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quinta-feira, 21 de abril de 2011

A ECONOMIA BRASILEIRA - DO PLANO CRUZADO


AOS DIAS ATUAIS
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos

Durante toda a década de 1980, a inflação preocupou os dirigentes


brasileiros. A partir de 1986, o Brasil passou por diversos planos de
estabilização econômica. Todos tinham o mesmo objetivo: acabar com a
inflação e criar condições favoráveis para o desenvolvimento econômico.
No entanto, todos fracassaram, fato que gerou na população o
receio de uma recessão maior, bem como a frustração pela ausência de
mudanças econômicas.
Contudo, foi a partir da implantação do Plano Real que a
economia brasileira ganhou estabilidade. Na atualidade, o Brasil,
economicamente, encontra-se mais fortalecido.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma síntese sobre
a trajetória da economia brasileira, nas últimas décadas.

2 DESENVOLVIMENTO
2.1 PLANO CRUZADO

O Plano Cruzado foi a primeira tentativa do governo federal,


visando estabilizar a economia. O Plano Cruzado foi implantado em
fevereiro de 1986, combinando austeridade fiscal e monetária com a
preocupação de elevar a renda dos assalariados.
Afirma Rezende Filho (1999, p. 174), que com o Plano Cruzado:

Os salários foram convertidos tendo como base o poder de compra


médio dos últimos seis meses em valores correntes, e todos os
assalariados receberam um abono de 8% (o salário mínimo teve
tratamento privilegiado, tendo um aumento real de 16%). Além disso, as
datas anuais dos subsídios coletivos foram preservadas, quando os
salários seriam corrigidos em 60% da variação do custo de vida, além de
serem automaticamente corrigidos sempre que a inflação acumulasse a
taxa de 20%, disparando o gatilho de reajuste.

O Plano Cruzado visava ao combate da inflação através da


estabilidade da moeda, de modo a proporcionar uma melhor distribuição
de renda. O governo não estabeleceu metas para a política monetária ou
fiscal.
Explica Silva (2000), que o congelamento de preços adotado foi
também um fator de redistribuição da renda. No entanto, isto resultou
num elevado aumento do consumo.
No início do referido plano, houve uma redução considerável dos
depósitos nas cadernetas de poupanças, desviada para o consumo. Este
fato impediu que o governo tivesse à sua disposição recursos a juros
baixos, que poderiam ser destinados a financiamento da dívida pública
interna e a manter os projetos do Sistema Financeiro de Habitação.
O Plano Cruzado acabou fracassando, trazendo a volta da
aceleração inflacionária, fato que ocorreu devido a instabilidade
econômica, a desvalorização salarial, ao congelamento de preços sem
prévio alinhamento e sem disciplina salarial dentre outros vários fatores
Conforme (REZENDE FILHO,1999).
Em síntese, as políticas de estabilização implementadas pelo
governo Sarney (Plano Cruzado, Plano Bresser, ortodoxia gradualista e
Plano Verão) não conseguiram assegurar a manutenção da estabilidade a
longo prazo. Ao contrário, “reforçaram as atitudes defensivas dos agentes
econômicos, os quais não desejavam mais ser surpreendidos com
políticas heterodoxas, que significavam congelamentos dos preços e
salários, quebra de contratos, mudança de moeda, alteração das regras de
indexação, entre outras’ (ANJOS, 2002, p. 20).

2.2 PLANO BRESSER

Elaborado pelo economista Luiz Carlos Bresser Pereira, então


Ministro da Fazenda, ao contrário das medidas anteriores, o Plano
Bresser queria alcançar inflação zero, convivendo com taxas inflacionárias
mais reduzidas, e que pudessem ser controladas.
O Plano Bresser também não atingiu seus objetivos apesar de
tecnicamente ter sido mais sólido e com maior flexibilidade
administrativa que o Plano Cruzado.
Vários fatores contribuíram para seu fracasso. Rezende Filho
(1999), destaca os seguintes;
a) a falta de apoio da população após o fracasso do Plano
Cruzado;
b) a expectativa geral de que o congelamento seria apenas uma
trégua passageira, e que após os três meses os reajustes de preços e
salários seriam retomados;
c) o desequilíbrio dos preços relativos, devido tanto aos aumentos
defensivos antes da decretação do congelamento como as majorações dos
preços administrados pelo governo;
d) as taxas de juros reais positivas inibiam os investimentos
produtivos, privilegiando os especulativos, embora reduzissem a
explosão de consumo.

2.3 PLANO VERÃO

De acordo com Baer (1993), o Plano Verão foi a última tentativa do


governo Sarney, objetivando ajustar a economia.
Instituído em 1989, o referido plano continha elementos ortodoxos
e heterodoxos para o combate à inflação e buscava-se deter a inflação pelo
controle do déficit público, privatização de empresas estatais, demissão
de funcionários e contração da demanda interna.
Com o Plano Verão, a moeda mudou de Cruzado para Cruzado
Novo, equivalente a mil cruzados. No entanto, o referido plano além de
não evitar a elevação contínua e acelerada da inflação, causava ainda
forte recessão.
Informa Rezende Filho (1999), que o Plano Verão tentou conter a
inflação de forma ilusória, pois com o congelamento dos preços já existia
uma inflação camuflada fazendo com que não se solidificasse por muito
tempo.
Deve-se registrar que o Plano Verão fracassou, pois não atingiu
nenhum resultado concreto. O déficit público aumentou e a inflação
continuou em sua trajetória de aceleração.
Conforme Baer (1993), o impacto do Plano Verão foi ainda mais
breve do que o dos planos heterodoxos anteriores.
É importante ressaltar que as tentativas mal sucedidas do Plano
Cruzado, Bresser e Verão de extinguir o processo inflacionário,
compreendidos entre1986 a 1989, provocaram um agravamento nas
precárias condições econômicas do país, produzindo uma grande uma
crise de governo.

2.4 PLANOS COLLOR I E COLLOR II

Segundo Baer (1993), em março de 1990, quando o governo Collor


tomou posse, a inflação havia atingido uma taxa mensal de 81%.
Diante dessa hiperinflação, implantou-se o Plano Collor, definido
como um ambicioso programa de estabilização, baseado em um inédito
confisco monetário por 18 meses, que atingiu as contas correntes, a
poupança e os diversos tipos de aplicações financeiras.
De acordo com Silva (2000), em números, o Plano Collor
estabelecia que as pessoas físicas ou jurídicas poderiam retirar de suas
contas correntes e/ou cadernetas de poupança até um valor máximo de
NCz$ 50.000,00, e de suas aplicações no overnight e outros fundos de
curto prazo, o máximo de NCz$ 25.000,00 ou 20%, o que fosse maior.
Nesse período da história econômica brasileira, houve a
reformulação dos índices de correção monetária e a mudança da moeda
de Cruzado Novo para Cruzeiro.
Afirma Rezende Filho (1999), que o Plano Collor I visava produzir
um forte choque deflacionário, que reduzisse drasticamente a liquidez da
economia com um amplo programa de privatização das empresas estatais
e a abertura do mercado brasileiro às importações.
Acrescenta o autor que o Plano Collor I buscava modernizar o
país mesmo não observando os efeitos no âmbito social, provocando uma
recessão global e dificultando ainda mais a geração de empregos.
Lançado em 1991, o Plano Collor II ficou caracterizado como
sendo um pacote fiscal baseado na restrição do crédito, no fortalecimento
das finanças públicas e numa taxa de câmbio, que deveria manter o valor
real da moeda.
Segundo Baer (1996), este pacote incluía mudanças no imposto de
renda, aumento em alguns impostos das faixas de tributação mais
elevadas, eliminação de impostos de pouca importância e elevação de
alguns impostos diretos.
Acrescenta esse autor, que em 1992, a instabilidade política, além
de ter forçado o impeachment do presidente, fiz com que a taxa de
inflação tornasse a subir atingindo uma média de 25% ao mês na segunda
metade do ano e o PIB real declinou cerca de 1% em 1992.

2.5 PLANO REAL

De acordo com Anjos (2002, p. 20-21),

O Plano Real, implementado em 1994, significou uma complexa


engenharia de combate à inflação, baseado que foi no ajuste fiscal
(novamente provisório), na indexação plena da economia a uma unidade
de conta, a Unidade Real de Valor, que alinhou os preços relativos, e na
reforma monetária. Além disso, também foi fundamental a aceleração do
processo de abertura e a valorização do real, em relação ao dólar, no
início do plano, que ampliou a oferta de bens importados, pressionando,
para baixo, os preços internos.

Após a implantação do Plano Real, o governo intensificou o


programa de privatizações das estatais, transferindo para o setor privado
os custos de modernização, focalizando suas atuações nas áreas
consideradas essenciais, como saúde, educação, segurança, justiça e
tecnologia etc. (LACERDA, 1999).
Afirma Baer (1996), que o Plano Real foi desenvolvido em três
processos: o primeiro visando equilibrar as contas do governo, através de
um ajuste fiscal e combater as causas da inflação. O segundo criação de
um padrão estável de valor, a URV. E, o terceiro, emitir esse padrão como
moeda - o Real
Deve-se registrar que a primeira fase do referido novo foi
implementado com o Programa de Ação Imediata (PAI), que consistia em
reorganizar as relações entre finanças públicas e economia privada
(LACERDA, 1999).

3 CONCLUSÃO

A análise do material bibliográfico selecionado para fundamentar


o presente trabalho acadêmico, constatou que a economia brasileira,
nessas últimas décadas enfrentou várias crises, que trouxe recessão e
estagnação, causando transtornos para toda a sociedade.
Tentativas elaboradas e colocadas em práticas pelos governos
Sarney e Collor de Mello, fracassaram.
O Plano Real conseguiu quebrar os efeitos da inflação e dotou a
política monetária de uma certa autonomia sobre a oferta de moeda. A
partir de então, a política econômica obteve a condução correta e passou a
responder aos choques atuais e antecipados, sendo menos afetada pela
inflação.
Na década de 1990, diferente da anterior, que foi chamada de
década perdida, o governo iniciou o processo de abertura da economia,
que ficou caracterizado pelas privatizações e pelo surgimento de um
novo sistema bancário.
Na atualidade, o Brasil apresenta uma economia mais sólida,
resultante das ações desenvolvidas, pelos governos Fernando Henrique e
Luís Inácio Lula da Silva.

4 REFERÊNCIAS

ANJOS, Maria Anita dos. Retrospectiva da economia brasileira nos


últimos 45 anos. Revista FAUBUSINESS, n. 4, dez, 2002, pp. 18-21.

BAER, Werner. O rumo perdido: a crise fiscal e financeira do estudo


brasileiro. São Paulo: Paz e Terra, 1993.
______. A economia brasileira. São Paulo: Nobel, 1996.

LACERDA, Antônio Corrêa de. Plano real: Entre a estabilização


duradoura e a vulnerabilidade externa.In: KON, Anita
(org.). Planejamento no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1999.
REZENDE FILHO, Cyro de Barros. Economia brasileira contemporânea.
São Paulo: Contexto, 1999.

SILVA, Adelphino Teixeira da. Economia e mercado. 18 ed. São Paulo:


Atlas, 2000.

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