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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA - UNISOCIESC

CENTRO UNIVERSITÁRIO SOCIESC

CURSO DE PEDAGOGIA

TATIANE STANEN

A INFLUENCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO ÂMBITO ESCOLAR

REALEZA
2017
A INFLUENCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO ÂMBITO ESCOLAR

Tatiane Stanen 1
Elaine Wahlbrink Engster2

RESUMO

O presente artigo apresentou como motivação para sua elaboração, debater e


refletir como as relações interpessoais influenciam nas relações de trabalho
vivenciadas dentro do ambiente escolar; e como escopo analisar os aspectos que
podem favorecer um ambiente de trabalho no qual sobressaiam relações
interpessoais mais humanas, respeitosas e justas, principalmente visando o
respeito à diversidade sócio-cultural de todos os envolvidos no processo
educacional que relacionam-se de forma direta ou indiretamente com o aluno.
Para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica com autores sobre a temática e
procurou-se estabelecer as relações entre os aspectos definidores de uma prática
pedagógica voltada para a formação integral do educando e a contribuição das
diferentes pessoas do ambiente escolar nesse processo. Dessa forma, tornou-se
possível identificar, que o sucesso escolar está vinculado diretamente ao clima
existente no ambiente escolar, ou seja: depende muito das relações interpessoais
de todos os envolvidos com a prática educativa.

Palavras-chaves: Relações Interpessoais. Ambiente Escolar. Qualidade na


Educação.

1Tatiane Stanen - Acadêmica de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Unisociesc-Joinville-


Sc

2Doutora em Educação/
ABSTRACT

The present article presented as motivation for its elaboration, to discuss how the
interpersonal relations influence in the relations of work lived within the school envi-
ronment, and as a scope to analyze the aspects that can favor a work environment
in which interpersonal relationships more human, respectful and just excel , mainly
aimed at respecting the socio-cultural diversity of all those involved in the educa-
tional process that relate directly or indirectly to the student. For this, a bibliograph-
ical research was carried out with authors on the subject and it was tried to estab-
lish the relations between the defining aspects of a pedagogical practice focused on
the integral formation of the student and the contribution of the different people of
the school environment in this process. Thus, it has become possible to identify that
school success is directly linked to the existing climate in the school environment,
that is: it depends a lot on the interpersonal relationships of all those involved with
the educational practice.

Keywords: Interpersonal Relationships. School environment. Quality in Education.


INTRODUÇÃO
Como sabe-se a instituição escola tem um papel vital na formação do
individuo, e também um compromisso de proporcionar ações para a efetivação dos
direitos sociais. Assim sendo, nesse mesmo sentido, a educação de uma forma
geral possui a função de oferecer e possibilitar alternativas para que as pessoas
que encontram-se excluídas do sistema, que elas sejam capazes e tenham
oportunidades de restabelecer-se por intermédio da participação seu convívio
social, igualmente da luta pelos direitos sociais e o resgate da cidadania.
Todos ambicionam uma escola, que seja pautada na lógica de um espaço
ideal para a construção de uma sociedade saudável; ou seja, uma escola
democrática com formação para a cidadania. Essa que possui como bandeira a
oposição á exclusão social, e que seja capaz, concomitantemente, trabalhar a
relação escola – aluno – família, viabilizando que a comunidade escolar participe
de maneira continuada a todos os interesses que compreendam o bom andamento
do ensino aprendizagem e do sucesso escolar em geral.
Propondo, assim, a cooperação com o desenvolvimento do ensino e a
aprendizagem, aspirando que o homem é um ser ativo, social e histórico.
Enfatiza-se que a psicologia no ambiente educacional foi estabelecendo formas de
concepção do ser humano, da qual, condutas no espaço escolar são entendidas a
começar das relações que fundam-se consigo mesmo; e dedicando atenção às
diferentes subjetividades estabelecidas na relação com a cultura e a sociedade.
Ainda, é considerado da psicologia que o sujeito inicia o relacionamento com o
mundo, na medida em que a escola é responsável pela construção, composição e
propagação do conhecimento, propiciando cidadãos críticos e capazes de lidar com
os desafios da época da mesma maneira que com as influencias interpessoais
apresentadas em diferentes pessoas e situações (BOCK, 2002).
Observa-se que as relações interpessoais e a aprendizagem possuem
algo em comum; que para acontecerem é imprescindível pelo menos duas
pessoas; conseqüentemente, num ambiente escolar, faz-se essencial devido os
grandes desafios diários enfrentados pela escola. Nesse contexto, defende-se que
o sujeito não forma a sua identidade com base num impulso subjetivo, mas, a
contar da relação intersubjetiva com o outro, no meio social no qual vive. Deste
modo, a formação moral do sujeito depende necessariamente do contexto com o
qual ele relaciona-se interativamente. Ainda, observa-se que o problema ético
não é individual, é a relação do indivíduo com a comunidade (GOERGEN, 2005).
Observa-se que como encontra-se num momento de transição preceitos,
que requer uma maior abertura por parte daqueles que lidam com a educação, e
uma relação de confiança, admiração e respeito são vitais para aprendizagem do
aluno, sabe-se que se existe respeito mútuo e admiração no contexto escolar o
professor não carece empregar artifícios como o autoritarismo para punir ou fazer
com que o aluno tenha um bom desenvolvimento dentro da sala de aula.
É notório que uma das maiores dificuldades encontradas por professores e
profissionais da área da educação, é precisamente, a probabilidade de mudar sua
maneira de pensar. No entanto, uma vez subjugada essa dificuldade inicial, até que
os novos caminhos que revelam-se não se mostrem como fáceis, configura-se
possível apreender outras dimensões da realidade, a título de exemplo, do direito
ao diálogo, à expressão livre de sentimentos e ideias, ao tratamento respeitoso, à
dignidade, e tantos outros, aspectos que colaboram para o desenho de um
ambiente escolar harmonioso e igualitário.
O desafio grande que a escola vem enfrentando é a edificação de
proximidade e afinidade no processo de ensino e de convivência. Entendo que para
a eficaz construção destes, é indispensável levar em observação o ambiente, as
experiências, os saberes, em síntese, a realidade local. Conseqüentemente, é
necessário aderir uma postura dialógica firmada na vida pessoal de cada um,
buscando abranger as complexidades e os saberes um dos outros. Configurando
que é impossível conseguir sucesso nas relações de convivência e no ambiente
escolar, se o gestor e demais participantes não buscarem um meio ousado e
estável, essa busca de excelência e de relações saudáveis no convívio escolar, do
mesmo modo que, na vida social em geral, pois, é no convívio em si que dá-se a
proximidade e empatia. E ainda, o gestor possui nesse cenário o papel principal
que é o de liderar uma equipe, do qual a finalidade é trabalhar em favor de uma
educação de qualidade, isto, em conformidade com LÜCK (2005) a liderança deve
ser fundamentada no bom senso e nas ações democráticas.
Ainda competindo ao gestor a função de trabalhar com os conflitos e as
diversidades de personalidades, momento em que cada indivíduo conduz para o
convívio social e escolar suas particularidades e culturas, nessa situação, o gestor
carece estar preparado para buscar alternativas que atenda o interesse de todos, e
principalmente compreender que o sucesso escolar depende da participação
efetiva de todos os profissionais, incluindo vigias, merendeiras, pessoal de apoio,
agentes administrativo, por fim, instituir um convívio de harmonia e conscientização
em beneficio de uma educação de qualidade.

1. O PAPEL DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO ESCOLAR

Cientes de que o instituto escola é um ambiente social, no qual,


numerosos sujeitos retêm relações incessantemente, e de diferentes formas e
intensidades, faz-se imprescindível sopesar como essas relações incidem, e
qual o comportamento dos membros da equipe e da comunidade escolar como
um todo. Tudo isso enquanto a concepção traz de si, à medida que, o profissional
e seu próprio trabalho vão evoluindo. Outra visão importante, é a verificação de
como sucede-se a relação família-escola, e quais diferenças ou melhoras, estas
relações podem proporcionar no âmbito escolar e no processo de ensino
aprendizagem (GOLEMAN, 1995).
É conciso ressaltar que estudar relações interpessoais e intrapessoais, é
complexo deveras, pois, a mesma desenvolve-se de maneiras distintas em cada
individuo consciente; que estas habilidades são basilares na construção de
cidadãos felizes, capazes de viver e conviver em sociedade, capacitados a
comunicação, socialização e interação; fundamentando que desde o inicio da
escolarização; e em todo transcurso da evolução escolar as inteligências
emocionais, interpessoal devem ser averiguada ao máximo como o objetivo de
gerar uma educação que prepare os indivíduos para a vida e para o mundo
pautado numa formação séria e democrática realizada num espaço aberto da
discussão e resoluções de problemas (BAUMAN, 1998).
Percebe-se que há uma necessidade extrema em melhorar as ligações
e as relações estabelecidas dentro do cotidiano escolar. Para subsidiar essa
necessidade busca-se argumentos de especialistas sobre o assunto, que analisam
o numero de casos de intolerância, desrespeito, injustiça e a perda dos valores, o
que gera um verdadeiro caos no mundo em geral; percebe-se que jovens brilhantes
que muitas vezes não conseguem lidar com suas próprias emoções, perdem
totalmente o controle e cometem barbárie. Frente a esse cenário, afere-se a
necessidade de explorar mais pontos afetivos, emocionais e as capacidades de
relações interpessoais e intrapessoal; que vem desaparecendo devido as
atividades que desenvolvem somente o intelectual (MARCELO, 1998).
Todavia, isso não está querendo dizer que não há a necessidade de
trabalhar o intelectual; isto apenas fala, que desenvolver atividades que conduzam
a aplicação das potencialidades mais humanas que são aquelas ligadas a
inteligência emocional. Espera-se que o público alvo desde equipes escolares
possam usufruir de forma positiva, e por intermédio, dele refletir e aprimorar suas
relações em geral. O ser humano é, provido de capacidades que apenas sua
espécie atém, enfatiza-se, e superpõe-se ao restante dos outros seres vivos
existentes na face da terra. Pode-se dizer ainda, que o homem é o ser mais
complexo existente no mundo, sendo hábil de transformar através de sua
capacidade de pensar, e ainda, de modificar o mundo ao seu redor por intermédio
de suas relações com os outros modificando segundo seus anseios e
necessidades (SANTOS, 2004).
Compreende-se que o homem é um ser social por natureza, desde o
momento de sua vinda ao mundo, o mesmo já encontra-se incluído num grupo
social, e em conformidade cresce, expande o número de grupos do qual participa,
constituindo nestas, relações interpessoais assim como conhecendo e controlando
seus anseios, desejos e vontades esta capacidade é conhecida como inteligência
interpessoal. Conscientes que a rede de relações não é natural e que estas são
estabelecidas conforme o próprio grupo ou instituição, precisa-se entender e lidar
com estas vastas e complexas relações que vão sendo construídas
ininterruptamente e de maneira gradual no transcurso vida. Isto sucede,
independente de vontade das pessoas, e perpetua-se é algo incondicional e o que
precisa-se é nada mais nada menos que aprender a aprender a planejar estas
situações.
Pode-se dizer que o homem possui inúmeros tipos de inteligência, e muitas
delas são bastante conhecidas, no entanto, aqui observa-se que limita-se a abordar
inteligências interpessoais e intrapessoais, por fim, inteligências emocionais e
afetividade, capacidades fundamentais para a conquista de uma estabilidade
emocional que conduz a uma vivencia e convivência social harmoniosa nos dias
atuais e sumamente necessários nos mais diversos grupos do qual se participa
(GADOTTI, 2010).
Por isso considera-se importante e cogente trabalhar estas inteligências
nas escolas desde o principio da escolarização, amenizando dificuldades de
relacionamentos, melhorando as relações por intermédio da socialização através
de ações que causem integração, comunicação e melhora na convivência,
mediadas pela valorização da afetividade fundamentada na experiência e
construção do conhecimento construindo por meio da vivencia e convivência
humana.

1.1 Relações Interpessoais no âmbito escolar

As relações em geral dentro do âmbito escolar são refletidas diretamente no


resultado do profissional em questão. Observa-se que é fundamental ter boas
relações com o grupo de trabalho, que inclui a direção, funcionários e os alunos;
para que seja completo o trabalho e para que o ensinar seja prazeroso. Caso
alguma dessas relações não esteja equilibrada, acabará faltando motivação e o
trabalho sendo prejudicado.
Ter cordialidade, cumprimentar e trocar informações; são atitudes habituais
importantes para a formação e manutenção dessas relações interpessoais.
Deve-se estar certos de que com algumas pessoas estabelecessem relações de
maior ou menor proximidade, mas, seja como for, o respeito na convivência de uma
ou outra deve ser o mesmo. Continuamente, devido as atribuições diárias,
esquece-se de aplicar valores essenciais para conservar as relações com as outras
pessoas. Essas atitudes aludidas tornam as relações superficiais, e as pessoas
distanciam-se, contribuindo para a falta de estímulo e motivação no trabalho, pois,
o contato com o outro traz a segurança de que não encontra-se sozinhos nessa
tarefa que não é fácil a luta pela educação (MOSQUERA, STOBÄUS,2004).
Nas relações interpessoais percebe-se que a sua dinâmica nem sempre é
positiva, principalmente, entre os professores, onde há uma grande a
competitividade, e ainda, a falta de comunicação que prejudica o andamento dos
trabalhos. Por vezes, projetos para o aperfeiçoamento da aprendizagem, da
cidadania, deixam de ser realizados por incompatibilidade ideológica entre os
diferentes representantes da escola. Muitos colegas de trabalho fecham-se no seu
mundo, coibindo o diálogo. Observa-se que esse é um ponto negativo, pois,
evitando muitas vezes o convívio agradável, a troca de experiências e a
possibilidade de contar com o outro nos momentos de dúvida e busca de
possibilidades, acrescenta a educação um caráter mais humanista (VALERIEM,
1993).
Afere-se que se as relações no âmbito escolar, de uma maneira geral, não
estiverem equilibradas, onde o professor em sala de aula acabará não fazendo um
bom trabalho, e o seu relacionamento com os alunos também ficará comprometido.
Percebe-se que a maior parte dos problemas que um docente encara podem ser
procedente de um ambiente agressivo, podendo este individuo tornar-se mais hostil
ao trabalhar com pessoas diversas (MOSQUERA, STOBÄUS,2004).
Para que se haja um bom relacionamento as pessoas devem compreender e
respeitar o fato de que os indivíduos são diferentes; ou seja, pensam e agem
diferente do que as expectativas. Quando há um bom relacionamento entre os
profissionais no âmbito escolar percebe-se que há grandes chances de alcançar
uma estrutura forte e funcional nesse meio. É imperativo que haja um bom
entendimento entre toda a equipe escolar, pois, havendo comunicação e respeito
tudo funciona melhor.

1.2 Relações Professor e Aluno na sala de aula

No processo de aprendizagem é fundamental e essencial que as relações


interpessoais entre professor e aluno sejam positivas. Ambos trocam
conhecimento, impressões de realidades, informações, e mutuamente, acabam
evoluindo. Freqüentemente o professor não consegue ter uma boa relação com a
turma, devido ao fato de pensar que demonstrar afetividade e manter a disciplina
são atos totalmente incompatíveis.
Instituir vínculos afetivos, de forma a não comprometer e modificar a postura
e a ética profissional é essencial para o bom funcionamento do trabalho e para que
o processo de aprendizagem aconteça de maneira prazerosa tanto para o
professor e quanto para os alunos. O ambiente de respeito que nasce de relações
justas, sérias, humildes, generosas, em que a autoridade docente e as liberdades
dos alunos assumem-se moralmente, ratifica o caráter orientador e norteador do
espaço pedagógico (FREIRE, 1996).
Pode-se considerar que ensinar é uma troca de informações, é colaborar
para a reestruturação de conhecimentos dos alunos e, sobretudo, para que
cresçam como pessoas. Estabelecer uma boa relação faz com que o professor
contraia um grau de intimidade maior, tendo a liberdade para cobrar mais de seu
aluno sem ser enxergado como um professor chato que persegue os alunos. Os
alunos, ao sentirem esse carinho e confiança que foi depositado pelo professor,
passarão a se esforçar muito mais para não decepcioná-lo. Ou seja, estabelecer
boas relações com os alunos é o primeiro passo para alcançar um aprazível
ambiente de trabalho. Para que sejam produtivas e interessantes as aulas, o aluno
precisa sentir-se a vontade com o professor, e isso, facilitará a construção dos
conhecimentos relacionados aos conteúdos trabalhados.
Sabe-se que dentro da sala de aula o professor deve sempre prevalecer o
bom relacionamento entre os alunos. Afere-se que as relações interpessoais
passam por uma expressão de amor que deve estar fundamentada na harmonia e
no entendimento. Onde o papel do professor é ajudar e atender seus alunos com
demonstrações de afeto, lógico, sem abrir mão dos limites precisos para que
construa-se uma pratica de respeito a todos que integrem o grupo. Os alunos
carecem ter seus espaços, pois, é ainda na escola que aprendem a defender seus
ponto de vistas e consolidar suas posições.
Há professores necessitam aprender a ouvir os alunos e buscarem juntos
soluções para que os problemas que ocorram diariamente sejam resolvidos de
maneira calma e moderada. Constantemente custa muito aos seres humanos
parar para ouvir os outros, as pessoas estão mais preocupados em serem
ouvidos, mas com pouca disposição para ouvir. Sabe-se que o ouvir os outros e
aprender a vê-los como são de fato, é essencial para as relações interpessoais,
especialmente para os professores, que devem de estar atentos podendo assim e
agir melhor na realidade (MOSQUERA, STOBÄUS, 2004).
Cada aluno tem a sua própria personalidade, e este fator carece ser levado
em consideração. Não pode-se trabalhar com uma turma sem saber lidar com as
diferenças de cada indivíduo. Afere-se que todo aluno trás para sala de aula, uma
história pessoal, com experiências particulares vividas em família, em sociedade,
com disposições e condições distintas para realizar seu andamento de estudante, e
expectativas diferenciadas com relação a um projeto de vida (GRILLO, 2004). Esta
troca de experiências, onde o professor interatua diretamente com o aluno, vai
construindo-se uma relação de confiança, o que colabora para tornar a sala de aula
um ambiente agradável e favorável ao aprendizado.
Em conformidade com o autor Freire (1996) o ato de ensinar estabelece
querer bem o aluno, não significa que o professor é obrigado a ter o mesmo
sentimento por todos alunos, denota que o educador precisa ter afetividade pelo
aluno sem medo de expressá-la. Mesmo que o professor não tenha estima por
algum aluno, durante os trabalhos essas divergências devem ser esquecidas.
Os professores devem passar de simples transmissores de saberes,
propondo problemas que falem do dia-a-dia dos alunos, edificando práticas que
levem em consideração as percepções prévias dos estudantes. Estabelecendo um
ambiente de tolerância e diálogo (YUS, 1998).

1.3 Relações Aluno X Aluno

Numa sala de aula depara-se com grande disparidade de pessoas, que tem
pensamentos e atitudes diferenciadas, que tiveram criações diferentes, e, em
decorrência disso, tem visões diferentes. O relacionamento dentro da sala de aula
necessita ser de respeito e cooperação, especialmente, entre os alunos, para que
ninguém fique compelido ou com vergonha de manifestar-se. Ainda, é papel do
professor fazer com que seus alunos consigam ver essas diferenças, e aprendam a
conviver com elas de forma harmoniosa e respeitosa (GOERGEN, 2005).
A combinação e a interação entre a turma sempre há de acontecer.
Trabalhos em grupos onde todos tenham a oportunidade de participar e interagir
nas discussões e decisões, são imprescindíveis para o desenvolvimento intelectual
e argumentativo dos alunos, sem contar que colaboram ainda para a socialização e
a formação do caráter de cada indivíduo. Desde os primeiros anos escolares é
importante que os alunos possuam a consciência da importância e relevância
do companheirismo e da colaboração na construção de relações estáveis, firmes e
duradouras com os colegas. Aprender a respeitar a opinião dos colegas, dividir
tarefas, discutir sobre metodologias e resultados de pesquisa ajudam os alunos a
construir e edificar seus pontos de vista, tornando-se dessa forma, sujeito de sua
aprendizagem.

2. A INFLUÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA APRENDIZAGEM

Este avanço do ser humano, que modifica-se desde o nascimento até a


morte, é um processo dialético que inicia pelo conhecimento de si próprio, para
abrir-se, posterior, a relação com o outro. Neste mesmo contexto, a educação é
antes de tudo uma viagem interior, das quais etapas correspondem as da
maturação constante da personalidade (DELORS, 1999).
Muitos dos enganos que comete-se em todos os níveis da vida acontecem
pelos exageros. Na educação dos filhos, quando os pais fazem todas suas
vontades, correm risco sério de transformá-los, muitas vezes, em pessoas sem
limites e respeito, perante as situações que a vida apresenta, e ainda, diante das
pessoas que venham a relacionar-se com eles.
Afere-se que o equilíbrio é a dose correta para que obtenha-se melhores
resultados em tudo; observa-se também que no meio escolar não é diferente.
A aprendizagem intercedida permite a cada indivíduo desenvolver habilidades de
pensar de forma eficaz, possibilitando-o tornar-se aprendiz independente e
autônomo. A aprendizagem mediada e a cognição podem fazer o caminho da
aprendizagem efetiva (MARTINS, 1999).
Dessa forma, afere-se que um bom relacionamento entre professor e aluno é
um dos princípios basilares para desenvolva-se equilíbrio no sucesso do ensino e
aprendizagem, conciliando as apreensões e as dúvidas existentes. As relações
interpessoais e a aprendizagem têm uma característica em comum, ou seja, que
para que aconteça é cogente haver pelo menos duas pessoas (GADOTTI, 2010).
Observa-se que nesta relação incide a troca de experiências, em que o
aluno aprende os conteúdos programáticos, e permite aos professores a tomada de
ações que os dirijam a reflexões sobre suas práticas pedagógicas, oferecendo,
destarte, um aperfeiçoamento e uma adaptação destas ações. As práticas
pedagógicas devem estar sempre reguladas em fins coesos, que guiem os
educandos em trabalhos e atividades para a devida construção de seus próprios
conhecimentos e saberes, com base nos conceitos antes estabelecidos. Assim,
dessa forma, abrir horizontes para a construção de novos conhecimentos que é
importante ao aluno, estabelecendo conexões com experiências anteriores,
vivências e leituras; e confira significados ao que está aprendendo.
Os antecedentes conhecimentos, além, de consentirem alcançar um contato
com um novo conteúdo, são indispensáveis para que o aluno também edifique o
seu conhecimento (CANDAU, 2012). Constantemente ouve-se alunos asseverando
adorar o professor mas não gostar do conteúdo lecionado por ele. Afere-se que
quando o educador está cauteloso a isso, podendo usar esse bom relacionamento
que há com o estudante para envolvê-lo numa estratégia que mire à construção do
interesse pela disciplina; ou seja, a simpatia que os alunos possuem pelo professor
impulsiona aos alunos a gostarem do que ele faz.
Aprendizagem é a obtenção conquista da capacidade de explicar, de
aprender e compreender, de enfrentar, criticamente, situações novas. Não é
simplesmente o domínio de técnicas, habilidades, e muito menos, a memorização
de algumas explicações e teorias. Agir dentro desta idéia apenas torna-se possível
quando gosta-se do que se faz, ou seja, o professor precisa gostar do que
escolheu para fazer. Isto com certeza faz toda a diferença na maneira como se
relacionam com os alunos e como irão preparar as metodologias a serem aplicadas
em sala de aula, pois, quando não gosta-se das atividades diárias, o trabalho
torna-se um lamentável castigo que é transferido ao aluno, de maneira
inconsciente (ALARCÃO, 2001).
A auto-avaliação é uma ferramenta para que possa-se verificar se o
professor encontra-se no caminho certo de uma prática produtiva e efetiva. Educar
é uma arte que ensina com amor, isto, levando em consideração que o professor
que ama o que faz está sempre motivado . Para ensinar é necessário o
comprometimento (FREIRE, 2001) e, educadores, tem a missão de direcionar os
caminhos, orientar, incentivar, aconselhar, instruir, mediar, motivar, compreender,
criar espaços alternativos e estimular cada um dos alunos, para alcançarem o
aprendizado, valorizando as habilidades e competências de cada um, tornando-os
assim a educação e o ambiente escolar prazeroso.
As situações de aprendizagem oportunizadas pelo professor devem primar
pela interação, trocas de experiências e diálogos entre os sujeitos. Proporcionando
a possibilidade de livre expressão dos alunos, o professor incentiva-os a exporem
suas idéias e, também, ao confronto de opiniões. Ressalta-se novamente que não
há como existir aprendizagem sem ao menos duas pessoas atuantes. O autor
Georgen (2005) destaca que se existe conversa entre os alunos, isso é bom.
Carece-se fazer desta notável qualidade humana um meio, uma ferramenta
de ensino. Precisa-se utilizar da conversa do aluno, que é o que no momento o que
o professor tem de mais valioso em sua vida, como instrumento para um trabalho
pedagógico fundamental. Deve-se haver conversar com os alunos, e também,
deixá-los conversarem entre si. É extremamente normal ouvir professores dizerem
que a aula excelente é aquela em que não se ouve conversa. Mais, essa é uma
idéia ultrapassada, pois, desta forma os alunos não se expressam, em
consequência a aula torna-se improdutiva (GADOTTI, 2010).
Aulas como mencionadas a cima pode-se considerar-se como monólogos,
proporcionados pelos professores, com uma fala longa e reflexiva, que
simplesmente produzem sono nos alunos. Esses tipos de atitudes não propiciam
um ambiente para a aprendizagem. O que se afere é que na maioria das escolas
os alunos são dispostos em fileiras sentados, os professores na frente despejando
conteúdos e listas de exercícios e teorias sobre os alunos, sem expor sentido as
concepções dessas teorias ou atividades.
Assim como, utilizam livros didáticos, em algumas situações, de maneira a
deixar sempre ocupados os alunos para evitar conversas, não levando em
consideração os objetivos reais da sua utilização. Contudo, para que se tenha um
bom aprendizado, sabe-se que é essencial uma boa relação de ambas as partes,
sempre alicerçada pelo diálogo, de modo que o aluno consiga confiar no professor.
É conciso que os professores se libertem de seus condicionamentos, e para isso
deve-se, primeiramente, fazer uma reflexão profunda da prática pedagógica
utilizada, também, compreender os sentimentos e saber como agir e reagir frente a
eles.
Percebe-se que o professor que avalia sua prática, sempre está em busca
uma nova maneira de trabalhar os conteúdos com possibilidades de
aperfeiçoamento da qualidade do ensino, devendo se tornar um ser transcendente,
ativo, inovador, atualizado, indagador, com atitudes emancipadas, responsabilidade
social e que sempre questione em relação a sua prática, envolvendo e cativando o
aluno pela argumentação. O alicerce para um ambiente promissor no ensino e na
aprendizagem é o respeito. Se houver respeito em entre as ambas as partes o
ambiente da sala de aula estará em harmonia. Vale notar, também, a importância
do trabalho coletivo, para que exista socialização entre os alunos.
Os educadores precisam se relacionar com o aluno de maneira que possam
instigá-lo, e fazendo-lo pensar e desenvolver suas habilidades e competências
individuais, raciocinar sobre determinado assunto a começar do lançamento de
desafios, saber buscar informações e estimular a curiosidade pela busca do
conhecimento. Desta forma, o professor necessita aflorar a chama da curiosidade
do aluno, ou então, não deixá-la perecer (MOSQUERA, STOBÄUS, 2004).
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante ao exposto proporcionado, percebe-se que a escola funciona como


um organismo vivo onde as partes trabalham independentes umas das outras, e
concomitantemente, relacionam-se e conservam-se unidas num caminho único.
O relacionamento interpessoal, é mais, significante que as atividades
realizadas individualmente pelos profissionais da escola. Quando esses
profissionais trabalham em uma relação harmoniosa, a cooperação causada é
compartilhada por todos, proporcionando um ambiente apropriado à realização das
atividades pedagógicas e educativas, pois, a educação não pode ser confundida
com escolarização. A primeira também advém em estabelecimentos onde não tem
escola.
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