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AULA 06: DAS PENAS (PARTE II): APLICAÇÃO DA PENA. !
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. LIVRAMENTO
CONDICIONAL. EFEITOS DA CONDENAÇÃO. MEDIDAS
DE SEGURANÇA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. AÇÃO
PENAL

SUMÁRIO
1. DAS PENAS .................................................................................................. 3
1.1. Aplicação das penas ................................................................................. 3
1.1.1. Etapas da fixação da pena privativa de liberdade .......................................... 3
1.1.1.1. Fixação da pena-base ............................................................................ 3
1.1.1.2. Segunda fase: análise das agravantes e atenuantes ................................... 6
(i) Reincidência ............................................................................................... 8
(ii) Disposições gerais acerca da segunda fase de aplicação da pena...................... 10
1.1.1.3. Terceira fase: aplicação das causas de aumento e diminuição da pena ........ 11
1.1.1.4. Disposições finais ................................................................................ 13
2. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA ........................................................ 13
2.1. Conceito ................................................................................................. 13
2.2. Requisitos objetivos ............................................................................... 14
2.3. Requisitos subjetivos ............................................................................. 14
2.4. Espécies de sursis e condições ............................................................... 15
2.5. Revogação do sursis, prorrogação do prazo e cumprimento das
obrigações....................................................................................................... 16
3. LIVRAMENTO CONDICIONAL ..................................................................... 18
3.1. Conceito ................................................................................................. 18
3.2. Requisitos .............................................................................................. 19
3.2.1. Requisitos objetivos ................................................................................ 19
3.2.2. Requisitos subjetivos .............................................................................. 20
3.3. Regras gerais relativas ao Livramento Condicional, revogação e extinção
do benefício..................................................................................................... 21
4. MEDIDAS DE SEGURANÇA ......................................................................... 23
5. EFEITOS DA CONDENAÇÃO ........................................................................ 26
5.1. Natureza e espécies ............................................................................... 26
5.2. Efeitos genéricos .................................................................................... 28
5.2.1. Obrigação de reparar o dano .................................................................... 28
5.2.2. Confisco ................................................................................................ 29
5.3. Efeitos específicos .................................................................................. 29

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5.3.1. Perda do cargo, função pública ou mandato eletivo ..................................... 29!
5.3.2. Incapacidade para exercício do pátrio poder, tutela ou curatela .................... 30
5.3.3. Inabilitação para dirigir veículo ................................................................. 31
5.4. Reabilitação ........................................................................................... 32
5.4.1. Sigilo das condenações ........................................................................... 32
5.4.2. Efeitos secundários extrapenais da condenação .......................................... 33
5.4.3. Pressupostos e requisitos para a Reabilitação ............................................. 33
6. PUNIBILIDADE E SUA EXTINÇÃO .............................................................. 34
6.1. Introdução ............................................................................................. 34
6.2. Causas de extinção da punibilidade diversas da prescrição .................... 35
6.3. Prescrição .............................................................................................. 38
6.3.1. Prescrição da pretensão punitiva .............................................................. 38
6.3.2. Prescrição da pretensão executória ........................................................... 44
6.3.3. Disposições importantes sobre a prescrição................................................ 46
7. DA AÇÃO PENAL NO CÓDIGO PENAL .......................................................... 47
8. RESUMO .................................................................................................... 49
9. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 61
10. EXERCÍCIOS COMENTADOS .................................................................... 79
11. GABARITO ............................................................................................ 115

Olá, meus amigos concurseiros!

Na aula de hoje, dando seguimento ao nosso estudo, vamos estudar a


aplicação das penas, bem como analisar diversos institutos relacionados
à pena: livramento condicional, suspensão condicional da pena,
efeitos da condenação e medidas de segurança (espécie de sanção
penal), além da extinção da punibilidade e da ação penal.

Bons estudos!
Prof. Renan Araujo

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1.! DAS PENAS !

1.1.! Aplicação das penas

A aplicação da pena é o ato mediante o qual o Juiz, após o processo


criminal, proferindo sentença penal condenatória, efetivamente aplica a
sanção penal ao infrator.
A doutrina o classifica como um ato discricionário do juridicamente
vinculado, ou seja, o Juiz possui certo grau de discricionariedade na fixação
da pena, mas deve respeitar os limites estabelecidos pela Lei.
O sistema de aplicação da pena estabelecido pelo CP é o
trifásico, no que tange à pena privativa de liberdade, pois ela é fixada
após a superação de três etapas:
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste
Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e
agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

1.1.1.! Etapas da fixação da pena privativa de liberdade


Como vimos, na fixação da pena privativa de liberdade se adota um
sistema trifásico. Da seguinte forma:
SISTEMA TRIFÁSICO DE APLICAÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE
LIBERDADE
•! Fixação da pena-base
•! Aplicação de agravantes e atenuantes
•! Aplicação de causas de aumento e diminuição da pena

1.1.1.1.! Fixação da pena-base


Assim dispõe o art. 59 do CP:
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social,
à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do
crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Essas circunstâncias mencionadas no art. 59 são chamadas de


circunstâncias judiciais, e são levadas em consideração pelo Juiz para a
fixação da pena-base. Quando favoráveis ao agente, trazem a pena-base
para próximo do mínimo previsto. Quanto mais desfavoráveis, elevam a
pena-base para mais próximo do máximo previsto.

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CUIDADO! Nesta etapa, ainda que as circunstâncias judiciais sejam !
extremamente favoráveis ao condenado, não pode o Juiz fixar a pena-
base abaixo do mínimo legal.

Além disso, as circunstâncias judiciais possuem um caráter


subsidiário, ou seja, só podem ser levadas em consideração se não tiverem
sido consideradas na previsão do tipo penal e não constituam circunstâncias
legais (agravantes ou atenuantes) ou causas de aumento e diminuição
da pena.
EXEMPLO: Imagine que José é condenado por agredir um senhor de 85
anos. O Juiz não pode agravar a pena-base em razão das circunstâncias
do crime (superioridade de forças em relação à vítima, que é pessoa
vulnerável), pois essa circunstância é prevista no art. 61, II, h do CP
como uma circunstância legal (agravante). Vejamos:
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não
constituem ou qualificam o crime:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...)
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;
(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Assim, se o Juiz aumentasse a pena-base por aquele motivo, e depois
aplicasse a circunstância legal agravante, haveria o que se chama de Bis
in idem, que é a consideração de uma mesma circunstância duas vezes
em prejuízo do réu, o que não é permitido (Ou dupla punição pelo mesmo
fato).

E se o crime for qualificado, e o agente tiver praticado o crime


mediante a prática de diversas qualificadoras? Nesse caso, o
entendimento majoritário é o de que o Juiz deve levar apenas uma
qualificadora em consideração para qualificar o crime, utilizando as demais
como circunstâncias agravantes (se previstas) ou circunstâncias judiciais
(que agravam a pena-base).
EXEMPLO: Imaginem que Ronaldo cometeu homicídio por motivo torpe,
mediante emboscada e com a finalidade de assegurar a ocultação de
outro crime. Estas três situações (motivo torpe, emboscada e finalidade
de assegurar a ocultação de outro crime) são qualificadoras do homicídio.
Vejamos:
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
(...);
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso
que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;

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V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de !
outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Nesse caso, o Juiz considerará apenas um dos fatores para qualificar o
crime, utilizando os demais como agravantes ou circunstâncias judiciais
que aumentam a pena-base.
Como todas as três situações são circunstâncias agravantes genéricas, o
Juiz deverá utilizar as outras duas como agravantes. Nos termos do art.
61, II do CP:
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não
constituem ou qualificam o crime:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...)
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que
dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;

Portanto, a utilização de algum fato como circunstância judicial se dá


de maneira subsidiária, ou seja, somente se este fato ainda não tenha sido
levado em conta na própria definição do crime ou não se trate de
circunstância agravante ou causa de aumento de pena.
Na fixação da pena-base, o Juiz deve partir do mínimo legal, e só
poderá sair desse patamar se estiverem presentes circunstâncias
desfavoráveis, devendo fundamentar a sua decisão.
Algumas questões costumam ser bem polêmicas. Vamos a elas:

•! Maus antecedentes – O STJ e o STF entendem que a mera


existência de Inquéritos Policiais e ações penais em curso, sem
trânsito em julgado1, não podem ser considerados como maus

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
1
No julgamento do HC 126.292 o STF decidiu que o cumprimento da pena pode se iniciar
com a mera condenação em segunda instância por um órgão colegiado (TJ, TRF, etc.).
Isso significa que o STF relativizou o princípio da presunção de inocência, admitindo que
a “culpa” (para fins de cumprimento da pena) já estaria formada nesse momento (embora
a CF/88 seja expressa em sentido contrário). Isso significa que, possivelmente, teremos
(num futuro breve) alteração nesta súmula do STJ e na jurisprudência consolidada do STF,
de forma que ações penais em curso passem a poder ser consideradas como maus
antecedentes, desde que haja, pelo menos, condenação em segunda instância por órgão
colegiado (mesmo sem trânsito em julgado). HC 126292/SP, rel. Min. Teori Zavascki,
17.2.2016.

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antecedentes para aumento da pena-base, pois isso seria violação !
ao princípio da presunção de inocência (súmula 444 do STJ)
•! Condenação anterior – Não pode ser considerada como mau
antecedente, pois já é considerada como reincidência (agravante).
•! Consequências do crime - Para que possam caracterizar
circunstância judicial apta a aumentar pena base, devem ser
consequências que não sejam as naturais do delito –
EXEMPLO: O Juiz não pode aumentar a pena base de um homicídio
consumado ao argumento de que a consequência do crime foi
grave, já que a vítima morreu. Ora, em todo homicídio consumado
é LÓGICO que a vítima morreu!
•! Gravidade abstrata do delito e aumento da pena base ou
fixação de regime de cumprimento de pena mais gravoso –
Não pode o julgador aumentar a pena base apenas por entender
que o delito é, abstratamente, grave (pois isso já foi levado em
conta pelo legislador ao fixar os patamares mínimo e máximo).
Além disso, tal circunstância também não pode ser utilizada para a
fixação de regime prisional mais gravoso que o naturalmente
previsto para aquela quantidade de pena aplicada. Súmula 718 do
STF:
Súmula 718 do STF
A OPINIÃO DO JULGADOR SOBRE A GRAVIDADE EM ABSTRATO DO CRIME
NÃO CONSTITUI MOTIVAÇÃO IDÔNEA PARA A IMPOSIÇÃO DE REGIME MAIS
SEVERO DO QUE O PERMITIDO SEGUNDO A PENA APLICADA.

1.1.1.2.! Segunda fase: análise das agravantes e atenuantes


São circunstâncias legais, que agravam ou atenuam a pena fixada
inicialmente (pena-base). São consideradas “genéricas” por estarem
previstas na parte geral do CP. Existem, entretanto, atenuantes específicas,
previstas para determinados tipos penais, como, por exemplo, a prevista
no art. 398 do CTB – Código de Trânsito Brasileiro.
As agravantes genéricas estão previstas nos arts. 61 a 62 do CP, e
SÃO UM ROL TAXATIVO (somente aquelas).
Nos termos do CP, as agravantes genéricas são:
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não
constituem ou qualificam o crime:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a reincidência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que
dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;

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d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso!
ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de
coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da
lei específica; (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério
ou profissão; (Redação dada pela Lei nº 9.318, de 1996)
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;
(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade
pública, ou de desgraça particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.
Agravantes no caso de concurso de pessoas
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos
demais agentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade
ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de
recompensa.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Já as atenuantes genéricas (favoráveis ao réu) estão previstas no


art. 65 do CP, e são um ROL MERAMENTE EXEMPLIFICATIVO (conforme
preconiza o art. 66 do CP), ou seja, podem ser utilizadas outras
circunstâncias não previstas naquela lista.
Nos termos do CP:
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70
(setenta) anos, na data da sentença; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - o desconhecimento da lei; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime,
evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento,
reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de
ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção,
provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o
provocou.

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Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância!
relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente
em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

A Doutrina entende, ainda, que as agravantes só se aplicam aos


crimes dolosos (majoritária), exceto a agravante da reincidência.2
As circunstâncias legais (agravantes e atenuantes genéricas) são de
aplicação obrigatória pelo Juiz. Em qualquer caso, a aplicação de uma
agravante nunca pode levar a pena a ficar acima do máximo
previsto para o crime. Assim, se o Juiz, ao fixar a pena base, a fixa no
máximo legal, de nada servirá a agravante genérica.
Da mesma forma, sendo fixada a pena-base no mínimo legal, a
aplicação da atenuante não terá qualquer utilidade, pois a pena já estará
no mínimo legal (súmula 231 do STJ).
A Lei Penal, entretanto, não estabelece uma quantidade de
diminuição ou aumento que deva ser aplicada. Esse critério é do Juiz.
Com relação às agravantes, destacamos a reincidência, por ser
extremamente complexa. Vamos estudá-la detalhadamente.

(i)! Reincidência
A reincidência é a prática de um crime após ter o agente sido
condenado por sentença irrecorrível em outro crime, no Brasil ou
no exterior (art. 63 do CP). No entanto, é possível a reincidência no caso
de prática de contravenção após ter sido o agente condenado por sentença
irrecorrível pela prática de crime ou contravenção. No entanto, a prática
de crime após a condenação criminal irrecorrível por contravenção
NÃO GERA REINCIDÊNCIA. Assim:

INFRAÇÃO INFRAÇÃO RESULTADO


ANTERIOR POSTERIOR
CRIME CRIME REINCIDENTE
CRIME CONTRAVENÇÃO REINCIDENTE
CONTRAVENÇÃO CONTRAVENÇÃO REINCIDENTE
CONTRAVENÇÃO CRIME PRIMÁRIO

Resumindo, a prática de contravenção penal após a condenação


irrecorrível por qualquer infração penal (contravenção ou crime), gera
reincidência. Já a prática de crime só gera a condição de reincidente se a

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
2
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 516

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condenação anterior se deu por outro crime, não gerando este efeito no!
caso de condenação anterior por contravenção.
Assim, temos a absurda hipótese de alguém praticar duas
contravenções e ser reincidente. Já no caso de prática de um crime
posteriormente a uma condenação por contravenção, SERÁ PRIMÁRIO!
Trata-se de brecha legislativa!3
Nos termos do art. 63 do CP:
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois
de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Para que seja provada a reincidência, é necessário que haja certidão


do cartório judicial acerca da condenação anterior (STJ).
A reincidência pode ser:
a) real – quando o agente comete novo crime após cumprir a pena
anterior.
b) ficta ou presumida – quando o agente pratica novo crime após
a condenação anterior, pouco importando se tenha ou não cumprido a
pena.
O CP ADOTOU A TEORIA PRESUMIDA.
A reincidência pode, ainda, ser:
a) genérica – os crimes praticados são diversos.
b) específica – os crimes praticados são previstos no mesmo tipo
penal.

Em regra, não se distingue uma da outra (genérica da específica),


mas há situações em que a Lei estabelece consequências diferentes
para o reincidente genérico e para o específico (essa última é sempre
considerada mais grave).

A reincidência só ocorrerá se o crime novo for praticado no período


de até cinco anos a partir da data EM QUE A PENA ANTERIOR SE
EXTINGUIU (e não a data da sentença), computando-se o período de
prova da suspensão condicional da pena ou do livramento condicional, se
não tiver havido revogação. ESSE PERÍODO SE CHAMA PERÍODO
DEPURADOR.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 523

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CUIDADO! No crime anterior, se houve a extinção da punibilidade antes !
de ser proferida sentença condenatória irrecorrível, NUNCA HAVERÁ
REINCIDÊNCIA, pois não chegou a haver condenação irrecorrível.

Assim, temos o reincidente (aquele que se enquadra nas situações


explicadas) e o primário (aquele que não se enquadra nestas situações).
Todavia, a Jurisprudência criou a figura do TECNICAMENTE PRIMÁRIO4,
que é aquele camarada que possui condenação definitiva, mas não é
reincidente, por não ter praticado crime após a condenação definitiva no
outro, mas antes desta, ou por ter praticado esta nova infração após o
PERÍODO DEPURADOR.
Cuidado! Os crimes militares e os crimes políticos não geram
reincidência no campo penal comum.5

(ii)! Disposições gerais acerca da segunda fase de aplicação da pena


Havendo coexistência entre uma agravante e uma atenuante, não há,
a princípio, compensação de uma por outra, devendo prevalecer aquela que
for considerada preponderante. Mas qual será a preponderante? Será
preponderante:
•! Menoridade do agente (ser menor de 21 anos à época do
fato) – PREPONDERA SOBRE TODAS!6
•! Aquelas relativas aos motivos determinantes do crime, da
personalidade do agente e da reincidência.
•! Outras circunstâncias

Nos termos do art. 67 do CP:


Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se
do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como
tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do
agente e da reincidência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Mas e se a atenuante e a agravante se referirem a fatores que


se encontram no mesmo patamar? Nesse caso, aí sim haverá a

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
4
Boa parte da Doutrina entende que essa figura não existe. A pessoa seria, apenas,
PRIMÁRIO. GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 524
5
Art. 64 - Para efeito de reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...)
II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.(Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
6
HC 274.758/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 18/02/2014,
DJe 05/03/2014

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compensação de uma pela outra, não se aplicando nenhuma delas!
(equivalência das circunstâncias).7
CUIDADO MASTER! O STJ possui entendimento no sentido de que é
possível a compensação entre a agravante da reincidência com a
atenuante da confissão espontânea. Vejamos:
1. Observadas as peculiaridades do caso, "É possível, na segunda fase da
dosimetria da pena, a compensação da agravante da reincidência
com a atenuante da confissão espontânea, por serem igualmente
preponderantes, de acordo com o artigo 67 do Código Penal" (EREsp
n. 1.154.752/RS, 3ª Seção, DJe 4/9/2012).
2. Entretanto, tal compensação deverá ser realizada à luz dos princípios da
individualização da pena e da proporcionalidade, devendo o julgador
atentar-se para a natureza e o grau de reincidência do réu.
3. Não há como acolher o pedido de compensação integral entre a
reincidência e a confissão espontânea, pois o julgador, no cotejo entre as
duas circunstâncias, destacou a múltipla reincidência do recorrente e as
cinco condenações definitivas que ostenta, particularidade que
justificou o agravamento proporcional da pena em apenas dois
meses.
4. Recurso não provido.
(REsp 1360952/DF, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA,
julgado em 09/12/2014, DJe 19/12/2014)
Contudo, o STJ entende que é possível ao Juiz DEIXAR DE PROCEDER
À COMPENSAÇÃO, se entender que, no caso concreto, o grau de
reincidência do agente deva preponderar sobre a confissão
espontânea (agente que é múltiplo reincidente8).

1.1.1.3.! Terceira fase: aplicação das causas de aumento e


diminuição da pena
Nessa fase, após ultrapassadas as duas primeiras, o Juiz verifica se
há alguma causa de aumento ou diminuição da pena prevista para o caso.
As causas de aumento e diminuição são obrigatórias ou facultativas
(dependendo do caso), podendo estar previstas na parte geral ou na parte
especial (genéricas ou específicas), podendo, ainda, ser fixas ou variáveis.
Assim, elas podem ser:
•! Obrigatórias ou facultativas – a depender da obrigatoriedade ou
não de sua aplicação;
•! Genéricas ou específicas – Se previstas na parte geral do CP ou
na sua parte especial (ou na legislação especial);

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
7
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 516
8
Também chamado de MULTIRREINCIDENTE. GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op.
cit., p. 524

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•! Fixas ou variáveis – Quando a quantidade de aumento e !
diminuição é fixa ou pode variar de acordo com o entendimento do Juiz.

Ao contrário do que ocorre na segunda fase (circunstâncias


agravantes e atenuantes), aqui a pena pode ficar abaixo do mínimo ou
acima do máximo legal previsto no tipo penal.
EXEMPLO: Imagine um crime de furto simples, na modalidade tentada.
Fixada a pena-base no mínimo legal, e não havendo circunstâncias
agravantes ou atenuantes, chegamos à terceira fase com uma pena de 1
ano. Na terceira fase, DEVE o Juiz aplicar a causa de diminuição referente
à tentativa (art. 14, § único do CP), que é de 1/3 a 2/3. Se o Juiz aplicar
a redução máxima (2/3), a pena final será de apenas 04 meses (bem
abaixo do mínimo previsto, de 01 ano).

As causas de aumento e diminuição, como vimos, podem estar


previstas na parte geral ou na parte especial. Diferentemente das
circunstâncias atenuantes e agravantes, a quantidade de aumento ou
diminuição é estabelecida pela Lei.
Mas e se houver coexistência de causas de aumento e causas
de diminuição? Se forem diversas, não há dificuldades, aplicando-se
ambas (aplicam-se primeiro as causas de aumento, e depois, as causas de
diminuição).
O problema reside na coexistência de duas ou mais causas de
aumento ou coexistência de duas ou mais causas de diminuição. Para
simplificar as hipóteses e suas consequências, acompanhem o quadro
abaixo:
Ambas da parte O Juiz deve aplicar
CONCURSO ENTRE geral ambas
CAUSAS DE Ambas da parte O Juiz aplica a causa
AUMENTO especial que mais aumente
(art. 68, § único do
CP)
Uma da parte geral e Aplicam-se ambas
outra da parte
especial
CONCURSO ENTRE Ambas da parte O Juiz deve aplicar
CAUSAS DE geral ambas
DIMINUIÇÃO
Ambas da parte O Juiz aplica a causa
especial que mais diminua
(art. 68, § único do
CP)

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Uma da parte geral e Aplicam-se ambas !
outra da parte
especial

1.1.1.4.! Disposições finais


O CP estabelece um limite máximo de cumprimento de pena,
que é de 30 anos. Isso não impede, entretanto, que a pessoa seja
condenada a período superior a este. O que não poderá haver é o
cumprimento por mais de 30 anos. Nos termos do art. 75 do CP:
Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode
ser superior a 30 (trinta) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Mas qual a lógica dessa diferença? A diferença é que, sendo o


condenado a pena superior a 30 anos, ainda que não possa cumprir mais
que este período, o montante da pena aplicada influenciará na possibilidade
ou não de concessão de benefícios, como livramento condicional,
progressão de regime, etc.
Se o agente for condenado a diversas penas, que juntas ultrapassem
o limite de 30 anos, deverão ser unificadas as penas (ex.: 12 + 25 anos =
37), de forma que o agente só cumpra os 30 anos previstos.
E se durante o cumprimento da pena o agente é condenado
por nova infração, sendo-lhe aplicada nova pena privativa de
liberdade? Nesse caso, aplica-se uma nova unificação das penas, de
forma a começar, do zero, um novo prazo de 30 anos.
EXEMPLO: Ricardo está cumprindo pena de 37 anos de reclusão (advinda
da soma de duas penas). Já cumpriu 08 anos de pena quando sobrevém
nova condenação. Como já havia cumprido 08 anos, faltam ainda 22 anos
de cumprimento (pois só pode cumprir 30!). Nesse caso, somam-se os
22 anos restantes à nova pena, de forma a se iniciar um novo período de
30 anos de cumprimento máximo.
Nos termos do art. 75, § 2° do CP:
§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento
da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período
de pena já cumprido.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

2.! SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA

2.1.! Conceito

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O sursis, ou suspensão condicional da pena, é o benefício concedido!
ao condenado em determinadas circunstâncias, de forma que ele não
cumpre a pena, mas se submete a um período de fiscalização, no qual deve
“andar na linha”. Está previsto no art. 77 do CP:
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois)
anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do
agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do
benefício;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste
Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do
benefício.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos,
poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior
de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. (Redação
dada pela Lei nº 9.714, de 1998)

Portanto, a concessão da suspensão condicional da pena deve ocorrer


após o preenchimento de alguns requisitos, que podem ser objetivos e
subjetivos.

2.2.! Requisitos objetivos


Podem ser:
(i) Relativos à natureza da pena aplicada – A pena aplicada deve
ser privativa de liberdade, não se admitindo no caso de aplicação de pena
de multa ou restritiva de direitos:
Art. 80 - A suspensão não se estende às penas restritivas de direitos nem à
multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

(ii) Quantidade da pena aplicada – A pena aplicada não pode ser


superior a dois anos (art. 77 do CP). Se o condenado, porém, for maior de
70 anos (sursis etário) ou enfermo (sursis humanitário), admite-se a
suspensão condicional da pena que não ultrapasse 04 anos (art. 77, § 2°
do CP). Nos crimes ambientais, o sursis pode ser aplicado aos condenados
à pena não superior a três anos.
(iii) A pena privativa de liberdade não deve ter sido
substituída por restritiva de direitos – A suspensão condicional da pena
só é cabível quando não for possível a substituição por penas restritivas de
direitos, nos termos do art.77, III do CP.!

2.3.! Requisitos subjetivos

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(i) Não reincidência em crime doloso – A reincidência em crime!
culposo, portanto, não impede a suspensão condicional da pena.
Entretanto, se na condenação anterior, mesmo se dando em relação a
crime doloso, a pena aplicada tiver sido a de multa, poderá haver a
suspensão condicional da pena (art. 77, § 1° do CP);
(ii) As circunstâncias pessoais do agente (culpabilidade,
antecedentes, conduta social, etc.) sejam favoráveis, autorizando
a concessão do benefício – Nesse caso, o Juiz deve analisar se, no caso
concreto, a suspensão condicional da pena pode ser suficiente para que
seja cumprida a finalidade da pena.
Assim, temos:
REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO SURSIS
OBJETIVOS SUBJETIVOS
•! Pena privativa de liberdade •! Não reincidência em crime
aplicada doloso.
•! Pena privativa de liberdade •! Circunstâncias judiciais
aplicada não pode ser favoráveis.
superior a dois anos (04
anos se o condenado for
maior de 70 anos (sursis
etário) ou enfermo (sursis
humanitário).
•! Impossibilidade de conversão
em restritiva de direitos.

2.4.! Espécies de sursis e condições


O sursis pode ser:
(i) Simples – O condenado não reparou o dano e as circunstâncias
judiciais (art. 59 do CP) não lhe são muito favoráveis. É o sursis comum, a
regra. Está previsto no art. 78 do CP:
Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à
observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à
comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48).
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

(ii) Especial – Aqui o condenado reparou o dano (ou não teve


possibilidade de fazê-lo) e as circunstâncias judiciais (art. 59 do CP) lhe são
inteiramente favoráveis. Nessa hipótese o condenado não precisa, no
primeiro ano, se submeter à prestação de serviços à comunidade ou

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limitação de fim de semana (art. 78, § 1° do CP). Essa modalidade está!
prevista no § 2° do art. 78 do CP:
§ 2° Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-
lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente
favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas
seguintes condições, aplicadas cumulativamente: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)
a) proibição de freqüentar determinados lugares; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar
e justificar suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Vejam, porém, que embora não esteja o condenado obrigado a


cumprir as obrigações do § 1° do art. 78, o § 2° estabelece outras
obrigações às quais o condenado fica vinculado.
Além destas condições previstas no sursis simples e no especial, o
art. 79 do CP traz uma cláusula genérica, que permite ao Juiz fixar outras
condições que sejam adequadas ao fato e ao condenado:
Art. 79 - A sentença poderá especificar outras condições a que fica subordinada
a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

2.5.! Revogação do sursis, prorrogação do prazo e cumprimento


das obrigações
O sursis pode ser revogado a qualquer momento, ocorrendo
alguma das hipóteses previstas nos arts. 81 e seu § 1° do CP. Pode
ser obrigatória, quando a lei determina expressamente sua revogação, ou
facultativa, quando o Juiz pode decidir se revoga ou não o benefício.
A revogação obrigatória se dará no caso de ocorrerem as hipóteses
previstas no art. 81 do CP:
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário:
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem
motivo justificado, a reparação do dano; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Ou seja, haverá revogação obrigatória quando o condenado for


novamente condenado (por sentença irrecorrível) por crime doloso (não
importando o momento em que esse crime foi praticado). No entanto, a
Jurisprudência entende que se dessa nova condenação resultar pena de
multa, não poderá haver revogação, pois a condenação à pena de multa

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não é causa que impede a concessão do sursis, então, por lógica, não pode!
gerar a revogação.
No caso do inciso II, a Doutrina majoritária entende que, se depois
de revogado o sursis o condenado repara o dano ou paga a multa, pode ser
restabelecido o sursis.
O inciso III é autoexplicativo. Não cumprindo uma das condições
previstas no art. 78, § 1°, será revogado o sursis.
A revogação facultativa, por sua vez, ocorre nas hipóteses do art.
81, § 1°:
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer
outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo
ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Vejam que, nesse caso, o Juiz não está obrigado a revogar o sursis.
As condições indicadas como ensejadoras da revogação facultativa
são todas aquelas que não sejam as do § 1° do art. 78, ou seja, são as do
§ 2° do art. 78 e as do art. 79 do CP.
Quanto à superveniência de condenação por crime culposo ou
contravenção, é necessário que a pena aplicada tenha sido restritiva de
direitos ou privativa de liberdade. Vejam, assim, que a pena de multa não
enseja a revogação facultativa do sursis (o que corrobora a tese de que não
pode, também, revogar obrigatoriamente o benefício).
A Doutrina e a Jurisprudência entendem que, salvo no caso de
condenação irrecorrível, em todas as demais hipóteses o condenado
deve ser ouvido antes de ser revogado o benefício.
A prorrogação do período de prova (período em que o condenado
deve “andar na linha”), por sua vez, ocorrerá em duas hipóteses:
1) Beneficiado está sendo processado por outro crime ou
contravenção – Está prevista no art. 81, § 2° do CP:
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou
contravenção, considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o
julgamento definitivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
2) Ocorrendo situação que autorize a revogação FACULTATIVA,
caso o Juiz opte por não revogar, pode estender o prazo do sursis
até o máximo, CASO JÁ NÃO TENHA FEITO – Está prevista no § 3°
do art. 81 do CP:
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la,
prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

No primeiro caso a prorrogação é obrigatória e automática. Já


no segundo a prorrogação não é automática e depende de decisão
fundamentada do Juiz nesse sentido.

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Em qualquer caso, a maioria da Doutrina entende que DURANTE O!
PERÍODO DE PRORROGAÇÃO, embora o condenado ainda esteja
cumprindo o sursis, não permanecem as obrigações legais (art. 78, § 1° e
2° e art. 79 do CP).
Cumpridas todas as condições, expirando-se o prazo sem revogação,
estará extinta a punibilidade do condenado. Nos termos do art. 82 do
CP:
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se
extinta a pena privativa de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

3.! LIVRAMENTO CONDICIONAL

3.1.! Conceito
O livramento condicional é um benefício concedido aos condenados a
penas privativas de liberdade superiores a dois anos, que permite a
antecipação de sua liberdade.
Trata-se de liberdade antecipada, condicional e precária.
Antecipada porque o agente deveria ficar mais tempo cumprindo
pena.
Condicional porque durante o prazo restante da pena, embora
esteja em liberdade, o condenado também deve “andar na linha”,
submetendo-se a algumas regras.
Precária porque pode ser revogada sua liberdade a qualquer tempo,
caso ocorra o descumprimento das obrigações do livramento condicional.
Nos termos do art. 83 do CP:
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena
privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em
crime doloso e tiver bons antecedentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena,
bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à
própria subsistência mediante trabalho honesto; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado
pela infração; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime
hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e
terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa
natureza. (Incluído pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência
ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também
subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o
liberado não voltará a delinqüir. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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O beneficiado pelo Livramento condicional é chamado de EGRESSO
(art. 26, II da LEP).

3.2.! Requisitos
Os requisitos para a concessão do Livramento Condicional podem ser
objetivos ou subjetivos. Vejamos.

3.2.1.! Requisitos objetivos


Estão previstos no art. 83, I, II, IV e V do CP, e se relacionam à pena
em si e à reparação do dano.
(a)! Quantidade da pena
A pena aplicada deve ter sido igual ou superior a dois anos. Se as
penas corresponderem a infrações diversas, devem ser somadas para que
seja concedido o Livramento, nos termos do art. 84 do CP.
(b)! Parcela da pena já cumprida
A pena já deve ter sido razoavelmente cumprida. O montante da pena
já cumprida irá variar conforme as condições do crime e do condenado.
1) Condenado não reincidente em crime doloso e que possua bons
antecedentes – Basta o cumprimento de 1/3 da pena (art. 83, I do CP).
(Livramento Condicional simples).
2) Condenado reincidente em crime doloso – É necessário o cumprimento
de mais da metade da pena (Livramento Condicional Qualificado), nos termos
do art. 83, II do CP.

E se o condenado não for reincidente em crime doloso, mas


também não possuir bons antecedentes? O STJ entende que deve ser
adotada a posição mais favorável ao réu, permitindo-se a concessão do
Livramento Condicional Simples.
E no caso de Crimes Hediondos? É possível? Sim, é possível, mas
o condenado não pode ser reincidente em crime da mesma natureza e deve
cumprir 2/3 da pena (Livramento Condicional Específico). Nos termos do
art. 83, V do CP:
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena
privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...)
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime
hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e
terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa
natureza. (Incluído pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

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(c)! Reparação do dano !
Trata-se de requisito dispensado no caso de impossibilidade de
reparação e no caso de a vítima não ser encontrada para ser indenizada,
ou ainda, demonstrar desinteresse na reparação (art. 83, IV do CP).

3.2.2.! Requisitos subjetivos


São os requisitos relativos à pessoa do condenado. São eles:

(i)! Bom comportamento durante a execução da pena,


aptidão para prover a subsistência e bom desempenho
no trabalho que lhe fora atribuído
Trata-se de requisito previsto no art. 83, III do CP. Exige-se, ainda,
que o condenado tenha tido bom desempenho no trabalho que lhe foi
atribuído e que tenha aptidão para se sustentar quando em liberdade. Nos
termos do CP:
Art. 83 (...)
III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena,
bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à
própria subsistência mediante trabalho honesto; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

Caso se trate de condenado por crime doloso cometido com


violência ou grave ameaça à pessoa (roubo, por exemplo), é
necessária, ainda, uma análise acerca da possibilidade de o condenado
voltar a delinquir (suas condições pessoais). Nos termos do § único do art.
83:
Art. 83 (...)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência
ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também
subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o
liberado não voltará a delinqüir. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Assim, podemos resumir os requisitos da seguinte forma:


REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO LIVRAMENTO
CONDICIONAL
OBJETIVOS SUBJETIVOS
•! Pena privativa de liberdade •! Comportamento
aplicada igual ou superior a satisfatório durante a
dois anos. execução da pena.
•! Cumprimento de pelo menos •! Bom desempenho no
1/3 da pena (simples) ou trabalho que lhe foi
atribuído.

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metade da pena •! Aptidão para prover à !
(qualificado). própria subsistência
•! Reparação do dano, salvo mediante trabalho honesto.
impossibilidade de fazê-lo. •! No caso de crime doloso
praticado com violência e
grave ameaça, análise
acerca da possibilidade de
o condenado voltar a
delinquir.

3.3.! Regras gerais relativas ao Livramento Condicional,


revogação e extinção do benefício
As condições às quais o EGRESSO estará submetido serão fixadas na
sentença, nos termos do art. 85 do CP.
O Livramento condicional, à semelhança do sursis, também pode ser
revogado obrigatória e facultativamente, a depender do caso.
(i)! Revogação obrigatória – Ocorre nos casos previstos no
art. 86 do CP:
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena
privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
I - por crime cometido durante a vigência do benefício; (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Percebam, portanto, que somente a condenação por CRIME autoriza


a revogação do benefício. A condenação por contravenção não
autoriza a revogação.
Vejam, ainda, que a condenação por crime praticado antes da
vigência do benefício não autoriza a revogação (somente se autoriza no
caso de condenação por crime praticado durante o benefício).
Mas o que significa o inciso II então? Esse inciso diz o seguinte:
No caso de o egresso ser condenado por crime praticado antes da vigência
do Livramento, a revogação só ocorrerá se a pena da nova condenação,
somada à pena anterior, formar um montante que impedisse a concessão
do benefício.
EXEMPLO: Imaginem que Marcos é condenado a 06 anos por roubo.
Cumpre dois anos (1/3) e recebe o livramento condicional. Passados 03
anos do Livramento condicional (faltando um ano), é condenado por
crime cometido anteriormente ao benefício, recebendo pena de dois anos.
Somadas as penas (06 + 02 = 08), teríamos uma pena de oito anos.
Nesse caso, como ele já cumpriu 05 anos (02 cumpridos na cadeia e 03
cumpridos durante o Livramento condicional), não há impedimento à

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manutenção do benefício, pois o condenado já cumpriu cinco anos de uma !
pena de oito anos (logo, mais da metade).

(ii)! Revogação facultativa – Ocorre nos casos previstos no


art. 87 do CP:
Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de
cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for
irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja
privativa de liberdade.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

No primeiro caso (descumprimento das obrigações), não há muito


que se falar. Quanto ao segundo caso (condenação irrecorrível por crime
ou contravenção, sendo aplicada pena não privativa de liberdade), algumas
considerações devem ser feitas.
Aqui é irrelevante o momento em que foi praticada infração penal,
exigindo-se, somente, que a pena não seja privativa de liberdade. Se for,
estaremos diante de causa de revogação obrigatória.
A revogação, uma vez operada, impede nova concessão do benefício.
Além disso, caso a revogação se dê por outra causa que NÃO SEJA A
CONDENAÇÃO POR PRÁTICA DE CRIME ANTERIOR AO BENEFÍCIO,
o tempo em que o condenado esteve solto não se desconta na pena
privativa de liberdade que voltará a cumprir:
Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo
quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele
benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Isso se deve ao fato de que, no caso de condenação por crime


ANTERIOR ao período de Livramento, não houve quebra da
confiança depositada no EGRESSO (pois o crime foi praticado antes),
de forma que o período em que ele esteve solto será abatido da pena a ser
cumprida em razão da revogação do benefício.
Se até o seu término o Livramento Condicional não for revogado,
considera-se extinta a pena privativa de liberdade e, por conseguinte,
extinta a punibilidade. Porém, se o egresso estiver sendo processado
por crime cometido durante a vigência do Livramento Condicional,
o Juiz não poderá declarar extinta a pena enquanto não houver
sentença definitiva naquele processo (pois pode ser que ele venha a
ser condenado, o que possibilita a revogação do benefício). Nos termos do
CP:
Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em
julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido
na vigência do livramento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se
extinta a pena privativa de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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E se o Juiz não suspender o livramento condicional até o!
trânsito em julgado do novo processo? Entende a jurisprudência,
notadamente o STJ, que se não houve a suspensão do livramento
condicional para aguardar o trânsito em julgado do processo pelo novo
crime, uma vez alcançado o prazo final da pena atual, deverá ser declarada
a extinção da punibilidade, sendo irrelevante eventual condenação pelo
novo crime (se ocorrida após o prazo de extinção da pena anterior).9

4.! MEDIDAS DE SEGURANÇA


As medidas de segurança não são penas. Essa é a primeira coisa
que vocês devem saber. Possuem um caráter terapêutico, pois visam
tratar a saúde dos inimputáveis e semi-imputáveis dotados de
periculosidade social (não possuem caráter punitivo).
A maioria da Doutrina entende, porém, que embora não sejam
modalidades de pena, são espécies de sanção penal.10
As medidas de segurança são aplicáveis àqueles que, embora tendo
cometido fato típico e ilícito, são inimputáveis ou semi-imputáveis em razão
de problemas mentais. Assim, é possível a aplicação de medida de
segurança a agentes culpáveis (semi-imputáveis).
As medidas de segurança são de duas espécies, previstas no art. 96
do CP:
Art. 96. As medidas de segurança são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em
outro estabelecimento adequado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II - sujeição a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança
nem subsiste a que tenha sido imposta. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

A opção por uma ou por outra irá variar de acordo com a espécie de
pena privativa de liberdade prevista (reclusão ou detenção). Sendo pena
de reclusão, o Juiz deve determinar a internação do indivíduo11. Em
se tratando de pena de detenção, o Juiz pode escolher entre a
internação e o tratamento ambulatorial. Nos termos do art. 97 do CP:

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
9
(HC 281.269/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em
08/04/2014, DJe 23/04/2014)
10
Ver, por todos: GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 607
11
Nos termos do art. 9º da Lei 10.216/01:
Art. 9o A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo
juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento,
quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.

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Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art.!
26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá
o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
O STJ, no entanto, possui algumas decisões no sentido de que a
modalidade de medida de segurança deve ser aplicada de acordo
com as necessidades médicas do agente, e não com base no tipo de
pena prevista.
Depois de fixada a medida de segurança, a sentença deve fixar um
prazo mínimo, findo o qual deverá haver um exame para saber se cessou
a periculosidade do agente. Nos termos do art. 97, § 1° do CP:
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo
indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia
médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1
(um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Assim, a medida de segurança durará por tempo indeterminado, mas


ao final do período mínimo fixado deverá haver o exame para análise da
necessidade ou não de manutenção da medida. Após esse período, o exame
será repetido anualmente, ou no prazo fixado pelo Juiz:
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá
ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da
execução. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Embora o CP não estabeleça um prazo máximo para as medidas de


segurança, o STF e o STJ não aceitam isso. O STF entende que a
medida de segurança não pode ultrapassar 30 anos12, que é o prazo
máximo de uma pena privativa de liberdade, enquanto o STJ entende que
o prazo máximo da medida de segurança é o prazo máximo de pena
estabelecido (em abstrato) para o crime cometido. Este último
entendimento, inclusive, foi sumulado:
Súmula 527 do STJ: “O tempo de duração da medida de segurança não deve
ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito
praticado.”

Nada impede que, fixada uma modalidade de medida de segurança,


ocorrendo fatos justificáveis, seja alterada para a outra modalidade. Nos
termos dos §§ 3° e 4° do CP:
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser
restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano,
pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar
a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
12
HC 97621

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No caso de estarmos diante de um semi-imputável, diferentemente!
do que ocorre com os inimputáveis, sua sentença será condenatória, e não
uma sentença absolutória imprópria.
No que tange à medida de segurança, nesses casos, ela só será
aplicada se o condenado necessitar de tratamento curativo, hipótese na
qual será SUBSTITUÍDA a pena privativa de liberdade pela medida de
segurança (atual sistema vicariante), não podendo ser cumuladas (antigo
sistema do duplo binário).13
O CP estabelece, por fim, que é um direito do internado ser
recolhido a um estabelecimento que não possua características de
prisão, mas de hospital14. Nos termos do art. 99:
Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características
hospitalares e será submetido a tratamento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
13
Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o
condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser
substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a
3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
14
Ainda sobre os direitos do internado, importante ressaltar o que dispõem os arts. 1º
e 2º da Lei 10.216/01:
Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata
esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo,
orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos
econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer
outra.
Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus
familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no
parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas
necessidades;
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua
saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na
comunidade;
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou
não de sua hospitalização involuntária;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu
tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.

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Deve, ainda, ser necessariamente submetido a tratamento médico, e!
não simplesmente ser jogado no estabelecimento (como acontece com
alguma frequência).15

5.! EFEITOS DA CONDENAÇÃO


5.1.! Natureza e espécies
A sentença penal condenatória possui efeitos penais e extrapenais.
Os efeitos penais são aqueles que produzem efeitos na esfera penal
(óbvio, não?). Os efeitos penais podem ser primários ou
secundários.
O efeito penal primário é a PENA, ou seja, a imposição de pena
criminal, eis que este é o objetivo básico e principal da condenação.
Os efeitos penais podem ser, ainda, secundários. São efeitos penais
secundários aqueles que, embora produzam efeitos na esfera jurídico-
PENAL do indivíduo condenado, esses efeitos refletem em OUTRA
RELAÇÃO JURÍDICO-PENAL.
EXEMPLO: Reincidência. A sentença penal condenatória possui como
efeito penal SECUNDÁRIO, gerar reincidência (e todas as suas
consequências) caso o condenado seja novamente condenado dentro de
um prazo previsto em lei. Trata-se de um efeito que, sem dúvida, atinge
a esfera penal do indivíduo, mas NÃO NO PROCESSO EM QUE FOI
PROFERIDA A SENTENÇA, mas em outro processo.

Outro efeito penal secundário é a inscrição do nome do réu no rol dos


culpados (após o trânsito em julgado, sempre).
Os efeitos extrapenais, por sua vez, são assim chamados por afetarem
diversas outras áreas do Direito (civil, administrativo, etc.). Por sua vez,
dividem-se em genéricos e específicos.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
15
Nesse sentido, a previsão do art. 4º da Lei 10.216/01:
Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os
recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
§ 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em
seu meio.
§ 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer
assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços
médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.
§ 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições
com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no §
2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art.
2 o.

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Os efeitos genéricos são aqueles que incidem sobre toda e qualquer!
condenação, estando previstos no art. 91 do CP, sendo apenas dois:
Obrigação de reparar o dano e confisco:
Art. 91 - São efeitos da condenação: ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!1)%!&2!345678!()!9943497:;<
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; ∗+)(∋,−.!
(∋(∋!/)0∋!1)%!&2!345678!()!9943497:;<
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro
de boa-fé: ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!1)%!&2!345678!()!9943497:;<
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico,
alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito
auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
§ 1º Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto
ou proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando se
localizarem no exterior. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 2º Na hipótese do § 1o, as medidas assecuratórias previstas na legislação
processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou
acusado para posterior decretação de perda. (Incluído pela Lei nº 12.694, de
2012)

Os efeitos genéricos são automáticos, ou seja, independem de ser


expressamente declarados pelo Juiz na sentença.
EXEMPLO: Se o Juiz condena alguém por roubo, o dever de reparar o
dano causado ocorrerá independentemente de constar na sentença esse
efeito, pois é decorrência natural e automática da sentença.

Já os efeitos específicos são aqueles que recaem apenas sobre


condenações relativas a determinados crimes, e não a todos os crimes
em geral. Estão previstos no art. 92 do CP, sendo:
Art. 92 - São também efeitos da condenação:∗+)(∋,−.! (∋(∋! /)0∋! 1)%! &2! 345678! ()!
9943497:;<
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!1)%!&2!
745=:8!()!924;4977=<
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a
um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para
com a Administração Pública; ∗>&?0≅Α(.!/)0∋!1)%!&2!745=:8!()!924;4977=<
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4
(quatro) anos nos demais casos. ∗>&?0≅Α(.!/)0∋!1)%!&2!745=:8!()!924;4977=<
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos
crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado
ou curatelado; ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!1)%!&2!345678!()!9943497:;<
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso. ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!1)%!&2!345678!()!9943497:;<
Tais efeitos, por sua vez, NÃO SÃO AUTOMÁTICOS, devendo
constar na sentença condenatória, sob pena de não ocorrerem. Isto está
previsto no § único do art. 92 do CP:

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Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos,!
devendo ser motivadamente declarados na sentença. ∗+)(∋,−.! (∋(∋! /)0∋! 1)%! &2!
345678!()!9943497:;<
Assim, resumidamente:
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
GERAIS ESPECÍFICOS
•! Obrigação de reparar •! Perda de cargo, função pública ou
o dano mandato eletivo (a) nos crimes
•! Perda em favor da praticados com abuso de poder ou
União dos violação de dever para com a
instrumentos do crime Administração Pública – pena igual ou
(se seu porte for superior a 01 ano; b) Nos demais
ilícito) e dos produtos casos – pena superior a 04 anos.
ou proveitos do crime. •! Incapacidade para o exercício do
•! São AUTOMÁTICOS pátrio poder, tutela ou curatela, nos
crimes dolosos, sujeitos à pena de
reclusão, cometidos contra filho,
tutelado ou curatelado.
•! Inabilitação para dirigir veículo,
quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso.
•! Não são automáticos.

5.2.! Efeitos genéricos

5.2.1.! Obrigação de reparar o dano


Embora as esferas cível e criminal sejam independentes, a sentença
criminal condenatória possui o condão de fazer coisa julgada na
seara cível, tornando certa e indiscutível (naquela esfera) o dever de
reparar o dano. Porém, o valor poderá ser discutido na esfera cível.
A ocorrência de abolitio criminis ou anistia, embora seja fato que gere
a rescisão da sentença condenatória, extinguindo-se a punibilidade, NÃO
ALTERA OS REFLEXOS CIVIS DA CONDENAÇÃO. Nos termos do art. 2°
do CP:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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Essa obrigação de reparar o dano pode, inclusive, ser cobrada!
dos herdeiros do falecido16, até o limite do patrimônio a eles transferido,
por força do art. 5°, XLV da Constituição.

5.2.2.! Confisco
O confisco é a perda de bens de natureza ilícita em favor da União.
O confisco recai apenas sobre os instrumentos e sobre o produto do crime.
O instrumento do crime (instrumenta sceleris) é aquilo de que se
valeu o agente para praticar o delito. Só poderão ser confiscados se se
tratarem de coisas cuja, fabricação, alienação, uso, porte ou detenção
constitua fato ilícito. Assim, um carro utilizado para a prática de um
homicídio doloso por atropelamento não pode ser confiscado, por ao ser
objeto de natureza ilícita. Entretanto, uma arma de fogo sem registro, com
a numeração raspada e cujo possuidor não possua autorização para tal,
deverá ser objeto de confisco.
O produto do crime (producta sceleris) é a vantagem direta
auferida pelo infrator em decorrência da prática do crime.
O proveito do crime, por sua vez, é a vantagem indireta obtida
pelo agente através da especificação do produto do crime
(transformação do ouro roubado em joia), da alienação do produto do crime
(dinheiro decorrente da venda do produto do crime) ou preço do crime
(crime encomendado, por exemplo).
O confisco do produto ou do proveito do crime em prol da União
possui natureza subsidiária, pois, em regra, o produto ou proveito crime
será restituído à vítima, sendo efetuado em prol da União apenas no caso
de ser desconhecida a vítima ou não ser reclamado seu valor.

5.3.! Efeitos específicos

5.3.1.! Perda do cargo, função pública ou mandato eletivo


Está previsto no art. 92, I do CP:
Art. 92 - São também efeitos da condenação:(Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (Redação dada pela
Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a
um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para
com a Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4
(quatro) anos nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
16
Não confundir com a MULTA, que é PENA, e não pode ser cobrada dos herdeiros, nem
mesmo se o falecido tiver deixado patrimônio. Com a morte do condenado, extingue-se a
punibilidade da PENA de MULTA.

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Como já disse a vocês, estes não são efeitos automáticos,!
devendo estar expressos na sentença.
EXEMPLO: se um funcionário público é condenado à pena privativa de
liberdade de 03 anos, pelo crime de peculato, a perda do cargo público
não decorre automaticamente da sentença condenatória, devendo o
Juiz se manifestar expressamente neste sentido.

Na primeira hipótese (alínea a), o agente comete o crime contra a


administração pública, valendo-se da sua condição de funcionário público
(crime funcional). Nesse caso, a perda de cargo, função pública ou mandato
eletivo ocorrerá se for aplicada pena privativa de liberdade igual ou superior
a um ano.
Na segunda hipótese, trata-se de perda de cargo, função pública ou
mandato eletivo em razão da prática de qualquer crime, desde que a pena
privativa de liberdade por tempo superior a quatro anos.
CUIDADO! A pena deve ser superior a quatro anos, e não DE QUATRO
ANOS.

5.3.2.! Incapacidade para exercício do pátrio poder, tutela ou


curatela
Trata-se de mais um efeito específico da condenação, pois só poderá
ocorrer na hipótese de prática de crime doloso sujeito à pena de
reclusão, praticado contra filho, tutelado ou curatelado.
Assim, além da necessidade de expressa previsão na sentença
condenatória, outros três são os requisitos para a ocorrência desse efeito:

! O crime deve ser doloso


! Deve ser apenado com reclusão
! Deve ter sido praticado contra filho, tutelado ou curatelado

A sua aplicação, obviamente, não é obrigatória, pois, como vimos,


trata-se de um efeito não-automático da condenação, devendo estar
expressamente consignada na sentença a ocorrência deste efeito.
A perda do pátrio poder, tutela ou curatela se dá de duas formas
diferentes17:
! Em relação à vítima do delito – Em caráter permanente
(nunca mais o infrator poderá ter o pátrio poder em relação
àquela pessoa).
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
17
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Geral. Ed. Saraiva, 21º
edição. São Paulo, 2015, p. 852

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! Em relação a outros filhos, tutelados ou curatelados – Em!
caráter provisório. Ocorrendo a reabilitação, poderá o infrator
restabelecer o pátrio poder, a tutela ou curatela em relação aos
demais filhos, tutelados ou curatelados.

EXEMPLO: Imagine um caso de estupro, no qual o pai estupra a filha


menor de idade. Condenado, o pai perderá o poder familiar (pátrio poder)
em relação a todos os filhos. No entanto, se posteriormente ele se
reabilitar, poderá recuperar o poder familiar em relação aos demais filhos,
mas nunca mais poderá recuperar este poder em relação à vítima do
crime.

5.3.3.! Inabilitação para dirigir veículo


O art. 92, III do CP diz o seguinte:
Art. 92 - São também efeitos da condenação:∗+)(∋,−.! (∋(∋! /)0∋! 1)%! &2! 345678! ()!
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(...)
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso. ∗+)(∋,−.!(∋(∋!/)0∋!1)%!&2!345678!()!9943497:;<
Portanto, são dois os requisitos:
! Trate-se de crime doloso;
! O veículo tenha sido usado como meio para a prática do
crime

Por “meio” deve-se entender “meio direto”, aquele que produz


efetivamente o resultado delituoso.
EXEMPLO: Se Andressa mata Bruno, atropelando-o com seu Honda
Civic, o veículo foi utilizado como meio do crime. No entanto, se Andressa
pega seu Honda Civic e se dirige até a casa de Bruno, esperando-o chegar
do trabalho e, quando o vê, o esfaqueia por trás, o veículo não foi utilizado
como meio para a prática do crime, mas como meio de transporte.

Temos, abaixo, um quadro esquemático para melhor compreensão


do assunto.
QUADRO ESQUEMÁTICO

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!
EFEITOS DA
CONDENAÇÃO

PENAIS EXTRAPENAIS

ESPECÍFICOS
GENÉRICOS
PRIMÁRIOS SECUNDÁRIOS (NÃO-
(AUTOMÁTICOS)
AUTOMÁTICOS)

5.4.! Reabilitação
A reabilitação é o instituto que visa à reinserção social do condenado,
através do sigilo referente às suas anotações criminais, bem como a
suspensão condicional de determinados efeitos secundários da condenação,
de natureza extrapenal.
Nos termos do art. 93 e seu § único do CP:
Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença
definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu
processo e condenação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da
condenação, previstos no art. 92 deste Código, vedada reintegração na
situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

CUIDADO! Não se trata de causa de extinção da punibilidade!

5.4.1.! Sigilo das condenações


O primeiro dos objetivos da reabilitação é promover o sigilo referente
às anotações criminais do reabilitado.
Em regra, cumprida ou extinta a pena, naturalmente são retiradas da
folha de antecedentes criminais do acusado, somente podendo ser
acessadas por QUALQUER AUTORIDADE JUDICIÁRIA, pelo membro do
MP ou por autoridade policial (Delegado de Polícia).

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No entanto, o sigilo promovido pela reabilitação é bem mais!
amplo, pois somente pode ser quebrado mediante requisição do JUIZ
CRIMINAL (e não de qualquer Juiz!).

5.4.2.! Efeitos secundários extrapenais da condenação


Com relação a esta finalidade, a reabilitação promove a suspensão dos
efeitos extrapenais secundários da condenação. Assim, por exemplo, se o
condenado perdeu o poder familiar em relação aos filhos, em razão de ter
cometido crime doloso punido com reclusão contra qualquer filho (art. 92,
II do CP), se for REABILITADO, poderá recuperar o poder familiar
em relação AOS DEMAIS FILHOS QUE NÃO SOFRERAM O CRIME, pois
o poder familiar em relação ao filho que sofreu o crime NUNCA MAIS
SERÁ RECUPERADO (art. 93, § único do CP).

5.4.3.! Pressupostos e requisitos para a Reabilitação


O pressuposto é apenas um: que haja sentença condenatória
transitada em julgado, independentemente de qual pena foi aplicada
(privativa de liberdade, multa, etc.).18
Os requisitos são diversos. O art. 94 nos traz tais requisitos. Vejamos:
Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia
em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução,
computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional,
se não sobrevier revogação, desde que o condenado: (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom
comportamento público e privado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta
impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que
comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)

•! Requisitos objetivos – a) A extinção da pena (Pelo


cumprimento ou por outra forma) deve ter se dado há mais de
dois anos; b) Deve o condenado ter reparado o dano, ou provar
que não pode fazê-lo ou que a vítima renunciou a este direito;
•! Requisitos subjetivos – a) Domicílio no país – O condenado
deve ter residido no Brasil no período de dois anos após a
extinção da pena; b) Bom comportamento público e privado – O

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
18
Parte da Doutrina entende que a sentença absolutória imprópria também gera situação
passível de reabilitação. GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 533

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condenado deve ter apresentado, neste período de dois anos,!
um bom comportamento social.

CUIDADO! O pedido de reabilitação é PRIVATIVO DO CONDENADO,


não se estendendo aos sucessores. Assim, se o condenado faleceu sem
requerer a habilitação, nada poderá ser feito pelos sucessores.

Caso a reabilitação tenha sido negada, nada impede que o condenado


a requeira novamente, a qualquer tempo, desde que traga fatos novos à
apreciação do Juiz. É o que a Doutrina chama de caráter REBUS SIC
STANTIBUS. Nos termos do art. 94, § único do CP:
Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer
tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios
dos requisitos necessários. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

A reabilitação pode ser revogada, ainda, caso o reabilitado seja


condenado, COMO REINCIDENTE, por decisão IRRECORRÍVEL, à
pena que NÃO SEJA DE MULTA.
Assim, três são os requisitos para a revogação:
•! Condenação posterior
•! À pena que não seja de multa
•! Desde que o condenado seja reincidente

Assim, se já tiver ocorrido o período DEPURADOR (período de cinco


anos que provoca a decadência da reincidência), o reabilitado pode ser
condenado que não será revogada a reabilitação concedida, pois não será
condenado como reincidente.

6.! PUNIBILIDADE E SUA EXTINÇÃO

6.1.! Introdução
Quando alguém comete um fato definido como crime, surge para o
Estado o poder-dever de punir. Esse direito de punir chama-se ius puniendi.
Em regra, todo fato típico, ilícito e praticado por agente culpável, é
punível. No entanto, o exercício do ius puniendi encontra limitações de
diversas ordens, sendo a principal delas a limitação temporal (prescrição).
Desta forma, o Estado deve exercer o ius puniendi da maneira prevista
na lei (através do manejo da Ação Penal no processo penal), bem como
deve fazê-lo no prazo legal.
Para o nosso estudo interessam mais as hipóteses de extinção da
punibilidade. Vamos analisá-las então!

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O art. 107 do CP prevê que: !
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

Veremos, primeiro, todas as causas de extinção da punibilidade


diversas da prescrição. Depois, vamos ao estudo da prescrição, que é a
principal delas.

6.2.! Causas de extinção da punibilidade diversas da prescrição


O primeiro caso é bem simples. Falecendo o agente, extingue-se a
punibilidade do crime, pois, como vimos, no Direito Penal vigora o princípio
da intranscendência da pena, ou seja, a pena não pode passar da
pessoa do criminoso. Assim, com a morte deste, cessa o direito de punir
do Estado.
A anistia, a graça e o indulto são modalidades muito parecidas de
extinção da punibilidade. Entretanto, não se confundem.
A anistia exclui o próprio crime, ou seja, o Estado determina que as
condutas praticadas (já praticadas, ou seja, fatos consumados) pelos
agentes não sejam consideradas crimes. A anistia pode ser concedida pelo
Poder Legislativo, e pode ser conferida a qualquer momento (inclusive após
a sentença penal condenatória transitada em julgado), fazendo cessar
todos os efeitos PENAIS da condenação (ex.: reincidência).
EXEMPLO: Determinados policiais militares resolvem fazer greve por
melhores salários, condições de trabalho, etc. Na greve, fazem piquetes,
acabam coagindo colegas, etc. Tais pessoas estarão praticando crime.
Contudo, posteriormente, o Poder Legislativo verifica que são pessoas
boas, que agiram no impulso, compelidas pela precária situação da
Corporação e, portanto, decide ANISTIÁ-LOS, ou seja, o Poder Público irá
“esquecer” que tais crimes foram praticados (aqueles crimes praticados
naquelas circunstâncias, ou seja, somente aqueles ali mesmo!).

Alguns autores diferenciam a anistia em anistia própria e anistia


imprópria. A anistia própria seria aquela concedida ANTES da
condenação e anistia imprópria seria aquela concedida APÓS a
condenação.

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Pode, ainda, ser: !
•! Irrestrita ou restrita – Será irrestrita quando se dirigir a todos
os agentes. Será restrita quando exigir do agente determinada
qualidade específica (ser primário, por exemplo).
•! Incondicionada ou condicionada – Será incondicionada
quando não impuser nenhuma condição. Será condicionada
quando impuser uma condição para sua validade (Como, por
exemplo, a reparação do dano causado).
•! Comum ou especial – A primeira é destinada a crimes comuns,
e a segunda é destinada a crimes políticos.
Já a Graça e o indulto são bem mais semelhantes entre si, pois
não excluem o FATO criminoso em si, mas apenas extinguem a
punibilidade em relação a determinados agentes (podem ser
todos), e só podem ser concedidos pelo Presidente da República.
EXEMPLO: Imaginemos que, no exemplo da greve dos policiais militares,
o Presidente da República assinasse um Decreto concedendo indulto a
150 dos 300 policiais militares envolvidos. Percebam que o fato criminoso
não foi “esquecido” pelo Estado. Houve apenas a extinção da punibilidade
em relação a alguns infratores. Assim, a ANISTIA atinge o FATO (e
por via reflexa, a punibilidade). A graça e o indulto atingem
DIRETAMENTE A PUNIBILIDADE.

A Graça é conferida de maneira individual, e o indulto é conferido


coletivamente (a um grupo que se encontre na mesma situação).
A anistia só pode ser causa de extinção total da punibilidade (pois,
como disse, exclui o próprio crime). Já a Graça e o indulto podem ser
parciais.
Pode ser extinta a punibilidade, também, pelo fenômeno da abolitio
criminis, nos termos do art. 107, III do CP. Como vimos, a abolitio
criminis ocorre quando surge lei nova que deixa de considerar o
fato como crime.
CUIDADO! Não confundam abolitio criminis com anistia. A abolitio
criminis não se dirige a um fato criminoso específico, já praticado, A
abolitio criminis simplesmente faz desaparecer a própria figura típica
prevista na Lei, ou seja, a conduta incriminada (o tipo penal) deixa de
existir.

Pode ocorrer, ainda, de o ofendido, nos crimes de ação penal privada,


renunciar ao direito de oferecer queixa, ou conceder o perdão ao
acusado. Nesses casos, também estará extinta a punibilidade.
A renúncia ao direito de queixa ocorre quando, dentro do prazo de seis
meses de que dispõe o ofendido para oferecê-la, este renuncia ao direito,
de maneira expressa ou tácita. A renúncia tácita ocorre quando o
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ofendido pratica algum ato incompatível com a intenção de!
processar o agente (quando, por exemplo, convida o infrator pra ser seu
padrinho de casamento).
O perdão, por sua vez, é muito semelhante à renúncia, com a ressalva
de que o perdão só pode ser concedido quando já ajuizada a ação
penal privada, e que o simples oferecimento do perdão, por si só, não
gera a extinção da punibilidade, devendo o agente aceitar o perdão.
Ocorrendo a renúncia ao direito de queixa, ou o perdão do
ofendido, e sendo este último aceito pelo querelado (autor do fato),
estará extinta a punibilidade.
Em determinados crimes o Estado confere o perdão ao infrator, por
entender que a aplicação da pena não é necessária. É o chamado “perdão
judicial”. É o que ocorre, por exemplo, no caso de homicídio culposo no
qual o infrator tenha perdido alguém querido (Lembram-se do caso Herbert
Viana?). Essa hipótese está prevista no art. 121, § 5° do CP:
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena,
se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave
que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de
24.5.1977)
Então, nesse caso, ocorrendo o perdão judicial, também estará extinta
a punibilidade. Além disso, o art. 120 do CP diz que se houver o perdão
judicial, esta sentença que concede o perdão judicial não é considerada
para fins de reincidência (apesar de ser uma sentença condenatória).
‘Nos termos do inciso VI do art. 107, a retratação do agente
também é hipótese de extinção da punibilidade, nos casos em que
a lei a admite. Acontece isto, por exemplo, nos crimes de calúnia ou
difamação, nos quais a lei admite a retratação como causa de extinção da
punibilidade, se realizada antes da sentença. Nos termos do art. 143 do
CP:
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da
calúnia ou da difamação, fica isento de pena.

Há, também, a extinção da punibilidade pela decadência ou pela


perempção. A decadência ocorre quando a vítima deixa de ajuizar a
ação penal dentro do prazo, ou quando deixa de oferecer a
representação dentro do prazo (nos casos de crimes de ação penal
privada e de ação penal pública condicionada à representação,
respectivamente). O prazo é de seis meses a contar da data em que a
vítima passa a saber quem foi o autor do fato.
A perempção, por sua vez, é a extinção da ação penal privada
pelo “desleixo” da vítima (quando deixa de dar seguimento à ação, deixa
de comparecer a alguma ato processual a que estava obrigado, etc.). Está
prevista no art. 60 do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-á perempta a ação penal:

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I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do!
processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.!

6.3.! Prescrição
Enfim, a clássica e mais comum hipótese de extinção da punibilidade:
a PRESCRIÇÃO. A prescrição é a perda do poder de exercer um direito em
razão da inércia do seu titular. Ou seja, é o famoso “camarão que dorme
a onda leva”.
A prescrição pode ser dividida basicamente em duas espécies:
Prescrição da pretensão punitiva e prescrição da pretensão
executória.
A primeira pode ocorrer quando ainda não há sentença penal
condenatória transitada em julgado, e a segunda pode ocorrer
somente depois de já haver sentença penal condenatória transitada
em julgado. Vamos estudá-las em tópicos separados.

6.3.1.! Prescrição da pretensão punitiva


Aqui o Estado ainda não aplicou (em caráter definitivo) uma sanção
penal ao agente que praticou a conduta criminosa.
Mas qual é o prazo de prescrição? O prazo prescricional varia de
crime para crime, e é definido tendo por base a pena máxima
estabelecida, em abstrato, para a conduta criminosa. Nos termos do art.
109 do CP:
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena
privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela
Lei nº 12.234, de 2010).
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não
excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede
a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a
quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior,
não excede a dois;

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VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. (Redação!
dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
Prescrição das penas restritivas de direito
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos
prazos previstos para as privativas de liberdade. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Assim, no crime de homicídio simples, por exemplo, para o qual a lei


estabelece pena máxima de 20 anos (art. 121 do CP), o prazo
prescricional é de 20 anos, pois a pena máxima é superior a 12
anos. O crime de furto simples, por exemplo, (art. 155 do CP) prescreve
em oito anos, pois a pena máxima prevista é quatro anos.

CUIDADO! O prazo de prescrição do crime não é igual


à pena máxima a ele estabelecida, mas é calculado através de uma
tabela que leva em consideração a pena máxima!

Mas professor, quando começa a correr o prazo prescricional?


Simples, meus caros. A resposta para esta pergunta está no art. 111 do
CP:
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa
a correr: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - do dia em que o crime se consumou; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do
registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos
neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18
(dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.
(Redação dada pela Lei nº 12.650, de 2012)

Apenas um comentário em relação a este artigo: A regra, aqui, é de


que o prazo prescricional comece a fluir no dia em que o crime se consuma.

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CUIDADO! Lembrem-se de que o crime se considera


praticado (tempo do crime) quando ocorre a conduta, e não a
consumação. Assim:
Tempo do crime – Momento da conduta
Início do prazo prescricional – Momento da consumação
Prestem atenção para não errarem isso, pois esta é uma pegadinha que
pode derrubar vocês no concurso.
EXEMPLO: Em 10.01.2010 José atira em Maria, querendo sua morte.
Maria vai para o Hospital e só vem a falecer em 15.04.2010. No caso em
tela, o tempo do crime é o dia 10.01.2010 (data em que foi praticado o
delito). O início do prazo prescricional, porém, terá como base o dia
15.04.2010, eis que somente nesta data o delito se consumou.

Como nos crimes tentados não há propriamente consumação (pois


não há resultado naturalístico esperado), o prazo prescricional começa
a fluir da data em que cessa a atividade criminosa, mesmo critério
utilizado para os crimes permanentes.
Na hipótese de pena de multa, como calcular o prazo
prescricional? Se a multa for prevista ou aplicada isoladamente, o
prazo será de dois anos. Porém, se a multa for aplicada ou prevista
cumulativamente com a pena de prisão (privativa de liberdade), o prazo de
prescrição será o mesmo estabelecido para a pena privativa de liberdade.
Isto é que se extrai do art. 114 do CP:
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº
9.268, de 1º.4.1996)
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada;
(Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de
liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou
cumulativamente aplicada. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

A prescrição da pretensão punitiva pode ser a “ordinária”, que é esta


que vimos até agora (e utiliza a pena máxima prevista como base), mas
também pode ser a “intercorrente”.
A prescrição da pretensão punitiva em sua modalidade
“intercorrente” é aquela que ocorre DEPOIS da sentença penal
condenatória, quando há trânsito em julgado para a ACUSAÇÃO, mas não
para a defesa.
Como assim? Imagine que José tenha sido condenado pelo crime de
homicídio a 06 anos de reclusão. A acusação não recorre, por entender que

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a pena está num patamar razoável. A defesa, porém, recorre da sentença.!
Neste caso nós temos o chamado “trânsito em julgado para a acusação”,
ou seja, somente a defesa pode “se dar bem” daqui pra frente, já que
quando o Tribunal for apreciar o recurso de apelação não poderá prejudicar
o réu (recorrente), pelo princípio da non reformatio in pejus.
Bom, considerando o exemplo acima, como a defesa não pode ser
prejudicada no julgamento de seu recurso, podemos chegar à conclusão de
que o máximo de pena que José irá receber será 06 anos (a pena atual). A
partir deste momento o prazo prescricional passa a ser calculado tendo
como base esta pena aplicada (e não mais a pena máxima em abstrato).
Vejam que há uma implicação prática: Neste caso, o prazo
prescricional diminui consideravelmente: Antes, o prazo prescricional
(ordinário) era de 12 anos (pois a pena máxima é de 20 anos). Agora, o
prazo prescricional a ser considerado (intercorrente) será de 12
anos (pois a pena aplicada é de 06 anos. Está entre 04 e 08, nos termos
do art. 109, III do CP).
Vejamos o art. 110, §1º do CP:
Art. 110 (...)
§ 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado
para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena
aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data
anterior à da denúncia ou queixa. (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).!

A prescrição intercorrente, por sua vez, pode ser:


•! Superveniente – Quando ocorre entre o trânsito em julgado da
sentença condenatória para a acusação e o trânsito em julgado
da sentença condenatória em definitivo (tanto para a acusação
quanto para defesa).
•! Retroativa – Quando, uma vez tendo havido o trânsito em
julgado para a acusação, se chega à conclusão de que, naquele
momento, houve a prescrição da pretensão punitiva entre a data
da denúncia (ou queixa) e a sentença condenatória.
Vejamos o esquema:

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Esse é o sistema que vigora atualmente. Antes da Lei 12.234/10 havia


uma outra hipótese de prescrição retroativa, que era a que ocorria entre o
fato criminoso e o recebimento da denúncia ou queixa. Atualmente essa
hipótese NÃO EXISTE MAIS.
Isso significa que não há mais hipótese de ocorrer prescrição
entre a data do fato e a data do recebimento da denúncia ou queixa?
Não, não é isso que ocorreu. O que não pode mais ocorrer é a prescrição
RETROATIVA (ou seja, aquela calculada com base na pena aplicada) entre
a data do fato e a data do recebimento da denúncia ou queixa. Nada
impede, porém, que nesse lapso temporal ocorra a prescrição da pretensão
punitiva ordinária (ou comum).
CUIDADO! Tal previsão (vedação à prescrição retroativa tendo como
marco inicial data anterior ao recebimento da denúncia ou queixa) é
muito prejudicial ao réu, pois lhe retira uma possibilidade de ver sua
punibilidade extinta. Desta forma, NÃO poderá retroagir para alcançar
crimes praticados ANTES de sua entrada em vigora (Em 2010). Assim,
aos crimes praticados ANTES da Lei 12.234/10, é possível
aplicarmos a prescrição retroativa entre a data da consumação do delito
e o recebimento da denúncia ou queixa.

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Vou utilizar um caso exemplificativo para que possamos esclarecer as
diversas hipóteses de prescrição da pretensão punitiva:

EXEMPLO: Marcelo pratica o crime de furto em 01.01.1994. A denúncia


é recebida em 10.06.2001. Marcelo é condenado em 10.07.2006 a 02
anos de reclusão. O MP não recorre (com trânsito em julgado para a
acusação em 25.07.2006), mas a defesa apresenta recurso, que é julgado
e improvido (a pena é mantida), tendo havido o efetivo trânsito em
julgado em 10.01.2014.
Vejamos as hipóteses:
PRESCRIÇÃO COMUM: Como a pena máxima prevista em abstrato
para o furto é de 04 anos, o prazo prescricional seria de 08 anos (art.
109, IV do CP). Entre a data da consumação do delito e o recebimento
da denúncia não ocorreu tal prescrição, eis que se passaram apenas 07
anos e alguns meses. Também não ocorreu tal prescrição posteriormente
(pois não se passaram mais de 08 anos entre uma interrupção da
prescrição e outra).
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE SUPERVENIENTE: Aqui
devemos considerar como parâmetro a pena efetivamente aplicada (02
anos), de forma que o prazo prescricional a ser utilizado será de 04 anos
(art. 109, V do CP). Podemos verificar que entre o trânsito em julgado
para a acusação e o trânsito em julgado efetivo (para ambos), passaram-
se mais de 04 anos, de forma que podemos dizer que HOUVE a prescrição
da pretensão punitiva intercorrente SUPERVENIENTE.
PRESCRIÇÃO RETROATIVA: Da mesma forma que a anterior, terá
como base a pena efetivamente aplicada (02 anos), logo, o prazo
prescricional utilizado será de 04 anos. Podemos verificar que entre o
recebimento da denúncia e a sentença condenatória passaram-se mais
de 04 anos (pouco mais de cinco anos). Assim, podemos dizer que
OCORREU a prescrição da pretensão punitiva retroativa.
Neste caso, como a prescrição retroativa ocorreu, e isso podia ser
verificado já em 25.07.06, sequer chegaríamos a ter a prescrição
superveniente (utilizei apenas para facilitar a compreensão).
ATENÇÃO! Como o crime foi praticado antes da Lei 12.234/10, seria
possível reconhecer a prescrição retroativa entre a data da consumação
do delito e data do recebimento da denúncia.

Como nós acabamos de verificar, existem fatos que interrompem a


prescrição. São eles:
•! Recebimento da denúncia ou queixa
•! Pronúncia
•! Decisão confirmatória da pronúncia

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•! Publicação da sentença ou acórdão condenatórios!
recorríveis
•! Início ou continuação do cumprimento da pena
•! Reincidência

Uma vez interrompido o curso do prazo prescricional, este voltará a


correr novamente, do zero, a partir da data da interrupção (salvo no caso
de Início ou continuação do cumprimento da pena).
Além disso, fora as duas últimas hipóteses, nas demais, ocorrendo a
interrupção da prescrição em relação a um dos autores do crime, tal
interrupção se estenderá aos demais.
O CP prevê, ainda, hipóteses nas quais a prescrição não corre, tanto
no que se refere à prescrição da pretensão punitiva quanto à prescrição da
pretensão executória, embora as circunstâncias sejam diferentes para cada
uma delas. Nos termos do art. 116 e seu § único, do CP:
Causas impeditivas da prescrição
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o
reconhecimento da existência do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.(Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a
prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro
motivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Assim, nestes casos, o prazo prescricional não corre, ficando


suspenso. Uma vez resolvida a questão que causava a suspensão,
ele volta a correr de onde parou (diferente da interrupção,
portanto).

6.3.2.! Prescrição da pretensão executória


Como disse a vocês, a prescrição pode ocorrer antes do trânsito
em julgado (prescrição da pretensão punitiva) ou depois do trânsito
em julgado (quando teremos a prescrição da pretensão
executória). Esta última ocorre quando o Estado condena o indivíduo, de
maneira irrecorrível, mas não consegue fazer cumprir a decisão.
Nos termos do art. 110 do CP:
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória
regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior,
os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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Assim, na hipótese do crime de homicídio, conforme o exemplo dado!
anteriormente, antes de transitar em julgado a sentença condenatória, o
prazo prescricional é regulado pela pena máxima cominada ao crime em
abstrato, de acordo com a tabelinha do art. 109 do CP. Após o trânsito
em julgado, o parâmetro utilizado pela lei para o cálculo do prazo
prescricional deixa de ser a pena máxima prevista e passa a ser a
pena efetivamente aplicada.
Assim, se no crime de homicídio simples, que tem pena prevista de 06
a 20 anos, o agente for condenado a apenas 06 (seis) anos de reclusão, o
prazo prescricional passa a ser de apenas 12 (doze) anos, nos termos do
art. 109, III do CP.
O art. 112 do CP estabelece o marco inicial (termo a quo) do prazo
prescricional da pretensão executória:
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr:
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a
acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento
condicional; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da
interrupção deva computar-se na pena. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

Lembrando que o início de cumprimento da pena é causa de


interrupção da prescrição.
O art. 112, I foi (e ainda é) muito criticado na Doutrina (recebendo
algumas críticas na Jurisprudência também). Isto porque ele determina
que o termo inicial da prescrição da pretensão EXECUTÓRIA
ocorrerá com o trânsito em julgado para a ACUSAÇÃO.
Isso significa que se houver o trânsito em julgado para a acusação mas
não para a defesa (apenas a defesa recorreu), já estaria correndo o prazo
prescricional da PRETENSÃO EXECUTÓRIA.
As críticas, bastante fundamentadas, se dirigiam ao fato de que
considerar a pretensão executória, neste momento, violaria a presunção
de inocência, eis que ainda não houve o trânsito em julgado para
ambas as partes.
Outra crítica, muito importante, se refere ao fato de que a prescrição
é a perda de um direito em razão da INÉRCIA de seu titular. No caso da
prescrição da pretensão EXECUTÓRIA seria a perda do direito de executar
a pena em razão da INÉRCIA do Estado em agir. Contudo, como não houve
trânsito em julgado para a defesa, o Estado AINDA NÃO PODE EXECUTAR
A PENA! Ora, se o Estado não pode executar a pena, como pode ser
punido com a perda deste direito, se não podia exercê-lo??
A “gritaria” não foi aceita pela Jurisprudência, que firmou
entendimento no sentido de que o termo inicial da prescrição da pretensão
EXECUTÓRIA ocorre com o trânsito em julgado para a acusação.

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Contudo, apesar de reconhecer que o termo inicial da prescrição da!
pretensão executória ocorre com o trânsito em julgado para a acusação, o
STJ decidiu que antes de haver o trânsito em julgado para AMBAS AS
PARTES a prescrição da pretensão executória NÃO PODE SER
RECONHECIDA.
Resumidamente: O prazo prescricional começa a correr com o
trânsito em julgado para a acusação, mas eventual reconhecimento da
efetiva ocorrência da prescrição (executória) somente terá
cabimento APÓS o trânsito em julgado para ambas as partes.

6.3.3.! Disposições importantes sobre a prescrição


Vou elencar no quadrinho abaixo alguns pontos importantes sobre o
tema:

REDUÇÃO DOS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO: Em alguns casos, a Lei


estabelece que o prazo prescricional será reduzido. É o caso do art. 115
do CP, que estabelece que os prazos prescricionais serão reduzidos pela
metade quando o infrator possuir menos de 21 anos na data do
crime ou mais de 70 na data da sentença.
AUMENTO DO PRAZO PRESCRICIONAL: Se o condenado é
reincidente, o prazo de prescrição da pretensão EXECUTÓRIA aumenta-
se em um terço. Não se aplica tal aumento aos prazos de prescrição da
pretensão punitiva, conforme SÚMULA Nº 220 DO STJ: “a reincidência não
influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva”.

PRESCRIÇÃO EM PERSPECTIVA (ANTECIPADA, PROJETADA OU


VIRTUAL): Tal modalidade, uma criação jurisprudencial, nunca teve
fundamento no CP. Consiste na configuração da prescrição tendo como
base uma eventual futura pena a ser aplicada ao acusado. Assim, o Juiz
analisava o caso e, verificando que o réu, por exemplo, receberia pena
mínima (por ser primário, de bons antecedentes, etc.), utilizava esta
pena mínima como parâmetro para o prazo prescricional. Isto não existe
e atualmente é vedado pelo STJ, que sumulou o entendimento no sentido
de que isso não possui qualquer previsão legal (SÚMULA Nº 438: “é
inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com
fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo
penal”.)

PRESCRIÇÃOS DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: Os menores não


são julgados de acordo com as normas do CP, mas de acordo com o
Estatuto da Criança e do Adolescente. Contudo, as normas referentes à
prescrição são aplicáveis às medidas socioeducativas (sanções penais

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aplicáveis aos adolescentes). Vejamos a SÚMULA 338 DO STJ: “a !
prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas”.

7.! DA AÇÃO PENAL NO CÓDIGO PENAL


Nos termos do art. 100 do Código Penal:
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara
privativa do ofendido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando
a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da
Justiça. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido
ou de quem tenha qualidade para representá-lo. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública,
se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

A regra é a de que a ação penal seja pública, nos termos do caput


do art. 100 do CP, só sendo privada quando a lei expressamente assim
disser.
Conforme o esquemático, para facilitar a compreensão de vocês:

AÇÃO PENAL

PÚBLICA

INCONDICIONADA CONDICIONADA

REPRESENTAÇÃO DO
OFENDIDO

REQUISIÇÃO DO MINISTRO
DA JUSTIÇA

PRIVADA

SUBSIDIÁRIA DA
EXCLUSIVA PERSONALÍSSIMA PÚBLICA

Assim pode se resumir, graficamente, as espécies de ação penal


previstas em nosso ordenamento jurídico.
O art. 101 do CP traz uma regra inócua, desnecessária, mas que vocês
devem saber:
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal
fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação

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àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por!
iniciativa do Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Trata-se da ação penal no crime complexo, que é o crime formado


pela junção de dois outros tipos penas. Exemplo: Roubo = furto + lesão
corporal ou ameaça. Assim, se um dos crimes for de ação penal pública
incondicionada, ainda que o outro não o seja, caberá ação penal pública.
O CP traz, ainda, algumas outras regrinhas em relação à ação penal:
Irretratabilidade da representação
Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Decadência do direito de queixa ou de representação
Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito
de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis)
meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no
caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para
oferecimento da denúncia. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Renúncia expressa ou tácita do direito de queixa
Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado
expressa ou tacitamente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato
incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de
receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Perdão do ofendido
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede
mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - se o querelado o recusa, não produz efeito. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a
vontade de prosseguir na ação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença
condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Muita coisa do que está aí também está prevista no CPP. Vamos


sintetizar estas regras da seguinte forma:
•! Representação do ofendido – Irretratável após o
oferecimento da denúncia. Deve ser exercida dentro de seis

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meses, a contar da data em que o ofendido toma conhecimento!
da autoria do delito.
•! Queixa - Deve ser exercida dentro de seis meses, a contar da
data em que o ofendido toma conhecimento da autoria do delito.
Não pode ser exercido se houve renúncia tácita ou expressa.
•! Perdão do ofendido – Uma vez oferecido e aceito, é causa de
extinção da punibilidade. Se concedido a qualquer dos
querelados, a todos aproveita (o querelado pode se recusar a
receber o perdão). Se concedido por um dos ofendidos, não
prejudica o direito dos outros. Pode ser tácito ou expresso, e
pode ser oferecido até o trânsito em julgado.

8.! RESUMO
APLICAÇÃO DA PENA
Aplicação das penas privativas de liberdade
Sistema adotado – Sistema trifásico
SISTEMA TRIFÁSICO DE APLICAÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE
LIBERDADE
•! Fixação da pena-base
•! Aplicação de agravantes e atenuantes
•! Aplicação de causas de aumento e diminuição da pena

Fixação da pena base


O Juiz fixa a pena base do condenado, considerando as chamadas
“circunstâncias judiciais”. São elas:
!! Culpabilidade
!! Antecedentes do réu
!! Conduta social do réu
!! Personalidade do réu
!! Motivos determinantes do delito
!! Circunstâncias e consequências do crime,
!! Comportamento da vítima
OBS.: Nesta etapa, ainda que as circunstâncias judiciais sejam
extremamente favoráveis ao condenado, não pode o Juiz fixar a pena-
base abaixo do mínimo legal.
OBS.: As circunstâncias judiciais possuem um caráter subsidiário, ou seja,
só podem ser levadas em consideração se não tiverem sido consideradas
na previsão do tipo penal e não constituam circunstâncias legais
(agravantes ou atenuantes) ou causas de aumento e diminuição da pena
(visando evitar bis in idem, ou seja, dupla punição pela mesma
circunstância).

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OBS.: Na fixação da pena-base, o Juiz deve partir do mínimo legal, e só!
poderá sair desse patamar se estiverem presentes circunstâncias
desfavoráveis, devendo fundamentar a sua decisão.

Tópicos importantes
Maus antecedentes – O STJ e o STF entendem que a mera existência de
Inquéritos Policiais e ações penais em curso, sem trânsito em julgado, não
podem ser considerados como maus antecedentes para aumento da pena-
base, pois isso seria violação ao princípio da presunção de inocência
(súmula 444 do STJ). OBS.: Há possível indicação de mudança de
entendimento, a partir do julgamento do HC 126.292 (STF).
Condenação anterior – Não pode ser considerada como mau
antecedente, pois já é considerada como reincidência (agravante).
Consequências do crime - Para que possam caracterizar circunstância
judicial apta a aumentar pena base, devem ser consequências que não
sejam aquelas naturais do delito.
Gravidade abstrata do delito e aumento da pena base ou fixação de
regime de cumprimento de pena mais gravoso – Não pode o julgador
aumentar a pena base apenas por entender que o delito é, abstratamente,
grave.

Segunda fase: agravantes e atenuantes


São circunstâncias legais, que agravam ou atenuam a pena fixada
inicialmente (pena-base).
"! As agravantes genéricas estão previstas nos arts. 61 a 62 do CP, e
SÃO UM ROL TAXATIVO (somente aquelas).
"! As atenuantes genéricas (favoráveis ao réu) estão previstas no art.
65 do CP, e são um ROL MERAMENTE EXEMPLIFICATIVO
"! A Lei Penal não estabelece uma quantidade de diminuição ou
aumento que deva ser aplicada. Esse critério é do Juiz.
"! A Doutrina entende, ainda, que as agravantes só se aplicam aos
crimes dolosos (majoritária), exceto a agravante da reincidência.
"! Agravantes e atenuantes não podem conduzir a pena abaixo do
mínimo ou acima do máximo legal.

Reincidência
Conceito – Ocorre quando o agente pratica novo crime após ter sido
condenado anteriormente por outro crime. Também ocorre reincidência
quando o agente pratica contravenção tendo sido anteriormente condenado
por crime ou contravenção.
E se o agente pratica crime após ter sido condenado anteriormente
por contravenção? Em razão de falha legislativa, deve ser considerado
primário.

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INFRAÇÃO INFRAÇÃO RESULTADO !
ANTERIOR POSTERIOR
CRIME CRIME REINCIDENTE
CRIME CONTRAVENÇÃO REINCIDENTE
CONTRAVENÇÃO CONTRAVENÇÃO REINCIDENTE
CONTRAVENÇÃO CRIME PRIMÁRIO

OBS.: A reincidência só ocorrerá se o crime novo for praticado no período


de até cinco anos a partir da data EM QUE A PENA ANTERIOR SE EXTINGUIU
(e não a data da sentença), computando-se o período de prova da
suspensão condicional da pena ou do livramento condicional, se não tiver
havido revogação. ESSE PERÍODO SE CHAMA PERÍODO DEPURADOR.
OBS.: Os crimes militares e os crimes políticos não geram reincidência no
campo penal comum.

Tópicos importantes sobre a segunda fase de aplicação da pena


Coexistência de circunstâncias agravantes e atenuantes. Preponderância:
•! Menoridade do agente (ser menor de 21 anos à época do
fato) – PREPONDERA SOBRE TODAS!
•! Aquelas relativas aos motivos determinantes do crime, da
personalidade do agente e da reincidência.
•! Outras circunstâncias
E se forem do mesmo patamar? Haverá a compensação da agravante
com a atenuante.
! STJ - É possível a compensação entre a agravante da reincidência
com a atenuante da confissão espontânea (REsp 1360952/DF). O
Juiz pode deixar de compensar, fazendo preponderar a reincidência,
diante das circunstâncias (multirreincidente, por exemplo).

Terceira fase: causas de aumento e diminuição


As causas de aumento e diminuição são obrigatórias ou facultativas
(dependendo do caso), podendo estar previstas na parte geral ou na parte
especial (genéricas ou específicas), podendo, ainda, ser fixas ou variáveis.
OBS.: Aqui a pena pode ficar abaixo do mínimo ou acima do máximo legal
previsto no tipo penal.
Coexistência de causas de aumento e diminuição
Se forem de natureza diversa aplicam-se ambas (aplicam-se primeiro as
causas de aumento, e depois, as causas de diminuição).

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Em sendo da mesma natureza, o Juiz deve proceder conforme o quadro!
abaixo:
Ambas da parte O Juiz deve aplicar
CONCURSO ENTRE geral ambas
CAUSAS DE Ambas da parte O Juiz aplica a causa
AUMENTO especial que mais aumente
(art. 68, § único do
CP)
Uma da parte geral e Aplicam-se ambas
outra da parte
especial
CONCURSO ENTRE Ambas da parte O Juiz deve aplicar
CAUSAS DE geral ambas
DIMINUIÇÃO
Ambas da parte O Juiz aplica a causa
especial que mais diminua
(art. 68, § único do
CP)
Uma da parte geral e Aplicam-se ambas
outra da parte
especial

Disposições finais
Máximo de cumprimento de pena – O CP estabelece limite máximo de
cumprimento de pena, que é de 30 anos. Isso não impede que a pessoa
seja condenada a período superior a este.
E se durante o cumprimento da pena o agente é condenado por
nova infração, sendo-lhe aplicada nova pena privativa de
liberdade? Nesse caso, aplica-se uma nova unificação das penas, de
forma a começar, do zero, um novo prazo de 30 anos.

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA – SURSIS


Conceito - Benefício concedido ao condenado em determinadas
circunstâncias, de forma que ele não cumpre a pena, mas se submete a um
período de fiscalização.
Requisitos objetivos
!! natureza da pena aplicada – A pena aplicada deve ser privativa de
liberdade.
!! Quantidade da pena aplicada – A pena aplicada não pode ser
superior a dois anos (regra). Se o condenado, porém, for maior
de 70 anos (sursis etário) ou enfermo (sursis humanitário), admite-
se a suspensão condicional da pena que não ultrapasse 04 anos

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(art. 77, § 2° do CP). Nos crimes ambientais, o sursis pode ser!
aplicado aos condenados à pena não superior a três anos.
!! A pena privativa de liberdade não deve ter sido substituída por
restritiva de direitos – Sursis só cabe quando não for possível a
substituição por penas restritivas de direitos.
Requisitos subjetivos
!! Não reincidência em crime doloso – Esta é a regra. EXCEÇÃO:
Se a pena aplicada tiver sido a de multa, poderá haver a suspensão
condicional da pena.
!! As circunstâncias pessoais do agente sejam favoráveis,
autorizando a concessão do benefício

Espécies de sursis
!! Simples – O condenado não reparou o dano e as circunstâncias
judiciais (art. 59 do CP) não lhe são muito favoráveis. É o sursis
comum, a regra.
!! Especial – Aqui o condenado reparou o dano (ou não teve
possibilidade de fazê-lo) e as circunstâncias judiciais (art. 59 do CP)
lhe são inteiramente favoráveis. Nessa hipótese o condenado não
precisa, no primeiro ano, se submeter à prestação de serviços à
comunidade ou limitação de fim de semana (serão substituídas pelas
condições do art. 78, §2º do CP).

Revogação do Sursis
Obrigatória – Ocorrerá nos casos de:
!! Condenação, por sentença irrecorrível, por crime doloso. OBS.:
Jurisprudência: se foi imposta apenas a multa por esse novo crime,
não há revogação obrigatória.
!! Não reparação do dano ou não pagamento da pena de multa (quando
for possível ao agente pagar)
!! Descumprimento de condição imposta (condições do art. 78, §1º do
CP)
Facultativa – Ocorrerá nos casos de:
!! Descumprimento de outras condições (afora as do art. 78, §1º do CP)
!! Condenação irrecorrível por crime culposo ou contravenção - É
necessário que a pena aplicada tenha sido restritiva de direitos ou
privativa de liberdade.

Prorrogação do período de prova


Ocorrerá em duas hipóteses:
!! Beneficiado está sendo processado por outro crime ou
contravenção – Prorrogação obrigatória e automática.

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!! Ocorrendo situação que autorize a revogação FACULTATIVA,!
caso o Juiz opte por não revogar, pode estender o prazo do
sursis até o máximo, caso já não tenha estendido antes –
Prorrogação facultativa e não automática.

OBS.: Durante o período de PRORROGAÇÃO, embora o condenado ainda


esteja cumprindo o sursis, não permanecem as obrigações legais (Doutrina
majoritária).
OBS.: Cumpridas todas as condições, expirando-se o prazo sem revogação,
estará extinta a punibilidade do condenado.

LIVRAMENTO CONDICIONAL
Conceito - Benefício concedido aos condenados a penas privativas de
liberdade superiores a dois anos, que permite a antecipação de sua
liberdade.
Requisitos objetivos
Quantidade da pena - A pena aplicada deve ter sido igual ou superior a
dois anos.
Parcela da pena já cumprida - A pena já deve ter sido razoavelmente
cumprida. O montante da pena já cumprida irá variar conforme as
condições do crime e do condenado:
!! Condenado não reincidente em crime doloso e que possua
bons antecedentes – Cumprimento de 1/3 da pena (Livramento
Condicional simples).
!! Condenado reincidente em crime doloso – Cumprimento de mais
da metade da pena (Livramento Condicional Qualificado).
!! Condenado por crime hediondo, desde que não seja
reincidente em crime hediondo – Cumprimento de 2/3 da pena
(Livramento condicional específico).
OBS.: Condenado não reincidente em crime doloso, mas também
não possui bons antecedentes – STJ: deve ser adotada a posição mais
favorável ao réu, permitindo-se a concessão do Livramento Condicional
Simples.

Reparação do dano – Requisito dispensado no caso de impossibilidade de


reparação e no caso de a vítima não ser encontrada para ser indenizada,
ou ainda, demonstrar desinteresse na reparação.

Requisitos subjetivos
Bom comportamento durante a execução da pena, aptidão para prover a
subsistência e bom desempenho no trabalho que lhe fora atribuído

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OBS.: No caso de crime doloso cometido com violência ou grave ameaça à!
pessoa é necessária, ainda, uma análise acerca da possibilidade de o
condenado voltar a delinquir.

Revogação
Obrigatória – Ocorre no caso de:
Condenação irrecorrível, a pena privativa de liberdade:
!! Por crime cometido durante o benefício
!! Por crime anterior – Neste caso, só será revogado se a soma das
penas formar um montante que impedisse a concessão do benefício
Revogação facultativa – Ocorre nos casos de:
!! Descumprimento de condição imposta
!! Condenação irrecorrível por crime ou contravenção, sendo aplicada
pena não privativa de liberdade

OBS.: A revogação impede nova concessão do benefício? Sim.


OBS.: O tempo em que o condenado esteve solto (em livramento
condicional) é abatido na pena privativa de liberdade que voltará a
cumprir? Em regra, não. EXCEÇÃO: no caso de revogação pela
condenação por crime anterior.

Extinção da punibilidade – Se, esgotado o prazo, o Livramento


Condicional não tiver sido revogado, considera-se extinta a pena privativa
de liberdade e, por conseguinte, extinta a punibilidade.

MEDIDAS DE SEGURANÇA
Conceito – Espécie de sanção penal aplicável àqueles que, embora tendo
cometido fato típico e ilícito, são inimputáveis ou semi-imputáveis em razão
de problemas mentais. Assim, é possível a aplicação de medida de
segurança a agentes culpáveis (semi-imputáveis).
Espécies – Internação e tratamento ambulatorial. O STJ possui algumas
decisões no sentido de que a modalidade de medida de segurança deve ser
aplicada de acordo com as necessidades médicas do agente.
Prazo – A sentença deve fixar um prazo mínimo, findo o qual deverá haver
um exame para saber se cessou a periculosidade do agente.
OBS.: Embora o CP não estabeleça um prazo máximo para as medidas de
segurança, o STF e o STJ não aceitam isso. O STF entende que a medida
de segurança não pode ultrapassar 30 anos, que é o prazo máximo de
uma pena privativa de liberdade. O STJ entende que o prazo máximo da
medida de segurança é o prazo máximo de pena estabelecido (em
abstrato) para o crime cometido (súmula 527 do STJ).

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EFEITOS DA CONDENAÇÃO !
Efeitos penais
Primário – pena
Secundários – Não são a finalidade principal da condenação, mas dela
decorrem:
!! Reincidência
!! Inscrição do nome do réu no rol dos culpados

Extrapenais
Genéricos - Incidem sobre toda e qualquer condenação:
•! Obrigação de reparar o dano
•! Perda em favor da União dos instrumentos do crime (se seu porte for
ilícito) e dos produtos ou proveitos do crime
OBS.: São automáticos

Específicos – Recaem apenas sobre condenações relativas a determinados


crimes, e não a todos os crimes em geral.
!! Perda de cargo, função pública ou mandato eletivo (a) nos crimes
praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública – pena igual ou superior a 01 ano; b) Nos
demais casos – pena superior a 04 anos.
!! Incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos
crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho,
tutelado ou curatelado.
!! Inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso.
OBS.: NÃO são automáticos

REABILITAÇÃO
Conceito - É o instituto que visa à reinserção social do condenado, através
do sigilo referente às suas anotações criminais, bem como a suspensão
condicional de determinados efeitos secundários da condenação, de
natureza extrapenal.
Abrangência – A reabilitação:
!! Promove o sigilo referente às anotações criminais do reabilitado
!! Promove a suspensão dos efeitos extrapenais secundários da
condenação

Pressuposto - Que haja sentença condenatória transitada em julgado,


independentemente de qual pena foi aplicada (privativa de liberdade,
multa, etc.).

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Requisitos – Podem ser objetivos ou subjetivos: !
•! Requisitos objetivos – a) A extinção da pena (Pelo
cumprimento ou por outra forma) deve ter se dado há mais de
dois anos; b) Deve o condenado ter reparado o dano, ou provar
que não pode fazê-lo ou que a vítima renunciou a este direito;
•! Requisitos subjetivos – a) Domicílio no país – O condenado
deve ter residido no Brasil no período de dois anos após a
extinção da pena; b) Bom comportamento público e privado – O
condenado deve ter apresentado, neste período de dois anos,
um bom comportamento social.

Revogação - A reabilitação pode ser revogada, ainda, caso o reabilitado


seja condenado, COMO REINCIDENTE, por decisão IRRECORRÍVEL, à pena
que NÃO SEJA DE MULTA.
Assim, três são os requisitos para a revogação:
!! Condenação posterior
!! À pena que não seja de multa
!! Desde que o condenado seja reincidente

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

Punibilidade – Possibilidade de o Estado exercer seu jus puniendi (poder-


dever de punir).

Extinção da punibilidade – Perda do direito de exercer o jus puniendi.

CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DIVERSAS DA


PRESCRIÇÃO

Anistia - A anistia exclui o próprio crime, ou seja, o Estado determina que


as condutas praticadas (já praticadas, ou seja, fatos consumados) pelos
agentes não sejam consideradas crimes. Concedida pelo Poder Legislativo.
Só pode ser causa de extinção total da punibilidade. Faz cessar todos os
efeitos PENAIS da condenação (ex.: reincidência).

Graça - Conferida de maneira individual. Não exclui o FATO criminoso em


si, mas apenas extingue a punibilidade em relação a determinados agentes.
Sua concessão cabe ao Presidente da República. Pode ser causa parcial de
extinção da punibilidade.

Indulto - Conferida de maneira coletiva. Não exclui o FATO criminoso em


si, mas apenas extingue a punibilidade em relação a determinados agentes.
Sua concessão cabe ao Presidente da República. Pode ser causa parcial de
extinção da punibilidade.

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Abolitio criminis - Ocorre quando surge lei nova que deixa de considerar!
o fato como crime. Faz cessar todos os efeitos PENAIS da condenação
(ex.: reincidência).

Renúncia x perdão do ofendido x perdão judicial – conforme quadro


abaixo:

RENÚNCIA X PERDÃO DO OFENDIDO X PERDÃO JUDICIAL


PERDÃO DO RENÚNCIA PERDÃO JUDICIAL
OFENDIDO
Concedido pela Concedida pela Concedido pelo
VÍTIMA VÍTIMA Estado (Juiz)
Somente nos crimes Somente nos crimes Somente nos casos
de ação penal de ação penal previstos em Lei
privada privada
Depois de ajuizada Antes do Na sentença
a ação penal ajuizamento da ação
penal
Precisa ser aceito Não precisa ser Não precisa ser
pelo infrator aceito pelo infrator aceito pelo infrator

Decadência - Ocorre quando a vítima deixa de ajuizar a ação penal dentro


do prazo, ou quando deixa de oferecer a representação dentro do prazo. O
prazo é de seis meses a contar da data em que a vítima passa a saber
quem foi o autor do fato.

Perempção - Extinção da ação penal privada pela negligência do ofendido


na condução da causa.

Retratação do agente – Somente nos casos em que a lei a admite. Ex.:


difamação.

PRESCRIÇÃO

Conceito – Perda do jus puniendi pelo decurso do tempo.

Espécies – Prescrição da pretensão punitiva e prescrição da pretensão


executória

Prescrição da pretensão punitiva


Aqui o Estado ainda não aplicou (em caráter definitivo) uma sanção penal
ao agente que praticou a conduta criminosa.

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!
!! Prazo prescricional – Calculado com base na pena máxima em
abstrato prevista para o delito.
!! Início do prazo prescricional –
(1) do dia em que o crime se consumou
(2) no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa
(3) nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência
(4) nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de
assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou
conhecido
(5) nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes,
da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se já
tiver sido proposta a ação penal.

!! Prescrição da pena de multa - Se a multa for prevista ou aplicada


isoladamente, o prazo será de dois anos. Porém, se a multa for
aplicada ou prevista cumulativamente com a pena de prisão
(privativa de liberdade), o prazo de prescrição será o mesmo
estabelecido para a pena privativa de liberdade.

Prescrição da pretensão punitiva intercorrente


Verifica-se DEPOIS da sentença penal condenatória, com base na pena
efetivamente aplicada. Pode ser:
•! Superveniente – Quando ocorre entre o trânsito em julgado da
sentença condenatória para a acusação e o trânsito em julgado
da sentença condenatória em definitivo (tanto para a acusação
quanto para defesa).
•! Retroativa – Quando, uma vez tendo havido o trânsito em
julgado para a acusação, se chega à conclusão de que, naquele
momento, houve a prescrição da pretensão punitiva entre a data
da denúncia (ou queixa) e a sentença condenatória.

OBS.: Antes da Lei 12.234/10 havia possibilidade de ocorrência da


prescrição retroativa (com base na pena aplicada) entre a data do fato
criminoso (ou outro marco inicial) e o recebimento da denúncia ou queixa.
Atualmente essa hipótese NÃO EXISTE MAIS.

Interrupção da prescrição – Uma vez interrompido o prazo, volta a


correr do zero. Interrompem a prescrição:
•! Recebimento da denúncia ou queixa
•! Pronúncia
•! Decisão confirmatória da pronúncia
•! Publicação da sentença ou acórdão condenatórios
recorríveis

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•! Início ou continuação do cumprimento da pena – não se!
estende aos demais autores do delito
•! Reincidência - não se estende aos demais autores do delito.
Não se aplica à prescrição da pretensão punitiva.

Prescrição da pretensão executória


Ocorre quando o Estado condena o indivíduo, de maneira irrecorrível, mas
não consegue fazer cumprir a decisão. Características:
!! Tem como base a pena aplicada
!! Início – (1) do dia em que transita em julgado a sentença
condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão
condicional da pena ou o livramento condicional; (2) do dia em que
se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva
computar-se na pena.

AÇÃO PENAL NO CÓDIGO PENAL


REGRA - A regra é a de que a ação penal seja pública, só sendo privada
quando a lei expressamente assim disser.
Espécies:
!! Pública – O titular é o MP. Pode ser incondicionada ou condicionada
(quando se exige representação do ofendido ou requisição do Ministro
da Justiça para que a ação possa ser ajuizada).
!! Privada – O titular é o ofendido. Pode ser exclusiva (maioria dos
casos) ou personalíssima (hipótese rara. Neste caso, somente o
próprio ofendido pode ajuizar a ação penal, não passando este direito
aos sucessores). Há, ainda, a ação penal privada subsidiária da
pública (o ofendido passa a ter, por um determinado período,
legitimidade para ajuizar ação penal privada em crime de ação
pública, porque o MP foi omisso).
Representação do ofendido – É irretratável após o oferecimento da
denúncia. Deve ser exercida dentro de seis meses, a contar da data em
que o ofendido toma conhecimento da autoria do delito.
Queixa - Deve ser exercida dentro de seis meses, a contar da data em que
o ofendido toma conhecimento da autoria do delito. Não pode ser exercido
se houve renúncia tácita ou expressa.
Perdão do ofendido – Uma vez oferecido e aceito, é causa de extinção da
punibilidade. Se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita (o
querelado pode se recusar a receber o perdão). Se concedido por um dos
ofendidos, não prejudica o direito dos outros. Pode ser tácito ou expresso,
e pode ser oferecido até o trânsito em julgado.

Bons estudos!
Prof. Renan Araujo

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9.! EXERCÍCIOS DA AULA !

01.! (VUNESP – 2013 – TJ-RJ – JUIZ)


O principal efeito da sentença criminal condenatória é a ____________ . A
legislação penal brasileira, porém, prevê também efeitos secundários da
condenação, tanto de natureza penal quanto extrapenal. Os efeitos
secundários de natureza _____________ se dividem em genéricos e
específicos. ____________ é exemplo de efeito secundário
______________da decisão criminal condenatória transitada em julgado.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, a frase.
a) medida de segurança, nunca a pena … penal … Reincidência … penal
específico
b) sanção penal (pena ou medida de segurança) … penal … A perda de
função pública quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo
superior a quatro anos … extrapenal
c) sanção penal (pena ou medida de segurança) … extrapenal …
Reincidência … penal
d) pena, nunca a medida de segurança … extrapenal … Tornar certa a
obrigação de indenizar o dano causado pelo crime … extrapenal genérico.

02.! (VUNESP – 2014 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)


Agente imputável e menor de 21 anos à época do fato criminoso ocorrido
em 10 de junho de 2006. Foi denunciado como incurso no art. 157, caput,
do CP. A denúncia foi recebida em 29 de junho de 2006 e até 01 de julho
de 2014 não havia sido prolatada sentença. Diante disso, pode-se afirmar
que
a) ocorreu a pretensão punitiva estatal, considerado o máximo da pena
abstratamente cominada à infração.
b) ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva estatal somente depois de
decorridos seis anos da data supra mencionada (01.07.2014).
c) ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva estatal somente depois de
decorridos quatro anos da data supra mencionada (01.07.2014).
d) antes da prolação da sentença condenatória não se pode falar em
ocorrência da pretensão punitiva estatal.

03.! (VUNESP - 2013 - CETESB - ADVOGADO)


Dentre os efeitos da condenação previstos e disciplinados no Código Penal,
encontra-se a seguinte hipótese:

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a) perda em favor do Município, ressalvado o direito do lesado ou de!
terceiro de boa-fé, dos instrumentos do crime, desde que consistam em
coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito.
b) perda de cargo, função pública ou mandato eletivo quando aplicada pena
privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes
praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública.
c) inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso, de forma automática, sem necessidade de
motivação expressa na sentença.
d) tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime,
processando-se o cumprimento da sentença no próprio processo penal,
após o trânsito em julgado.
e) perda em favor do Estado, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro
de boa-fé, do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua
proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.

04.! (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ)


Quanto à extinção da punibilidade, é correto afirmar que
a) a punibilidade só se extingue pela morte do agente; pela anistia, graça
ou indulto; pela prescrição, decadência ou perempção; pela renúncia do
direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada e pela
retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.
b) o curso da prescrição interrompe-se com o oferecimento da denúncia
pelo Ministério Público.
c) o perdão expresso ou tácito concedido pelo ofendido a um dos querelados
não pode ser aproveitado pelos demais na hipótese de ofensa conjunta por
mais de um agente.
d) considerando que o delito previsto no art. 137, caput, do Código Penal
prevê pena de detenção de quinze dias a dois meses ou multa, a prescrição
da pena em abstrato ocorrerá em dois anos.
e) a sentença que conceder perdão judicial não será considerada para
efeitos de reincidência.

05.! (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Sobre as causas de extinção de punibilidade, pode-se afirmar que
(A) o perdão judicial, previsto no inciso IX, art. 107, CP, não se dirige a
toda e qualquer infração penal, mas apenas àquelas previamente
determinadas pela lei, embora se admita a analogia in bonan partem.
(B) a hipótese do inciso V, art. 107, CP, que trata do perdão nas ações
privadas, não está condicionada à aceitação da vítima.

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(C) a perempção, prevista no inciso IV, art. 107, CP, é instituto jurídico!
mediante o qual a vítima ou seu representante, perde o direito de queixa
ou de representação em virtude da inércia.
(D) a extinção da punibilidade poderá ser reconhecida desde o início das
investigações até a sentença penal condenatória ainda não transitada em
julgado.
(E) o rol constante do artigo 107, do Código Penal, é taxativo.

06.! (VUNESP – 2015 – PC/CE – ESCRIVÃO)


No tocante às disposições previstas no Código Penal relativas à prescrição
penal, causa de extinção da punibilidade, é correto afirmar que
(A) nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede,
quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.
(B) antes de transitar em julgado a sentença final, a prescrição começa a
correr do oferecimento da denúncia.
(C) depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a
acusação ou depois de improvido seu recurso, a prescrição regula-se pela
pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial
data anterior à da denúncia ou queixa.
(D) depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a
acusação ou depois de improvido seu recurso, a prescrição regula-se pelo
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime.
(E) no caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento
condicional, a prescrição é regulada pelo tempo total da pena.

07.! (VUNESP – 2015 – TJ-SP – JUIZ – ADAPTADA)


O tempo de duração da medida de segurança pode ultrapassar o máximo
da pena abstratamente cominada ao delito praticado.

08.! (VUNESP – 2015 – TJ-SP – JUIZ – ADAPTADA)


É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão
punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da
existência ou sorte do processo penal.

09.! (VUNESP – 2014 – PREF. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO –


PROCURADOR)
É efeito da condenação criminal, de acordo com o art. 91 do CP:
a) tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime.
b) a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito do
crime, exceto quando referidos bens localizarem-se no exterior.

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c) a perda em favor da União, sem ressalva ao direito do terceiro de boa-!
fé, dos instrumentos do crime cuja detenção constitua ato ilícito.
d) a perda em favor da vítima ou ofendido de qualquer bem ou valor que
constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
e) a perda, em favor do Município em que a infração foi cometida, do
produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito
auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.

10.! (VUNESP – 2014 – TJ-SP – JUIZ)


Analise estes conceitos atinentes à prescrição penal:
I. É a perda do direito de punir do Estado, considerada a pena concreta
com trânsito em julgado para a acusação, levando-se em conta prazo
anterior à sentença.
II. É a perda do direito de punir do Estado, levando-se em conta a pena
concreta, com trânsito em julgado para a acusação, ou improvido seu
recurso, cujo lapso temporal inicia-se na data da sentença e segue até o
trânsito em julgado para a defesa.
III. É a perda do direito de aplicar efetivamente a pena concreta e
definitiva, com o lapso temporal entre o trânsito em julgado da sentença
condenatória para a acusação e o início do cumprimento da pena ou a
ocorrência de reincidência.
Agora, escolha a opção que indique, respectivamente, as modalidades de
prescrição acima descritas:
a) retroativa; intercorrente ou superveniente; da pretensão executória.
b) intercorrente ou superveniente; retroativa; da pretensão executória.
c) da pretensão executória; intercorrente ou superveniente; retroativa.
d) retroativa; da pretensão executória; intercorrente ou superveniente.

11.! (VUNESP – 2014 – TJ-PA – ANALISTA JUDICIÁRIO)


Servidor público foi condenado por crime. Exclusivamente de acordo com
as regras estabelecidas nos art. 92 do CP, indaga-se: perderá o cargo como
efeito penal da sentença condenatória?
a) Sim, quando aplicada qualquer pena privativa de liberdade e desde que
tal efeito seja motivadamente declarado na sentença.
b) Sim, quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou
superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação
de dever para com a Administração Pública, e desde que tal efeito seja
motivadamente declarado na sentença.
c) Não, devendo a perda do cargo ser exclusivamente decretada em
procedimento administrativo, não sendo de competência do Juiz Criminal
tal decisão.
d) Sim, quando se tratar de crime contra a Administração Pública.

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e) Não, devendo a perda do cargo ser exclusivamente decretada em ação!
civil, não sendo de competência do Juiz Criminal tal decisão.

12.! (VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO DE POLÍCIA)


Em regra geral, a prescrição antes de transitar em julgado a sentença final
a) chamada, pela doutrina, de prescrição intercorrente.
b) é chamada, pela doutrina, de prescrição retroativa.
c) regula-se pelo mínimo da pena privativa de liberdade cominada ao crime.
d) regula-se pela pena aplicada na sentença de primeiro grau.
e) regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao
crime.

13.! (VUNESP – 2013 – MPE-ES – ANALISTA DE PROMOTORIA)


É causa de extinção da punibilidade o/a
a) perdão judicial.
b) inimputabilidade.
c) semi-imputabilidade.
d) adequação social da conduta.
e) inexigibilidade de conduta diversa.

14.! (VUNESP – 2013 – MPE-ES – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Para o agente que tenha mais de 70 (setenta) anos na data da sentença, o
prazo mínimo e máximo de prescrição, considerando como base os lapsos
previstos no art. 109 do CP é, em anos, respectivamente,
a) 3 e 20.
b) 2 e 15.
c) 2 e 10.
d) 1,5 e 15.
e) 1,5 e 10.

15.! (VUNESP – 2013 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)


São causas extintivas da punibilidade:
I. Anistia – é concedida por lei, referindo-se a fatos já realizados,
pressupondo condenação transitada em julgado.
II. Perempção – na ação penal privada ou pública condicionada a
representação, consistindo na perda do direito de prosseguir na ação.
III. Renúncia – ato unilateral e extraprocessual, pelo qual o ofendido abdica
do direito de oferecer queixa.
É correto apenas o que se afirma em

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a) I. !
b) III.
c) I e III.
d) II e III.

16.! (VUNESP – 2012 – TJ-RJ – JUIZ)


A pena privativa de liberdade fixada em 3 (três) meses; a pena de multa
quando é cumulativamente aplicada com uma privativa de liberdade e a
pena de prestação pecuniária prescrevem, respectivamente,
a) em 3 (três) anos; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade com
a qual foi cumulativamente aplicada; no mesmo prazo da pena privativa de
liberdade que substituiu.
b) em 2 (dois) anos; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade com
a qual foi cumulativamente aplicada; em 4 (quatro) anos.
c) em 3 (três) anos; em 2 (dois) anos; no mesmo prazo da pena privativa
de liberdade que substituiu.
d) em 2 (dois) anos; em 2 (dois) anos; em 2 (dois) anos.

17.! (FAURGS – 2015 – TJ-RS – TITULAR NOTARIAL)


Sobre as causas de extinção da punibilidade previstas no Código Penal,
assinale a alternativa que contém afirmativa correta.
a) A extinção da punibilidade pela perempção pode ocorrer na ação penal
privada exclusiva e na ação penal privada subsidiária da pública.
b) A declaração de extinção da punibilidade pela morte do acusado deverá
ser comprovada pela juntada de sua certidão de óbito.
c) A inimputabilidade penal é causa de extinção da punibilidade.
d) A reincidência não interfere na contagem dos prazos de prescrição.

18.! (FUNCAB – 2013 – PC-ES – ESCRIVÃO DE POLÍCIA)


No tocante às causas de extinção da punibilidade, pode-se dizer que a
anistia:
a) é individual, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer antes da sentença final.
b) é geral ou parcial, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer depois da
sentença final.
c) opera efeitos ex tunc, pode ser condicionada ou incondicionada, geral ou
parcial.
d) pode ser aplicada aos crimes de tortura.
e) atualmente pode ser aplicada aos crimes hediondos.

19.! (FUNCAB – 2012 – MPE-RO – ANALISTA PROCESSUAL)

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Sobre a prescrição no direito penal, é correto afirmar: !
a) A prescrição da pena de multa ocorrerá no prazo de um (1) ano.
b) Seus prazos serão reduzidos pela metade, caso o réu seja idoso (idade
superior a 60 anos).
c) Em caso de evasão do condenado, seu prazo se regula pelo tempo
restante da pena.
d) Antes do trânsito em julgado da sentença final não corre prazo de
prescrição.
e) Nos crimes tentados, começa a correr da data do início da atividade
criminosa.

20.! (FCC – 2014 – SEFAZ/PE – AUDITOR)


Na lei penal brasileira, NÃO é causa extintiva da punibilidade
(A) a retratação cabal do querelado, antes da sentença, na calúnia e na
difamação.
(B) o perdão judicial, no peculato mediante erro de outrem.
(C) a reparação integral do dano, no peculato culposo, quando precedente
à sentença irrecorrível.
(D) a retratação ou declaração da verdade, antes da sentença no processo
em que ocorreu o ilícito, no falso testemunho ou falsa perícia.
(E) a declaração, confissão e o pagamento espontâneos das contribuições,
valores, importâncias e informações devidas à previdência social, na forma
definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal, na
apropriação indébita previdenciária.

21.! (FCC – 2014 – TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Segundo o entendimento jurisprudencial dominante, não tem como
extinguir a punibilidade.
a) a morte do agente ocorrida após o trânsito em julgado da condenação.
b) a morte do agente ocorrida antes do trânsito em julgado da condenação.
c) o indulto natalino.
d) a prescrição antecipada.
e) o perdão judicial, em crime culposo.

22.! (FCC – 2014 – TRF3 – ANALISTA JUDICIÁRIO)


NÃO é causa extintiva da punibilidade:
a) prescrição, após o lançamento do tributo.
b) morte do agente, após definitiva a condenação.
c) retratação do querelado, na calúnia contra os mortos
d) perempção, na ação penal privada subsidiária da pública.

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e) perdão judicial, na apropriação indébita previdenciária. !

23.! (FCC – 2015 – TJ-RR – JUIZ)


Constituem causas de extinção da punibilidade que se relacionam com a
ação penal pública condicionada
a) a perempção e o perdão do ofendido.
b) a decadência e a perempção.
c) o perdão do ofendido e a composição homologada dos danos civis nos
juizado especial criminal.
d) a decadência e o perdão do ofendido.
e) a composição homologada dos danos civis no juizado especial criminal e
a decadência.

24.! (FCC – 2015 – TJ-PE – JUIZ)


A prescrição retroativa,
a) modalidade de prescrição da pretensão executória, é regulada pela pena
aplicada, não podendo ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou
queixa.
b) modalidade de prescrição da pretensão executória, é regulada pelo
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime e pode ocorrer
entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença condenatória
transitada em julgado para a acusação.
c) modalidade de prescrição da pretensão punitiva, é regulada pelo máximo
da pena privativa de liberdade cominada ao crime, não podendo ter por
termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
d) antes prevista como forma de prescrição da pretensão punitiva, foi
abolida por recente reforma legislativa.
e) modalidade de prescrição da pretensão punitiva, é regulada pela pena
aplicada e pode ocorrer entre o recebimento da denúncia e a publicação da
sentença condenatória transitada em julgado para a acusação.
!
25.! (FCC – 2005 – PGE/SE – PROCURADOR DE ESTADO)
A perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão do
decurso do prazo fixado para o seu exercício, e o de continuar a movimentar
a ação penal privada, causada pela inércia processual do querelante,
configuram, respectivamente,
A) prescrição e perempção.
B) perempção e decadência.
C) prescrição e decadência.
D) decadência e perempção.

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E) decadência e prescrição. !

26.! (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
De acordo com o Código Penal NÃO é causa de extinção da punibilidade a
A) reparação do dano posterior à sentença irrecorrível no crime de peculato
culposo.
B) morte do agente.
C) anistia.
D) prescrição.
E) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.

27.! (FCC - 2010 - TCE-RO - AUDITOR)


No tocante às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que
A) a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da República.
B) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo da decadência.
C) são previstas exclusivamente na parte geral do Código Penal.
D) a concessão do indulto restabelece a condição de primário do
beneficiado.
E) é cabível o perdão judicial em qualquer crime.

28.! (FCC – 2007 – TRF4 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)
São causas extintivas de punibilidade, previstas no Código Penal, além de
outras:
A) renúncia do direito de queixa, nos crimes de ação privada; e casamento
do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes.
B) anistia; perdão judicial, nos casos previstos em lei; morte da vítima; e
decurso do prazo.
C) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
prescrição, decadência ou perempção; e casamento do agente com a
vítima, nos crimes contra os costumes.
D) morte do agente; anistia, graça ou indulto; retroatividade de lei que não
mais considera o fato como criminoso; e prescrição, decadência ou
perempção.
E) prescrição, decadência, menoridade do agente; morte da vítima; e
agente maior de setenta anos na data do crime.

29.! (FCC – 2012 – TRE/SP – ANALISTA JUDICIÁRIO)

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Rubens está sendo processado por crime de peculato, praticado no dia 03!
de fevereiro de 2008, quando tinha 20 anos de idade. A denúncia foi
recebida no dia 05 de junho de 2008. Por sentença judicial, publicada no
Diário Oficial no dia 10 de novembro de 2011, Rubens foi condenado a
cumprir pena de 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão, em regime
inicial aberto, e ao pagamento de 10 (dez) dias-multa. A pena privativa de
liberdade aplicada pelo Magistrado foi substituída, na forma do artigo 44,
do Código Penal, por uma pena restritiva de direitos de prestação de
serviços à comunidade, pelo prazo da pena privativa de liberdade aplicada,
e por 10 (dez) dias-multa, no valor unitário mínimo. A sentença transitou
em julgado no dia 1o de janeiro de 2012. Nesse caso, após o trânsito em
julgado, a prescrição para as penalidades aplicadas ao réu verifica-se no
prazo de
a) 02 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
b) 08 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as multas.
c) 04 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
d) 04 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as multas.
e) 08 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.

30.! (FCC – 2007 – ISS/SP – AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO


MUNICIPAL)
No que concerne às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar
que
a) a sentença que concede o perdão judicial será considerada para efeito
de reincidência.
b) a perempção constitui a perda do direito de representar ou de oferecer
queixa, em razão do decurso do prazo para o seu exercício.
c) cabe perdão do ofendido na ação penal pública condicionada.
d) a renúncia ao direito de queixa ocorre antes de iniciada a ação penal
privada.
e) o indulto deve ser concedido por lei.

31.! (FCC – 2012 – TJ/GO – JUIZ)


No tocante à prescrição, é correto afirmar que
a) o dia do começo não se inclui no cômputo do prazo.
b) o prazo é sempre de dois anos no caso de penas restritivas de direitos.
c) não constitui matéria prejudicial da análise do mérito da ação penal.
d) incidirá sobre o total da pena, se reconhecido o concurso material de
infrações, e sobre a pena de cada um, isoladamente, se identificado o
formal.
e) se regula, em abstrato, pelo máximo da pena cominada, menos um
terço, no caso de imputação de crime tentado.
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32.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)
Trata-se de causa extintiva da punibilidade consistente na exclusão,
por lei ordinária com efeitos retroativos, de um ou mais fatos criminosos
do campo de incidência do Direito Penal,
a) o indulto individual.
b) a anistia.
c) o indulto coletivo.
d) a graça.

33.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Com relação às causas de extinção da punibilidade previstas no artigo 107
do Código Penal, assinale a alternativa correta.
a) O perdão do ofendido é ato unilateral, prescindindo de anuência do
querelado.
b) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles impede,
quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.
c) A perempção é causa de extinção de punibilidade exclusiva da ação penal
privada.
d) Em caso de morte do réu, não há falar em extinção da punibilidade,
devendo o juiz absolvê-lo com base no método de resolução de conflitos do
in dubio pro reo.

34.! (FGV – 2015 – OAB – XVI EXAME DE ORDEM)


Felipe, menor de 21 anos de idade e reincidente, no dia 10 de abril de 2009,
foi preso em flagrante pela prática do crime de roubo. Foi solto no curso da
instrução e acabou condenado em 08 de julho de 2010, nos termos do
pedido inicial, ficando a pena acomodada em 04 anos de reclusão em
regime fechado e multa de 10 dias, certo que houve a compensação da
agravante da reincidência com a atenuante da menoridade. A decisão
transitou em julgado para ambas as partes em 20 de julho de 2010. Foi
expedido mandado de prisão e Felipe nunca veio a ser preso.
Considerando a questão fática, assinale a afirmativa correta.
a) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória
ocorrerá em 20 de julho de 2016.
b) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória
ocorreu em 20 de julho de 2014.
c) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória
ocorrerá em 20 de julho de 2022.
d) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão executória
ocorrerá em 20 de novembro de 2015.

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35.! (FGV – 2014 – OAB – EXAME DE ORDEM)
Francisco foi condenado por homicídio simples, previsto no Art. 121 do
Código Penal, devendo cumprir pena de seis anos de reclusão. A sentença
penal condenatória transitou em julgado no dia 10 de agosto de 1984. Dias
depois, Francisco foge para o interior do Estado, onde residia, ficando
isolado num sítio. Após a fuga, as autoridades públicas nunca conseguiram
capturá-lo. Francisco procura você como advogado(a) em 10 de janeiro de
2014.
Com relação ao caso narrado, assinale a afirmativa correta
a) Ainda não ocorreu prescrição do crime, tendo em vista que ainda não foi
ultrapassado o prazo de trinta anos requerido pelo Código Penal.
b) Houve prescrição da pretensão executória
c) Não houve prescrição, pois o crime de homicídio simples é imprescritível.
d) Houve prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato, pois
Francisco nunca foi capturado.

36.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)


No dia 18/10/2005, Eratóstenes praticou um crime de corrupção ativa em
transação comercial internacional (Art. 337-B do CP), cuja pena é de 1 a 8
anos e multa. Devidamente investigado, Eratóstenes foi denunciado e, em
20/1/2006, a inicial acusatória foi recebida. O processo teve regular
seguimento e, ao final, o magistrado sentenciou Eratóstenes, condenando-
o à pena de 1 ano de reclusão e ao pagamento de dez dias-multa. A
sentença foi publicada em 7/4/2007. O Ministério Público não interpôs
recurso, tendo, tal sentença, transitado em julgado para a acusação. A
defesa de Eratóstenes, por sua vez, que objetivava sua absolvição, interpôs
sucessivos recursos. Até o dia 15/5/2011, o processo ainda não havia tido
seu definitivo julgamento, ou seja, não houve trânsito em julgado final.
Levando-se em conta as datas descritas e sabendo-se que, de acordo com
o art. 109, incisos III e V, do Código Penal, a prescrição, antes de transitar
em julgado a sentença final, verifica-se em 12 (doze) anos se o máximo da
pena é superior a quatro e não excede a oito anos e em 4 (quatro) anos se
o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não exceda a dois,
com base na situação apresentada, é correto afirmar que
a) não houve prescrição da pretensão punitiva nem prescrição da pretensão
executória, pois desde a publicação da sentença não transcorreu lapso de
tempo superior a doze anos.
b) ocorreu prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois, após a data
da publicação da sentença e a última data apresentada no enunciado,
transcorreu lapso de tempo superior a 4 anos.
c) ocorreu prescrição da pretensão punitiva superveniente, que pressupõe
o trânsito em julgado para a acusação e leva em conta a pena
concretamente imposta na sentença.

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d) não houve prescrição da pretensão punitiva, pois, como ainda não!
ocorreu o trânsito em julgado final, deve-se levar em conta a teoria da pior
hipótese, de modo que a prescrição, se houvesse, somente ocorreria doze
anos após a data do fato.

37.! (FGV – 2010 – OAB – EXAME DE ORDEM)


A respeito do regime legal da prescrição no Código Penal, tendo por base
ocorrência do fato na data de hoje, assinale a alternativa correta.
a) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado
para a acusação, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma
hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
b) A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 (dois) anos,
independentemente do prazo estabelecido para a prescrição da pena de
liberdade aplicada cumulativamente
c) Se o réu citado por edital permanece revel e não constitui advogado, fica
suspenso o processo, mantendo-se em curso o prazo prescricional, que
passa a ser computado pelo dobro da pena máxima cominada ao crime.
d) São causas interruptivas do curso da prescrição previstas no Código
Penal, dentre outras, o recebimento da denúncia ou da queixa, a pronúncia,
a publicação da sentença condenatória ou absolutória recorrível.

38.! (FAURGS – 2012 – TJ-RS – ANALISTA JUDICIÁRIO -


ADAPTADA)
Sobre os efeitos da condenação criminal, assinale a alternativa que
apresenta a afirmação correta.
a) A perda do cargo, função ou mandato eletivo é um efeito automático da
condenação, devendo ser declarada pelo magistrado quando da prolação
da sentença, independentemente da pena aplicada.
b) A perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou do terceiro
de boa-fé, do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua
proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso, é um efeito
automático da condenação.
c) A inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para
prática de crime doloso, é um efeito automático da condenação, sendo
desnecessária sua declaração na sentença.
d) A obrigação de indenizar o dano causado pelo crime é um efeito da
condenação, mas, não é automático, e deve ser motivadamente declarado
na sentença.
e) Todos os efeitos da condenação previstos nos artigos 91 e 92 do Código
Penal são automáticos, sendo dispensável a sua declaração na sentença
condenatória de forma expressa e motivada.

39.! (FCC – 2008 – TCE/AL – PROCURADOR)

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A perda de função pública constitui efeito da condenação quando aplicada!
pena privativa de liberdade igual ou superior a
A) quatro anos, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de
dever para com a Administração Pública, independentemente de motivação
na sentença.
B) quatro anos, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de
dever para com a Administração Pública, desde que a sentença apresente
a necessária motivação.
C) um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever
para com a Administração Pública, desde que a sentença apresente a
necessária motivação.
D) um ano, para qualquer crime, desde que a sentença apresente a
necessária motivação.
E) um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever
para com a Administração Pública, independentemente de motivação na
sentença.

40.! (FCC – 2011 – TRE/TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)
Nos termos do Código Penal, é efeito automático da condenação, não sendo
necessário ser declarado na sentença:
A) A perda de cargo, função pública ou mandato eletivo quando for aplicada
pena privativa de liberdade por tempo superior a quatro anos em qualquer
crime, salvo nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de
dever para com a Administração Pública.
B) A perda de cargo, função pública ou mandato eletivo, quando aplicada
pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos
crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública.
C) Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime.
D) A incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos
crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho,
tutelado ou curatelado.
E) A inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a
prática de crime doloso.

41.! (FCC – 2010 – TJ/PI – ASSESSOR JURÍDICO)


Constitui, dentre outros, efeito penal secundário da condenação
A) a inscrição do nome do condenado no rol dos culpados.
B) a reparação do dano resultante do crime.
C) o confisco dos instrumentos do crime, na forma prevista em lei.

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D) a incapacidade para o exercício do pátrio poder, nos casos previstos em!
lei.
E) inabilitação para dirigir veículos, nos casos previstos em lei.

42.! (FCC – 2009 – TJ/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)
Os efeitos extrapenais da condenação, previstos no art. 92 do Código Penal
brasileiro, são:
A) não específicos e genéricos.
B) automáticos e secundários.
C) específicos e não automáticos.
D) primários e não automáticos.
E) genéricos e específicos.

43.! (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO)


Crime que tem reprimenda privativa de liberdade cominada de 1 (um) ano
a 4 (quatro) anos, após ter reconhecida a modalidade tentada e sem
considerar qualquer outra majorante ou minorante, terá pena fixada entre
os patamares mínimo de
a) 4 (quatro) meses e máximo de 1 (um) ano e 4 (quatro) meses.
b) 6 (seis) meses e máximo de 3 (três) anos.
c) 9 (nove) meses e máximo de 3 (três) anos e 4 (quatro) meses.
d) 9 (nove) meses e máximo de 2 (dois) anos e oito meses.
e) 4 (quatro) meses e máximo de 2 (dois) anos e 8 (oito meses).

44.! (FCC – 2012 – TJ-GO – JUIZ)


As circunstâncias agravantes
a) podem elevar a pena acima do máximo previsto em lei para o crime, do
mesmo modo que as causas de aumento.
b) não incidem nos crimes culposos, salvo a reincidência.
c) serão consideradas na fixação da pena-base.
d) sempre preponderam sobre as circunstâncias atenuantes, no caso de
concurso entre umas e outras.
e) não incidem quando também qualificarem o crime, mas podem ser
aplicadas se elementares da infração.

45.! (FCC – 2012 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO)


Considere as assertivas abaixo.
I. O sistema pátrio de dosimetria das penas adotou o sistema bifásico.

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II. O enquadramento da conduta em circunstância qualificadora precede a!
primeira fase, ao passo que as causas especiais de aumento de pena são
computadas na última fase da dosimetria.
III. Segundo recente jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, admite-
se a fixação da pena abaixo do mínimo legal por força de circunstâncias
atenuantes genéricas.
IV. Não apontadas circunstâncias judiciais desfavoráveis ao ensejo da
aplicação do artigo 59 do Código Penal, não é admitida a alegação de
gravidade do crime para se fixar regime prisional mais rigoroso do que o
estabelecido para o tempo de pena imposta.
V. Recente alteração legislativa inovou ao permitir o agravamento da pena
por maus antecedentes em razão de ação penal em curso, desde que haja
decisão condenatória proferida por órgão colegiado.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) IV.
b) V.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, IV e V.

46.! (FGV – IX EXAME UNIFICADO DA OAB)


Guilherme praticou, em 18/02/2009, contravenção penal de vias de fato
(Art. 21 do Decreto Lei n. 3.688/41), tendo sido condenado à pena de
multa. A sentença transitou definitivamente em julgado no dia 15/03/2010,
mas Guilherme não pagou a multa. No dia 10/07/2010, Guilherme praticou
crime de ato obsceno (Art. 233 do CP).
Com base na situação descrita e na legislação, assinale a afirmativa correta.
A) Guilherme não pode ser considerado reincidente por conta de uma
omissão legislativa.
B) Guilherme deve ter a pena de multa não paga da primeira condenação
convertida em pena privativa de liberdade.
C) Guilherme é reincidente, pois praticou novo crime após condenação
transitada em julgado.
D) A pena de multa não gera reincidência.

47.! (FCC – 2014 – DPE-CE – DEFENSOR PÚBLICO)


As circunstâncias atenuantes
a) sempre preponderam sobre as circunstâncias agravantes, no caso de
concurso entre umas e outras.
b) constituem fatores de redução da pena estabelecidos em quantidades
fixas.

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c) não devem ser consideradas na fixação da pena-base. !
d) podem ser reconhecidas ainda que não previstas expressamente em lei,
mas apenas se anteriores ao crime.
e) permitem a redução da pena abaixo do mínimo legal, segundo
entendimento sumulado.

48.! (FCC – 2014 – TCE-GO – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO)


No processo de aplicação da pena, os maus antecedentes do agente
incluem-se dentre as
a) circunstâncias agravantes.
b) qualificadoras.
c) circunstâncias judiciais.
d) causas especiais de aumento de pena.
e) circunstâncias objetivas.

49.! (FCC – 2014 – TJ-AP – JUIZ)


Com relação à atenuante genérica da menoridade etária do agente, é
correto afirmar:
a) Não incide em crimes cometidos contra criança (Código Penal, art. 61,
inc. II, alínea “h”, primeira hipótese).
b) Segundo a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,
prepondera sobre a agravante da reincidência.
c) Segundo o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça, sua prova
não necessariamente será documental.
d) Segundo o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça, pode
eventualmente reduzir a pena final abaixo do mínimo legal abstratamente
cominado.
e) Segundo posicionamento doutrinário dominante, a norma penal em
referência foi derrogada em 2002 pelo advento da plena capacidade civil
aos 18 anos de idade.

50.! (FCC – 2014 – TRT18 – JUIZ DO TRABALHO)


No tocante às circunstâncias atenuantes, é correto afirmar que
a) permitem a redução da pena abaixo do mínimo previsto na lei, segundo
entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça.
b) incidem na terceira etapa do cálculo da pena.
c) são inaplicáveis se não previstas expressamente em lei.
d) o desconhecimento da lei, embora inescusável, pode ser empregado
para atenuar a pena.

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e) a reparação do dano não a configura, constituindo apenas causa geral!
de diminuição da pena.

51.! (FGV – 2014 – OAB – XV EXAME DE ORDEM)


José cometeu, em 10/11/2008, delito de roubo. Foi denunciado,
processado e condenado, com sentença condenatória publicada em
18/10/2009. A referida sentença transitou definitivamente em julgado no
dia 29/08/2010. No dia 15/05/2010, José cometeu novo delito, de furto,
tendo sido condenado, por tal conduta, no dia 07/04/2012.
Nesse sentido, levando em conta a situação narrada e a disciplina acerca
da reincidência, assinale a afirmativa correta.
a) Na sentença relativa ao delito de roubo, José deveria ser considerado
reincidente.
b) Na sentença relativa ao delito de furto, José deveria ser considerado
reincidente.
c) Na sentença relativa ao delito de furto, José deveria ser considerado
primário.
d) Considera-se reincidente aquele que pratica crime após publicação de
sentença que, no Brasil ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime
anterior

52.! (FGV – 2014 – DPE-DF – ANALISTA)


Osvaldo foi condenado pela prática do crime de estelionato. Ao aplicar a
pena, o magistrado majorou a pena base indicando, entre as circunstâncias
judiciais previstas no Artigo 59 do Código Penal brasileiro, os antecedentes
de Osvaldo. Para tanto, o magistrado observou que a Folha de
Antecedentes Criminais de Osvaldo trazia 5 anotações, entre elas uma
condenação não transitada em julgado pela prática do crime de falsidade
ideológica. As demais anotações referiam-se a inquéritos policiais em
andamento para a apuração de suposta prática do crime de estelionato.
Quanto à decisão do magistrado, é correto afirmar que:
a) a pena base não poderia ter sido majorada com fundamento nos
antecedentes de Osvaldo, uma vez que não há condenação transitada em
julgado na Folha de Antecedentes Criminais do acusado.
b) a pena base foi majorada corretamente, uma vez que algumas anotações
constantes da Folha de Antecedentes Criminais de Osvaldo se referem ao
crime de estelionato.
c) a pena base foi majorada corretamente, uma vez que há condenação,
ainda que não transitada em julgado, na Folha de Antecedentes Criminais
de Osvaldo.
d) a pena base poderia ter sido majorada caso a condenação constante da
Folha de Antecedentes Criminais de Osvaldo dissesse respeito ao crime de
estelionato.

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e) a pena base foi majorada corretamente, uma vez que qualquer anotação!
em Folha de Antecedentes Criminais pode justificar o incremento da pena
base com fundamento nos antecedentes do acusado.

53.! (FCC – 2015 – TJ-PE – JUIZ)


No cálculo da pena, o juiz deverá considerar o arrependimento posterior, a
culpabilidade e a confissão espontânea nas seguintes etapas,
respectivamente:
a) primeira, segunda e terceira.
b) terceira, segunda e primeira
c) primeira, terceira e segunda.
d) terceira, primeira e segunda
e) segunda, primeira e terceira.

10.! EXERCÍCIOS COMENTADOS

01.! (VUNESP – 2013 – TJ-RJ – JUIZ)


O principal efeito da sentença criminal condenatória é a
____________ . A legislação penal brasileira, porém, prevê
também efeitos secundários da condenação, tanto de natureza
penal quanto extrapenal. Os efeitos secundários de natureza
_____________ se dividem em genéricos e específicos.
____________ é exemplo de efeito secundário ______________da
decisão criminal condenatória transitada em julgado.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, a
frase.
a) medida de segurança, nunca a pena … penal … Reincidência …
penal específico
b) sanção penal (pena ou medida de segurança) … penal … A perda
de função pública quando for aplicada pena privativa de liberdade
por tempo superior a quatro anos … extrapenal
c) sanção penal (pena ou medida de segurança) … extrapenal …
Reincidência … penal
d) pena, nunca a medida de segurança … extrapenal … Tornar certa
a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime … extrapenal
genérico
COMENTÁRIOS: O item que responde corretamente a questão é a letra C.
Isso porque o efeito principal da condenação é a sanção penal (seja a pena
ou a medida de segurança). Os efeitos secundários, por sua vez, dividem-
se em penais e extrapenais. Os efeitos extrapenais podem ser genéricos ou
específicos, caso aplicáveis a todos os delitos ou a apenas alguns deles. Já
no que tange aos efeitos penais secundários, temos como exemplo clássico

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a reincidência, que atinge a esfera penal do indivíduo mas não é efeito!
principal da condenação.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

02.! (VUNESP – 2014 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)


Agente imputável e menor de 21 anos à época do fato criminoso
ocorrido em 10 de junho de 2006. Foi denunciado como incurso no
art. 157, caput, do CP. A denúncia foi recebida em 29 de junho de
2006 e até 01 de julho de 2014 não havia sido prolatada sentença.
Diante disso, pode-se afirmar que
a) ocorreu a pretensão punitiva estatal, considerado o máximo da
pena abstratamente cominada à infração.
b) ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva estatal somente
depois de decorridos seis anos da data supra mencionada
(01.07.2014).
c) ocorrerá a prescrição da pretensão punitiva estatal somente
depois de decorridos quatro anos da data supra mencionada
(01.07.2014).
d) antes da prolação da sentença condenatória não se pode falar
em ocorrência da pretensão punitiva estatal.
COMENTÁRIOS: No caso, o delito previsto é o de roubo, cuja pena máxima
prevista é de 10 anos de reclusão.
Assim, em tese, o crime prescreveria em 16 anos, nos termos do art. 109,
II do CP.
Contudo, o agente era menor de 21 anos na data do fato, logo, esse prazo
cai pela metade (08 anos), nos termos do art. 115 do CP.
O recebimento da denúncia interrompeu o curso do prazo de prescrição
(art. 117, I do CP), que voltou a correr do zero, a partir daquela data.
A data atual (segundo a questão) para fins de cálculo da prescrição é dia
01.07.2014. Vemos que entre a última interrupção da prescrição e a data
atual já transcorreram mais de 08 anos, motivo pelo qual operou-se a
prescrição.
p.s.: a alternativa A contém um erro de digitação. Faltou simplesmente a
palavra “prescrição”, o que torna o item sem sentido. Contudo, foi mero
esquecimento da Banca. Para quem fez a prova, possuem razão em
recorrer. Para nós, vamos simplesmente “fingir” que a palavra “prescrição”
foi colocada lá, antes de “pretensão punitiva”. Desta forma não perdemos
a questão.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

03.! (VUNESP - 2013 - CETESB - ADVOGADO)

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Dentre os efeitos da condenação previstos e disciplinados no!
Código Penal, encontra-se a seguinte hipótese:
a) perda em favor do Município, ressalvado o direito do lesado ou
de terceiro de boa-fé, dos instrumentos do crime, desde que
consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção
constitua fato ilícito.
b) perda de cargo, função pública ou mandato eletivo quando
aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a
um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de
dever para com a Administração Pública.
c) inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para
a prática de crime doloso, de forma automática, sem necessidade
de motivação expressa na sentença.
d) tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime,
processando-se o cumprimento da sentença no próprio processo
penal, após o trânsito em julgado.
e) perda em favor do Estado, ressalvado o direito do lesado ou de
terceiro de boa-fé, do produto do crime ou de qualquer bem ou valor
que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato
criminoso.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois o confisco se dá em favor da União, nos
termos do art. 91, II, “a” do CP.
b) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão do art. 92, I, “a”
do CP.
c) ERRADA: Item errado, pois tal efeito da condenação não é automático,
devendo ser declarado na sentença pelo Juiz, nos termos do art. 92, III c/c
art. 92, § único do CP.
d) ERRADA: Item errado, pois a execução da sentença (para fins de
reparação do dano) se dá no Juízo cível, não na esfera penal.
e) ERRADA: Item errado, pois a perda é em favor da UNIÃO, nos termos
do art. 91, II, “b” do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

04.! (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ)


Quanto à extinção da punibilidade, é correto afirmar que
a) a punibilidade só se extingue pela morte do agente; pela anistia,
graça ou indulto; pela prescrição, decadência ou perempção; pela
renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada e pela retratação do agente, nos casos em que a lei a
admite.
b) o curso da prescrição interrompe-se com o oferecimento da
denúncia pelo Ministério Público.

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c) o perdão expresso ou tácito concedido pelo ofendido a um dos!
querelados não pode ser aproveitado pelos demais na hipótese de
ofensa conjunta por mais de um agente.
d) considerando que o delito previsto no art. 137, caput, do Código
Penal prevê pena de detenção de quinze dias a dois meses ou multa,
a prescrição da pena em abstrato ocorrerá em dois anos.
e) a sentença que conceder perdão judicial não será considerada
para efeitos de reincidência.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois a punibilidade pode se extinguir por outras
formas, como no caso de abolitio criminis (aplicação retroativa da lei que
não mais considera o fato como criminoso), nos termos do art. 107, III do
CP.
b) ERRADA: O RECEBIMENTO da denúncia é causa de interrupção da
prescrição, e não o seu oferecimento, nos termos do art. 117, I do CP.
c) ERRADA: Item errado, pois o perdão oferecido a um dos querelados, no
caso de concurso de agentes, se estende aos demais, nos termos do art.
106, I do CP.
d) ERRADA: Neste caso a prescrição ocorrerá em três anos, nos termos do
art. 109, VI do CP.
e) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 120 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

05.! (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Sobre as causas de extinção de punibilidade, pode-se afirmar que
(A) o perdão judicial, previsto no inciso IX, art. 107, CP, não se
dirige a toda e qualquer infração penal, mas apenas àquelas
previamente determinadas pela lei, embora se admita a analogia in
bonan partem.
(B) a hipótese do inciso V, art. 107, CP, que trata do perdão nas
ações privadas, não está condicionada à aceitação da vítima.
(C) a perempção, prevista no inciso IV, art. 107, CP, é instituto
jurídico mediante o qual a vítima ou seu representante, perde o
direito de queixa ou de representação em virtude da inércia.
(D) a extinção da punibilidade poderá ser reconhecida desde o
início das investigações até a sentença penal condenatória ainda
não transitada em julgado.
(E) o rol constante do artigo 107, do Código Penal, é taxativo.
COMENTÁRIOS:
A) CORRETA: O perdão judicial é cabível apenas nas hipóteses
expressamente previstas em lei (art. 107, IX do CP). Contudo, não há
vedação ao exercício da analogia in bonam partem.

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B) ERRADA: O perdão depende de oferecimento por parte da vítima!
(querelante) e ACEITAÇÃO por parte do infrator (querelado).
C) ERRADA: A perempção somente se aplica às ações penais privadas (não
às ações penais públicas condicionadas).
D) ERRADA: A extinção da punibilidade pode ser reconhecida a qualquer
tempo, até o trânsito em julgado.
E) ERRADA: Item errado, pois nada impede a existência de outras causas
de extinção da punibilidade, previstas no próprio CP ou na legislação
extravagante.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

06.! (VUNESP – 2015 – PC/CE – ESCRIVÃO)


No tocante às disposições previstas no Código Penal relativas à
prescrição penal, causa de extinção da punibilidade, é correto
afirmar que
(A) nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles
impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da
conexão.
(B) antes de transitar em julgado a sentença final, a prescrição
começa a correr do oferecimento da denúncia.
(C) depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para
a acusação ou depois de improvido seu recurso, a prescrição
regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese,
ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
(D) depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para
a acusação ou depois de improvido seu recurso, a prescrição
regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao
crime.
(E) no caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento
condicional, a prescrição é regulada pelo tempo total da pena.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Item errado, pois nos crimes conexos, a extinção da
punibilidade de um deles NÃO impede, quanto aos outros, a agravação da
pena resultante da conexão, nos termos do art. 108 do CP.
B) ERRADA: A prescrição começa a correr, em regra, do dia em que o crime
se consumou, nos termos do art. 111, I do CP.
C) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata previsão contida no art.
110, §1º do CP.
D) ERRADA: Item errado, pois depois da sentença condenatória com
trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, a
prescrição regula-se pela pena aplicada, nos termos do art. 110, §1º do
CP.

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E) ERRADA: Item errado, pois a prescrição neste caso é regulada pelo!
tempo que resta da pena, nos termos do art. 113 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

07.! (VUNESP – 2015 – TJ-SP – JUIZ – ADAPTADA)


O tempo de duração da medida de segurança pode ultrapassar o
máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado.
COMENTÁRIOS: Item errado, pois o entendimento do STJ é EXATAMENTE
EM SENTIDO CONTRÁRIO, tendo sido sumulada a matéria:
Súmula 527
“O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo
da pena abstratamente cominada ao delito praticado.”
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

08.! (VUNESP – 2015 – TJ-SP – JUIZ – ADAPTADA)


É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da
pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,
independentemente da existência ou sorte do processo penal.
COMENTÁRIOS: Item correto, pois a chamada “prescrição virtual” não é
mais admitida pela jurisprudência, já que não há previsão legal nesse
sentido, conforme entendimento sumulado do STJ (súmula 438 do STJ).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

09.! (VUNESP – 2014 – PREF. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO –


PROCURADOR)
É efeito da condenação criminal, de acordo com o art. 91 do CP:
a) tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime.
b) a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito
do crime, exceto quando referidos bens localizarem-se no exterior.
c) a perda em favor da União, sem ressalva ao direito do terceiro
de boa-fé, dos instrumentos do crime cuja detenção constitua ato
ilícito.
d) a perda em favor da vítima ou ofendido de qualquer bem ou valor
que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato
criminoso.
e) a perda, em favor do Município em que a infração foi cometida,
do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua
proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
COMENTÁRIOS:
a) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 91, I do CP.

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b) ERRADA: Item errado, pois o §1º do art. 91 prevê expressamente tal!
possibilidade AINDA que tais bens se encontrem no exterior.
c) ERRADA: Item errado, pois o art. 91, II, “a” do CP ressalva o direito do
terceiro de boa-fé.
d) ERRADA: Item errado, pois tal efeito se dá em favor da União, nos
termos do art. 91, II, “b” do CP.
e) ERRADA: Item errado, pois tal efeito se dá em favor da União, nos
termos do art. 91, II, “b” do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

10.! (VUNESP – 2014 – TJ-SP – JUIZ)


Analise estes conceitos atinentes à prescrição penal:
I. É a perda do direito de punir do Estado, considerada a pena
concreta com trânsito em julgado para a acusação, levando-se em
conta prazo anterior à sentença.
II. É a perda do direito de punir do Estado, levando-se em conta a
pena concreta, com trânsito em julgado para a acusação, ou
improvido seu recurso, cujo lapso temporal inicia-se na data da
sentença e segue até o trânsito em julgado para a defesa.
III. É a perda do direito de aplicar efetivamente a pena concreta e
definitiva, com o lapso temporal entre o trânsito em julgado da
sentença condenatória para a acusação e o início do cumprimento
da pena ou a ocorrência de reincidência.
Agora, escolha a opção que indique, respectivamente, as
modalidades de prescrição acima descritas:
a) retroativa; intercorrente ou superveniente; da pretensão
executória.
b) intercorrente ou superveniente; retroativa; da pretensão
executória.
c) da pretensão executória; intercorrente ou superveniente;
retroativa.
d) retroativa; da pretensão executória; intercorrente ou
superveniente.
COMENTÁRIOS:
I – Trata-se, aqui, da prescrição da pretensão punitiva intercorrente, em
sua modalidade RETROATIVA.
II - Trata-se, aqui, da prescrição da pretensão punitiva intercorrente, em
sua modalidade SUPERVENIENTE.
III – Temos, aqui, a definição da prescrição da pretensão executória, eis
que relativa à perda do direito de aplicar a pena.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

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11.! (VUNESP – 2014 – TJ-PA – ANALISTA JUDICIÁRIO) !
Servidor público foi condenado por crime. Exclusivamente de
acordo com as regras estabelecidas nos art. 92 do CP, indaga-se:
perderá o cargo como efeito penal da sentença condenatória?
a) Sim, quando aplicada qualquer pena privativa de liberdade e
desde que tal efeito seja motivadamente declarado na sentença.
b) Sim, quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo
igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de
poder ou violação de dever para com a Administração Pública, e
desde que tal efeito seja motivadamente declarado na sentença.
c) Não, devendo a perda do cargo ser exclusivamente decretada em
procedimento administrativo, não sendo de competência do Juiz
Criminal tal decisão.
d) Sim, quando se tratar de crime contra a Administração Pública.
e) Não, devendo a perda do cargo ser exclusivamente decretada em
ação civil, não sendo de competência do Juiz Criminal tal decisão.
COMENTÁRIOS: O servidor perderá o cargo caso se trate de condenação
a pena privativa de liberdade por prazo igual ou superior a um ano, nos
crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a
Administração Pública ou, nos demais crimes, caso seja aplicada pena por
prazo superior a 04 anos, nos termos do art. 92, I do CP.
Em qualquer caso, será exigido que tal efeito seja motivadamente
declarado na sentença (art. 92, § único do CP).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

12.! (VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO DE POLÍCIA)


Em regra geral, a prescrição antes de transitar em julgado a
sentença final
a) chamada, pela doutrina, de prescrição intercorrente.
b) é chamada, pela doutrina, de prescrição retroativa.
c) regula-se pelo mínimo da pena privativa de liberdade cominada
ao crime.
d) regula-se pela pena aplicada na sentença de primeiro grau.
e) regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada
ao crime.
COMENTÁRIOS: Tal prescrição (ordinária ou comum) regula-se pelo
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, nos termos do
art. 109 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

13.! (VUNESP – 2013 – MPE-ES – ANALISTA DE PROMOTORIA)

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É causa de extinção da punibilidade o/a !
a) perdão judicial.
b) inimputabilidade.
c) semi-imputabilidade.
d) adequação social da conduta.
e) inexigibilidade de conduta diversa.
COMENTÁRIOS: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra A
traz uma hipótese de extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, IX
do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

14.! (VUNESP – 2013 – MPE-ES – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Para o agente que tenha mais de 70 (setenta) anos na data da
sentença, o prazo mínimo e máximo de prescrição, considerando
como base os lapsos previstos no art. 109 do CP é, em anos,
respectivamente,
a) 3 e 20.
b) 2 e 15.
c) 2 e 10.
d) 1,5 e 15.
e) 1,5 e 10.
COMENTÁRIOS: O período mínimo de prescrição previsto no CP é de 03
anos (art. 109, VI do CP), e o período máximo é de 20 anos (art. 109, I do
CP). Considerando que no caso de o agente ter mais de 70 anos na data da
sentença os prazos serão reduzidos pela metade (art. 115 do CP),
chegamos à conclusão de que, neste caso, os prazos mínimo e máximo
serão de 1,5 anos e 10 anos, respectivamente.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

15.! (VUNESP – 2013 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)


São causas extintivas da punibilidade:
I. Anistia – é concedida por lei, referindo-se a fatos já realizados,
pressupondo condenação transitada em julgado.
II. Perempção – na ação penal privada ou pública condicionada a
representação, consistindo na perda do direito de prosseguir na
ação.
III. Renúncia – ato unilateral e extraprocessual, pelo qual o
ofendido abdica do direito de oferecer queixa.
É correto apenas o que se afirma em
a) I.

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b) III. !
c) I e III.
d) II e III.
COMENTÁRIOS:
I – ERRADA: Item errado, pois não se exige que a anistia seja conferida
após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
II – ERRADA: Item errado, pois a perempção não cabe na ação penal
pública condicionada à representação, nos termos do art. 60 do CPP.
III – CORRETA: Item correto, pois a renúncia ocorre fora do processo (mais
precisamente ANTES do processo), e não depende de aceitação pelo
infrator (ato unilateral).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

16.! (VUNESP – 2012 – TJ-RJ – JUIZ)


A pena privativa de liberdade fixada em 3 (três) meses; a pena de
multa quando é cumulativamente aplicada com uma privativa de
liberdade e a pena de prestação pecuniária prescrevem,
respectivamente,
a) em 3 (três) anos; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade
com a qual foi cumulativamente aplicada; no mesmo prazo da pena
privativa de liberdade que substituiu.
b) em 2 (dois) anos; no mesmo prazo da pena privativa de liberdade
com a qual foi cumulativamente aplicada; em 4 (quatro) anos.
c) em 3 (três) anos; em 2 (dois) anos; no mesmo prazo da pena
privativa de liberdade que substituiu.
d) em 2 (dois) anos; em 2 (dois) anos; em 2 (dois) anos.
COMENTÁRIOS: A pena fixada em 03 meses prescreverá em 03 anos, nos
termos do art. 109, VI do CP; a pena de multa, quando cumulativamente
aplicada com a privativa de liberdade, prescreverá no mesmo prazo
previsto par esta (art. 114, II do CP). Por fim, a pena de prestação
pecuniária (modalidade de pena restritiva de direitos) prescreverá no
mesmo prazo da pena privativa de liberdade que substituiu, conforme art.
109, § único do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

17.! (FAURGS – 2015 – TJ-RS – TITULAR NOTARIAL)


Sobre as causas de extinção da punibilidade previstas no Código
Penal, assinale a alternativa que contém afirmativa correta.
a) A extinção da punibilidade pela perempção pode ocorrer na ação
penal privada exclusiva e na ação penal privada subsidiária da
pública.

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b) A declaração de extinção da punibilidade pela morte do acusado!
deverá ser comprovada pela juntada de sua certidão de óbito.
c) A inimputabilidade penal é causa de extinção da punibilidade.
d) A reincidência não interfere na contagem dos prazos de
prescrição.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: A perempção só pode ocorrer na ação penal exclusivamente
privada, não sendo cabível na ação penal privada subsidiária, nos termos
do art. 60 do CPP.
b) CORRETA: Item correto, pois a comprovação da morte se dá pela
apresentação da certidão de óbito.
c) ERRADA: Item errado, pois a inimputabilidade penal é causa de exclusão
da culpabilidade.
d) ERRADA: Item errado, pois a reincidência é causa interruptiva da
prescrição da pretensão executória (não se aplica à prescrição da pretensão
punitiva, nos termos da súmula 220 do STJ).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

18.! (FUNCAB – 2013 – PC-ES – ESCRIVÃO DE POLÍCIA)


No tocante às causas de extinção da punibilidade, pode-se dizer que
a anistia:
a) é individual, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer antes da
sentença final.
b) é geral ou parcial, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer depois da
sentença final.
c) opera efeitos ex tunc, pode ser condicionada ou incondicionada,
geral ou parcial.
d) pode ser aplicada aos crimes de tortura.
e) atualmente pode ser aplicada aos crimes hediondos.
COMENTÁRIOS: A anistia pode ser concedida pelo Poder Legislativo, a
qualquer momento (inclusive após a sentença penal condenatória
transitada em julgado).
A anistia pode ser, ainda:
•! Irrestrita ou restrita – Será irrestrita quando se dirigir a todos
os agentes. Será restrita quando exigir do agente determinada
qualidade específica (ser primário, por exemplo).
•! Incondicionada ou condicionada – Será incondicionada
quando não impuser nenhuma condição. Será condicionada
quando impuser uma condição para sua validade (Como, por
exemplo, a reparação do dano causado).
•! Comum ou especial – A primeira é destinada a crimes comuns,
e a segunda é destinada a crimes políticos.
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Por fim, a anistia possui efeitos EX TUNC, ou seja, efeitos que retroagem,!
afetando o fato criminoso praticado, que passa a ser considerado
“anistiado” (perdoado).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

19.! (FUNCAB – 2012 – MPE-RO – ANALISTA PROCESSUAL)


Sobre a prescrição no direito penal, é correto afirmar:
a) A prescrição da pena de multa ocorrerá no prazo de um (1) ano.
b) Seus prazos serão reduzidos pela metade, caso o réu seja idoso
(idade superior a 60 anos).
c) Em caso de evasão do condenado, seu prazo se regula pelo tempo
restante da pena.
d) Antes do trânsito em julgado da sentença final não corre prazo
de prescrição.
e) Nos crimes tentados, começa a correr da data do início da
atividade criminosa.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: A prescrição da pena de multa ocorrerá em dois anos (se for
isoladamente cominada ou aplicada), ou no mesmo prazo previsto para a
prescrição da pena privativa de liberdade, quando cumulativamente
aplicada ou alternativamente ou cumulativamente cominada, nos termos
do art. 114 do CP.
B) ERRADA: Os prazos serão reduzidos pela metade quando o réu era
menor de 21 anos na data do fato ou maior de 70 anos na data da sentença,
conforme art. 115 do CP.
C) CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 113 do CP:
Prescrição no caso de evasão do condenado ou de revogação do livramento
condicional
Art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento
condicional, a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
D) ERRADA: Item errado, pois antes do trânsito em julgado corre a
prescrição da pretensão punitiva.
E) ERRADA: Nos crimes tentados a prescrição começa a correr quando
cessa a atividade criminosa, nos termos do art. 111, II do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

20.! (FCC – 2014 – SEFAZ/PE – AUDITOR)


Na lei penal brasileira, NÃO é causa extintiva da punibilidade
(A) a retratação cabal do querelado, antes da sentença, na calúnia
e na difamação.
(B) o perdão judicial, no peculato mediante erro de outrem.

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(C) a reparação integral do dano, no peculato culposo, quando!
precedente à sentença irrecorrível.
(D) a retratação ou declaração da verdade, antes da sentença no
processo em que ocorreu o ilícito, no falso testemunho ou falsa
perícia.
(E) a declaração, confissão e o pagamento espontâneos das
contribuições, valores, importâncias e informações devidas à
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes
do início da ação fiscal, na apropriação indébita previdenciária.
COMENTÁRIOS: A resposta da questão é letra B. Não há, na Lei Penal,
qualquer previsão de extinção da punibilidade pelo perdão judicial em
relação ao crime de peculato mediante erro de outrem.
Por outro lado, a previsão de extinção da punibilidade específica em relação
aos crimes contra a honra, pela retratação do agente, possui fundamento
nos arts. 107, VI c/c 143 do CP.
A reparação integral do dano, no peculato culposo, também gera extinção
da punibilidade, desde que seja anterior à sentença irrecorrível, nos termos
do art. 312, §3º do CP.
Da mesma forma, o art. 342, §2° do CP prevê que, em relação ao delito de
falso testemunho ou falsa perícia, caso o agente se retrate ou declare a
verdade antes da sentença, no próprio processo em que ocorreu o crime,
o fato deixa de ser punível (extinção da punibilidade).
Por fim, no crime de apropriação indébita previdenciária, a declaração,
confissão e o pagamento espontâneos das contribuições, valores,
importâncias e informações devidas à previdência social, na forma definida
em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal, gera a extinção da
punibilidade, conforme consta no art. 168-A, §2° do CP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

21.! (FCC – 2014 – TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Segundo o entendimento jurisprudencial dominante, não tem como
extinguir a punibilidade.
a) a morte do agente ocorrida após o trânsito em julgado da
condenação.
b) a morte do agente ocorrida antes do trânsito em julgado da
condenação.
c) o indulto natalino.
d) a prescrição antecipada.
e) o perdão judicial, em crime culposo.
COMENTÁRIOS: Dentre as hipóteses trazidas, apenas a “prescrição
antecipada” (ou prescrição “virtual”) não é admitida. Isso porque surgiu na
Doutrina, e na praxe forense, uma tese segundo a qual o Julgador
“imaginava” qual seria a pena a ser aplicada ao acusado (levando em conta

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os motivos do crime, reincidência, etc.) e, com base nesta pena!
“hipotética”, o Juiz calculava o prazo prescricional (que é regulado pela
pena em concreto, quando há o trânsito em julgado para a acusação).
Contudo, como o Direito não é um exercício de “adivinhação”, os Tribunais
rechaçaram esta tese.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

22.! (FCC – 2014 – TRF3 – ANALISTA JUDICIÁRIO)


NÃO é causa extintiva da punibilidade:
a) prescrição, após o lançamento do tributo.
b) morte do agente, após definitiva a condenação.
c) retratação do querelado, na calúnia contra os mortos
d) perempção, na ação penal privada subsidiária da pública.
e) perdão judicial, na apropriação indébita previdenciária.
COMENTÁRIOS: Cuidado! Esta é uma pegadinha clássica. A perempção é
instituto que só se aplica nas ações penais EXCLUSIVAMENTE privadas. A
ação penal privada subsidiária da pública, como o próprio nome diz, é uma
exceção, já que o processo deveria ser de ação pública. A ação privada
subsidiária não admite os benefícios próprios da ação penal privada
exclusiva, como perdão do ofendido, perempção, etc.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

23.! (FCC – 2015 – TJ-RR – JUIZ)


Constituem causas de extinção da punibilidade que se relacionam
com a ação penal pública condicionada
a) a perempção e o perdão do ofendido.
b) a decadência e a perempção.
c) o perdão do ofendido e a composição homologada dos danos civis
no juizado especial criminal.
d) a decadência e o perdão do ofendido.
e) a composição homologada dos danos civis no juizado especial
criminal e a decadência.
COMENTÁRIOS: Dentre as alternativas apresentadas apenas a letra E
corresponde a uma hipótese de extinção da punibilidade que se relaciona à
ação penal pública CONDICIONADA. Isso porque, nos Juizados Especiais, a
composição civil dos danos (acordo entre infrator e vítima) devidamente
homologada acarreta a renúncia ao direito de representação, caso seja
crime de ação pública condicionada, nos termos do art. 74, § único da Lei
9.099/95.
A decadência, o perdão do ofendido e a perempção são todos institutos que
se relacionam à ação penal PRIVADA (a decadência, porém, pode se dar

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também em relação ao direito de representação na ação penal pública!
condicionada).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

24.! (FCC – 2015 – TJ-PE – JUIZ)


A prescrição retroativa,
a) modalidade de prescrição da pretensão executória, é regulada
pela pena aplicada, não podendo ter por termo inicial data anterior
à da denúncia ou queixa.
b) modalidade de prescrição da pretensão executória, é regulada
pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime e
pode ocorrer entre o recebimento da denúncia e a publicação da
sentença condenatória transitada em julgado para a acusação.
c) modalidade de prescrição da pretensão punitiva, é regulada pelo
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, não
podendo ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
d) antes prevista como forma de prescrição da pretensão punitiva,
foi abolida por recente reforma legislativa.
e) modalidade de prescrição da pretensão punitiva, é regulada pela
pena aplicada e pode ocorrer entre o recebimento da denúncia e a
publicação da sentença condenatória transitada em julgado para a
acusação.
COMENTÁRIOS: A prescrição retroativa é modalidade de prescrição da
pretensão PUNITIVA. Trata-se de prescrição regulada pela pena APLICADA
e pode ocorrer entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença
condenatória transitada em julgado para a acusação, nos termos do art.
110, §1º do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
!
25.! (FCC – 2005 – PGE/SE – PROCURADOR DE ESTADO)
A perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão
do decurso do prazo fixado para o seu exercício, e o de continuar a
movimentar a ação penal privada, causada pela inércia processual
do querelante, configuram, respectivamente,
A) prescrição e perempção.
B) perempção e decadência.
C) prescrição e decadência.
D) decadência e perempção.
E) decadência e prescrição.
COMENTÁRIOS: A perda do direito de representar ou oferecer a queixa
ocorre pelo fenômeno da decadência, que ocorre quando o ofendido não
pratica o ato no prazo de seis meses a contar do dia em que teve ciência

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da autoria do delito, nos termos do art. 38 do CPP. Por sua vez, a perda do!
direito de prosseguir na ação penal em razão da inércia do querelante
traduz o fenômeno da perempção, nos termos do art. 60 do CPP.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

26.! (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
De acordo com o Código Penal NÃO é causa de extinção da
punibilidade a
A) reparação do dano posterior à sentença irrecorrível no crime de
peculato culposo.
B) morte do agente.
C) anistia.
D) prescrição.
E) retroatividade de lei que não mais considera o fato como
criminoso.
COMENTÁRIOS: As hipóteses de extinção da punibilidade podem ser
genéricas, quando se apliquem a todo e qualquer crime, ou específicas,
quando se destinarem a determinados crimes apenas.
As hipóteses genéricas de extinção da punibilidade estão previstas no art.
107 do CP:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Assim, vemos que as quatro últimas alternativas se amoldam à previsão
legal, constituindo-se causas de extinção da punibilidade, nos termos do
art. 107, I, II, III e IV do CP.
A alternativa “A” cuida de hipótese que não se enquadra no rol das causas
extintivas da punibilidade genéricas. A reparação do dano é causa
específica de extinção da punibilidade, que se aplica no crime de peculato
culposo, mas só ocorre quando a reparação se dá antes da sentença
irrecorrível.
ASSIM, A ALTERNATIVA ERRADA É A LETRA A.

27.! (FCC - 2010 - TCE-RO - AUDITOR)

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No tocante às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar !
que
A) a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da
República.
B) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo da decadência.
C) são previstas exclusivamente na parte geral do Código Penal.
D) a concessão do indulto restabelece a condição de primário do !
beneficiado.
E) é cabível o perdão judicial em qualquer crime.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: A anistia é uma das causas genéricas de extinção da
punibilidade, prevista no art. 107, II do CP. No entanto, a sua concessão
se dá mediante Lei Ordinária (art. 21, XVII e art. 48, VIII da Constituição),
podendo o Projeto de Lei ser de iniciativa de qualquer pessoa.
B) CORRETA: A decadência é uma das hipóteses de extinção da
punibilidade, prevista no art. 107, IV do CP. Nos termos do art. 10 do CP,
contam-se os prazos incluindo-se o dia do começo. Tratando-se o prazo
decadencial de um prazo material (e não um prazo processual), inclui-se o
dia do começo, aplicando-se a regra do art. 10 do CPP;
C) ERRADA: As causas de extinção da punibilidade podem ser genéricas,
quando previstas na parte geral do CP, aplicando-se a todos os crimes,
indistintamente, ou específicas, quando se aplicam a apenas a um ou
alguns crimes, estando previstas, em regra, na parte especial do CP (Ex.:
Crime de peculato culposo e sua hipótese específica de extinção da
punibilidade);
D) ERRADA: Concedido o indulto, estará extinta a punibilidade, mas
permanecem os efeitos secundários da condenação, dentre eles, a condição
de não-primário (ou reincidente) no caso de prática de novo crime.
E) ERRADA: O perdão judicial só é cabível nos crimes expressamente
previstos em Lei para sua admissão, não podendo ser concedido fora destes
casos.
É concedido quando o Juiz verificar que as consequências do fato atingiram
o infrator de tal maneira que se torna desnecessária a aplicação da sanção
penal.
Via de regra só é admitido nos crimes culposos, mas nada impede que o
legislador estabeleça alguma hipótese de perdão judicial em crime doloso.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

28.! (FCC - 2007 - TRF-4R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
São causas extintivas de punibilidade, previstas no Código Penal,
além de outras:

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A) renúncia do direito de queixa, nos crimes de ação privada; e!
casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes.
B) anistia; perdão judicial, nos casos previstos em lei; morte da
vítima; e decurso do prazo.
C) retroatividade de lei que não mais considera o fato como
criminoso; prescrição, decadência ou perempção; e casamento do
agente com a vítima, nos crimes contra os costumes.
D) morte do agente; anistia, graça ou indulto; retroatividade de lei
que não mais considera o fato como criminoso; e prescrição,
decadência ou perempção.
E) prescrição, decadência, menoridade do agente; morte da vítima;
e agente maior de setenta anos na data do crime.
COMENTÁRIOS: As causas genéricas de extinção da punibilidade estão
previstas no art. 107 do CP:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Podemos perceber, portanto, que a alternativa D contempla somente
hipóteses em que efetivamente estará extinta a punibilidade, nos termos
do art. 107, I, II, III e IV do CP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

29.! (FCC – 2012 – TER/SP – ANALISTA JUDICIÁRIO)


Rubens está sendo processado por crime de peculato, praticado no
dia 03 de fevereiro de 2008, quando tinha 20 anos de idade. A
denúncia foi recebida no dia 05 de junho de 2008. Por sentença
judicial, publicada no Diário Oficial no dia 10 de novembro de 2011,
Rubens foi condenado a cumprir pena de 02 (dois) anos e 06 (seis)
meses de reclusão, em regime inicial aberto, e ao pagamento de 10
(dez) dias-multa. A pena privativa de liberdade aplicada pelo
Magistrado foi substituída, na forma do artigo 44, do Código Penal,
por uma pena restritiva de direitos de prestação de serviços à
comunidade, pelo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e
por 10 (dez) dias-multa, no valor unitário mínimo. A sentença
transitou em julgado no dia 1o de janeiro de 2012. Nesse caso, após
o trânsito em julgado, a prescrição para as penalidades aplicadas
ao réu verifica-se no prazo de

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a) 02 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas. !
b) 08 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as
multas.
c) 04 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
d) 04 anos para a pena privativa de liberdade e 02 anos para as
multas.
e) 08 anos para a pena privativa de liberdade e para as multas.
COMENTÁRIOS: Após o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória, os prazos prescricionais se regulam pela quantidade de pena
aplicada, e não mais pela pena abstratamente prevista. Vejamos:
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória
regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior,
os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. ∗+)(∋,−.!
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Assim, devemos considerar como parâmetro para cálculo do prazo
prescricional o tempo de pena privativa de liberdade aplicada, ainda que
convertida em restritiva de direitos e multa, pois estas prescrevem no
mesmo prazo das penas privativas de liberdade que substituíram:
Art. 109: (...)
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos
previstos para as privativas de liberdade. ∗+)(∋,−.! (∋(∋! /)0∋! 1)%! &2! 345678! ()!
9943497:;<
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: ∗+)(∋,−.! (∋(∋! /)0∋! 1)%! &2!
745=:8!()!924;4977=<
(...)
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de
liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou
cumulativamente aplicada. ∗>&?0≅Α(.!/)0∋!1)%!&2!745=:8!()!924;4977=<
Assim, considerando como parâmetro o prazo de 2 anos e 6 meses, temos
que a prescrição deve ocorrer em 08 anos. Vejamos:
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena
privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela
Lei nº 12.234, de 2010).
(...)
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a
quatro;
Porém, como o infrator possuía menos de 21 anos à época do fato, o prazo
prescricional se conta pela metade, vejamos o art. 115 do CP:
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso
era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da
sentença, maior de 70 (setenta) anos.∗+)(∋,−.! (∋(∋! /)0∋! 1)%! &2! 345678! ()!
9943497:;<
Assim, vemos que os prazos prescricionais para ambas as penas serão de
quatro anos (metade de 08 anos).

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PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. !

30.! (FCC – 2007 – ISS/SP – AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO


MUNICIPAL)
No que concerne às causas de extinção da punibilidade, é correto
afirmar que
a) a sentença que concede o perdão judicial será considerada para
efeito de reincidência.
b) a perempção constitui a perda do direito de representar ou de
oferecer queixa, em razão do decurso do prazo para o seu exercício.
c) cabe perdão do ofendido na ação penal pública condicionada.
d) a renúncia ao direito de queixa ocorre antes de iniciada a ação
penal privada.
e) o indulto deve ser concedido por lei.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: A sentença que concede o perdão judicial não é considerada
para efeitos de reincidência, nos termos do art. 120 do CP:
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para
efeitos de reincidência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
B) ERRADA: A perempção é a perda do direito de prosseguir na ação penal
privada em razão de negligência do ofendido na condução da ação. Vejamos
o art. 60 do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.

C) ERRADA: O perdão do ofendido só é cabível na ação penal privada.


Vejamos:
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
(...)
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;

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D) CORRETA: A renúncia é a manifestação da vítima, nos crimes de ação!
privada, declarando não ter interesse em ajuizar a ação penal privada,
renunciando a este direito. Por óbvio, só pode ocorrer até o início da ação
penal, pois após o que poderá ocorrer é o perdão do ofendido;
E) ERRADA: O indulto é benefício que deve ser concedido pelo Presidente
da República, conforme previsto na própria Constituição da República;
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

31.! (FCC – 2012 – TJ/GO – JUIZ)


No tocante à prescrição, é correto afirmar que
a) o dia do começo não se inclui no cômputo do prazo.
b) o prazo é sempre de dois anos no caso de penas restritivas de
direitos.
c) não constitui matéria prejudicial da análise do mérito da ação
penal.
d) incidirá sobre o total da pena, se reconhecido o concurso
material de infrações, e sobre a pena de cada um, isoladamente, se
identificado o formal.
e) se regula, em abstrato, pelo máximo da pena cominada, menos
um terço, no caso de imputação de crime tentado.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: O dia do começo se inclui no cômputo do prazo, por se tratar
de prazo material, nos termos do art. 10 do CP;
B) ERRADA: As penas restritivas de direitos prescrevem no mesmo prazo
das penas privativas de liberdade que elas substituíram, nos termos do art.
109, § único do CP;
C) ERRADA: A prescrição é uma matéria prejudicial à análise do mérito, na
medida em que, caso reconhecida, fica impedida a análise do mérito;
D) ERRADA: Incidirá, em qualquer destes casos, sobre a pena de cada um
deles, isoladamente, nos termos do art. 119 do CP;
E) CORRETA: Como nos crimes tentados aplica-se a pena do crime
consumado com redução de UM A DOIS TERÇOS, a pena máxima cominada
ao crime tentado é a mesma do crime consumado, MENOS UM TERÇO, eis
que mais que isso não será aplicado ao agente, nos termos do art. 14, II
do CP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

32.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Trata-se de causa extintiva da punibilidade consistente na
exclusão, por lei ordinária com efeitos retroativos, de um ou mais
fatos criminosos do campo de incidência do Direito Penal,
a) o indulto individual.

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b) a anistia. !
c) o indulto coletivo.
d) a graça.
COMENTÁRIOS: A anistia é causa de exclusão do fato criminoso, mediante
lei ordinária e com efeitos retroativos. O indulto e a graça são concedidos
pelo Presidente da República.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

33.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Com relação às causas de extinção da punibilidade previstas no
artigo 107 do Código Penal, assinale a alternativa correta.
a) O perdão do ofendido é ato unilateral, prescindindo de anuência
do querelado.
b) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles
impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da
conexão.
c) A perempção é causa de extinção de punibilidade exclusiva da
ação penal privada.
d) Em caso de morte do réu, não há falar em extinção da
punibilidade, devendo o juiz absolvê-lo com base no método de
resolução de conflitos do in dubio pro reo.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: O perdão é ato bilateral, e deve ser aceito pelo querelado, nos
termos do art. 106, III do CP.
B) ERRADA: Item errado, nos termos do art. 108, parte final, do CP:
Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento
constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos
crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto
aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
C) CORRETA: A perempção é um fenômeno que só se aplica às ações penais
privadas, não sendo aplicável às ações penais públicas.
D) ERRADA: A morte do agente é causa de extinção da punibilidade, nos
termos do art. 107, I do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

34.! (FGV – 2015 – OAB – XVI EXAME DE ORDEM)


Felipe, menor de 21 anos de idade e reincidente, no dia 10 de abril
de 2009, foi preso em flagrante pela prática do crime de roubo. Foi
solto no curso da instrução e acabou condenado em 08 de julho de
2010, nos termos do pedido inicial, ficando a pena acomodada em
04 anos de reclusão em regime fechado e multa de 10 dias, certo
que houve a compensação da agravante da reincidência com a

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atenuante da menoridade. A decisão transitou em julgado para!
ambas as partes em 20 de julho de 2010. Foi expedido mandado de
prisão e Felipe nunca veio a ser preso.
Considerando a questão fática, assinale a afirmativa correta.
a) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão
executória ocorrerá em 20 de julho de 2016.
b) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão
executória ocorreu em 20 de julho de 2014.
c) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão
executória ocorrerá em 20 de julho de 2022.
d) A extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão
executória ocorrerá em 20 de novembro de 2015.
COMENTÁRIOS: No caso em tela, a prescrição da pretensão executória
ocorrerá em 05 anos e quatro meses, contados do trânsito em julgado para
ambas as partes.
Isso porque o prazo prescricional a ser utilizado como parâmetro é o de 08
anos, pois a pena aplicada não supera 04 anos (art. 109, IV do CP).
Além disso, em se tratando de prescrição da pretensão executória de
condenado reincidente, este prazo é aumentado em um terço, nos termos
do art. 110 do CP.
Assim, até agora temos um prazo prescricional de 10 anos e 08 meses (08
anos + 1/3).
Contudo, como o réu era menor de 21 anos na data do fato, este prazo é
reduzido pela metade (art. 115 do CP). Assim, o prazo prescricional será
de 05 anos e 04 meses.
Desta forma, a extinção da punibilidade ocorrerá em 20.11.2015.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

35.! (FGV – 2014 – OAB – EXAME DE ORDEM)


Francisco foi condenado por homicídio simples, previsto no Art. 121
do Código Penal, devendo cumprir pena de seis anos de reclusão. A
sentença penal condenatória transitou em julgado no dia 10 de
agosto de 1984. Dias depois, Francisco foge para o interior do
Estado, onde residia, ficando isolado num sítio. Após a fuga, as
autoridades públicas nunca conseguiram capturá-lo. Francisco
procura você como advogado(a) em 10 de janeiro de 2014.
Com relação ao caso narrado, assinale a afirmativa correta
a) Ainda não ocorreu prescrição do crime, tendo em vista que ainda
não foi ultrapassado o prazo de trinta anos requerido pelo Código
Penal.
b) Houve prescrição da pretensão executória

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c) Não houve prescrição, pois o crime de homicídio simples é!
imprescritível.
d) Houve prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato,
pois Francisco nunca foi capturado.
COMENTÁRIOS: Considerando que o prazo prescricional, aqui, será de 12
anos, pois será utilizada a pena efetivamente aplicada como parâmetro
(arts. 109, III c/c art. 110 do CP), podemos afirmar que já transcorreu
prazo da prescrição da pretensão executória.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

36.! (FGV – 2012 – OAB – EXAME DE ORDEM)


No dia 18/10/2005, Eratóstenes praticou um crime de corrupção
ativa em transação comercial internacional (Art. 337-B do CP), cuja
pena é de 1 a 8 anos e multa. Devidamente investigado, Eratóstenes
foi denunciado e, em 20/1/2006, a inicial acusatória foi recebida.
O processo teve regular seguimento e, ao final, o magistrado
sentenciou Eratóstenes, condenando-o à pena de 1 ano de reclusão
e ao pagamento de dez dias-multa. A sentença foi publicada em
7/4/2007. O Ministério Público não interpôs recurso, tendo, tal
sentença, transitado em julgado para a acusação. A defesa de
Eratóstenes, por sua vez, que objetivava sua absolvição, interpôs
sucessivos recursos. Até o dia 15/5/2011, o processo ainda não
havia tido seu definitivo julgamento, ou seja, não houve trânsito
em julgado final. Levando-se em conta as datas descritas e
sabendo-se que, de acordo com o art. 109, incisos III e V, do Código
Penal, a prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final,
verifica-se em 12 (doze) anos se o máximo da pena é superior a
quatro e não excede a oito anos e em 4 (quatro) anos se o máximo
da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não exceda a dois,
com base na situação apresentada, é correto afirmar que
a) não houve prescrição da pretensão punitiva nem prescrição da
pretensão executória, pois desde a publicação da sentença não
transcorreu lapso de tempo superior a doze anos.
b) ocorreu prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois, após
a data da publicação da sentença e a última data apresentada no
enunciado, transcorreu lapso de tempo superior a 4 anos.
c) ocorreu prescrição da pretensão punitiva superveniente, que
pressupõe o trânsito em julgado para a acusação e leva em conta a
pena concretamente imposta na sentença.
d) não houve prescrição da pretensão punitiva, pois, como ainda
não ocorreu o trânsito em julgado final, deve-se levar em conta a
teoria da pior hipótese, de modo que a prescrição, se houvesse,
somente ocorreria doze anos após a data do fato.

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COMENTÁRIOS: No caso em tela ocorreu a prescrição da pretensão!
punitiva superveniente, que ocorre entre o trânsito em julgado para a
acusação e o trânsito em julgado para ambas as partes.
Tal modalidade de prescrição leva em conta a pena efetivamente aplicada,
que não mais poderá ser majorada, dado o trânsito em julgado para a
acusação. Como a pena aplicada foi de um ano de reclusão, o prazo
prescricional será de 04 anos, nos termos do art. 110, §1º do CP.
Entre o trânsito em julgado para a acusação e a data citada na narrativa já
havia transcorrido mais de 04 anos, motivo pelo qual deve ser reconhecida
a prescrição da pretensão punitiva superveniente.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

37.! (FGV – 2010 – OAB – EXAME DE ORDEM)


A respeito do regime legal da prescrição no Código Penal, tendo por
base ocorrência do fato na data de hoje, assinale a alternativa
correta.
a) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em
julgado para a acusação, regula-se pela pena aplicada, não
podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior
à da denúncia ou queixa.
b) A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 (dois) anos,
independentemente do prazo estabelecido para a prescrição da
pena de liberdade aplicada cumulativamente
c) Se o réu citado por edital permanece revel e não constitui
advogado, fica suspenso o processo, mantendo-se em curso o prazo
prescricional, que passa a ser computado pelo dobro da pena
máxima cominada ao crime.
d) São causas interruptivas do curso da prescrição previstas no
Código Penal, dentre outras, o recebimento da denúncia ou da
queixa, a pronúncia, a publicação da sentença condenatória ou
absolutória recorrível.
COMENTÁRIOS:
A) CORRETA: Esta é a exata previsão do art. 110, §1º do CP.
B) ERRADA: No caso de a multa ser aplicada cumulativamente com pena
privativa de liberdade, prescreverá no mesmo prazo desta, nos termos do
art. 114, II do CP.
C) ERRADA: Se o réu for citado por edital e não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos tanto o processo quanto o curso do prazo
prescricional, nos termos do art. 366 do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois a publicação da sentença ABSOLUTÓRIA
recorrível não interrompe a prescrição, nos termos do art. 117 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

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38.! (FAURGS – 2012 – TJ-RS – ANALISTA JUDICIÁRIO -!
ADAPTADA)
Sobre os efeitos da condenação criminal, assinale a alternativa que
apresenta a afirmação correta.
a) A perda do cargo, função ou mandato eletivo é um efeito
automático da condenação, devendo ser declarada pelo magistrado
quando da prolação da sentença, independentemente da pena
aplicada.
b) A perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou do
terceiro de boa-fé, do produto do crime ou de qualquer bem ou valor
que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato
criminoso, é um efeito automático da condenação.
c) A inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio
para prática de crime doloso, é um efeito automático da
condenação, sendo desnecessária sua declaração na sentença.
d) A obrigação de indenizar o dano causado pelo crime é um efeito
da condenação, mas, não é automático, e deve ser motivadamente
declarado na sentença.
e) Todos os efeitos da condenação previstos nos artigos 91 e 92 do
Código Penal são automáticos, sendo dispensável a sua declaração
na sentença condenatória de forma expressa e motivada.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: A perda do cargo, função ou mandato não é automática,
devendo ser declarada na sentença. Além disso, somente ocorrerá caso
seja aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um
ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para
com a Administração Pública ou quando seja aplicada pena privativa de
liberdade por tempo superior a quatro anos nos demais casos, nos termos
do art. 92, I do CP.
b) CORRETA: Item correto, pois este é um efeito automático da condenação
(confisco), nos termos do art. 91, II do CP.
c) ERRADA: Item errado, pois se trata de efeito NÃO automático da
condenação, devendo ser expressamente declarado na sentença, nos
termos do art. 92, III e seu § único do CP.
d) ERRADA: Item errado, pois se trata de efeito AUTOMÁTICO da
condenação, nos termos do art. 91, I do CP, c/c art. 92, § único do CP.
e) ERRADA: Item errado, pois os efeitos previstos no art. 92 não são
automáticos, devendo constar expressamente na sentença.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

39.! (FCC – 2008 – TCE/AL – PROCURADOR)


A perda de função pública constitui efeito da condenação quando
aplicada pena privativa de liberdade igual ou superior a

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A) quatro anos, nos crimes praticados com abuso de poder ou!
violação de dever para com a Administração Pública,
independentemente de motivação na sentença.
B) quatro anos, nos crimes praticados com abuso de poder ou
violação de dever para com a Administração Pública, desde que a
sentença apresente a necessária motivação.
C) um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação
de dever para com a Administração Pública, desde que a sentença
apresente a necessária motivação.
D) um ano, para qualquer crime, desde que a sentença apresente a
necessária motivação.
E) um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação
de dever para com a Administração Pública, independentemente de
motivação na sentença.
COMENTÁRIOS: A perda da função pública é um efeito secundário
extrapenal da condenação, sendo também classificado como um efeito
específico, pois só se aplica a determinados casos. Está previsto no art. 92,
I do CP:
Art. 92 - São também efeitos da condenação:(Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984), I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:
(Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996), a) quando aplicada pena
privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes
praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração
Pública; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996), b) quando for aplicada
pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais
casos. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996).
Vejam que ela pode ocorrer e duas hipóteses: Crime praticado contra a
administração pública (pena aplicada igual ou superior a um ano); Qualquer
crime (Pena privativa de liberdade superior a 04 anos).
Este efeito da condenação não é automático, devendo constar
expressamente na sentença, nos termos do § único do mesmo art.:
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos,
devendo ser motivadamente declarados na sentença. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984).
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

40.! (FCC – 2011 – TRE/TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)
Nos termos do Código Penal, é efeito automático da condenação,
não sendo necessário ser declarado na sentença:
A) A perda de cargo, função pública ou mandato eletivo quando for
aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a quatro
anos em qualquer crime, salvo nos crimes praticados com abuso de
poder ou violação de dever para com a Administração Pública.

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B) A perda de cargo, função pública ou mandato eletivo, quando!
aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a
um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de
dever para com a Administração Pública.
C) Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime.
D) A incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou
curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão,
cometidos contra filho, tutelado ou curatelado.
E) A inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio
para a prática de crime doloso.
COMENTÁRIOS: A ocorrência automática dos efeitos extrapenais só se dá
nas hipóteses de efeitos extrapenais genéricos, previstos no art. 91 do CP
(obrigação de reparar o dano e confisco), o que se extrai mediante uma
interpretação a contrario sensu do § único do art. 92, que diz ser aplicável
somente aos efeitos previstos naquele artigo.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos,
devendo ser motivadamente declarados na sentença. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984).
Como os efeitos citados (obrigação de reparar o dano e confisco) se
encontram no art. 91, daí decorre que sejam efeitos automáticos,
dispensando expressa previsão na sentença.
DESTA MANEIRA, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

41.! (FCC – 2010 – TJ/PI – ASSESSOR JURÍDICO)


Constitui, dentre outros, efeito penal secundário da condenação
A) a inscrição do nome do condenado no rol dos culpados.
B) a reparação do dano resultante do crime.
C) o confisco dos instrumentos do crime, na forma prevista em lei.
D) a incapacidade para o exercício do pátrio poder, nos casos
previstos em lei.
E) inabilitação para dirigir veículos, nos casos previstos em lei.
COMENTÁRIOS: O efeito penal é aquele que, como o próprio nome diz,
afeta a vida do condenado na esfera criminal. Pode ser primário, quando
se tratar do objetivo principal da condenação, que é a aplicação da lei penal
(pena ou medida de segurança).
Pode ser, ainda, secundário, quando, de qualquer outra maneira, afeta a
vida do condenado na esfera penal. Assim, um dos efeitos penais
secundários é a inscrição do nome do condenado no rol dos culpados, que
embora não esteja previsto no CP, é efeito estabelecido no art. 393, II do
CPP. Vejamos:
Art. 393. São efeitos da sentença condenatória recorrível: (Revogado pela Lei
nº 12.403, de 2011). (...), II - ser o nome do réu lançado no rol dos culpados.

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Entretanto, este artigo 393, como vocês podem perceber, foi revogado!
recentemente pela Lei 12.403/11, de forma que, atualmente, não possui
mais vigência. A inscrição do nome no rol dos culpados não pode mais ser
efeito da sentença RECORRÍVEL, pois seria violação à presunção de
inocência.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

42.! (FCC – 2009 – TJ/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)
Os efeitos extrapenais da condenação, previstos no art. 92 do
Código Penal brasileiro, são:
A) não específicos e genéricos.
B) automáticos e secundários.
C) específicos e não automáticos.
D) primários e não automáticos.
E) genéricos e específicos.
COMENTÁRIOS: Os efeitos extrapenais, como vimos, podem ser
genéricos ou específicos e automáticos ou não-automáticos. Os efeitos
previstos no art. 91, por interpretação a contrario sensu do § único do art.
92 do CP são genéricos e automáticos. Por sua vez, os efeitos extrapenais
previstos no art. 92, em razão de expressa previsão em seu § único,
dependem de previsão na sentença condenatória, sendo, portanto, não
automáticos. São considerados, ainda, específicos, eis que não se aplicam
a todo e qualquer caso de condenação, indistintamente, mas somente
naqueles casos previstos nos incisos I, II e III do art. 92.
DESTA MANEIRA, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

43.! (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO)


Crime que tem reprimenda privativa de liberdade cominada de 1
(um) ano a 4 (quatro) anos, após ter reconhecida a modalidade
tentada e sem considerar qualquer outra majorante ou minorante,
terá pena fixada entre os patamares mínimo de
a) 4 (quatro) meses e máximo de 1 (um) ano e 4 (quatro) meses.
b) 6 (seis) meses e máximo de 3 (três) anos.
c) 9 (nove) meses e máximo de 3 (três) anos e 4 (quatro) meses.
d) 9 (nove) meses e máximo de 2 (dois) anos e oito meses.
e) 4 (quatro) meses e máximo de 2 (dois) anos e 8 (oito meses).
COMENTÁRIOS: Considerando-se a inexistência de agravantes e
atenuantes, bem como outras causas de aumento e diminuição,
chegaremos a uma pena que irá variar entre 04 meses e 02 anos e 08
meses.
Explico:

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Em se tratando de crime na modalidade TENTADA, a pena deverá sofrer!
uma diminuição que varia entre 1/3 e 2/3, na forma do § único do art. 14
do CP:
Art. 14 (...)
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a
pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois
terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Assim, para chegarmos ao patamar mínimo, precisamos aplicar a redução
máxima. Logo: 01 ano, menos 2/3, que é igual a 04 meses. Esse será o
mínimo que poderá ser aplicado.
Para se chegar ao máximo, porém, devemos aplicar a redução mínima (1/3
de redução). Assim, 04 anos menos 1/3 (que equivale a 01 ano e 04
meses). Assim, chegaremos aos 02 anos e 08 meses como patamar
máximo.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

44.! (FCC – 2012 – TJ-GO – JUIZ)


As circunstâncias agravantes
a) podem elevar a pena acima do máximo previsto em lei para o
crime, do mesmo modo que as causas de aumento.
b) não incidem nos crimes culposos, salvo a reincidência.
c) serão consideradas na fixação da pena-base.
d) sempre preponderam sobre as circunstâncias atenuantes, no
caso de concurso entre umas e outras.
e) não incidem quando também qualificarem o crime, mas podem
ser aplicadas se elementares da infração.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: As circunstâncias agravantes não podem elevar a pena acima
do máximo legal, ao contrário das causas de aumento de pena.
B) CORRETA: De fato, exceto a reincidência, as demais circunstâncias
agravantes não se aplicam aos crimes culposos, eis que relativas ao modo
do crime, embora já tenha havido decisão no STF em sentido contrário.
C) ERRADA: As agravantes são consideradas na segunda fase da fixação
da pena, logo após a pena-base, nos termos do art. 68 do CP.
D) ERRADA: No concurso entre atenuantes e agravantes, preponderam as
circunstâncias relativas aos motivos do crime, à personalidade do agente e
à reincidência, nos termos do art. 67 do CP:
Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se
do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como
tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do
agente e da reincidência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
E) ERRADA: Quando também qualificam o delito ou quando são
elementares da infração, as circunstâncias agravantes não podem ser

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aplicadas, sob pena de haver o que se chama de dupla imputação pelo!
mesmo fato, ou seja, BIS IN IDEM.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

45.! (FCC – 2012 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO)


Considere as assertivas abaixo.
I. O sistema pátrio de dosimetria das penas adotou o sistema
bifásico.
II. O enquadramento da conduta em circunstância qualificadora
precede a primeira fase, ao passo que as causas especiais de
aumento de pena são computadas na última fase da dosimetria.
III. Segundo recente jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
admite-se a fixação da pena abaixo do mínimo legal por força de
circunstâncias atenuantes genéricas.
IV. Não apontadas circunstâncias judiciais desfavoráveis ao ensejo
da aplicação do artigo 59 do Código Penal, não é admitida a
alegação de gravidade do crime para se fixar regime prisional mais
rigoroso do que o estabelecido para o tempo de pena imposta.
V. Recente alteração legislativa inovou ao permitir o agravamento
da pena por maus antecedentes em razão de ação penal em curso,
desde que haja decisão condenatória proferida por órgão colegiado.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) IV.
b) V.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, IV e V.
COMENTÁRIOS:
I - FALSO: Adotou-se o sistema trifásico, nos termos do art. 68 do CP.
II - VERDADEIRO: As qualificadoras estabelecem novos patamares mínimos
e máximos de pena, sendo, portanto, anteriores à primeira fase. Já as
causas de aumento de pena são aplicadas na última fase, nos termos do
art. 68 do CP.
III - FALSO: STF e STJ entendem que as atenuantes genéricas não podem
levar a pena abaixo do mínimo legal, nem as agravantes genéricas podem
elevar a pena acima do máximo legal.
IV - VERDADEIRO: Esse é o entendimento sumulado do STF, através do
verbete nº 719 da Súmula de sua Jurisprudência:
"a imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada
permitir exige motivação idônea"
V - FALSO: Não existe nenhuma alteração legislativa nesse sentido.

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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. !

46.! (FGV – IX EXAME UNIFICADO DA OAB)


Guilherme praticou, em 18/02/2009, contravenção penal de vias
de fato (Art. 21 do Decreto Lei n. 3.688/41), tendo sido condenado
à pena de multa. A sentença transitou definitivamente em julgado
no dia 15/03/2010, mas Guilherme não pagou a multa. No dia
10/07/2010, Guilherme praticou crime de ato obsceno (Art. 233 do
CP).
Com base na situação descrita e na legislação, assinale a afirmativa
correta.
A) Guilherme não pode ser considerado reincidente por conta de
uma omissão legislativa.
B) Guilherme deve ter a pena de multa não paga da primeira
condenação convertida em pena privativa de liberdade.
C) Guilherme é reincidente, pois praticou novo crime após
condenação transitada em julgado.
D) A pena de multa não gera reincidência.
COMENTÁRIOS:
A) O item está correto. A prática de crime, após condenação definitiva por
contravenção, não gera reincidência, em razão de uma brecha legislativa,
já que o art. 63 do CP prevê como reincidência apenas a prática de crime
após condenação definitiva por crime anterior. Vejamos:
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois
de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
A Lei de Contravenções Penais ainda chega a estabelecer que a
condenação por contravenção, após condenação definitiva por crime ou
contravenção anterior, também gera reincidência. Assim, esqueceram de
incluir a situação daquele que pratica crime após ser condenado por
contravenção, que, portanto, é considerado reincidente.
B) A pena de multa, uma vez não paga, deve ser executada como dívida
de valor, não admitindo conversão em privação da liberdade, por não haver
previsão legal, conforme entendimento do STJ;
C) O item está errado, nos termos da fundamentação da alternativa A;
D) O item está errado, eis que o fato de a pena aplicada ser de multa não
influencia na questão da reincidência, nos termos do art. 63 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

47.! (FCC – 2014 – DPE-CE – DEFENSOR PÚBLICO)


As circunstâncias atenuantes

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a) sempre preponderam sobre as circunstâncias agravantes, no!
caso de concurso entre umas e outras.
b) constituem fatores de redução da pena estabelecidos em
quantidades fixas.
c) não devem ser consideradas na fixação da pena-base.
d) podem ser reconhecidas ainda que não previstas expressamente
em lei, mas apenas se anteriores ao crime.
e) permitem a redução da pena abaixo do mínimo legal, segundo
entendimento sumulado.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Item errado. À exceção da menoridade (ser menor de 21 anos
na data do fato), que prepondera sobre todas, no concurso de agravantes
e atenuantes irá preponderar a circunstância que se refira a questões
subjetivas (motivos determinantes do delito, por exemplo).
B) ERRADA: Item errado, pois cabe ao Juiz estabelecer quanto irá aplicar
de redução, não havendo patamares fixos estabelecidos pela Lei.
C) CORRETA: Tais circunstâncias (atenuantes) são analisadas na segunda
etapa, e não na primeira fase da fixação da pena.
D) ERRADA: Item errado, pois podem ser reconhecidas ainda quando não
previstas expressamente em lei, e ainda que se refiram a fatos posteriores
ao delito, nos termos do art. 66 do CP.
E) ERRADA: O STJ possui entendimento sumulado no sentido de que o
reconhecimento de circunstâncias atenuantes NÃO pode levar a pena a um
patamar abaixo do mínimo legal (o que só pode ocorrer por meio da
aplicação de eventuais causas de diminuição de pena). Vejamos:
Súmula 231 do STJ
A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena
abaixo do mínimo legal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

48.! (FCC – 2014 – TCE-GO – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO)


No processo de aplicação da pena, os maus antecedentes do agente
incluem-se dentre as
a) circunstâncias agravantes.
b) qualificadoras.
c) circunstâncias judiciais.
d) causas especiais de aumento de pena.
e) circunstâncias objetivas.
COMENTÁRIOS: Os maus antecedentes devem ser valorados quando da
FIXAÇÃO DA PENA-BASE, ou seja, são considerados circunstâncias
judiciais, nos termos do art. 59 do CP:

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Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social,!
à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do
crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

49.! (FCC – 2014 – TJ-AP – JUIZ)


Com relação à atenuante genérica da menoridade etária do agente,
é correto afirmar:
a) Não incide em crimes cometidos contra criança (Código Penal,
art. 61, inc. II, alínea “h”, primeira hipótese).
b) Segundo a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,
prepondera sobre a agravante da reincidência.
c) Segundo o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça,
sua prova não necessariamente será documental.
d) Segundo o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça,
pode eventualmente reduzir a pena final abaixo do mínimo legal
abstratamente cominado.
e) Segundo posicionamento doutrinário dominante, a norma penal
em referência foi derrogada em 2002 pelo advento da plena
capacidade civil aos 18 anos de idade.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Não há qualquer vedação à aplicação da atenuante neste caso.
B) CORRETA: Esta é o entendimento do STJ:
(...) A atenuante da menoridade relativa prepondera sobre qualquer
outra circunstância, inclusive sobre a reincidência, consoante pacífica
jurisprudência desta Corte Superior.
(...)
(HC 274.758/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em
18/02/2014, DJe 05/03/2014)
Lembrando apenas que a “menoridade” aqui tratada se refere ao fato de o
agente possuir menos de 21 anos à época do fato, e não 18 anos. Se o
agente fosse menor de 18 anos, seria inimputável e, portanto, não
responderia pelo delito.
C) ERRADA: Item errado, pois a menoridade do agente deve ser
comprovada por documento hábil, inclusive há súmula do STJ nesse sentido
(verbete nº 74).
D) ERRADA: Item errado, pois o STJ possui entendimento sumulado no
sentido de que as circunstâncias atenuantes não podem levar a pena a um
patamar abaixo do mínimo legal:
Súmula 231 do STJ
A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena
abaixo do mínimo legal.

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E) ERRADA: O entendimento doutrinário dominante é no sentido da!
ausência de revogação da norma.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

50.! (FCC – 2014 – TRT18 – JUIZ DO TRABALHO)


No tocante às circunstâncias atenuantes, é correto afirmar que
a) permitem a redução da pena abaixo do mínimo previsto na lei,
segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça.
b) incidem na terceira etapa do cálculo da pena.
c) são inaplicáveis se não previstas expressamente em lei.
d) o desconhecimento da lei, embora inescusável, pode ser
empregado para atenuar a pena.
e) a reparação do dano não a configura, constituindo apenas causa
geral de diminuição da pena.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Item errado, pois o STJ possui entendimento sumulado no
sentido de que as circunstâncias atenuantes não podem levar a pena a um
patamar abaixo do mínimo legal:
Súmula 231 do STJ
A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena
abaixo do mínimo legal.
B) ERRADA: Incidem na segunda etapa da fixação da pena.
C) ERRADA: Item errado, pois podem ser reconhecidas ainda quando não
previstas expressamente em lei, e ainda que se refiram a fatos posteriores
ao delito, nos termos do art. 66 do CP.
D) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 65, II do CP.
E) ERRADA: Pois o art. 65, III, b do CP trata a reparação do dano como
circunstância atenuante.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

51.! (FGV – 2014 – OAB – XV EXAME DE ORDEM)


José cometeu, em 10/11/2008, delito de roubo. Foi denunciado,
processado e condenado, com sentença condenatória publicada em
18/10/2009. A referida sentença transitou definitivamente em
julgado no dia 29/08/2010. No dia 15/05/2010, José cometeu
novo delito, de furto, tendo sido condenado, por tal conduta, no dia
07/04/2012.
Nesse sentido, levando em conta a situação narrada e a disciplina
acerca da reincidência, assinale a afirmativa correta.
a) Na sentença relativa ao delito de roubo, José deveria ser
considerado reincidente.

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b) Na sentença relativa ao delito de furto, José deveria ser!
considerado reincidente.
c) Na sentença relativa ao delito de furto, José deveria ser
considerado primário.
d) Considera-se reincidente aquele que pratica crime após
publicação de sentença que, no Brasil ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior
COMENTÁRIOS: O agente não é considerado reincidente neste caso, pois
a prática do novo delito ocorreu ANTES do trânsito em julgado da sentença
condenatória pelo delito anterior. Vejamos o art. 63 do CP:
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois
de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

52.! (FGV – 2014 – DPE-DF – ANALISTA)


Osvaldo foi condenado pela prática do crime de estelionato. Ao
aplicar a pena, o magistrado majorou a pena base indicando, entre
as circunstâncias judiciais previstas no Artigo 59 do Código Penal
brasileiro, os antecedentes de Osvaldo. Para tanto, o magistrado
observou que a Folha de Antecedentes Criminais de Osvaldo trazia
5 anotações, entre elas uma condenação não transitada em julgado
pela prática do crime de falsidade ideológica. As demais anotações
referiam-se a inquéritos policiais em andamento para a apuração
de suposta prática do crime de estelionato.
Quanto à decisão do magistrado, é correto afirmar que:
a) a pena base não poderia ter sido majorada com fundamento nos
antecedentes de Osvaldo, uma vez que não há condenação
transitada em julgado na Folha de Antecedentes Criminais do
acusado.
b) a pena base foi majorada corretamente, uma vez que algumas
anotações constantes da Folha de Antecedentes Criminais de
Osvaldo se referem ao crime de estelionato.
c) a pena base foi majorada corretamente, uma vez que há
condenação, ainda que não transitada em julgado, na Folha de
Antecedentes Criminais de Osvaldo.
d) a pena base poderia ter sido majorada caso a condenação
constante da Folha de Antecedentes Criminais de Osvaldo dissesse
respeito ao crime de estelionato.
e) a pena base foi majorada corretamente, uma vez que qualquer
anotação em Folha de Antecedentes Criminais pode justificar o
incremento da pena base com fundamento nos antecedentes do
acusado.

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COMENTÁRIOS: A pena base, aqui, não poderia ter sido majorada, pois a!
existência de inquéritos e ações penais em curso não podem ser
considerados como maus antecedentes, eis que não há sentença penal
condenatória transitada em julgado, o que configura violação ao princípio
da presunção de inocência.
O STJ, inclusive, já sumulou a questão:
Súmula 444
E vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para
agravar a pena-base.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

53.! (FCC – 2015 – TJ-PE – JUIZ)


No cálculo da pena, o juiz deverá considerar o arrependimento
posterior, a culpabilidade e a confissão espontânea nas seguintes
etapas, respectivamente:
a) primeira, segunda e terceira.
b) terceira, segunda e primeira
c) primeira, terceira e segunda.
d) terceira, primeira e segunda
e) segunda, primeira e terceira.
COMENTÁRIOS: O arrependimento posterior é causa de diminuição de
pena, motivo pelo qual deve ser analisado na terceira etapa da dosimetria
da pena.
A culpabilidade do réu é um dos elementos do at. 59 do CP, motivo pelo
qual deve ser analisada na primeira etapa, quando da fixação da pena-
base.
Por fim, a confissão espontânea é uma atenuante genérica, razão pela qual
é aplicada na segunda etapa.
Vejamos o art. 68 do CP:
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste
Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e
agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

11.! GABARITO

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1.! ALTERNATIVA C

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2.! ALTERNATIVA A !
3.! ALTERNATIVA B
4.! ALTERNATIVA E
5.! ALTERNATIVA A
6.! ALTERNATIVA C
7.! ERRADA
8.! CORRETA
9.! ALTERNATIVA E
10.! ALTERNATIVA A
11.! ALTERNATIVA B
12.! ALTERNATIVA E
13.! ALTERNATIVA A
14.! ALTERNATIVA E
15.! ALTERNATIVA B
16.! ALTERNATIVA A
17.! ALTERNATIVA B
18.! ALTERNATIVA C
19.! ALTERNATIVA C
20.! ALTERNATIVA B
21.! ALTERNATIVA D
22.! ALTERNATIVA D
23.! ALTERNATIVA E
24.! ALTERNATIVA E
25.! ALTERNATIVA D
26.! ALTERNATIVA A
27.! ALTERNATIVA B
28.! ALTERNATIVA D
29.! ALTERNATIVA C
30.! ALTERNATIVA D
31.! ALTERNATIVA E
32.! ALTERNATIVA B
33.! ALTERNATIVA C
34.! ALTERNATIVA D
35.! ALTERNATIVA B
36.! ALTERNATIVA C
37.! ALTERNATIVA A
38.! ALTERNATIVA B
39.! ALTERNATIVA C
40.! ALTERNATIVA C
41.! ALTERNATIVA A

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42.! ALTERNATIVA C !
43.! ALTERNATIVA E
44.! ALTERNATIVA B
45.! ALTERNATIVA C
46.! ALTERNATIVA A
47.! ALTERNATIVA C
48.! ALTERNATIVA C
49.! ALTERNATIVA B
50.! ALTERNATIVA D
51.! ALTERNATIVA C
52.! ALTERNATIVA A
53.! ALTERNATIVA D

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