amostra.
Massa
Massa Massa %
Cadinho + %
Amostra cadinho Cadinho + Média Cinzas
Amostra Cinzas
(g) Cinza (g) (m.s.)
(g)
A 27,0837 29,0907 27,1318 2,40 2,48
Milho 2,7
B 12,9175 15,0196 12,9689 2,56
A 21,9794 24,0112 22,0126 1,63
Trigo 1,58 1,8
B 18,5346 20,5306 18,5657 1,56
A 13,3201 15,3240 13,3448 1,23
Centeio 1,21 1,4
B 15,1132 17,1203 15,1372 1,19
A 24,7015 26,7013 24,7389 1,87
Aveia 2,00 2,2
B 15,0910 17,0103 15,1335 2,13
5.2.5. Cálculos
Milho A Milho B
P1 – Peso do cadinho = 27,0837 g P1 – Peso do cadinho = 12,9175 g
P2 – Peso do cadinho + amostra = P2 – Peso do cadinho + amostra =
29,0907 g 15,0196 g
P3 – Peso do cadinho + cinzas = P3 – Peso do cadinho + cinzas =
27,1318 g 12,9689 g
𝟏𝟎𝟎 × (𝐏𝟑 − 𝐏𝟏 ) 100 × (P3 − P1 )
% 𝐂𝐢𝐧𝐳𝐚 = % 𝐂𝐢𝐧𝐳𝐚 =
(𝐏𝟐 − 𝐏𝟏 ) (P2 − P1 )
⇔ % 𝐂𝐢𝐧𝐳𝐚 ⇔ % 𝐂𝐢𝐧𝐳𝐚
𝟏𝟎𝟎 × (𝟐𝟕, 𝟏𝟑𝟏𝟖 − 𝟐𝟕, 𝟎𝟖𝟑𝟕) 100 × (12,9689 − 12,9175)
= =
(𝟐𝟗, 𝟎𝟗𝟎𝟕 − 𝟐𝟕, 𝟎𝟖𝟑𝟕) (29,0907 − 27,0837)
% Cinza × 100
% 𝐂𝐢𝐧𝐳𝐚 (𝐦. 𝐬. ) 𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐥𝐡𝐨 =
(100 − H)
2,48 × 100
⇔ % 𝐂𝐢𝐧𝐳𝐚 (𝐦. 𝐬. ) 𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐥𝐡𝐨 = = 2,7%
(100 − 9,30)
5.3. Gordura
5.3.1. Objetivo
Determinação da percentagem (%) de gordura bruta.
5.3.3. Procedimento
Procedeu-se usualmente do seguinte modo: determinou-se o peso do balão que
recebeu o extrato etéreo (previamente seco a 100-105ºC, durante ½ hora pelo
5.3.5. Cálculos
Valores obtidos pela amostra do milho:
Q (Peso da amostra) = 6,4037g
P1 (Peso do balão) = 103,3985g
P2 (Peso do balão + extrato) = 103,96g
P2 – P1 (Peso do extrato) = 103,96 – 103,8985 = 0,0615g
8,77 × 100
⇔ % 𝐆𝐨𝐫𝐝𝐮𝐫𝐚 𝐁𝐫𝐮𝐭𝐚 (𝐦. 𝐬. ) = = 9,67
(100 − 9,30)
5.4. Proteína
5.4.1. Objetivo
Determinação da percentagem (%) de proteína bruta.
5.4.3. Procedimento
Para um balão de Kjeldhal, colocou-se 1 g de amostra, cerca de 10 mL de ácido
sulfúrico 96% e 1 mL de solução de sulfato de cobre; aqueceu-se com o colo
inclinado a 45ºC, até descoloração completa. Continuou-se o aquecimento durante
mais trinta minutos; após arrefecimento, adicionou-se 50 mL de água. Colocou-se o
balão de Kjeldhal no aparelho de destilação.
Para um balão de Erlenmeyer de 250 mL, colocou-se 20 mL de ácido bórico e 3
gotas de indicador misto, no aparelho de destilação, de modo a que a ponta do tubo
tocasse na solução; adicionou-se 50 mL de NaOH 40% ao balão de Kjeldhal e
começou-se a destilação; recolheu-se cerca de 150 mL de destilado (azul) e titulou-
se o destilado com HCl 0,1 N até viragem de cor (rosada).
Valor de referência da Proteína (%) 11,6%
Volume gasto de
Amostra % Azoto % Proteína (m.s.)
HCl 0,1 N (mL)
Milho 10,3 1,4 9,94
Trigo 15 2,1 13,82
Centeio 2,3 1,9 2,12
Aveia 9,6 1,3 8,39
5.4.5. Cálculos
Valores obtidos pela amostra do milho:
Volume gasto de HCl = 10,3 mL
Fator conversão da tabela 1 = 6,25
Sendo V o volume em cm3 de HCl gastos, o teor em azoto total do milho será:
9,0125 × 100
⇔ % 𝐏𝐫𝐨𝐭𝐞í𝐧𝐚 𝐁𝐫𝐮𝐭𝐚 (𝐦. 𝐬. ) = = 9,94%
(100 − 9,30)
5.5.1. Objetivo
Determinação da percentagem (%) de gordura bruta
4.6.3. Procedimento
Colocou-se cadinhos filtrantes G3 (previamente identificados) na estufa a 100-
105ºC para secarem. Arrefeceu-se e pesou-se, não tarando a balança. Pesou-se 3
g de amostra para cada cadinho – pesou-se o conjunto. De seguida, colocou-se no
“Dosi-fiber”. Entretanto, a solução H2SO4 foi aquecida e aqueceu-se 1L de H2O (para
lavagem)
5.5.5. Cálculos
5.6.1. Objetivo
Determinação do teor de amilose
5.6.3. Procedimento
5.6.5. Cálculos
100 mL ---- 100 mg farinha
5 mL ------- 5 mg farinha
Como
0,05 mg farinha ----- 0,0197 mg amilose/ml
100 mg ---------------- x
X= 39,4 mg amilose/ mg farinha
6.6.1. Objetivo
Determinação do teor de amido
6.6.3. Procedimento
7.1. Cálculos
Amostra analisada pelo grupo, o milho:
V
[α] × [100] × [V1 ] × [ 3 ]
V2
% Amido = 25
[α]546 × [P] × [w] × [100 − H]
7. CONCLUSÃO
8. BIBLIOGRAFIA