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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DE CURITIBA - ESTADO DO PARANÁ

Autos: xxx

Autor, já devidamente qualificado no processo indicado no preâmbulo, autor de


Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais, ajuizada em face de XXX Réu,
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o número XXXX, vem a
presença de Vossa Excelência apresentar

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

I - Introdução

Em síntese, a Ré contesta alegando que o autor não trouxe aos autos as provas
necessárias de sua pretensão, e requer a ilegitimidade passiva do processo supra, tais
argumentos não merecem prosperar Excelência. Conforme será justificado a seguir.

II – Do mérito

Em sua defesa, a parte Requerida aduz o seguinte:

“Desta forma, verifica-se que os serviços da Requerida


WMS apresentam-se desconexos da fabricação Digníssimo,
bem como não há QUALQUER prova nos autos de que tal
produto REALMENTE estava com prazo de validade
expirado, pois o demandante alegou, mas não comprovou, de
fato, tal alegação”

Não procedem tais justificativas, tendo em vista que a data que consta no rótulo
do produto é realmente a data de validade do mesmo. Basta comparar com as demais
embalagens de produtos de natureza parecida encontrados nas gôndolas do referido
hipermercado:

ANEXAR AQUI SUAS PROVAS

Sendo assim, conforme observado acima, não há o que contestar quanto ao


conjunto probatório, as fotos trazidas nesta impugnação apenas corroboram os fatos
elucidados na exordial. A ré apenas tentou se aproveitar de uma má impresão/qualidade
no rótulo do produto para afastar sua responsabilidade.
Nesse tocante, foi demonstrado que a empresa Requerida se enquadra na
conduta descrita no artigo 13, III, do CDC. Pois esta não conservou adequadamente
produto perecível destinado a alimentação. A requerida preferiu deixar produto vendido
a venda, expondo seus consumidores a riscos, o que por óbvio aconteceu. Então, deve a
Ré responder pelo fato do produto, ainda que sendo comerciante, faz parte da relação de
consumo e deve ser responsabilizada.
Vale ressaltar que, a venda de produto vencido, especialmente tratando-se de
bem destinado a alimentação, é exposição temerária da integridade física do
consumidor, devendo ser coibida a conduta.
Além disso, não há como exigir provas além das que foram produzidas pelo
requerente, pois essas são consideradas mínimas, necessárias e suficientes para amparar
a sua pretensão. Isto é, ao consumidor somente incumbe o ônus da prova de que
efetivamente comprou o produto comercializado pela ré, e que, este se encontrava
impróprio para o consumo, pois vencido.
A empresa Ré em sua contestação tenta de todas as maneiras de esquivar de sua
responsabilidade, como se não tivesse culpa alguma, esquecendo-se que o comerciante
que vendeu o produto vencido obviamente não é consumidor e muito menos terceiro
para fins do CDC, não podendo se valer de excludentes, mas sim integrante da cadeia de
fornecedores, devendo Sim responder objetivamente pelos danos causados.
Desta feita, restou configurada à prática de conduta ilícita, passível de reparação
de ordem moral, em virtude do desrespeito e descaso com o consumidor. A finalidade
da reparação do dano moral nada mais é do que oferecer compensação ao lesado e ter
caráter sancionatório ao causador do dano, valendo a condenação como verdadeiro
desestímulo econômico à inobservância das regras de proteção ao consumidor.
Importante frisar que a Ré trouxe no corpo de sua defesa jurisprudências que em
nada se correlacionam com o pedido do autor, não podendo estas servirem de parâmetro
na decisão deste douto Juiz. Tendo em vista que, tratam de assunto que envolvem
“corpos estranhos” encontrados dentro de produtos, e este não é o assunto da ação do
autor, devendo assim ser desconsiderado as alegações desconexas que constam na
petição da Ré.
Importante ressaltar que, o autor ao consumir produto vencido e passar mal,
sofreu danos, e grave abalo emocional que, por si só, justifica o pedido de indenização,
em cumprimento, inclusive, ao disposto no artigo 5º, X, da Constituição Federal.
Vale mencionar que o autor ao sofrer com “diarréia”, teve um enorme transtorno
de ordem intestinal, tendo em vista que o mesmo sofria de moléstias de saúde
(conforme comprovantes em anexo), e realizou cirurgia pouco depois do ocorrido.
É certo que intoxicação alimentar causa prejuízos a saúde e a moral de qualquer
indivíduo, porém, no caso em tela, os danos vão além tendo em vista que o autor sofria
com moléstias intestinais e consumir o produto vencido só agravou sua situação.
Cabível, portanto, o pedido da parte autora de receber indenização a título dos danos
morais sofridos pelo ocorrido.
Quanto à inversão do ônus probandi, vale destacar que se trata de uma relação de
consumo. Sendo devida a inversão do ônus da prova, com fulcro no artigo 6º, VIII, do
Código de Defesa do Consumidor.
Conforme todo o exposto, a parte Requerente impugna a contestação em sua
integralidade. Atribui-se a esse título, na tentativa de amenizar os sofrimentos
experimentados pela parte autora, o importe de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Ou,
outro valor a ser determinado por este juízo, observando os parâmetros já consolidados
em jurisprudência pelo TJPR em situações similares, atendendo ao caráter punitivo,
pedagógico e dissuasório da medida em casos semelhantes.

III – Dos requerimentos finais


Ante o exposto, verifica-se que os argumentos trazidos na peça de defesa
revelam-se insuficientes e ineficazes para rechaçar os pedidos formulados pelo Autor,
desta feita, merecem serem julgados procedentes os pedidos do Requerente, nos exatos
termos da exordial.

A) Tem-se por Impugnada a Contestação apresentada, requerendo, desde já, que este
douto juízo acolha os argumentos explanados na inicial, para que seja julgada
totalmente procedente a ação.
B) Pede-se pelo arbitramento de multa diária em caso de descumprimento pela parte ré
de todas as medidas peticionadas pela parte autora.

Protesta pelos meios de provas em direito admitidos.

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

Curitiba, 26 de março de 2018

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Nome do autor
CPF/MF do autor

ADVOGADO
OAB/PR

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