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Projeto para implantação do Centro Cultural, biblioteca

, de Documentação e Memória do

Diretrizes, planejamento, recursos técnicos e humanos,


cronograma e planilha orçamentária
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ÍNDICE:
1. Introdução ................................................................................................. pág. 4

2. O campo da cultura na sociedade contemporânea: ação cultural e


informacional ........................................................................................... pág. 06

3. A memória institucional: resgate e valorização da identidade .............. pág. 08

4. O Centro Cultural,biblioteca , de Documentação e Memória do:


Apresentação, Objetivos, Estrutura Administrativa e Espaço Físico ......... pág. 10

5. A estrutura ................................................................................ pág. 15


5.1. Administração Geral ...................................................................... pág. 15
5.2. O Departamento de Ação Cultural ............................................... pág. 16
a) Ações e atribuições
b) Estrutura física
c) Recursos Humanos
5.3. O Departamento de Estudos ........................................ pág. 22 a)
Ações e atribuições
b) Estrutura física
c) Recursos Humanos
5.4. O Centro de Documentação e Memória ...................................... pág. 23
a) Ações e atribuições
b) Estrutura física
c) Recursos Humanos
5.5. A Biblioteca ................................................................................. pág. 27
a) Ações e atribuições
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b) Estrutura física
c) Recursos Humanos

6. Planejamento de Execução do projeto de implantação ............................ pág. 29


ETAPA 1) Pré-produção ....................................................................... pág. 29
ETAPA 2) Produção / Execução ........................................................... pág. 29
ETAPA 3) Inauguração ......................................................................... pág. 32
ETAPA 4) Manutenção de Programação ............................................. pág. 33

7. Cronograma (em anexo)

8. Planilha financeira (em anexo – ver planilha 1 e planilha 2 do documento)

9. Referências .............................................................................................. pág. 34


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1) INTRODUÇÃO
O presente projeto objetiva implantar o Centro Cultural,biblioteca, de Documentação e
Memória do , entidade destinada a promover a
organização , preservação e disseminação da informação e da memória relativas à
cultura , religioisidade , habitos e costumes da diáspora africana no Brasil e sua
interação e consequencias na cultura, constituiçãoe descendencia dentro da sociedade
brasileira, resgatando valorese e falsas idéias de como essa cultura contribuiu para o
processo de formação , identidade e cidadania interagindo com as demais culturas
oriundas de outros costumes na formação da sociedade atual ; atuando também no
campo artístico -cultural , com uma programação de atividades que possibilite o
desenvolvimento de percepções estéticas
e de habilidades de interesse do seu público-alvo, além da inter-relação entre os
membros de sua comunidade de interesse. O Centro atuará ainda na construção e
intercâmbio de saberes em diversos níveis de atuação, seja subsidiando pesquisas
científicas e acadêmicas, seja promovendo ações educativas de amplo alcance.

A implantação do Centro Cultural , biblioteca , de Documentação e Memória


possibilitará a inserção do no conjunto das organizações
privadas que mantém espaços culturais na cidade de Rio de Janeiro, com atividades
direcionadas à sua comunidade de interesse. Com localização privilegiada e a
promoção de atividades que abordem o tema de memoria , cultura e formação de
sociedade , considerando aspectos sociais, históricos e educacionais , o Centro poderá
atingir também o público em geral da capital e interior do Estado.

O presente projeto apresenta o pano de fundo conceitual que justifica esta iniciativa,
inserida no contexto da Sociedade da Informação e do Conhecimento, marcada pela
preponderância do uso das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) em todas
as esferas sociais, seja do trabalho, da inter-relação, do consumo ou da cultura
globalizada. O acesso e difusão de tais tecnologias colocam na ordem do dia a questão
da preservação documental, da memória, da produção e difusão da informação e do
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conhecimento, como ações estratégicas para a permanência de uma instituição, para o


resgate e apropriação da identidade e para o diálogo com o cidadão contemporâneo.
Desta forma, a implantação do Biblioteca é uma ação
consonante com o interesse de uma inserção mais ampla na sociedade, que inclui o
campo da cultura e perpassa a construção dos saberes e da identidade. O campo da
cultura na sociedade contemporânea é caracterizado pela estreita relação com a
informação e por isso demanda ações que se localizam nessa interface, possibilitando
o acesso aos bens culturais e a toda a gama de informações que eles carregam ou
podem gerar.
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2) O CAMPO DA CULTURA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: AÇÃO CULTURAL


E INFORMACIONAL

“Depois do tempo dos deuses, do tempo do corpo e do tempo das máquinas,


entramos no tempo dos símbolos, difundidos globalmente na forma de
informações. (...) Um dos traços mais marcantes do atual período histórico é,
pois, o papel verdadeiramente despótico da informação” (SANTOS, 2000:25).

Ao longo do séc. XX, em contraponto à idéia de cultura como uma qualidade inata
relacionada à origem dos indivíduos, muito difundida pela tradição antropológica,
desenvolve-se a concepção de cultura como processo, como algo que se produz na
vida social e se modifica constantemente pela ação dos agentes sociais em interação
com a realidade sócio-cultural. Delineiam-se duas dimensões para o conceito de
cultura: uma mais ampla, antropológica, relacionada aos modos de pensar e sentir, a
tudo o que o ser humano produz em sociedade, tanto simbólica quanto
materialmente; e a dimensão sociológica, que se configura como âmbito especializado,
o terreno da cultura em sentido estrito, que tem nos centros culturais, bibliotecas e
museus seus templos contemporâneos.

O Centro Cultural,biblioteca, de Documentação e Memória , por se tratar


de um equipamento cultural, porém relacionado a um ramo da formação da sociedade
Brasileira especifico ― a da cultura africana e afro descendente
e suas áreas adjacentes ―, que também se configura como âmbito especializado da
ciência, situa-se na interface entre as duas concepções de cultura: a antropológica e a
sociológica. Por isso, suas ações devem contemplar tanto a questão da identidade
profissional e da inserção e evolução histórica da profissão na sociedade, quanto a
promoção de atividades culturais propriamente ditas, visando a simples fruição
estética ou o aprendizado de técnicas que possam ser aplicadas no cotidiano da sua
comunidade de interesse.

A sociedade contemporânea é marcada pela centralidade da informação,


transformada em instrumento de mediação entre o homem e a realidade. Nesse
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contexto, cultura e informação aproximam-se, esta se tornando matéria-prima para a


elaboração daquela. A cultura é construída pelos agentes e instituições sociais em
constante interação baseada na produção, difusão, recepção e apropriação de bens
simbólicos, estes carregados de conteúdos informacionais (MARTELETO, 1994).

Desta forma, ao se pensar a implantação de um equipamento cultural, seja centro de


cultura, museu ou centro de memória, deve-se considerar a necessidade de abastecer
sua comunidade de bens culturais, fruição estética e também de informação. De um
lado, as próprias ações culturais geram demandas informacionais que devem ser
supridas pelo centro (como, por exemplo, uma exposição de obras de arte que
despertam o interesse por determinada técnica ou período histórico, pela biografia de
um determinado artista ou pelo tema abordado). De outro, a informação pode ser
tratada como elemento estratégico para a difusão de uma práxis e de um pensamento
norteador do centro; como instrumento para promover a produção e difusão do
conhecimento entre a comunidade, através de produtos editoriais e eventos de
caráter científico; e como ferramenta tecnológica que possibilite ampliar seu alcance,
indo além dos limites físicos do centro. Tudo isso amplia o potencial agregador do
espaço e potencializa suas ações no tempo e no espaço.

Também a questão da memória, que será foco do CD - Memória e Cultura do CRO-MG


insere-se nesta interface entre cultura e informação, pois o campo contemporâneo da
memória trabalha diretamente com a tecnologia da informação e com as metodologias
de organização e uso da informação, que permitem a preservação e a disseminação da
memória armazenada em documentos, sejam estes textuais, iconográficos ou
audiovisuais. Todo o trabalho relacionado à identidade cultural, aos artefatos
museológicos e à memória institucional do CRO-MG será, portanto, perpassado pela
questão informacional.
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3) A MEMÓRIA INSTITUCIONAL: RESGATE E VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE

“Vistas através das lentes do tempo, as instituições refletem as formalizações das


culturas. [...] Ao contrário do que costumamos pensar, nós somos e fazemos
nossas instituições. E a memória institucional é o reflexo dessa trajetória, não
como mimesis, mas um cristal com suas múltiplas e infinitas facetas”.
(COSTA, I. 1997: 3-4)

Numa sociedade marcada pelo efêmero, pela homogeneização cultural, pela distorção
das noções de tempo e espaço, assiste-se a um interesse redobrado pela questão da
memória e sua relação com a identidade. Diante da modificação constante dos valores
sociais, das relações e do mundo do trabalho, a busca da identidade torna-se, para o
historiador Jacques Le Goff, “(...) uma das atividades fundamentais dos indivíduos e
das sociedades de hoje, na febre e na angústia” (2003:469).

Se a memória é o que fornece a noção de pertencimento, ela é o elemento essencial


para constituição dessa identidade, individual ou coletiva. Para Halbwachs (1990),
mesmo a memória individual só existe a partir da memória coletiva, pois os indivíduos
estão inseridos em grupos sociais e as memórias são construídas por estes grupos. São
eles que determinam o que é memorável e os lugares nos quais essa memória será
preservada.
Uma instituição é um organismo com função específica, criado em decorrência de
certas necessidades sociais, identificável por seus códigos de conduta e estabelecido
por meio de leis e estatutos. É um organismo em movimento, que passa por
mudanças de diversas ordens ao longo do tempo.

A Memória Institucional começa a ser tratada de forma sistemática a partir da década


de 1970, como reflexo dos estudos sociológicos, antropológicos e históricos voltados
para a questão da memória como um todo. Na década de 1980 na França são criados
os Centros de Arquivos do Mundo do Trabalho e na mesma época, no Brasil, começou-
se a constituir os Centros de Memória no interior das organizações.
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A memória de uma instituição refere-se ao acervo de conhecimento produzido pela


mesma, ao conjunto de informações sobre seus processos, experiências, modos de
gestão, pessoal interno e externo, ou seja, um conjunto abrangente de dados que
devem estar disponíveis. (TEIXEIRA FILHO, 2001:97). A memória constitui traços que
contém a informação, seja através de documentos formais ou depoimentos.

No caso do Centro Cultural, Científico, de Documentação e Memória do CRO-MG,


ressalta-se que o trabalho de caráter memorial abrange três níveis, inter-
relacionados:
1) a memória da instituição CRO-MG;
2) a memória do grupo social relacionado à instituição, ou seja, o corpo de
profissionais do campo da odontologia no Estado de MG;
3) a memória de um campo do conhecimento ― a odontologia ― seu
desenvolvimento técnico/científico e sua inserção social.

Esses três níveis do trabalho memorial se inter-relacionam e se afetam mutuamente.


No campo da memória institucional, organizar e disponibilizar documentos que
relatam os processos internos é apoiar os processos de trabalho atuais e futuros. Mas,
recuperar e disseminar a memória do CRO-MG enquanto organização que atende aos
interesses de uma classe, dará aos seus associados a dimensão do trabalho realizado
pela instituição através do tempo, com impacto nas questões legais e na qualidade do
trabalho. Paralelamente, resgatar as memórias individuais, reconstituir trajetórias que
sejam significativas para a classe e recontar a própria história da instituição, serve à
reconstrução e apropriação do processo de construção da identidade de seu grupo
social.

Ao mesmo tempo, mostrar a evolução técnico/científica e os avanços da contribuição


da área para a sociedade são importantes instrumentos de valorização do profissional.
Trabalhar em conjunto com outros organismos sociais e educacionais contribui para
ampliar a valorização e a inserção social do CRO-MG, de seus associados e do próprio
campo da odontologia.
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4) CENTRO CULTURAL, CIENTÍFICO, DE DOCUMENTAÇÃO E MEMÓRIA DO CRO-


MG: Apresentação, Objetivos, Estrutura Administrativa e Espaço Físico

“Quem entra num centro cultural deve viver experiências significativas e rever a
si próprio e suas relações com os demais” (MILANESI, 1997:28)

Apresentação:
O Centro Cultural, Científico, de Documentação e Memória (CD - Memória e Cultura) do
CRO-MG caracteriza-se por ser um equipamento cultural de médio porte, destinado a
atividades de cunho artístico-cultural, científicas, informacionais e de preservação e
disseminação da memória, relacionadas à odontologia, seus profissionais e órgão
representativo, circunscrito ao Estado de Minas Gerais.

Tem como seu público-alvo a comunidade de profissionais e estudantes da


odontologia e áreas adjacentes, mas, como está situado em área nobre da capital
mineira, de fácil acesso e grande circulação, poderá estender seu alcance para o
público comum. Além disso, deve estender suas atividades ao campo educativo,
promovendo ações conjuntas ou direcionadas à comunidade escolar como uma ação
sócio-cultural que podem ter efeitos positivos na questão da prevenção da saúde bucal
e na escolha da profissão.

Objetivos:

O CD - Memória e Cultura do CRO-MG tem como objetivo principal tornar-se um


centro de referência para a odontologia mineira, percebido e vivido pelo seu público-
alvo como um local de circulação privilegiada de informações pertinentes à área; de
acesso a habilidades que possam ser agregadas à prática profissional; de encontro,
lazer e fruição estética.

Como objetivos específicos da instituição, destacam-se:


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- realizar uma programação anual de eventos artístico-culturais tais como oficinas,


cursos, debates, eventos, exposições e mostras de caráter memorial e informativo,
concursos culturais, entre outros, que caracterizem o espaço como centro de cultura;

- realizar, fomentar e disseminar a pesquisa e a produção científica no campo da


odontologia, suas áreas adjacentes, saberes, técnicas, história, através de ações
editoriais e afins, caracterizando-se como centro científico;

- preservar a memória da odontologia mineira através de acervo documental e


museológico organizado e disponível para o acesso público, disseminando o conteúdo
informacional reunido no acervo, caracterizando-se como centro de documentação e
memória;

- reunir, organizar, realizar o processamento técnico e disponibilizar para acesso


público gratuito amplo acervo bibliográfico relacionado à odontologia, caracterizando-
se como uma biblioteca de referência para a área em Minas Gerais;

- se inserir no contexto sócio-cultural mais amplo, através de atividades educativas


direcionadas para públicos de idades e formação variada, e utilizando-se da tecnologia
da informação para democratizar o acesso à sua programação e acervo.

Estrutura Administrativa:
Para melhor gestão e desenvolvimento das atividades a que se propõe, o CD -
Memória e Cultura do CRO-MG deverá contar com uma Administração Geral, e ter suas
diferentes áreas de atuação organizadas em Departamentos ou Equipamentos
Culturais. Sua estrutura administrativa seria organizada, portanto, da seguinte forma:

- Administração Geral: setor responsável pela gestão do centro como um todo, que
reúne a Coordenação Geral do centro, a Assessoria de Comunicação e a Gerência
Financeira.
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- Departamento de Ação Cultural: responsável pela programação artístico-cultural e


atividades educativas do centro.

- Departamento de Estudos Científicos: responsável por ações de fomento ou


disseminação de pesquisas ou produções científicas relacionadas ao campo da
odontologia.

- Centro de Documentação e Memória, responsável por ações de conservação,


preservação e disseminação relacionadas ao acervo documental e museológico da
instituição.

- Biblioteca: equipamento cultural que oferece ao público alvo do centro um acervo


informacional (bibliográfico e audiovisual) especializado no campo da odontologia e
suas áreas afins.

Estrutura Física:
No que diz respeito ao espaço físico, sugere-se que o CD - Memória e Cultura do CRO-
MG conte, pelo menos, com os seguintes espaços:

- 1 escritório administrativo que abrigue a Coordenação Geral e os setores de


comunicação e produção cultural, além de uma sala de reuniões;

- 1 galeria para mostras e exposições eventuais e 1 galeria que abrigue o museu


permanente;

- 1 auditório que também possa funcionar como anfiteatro para shows e eventos
artísticos de pequeno porte;

- 1 ou 2 salas para cursos;


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- Biblioteca com áreas destinadas ao acervo, pesquisas, processamento técnico do


acervo, acesso à internet e depósito.

- Centro de Documentação e Memória, incluindo uma Reserva Técnica e uma sala de


depósito.

- Sala multimeios, equipada com aparelhos de TV, DVD e outros equipamentos


multimídia, que atenda ao público da Biblioteca e do Centro de Documentação.

- Espaço de convivência.

- copa e almoxarifado.

Diretrizes:
De forma geral, um Centro Cultural, ainda que destinado a um público restrito, porque
especializado, deve pautar suas ações por algumas diretrizes básicas:

a) Cotidiano marcado pelo dinamismo, mantendo-se em movimento constante,


aberto a mudanças e combatente a ociosidade e a acomodação;

b) Espírito crítico, cultivável através de uma programação informacional consistente,


que promova a circulação do conhecimento e o debate de idéias;

c) Estreita relação com a sua comunidade de interesse, atendendo às suas demandas


(inclusive de espaço físico), propiciando amplo acesso à sua programação e
criando novas demandas (culturais e informacionais) às quais o centro deve ser
capaz de atender;
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d) Trabalho com ênfase no processo, no aprendizado, na circulação de


conhecimento, mais do que no produto. Não é objetivo do centro se tornar um
produtor de artefatos culturais, mas sim, promover o fortalecimento da
identidade, da auto-estima, da inserção social e do sentido de coletividade entre
os seus usuários.
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5) A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO CENTRO CULTURAL, CIENTÍFICO, DE


DOCUMENTAÇÃO E MEMÓRIA DO CRO-MG

5.1) Administração Geral:


Antes de dividir suas áreas de atuação em equipamentos e departamentos, o CD -
Memória e Cultura do CRO-MG, o Centro deve contar com uma equipe administrativa
responsável pela gestão do espaço como um todo e que coordene e atenda a todos os
setores e departamentos. A Administração Geral constitui-se pelas seguintes funções
ou cargos:

- Coordenação Geral: exercida por profissional com experiência em gestão cultural,


que coordenará o planejamento e execução das atividades do Centro como um todo, o
desembolso de recursos financeiros; as funções e o desempenho cotidiano da equipe;
a contratação de profissionais terceirizados. Este Coordenador estará submetido
diretamente à Diretoria Executiva do CRO-MG e atuará em relação com os setores de
Comunicação e Financeiro. Deverá conhecer e participar do planejamento estratégico
da instituição, atuando em consonância com a missão do CD – Memória e Cultura do
CRO-MG e a política institucional do CRO-MG.

- Gerência Financeira: setor responsável pela gestão financeira do Centro, captação de


recursos e prestação de contas.

- Assessoria de Comunicação: setor encarregado da divulgação e promoção do centro


como um todo e suas atividades específicas, além do registro dos eventos.

- Recepcionista.

- Zelador e vigia.

Devem estar previstos uma recepção e escritórios para instalação desta equipe, além
de uma sala de reuniões e copa/cozinha de apoio.
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Com relação aos Departamentos e Equipamentos, sugere-se a divisão da seguinte


forma:

5.2) Departamento de Ação Cultural, voltado para a promoção de atividades artístico-


culturais e educativas. O Centro deve ter atuação viva, dinâmica e plural, sempre
atenta às demandas de seu público-alvo, mas podendo ir além desta, inserindo-se de
forma consistente no contexto das instituições culturais do Estado de Minas Gerais.

a) Ações e atribuições:
- realizar uma programação anual de eventos culturais e informacionais tais como:

 Cursos e oficinas de caráter formativo, que tragam oportunidades de


qualificação e desenvolvimento de aptidões ou de habilidades compatíveis com
as profissões que tenham interface com o Centro, como fotografia, modelagem,
cerâmica, etc.

 Cursos e oficinas de caráter expressivo livre, para possibilitar alívio das tensões
do dia a dia, estabelecimento de rede de encontros, desenvolvimento de
aptidões artísticas, sem que necessariamente tenham uma aplicabilidade na
prática profissional, como canto coral, ikebana, aquarela e feng-shui (que pode
ser aplicado na decoração de consultórios), entre outros.

 Seminários, debates ou mesa-redondas, atividades de compartilhamento de


informação que possibilitem reciclagem profissional, aquisição de novos
conteúdos, análise e discussão de temas de interesse da classe, contato com
pesquisadores ou profissionais considerados “de ponta”. Para ampliar o alcance
destas atividades, deve ser pensada a transmissão online das mesmas, além de
seu registro e armazenamento no Centro de Documentação, para acesso futuro.
Os eventos podem ser ampliados por lançamentos de livros relacionados ao
tema e podem gerar desdobramentos como a produção de artigos ou a
organização de publicações virtuais ou impressas.
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 Eventos artístico-culturais, como apresentações musicais, saraus, encontros


literários, etc, que possibilitem a apreciação da arte, a fruição estética, o lazer, o
encontro e a inter-relação entre os usuários do centro, o público comum,
inclusive entre diferentes gerações. Uma programação permanente e
continuada é imprescindível para caracterizar o centro equipamento cultural e
inseri-lo no contexto artístico-cultural da cidade, ainda que muitas de suas
atividades sejam atividades direcionadas a um público especializado.

 Exposições e mostras de caráter memorial e informativo instaladas nas galerias


expositivas do CD - Memória e Cultura do CRO-MG, podendo ser permanentes
ou transitórias. As exposições permanentes são vinculadas ao acervo
museológico e documental da instituição e baseiam-se na relevância de itens do
acervo. Tal relevância mede-se de acordo com a importância histórica das peças
ou documentos, com o grau de raridade ou singularidade das peças. O processo
de seleção das peças para exposição considera o estado de conservação, as
condições de armazenamento e preservação e a relevância das mesmas para a
instituição, seus usuários e a sociedade. As exposições transitórias geralmente
relacionam-se a datas comemorativas, outros eventos organizados pela
instituição ou temas em debate, funcionando como um elemento agregador,
um desdobramento ou uma ampliação de informação e perspectivas sobre
determinados temas. Mostras temáticas também fazem parte da programação
de eventos do CD - Memória e Cultura do CRO-MG, e têm a função de informar,
conscientizar, trazer à luz temas de interesse da organização, da classe e da
sociedade, podendo ter amplo caráter sócio-educativo e contribuir para a
inserção social do centro. As exposições, seja permanentes ou transitórias,
assim como as mostras temáticas, devem ser organizadas por curadoria
especializada acompanhada de equipe multidisciplinar, capaz de relacionar os
aspectos museológicos com a identidade e especificidade da instituição e seu
público-alvo.
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 Concursos culturais: outra interessante atividade a ser promovida pelo


Departamento de Ação Cultural do CD - Memória e Cultura do CRO-MG são os
concursos culturais, que geram mobilização e movimento dos associados em
direção ao centro, fortalecendo as redes de relação e intercâmbio, valorizando
as habilidades e promovendo a criatividade.

 Programação sócio-educativa: além da ação cultural propriamente dita, o centro


também pode desenvolver ações de cunho educativo como medida para definir
e ampliar sua inserção social. Tais ações podem ser organizadas em parceria
com instituições educacionais ou dirigir-se a elas, mas também podem ser
abertas ao público comum. Consistem em visitas orientadas às exposições e
mostras; promoção de eventos e concursos culturais para crianças e jovens
relacionados à questão da saúde bucal e até mesmo a eventos comemorativos
que conjuguem conscientização e ação de voluntariado.

O Departamento de Ação Cultural do CD - Memória e Cultura do CRO-MG deve estar


em estreita e permanente relação com os demais departamentos, por um lado se
abastecendo das informações, bens e conteúdos aí produzidas para formular sua
programação de atividades, e por outro lado promovendo a disseminação e divulgação
das ações dos demais setores. Também deve trabalhar em estreita vinculação com o
setor de Comunicação Social do centro para pensar e desenvolver estratégias de
formação, alcance e fidelização de público, divulgação de suas ações e fortalecimento
de sua marca.

Recomenda-se que o centro também funcione como um espaço de encontro, como


proposto pelas autoras Cardoso e Nogueira (1994:25) no projeto de criação do Centro
de Cultura de Belo Horizonte: “Como espaços urbanos, privilegiam também as
comunicações interpessoais, tornando-se local de convívio e troca de experiências”.
Para tanto, faz-se necessário estruturar uma pequena área de convivência.
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Tanto no que diz respeito aos cursos e oficinas quanto aos eventos artístico-culturais,
ressalta-se a importância de dar oportunidade para que os próprios associados
ocupem o espaço do CD - Memória e Cultura do CRO-MG, compartilhando seus
conhecimentos e aptidões. Tal iniciativa favorece a apropriação do centro pelos seus
usuários e viabiliza ações em parceria com instituições da área, que também podem
significar redução de custos operacionais.

“Primeiramente, a casa deve se apresentar como sendo um espaço da


comunidade. As pessoas devem se sentir convidadas a entrar e participar;
o centro (...) deve possibilitar que todos participem ativamente como
criadores e se apropriem do espaço”. (RAMOS, 2008:70)

Também devem ser pensadas medidas para a democratização do acesso à


programação, serviços e bens culturais oferecidos pelo CD - Memória e Cultura do
CRO-MG, especialmente considerando-se o público de associados do interior do
Estado. Além de parcerias com instituições da área, como universidades, clínicas e as
unidades representativas do Conselho Regional de Odontologia no interior do Estado,
que possam resultar em visitas presenciais e participação eventual nas atividades do
Centro, devem ser viabilizadas ferramentas tecnológicas que possibilitem a ampliação
do acesso ao mesmo. Softwares que permitam visitas virtuais às exposições,
transmissão online de palestras, disponibilização de acervo documental em plataforma
online com acesso gratuito, são exemplo de medidas de democratização viáveis e
desejáveis no contexto da Sociedade da Informação e do Conhecimento.

Do ponto de vista da gestão, na medida em que o centro se fortalece como instituição


de caráter prioritariamente cultural ― o que se constrói mediante uma programação
artístico-cultural permanente ― poderá beneficiar-se de editais e programas de
financiamento como os Fundos e as Leis de Incentivo à Cultura (mecanismos de
isenção fiscal) para viabilizar a manutenção de uma programação continuada.
Contabilizando mais de 40.000 associados em todo o estado, ainda poderá beneficiar-
se do mecanismo de isenção fiscal relacionado ao Imposto de Renda de pessoa física,
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uma das grandes alternativas para institutos vinculados a cooperativas e associações


de classe.

b) Estrutura física:

O Departamento de Ação Cultural reúne os espaços que receberão a programação de


atividades culturais do Centro como, galerias de exposição, auditório, salas para
cursos e oficinas, almoxarifado específico com materiais utilizados nas atividades
(como pranchetas, instrumentos para modelagem, etc). Cada um destes espaços deve
ser pensado e estruturado por um profissional de arquitetura, considerando-se suas
funções e necessidades básicas. Por exemplo:

- Galerias de exposição: preferencialmente devem ser espaços que possibilitem


múltiplos arranjos, de acordo com as exposições que serão montadas, podendo
abrigar peças bidimensionais ou tridimensionais. Devem contar com iluminação
adequada, que leve em consideração o nível de incidência da luz sobre os artefatos
expostos, principalmente no caso do acervo museológico, de forma a não prejudicar a
sua preservação. Devem estar em local privilegiado para o acesso do público e, se
possível, também para despertar o interesse do transeunte. Todo o espaço físico do
CD - Memória e Cultura do CRO-MG deve contar com plano de acessibilidade para
portadores de necessidades especiais.

- Museu permanente: é mais um espaço expositivo, que abrigará a exposição


permanente de peças museológicas da instituição. Deve receber a mesma atenção (e
adaptações necessárias) que as demais galerias, do ponto de vista da preservação das
peças, além de requerer contínuo monitoramento das condições ambientais e
contínua manutenção da limpeza, realizada sob orientação de um profissional da área
de conservação de bem culturais móveis. A seleção do acervo que ficará em exposição
permanente deve ser feita por uma equipe de curadoria e um profissional
especializado, considerando-se a importância histórica de cada peça e o diagnóstico
do seu estado de conservação, que definirá a necessidade de serem tomadas medidas
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de conservação preventiva ou curativa ou ainda de restauração das peças. Antes de


entrar em exposição, todo o acervo deverá ser inventariado.

- Auditório e anfi-teatro: com capacidade mínima para 100 lugares, o auditório do CD -


Memória e Cultura do CRO-MG deve abrigar tanto atividades de cunho informativo
(palestras e seminários) quanto pequenos eventos artísticos como apresentações de
coral, música de câmara, saraus de poesia. Deve estar equipado com aparatos de som
e iluminação compatíveis com sua função, ar condicionado e poltronas confortáveis;
deve, se possível, contar com isolamento acústico.

- Salas para cursos e oficinas: o centro deve contar com salas amplas, bem ventiladas,
equipadas com cadeiras e mesas ou bancadas desmontáveis, preferencialmente
tratadas com isolamento acústico. Equipamentos de sonorização, data-show e
materiais específicos para os cursos devem estar disponíveis e serem armazenados em
espaço que facilitem seu transporte dentro do CD - Memória e Cultura do CRO-MG. A
quantidade de salas dependerá do volume de cursos e oficinas oferecidos
simultaneamente. Pode-se iniciar como uma sala e programar a expansão desta área
conforme a necessidade.

c) Recursos Humanos
O Departamento de Ação Cultural do CD - Memória e Cultura do CRO-MG deve contar
com uma equipe multidisciplinar em constante interação com os demais setores, que
devem participar do planejamento e execução de atividades que se localizem na
interface entre cultura, estudos científicos, documentação e memória. Devem fazer
parte do quadro de pessoal do Departamento os seguintes profissionais:

- Produtor Executivo: profissional responsável pela produção executiva das atividades


realizadas pelo Departamento, como montagem de exposições, organização e
realização de eventos, aquisição de materiais, logística, controle de despesas, etc. A
depender do volume de atividades, recomenda-se a contratação de estagiários que
atuarão sob coordenação do produtor.
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- Técnico de luz e som: o Departamento deve contar com uma equipe técnica, ou pelo
menos um profissional da área técnica, capaz de responder pelo uso e adequação de
equipamentos de iluminação e sonoplastia, data-show, etc. Inicialmente pode-se optar
pela contratação de profissional terceirizado, nos dias de evento.

5.2) Departamento de Estudos Científicos


a) Ações e atribuições:
O Departamento de Estudos Científicos do CD - Memória e Cultura do CRO-MG está
diretamente relacionado à promoção do conhecimento, ao fomento e disseminação da
produção científica dentro da área da odontologia, sua história, seus saberes, técnicas
e áreas adjacentes. Abrigará a Revista Científica do CRO, podendo desenvolver outras
publicações; poderá promover ações que estimulem ou valorizem a produção
técnico/científica na área, como concursos de dissertações e teses, prêmios para
inovação técnica ou para personalidades da área, etc.

b) Estrutura física

c) Recursos humanos
Este Departamento poderá estar submetido ao Departamento de Ação Cultural, sob
coordenação de seu Coordenador Geral e contando com uma equipe colaboradora,
com reconhecida produção científica relacionada ao campo da odontologia, que
componha o Conselho Editorial e Científico do CD - Memória e Cultura do CRO-MG. As
reuniões do Conselho podem acontecer na sala de reuniões do Centro, a produção das
ações propostas por este Departamento pode estar a cargo do Produtor Executivo e no
caso da revista e outras publicações, pode-se contratar um produtor editorial ou atuar
em parceria com uma editora.
23

5.3.) Centro de Documentação e Memória

“(...) o que, de fato, caracteriza e distingue os objetos de coleções de outros


conjuntos de objetos é o papel de representarem determinadas realidades ou
entidades, constituindo-se em intermediários entre aqueles que olham, os
espectadores, e o mundo não visível – passado, eternidade, mortos, etc. – que
representam.” (SUMAV – Superintendência de Museus e Artes Visuais de MG)

a) Ações e atribuições:
- reunir, organizar e preservar o acervo museológico e documental da instituição,
adotando os princípios e normas técnicas da área da Museologia e da Arquivologia. No
campo da documentação;

- reunir, custodiar, organizar e preservar documentos arquivísticos, coleções


documentais e documentos diversos de valor permanente e que constituem
referências úteis ao ensino e à pesquisa na área da Odontologia;

- realizar o inventário e processamento técnico do acervo documental e museológico


em base de dados digital, facilitando o acesso às informações sobre os mesmos;

- estabelecer uma política de preservação para o acervo, incluindo desde a adoção de


medidas de salvaguarda, controle ambiental, acondicionamento, conservação
preventiva e curativa até a digitalização e reprodução de documentos;

- disponibilizar o acervo documental ao usuário definido como seu público, mediante a


definição de uma política de acesso a este acervo. Através do atendimento
especializado, fornecer apoio à pesquisa acadêmica, escolar e de profissionais da área;

- elaborar e disponibilizar instrumentos de pesquisa e referências, como catálogos,


guias e afins;
24

- promover o intercâmbio com instituições afins visando o aperfeiçoamento técnico e


instrumental;

- adotar medidas de ampliação do acervo documental e museológico, através de coleta


de doações de documentos, peças museológicas e até mesmo coleções particulares ou
institucionais de interesse público;

- apoiar a organização de exposições e mostras que tenham como objeto principal o


acervo museológico e documental do Centro.

Em termos de estrutura administrativa, os centros de documentação de médio porte


organizam-se a partir de uma subdivisão em três áreas técnicas – por função e não por
tipo de acervo – e uma área administrativa. As áreas técnicas são: área de tratamento
documental, área de conservação e reprografia, área de apoio à pesquisa e difusão
cultural. Em organizações mais complexas, elas poderão estar ainda mais subdivididas,
de acordo com a natureza do acervo. Nos centros menores, as diferentes funções são
exercidas por uma mesma equipe e não requerem uma subdivisão administrativa.

A área de tratamento documental é responsável pela custódia dos acervos


documentais, pela ampliação do acervo através de doações, compra ou permuta de
fundos, coleções e documentos avulsos; pela organização do acervo arquivístico,
classificação do acervo bibliográfico e hemerográfico e elaboração de instrumentos de
pesquisa e catálogos; pela criação e desenvolvimento de aplicativos que permitam
dinamizar as rotinas de pesquisa.

A área de conservação e reprografia é responsável pela conservação física do acervo,


que tem a finalidade de desacelerar os processos de degradação dos documentos e
por sua reprodução, processo que visa preservar, complementar e difundir o acervo
existente. Também presta serviços de reprografia a instituições e pesquisadores.
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Ambas as áreas executam as rotinas operacionais de manutenção do banco de dados e


da rede local de informações, criação de relatórios e devem prestar assessoria técnica
e realizar intercâmbios com instituições afins.

A área de apoio à pesquisa e difusão cultural é responsável pelas pesquisas


instrumentais, pela elaboração de referências, pelo atendimento ao público,
divulgação do centro e intercâmbio institucional.

b) Estrutura física:
O Centro de Documentação e Memória deve contar com uma área para atendimento
ao público composta por um computador de consulta, uma mesa para pesquisa e uma
estante de aço ou expositores tipo revisteiro, em que serão expostos instrumentos de
pesquisa e referência, pastas de consulta, álbuns, curiosidades, etc. Deve ter uma área
de processamento técnico e digitalização com computador de uso restrito, escâner de
mesa e armário ou estante de aço para armazenamento de documentos que estão
sendo processados.

O espaço deve ser bem ventilado, limpo, livre de infiltrações e outras ações de
degradação possíveis, com monitoramento constante das condições ambientais e,
preferencialmente, climatizado. A iluminação deve ser pensada de forma a não
prejudicar a preservação dos documentos e peças museológicas, ou seja, com pouca
incidência de luz solar e utilização de filtros apropriados para o controle da incidência
da iluminação artificial. Todo o mobiliário do Centro de Documentação e Memória
(estantes, armários fechados e expositivos, mapotecas e arquivos) deve ser de aço,
material mais adequado à preservação dos documentos. Álbuns de fotografias, pastas
catálogo e outros tipos de suporte de material documental expositivo devem ser
montados com reproduções, mantendo-se os originais acondicionados e preservados
da deterioração por manuseio inadequado. O acesso aos documentos originais deve
ser restrito, controlado e sob a adoção de métodos adequados de manuseio e
exposição.
26

O Centro de Documentação e Memória deve ainda estruturar e manter uma Reserva


Técnica e uma Sala de Depósito. A Reserva Técnica é um espaço físico destinado ao
armazenamento seguro do acervo que não se encontra em exposição e dos conjuntos
documentais de acesso restrito. Em seu interior, são realizadas atividades constantes
de conservação preventiva, preservação e salvaguarda do acervo, com adoção de
medidas de segurança contra acidentes e perda, controle ambiental e
acondicionamento adequado. A área da Reserva deverá ser definida a partir do volume
(medido em metros lineares) de acervo a ser acondicionado, mas também deve prever
a ocorrência de doações e aquisições que ampliarão tal volume.

Após visita ao guarda-móveis contratado pelo CRO-MG para armazenamento do


acervo documental e museológico que se encontra em sua guarda, procedeu-se a uma
estimativa de volume de material a ser armazenado no Centro de Documentação e
Memória do CD - Memória e Cultura do CRO-MG. Usualmente, após processo de
seleção e descarte, no qual parte do material é descartada (cópias desnecessárias) e
parte é realocada para arquivo-morto, os Cedocs recebem 30% do material bruto
inicialmente armazenado. Estes documentos são selecionados de acordo com sua
importância histórica, institucional e de pesquisa. Portanto, foi estimado que o acervo
hoje armazenado no guarda-móveis, que somam cerca de 300m lineares, poderia ser
reduzido para 30m lineares. Para armazenar tal acervo no Centro de Documentação e
Memória, estima-se uma área de aproximadamente 90m², incluindo a Reserva Técnica.
O processo de seleção também definirá quais documentos ficarão em exposição e
terão acesso público, e quais terão acesso restrito, ficando armazenados na Reserva
Técnica.

A Sala de Depósito destina-se ao armazenamento de documentos e coleções que ainda


não foram tratados. Deve ter boas condições ambientais e espaço para as atividades
de higienização e manuseio dos documentos, antes do processamento técnico. Estima-
se um espaço de aproximadamente 12m² para esta área.
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c) Recursos Humanos
O Centro de Documentação e Memória requer uma equipe técnica especializada da
área de história, arquivologia e ciência da informação. No caso do equipamento do CD
- Memória e Cultura do CRO-MG, que inicialmente se caracterizará como um centro de
pequeno porte, a coordenação das atividades e planejamento de sua execução pode
ficar a cargo do mesmo profissional que coordenará a Biblioteca do CD - Memória e
Cultura do CRO-MG, mas a especificidade do trabalho com o acervo documental e
museológico e a demanda das atividades de inventário, conservação e processamento
técnico, além do atendimento ao público, certamente irão requerer um profissional de
Arquivologia e um estagiário ou assistente para este espaço.

5.4) Biblioteca
A Biblioteca do CD - Memória e Cultura do CRO-MG abrigará um acervo bibliográfico e
audiovisual especializado na área da odontologia, disponível para acesso público
gratuito e empréstimo domiciliar, de acordo com sua política de acesso ao acervo.
Como o CRO-MG já dispõe de uma Biblioteca, a mesma deverá ser transferida para o
seu Centro Cultural, Científico, de Documentação e Memória.

a) Ações e atribuições:
- reunir e organizar, de acordo com as normas universais preestabelecidas pela
Biblioteconomia, o acervo bibliográfico e audiovisual de caráter informacional do
Centro;

- realizar o processamento técnico do acervo, facilitando o acesso ao mesmo e


disponibilizar sua base de dados para consulta on line;

- realizar atendimento ao usuário na consulta ao acervo através de equipe


especializada;

- estabelecer uma política de preservação, uso, disseminação e ampliação do acervo;


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- promover atividades educativas vinculadas ao acervo;

- promover o intercâmbio de informações com instituições afins.

b) Estrutura física:
A Biblioteca do CD - Memória e Cultura do CRO-MG deve contar com áreas destinadas
ao armazenamento do acervo, a leitura e pesquisas, ao acesso ao acervo audiovisual,
ao processamento técnico, ao acesso à internet, além de um Depósito. Toda a área
deverá, preferencialmente, estar climatizada, com pouca incidência de luz solar, e
contar com limpeza e monitoramento constante das condições ambientais. O espaço
deve contar com mobiliário específico (como estantes e armários de aço, estantes
expositivas), e equipamentos para acesso ao acervo e à base de dados (computador
conectado à internet, aparelhos de TV e DVD equipados com fones de ouvido, etc).

c) Recursos humanos:
A Biblioteca deve contar com um bibliotecário responsável e pelo menos um assistente
ou estagiário de biblioteconomia.
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6) PLANEJAMENTO DE EXECUÇÃO DO PROJETO

A implantação do Centro integra as seguintes etapas:

ETAPA 1 - Pré-produção: esta etapa consiste na preparação jurídica e administrativa


necessária à implantação do Centro

a) Reforma e adaptação do espaço físico onde será instalado o Centro Cultural,


Científico, de Documentação e Memória do CRO-MG;

b) Constituição dos instrumentos jurídicos necessários para a efetiva implantação e


gestão do CD - Memória e Cultura do CRO-MG, assim como de sua direção ou
coordenação, ainda que provisória;

c) Apresentação do projeto para os associados do CRO-MG;

d) Contratação de equipe para execução do projeto e efetiva implantação dos


equipamentos culturais previstos;

e) Apresentação e discussão do projeto com a equipe contratada, ajustes de


planejamento e cronograma.

ETAPA 2) Produção / Execução: Esta etapa consiste na implantação dos equipamentos


culturais previstos e transposição da Biblioteca já existente para o CD - Memória e
Cultura do CRO-MG, estruturação da gestão e da programação de atividades;
planejamento da inauguração.

a) Implantação do Centro Cultural como um todo:


- Montagem da estrutura física das salas de cursos, auditório/anfi-teatro, galerias de
exposição temporária e permanente (Museu); espaços de convivência, salas
administrativas, cozinhas, recepção, etc. Inclui a aquisição e instalação de mobiliário e
equipamentos, aquisição e instalação de redes e pontos de informática e
telecomunicações; adaptações físicas e a decoração do espaço.

- Contratação de funcionários (assessor de imprensa, produtores, técnicos de som e


luz, recepcionista, serviços gerais, etc).
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- Definição do Plano de Gerenciamento da instituição e Organograma.

- Definição dos mecanismos de subvenção e financiamento que serão adotados para


manutenção do Centro.

- Definição da logomarca e do plano de comunicação. Criação de website, criação e


impressão de material gráfico, planejamento de assessoria de imprensa.

- Mobilização das delegacias e dos associados do CRO-MG para a implantação do


Centro Cultural.

- Mobilização da classe odontológica e das instituições afins (sindicato, universidades,


laboratórios, etc) para a implantação do Centro Cultural.

b) Implantação do Departamento de Ação Cultural


- Definição e detalhamento das diretrizes, prioridades e do escopo de atuação do
Departamento.

- Definição das atividades a serem realizadas no primeiro ano de funcionamento e


cronograma de realização.

- Contato e contratação de equipe terceirizada (professores de cursos e oficinas,


palestrantes, consultoria de museologia e expografia, etc).

- Montagem do Museu (exposição permanente): definição dos critérios de seleção das


peças e documentos que entrarão em exposição, seleção, inventário, plano de
salvaguarda, produção executiva, expografia, iluminação, instalação de equipamentos
para controle de temperatura e umidade, sinalização, planejamento de comunicação,
definição da política de controle de visitação e ação educativa, etc. A montagem do
31

deve envolver o Centro de Documentação e Memória no que diz respeito à seleção e


inventário do acervo que será destinado à exposição permanente.

- Montagem da primeira exposição temporária: definição da temática, seleção de


peças e/ou documentos, seleção, inventário, plano de salvaguarda, produção
executiva, expografia, iluminação, instalação de equipamentos para controle de
temperatura e umidade, sinalização, planejamento de comunicação, definição da
política de controle de visitação e ação educativa, etc.

- Elaboração de catálogos e outros instrumentos (impressos ou digitais)


complementares às exposições.

- Registro fotográfico e audiovisual do processo de implantação do Centro Cultural e


seus Departamentos e Equipamentos.

c) Implantação do Departamento de Estudos Científicos


- Definição e detalhamento das diretrizes, prioridades e do escopo de atuação do
Departamento.

- Constituição de um Conselho Editorial e Cientifico.

- Transposição da produção editorial da Revista do CRO-MG para o Departamento.

- Planejamento de ações complementares como concursos, prêmios, reuniões


científicas, congressos, cursos técnico-científicos e outras publicações.

- Produção executiva e planejamento de comunicação das ações e/ou projetos que


serão executados pelo Departamento.
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d) Implantação do Centro de Documentação e Memória


- Definição e detalhamento das diretrizes, prioridades e do escopo de atuação do
Centro de Documentação e Memória.

- Análise dos documentos históricos e peças museológicas armazenadas pelo CRO-MG


e seleção para constituição do acervo do centro de documentação.

- Inventário do acervo documental e museológico.

- Tratamento e processamento técnico do acervo (identificação, catalogação e


indexação em base de dados informatizada, organização em mobiliário adequado).

- Instalação de medidas de preservação do acervo constituído (armazenamento


adequado, controle de temperatura e umidade, plano de salvaguarda e processo de
digitalização).

- Elaboração de catálogos e instrumentos de referência.

- Definição da política de acesso ao acervo;

- Definição das ações educativas e de apoio à pesquisa e produção científica;

e) Transposição e Ampliação da Biblioteca do CRO para o Centro Cultural, Científico,


de Documentação e Memória da instituição.

ETAPA 3) Inauguração
- Definição do evento de inauguração

- Produção executiva do evento: contratação de profissionais, envio de convites,


montagem de exposição de inauguração e finalização da exposição permanente,
33

contratação de buffet, envio de convites, mobilização da classe para comparecimento


ao evento, etc.

- Assessoria de Comunicação do evento: criação e produção de material gráfico


institucional e específico do evento, criação e produção de convites, assessoria de
imprensa, registro fotográfico e audiovisual, etc.

- Inauguração com lançamento da programação de atividades contínuas e esporádicas.

ETAPA 4) MANUTENÇÃO DA PROGRAMAÇÃO


Após a inauguração, procede-se ao trabalho contínuo de manutenção de uma
programação dinâmica, atenta às demandas do público alvo do CD - Memória e Cultura
do CRO-MG, buscando atingir e ampliar o seu público. Devem-se iniciar as ações
culturais, informacionais e educativas, organizadas dentro de uma atuação conjunta e
colaborativa entre os diferentes Departamentos e Equipamentos que compõem a
estrutura do Centro Cultural, Científico, de Documentação e Memória do CRO-MG.
Também é de fundamental importância buscar fontes de recursos, e modalidades de
financiamento que permitam a manutenção de uma programação contínua e de
qualidade, que contribua para a formação cultural e técnico-científica dos associados
do CRO-MG e para ampliar a inserção social do segmento.

7) CRONOGRAMA (em anexo)

8) PLANILHA ORÇAMENTÁRIA (em anexo)


34

9) REFERÊNCIAS
BARRETO, Aldo de Albuquerque. A questão da informação. Revista São Paulo em
Perspectiva, São Paulo, v. 8., n. 4, 1994. Disponível em:< http://www.e-
iasi.org/cinfor/quest/quest.htm>.

COSTA, I. T. M. Memória institucional: a construção conceitual numa abordagem


teórico-metodológica. 1997. 169 f. Tese (Doutorado)-Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 1997. Disponível em:
http://tede-dep.ibict.br/tde_arquivos/1/TDE-2008-02-
15T15:39:41Z24/Publico/icleiacosta1997.pdf

FONTANELLI, Silvana Aparecida. Centro de memória e ciência da informação: uma


interação necessária. 2005. 105 f. Trabalho de Conclusão de Curso-Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2005. Disponível em:
http://rabci.org/rabci/sites/default/files/Fontanelli-Memoria.pdf.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Unicamp, 1990. 549 p.

RAMOS, Luciene Borges. Centros de cultura, espaços de informação: um estudo sobre


a ação do Galpão Cine Horto. Argvmentvm, Belo Horizonte, 2008.

RUEDA, Valéria Matias da Silva, FREITAS, Aline de; VALLS Valéria Martin. Memória
nstitucional: uma revisão de literatura. 2011. Revista CRB-8 Digital. Disponível em:
< http://revista.crb8.org.br/index.php/crb8digital/article/viewFile/62/64>.

TEIXEIRA FILHO, Jayme. Gerenciando conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: SENAC, 2001
CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO CENTRO CULTURAL, CIENTÍFICO, DE DOCUMENTAÇÃO E MEMÓRIA DO CRO-MG

ETAPA ATIVIDADE Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1. Pré -produção
Aprovação de projeto arquitetônico X
Constituição dos instrumentos jurídicos X
Apresentação da proposta e do projeto X
arquitetônico para os associados do CRO-MG
e parceiros institucionais
Reforma e adaptação do espaço físico X X X X X
Contratação de equipe para execução do X
projeto de implantação
Discussão do projeto com a equipe, ajustes X X
de planejamento e cronograma
2. Produção /
Execução
Implantação do Montagem da estrutura física: mobiliário e X X X
Centro Cultural equipamentos; informática e
telecomunicações; adaptações e decoração
Contratação de funcionários fixos X
Definição do Plano de Gerenciamento e X X
Organograma
Definição dos mecanismos de subvenção e X X
financiamento
Definição da logomarca e do plano de X X
comunicação; planejamento de assessoria de
imprensa
Criação de website, criação e impressão de X X
material gráfico
Mobilização das delegacias e dos associados X X X
do CRO-MG
Mobilização da classe odontológica e X X X
instituições afins
Implantação do Definição e detalhamento das diretrizes, X
Departamento de prioridades e do escopo de atuação do
Ação Cultural Departamento
Planejamento e cronograma do primeiro ano X X
de funcionamento
Contratação de equipe terceirizada X X
Montagem do Museu X X
Montagem da primeira exposição temporária X X
Elaboração e impressão de catálogos X
Implantação do Definição e detalhamento das diretrizes, X
Departamento de prioridades e do escopo de atuação do
Estudos Científicos Departamento
Constituição de um Conselho Editorial e X
Cientifico
Transposição da produção editorial da X
Revista do CRO-MG para o Departamento
Planejamento de ações complementares X
Produção executiva e planejamento de X
comunicação das ações do Departamento
Implantação do Definição e detalhamento das diretrizes, X
Centro de prioridades e do escopo de atuação do
Documentação e Centro
Memória
Análise e seleção do acervo da instituição X X X
Inventário do acervo documental e X X X X
museológico (Trabalho contínuo)
Tratamento e processamento técnico do X X X
acervo
Instalação de medidas de preservação do X X X
acervo constituído
Elaboração e impressão de catálogos e X
instrumentos de referência
Definição da política de acesso ao acervo X X
Definição das ações educativas e de apoio à X X
pesquisa e produção científica
Transposição e X X X
Ampliação da
Biblioteca
3. Inauguração Definição do evento de inauguração X
Produção executiva do evento X X X
Assessoria de Comunicação do evento X X X
Inauguração com lançamento da X
programação de atividades
4. Manutenção da A PARTIR DA INAUGURAÇÃO
Programação

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