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Tópico 1 – Temperatura 1

Parte I – TERMOLOGIA
4 Um jovem brasileiro fez uma conexão via Internet com um ami-
Tópico 1 go inglês que mora em Londres. Durante a conversa, o inglês disse
que em Londres a temperatura naquele momento era igual a 14 °F.
Após alguns cálculos, o jovem brasileiro descobriu qual era, em graus
1 Um jornalista, em visita aos Estados Unidos, passou pelo deser- Celsius, a temperatura em Londres. Que valor ele encontrou?
to de Mojave, onde são realizados os pousos dos ônibus espaciais da
Nasa. Ao parar em um posto de gasolina, à beira da estrada, ele ob- Resolução:
servou um grande painel eletrônico que indicava a temperatura local θC θ – 32 θC 14 – 32
= F ⇒ =
na escala Fahrenheit. Ao fazer a conversão para a escala Celsius, ele 5 9 5 9
encontrou o valor 45 °C. Que valor ele havia observado no painel? θC = – 10 °C
Resolução: Resposta: – 10 °C
θC θ – 32
= F
5 9
45 θF – 32 5 E.R. Dois termômetros, um graduado na escala Celsius e ou-
= tro, na escala Fahrenheit, são mergulhados em um mesmo líquido. A
5 9
81 = θF – 32 leitura em Fahrenheit supera em 100 unidades a leitura em Celsius.
Qual era a temperatura desse líquido?
θF = 113 °F
Resolução:
Resposta: 113 °F Do enunciado do problema, podemos escrever:
θF = θC + 100 (I)
2 Uma agência de turismo estava desenvolvendo uma página na
Internet que, além dos pontos turísticos mais importantes, continha A relação entre as escalas citadas é dada por:
também informações relativas ao clima da cidade de Belém (Pará). Na θC θF – 32
versão em inglês dessa página, a temperatura média de Belém (30 °C) = (II)
5 9
deveria aparecer na escala Fahrenheit. Que valor o turista iria encon-
trar, para essa temperatura, na página em inglês? Substituindo (I) em (II), vem:
θC (θC + 100) – 32
Resolução: =
5 9
θC θ – 32 9θC = 5θC + 340
= F
5 9
4θC = 340
30 θF – 32
=
5 9 θC = 85 °C ou θF = 185 °F
54 = θF – 32
θF = 86 °F
6 Ao chegar ao aeroporto de Miami (EUA), um turista brasileiro ob-
Resposta: 86 °F servou em um painel eletrônico que a temperatura local medida na escala
Fahrenheit ultrapassava o valor medido na escala Celsius em 48 unidades.
Qual era a temperatura registrada no painel, em graus Celsius?
3 Um turista brasileiro, ao descer no aeroporto de Chicago (EUA),
observou um termômetro marcando a temperatura local (68 °F). Fa- Resolução:
zendo algumas contas, ele verificou que essa temperatura era igual à
θF = θC + 48
de São Paulo, quando embarcara. Qual era a temperatura de São Paulo,
em graus Celsius, no momento do embarque do turista? θC θ – 32
= F
5 9
Resolução:
θC θ – 32 θC (θ + 48) – 32
= F = C
5 9 5 9
θC 68 – 32 θC θF + 16
= = ⇒ 9θC = 5θC + 80
5 9 5 9
θC = 20 °C θC = 20 °C

Resposta: 20 °C Resposta: 20 °C
2 PARTE I – TERMOLOGIA

7 Num laboratório, dois termômetros, um graduado em Celsius Resolução:


e outro em Fahrenheit, são colocados no interior de um freezer. Após Relacionando as duas escalas, vem:
algum tempo, verificou-se que os valores lidos nos dois termômetros ºC ºX
eram iguais. Qual a temperatura medida, em graus Celsius? (80) (44)

Resolução:
θC = θF (θC) (θX)

θC θ – 32
= F
5 9
(20) (–4)

θC θ – 32
= F
5 9
9θC = 5θC – 160 θC – 20 θ – (– 4)
= X
80 – 20 44 – (– 4)
θC = – 40 °C θC – 20 θX + 4
=
5 4
Resposta: – 40 °C Fazendo θC = 0 °C (ponto do gelo), temos:
0 – 20 θ +4
= X
8 Numa escala de temperaturas A, o ponto do gelo equivale a 5 4
–10 °A e o do vapor, a +40 °A. Se uma temperatura for indicada num θX = – 20 °X
termômetro em Celsius pelo valor 22 °C, que valor será indicado por
outro termômetro graduado na escala A? Fazendo θC = 100 °C (ponto do vapor), temos:
100 – 20 θX + 4 θC = 60 °C
Resolução: = ⇒
5 4
Fazendo a relação entre as escalas, vem:
Respostas: –20 °X e 60 °X

ºA ºC
10 Lendo um jornal brasileiro, um estudante encontrou a seguinte
Ponto de vapor (+40) (+100)
notícia: “Devido ao fenômeno El Niño, o verão no Brasil foi mais quen-
te do que costuma ser, ocorrendo em alguns locais variações de até
20 °C em um mesmo dia”. Se essa notícia fosse vertida para o inglês, a
variação de temperatura deveria ser dada na escala Fahrenheit. Que
(θA) (+22)
valor iria substituir a variação de 20 °C?

Ponto de gelo (–10) (0)


Resolução:
Relacionando as variações de temperatura, temos:

ºC ºF

Assim: (100) (212)

θA – ( –10)
= 22 – 0
40 – ( –10) 100 – 0
100 ΔθC ΔθF 180
θA + 10 22
=
50 100
θA + 10 = 11 (0) (32)

θA = 1 °A

ΔθC Δθ
Resposta: 1 °A = F
100 180
Fazendo ΔθC = 20 °C, temos:
9 Um professor de Física inventou uma escala termométrica que 20 Δθ
= F ⇒ ΔθF = 36 °F
chamou de escala X. Comparando-a com a escala Celsius, ele observou 100 180
que – 4 °X correspondiam a 20 °C e 44 °X equivaliam a 80 °C. Que valo-
res essa escala X assinalaria para os pontos fixos fundamentais? Resposta: 36 °F
Tópico 1 – Temperatura 3

11 Um turista brasileiro sente-se mal durante uma viagem e é b) Substituindo 80 °C na equação de conversão encontrada no
levado inconsciente a um hospital. Após recuperar os sentidos, sem item a, obtemos o θX correspondente:
saber em que local estava, é informado de que a temperatura de seu θX = 4(80) – 50 ⇒ θX = 320 – 50
corpo atingira 104 graus, mas que já “caíra” 5,4 graus. Passado o sus-
to, percebeu que a escala utilizada era a Fahrenheit. De quanto seria θX = 270 °X
a queda da temperatura desse turista se fosse utilizado um termôme-
tro graduado em Celsius? c) Para os pontos fixos fundamentais, temos:
1o ponto fixo → ponto do gelo fundente, sob pressão normal
Resolução: (θC = 0 °C)
Relacionando as variações de temperatura nas escalas Celsius e Fahren- Do próprio gráfico fornecido, concluímos que:
heit, vem:
ΔθC Δθ θX = –50 °X
= F
100 180
2o ponto fixo → ponto do vapor de água em ebulição, sob
Assim: pressão normal (θC = 100 °C)
ΔθC 5,4 Utilizando a relação de transformação obtida no item a e impon-
= ⇒ ΔθC = 3,0 °C do θC = 100 °C, calculemos θX correspondente:
100 180
Resposta: 3,0 °C θX = 4(100) – 50 ⇒ θX = 350 °X

12 E.R. Uma escala termométrica X foi comparada com a escala


Celsius, obtendo-se o gráfico dado a seguir, que mostra a correspon- 13 Um estudante construiu uma escala de temperatura E cuja relação
dência entre os valores das temperaturas nessas duas escalas. com a escala Celsius é expressa no gráfico representado a seguir:
°X θE
B
150
10

–30 0 θC

Qual a temperatura cujas leituras coincidem numericamente nessas


0 50 (°C) duas escalas?
–50 A
Resolução:
Determine: Fazendo a relação entre as escalas E e Celsius, vem:
a) a equação de conversão entre as escalas X e Celsius;
ºE ºC
b) a indicação da escala X, quando tivermos 80 °C;
c) a indicação da escala X para os estados térmicos correspondentes (10) (0)
aos pontos fixos fundamentais.
Resolução:
a) Fazendo o esquema e relacionando as escalas X e Celsius, temos: (θE) (θC)
ºX ºC
Ponto B 150 50
(0) (–30)

Assim:
Ponto genérico θX θC θE – 0 θ – (– 30)
= C
10 – 0 0 – (– 30)
Ponto A –50 0 θE θC + 30
=
10 30
Fazendo θE = θC, temos:
Do esquema, concluímos:
θC θC + 30
θX – ( – 50) θ –0 =
10 30
= C
150 – ( – 50) 50 – 0 3θC = θC + 30
θX + 50 θ θ + 50
= C ⇒ X = θC θC = θE = 15 °C
200 50 4
θX + 50 = 4θC ⇒ θX = 4θC – 50 Resposta: 15 °C
4 PARTE I – TERMOLOGIA

14 Ao nível do mar, um termômetro de gás a volume constante in- Temperatura máxima no sábado:
dica as pressões correspondentes a 80 cm Hg e 160 cm Hg, respectiva- θC θF – 32
mente, para as temperaturas do gelo fundente e da água em ebulição. =
5 9
À temperatura de 20 °C, qual é a pressão indicada por ele?
θ
20 = F – 32
Resolução: 5 9
Relacionando a pressão do gás com a temperatura Celsius, vem: θF = 68 °F

p (cm hg) θC
Resposta: 68 °F
(160) (100) Água em ebulição
16 (Unaerp-SP) Durante um passeio em outro país, um médico,
percebendo que seu filho está “quente”, utiliza um termômetro com
(p) (20) escala Fahrenheit para medir a temperatura. O termômetro, após o
equilíbrio térmico, registra 98,6 °F. O médico, então:
a) deve correr urgente para o hospital mais próximo, o garoto está
(80) (0) Gelo fundente mal, 49,3 °C.
b) não se preocupa, ele está com 37 °C, manda o garoto brincar e mais
tarde mede novamente sua temperatura.
c) fica preocupado, ele está com 40 °C, então lhe dá para ingerir uns
Assim: quatro comprimidos de antitérmico.
d) faz os cálculos e descobre que o garoto está com 32,8 °C.
p – 80
= 20 – 0 e) fica preocupado, ele está com 39 °C, dá um antitérmico ao garoto e
160 – 80 100 – 0 o coloca na cama sob cobertores.
p – 80
= 1 Resolução:
80 5
p – 80 = 16 Convertendo o valor registrado para a escala Celsius, temos:
θC θ – 32
p = 96 cm Hg = F
5 9
θC 98,6 – 32
Resposta: 96 cm Hg =
5 9

15 (Vunesp-SP) θC = 37 °C

Frente fria chega a São Paulo


Resposta: 37 °C
Previsão para

17 Um determinado estado térmico foi avaliado usando-se dois


sexta-feira sábado
termômetros, um graduado em Celsius e outro, em Fahrenheit. A leitu-
mín. 11 °C mín. 13 °C ra Fahrenheit excede em 23 unidades o dobro da leitura Celsius. Essa
máx. 16 °C máx. 20 °C temperatura corresponde a que valor na escala Celsius?

Com esses dados, pode-se concluir que a variação de temperatura na Resolução:


sexta-feira e a máxima, no sábado, na escala Fahrenheit, foram, respec-
θF = 2θC + 23
tivamente:
a) 9 e 33,8. d) 68 e 33,8. θC θ – 32
b) 9 e 68. e) 68 e 36. = F
5 9
c) 36 e 9.
θC (2θC + 23) – 32
Resolução: =
5 9
A variação de temperatura na sexta-feira é determinada por:
ΔθC Δθ θC 2θ – 9
= F = C
100 180 5 9
10θC – 45 = 9θC
Assim:
(16 – 11) ΔθF θC = 45 °C
=
100 180
ΔθF = 9 °F Resposta: 45 °C
Tópico 1 – Temperatura 5

18 (Unifor-CE) Uma escala termométrica A criada por um aluno 20 Um paciente foi internado em um hospital e apresentou o se-
é tal que o ponto de fusão do gelo corresponde a –30 °A e o de guinte quadro de temperatura:
ebulição da água (sob pressão normal) corresponde a 20 °A. Qual
θ (°C)
a temperatura Celsius em que as escalas A e Celsius fornecem va-
lores simétricos? 40

Resolução:
Equação de conversão entre as escalas A e Celsius:
36
ºC ºA
0 10 12 14 16 t (h)
(100) (+20)

Que temperatura esse paciente apresentou às 12 h 30 min, expressa


na escala Réaumur?
θC θA
Resolução:
No gráfico verificamos que a temperatura do paciente às 12 h 30 min
(0) (–30) é 37,5 °C.

θ (°C)
40
θC – 0 θA – (– 30)
=
100 – 0 20 – (– 30)
θC = 2θA + 60 37,5
38

Valores simétricos: 37

θC = –θA ou θA = – θC 36

Assim: 0 10 12 13 14 16 t (h)
θC = 2(– θC + 60) 12 h 30 min
3θC = 60
Usando-se a equação de conversão entre as escalas Celsius e Réaumur,
θC = 20 °C temos:
θ C θR 37,5 θR
Resposta: 20 °C = ⇒ =
5 4 5 4

θR = 30 °R
19 Uma jovem estudante, folheando um antigo livro de Física de
seu avô, encontrou a temperatura de ebulição do álcool expressa na Resposta: 30 °R
escala Réaumur (62,4 °R). Fazendo a conversão para a escala Celsius,
ela encontrou que valor? 21 Num termômetro de mercúrio, a altura da coluna assume os va-
lores 1,0 cm e 21 cm quando o termômetro é submetido aos estados
Resolução:
correspondentes aos pontos do gelo fundente e do vapor de água em
ºC ºR
ebulição, respectivamente, sob pressão normal. Determine:
(100) (80) a) a equação termométrica desse termômetro em relação à escala
Celsius;
b) a temperatura registrada pelo termômetro quando a altura da colu-
θC (62,4)
na assume o valor 10 cm;
c) a altura da coluna quando o ambiente onde se encontra o termô-
metro está a 27 °C.

0 0 Resolução:
h (cm) θ (ºC)

(21) (100)
A escala Réaumur assinala 0 °R no ponto do gelo e 80 °R no ponto do
vapor.
θC – 0 62,4 – 0 h θC
=
100 – 0 80 – 0

θC = 78 °C
(1,0) (0)
Resposta: 78 °C
6 PARTE I – TERMOLOGIA

a) A equação termométrica: 24 Um termômetro foi graduado, em graus Celsius, incorretamen-


h – 1,0 θC – 0 h – 1,0 θC te. Ele assinala 1 °C para o gelo em fusão e 97 °C para a água em ebuli-
21 – 1,0 = 100 – 0 ⇒ 20 = 100 ção, sob pressão normal. Qual a única temperatura que esse termôme-
tro assinala corretamente, em graus Celsius?
θC = 5,0h – 5,0
Resolução:
b) Para h = 10 cm, temos:
θC = 5,0 · (10) – 5,0 correto errado

(100) (97,0)
θC = 45 °C

c) Para θC = 27 °C, temos:


(θC) (θE)
27 = 5,0h – 5,0
h = 6,4 cm
(0) (1)
Respostas: a) 5,0 h – 5,0; b) 45 °C; c) 6,4 cm

22 (Mack-SP) Os termômetros são instrumentos utilizados para θC – 0 θ –1


= E
efetuarmos medidas de temperaturas. Os mais comuns baseiam-se 100 – 0 97 – 1
na variação de volume sofrida por um líquido considerado ideal, θC θ –1
contido em um tubo de vidro cuja dilatação é desprezada. Num = E
100 96
termômetro em que se utiliza mercúrio, vemos que a coluna deste
líquido “sobe” cerca de 2,7 cm para um aquecimento de 3,6 °C. Se Fazendo θC = θE, vem:
a escala termométrica fosse a Fahrenheit, para um aquecimento de θC θ –1
3,6 °F, a coluna de mercúrio “subiria”: = C
100 96
a) 11,8 cm. c) 2,7 cm. e) 1,5 cm.
100θC – 100 = 96θC
b) 3,6 cm. d) 1,8 cm.
4θC = 100
Resolução:
θC = 25 °C
Para variações de temperatura entre as escalas Celsius e Fahrenheit,
temos:
Resposta: 25 °C
ΔθC ΔθF 3,6 ΔθF
= ⇒ = ⇒ ΔθF = 6,48 °F
100 180 100 180
25 E.R. Um fabricante de termômetros lançou no mercado um
Lembrando que as variações nas escalas são proporcionais, termômetro de mercúrio graduado nas escalas Celsius e Fahrenheit.
ΔθF = 6,48 °F → 2,7 cm Na parte referente à escala Celsius, a distância entre duas marcas
x = 3,6 · 2,7 cm ⇒ x = 1,5 cm consecutivas era de 1,08 mm. Qual a distância, na escala Fahrenheit,
ΔθF = 3,6 °F → x 6,48
entre duas marcas consecutivas?
Resposta: e Resolução:
Chamemos de uC e uF as respectivas distâncias entre duas marcas
23 (Fatec-SP) Na aferição de um termômetro mal construído, ele consecutivas nas escalas Celsius e Fahrenheit:
foi comparado com um termômetro correto. Para os pontos 100 °C e
uF
0 °C do termômetro correto, o mal construído marcou, respectivamen- ºF 212 32
te, 97,0 °C e –3,0 °C. Se esse termômetro marcar 17,0 °C, qual será a ºC 100 uC 0
temperatura correta?

Resolução:
d
correto errado

(100) (97,0) θC – 0 17,0 – (– 3,0) Como a distância d, indicada na figura, é a mesma nas duas escalas,
100 – 0 = 97,0 – (– 3,0) podemos escrever:
θC 20 d = 100uC = 180uF
θC (17,0) = ⇒
100 100 Do enunciado, sabemos que: uC = 1,08 mm
Substituindo esse valor na expressão acima, calculemos uF:
θC = 20 °C
(0) (–30) 100 · 1,08 = 180uF ⇒ uF = 108 ⇒ uF = 0,60 mm
Resposta: 20 °C 180
Tópico 1 – Temperatura 7

26 Num laboratório, um professor de Física encontrou um antigo ter- 2) Na escala Fahrenheit


mômetro que trazia graduações nas escalas Celsius e Réaumur. Com uma – 459 °F
régua, observou que a distância entre duas marcas consecutivas na escala Respostas: –273 °C e – 459 °F
Celsius era de 1,0 mm. Que valor ele encontrou na escala Réaumur?

Resolução: 30 As pessoas costumam dizer que na cidade de São Paulo pode-


ºC ºR mos encontrar as quatro estações do ano num mesmo dia. Claro que
(100) (80) essa afirmação é um tanto exagerada. No entanto, não é difícil termos
variações de até 15 °C num mesmo dia. Na escala absoluta Kelvin, que
uR valor representaria essa variação de temperatura?
100 uC 80
Resolução:
Como a unidade na escala Kelvin é igual à unidade na escala Celsius,
temos:
(0) (0) ΔT (K) = Δθ (°C)
Assim, para uma variação de 15 °C, vem:
ΔT = 15 K
100uC = 80uR
Fazendo uC = 1,0 mm, temos: Resposta: 15 K
100 · 1,0 = 80uR
uR = 1,25 mm 31 (Unirio-RJ) Um pesquisador, ao realizar a leitura da temperatu-
Resposta: 1,25 mm ra de um determinado sistema, obteve o valor – 450. Considerando as
escalas usuais (Celsius, Fahrenheit e Kelvin), podemos af irmar que o
termômetro utilizado certamente NÃO poderia estar graduado:
27 A menor temperatura até hoje registrada na superfície da Terra a) apenas na escala Celsius.
ocorreu em 21 de julho de 1983 na estação russa de Vostok, na Antár- b) apenas na escala Fahrenheit.
tida, e seu valor foi de –89,2 °C. Na escala Kelvin, que valor essa tempe- c) apenas na escala Kelvin.
ratura assumiria? d) nas escalas Celsius e Kelvin.
e) nas escalas Fahrenheit e Kelvin.
Resolução:
T (K) = θ (°C) + 273 Resolução:
T = – 89 + 273 °C °F K

T = 184 K (100) (212) (373) Ponto de vapor

Resposta: 184 K

(0) (32) (273) Ponto de gelo


28 No interior de uma sala, há dois termômetros pendurados na
parede. Um deles, graduado em Kelvin, indica 298 K para a tempera-
tura ambiente. O outro está graduado em graus Celsius. Quanto esse
(–273) (– 459) (0) Zero absoluto
termômetro está marcando?

Resolução:
T (K) = θ (°C) + 273
298 = θC + 273 No esquema acima, notamos que –450 somente pode ocorrer na es-
cala Fahrenheit.
θC = 25 °C Assim, a resposta correta é d.

Resposta: 25 °C Resposta: d

29 Lorde Kelvin conceituou zero absoluto como o estágio nulo 32 (Unifesp-SP) O texto a seguir foi extraído de uma matéria sobre
de agitação das partículas de um sistema físico. Nas escalas Celsius e congelamento de cadáveres para sua preservação por muitos anos,
Fahrenheit, que valores vamos encontrar para expressar a situação fí- publicada no jornal O Estado de S. Paulo.
sica do zero absoluto? (Dê sua resposta desprezando possíveis casas Após a morte clínica, o corpo é resfriado com gelo. Uma injeção de anti-
decimais.) coagulantes é aplicada e um fluido especial é bombeado para o coração,
espalhando-se pelo corpo e empurrando para fora os fluidos naturais. O
Resolução: corpo é colocado em uma câmara com gás nitrogênio, onde os fluidos en-
O zero absoluto (zero Kelvin) é definido por: durecem em vez de congelar. Assim que atinge a temperatura de –321 °, o
1) Na escala Celsius corpo é levado para um tanque de nitrogênio líquido, onde fica de cabeça
–273 °C para baixo.
8 PARTE I – TERMOLOGIA

Na matéria, não consta a unidade de temperatura usada. Consideran- Mas:


do que o valor indicado de –321° esteja correto e pertença a uma das θC θF – 32
escalas, Kelvin, Celsius ou Fahrenheit, pode-se concluir que foi usada =
5 9
a escala: θC 248 – 32
a) Kelvin, pois se trata de um trabalho científ ico e esta é a unidade = ⇒ θC = 120 °C
5 9
adotada pelo Sistema Internacional.
b) Fahrenheit, por ser um valor inferior ao zero absoluto e, portanto, Resposta: 120 °C
só pode ser medido nessa escala.
c) Fahrenheit, pois as escalas Celsius e Kelvin não admitem esse valor
numérico de temperatura. 34 E.R. A escala Kelvin tem sua origem no zero absoluto e usa
d) Celsius, pois só ela tem valores numéricos negativos para a indica- como unidade o grau Celsius. Existe uma outra escala, denominada
ção de temperaturas. Rankine, que também tem sua origem no zero absoluto, mas usa
e) Celsius, por tratar-se de uma matéria publicada em língua portu- como unidade o grau Fahrenheit. Determine a equação de conversão
guesa e essa ser a unidade adotada oficialmente no Brasil. entre as escalas Kelvin e Rankine.

Resolução: Resolução:
Tomando por base o zero absoluto (0 K), vamos determinar seu valor Façamos, inicialmente, um esquema representando as escalas Cel-
correspondente nas demais escalas: sius, Fahrenheit, Kelvin e Rankine:
Celsius °C °F K °R
θ (°C) = T(K) – 273 ⇒ θC = 0 – 273 Ponto
100 212 373 ?
do vapor
θC = –273 °C 100 180 100 180
Fahrenheit divisões divisões divisões divisões
Ponto
θF – 32 T – 273 θ – 32 0 – 273 0 32 273 ?
= ⇒ F = do gelo
9 5 9 5
θF ⯝ – 459 °F Zero absoluto 0 0

Observação: Para o aluno visualizar melhor, faça no quadro-de-giz o


seguinte esquema: Do enunciado, sabemos que as origens das escalas Kelvin e Rankine
coincidem com o zero absoluto.
°C °F K
Uma vez que a escala Rankine usa como unidade o grau Fahrenheit,
observamos que entre os pontos do gelo e do vapor temos 180 divi-
Ponto de vapor (100) (212) (373)
sões, enquanto na Kelvin temos 100 divisões para o mesmo intervalo.
Do exposto, podemos afirmar que ao valor 100 da escala Kelvin cor-
responde o valor 180 da escala Rankine:
Ponto de gelo (0) (32) (273) K °R

100 180 T – 0 = θR – 0
Zero absoluto (–273) (–459) (0) 100 – 0 180 – 0

θK = T θR
T = θR ⇒ T = θR
100 180 5 9

Resposta: c 0 0 T = 5 θR
9
33 (Mack-SP) Um pesquisador verifica que certa temperatura obtida
na escala Kelvin é igual ao correspondente valor na escala Fahrenheit 35 A relação entre as escalas Celsius (C) e Rankine (R) é dada
acrescido de 145 unidades. Qual o valor dessa temperatura na escala pela equação: R – 492 = C .
Celsius? 2
9
Resolução: Para qual temperatura essas escalas fornecem a mesma leitura?
Essa temperatura pode existir?
T = θF + 145
T – 273 θF – 32 Resolução:
= Na mesma leitura, temos R = C.
5 9
Assim:
(θF + 145) – 273 θF – 32 θF – 128 θF – 32 C – 492 = C ⇒ 9C = 5C – 2 460 ⇒ C = – 615 °C
= ⇒ = 9 5
5 9 5 9
Essa temperatura não existe. No zero absoluto, a escala Celsius assinala
9θF – 1 152 = 5θF – 160 –273,15 °C.
4θF = 992
θF = 248 °F Respostas: – 615 °C; Não.
Tópico 1 – Temperatura 9

36 (Uespi) Ao considerarmos a equação que relaciona os valores 38 (UEL-PR) O gráfico indicado a seguir representa a relação entre
de temperatura medidos na escala Kelvin (T) com os valores corres- a temperatura medida numa escala X e a mesma temperatura medida
pondentes de temperatura na escala Celsius (θC), podemos afirmar que na escala Celsius.
uma variação de temperatura na escala Celsius igual a Δθc = 35 °C cor-
responde a uma variação de: t (°X)
a) ΔT = 308 K. c) ΔT = 70 K. e) ΔT = 0 K. 30
b) ΔT = 238 K. d) ΔT = 35 K.
25
Resolução: 20
Comparando-se as escalas Celsius e Kelvin, temos: 15
ºC K 10

Ponto do vapor (100) (373) 5


10
0
20 30 t (°C)
–5
100 divisões 100 divisões –10

Para a variação de 1,0 °C, que intervalo vamos observar na escala X?


Ponto do gelo (0) (273)
Resolução:
°X °C
(25) (30)

Zero absoluto 0

30 20

Podemos observar que a variação de 1 °C é igual à variação de 1 K,


assim:
(–5) (10)
ΔθC = 35 °C = ΔT = 35 K
ΔθX ΔθC
Resposta: d =
30 20
Para ΔθC = 1,0 °C, temos:
37 Um físico chamado Galileu Albert Newton encontrava-se em
ΔθX 1,0
um laboratório realizando um experimento no qual deveria aquecer = ⇒ ΔθX = 1,5 °X
30 20
certa porção de água pura. Mediu a temperatura inicial da água e en-
controu o valor 20 °C. Porém, como ele era muito desajeitado, ao co- Resposta: 1,5 °X
locar o termômetro sobre a mesa, acabou quebrando-o. Procurando
outro termômetro, encontrou um graduado na escala Kelvin. No final
do aquecimento, observou que a temperatura da água era de 348 K. 39 (UFSE) Um termômetro que mede a temperatura ambiente in-
Na equação utilizada por esse físico, a variação de temperatura deveria dica sempre 2 °C acima da temperatura correta, e outro que mede a
estar na escala Fahrenheit. O valor, em graus Fahrenheit, que ele en- temperatura de um líquido indica 3 °C abaixo da temperatura correta.
controu para a variação de temperatura da água foi de: Se o líquido está 5 °C acima da temperatura ambiente, a indicação dos
a) 20 °F. c) 75 °F. e) 106 °F. termômetros defeituosos, em graus Celsius, pode ser:
b) 66 °F. d) 99 °F. a) 18 e 16. d) 18 e 23.
b) 18 e 18. e) 18 e 28.
Resolução: c) 18 e 20.
Transformando-se 348 K para a escala Celsius, temos:
θ (°C) = T(K) – 273 Resolução:
θC = 348 – 273 ⇒ θC = 75 °C A temperatura ambiente é θ. Assim:
A variação de temperatura sofrida pela água é: a) O primeiro termômetro, que mede a temperatura ambiente, indica:
ΔθC = (75 – 20) °C ⇒ ΔθC = 55 °C θ1 = θ2 + 2 (I)
Como: b) O líquido tem temperatura (θ + 5)
ΔθC ΔθF c) O segundo termômetro, que mede a temperatura do líquido, indica:
= θ2 = (θ + 5) – 3
100 180
Então: θ2 = θ + 2 (II)
55 = ΔθF ⇒ ΔθF = 99 °F
Observando I e II, concluímos que os dois termômetros assinalam
100 180 valores iguais. Portanto a resposta é b.
Resposta: d Resposta: b
10 PARTE I – TERMOLOGIA

40 (Mack-SP) Um prof issional, necessitando efetuar uma medida Portanto:


de temperatura, utilizou um termômetro cujas escalas termométricas 24,4 °C → 100%
inicialmente impressas ao lado da coluna de mercúrio estavam ilegí- 2,4 °C → x%
veis. Para atingir seu objetivo, colocou o termômetro inicialmente em 100 · 2,4
x= ⇒ x ⯝ 9,8% ⯝ 10%
uma vasilha com gelo fundente, sob pressão normal, e verificou que 24,4
no equilíbrio térmico a coluna de mercúrio atingiu 8,0 cm. Ao colocar o
termômetro em contato com água fervente, também sob pressão nor- Resposta: a
mal, o equilíbrio térmico se deu com a coluna de mercúrio, que atingiu
20,0 cm de altura. Se nesse termômetro utilizarmos as escalas Celsius 42 (Unifesp-SP) Quando se mede a temperatura do corpo huma-
e Fahrenheit e a temperatura a ser medida for expressa pelo mesmo no com um termômetro clínico de mercúrio em vidro, procura-se
valor nas duas escalas, a coluna de mercúrio terá a altura de: colocar o bulbo do termômetro em contato direto com regiões mais
a) 0,33 cm. d) 4,0 cm. próximas do interior do corpo e manter o termômetro assim durante
b) 0,80 cm. e) 6,0 cm. algum tempo, antes de fazer a leitura. Esses dois procedimentos são
c) 3,2 cm. necessários porque:
a) o equilíbrio térmico só é possível quando há contato direto en-
Resolução: tre dois corpos e porque demanda sempre algum tempo para
Relacionando a altura da coluna de mercúrio com a escala Celsius, te- que a troca de calor entre o corpo humano e o termômetro
mos: se efetive.
h (cm) θ (ºC) b) é preciso reduzir a interferência da pele, órgão que regula a tem-
(Ponto do vapor) (20,0) (100)
peratura interna do corpo, e porque demanda sempre algum
tempo para que a troca de calor entre o corpo humano e o termô-
metro se efetive.
c) o equilíbrio térmico só é possível quando há contato direto entre
θC
dois corpos e porque é preciso evitar a interferência do calor espe-
cífico médio do corpo humano.
d) é preciso reduzir a interferência da pele, órgão que regula a tempe-
(Ponto do gelo) (8,0) (0) ratura interna do corpo, e porque o calor específico médio do corpo
humano é muito menor que o do mercúrio e o do vidro.
e) o equilíbrio térmico só é possível quando há contato direto entre
dois corpos e porque é preciso reduzir a interferência da pele, ór-
Assim: gão que regula a temperatura interna do corpo.
h – 8,0 θ –0 h – 8,0 θ 3θ
= C ⇒ = C ⇒ h = C + 8,0 Resolução:
20,0 – 8,0 100 – 0 12,0 100 25
Por meio da transpiração, a pele regula a temperatura interna do cor-
As escalas Celsius e Fahrenheit assinalam valores iguais na tempera- po humano. Assim, para obter o valor dessa temperatura, devemos
tura de –40°. introduzir o termômetro em uma das aberturas do corpo, como, por
θC = θF = –40° exemplo, a boca. O termômetro deve f icar algum tempo em contato
Portanto: com o corpo para que a transferência de calor possa proporcionar o
3(– 40) equilíbrio térmico entre o mercúrio (do termômetro) e o interior desse
h= + 8,0 = – 4,8 + 8,0 ⇒ h = 3,2 cm
corpo humano.
25
Resposta: c Resposta: b

41 (UCDB-MT) Um processo rápido para estimar valor em graus 43 (UEPB) Em 1851, o matemático e físico escocês William Thomson,
Celsius de uma temperatura fornecida em graus Fahrenheit é dividir o que viveu entre 1824 e 1907, mais tarde possuidor do título de Lorde
valor fornecido por dois e subtrair 16. Assim, 76 °F valeriam, aproxima- Kelvin, propôs a escala absoluta de temperatura, atualmente conheci-
damente, 22 °C. O erro dessa estimativa seria de: da como escala Kelvin de temperatura (K). Utilizando-se das informa-
a) 10%. d) 23%. ções contidas no texto, indique a alternativa correta:
b) 15%. e) 25%. a) Com o avanço da tecnologia, atualmente, é possível obter a tempe-
c) 20%. ratura de zero absoluto.
b) Os valores dessa escala estão relacionados com os da escala Fahrenheit
Resolução: (°F), por meio da expressão K = °F + 273.
Aplicando a fórmula de conversão entre as escalas Celsius e Fahren- c) A partir de 1954, adotou-se como padrão o ponto tríplice da água,
heit, temos: temperatura em que a água coexiste nos três estados — sólido, lí-
θC θF – 32 θ quido e vapor. Isso ocorre à temperatura de 0,01 °F ou 273,16 K, por
= ⇒ C = 76 – 32 = 44 definição, e à pressão de 610 Pa (4,58 mm Hg).
5 9 5 9 9
θC = 24,4 °C d) Kelvin é a unidade de temperatura comumente utilizada nos ter-
mômetros brasileiros.
Pelo processo citado no texto, o valor obtido seria 22 °C. Assim, o erro e) Kelvin considerou que a energia de movimento das moléculas dos
vale: gases atingiria um valor mínimo de temperatura, ao qual ele cha-
Δθ = 24,4 – 22 (°C) ⇒ Δθ = 2,4 °C mou zero absoluto.
Tópico 1 – Temperatura 11

Resolução: 45 A escala Rankine tem origem no zero absoluto e utiliza como


a) Incorreta – Apesar dos avanços da tecnologia, ainda não é possível unidade o grau Fahrenheit. Que valores, nessa escala, representam os
atingir o zero absoluto. pontos do gelo e do vapor?
b) Incorreta – Usando a relação entre temperaturas das escalas Cel-
sius, Fahrenheit e Kelvin, temos: Resolução:
°C = °F – 32 = K – 273
5 9 5 ºC ºR
Então: (–173) (180)

5(°F)
K= + 255,2
9
θC θR
c) Incorreta – O erro está no valor do ponto tríplice: 0,01 °F; o correto
é 0,01 °C.
Observe que: 273,16 K = 0,01 °C Zero (8,0)
Atenção à conversão: 610 Pa ⯝ 4,58 mm Hg. absoluto
(0)

d) Incorreta – A escala utilizada nos termômetros brasileiros é a Cel-


sius. Costuma-se chamar essa escala de centígrada pelo fato de ha-
ver 100 unidades entre os pontos fixos adotados (fusão do gelo e
Para cada 100 divisões na escala Celsius, temos 180 divisões na escala
ebulição da água a pressão atmosférica normal). Porém centígrada
Fahrenheit; portanto, 180 divisões na escala Rankine.
não é uma denominação que determine univocamente a escala
Assim:
Celsius: entre os pontos fixos adotados na escala Kelvin também há
100 unidades. θC – (–273) θ –0
= R
e) Correta – Kelvin estabeleceu como zero absoluto a menor tempe- –173 – (–273) 180 – 0
ratura que um sistema poderia atingir. Essa situação térmica deve- θC + 273 θR
ria corresponder ao repouso das partículas do sistema. Ele imagi- =
100 180
nou essa situação a partir de uma amostra de gás.
θR = 1,8 (θC + 273)
Resposta: e Para θC = 0 °C (ponto do gelo), temos:
θR = 1,8 (0 + 273)
44 Na parede da sala de uma residência são colocados quatro ter- θR = 491 °R
mômetros, graduados nas escalas Celsius, Fahrenheit, Réaumur e Kel-
vin. Numericamente, qual deles apresentará maior leitura? Para θC = 100 °C (ponto do vapor), temos:
a) Fahrenheit.
θR = 1,8 (100 + 273)
b) Celsius.
c) Réaumur. θR = 671 °R
d) Kelvin.
e) Todos os termômetros apresentarão a mesma leitura. Nota: Desprezadas as casas decimais.

Resolução: Respostas: 491 °R e 671 °R


ºC ºF ºRe K
100 212 80 373
Ponto do vapor (100) 46 (Unifesp-SP) Na medida de temperatura de uma pessoa por
meio de um termômetro clínico, observou-se que o nível de mercúrio
estacionou na região entre 38 °C e 39 °C da escala, como está ilustra-
do na f igura.
Temperatura
ambiente

0 32 0 273
Ponto do gelo (0)

38 39

Após a leitura da temperatura, o médico necessita do valor transfor-


0 Zero absoluto 2t
mado para uma nova escala, definida por tX = C e em unidades °X,
3
onde tC é a temperatura na escala Celsius. Lembrando de seus conhe-
cimentos sobre algarismos significativos, ele conclui que o valor mais
No esquema, podemos observar que o maior valor numérico, para a
apropriado para a temperatura tX é:
temperatura ambiente, é obtido na escala Kelvin.
a) 25,7 °X. d) 25,77 °X.
Resposta: d b) 25,7667 °X. e) 26 °X.
c) 25,766 °X.
12 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução: Analisando o gráf ico fornecido, notamos que a única reta que passa
Na leitura do termômetro, encontramos o valor tC = 38,65 °C, em que 5 pelo ponto definido por θX = 0 °X e θC ⯝ 6,7 °C é a denominada d.
é o algarismo duvidoso.
Assim, usando a expressão fornecida, temos: Resposta: d
2 · 38,65
tX = (°X)
3 48 No dia 1o, à 0 h de determinado mês, uma criança deu entrada
tX ⯝ 25,77 °X num hospital com suspeita de meningite. Sua temperatura estava
normal (36,5 °C). A partir do dia 1o, a temperatura dessa criança foi
em que o último algarismo 7 é duvidoso. plotada num gráf ico por meio de um aparelho registrador contínuo.
Resposta: d Esses dados caíram nas mãos de um estudante de Física, que verif i-
cou a relação existente entre a variação de temperatura (Δθ), em
graus Celsius, e o dia (t) do mês. O estudante encontrou a seguinte
47 equação:
B C
θX (°X) D
Δθ = – 0,20t2 + 2,4t – 2,2
A
40
E A partir dessa equação, analise as afirmações dadas a seguir e indique
30 a correta.
a) A maior temperatura que essa criança atingiu foi 40,5 °C.
20 b) A maior temperatura dessa criança foi atingida no dia 6.
c) Sua temperatura voltou ao valor 36,5 °C no dia 12.
10 d) Entre os dias 3 e 8 sua temperatura sempre aumentou.
e) Se temperaturas acima de 43 °C causam transformações bio-
–40 –30 –20 –10 10 20 30 40 θC (°X)
químicas irreversíveis, então essa criança f icou com problemas
cerebrais.
–10

–20 Resolução:
Δθ = – 0,2t2 + 2,4t – 2,2
–30
Achando as raízes dessa equação, temos:
–40 0 = – 0,2t2 + 2,4t – 2,2
t2 – 12t + 11 = 0
– (–12) ± (–12)2 – 4 (1) (11)
t=
2(1)
Um estudante inventou uma escala termométrica, denominada X, que
registra o valor –10 °X para o ponto do gelo e 140 °X para o ponto do 1
t
vapor. 11
Qual dos gráf icos pode representar a relação entre essa escala X e a
escala Celsius? Como originalmente o coeficiente do termo t2 é negativo, a parábola
a) A d) D tem concavidade voltada para baixo:
b) B e) E
Δθ
c) C

Resolução:
Relação entre as escalas X e Celsius:
°X °C
(140) (100)

θX θC
1 6 11 t

Portanto, a máxima ocorre no dia 6, ponto médio entre 1 e 11.


(–10) (0) Nota: Outra forma de resolver o problema é usar derivadas.
dΔθ = –0,4t + 2,4
dt
θC – 0 θ – (–10) θC θ + 10 2(θX + 10) No ponto máximo da função, a sua derivada é nula.
= X ⇒ = X ⇒ θC =
100 – 0 140 – (–10) 100 150 3
Fazendo θX = 0 °X, temos: 0 = –0,4t + 2,4 ⇒ t = 6

2(0 + 10) Resposta: b


θC = ⇒ θC ⯝ 6,7 °C
3
Tópico 1 – Temperatura 13

49 No século XVIII, o físico francês Réaumur criou uma escala ter-


mométrica que assinalava 0 para o ponto do gelo e 80 para o ponto do
vapor. A razão de ter adotado os valores 0 e 80 é que, após vários ex-
perimentos, ele descobriu que o álcool, que foi usado como substância
termométrica, expandia 80 partes por mil ao ser aquecido do ponto do
gelo até o ponto do vapor.
Comparando essa escala Réaumur com a escala Fahrenheit, qual a
temperatura em que as leituras correspondem a um mesmo valor
numérico?

Resolução:
°Re °F
(80) (212)

θRe θF

(0) (32)

θRe – 0 θ – 32
= F
80 – 0 212 – 32
θRe θF – 32
=
80 180
Fazendo θRe = θF = θ, temos:
θ = θ – 32
80 180
180 θ = 80 θ – 2 560
100 θ = –2 560
θ = –25,6°

Resposta: –25,6°
14 PARTE I – TERMOLOGIA

III) Correta.
Tópico 2 O que fazia o calor fluir de um corpo para outro era a diferença de
temperaturas existente entre eles.

1 Analise as proposições e indique a falsa. Resposta: d


a) O somatório de toda a energia de agitação das partículas de um
corpo é a energia térmica desse corpo. 4 Analise as proposições e indique a verdadeira.
b) Dois corpos atingem o equilíbrio térmico quando suas temperatu- a) Calor e energia térmica são a mesma coisa, podendo sempre ser
ras se tornam iguais. usados tanto um termo como o outro, indiferentemente.
c) A energia térmica de um corpo é função da sua temperatura. b) Dois corpos estão em equilíbrio térmico quando possuem quanti-
d) Somente podemos chamar de calor a energia térmica em trânsito; dades iguais de energia térmica.
assim, não podemos afirmar que um corpo contém calor. c) O calor sempre flui da região de menor temperatura para a de maior
e) A quantidade de calor que um corpo contém depende de sua tem- temperatura.
peratura e do número de partículas nele existentes. d) Calor é energia térmica em trânsito, fluindo espontaneamente da
região de maior temperatura para a de menor temperatura.
Resolução: e) Um corpo somente possui temperatura maior que a de um outro
Calor é energia térmica em trânsito. Um corpo sempre tem energia tér- quando sua quantidade de energia térmica também é maior que a
mica, mas possui calor somente quando essa energia está em trânsito. do outro.
Assim, um corpo tem energia térmica, mas não tem calor.
Resposta: e Resolução:
Calor é a denominação que damos à energia térmica enquanto ela
está transitando entre dois locais de temperaturas diferentes. O senti-
2 Imagine dois corpos A e B com temperaturas TA e TB, sendo do espontâneo é do local de maior temperatura para o local de menor
TA > TB. Quando colocamos esses corpos em contato térmico, podemos temperatura.
afirmar que ocorre o seguinte fato:
a) Os corpos se repelem. Resposta: d
b) O calor flui do corpo A para o corpo B por tempo indeterminado.
c) O calor flui do corpo B para o corpo A por tempo indeterminado.
5 (Unirio-RJ) Indique a proposição correta.
d) O calor flui de A para B até que ambos atinjam a mesma temperatura.
e) Não acontece nada. a) Todo calor é medido pela temperatura, isto é, calor e temperatura
são a mesma grandeza.
Resolução: b) Calor é uma forma de energia em trânsito e temperatura mede o
A energia térmica flui espontaneamente do corpo de maior tempera- grau de agitação das moléculas de um sistema.
tura para o de menor temperatura até que esses corpos atinjam o equi- c) O calor nunca é função da temperatura.
líbrio térmico, isto é, até que as temperaturas atinjam o mesmo valor. d) O calor só é função da temperatura quando o sistema sofre mudan-
ça em seu estado físico.
Resposta: d e) A temperatura é a grandeza cuja unidade fornece a quantidade de
calor de um sistema.
3 No café-da-manhã, uma colher metálica é colocada no interior
de uma caneca que contém leite bem quente. A respeito desse aconte- Resolução:
cimento, são feitas três afirmativas. Calor é energia térmica em trânsito e temperatura determina o grau de
I. Após atingirem o equilíbrio térmico, a colher e o leite estão a uma agitação das partículas de um sistema.
mesma temperatura.
Resposta: b
II. Após o equilíbrio térmico, a colher e o leite passam a conter quanti-
dades iguais de energia térmica.
III. Após o equilíbrio térmico, cessa o fluxo de calor que existia do leite 6 (Enem) A sensação de frio que nós sentimos resulta:
(mais quente) para a colher (mais fria). a) do fato de nosso corpo precisar receber calor do meio exterior para
Podemos afirmar que: não sentirmos frio.
a) somente a afirmativa I é correta; b) da perda de calor do nosso corpo para a atmosfera que está a uma
b) somente a afirmativa II é correta; temperatura maior.
c) somente a afirmativa III é correta; c) da perda de calor do nosso corpo para a atmosfera que está a uma
d) as afirmativas I e III são corretas; temperatura menor.
e) as afirmativas II e III são corretas.
d) do fato de a friagem que vem da atmosfera afetar o nosso corpo.
e) da transferência de calor da atmosfera para o nosso corpo.
Resolução:
I) Correta.
No equilíbrio térmico, as temperaturas dos corpos são iguais. Resolução:
II) Incorreta. Quanto mais rápido perdemos energia térmica, maior é a nossa sensa-
A quantidade de energia térmica de um corpo depende de sua ção de frio. Essa rapidez é função da diferença de temperatura entre o
temperatura e do número de partículas que possui. Assim, mesmo nosso corpo e a atmosfera do meio onde nos encontramos.
as temperaturas do leite e da colher sendo iguais, seu número de Resposta: c
partículas pode não ser o mesmo.
Tópico 2 – O calor e sua propagação 15

7 Você sabe que o aprendizado da Física também se faz por meio 9 (Ufes) Para resfriar um líquido, é comum colocar a vasilha que
da observação das situações que ocorrem no nosso dia-a-dia. Faça um o contém dentro de um recipiente com gelo, conforme a figura. Para
experimento. Caminhe descalço sobre um carpete ou um tapete e so- que o resfriamento seja mais rápido, é conveniente que a vasilha seja
bre um piso cerâmico, como o do banheiro da sua casa, por exemplo. metálica, em vez de ser de vidro, porque o metal apresenta, em relação
Você vai notar que o piso cerâmico parece mais frio do que o tapete, ao vidro, um maior valor de:
a) condutividade térmica. Líquido
apesar de estarem à mesma temperatura. Essa diferença de sensação
se deve ao fato de: b) calor específico.
a) a capacidade térmica do piso cerâmico ser menor que a do tapete; c) coeficiente de dilatação térmica.
b) a temperatura do piso cerâmico ser menor que a do tapete; d) energia interna. Gelo
c) a temperatura do tapete ser menor que a do piso cerâmico; e) calor latente de fusão.
d) a condutividade térmica do piso cerâmico ser maior que a do tapete;
e) a condutividade térmica do piso cerâmico ser menor que a do Resolução:
tapete. O metal tem maior coeficiente de condutividade térmica do que o vi-
dro. O metal é bom condutor de calor e vidro é péssimo.
Resolução:
Resposta: a
A sensação de frio é devida à perda de energia térmica através da pele
da planta do nosso pé. O tapete é um mau condutor de calor e o piso
cerâmico é condutor. Assim, a energia térmica flui mais rapidamente 10 Uma garrafa e uma lata de refrigerante permanecem durante vá-
da nossa pele quando estamos em contato com o piso cerâmico. rios dias em uma geladeira. Quando pegamos a garrafa e a lata com as
mãos desprotegidas para retirá-las da geladeira, temos a impressão de
Resposta: d que a lata está mais fria do que a garrafa. Isso é explicado pelo fato de:
a) a temperatura do refrigerante na lata ser diferente da temperatura
8 Numa noite muito fria, você ficou na sala assistindo à televisão. do refrigerante na garrafa;
Após algum tempo, foi para a cama e deitou-se debaixo das cobertas b) a capacidade térmica do refrigerante na lata ser diferente da capa-
(lençol, cobertor e edredom). Você nota que a cama está muito fria, cidade térmica do refrigerante na garrafa;
apesar das cobertas, e só depois de algum tempo o local se torna c) o calor específico dos dois recipientes ser diferente;
aquecido. d) o coeficiente de dilatação térmica dos dois recipientes ser diferente;
e) a condutividade térmica dos dois recipientes ser diferente.

Resolução:
O metal da lata tem condutividade térmica maior do que o vidro da
garrafa. Assim, ao tocarmos ambos, perderemos calor mais rapidamen-
te para a lata. Por isso ela parecerá mais fria do que a garrafa.
Resposta: e

11 (UFSC) Identifique a(s) proposição(ões) verdadeira(s):


(01) Um balde de isopor mantém o refrigerante gelado porque impe-
de a saída do frio.
(02) A temperatura de uma escova de dentes é maior que a tempera-
tura da água da pia; mergulhando-se a escova na água, ocorrerá
uma transferência de calor da escova para a água.
(04) Se tivermos a sensação de frio ao tocar um objeto com a mão, isso
significa que esse objeto está a uma temperatura inferior à nossa.
Isso ocorre porque: (08) Um copo de refrigerante gelado, pousado sobre uma mesa, num
a) o cobertor e o edredom impedem a entrada do frio que se encontra típico dia de verão, recebe calor do meio ambiente até ser atingi-
no meio externo; do o equilíbrio térmico.
b) o cobertor e o edredom possuem alta condutividade térmica; (16) O agasalho, que usamos em dias frios para nos mantermos aque-
c) o cobertor e o edredom possuem calor entre suas fibras, que, ao ser cidos, é um bom condutor de calor.
liberado, aquece a cama; (32) Os esquimós, para se proteger do frio intenso, constroem abrigos
d) o cobertor e o edredom não são aquecedores, são isolantes térmi- de gelo porque o gelo é um isolante térmico.
cos, que não deixam o calor liberado por seu corpo sair para o meio Dê como resposta a soma dos números associados às proposições
externo; corretas.
e) sendo o corpo humano um bom absorvedor de frio, após algum
tempo não há mais frio debaixo das cobertas. Resolução:
(01) Falsa – O isopor impede que o calor proveniente do meio am-
Resolução: biente atinja o refrigerante.
O cobertor e o edredom não são aquecedores, são isolantes térmicos (02) Verdadeira – A transferência espontânea de calor se processa
que não deixam o calor liberado por nosso corpo sair para o meio ex- do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura.
terno, deixando-nos aquecidos. (04) Verdadeira – A sensação de frio é determinada pela perda de
Resposta: d energia térmica do nosso corpo para o objeto ou meio com o
qual entra em contato.
16 PARTE I – TERMOLOGIA

(08) Verdadeira – A energia térmica do ambiente será recebida pelo do a intensidade da corrente térmica constante ao longo da barra,
refrigerante gelado, aquecendo-o até o equilíbrio térmico. determine a temperatura registrada no termômetro, sabendo que
(16) Falsa – Os agasalhos são confeccionados com materiais que são ele se encontra a 32 cm do dispositivo A. Dado: coef iciente de con-
péssimos condutores de calor; eles são, na verdade, bons isolan- dutibilidade térmica do chumbo = 8,2 · 10–2 · cal2 cm
tes térmicos. cm °C s
(32) Verdadeira – O gelo é um bom isolante térmico, pois possui bai-
xa condutividade térmica.
Resposta: 46 Cortiça

12 E.R. Uma barra de alumínio de 50 cm de comprimento e área


A B
de seção transversal de 5 cm2 tem uma de suas extremidades em con-
tato térmico com uma câmara de vapor de água em ebulição (100 °C).
A outra extremidade está imersa em uma cuba que contém uma mis-
tura bifásica de gelo fundente (0 °C): Resolução:
Lã de vidro O fluxo de calor através da barra é constante, assim os fluxos através
das partes anterior e posterior ao termômetro são iguais:
k A Δθ1 k A Δθ2 (212 – θ) (θ – 32)
φ1 = φ2 ⇒ = ⇒ =
L1 L2 32 8

4(θ – 32) = (212 – θ) ⇒ 4θ – 128 = 212 – θ ⇒ 5θ = 340 ⇒ θ = 68 °F


A pressão atmosférica local é normal. Sabendo que o coeficiente de Resposta: 68 °F
condutibilidade térmica do alumínio vale 0,5 cal/s cm °C, calcule:
a) a intensidade da corrente térmica através da barra, depois de es-
tabelecido o regime permanente; 14 (Mack-SP) Para determinarmos o fluxo de calor por condução
b) a temperatura numa seção transversal da barra, situada a 40 cm através de uma placa homogênea e de espessura constante, em re-
da extremidade mais quente. A(θ1 – θ2)
gime estacionário, utilizamos a Lei de Fourier φ = k .
e
Resolução: A constante de proporcionalidade que aparece nessa lei matemática
a) No regime permanente, a corrente térmica é calculada pela Lei de depende da natureza do material e se denomina Coeficiente de Con-
Fourier: dutibilidade Térmica. Trabalhando com as unidades do SI, temos, para o
φ = k AΔθ alumínio, por exemplo, um coeficiente de condutibilidade térmica igual
ᐉ a 2,09 · 102. Se desejarmos expressar essa constante, referente ao alumí-
Do enunciado, temos que: nio, com sua respectiva unidade de medida, teremos:
k = 0,5 cal/s cm °C a) 2,09 · 102 cal/s
A = 5 cm2 b) 2,09 · 102 cal/s cm °C
Δθ = 100 °C – 0 °C = 100 °C c) 2,09 · 102 J/s
ᐉ = 50 cm d) 2,09 · 102 J/s m K
Substituindo esses valores na expressão anterior, vem: e) 2,09 · 102 J/K

φ = 0,5 · 5 · 100 ⇒ φ = 5 cal/s Resolução:


50
No SI, a unidade de fluxo de calor é dado por:
b) Sabemos que, no regime permanente ou estacionário, a inten- [Q] J
sidade da corrente térmica através da barra é constante; assim, [φ] = =
[Δt] s
temos:
Assim, na lei de Fourier, temos:
40 cm 10 cm
J = [k] m2 K (ou °C)
100 ºC 0 °C s m
θ=? Portanto:
[k] = J
0,5 · 5 · (100– ␪)
φ = kA (100 – ␪) ⇒ 5 =
m s K
⇒ ␪ = 20 °C
40 40
Resposta: d
13 (Unama-AM) A f igura a seguir apresenta uma barra de chum-
bo de comprimento 40 cm e área de seção transversal 10 cm2 iso- 15 Na figura a seguir, você observa uma placa de alumínio que foi
lada com cortiça; um termômetro f ixo na barra calibrado na escala utilizada para separar o interior de um forno, cuja temperatura manti-
Fahrenheit, e dois dispositivos A e B que proporcionam, nas extre- nha-se estável a 220 °C, e o meio ambiente (20 °C).
midades da barra, as temperaturas correspondentes aos pontos do Após atingido o regime estacionário, qual a intensidade da corrente
vapor e do gelo, sob pressão normal, respectivamente. Consideran- térmica através dessa chapa metálica?
Tópico 2 – O calor e sua propagação 17

Suponha que o fluxo ocorra através da face de área maior. Substituindo os valores conhecidos, temos:
Dado: coeficiente de condutibilidade térmica do
alumínio = 0,50 cal/s cm °C 0,20θ1 = 1,0(100 – θ2) (I)

0,20θ1 = 0,50(θ2 – θ1) (II)


De (II), temos:
1,5 m
0,20θ1 = 0,50θ2 – 0,50θ1
0,50 m 0,70θ1 = 0,50θ2 ⇒ θ2 = 0,70 θ1
2,0 m 0,50
θ2 = 1,4θ1 (III)
Substituindo (III) em (I), temos:
Resolução: 0,20θ1 = 100 – 1,4θ1 ⇒ 1,6θ1 = 100
Usando-se a Lei de Fourier, temos:
θ1 = 62,5 °C
φ = K A Δθ
艎 Voltando em (III), resulta:
Assim:
θ2 = 1,4(62,5) ⇒ θ2 = 87,5 °C
φ = 0,50 · (150 · 200) · (220 – 20)
50
φ = 6,0 · 104 cal/s
17 Uma barra de alumínio de 50 cm de comprimento e área de
secção transversal 5 cm2 tem uma de suas extremidades em contato
Resposta: 6,0 · 104 cal/s
térmico com uma câmara de vapor de água em ebulição.
A outra extremidade da barra está imersa em uma cuba que contém
16 E.R. Três barras cilíndricas idênticas em comprimento e sec- uma mistura bifásica de gelo e água em equilíbrio térmico. A pressão
ção são ligadas formando uma única barra, cujas extremidades são atmosférica é normal. Sabe-se que o coef iciente de condutibilidade
mantidas a 0 °C e 100 °C. A partir da extremidade mais fria, as condu- térmica do alumínio vale 0,5 cal cm/s cm2 °C.
tibilidades térmicas dos materiais das barras valem:
Lã de vidro Gelo e água
kcal m
(0,20), (0,50) e (1,0)
h m2 °C Vapor
Supondo que em volta das barras exista um isolamento de vidro e
desprezando quaisquer perdas de calor, calcule a temperatura nas
junções onde uma barra é ligada à outra.
Vapor
Resolução:
Qual a temperatura da secção transversal da barra, situada a 40 cm da
100 °C 0 °C
ᐉ ᐉ ᐉ extremidade mais fria?

Resolução:
C B A No regime estacionário, temos:
k A Δθ1 k A Δθ2 (100 – θ) (θ – 0)
φ1 = φ2 ⇒ = ⇒ =
L1 L2 10 40
θ2 = ? θ1 = ?
θ = 4(100 – θ) ⇒ θ = 400 – 4θ ⇒ 5θ = 400 ⇒ θ = 80 °C
kcal m kcal m kcal m Resposta: 80 °C
kA = 0,20 kB = 0,50 kC = 1,0
h m2 °C h m2 °C h m2 °C
No regime permanente, o fluxo de calor através das barras será o 18 Uma barra metálica é aquecida conforme a figura; A, B e C são
mesmo e permanecerá constante; portanto, podemos escrever: termômetros. Admita a condução de calor em regime estacionário e
A (θ – 0) A (θ – θ ) A (100 – θ2) no sentido longitudinal da barra. Quando os termômetros das extre-
φ = kA A 1 = kB B 2 1 = kC C
ᐉA ᐉB ᐉC midades indicarem 200 °C e 80°C, o intermediário indicará:
Mas AA = AB = AC e ᐉA = ᐉB = ᐉC.
A C B
Logo:
kA(θ1 – 0) = kB(θ2 – θ1) = kC(100 – θ2)
Desmembrando, temos: 30 cm

80 cm
kA(θ1 – 0) = kC(100 – θ2)
a) 195 °C. d) 125 °C.
kA(θ1 – 0) = kB(θ2 – θ1)
b) 175 °C. e) 100 °C.
c) 140 °C.
18 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução: Resolução:
No regime estacionário, temos: I – Convecção
As grades vazadas facilitam a subida do ar quente até o congelador
k A (θA – θC) k A (θC – θB) e a descida do ar frio até os alimentos que devem ser resfriados.
φAC = φCB ⇒ =
80 – 30 30 II – Radiação
Na radiação, a energia térmica se propaga em ondas eletromagné-
(200 – θC) (θC – 80) ticas, principalmente em forma de radiações infravermelhas.
=
50 30 III – Condução
Na condução, a energia térmica passa de uma partícula para outra
5θC – 400 = 600 – 3θC ⇒ 8θC = 1 000 ⇒ θC = 125 °C
do meio. Assim, é imprescindível que exista em meio material para
que ela ocorra.
Resposta: d
Resposta: e
19 A condutividade térmica do cobre é aproximadamente quatro
vezes maior que a do latão. Duas placas, uma de cobre e outra de latão, 21 Usando o seus conhecimentos de transmissão de calor, analise
com 100 cm2 de área e 2,0 cm de espessura, são justapostas como ilus- as proposições e indique a que você acha correta.
tra a figura dada abaixo. a) A condução térmica é a propagação do calor de uma região para
Considerando-se que as faces externas do conjunto sejam mantidas outra com deslocamento do material aquecido.
a 0 °C e 100 °C, qual será a temperatura na interface da separação das b) A convecção térmica é a propagação de calor que pode ocorrer em
placas quando for atingido o regime estacionário? qualquer meio, inclusive no vácuo.
c) A radiação térmica é a propagação de energia por meio de ondas
eletromagnéticas e ocorre exclusivamente nos fluidos.
d) A transmissão do calor, qualquer que seja o processo, sempre ocor-
100 °C 0 °C
re, naturalmente, de um ambiente de maior temperatura para ou-
tro de menor temperatura.
e) As correntes ascendentes e descendentes na convecção térmica de
100 cm2 um fluido são motivadas pela igualdade de suas densidades.

Cobre Latão Resolução:


O fluxo espontâneo da energia térmica se processa de um local de
maior temperatura para outro de menor temperatura.
2 cm
2 cm Resposta: d
Resolução:
No regime estacionário, temos: 22 (Unicentro) Analise as afirmações dadas a seguir e dê como res-
φ1 = φ2 posta o somatório correspondente às corretas.
(01) As três formas de propagação do calor são: condução, convecção
k1 A (100 – θ) k2 A (θ – 0)
= e radiação.
2 2 (02) A radiação se processa apenas no vácuo.
4(100 – θ) = θ ⇒ 400 – 40 = θ ⇒ 400 = 5θ (04) A condução precisa de um meio material para se processar.
(08) A convecção ocorre apenas no vácuo.
θ = 80 °C (16) A convecção ocorre também no vácuo.

Resposta: 80 °C Resolução:
(01) Correta.
20 Em cada uma das situações descritas a seguir você deve reco- (02) Incorreta.
nhecer o processo de transmissão de calor envolvido: condução, con- A radiação ocorre no vácuo e em meios materiais transparentes a essas
vecção ou radiação. ondas.
I. As prateleiras de uma geladeira doméstica são grades vazadas para (04) Correta.
facilitar a ida da energia térmica até o congelador por (...). (08) Incorreta.
II. O único processo de transmissão de calor que pode ocorrer no vá- (16) Incorreta.
cuo é a (...).
Resposta: 05
III. Numa garrafa térmica, é mantido vácuo entre as paredes duplas de
vidro para evitar que o calor saia ou entre por (...).
Na ordem, os processos de transmissão de calor que você usou para 23 (Ufes) Ao colocar a mão sob um ferro elétrico quente, sem to-
preencher as lacunas são: car na sua superfície, sentimos a mão “queimar”. Isso ocorre porque
a) condução, convecção e radiação; a transmissão de calor entre o ferro elétrico e a mão se deu principal-
b) radiação, condução e convecção; mente através de:
c) condução, radiação e convecção; a) radiação. d) condução e convecção.
d) convecção, condução e radiação; b) condução. e) convecção e radiação.
e) convecção, radiação e condução. c) convecção.
Tópico 2 – O calor e sua propagação 19

Resolução: Resolução:
Essa energia térmica propaga-se até a mão, principalmente em forma Durante o dia, a brisa sopra do mar para a terra. Durante a noite, a brisa
de ondas eletromagnéticas. Assim, o processo pelo qual ocorreu a sopra da terra para o mar.
transmissão de calor é a radiação.
Resposta: c
Resposta: a

27 (UFV-MG) Um resistor R é colocado dentro de um recipiente de


24 (UFRN) Matilde é uma estudante de Arquitetura que vai fazer
parede metálica – no qual é feito vácuo – que possui um termômetro
o seu primeiro projeto: um prédio a ser construído em Natal (RN). Ela
incrustado em sua parede externa. Para ligar o resistor a uma fonte ex-
precisa prever a localização de um aparelho de ar-condicionado para
terna ao recipiente, foi utilizado um fio, com isolamento térmico, que
uma sala e, por ter estudado pouco Termodinâmica, está em dúvida se
impede a transferência de calor para as paredes do recipiente. Essa si-
deve colocar o aparelho próximo do teto ou do piso.
tuação encontra-se ilustrada na figura abaixo.
Ajude Matilde, dando-lhe uma sugestão sobre a escolha que ela deve
fazer nesse caso. (Justifique a sua sugestão.) Termômetro

Resolução:
Matilde deve colocar o aparelho de ar-condicionado na parede, próxi-
Vácuo Metal
mo ao teto. O ar frio lançado pelo aparelho na sala deve descer e o ar
quente, que está embaixo, subir. R

Resposta: Na parte superior da parede. + –

25 (UFBA) O vidro espelhado e o vácuo existente entre as paredes Ligando o resistor, nota-se que a temperatura indicada pelo termôme-
de uma garrafa térmica ajudam a conservar a temperatura da substân- tro aumenta, mostrando que há transferência de calor entre o resistor e
cia colocada no seu interior. o termômetro. Pode-se afirmar que os processos responsáveis por essa
Isso ocorre porque: transferência de calor, na ordem correta, são:
(01) a radiação térmica não se propaga no vácuo. a) primeiro convecção e depois radiação.
(02) o vidro é um bom isolante térmico. b) primeiro convecção e depois condução.
(04) as paredes espelhadas minimizam a perda de energia por con- c) primeiro radiação e depois convecção.
dução. d) primeiro radiação e depois condução.
(08) o vácuo entre as paredes evita que haja propagação de calor por e) primeiro condução e depois convecção.
condução e por convecção.
(16) a radiação térmica sofre reflexão total na interface da substância Resolução:
com o vidro espelhado. Na região de vácuo, a energia térmica propaga-se por radiação. Atra-
(32) fechando bem a garrafa, não haverá trocas de calor com o meio vés do metal (meio sólido), o calor propaga-se por condução.
externo através da convecção.
Dê como resposta o somatório dos números correspondentes às Resposta: d
afirmativas corretas.

Resolução: 28 (UFMG) Atualmente, a energia solar está sendo muito utilizada


(01) Incorreta. em sistemas de aquecimento de água.
(02) Correta. Nesses sistemas, a água circula entre um reservatório e um coletor de
(04) Incorreta – Superfícies espelhadas minimizam a perda de ener- energia solar. Para o perfeito funcionamento desses sistemas, o reser-
gia térmica por radiação. As paredes espelhadas refletem ondas vatório deve estar em um nível superior ao do coletor, como mostrado
eletromagnéticas. nesta figura:
(08) Incorreta – O vácuo apenas impede a condução. Para que haja
perdas de calor por convecção, é necessário que o sistema tro-
Reservatório
que partículas com o meio externo.
(16) Correta.
(32) Correta.
Resposta: 50
Coletor de energia solar

26 Na praia, você já deve ter notado que, durante o dia, a areia es-
quenta mais rápido que a água do mar e, durante a noite, a areia esfria
mais rápido que a água do mar. Isso ocorre porque o calor específico
da água é maior que o da areia (a água precisa receber mais calor, por No coletor, a água circula através de dois canos horizontais ligados
unidade de massa, para sofrer o mesmo aquecimento da areia). Esse por vários canos verticais. A água fria sai do reservatório, entra no
fato explica a existência da brisa: coletor, onde é aquecida, e retorna ao reservatório por convecção.
a) do mar para a praia, à noite; d) sempre do mar para a praia; Nas quatro alternativas, estão representadas algumas formas de se
b) da praia para o mar, durante o dia; e) sempre da praia para o mar. conectar o reservatório ao coletor. As setas indicam o sentido de cir-
c) do mar para a praia, durante o dia; culação da água.
20 PARTE I – TERMOLOGIA

Indique a alternativa em que estão corretamente representados o da, mantinha vácuo entre elas. Para retardar ainda mais a alteração de
sentido da circulação da água e a forma mais eficiente para se aquecer temperatura no interior da garrafa, ele espelhou as paredes, tanto nas
toda a água do reservatório. faces externas como nas faces internas. Dewar nunca patenteou sua
a) Reservatório c) Reservatório invenção, que considerava um presente à Ciência. Coube ao alemão
Reinhold Burger, um fabricante de vidros, diminuir o seu tamanho, lan-
çando-a no mercado em 1903.

Tampa

Vácuo

Coletor Coletor Parede dupla


de vidro espelhado
b) Reservatório d) Reservatório
Líquido em
temperatura
diferente da do
meio externo

A respeito do texto acima, indique a alternativa correta.


a) Na garrafa térmica, o vácuo existente entre as paredes duplas de
vidro tem a finalidade de evitar trocas de calor por convecção.
Coletor b) As paredes espelhadas devem evitar que as ondas de calor saiam
Coletor
ou entrem por condução.
Resolução: c) Apesar de o texto não se referir ao fato de que a garrafa deve per-
A água quente sobe (é menos densa) e a água fria desce (é mais densa). manecer bem fechada, isso deve ocorrer para evitar perdas de calor
A convecção ocorre devido ao campo gravitacional da Terra. por convecção.
d) O vácuo existente no interior das paredes duplas de vidro vai evitar
Resposta: d perdas de calor por radiação.
e) As paredes espelhadas não têm função nas trocas de calor; foram
29 Na cidade de São Paulo, em dias de muito frio é possível obser- apenas uma tentativa de tornar o produto mais agradável às pes-
soas que pretendessem comprá-lo.
var o fenômeno conhecido como inversão térmica, que provoca um
aumento considerável nos índices de poluição do ar (tem-se a impres-
Resolução:
são de que os gases poluentes não conseguem subir para se disper-
a) Incorreta. O vácuo tem a finalidade de impedir a transferência de
sar). Nos dias quentes ocorre o oposto, os gases poluentes sobem e são
calor por condução.
dispersados pelas correntes de ar. Esse processo de movimentação de
b) Incorreta. As paredes espelhadas refletem as radiações eletromag-
massas gasosas, a temperaturas diferentes, ocorre devido à:
néticas (principalmente o infravermelho), impedindo trocas de
a) elevação da pressão atmosférica. d) condução térmica.
energia por radiação.
b) convecção térmica. e) criogenia
c) Correta.
c) radiação térmica.
d) Incorreta. A radiação é o único processo de transmissão de calor
que pode ocorrer no vácuo.
Resolução:
e) Incorreta.
Nos dias quentes, o ar que se encontra próximo ao solo é mais quente
que o ar de camadas superiores. Assim, ocorre a convecção térmica. Resposta: c
Nos dias frios, o ar próximo ao solo pode estar a temperaturas menores
do que o ar das camadas superiores. Assim, não ocorre convecção tér-
mica, não dispersando os poluentes. 31 Analisando uma geladeira doméstica, podemos afirmar:
I. O congelador fica na parte superior para favorecer a condução do
Resposta: b calor que sai dos alimentos e vai até ele.
II. As prateleiras são grades vazadas (e não chapas inteiriças), para
30 Ao contrário do que se pensa, a garrafa térmica não foi criada permitir a livre convecção das massas de ar quentes e frias no inte-
rior da geladeira.
originalmente para manter o café quente. Esse recipiente foi inventado
III. A energia térmica que sai dos alimentos chega até o congelador,
pelo físico e químico inglês James Dewar (1842–1923) para conservar
principalmente, por radiação.
substâncias biológicas em bom estado, mantendo-as a temperaturas
IV. As paredes das geladeiras normalmente são intercaladas com
estáveis. Usando a observação do físico italiano Evangelista Torricelli
material isolante, com o objetivo de evitar a entrada de calor por
(1608–1647), que descobriu ser o vácuo um bom isolante térmico,
condução.
Dewar criou uma garrafa de paredes duplas de vidro que, ao ser lacra-
Tópico 2 – O calor e sua propagação 21

Quais são as afirmativas corretas? acontecimento é que a atmosfera (com seus gases naturais mais os ga-
a) Apenas a afirmativa I. ses poluentes emitidos por automóveis, indústrias, queimadas, vulcões
b) Apenas as afirmativas I, II e III. etc.) é pouco transparente aos raios solares na faixa:
c) Apenas as afirmativas I e III. a) das ondas de rádio;
d) Apenas as afirmativas II e IV. b) das ondas ultravioleta;
e) Todas as afirmativas. c) das ondas infravermelhas;
d) das ondas correspondentes aos raios gama;
Resolução: e) das ondas correspondentes aos raios X.
I. Incorreta – O congelador f ica na parte superior para favorecer a
convecção do ar quente. Resolução:
II. Correta. A atmosfera poluída faz o papel do vidro nas estufas. Ela é pouco trans-
III. Incorreta – A energia térmica sai dos alimentos e chega ao conge- parente para os raios solares na faixa do infravermelho (ondas de calor).
lador, principalmente, por convecção.
IV. Correta. Resposta: c

Resposta: d
34 (Vunesp-SP) Uma estufa para a plantação de flores é feita com
teto e paredes de vidro comum. Dessa forma, durante o dia, o ambien-
32 (Enem) A refrigeração e o congelamento de alimentos são res- te interno da estufa é mantido a uma temperatura mais alta do que o
ponsáveis por uma parte significativa do consumo de energia elétrica externo. Isso se dá porque o vidro comum:
numa residência típica. a) permite a entrada da luz solar, mas não permite a saída dos raios
Para diminuir as perdas térmicas de uma geladeira, podem ser toma- ultravioleta emitidos pelas plantas e pelo solo da estufa.
dos alguns cuidados operacionais: b) é transparente à luz solar, mas opaco aos raios infravermelhos emi-
I. Distribuir os alimentos nas prateleiras deixando espaços vazios en- tidos pelas plantas e pelo solo da estufa.
tre eles, para que ocorra a circulação do ar frio para baixo e do ar c) é opaco à luz solar, mas transparente aos raios infravermelhos emi-
quente para cima. tidos pelas plantas e pelo solo da estufa.
II. Manter as paredes do congelador com camada bem espessa de d) ao ser iluminado pela luz solar, produz calor, aquecendo as
gelo, para que o aumento da massa de gelo aumente a troca de plantas.
calor no congelador. e) não permite a entrada da luz solar, mas permite a saída dos raios
III. Limpar o radiador (“grade” na parte de trás) periodicamente, para ultravioleta, emitidos pelas plantas e pelo solo da estufa.
que a gordura e a poeira que nele se depositam não reduzam a
transferência de calor para o ambiente. Resolução:
Para uma geladeira tradicional, é correto indicar, apenas, O vidro da estufa é transparente à luz solar e opaco às radiações na
a) a operação I. d) as operações I e III. faixa de infravermelho (ondas de calor).
b) a operação II. e) as operações II e III.
Resposta: b
c) as operações I e II.

Resolução: 35 (Uepa) A área total das paredes externas de uma geladeira é


I. Correta – O resfriamento dos alimentos ocorre principalmente de- 4,0 m2 e a diferença de temperatura entre o exterior e o interior da
vido à convecção do ar que circula no interior da geladeira. O ar geladeira é 25 °C. Se a geladeira tem um revestimento de poliestireno
quente (menos denso) sobe até o congelador, e o ar frio (mais den- com 25 mm de espessura, determine a quantidade de calor que flui
so) desce até os alimentos. Deixando espaços vazios, a convecção através das paredes da geladeira durante 1,0 h, em watt-hora. A con-
do ar é facilitada. dutividade térmica do revestimento de poliestireno é 0,01 W/(m °C).
II. Incorreta – O gelo que se forma na parede do congelador funcio-
na como material isolante, dificultando as trocas de calor com o ar Resolução:
aquecido pelos alimentos. Usando-se a Lei Fourier, temos:
III. Correta – A energia térmica também retirada do interior da gela- Q k A Δθ
deira é irradiada para o interior da cozinha através da serpentina φ= =
Δt L
existente na parte traseira. A poeira e a gordura que, com o tempo, Q
= 0,01 · 4,0 · 25
são depositadas na grade que fica atrás da geladeira formam uma 1,0 25 · 10–3
película que dif iculta essa irradiação. Assim, a limpeza periódica
dessa grade levaria à economia de energia. Q = 40 Wh
Resposta: d Resposta: 40 Wh

33 A comunidade científ ica há tempos anda preocupada com o 36 (Mack-SP) Numa indústria têxtil, desenvolveu-se uma pesquisa
aumento da temperatura média da atmosfera terrestre. Os cientistas com o objetivo de produzir um novo tecido com boas condições de
atribuem esse fenômeno ao chamado efeito estufa, que consiste na isolamento para a condução térmica. Obteve-se, assim, um material
“retenção” da energia térmica junto ao nosso planeta, como ocorre nas adequado para a produção de cobertores de pequena espessura
estufas de vidro, que são usadas em locais onde em certas épocas do (uniforme). Ao se estabelecer, em regime estacionário, uma diferença
ano a temperatura atinge valores muito baixos. A explicação para esse de temperatura de 40 °C entre as faces opostas do cobertor, o fluxo
22 PARTE I – TERMOLOGIA

de calor por condução é 40 cal/s para cada metro quadrado de área. 38 (Mack-SP) A figura I mostra uma barra metálica de secção trans-
Sendo k = 0,00010 cal/s cm °C o coef iciente de condutibilidade tér- versal quadrada. Suponha que 10 cal fluam em regime estacionário
mica desse novo material e a massa correspondente a 1,0 m2 igual a através da barra, de um extremo para outro, em 2 minutos. Em segui-
0,5 kg, sua densidade é: da, a barra é cortada ao meio no sentido transversal e os dois pedaços
a) 5,0 · 106 g/cm3. d) 5,0 · 10–1 g/cm3. são soldados como representa a figura II. O tempo necessário para que
2 3
b) 5,0 · 10 g/cm . e) 5,0 · 10–2 g/cm3. 10 cal fluam entre os extremos da barra assim formada é:
3
c) 5,0 g/cm .
100 °C
Resolução:
Usando a Lei de Fourier, temos: 0 °C

φ = k A Δθ
Figura I
L
0,00010 · 1,0 · 104 · 40
40 = ⇒ L = 1,0 cm
L 0 °C 100 °C
Assim:
0,5 · 103
d=m= m ⇒ d=
v A L 1,0 · 104 · 1,0
Figura II
–2 3
d = 5,0 · 10 g/cm
a) 4 minutos. d) 1 minuto.
Resposta: e b) 3 minutos. e) 0,5 minuto.
c) 2 minutos.
37 (Mack-SP) Tem-se três cilindros de secções transversais iguais
Resolução:
de cobre, latão e aço, cujos comprimentos são, respectivamente, Na figura I:
46 cm, 13 cm e 12 cm. Soldam-se os cilindros, formando o perfil em Y,
indicado na figura. O extremo livre do cilindro de cobre é mantido a φ = Q = k A Δθ ⇒ Q = k A Δθ (2) (I)
Δt1 L L
100 °C e dos cilindros de latão e aço, a 0 °C. Supor que a superfície la-
teral dos cilindros esteja isolada termicamente. As condutividades tér- Na figura II:
micas do cobre, latão e aço valem, respectivamente, 0,92, 0,26 e 0,12,
expressas em cal cm–1 s–1 °C–1. No regime estacionário de condução, φ = Q = k 2A Δθ ⇒ Q = 4 · k A Δθ Δt2 (II)
Δt2 L L
qual a temperatura na junção? 2
0 °C 0 °C Igualando-se (I) e (II), vem:
k 4 A Δθ · Δt = k A Δθ (2)
L 2 L
Aço Latão 4 Δt2 = 2 ⇒ Δt2 = 0,5 min
(12 cm) (13 cm)
Junção
Resposta: e

Cobre 39 Numa sauna, para separar a sala de banho do escritório, usou-se


(46 cm)
uma parede de tijolos com 12 cm de espessura. A parede foi revestida
do lado mais quente com uma camada de madeira com 6 cm de es-
100 °C pessura e, do lado mais frio, com uma camada de cortiça com 3 cm de
espessura. A temperatura da sauna é mantida a 70 °C, enquanto a do
Resolução: ambiente do escritório, a 20 °C. Determine as temperaturas nos pontos
φCu = φlatão + φaço de separação madeira/tijolo e tijolo/cortiça, após ser estabelecido o
regime permanente.
k A Δθ = k A Δθ + k A Δθ Dados: kmadeira = 2 · 10–4 cal/s cm °C;
L Cu
L latão
L aço ktijolo = 15 · 10–4 cal/s cm °C;
0,92 · A(100 – θ) 0,26 · A(θ – 0) 0,12 · A(θ – 0) kcortiça = 1 · 10–4 cal/s cm °C.
= +
46 13 12
0,02 · A(100 – θ) = 0,02 · A · θ + 0,01 · A · θ Resolução:
2(100 – θ) = 2θ + θ No regime estacionário, vale:
200 – 2θ = 3θ φmadeira = φtijolo = φcortiça
200 = 5θ k A Δθ = k A Δθ = k A Δθ
L L L
θ = 40 °C madeira tijolo cortiça

Sendo θ1 a temperatura do ponto de separação madeira/tijolo e θ2 a


Resposta: 40 °C
temperatura do ponto tijolo/cortiça, temos:
Tópico 2 – O calor e sua propagação 23

2 · 10–4 · A(70 – θ1) 15 · 10–4 · A(θ1 – θ2) 1· 10–4 · A(θ2 – 20) 41 (Uepa) O efeito estufa é um fenômeno natural, característico de
= =
6 12 3
planetas onde existe atmosfera. Ele acontece na atmosfera da Terra
Assim: e também na de Vênus, onde o efeito é muito acentuado e a tempe-
ratura alcança valores de cerca de 460 °C. Embora importante para a
2 · 10–4 · A(70 – θ1) 15 · 10–4 · A(θ1 – θ2) 15θ2 + 280
= ⇒ θ1 = (I) manutenção da vida no planeta, hoje é uma preocupação para muitos
6 12 19 ambientalistas e cientistas. Com base em seus conhecimentos sobre o
15 · 10–4 · A(θ1 – θ2) 1 · 10–4 · A(θ2 – 20) 19θ2 – 80 efeito estufa, analise as seguintes afirmativas:
= ⇒ θ1 = (II) I. Existem materiais, como o vidro, que permitem a passagem de luz,
12 3 15
Igualando-se (I) e (II), vem: mas dificultam a passagem de radiação térmica. Numa estufa com
cobertura de vidro, por exemplo, parte da luz que entra é absorvida
15θ2 + 280 19θ2 – 80 pelas plantas. Estas, sendo aquecidas, emitem radiação infraverme-
= ⇒ θ2 ⯝ 42 °C lha, que tem dificuldade para atravessar o vidro e aquece o interior
19 15
da estufa. Esse efeito é semelhante ao que acontece na atmosfera
Em I, temos: da Terra, daí o nome “efeito estufa”.
II. O efeito estufa é importante porque retém o calor na Terra, possi-
15(42) + 280
θ1 = ⇒ θ1 ⯝ 48 °C bilitando a vida de animais e vegetais. Sua intensif icação é que é
19 danosa, ocasionando o aumento da temperatura do planeta. Como
Respostas: 42 °C e 48 °C consequência disso, dentre outras ocorrências, parte da ilha do Ma-
rajó poderá ser inundada e os furacões no Caribe poderão ser mais
frequentes e devastadores.
40 (IMS-SP)
III. No efeito estufa, a radiação solar atravessa a atmosfera, parte é
absorvida pela Terra e parte é refletida. Uma parcela da radiação
Dia Noite
absorvida é reemitida na forma de raios ultravioleta (ondas de
calor), que têm pequeno comprimento de onda e dos quais uma
pequena parte é absorvida, principalmente pelo gás carbônico, va-
por d’água e metano, nas altas camadas atmosféricas, criando um
Mar frio Mar quente manto quente na superfície da Terra.
IV. Na Lua, não há ocorrência de efeito estufa em virtude de não existir
atmosfera. Isso é uma das causas de as temperaturas no nosso satéli-
Terra quente Terra fria te variarem entre –150 °C durante a noite e 100 °C durante o dia.
Estão corretas somente as afirmativas:
Na região litorânea, durante o dia sopra a brisa marítima, à noite sopra a) I, II e IV. c) I, III e IV. e) II e IV.
a brisa terrestre. Essa inversão ocorre porque: b) I, II e III. d) I e II.
a) o ar aquecido em contato com a terra sobe e produz uma região de
baixa pressão, aspirando o ar que está sobre o mar, criando assim Resolução:
correntes de convecção e, à noite, ao perder calor, a terra se resfria I. Correta.
mais do que o mar, invertendo o processo. II. Correta – Um aquecimento grande na atmosfera pode ocasionar
b) o mar não conserva temperatura e, enquanto está em movimento, derretimento das geleiras, aumento do nível dos mares e de rios.
faz deslocar a brisa para a terra. Correntes marítimas também podem alterar suas temperaturas, o
c) o ar aquecido em contato com a terra sobe e produz uma região de que provoca diferenças de pressão na atmosfera, produzindo des-
alta pressão, resultando em uma diminuição da temperatura do ar locamento de massas de ar (ciclones, furacões).
que vem do mar por condução. III. Incorreta – As ondas de calor são formadas por radiações infraver-
d) a terra aquece-se durante a noite e faz com que o mar se aqueça melhas e não ultravioletas.
também, movimentando as correntes terrestres. IV. Correta.
e) a terra e o mar interagem, pois o calor específ ico da terra, sendo
Resposta: a
muito maior que o da água, não permite que ela (terra) se resfrie
mais rápido que o mar, permitindo, assim, que se formem corren-
tes de convecção, que são responsáveis pelas brisas marítimas e 42 (Cefet-MG) Durante uma aula de Física, três alunas citam exem-
terrestres. plos relacionados ao tema “transmissão de calor”, conforme transcrito
abaixo:
Resolução:
O processo descrito envolvendo deslocamentos das massas de ar, pro- “Garrafas térmicas são úteis para conservar bebidas quentes e frias.
vocados por diferenças de densidade (ar frio mais denso e ar quente Essas garrafas são constituídas de uma ampola de vidro de paredes
menos denso), traduz o fenômeno denominado convecção térmica. duplas, espelhadas interna e externamente. Entre as paredes de vidro,
A água tem calor específico maior que o da areia, o que significa que, quase todo o ar é retirado. O espelhamento impede trocas de calor
para a mesma variação de temperatura, necessita de maior troca de por radiação e o ar retirado entre as paredes impede trocas de calor por
calor. Isso explica o fato de a água, durante o dia, demorar mais para se radiação e convecção.” (Júlia)
aquecer (a areia fica mais quente que a água) e, durante a noite, demo-
rar mais para se resfriar (a água fica mais quente que a areia). “Dificilmente conseguimos segurar o bulbo de uma lâmpada de fila-
mento que está acesa. O aquecimento do bulbo se dá através da radia-
Resposta: a ção que o filamento emite quando aquecido.” (Maíra)
24 PARTE I – TERMOLOGIA

“As estufas são utilizadas para cultivar certos tipos de plantas que ne-
Respostas:
cessitam de um ambiente mais aquecido para se desenvolverem. Geral- a) 80 °C
mente, elas são construídas com uma cobertura de vidro e paredes de b)
alvenaria. Esses materiais são escolhidos porque são maus condutores
θ (°C)
de calor. O vidro é transparente à luz visível e opaco à radiação infraver-
melha e, junto com a alvenaria, consegue manter a temperatura interna 100
da estufa mais elevada do que a do ambiente externo.” (Alice) 80
Sobre a declaração das alunas, pode-se afirmar que apenas a de:
a) Júlia é correta. d) Júlia e a de Maíra são corretas.
b) Maíra é correta. e) Maíra e a de Alice são corretas.
c) Alice é correta.
0 10 26 ᐉ (cm)
Resolução:
Júlia: Incorreta – O erro está em dizer que o vácuo entre as paredes 44 Três barras, de prata, alumínio e ferro, geometricamente iguais,
duplas impediria trocas de calor por convecção. Se a ampola está fe-
estão soldadas e envolvidas por um isolante térmico, permitindo um flu-
chada, não há nem saída nem entrada de partículas de ar.
xo de calor entre os recipientes mantidos sob temperatura constante.
Maíra: Correta.
Alice: Correta – Geralmente, nas estufas, as paredes também são de
100 °C Isolante térmico 0 °C
vidro. No entanto, o que foi descrito é correto.

Resposta: e Ag Al Fe

43 O esquema a seguir representa o aparelho de Searle, no qual


d d d
se notam duas câmaras, A e B, por onde circulam fluidos a tempera- X
turas constantes e respectivamente iguais a 100 °C e 0 °C. Duas barras P Q R S
metálicas, 1 e 2, de mesma seção transversal, são associadas como se Sabe-se que as barras metálicas foram colocadas, da esquerda para a
indica; as extremidades da associação adentram as câmaras A e B. Os direita, na ordem decrescente das condutividades térmicas, isto é, a
comprimentos das barras 1 e 2 valem, respectivamente, 10 cm e 16 cm prata é melhor condutora de calor do que o alumínio, que por sua vez
e os coef icientes de condutibilidade térmica, na mesma ordem, são é melhor condutor do que o ferro.
1,0 cal/s cm °C e 0,4 cal/s cm °C. O diagrama que melhor representa a variação da temperatura (θ) em
Lã de vidro função da posição (x) é:
a) c) e)
A 1 2 B θ θ θ

a) Estabelecido o regime permanente de condução, qual é a tempera-


tura na junção da associação das barras?
P Q R S x P Q R S x P Q R S x
b) Construa o gráfico da temperatura ao longo das barras. Considere a
origem do gráfico na extremidade esquerda da barra 1. b) d)
θ θ
Resolução:
a) No regime estacionário, temos:
k1 A Δθ1 k2 A Δθ2
φ1 = φ2 ⇒ = P Q R S x P Q R S x
L1 L2
1,0 (100 – θ) 0,4 (θ – 0) Resolução:
=
10 16 No gráfico, podemos observar que:
4 θ = 1 600 – 16 θ ⇒ 20 θ = 160° ⇒ θ = 80 °C θ (°C)
b)

θ (°C) Δθ

100
α
80


φ
tg α = Δθ =
L kA
A declividade (o ângulo α) é inversamente proporcional à condutivi-
dade térmica k, do material. Assim, para maior k, vamos ter menor α e,
0 10 20 26 30 ᐉ (cm) para k, vamos ter maior α.
Tópico 2 – O calor e sua propagação 25

θ (°C)
mesmo bloco metálico precisou de um intervalo de tempo ΔtB para so-
frerem a mesma variação de temperatura Δ␪. Se as demais condições
α1 não se alterarem, é verdade que:
a) Δt = ΔtB < ΔtA. d) Δt = ΔtA = ΔtB.
b) Δt < ΔtA = ΔtB. e) Δt < ΔtA < ΔtB.
α2
c) Δt > ΔtA = ΔtB.

α3 Resolução:

No interior de um elevador em queda livre, a gravidade aparente é nula
Q R S
P (gravidade zero).
α1 < α2 < α3 Nessas condições, não ocorre convecção, a água se aquece apenas por
condução. Como a água não é boa condutora de calor, temos:
Resposta: b
ΔtA ⬎ Δt
45 Uma forma experimental para medir a condutividade térmi- No metal, não muda nada, o aquecimento ocorre apenas por con-
dução:
ca de um material usado como isolante é construir uma caixa com
esse material. No seu interior, é colocado um aquecedor elétrico de ΔtB = Δt
potência conhecida que mantém a temperatura interna superior à Portanto:
externa. Δt = ΔtB ⬍ ΔtA

Resposta: a

47 Um vestibulando estava na cozinha de sua casa quando resol-


veu realizar uma experiência de trocas de calor que seu professor de
Física havia proposto. Para tanto, utilizou um caldeirão, uma garrafa
de vidro, água e sal. Colocou água no caldeirão e no interior da gar-
Suponha que foi construída uma caixa com determinado material rafa de vidro. O caldeirão foi colocado sobre a chama do fogão e a
isolante. A área total externa tem 4,0 m2 e a espessura das pare- garrafa, que estava aberta, teve seu gargalo preso a um barbante,
des é de 5,0 mm. O aquecedor elétrico desenvolve uma potência que, esticado, a mantinha afastada do fundo do caldeirão, porém
constante de 300 W, mantendo a temperatura interna da caixa mergulhada na água.
50 °C acima da temperatura externa. Desprezando possíveis efeitos Após alguns minutos, ele observou que a água do caldeirão entrou em
de bordas, determine o coef iciente de condutividade térmica do ebulição (a 100 °C), mas a água do interior da garrafa (que também
material em questão. estava a 100 °C) não fervia. Esperou mais alguns minutos e colocou um
Se essa caixa fosse cúbica, qual seria o fluxo de calor através de uma punhado de sal na água do caldeirão; pouco tempo depois, notou que
de suas faces? a água no interior da garrafa entrava em ebulição.
a) Por que, mesmo estando a 100 °C, a água da garrafa não fervia?
Resolução: b) O que ocorre com a temperatura de ebulição da água quando
φ = Q = k A Δθ acrescentamos sal?
Δt L c) Por que, depois de ser acrescentado sal à água do caldeirão, a água
Mas: Q = Pot do interior da garrafa também entrou em ebulição?
Δt
Portanto: Resolução:
Pot = k A Δθ ⇒ k = Pot L a) O fluxo de calor através de uma “parede” é dado pela Lei de
L A Δθ Fourier:
–3 φ = Q = k A Δθ
k = 300 W 2 5 · 10 m ⇒ k = 7,5 · 10–3 W/m °C Δt L
4 m · 50 °C
Quando a diferença de temperatura entre os meios que a referi-
Se a caixa fosse cúbica, ela teria seis faces iguais. Em uma das faces, o
da “parede” separa é nula (Δθ = 0), não há fluxo de calor. Assim,
fluxo de calor seria a sexta parte do fluxo total:
apesar de a água da garrafa estar a 100 °C (temperatura de ebu-
lição), ela não recebe mais calor, não podendo, então, entrar em
φ1 = Pot = 300 W ⇒ φ1 = 50 W
6 6 ebulição.
b) O sal aumenta a temperatura de ebulição da água do caldeirão.
Respostas: 7,5 · 10–3 W/m °C; 50 W c) Com sal, a água do caldeirão ferve a mais de 100 °C. Assim, have-
rá uma diferença de temperatura entre a água do caldeirão e a da
46 Uma massa m de água e um bloco metálico de massa M são garrafa (que está a 100 °C). Esse fluxo de calor que se estabelece
aquecidos em um laboratório durante um intervalo de tempo Δt, am- provoca a ebulição da água da garrafa.
bos sofrendo a mesma variação de temperatura Δ␪. Usando-se a mes-
Respostas: a) Δθ = 0; b) O sal aumenta a temperatura de ebulição
ma fonte térmica, com a mesma potência, dentro de um elevador em
da água. c) Δθ ≠ 0
queda livre, a mesma água precisou de um intervalo de tempo ΔtA e o
26 PARTE I – TERMOLOGIA

48 (Enem) A padronização insuf iciente e a ausência de controle


na fabricação podem também resultar em perdas signif icativas de
energia através das paredes da geladeira. Essas perdas, em função da
espessura das paredes, para geladeiras e condições de uso típicas, são
apresentadas na tabela.

Espessura das paredes (cm) Perda térmica mensal (kWh)


2 65
4 35
6 25
10 15

Considerando uma família típica, com consumo médio mensal de


200 kWh, a perda térmica pelas paredes de uma geladeira com 4 cm de
espessura, relativamente a outra de 10 cm, corresponde a uma porcen-
tagem do consumo total de eletricidade da ordem de:
a) 30%. c) 10%. e) 1%.
b) 20%. d) 5%.

Resolução:
Para a geladeira com paredes de 4 cm, temos:
200 kWh → 100%
35 kWh → x1%
x1 = 35 · 100 %
200
x1 = 17,5%

Para a geladeira com parede de 10 cm, temos:


200 kWh → 100%
15 kWh → x2%
x2 = 15 · 100 %
200
x2 = 7,5%

Assim, a relação pedida é dada por:


Δx = x1 – x2
Δx = 17,5 – 7,5
Δx = 10%

Resposta: c
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 27

A curva de aquecimento representada é a:


Tópico 3 a) da água.
b) do álcool etílico.
d) da acetona.
e) do benzeno.
c) do ácido acético.
1 (Fazu-MG) Tia Anastácia é famosa por sua habilidade na cozinha.
Resolução:
Um de seus pratos mais famosos é o risoto de camarão feito em panela
Equação Fundamental da Calorimetria:
de pedra. Inácia, sobrinha de Tia Anastácia, ao tentar reproduzir o famo-
Q = m c Δθ
so prato, frustou-se, pois, apesar de todos os cuidados e da bela aparên-
3203,5 = 100 · c · (80 – 5,5)
cia do prato, quando do momento da retirada do fogo, surpreendeu-se
com o fato de que, posto à mesa, o arroz acabou por queimar. c = 0,43 cal/g °C
Ao questionar Tia Anastácia sobre o ocorrido, esta lhe respondeu que o Na tabela, observa-se que a substância em questão é o benzeno.
segredo do cozimento dos alimentos em panela de pedra, para que a co-
mida não queime, está no fato de se retirar a panela do fogo um pouco Resposta: e
antes que o prato esteja totalmente cozido. Nas palavras de tia Anastácia:
“— A quentura da panela acaba por cozer os alimentos mesmo que 3 (Vunesp-SP) Um bloco de 600 g de prata, inicialmente a 20 °C, é
ela já não esteja mais no fogo.” aquecido até 70 °C, ao receber 1 680 calorias. Determine:
Dentre as afirmações abaixo, qual a que explica corretamente a “quen- a) a capacidade térmica desse bloco de prata;
tura” da panela de pedra salientada por tia Anastácia? b) o calor específico da prata.
a) A capacidade térmica da panela de pedra é muito pequena, fazendo
com que a temperatura se mantenha elevada por muito tempo. Resolução:
b) A capacidade térmica da panela é grande, permitindo que seu res- a) C = Q
friamento se dê com rapidez, passando todo o calor para o alimen- Δθ
to, fazendo-o queimar. C = 1 680 cal ⇒ C = 33,6 cal/ °C
c) A capacidade térmica da panela é grande, o que significa que, para uma (70 – 20) °C
pequena variação de temperatura no resfriamento, a panela irradia b) c = C
grande quantidade de calor, podendo acarretar a queima do alimento. m
d) A frase de Tia Anastácia é mais uma crendice popular. O fato de a c = 33,6 cal/°C ⇒ c = 0,056 cal/g °C
comida ter queimado não está relacionado à panela de pedra, e sim 600 g
ao tempo excessivo à espera do prato na mesa.
Respostas: a) 33,6 cal/°C; b) 0,056 cal/g °C
e) A pedra, de que é feita a panela, tem a capacidade de reproduzir
calor quando estimulada, acabando por queimar o alimento se o
estímulo for muito grande. 4 Uma garrafa térmica contém água a 60 °C. O conjunto garrafa
térmica + água possui capacidade térmica igual a 80 cal/°C. O sistema
Resolução: é colocado sobre uma mesa e após algum tempo sua temperatura di-
Em razão de ter grande capacidade térmica, esse tipo de panela, ao minui para 55 °C. Qual foi a perda de energia térmica para o ambiente
se resfriar, libera energia térmica, o que poderá acarretar a queima do nesse intervalo de tempo?
alimento. É por isso que a panela deve ser retirada do fogo antes de a
comida estar no ponto correto. Resolução:
Q = C Δθ
Resposta: d Q = 80 · (55 – 60)
Q = –400 cal
2 (Fatec-SP) Na tabela, é possível ler os valores do calor específico O sinal negativo indica que o sistema perdeu calor.
de cinco substâncias no estado líquido, e no gráfico é representada a |Q| = 400 cal
curva de aquecimento de 100 g de uma dessas substâncias.
Resposta: 400 cal
Substância Calor específico (cal/g °C)
Água 1,00
5 A massa e o calor específico sensível de cinco amostras de mate-
Álcool etílico 0,58
riais sólidos e homogêneos são fornecidos a seguir.
Ácido acético 0,49
Acetona 0,52 Calor específico
Amostra Massa (g)
Benzeno 0,43 (cal/g °C)

Temperatura (°C) A 150 0,20


B 50 0,30
80
C 250 0,10
D 140 0,25
E 400 0,15
5,5
As cinco amostras encontram-se inicialmente à mesma temperatura e
recebem quantidades iguais de calor. Qual delas atingirá a maior tem-
Calorias
3 203,5 peratura?
28 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução: 9 O gráfico mostra o aquecimento de um bloco de ferro de massa


Atingirá maior temperatura a amostra que tiver menor capacidade tér- 500 g. O calor específico do ferro é igual a 0,12 cal/g °C.
mica, isto é, a amostra que precisar de menor quantidade de energia
térmica para variar uma unidade de temperatura. θ (°C)
Assim: 40
C=mc
30
CA = 150 · 0,20 ⇒ CA = 30 cal/ °C
20
CB = 50 · 0,30 ⇒ CB = 15 cal/ °C
CC = 250 · 0,10 ⇒ CC = 25 cal/ °C 10
CD = 140 · 0,25 ⇒ CD = 35 cal/ °C
0 20 40 60 80 100 t (s)
CE = 400 · 0,15 ⇒ CE = 60 cal/ °C
Qual a potência dessa fonte térmica, sabendo que seu rendimento foi
Resposta: b
de 50%?

6 O chamado leite longa vida é pasteurizado pelo processo UHT Resolução:


(Ultra High Temperature), que consiste em aquecer o leite da tempera- Potútil Δt = m c Δθ
tura ambiente (22 °C) até 137 °C em apenas 4,0 s, sendo em seguida Potútil · 100 = 1 000 · 0,12 · (40 – 10)
envasado em embalagem impermeável a luz e a micro-organismos. Potútil = 18 cal/s
O calor específico do leite é praticamente igual ao da água, 1,0 cal/g °C. Como o rendimento foi de 50%, então a potência da fonte térmica é o
Assim, no aquecimento descrito, que quantidade de calor cada litro dobro da encontrada inicialmente:
(1 000 g) de leite precisou receber? Dê sua resposta em quilocalorias Pot = 18 · 2 cal/s
(kcal).
Pot = 36 cal/s
Resolução:
Q = m c Δθ Resposta: 36 cal/s
Q = 1000 · 1,0 · (137 – 22) (cal)
Q = 115 000 cal 10 Uma fonte térmica de potência constante fornece 50 cal/min
Q = 115 kcal para uma amostra de 100 g de uma substância.
θ (°C)
Resposta: 115 kcal
50
40
7 Para o aquecimento de 500 g de água, de 20 °C a 100 °C, utili- 30
zou-se uma fonte térmica de potência 200 cal/s. Sendo o calor especí- 20
fico da água igual a 1,0 cal/g °C, quanto tempo demorou esse aqueci- 10
mento, se o rendimento foi de 100%?
0 5 10 15 20 25 t (min)
Resolução:
O gráfico fornece a temperatura em função do tempo de aquecimen-
Q = m c Δθ
to desse corpo. Qual o valor do calor específ ico do material dessa
Pot = Q ⇒ Q = Pot · Δt substância?
Δt
Assim:
Pot Δt = m c Δθ Resolução:
200 · Δt = 500 · 1,0 · (100 – 20) Pot · Δt = m c Δθ
50 · 20 = 100 · c · (50 – 10)
Δt = 200 s = 3 min 20 s
c = 0,25 cal/g °C
Resposta: 3 min 20 s
Resposta: 0,25 cal/g °C
8 Uma fonte térmica foi utilizada para o aquecimento de 1,0 L de
água (1 000 g) da temperatura ambiente (20 °C) até o ponto de ebuli- 11 (UFPE)
ção (100 °C) num intervalo de tempo igual a 1 min 40 s com rendimen-
to de 100%. Sendo o calor específico da água igual a 1,0 cal/g °C, qual θ (°C)
o valor da potência dessa fonte?
30
Resolução:
Pot Δt = m c Δθ 25
Pot · 100 = 1 000 · 1,0 · (100 – 20)
Pot = 800 cal/s 0 10 t (s)

O gráfico mostra a variação de temperatura em função do tempo de


Resposta: 800 cal/s
uma massa de água que está sendo aquecida por uma fonte de calor
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 29

cuja potência é 35 cal/s. Supondo que todo o calor gerado pela fonte 13 Você sabia que uma barra de chocolate de 100 g pode forne-
seja absorvido pela água, calcule a massa da água, em gramas, que foi cer ao nosso organismo 500 calorias alimentares (kcal)? Usando o
aquecida.
dado acima e os seus conhecimentos de Física, responda aos itens
Dado: calor específico da água: 1,0 cal/g °C
a seguir.
a) Se você pudesse transferir essa energia (da barra de chocolate) para
Resolução:
Pot · Δt = m c Δθ m gramas de água a 0 °C, na fase líquida, e esta atingisse a tempe-
35 · 10 = m · 1,0 · (30 – 25) ratura de ebulição (100 °C), qual seria o valor de m?
Dado: calor específico da água = 1,0 cal/g °C.
m = 70 g b) Se uma pessoa de massa 70 kg ingerisse essa barra de chocolate e
utilizasse toda essa energia para subir uma escada com degraus de
Resposta: 70 g 20 cm de altura, quantos degraus poderia subir?
Dados: aceleração da gravidade = 10 m/s2;
1,0 cal = 4,2 J.
12 A energia utilizada para a manutenção e o desempenho do
corpo humano é obtida por meio dos alimentos que são ingeridos.
A tabela a seguir mostra a quantidade média de energia absorvida Resolução:
pelo corpo humano a cada 100 gramas do alimento ingerido. a) Q = m c Δθ
500 · 103 = m · 1,0 (100 – 0)
Alimento Porções (100 g) Energia (kcal)
m = 5,0 · 103 g
alface 20 folhas 15
batata frita 2 unidades 274 b) τ=mgh
τ = 4,2Q
chocolate em barra 1 tablete 528
4,2Q = m g h ⇒ 4,2 · 500 · 103 = 70 · 10 · h ⇒ h = 3 000 m
Coca-cola 1/2 copo 39
Portanto: h = n d
macarrão cozido 7 colheres de sopa 111 3 000 = n · 0,20
mamão 1 fatia 32
n = 1,5 · 104 degraus
margarina vegetal 20 colheres de chá 720
pão 2 fatias 269 Respostas: a) 5,0 · 10³ g; b) 1,5 · 104 degraus
repolho cru 10 folhas 28
sorvete industrializado 2 bolas 175 14 (UFSCar-SP) Um dia, o zelador de um clube mediu a tempera-
tura da água da piscina e obteve 20 °C, o mesmo valor para qualquer
Se for preciso, use: 1 caloria = 4,2 joules; ponto da água da piscina. Depois de alguns dias de muito calor, o zela-
calor específico sensível da água = 1,0 cal/g °C. dor refez essa medida e obteve 25 °C, também para qualquer ponto do
Analisando a tabela, podemos concluir que, em termos energéticos: interior da água. Sabendo que a piscina contém 200 m3 de água, que a
a) o chocolate é o alimento mais energético dentre os listados; densidade da água é 1,0 · 103 kg/m3 e que o calor específico da água é
b) uma fatia de mamão equivale, aproximadamente, a 10 folhas de 4,2 · 103 J/kg °C, responda:
alface; a) qual a quantidade de calor absorvida, do ambiente, pela água da
c) um copo de Coca-cola fornece uma energia de, aproximadamente, piscina?
328 J; b) por qual processo (ou processos) o calor foi transferido do ambien-
d) 0,50 kg de sorvete é equivalente a, aproximadamente, 320 g de ba- te para a água da piscina e da água da superfície para a água do
tatas fritas; fundo? Explique.
e) um sanduíche com 2 fatias de pão, 2 folhas de alface e 2 folhas de
repolho equivale a 1 unidade de batata frita. Resolução:
a) Na piscina, temos:
Resolução: d = m ⇒ m = 1,0 · 103 · 200 (kg)
a) Falso — O alimento mais energético é a margarina vegetal v
b) Falso — 1 fatia de mamão → 32 kcal m = 2,0 · 105 kg
10 folhas de alface → 7,5 kcal Portanto:
c) Falso — 1 copo de Coca-Cola → 2 · 39 kcal = 78 kcal = 327,6 kJ Q = m c Δθ
d) Verdadeiro — 0,5 kg de sorvete → 5 · 175 kcal = 875 kcal Q = 2,0 · 105 · 4,2 · 103 · (25 – 20) (J)
320 g de batatas fritas → 3,2 · 274 kcal = 876,8 kcal
Q = 4,2 · 109 (J)
e) Falso — 1 sanduíche → 269 + 15 + 28 kcal = 276,1 kcal b) A água da superfície é aquecida pelos raios solares através da ra-
10 5
diação. Essa energia térmica é levada à água do fundo da piscina
1 unidade de batatas fritas → 274 kcal = 137 kcal por condução.
2
Resposta: d Respostas: a) 4,2 · 109 J; b) radiação e condução.
30 PARTE I – TERMOLOGIA

15 (Fuvest-SP) Um ser humano adulto e saudável consome, em Resolução:


1 200 000 · 4,2 J
média, uma potência de 120 J/s. Uma caloria alimentar (1,0 kcal) cor- a) Pot = Q = 1 200 000 cal = ⯝ 58,3 J/s
responde aproximadamente a 4,0 · 103 J. Para nos mantermos saudá- Δt 1 dia 24 · 60 · 60 s
veis, quantas calorias alimentares devemos utilizar, por dia, a partir dos Pot ⯝ 58 W
alimentos que ingerimos?
a) 33 b) 120 c) 2,6 · 103 d) 4,0 · 103 e) 4,8 · 103 b) Q = m c Δθ
1 200 000 = m · 1,0 (60 – 10)
Resolução:
m = 2,4 · 104 g
Q = Pot Δt
Q = 120 · 86 400 (J)
Q = 10 368 000 J Respostas: a) 58 W; b) 2,4 · 104 g
Assim:
18 Um bom chuveiro elétrico, quando ligado na posição “inverno”,
n = 10 368 000 cal
4,0 · 103 dissipa uma potência de 6,4 kW, fornecendo essa energia à água que
n = 2 592 cal ⇒ n ⯝ 2,6 · 103 cal o atravessa com vazão de 50 gramas por segundo. Se a água, ao entrar
no chuveiro, tem uma temperatura de 23 °C, qual a sua temperatura na
Resposta: c
saída?
Dado: calor específico da água = 1,0 cal/g °C;
16 E.R. Um watt é a potência necessária para produzir a energia 1 cal = 4 J.
de um joule em um segundo. Uma caloria é a quantidade aproxi-
mada de energia necessária para elevar em 1,0 °C a temperatura de Resolução:
1,0 grama de água. Pot Δt = m c Δθ
Um aquecedor elétrico de potência 1 500 W e capacidade de 135 litros Pot = m c Δθ
Δt
está totalmente cheio com água à temperatura ambiente (20 °C). Assim:
Quanto tempo o aquecedor gasta para elevar a temperatura dessa
6 400 = 50 · 1,0 · (θ – 23)
água até 60 °C? 4 f
Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g °C; 32 = θf – 23
densidade absoluta da água = 1,0 kg/L;
1 caloria = 4 joules. θf = 55 °C

Resolução: Resposta: 55 °C
Observe que:
Pot = 1 500 W = 1 500 J = 375 cal/s
s 19 (PUC-MG) Um recipiente adiabático contém 500 g de água, ini-
kg
d = m ⇒ m = d V = 1,0 · 135 L = 135 kg = 135 000 g cialmente a 20 °C. O conjunto é aquecido até 80 °C, utilizando-se uma
V L
Usando a Equação Fundamental da Calorimetria, temos: fonte de calor que desenvolve uma potência útil de 200 W. Conside-
Q = m c Δθ rando o calor específ ico da água igual a 1,0 cal/g °C e fazendo 1 cal
Mas: igual a 4 J, quanto tempo foi gasto nesse aquecimento?
Q
Pot = ⇒ Pot Δt = Q
Então: Δt Resolução:
Pot Δt = m c Δθ Pot Δt = m c Δθ
Substituindo os valores fornecidos, temos: 200 · Δt = 500 · 1,0 · (80 – 20)
4
375 · Δt = 135 000 · 1,0 (60 – 20) Δt = 600 s = 10 min
Δt = 14 400 s = 240 min = 4,0 h
Resposta: 10 min
Δt = 4,0 h
20 Para determinar o calor específico de um líquido, usou-se um bé-

17 (UFPel-RS) Um médico, após avaliação criteriosa, recomenda a quer A contendo 250 g desse líquido, a chama de um bico de Bunsen
de potência constante e outro béquer B contendo 210 g de água pura.
um paciente uma dieta alimentar correspondente a 1 200 cal/dia, forne-
Usando o bico de Bunsen alternadamente, o líquido do béquer A teve
cendo-lhe uma lista de alimentos com as respectivas “calorias”. (Espera o
sua temperatura elevada em 10 °C, em 20 s, enquanto a água do béquer
médico que, com esse regime, a pessoa, pelo menos, não engorde.)
B teve variação de 8,0 °C em 24 s. Qual é o calor específico do líquido?
Os médicos utilizam, na realidade, a “grande caloria”, que vale 1 000 cal uti-
lizadas na Física, ou seja, esse regime é na verdade de 1 200 000 cal/dia. Despreze a capacidade térmica do béquer e as perdas de calor para o
Com base nesses dados e considerando o calor específ ico da água ambiente. Considere, para o calor específico da água, o valor 1,0 cal/g °C.
igual a 1,0 cal/g °C e 1,0 cal igual a 4,2 J, responda:
a) Qual a potência média mínima (em watts) que a pessoa menciona- Resolução:
da deverá dissipar, ao longo das suas atividades diárias, para, pelo Béquer B (com água):
menos, não ganhar peso? Pot Δt = m c Δθ
b) Se essa energia pudesse ser empregada para aquecer água de 10 °C Pot 24 = 210 · 1,0 · 8,0
a 60 °C, que massa de água (em gramas) seria utilizada? Pot = 70 cal/s
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 31

Béquer A (com líquido desconhecido): 24 (UFPA) Em um forno de micro-ondas João colocou um vasilha-
Pot Δt = m c Δθ me com 1,5 kg de água a 20 °C. Mantendo o forno ligado por 10 minu-
70 · 20 = 250 · cL · 10 tos, a temperatura da água aumentou para 80 °C. A representação grá-
cL = 0,56 cal/g °C fica do desempenho do forno indicada pelo calor fornecido (calorias)
em função do tempo (segundos) é mais bem representada pela linha:
Resposta: 0,56 cal/g °C Q (cal) A
B
4 800
C
21 (Mack-SP – mod.) Na presença de uma fonte térmica de potên-
D
cia constante, certa massa de água (calor específico = 1,0 cal/g °C) so- 2 500
fre um acréscimo de temperatura durante certo intervalo de tempo. 2 000
1 500 E
Para que um líquido desconhecido, de massa 12,5 vezes maior que a
600
da água, sofra o dobro do acréscimo de temperatura sofrido por ela, 0 10 t (s)
foi necessário o uso da mesma fonte durante um intervalo de tempo
6 vezes maior. (Considere que toda a energia produzida pelo forno foi absorvida pela
Nessas condições, qual o valor do calor específ ico sensível desse lí- água na forma de calor e que o calor específico da água = 1 cal/g °C.)
quido? a) A. b) B. c) C. d) D. e) E.
Resolução:
Resolução: Do texto, temos:
Para a água: Pot Δt = m c Δθ
Pot Δt = m ca Δθ (I) Pot · 600 = 1 500 · 1 · (80 – 20) ⇒ Pot = 150 cal/s
Para o líquido desconhecido: No gráfico, em 10 s, temos:
Pot 6 Δt = 12,5 m cL 2 Δθ (II) Q = Pot · Δt
Dividindo II por I, tem-se: Q = 150 · 10 (cal)
Pot 6 Δt = 25 m cL Δθ ⇒ 6 = 25 cL Q = 1 500 cal
Pot Δt m ca Δθ 1,0
cL = 0,24 cal/g °C Resposta: d

Resposta: 0,24 cal/g °C 25 O calor específico do cobre é igual a 0,09 cal/g °C. Se em vez de
usarmos a escala Celsius usássemos a escala Fahrenheit, quanto valeria
22 (Mack-SP – mod.) O carvão, ao queimar, libera 6 000 cal/g. Quei- esse calor específico?
mando 70 g desse carvão, 20% do calor liberado é usado para aquecer, Resolução:
de 15 °C, 8,0 kg de um líquido. Não havendo mudança do estado de Q = m c Δθ
agregação, qual o valor do calor específico desse líquido? Q = c Δθ
m
A razão Q não depende da escala de temperatura utilizada.
Resolução: m
Q = m c Δθ Assim:
6 000 · 70 · 0,20 = 8 000 · c · 15 (c Δθ) Fahrenheit = (c Δθ)Celsius
c = 0,70 cal/g °C CF · 180 = 0,09 · 100 ⇒ CF = 0,05 cal/g °F

Resposta: 0,70 cal/g °C Resposta: 0,05 cal/g °F

23 (UFC-CE) Em Fortaleza, um fogão a gás natural é utilizado para 26 Num calorímetro ideal, são colocados três corpos A, B e C a
ferver 2,0 ᐉ de água que estão a uma temperatura inicial de 19 °C. Sa- temperaturas iniciais diferentes. Após certo tempo, quando os corpos
bendo que o calor de combustão do gás é de 12 000 cal/g, que 25% atingiram o equilíbrio térmico, verifica-se que as temperaturas de A e
desse calor é perdido para o ambiente, que o calor específico da água B aumentaram. Assim, podemos concluir que:
vale 1,0 cal/g °C e que a densidade absoluta da água é igual a 1,0 g/cm3, a) a temperatura do corpo C também aumentou;
que massa mínima de gás foi consumida no processo? b) o corpo C recebeu calor do corpo A e cedeu calor para o corpo B;
c) o corpo C cedeu calor para o corpo A e recebeu calor do corpo B;
Resolução: d) o corpo C permanece com a mesma temperatura que tinha no
Q = m c Δθ início;
12 000 · mg · 0,75 = 2 000 · 1,0 · (100 – 19) e) a temperatura do corpo C diminuiu.
9 000 mg = 162 000
Resolução:
mg = 18 g Se as temperaturas dos corpos A e B aumentam, então a temperatura
do corpo C diminui.
Resposta: 18 g Resposta: e
32 PARTE I – TERMOLOGIA

27 (UFBA) Vamos imaginar dois corpos A e B, de massas iguais, 29 Num calorímetro ideal, são colocados 1,0 kg de água à tem-
com temperaturas iniciais θA e θB, sendo θA > θB, e com calores especí- peratura ambiente e um bloco de ferro, também de massa 1,0 kg,
ficos cA e cB diferentes entre si e constantes no intervalo de tempera- bastante aquecido. Após o equilíbrio térmico, verif ica-se que a tem-
tura considerado. Colocados no interior de um calorímetro ideal, os peratura da água aumentou de 40 °C, enquanto a temperatura do
corpos A e B, após certo tempo, atingem o equilíbrio térmico. Nessas bloco de ferro diminuiu mais de 200 °C. Isso ocorreu porque a água e
condições, é correto afirmar que: o bloco de ferro têm:
(01) a energia cedida por A é igual à energia recebida por B. a) densidades absolutas diferentes;
(02) no corpo de maior capacidade térmica, ocorre a maior variação b) massas iguais;
de temperatura. c) capacidades térmicas diferentes;
(04) o aumento de temperatura de B é numericamente igual ao de- d) coeficientes de condutibilidade térmica diferentes;
créscimo da temperatura de A. e) estados físicos de agregação diferentes – a água é líquida e o ferro
(08) a temperatura de equilíbrio térmico é igual a cAθA + cBθB .
é sólido.
cA + cB
Resolução:
(16) em relação ao centro de massa do sistema, a energia cinética mé-
Quando dois ou mais corpos recebem ou perdem a mesma quantidade
dia das moléculas de B é maior do que a de A.
de calor, o corpo de menor capacidade térmica sofre a maior variação
Dê como resposta a soma dos números associados às af irmações
de temperatura.
corretas.
Resposta: c
Resolução:
(01) Correta — Num calorímetro ideal, ocorrem trocas de calor ape-
nas entre os corpos colocados em seu interior. 30 E.R. Num recipiente termicamente isolado e com capacidade
(02) Incorreta — No corpo de maior capacidade térmica, ocorrerá térmica desprezível, misturam-se 200 g de água a 10 °C com um blo-
menor variação de temperatura. co de ferro de 500 g a 140 °C. Qual a temperatura final de equilíbrio
(04) Incorreta — A variação de temperatura em um corpo depende térmico?
da sua capacidade térmica. Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g °C;
(08) Correta — Qcedido + Qrecebido = 0 calor específico do ferro = 0,12 cal/g °C.
(m c Δθ)A + (m c Δθ)B = 0
Como: mA = mB Resolução:
Temos: Como o recipiente tem capacidade térmica desprezível, ele não par-
cA(θf – θA) + cB(θf – θB) = 0 ticipa das trocas de calor. E, como é termicamente isolado, é correto
afirmar que:
cAθf – cAθA + cBθf – cBθB = 0
θf (cA + cB) = cA θA + cB θB Qferro + Qágua = 0

cA θA + cB θB Uma vez que o calor trocado é sensível, temos:


θf =
cA + cB (m c Δθ)ferro + (m c Δθ)água = 0
(16) Incorreta — Se θA ⬎ θB , então as partículas do corpo A possuem 500 · 0,12(θE – 140) + 200 · 1,0(θE – 10) = 0
mais energia cinética média do que as partículas do corpo B. Ob-
serve também que mA = mB. 60(θE – 140) + 200(θE – 10) = 0
60θE – 8 400 + 200θE – 2 000 = 0
Resposta: 09
260θE = 10 400 ⇒ θE = 40 °C
28 (Unesp-SP) Quando uma enfermeira coloca um termômetro clí-
nico de mercúrio sob a língua de um paciente, por exemplo, ela sem-
pre aguarda algum tempo antes de fazer a sua leitura. Esse intervalo de 31 Num recipiente termicamente isolado e de capacidade térmica
tempo é necessário: desprezível, são misturados 200 g de água a 55 °C com 500 g também
a) para que o termômetro entre em equilíbrio térmico com o corpo do de água a 20 °C. Quando a mistura atingir o equilíbrio térmico, qual
paciente. será sua temperatura?
b) para que o mercúrio, que é muito pesado, possa subir pelo tubo
capilar. Resolução:
c) para que o mercúrio passe pelo estrangulamento do tubo capilar. Qcedido + Qrecebido = 0
d) devido à diferença entre os valores do calor específ ico do mercúrio
e do corpo humano. (m c Δθ)quente + (m c Δθ)fria = 0
e) porque o coeficiente de dilatação do vidro é diferente do coeficien- 200 · c · (θf – 55) + 500 · c · (θf – 20) = 0
te de dilatação do mercúrio. 2θf – 110 + 5θf – 100 = 0
Resolução: 7θf = 210
Espera-se que o mercúrio do termômetro entre em equilíbrio térmico θf = 30 °C
com corpo do paciente.
Resposta: a Resposta: 30 °C
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 33

32 Numa garrafa térmica ideal, com 1,0 L de capacidade, são colo- c) d)


3 3
cados 500 cm de leite, à temperatura ambiente (20 °C), e 200 cm de t (°C) t (°C)
café a 90 °C. Admitindo-se que as trocas de calor somente aconteçam 90 90
entre o café e o leite (cujas densidades e calores específicos podem ser tf
considerados iguais), qual será a temperatura final de equilíbrio térmi- 30
co do sistema? 30
tf
0 Q Q (cal) 0 Q Q (cal)
Resolução:
Qcedido + Qrecebido = 0
(m c Δθ)café + (m c Δθ)leite = 0 e)
Como: t (°C)
d = m então m = d V tf
V 90
Então:
(d V c Δθ)café + (d V c Δθ)leite = 0 30
200(θf – 90) + 500(θf – 20) = 0
0 Q Q (cal)
2θf – 180 + 5θf – 100 = 0 ⇒ 7θf = 280 ⇒ θf = 40 °C
Resolução:
Resposta: 40 °C Qcedido + Qrecebido = 0
(m c Δt)ferro + (m c Δt)água = 0
33 Um aluno entrou em uma lanchonete e pediu dois refrige- 200 · 0,10 Δtferro + 100 · 1,0 Δtágua = 0
rantes, um “sem gelo”, à temperatura de 25 °C, e o outro “gelado”, à 20 Δtferro + 100 Δtágua = 0
temperatura de 5,0 °C. Ele preencheu
1
da capacidade de um copo ΔtFerro + 5 Δtágua = 0
4 |Δtferro| = |5 Δtágua|
grande com o refrigerante “sem gelo” e terminou de completar o copo
com o refrigerante “gelado”. A variação de temperatura do ferro é 5 vezes maior do que a da água.
Desprezando as trocas de calor que não sejam entre os líquidos, deter- Assim:
mine a temperatura final de equilíbrio térmico do refrigerante.
t (ºC)
90

ferro

tf
Resolução:
30 água
Qcedido + Qrecebido = 0
(m c Δθ)quente + (m c Δθ)fria = 0
m c (θf – 25) + 3 m c (θf – 5) = 0
0 Q Q (cal)
θf – 25 + 3θf – 15 = 0
4θf = 40
Resposta: b
θf = 10 °C
35 (Enem – mod.) Num recipiente de capacidade térmica despre-
Resposta: 10 °C zível e termicamente isolado, são colocados 20 g de água a 60 °C e
100 g de lascas de alumínio a 40 °C. O equilíbrio térmico ocorre à tem-
34 (PUC-MG) Em um calorímetro de capacidade térmica desprezí- peratura de 50 °C. Qual o valor do calor específico sensível do alumínio?
vel, foram colocados 100 g de água a 30 °C e 200 g de ferro a 90 °C. O Dado: calor específico da água = 1 cal/g °C
calor específico da água é igual a 1,0 cal/g °C e o do ferro, 0,10 cal/g °C.
Qual dos gráficos melhor representa a variação de temperatura desses Resolução:
corpos em função da quantidade de calor trocado? Qcedido + Qrecebido = 0
a) b) (m c Δθ)água + (m c Δθ)alumínio = 0
t (°C) t (°C) 20 · 1 · (50 – 60) + 100 · cA艎 · (50 – 40) = 0
90 90 – 200 + 1 000cA艎 = 0
tf
tf cA艎 = 0,20 cal/g °C
30 30

0 Q Q (cal) 0 Q Q (cal)
Resposta: 0,20 cal/g °C
34 PARTE I – TERMOLOGIA

36 Num calorímetro ideal são colocados três corpos, A, B e C, de Com isso, o líquido em A atinge 40 °C, enquanto o líquido em B, 80 °C.
temperaturas θA, θB e θC. Se a temperatura final de equilíbrio térmico θE Se os recipientes forem retirados da placa e seus líquidos misturados, a
é tal que θA > θE = θB > θC , podemos afirmar que: temperatura final da mistura ficará em torno de:
a) o corpo A recebe uma quantidade de calor igual à perdida por C; a) 45 °C. c) 55 °C. e) 65 °C.
b) a quantidade de calor recebida por C é menor que a cedida por B; b) 50 °C. d) 60 °C.
c) a quantidade de calor cedida por B é igual à soma das quantidades A B
recebidas por A e C; A B
d) no término do balanço energético, observamos que o corpo B pos-
sui a mesma quantidade de energia térmica que tinha no início;
e) o corpo B serve de intermediário, recebendo calor do corpo C e Fase inicial Fase final
transferindo-o imediatamente para o corpo A.

Resolução:
Como no final temos θE = θB, notamos que a temperatura do corpo B
não se altera. Assim, o corpo B tem no final a mesma quantidade de Resolução:
energia térmica que tinha no início. 1) Considerando igual o fluxo de calor para A e B, podemos determi-
Alternativa correta: d nar a capacidade térmica de cada sistema:
Resposta: d C= Q
Δθ
CA = Q ⇒ CA = Q
37 Três esferas de mesma massa e de mesmo material, suspensas 40 – 20 20
CB = Q ⇒ CB = Q
por fios isolados termicamente, estão imersas em três banhos térmicos 80 – 20 60
cujas temperaturas estão mencionadas na figura abaixo.
2) Ao serem misturados, sem considerar perdas, vem:
Qcedido + Qrecebido = 0
CB ΔθB + CA ΔθA = 0
Q (θ – 80) + Q (θ – 40) = 0
60 f 20 f
80 °C 60 °C 40 °C θf θ
– 80 + f – 40 = 0
60 60 20 20
Após atingidos os equilíbrios térmicos, essas esferas são simultânea e θf – 80 + 3θf – 120 = 0
rapidamente retiradas e levadas para um recipiente com água a 20 °C.
4θf = 200
θf = 50 °C

Resposta: b

39 Em um ritual místico, as pessoas aquecem a água de um caldei-


Desprezando-se possíveis perdas de energia para o meio ambiente, a rão utilizando sete pedras. As pedras são colocadas em uma fogueira e
temperatura final desse banho térmico único será: depois são lançadas no caldeirão com 0,70 L de água a 20 °C. Cada uma
a) um valor maior que 80 °C; d) 50 °C; das pedras tem, em média, 100 g de massa e se encontram a 300 °C no
b) um valor entre 60 °C e 20 °C; e) um valor menor que 20 °C. instante em que são lançadas no caldeirão. No equilíbrio térmico, tem-
c) 60 °C; se uma temperatura de 50 °C. Sendo o calor específico da água igual a
1,0 cal/g °C e desprezando as perdas de calor para o ambiente e para o
Resolução: caldeirão, pode-se afirmar que o calor específico médio das pedras em
Observemos que as capacidades térmicas dos três corpos são iguais. questão, em cal/g °C, é:
Assim, o primeiro corpo (80 °C) deverá liberar uma quantidade de ca- a) 0,030. c) 0,17. e) 1,04.
lor igual àquela de que o terceiro corpo (40 °C) irá precisar, para que as b) 0,12. d) 0,50.
três esferas atinjam a temperatura final de 60 °C. Portanto, tudo se passa Dado: densidade absoluta da água = 1,0 kg/L
como se as três esferas partissem da temperatura inicial de 60 °C e, no
final, a temperatura de equilíbrio do sistema água + esferas será:
Resolução:
60 °C ⬎ θf ⬎ 20 °C Qcedido + Qrecebido = 0
(m c Δθ)pedras + (m c Δθ)água = 0
Resposta: b 700 · cp · (50 – 300) + 700 · 1,0 · (50 – 20) = 0

38 (Fuvest-SP) Dois recipientes iguais A e B, contendo dois líquidos –250 cp + 30 = 0 ⇒ cp = 0,12 cal/g °C
diferentes, inicialmente a 20 °C, são colocados sobre uma placa térmi-
Resposta: b
ca, da qual recebem aproximadamente a mesma quantidade de calor.
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 35

40 E.R. Um bloco A tem massa, calor específ ico e temperatura Resolução:


inicial respectivamente iguais a mA, cA e θA. Um bloco B tem massa, Três amostras do mesmo líquido, com massas iguais, possuem capaci-
calor específico e temperatura inicial respectivamente iguais a mB, cB dades térmicas iguais:
e θB. Os blocos A e B são postos em contato térmico e, depois de CA = CB = CC
certo tempo, atingem o equilíbrio térmico, adquirindo uma tempera- Assim, a temperatura de equilíbrio término é a média aritmética das
tura θE. Considerando cA e cB constantes e supondo o sistema termi- temperaturas iniciais:
camente isolado, calcule θE. θ +θ +θ
θE = A B C = 40 + 70 + 100 (°C)
3 3
Resolução:
Sendo desprezíveis as trocas de calor com o resto do universo, é vá- θE = 70 °C
lido afirmar que:
QA + QB = 0 Resposta: 70 °C
(m c Δθ)A + (m c Δθ)B = 0
43 Uma dona de casa coloca no interior de uma garrafa térmica o
mA cA(θE – θA) + mB cB(θE – θB) = 0
café que acabou de preparar. São 500 g de água + pó de café a 90 °C.
mA cA θE – mA cA θA + mB cB θE – mB cB θB = 0 Se a garrafa térmica estava à temperatura ambiente (12 °C) e atinge o
(mA cA + mB cB)θE = mA cA θA + mB cB θB equilíbrio térmico a 87 °C, qual a capacidade térmica dessa garrafa?
Dado: calor específico da água + pó de café = 1,0 cal/g °C
mA cA θA + mB cBθB
θE =
mA cA + mB cB Resolução:
Qcedido + Qrecebido = 0
Notas:
• O produto da massa pelo calor específ ico é a capacidade térmica do (m c Δθ)café + (C Δθ)garrafa = 0
bloco: 500 · 1,0 · (87 – 90) + Cgarrafa (87 – 12) = 0
mA cA = CA
– 1 500 + 75 Cgarrafa = 0
mB cB = CB
Assim, temos: Cgarrafa = 20 cal/ °C
CA θA + CB θB
θE =
CA + CB
Resposta: 20 cal/ °C
• Observe ainda que a expressão deduzida representa uma média pon-
derada das temperaturas iniciais, sendo os “pesos” a capacidade tér- 44 (Unesp-SP) Um bloco de certa liga metálica, de massa 250 g,
mica de cada corpo envolvido. é transferido de uma vasilha, que contém água fervendo em condi-
ções normais de pressão, para um calorímetro contendo 400 g de
41 Dois corpos A e B, de capacidades térmicas iguais, são coloca-
água à temperatura de 10 °C. Após certo tempo, a temperatura no
dos no interior de um calorímetro ideal. A temperatura inicial do corpo calorímetro se estabiliza em 20 °C. Supondo que todo o calor cedido
A é θA e a do corpo B é θB. Não considerando possíveis perdas de calor, pela liga metálica tenha sido absorvido pela água do calorímetro,
a temperatura final de equilíbrio térmico será dada por: qual a razão entre o calor específ ico da água e o calor específ ico da
θ + θB
a) A . c) θB – θA . e) |θB – θA|. liga metálica?
2 2
θ –θ Resolução:
b) A B . d) |θA + θB|.
2 Qcedido + Qrecebido = 0
Resolução: (m c Δθ)bloco + (m c Δθ)água = 0
No exercício anterior (resolvido), encontramos: 250 · cb · ( 20 – 100) + 400 · ca · (20 – 10) = 0
C θ +C θ –20 000 cb + 4 000 ca = 0 ⇒ 4 000 ca = 20 000 cb
θE = A A B B
CA + CB ca
Sendo as capacidades térmicas iguais, vem: ca = 5 cb ou c = 5
b
CA = CB = C
C (θA + θB) Resposta: 5
θE =
2C
θA + θB 45 (Fuvest-SP) Dois recipientes de material termicamente isolan-
θE =
2 te contêm cada um 10 g de água a 0 °C. Deseja-se aquecer até uma
mesma temperatura os conteúdos dos dois recipientes, mas sem mis-
Resposta: a turá-los. Para isso, é usado um bloco de 100 g de uma liga metálica
inicialmente à temperatura de 90 °C. O bloco é imerso durante certo
42 Três amostras de um mesmo líquido, cujas temperaturas iniciais tempo em um dos recipientes e depois transferido para o outro, nele
são 40 °C, 70 °C e 100 °C, são misturadas em um calorímetro. As massas permanecendo até ser atingido o equilíbrio térmico. O calor especí-
das amostras são iguais. Supondo-se que as trocas de calor ocorrem f ico da água é dez vezes maior que o da liga metálica. Qual a tem-
somente entre as amostras do líquido, qual a temperatura de equilíbrio peratura do bloco metálico, por ocasião da transferência de um reci-
da mistura, em graus Celsius? piente para o outro?
36 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução: Assim:
Na 2a experiência: –300cm · 110 + 790 + 10 · 20 = 0
Qcedido + Qrecebido = 0 cm = 790 + 200
300 · 110
(m c Δθ)metal + (m c Δθ)água = 0
100 · c · (θf – θ) + 10 · 10c (θf – 0) = 0 ⇒ θf – θ + θf = 0 ⇒ θf = θ (I) cm = 0,03 cal/g °C
2
Na 1a experiência:
Qcedido + Qrecebido = 0 48 Um corpo é colocado em contato com uma fonte térmica que
(m c Δθ)metal + (m · c · Δθ)água = 0 lhe fornece 2,0 kcal de calor. A temperatura do corpo era igual à do
100 · c · (θ – 90) + 10 · 10c (θf – 0) = 0 ⇒ θ – 90 + θf = 0 (II) ambiente (20 °C) e, ao receber a energia térmica, atingiu a temperatura
de 120 °C. Se o calor específico da água é igual a 1,0 cal/g °C, qual é o
Substituindo (I) em (II), tem-se: equivalente em água do referido corpo?
θ – 90 + θ = 0 ⇒ 1,50 = 90 ⇒ θ = 60 °C Resolução:
2
Q = m c Δθ
Resposta: 60 °C mas: C = m c
Então:
46 Para avaliar a temperatura de 300 g de água, usou-se um
Q = C Δθ
2 000 = Ccorpo (120 – 20) ⇒ Ccorpo = 20 cal/°C
termômetro de 100 g de massa e calor específ ico sensível igual a Como:
0,15 cal/g °C. Inicialmente, esse termômetro indicava, à temperatura Ccorpo = Cágua
ambiente, 12 °C. Após algum tempo, colocado em contato térmico
com a água, o termômetro passa a indicar 72 °C. Supondo não ter havi- Temos:
do perdas de calor, determine a temperatura inicial da água. 20 = E · 1,0 ⇒ E = 20 g
Dado: calor específico da água = 1,0 cal/g °C
Resposta: 20 g
Resolução:
Qcedido + Qrecebido = 0 49 Qual é o equivalente em água de um bloco de alumínio de massa
(m c Δθ)água + (m c Δθ)termômetro = 0 500 g? Sabe-se que o calor específico do alumínio vale 0,22 cal/g °C e o
da água vale 1,0 cal/g °C.
300 · 1,0 · (72 – θa) + 100 · 0,15 · (72 – 12) = 0
Resolução:
21 600 – 300θa + 900 = 0
Cbloco = Cágua
300θa = 22 500
(m c)bloco = (E c)água
θa = 75 °C 500 · 0,22 = E · 1,0

Resposta: 75 °C E = 110 g

Resposta: 110 g
47 E.R. Um calorímetro de equivalente em água 10 g, à tempera-
tura ambiente (20 °C), foi utilizado para misturar 200 g de um líquido 50 Num recipiente de capacidade térmica desprezível, encontra-
de calor específico 0,79 cal/g °C, a 35 °C, com um bloco de metal de mos um líquido a 20 °C. Misturando 600 g de água a 80 °C com esse
massa 300 g, a 150 °C. Sabendo que a temperatura final atingida foi líquido, obtemos uma temperatura de equilíbrio térmico igual a 60 °C.
de 40 °C, determine o calor específico do metal. Qual o equivalente em água desse líquido?
Resolução: Resolução:
Supondo o sistema termicamente isolado, podemos escrever que: Qcedido + Qrecebido = 0
Qmetal + Qlíquido + Qcalorímetro = 0
(m c Δθ)líquido + (m c Δθ)água = 0
(m c Δθ)metal + (m c Δθ)líquido + (m c Δθ)calorímetro = 0
E · 1,0 · (60 – 20) + 600 · 1,0 (60 – 80) = 0
300cm (40 – 150) + 200 · 0,79 (40 – 35) + [m c (40 – 20)]calorímetro = 0
40E – 12 000 = 0 ⇒ E = 300 g
Como vimos:
(m c)calorímetro = E cágua Resposta: 300 g
Sendo:
cágua = 1 cal/g °C 51 Um recipiente de capacidade térmica desprezível, contendo
400 g de água a 15 °C, recebe uma esfera de cobre a 120 °C. Desprezan-
E = 10 g (equivalente em água) do as possíveis perdas de calor e sabendo que o equivalente em água
Temos: dessa esfera é igual a 20 g, determine a temperatura final de equilíbrio
(m c)calorímetro = 10 g · 1 cal = 10 cal térmico.
g °C °C Dado: calor específico da água = 1,0 cal/g °C
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 37

Resolução: 54 A respeito de mudança de estado físico, indique a alternativa


Qcedido + Qrecebido = 0 incorreta.
(m c Δθ)esfera + (m c Δθ)água = 0 a) Se um corpo sólido absorve calor e sua temperatura não varia, isso
Como: significa que ele está sofrendo mudança de estado físico;
b) Durante uma fusão, sob pressão constante, todo calor absorvido é
(m c)esfera = (E c)água utilizado para alterar o arranjo molecular da substância;
c) Quando um sólido recebe calor, ou o estado de agitação de suas
Temos: partículas aumenta ou ocorre uma reestruturação no seu arranjo
20 · 1,0 (θf – 120) + 400 · 1,0 · (θf – 15) = 0 molecular, os fatores que determinam o que acontece são: a tem-
θf – 120 + 20 θf – 300 = 0 peratura do sólido e a pressão a que ele está sujeito;
d) A temperatura em que ocorre determinada fusão depende da subs-
21 θf = 420
tância e da pressão a que o corpo está sujeito;
θf = 20 °C e) Um bloco de gelo nunca pode sofrer fusão a uma temperatura dife-
rente de 0 °C.
Resposta: 20 °C
Resolução:
A única frase incorreta é a e. A fusão de um bloco de gelo pode ocorrer
52 Um pedaço de cobre de 20 g a 60 °C é colocado dentro de um em temperatura diferente de 0 °C, basta que a pressão seja diferente
calorímetro que contém 10 g de água a 10 °C. Se a temperatura final do de 1 atm.
sistema (calorímetro + água + cobre) é 15 °C, qual é o equivalente em Resposta: e
água do calorímetro?
Dados: calor específico do cobre = 0,42 J/g °C;
calor específico da água = 4,2 J/g °C. 55 Quanto calor devemos fornecer a um bloco de gelo de 300 g de
massa, a 0 °C, sob pressão normal, para fundi-lo totalmente?
Resolução: Dado: calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g
Qcedido + Qrecebido = 0
(m c Δθ)cobre + (m c Δθ)água + (m c Δθ)calorímetro = 0 Resolução:
Q=mL
(m c Δθ)cobre + [(m + E)c Δθ]água = 0
Q = 300 · 80 (cal)
20 · 0,42 (15 – 60) + (10 + E) · 4,2 (15 – 10) = 0
Q = 2,4 · 104 cal
–378 + 21 (10 + E) = 0
–378 + 210 + 21E = 0 Resposta: 2,4 · 104 cal
21E = 168
56 E.R. Quanto de calor necessitam receber 100 g de gelo para
E = 8,0 g
serem aquecidos de –30 °C a 10 °C? A pressão atmosférica é constan-
Resposta: 8,0 g te e normal, e são dados:
calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C;
calor de fusão do gelo = 80 cal/g;
53 A respeito de calor latente de fusão (L ) de uma substância, calor específico da água = 1,0 cal/g °C.
F
pode-se dizer que:
a) é a energia térmica responsável pela fusão total do corpo conside- Resolução:
rado; Sabemos que o gelo sofre fusão a 0 °C; portanto, devemos considerar
b) é a energia térmica responsável pela elevação de uma unidade o aquecimento do bloco de gelo por etapas.
de temperatura na substância, quando ela se encontra no estado Q1 = quantidade de calor que o gelo recebeu para atingir 0 °C
líquido; (calor sensível);
c) é a energia térmica responsável pela passagem de uma massa uni- Q2 = quantidade de calor que o gelo recebeu para se fundir
tária do estado sólido para o estado líquido, durante a qual não há (calor latente);
variação de temperatura; Q3 = quantidade de calor que a água, proveniente da fusão do
d) é a energia térmica responsável pela passagem de 1 g da substân- gelo, recebeu para atingir 10 °C (calor sensível).
cia do estado líquido para o estado sólido; Assim: Q = Q1 + Q2 + Q3
e) é toda energia térmica envolvida na fusão de metade do corpo con- Q = (m c Δθ)gelo + (m LF)gelo + (m c Δθ)água
siderado.
Substituindo os valores numéricos fornecidos, temos:
Resolução: Q = 100 · 0,50 [0 – (–30)] + 100 · 80 + 100 · 1,0 (10 – 0)
O calor latente de fusão (LF) de uma substância indica a energia térmi- Q = 100 · 0,50 · 30 + 100 · 80 + 100 · 10
ca necessária para provocar a fusão de uma unidade de massa dessa
Q = 1 500 + 8 000 + 1 000
substância.
Q = 10 500 cal
Resposta: c
38 PARTE I – TERMOLOGIA

57 Um bloco de gelo com 200 g de massa, a 0 °C, precisa receber 60 Você tem 100 g de água à temperatura ambiente (25 °C). Quan-
uma quantidade de calor Q1 para sofrer fusão total. A água resultante, to de calor deve-se retirar dessa água para obter-se um bloco de gelo
para ser aquecida até 50 °C, precisa receber uma quantidade de calor de 100 g a 0 °C?
Q2. Qual é o valor de Q, sendo Q = Q1 + Q2? Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g °C;
Dados: calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g; calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g.
calor específico da água = 1,0 cal/g °C.
Resolução:
Resolução: Q = Q1 + Q2
Q = Q1 + Q2 Q = (m c Δθ)água + (m Ls)gelo
Q = (m LF)gelo + (m c Δθ)água Q = 100 · 1,0 · (0 – 25) + 100 · (– 80)
Q = 200 · 80 + 200 · 1,0 · (50 – 0) Q = – 2 500 – 8 000 (cal)
Q = 16 000 + 10 000 Q = – 10 500 cal
Q = 26 000 cal |Q| = 10 500 cal
Q = 2,6 · 104 cal Nota: O sinal negativo indica que a energia térmica foi retirada do sis-
tema.
Resposta: 2,6 · 104 cal
Resposta: 10 500 cal
58 Deseja-se transformar 100 g de gelo a –20 °C em água a 30 °C.
61 (UFG-GO) Um corpo de massa 50 g, inicialmente no estado sóli-
Sabe-se que o calor específico do gelo vale 0,50 cal/g °C e o da água,
1,0 cal/g °C, e que o calor latente de fusão do gelo vale 80 cal/g. Quanto do, recebe calor de acordo com a representação gráfica a seguir, pas-
calor, em quilocalorias, devemos fornecer a esse gelo? sando para o estado líquido:

T (°C)
Resolução: 80
Q = Q1 + Q2 + Q3
60
Q = (m c Δθ)gelo + (m LF)gelo + (m c Δθ)água
40
Q = 100 · 0,50 · [0 – (– 20)] + 100 · 80 + 100 · 1,0 · (30 – 0)
20
Q = 1 000 + 8 000 + 3 000 (cal)
Q = 12 000 cal 0 200 400 600 Q (cal)
Q = 12 kcal
No gráfico, Q representa a quantidade de calor recebida pelo corpo e
Resposta: 12 kcal T, sua temperatura na escala Celsius.
a) O que ocorre no intervalo entre 400 cal e 500 cal? Explique.
59 Uma pedra de gelo de 20 g de massa, inicialmente a –10 °C, re- b) Determine os calores específicos e o calor latente nas fases repre-
sentadas no gráfico.
cebeu 2 700 cal. Determine a temperatura atingida, sabendo que essa
energia foi totalmente aproveitada pelo sistema. Resolução:
Dados: calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C; a) Fusão. Nesse intervalo, o corpo recebe calor sem alteração em sua
calor específico da água = 1,0 cal/g °C; temperatura.
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g.
b) No estado sólido:
Resolução: Q = m c Δθ
Q1 = (m c Δθ)gelo 400 = 50 · cS · (40 – 0)
Q1 = 20 · 0,50 · [0 – (–10)] (cal)
cS = 0,20 cal/g °C
Q1 = 100 cal
Q2 = (m LF)gelo Na fusão (patamar):
Q2 = 20 · 80 (cal) Q=mL
Q2 = 1 600 cal 500 – 400 = 50 · LF
Portanto: LF = 2,0 cal/g
Q3 = (m c Δθ)água
No estado líquido:
2 700 – (100 + 1 600) = 20 · 1,0 · (θf – 0)
Q = m c Δθ
1 000 = 20 θf
600 – 500 = 50 cL (80 – 40)
θf = 50 ºC
cL = 0,05 cal/g °C
Resposta: 50 ºC Resposta: 0,05 cal/g °C
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 39

62 O gráf ico representa o aquecimento de um bloco de gelo de 64 Uma fonte de potência constante e igual a 400 cal/min fornece
massa 1,0 kg, inicialmente a 0 °C. calor a um bloco de gelo com massa de 200 g, inicialmente à temperatu-
ra de –20 °C. Sabendo que o sistema é aquecido a 50 °C, calcule o tempo
θ (ºC) gasto para o aquecimento, desprezando quaisquer perdas de energia.
10 Dados: calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C;
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g;
calor específico da água = 1,0 cal/g °C.
5
Resolução:
Q = Q1 + Q2 + Q3
0 50 100 150 200 t (s) Pot Δt = (m c Δθ)gelo + (m LF) + (m c Δθ)água
400 · Δt = 200 · 0,50 · [0 – (– 20)] + 200 · 80 + 200 · 1,0 · (50 – 0)
Sabendo que o calor latente de fusão do gelo vale 80 cal/g, responda: 400 Δt = 2 000 + 16 000 + 10 000
qual a quantidade de calor absorvida pelo gelo entre os instantes 0 e
400 Δt = 28 000
100 s?
Δt = 70 min
Resolução:
Entre 0 e 100 segundos, ocorre fusão do gelo: Resposta: 70 min
Q = m LF
Q = 1 000 · 80 (cal) 65 (Mack-SP) Sabendo que uma caixa de fósforos possui em média
Q = 8,0 · 104 cal 40 palitos e que cada um desses palitos, após sua queima total, libe-
Resposta: 8,0 · 104 cal ra cerca de 85 calorias, para podermos fundir totalmente um cubo de
gelo de 40 gramas, inicialmente a –10 °C, sob pressão normal, quantas
caixas de fósforos devemos utilizar, no mínimo?
63 (UFPI) O gráfico a seguir mostra a curva de aquecimento de cer- Dados: calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C;
ta massa de gelo. calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g;
calor específico da água = 1,0 cal/g °C.
t (°C)
Resolução:
t1 Q = Q1 + Q2
Q = (m c Δθ)gelo + (m LF)
n · 85 = 40 · 0,50 · [0 – (–10)] + 40 · 80
0 2,0 6,0 8,0 Q (103 cal)
n · 85 = 200 + 3 200
n · 85 = 3 400

t0 n = 40 palitos =1 caixa

Resposta: 1 caixa
Determine a temperatura inicial do gelo (t0) e a temperatura final da
água (t1). 66 (Unip-SP) Um bloco de gelo de massa M está a uma tempera-
Dados: calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C;
calor específico da água = 1,0 cal/g °C; tura inicial θ. O bloco de gelo recebe calor de uma fonte térmica de
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g. potência constante. Admita que todo o calor fornecido pela fonte é
absorvido pelo bloco.
Resolução: O intervalo de tempo para o gelo atingir a sua temperatura de fusão é
Na fusão (patamar): igual ao intervalo de tempo que durou sua fusão completa.
Considere os seguintes dados:
Q = m LF
I. calor específico sensível do gelo: 0,50 cal/g °C;
(6,0 – 2,0) · 103 = m · 80 II. temperatura de fusão do gelo: 0 °C;
m = 50 g III. calor específico latente de fusão do gelo: 80 cal/g.
No aquecimento do gelo: O valor de θ:
a) não está determinado, porque não foi dada a massa M do bloco de
Q = m c Δθ
gelo.
2,0 · 103 = 50 · 0,50 (0 – t0)
b) não está determinado, porque não foi dada a potência da fonte tér-
2 000 = –25 t0 ⇒ t0 = –80 °C mica que forneceu calor ao bloco de gelo.
c) é –160 °C.
No aquecimento da água: d) é –80 °C.
Q = m c Δθ e) é –40 °C.
(8,0 – 6,0) 103 = 50 · 1,0(t1 – 0)
Resolução:
2 000 = 50 ⇒ t1 = 40 °C Q = Pot Δt ⇒ Δt = Q
t1 Pot
Sendo:
Respostas: –80 °C e 40 °C Δt1 = Δt2
40 PARTE I – TERMOLOGIA

Temos: 68 (Unesp-SP) Uma quantidade de 1,5 kg de certa substância en-


Q1 Q contra-se inicialmente na fase sólida, à temperatura de –20 °C. Em um
= 2
Pot Pot processo a pressão constante de 1,0 atm, ela é levada à fase líquida a
(m c Δθ)gelo = m LF 86 °C. A potência necessária nessa transformação foi de 1,5 kJ/s. O
M · 0,50 · (0 – θ) = M · 80 gráf ico na f igura mostra a temperatura de cada etapa em função do
tempo.
– 0,50 θ = 80
θ (°C)
θ = –160 °C
86
Resposta: c

67 (UFC-CE) Um recipiente contém 3,8 kg de água e uma massa


desconhecida de gelo, a 0 °C, no instante t igual a zero. Esse recipiente
é colocado em contato com uma fonte térmica que transfere calor a 0
uma taxa constante. A temperatura da mistura é medida várias vezes e –20
os dados obtidos são mostrados no gráfico da temperatura θ (°C) ver- 0,7 6,2 12,2 t (min)
sus tempo t (minutos) abaixo.
Calcule:
θ (°C)
a) o calor latente de fusão LF;
2,0 b) o calor necessário para elevar a temperatura de 1,5 kg dessa subs-
tância de 0 °C a 86 °C.

1,0 Resolução:
m LF
a) Pot = Q =
Δt Δt
1,5 · LF
0 10 20 30 40 50 60 t (min) 1,5 =
(6,2 – 0,7) · 60
Desprezando-se a capacidade térmica do recipiente, calcule:
LF = 330 kJ
a) a massa de gelo no instante inicial; kg
b) a taxa de transferência de calor para o sistema.
Dados: calor latente do gelo, L = 80 cal/g; b) Q = Pot Δt
calor específico da água, ca = 1,0 cal/g °C. Q = 1,5 · (12,2 – 6,2) · 60 (kJ)
Q = 540 kJ
Resolução:
a) No patamar, ocorre fusão da parcela de gelo:
Q = mg LF Respostas: a) 330 kJ ; b) 540 kJ
kg
Pot Δt1 = mg LF (I)
No trecho oblíquo, ocorre aquecimento de toda a água: 69 (PUC-SP) Um anel metálico de massa 150 g, inicialmente à
Q = m c Δθ temperatura de 160 °C, foi colocado em uma cavidade feita na par-
Pot Δt2 = (mg + ma) c Δθ (II) te superior de um grande bloco de gelo em fusão, como mostrado
Dividindo-se I por II, tem-se: na f igura.
Δt1 mg LF
=
Δt2 (mg + ma) · c Δθ
40 = mg · 80
20 (mg + 3 800) · 1,0 · (2,0 – 0)
4,0(mg + 3 800) = 80 mg
4,0 mg + 15 200 = 80 mg
76 mg = 15 200
mg = 200 g = 0,20 kg

b) Em I, temos: Após o equilíbrio térmico ser atingido, verificou-se que 30 cm3 de gelo
Pot Δt1 = mg LF se fundiram. Considerando o sistema (gelo-anel) termicamente isola-
Pot · 40 = 200 · 80 do, o calor específico do metal que constitui o anel, em cal/g °C, é:
Pot = 400 cal/min a) 0,050. c) 0, 096. e) 1,0.
b) 0,092. d) 0,10.
Respostas: a) 0,20 kg; b) 400 cal/min Dados: calor latente de fusão do gelo: 80 cal/g;
densidade do gelo: 0,92 g/cm3.
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 41

Resolução: 71 Num recipiente de paredes adiabáticas, há 60 g de gelo fun-


Qcedido + Qrecebido = 0 dente (0 °C). Colocando-se 100 g de água no interior desse recipiente,
(m c Δθ)anel + (m LF)gelo = 0 metade do gelo se funde. Qual é a temperatura inicial da água?
(m c Δθ)anel + (d V LF)gelo = 0 Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g °C;
150 · ca (0 – 160) + 0,92 · 30 · 80 = 0 calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g.
–24 000 ca + 2 208 = 0
Resolução:
ca = 0,092 cal/g °C Qcedido + Qrecebido = 0
(m c Δθ)água + (m LF)gelo = 0
Resposta: b
100 · 1,0 · (0 – θ) + 60 · 80 = 0
2
70 E.R. Num calorímetro ideal, misturam-se 200 g de gelo a – 100θ + 2 400 = 0
– 40 °C com 100 g de água a uma temperatura θ.
θ = 24 °C
Dados: calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C;
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g;
calor específico da água = 1,0 cal/g °C. Resposta: 24 °C
Determine:
a) a temperatura θ, para que no equilíbrio térmico coexistam massas 72 Num calorímetro ideal, misturam-se 200 g de gelo a 0 °C com
iguais de gelo e de água;
b) a temperatura da água quando o gelo atinge 0 °C, considerando 200 g de água a 40 °C.
as condições do item a. Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g °C;
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g.
Resolução: Determine:
a) Se a mistura de gelo e água é feita em um calorímetro ideal, pode- a) a temperatura final de equilíbrio térmico da mistura;
mos escrever que: b) a massa de gelo que se funde.
Qcedido (água) + Qrecebido (gelo) = 0
Resolução:
Como, no final, deve-se ter coexistência de gelo e de água, o equi- a) Resfriamento da água até 0 °C:
líbrio térmico deve ocorrer à temperatura de 0 °C.
Q = m c Δθ = 200 · 1,0 · (0 – 40)
Portanto, desenvolvendo a equação, temos:
(m c Δθ)água + (m c Δθ)gelo + (m LF)gelo fundido = 0 Q = –8 000 cal
(negativo porque é calor cedido)
Observe que para termos massas iguais de água e de gelo, no
final, é necessário que 50 g de gelo sofram fusão, ficando 150 g de Fusão total do gelo:
água e 150 g de gelo: Q = m L = 200 · 80
100 ·1(0 – θ) + 200 · 0,50 [0 – (–40)] + 50 · 80 = 0 Q = 16 000 cal
–100 θ + 4 000 + 4 000 = 0 Como a energia liberada pela água é menor que a necessária para a
100 θ = 8 000 ⇒ θ = 80 °C fusão total do gelo, a temperatura de equilíbrio será 0 °C, restando
gelo.
b) Observemos, pela resolução do item a, que o gelo precisou receber
4 000 cal para atingir 0 °C e mais 4 000 cal para sofrer fusão em 50 g. θ1 = 0 °C
Portanto, a água perdeu apenas 4 000 cal até que o gelo atingisse
0 °C. b) Q = m L
Q = m c Δθ 8 000 = m · 80 → m = 100 g
4 000 = 100 · 1(80 – θa) ⇒ θa = 40 °C
Nota: Respostas: a) 0 °C; b) 100 g
• Graficamente, a resposta desse exercício pode ser dada por:
θ (ºC) 73 (Mack-SP) Num copo de capacidade térmica desprezível, tem-se
80 inicialmente 170 cm3 de água a 20 °C. Para resfriar a água, colocam-se
algumas “pedras” de gelo, de massa total 100 g, com temperatura de
–20 °C. Desprezando as perdas de calor com o ambiente e sabendo
que após um intervalo de tempo há o equilíbrio térmico entre a água
40
líquida e o gelo, a massa de gelo remanescente no copo é:
a) zero. d) 38 g.
b) 15 g. e) 70 g.
c) 30 g.
0 4 000 8 000 Q (cal) Dados: ρágua (densidade da água) = 1,0 g/cm3
cágua (calor específico da água) = 1,0 cal/(g °C)
– 40 LF(gelo) (calor latente de fusão do gelo) = 80 cal/g
cgelo (calor específico do gelo) = 0,5 cal/(g °C)
42 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução: Atenção: o valor de Q4 é a soma de Q1 + Q2 + Q3 com o sinal tro-


Qcedido + Qrecebido = 0 cado, pois o calor foi cedido (negativo) e agora está “voltando”,
(m c Δθ)água + (m c Δθ + m LF)gelo = 0 sendo calor recebido (positivo).
+700 = (40 + 10) · 1,0 · (θf – 0)
(d V c Δθ)água + (m c Δθ + m LF)gelo = 0
θf = 14 °C
1,0 · 170 · 1,0 · (0 – 20) + 100 · 0,5 · [0 – (–20)] + m · 80 = 0
–3 400 + 1 000 + 80 m = 0
80 m = 2 400 ⇒ m = 30 g 75 Num calorímetro ideal são colocados 200 g de gelo fundente
Restando no copo: (0 °C) com 200 g de água, também a 0 °C. Após algum tempo, podemos
mg = (100 – 30) g afirmar que:
a) no equilíbrio térmico, vamos ter apenas água a 0 °C;
mg = 70 g b) o gelo, sempre que entra em contato com a água, sofre fusão;
c) no final vamos ter apenas gelo a 0 °C;
Resposta: e d) as massas de água e gelo não se alteram, pois ambos estando a 0 °C
não haverá troca de calor entre eles;
e) quando o calor sai da água, provoca sua solidificação; esse calor, no
74 E.R. No interior de um calorímetro ideal, são colocados 40 g gelo, provoca fusão.
de água a 40 °C e um bloco de gelo de massa 10 g, à temperatura de
–20 °C. Qual a temperatura final de equilíbrio térmico? Resolução:
Dados: calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C; Para que ocorra transferência de calor entre dois corpos, é preciso que
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g; exista uma diferença de temperaturas entre eles.
calor específico da água = 1,0 cal/g °C. Resposta: d
Resolução:
Nas questões que envolvam uma mistura de água com gelo, pode- 76 No interior de um vaso de Dewar de capacidade térmica despre-
mos utilizar um roteiro para facilitar a resolução. Para isso, vamos zível, são colocados 500 g de água a 78,4 °C com 100 g de gelo funden-
estabelecer a temperatura de 0 °C como referência, isto é, vamos te (0 °C). No equilíbrio térmico, qual será a temperatura do sistema?
levar o sistema (água + gelo) para 0 °C e, em seguida, saímos dessa Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g °C;
temperatura para o resultado f inal. É importante lembrar que calor calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g.
cedido (que sai do sistema) é negativo e calor recebido (que entra no
sistema) é positivo. Resolução:
Atenção para o roteiro: Usando o roteiro estabelecido na resolução da questão, temos:
1) Resfriar a água até 0 °C 1) Q1 = m c Δθ = 500 · 1,0 · (0 – 78,4) (cal) ⇒ Q1 = –39 200 cal
Q1 = m c Δθ = 40 · 1,0 · (0 – 40) cal Q1 = –1 600 cal 2) não há, pois o gelo já está a 0 °C
+ 8 000 cal
3) Q3 = m LF = 100 · 80 ⇒ Q3 =
31 200 cal
O valor de Q1 indica o calor que a água fornece para chegar a 4) Q4 = m c Δθ
0 °C.
Como Q4 = (–39 200 + 8 000) cal com o sinal trocado, temos:
2) Aquecer o gelo até 0 °C
31 200 = (500 + 100) · 1,0 (θf – 0)
Q2 = m c Δθ = 10 · 0,50 · [0 – (–20)] cal Q2 = +100 cal
θf = 52 °C
O valor de Q2 indica o calor que o gelo recebe para chegar a 0 °C.
Observe que a soma Q1 + Q2 é igual a –1 500 cal. Isso quer dizer Resposta: 52 °C
que a água e o gelo estão à temperatura de 0 °C e ainda estão
sobrando 1 500 cal. 77 Misturando 100 g de água a 80 °C com 100 g de gelo fundente
Lembre-se de que o sistema está em um calorímetro ideal e,
(0 °C), o que vamos obter no equilíbrio térmico? Para a resolução, supo-
assim, não pode ceder calor para o exterior nem receber calor
nha que trocas de calor ocorrem apenas entre o gelo e a água.
dele.
Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g °C;
3) Derreter o gelo (ou solidificar a água) calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g.
Q3 = m LF = 10 · 80 cal Q3 = + 800 cal
Resolução:
A soma Q1 + Q2 + Q3 é igual a –700 cal (observe que o sinal nega- Usando o roteiro estabelecido na resolução da questão, temos:
tivo indica calor cedido, retirado do sistema). Então, ainda sobram 1) Q1 = m c Δθ = 100 · 1,0 · (0 – 80) ⇒ Q1 = – 8 000 cal
700 cal para retornar.
2) não há, pois o gelo já está a 0 °C
4) Aquecer toda a água usando a energia que sobrou Q = 8 000 cal
Se tivesse faltado calor, isto é, se a soma de Q1 + Q2 + Q3 fosse 3) Q3 = m LF = 100 · 80 ⇒ 3
zero
um valor positivo, em vez de aquecer a água deveríamos esfriar 4) Observe que Q4, Q1 + Q2 com o sinal trocado é nulo (Q4 = 0).
todo o gelo. Nesse caso, no item 3, a água teria sido solidificada,
No final, vamos ter somada água a 0 °C.
liberando calor.
Q4 = m c Δθ Resposta: Somente água a 0 °C
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 43

78 Num calorímetro ideal, são colocados 100 g de água a 60 °C e Como a quantidade de energia que resta (2 500 cal) é menor do que a
200 g de gelo fundente. Se as trocas de calor ocorrem apenas entre o quantidade de energia de que o gelo precisa para a fusão (16 000 cal),
gelo e a água, no final ainda vamos ter gelo? Em caso afirmativo, que a temperatura final de equilíbrio será 0 °C, restando gelo.
massa de gelo ainda restará? Resposta: 0 °C
Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g °C;
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g.
81 Quando são misturados 40 g de água a 10 °C e 360 g de gelo a
Resolução: –30 °C, qual é a temperatura final de equilíbrio térmico? Suponha que
Usando o roteiro estabelecido na resolução da questão, temos: o gelo e a água não troquem calor com o recipiente nem com o meio
1) Q1 = m c Δθ = 100 · 1,0 · (0 – 60) (cal) ⇒ Q1 = –6 000 cal externo.
2) não há, pois o gelo já está a 0 °C Dados: calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C;
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g;
3) Q3 = m LF = 200 · 80 ⇒ Q3 = 16 000 cal calor específico da água = 1,0 cal/g °C.
O calor liberado pela água é insuficiente para derreter todo o gelo.
Q=mL Resolução:
16 000 + (–6 000) = m · 80 Usando o roteiro estabelecido na resolução da questão, temos:
10 000 = m · 80 ⇒ m = 125 g 1) Q1 = m c Δθ = 40 · 1,0 (0 – 10) ⇒ Q1 = –400 cal
No final, ainda temos 125 g de gelo a 0 °C. Q2 = 5 400 cal
2) Q2 = m c Δθ = 360 · 0,50 · [0 – (–30)] ⇒
Respostas: Sim; 125 g +5 000 cal
3) Como o calor liberado pela água (400 cal) é insuficiente para aque-
cer o gelo até 0 °C, haverá solidificação da água:
79 Vamos colocar em contato térmico 200 g de água a 50 °C com Q3 = m LS = 40 · (–80) ⇒ Q3 = –3 200 cal
100 g de gelo a –10 °C. Supondo que as trocas de calor se processem
4) Q4 = m c Δθ
apenas entre a água e o gelo, qual será a temperatura final de equilí-
brio térmico? –(5 000 – 3 200) = (40 + 360) · 0,50 · (θf – 0)
Dados: calor específico do gelo = 0,50 cal/g °C; –1 800 = 200 θf
calor específico da água = 1,0 cal/g °C;
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g. θf = –9,0 °C

Resposta: –9,0 °C
Resolução:
Usando o roteiro estabelecido na resolução da questão, temos:
1) Q1 = m c Δθ = 200 · 1,0 · (0 – 50) ⇒ Q1 = –10 000 cal 82 (Fuvest-SP) Em um copo grande, termicamente isolado, contendo
Q2 = 500 cal água à temperatura ambiente (25 °C), são colocados 2 cubos de gelo a
2) Q2 = m c Δθ = 100 · 0,50 · [0 – (–10)] ⇒ 0 °C. A temperatura da água passa a ser, aproximadamente, de 1 °C. Nas
–9 500 cal
mesmas condições, se, em vez de 2, fossem colocados 4 cubos de gelo
Q3 = 8 000 cal
3) Q3 = m LF = 100 · 80 ⇒ iguais aos anteriores, ao ser atingido o equilíbrio, haveria no copo:
–1 500 cal a) apenas água acima de 0 °C.
4) Q4 = m c Δθ b) apenas água a 0 °C.
c) gelo a 0 °C e água acima de 0 °C.
1 500 = (200 + 100) · 1,0 · (θf – 0)
d) gelo e água a 0 °C.
θf = 5,0 °C e) apenas gelo a 0 °C.

Resposta: 5,0 °C Resolução:


1a experiência:
Qcedido + Qrecebido = 0
80 Num recipiente adiabático, de capacidade térmica desprezível, (m c Δθ)água + (m LF + m c Δθ)gelo = 0
são colocados 400 g de água a 10 °C e 200 g de gelo a –15 °C. Se após ma · 1,0 (1 – 25) + 2 mg · 80 + 2 mg · 1,0 · (1 – 0) = 0
algum tempo, estabelecido o equilíbrio térmico, introduzirmos nesse
recipiente um termômetro ideal, que temperatura ele irá registrar? –24 ma + 162 mg = 0
Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g °C; ma = 6,75 mg
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g.
2a experiência:
1) Q1 = m c Δθ = ma · 1,0 · (0 – 25) ⇒ Q1 = –25 ma = –168,75 mg
Resolução:
2) não há, pois o gelo já está a 0 °C
Usando o roteiro estabelecido na resolução da questão, temos:
1) Q1 = m c Δθ = 400 · 1,0 · (0 – 10) ⇒ Q1 = –4 000 cal 3) Q3 = m LF = 4 mg · 80 ⇒ Q2 = 320 mg
Observe que o calor liberado pela água é insuficiente para derreter
Q2 = 1 500 cal os 4 cubos de gelo. Portanto, no final vamos ter água e gelo a 0 °C.
2) Q2 = m c Δθ = 200 · 0,50 · [0 – (–15)] ⇒
–2 500 cal
Resposta: d
3) Q3 = m LF = 200 · 80 ⇒ Q3 = 16 000 cal
44 PARTE I – TERMOLOGIA

83 (Unirio-RJ) Coloca-se em um copo de bordas bastante finas e ca- b) Pot Δt = m LF


pacidade térmica desprezível uma massa m de água que se encontra, 200 · (30 – 10) = 100 · LF ⇒ LF = 40 cal/g
inicialmente, à temperatura de 20 °C. Em seguida, uma massa m/2 de
gelo a 0 °C é colocada e a mistura água-gelo enche o copo completa-
mente sem transbordar. O calor específico da água é 1,0 cal/g °C e o Respostas: a) 1 ; b) 40 cal/g
2
calor latente de fusão do gelo é de 80 cal/g. Desprezando as trocas de
calor com o ambiente, podemos afirmar que, depois de alcançado o 85 (UFPI) O gráf ico abaixo representa a variação de temperatura,
equilíbrio térmico, dentro do copo:
em função do tempo, de um corpo inicialmente sólido:
a) a água estará a 5 °C.
b) haverá água e gelo a 0 °C. Temperatura
c) a água estará a 10 °C. C
d) haverá apenas água a 0 °C. A D
e) a água estará a 13,3 °C. B

Resolução:
1) Q1 = m c Δθ = m · 1,0 · (0 – 20) ⇒ Q1 = –20 m
Tempo
2) Q2 = 0 (o gelo se encontra a 0 °C)
3) Q3 = m LF = m · 80 ⇒ Q3 = 40 m Os patamares AB e CD representam, respectivamente, as seguintes
2 mudanças de fase:
Observemos que o calor necessário (40 m) para derreter o gelo é a) solidificação e fusão.
maior do que o calor retirado da água (20 m); portanto o gelo irá b) solidificação e vaporização.
derreter parcialmente (metade). Assim, no f inal vamos ter água e c) fusão e solidificação.
gelo em equilíbrio a 0 °C. d) vaporização e sublimação.
Resposta: b e) fusão e vaporização.

Resolução:
84 Uma fonte térmica de potência constante é utilizada para aque- AB : Fusão
cer uma amostra de 100 g de uma substância que está inicialmente no CD : Vaporização
estado sólido. O gráfico mostra como varia a temperatura dessa subs- Resposta: e
tância no decorrer do tempo de aquecimento.
Determine:
c 86 (Fatec-SP) Que efeito exerce, na temperatura de ebulição de um
a) a razão s entre os calores específicos da substância no estado só-
cl líquido, a variação de pressão sobre sua superfície?
lido e no estado líquido; a) O aumento da pressão eleva a temperatura de ebulição.
b) o calor latente de fusão dessa substância, sabendo que a potência b) O aumento da pressão abaixa a temperatura de ebulição.
da fonte térmica é igual a 200 cal/s. c) A diminuição da pressão faz cessar a ebulição.
θ (°C) d) A diminuição de pressão acarreta uma oscilação na temperatura de
ebulição.
30
e) Nenhum efeito.

Resolução:
O aumento de pressão na superfície do líquido dificulta o escape de
10
partículas gasosas, exigindo uma maior temperatura para a ebulição.
Resposta: a

0 10 30 50 t (s) 87 Analise as afirmativas dadas a seguir:


(01) A temperatura de ebulição da água é sempre 100 °C, indepen-
–10 dentemente de outras condições.
(02) No interior de uma panela de pressão fechada, a água entra em
ebulição a uma temperatura maior que 100 °C.
Resolução: (04) No Rio de Janeiro (altitude zero), a água entra em ebulição a
Pot Δt = m c Δθ 100 °C em uma panela sem tampa; em São Paulo (altitude 731 m),
a mesma água ferveria a uma temperatura maior que 100 °C.
Pot Δt (08) O aumento de pressão na superfície da água dificulta a evapora-
cS m Δθ ΔtS ΔθL 10 · (30 –10)
a) = S
= = = 10 · 20 ção, mas não altera sua temperatura de ebulição.
cL Pot Δt ΔtL ΔθS (50 –30) [10 – (–10)] 20 · 20 (16) Na evaporação de um líquido, são as partículas de maior nível de
m Δθ L energia que saem pela superfície livre, provocando uma diminui-
cS 1 ção de temperatura.
= Dê como resposta a soma dos números associados às proposições
cL 2
corretas.
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 45

Resolução: Resolução:
(01) Incorreta — A temperatura de ebulição da água pode ser de Numa panela de pressão, a temperatura de ebulição da água é por vol-
100 °C, menor do que 100 °C e maior do que 100 °C, dependendo ta de 120 °C. Assim, a água demora mais para ferver, mas ferve a uma
da pressão exercida em sua superfície. temperatura maior.
(02) Correta — Pressão maior, temperatura de ebulição maior.
(04) Incorreta — Aumentando-se a altitude, a pressão atmosférica Resposta: a
diminui. Assim, em São Paulo, a água entra em ebulição a uma
temperatura menor do que 100 °C.
(08) Incorreta — O aumento de pressão na superfície da água dificul- 91 (Ufes) Os cozinheiros sabem que um bom pudim deve ser cozi-
ta sua evaporação e aumenta sua temperatura de ebulição. do em banho-maria: a fôrma contendo o pudim é mergulhada em um
(16) Correta. recipiente no qual se mantém água fervendo. A razão física para esse
procedimento é que:
Resposta: 18
a) o cozimento se dá a pressão controlada.
b) o cozimento se dá a temperatura controlada.
88 (Cefet-MG) As temperaturas de ebulição da água nas cidades A c) a água é um bom isolante térmico.
e B são, respectivamente, 96 °C e 100 °C. É correto afirmar que: d) o peso aparente do pudim é menor, devido ao empuxo (princípio
a) a altitude de B é maior que a de A. de Arquimedes).
b) as duas cidades estão ao nível do mar. e) a expansão volumétrica do pudim é controlada.
c) a cidade A está acima do nível do mar.
d) a pressão atmosférica em A é maior que em B. Resolução:
e) as duas cidades possuem a mesma pressão atmosférica. O cozimento do pudim deve ser feito a uma temperatura próxima de
100 °C. Assim, usa-se a água em ebulição para controlar a temperatura
Resolução: de cozimento.
A cidade B está ao nível do mar (temperatura de ebulição da água =
100 °C). A cidade A tem altitude maior. A pressão atmosférica é menor
Resposta: b
(θE = 96 °C).
Resposta: c
92 (UFV-MG) Colocando água gelada no interior de um copo de vi-
dro seco, observa-se, com o passar do tempo, a formação de gotículas
89 (Unirio-RJ) Admita que você está com muita fome e deseja co- de água na parede externa do copo. Isso se deve ao fato de que:
zinhar batatas em uma panela comum de alumínio num ambiente ter- a) a água gelada atravessa a parede do copo.
micamente isolado. Considerando que você só se alimentará quando b) as gotas d’água sobem pela parede interna do copo alcançando a
as batatas estiverem completamente cozidas, em que local você pode- parede externa, onde se depositam.
ria saciar sua fome mais rapidamente? c) a água fria cria microf issuras na parede do copo de vidro, pelas
1 – Despreze as perdas de calor para o meio ambiente. quais a água passa para fora.
2 – Considere a mesma temperatura inicial do conjunto em todos os d) o vapor d’água presente na atmosfera se condensa.
ambientes. e) o copo é de vidro.
a) No Pão de Açúcar — Rio de Janeiro.
b) Na Pedra do Sino — Petrópolis. Resolução:
c) No Pico das Agulhas Negras — Itatiaia. Essas gotinhas de água que se formam na face externa do copo gelado
d) No Pico da Bandeira — ES. são devidas à condensação de vapor d’água existente na atmosfera.
e) No Pico da Neblina - Serra do Imeri — RR. Esse vapor d’água cede energia térmica para o vidro, liquefazendo-se.

Resolução:
Resposta: d
Dos locais citados, aquele que se encontra mais próximo do nível do
mar é o Pão de Açúcar (RJ). Assim, nesse local, a água deverá entrar em
ebulição a uma temperatura maior, fazendo o cozimento das batatas 93 Sob pressão normal, 200 g de água entram em ebulição a 100 °C.
acontecerem em tempo menor.
Quanto calor deve ser fornecido a essa água para que metade dela trans-
Resposta: a forme-se em vapor?
Dado: calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.
90 Numa panela de pressão:
Resolução:
a) a água demora mais para ferver, mas a temperatura atingida é
maior que numa panela comum; Q = m Lv
b) a água ferve rapidamente e atinge maior temperatura; Q = 200 · 540
c) a água demora mais para ferver e atinge temperatura menor que 2
numa panela comum;
Q = 5,4 · 104 cal
d) a água ferve rapidamente, atingindo temperatura menor que numa
panela comum;
e) a água sempre ferve a 100 °C, independentemente da pressão exer- Resposta: 5,4 · 104 cal
cida em sua superfície livre.
46 PARTE I – TERMOLOGIA

94 Num calorímetro ideal, encontramos 30 g de água a 20 °C, sob 97 Quando alguém vai tomar um café muito quente, costuma
pressão normal. Calcule a quantidade de calor que esse sistema deve assoprar a superfície do líquido. Com isso, o café esfria mais depres-
receber, até que toda a água transforme-se em vapor. sa, porque:
Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g °C; a) o ar expelido pela pessoa é mais frio que o café e retira calor do
calor latente de vaporização da água = 540 cal/g. sistema;
b) o ar expelido pela pessoa evita que o calor saia pela superfície livre,
Resolução:
forçando-o a sair pelas faces da xícara;
Q = Q1 + Q2
c) o ar expelido retira o vapor de água existente na superfície do café,
Q = m c Δθ + m Lv reduzindo a pressão de vapor e, desse modo, favorecendo a evapo-
Q = 30 · 1,0 · (100 – 20) + 30 · 540 (cal) ração;
Q = 2 400 + 16 200 (cal) d) o ar expelido combina quimicamente com o vapor de água, retiran-
do energia térmica do café;
Q = 1,86 · 104 cal e) é um costume que vem do século XVII, da Corte dos reis da França,
quando os nobres descobriram o café.
Resposta: 1,86 · 104 cal
Resolução:
95 Um quilograma de gelo a –50 °C é aquecido, transformando-se Com o sopro da pessoa, a pressão na região acima do líquido diminui.
A rapidez de evaporação está ligada a essa pressão e vai aumentar com
em vapor a 100 °C.
a redução de pressão. Como a evaporação é um processo endotérmi-
São conhecidos: calor específ ico do gelo = 0,5 cal/g °C; calor latente
co, ela retira calor da massa líquida que fica na xícara, provocando o
de fusão do gelo = 80 cal/g; calor específico da água = 1 cal/g °C; calor
seu resfriamento.
latente de vaporização da água = 540 cal/g.
As diversas fases do processo são: aquecimento e fusão do gelo; aque- Resposta: c
cimento e vaporização da água.
Atribuindo o algarismo 1 ao processo que requer o maior número de
98 Num recipiente dotado de êmbolo, há um líquido em equilíbrio
calorias, o algarismo 2 ao que vem em segundo lugar e assim por dian-
te, de cima para baixo, forma-se o número: com o seu vapor. Se levantarmos o êmbolo, aumentando o volume,
a) 1234; d) 4321; sem alterar a temperatura:
b) 4231; e) 1324.
c) 2413;
Resolução:
Aquecimento do gelo (4)
Q1 = m c Δθ = 1 000 · 0,50 · [0 – (–50)] (cal) H
Q1 = 25 000 cal
Fusão do gelo (3)
Q2 = m LF = 1 000 · 80 (cal) a) parte do vapor se condensará;
b) mais líquido vaporizará;
Q2 = 80 000 cal
c) líquido e vapor manterão a mesma proporção;
Aquecimento da água (2) d) o líquido ferverá obrigatoriamente;
Q3 = m c Δθ = 1 000 · 1,0 · (100 – 0) (cal) e) parte do líquido se transformará em sólido.
Q3 = 100 000 cal Resolução:
Vaporização da água (1) Ao levantarmos o êmbolo, a pressão na superfície do líquido diminui,
Q4 = m Lv = 1 000 · 540 (cal) favorecendo a evaporação de mais líquido.
Q4 = 540 000 cal Resposta: b
Resposta: d
99 Na questão anterior, após levantarmos o êmbolo de modo que
96 O fato de o éter evaporar mais depressa que o álcool, nas mes- ainda sobre líquido, observamos que a pressão do vapor no equilíbrio:
a) é a mesma de antes;
mas condições, mostra que a rapidez de evaporação depende da:
b) aumenta;
a) temperatura;
c) diminui;
b) pressão em sua superfície livre;
d) depende de quanto o vapor aumentou;
c) natureza do líquido;
e) Impossível saber o que ocorreu.
d) área da superfície livre;
e) densidade do líquido. Resolução:
Resolução: Ao levantarmos o êmbolo, a pressão de vapor diminui. Mais líquido irá
O éter é mais volátil que o álcool, isto é, nas mesmas condições o éter evaporar até atingir o equilíbrio dinâmico, quando a pressão de vapor
evapora mais rapidamente que o álcool. volta a ser igual à inicial.
Resposta: c Resposta: a
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 47

100 (UFF-RJ) Ao usar um ferro de passar roupa, uma pessoa, em Resolução:


geral, umedece a ponta do dedo em água antes de encostá-lo rapi- No gráfico, o patamar superior representa a liquefação do vapor de
damente na base aquecida do ferro, para testar se ela já está suficien- água, enquanto o patamar inferior representa a fusão do gelo. Sendo
temente quente. Ela procede dessa maneira, com a certeza de que não assim:
queimará a ponta de seu dedo. Isso acontece porque, em relação aos a) Q = mvLv ⇒ 5,4 · 103 = mv · 540 ⇒ mv = 10 g
demais líquidos, a água tem:
a) um baixo calor específico. b) Q = mgLF ⇒ 4,0 · 103 = mg · 80 ⇒ mg = 50 g
b) um comportamento anômalo na sua dilatação.
c) uma densidade que varia muito ao se evaporar. c) Na observação do gráf ico, notamos que a água proveniente do
d) uma elevada temperatura de ebulição. derretimento do gelo recebeu 2,0 · 103 cal para atingir a tempera-
e) um elevado calor latente de vaporização. tura θ. Daí, temos:
Q = m c Δθ
Resolução: 2,0 · 103 = 50 · 1 (θ – 0) ⇒ θ = 40 °C
A água, devido a seu elevado calor latente de vaporização (540 cal/g),
demora para vaporizar-se. Por isso, ao testar a temperatura de um ferro
de passar roupa ligado, é conveniente umedecer as pontas dos dedos 103 Considere 1,0 kg de gelo a 0 °C e uma massa x de vapor de água
– como a água demorará para vaporizar-se, não há risco de queimar a a 100 °C, colocados em um recipiente de capacidade térmica despre-
pele. zível. A temperatura final de equilíbrio térmico é 0 °C, e o sistema está
Resposta: e totalmente no estado líquido. Qual o valor de x em quilogramas?
Dados: calor específico latente de vaporização da água = 540 cal/g;
calor específico latente de fusão do gelo = 80 cal/g;
101 (Uerj) Uma menina deseja fazer um chá de camomila, mas só calor específico sensível da água = 1,0 cal/g °C.
possui 200 g de gelo fundente e um forno de micro-ondas cuja po-
tência máxima é 800 W. Considere que a menina se encontra no Rio Resolução:
de Janeiro (ao nível do mar), que o calor latente de fusão do gelo vale Qcedido + Qrecebido = 0
80 cal/g, que o calor específico da água vale 1,0 cal/g °C e que 1 calo- [(x Lv) + (x c Δθ)]vapor + (m LF)gelo = 0
ria vale aproximadamente 4 J.
x · (–540) + x · 1,0 · (0 – 100) + 1 000 · 80 = 0
Usando esse forno, qual é o tempo mínimo necessário para a água en-
trar em ebulição? –540x – 100x + 80 000 = 0
640x = 80 000
Resolução:
x = 125 g = 0,125 kg
Pot Δt = (m LF) + (m c Δθ)
800 · Δt = 200 · 80 + 200 · 1,0 · (100 – 0) Resposta: 0,125 kg
4
200 · Δt = 16 000 + 20 000
104 (Univest-SP) Deseja-se obter 800 gramas de água a 64 °C. Para
200 Δt = 36 000
isso, misturam-se m1 gramas de gelo a 0 °C com m2 gramas de vapor de
Δt = 180 s = 3,0 min água a 100 °C no interior de um calorímetro perfeitamente adiabático
Resposta: 3,0 min e de capacidade térmica desprezível. Quais os valores de m1 e m2?
Dados: calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g;
calor específico da água = 1,0 cal/g °C;
102 E.R. Num calorímetro ideal, colocam-se as massas m de vapor calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.
v
de água a 100 °C e mg de gelo a 0 °C, sob pressão normal. O gráfico
mostra como variaram as temperaturas dessas massas em função das Resolução:
quantidades de calor trocadas: Qcedido + Qrecebido = 0
[(m Lv) + (m c Δθ)]vapor + (m LF) + (m c Δθ)]gelo = 0
θ (°C)
m2 · (–540) + m2 · 1,0 · (64 – 100) + m1 · 80 + m1 · 1,0 · (64 – 0) = 0
100
–540 m2 – 36 m2 + 80 m1 + 64 m1 = 0
576 m2 = 144 m1
4 m 2 = m1
θ Mas: m1 + m2 = 800
Então, 4 m2 + m2 = 800 ⇒ 5 m2 = 800 ⇒ m2 = 160 g
0 4,0 5,4 6,0 Q (103 cal)
m1 = 800 – m2
Sendo o calor latente de fusão do gelo 80 cal/g, o de vaporização da m1 = 800 – 160
água 540 cal/g e o calor específico de água 1 cal/g °C, determine:
a) a massa mv de vapor de água; m1 = 640 g
b) a massa mg de gelo;
c) a temperatura θ de equilíbrio térmico. Respostas: 640 g e 160 g
48 PARTE I – TERMOLOGIA

105 (UEL-PR) Um calorímetro de capacidade térmica 50 cal/ °C con- 107 (Enem) Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela
tém 50 g de gelo e 200 g de água em equilíbrio térmico, sob pressão de pressão logo que se inicia a saída de vapor pela válvula, de forma
normal. Se introduzirmos 50 g de vapor de água a 100 °C no caloríme- simplesmente a manter a fervura, o tempo de cozimento:
tro, qual será a temperatura final de equilíbrio térmico? a) será maior porque a panela “esfria”.
Dados: calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g; b) será menor, pois diminui a perda de água.
calor específico da água = 1,0 cal/g °C; c) será maior, pois a pressão diminui.
calor latente de vaporização da água = 540 cal/g. d) será maior, pois a evaporação diminui.
e) não será alterado, pois a temperatura não varia.
Resolução:
Qcedido + Qrecebido = 0 Resolução:
Se mantivermos o fogo “alto”, iremos aumentar a quantidade de água
[(m Lv) + (m c Δθ)]vapor + [(m LF) + (m c Δθ)]gelo + (m c Δθ)água +
que vaporiza. A temperatura de ebulição da água, no entanto, se man-
+ (C Δθ)calorímetro = 0 tém a mesma.
50 · (–540) + 50 · 1,0 · (θf – 100) + 50 · 80 + 50 · 1,0 · (θf – 0) + Resposta: e
+ 200 · 1,0 · (θf – 0) + 50 · (θf – 0) = 0
–27 000 + 50 θf – 5 000 + 4 000 + 50 θf + 200 θf + 50 θf = 0 108 Na coluna da esquerda temos alguns locais com suas respecti-
vas altitudes; na da direita, temperaturas de ebulição da água. Associe
350 θf = 28 000
as duas colunas e identifique a alternativa correta.
θf = 80 °C (A) Quito (2 851 m) (I) 101 °C
(B) Monte Everest (8 882 m) (II) 90 °C
Resposta: 80 °C (C) Mar Morto (–395 m) (III) 71 °C
(D) Brasília (1 152 m) (IV) 96 °C
106 (Unimep-SP) A panela de pressão permite que os alimentos sejam a) AI; BII; CIII; DIV d) AII; BIII; CIV; DI
cozidos em água muito mais rapidamente do que em panelas comuns. b) AII; BIII; CI; DIV e) AIV; BIII; CI; DII
A seguir, a figura mostra esquematicamente uma panela de pressão e o c) AIII; BII; CI; DIV
diagrama de fase da água. Qual das afirmações não é verdadeira?
Resolução:
DIAGRAMA DE FASE DA ÁGUA Maior altitude, menor temperatura de ebulição da água.
Assim:
5
(A) Quito (2 851 m) (II) 90 °C
Pressão (atm)

Válvula de 4
(B) Monte Everest (8 882 m) (III) 71 °C
segurança 3
Líquido (C) Mar Morto (–395 m) (I) 101 °C
Vapor 2
(D) Brasília (1 152 m) (IV) 96 °C
Água 1
Vapor Resposta: b
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Temperatura (ºC) 109 O gráfico a seguir fornece o tempo de cozimento, em água fer-
a) A vantagem do uso da panela de pressão é a rapidez para o co- vente, de uma massa m de feijão em função da temperatura.
zimento devido à quantidade adicional de calor que é transferida Tempo de cozimento versus temperatura
para a panela. 160
b) Quando a pressão no interior da panela atinge 2 atm, a água entra
em ebulição a 120 °C. 140
Tempo de cozimento (min)

c) Para 4 atm no interior da panela, a água ferve a uma temperatura


120
acima de 140 °C.
d) Em Santos, em uma panela comum, a água ferve aproximadamente 100
a 100 °C.
80
e) Numa panela comum, num local à grande altitude, a água entra em
ebulição abaixo de 100 °C. 60

Resolução: 40
A rapidez para o cozimento dos alimentos, quando se usa uma panela 20
de pressão, é devida ao aumento de pressão na superfície da água, o
0
que aumenta sua temperatura de ebulição.
90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 110 112
Assim, os alimentos permanecem submersos em água mantida em
ebulição a mais de 100 °C. Temperatura (ºC)
A alternativa que não condiz com a verdade é a a. Sabe-se que a temperatura de ebulição da água, em uma panela sem
Resposta: a tampa, é função da pressão atmosférica local. Na tabela da página
49, encontramos a temperatura de ebulição da água em diferentes
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 49

pressões. Ao nível do mar (altitude zero), a pressão atmosférica vale d) O processo de expansão adiabática do gás ocorre com redução de
76 cm Hg e ela diminui 1,0 cm Hg para cada 100 metros que aumen- sua energia interna e temperatura, levando ao congelamento do
tamos a altitude. vapor d’água presente no ar.
e) A energia produzida pela expansão permite ao gás sofrer uma trans-
Temperatura de ebulição da água em função da pressão formação de estado que o faz congelar-se em torno do recipiente.
Pressão
em 60 64 68 72 76 80 84 88 92 96 100 104 108
Resolução:
cm Hg O vazamento do gás ocorre de maneira muito rápida por meio de uma
expansão adiabática. Assim, a pressão exercida na superfície do líqui-
Tempe-
ratura 94 95 97 98 100 102 103 105 106 108 109 110 111 do (GLP) diminui rapidamente, provocando uma evaporação também
em °C muito rápida. Como a evaporação é endotérmica, o líquido (GLP) res-
fria-se rapidamente, provocando a condensação de vapor d’água exis-
Analise as afirmações. tente no ambiente, que se acumula em forma de gotas na superfície
I. Ao nível do mar, essa massa m de feijão irá demorar 40 minutos externa do botijão. Se o processo continua mais tempo, essas gotas
para o seu cozimento. de água se esfriam e se solidificam, formando uma camada de gelo em
II. O Mar Morto encontra-se aproximadamente 400 metros abaixo do torno do botijão.
nível dos mares (altitude – 400 m). Nesse local, o mesmo feijão de-
Resposta: d
moraria 30 minutos para o seu cozimento.
III. O tempo de cozimento desse feijão seria de 1,0 hora num local de
altitude aproximadamente igual a 1,0 km. 111 Na f igura a seguir, o êmbolo está travado no ponto B. O reci-
IV. Se esse feijão estivesse no interior de uma panela de pressão fe- piente contém uma substância X e sabe-se que sua pressão máxima de
chada, cuja válvula mantém a pressão interna a 1,42 atm (1,0 atm vapor varia de acordo com o gráfico:
equivale a 76 cm Hg), independentemente do local, o tempo de
cozimento seria de aproximadamente 10 minutos. E pm
É (são) verdadeira(s): D (atm)
a) somente I. d) somente II, III e IV. C M 0,50
b) somente I e III. e) I, II, III e IV. B
A
c) somente I, II e IV.

Resolução: Substância 0,10


I) Verdadeira — Ao nível do mar, a pressão vale 76 cm Hg. Na tabela, X
76 cm Hg correspondem à temperatura de ebulição da água em 0 10 20 30 40 θ (ºC)
(θ = 15 ºC)
100 °C. No gráfico, 100 °C correspondem a 40 minutos de cozimento.
II) Verdadeira — Altitude – 400 m, a pressão atmosférica vale Analise as proposições seguintes:
(76 + 4) cm Hg. I. Se o manômetro M indicar 0,08 atm de pressão, o sistema não atin-
Na tabela, 80 cm Hg correspondem a 102 °C. No gráfico, 102 °C cor- giu seu equilíbrio dinâmico, e o vapor é não-saturante.
respondem a 30 minutos para o cozimento. II. Quando o sistema atingir o equilíbrio dinâmico líquido/vapor, o
manômetro acusará 0,10 atm.
III) Falsa — No gráfico, 1,0 h (60 min) de cozimento corresponde a 97 °C.
III. Elevando-se o êmbolo lentamente, observar-se-á que a pressão se
Na tabela, 97 °C correspondem a 68 cm Hg; (76 – 68) cm Hg = 8 cm Hg.
manterá constante enquanto existir líquido. Se, terminando o líqui-
A variação de 8 cm Hg corresponde à variação de 800 m na altitude.
do, o êmbolo continuar a subir, a pressão não se manterá constan-
IV) Verdadeira — No interior da panela de pressão fechada, a pressão te, e o vapor passará a ser não-saturante seco.
mantém-se constante a partir da ebulição da água, independente- IV. Com o êmbolo travado em B e aquecendo-se o sistema a 40 °C, o
mente do local. manômetro indicará 0,50 atm se existir líquido.
P = 1,42 atm = 1,42 · 76 cm Hg ⯝ 108 cm Hg Quais são as proposições verdadeiras (V) e quais são as falsas (F)?
Na tabela, 108 cm de Hg correspondem a 111 °C.
No gráfico, 111 °C correspondem a 10 minutos. Resolução:
As quatro proposições são verdadeiras.
Resposta: c
Respostas: I - V; II - V; III - V; IV - V

110 (UFV-MG) A válvula de segurança de um botijão de gás estourou 112 Na f igura abaixo, temos um cilindro contendo uma pequena
e o gás vazou rapidamente, produzindo uma fina camada de gelo na quantidade de éter líquido e seus vapores:
parede externa do recipiente.
A explicação para o aparecimento da camada de gelo é:
a) O gás liquefeito do botijão é líquido a temperatura e pressão am-
bientes.
b) O processo isotérmico de expansão do gás produz elevação da
pressão externa e, consequentemente, o vapor d’água no ambien-
te próximo supera o ponto de orvalho, condensando-se. h0
c) O gás liquefeito contido no botijão, por possuir baixo ponto de va-
porização, está a uma temperatura inferior a zero Celsius, conden-
sando-se em torno da parede externa ao escapar do recipiente.
50 PARTE I – TERMOLOGIA

O êmbolo é levantado lentamente. Identif ique o gráf ico que melhor Resolução:
pode traduzir a pressão no interior do recipiente, em função da altura No ponto triplo, uma substância pode coexistir nos estados sólido, lí-
h – que representa a distância do êmbolo ao fundo do cilindro. quido e gasoso (vapor).
a) p c) p
Resposta: d

115 (Unisa-SP) Thomas Andrews constatou que, para cada substân-


cia no estado gasoso, existe uma temperatura acima da qual é impossí-
vel a liquefação por compressão isotérmica. Que temperatura é essa?
h0 h h0 h Resolução:
A temperatura que separa os estágios vapor e gás de uma substância é
b) p d) p denominada temperatura crítica.
Resposta: temperatura crítica

116 Para liquefazer um gás, deve-se:


a) comprimi-lo isotermicamente a uma temperatura acima da crítica;
b) apenas levá-lo a uma temperatura abaixo da crítica;
h0 h h0 h c) simplesmente comprimi-lo, qualquer que seja sua temperatura;
d) diminuir sua temperatura abaixo da crítica e, se necessário, compri-
Resolução: mi-lo;
Enquanto houver líquido no interior do recipiente, a pressão permane- e) É impossível liquefazer um gás.
cerá constante. Após o término da fase líquida, a pressão diminuirá (com
a elevação do êmbolo), quase em uma relação inversa com o volume. Resolução:
O gás deve ser resfriado abaixo da temperatura crítica e, se necessário,
Resposta: a
deve ser comprimido.

113 Leia as afirmativas a seguir. Resposta: d


(01) A sublimação de uma substância corresponde à sua passagem
do estado sólido para o estado líquido. 117 (UFBA) A temperatura crítica da água é 647 K. Com base nessa
(02) A temperatura de sublimação de uma substância cresce com o informação, podemos afirmar que a água está sob a forma de:
aumento de pressão. a) vapor, acima de 400 °C.
(04) Gelo-seco é a denominação comercial do dióxido de carbono b) gás, a 300 °C.
(CO2 sólido). Quando este é deixado sobre uma mesa, vai “desa- c) vapor, a 600 °C.
parecendo”. A explicação é que ele está sublimando. d) gás, a 400 °C.
(08) A passagem de uma substância do estado sólido para o gasoso, e) vapor, abaixo de 647 °C.
ou vice-versa, sem que se transforme em líquido, é denominada
sublimação. Resolução:
Dê como resposta a soma dos valores associados às af irmativas θc = T (K) – 273
corretas. θc = 647 – 273 (°C)
θc = 374 °C
Resolução: Assim, acima de 374 °C a água encontra-se no estado gás.
(01) Incorreta
Sublimação é a passagem do estado sólido para o gasoso ou vice- Resposta: d
-versa, sem que a substância passe pela fase líquida.
(02) Verdadeira 118 O gráf ico a seguir indica esquematicamente o diagrama da
(04) Verdadeira pressão (p) exercida sobre uma substância em função de sua tempera-
(08) Verdadeira tura (θ):
Resposta: 14 p

114 A temperatura do ponto triplo corresponde:


Ponto crítico
a) ao conjunto do zero absoluto, da temperatura de fusão e da tempe- Região II
ratura de ebulição de uma substância;
b) à temperatura em que uma substância pode ter suas fases líquida,
de vapor e de gás coexistindo em equilíbrio; Região I Região IV
c) à temperatura crítica de uma substância; Ponto triplo
d) à coexistência, em equilíbrio, das fases sólida, líquida e de vapor de
Região III
uma mesma substância;
e) Nenhuma das afirmações anteriores está correta. θ
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 51

Quais as correspondentes fases do estado de agregação das partículas


p (mm Hg)
dessa substância, indicadas pelas regiões assinaladas na figura?

Resolução: 760

o
açã
I – Sólido II – Líquido III – Vapor IV – Gás

riz
Respostas: I – sólido; II – líquido; III – vapor; IV – gás

po
Líquido

va
de
119 O diagrama de estado de uma substância é esquematizado a
rv
92,6 Cu
abaixo: Gasoso
9,2
P
10 50 100 t (°C)

K a) Explique se é possível ter água em estado líquido à temperatura


acima de 100 °C.
A B
b) Explique de que forma a pressão atmosférica local interfere no pon-
to de ebulição da água.
D
Z C Resolução:
a) Sim, é possível. Sob pressões maiores que 760 mm Hg (1 atm), a água
θ entra em ebulição a temperaturas maiores do que 100 °C. Assim, po-
demos encontrar água líquida a temperaturas maiores do que 100 °C,
Agora, leia as afirmativas: desde que a pressão em sua superfície seja maior que 760 mm Hg.
(01) Na região A, a substância encontra-se no estado sólido. b) Na observação do gráfico, notamos que a temperatura de ebulição
(02) Na região B, a substância encontra-se no estado líquido. da água aumenta com o aumento da pressão em sua superfície.
(04) Nas regiões C e D, a substância encontra-se no estado de vapor.
(08) K é o ponto triplo e Z, o ponto crítico dessa substância. Respostas: a) Sim, para pressões maiores que 760 mm Hg; b) A
(16) Na região D, a substância não pode ser liquefeita por mera com- pressão atmosférica e a temperatura de ebulição aumentam.
pressão isotérmica.
(32) A curva que liga os pontos Z e K chama-se curva da sublimação, 121 (Unesp-SP) Nos quadrinhos da tira, a mãe menciona as fases da
pois separa as regiões de líquido e vapor. água conforme a mudança das estações.
Dê como resposta a soma dos valores associados às afirmativas corretas.
ROSE IS ROSE/Pat Brady
Resolução:
2006 United Media/Ipress

(01) Correta
(02) Correta
(04) Incorreta
Em D, encontramos gás.
(08) Incorreta
K – ponto crítico
Z – ponto triplo
(16) Correta
(32) Incorreta
A curva ZK chama-se curva da vaporização-liquefação.
Resposta: 19

120 (Vunesp-FMJ-SP) A tabela e o gráf ico apresentam valores da


temperatura de ebulição da água sob diferentes pressões.

p (mm Hg) t (°C)

6,5 5

9,2 10

92,6 50

760 100

11 650 200

132 700 350


52 PARTE I – TERMOLOGIA

Entendendo “boneco de neve” como sendo “boneco de gelo” e que com 124 (PUC-RS) A temperatura de fusão de uma substância depende
o termo “evaporou” a mãe se refira à transição água → vapor, pode-se da pressão que é exercida sobre ela. O aumento de pressão sobre um
supor que ela imaginou a sequência gelo → água → vapor → água. corpo ocasiona, na sua temperatura de fusão:
As mudanças de estado que ocorrem nessa sequência são: a) um acréscimo, se o corpo, ao se fundir, se expande.
a) fusão, sublimação e condensação. b) um acréscimo, se o corpo, ao se fundir, se contrai.
b) fusão, vaporização e condensação. c) um decréscimo, se o corpo, ao se fundir, se expande.
c) sublimação, vaporização e condensação. d) um decréscimo para qualquer substância.
d) condensação, vaporização e fusão. e) um acréscimo para qualquer substância.
e) fusão, vaporização e sublimação.

Resolução: Resolução:
Na sequência, temos: O aumento de pressão sobre um corpo aumenta sua temperatura de
gelo → água → fusão fusão se ele pertencer à regra geral. No entanto, se for exceção, a tem-
água → vapor → vaporização peratura de fusão diminuirá.
vapor → água → liquefação ou condensação Resposta: a
Resposta: b
125 As grandes geleiras que se formam no alto das montanhas des-
122 A influência da pressão nas mudanças de estado da matéria é a lizam porque:
explicação para o seguinte fato: a) o gelo é muito liso, ocorrendo pequeno atrito entre o bloco de gelo
I. no Rio de Janeiro, a água ferve a uma temperatura mais elevada e o chão;
que em Belo Horizonte; b) a componente tangencial do peso é a única força atuante sobre as
II. no Rio de Janeiro, o gelo funde-se a uma temperatura maior que geleiras;
em Belo Horizonte; c) o vento as desgruda do chão;
III. aumentando a pressão sobre as substâncias sólidas cristalinas em d) o aumento de pressão na parte inferior das geleiras, devido ao seu
geral, aumentamos o valor de sua temperatura de fusão. peso, funde o gelo, soltando-as do chão.
Quais são as afirmativas verdadeiras (V) e quais são as falsas (F)?
Resolução:
Resolução: O peso da crosta de gelo aumenta a pressão em sua base, propiciando
I – Verdadeira a fusão, o que provoca a soltura da geleira do chão.
II – Falsa
Resposta: d
A água é uma das exceções à regra geral. Sob pressão maior (Rio de
Janeiro), o gelo derrete a uma temperatura menor.
III – Verdadeira 126 (FCMSC-SP) Temperatura crítica de uma substância é a:
a) única temperatura na qual a substância pode sofrer condensação,
Respostas: I – V; II – F; III – V qualquer que seja a pressão.
b) única temperatura à qual a substância não pode sofrer condensa-
123 O diagrama de fases de uma substância simples é representado ção mediante simples aumento de pressão.
a seguir: c) única temperatura à qual a substância pode sofrer condensação
Pressão mediante simples aumento de pressão.
B
A d) maior temperatura à qual a substância não pode sofrer condensa-
Ponto 2
ção mediante simples aumento de pressão.
C e) temperatura acima da qual a substância não pode sofrer condensa-
Ponto 1
ção mediante simples aumento de pressão.
Temperatura
A respeito, julgue as afirmações a seguir. Resolução:
I. O ponto 1 corresponde ao ponto crítico e o ponto 2, ao ponto triplo. Temperatura crítica é aquela acima da qual a substância não pode ser
II. Se a substância for comprimida isotermicamente a partir da situa- liquefeita por meio de aumento da pressão.
ção C, ela poderá tornar-se líquida.
III. Uma mudança da situação A para a B é denominada fusão. Resposta: e
IV. A passagem da situação C para a B caracteriza uma sublimação.
Quais são as afirmações verdadeiras (V) e quais são as falsas (F)? 127 (UFPR) Pode-se atravessar uma barra de gelo usando-se um fio
Resolução: metálico em cujas extremidades estão fixos corpos de pesos adequa-
I – Falsa dos, sem dividir a barra em duas partes.
ponto 1 → ponto triplo
ponto 2 → ponto crítico
II – Verdadeira
III – Verdadeira
IV – Falsa
De C para B ocorre uma liquefação (vapor para líquido).
Respostas: I – F; II – V; III – V; IV – F
Qual é a explicação para tal fenômeno?
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 53

a) A pressão exercida pelo fio metálico sobre o gelo abaixa seu ponto 130 O hipossulf ito de sódio, em condições normais, solidif ica-se a
de fusão. 48 °C. Em condições especiais, entretanto, sua curva de resfriamento
b) O gelo, já cortado pelo f io metálico devido à baixa temperatura, tem o seguinte aspecto:
solda-se novamente.
θ (ºC)
c) A pressão exercida pelo fio sobre o gelo aumenta seu ponto de fu-
A
são, mantendo a barra sempre sólida. E
D
d) O fio metálico, estando naturalmente mais aquecido, funde o gelo; 48
B
esse calor, uma vez perdido para a atmosfera, deixa a barra nova- θ C F
mente sólida.
0 Qcedido
e) Há uma ligeira flexão da barra; as duas partes, já cortadas pelo ara-
me, são comprimidas uma contra a outra, soldando-se.
Com base nessas informações, pode-se afirmar que:
a) no trecho BC, o hipossulfito está na situação definida por regelo;
Resolução: b) no trecho CD, o hipossulfito está em sobrefusão;
O fio pressiona o gelo, diminuindo a sua temperatura de fusão e provo- c) no trecho CD, ocorre solidificação brusca e parcial do hipossulfito;
cando sua mudança de estado físico. O fio, então, passa pela água, que d) no trecho EF, o hipossulfito está em sobrefusão;
e) no trecho DE, ocorre solidificação brusca e total do hipossulfito.
volta a se solidificar com a diminuição da pressão.
Resolução:
Resposta: a
No trecho CD, ocorre brusca solidificação parcial do hipossulfito, com
consequente elevação da temperatura do sistema.
128 (Mack-SP) A sobrefusão é o fenômeno no qual: Resposta: c
a) o corpo se encontra no estado líquido a uma temperatura superior
à de solidificação. 131 O gráfico a seguir mostra a curva de resfriamento de 100 g de
b) o corpo se encontra no estado sólido a uma temperatura superior à água, num processo lento e sem agitação.
de solidificação.
c) o corpo se encontra no estado líquido a uma temperatura inferior à θ (ºC)
A
de solidificação.
d) o corpo se encontra no estado sólido a uma temperatura inferior à B D E
de solidificação. 0 t (tempo)
e) o corpo se encontra no estado gasoso a uma temperatura inferior à
de ebulição. –4
C F

Sendo o calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/g e o calor espe-


Resolução: cífico da água 1,0 cal/g °C, qual a massa de água que se solidifica no
Na sobrefusão, uma substância encontra-se no estado líquido abaixo trecho CD?
da temperatura de solidificação.
Resolução:
Resposta: c m Ls = M clíq Δθ
m · 80 = 100 · 1,0 · [0 – (–4)]
129 O que acontece quando se agita um recipiente contendo água m = 5,0 g
em sobrefusão?
a) Necessariamente, toda a água solidifica-se, acarretando uma queda Resposta: 5,0 g
na temperatura do recipiente.
b) Parte da água solidifica-se, acarretando uma queda na temperatura 132 A que temperatura encontram-se 100 g de água em sobrefusão,
do recipiente. se a solidificação brusca de um quinto dessa água eleva a temperatura
c) A água solidifica-se total ou parcialmente acarretando um aumento do sistema ao ponto de solidificação?
na temperatura do recipiente. Dados: calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g;
d) Necessariamente, toda a água solidif ica-se, acarretando um au- calor específico da água = 1,0 cal/g °C.
mento na temperatura do recipiente.
e) Nada do que foi dito ocorre. Resolução:
m Ls = M clíq Δθ
100 · 80 = 100 · 1,0 · (0 – θ)
Resolução: 5
O equilíbrio metaestável se rompe, ocorrendo solidificação parcial ou
total da água, com consequente aumento na temperatura do sistema. θ = –16 °C

Resposta: c Resposta: –16 °C


54 PARTE I – TERMOLOGIA

133 Para o fósforo, a temperatura de fusão é 44 °C; o calor especí- 135 (ITA-SP) Um painel coletor de energia solar para aquecimento
f ico no estado líquido, 0,2 cal/g °C; e o calor latente de fusão, 5 cal/g. residencial de água, com 50% de ef iciência, tem superfície coletora
Certa massa de fósforo é mantida em sobrefusão a 30 °C. Em certo com área útil de 10 m2. A água circula em tubos fixados sob a superfície
instante, verif ica-se uma solidif icação brusca. Que fração do total de coletora. Suponha que a intensidade da energia solar incidente seja
massa do fósforo se solidif ica? de 1,0 · 103 W/m2 e que a vazão de suprimento de água aquecida seja de
6,0 litros por minuto. Indique a opção que corresponde à variação da
Resolução: temperatura da água.
m Ls = M clíq Δθ a) 12 °C c) 1,2 °C e) 0,10 °C
m · 5 = 0,2 · (44 – 30) b) 10 °C d) 1,0 °C
M Dados: densidade absoluta da água = 1,0 kg/ᐉ;
m = 0,56 calor específico da água = 4,2 · 103 J/kg °C.
M
Resolução:
Resposta: 0,56 Q = m c Δθ,
mas: Q = I A Δt
Assim, com eficiência de 50%, temos:
134 (Faap-SP) Num coletor solar, uma folha metálica de cor negra 0,50 · I A Δt = m c Δθ
absorve a radiação solar, que se transforma em calor, utilizado no 0,50 · 1,0 · 103 · 10 = m · 4,2 · 103 · Δθ
Δt
aquecimento da água contida no tanque de armazenamento. 6,0
5,0 = · 4,2 · Δθ
60
Tanque de armazenamento Δθ ⯝ 11,9 °C

Resposta: a
te
en
qu
ua

r
Ág

la 136 (Unicamp-SP) Para resfriar um motor de automóvel, faz-se cir-


so
ão

cular água por ele. A água entra no motor a uma temperatura de 80 °C
di com vazão de 0,4 ᐉ/s, e sai a uma temperatura de 95 °C. A água quente
Ra
ar
ol

Água fria é resfriada a 80 °C no radiador, voltando em seguida para o motor atra-


rs

Água quente
to

vés de um circuito fechado.


le
Co

Água fria a) Qual é a potência térmica absorvida pela água ao passar pelo mo-
Água fria tor? Considere o calor específico da água igual a 4 200 J/kg °C e sua
densidade igual a 1 000 kg/m3.
b) Quando um “aditivo para radiador” é acrescentado à água, o calor
Num certo local, a intensidade média da radiação solar incidente é de específico da solução aumenta para 5 250 J/kg °C, sem mudança na
500 J 2 (ou seja, 500 J de energia solar atingem 1 m2 da superfície sua densidade. Caso essa solução a 80 °C fosse injetada no motor
s·m
da Terra a cada segundo). Deseja-se aquecer 200 litros de água de 10 °C em lugar da água e absorvesse a mesma potência térmica, qual se-
a 50 °C em 8 h. Sabendo-se que esse processo tem rendimento de 40%, ria a sua temperatura na saída do motor?
a área útil do coletor solar deve ter um valor mais próximo de:
a) 20 m2. c) 13 m2. e) 2 m2. Resolução:
a) Pot = Q = m c Δθ
2 2
b) 27 m . d) 6 m .
Δt Δt
Dados para a água: c = 4 · 103 J ; Mas:
kg · °C
d = 1 kg/ᐉ. d= m ⇒ m=dV
V
Assim:
Resolução: Pot = d Vc Δ θ
Q = m c Δθ Δt
Mas: Pot = d φ c Δθ
Q = I A Δt Fazendo:
Assim: φ = 0,4 L/s = 0,4 · 10–3 m 3/s
I A Δt = m c Δθ Temos:
I A Δt = d V c Δθ Pot = 1 000 · 0,4 · 10–3 · 4 200 (95 – 80)
Como o rendimento é de 40%, temos: Pot = 25 200 W
0,40I A Δt = d V c Δθ b) Com aditivo, temos:
0,40 · 500 · A · 8 · 60 · 60 = 1 · 200 · 4 · 103 (50 – 10) Pot = d φ c Δθ
576 · 104 A = 3 200 · 104 25 200 = 1 000 · 0,4 · 10–3 · 5 250(θf – 80)
A ⯝ 5,6 m2 θf = 92 °C

Resposta: d Respostas: a) 25 200 W; b) 92 °C


Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 55

137 (Fuvest-SP) Num forno de micro-ondas, é colocada uma va- II. Em seguida, completa-se o aquecimento do leite, por meio da re-
silha contendo 3,0 kg de água a 10 °C. Após manter o forno liga- sistência R, até que ele atinja 80 °C. Com essa temperatura, o leite
do por 14 minutos, verif ica-se que a água atinge a temperatura de retorna a B.
50 °C. O forno é então desligado e dentro da vasilha com água é III. Novamente em B, o leite quente é resfriado pelo leite frio que entra
colocado um corpo de massa 1,0 kg e calor específ ico igual a por A, saindo do sistema (através de C), a 20 °C.
0,20 cal/g °C, à temperatura inicial de 0 °C. Despreze o calor neces- B T
sário para aquecer a vasilha e considere que a potência fornecida A
R 80 °C
pelo forno é continuamente absorvida pelos corpos dentro dele.
5 °C
Qual o tempo a mais que será necessário manter o forno ligado,
na mesma potência, para que a temperatura de equilíbrio f inal do C
conjunto retorne a 50 °C?
Dado: calor específico da água = 1,0 cal/g °C 20 °C
Em condições de funcionamento estáveis, e supondo que o sistema
Resolução: seja bem isolado termicamente, pode-se af irmar que a temperatura
Q = m c Δθ indicada pelo termômetro T, que monitora a temperatura do leite na
Pot Δt = m c Δθ saída de B, é aproximadamente de:
No 1o experimento: a) 20 °C. b) 25 °C. c) 60 °C. d) 65 °C. e) 75 °C.
Pot · 14 = 3 000 · 1,0 · (50 – 10)
Resolução:
Pot = 60 000 cal/min = 1 000 cal/s Sendo o fluxo constante, a massa m de leite frio (5 °C) que entra em A
7 7
No 2o experimento: é igual à que sai em C (a 20 °C). Assim, usando a equação das trocas de
1 000 · Δt = 1 000 · 0,20 · (50 – 0) calor, temos:
7 Qcedido + Qrecebido = 0
(m c Δθ)frio = (m c Δθ)quente = 0
Δt = 70s
m · c · (θ – 5) + m c (20 – 80) = 0
θ – 5 – 60 = 0
Resposta: 70 s
θ = 65 °C
138 (Fuvest-SP) O calor específico de um sólido, a pressão constan-
Resposta: d
te, varia linearmente com a temperatura, de acordo com o gráfico:

c (cal/g °C) 140 (Fuvest-SP) As curvas A e B na figura representam a variação da


0,6 temperatura (T) em função do tempo (t) de duas substâncias A e B,
quando 50 g de cada uma são aquecidos separadamente, a partir da
temperatura inicial de 20 °C, na fase sólida, recebendo calor numa taxa
constante de 20 cal/s.
0,5 Considere agora um experimento em que 50 g de cada uma das subs-
tâncias são colocados em contato térmico num recipiente termica-
0 10 20 t (°C) mente isolado, com a substância A à temperatura inicial TA = 280 °C e a
Qual a quantidade de calor, em calorias, necessária para aquecer 1 g substância B à temperatura inicial TB = 20 °C.
desse sólido de 10 °C até 20 °C? T (°C)
320
Resolução: A
280
Q = m c Δθ
Usar o calor específico médio: 240
0,5 + 0,6
cm = 2 ⇒ cm = 0,55 cal/g °C 200
160
Portanto: Q = 1 · 0,55 · (20 – 10) B
120
Q = 5,5 cal
80

Resposta: 5,5 cal 40

0 20 40 60 80 100 120 140 t (s)


139 (Fuvest-SP) O processo de pasteurização do leite consiste em
aquecê-lo a altas temperaturas, por alguns segundos, e resfriá-lo em a) Determine o valor do calor latente de fusão LB da substância B.
seguida. Para isso, o leite percorre um sistema, em fluxo constante, b) Determine a temperatura de equilíbrio do conjunto no final do ex-
passando por três etapas: perimento.
I. O leite entra no sistema (através de A), a 5 °C, sendo aquecido (no c) Se a temperatura f inal corresponder à mudança de fase de uma
trocador de calor B) pelo leite que já foi pasteurizado e está saindo das substâncias, determine a quantidade dessa substância em cada
do sistema. uma das fases.
56 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução: Resolução:
a) Substância B: Qcedido + Qrecebido = 0
Q = Pot Δt (m c Δθ)Cu + (m L)gelo = 0
Do gráfico:
30 · 0,096 · (0 – 100) + m · 80 = 0
m LF = Pot Δt
50 · LB = 20 · (90 – 30) 80 m = 288
m = 3,6 g
LB = 24 cal/g
Como:
b) Esfriar A de 280 °C a 80 °C µ=m
QA = mA cA ΔθA = 50 · 0,10 · (80 – 280) (cal) V
QA = –1 000 cal Então:
Aquecer B até 80 °C: 0,92 = 3,6
V
QB = mB cB ΔθB = 50 · 0,20 · (80 – 20) (cal) V ⯝ 3,9 cm3
QB = 600 cal Portanto:
Q = QA + QB = –1 000 + 600 (cal) Vtotal = 5,0 + 3,9
Q = –400 cal
Essa energia será utilizada para a fusão de B: Vtotal = 8,9 cm3
Q=mL
400 = m · 24 Resposta: a
m = 50 g
3 142 (Fuvest-SP) A energia necessária para fundir um grama de gelo
Observe que a fusão foi parcial; assim, no final, a temperatura será:
a 0 °C é 80 vezes maior que a energia necessária para elevar de 1,0 °C
θ = 80 ºC a temperatura de um grama de água. Coloca-se um bloco de gelo a
c) A substância B mudou de fase. Do item b, temos: 0 °C dentro de um recipiente termicamente isolante fornecendo-se, a
seguir, calor a uma taxa constante. Transcorrido certo intervalo de tem-
mB(líquido) = 50 g po, observa-se o término da fusão completa do bloco de gelo. Após um
3 novo intervalo de tempo, igual à metade do anterior, a temperatura da
água, em °C, será:
mB(sólido) = 50 – 50 = 150 – 50 g a) 20. b) 40. c) 50. d) 80. e) 100.
3 3

mB(sólido) = 100 g Resolução:


3 1a parte:
Qlatente = 80 Qsensível
Respostas: a) 24 cal/g; b) 80 °C; c) líquido = 50 g, sólido = 100 g m LF = 80 m c Δθ
3 3
1,0 LF = 80 · 1,0 · c · 1,0
141 (ITA-SP) Numa cavidade de 5 cm3 feita num bloco de gelo fun- LF = 80 c
dente, introduz-se uma esfera homogênea de cobre de 30 g aquecida 2a parte:
a 100 °C, conforme o esquema a seguir. Sabendo-se que o calor latente 1 · Δt = Δt
de fusão do gelo é de 80 cal/g, que o calor específico do cobre é de 2 gelo água

0,096 cal/g °C e que a massa específica do gelo é de 0,92 g/cm3, o volu- Como Pot Δt = Q
me total da cavidade passa a ser igual a:
Δt = Q
Água Pot
Então,
1 · m L = m c Δθ ⇒ L = 2 c Δθ
2 Pot Pot
Mas L = 80 c
Portanto:
80 c = 2 c Δθ ⇒ Δθ = 40 °C

Resposta: b

Gelo 143 (ITA-SP) Inicialmente, 48 g de gelo a 0 °C são colocados em um


calorímetro de alumínio de 2,0 g, também a 0 °C. Em seguida, 75 g de
a) 8,9 cm3. água a 80 °C são despejados dentro desse recipiente. Calcule a tempe-
b) 3,9 cm3. ratura final do conjunto.
c) 39,0 cm3. Dados: calor latente do gelo Lg = 80 cal/g;
d) 8,5 cm3. calor específico da água cH2O = 1,0 cal g–1 °C–1;
e) 7,4 cm3. calor específico do alumínio cAᐉ = 0,22 cal g–1 °C–1.
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 57

Resolução: QF mF L M cFe Δθ
Qcedido + Qrecebido = 0 = =
QC mC L M cPb Δθ
(m c Δθ)água + [m LF + m c Δθ]gelo + (m c Δθ)Aᐉ = 0
mF cFe 0,45
75 · 1,0 · (θf – 80) + 48 · 80 + 48 · 1,0 · (θf – 0) + 2,0 · 0,22 · (θf – 0) = 0 = = =3
mC cPb 0,15
75 θf – 6 000 + 3 840 + 48θf + 0,44θf = 0
123,44 θf = 2 160 mF
=3
mC
θf ⯝ 17,50 °C
b) Cálculo de M
Resposta: 17,50 °C QF = mF L = M cFe Δθ
90 · 320 = M · 0,45 · 100
144 (Unesp-SP) Uma garrafa térmica contém inicialmente 450 g de
água a 30 °C e 100 g de gelo na temperatura de fusão, a 0 °C. Considere M = 640 g
o calor específico da água igual a 4,0 J/(g °C) e o calor latente de fusão
do gelo igual a 320 J/g. Respostas: a) 3; b) 640 g
a) Qual será a quantidade de calor QF necessária para fundir o gelo
dentro da garrafa? 146 Um dos processos de transformação do estado líquido para o
b) Supondo ideal o isolamento térmico da garrafa e desprezando a ca-
estado gasoso chama-se evaporação. Esse processo é natural e pode
pacidade térmica de suas paredes internas, qual será a temperatura
final da água contida no seu interior, quando o equilíbrio térmico ser considerado um caso particular de vaporização. Os fatos a seguir
for atingido? estão relacionados com a evaporação e/ou com o aumento da veloci-
dade de evaporação, exceto:
Resolução: a) a água contida em uma moringa de barro é mais fria que a água
a) Para fundir o gelo, necessitamos de: contida em uma moringa de louça;
Q = m LF b) uma roupa molhada seca mais depressa em um dia quente que em
um dia frio, em iguais condições de umidade do ar;
Q = 100 · 320 (J) c) uma roupa molhada seca mais depressa em um dia seco que em
Q = 32 000 J ⇒ Q = 3,2 · 104 J um dia úmido;
d) em um dia de vento, sentimos frio ao sair de uma piscina com o
b) A temperatura final da mistura é obtida por: corpo molhado;
Qcedido + Qrecebido = 0 e) ao tocarmos uma peça de metal e outra de isopor, em um dia frio,
sentimos que o metal está mais frio que o isopor.
(m c Δθ)água + [(m LF)gelo + (m c Δθ)]gelo = 0
450 · 4,0 · (θf – 30) + 100 · 320 + 100 · 4,0 · (θf – 0) = 0 Resolução:
1 800 θf – 54 000 + 32 000 + 400 θf = 0 A alternativa e é a única que não tem nada que ver com a evaporação
da água. Ela se refere à transmissão de calor, à condução.
2 200 θf – 22 000 = 0
Resposta: e
2 200 θf = 22 000

θf = 10 °C 147 (ITA-SP) Numa aula prática sobre ebulição, faz-se o seguinte


experimento: leva-se até a fervura a água de um balão (não comple-
Respostas: a) 3,2 · 104 J; b) 10 °C tamente cheio). Em seguida, fecha-se o frasco e retira-se do fogo. Efe-
tuando-se um resfriamento brusco do balão, a água volta a ferver. Isso
145 (Unesp-SP) Duas peças metálicas de massas iguais, uma de ferro e se dá porque:
a outra de chumbo, inicialmente a 100 °C, são colocadas em contato tér- a) na ausência do ar, a água ferve com maior facilidade.
mico com um grande bloco de gelo a 0 °C. Após o equilíbrio térmico das b) a redução da pressão do vapor no frasco é mais rápida que a queda
peças com o gelo, o calor fornecido pela peça de ferro deixa mF gramas de temperatura do líquido.
de gelo fundido, enquanto o calor fornecido pela peça de chumbo deixa c) com o resfriamento, a água se contrai, expulsando bolhas de ar que
mC gramas de gelo fundido. O calor específico do ferro vale aproximada- estavam no seio do líquido.
mente 0,45 J/g · °C e o do chumbo, 0,15 J/g · °C. d) com o resfriamento brusco, a água evapora violentamente.
a) Qual o valor da razão mF/mC? e) com o resfriamento brusco, o caminho livre médio das moléculas
b) Sabendo que mF = 90 g e que o calor latente de fusão do gelo vale no líquido aumenta.
320 J/g, qual o valor da massa M de cada peça metálica?
Resolução:
Resolução: O resfriamento do balão é mais rápido que a queda de temperatura do
a) O equilíbrio térmico das peças metálicas com o bloco de gelo líquido. Dessa forma, reduz-se a pressão de vapor no interior do balão
acontecerá a 0 °C. Assim, o calor recebido para a fusão do gelo é e, consequentemente, reduz-se a temperatura de ebulição do líquido.
igual ao calor fornecido pelas peças metálicas para esfriarem de
100 °C a 0 °C. Resposta: b
58 PARTE I – TERMOLOGIA

148 (Unifesp-SP) Os líquidos podem transformar-se em vapor por A figura I representa um cabide dependurado na extremidade de uma
evaporação ou ebulição. Enquanto a evaporação é um fenômeno es- mola de constante elástica k = 50 N/m. Na figura II, tem-se a nova situa-
pontâneo, restrito à superfície do líquido e que pode ocorrer a tempe- ção de equilíbrio logo após a roupa molhada ser colocada no cabide e
ratura e pressão ambientes, a ebulição ocorre em todo o líquido sob ser exposta ao Sol para secar, provocando na mola uma deformação
condições de pressão e temperatura determinadas para cada líquido. inicial x = 18 cm. O tempo de insolação foi mais do que suficiente para
Mas ambas as transformações, para se efetivarem, exigem o consumo secar a roupa completamente. A variação da deformação da mola (em
da mesma quantidade de calor por unidade de massa transformada. cm) em função do tempo (em horas) em que a roupa ficou sob a ação
a) Quando as roupas são estendidas nos varais, ou a água no piso dos raios solares está registrada no gráfico da figura III. (g = 10 m/s2)
molhado de um ambiente é puxada pelo rodo, tem-se por objetivo Considere que cada grama de água para vaporizar absorve 500 cal de
apressar a secagem – transformação da água em vapor – dessas energia e determine:
roupas ou do piso. Qual a causa comum que se busca favorecer nes- a) o peso da água que evaporou;
ses procedimentos? Justifique. b) a potência média de radiação solar absorvida pela roupa supondo
b) Avalia-se que a área da superfície da pele de uma pessoa adulta ser ela a única responsável pela evaporação da água.
seja, em média, da ordem de 1,0 m2. Suponha que, ao sair de uma
piscina, uma pessoa retenha junto à pele uma camada de água de Resolução:
espessura média 0,50 mm. Qual a quantidade de calor que essa ca- a) No início
mada de água consome para evaporar? Que relação tem esse cálcu- F1 = P1 ⇒ k x1 = m1 g
lo com a sensação de frio que sentimos quando estamos molhados, 50 · 0,18 = m1 · 10
mesmo em dias quentes? Justifique. m1 = 0,90 kg
Dados: densidade da água = 1 000 kg/m3;
calor latente de vaporização da água = 2 300 kJ/kg. No final
F2 = P2 ⇒ k x2 = m2 g ⇒ 50 · 0,06 = m2 · 10
Resolução: m2 = 0,30 kg
a) Evaporação
As roupas são estendidas nos varais, e a água do piso molhado é Portanto, o peso da água que evaporou é dado por:
puxada por um rodo para que a superfície livre (da água) seja am- Pa = (m1 + m2) g ⇒ Pa = (0,90 – 0,30) · 10
pliada, aumentando-se, assim, a rapidez da evaporação.
Pa = 6,0 N
b) Na superfície do corpo da pessoa, encontramos um volume de
água calculado por:
b) Pot = Q = m L = 600 · 500 (cal)
V = A h = 1,0 · 0,50 · 10–3 m3 Δt Δt 2 (h)
V = 5,0 · 10–4 m3 Pot = 1,5 · 105 cal/h
O calor necessário para a vaporização dessa água é obtido pela ex-
pressão do calor latente:
Respostas: a) 6,0 N; b) 1,5 · 105 cal/h
Q=mL
Mas: d = m ⇒ m = d V
V 150 (FGV-SP) O vaporizador é um aparelho que permite aumentar a
Então: umidade do ar em um ambiente. A vaporização ocorre por intermédio
Q = d V L = 1 000 · 5,0 · 10–4 · 2 300 (kJ) de um resistor, que permanece ligado enquanto estiver em contato
Q = 1 150 kJ com a água. Uma vez esgotada essa água, o aparelho se desliga au-
tomaticamente. Um desses vaporizadores, contendo 200 mL de água,
A energia térmica (calor) utilizada por essa água para vaporizar é inicialmente a 20 °C, permaneceu funcionando, ininterruptamente, por
obtida, principalmente, da pele dessa pessoa. A sensação de frio 2 h até se desligar. Considerando que toda energia dissipada pelo re-
que a pessoa sente é devida ao fato de sua pele estar perdendo sistor é transferida para a água, que todo o vapor produzido é lançado
energia mais rapidamente do que ocorreria se não houvesse a ca- para o ambiente e que a vaporização ocorre à temperatura de ebuli-
mada de água em evaporação. ção, pode-se concluir que a potência do aparelho, medida em W, é,
Respostas: a) Evaporação; b) 1 150 kJ aproximadamente:
Dados: calor específico da água = 1 cal/g · °C;
calor latente de vaporização da água = 540 cal/g;
149 (Fuvest-SP) densidade da água = 1 g/mL;
(cm) temperatura de vaporização da água = 100 °C;
18 1 cal = 4 J.
a) 32. d) 78.
x (deformação)

x = 18 cm
b) 46. e) 84.
c) 69.
Figura I 9
Resolução:
Figura II No aquecimento e na vaporização da água, temos:
Pot Δt = (m c Δθ)água + (m Lv)vaporização da água
0 1 2 3 (h)
t (tempo de insolação) Sendo a densidade da água igual a 1 g/mL, o volume de 200 mL de
água terá massa igual a 200 g.
Figura III
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 59

Assim: 152 (Fuvest-SP) Quando água pura é cuidadosamente resfriada, nas


Pot · 2 · 3 600 = 200 · 1 · (100 – 20) + 200 · 540 condições normais de pressão, pode permanecer no estado líquido até
Pot · 7 200 = 16 000 + 108 000 temperaturas inferiores a 0 °C, num estado instável de “superfusão”.
Pot = 155 cal/s Se o sistema é perturbado, por exemplo, por vibração, parte da água
9 se transforma em gelo e o sistema se aquece até estabilizar em 0 °C. O
Sendo 1 cal = 4J, vem calor latente de fusão do gelo é igual a 80 cal/g.
Considerando um recipiente termicamente isolado e de capacidade
Pot = 155 · 4 J/s
9 térmica desprezível, contendo 1 ᐉ de água a –5,6 °C, à pressão normal,
Pot ⯝ 69 W determine:
a) a quantidade, em gramas, de gelo formada, quando o sistema é
perturbado e atinge uma situação de equilíbrio a 0 °C.
Resposta: c
b) a temperatura final de equilíbrio do sistema e a quantidade de gelo
existente (considerando o sistema inicial no estado de “superfusão”
151 (Unifesp-SP) Atualmente, o laser de CO tem sido muito aplicado a –5,6 °C), ao colocar-se no recipiente um bloco metálico de capaci-
2
em microcirurgias, onde o feixe luminoso é utilizado no lugar do bisturi dade térmica igual a 400 cal/°C, à temperatura de 91 °C.
de lâmina. O corte com o laser é efetuado porque o feixe provoca um rá-
pido aquecimento e a evaporação do tecido, que é constituído principal- Resolução:
mente de água. Considere um corte de 2,0 cm de comprimento, 3,0 mm a) Qcedido + Qrecebido = 0
de profundidade e 0,5 mm de largura, que é aproximadamente o diâ- (m L)gelo + (m c Δθ)água = 0
metro do feixe. Sabendo que a massa específica da água é 103 kg/m3,
Como:
o calor específico é 4,2 · 103 J/kg · K e o calor latente de evaporação é
dágua = 1 000 kg/m3 = 1 000 g/dm3 = 1 000 g/ᐉ
2,3 · 106 J/kg:
a) estime a quantidade de energia total consumida para fazer essa in- Então:
cisão, considerando que, no processo, a temperatura do tecido se m · (–80) + 1 000 · 1,0 · [0 – (–5,6)] = 0
eleva 63 °C e que este é constituído exclusivamente de água.
b) se o corte é efetuado a uma velocidade de 3,0 cm/s, determine a 80 m = 5 600 → m = 70 g
potência do feixe, considerando que toda a energia fornecida foi b) Qcedido + Qrecebido = 0
gasta na incisão.
(C Δθ)metal + (m c Δθ)água = 0
Resolução: 400 · (θf – 91) + 1 000 · 1,0 · [θf – (–5,6)] = 0
a) Volume do tecido vaporizado: 400θf – 36 400 + 1 000θf + 5 600 = 0
V = 20 · 3,0 · 0,5 (mm)3
V = 30 (mm)3 = 3,0 · 10–8 m3 1 400θf = 30 800 ⇒ θf = 22 °C

Massa do tecido vaporizado: No final, teremos somente água a 22 °C. A massa de gelo será nula.
d=m ⇒ m=dV Respostas: a) 70 g; b) 22 °C e zero
V
m = 103 · 3,0 · 10–8 kg
m = 3,0 · 10–5 kg 153 (Unifesp-SP) Sobrefusão é o fenômeno em que um líquido per-
Cálculo da energia consumida para o aquecimento e a vaporização manece nesse estado a uma temperatura inferior à de solidif icação,
do tecido: para a correspondente pressão. Esse fenômeno pode ocorrer quando
Q = m c Δθ + m Lv um líquido cede calor lentamente, sem que sofra agitação. Agitado,
Q = 3,0 · 10–5 · 4,2 · 103 · 63 + 3,0 · 10–5 · 2,3 · 106 (J) parte do líquido solidif ica, liberando calor para o restante, até que o
Q = 793,8 · 10–2 + 6,9 · 10 (J) equilíbrio térmico seja atingido à temperatura de solidif icação para
a respectiva pressão. Considere uma massa de 100 g de água em so-
Q ⯝ 7,9 + 69,0 (J)
brefusão à temperatura de –10 °C e pressão de 1 atm, o calor especí-
Q ⯝ 76,9 J fico da água de 1 cal/g °C e o calor latente de solidificação da água de
–80 cal/g. A massa de água que sofrerá solidif icação se o líquido for
b) A incisão tem 2,0 cm, e o módulo da velocidade com que é feito o agitado será:
corte é 3,0 cm/s. Assim: a) 8,7 g. c) 12,5 g. e) 60,3 g.
v = Δs ⇒ Δt = Δs b) 10,0 g. d) 50,0 g.
Δt v
Δtcorte = 2,0 s
3,0 Resolução:
Qágua + Qgelo = 0
Portanto:
76,9 J mágua cágua Δθágua + m Lgelo = 0
Pot = Q =
Δt 2,0 s 100 · 1,0 · [0 – (–10)] + m · (–80) = 0
3,0 80 m = 1 000
Pot ⯝ 115,4 W m = 12,5 g

Respostas: a) ⯝ 77 J; b) ⯝ 115 W Resposta: c


60 PARTE I – TERMOLOGIA

154 (UFPR) Pode-se conseguir a sublimação do gelo quando ele é 39 °F até 40 °F. Sabendo-se que 1 g = 2,2 . 10–3 ᐉb, qual a relação entre
submetido a: as unidades caloria e Btu?
a) pressão e temperatura inferiores às do ponto tríplice. Resolução:
b) pressão e temperatura inferiores às do ponto crítico. Q = m c Δθ ⇒ c = Q
c) pressão e temperatura superiores às do ponto tríplice. m Δθ
d) pressão e temperatura superiores às do ponto crítico. Assim:
e) Não se consegue a sublimação do gelo; ele sempre transforma-se Q = Q ⇒ 1 cal = 1 Btu
em água, para depois produzir a vaporização. m Δθ cal m Δθ Btu 1 g 1 °C 1 ᐉb · 1 °F
Como:
Resolução:
1 g = 2,2 · 10–3 ᐉb ⇒ e ΔθC = 1 °C equivale a ΔθF = 1,8 °F
A curva de sublimação encontra-se a temperaturas e pressões inferio-
res às do ponto tríplice. Temos:
Resposta: a
1 cal = 1 Btu ⇒ 1 000 cal = 1 Btu
2,2 · 10–3 ᐉb · 1,8 °F 1 ᐉb · 1 °F 2,2 · 1,8
1 Btu ⯝ 252 cal
155 (Ufla-MG) A figura a seguir é usada para mostrar uma experiên-
cia de laboratório. No cilindro C, provido de êmbolo, coloca-se certa Resposta: 1 Btu ⯝ 252 cal
quantidade de vapor (CO2, por exemplo); mantendo-se constante a
temperatura, o volume do cilindro é diminuído gradativamente, em- 157 Um jovem apaixonado entrou em uma joalheria e escolheu um
purrando-se o êmbolo para a esquerda. O gráf ico do cilindro mostra
como varia a pressão no cilindro em função do volume. Baseados nessa anel para presentear sua namorada. O joalheiro garantiu que no anel,
experiência apresentamos três proposições. de 10 gramas, 90% eram ouro e 10% eram cobre. Para ter certeza, o es-
tudante levou o anel até o laboratório de Física da sua escola e realizou
P um experimento de calorimetria, a fim de determinar a massa real de
d
ouro. O anel foi aquecido em uma estufa até atingir a temperatura de
522 °C e, em seguida, foi colocado no interior de um calorímetro com
c b
água. O sistema calorímetro-água tem capacidade térmica equivalente
à de 100 gramas de água e está à temperatura de 20 °C. A temperatura
final de equilíbrio térmico foi de 22 °C.
a Sabe-se que:
I. o calor específico da água vale 1,00 cal/g °C; o do ouro, 0,030 cal/g °C;
e o do cobre, 0,090 cal/g °C;
Vc Vb Va V II. o calor específico de uma liga metálica é igual à média ponderada
dos calores específicos dos metais integrantes da liga, sendo as res-
pectivas massas os pesos da média.
C
Dessa forma, o estudante determinou que a massa real de ouro no anel
era, aproximadamente, igual a:
I. A pressão Pc ou Pb corresponde à maior pressão que o vapor pode a) 5,0 gramas; c) 8,3 gramas; e) 9,8 gramas.
oferecer, a determinada temperatura, antes de começar a conden- b) 7,5 gramas; d) 9,0 gramas;
sação.
II. De Vb a Vc (patamar) coexistem, no cilindro, uma mistura de líquido Resolução:
e vapor. Qcedido + Qrecebido = 0
III. Quando o êmbolo atinge o volume Vc, todo vapor se condensou e, (m c Δθ)anel + [(m + E) c Δθ](água + calorímetro) = 0
a partir daí, uma pequena diminuição de volume acarreta um gran- Como:
de aumento da pressão. mAu cAu + mCu cCu
Indique a alternativa correta. canel =
mAu + mCu
a) Apenas a proposição I é correta.
Temos:
b) Apenas as proposições I e II são corretas.
c) Apenas as proposições I e III são corretas. mAu 0,030 + mCu 0,090
10 (22 – 522) + 100 · 1,0 · (22 – 20) = 0
d) Apenas as proposições II e III são corretas. mAu + mCu
e) As proposições I, II e III são corretas. mAu 0,030 + mCu 0,090
5 000 = 200
Resolução: mAu + mCu
I – Correta II – Correta III – Correta 0,030 mAu + 0,090 mCu = 0,040 mAu + 0,040 mCu
Resposta: e 0,05 mCu = 0,01 mAu ⇒ mAu = 5 mCu
Como: mAu + mCu = 10
m
156 A unidade de medida de calor no sistema inglês é a Btu Então: mAu + Au = 10
5
(British Thermal Unit) e a unidade de medida de calor que utilizamos 6 mAu = 50
com frequência no Brasil é a caloria (cal). Sabe-se que 1 cal é a quan-
tidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1 g de água mAu ⯝ 8,3 g
pura de 14,5 °C até 15,5 °C e que 1 Btu é a quantidade de calor neces-
sária para elevar a temperatura de 1 ᐉb (uma libra) da mesma água de Resposta: c
Tópico 3 – Calor sensível e calor latente 61

158 (Fuvest-SP) Uma caixa-d’água C, com capacidade de 100 litros, c) TC = T2 – 10


é alimentada, através do registro R1, com água fria a 15 °C, tendo uma TC = 30 – 10
vazão regulada para manter sempre constante o nível de água na caixa.
TC = 20 °C
Uma bomba B retira 3 ᐉ/min de água da caixa e os faz passar por um
aquecedor elétrico A (inicialmente desligado). Ao ligar-se o aquecedor,
a água é fornecida, à razão de 2 ᐉ/min, através do registro R2 para uso Respostas: a) 1,2 · 105 J; b) 30 °C; c) 20 °C
externo, enquanto o restante da água aquecida retorna à caixa para não
desperdiçar energia. No momento em que o aquecedor, que fornece 159 (UFSCar-SP) Um exercício sobre trocas de calor propunha que
uma potência constante, começa a funcionar, a água, que entra nele a
15 °C, sai a 25 °C. A partir desse momento, a temperatura da água na cai- 235 g de água, à temperatura de 25 °C e à pressão de 1 atm, fossem
xa passa então a aumentar, estabilizando-se depois de algumas horas. misturadas a 63 g de gelo, à temperatura de –18 °C, num calorímetro
ideal mantido sob agitação. Para resolvê-lo, um estudante testou as
R1
cinco hipóteses seguintes:

Resultados dos cálculos


Hipótese
m (g) t (°C)
C 1. Não ocorre mudança de fase. — 19,9
2. Toda a massa de gelo sofre fu-
são e a água resultante dessa — 0,9
R2
fusão aumenta de temperatura.
3. Parte da massa do gelo sofre
A B 66,4 0,0
fusão.
J 4. Parte da massa de água solidi-
Dado: calor específico da água = 4 · 103 – 66,4 0,0
kg · °C fica.
Desprezando perdas térmicas, determine, após o sistema passar a ter 5. Toda a massa de água solidifica
temperaturas estáveis na caixa e na saída para o usuário externo: e a temperatura do gelo resul- — 161,8
a) a quantidade de calor Q, em J (joules), fornecida a cada minuto pelo
tante diminui.
aquecedor;
b) a temperatura final T2, em °C (graus Celsius), da água que sai pelo
registro R2 para uso externo; onde: m = massa que sofre mudança de fase e
c) a temperatura final TC, em °C (graus Celsius), da água na caixa. t = temperatura de equilíbrio.
Resolução: a) Considerando que os cálculos realizados pelo estudante estejam
a) Q = m c Δθ corretos, justifique qual das hipóteses anteriores fornece um resul-
Q = 3 · 4 · 103 · 10 (J) tado possível de ocorrer experimentalmente, nas condições pro-
postas pelo exercício.
Q = 1,2 · 105 J b) Sabendo-se que a temperatura de fusão do gelo é função decres-
cente da pressão, explique o que ocorreria com a temperatura de
b) Do texto, concluímos que: equilíbrio e com a massa da substância que sofre mudança de fase,
R1 T1 = 15 °C
se a pressão no calorímetro fosse superior a 1 atm. Suponha que

1
min 
os valores dos calores específicos e dos calores latentes específicos
T2 2 não dependam da pressão e da temperatura.
min
2 1
TC C
Resolução:
1) Para esfriar a água até 0 °C, devemos retirar:
R2 3  Q1 = m c Δθ
 min
2 Q1 = 235 · 1 · (0 – 25) (cal)
min
T2 A TC B Q1 = – 5 875 cal
2) Para aquecimento do gelo até 0 °C, devemos fornecer a ele:
Qcedido + Qrecebido = 0 Q2 = m c Δθ
m1 c Δθ1 + m2 c Δθ2 = 0 Q2 = 63 · 0,5 · [0 – (–18)] (cal)
2m c (TC – T1) + m c (TC – T2) = 0 Q2 = 567 cal
2TC – 2T1 + TC – T2 = 0 3) Para a fusão do gelo devemos fornecer a ele:
3TC – 2T1 – T2 = 0 Q3 = m LF
Sendo: TC = T2 – 10 (°C) e T1 = 15 °C, temos: Q3 = 63 · 80 (cal)
3 · (T2 – 10) – 2 · (15) – T2 = 0 Q3 = 5 040 cal
3T2 – 30 – 30 – T2 = 0 4) Na temperatura e 0 °C temos somente água e estão sobrando, para
2T2 = 60 retornar ao sistema, a energia:
Q = (– 5 875 + 567 + 5 040) (cal)
T2 = 30 °C Q = – 268 cal
62 PARTE I – TERMOLOGIA

5) Retornando essa energia para o sistema, temos: Do texto, temos Pp = 16,2 mm Hg e, a 25 °C, encontramos na tabela:
Q = m c Δθ Pm = 23,8 mm Hg.
268 = (235 + 63) · 1 · (θf – 0) Portanto:
θf ⬵ 0,9 °C
µ = 16,2 ⯝ 0,68
23,8
Observação:
µr (%) ⯝ 68%
Foram usados na resolução os valores tradicionais:
calor específico do gelo = 0,5 cal/g °C
calor específico da água = 1 cal/g °C Resposta: e
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g
Assim: 161 (ITA-SP) Um termômetro em uma sala de 8,0 x 5,0 x 4,0 m indica
a) Nas condições propostas no exercício, a hipótese possível é a de 22 °C e um higrômetro indica que a umidade relativa é de 40%. Qual é
número 2. a massa de vapor de água na sala, se sabemos que a essa temperatura
b) A temperatura de equilíbrio seria menor do que 0,9 °C, pois a tem- o ar saturado contém 19,33 g de água por metro cúbico?
peratura de fusão do gelo é função decrescente da pressão. A mas-
sa da substância que sofre mudança de fase não muda. Resolução:
Do texto:
Respostas: a) A hipótese 2 fornece um resultado possível de ocor-
rer experimentalmente, nas condições propostas pelo 19,33 g/cm3 → 100%
exercício; x ← 40%
b) A temperatura de equilíbrio seria menor do que x = 7,732 g/m3
0,9 °C, pois a temperatura de fusão do gelo é função Assim:
decrescente da pressão. A massa da substância que mv = x · Vsala
sofre mudança de fase não muda. mv = 7,732 · 8,0 · 5,0 · 4,0
mv = 1 237 g = 1,24 kg
160 Observe as informações:
I. A umidade relativa do ar corresponde à razão entre a pressão par- Resposta: 1,24 kg
cial de vapor existente no local e a pressão de vapor saturado na
temperatura local.
162 Uma arma dispara um projétil de chumbo de massa 20,0 g, que
II. O ser humano sente-se confortável quando a umidade relativa do
ar está por volta de 50%. Uma umidade maior que 50% reduz a eva- se move de encontro a um grande bloco de gelo fundente. No impac-
poração do suor da pele, provocando desconforto. Uma umidade to, o projétil tem sua velocidade reduzida de 100 m/s para 0 e entra
menor que 50% tem um efeito secante na pele e na mucosa. em equilíbrio térmico com o gelo. Não havendo dissipação de energia,
III. A tabela a seguir mostra a pressão máxima de vapor de água em ocorre a fusão de 2,25 g de gelo. Sendo o calor específico sensível do
função da temperatura. chumbo igual a 0,031 cal/g °C e o calor específico latente de fusão do
gelo igual a 80 cal/g, qual era a temperatura do projétil no momento
do impacto?
θ (°C) 0 5 10 15 20
Dado: 1 cal = 4 J.
P (mm Hg) 4,58 6,54 9,21 12,8 17,5
Resolução:
θ (°C) 25 30 40 50 60
Energia cinética do projétil:
–3 2
Ec = m v = 20,0 · 10 · (100) (J)
2
P (mm Hg) 23,8 31,8 55,3 92,5 149
2 2
Ec = 100 J = 25 cal
Uma pessoa encontra-se num ambiente onde a temperatura é de 25 °C
Portanto:
e a pressão de vapor de água é de 16,2 mm Hg. Pode-se afirmar que:
|Ec + Q|projétil = |Q|gelo
a) nesse local está chovendo;
b) a umidade relativa do ar, nesse ambiente, é menor que 50%; 25 + (m c |Δθ|)projétil = (m LF)gelo
c) a umidade relativa do ar, nesse ambiente, é igual a 89%; 25 + 20,0 · 0,031 · |0 – θPb| = 2,25 · 80
d) essa pessoa pode estar sentindo sua pele ressecada; 0,62 θPb = 155
e) a umidade relativa do ar, nesse ambiente, é aproximadamente
θPb = 250 °C
igual a 68%.

Resolução: Resposta: 250 °C


P
µ= p
Pm
Tópico 4 – Gases perfeitos 63

p
Tópico 4 p1 I

II
p2 III
1 (Esam-RN) Chama-se pressão média sobre uma superfície
plana:
a) o contato entre superfícies planas.
0 V1 V2 V
b) uma propriedade da superfície livre dos líquidos.
c) o valor da força que atua sobre qualquer superfície plana.
d) a razão entre o módulo da força que atua perpendicularmente na Sabe-se que a transformação III é adiabática.
superfície e a área da superfície. As transformações I e II são, respectivamente:
e) a razão entre o módulo da força que atua na superfície e o períme- 01) isobárica e isotérmica. 04) isométrica e isobárica.
tro dessa superfície. 02) isobárica e isométrica. 05) isotérmica e isobárica.
03) isométrica e isotérmica.
Resolução:
Por definição: Resolução:
Transformação adiabática é aquela que se processa sem trocas de ca-
p= F lor com o meio externo.
T
I – Isobárica: pressão constante.
em que F é o módulo da força resultante perpendicular à superfície e II – Isométrica: volume constante.
A4, a área da superfície.
Resposta: 02
Resposta: d
5 O diagrama representa três isotermas T , T e T , referentes a
2 (UFRGS-RS) Um gás encontra-se contido sob a pressão de
1 2 3
uma mesma amostra de gás perfeito. A respeito dos valores das tem-
5,0 · 103 N/m2 no interior de um recipiente cúbico cujas faces possuem peraturas absolutas T1, T2 e T3, pode-se afirmar que:
uma área de 2,0 m2. Qual é o módulo da força média exercida pelo gás a) T1 = T2 = T3; d) T1 = T2 < T3;
sobre cada face do recipiente? b) T1 < T2 < T3; e) T2 > T1 < T3.
c) T1 > T2 > T3;
Resolução:
p
p= F
A
Pressão

F = p A = 5,0 · 103 · 2,0 (N)


F = 1,0 · 104 N T3
T2
Resposta: 1,0 · 104 N T1
Volume V
3 Determinada massa de gás perfeito sofre as transformações in-
dicadas a seguir: Resolução:
I. Compressão a temperatura constante. Quanto maior a temperatura do gás, mais afastada dos eixos se en-
II. Expansão a pressão constante. contra a curva isotérmica indicativa dessa temperatura.
III. Aquecimento a volume constante. Assim:
Nessa ordem, as transformações podem ser chamadas também de: T3 > T2 > T1
a) isobárica, adiabática e isocórica. ou
b) isométrica, isotérmica e isobárica. T1 < T2 < T3
c) isotérmica, isobárica e adiabática.
Resposta: b
d) isométrica, isocórica e isotérmica.
e) isotérmica, isobárica e isométrica.
6 O diagrama mostra duas transformações isobáricas sofridas por
Resolução: uma mesma amostra de gás perfeito.
I – Isotérmico: temperatura constante.
II – Isobárica: pressão constante.
Volume (V)

p2
III – Isocórica ou Isométrica: volume constante.
p1
Resposta: e

4 (Uneb-BA) Uma amostra de gás ideal sofre as transforma-


ções I, II e III, identif icadas no gráf ico pressão ⴛ volume apresen-
tado a seguir. Temperatura (T)
64 PARTE I – TERMOLOGIA

Com base nesses dados, pode-se afirmar que: Resolução:


a) p2 > p1; Volume constante → Isométrica.
b) p2 < p1; Lei de Charles:
c) p2 = p1; p=KT
d) p2 = 2 p1; Assim:
e) Num diagrama volume ⴛ temperatura absoluta, não se pode com- P
parar diferentes valores da pressão.

Resolução:
V

P
T (K)
V

α
0 T T

tg α = v = K
T
Como a constante K é inversamente proporcional à pressão, temos:
tg α2 > tg α1
K2 > K1 –273 ºC T (ºC)

p 2 < p1 Resposta: d

Resposta: b
8 E.R. Num recipiente indeformável, aprisiona-se certa massa
de gás perfeito a 27 °C. Medindo a pressão exercida pelo gás, obte-
7
Um recipiente indeformável (volume interno constante) e mos o valor 90 cm Hg. Se elevarmos a temperatura para 170,6 °F, qual
hermeticamente fechado (não permite a entrada ou saída de gás) será a nova pressão do gás?
contém certa massa de gás perfeito à temperatura ambiente. Aque-
cendo-se esse gás, qual dos gráficos a seguir melhor representa o seu Resolução:
comportamento? Uma vez que o volume permanece constante, podemos aplicar a
a) d) Lei de Charles, que é expressa da seguinte forma:
p
p=KT ⇒
Pressão (p)

=K
Pressão (p)

T
Assim, temos:
p 1 p2
= (I)
Volume (V) Temperatura (T) T1 T2
São dados:
b) e)
p1 = 90 cm Hg
Pressão (p)
Pressão (p)

T1 = 27 °C = 300 K

Transformando 170,6 °F em unidades da escala Kelvin, temos:

θF – 32 T – 273 170,6 – 32 T2 – 273


Temperatura (T) Volume (V) = ⇒ =
9 5 9 5
c) T2 – 273
15,4 = ⇒ T2 = 350 K
5
Pressão (p)

Substituindo os valores conhecidos na relação (I), encontramos:

90 p p2 = 105 cm Hg
= 2 ⇒
300 350
Volume (V)
Tópico 4 – Gases perfeitos 65

9 4,0 p2
(FCMSC-SP) Uma amostra de gás perfeito ocupa um recipiente =
(47 + 273) (127 + 273)
de 10,0 ᐉ à pressão de 1,5 atm. Essa amostra foi transferida para outro
recipiente de 15,0 litros, mantendo a mesma temperatura. Qual a nova p2 = 5,0 atm
pressão dessa amostra de gás?
Resposta: 5,0 atm
Resolução:
Lei de Boyle: 13 (Ufal) Um gás ideal está contido em um recipiente fechado, a vo-
p1 V1 = p2 V2 lume constante, a uma temperatura de 27 °C. Para que a pressão desse
1,5 · 10,0 = p2 · 15,0 gás sofra um acréscimo de 50%, é necessário elevar a sua temperatura
para quanto?
p2 = 1,0 atm
Resolução:
Resposta: 1,0 atm Lei de Charles:
p1 p 2
=
10 (PUC-SP) Um recipiente contém certa massa de gás ideal que, T1 T2
à temperatura de 27 °C, ocupa um volume de 15 ᐉ. Ao sofrer uma p1 1,5 p2
=
transformação isobárica, o volume ocupado pela massa gasosa passa (27 + 273) T2
a ser de 20 ᐉ. Nessas condições, qual foi a variação de temperatura
Resposta: 177 °C
sofrida pelo gás?

Resolução: 14 (Univali-SC) Considere o diagrama onde se apresentam duas


Lei de Charles e Gay-Lussac: isotermas, TA e TB.
V1 V2
= p (atm)
T1 T2
15 = 20
(27 + 273) T2 2,5
T2 = 400 K = 127 °C
3 2
Assim:
ΔT (°C) = T2 (°C) – T1 (°C)
1,0 TA
ΔT (°C) = (127 – 27) °C 1
ΔT (°C) = 100 °C TB

0 2,2 3,5 V (ᐉ)


Resposta: 100 °C
As transformações gasosas 1, 2 e 3 são, respectivamente:
11 (UFPE) Certa quantidade de gás ocupa um volume de 3,0 ᐉ e sua a) isobárica, isocórica e isotérmica.
b) isocórica, isobárica e isotérmica.
temperatura é de 450 K. Sem que a pressão mude, sua temperatura é
c) isotérmica, isobárica e isocórica.
baixada para 300 K. Determine o volume do gás nessa nova situação.
d) isobárica, isotérmica e isocórica.
e) isotérmica, isocórica e isobárica.
Resolução:
Lei de Charles e Gay-Lussac: Resolução:
V1 V2 1) Isobárica: Transformação a pressão constante.
=
T1 T2 2) Isotérmica: Transformação a temperatura constante.
3,0 V 3) Isocórica: Transformação a volume constante.
= 2
450 300
Resposta: d
V2 = 2,0 艎

15 Um gás perfeito tem como variáveis de estado as grandezas:


Resposta: 2,0 艎
pressão (p), volume (V) e temperatura absoluta (T). O diagrama volume
(V) ⴛ temperatura absoluta (T) representa as transformações AB e BC
12 (PUC-SP) Determinada massa de gás perfeito sofre uma trans-
sofridas por determinada massa de gás perfeito.
formação isométrica. A pressão inicial vale 4,0 atm e a temperatura V
inicial é de 47 °C. Se a temperatura final é de 127 °C, qual é o valor da
pressão final? A B

Resolução:
Lei de Charles:
C
p1 p2
=
T1 T2 O T
66 PARTE I – TERMOLOGIA

Num diagrama pressão (p) ⴛ volume (V), essas transformações pode- 16 (UFMA) Um determinado gás perfeito, contido dentro de um
riam ser representadas por: recipiente, ocupa inicialmente um volume V0. O gás sofre então uma
a) p d) p C
expansão isotérmica, atingindo o estado 2, a partir do qual passa por
B um processo de aquecimento isovolumétrico, atingindo o estado 3.
Do estado 3, o gás retorna ao estado 1 (inicial) por meio de uma com-
B pressão isobárica. Indique qual dos diagramas a seguir representa a
sequência dos processos acima:
C a) V d) V
A A 3 2 3
V V
b) p C e) p V0 V0
A 1 2 1
B T T

b) V e) V
2 2 3
3
B C
A

V V V0 V0
1 1
c) p
A T T
C
c)
V 2

B
V0
1 3
V
T
Resolução:
Transformação AB (isométrica): Resolução:
De 1 para 2: há expansão (aumento de volume) isotérmica (tempera-
tura constante).
P V 2

A T

V De 2 para 3: há aquecimento (aumento de temperatura) isovolumétri-


co (volume constante).
3
Se a temperatura T do gás aumenta, sua pressão aumenta também. V 2
Transformação BC (isotérmica):

P C
1

B T

De 3 para 1: há compressão (diminuição de volume) isobárica (pressão


constante).
2 3
A V
Lei de Charles e Gay-Lussac: V = K T
V
V (volume) diretamente proporcional à
Em um diagrama p ⫻ V, a transformação isotérmica é representada por temperatura absoluta T.
uma hipérbole.
V0 1
Resposta: d Resposta: b
T
Tópico 4 – Gases perfeitos 67

17 (Fuvest-SP) Um congelador doméstico (freezer) está regulado 20 (Unifor-CE) Um pneu de automóvel contém ar sob pressão de
para manter a temperatura de seu interior a –18 °C. Sendo a tempe- 3,0 atm à temperatura de 7,0 °C. Após viagem de 72 km, verifica-se que
ratura ambiente igual a 27 °C (ou seja, 300 K), o congelador é aberto e, a temperatura do pneu atinge 47 °C. Considerando o ar um gás ideal
pouco depois, fechado novamente. Suponha que o freezer tenha boa e desprezando a variação de volume do pneu, a pressão do ar nessa
vedação e que tenha ficado aberto o tempo necessário para o ar em nova condição vale, em atmosferas:
seu interior ser trocado por ar ambiente. Quando a temperatura do ar a) 3,1. d) 4,0.
no freezer voltar a atingir –18 °C, a pressão em seu interior será: b) 3,4. e) 4,3.
a) cerca de 150% da pressão atmosférica. c) 3,7.
b) cerca de 118% da pressão atmosférica.
c) igual à pressão atmosférica. Resolução:
d) cerca de 85% da pressão atmosférica. Lei de Charles:
e) cerca de 67% da pressão atmosférica. p1 p2
=
T1 T2
Resolução: p2
3,0
Lei de Charles: =
p1 p2 p0 p2 (7,0 + 273) (47 + 273)
= ⇒ =
T1 T2 (27 + 273) (–18 + 273) p2 ⯝ 3,4 atm
p2 = 0,85 p0
Resposta: b
A pressão no interior do freezer é 85% da pressão atmosférica.
Resposta: d
21 (Fuvest-SP) O cilindro da figura a seguir é fechado por um êm-
bolo que pode deslizar sem atrito e está preenchido por certa quan-
18 Certa massa de gás ideal, inicialmente nas CNTP (condições tidade de gás que pode ser considerado como ideal. À temperatura
normais de temperatura e pressão: T = 0 °C = 273 K e p = 1,0 atm), de 30 °C, a altura h na qual o êmbolo se encontra em equilíbrio vale
sofre uma transformação isobárica e aumenta seu volume em 80%. Em 20 cm (ver figura; h se refere à superfície inferior do êmbolo). Se man-
graus Celsius, qual foi a variação de temperatura sofrida por esse gás? tidas as demais características do sistema e a temperatura passar a ser
60 °C, o valor de h variará em aproximadamente:
Resolução:
p = 1 atm
CNTp g
T = 0 °C = 273 K
Transformação isobárica
Lei de Charles e Gay-Lussac:
V1 V2 V1 1,8 V1
= ⇒ =
T1 T2 273 (θ2 + 273) h
θ2 = 218,4 °C
Portanto:
Δθ = θ2 – θ1 = 218,4 °C – 0 °C
a) 5%. d) 50%.
Δθ = 218,4 °C b) 10%. e) 100%
c) 20%.
Resposta: 218,4 °C
Resolução:
19 Certa massa de gás perfeito está em um recipiente de volume Lei de Charles e Gay-Lussac:
constante. No início, a temperatura do gás é de 47 °C e a pressão regis- V1 V2 A h1 A h2
= ⇒ =
trada é equivalente a 100 mm Hg. Qual será a nova pressão do gás se a T1 T2 (30 + 273) (60 + 273)
sua temperatura for alterada para 207 °C? 20 = h2 ⇒ h = 21,98 cm ⯝ 22 cm
303 333 2

Resolução: Vemos que h2 é, aproximadamente, 10% maior do que h1.


Lei de Charles:
p1 p2 Resposta: b
=
T1 T2
100 = p2 22 Uma garrafa metálica aprisiona ar a uma temperatura de 27 °C,
(47 + 273) (207 + 273) sob pressão de 1,2 atm. Essa garrafa é colocada no interior de um forno
p2= 150 mm Hg e é aquecida até que sua tampa seja ejetada. Supondo que o ar se com-
porte como um gás perfeito, a dilatação da garrafa seja desprezível e a
condição para a tampa ser ejetada é uma pressão igual a 2,8 atm, qual
Resposta: 150 mm Hg a temperatura do ar no instante em que ela escapa da garrafa?
68 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução: Resolução:
Lei de Charles: Nas CNTp, temos
p1 p2 TB = 273 K
= VB = 22,4 艎
T1 T2
pS = 1,0 atm
1,2 2,8 Na transformação isotérmica, usamos a Lei de Boyle:
=
(27 + 273) T2 pA VA = pB VB
T2= 700 K = 427 °C pA · 5,6 = 1,0 · 22,4
pA = 4,0 atm
Resposta: 427 °C
Resposta: d
23 (UEL-PR) Uma bolha de ar, formada junto ao fundo de um lago, a
25 E.R. Colocam-se 160 g de oxigênio, a 27 °C, em um recipiente
5,0 m de profundidade, escapa e sobe à superfície. São dados: pressão
atmosférica = 1,0 · 105 N/m2 e densidade da água = 1,0 · 103 kg/m3. com capacidade de 5,0 L. Considerando-se que o oxigênio comporta-
Considerando constante a temperatura da água, pode-se concluir que se como um gás perfeito, qual o valor da pressão exercida por ele?
o volume da bolha, na subida: Dados: massa molar do oxigênio = 32 g;
a) permanece o mesmo. d) aumenta 20%. constante universal dos gases perfeitos R = 0,082 atm L .
mol K
b) aumenta 5%. e) aumenta 50%.
Resolução:
c) aumenta 10%.
Aplicando a Equação de Clapeyron para os gases perfeitos, temos:
Resolução: pV=nRT
A 5,0 m de profundidade, a pressão é dada por: em que n = m/M, R é a constante universal dos gases perfeitos e T é a
temperatura absoluta do gás.
p 1 = p0 + µ g h
Do enunciado, sabemos que:
p1 = 1,0 · 105 + 1,0 · 103 · 10 · 5,0 (N/m2) V = 5,0 L
p1 = 1,5 · 105 N/m2
n = m = 160 ⇒ n = 5,0 mols
M 32
Assim, usando a Lei de Boyle, temos:
R = 0,082 atm L
p1 V1 = p2 V2 mol K
T = 27 °C = 300 K
1,5 · 105 · V1 = 1,0 · 105 · V2 ⇒ V2 = 1,5 V1 Portanto:
p · 5,0 = 5,0 · 0,082 · 300
O volume da bolha aumenta 50% em relação ao inicial.
p = 24,6 atm
Resposta: e

24 (Mack-SP) Um mol de gás ideal, inicialmente num estado A, ocu- 26 Num recipiente rígido de 41 L de capacidade, são colocados 10
pa o volume de 5,6 litros. Após sofrer uma transformação isotérmica, é mols de um gás perfeito, à temperatura de 177 °C. Qual o valor da pres-
levado ao estado B. são exercida por esse gás nas paredes internas do recipiente?
Dado: constante universal dos gases perfeitos R = 0,082 atm L/mol K
P (atmosferas)
Resolução:
Equação de Clapeyron:
pV=nRT
p · 41 = 10 · 0,082 · (177 + 273)
PA A p = 9,0 atm

Resposta: 9,0 atm


B
PB
27 Que volume devem ocupar 6,0 mols de um gás perfeito, a 227 °C,
para exercer nas paredes do recipiente uma pressão de 12 atm?
VA VB V (litros)
Dado: R = 0,082 atm L/mol K
Sabendo que em B o gás está nas CNTP (condições normais de tempe- Resolução:
ratura e pressão), podemos afirmar que em A: Equação de Clapeyron:
a) a pressão é desconhecida e não pode ser determinada com os da- pV=nRT
dos disponíveis. 12 · V = 6,0 · 0,082 · (227 + 273)
b) a pressão é de 1,0 atmosfera.
V = 20,5 艎
c) a pressão é de 2,0 atmosferas.
d) a pressão é de 4,0 atmosferas. Resposta: 20,5 艎
e) a pressão é de 5,6 atmosferas.
Tópico 4 – Gases perfeitos 69

28 A que temperatura (em graus Celsius) devem-se encontrar 5,0 Temos:


F V=nRT
mols de um gás perfeito para que, colocados em um recipiente de
A
volume igual a 20,5 L, exerçam uma pressão de 4,0 atm?
60 · V = 5,0 · 0,082 · (27 + 273) ⇒ V = 24,6 L
Dado: R = 0,082 atm L/mol K 12
Resolução: Resposta: e
Equação de Clapeyron:
pV=nRT 31 (Fuvest-SP) Um botijão de gás de cozinha contém 13 kg de gás
4,0 · 20,5 = 5,0 · 0,082 · T liquefeito, à alta pressão. Um mol desse gás tem massa de, aproxima-
T = 200 K = – 73 °C damente, 52 g. Se todo o conteúdo do botijão fosse utilizado para
encher um balão, à pressão atmosférica e à temperatura de 300 K, o
volume final do balão seria aproximadamente de:
Resposta: – 73 °C
a) 13 m3. Constante dos gases R
b) 6,2 m3. R = 8,3 J /(mol · K) ou
29 Num recipiente de paredes rígidas e capacidade igual a 10 L, 3
c) 3,1 m . R = 0,082 atm · ᐉ/(mol · K)
são colocados 8,0 g de hidrogênio à temperatura de –23 °C. Qual a d) 0,98 m3. Patmosférica = 1 atm
pressão exercida pelo gás, supondo-se que ele se comporte como um e) 0,27 m3. ⯝ 1 · 105 Pa
gás perfeito? (1Pa = 1 N/m2)
Dados: R = 0,082 atm L/mol K; Resolução: 1 m 3
= 1 000 ᐉ
mol (H2) = 2 g. Equação de Clapeyron:
pV=nRT
Resolução:
Equação de Clapeyron: 1 · 105 · V = 13 000 · 8,3 · 300
52
pV=nRT
V ⯝ 6,2 m3
pV= m RT
M
p · 10 = 8,0 · 0,082 · (–23 + 273) Resposta: b
2,0
p = 8,2 atm 32 (Mack-SP) A tabela a seguir representa as características de duas
amostras do mesmo gás perfeito.
Resposta: 8,2 atm
Características Amostra 1 Amostra 2
Pressão (atm) 1,0 0,5
30 Na figura a seguir, os compartimentos A e B são separados por
Volume (litros) 10,0 20,0
um êmbolo de peso P = 60 kgf e área S = 12 cm2, que pode deslizar sem
atrito. Massa (g) 4,0 3,0
Temperatura (°C) 27,0

A (Vácuo)
O preenchimento correto da lacuna existente para a amostra 2 é:
a) 273,0 °C c) 197,0 °C e) 127,0 °C
b) 227,0 °C d) 153,0 °C

Resolução:
B (Gás) Equação de Clapeyron:
pV=nRT
Lembrando que n = m, podemos escrever:
M
pV=mRT
M
Assim, para a amostra 1, temos:
No compartimento B, são colocados 5,0 mols de um gás perfeito a uma 1,0 · 10,0 = 4,0 · R · (27,0 + 273)
temperatura de 27 °C. O volume ocupado por esse gás, em litros, vale: M
R= 1
a) 8,4; d) 22,8; M 120
b) 12,6; e) 24,6. Para a amostra 2, vem:
c) 18,4; 0,5 · 20,0 = 3,0 R T2
Dados: R = 0,082 atm L/mol K; M
1 kgf/cm2 ⯝ 1 atm. 10 = R · 3,0 T2
M
Resolução: 10 = 1 · 3,0 T2
120
Equação de Clapeyron:
T2 = 400,0 K ou 127,0 °C
pV=nRT
Como: p = F Resposta: e
A
70 PARTE I – TERMOLOGIA

33 (PUC-SP) Um certo gás, cuja massa vale 140 g, ocupa um volume 36 Um cilindro adiabático vertical foi dividido em duas partes por
de 41 litros, sob pressão de 2,9 atmosferas à temperatura de 17 °C. O um êmbolo de 2,50 kg de massa, que está apoiado em uma mola ideal
número de Avogadro vale 6,02 · 1023 e a constante universal dos gases de constante elástica igual a 1,04 · 105 N/m. Na parte inferior do cilin-
perfeitos é R = 0,082 atm L/mol K. Nessas condições, qual o número de dro, fez-se vácuo e, na parte superior, foram colocados 5 mols de um
moléculas contidas no gás? gás perfeito. Na situação de equilíbrio, a altura h vale 60 cm e a mola
Resolução: está comprimida em 20 cm.
Equação de Clapeyron: Dados: g = 10 m/s2;
pV=nRT R = 8,31 J/mol K.
2,9 · 41 = n · 0,082 · (17 + 273)
n = 5 mols
Portanto:
h
1 mol → 6,02 · 1023 moléculas
5 mols → x
x = 3,0 · 1024 moléculas
Resposta: 3,0 · 1024 moléculas

34 (Cesgranrio-RJ) Um quarto mede 3,00 m ⴛ 4,00 m ⴛ 2,80 m.


Considere que, nas CNTP, 1 mol de um gás (equivalente a 6,02 · 1023 Desprezando-se possíveis atritos, qual a temperatura do gás, em
moléculas) ocupa o volume de 22,4 ᐉ. A ordem de grandeza do núme- graus Celsius?
ro de moléculas desse gás, nas CNTP, que ocupará o quarto é de:
a) 1019. b) 1021. c) 1023. d) 1025. e) 1027. Resolução:
Resolução: Fgás

Equação de Clapeyron:
pV=nRT
Como:
p = 1 atm = 1 · 105 N/m2
Fmola
V = 3,00 m · 4,00 m · 2,80 m = 33,6 m3 Fpeso
T = 0 °C = 273 K
R = 8,3 J/mol K, Equação de Clapeyron:
então:
1 · 105 · 33,6 = n · 8,3 · 273 ⇒ n ⯝ 1,5 · 103 mols pV=nRT
Número de moléculas: Na situação de equilíbrio:
1 mol → 6,02 · 1023 moléculas Fmola = Fpeso + Fgás
1,5 · 103 mols → x K x = m g + Fgás
x = 9,0 · 1026 moléculas, e a ordem de grandeza é:
Se dividirmos todos os termos por A:
(OG) = 1027 moléculas k x = mg + Fgás
A A A
Resposta: e Mas a pressão é dada por p = F , então:
A
k x – mg = p
35 Considerando-se p a pressão, V o volume, T a temperatura abso- A A gás
5
pgás = 1,04 · 10 · 0,20 – 2,50 · 10 (N/m2)
luta, M a massa de 1 mol e R a constante universal dos gases perfeitos, A
qual a relação que representa a densidade absoluta de um gás perfeito?
pgás = 20 775 N/m2
a) d = MR/pT. c) d = pM/RT. e) d = p/MRT. A
b) d = pV/RT. d) d = RT/pV. Portanto:
Resolução: pgás · A · h = n R T
Densidade absoluta: 20 775 · A · 0,60 = 5 · 8,31 · (θ + 273)
d=m A c

V
Equação de Clapeyron: 300 = θc + 273 ⇒ θc = 27 °C
pV=nRT
pV=m RT Resposta: 27 °C
M
pm=mRT
V 37 E.R. Um cilindro metálico de paredes indeformáveis contém
pM=dRT
gás ideal a –23 °C. Quando aquecemos lentamente o sistema até
pM 127 °C, uma válvula deixa escapar gás, a fim de manter a pressão
d=
RT interna constante, durante todo o processo. Determine a fração do
Resposta: c gás inicial que escapa.
Tópico 4 – Gases perfeitos 71

Resolução: 40 (Mack-SP) Num recipiente fechado e indeformável, temos


Do texto, observamos que o volume e a pressão do gás permane- 1 mol de oxigênio (M = 16 g) sob determinadas condições de tem-
cem constantes. Aplicando a Equação de Clapeyron, temos: peratura e pressão. Introduzindo-se mais 80 g de oxigênio nesse re-
pV=nRT cipiente e mantendo-se constante a temperatura, o que ocorre com
n1 R T1 = n2 R T2 ⇒ n1 T1 = n2 T2 (1) a pressão do gás?
São dados:
T1 = –23 °C = 250 K Resolução:
T2 = 127 °C = 400 K Equação de Clapeyron:
Substituindo esses valores na expressão (1), encontramos: pV=mRT
M
n1 · 250 = n2 · 400 No início:
n2 = 0,625n1 ou n2 = 62,5% n1 p 1 V = 1 · R T ⇒ p1 = R T
V
Portanto, o gás que escapa representa 37,5% da massa inicial. Após a introdução de 80 g de oxigênio:

38 (Mack-SP) Em um recipiente hermeticamente fechado e que p2 V = 1 + 80 RT


16
contém 20 g de CO2 foi acoplada uma válvula. Inicialmente, a pressão
desse gás é de 6,0 atm e sua temperatura, de 77 °C. Se, através da vál- p2 = 6 R T ⇒ p 2 = 6 p1
V
vula, permitirmos que 25% do gás escapem, mantendo constante a
temperatura, qual será a pressão exercida pelo gás restante? Resposta: Aumenta 5 vezes.
Resolução:
Equação de Clapeyron no início do processo: ⇒ p1 V1 = n1 R T1 41 (UFF-RJ) Até meados do século XVII, a concepção de vácuo, como
Equação de Clapeyron no final do processo: ⇒ p2 V2 = n2 R T2 uma região desprovida de matéria, era inaceitável. Contudo, experiên-
Como cias relacionadas à medida da pressão atmosférica possibilitaram uma
V1 = V2 nova concepção, considerando o vácuo como uma região onde a pres-
T1 = T2 são é bem inferior à de sua vizinhança. Atualmente, pode-se obter vá-
n2 = 0,75 n1 (escaparam 25% do gás), cuo, em laboratórios, com o recurso tecnológico das bombas de vácuo.
então: Considere que se tenha obtido vácuo à pressão de, aproximadamen-
p1 V = n1 R T te, 1,00 · 10–10 atm à temperatura de 300 K. Utilizando o modelo de
p1 R T gás perfeito, determine o número de moléculas por cm3 existentes
=
n1 V nesse vácuo.
p2 V = n2 R T Dados: número de Avogadro = 6,02 · 1023 moléculas/mol; constante
p2 R T universal dos gases = 8,31 J/mol K; 1 atm = 1,01 · 105 N/m2.
=
n2 V
Resolução:
Portanto:
p1 p2 p2 Equação de Clapeyron:
= ⇒ 6,0 = ⇒ p2 = 4,5 atm pV=nRT
n1 n2 n1 0,75 n1
Sendo: P = 1,00 · 10–10 atm = 1,01 · 10–5 N/m2
Resposta: 4,5 atm
V = 1 cm3 = 1 · 10–6 m3
39 (Unirio-RJ) Um cilindro de capacidade igual a 60 L está cheio de R = 8,31 J
mol K
oxigênio sob pressão de 9,2 atm, à temperatura de 27 °C. Abre-se a T = 300 K
válvula. Qual a massa de gás que escapa? Admite-se que a temperatura Temos:
permaneça constante e a pressão externa seja normal. Para o oxigênio, 1,01 · 10–5 · 10–6 = n · 8,31 · 300 ⇒ n = 4,05 · 10–15 mol
M = 32 g; R = 0,082 atm L/mol K. Portanto:
Resolução: 1 mol → 6,02 · 1023 moléculas
Equação de Clapeyron: 4,05 · 10–15 mol → x
x = 24,38 · 108 moléculas
pV= mRT
M x ⯝ 2,4 · 109 moléculas
Antes de abrir a válvula:
m
p1 V = 1 R T Resposta: 2,4 · 109 moléculas
M
m
9,2 · 60 = 1 · 0,082 · (27 + 273) ⇒ m1 ⯝ 718 g 42 (Cesgranrio-RJ) Uma determinada quantidade de gás ideal tem
32
Após a abertura da válvula: a sua temperatura aumentada, isobaricamente, de 300 K para 375 K.
m
p2 V = 2 R T Nesse processo, a massa específica do gás varia de µ1 para µ2. Qual a
M relação existente entre essas massas específicas?
m
1 · 60 = 2 · 0,082 · (27 + 273) ⇒ m2 ⯝ 78 g
32 Resolução:
Portanto, o gás que escapa é dado por: Equação de Clapeyron:
m = m1 – m2 ⇒ m = 718 – 78 ⇒ m ⯝ 640 g pV=nRT
Resposta: 640 g pV= mRT ⇒ pM=mRT
M V
72 PARTE I – TERMOLOGIA

Como a massa específica µ é igual à razão m, temos: gases e estas informações: esse gás é diatômico e a notação química do
V 16
pM átomo de oxigênio é 8O. Além disso, o professor lhe forneceu os valores
µ=
RT de algumas constantes, que estão indicadas no quadro abaixo.
Assim:
p2 M Número de Avogadro = 6,02 · 1023
µ2 R T2 T
= = 1 (a pressão permaneceu constante) Constante universal dos gases perfeitos = 8,2 · 10–2 atm ⴛ litro
µ1 p1 M T2 mol ⴛ kelvin
R T1
µ2 300 µ2 4 Se o estudante efetuou todas as operações corretamente, encontrou:
= → = a) 3,2 g e 6,02 · 1022 átomos.
µ1 375 µ1 5
b) 3,2 g e 3,01 · 1022 átomos.
µ2 4 c) 3,2 g e 12,04 · 1022 átomos.
Resposta: = d) 1,6 g e 6,02 · 1022 átomos.
µ1 5
e) 1,6 g e 3,01 · 1022 átomos.
43 A densidade do nitrogênio, considerado como gás ideal, nas
Resolução:
condições normais de temperatura e pressão, é de 1,25 kg m–3. Qual 1. Usando a Equação de Clapeyron, vem:
será a massa de 10 L de nitrogênio à pressão de 700 mm Hg e a 40 °C? pV=mRT
M
Resolução: 1,0 · 2,46 = m · 8,2 · 10–2 · 300 ⇒ m = 3,2 g
A densidade de um gás é dada por: 32
pM 2. Usando o conceito do número de Avogadro, temos:
d= 16 g → 6,02 · 1023
RT
Nas CNTP, temos: 3,2 g → n · (no de átomos)
5 3,2 · 6,02 · 1023
1,25 = 1 · 10 · M ⇒ M = 341,25 · 10–5 n=
16
átomos
R · 273 R
23
Na situação final, temos: n = 1,204 · 10 átomos
700 5 n = 12,04 · 1022 átomos
P = 700 mm Hg = · 10 N/m2 = 0,92 · 105 N/m2
760
V = 10 L ou 10 · 10–3 m3 Resposta: c
T = 40 °C ou 313 K
Portanto:
pM pM 46 E.R. Um recipiente provido de êmbolo contém um gás ideal,
d= ⇒ m=
RT V RT de tal forma que V1 = 2,0 L, p1 = 3,495 atm e T1 = 233 K. O êmbolo
m = 0,92 · 10–5 · 341,25 · 105 é comprimido, reduzindo o volume em 40%. De quanto devemos
10–2 313 aquecer esse gás para que a pressão se torne igual a 7,825 atm? Dê a
m = 0,010 kg = 1,0 · 10–2 kg resposta na escala Fahrenheit.

Resposta: 1,0 · 10–2 kg Resolução:


Já que a massa do gás não varia, pode-se usar a Lei geral dos
44 (Faap-SP) Certa massa de oxigênio tem massa específica de Gases:
p1 V1 p V
0,07 g/cm3 sob pressão de 700 mm Hg. Determine a pressão desse = 2 2
T1 T2
oxigênio para que sua massa específica aumente para 0,09 g/cm3 à Note que:
mesma temperatura.
V2 = V1 – 0,4 · V1 = 0,6 · V1 ⇒ V2 = 0,6 · 2,0 (L)
Resolução:
pM V2 = 1,2 L
d= Então:
RT
Assim, se a temperatura se mantém constante, temos: 3,495 · 2,0 7,825 · 1,2
d1 p1 = ⇒ T2 = 313 K
= ⇒ 0,07 = 700 233 T2
d2 p2 0,09 p2
Como a questão pede de quanto devemos aquecer o gás, temos:
p2 = 900 mm Hg
ΔT = T2 – T1 ⇒ ΔT = 313 – 233 ⇒ ΔT = 80 K
Resposta: 900 mm Hg Entretanto, a resposta deve ser dada em unidades da escala Fahren-
heit; assim:
ΔTK 100 100
45 (Mack-SP) Um estudante teve a curiosidade de saber qual é a = ⇒ 80 =
massa de oxigênio puro e qual é o número de átomos existente em um ΔθF 180 Δθ F
180
recipiente de 2,46 litros, quando submetido à pressão de 1,0 atm e à
temperatura de 27 °C. Para tanto, solicitou sugestões ao seu professor ΔθF = 144 °F
de Física, que lhe deu algumas aulas sobre comportamento térmico dos
Tópico 4 – Gases perfeitos 73

47 Uma amostra de gás perfeito sofre as transformações AB (isobári- Resolução:


ca) e BC (isotérmica) representadas no diagrama pressão ⴛ volume: Lei geral dos Gases:
p1 V1 p2 V2
=
p (atm)
T1 T2
A B
2,0 p · 5,0 9,0 · 7,0
=
(–48 + 273) (77 + 273)

p = 8,1 atm

Resposta: 8,1 atm

C
50 No interior de um recipiente de volume variável, são introduzi-
dos n mols de um gás perfeito. As tabelas a seguir contêm os valores
0 2,0 5,0 8,0 V (litros) medidos da pressão (p), do volume (V) e da temperatura absoluta (T)
dessa amostra de gás perfeito em duas situações diferentes, denomi-
Sabe-se que a temperatura do gás, na situação representada pelo nadas A e B:
ponto B, vale 27 °C. Qual é a temperatura desse gás nas situações
A e C? pA (atm) VA (L) TA (K) pB (atm) VB (L) TB (K)

Resolução: 16,40 3,0 300 19,22 2,5


Lei geral dos Gases:
Usando os dados das tabelas e sabendo que a constante universal
pA VA pB VB dos gases perfeitos vale R = 0,082 atm L/mol K, determine os valores
=
TA TB de n e de TB.
2,0 · 2,0 2,0 · 5,0
= Resolução:
TA (27 + 273)
Lei geral dos Gases:
TA = 120 K = – 153 °C pA VA pB VB
=
TA TB
Como a transformação BC é isotérmica, temos:
16,40 · 3,0 19,22 · 2,5
=
TB = TC = 27 °C 300 TB
TB ⯝ 293 K
Respostas: –153 °C e 27 °C
Equação de Clapeyron:
48 Certa massa de gás perfeito é colocada, a 27 °C, em um recipien- pA VA = n R TA
te de 5,0 L de capacidade, exercendo em suas paredes uma pressão 16,40 · 3,0 = n · 0,082 · 300
equivalente a 2,0 atm. Mantendo-se a massa e transferindo-se o gás n = 2 mols
para um outro recipiente de 3,0 L de capacidade, quer-se ter esse gás
sob pressão de 5,0 atm. Para tanto, a que temperatura deve-se levar o Resposta: 2,0 mols e ⯝ 293 K
gás?

Resolução: 51 Determinada massa de gás hélio sofreu uma transformação


Lei geral dos Gases: que a levou de um estado inicial de equilíbrio, caracterizado no grá-
p1 V1 p2 V2 fico pressão ⴛ volume pelo ponto A, para um estado final de equilí-
= brio, caracterizado pelo ponto B.
T1 T2
2,0 · 5,0 5,0 · 3,0 p (atm)
=
(27 + 273) T2 B
5,0
T2 = 450 K = 177 °C 4,0
3,0
Resposta: 177 °C 2,0 A
1,0
49 Um gás perfeito, ocupando um volume de 5,0 dm3 a uma tem-
0 V (litros)
peratura de – 48 °C, exerce uma pressão p. Aumentando a capacidade 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0
do recipiente para 7,0 dm3 e a temperatura do gás para 77 °C, observa-
se que sua pressão torna-se igual a 9,0 atm. Qual era o valor da pressão Se a temperatura do gás hélio era 100 K no estado inicial A, que valor essa
inicial p? temperatura registraria na situação final B, expressa na escala Celsius?
74 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução: Resolução:
Lei geral dos Gases: Lei geral dos Gases:
pA VA pB VB p1 V1 p2 V2
= =
TA TB T1 T2
2,0 · 2,0 5,0 · 4,0 p1 V1 p 1,2 V1
= = 2
100 TB T1 0,6 T1

TB = 500 K = 227 °C p2 = 0,50 p1


A pressão final é 50% menor que a pressão inicial.
Resposta: 227 °C
Resposta: b
52 Num frasco de paredes indeformáveis e volume interno igual
a 5,0 L, encontramos um gás perfeito à temperatura de –73 °C. Nessas 55 E.R. Um gás perfeito realiza um ciclo (1, 2, 3, 1) formado por
condições, a pressão exercida equivale a 38 cm Hg. Mudando-se esse três transformações: (1, 2) isobárica, (2, 3) isovolumétrica e (3, 1) iso-
gás para um reservatório de capacidade igual a 2,0 L, de quanto deve- térmica. Em 1, suas variáveis de estado são: pressão p1 = 2,0 atm, vo-
mos aquecê-lo para que a pressão se torne igual a 2,0 atm? lume V1 = 1,5 L e temperatura θ1 = 20 °C. Na transformação isobárica
Dado: 1 atm = 76 cm Hg (1, 2), o volume do gás é duplicado. Calcule os valores das variáveis
de estado (pressão, volume e temperatura) em cada um dos dois ou-
Resolução: tros estados (2 e 3).
Lei geral dos Gases:
p1 V1 p2 V2 Resolução:
= O ciclo (1, 2, 3, 1), formado pelas transformações (1, 2) isobárica
T1 T2
(pressão constante), (2, 3) isovolumétrica (volume constante) e
38 · 5,0 2,0 · 76 · 2,0 (3, 1) isotérmica (temperatura constante), é representado no dia-
=
(–73 + 273) T2 grama de Clapeyron, como segue:
T2 = 320 K = 47 °C p (atm) 1 2
Portanto: 2,0
ΔT = T2 – T1
ΔT = 47 – (– 73)
ΔT = 120 °C
3
Resposta: 120 °C
0 1,5 3,0 V (L)
53 (FMTM-MG) Considere um gás ideal contido em um reci-
No estado (1), as variáveis de estado do gás são dadas por:
piente. Os valores iniciais de volume, pressão e temperatura são p1 = 2,0 atm
15 · 10–3 m3, 200 kPa e 300 K, respectivamente. Se o volume é diminuído
para 12 · 10–3 m3 e a pressão, aumentada para 350 kPa, e admitindo-se V1 = 1,5 L
que a quantidade de gás no recipiente permaneça constante, a tempe- θ1 = 20 °C ⇒ T1 = 293 K
ratura final do gás será: No estado (2), após ter sofrido uma transformação isobárica (p = cte.)
a) 420 K. b) 400 K. c) 350 K. d) 300 K. e) 120 K. e ter dobrado o volume, as variáveis de estado do gás ficam:
p2 = 2,0 atm (de 1 para 2 → transformação isobárica)
Resolução:
V2 = 3,0 L (volume dobrou)
Lei geral dos Gases:
p1 V1 p2 V2 θ2 = ?
= Usando a Lei geral dos Gases, uma vez que o número de mols per-
T1 T2
manece constante, temos:
200 · 15 · 10–3 = 350 · 12 · 10–3 p1 V1 p V 2,0 · 1,5 2,0 · 3,0
300 T2 = 2 2 ⇒ =
T1 T2 293 T2
T2 = 420 K T2 = 586 K ⇒ θ2 = 313 °C
No estado (3), após ter sofrido uma transformação isovolumétrica
Resposta: a (V = cte.), o gás tem as seguintes variáveis de estado:
p3 = ?
V3 = 3,0 L (transformação isovolumétrica)
54 (Mack-SP) Certa massa de gás perfeito sofre uma transformação
θ3 = θ1 = 20 °C (pois o gás volta ao estado (1) numa
de maneira que seu volume aumenta de 20% e sua temperatura absoluta transformação isotérmica)
diminui de 40%. Terminada essa transformação, a pressão do gás será:
Usando novamente a Lei geral dos Gases, temos:
a) 50% maior que a inicial. d) 30% menor que a inicial.
p2 V2 p V p · 3,0
b) 50% menor que a inicial. e) igual à inicial. = 3 3 + 2,0 · 3,0 = 3 ⇒ p3 = 1,0 atm
c) 30% maior que a inicial. T2 T3 586 293
Tópico 4 – Gases perfeitos 75

Assim, os valores das variáveis pedidas são: Resolução:


mg
p2 = 2,0 atm p3 = 1,0 atm a) p = F =
A A
(2) V2 = 3,0 L (3) V3 = 3,0 L
θ2 = 313 °C θ3 = 20 °C p = 40 · 10 N/cm2 ⇒ p = 4,0 N/cm2
100
b) Se a transformação é isotérmica, podemos utilizar a Lei de Boyle:
56 (Mack-SP) Um gás perfeito, a 27 °C, está aprisionado em um ci- p1 V1 = p2 V2 ⇒ 12 · V0 = (4 + 12) V
lindro indilatável por um êmbolo de peso P. Coloca-se sobre o êmbolo
um peso 2P e aquece-se o gás a 127 °C. Despreze a pressão atmosféri- V = 12 = 3
ca. Sendo V o volume inicial do gás, o seu volume final será: V0 16 4
a) V . d) 4V .
2 3 Respostas: a) 4,0 N/cm²; b) Lei de Boyle
b) 8V . e) 2V .
9 3 58 (FMTM-MG) A válvula reguladora de pressão em uma panela de
c) 4V . pressão tem massa igual a 60 g e está apoiada sobre um orifício de
9
2P
diâmetro 2,8 mm na tampa da panela, vedando perfeitamente a co-
municação do exterior com o interior. Sendo a aceleração da gravidade
P 10 m/s2, a mínima variação de pressão no interior da panela, que fará
com que a válvula permita o escape de vapor do interior da panela, é,
aproximadamente, em Pa:

Resolução:
Lei geral dos Gases: Dado: π = 3
p1 V1 p2 V2 a) 0,8 · 105. d) 1,2 · 105.
= b) 0,9 · 105. e) 1,8 · 105.
T1 T2
c) 1,0 · 105.
F
Como p =
A
então: Resolução:
mg
Δp = F = 2
P
V
3P
V A πR
A A 2 –3
(27 + 273)
=
(127 + 273) Δp = 60 · 10 · 10 N/m2
3 · (1,4 · 10–3)2
V2 = 4V Δp ⯝ 1,0 · 105 N/m2
9

Resposta: c Resposta: c

57 Um cilindro contendo uma amostra de gás perfeito, à tempera- 59 (Univest-SP)


tura ambiente, é vedado por um êmbolo que pode deslizar livremente,
sem qualquer atrito. O volume inicialmente ocupado pelo gás é V0 e
a pressão exercida sobre ele, pelo êmbolo e pela coluna de ar acima B'
dele, é igual a 12 N/cm2. Colocando-se sobre o êmbolo, cuja área é de
100 cm2, um corpo de massa 40 kg, o gás é comprimido, sua pressão
aumenta e seu volume passa a ser igual a V. 30,4 cm
Dado: aceleração da gravidade no local = 10 m/s2
Gás ideal A A'

M B

V0, T0

V, T0

Um recipiente contém um gás ideal à temperatura de 27 °C e sob


a) Determine, em N/cm2, a pressão adicional exercida sobre o gás pelo pressão de 1,0 atm. A pressão desse gás é transmitida a um tubo em U,
peso do corpo de massa 40 kg. contendo mercúrio, conforme indica a figura acima. Inicialmente, os
b) Demonstre que, se a transformação sofrida pelo gás for isotérmica, níveis A e A’ do mercúrio são iguais nos dois ramos do tubo.
Aquecendo-se o gás no recipiente, observa-se que os níveis do mer-
vale a relação V = 3 .
V0 4 cúrio passam para B e B’. Considere que o volume de gás que entra
76 PARTE I – TERMOLOGIA

no tubo é insignificante diante do volume do recipiente e que 1 atm 61 (UFPE) Um cilindro de 20 cm2 de seção reta contém um gás
corresponde a 76 cm de mercúrio. Então, a temperatura, em graus ideal, comprimido em seu interior por um pistão móvel, de massa des-
Celsius, à qual o gás foi aquecido, é de: prezível e sem atrito. O pistão repousa a uma altura h0 = 1,0 m. A base
a) 77. b) 120. c) 147. d) 227. e) 420. do cilindro está em contato com um forno, de forma que a temperatu-
ra do gás permanece constante. Bolinhas de chumbo são lentamente
Resolução: depositadas sobre o pistão até que ele atinja a altura h = 80 cm.
Considerando-se constante o volume do gás, podemos aplicar a Lei
de Charles: Antes Depois
A A
p1 p
= 2
T1 T2
76 (76 + 30,4)
=
(27 + 273) T2 h0 = 1,0 m h0 = 0,8 m
T2 = 420 K = 147 °C

Resposta: c
Temperatura constante Temperatura constante

60 (Fuvest-SP) Uma equipe tenta resgatar um barco naufragado Considere a pressão atmosférica igual a 1 atm.
que está a 90 m de profundidade. O porão do barco tem tamanho su- (1 atm = 1,0 · 105 N/m2)
ficiente para que um balão seja inflado dentro dele, expulse parte da A massa do chumbo que foi depositada sobre o pistão vale:
água e permita que o barco seja içado até uma profundidade de 10 m. a) 0,50 kg. c) 2,0 kg. e) 50,5 kg.
O balão dispõe de uma válvula que libera o ar, à medida que o bar- b) 1,0 kg. d) 5,0 kg.
co sobe, para manter seu volume inalterado. No início da operação, a
90 m de profundidade, são injetados 20 000 mols de ar no balão. Ao Resolução:
alcançar a profundidade de 10 m, a porcentagem do ar injetado que Lei de Boyle:
ainda permanece no balão é: p1V1 = p2V2
a) 20%. b) 30%. c) 50%. d) 80%. e) 90%. 1,0 · 105 · A · 1,0 = 1,0 · 105 + m · 10–4 · A · 0,8
20 · 10
1,0 · 105 = 1,0 · 105 + m ⇒ 0,25 · 105 · 2 · 10–4 = m
Pressão na superfície do mar = 1 atm 0,8 2 · 10–4
No mar, a pressão da água aumenta em 1 atm a cada 10 m de pro-
fundidade. m = 5,0 kg
A pressão do ar no balão é sempre igual à pressão externa da água.
Resposta: d
Resolução:
(I) Com o balão a 90 m de profundidade: 62 E.R. Três recipientes contêm gases sob pressão e volume con-
p1 = pef-1 + patm ⇒ p1 = (9,0 + 1,0) atm forme representado a seguir:
p1 = 10,0 atm
(II) Com o balão a 10 m de profundidade: A
1 2
p2 = pef-2 + patm ⇒ p2 = (1,0 + 1,0) atm
B
p2 = 2,0 atm
V1 = 200 cm3 V2 = 500 cm3
(III) Equação de Clapeyron: p1 = 4 · 105 N m–2 p2 = 6 · 105 N m–2
3
p2 V2 = n2 R T2 (a 10 m de profundidade)
p1 V1 = n1 R T1 (a 90 m de profundidade)
p2 V2 n RT V3 = 120 cm3
= 2 2 p3 = 5 · 105 N m–2
p1 V1 n1 R T1
Tendo sido dado que V1 = V2 e admitamos T1 = T2, vem: As paredes dos recipientes são diatérmicas (permitem trocas de calor
p2 n 2,0 n com o meio externo). Abrindo-se as válvulas A e B, os gases mistu-
= 2 ⇒ = 2
p 1 n1 10,0 n1 ram-se, sem reações químicas, mantendo-se a temperatura cons-
Da qual: n2 = 0,20 n1 tante (igual à temperatura ambiente). Qual o valor aproximado da
pressão final da mistura?
ou n2 = 20 % n1
Resolução:
Conclusão: Para uma mistura de gases perfeitos em que não há variação do nú-
Permanecem no balão 20% do número de mols inicial, isto é: mero de mols dos componentes, temos:
0,20 · 20 000 mols = 4 000 mols.
pm Vm p V p V p V
Resposta: a = 1 1 + 2 2 + 3 3
Tm T1 T2
T3
Tópico 4 – Gases perfeitos 77

Como T1 = T2 = T3 = Tm = Tambiente e Resolução:


Sendo a temperatura constante, temos:
Vm = V1 + V2 + V3 ⇒ Vm = 820 cm3, temos:
pmVm = pAVA + pBVB
pm · 820 = 4 · 105 · 200 + 6 · 105 · 500 + 5 · 105 · 120
pm (2V + V) = 760 · 2V + 4 · 760 V
pm ⯝ 5,4 · 105 N/m2
pm 3V = 1 520V + 3 040V
pm = 4 560V
63 Num recipiente A de capacidade igual a 25 L há nitrogênio à
3V
temperatura de –23 °C, sob pressão de 3,0 atm. Em outro recipiente pm = 1 520 mm Hg
B, com 30 L de capacidade, há oxigênio à temperatura de 127 °C sob
pressão de 8,0 atm. Ambos os gases são colocados num terceiro reser- Resposta: 1 520 mm Hg
vatório de capacidade de 27 L, no qual se misturam. Admitindo que
esses gases não interagem quimicamente e que se comportam como
66 A teoria cinética dos gases propõe um modelo para os gases
gases perfeitos, qual será a temperatura final da mistura gasosa, saben-
do que a pressão passou a ser de 10 atm? perfeitos, no qual:
a) a pressão do gás não depende da velocidade das moléculas;
Resolução: b) as moléculas são consideradas partículas que podem colidir inelas-
Na mistura gasosa, temos: ticamente entre si;
pm Vm p1 V1 p2 V2 c) a temperatura do gás está diretamente relacionada com a energia
= + cinética das moléculas;
Tm T1 T2 d) a pressão do gás depende somente do número de moléculas por
10 · 27 = 3,0 · 25 + 8,0 · 30 unidade de volume;
Tm (–23 + 273) (127 + 273) e) a temperatura do gás depende somente do número de moléculas
270 = 0,3 + 0,6 ⇒ θ + 273 = 270 por unidade de volume.
(θm + 273) m 0,9
Resolução:
θm + 273 = 300 ⇒ θm = 27 °C Para os gases perfeitos, a teoria cinética propõe a relação:
Ec = 3 k T
Resposta: 27 °C m 2
A temperatura do gás é diretamente relacionada com a energia cinéti-
ca média das moléculas.
64 Um recipiente de 600 cm3 contém criptônio a uma pressão
de 400 mm Hg. Outro recipiente de 200 cm3 está cheio de hélio a Resposta: c
1 200 mm Hg. Misturam-se os conteúdos de ambos os recipientes,
abrindo-se uma válvula de conexão. Supondo que todas as operações 67 O valor da temperatura de uma amostra de gás perfeito é con-
se realizem a temperatura constante, determine a pressão total da mis-
sequência:
tura. Despreze o volume da válvula e dos tubos de conexão.
a) da radiação emitida por suas moléculas;
b) da energia potencial total de suas moléculas;
Resolução:
c) da energia potencial média de suas moléculas;
Sendo a temperatura constante, temos:
d) da energia cinética média de suas moléculas;
pm Vm = p1 V1 + p2 V2 e) do calor de cada uma de suas moléculas.
pm (600 + 200) = 600 · 400 + 1 200 · 200
Resolução:
pm = 600 mm Hg Ec = 3 k T
m 2
Resposta: 600 mm Hg Resposta: d

65 (Faap-SP) Sabe-se que o balão A tem o dobro da capacidade do 68 O valor da energia cinética média das partículas de uma amos-
balão B e que ambos contêm o mesmo gás perfeito. No A, o gás está à tra de gás perfeito é diretamente proporcional:
pressão atmosférica normal e no B, a uma pressão 4 vezes maior, quan- a) à pressão do gás;
do ambos estão à mesma temperatura. Calcular a pressão a que estará b) ao volume do gás;
sujeito o gás após aberta a torneira T, de forma que a temperatura per- c) à temperatura absoluta do gás;
maneça constante. d) à temperatura do gás em graus Celsius;
Dar a resposta em mm Hg. e) à variação da temperatura absoluta do gás.

Resolução:
T
A B Ec = 3 k T
m 2
Resposta: c
78 PARTE I – TERMOLOGIA

69 Se uma amostra de gás perfeito encontra-se no interior de um 72 Uma amostra de gás perfeito é colocada no interior de um re-
recipiente de volume constante e tem a energia cinética média de suas cipiente e mantida a pressão constante. Se a temperatura e o volume
moléculas aumentada: aumentam:
a) a pressão do gás aumentará e sua temperatura permanecerá cons- (01) o número de choques por centímetro quadrado de parede deve
tante; aumentar;
b) a pressão permanecerá constante e a temperatura aumentará; (02) a distância média entre as moléculas deve aumentar;
(04) a energia cinética média das moléculas não sofre alteração;
c) a pressão e a temperatura aumentarão;
(08) a velocidade média das moléculas também deve aumentar;
d) a pressão diminuirá e a temperatura aumentará;
(16) a pressão tem que aumentar, pois a temperatura do gás aumentou.
e) todas as afirmações estão incorretas. Dê como resposta a soma dos números associados às proposições cor-
retas.
Resolução:
Se a energia cinética média das moléculas do gás aumenta, sua Resolução:
temperatura também aumentará. Se o volume do recipiente per- (01) Incorreta
O número de choques por unidade de área da parede aumenta
manece constante, a pressão do gás aumentará com o aumento da
quando a pressão aumenta.
temperatura. (02) Correta
Resposta: c (04) Incorreta
Ec = 3 k T
m 2
70 Duas amostras de massas iguais de um gás perfeito são coloca- Se T aumenta, Ec também aumenta.
m
das em dois recipientes, A e B. As temperaturas são diferentes, sendo (08) Correta
TA > TB. Podemos afirmar que: (16) Incorreta
O volume do recipiente também aumentou.
a) o gás em A possui mais calor que em B;
b) o gás em A possui menor velocidade que em B; Resposta: 10
c) a energia cinética das moléculas é menor no gás em A que em B;
d) a energia cinética média das moléculas do gás é maior em A que 73 (FCC-SP) Se aumentarmos a temperatura do gás contido em um
em B; recipiente fechado e isolado:
e) a temperatura não influencia a energia de movimento das par- a) a energia cinética média das partículas aumentará.
tículas de um gás. b) a pressão aumentará e a energia cinética média das partículas di-
minuirá.
Resolução: c) a energia cinética média não se alterará e a pressão aumentará.
d) a energia cinética média e a pressão permanecerão constantes.
Ec = 3 k T e) nada do que foi dito ocorrerá.
m 2
Para TA > TB, temos: Resolução:
Ec (A) > Ec (B) Ec = 3 k T
m m m 2
Resposta: d Se T aumenta, Ec aumenta também.
m
Resposta: a
71 (FCMSC-SP) As moléculas de hidrogênio, em um recipiente, têm a
74 Num recipiente hermeticamente fechado, encontramos nitro-
mesma velocidade quadrática média que as moléculas de nitrogênio de ou-
tro recipiente. Então é correto afirmar, comparando-se os dois gases, que: gênio à temperatura de 0 °C. Como o mol do referido gás é igual a 28 g,
a) o nitrogênio apresenta maior temperatura. qual o valor da velocidade média quadrática das suas partículas?
Dado: R = 8,31 J/mol K
b) o nitrogênio apresenta menor pressão.
c) ambos apresentam mesma pressão. Resolução:
d) ambos apresentam mesma temperatura. M 2 0,028 v ⯝ 493 m/s
T= v ⇒ 273 = 3 · 8,31 · v2 ⇒
e) ambos apresentam mesmo volume. 3R
Resposta: 493 m/s
Resolução:
M
T= ( v )2 75 Avaliando a energia interna de 5 mols de gás perfeito, encontra-
3R
Sendo: mos o valor 24 930 J. Qual a sua temperatura em graus Celsius?
M (H2) = 2 g Dado: R = 8,31 J/mol K
M (N2) = 28 g Resolução:
Temos: U = 3 n R T ⇒ 24 930 = 3 · 5 · 8,31 · T
2 2
T (N2) > T (H2) T = 400 K = 127 °C

Resposta: a Resposta: 127 °C


Tópico 4 – Gases perfeitos 79

76 Um gás perfeito ocupa um volume de 2,0 L e possui uma energia são do ar externo é maior, existirá uma diferença de pressão que di-
interna igual a 600 J. Qual o valor da pressão desse gás, em atmosferas? ficultará a abertura da porta. Para abri-la, será necessário aplicarmos
Dados: 1 atm = 105 N/m2; uma força de intensidade maior do que a decorrente da diferença
1 L = 1 dm3 = 10–3 m3. entre a pressão externa e a interna.
Deixando passar certo intervalo de tempo, notamos que a abertura
Resolução: da porta fica mais fácil. Isso ocorre porque a vedação da porta não
é ideal, possibilitando a entrada de ar externo no interior do freezer.
U= 3 pV Esse ar será resfriado lentamente, mas aumentará o número de par-
2
600 = 3 · p · 2,0 · 10–3 tículas de ar, o que aumentará a pressão do ar no interior do freezer.
2 Quando essa pressão se tornar igual à pressão externa, a massa de
p = 2,0 · 105 N/m2 = 2,0 atm ar de dentro do freezer ficará praticamente constante e a resistência
à abertura da porta será apenas devida aos ímãs existentes na bor-
racha de vedação que aderem ao metal do corpo do freezer.
Resposta: 2,0 atm
b) Usando a Lei geral dos Gases, podemos encontrar a pressão in-
terna na parte interna do freezer :
77 (UFC-CE) A figura abaixo mostra três caixas fechadas, A, B e C,
p0V0 p1V1
contendo, respectivamente, os gases: oxigênio, nitrogênio e oxigênio. =
T0 T1
O volume de A é igual ao volume de B e é o dobro do volume de C. Os
1,0 · 105 ·150 = p1 150 ⇒ 1,0 · 105 = p1
gases se comportam como ideais e estão todos em equilíbrio, a uma (27 + 273) (–3 + 273) 300 270
mesma temperatura. 5 2
p1 = 0,9 · 10 N/m
A B C Usando a definição de pressão, temos:
Oxigênio Nitrogênio Oxigênio F
Δp = R ou FR = Δp A
A
FR = (1 · 105 – 0,9 · 105) · (1,0 · 0,6) ⇒ FR = 6,0 · 103 N
Sobre a energia cinética média, K, das moléculas em cada uma das cai-
xas, podemos afirmar: Respostas: a) Quando a porta do freezer é aberta, entra ar mais
a) KA = KC < KB. d) KA = KB = KC. quente em seu interior, fazendo com que a pressão interna se igua-
b) KA = KC > KB. e) KC < KA < KB. le à pressão externa. A porta é fechada e o ar existente no interior
do freezer é resfriado rapidamente, diminuindo sensivelmente sua
c) KA = KB < KC.
pressão. Como a pressão do ar externo é maior, haverá uma dife-
rença de pressão que dificultará sua abertura. Para conseguirmos
Resolução:
abrir a porta, será necessário aplicarmos uma força de intensidade
Ec = K = 3 k T maior do que aquela decorrente da diferença entre a pressão ex-
2
A energia cinética média (K) das moléculas é função exclusiva da tem- terna e a interna. Se deixarmos passar certo intervalo de tempo,
peratura absoluta do gás, sendo assim: notamos que a abertura da porta fica mais fácil. Isso ocorre porque
KA = KB = KC a vedação da porta não é ideal, o que possibilita a entrada de ar
externo no interior do freezer. Esse ar será resfriado lentamente,
Resposta: d mas aumentará o número de partículas de ar, o que aumentará a
pressão do ar no interior do freezer. Quando essa pressão tornar-se
78 (Unifesp-SP) Você já deve ter notado como é difícil abrir a porta igual à pressão externa, a massa de ar de dentro do freezer ficará
praticamente constante e a resistência à abertura da porta será
de um freezer logo após tê-la fechado, sendo necessário aguardar alguns
devida apenas aos ímãs existentes na borracha de vedação que
segundos para abri-la novamente. Considere um freezer vertical cuja por-
aderem ao metal do corpo do freezer. b) 6,0 · 10³ N
ta tenha 0,60 m de largura por 1,0 m de altura, volume interno de 150 L
e que esteja a uma temperatura interna de –18 °C, num dia em que a
temperatura externa seja de 27 °C e a pressão, 1,0 · 105 N/m2. 79 (Mack-SP) Um mol de gás ideal, inicialmente a 27 °C, sofre uma
a) Com base em conceitos físicos, explique a razão de ser difícil abrir transformação até 87 °C, conforme o diagrama abaixo. Em seguida, essa
a porta do freezer logo após tê-la fechado e por que é necessário massa de gás sofre uma transformação isotérmica, até duplicar seu volu-
aguardar alguns instantes para conseguir abri-la novamente. me. O diagrama que melhor representa a pressão do gás em função do
b) Suponha que você tenha aberto a porta do freezer por tempo suficien- volume, durante a transformação isotérmica, é:
te para que todo o ar frio do seu interior fosse substituído por ar a 27 °C Dado: R = 0,0082 atm. ᐉ/(mol · K)
e que, fechando a porta do freezer , quisesse abri-la novamente logo
em seguida. Considere que, nesse curtíssimo intervalo de tempo, a P (atm)
temperatura média do ar no interior do freezer tenha atingido –3 °C.
Determine a intensidade da força resultante sobre a porta do freezer. 9,84

Resolução:
a) Quando a porta do freezer é aberta, entra ar mais quente em seu 8,20
interior, fazendo a pressão interna igualar-se à pressão externa. A
porta é fechada e o ar existente no interior do freezer é resfriado
0 300 360 T (K)
rapidamente, diminuindo sensivelmente sua pressão. Como a pres-
80 PARTE I – TERMOLOGIA

a) d) Resolução:
P (atm) P (atm)
19,68 9,84
Ec = 3 k T
m 2
9,84 4,92 E

0 3 6 V (ᐉ) 0 3 6 V (ᐉ)
b) P (atm)
e) P (atm)
39,36 9,84

9,84 2,46 0 T
0 3 6 V (ᐉ) 0 3 6 V (ᐉ)
Resposta: a
c) P (atm)
14,76
81 (Unifesp-SP) A figura ilustra duas transformações de um gás
9,84 ideal contido em um cilindro de paredes adiabáticas. Em I, através de
uma base diatérmica (que permite a passagem do calor), o gás recebe
calor e faz o êmbolo, também construído de material adiabático, subir
0 3 6 V (ᐉ) livremente, aumentando seu volume de V0 a V, atingindo a tempera-
Resolução: tura T. Nesse estado, a fonte quente é retirada e substituída por um
Na primeira transformação (isométrica), podemos aplicar a Equação de reservatório térmico à mesma temperatura T do gás. Em seguida, na
Clapeyron para o cálculo do volume do gás ideal: p V = n R T transformação II, colocam-se grãos de areia sobre o êmbolo, lentamen-
9,84 V = 1 · 0,082 · 360 ⇒ V = 3,0 L te, para que o gás possa manter-se em equilíbrio térmico com o reser-
Na segunda transformação (isotérmica), o diagrama é expresso por: vatório. Nessas condições, o êmbolo baixa até que o gás volte a ocupar
o mesmo volume V0 do início.
P (atm)

9,84 i

4,92 f
v0 v0
T T
0 3,0 6,0 V (ᐉ)
Q

Observemos que, na transformação isotérmica, quando duplicamos o I II


volume, a pressão cai à metade do valor inicial.
Considere desprezíveis as variações da pressão atmosférica. O dia-
Resposta: d grama p ⴛ V que melhor representa essas duas transformações é
o da figura:
80 (Ufla-MG) A teoria cinética dos gases propõe um modelo micros- a) d)
cópico para um gás ideal, baseado nas leis da mecânica e em alguns p p
postulados. Admite-se que o gás é composto de um grande número II
II
de partículas separadas por distâncias consideráveis, se comparadas p0 p0
às dimensões dessas partículas. Estas se movimentam rapidamente e I I
ao acaso, não exercendo forças entre si, exceto quando colidem. Por V0 V V0 V
fim, admite-se também que as colisões entre as partículas, ou com
as paredes do recipiente que as contém, são perfeitamente elásticas.
b) e)
Dessa forma, o gráfico que melhor representa a relação entre a energia II
cinética média (E) do gás e sua temperatura é: p II p

a) c) e) I
E E E p0 I p0

V0 V V0 V

T T T c)
b) d) II
E E p

p0 I

T T V0 V
Tópico 4 – Gases perfeitos 81

Resolução: Lei de Boyle:


Transformação I: expansão isobárica p1V1 = p2 V2
A pressão permanece constante, e o volume aumenta na proporção mg mg
direta da temperatura absoluta (V = k T: Lei de Charles). patm + S H = p’atm + S H’
S S
p
10,0 · 104 + 100 18 = 8,0 · 104 + 100 H’
0,01 0,01

I 11,0 · 104 · 18 = 9,0 · 104 H’ ⇒ H’ = 22 cm


P0

Resposta: d

83 Em um laboratório de Física, um estudante realizou um expe-


V0 V V
rimento que consistia em pegar um recipiente, vazio, de paredes in-
Transformação II: compressão isotérmica deformáveis, dotado de uma válvula que não deixa a pressão interna
A temperatura permanece constante e o volume diminui na proporção passar de um valor-limite. Esse estudante injetou hidrogênio gasoso
inversa do aumento da pressão. (que se comporta como gás perfeito) no interior do recipiente até que
a pressão atingisse o máximo valor e observou que a massa de gás inje-
p = k : Lei de Boyle tada era igual a 10 gramas. Em seguida, ele esfriou o gás, diminuindo a
V
sua temperatura absoluta em 20%. Que massa do mesmo gás, na nova
temperatura, o estudante deve injetar no interior do recipiente para
p
restabelecer a pressão máxima suportável pela válvula?
P

Resolução:
II
Hipérbole equilátera São três situações por que passa o gás.
1. Situação inicial.
Equação de Clapeyron:
pV=mRT
P0
M
V0 V V p V = 10 R T (I)
M
Resposta: a 2. Após o resfriamento.
p’ V = 10 R 0,8T (II)
M
82 (Fuvest-SP) Um equipamento possui um sistema formado por um 3. Após injetarmos a massa x de gás para retornarmos à pressão
pistão, com massa de 10 kg, que se movimenta, sem atrito, em um cilindro inicial.
de secção transversal S = 0,01 m2. (10 + x)
pV= R 0,8T (III)
M
Igualando (I) e (II), vem:
g
10 R T = (10 + x) R 0,8T
M M
10 = (10 + x) · 0,8 ⇒ 12,5 = 10 + x ⇒ x = 2,5 g

H Resposta: 2,5 g

84 (Mack-SP) Num recipiente, fechado por uma tampa hermética,


S
há 10 mols de gás perfeito, sob pressão de 5 atmosferas, à temperatu-
Operando em uma região onde a pressão atmosférica é de 10,0 · 104 Pa ra ambiente e em um local de pressão atmosférica normal. Abrindo a
(1 Pa = 1 N/m2), o ar aprisionado no interior do cilindro mantém o pis- tampa do recipiente, o número de moléculas que escapa é:
tão a uma altura H = 18 cm. Quando esse sistema é levado a operar em a) 12 · 1023. c) 36 · 1023. e) 60 · 1023.
23 23
uma região onde a pressão atmosférica é de 8,0 · 104 Pa, mantendo-se b) 24 · 10 . d) 48 · 10 .
a mesma temperatura, a nova altura H no interior do cilindro passa a
ser aproximadamente de: Adote:
a) 5,5 cm. c) 20 cm. e) 36 cm. Número de Avogadro = 6 · 1023
b) 14,7 cm. d) 22 cm.

Resolução: Resolução:
mg Aplicando-se a Equação de Clapeyron nas duas situações expressas no
p = patm + p
S texto, temos:
mg
A pressão do pistão é dada por ppistão = 1. No início:
S
mg pV=nRT
Daí, p = patm +
S 5 · V = 10 · R T (I)
82 PARTE I – TERMOLOGIA

2. No final: k(L0 – L) kL
a) . c) k(L0 – L) · A. e) .
pV=nRT A + P0 A – P0
1 · V = nf R T (II)
k(L0 – L)
Dividindo (I) por (II): b) . d) k L · A + P0.
A – P0
5V = 10R T ⇒ n = 2 mols
V nf R T f
Resolução:
Portanto, escaparam 8 mols desse gás, o que corresponde a: Na situação final, temos equilíbrio de forças:
1 mol → 6 · 1023 moléculas Fgás = Fmola + Fatm
8 mols → x
Fgás k x Fatm
x = 48 · 1023 moléculas = +
A A A
Resposta: d k (L0 – L)
p= + P0
A
85 (Fuvest-SP) Um cilindro contém certa massa M de um gás a
0
T0 = 7 °C (280 K) e pressão P0. Ele possui uma válvula de segurança que
impede a pressão interna de alcançar valores superiores a P0. Se essa Fatm
pressão ultrapassar P0, parte do gás será liberada para o ambiente. Ao
ser aquecido até T = 77 °C (350 K), a válvula do cilindro libera parte do
Fgás
gás, mantendo a pressão interna no valor P0. No final do aquecimento,
a massa de gás que permanece no cilindro é, aproximadamente, de: Fmola
a) 1,0 M0. c) 0,7 M0. e) 0,1 M0.
b) 0,8 M0. d) 0,5 M0.
Resposta: a
Resolução:
Usando-se a Equação de Clapeyron, vem: 87 (Fuvest-SP) O gasômetro G, utilizado para o armazenamento de
pV=mRT ar, é um recipiente cilíndrico, metálico, com paredes laterais de pequena
M
M espessura. G é fechado na sua parte superior, aberto na inferior, que per-
p0 V0 = 0 R 280 manece imersa em água, e pode se mover na direção vertical. G contém
M
ar, inicialmente à temperatura de 300 K, e o nível da água no seu interior
p0 V0 = M’ R 350 se encontra 2,0 m abaixo do nível externo da água. Nessas condições, a
M
Portanto: tampa de G está 9,0 m acima do nível externo da água, como mostra a
M0 figura abaixo. Aquecendo-se o gás, o sistema se estabiliza numa nova
R 280 = M’ R 350 altura de equilíbrio, com a tampa superior a uma altura H, em relação ao
M M
nível externo da água, e com a temperatura do gás a 360 K.
M’ = 280 M = 0,8 M0
350 0 Ar ambiente G

Resposta: b 300 K
g
H0 = 9,0 m
86 (Fuvest-SP) Deseja-se medir a pressão interna P em um gran- Ar
de tanque de gás. Para isso, utiliza-se como manômetro um sistema
formado por um cilindro e um pistão de área A, preso a uma mola de
constante elástica k. A mola está no seu estado natural (sem tensão)
2,0 m
quando o pistão encosta na base do cilindro e tem comprimento L0 (fi-
gura 1 – registro R fechado). Abrindo-se o registro R, o gás empurra o
pistão, comprimindo a mola, que fica com comprimento L (figura 2 –
registro R aberto). A pressão ambiente vale P0 e é aplicada no lado ex-
terno do pistão. O sistema é mantido à temperatura ambiente durante Água
todo o processo. O valor da pressão absoluta P no tanque é:

R. fechado
L0 Supondo que o ar se comporte como um gás ideal, a nova altura H
será, aproximadamente, igual a:
P a) 8,8 m. d) 11,2 m.
Gás P0
b) 9,0 m. e) 13,2 m.
Figura 1 c) 10,8 m.
R. aberto L
Resolução:
P As figuras a seguir ilustram as duas situações do sistema. É importan-
Gás P0
te notar que, como o peso total não se altera durante o experimento, o
empuxo exercido pela água também não se altera, o que garante que a
Figura 2
altura da coluna de gás submersa seja 2,0 m, em ambos os casos.
Tópico 4 – Gases perfeitos 83

Final Resolução:
No início, encontramos no interior da bomba n1 mols de gás e no inte-
Início rior do pneu, n2 mols. Quando o êmbolo desce a primeira vez, no pneu,
temos np = n1 + n2.
H
Usando a Equação de Clapeyron, vem:
9,0 m pV
360 K pV=nRT ⇒ n=
RT
300 K p V p1V1 p2V2
= + ⇒ p V = p1 V1 + p2 V2
2,0 m 2,0 m RT RT RT
Como V1 = A h = 24 cm2 · 30 cm = 720 cm3 = 0,72 L
(1) (3) (2) (4) Então:
p 2,4 = 1 · 0,72 + 3 · 2,4 ⇒ p = 7,92 atm
O aquecimento foi isobárico (pressão constante): p1 = p2 = p3 = p4 2,4
Assim, aplicando a Lei geral dos Gases, temos: p = 3,3 atm
p2V2 p1V1 S (H + 2,0) S · 11
= ⇒ =
T2 T1 360 300 Resposta: c
H + 2,0 = 13,2 ⇒ H = 11,2 m
90 (UFF-RJ) Um gás ideal estava confinado à mesma temperatura
Resposta: d em dois recipientes, 1 e 2, ligados por uma válvula inicialmente fecha-
da. Os volumes dos recipientes 1 e 2 são 4,0 ᐉ e 6,0 ᐉ, respectivamente.
88 (ITA-SP) Uma bolha de ar de volume 20,0 mm3, aderente à parede A pressão inicial no recipiente 1 era de 4,8 atm.
de um tanque de água a 70 cm de profundidade, solta-se e começa a Válvula
subir. Supondo que a tensão superficial da bolha é desprezível e que
a pressão atmosférica é de 1 · 105 Pa, logo que alcança a superfície seu
volume é aproximadamente:
a) 19,2 mm3. c) 20,4 mm3. e) 34,1 mm3.
3 3
b) 20,1 mm . d) 21,4 mm .
Recipiente 1 Recipiente 2
Dados: g = 10 m/s2;
densidade da água = 1,0 · 103 kg/m3. Abriu-se a válvula e os conteúdos dos recipientes atingiram um estado
final de equilíbrio à pressão de 2,4 atm e à mesma temperatura inicial.
Resolução: A porcentagem total de mols de gás que ocupava o recipiente 1 antes
Lei de Boyle: da abertura da válvula era:
p1V1 = p2V2 a) 60%. c) 50%. e) 20%.
Sendo p1 = p0 + µ g h b) 80%. d) 40%.
vem:
(p0 + µ g h) V1 = p0 V2 Resolução:
(1 · 105 + 1,0 · 103 · 10 · 0,70) · 20,0 = 1 · 105 V2 Após a mistura, temos:
21,4 · 105 = 105 V0 ⇒ V0 = 21,4 mm3 pm Vm = p1 V1 + p2 V2
(observe que a temperatura se mantém constante)
Resposta: d 2,4 · (4,0 + 6,0) = 4,8 · 4,0 + p2 · 6,0 ⇒ 24 – 19,2 = 6,0 p2
p2 = 0,80 atm
Aplicando a Equação de Clapeyron, antes da abertura da válvula, temos:
89 (Fuvest-SP) A figura mostra uma bomba de encher pneu de
p1 V1 = n1 R T
bicicleta. Quando o êmbolo está todo puxado, a uma distância de
30 cm da base, a pressão dentro da bomba é igual à pressão atmosfé- p2 V2 = n2 R T
rica normal. A área da secção transversal do pistão da bomba é 24 cm2.
4,8 · 4,0 = n1 R T (I)
Um ciclista quer encher ainda mais o pneu da bicicleta que tem volume
de 2,4 litros e já está com uma pressão interna de 3 atm. Ele empurra 0,80 · 6,0 = n2 R T (II)
o êmbolo da bomba até o final de seu curso. Suponha que o volume
Dividindo (I) por (II), vem:
do pneu permaneça constante, que o processo possa ser considerado
19,2 = n1 ⇒ n = 4 n ,
isotérmico e que o volume do tubo que liga a bomba ao pneu seja des- 4,8 n2 1 2
prezível. A pressão final do pneu será, então, de aproximadamente: Mas
n1(%) + n2(%) = 100%,
então:
n (%)
30 cm n1(%) + 1 = 100%
4
5 n1(%)
= 100% ⇒ n1 = 80%
4
a) 1,0 atm. c) 3,3 atm. e) 4,0 atm. Resposta: b
b) 3,0 atm. d) 3,9 atm.
84 PARTE I – TERMOLOGIA

91 (UFC-CE) Um sistema é formado por dois reservatórios, 1 e 2, de mes- 93 (ITA-SP) Considere uma mistura de gases H e N em equilíbrio
2 2
mo volume, V0, ligado por um tubo fino (veja figura abaixo). Inicialmente, térmico. Sobre a energia cinética média e sobre a velocidade média
ambos os reservatórios estão cheios de um gás ideal, à mesma temperatura das moléculas de cada gás, pode-se concluir que:
absoluta, T0, e à mesma pressão, P0. A temperatura do reservatório 2 é então a) as moléculas de N2 e H2 têm a mesma energia cinética média e a
duplicada, enquanto a do reservatório 1 é mantida igual a T0. mesma velocidade média.
b) ambas têm a mesma velocidade média, mas as moléculas de N2 têm
2
maior energia cinética média.
c) ambas têm a mesma velocidade média, mas as moléculas de H2 têm
maior energia cinética média.
d) ambas têm a mesma energia cinética média, mas as moléculas de
N2 têm maior velocidade média.
1
e) ambas têm a mesma energia cinética média, mas as moléculas de
H2 têm maior velocidade média.
a) Calcule o número total de mols de gás no sistema, em função de T0,
P0, V0 e da constante universal dos gases, R. Resolução:
b) Calcule a pressão final do sistema. Se os gases estão em equilíbrio térmico, suas temperaturas são iguais e
suas partículas possuem energias cinéticas médias iguais:
Resolução:
EC (H2) = EC (N2)
a) Em cada reservatório, encontramos: m m

pV=nRT Como:
p V T = M (V)2
n0 = 0 0 3R
R T0 Sendo:
No total: T(H2) = T(N2)
2 p0 V0 M(H2) = 2 g
N = 2 n0 = M(N2) = 28 g
R T0
Então:
b) Aquecendo-se o reservatório 2, a pressão aumenta e haverá uma redis-
tribuição de partículas até que o sistema atinja uma nova pressão. V (H2) ⬎ V (N2)
N = n’1 + n’2
Resposta: e
2 p0 V0 p V0 p V0
= +
R T0 R T0 R (2T0)
94 (UFRN) Um recipiente de volume V contém, inicialmente, N mo-
i
p 3p
2p0 = p + = ⇒ p = 4 p0 léculas de um gás ideal. Outras moléculas do mesmo gás são introduzi-
2 2 3 das nesse recipiente, de modo que o número total de moléculas passa
a ser Nf.
2 p0 V0
Respostas: a) ; b) p = 4 p0 Admitindo que a temperatura final do gás é um terço do valor original
R T0 3 e que a soma total das energias cinéticas das moléculas não se altera,
determine:
92 (Unicamp-SP) Uma sala tem 6 m de largura, 10 m de comprimen- a) a razão entre Nf e Ni;
b) a razão entre as pressões inicial e final do gás.
to e 4 m de altura. Deseja-se refrigerar o ar dentro da sala. Considere o
calor específico do ar como sendo 30 J/ (mol K) e use R = 8 J/ (mol K).
Resolução:
a) Considerando o ar dentro da sala como um gás ideal à pressão am-
a) Uf = Ui
biente (P = 105 N/m2), quantos mols de gás existem dentro da sala a
3 n R T = 3 n R T ⇒ n Ti = n T
27 °C? 2 f f 2 i i f
3 i i
b) Qual é a quantidade de calor que o refrigerador deve retirar da mas-
sa de ar do item (a) para resfriá-la até 17 °C? nf Nf
= =3
ni N i
Resolução:
a) O volume da sala vale: b) Equação de Clapeyron:
V = 6 m · 10 m · 4 m = 240 m3
Admitindo-se que o ar da sala obedece à Equação de Clapeyron: pi V = ni R Ti
pV=nRT pf V = nf R Tf
pV 5
n= ⇒ n = 10 · 240 ⇒ n = 1 · 104 mols
RT 8 · 300 pf nf Tf T
b) A quantidade de calor que o refrigerador deve retirar do ambiente, = =3· f
pi ni Ti 3 Ti
à pressão constante, vale:
Q = n cp Δt pf
=1
Q = 1 · 10 · 30 · (27 – 17) (J) ⇒
4
Q = 3 · 10 J6 pi

Respostas: a) 1 · 104 mols; b) 3 · 106 J Respostas: a) 3; b) 1


Tópico 4 – Gases perfeitos 85

95 (ITA-SP) Uma cesta portando uma pessoa deve ser suspensa a) Determine a razão R1 = P1/P0 entre a pressão final P1 e a pressão
por meio de balões, sendo cada qual inflado com 1 m de hélio na3 inicial P0 do ar no tanque A.
temperatura local (27 °C). Cada balão vazio com seus apetrechos pesa b) Determine a razão R2 = T1/T0 entre a temperatura final T1 e a tempe-
1,0 N. São dadas a massa atômica do oxigênio AO = 16, a do nitrogênio ratura inicial T0 dentro dos tanques.
AN = 14, a do hélio AHe = 4 e a constante dos gases R = 0,082 atm ᐉ mol-1 K-1. c) Para o tanque B, determine a razão R3 = m0/m1 entre a massa de
Considerando que o conjunto pessoa e cesta pesa 1 000 N e que a at- ar m0 contida inicialmente no tanque B e a massa de ar final m1, à
mosfera é composta de 30% de O2 e 70% de N2, determine o número temperatura T1, contida nesse mesmo tanque.
mínimo de balões necessários. Note e adote:
Dado: g = 10 m/s2 pV=nRT
ΔP = ρ g ΔH
Resolução: Patmosférica ⯝ 1,0 · 105 N/m2
Na condição de flutuação, o empuxo sobre o conjunto deve igualar
seu peso:
E = P ⇒ µar g Vi = mT g Resolução:
Equação de Clapeyron: Na figura a seguir representamos as situações inicial e final:
pV=mRT
M
pM=mRT A B 0,8 m
V s
Como µ = m, então: (área)
V 0,8 m
µ= p M
RT
Situação inicial (T0)
Assim:
pM x V =m
b T
R T ar
Sendo: A B 0,6 m
1,0 m
Mar = (0,30 · 32 + 0,70 · 28)g = 29,20 g = 29,20 · 10–3 kg y
x
Vb = 1 m3 = 103 L 1,0 m
0,6 m
Temos:
1,0 · 29,20 · 10–3 Situação final (T1)
· x · 103 = mT
0,082 · 300
1,19x = mconjunto + mbalões + mHe a) Usando a Lei de Stevin na situação final, vem:
Px = Py
1,19x = 1 000 + x · 1 + x p M V
10 10 RT Px = P0 + Págua g Δh
1,0 · 4 · 10–3 · 1 · 103 Assim, em A, temos:
1,09x = 100 + x ·
0,082 · 300 P +P gΔh
P1 Px
R1 = = = 0 água
1,09x = 100 + 0,16x ⇒ 0,93 x = 100 ⇒ x = 107,53 P0 P0 P0
x ⯝ 108 balões 5 3
R1 = 1,0 · 10 + 1,0 · 10 · 510 (1,0 – 0,6)
1,0 · 10
Resposta: 108 balões
R1 = 1,04

96 (Fuvest-SP) Dois tanques cilíndricos e verticais, A e B, de 1,6 m


b) Aplicando-se a Lei geral de Gases, vem:
de altura e interligados, estão parcialmente cheios de água e possuem P0 V0 P1 V1
válvulas que estão abertas, como representado na figura para a situação =
T0 T1
inicial. Os tanques estão a uma temperatura T0 = 280 K e à pressão at-
mosférica P0. Em uma etapa de um processo industrial, apenas a válvula No recipiente A, temos:
A é fechada e, em seguida, os tanques são aquecidos a uma temperatura T P V
T1, resultando na configuração indicada na figura para a situação final. R2 = 1 = 1 1
T0 P0 V0
A B A B P1
Sendo: = 1,04 (item a)
0,6 m
P0
0,8 m 1,0 m Vem:
g V1 5 · 1,0
1,0 m
R2 = 1,04 = 1,04 ·
0,8 m 0,6 m
V0 5 · 0,8

R2 = 1,30
Situação inicial (T0) Situação final (T1)
86 PARTE I – TERMOLOGIA

c) Aplicando-se a equação Clapeyron, temos: (Rolha)


pV=nRT
pV=mRT (Hg) Δh
(Ar) (Ar + CO2)
M
No recipiente B, vem:
P0 V0 M
m0 R T0 V T Figura 1 Figura 2 (Gelo-seco)
R3 = = = 0 1
m1 P0 V1 M V1 T0
R T2 Todo o processo ocorre à temperatura do meio ambiente (27 °C). Su-
T1 pondo-se que o ar e o CO2 comportem-se como gases perfeitos, que a
Mas: = R2 = 1,30 pressão atmosférica normal valha 76 cm Hg e que a constante univer-
T0
sal dos gases perfeitos valha 0,082 atm · L / mol · K, o número de mols
Assim: aproximado de CO2 existente no recipiente é:
V 5 · 0,8 a) 0,002. c) 0,2. e) 20.
R3 = 0 · 1,30 =
V1 5 · 0,6 b) 0,02. d) 2.

R3 ⯝ 1,73 Resolução:
De acordo com a Lei de Dalton (lei das pressões parciais), o desnível ob-
Respostas: a) 1,04; b) 1,30; c) ⯝ 1,73 servado foi proporcionado pelo CO2 introduzido no recipiente.
Assim, usando a Equação de Clapeyron, temos:
p V = n R T,
97 Ao ler um livro sobre tecnologia do vácuo, um aluno recebeu a
em que:
informação de que o melhor “vácuo” que se pode obter no interior de
um recipiente, na superfície da Terra, é da ordem de 2,5 · 10–15 atm. p = 19 cm Hg = 0,25 atm
Considerando-se que o ar se comporta como um gás perfeito, aproxi- T = 27 °C = 300 K
madamente quantas moléculas iremos encontrar em 1 mm3 do interior então:
desse recipiente, no qual se fez o vácuo parcial, à temperatura de 27 °C?
0,25 · 2 = n · 0,082 · 300 ⇒ n ⯝ 0,02 mol
Dados: constante universal dos gases perfeitos = 0,082 atm L/mol K;
1 litro = 1 (dm)3;
número de Avogadro = 6,02 · 1023 moléculas/mol. Resposta: b
a) zero c) 602 e) 6 · 1023
b) 60 d) 1 820 99 (ITA-SP) Estime a massa de ar contida em uma sala de aula. Indi-
que claramente quais as hipóteses utilizadas e os quantitativos estima-
Resolução: dos das variáveis empregadas.
Equação de Clapeyron:
pV=nRT Resolução:
Sendo: Uma sala de aula típica deve ter área do piso igual a 50 m2 e pé direito
(altura) de 3,0 m.
V = 1 mm3 = 1 · 10–6 dm3 = 1 · 10–6 L,
Assim:
temos:
V = 50 · 3,0 (m3)
2,5 · 10–15 · 10–6 = n 0,082 · (27 + 273) ⇒ n = 1 · 10–22 mols
V = 150 m3
Portanto:
Considerando o ar um gás perfeito, vem:
1 mol → 6,02 · 1023 moléculas
pV=nRT
1 · 1022 mol → x
Adotando:
x = 6,02 · 10
p0 = 1 atm
x ⯝ 60 moléculas R = 0,082 atm L/mol K
T = 27 °C = 300 K
Resposta: b
Mar = (30%)O2 + (70%)N2 = 29,2 · 10–3 kg
V = 150 m3 = 150 · 103 L
98 Na figura 1, podemos observar um recipiente de volume 2 li-
tros, que contém ar na pressão atmosférica local (70 cm Hg), acoplado Equação de Clapeyron:
a um tubo em forma de U que contém mercúrio. No início, os níveis do pV=nRT
mercúrio estão na mesma horizontal. Em seguida, é introduzida no re- Temos:
cipiente uma porção de gelo-seco (CO2). O recipiente é fechado. Após m
algum tempo, quando todo o gelo-seco passou para a fase gasosa, no- 1 · 150 · 103 = · 0,082 · 300 ⇒ m ⯝ 178 kg
29,2 · 10–3
tamos que o mercúrio apresenta um desnível de 19 cm e a situação se
estabiliza. Observe para tanto a figura 2. Despreze o volume do tubo Resposta: 178 kg
em comparação com o do recipiente.
Tópico 4 – Gases perfeitos 87

100 (Fuvest-SP) Um cilindro de oxigênio hospitalar (O ), de 60 li- 101 Numa prova de laboratório, um professor de Física pegou três
2
tros, contém, inicialmente, gás a uma pressão de 100 atm e tempe- recipientes, A, B e C. Colocou em um deles hidrogênio, em outro, neô-
ratura de 300 K. Quando é utilizado para a respiração de pacientes, nio, e, no que restou, dióxido de carbono, todos a 27 °C. Forneceu aos
o gás passa por um redutor de pressão, regulado para fornecer oxi- alunos duas tabelas, sendo uma dos mols dos referidos gases e outra
gênio a 3 atm, nessa mesma temperatura, acoplado a um medidor associando a velocidade média quadrática das partículas do gás com o
de fluxo, que indica, para essas condições, o consumo de oxigênio recipiente portador.
em litros/minuto.
Assim, determine: Tabela I
a) o número NO de mols de O2, presentes inicialmente no cilindro; Gás Mol (g)
b) o número n de mols de O2, consumidos em 30 minutos de uso, com
o medidor de fluxo indicando 5 litros/minuto. H2 2,0
c) o intervalo de tempo t, em horas, de utilização do O2, mantido o flu- Ne 20
xo de 5 litros/minuto, até que a pressão interna no cilindro fique
CO2 44
reduzida a 40 atm.
Note e adote:
Tabela II
Considere o O2 como gás ideal.
Suponha a temperatura constante e igual a 300 K. Recipiente Velocidade média
A constante dos gases ideais R ⯝ 8 · 10–2 litros · atm/K quadrática das
partículas

Resolução: A 412 m/s


a) Usando-se a Equação de Clapeyron, temos: B 1 936 m/s
pV=nRT C 612 m/s
100 · 60 = No · 8,0 · 10 · 300 ⇒
–2
No = 250 mols
Identifique o gás contido em cada recipiente.
Dado: 3R = 25 J/K · mol
b) A vazão de um certo volume V de gás através da válvula, em um
intervalo de tempo Δt, é
Resolução:
φ = V ⇒ V = φ Δt
Δt T = M v2
3R
Aplicando-se a Equação de Clapeyron no gás que passa pela válvu-
Sendo T = (27 + 273) K = 300 K, vem:
la nos 30 minutos, vem:
pV=nRT 300 = M · v2 ⇒ M v2 = 7 500
25
p φ Δt = n R T
Para o H2, temos: 2 · 10–3 v2 = 7 500 ⇒ vH ⯝ 1 936 m/s
3 · 5 · 30 = n · 8,0 · 10–2 · 300 ⇒
2
n = 18,75 mols
onde n representa o gás utilizado, que saiu pela válvula. H2 está no recipiente B.

c) Cálculo de Δn: Para o Ne, temos:


p0 p2 20 · 10–3 v2 = 7 500 ⇒ vNe ⯝ 612 m/s
= ⇒ 100 = 40 ⇒ n2 = 100 mols
no n2 250 n2
Assim: Ne está no recipiente C.
Δn = No – n2 = 250 – 100 ⇒ Δn = 150 mols
Na válvula, temos: Para o CO2, temos:
p φ Δt = Δn R T 44 · 10–3 v2 = 7 500 ⇒ vCO ⯝ 412 m/s
2

Portanto:
CO2 está no recipiente A.
3 · 5 · Δt = 150 · 8,0 · 10–2 · 300 ⇒ Δt = 240 min ou 4,0 h

Respostas: a) 250 mols; b) 18,75 mols; c) 4,0 h Respostas: A ⇒ CO2; B ⇒ H2; C ⇒ Ne


88 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução:
Tópico 5 A) Expansão isotérmica
B) Aquecimento isométrico
C) Compressão adiabática
O gás recebe energia em forma de trabalho.
1 Você já deve ter notado que ao esfregar as mãos durante algum
D) Compressão isotérmica
tempo elas ficam mais quentes. Isso ocorre porque: Assim:
a) aumenta a circulação do sangue, elevando a produção de calor;
A→4
b) o movimento das mãos pode alterar a temperatura do ambiente,
B→3
devido ao atrito delas com o ar;
c) o trabalho mecânico realizado pelas forças de atrito existentes C→2
entre as mãos se transforma em energia térmica, aumentando sua D→1
temperatura;
Resposta: c
d) durante o movimento, as mãos absorvem energia térmica do am-
biente, o que aumenta sua temperatura;
e) a diferença de polaridade existente entre a mão direita e a mão es- 4 (Enem) Considere as afirmações:
querda provoca um aquecimento em ambas.
I. Calor e trabalho são formas de transferência de energia entre
Resolução: corpos.
No deslizamento das mãos, as forças de atrito realizam trabalho, trans- II. Calor é medido necessariamente em calorias, enquanto trabalho é
formando energia mecânica em energia térmica, que irá aquecê-las. somente medido em joules.
III. Dez calorias valem aproximadamente 42 joules.
Resposta: c Pode-se afirmar que apenas:
a) I é correta.
2 Dos itens citados a seguir, qual é condição obrigatória para que b) II é correta.
c) III é correta.
um gás realize trabalho?
d) I e II são corretas.
a) Variação na pressão do gás.
b) Variação no volume do gás. e) I e III são corretas.
c) Variação na temperatura do gás.
d) Recebimento de calor do meio externo. Resolução:
e) Ocorrência de uma reação de desintegração nuclear no gás, acom- I – Correta
panhada de liberação de energia térmica. Calor é energia térmica em trânsito.
Trabalho é energia mecânica em trânsito.
Resolução:
II – Incorreta
Um sistema gasoso realiza trabalho quando o seu volume aumenta.
Tanto calor como trabalho podem ser expressos em calorias ou
Resposta: b joules.
III – Correta
1 cal  4,18 J
3 A primeira coluna descreve uma transformação sofrida pelo Assim:
gás; a segunda contém a denominação utilizada para indicar essa 10 cal  42 J
transformação.
Resposta: e
(A) O gás realiza trabalho e sua
(1) Compressão isotérmica.
energia interna não varia.
5 a
A 1 Lei da Termodinâmica, aplicada a uma transformação ga-
(B) O gás tem sua energia interna
aumentada e não troca traba- (2) Compressão adiabática. sosa, se refere à:
lho com o meio externo. a) conservação de massa do gás;
b) conservação da quantidade de movimento das partículas do gás;
(C) O gás não troca calor com o c) relatividade do movimento de partículas subatômicas, que consti-
meio externo, mas sua tem- (3) Aquecimento isométrico. tuem uma massa de gás;
peratura aumenta. d) conservação da energia total;
(D) O gás recebe trabalho e sua e) expansão e contração do binômio espaço-tempo no movimento
(4) Expansão isotérmica. das partículas do gás.
energia interna não varia.

Em qual das alternativas as associações estão corretas? Resolução:


a) A–1, B–2, C–3 e D–4. A Primeira Lei da Termodinâmica refere-se ao Princípio da Conserva-
b) A–4, B–2, C–1 e D–3. ção da Energia aplicada à Termodinâmica.
c) A–4, B–3, C–2 e D–1.
d) A–3, B–1, C–4 e D–2. Resposta: d
e) A–2, B–4, C–1 e D–4.
Tópico 5 – Termodinâmica 89

6 E.R. Um gás perfeito sofre uma expansão, realizando um Resolução:


trabalho igual a 200 J. Sabe-se que, no final dessa transformação, a (01) Incorreta
energia interna do sistema está com 60 J a mais que no início. Qual a Um gás pode ser aquecido recebendo energia em forma de calor
quantidade de calor recebida pelo gás? ou de trabalho.
(02) Correta
Resolução: (04) Incorreta
a
A 1 Lei da Termodinâmica dá a relação entre as grandezas referi- Basta o gás realizar trabalho, que sua energia interna diminuirá.
das no problema: (08) Correta
Se um gás realizar trabalho equivalente à energia térmica recebi-
ΔU = Q – τgás da, sua temperatura permanecerá constante.
Do texto, sabemos que: (16) Correta
τgás = +200 J (o sistema realizou trabalho) Na expansão adiabática, o gás realiza trabalho (volume aumenta),
não troca calor com o meio e sua temperatura diminui (a energia
ΔU = +60 J (a energia interna aumentou) interna diminui).
Assim, temos:
Resposta: 26
60 = Q – 200 ⇒ Q = 260 J
10 Numa expansão isobárica (pressão constante), o trabalho reali-
7 Uma porção de gás perfeito está confinada por um êmbolo zado por um gás é tanto maior quanto:
móvel no interior de um cilindro. Ao receber 20 kcal de calor do meio a) maior a pressão e maior a variação de volume;
externo, o êmbolo sobe e o gás realiza um trabalho equivalente a b) menor a pressão e maior a variação de volume;
a
12 kcal. Aplicando a 1 Lei da Termodinâmica, determine a variação c) maior a pressão e maior o volume;
sofrida pela energia interna desse gás. d) menor a pressão e menor o volume;
e) maior a pressão e menor o volume.
Resolução:
a
1 Lei da Termodinâmica: Resolução:
Numa transformação isobárica, o trabalho trocado pelo sistema é de-
Q = τ + ΔU
terminado por:
20 = 12 + ΔU τp = p ΔV
ΔU = 8 kcal Assim, o trabalho é tanto maior quanto maiores forem p (pressão) e ΔV
(variação de volume).
Resposta: 8 kcal
Resposta: a

8Um gás perfeito sofre uma expansão isotérmica ao receber do 11 (Unitau-SP) Um gás está confinado em um cilindro provido de
ambiente 250 J de energia em forma de calor. Qual o trabalho realiza- um pistão. O gás é então aquecido, e o pistão é mantido fixo na posi-
do pelo gás e qual sua variação de energia interna? ção inicial. Qual é a alternativa errada?
a) A pressão do gás aumenta.
Resolução: b) O trabalho realizado pelo gás é cada vez maior.
Isotérmica → temperatura constante: c) A força que o gás exerce no pistão é cada vez maior.
d) O gás é mantido num volume constante.
ΔU = 0 e) A energia interna do gás é cada vez maior.
a
1 Lei da Termodinâmica:
Q = τ + ΔU Resolução:
250 = τ + 0 A alternativa errada é a b. Se o volume do gás se mantém constante,
não há trocas de trabalho com o meio externo.
τ = 250 J
Resposta: b
Respostas: 250 J; zero
12 Determinada massa de gás perfeito sofre uma transformação,
saindo de um estado inicial A e passando para o estado final B, sem que
9Analise as afirmativas a seguir: sua temperatura se altere. Essa transformação pode ser denominada:
(01) Um gás somente pode ser aquecido se receber calor. a) isobárica; d) isotérmica;
(02) Pode-se aquecer um gás realizando-se trabalho sobre ele. b) isocórica; e) adiabática.
(04) Para esfriar um gás, devemos necessariamente retirar calor dele. c) isovolumétrica;
(08) Um gás pode receber calor do meio externo e sua temperatura
permanecer constante. Resolução:
(16) Numa transformação adiabática de um gás, sua temperatura Transformação gasosa a temperatura constante é denominada iso-
pode diminuir. térmica.
Dê como resposta a soma dos números associados às af irmações
corretas. Resposta: d
90 PARTE I – TERMOLOGIA

13 (FEI-SP) Numa transformação de um gás perfeito, os estados 16 Um sistema gasoso ideal sofre uma transformação isobárica de
final e inicial acusaram a mesma energia interna. Certamente: pressão igual a 5 · 104 N/m2. Seu volume evolui de 3 L para 6 L. Determi-
a) a transformação foi cíclica. ne o trabalho trocado com o meio externo.
b) a transformação foi isométrica. Dado: 1 L = 1 dm3 = 10–3 m3
c) não houve troca de calor entre o gás e o ambiente.
d) são iguais as temperaturas dos estados inicial e final. Resolução:
a
e) não houve troca de trabalho entre o gás e o ambiente. 1 Lei da Termodinâmica:
Q = τ + ΔU
Resolução: Q = p ΔV + ΔU
A única certeza que podemos ter é de que as temperaturas inicial e 5,0 = 5,0 · (0,60 – 0,20) + ΔU
final são iguais, pois U = 3 n R T. 5,0 = 2,0 + ΔU
2
ΔU = 3,0 J
Resposta: d
Resposta: 3,0 J
14 Analise as proposições dadas a seguir e dê como resposta o so-
matório dos números que correspondem às afirmativas corretas: 17 Um gás ideal monoatômico expandiu-se, realizando um trabalho
(01) A energia interna de dada massa de gás é função exclusiva de sua sobre a vizinhança igual, em módulo, à quantidade de calor absorvida
temperatura. por ele durante a expansão. Sabendo-se que a energia interna de um
(02) Numa expansão isobárica, a quantidade de calor recebida é me- gás ideal é proporcional a sua temperatura absoluta, pode-se afirmar
nor que o trabalho realizado. que, na transformação relatada acima, a temperatura absoluta do gás:
(04) Numa transformação isocórica, a variação de energia interna do a) necessariamente aumentou;
gás é igual à quantidade de calor trocada com o meio exterior.
b) necessariamente permaneceu constante;
(08) Numa transformação adiabática, o gás não troca trabalho com o
meio externo. c) necessariamente diminuiu;
(16) A energia interna de um sistema gasoso só não varia nas transfor- d) aumentou ou permaneceu constante;
mações adiabáticas. e) diminuiu ou permaneceu constante.
(32) Numa expansão isobárica, a temperatura do gás aumenta.
Resolução:
a
Resolução: 1 Lei da Termodinâmica:
(01) Correta. Q = τ + ΔU
(02) Incorreta — Numa expansão isobárica, o volume e a temperatu- Se: Q = τ
ra aumentam, enquanto a pressão permanece constante. Assim, Então: ΔU = 0
o calor recebido deve ser maior de que o trabalho realizado. Se não há variação de energia interna, a temperatura do gás mante-
(04) Correta — Numa transformação isocórica, o volume permane- ve-se constante.
ce constante e não há trocas de energia em forma de trabalho.
Resposta: b
Q = ΔU
(08) Incorreta — Na transformação adiabática, não há troca de calor
18 E.R. Um sistema gasoso ideal troca (recebe ou cede) com o
com o meio externo.
(16) Incorreta — Na transformação adiabática, pode haver troca de meio externo 150 cal em forma de calor. Determine, em joules, o tra-
energia em forma de trabalho. balho trocado com o meio, em cada um dos casos:
(32) Correta. a) expansão isotérmica;
b) compressão isotérmica;
Resposta: 37 c) aquecimento isométrico.
Dado: 1 cal = 4,18 J
15 Um gás perfeito sofre uma expansão isobárica, sob pressão de
Resolução:
5,0 N/m2. Seu volume aumenta de 0,20 m3 para 0,60 m3. Qual foi a varia- Nas transformações isotérmicas, não há variação de temperatura e,
ção de energia interna do gás se, durante a expansão, ele recebeu 5,0 J em consequência, a energia interna do sistema mantém-se constan-
de calor do ambiente? te (ΔU = 0).
Da 1a Lei da Termodinâmica, ΔU = Q – τgás, vem:
Resolução:
τp = p ΔV Q = τgás
Sendo:
Então, se o sistema recebe calor, realiza um trabalho de igual valor. Se
ΔV = (6 – 3) = 3 · 10–3 m3
cede calor, é porque recebe igual quantidade de energia em forma
Então: de trabalho.
τp = 5 · 104 · 3 · 10–3 (J) a) Na expansão, o volume aumenta e o sistema realiza trabalho
(τgás > 0), recebendo calor (Q > 0).
τp = 150 J
Daí, temos:
Resposta: 150 J τgás = Q = 150 cal
Tópico 5 – Termodinâmica 91

Transformando caloria em joule, vem: b) Compressão → diminuição de volume (τ ⬍ 0)


τgás = J Q ⇒ τgás = 4,18 · 150 isotérmica → temperatura constante (ΔU = 0)
Q = τ = –50 cal
τgás = 627 J
c) Expansão → aumento de volume (τ ⬎ 0)
b) Na compressão, o volume diminui e o sistema recebe trabalho adiabática → sem trocar calor com o meio externo (Q = 0)
(τgás < 0), cedendo calor (Q < 0). Q=0
Daí, temos:
τgás = Q = –150 cal Respostas: a) 50 cal; b) –50 cal; c) Zero

Transformando caloria em joule, vem:


21 Leia com atenção e identifique a alternativa correta.
τgás = –627 J a) Numa compressão isotérmica de um gás perfeito, o sistema não
troca calor com o meio externo.
c) Nas transformações isométricas, o volume permanece constante b) Numa compressão isotérmica de um gás perfeito, o sistema cede
e não há trabalho trocado com o meio externo. um valor de calor menor que o valor do trabalho que recebe.
Então: c) Numa compressão isotérmica de um gás perfeito, sempre ocorre
τgás = 0 variação da energia interna do gás.
d) Numa compressão isotérmica de um gás perfeito, o sistema realiza
trabalho; portanto, não recebe calor.
19 Um sistema termodinâmico, constituído por um gás perfeito, e) Numa compressão isotérmica de um gás perfeito, o sistema recebe
trabalho, que é integralmente transformado em calor.
troca 400 cal de calor com o meio externo. Determine a variação de
energia interna do sistema, em cada um dos casos: Resolução:
a) aquecimento isocórico; a) Incorreta
b) resfriamento isométrico; Isotérmica → ΔU = 0
c) expansão isotérmica. Assim:
Q = τ + ΔU
Resolução: Q=τ≠0
a) Aquecimento → sistema recebe calor
isocórico → volume constante (τ = 0) Compressão → sistema recebe trabalho
Q = τ + ΔU b) Incorreta
ΔU = Q = 400 cal Q=τ , pois ΔU = 0
b) Resfriamento → sistema cede calor c) Incorreta
isométrico → volume constante (τ = 0) Isotérmica → ΔU = 0
Q = τ + ΔU d) Incorreta
ΔU = Q = –400 cal Compressão → o sistema recebe trabalho
e) Correta
O sinal negativo indica que o calor foi cedido.
c) Expansão → aumento de volume Resposta: e
isotérmica → temperatura constante (ΔU = 0)
ΔU = 0 22 (Ufla-MG) A Termodinâmica faz nítida distinção entre o objeto
de seu estudo, chamado sistema, e tudo aquilo que o envolve e pode
Respostas: a) 400 cal; b) – 400 cal; c) Zero interagir com ele, chamado meio. Considere um sistema constituído
por certa quantidade de um gás ideal contido em um recipiente de
20 Numa transformação termodinâmica, um gás ideal troca com paredes móveis e não-adiabáticas e indique a alternativa incorreta.
a) Para que o gás realize uma expansão isobárica, é necessário que o
o meio externo 209 J em forma de trabalho. Determine, em calorias, o sistema receba certa quantidade de calor do meio.
calor que o sistema troca com o meio externo, em cada um dos casos: b) Para que o gás sofra uma expansão isotérmica, é necessário que o
a) expansão isotérmica; sistema receba calor do meio, o qual é convertido em trabalho.
b) compressão isotérmica; c) Em uma compressão adiabática do gás, o meio realiza trabalho sobre
c) expansão adiabática. o sistema, com consequente aumento da energia interna do gás.
Dado: 1 cal = 4,18 J d) Para que o gás sofra um aumento de pressão a volume constante, é ne-
cessário que o sistema rejeite certa quantidade de calor para o meio.
Resolução: e) Em uma compressão isobárica, o gás tem sua temperatura e sua
τ = 209 cal = 50 cal energia interna diminuídas.
4,18
a) Expansão → aumento de volume (τ ⬎ 0) Resolução:
isotérmica → temperatura constante (ΔU = 0) Para que o gás sofra aumento de pressão a volume constante, é neces-
Q = τ + ΔU sário que o sistema receba calor do meio.
Q = τ = 50 cal Resposta: d
92 PARTE I – TERMOLOGIA

23 (Enem) Um sistema termodinâmico cede 200 J de calor ao am- 25 E.R. Um gás perfeito sofre uma expansão isobárica, trocando
biente, enquanto sobre o sistema se realiza trabalho de 300 J. Nessas com o meio externo 500 cal em forma de calor e 300 cal em forma de
condições, a variação de sua energia interna é, em joules, de: trabalho. Determine a variação da energia interna do sistema.
a) –500. b) –100. c) 100. d) 250. e) 500.
Resolução:
Resolução: Como o gás sofre uma expansão, seu volume aumenta e ele realiza
Q = τ + ΔU trabalho (τgás = +300 cal).
– 200 = – 300 + ΔU Da Equação de Clapeyron para os gases perfeitos, p V = n R T, ob-
servamos que, sendo isobárica (p = cte) a transformação, quando o
ΔU = + 100 J volume aumenta, a temperatura absoluta também aumenta, provo-
cando aumento de energia interna (ΔU > 0).
Resposta: c Daí concluirmos que o sistema recebe calor (Q = +500 cal), que será
parcialmente transformado em trabalho realizado, sendo o restante
24 (UFMS) Um cilindro, fechado por um êmbolo, encerra o volume usado para aumentar a energia interna do sistema.
de 1,0 · 10–2 m3 de um gás ideal à pressão de 2,0 · 105 Pa. O sistema re- Portanto, da 1a Lei da Termodinâmica, ΔU = Q – τgás, vem:
cebe de uma fonte quente 5,0 · 103 J de calor. O êmbolo desloca-se de
modo que o volume do gás seja duplicado num processo isobárico. ΔU = 500 – 300
Ao final do processo, pode-se afirmar que:
(01) não houve qualquer variação da energia interna do sistema. ΔU = +200 cal
(02) o calor fornecido pela fonte quente foi totalmente armazenado
sob a forma de energia interna do sistema.
(04) o trabalho realizado pelo sistema sobre o meio foi de 2,0 · 103 J. O sinal positivo indica que houve aumento na energia interna do
(08) o aumento da energia interna do sistema foi de 3,0 · 103 J. sistema.
(16) o calor fornecido pela fonte quente foi totalmente transformado
em trabalho realizado pelo sistema sobre o meio. 26 (UFMG) Em uma transformação isobárica de um gás perfeito,
Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações
corretas. mantido a 2,0 · 105 N/m2 de pressão, forneceram-se 1 500 J de calor e
provocou-se um aumento de volume de 3,0 litros. Em joules, qual foi a
Resolução: variação da energia interna do gás?
(01) Incorreta
Se o volume duplicou → ΔV = V0 = 1,0 · 10–2 m3 Resolução:
Portanto: τp = p ΔV
τp = p ΔV = 2,0 · 105 · 1,0 · 10–2 J τp = 2,0 · 105 · 3,0 · 10–3 (J)
τp = 2,0 · 103 J τp = 600 J
Da 1a Lei da Termodinâmica, temos: Assim:
ΔU = Q – τ Q = τ + ΔU
ΔU = 5,0 · 103 – 2,0 · 103 J
1 500 = 600 + ΔU
ΔU = 3,0 · 103 J
ΔU = 900 J
A energia interna do gás aumentou, provocando aumento da
sua temperatura. Resposta: 900 J
(02) Incorreta.
Uma parcela do calor recebido pelo gás retorna ao meio externo
em forma de trabalho. 27 (UFBA) Para aquecer lentamente o gás contido em um recipien-
(04) Correta. te provido de êmbolo móvel, utiliza-se o sistema de banho-maria, con-
τp = p ΔV = 2,0 · 105 · 1,0 · 10–2 (J) forme a figura abaixo.

τp = 2,0 · 103 J
(08) Correta.
ΔU = Q – τ
ΔU = 5,0 · 103 – 2,0 · 103 J
ΔU = 3,0 · 103 J
(16) Incorreta.
Uma parcela do calor recebido é utilizada para aumentar a ener-
gia interna do gás. Fonte térmica
Portanto, a soma dos números correspondentes às afirmações verda-
deiras é 12.
Resposta: 12
Tópico 5 – Termodinâmica 93

Considerando-se que os pesos são mantidos sobre o êmbolo, o gás, 01) o volume ocupado pelo gás diminui.
ao expandir-se: 02) a temperatura do gás diminui.
(01) desloca o êmbolo com velocidade constante. 04) a pressão exercida pelo gás diminui.
(02) sofre acréscimo de energia interna. 08) a energia interna do gás diminui.
(04) mantém sua pressão constante. 16) o número de mols do gás diminui.
(08) tem seu estado termodinâmico descrito exclusivamente pela 32) não é fornecido calor ao gás.
temperatura.
(16) converte integralmente em trabalho o calor recebido da fonte
térmica.
Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações
corretas.
Sistema no estado inicial
Resolução:
(01) Correta — A expansão do gás se processa a pressão praticamen-
te constante. Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações
(02) Correta — A temperatura do gás aumenta. corretas.
(04) Correta — A transformação é uma expansão isobárica.
(08) Incorreta Resolução:
(16) Incorreta — O calor recebido é utilizado para aquecimento do (01) Incorreta — O volume ocupado pelo gás aumenta.
gás e para realização de trabalho. (02) Incorreta — Como na expansão o gás não realizou trabalho (ex-
Resposta: 07 pansão livre), a energia interna permaneceu constante e a tem-
peratura não sofreu alteração.
(04) Correta — Se o volume aumenta, a temperatura se mantém
28 Um estudante manuseava uma bomba manual (metálica) de
constante, então a pressão do gás diminui.
encher bola de futebol. Mantendo o orifício de saída do ar tapado com (08) Incorreta — Na expansão livre, a energia interna do gás não so-
seu dedo, ele comprimia rapidamente o êmbolo e observava que o ar fre alteração.
dentro da bomba era aquecido. (16) Incorreta — O total de partículas na parte interna se mantém
Das afirmativas a seguir, qual você usaria para explicar o fenômeno constante.
descrito? (32) Correta.
a) Quando se comprime um gás, sua temperatura sempre aumenta.
b) Quando se comprime rapidamente um gás, facilita-se a troca de Resposta: 36
calor entre o ar que está dentro da bomba e o meio externo.
c) Devido à rapidez da compressão, o ar que está dentro da bomba
não troca calor com o meio externo; assim, o trabalho realizado 30 (Unesp-SP) Um pistão com êmbolo móvel contém 2 mol de
provoca aumento da energia interna desse ar. O2 e recebe 581 J de calor. O gás sofre uma expansão isobárica na
d) A compressão rápida do ar foi feita isobaricamente, provocando qual seu volume aumentou de 1,66 , a uma pressão constante de
aumento na velocidade de suas partículas. 105 N/m2. Considerando que nessas condições o gás se comporta como
e) O fenômeno descrito é impossível de ocorrer, pois, sendo o corpo gás ideal, utilize R = 8,3 J/mol · K e calcule:
da bomba metálico, qualquer energia que seja fornecida para o ar a) a variação de energia interna do gás;
interno será imediatamente transferida para o meio externo. b) a variação de temperatura do gás.

Resolução: Resolução:
O ar, sendo comprimido rapidamente, não troca calor com o meio a) Usando a 1a Lei da Termodinâmica, temos:
externo (compressão adiabática); assim, a energia recebida em forma Q = τ + ΔU
de trabalho será utilizada para aumento da energia interna do sistema
Numa expansão isobárica (pressão constante), o trabalho (τ) reali-
(aquecimento).
zado pelo gás é determinado por:
Resposta: c τp = p ΔV
Assim,
29 (UEM-PR) Um experimento para se determinar se a energia inter- Q = p ΔV + ΔU
na de um gás ideal depende ou não do volume foi realizado por Joule 581 = 105 · 1,66 · 10–3 + ΔU
(1818-1889). O sistema utilizado por ele está esquematizado na figura ΔU = 581 – 166 (J)
a seguir. No estado inicial, o compartimento da esquerda está cheio de
gás e o da direita está evacuado. Os dois compartimentos estão ligados ΔU = 415 J
por uma torneira que, no início do experimento, está fechada. O siste-
b) Usando a Equação de Clapeyron, nessa expansão isobárica, temos:
ma todo está termicamente isolado das suas vizinhanças por paredes
p ΔV = n R ΔT
rígidas, de modo que não há troca térmica entre o sistema e o exterior.
105 · 1,66 · 10–3 = 2 · 8,3 · ΔT
Quando a torneira é aberta, o gás escoa para o compartimento evacua-
do e, consequentemente, não realiza trabalho. Depois de certo tempo, ΔT = 10 K ou ΔT = 10 °C
o gás atinge o equilíbrio termodinâmico com o sistema. Baseado na
primeira lei da termodinâmica e na equação dos gases ideais, ao final
Respostas: a) 415 J; b) 10 K ou 10 °C
do experimento, Joule conclui, corretamente, que:
94 PARTE I – TERMOLOGIA

31 O diagrama pressão ⫻ volume a seguir mostra uma transforma- c) O trabalho total na transformação ABC é a soma algébrica dos
ção isotérmica sofrida por 1 mol de gás perfeito. trabalhos nas transformações AB e BC. Assim:
τABC = τAB + τBC ⇒ τABC = 0 + 3
Pressão
A
τABC = 3 J
pA

B 33 Um gás perfeito sofre a transformação ABC indicada no diagra-


ma pressão (p) ⫻ volume (V) a seguir:
pB
p (N/m2)
A C
VA VB Volume 400

A área destacada mede: 300


a) a variação de pressão do gás; 200 B
b) a variação de energia interna do gás;
c) o trabalho realizado pelo gás;
d) o calor cedido pelo gás; 0 2 4 6 V (m3)
e) o calor específico do gás medido à temperatura constante.
Determine o trabalho do sistema nas transformações:
Resolução: a) A para B; b) B para C; c) ABC.
A área destacada mede o trabalho trocado entre o sistema gasoso e o
meio externo. Resolução:
N
N a) τAB = [área]BA
[área] = τ
(400 + 200) · (6 – 2)
τAB = (J)
Resposta: c 2
τAB = 1 200 J
32 E.R. Um gás perfeito passa do estado representado por A, no b) τBC = 0
gráfico, para os estados representados por B e C: O volume do gás permanece constante.
p (N/m2) c) τABC = τAB + τBC
30
B C τABC = 1 200 + 0
τABC = 1 200 J

Respostas: a) 1 200 J; b) zero; c) 1 200 J


10 A

34 (PUC-SP) O gráfico pressão (p) ⫻ volume (V) representa as trans-


0 0,1 0,2 V (m3) formações AB e BC experimentadas por um gás ideal:
Determine o trabalho realizado pelo gás, em joules, nas transfor-
p (N/m2)
mações: B C
a) A para B; b) B para C; c) ABC. 30
20
Resolução:
a) Na transformação AB, não há troca de trabalho com o meio exter- 10 A
no, pois o volume do sistema mantém-se constante:
0 1 3 V (m3)
τAB = 0
Qual o trabalho mecânico realizado pelo gás durante a expansão de A
b) Na transformação BC, o trabalho realizado (o volume do sistema até C? Dê a resposta em joules.
aumenta) pelo gás é igual à “área” sob o gráfico:
Resolução:
N
p (N/m2) τ = [área]
B C τABC = τAB + τBC
30 “Área” = τBC
τBC = 30 · (0,2 – 0,1) (30 + 10) · 1
τABC = + 30 · (3 – 1) (J)
2
τBC = 3 J τABC = 20 + 60 (J)
10
A τABC = 80 J

0 0,1 0,2 V (m3) Resposta: 80 J


Tópico 5 – Termodinâmica 95

35 No processo isobárico indicado no gráfico, um gás perfeito rece- A respeito da transformação AB, responda:
beu 3 000 J de energia do ambiente. a) Qual é o trabalho do sistema? É trabalho realizado ou recebido?
Justifique.
p (Pascal) b) Qual é a variação de energia interna? A energia interna aumentou
A B
30 ou diminuiu? Justifique.

15 Resolução:
a) τ =N [área]
0 20 40 60 V (m3) (800 + 300) · (6,0 –2,0)
τAB = (J)
2
Que variação ocorreu na energia interna desse gás?
τAB = 2 200 J
Resolução:
N Como o volume do gás aumentou, ele realizou trabalho.
τ = [área]
b) ΔUAB = UB – UA
τAB = 30 · (60 – 20) (J) 3 3
τAB = 1 200 (J) ΔUAB = PB VB – PA VA
2 2
Q = τ + ΔU 3
ΔUAB = (800 · 6,0 –300 · 2,0) (J)
2
3 000 = 1 200 + ΔU
ΔUAB = 6 300 J
ΔUAB = 1 800 J
A energia interna do gás aumentou, pois sua temperatura também
aumentou.
Resposta: 1 800 J
Respostas: a) Realizado, 2 200 J; b) Aumentou, 6 300 J
36 Uma amostra de gás perfeito recebe de uma fonte térmica 200 J
de energia em forma de calor, expandindo-se isobaricamente, confor- 38 Uma amostra de gás perfeito sofre uma transformação cíclica
me indica o gráfico a seguir, indo do estado A para o estado B. ABCDA, conforme está representado no diagrama.
P0A
! " p (N/m2)
 B C
6

4

2
A D

       6M 0 1 2 3 V (m3)

Qual a variação da energia interna do gás para essa transformação? Qual o trabalho, em joules, realizado pelo gás?

Resolução: Resolução:
N N
τAB = [área] τciclo = [área interna]
τAB = 20 · (5 – 1) (J) Assim:
τAB = 80 (J) τABCDA = (6 – 2) · (3 – 1) (J)
Q = τ + ΔU
τABCDA = 8 J
200 = 80 + ΔU
ΔUAB = 120 J Resposta: 8 J

Resposta: 120 J 39 (PUC-MG) A transformação cíclica representada no diagrama a


seguir mostra o que ocorreu com uma massa de gás perfeito.
37 Um sistema termodinâmico constituído de certa massa de gás
perfeito recebe calor de uma fonte térmica, num total de 8 500 J. Em p (105 N/m2)
consequência, o gás se expande, sofrendo a transformação AB repre- 4
sentada no diagrama pressão (p) ⫻ volume (V) a seguir:
p (N/m2) 2
B
800

A 0 5 10 15 20 V (ᐉ)
300
Qual o trabalho realizado por esse gás em cada ciclo? Dê a resposta
0 2,0 6,0 V (m3) em joules.
96 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução: Resolução:
N
τciclo = [área interna] a) Incorreta.
Apesar de as temperaturas inicial (TA) e final (TB) serem iguais, as
Atenção que:
temperaturas intermediárias são diferentes.
1  = 1 dm3 = 10–3/m3 b) Incorreta.
N
Assim: [área] = τ
[(20 – 5) + (20 – 10)] · 10–3 · (4 – 2) · 105 c) Correta.
τciclo = (J)
2 Se TA = TB, temos ΔUAB = 0
τciclo = 2,5 · 103 J Assim: |Q| = |τ|
d) Incorreta.
Resposta: 2,5 · 103 J O sistema recebe calor, que é transformado em trabalho.
e) Incorreta.
40 (Fatec-SP) Um sistema termodinâmico, constituído de certa N
[área] = τ e | τ| = |Q|
massa de gás perfeito, realiza a cada segundo 100 ciclos ABCDA. O dia-
grama a seguir mostra a evolução de um ciclo ABCDA. Resposta: c
5
p (10 Pa)
B C
2,0 42 E.R. Um gás perfeito monoatômico sofre o conjunto de trans-
formações indicadas no esquema:
1,0 p
A D
A B
p
0 1,0 2,0 3,0 V (cm ) 3

Qual a potência desse sistema? Dê a resposta na unidade watt. p


C
2 D
Resolução:
N
τciclo = [área interna] 0 V 2V 3V 4V V
τciclo = (20 – 1,0) · 105 · (3,0 – 1,0) · 10–6 (J) a) Sendo T a temperatura absoluta do gás em A, qual é a sua tempe-
τciclo = 0,2 J ratura em D?
Portanto: b) Sendo n o número de mols e R a constante universal dos gases
perfeitos, qual é a variação de energia interna do gás ao passar do
Pot = ␶ =
100 · 0,2
(W) estado A para o D?
⌬t 1
c) Qual é a razão entre os trabalhos do gás nas transformações AB e CD?
Pot = 20 W
Resolução:
Resposta: 20 W a) Como o número de mols do gás não varia, podemos aplicar a Lei
geral dos Gases Perfeitos:
pA VA p V
41 (Unip-SP) O gráfico a seguir representa a pressão em função do = D D
TA TD
volume para 1 mol de um gás perfeito: Assim, temos:
p
p pV 2V
2
A = ⇒ TD = T
4a T TD
b) Como as temperaturas TA e TD são iguais, concluímos que a varia-
ção de energia interna é nula:

B ΔUAD = 0
a
c) Na transformação AB, o volume aumenta e o sistema realiza tra-
0 b 4b V balho (τAB > 0) igual à “área” encontrada sob o gráfico:
O gás vai do estado A para o estado B segundo a transformação indica- τAB = +p V
da no gráfico. Indique a opção correta: Na transformação CD, o volume diminui e o sistema recebe traba-
a) A transformação indicada é isotérmica. lho (τCD < 0) igual a:
b) A área assinalada na figura mede a variação de energia interna do gás. p
τCD = – 2V ⇒ τCD = –p V
c) Na transformação de A para B o gás recebe um calor Q, realiza um 2
trabalho ␶, de modo que |Q| = |τ|. Assim, a razão entre esses trabalhos é dada por:
d) A transformação de A para B é adiabática porque não houve acrés-
cimo de energia interna do gás. τAB +p V τAB
= = –1 ⇒ = –1
e) A área assinalada na figura não pode ser usada para se medir o calor τCD –p V τCD
recebido pelo gás.
Tópico 5 – Termodinâmica 97

43 Um sistema gasoso ideal, ao receber 293 cal, evolui do estado A Resolução:


para o estado D, conforme o gráfico: A resolução pode ser feita de duas maneiras:
1a maneira:
p (103 N/m2) ΔU = UQ – UP
B C
1,5
Como, para um gás perfeito, vale a relação:
1,0 D
U= 3 nRT= 3 pV
0,5
2 2
A temos:
0 0,1 0,3 0,5 V (m3)
ΔU = 3 p V – 3 p V
2 Q 2 P
Determine:
a) o trabalho do gás em cada transformação: AB, BC e CD;
ΔU = 3 p ΔV = 3 · 60 · (3 – 1)
b) a variação da energia interna na transformação ABCD; 2 2
c) a temperatura do gás no ponto D, sabendo que no ponto C era de
–3 °C. ΔU = 180 J
Dado: 1 cal = 4,18 J
2a maneira:
Resolução: 1a Lei da Termodinâmica
a) τAB = 0 ΔU = Q – τ ⇒ ΔU = Q – p ΔV ⇒ ΔU = 300 – 60 · (3 – 1)
ΔU = 300 – 120
O volume do gás permaneceu constante de A para B.
N
τBC = [área]CB ΔU = 180 J
τBC = 1,5 · 103 · (0,3 – 0,1) (J)
Resposta: 180 J
τBC = 300 J
N 45 (Unicamp-SP) Um mol de gás ideal sofre a transformação
τCD = [área]DC
3 3
A → B → C indicada no diagrama pressão ⫻ volume da figura:
τCD = (1,5 · 10 + 1,0 ·10 ) · (0,5 – 0,3) (J)
2
p (atm)
A B
τCD = 250 J 3,0

b) 1a Lei da Termodinâmica:
Q = τ + ΔU C
Isoterma
293 · 4,18 = (0 + 300 + 250) + ΔU
0
ΔU  675 J 8,0 10,0 V (L)

c) Lei geral dos Gases: a) Qual é a temperatura do gás no estado A?


pD VD pC VC b) Qual é o trabalho realizado pelo gás na expansão A → B?
= c) Qual é a temperatura do gás no estado C?
TD TC
1,0 · 10 · 0,5 1,5 · 103 · 0,3
3 Dados: R (constante dos gases) = 0,082 atm L/mol K ou
= ⇒ TD = 300 K = 27 °C R = 8,3 J/mol K
TD (–3 + 273)

Respostas: a) Zero, 300 J, 250 J; b) 675 J; c) 27 °C Resolução:


a) Em A:
Equação de Clapeyron:
44 (Mack-SP) Uma amostra de gás perfeito sofre uma transforma-
pV=nRT
ção isobárica sob pressão de 60 N/m2, como ilustra o diagrama. Admita 3,0 · 8,0 = 1 · 0,082 TA
que, na transformação, o gás recebe uma quantidade de calor igual a
300 J. TA  293 K
N
V (m3) b) τAB = [área]
Q τAB = 3,0 · 105 · (10,0 – 8,0) · 10–3
3
τAB = 6,0 · 102 J
1 c) TC = TA (estão na mesma isoterma)
P

0
TC  293 K
100 300 T (K)

Respostas: a) 293 K; b) 6,0 · 10² J; c) 293 K


Qual foi a variação da energia interna do gás?
98 PARTE I – TERMOLOGIA

46 E.R. Certa massa de gás ideal desenvolve o ciclo indicado na 47 (Unip-SP) Para 1 mol de um gás perfeito, submetido a uma pres-
figura: são p e ocupando um volume V, a temperatura absoluta T e a energia
interna U são dadas por:
p (atm) B pV 3
2
T= e U= pV
R 2
1 C Considere uma amostra de 1 mol de gás perfeito, sofrendo as transfor-
A
mações AB, BC e CA indicadas no diagrama pressão ⫻ volume:
0 Pressão
5 10 V (L) A
4a
Determine:
a) o trabalho realizado pelo gás ao percorrer o ciclo uma vez;
b) a potência desenvolvida, sabendo que a duração de cada ciclo é
de 0,5 s; a B
c) o ponto onde a energia interna do sistema é máxima e onde é C
mínima. 0 b 4b Volume
Dados: 1 atm = 105 N/m2;
1 L = 1 dm3 = 10–3 m3. Analise as proposições que se seguem:
I. Nos estados A e B, a energia interna do gás é a mesma, o que nos
Resolução: leva a concluir que, na transformação AB, não ocorreu troca de
a) Num ciclo, o trabalho do sistema é igual a sua “área” interna: energia entre o gás e o meio externo.
N II. Em todo o ciclo, a temperatura é mínima no estado C.
5 · 10–3 m3 · 1 · 105 III. Nos estados A e B, a temperatura é a mesma.
5 L 1 atm m2
τABC = = IV. Na transformação BC, a energia interna do gás vai diminuindo, o que
2 2
significa que o gás está cedendo energia para o meio externo.
τABC = 250 J Estão corretas apenas:
a) II, III e IV. b) I, II e III. c) I e IV. d) II e III. e) II e IV.
Como o ciclo tem sentido horário, o sistema realiza trabalho e seu Resolução:
sinal é positivo. I) Incorreta.
b) A potência desenvolvida é dada por: De A para B o volume do gás aumenta e ele realiza τ. Como a va-
riação de energia interna é nula, o gás recebe calor e devolve essa
Pot = τ ⇒ Pot = 250 J ⇒ Pot = 500 W energia para o meio externo em forma de trabalho.
Δt 0,5 s
II) Correta.
c) Como a energia interna de um gás ideal é função de sua tempera-
tura, podemos afirmar: U= 3 nRT= 3 pV
2 2
I. A energia interna é mínima onde a temperatura também é mí- Observe que o produto pressão ⫻ volume é mínimo no ponto C.
nima. III) Correta.
Da Equação de Clapeyron, p V = n R T, observamos que a tem- U= 3 nRT= 3 pV
peratura absoluta de um gás perfeito é mínima onde o produto 2 2
As temperaturas são iguais nos pontos em que os produtos p V são
pressão ⫻ volume é mínimo.
iguais.
Assim, do gráfico temos que a energia interna desse gás ideal é
pA VA = 4ab
mínima no ponto A.
II. A energia interna é máxima onde a temperatura e o produto pB VB = 4ab
p ⫻ V são máximos. Assim: TA = TB
IV) Correta.
p (atm)
Na transformação BC, o produto p V, a temperatura e a energia interna
2 diminuem. O gás recebe trabalho (volume diminui) e a energia interna
B
1,5 diminui; toda essa energia sai do sistema na forma de calor.
1
A C Resposta: a

0 5 7,5 10 V (L) 48 Um gás perfeito desenvolve uma transformação cíclica ABCDA,


como mostra a figura:
Do gráfico, notamos que o produto p ⫻ V é o mesmo nos pontos
B e C, o que indica temperaturas iguais, sendo que a mesma iso- p (N/m2) B C
6
terma passa por ambos.
Existe, no entanto, outra isoterma mais afastada dos eixos, que 4
toca o ponto médio do segmento BC. É nesse ponto que a energia
interna do sistema é máxima. 2
A D
Lembremos que, quanto mais afastada dos eixos se encontra uma
isoterma, maior é a temperatura associada a ela. 0 1 2 3 V (m3)
Tópico 5 – Termodinâmica 99

Determine: 50 (Vunesp-SP) Um sistema termodinâmico sofre a transformação


a) o trabalho, em joules, realizado pelo gás no ciclo ABCDA; cíclica ABCDA, representada na figura.
b) o ponto do ciclo em que a energia interna do sistema é máxima e o
ponto onde é mínima.
P (atm)
A
3,0
Resolução:
N
a) τciclo = [área interna]
2,0 D
τABCDA = (6 – 2) · (3 – 1) (J)
1,5 C
τABCDA = 8 J 1,0 B

b) A energia interna é máxima no ponto de temperatura máxima. Nes-


se ponto, o produto pressão × volume é máximo. 1,0 1,5 2,0 3,0 V (L)

Umáx → C
Pode-se afirmar que a:
Da mesma forma, a energia interna é mínima onde o produto p V é a) compressão é isobárica, e o trabalho realizado durante a expansão é
mímino: maior do que o valor absoluto do trabalho realizado na compressão.
b) compressão é adiabática, e o valor absoluto do trabalho por ela reali-
Umín → A zado é menor do que o realizado na expansão.
c) expansão é isotérmica, e o trabalho realizado durante a expansão é
igual ao valor absoluto do trabalho realizado na compressão.
Respostas: a) 8 J; b) C; A
d) expansão é isobárica, a compressão é isométrica, e os trabalhos reali-
zados na expansão e na compressão são iguais em valor absoluto.
49 Um recipiente de volume ajustável contém n mols de moléculas e) compressão é isotérmica, e o trabalho realizado durante a expan-
de um gás ideal. Inicialmente, o gás está no estado A, ocupando um são é maior que o valor absoluto do trabalho realizado durante a
volume V à pressão p. Em seguida, o gás é submetido à transformação compressão.
indicada na figura.
Resolução:
p Na transformação BCDA (compressão), notamos que em todos os 4
B pontos fornecidos o produto pressão × volume apresenta o mesmo va-
2p
lor. Esse fato nos levará a concluir que essa compressão é isotérmica.
Observamos ainda que a área abaixo do gráfico (que estabelece o tra-
balho trocado) é maior na expansão AB do que na compressão BCDA.
p C
A
Resposta: e

51 (UFC-CE) Um sistema gasoso, originalmente no estado termo-


0 V 2V V dinâmico a, é levado para o estado b por meio de dois processos dis-
tintos, 1 e 2, mostrados na figura. No processo 1, o sistema realiza um
Calcule o calor absorvido pelo gás na transformação cíclica ABCA. trabalho, τ1, de 300 J e absorve uma quantidade de calor, Q1, de 800 J.

Resolução: Pressão b
Numa transformação cíclica, a variação de energia interna ΔU é nula 1
(ΔU = 0).
Usando-se a 1a Lei da Termodinâmica:
Q = τ + ΔU 3
Q=τ
a 2
Assim:
Q = τ = [área do triângulo ABC]
Volume
(2V – V) · (2p – p)
Q=
2
a) Se no processo 2 o trabalho τ2 realizado é de 100 J, quanto calor, Q2,
pV é absorvido pelo sistema nesse processo?
Q=
2 b) Quando o sistema é trazido de volta ao estado original a, pelo pro-
cesso 3 (ver figura), o trabalho, τ3, de 200 J é realizado sobre o siste-
pV ma. Que quantidade de calor, Q3, é envolvida nesse processo?
Resposta: c) O calor mencionado no item b é liberado ou absorvido pelo
2 sistema?
100 PARTE I – TERMOLOGIA

Resolução: São dados, para o gás, os calores específicos sob volume constante,
a) Processo 1: cV = 0,20 cal/g K, e sob pressão constante, cp = 0,34 cal/g K; a tempera-
1a Lei da Termodinâmica: Q = τ + ΔU tura T1 = 300 K; as pressões p1 = 4,0 atm e p3 = 1,0 atm. Determine:
800 = 300 + ΔUab a) a temperatura T2;
ΔUab = 500 J b) a energia trocada na transformação entre os estados 2 e 3.
Processo 2:
Q = τ + ΔU ⇒ Q2 = 100 + 500 (J) Resolução:
Q2 = 600 J a) Sendo a transformação 1 → 2 isobárica, temos:

a V2 V
b) 1 Lei da Termodinâmica: = 1 (I)
Q = τ + ΔU ⇒ Q3 = –200 – 500 (J) T2 T1

Q3 = –700 J Sendo a transformação 3 → 1 isotérmica, temos:


p1 V1 = p3 V3 = p3 V2
Observe que os sinais são negativos porque o sistema recebe traba-
lho e a energia interna diminui. V2 p1 V 4,0
ou = ⇒ 2 = = 4 (II)
c) O calor Q3 é liberado pelo sistema. V1 p3 V1 1,0
Respostas: a) 600 J; b) –700 J; c) Liberado Substituindo (II) em (I), temos:
V
T2 = 2 T1 ⇒ T2 = 4 · 300
52 (UFF-RJ) O diagrama pressão (p) ⫻ volume (V) a seguir repre- V1
senta uma transformação quase estática e cíclica de um gás ideal: T2 = 1 200 K
p
1 b) A transformação 2 → 3 é isométrica e, portanto, o trabalho en-
p1
volvido é nulo (τ = 0). Nessas condições, a expressão da 1a Lei da
2
Isoterma Termodinâmica fica:
p2
ΔU = Q
p4
4 Isso significa que a energia trocada na transformação é exclusi-
p Isoterma vamente térmica.
3
3 Assim:
Q = m cV ΔT = m cV (T3 – T2)
0 V1 V4 V2 V3 V
Q = 10 · 0,20 · (300 – 1 200)
Considerando o diagrama, qual é a opção correta?
a) A maior temperatura atingida pelo gás no ciclo ocorre na passagem Q = –1 800 cal
do estado 3 para o estado 4.
b) O trabalho realizado pelo gás no ciclo é nulo. O sinal negativo indica que o sistema gasoso cede calor ao meio
c) A transformação que leva o gás do estado 2 para o estado 3 é isotérmica. externo e, consequentemente, sua energia interna diminui.
d) A variação da energia interna no ciclo é nula.
e) O gás sofre uma expansão adiabática ao passar do estado 1 para o
estado 2. 54 Uma amostra de 60 g de gás perfeito foi aquecida isometrica-
mente, tendo sua temperatura variado de 200 K para 230 K. O calor
Resolução:
específico a volume constante desse gás é igual a 0,25 cal/g K e o
a) Incorreta — A maior temperatura do gás ocorre no isoterma 1,2.
N calor específico a pressão constante é 0,32 cal/g K. Determine:
b) Incorreta — τciclo = [área interna] a) o trabalho realizado por esse gás;
c) Incorreta — Isotérmicas são as transformações 1 → 2 e 3 → 4 b) a variação da energia interna desse gás.
d) Correta — ΔUciclo = 0
e) Incorreta — 1 → 2 transformação isotérmica. Resolução:
Resposta: d a) Na transformação isométrica, o volume permanece constante e o
trabalho trocado pelo gás é nulo.
53 E.R. Um motor, constituído por cilindro e êmbolo, contém τ=0
10 g de um gás perfeito, cujas transformações estão esquematizadas a
b) 1 Lei da Termodinâmica
na figura:
ΔU = Q – τ
p
ΔUV = QV
1 2 Como: QV = m cV ΔT
p1
então:
ΔUV = m cV ΔT = 60 · 0,25 · (230 – 200)

p3
3 ΔUV = 450 cal
Isoterma

V Respostas: a) Zero; b) 450 cal


Tópico 5 – Termodinâmica 101

55 Um mol de gás ideal monoatômico, de calor específico molar a Q = m LF


volume constante igual a 3,0 cal/mol °C, realiza um aquecimento iso- 600 = m · 80 ⇒ m = 7,5 g
métrico, sendo que sua temperatura eleva-se de 27 °C para 50 °C. Qual
foi a variação de energia interna sofrida pelo gás? Resposta: 7,5 g

Resolução: 58 Um martelo de 1 kg, movendo-se a 20 m/s, golpeia uma esfera


QV = n CV ΔT
de chumbo de 100 g sobre uma bigorna de aço. Se metade da ener-
QV = 1 · 3,0 · (50 – 27) gia cinética do martelo aqueceu o chumbo, qual foi o seu aumento de
QV = 69 cal temperatura, em °C?
Dado: calor específico do chumbo = 0,125 J/g °C
Atenção: a variação de temperatura em Celsius é igual à variação em
Kelvin. Resolução:
Resposta: 69 cal m v2
EC =
2
1(20)2
56 Uma amostra de 5,0 mols de gás perfeito sofre a expansão iso- EC = ⇒ EC = 200 J
2
bárica representada no diagrama pressão ⫻ volume a seguir: Q = m c Δθ
200 Δθ = 8,0 °C
p (105 Pa) = 100 · 0,125 · Δθ ⇒
A B 2
20
Resposta: 8,0 °C

59 Uma bola de 8,4 kg, abandonada do repouso a uma altura de 5,0 m,


após chocar-se com o solo (altura zero) retorna a uma altura de 4,0 m.
0
1,0 6,0 V (L) Adote g = 10 m/s2. Se a perda de energia mecânica da bola pudesse ser
usada exclusivamente no aquecimento de 10 g de água, qual seria a
Sabe-se que a variação de temperatura do gás foi de 250 °C. Sendo o elevação de temperatura da água?
calor específico molar a pressão constante igual a 5,0 cal/mol °C, qual Dados: 1 cal = 4,2 J;
foi a variação da energia interna desse gás? calor específico da água = 1,0 cal/g °C.
Dado: 1 cal = 4 J
Resolução:
Resolução: ΔEp = m g Δh
N
τp = [área] ΔEp = 8,4 · 10 · (5,0 – 4,0)
N
τp = 20 · 105 · (6,0 – 1,0) · 10–3 m3 ΔEp = 84 J = 20 cal
m2
τp = 1,0 · 104 J = 2 500 cal Q = m c Δθ
Qp = n Cp ΔT 20 = 10 · 1 · Δθ ⇒ Δθ = 2,0 °C
Qp = 5,0 · 5,0 · 250
Resposta: 2,0 °C
Qp = 6 250 cal = 2,5 · 104 J
1a Lei da Termodinâmica 60 (UFU-MG) Em torno de 1850, o físico James P. Joule desenvolveu
ΔU = Q – τ um equipamento para medir o equivalente mecânico em energia térmi-
ΔU = 6 250 – 2 500 (cal) ca. Esse equipamento consistia de um peso conhecido preso a uma cor-
ΔU = 3 750 cal da, de forma que, quando o peso caía, um sistema de pás era acionado,
aquecendo a água do recipiente, como mostra a figura.
Resposta: 3 750 cal Joule usou um peso de massa M = 10 kg, caindo de uma altura de 5 m,
em um local onde a aceleração da gravidade valia 10m/s2.
Deixando o peso cair 5 vezes, Joule observou que a temperatura dos
57 Um bloco de gelo fundente de 12 kg de massa é lançado com 400 g de água no recipiente aumentou em 1,5 °C.
velocidade igual a 20 m/s sobre uma pista horizontal também de gelo Dado: calor específico da água = 1 cal/ °C · g
a 0 °C. Devido ao atrito, o bloco para. Se toda a energia cinética foi
transformada em térmica e absorvida pelo gelo, qual a massa de gelo
que se funde?
Dados: 1 cal = 4 J;
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g. M

Resolução:
m v2
EC =
2
12 · (20)2 Água
EC = ⇒ EC = 2 400 J = 600 cal
2
102 PARTE I – TERMOLOGIA

Com base no experimento de Joule, pode-se concluir que: τp = p ΔV = n R ΔT


a) 2 500 J de energia potencial transformaram-se em 600 cal de calor.
b) 4,17 cal correspondem a 1 J. τp = m R T = 40 . 2,0 . 20
M 2,0
c) a quantidade de calor recebida pela água foi de 0,6 cal.
τp = 800 cal
d) energia potencial e quantidade de calor nunca podem ser compa-
radas. 1a Lei da Termodinâmica: ΔU = Q – τ
Resolução: ΔU = 2 800 – 800
a) Verdadeira – Energia potencial transformada em calor:
Ep = 5 m g h ΔU = 2 000 cal = 2,0 · 103 cal
Ep = 5 · 10 · 10 · 5 (J)
Resposta: 200 cal
Ep = 2 500 J
Energia térmica absorvida pela água:
63 (EEM-SP) Um gás, constituído por 5 mols, sofre uma transforma-
Q = m c Δθ ção, de acordo com o gráfico p = (f) (T).
Q = 400 · 1 · 1,5 (cal)
Q = 600 cal p (atm) B
5
b) Falsa – Relação obtida entre joule e caloria:
R = 2 500 J  4,17 J/cal
600 cal
Assim, 1 cal  4,17 J A
2
c) Falsa — Para a água:
0 200 TB T (K)
Q = 600 cal
d) Falsa.
Sendo a constante universal dos gases perfeitos R = 2,0 cal/mol K e o calor
Resposta: a molar a volume constante do gás CV = 5 cal/mol K, determine:
a) o tipo de transformação sofrida pelo gás;
61 Um recipiente de paredes indeformáveis, de capacidade V = 12 L, b) o calor recebido e a variação de energia interna sofrida pelo gás,
contém 1,0 mol de um gás perfeito de calor específico molar a volu- nessa transformação.
me constante CV = 3,0 cal/mol K. Fornecendo-se 900 cal a esse gás, sua
temperatura absoluta duplica. Qual a pressão final do gás? Resolução:
a) Isométrica – Como a reta suporte do segmento AB do gráfico pas-
Dado: R = 0,082 atm L sa pela origem, temos:
mol K
Resolução: p = k T (em que k é uma constante)
QV = n CV ΔT Da Equação de Clapeyron:
900 = 1,0 · 3,0 · (2T – T) pV=nRT
T = 300 K p=nR T
Equação de Clapeyron: V
pV=nRT Portanto: n R = k (constante), o que implica ser o volume constan-
p · 12 = 1,0 · 0,082 · 600 V
te (transformação isométrica).
p = 4,1 atm b) QV = n CV ΔT

Resposta: 4,1 atm QV = 5,0 · 5 · (TB – 200)


Observe no gráfico que TB = 500 K
62 Um gás perfeito com massa m = 40 g passa, sob pressão QV = 25 · (500 – 200)
invariável p = 1,0 · 10 Pa, da temperatura θ1 = 20 °C à temperatura
5

θ2 = 40 °C. Calcule a variação de energia interna do gás. QV = 7 500 cal


Dados: M = massa molecular do gás = 2,0 g/mol;
Cp = calor específico molar a pressão constante = 7,0 cal/mol K; 1a Lei da Termodinâmica:
R = constante universal dos gases = 2,0 cal/mol K. ΔU = Q – τ
Resolução: ΔU = 7 500 – 0
Qp = n Cp ΔT
ΔU = 7 500 cal
Qp = m Cp Δt
M
Na transformação isométrica, o trabalho trocado é nulo.
Qp = 40 · 7,0 · 20
2,0
Respostas: a) Isométrica; b) 7 500 cal
Qp = 2 800 cal
Tópico 5 – Termodinâmica 103

64 (Ufla-MG) Um gás ideal monoatômico mantido a pressão cons- a) 0,5 atm e 10,5 °C; c) 2,0 atm e 10,5 °C;
tante possui capacidade térmica molar b) 0,5 atm e – 126 °C; d) 2,0 atm e – 126 °C.
Cp = 5 R Resolução:
2
(R é a constante dos gases). Colocamos um corpo de calor específico p V γ = constante.
Assim,
C = 0,4 J p1 V 1γ = p2 V 2γ
gK
e massa m = 475 g em contato com 5 mols de um gás ideal monoa- 2,0 · 2,02,0 = p2 4,02,0 (atm)
tômico, mantido a pressão de 5 000 N/m2. Se as temperaturas iniciais 8,0 = p2 · 16 (atm)
do gás e do corpo são, respectivamente, TG0 = 300 K e TC0 = 500 K, de-
p2 = 0,50 atm
termine:
Dado: R  8,0 J A temperatura final pode ser determinada usando-se a Lei geral dos
mol · K Gases:
a) a temperatura de equilíbrio do sistema; p1V1 p2V2
b) o trabalho realizado pelo gás. =
T1 T2
2,0 · 2,0 0,50 · 4,0
Resolução: = ⇒ 4,0 T2 = 2,0 · 294
(21 + 273) T2
a) Qcedido + Qrecebido = 0
(m c ΔT)corpo + (n CP ΔT)gás = 0 T2 = 147 K → T2 = –126 °C

475 · 4,0 · (T – 500) + 5 · 5 · 8,0 · (T – 300) = 0 Resposta: b


2
1 900 T – 950 000 + 100 T – 30 000 = 0
2 000 T = 980 000 67 E.R. Uma esfera metálica de 200 g de massa é abandonada do
T = 490 K repouso, de uma altura H, sobre um grande bloco de gelo a 0 °C. Des-
prezam-se influências do ar e supõe-se que toda a energia mecânica
b) Numa transformação isobárica, temos existente na esfera transforma-se em energia térmica e é absorvida
τp = p ΔV = n R ΔT pelo gelo, sem, no entanto, alterar a temperatura do metal. Qual
τp = 5 · 8,0 · (490 – 300) (J) deve ser a altura H para que 1 g de gelo sofra fusão?
Dados: calor específico latente de fusão do gelo = 80 cal/g;
τp = 7 600 J aceleração da gravidade = 10 m/s2;
1 cal = 4,2 J.
Respostas: a) 490 K; b) 7 600 J
Resolução:
Para a fusão de 1 grama de gelo, são necessárias 80 cal ou 336 J
65 (UMC-SP) Considere a equação C – C = R, em que R é a constan- (1 cal = 4,2 J).
p V
te universal dos gases e Cp e CV são, respectivamente, os calores especí- Da conservação da energia, concluímos que essa energia no início
ficos molares de um gás perfeito a pressão e a volume constantes. Para estava armazenada no sistema em forma de energia potencial gra-
um gás ideal monoatômico, Cp = 5 R. Então, quanto vale o expoente vitacional. Portanto:
2 C
de Poisson desse gás, dado por γ = ?
p Ep = m g h ⇒ 336 = 0,2 · 10 · H ⇒ H = 168 m
CV
Resolução:
68 (Cefet-PR) Uma quantidade de mercúrio cai de uma altura de
CP – CV = R ⇒ 5R – CV = R ⇒ CV = 5R – R ⇒ CV = 3R
2 2 2 60 m. Supondo que toda a energia potencial se transforme em calor,
Portanto: qual o aumento de temperatura do corpo, em graus Celsius?
5R Dados: calor específico do mercúrio = 0,15 J/g °C; g = 10 m/s2.
C
γ= P = 2
CV 3R Resolução:
2
Ep = m g h
γ= 5 Ep = m · 10 · 60 (J)
3
Atenção: a massa m está em kg.
Resposta: 5 Q = m c Δθ
3 Como:
c = 0,15 J = 0,15 –3 J = 150 J
66 Certa quantidade de gás ideal expande-se adiabaticamente e g °C 10 kg °C kg °C
Então:
quase estaticamente desde uma pressão inicial de 2,0 atm e volume de
Q = Ep
2,0 L na temperatura de 21 °C até atingir o dobro de seu volume. Saben-
Cp m c Δθ = m g h ⇒ 150 · Δθ = 10 · 60
do-se que para este gás γ = = 2,0 e que a Equação de Poisson para
CV Δθ = 4,0 °C
as transformações adiabáticas é dada por: p Vγ = constante, pode-se
afirmar que a pressão final e a temperatura final são respectivamente: Resposta: 4,0 °C
104 PARTE I – TERMOLOGIA

69 (Cefet-PR) Um estudante observou um pequeno aquecimento Resolução:


de 0,1 °C em certa quantidade de massa de modelagem, quando a EC = Q
deixava cair repetidamente vinte vezes de uma altura igual a 1 m no m v2 = m L ⇒ v2 = 2 L = 2 · 3,2 · 105
solo firme. Se desprezarmos as trocas eventuais de calor dessa mas- 2 F F

sa com o ambiente e se considerarmos o campo gravitacional igual a v = 800 m/s


10 m/s2, podemos dizer que o calor específico desse material tem valor,
em J/kg °C, próximo de: Resposta: a
a) 250. b) 500. c) 1 000. d) 2 000. e) 4 000.
73 (UFPE) Uma bala de chumbo, com velocidade de 100 m/s, atra-
Resolução:
Q = EM vessa uma placa de madeira e sai com velocidade de 60 m/s. Sabendo
que 40% da energia cinética perdida é gasta sob a forma de calor, de-
m c Δθ = 20 m g h ⇒ c 0,1 = 20 · 10 · 1 termine o acréscimo de temperatura da bala, em graus Celsius. O calor
c = 2 000 J/kg °C específico do chumbo é c = 128 J/kg °C. Considere que somente a bala
absorve o calor produzido.
Resposta: d
Resolução:
70 (UCMT) Uma manivela é usada para agitar 100 g de água conti- Q = 0,40 ΔEC
da num recipiente termicamente isolado. Para cada volta da manivela m v20 m v2
m c Δθ = 0,40 –
é realizado um trabalho de 0,1 J sobre a água. O número de voltas ne- 2 2
cessário para que a temperatura aumente em 1 °C é: m (100)2 m (60)2
a) 2 800. b) 3 700. c) 5 500. d) 3 000. e) 4 200. m · 128 · Δθ = 0,40 · –
2 2
Dados: 1 cal = 4,2 J;
m · 128 · Δθ = 0,40 · (5 000 m – 1 800 m)
calor específico da água = 1 cal/g °C.
m · 128 · Δθ = 1 280 m
Resolução: Δθ = 10 °C
Q = EM
m c Δθ = n τ ⇒ 100 · 1 · 1 = n · 0,1 Resposta: 10 °C
4,2 4,2
N = 4 200 voltas 74 (Unesp-SP) Um cowboy atira contra uma parede de madeira de
um bar. A massa da bala de prata é 2 g e a velocidade com que esta
Resposta: e
bala é disparada é de 200 m/s. É assumido que toda a energia térmica
gerada pelo impacto permanece na bala.
71 (Enem) Um projétil de chumbo é disparado a 200 m/s contra a) Determine a energia cinética da bala antes do impacto.
uma parede de concreto. A colisão deforma, aquece e para a bala. Su- b) Dado o calor específico da prata 234 J/kg °C, qual a variação de
pondo-se que a metade da energia cinética da bala nela permaneça temperatura da bala, supondo que toda a energia cinética é trans-
como energia interna, a variação de temperatura do projétil de chum- formada em calor no momento que a bala penetra na madeira?
bo é, em °C:
a) 1,2 · 102. d) 20. Resolução:
b) 80. e) 8,0. a) m = 2 g = 2 · 10–3 kg ⇒ V = 200 m/s
c) 40. 2 –3 2

Dado: calor específico do chumbo = 125 J/kg °C EC = m V = 2 · 10 (200)


2 2
EC = 40 J
Resolução:
E
Q= c b) Usando a equação fundamental da calorimetria, temos:
2
Q = m c Δθ
2
2 m c Δθ = m v
2 40 = 2 · 10–3 · 234 · Δθ
(200)2
2 · 125 · Δθ = ⇒ Δθ = 80 °C Δθ = 85,47 °C  85,5 °C
kg °C
Resposta: b
Respostas: a) 40 J; b) 85,5 °C

72 (Fatec-SP) Um bloco de gelo é atirado contra uma parede. Ao


se chocar, funde-se completamente. Supondo-se que não houve va- 75 (Faap-SP) Um meteorito penetra na atmosfera da Terra com
riação em sua temperatura e admitindo-se que toda a energia cinética velocidade de 36 000 km/h e esta, após certo tempo, é reduzida a
foi transformada em calor totalmente absorvido pelo gelo, adotando 18 000 km/h. Admitindo que 1% do calor proveniente da perda de
para o calor latente de fusão do gelo L = 3,2 · 105 J/kg, a velocidade no energia fique retido no corpo, determine:
instante do impacto é: a) qual a elevação de temperatura deste;
a) 800 m/s. d) 80 m/s. b) qual o calor gerado por unidade de massa no meteorito.
b) 400 m/s. e) 1 m/s. Dados: J = 4,18 J/cal;
c) 200 m/s. calor específico médio do meteorito: c = 0,124 cal/g °C.
Tópico 5 – Termodinâmica 105

Resolução: 77 (UFSC) No século XIX, o jovem engenheiro francês Nicolas L.


a) Q = 0,01 ΔEC Sadi Carnot publicou um pequeno livro – Reflexões sobre a potência
m v20 m v2
m c Δθ = 0,01 – motriz do fogo e sobre os meios adequados de desenvolvê-la –, no qual
2 2
Como: descrevia e analisava uma máquina ideal e imaginária, que realizaria
uma transformação cíclica hoje conhecida como “ciclo de Carnot” e de
c = 0,124 cal = 0,124 · 4,18 J
fundamental importância para a Termodinâmica.
g °C 10–3 kg °C
Indique a(s) proposição(ões) correta(s) a respeito do ciclo de Carnot:
c = 518,32 J (01) Uma máquina térmica, operando segundo o ciclo de Carnot en-
kg °C
v0 = 36 000 km/h = 10 000 m/s tre uma fonte quente e uma fonte fria, apresenta um rendimento
igual a 100%, isto é, todo o calor a ela fornecido é transformado
v = 18 000 km/h = 5 000 m/s
em trabalho.
então: (02) Nenhuma máquina térmica que opere entre duas determinadas
(10 000)2 (5 000)2 fontes, às temperaturas T1 e T2, pode ter maior rendimento do que
518,32 · Δθ = 0,01 –
2 2 uma máquina de Carnot operando entre essas mesmas fontes.
51 832 Δθ = 37 500 000 (04) O ciclo de Carnot consiste em duas transformações adiabáticas,
Δθ  723,5 °C alternadas com duas transformações isotérmicas.
(08) O rendimento da máquina de Carnot depende apenas das tem-
m v20 m v2 peraturas da fonte quente e da fonte fria.
b) Q = – (16) Por ser ideal e imaginária, a máquina proposta por Carnot contra-
2 2
2 ria a segunda lei da Termodinâmica.
Q = (10 000) – (5 000)2 Dê como resposta a soma dos números associados às af irmações
m 2 2
corretas.
Q = 3,75 · 107 J/kg
m Resolução:
7
(01) Incorreta
Respostas: a) 723,5 °C; b) 3,75 · 10 J/kg Nenhuma máquina térmica pode ter rendimento de 100%.
(02) Correta
76 Leia as afirmações com atenção: Entre duas fontes térmicas de temperaturas T1 e T2 (diferentes), a má-
(01) A 1a Lei da Termodinâmica pode ser traduzida pela seguinte quina (teórica) de Carnot é aquela que apresenta maior rendimento.
afirmação: “A energia não pode ser criada nem destruída, mas so- (04) Correta
mente transformada de um tipo em outro”. (08) Correta
T
(02) O calor flui espontaneamente de um corpo mais frio para um cor- n=1– 1
T2
po mais quente. (16) Incorreta
(04) A energia interna de dada massa de um gás perfeito não depende A máquina de Carnot é teórica, porém está de acordo com a 2a Lei
da temperatura do gás. da Termodinâmica.
(08) O rendimento de uma máquina de Carnot independe das tempe-
raturas da fonte fria e da fonte quente. Resposta: 14
(16) É impossível transformar calor em trabalho utilizando apenas
duas fontes de calor a temperaturas diferentes. 78 (UEL-PR) No gráfico abaixo está representada a evolução de um
(32) O termômetro é um aparelho destinado a medir diretamente o gás ideal segundo o ciclo de Carnot.
calor de um corpo.
Dê como resposta a soma dos números associados às af irmações Pressão
corretas. Com relação ao comportamen-
A
to do gás, é correto afirmar:
Resolução: a) A temperatura no ponto A é
(01) Correta maior que no ponto B. B
(02) Incorreta b) No trajeto BC, o gás cedeu
O calor flui espontaneamente do corpo mais quente para o mais calor para a fonte fria. D C
frio. c) No trajeto DA, o trabalho
(04) Incorreta Volume
realizado é negativo.
U= 2 nRT d) A temperatura no ponto C é maior que no ponto B.
3 e) No trajeto CD, o gás recebeu calor.
(08) Incorreta
T
n=1– 0 Resolução:
T1
(16) Correta a) Incorreta
É necessária uma máquina térmica posicionada entre essas fontes. Os pontos A e B pertencem à mesma isoterma e, portanto, têm a
(32) Incorreta mesma temperatura.
O termômetro apenas registra o nível energético médio por partí- b) Incorreta
cula de um corpo. A transformação BC é adiabática.
c) Correta
Resposta: 17 O volume do gás diminuiu.
106 PARTE I – TERMOLOGIA

d) Incorreta 82 E.R. Uma máquina térmica teórica opera entre duas fontes
TB > TC
térmicas, executando o ciclo de Carnot. A fonte fria encontra-se a
A isoterma B é mais afastada dos eixos do que a isoterma C.
127 °C e a fonte quente, a 427 °C. Qual o rendimento percentual des-
e) Incorreta
No trecho CD, o gás recebeu trabalho do meio externo. sa máquina?

Resposta: c Resolução:
O rendimento de uma máquina que executa o ciclo de Carnot é
79 (PUC-MG) Uma máquina térmica opera entre duas temperatu- dado por:
ras, T1 e T2. Pode-se afirmar que seu rendimento: T
a) máximo pode ser 100%. η=1– B
TA
b) pode ser maior que 100%.
c) nunca será inferior a 80%. em que TA é a temperatura absoluta da fonte quente e TB, a da fonte
d) será máximo se operar em ciclos. fria.
e) será máximo se operar em ciclo de Carnot. Sendo:
Resolução: TB = 127 °C = 400 K
O rendimento máximo ocorre com a máquina térmica operando se-
gundo um ciclo de Carnot. TA = 427 °C = 700 K

Resposta: e Substituindo na expressão, obtemos:

80 (Vunesp-SP) O ciclo de Carnot, de importância fundamental na η = 1 – 400 ⇒ η = 3  0,43


700 7
Termodinâmica, é constituído de um conjunto de transformações defi-
nidas. Num diagrama (p, V), você esboçaria esse ciclo usando:
a) uma isotérmica, uma isobárica, uma adiabática e uma isocórica (iso- η(%)  43%
volumétrica).
b) duas isotérmicas e duas adiabáticas.
c) duas isobáricas e duas isocóricas (isovolumétricas). 83 (UFC-CE) A figura abaixo mostra um ciclo de Carnot, representa-
d) duas isobáricas e duas isotérmicas.
e) uma isocórica (isovolumétrica), uma isotérmica e uma isobárica. do no diagrama pressão ⫻ volume.

Resolução: Pressão
O ciclo de Carnot é representado em um diagrama pressão × volume,
a
por meio de duas isotérmicas e duas adiabáticas, intercaladas.
Resposta: b
b
81 (UFSM-RS)
p d
I T2
c T1
II
Volume
III

Se no trecho b ⇒ c, desse ciclo, o sistema fornece 60 J de trabalho ao


meio externo, então é verdade que, nesse trecho:
V1 V2 V
a) o sistema recebe 60 J de calor e sua energia interna diminui.
A figura representa os processos isotérmico, adiabático e isobárico b) o sistema recebe 60 J de calor e sua energia interna não varia.
para gases ideais, entre estados com volumes V1 e V2. Esses processos c) o sistema rejeita 60 J de calor e sua energia interna não varia.
estão indicados, na figura, respectivamente por: d) não há troca de calor e sua energia interna aumenta de 60 J.
a) II, III e I. d) II, I e III. e) não há troca de calor e sua energia interna diminui de 60 J.
b) III, II e I. e) I, III e II.
c) I, II e III.
Resolução:
Resolução: O trecho bc representa uma transformação adiabática (sem trocas de
isotérmico → II calor).
adiabático → III No trecho bc o volume aumenta e o gás realiza trabalho (60 J).
isobárico → I Assim, no trecho bc a energia interna do gás diminui de 60 J.

Resposta: a Resposta: e
Tópico 5 – Termodinâmica 107

84 Uma máquina térmica, teórica, opera entre duas fontes de calor, Resolução:
executando o ciclo de Carnot. A fonte fria encontra-se à temperatura Q = 1 000 cal = 4 186 J
de 6 °C e a fonte quente, a 347 °C. Qual o rendimento teórico dessa Se a máquina térmica recebe 1 000 cal (4 186 J), ela não pode realizar
máquina? um trabalho igual. Isso viola a 2a Lei da Termodinâmica.
Resposta: d
Resolução:
T
η=1– F 88 (Mack-SP) A importância do ciclo de Carnot reside no fato de ser:
TQ
a) o ciclo da maioria dos motores térmicos.
(6 + 273)
η=1– b) o ciclo de rendimento igual a 100%.
(347 + 273)
c) o ciclo que determina o máximo rendimento que um motor térmi-
η = 1 – 279 co pode ter entre duas dadas temperaturas.
620
d) o ciclo de rendimento maior que 100%.
η = 1 – 0,45 ⇒ η = 0,55
Resolução:
ou
O ciclo de Carnot é teórico e expressa o máximo rendimento de uma
η (%) = 55% máquina térmica entre duas temperaturas determinadas. Esse rendi-
mento é sempre menor que 100%.
Resposta: 55%
Resposta: c

85 Certa máquina térmica cíclica e reversível trabalha entre –73 °C


89 (UFBA) A figura representa o ciclo de Carnot, para um gás ideal.
e +27 °C. Qual o seu rendimento máximo?
p
Resolução:
A
T
η=1– F
TQ
(– 73 + 273)
η=1– ⇒ η = 1 – 200
(27 + 273) 300
B

η= 1 T1
3
C
D T2
Resposta: 1 0
3 V
Nessas condições, é correto afirmar que:
86 O rendimento de certa máquina térmica de Carnot é de 40%, e (01) na compressão adiabática, a energia interna do gás diminui.
a fonte fria é a própria atmosfera a 27 °C. Qual a temperatura da fonte (02) na expansão isotérmica, o gás recebe calor de uma das fontes.
quente? (04) na expansão adiabática, a temperatura do gás diminui.
(08) na compressão isotérmica, a energia interna do gás diminui.
Resolução: (16) na transformação cíclica, o gás atinge o equilíbrio térmico com a
fonte quente, antes de iniciar novo ciclo.
T
η=1– F Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações
TQ corretas.
(27 + 273)
0,40 = 1 – Resolução:
TQ
(01) Incorreta – A compressão adiabática é representada pela trans-
300 = 0,6 ⇒ T = 300 formação DA.
Q
TQ 0,6
O gás recebe trabalho (volume diminui) e sua temperatura au-
menta (a energia interna aumenta).
TQ = 500 K = 227 °C
(02) Correta – Expansão isotérmica → AB
O gás realiza trabalho e sua energia interna permanece constante.
Resposta: 227 °C
O gás recebe calor.
(04) Correta – Expansão adiabática → BC
87 (UFV-MG) Um folheto explicativo sobre uma máquina térmica A energia interna diminui sem trocar calor com o meio externo.
informa que ela, ao receber 1 000 cal de uma fonte quente, realiza O gás realiza trabalho.
4 186 J de trabalho. Sabendo que 1 cal equivale a 4,186 J e, com base nos (08) Incorreta – Compressão isotérmica → CD
dados fornecidos pelo folheto, você pode afirmar que essa máquina: O gás recebe trabalho e sua energia interna não varia. O gás rece-
a) viola a 1a Lei da Termodinâmica. be calor.
b) possui um rendimento nulo. (16) Correta – O início do ciclo se processa na situação representada
c) possui um rendimento de 10%. pelo ponto A do diagrama.
d) viola a 2a Lei da Termodinâmica. Resposta: 22
e) funciona de acordo com o ciclo de Carnot.
108 PARTE I – TERMOLOGIA

90 (FMIt-MG) O gráfico representa um ciclo de Carnot, para o caso (08) Falsa — Num diagrama pressão ⫻ volume, as isotermas e a adia-
de um gás ideal. Qual é a proposição falsa? bática são representadas por:
p Adiabática
p

A
A
B
D
C
B
0 V
a) De A até B, a transformação é isotérmica e o gás recebe calor do
meio externo. Isotermas

b) De C até D, a transformação é isotérmica e o gás rejeita calor para o


meio externo.
c) De B até C, a transformação é adiabática e o gás realiza trabalho
VA VB V
contra o meio externo.
d) De D até A, a transformação é adiabática e o gás realiza trabalho A área indicada fornece o trabalho realizado pelo gás na transformação
contra o meio externo. AB isotérmica.
e) Durante o ciclo, o trabalho realizado pelo gás sobre o meio externo Saindo do estado A, para atingir o mesmo volume final VB, numa
é maior que o trabalho realizado pelo meio externo sobre o gás. transformação adiabática, o trabalho é calculado pela área do grá-
fico a seguir:
Resolução: p Adiabática
De D para A a transformação é adiabática e o volume do gás diminui.
Assim, o sistema recebe trabalho do meio externo.
A
Resposta: d

91 (UFBA) Considerando-se um gás ideal contido em um recipien- B


te de volume variável enquanto sistema termodinâmico, pode-se
afirmar:
(01) de acordo com a equação dos gases perfeitos, mantida constante Isotermas
a temperatura, aumentando-se a pressão do gás, o volume tam-
bém aumenta.
(02) segundo a 1a Lei da Termodinâmica, numa compressão adiabáti-
ca, a temperatura do gás aumenta. VA VB V
(04) a energia interna do sistema depende da pressão e da
Assim, temos:
temperatura.
τisoterma ⬎ τadiabática
(08) partindo-se das mesmas condições iniciais, o trabalho realizado pelo
gás, numa expansão adiabática, é maior do que o realizado numa (16) Verdadeira — Façamos o aquecimento de determinada massa de
expansão isotérmica. gás perfeito, a pressão constante e depois a volume constante.
(16) a capacidade térmica do gás, a pressão constante, é maior do p = cte. V = cte.
que a capacidade térmica, a volume constante.
Dê como resposta a soma dos números associados às afirmativas
␶p
verdadeiras.

Resolução:
(␶V = 0 )
(01) Falsa — Equação de Clapeyron:
pV=nRT
Qp ΔUp QV ΔUV
Para T constante, se p aumentar, o volume V diminuirá.
(02) Verdadeira — A transformação adiabática processa-se sem tro- Assim:
cas de calor (Q = 0).
Em uma compressão, o volume diminui e o gás recebe trabalho; ΔUp = Qp – τp
se não trocar calor, sua energia interna aumentará. ΔUv = QV
Q = τ + ΔU Portanto, para dar um mesmo aquecimento (ΔU) a uma massa de
Se a energia interna aumentar, sua temperatura também au- gás, precisamos fornecer mais energia térmica a pressão cons-
mentará. tante do que a volume constante.
(04) Falsa
Cp ⬎ CV
U= 3 nRT
2
A energia interna de um sistema depende do número de mols (n) Resposta: 18
e da temperatura absoluta (T).
Tópico 5 – Termodinâmica 109

92 (PUC-MG) O rendimento de uma máquina térmica é uma rela- Considerando os dados indicados no esquema, se essa máquina ope-
ção entre a energia transformada em trabalho e a energia absorvida da rasse segundo um ciclo de Carnot, a temperatura T1, da fonte quente,
fonte quente. seria, em Kelvins, igual a:
a) 375. b) 400. c) 525. d) 1 200. e) 1 500.
Q1 ␶
Fonte quente MT Trabalho Resolução:
Q2 = Q1 – τ
Q2 = 4 000 – 800 ⇒ Q2 = 3 200 J
T1 Q
Q2 Como: = 1
T2 Q2
T
Fonte fria
então: 1 = 4 000
300 3 200
Q1 = calor retirado da fonte quente T1 = 375 K
Q2 = calor rejeitado para a fonte fria
τ = trabalho realizado Resposta: a
Uma máquina térmica teórica retira 1 000 J da fonte quente e rejeita
650 J para a fonte fria. O rendimento dessa máquina, em porcentagem, é: 95 (UFMA) Uma máquina térmica funciona realizando o ciclo de
a) 15. b) 65. c) 54. d) 40. e) 35. Carnot. Em cada ciclo, o trabalho útil fornecido pela máquina é de
2 000 J. As temperaturas das fontes térmicas são 227 °C e 27 °C, respec-
Resolução: tivamente. O rendimento da máquina, a quantidade de calor retirada
τ Q –Q da fonte quente e a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria são,
η= = 1 2
Q1 Q1 respectivamente:
1 000 – 650 a) 60%, 4 000 J e 6 000 J. d) 40%, 4 000 J e 1 000 J.
η= ⇒ η = 0,35 b) 40%, 3 000 J e 5 000 J. e) 30%, 6 000 J e 4 000 J.
100
c) 40%, 5 000 J e 3 000 J.
η (%) = 35 %
Resolução:
Resposta: e T
η=1– F
TQ
93 Um motor de Carnot recebe da fonte quente 100 cal por ciclo e (27 + 273)
η=1– = 0,4
(227 + 273)
rejeita 80 cal para a fonte fria. Se a temperatura da fonte quente é de
127 °C, qual a temperatura da fonte fria? η (%) = 40%

Resolução: O trabalho útil (2 000 J) corresponde a 40% da energia térmica retirada


QF QQ da fonte quente:
= QQ = 5 000 J
TF TQ
80 100
= Rejeitado para a fonte fria:
TF (127 + 273)
QF = (5 000 – 2 000) J
TF = 320 K = 47 °C QF = 3 000 J

Resposta: 47 °C Resposta: c

94 (Puccamp-SP) O esquema representa trocas de calor e realização 96 (Puccamp-SP) A turbina de um avião tem rendimento de 80%
de trabalho em uma máquina térmica. Os valores de T1 e Q2 não foram do rendimento de uma máquina ideal de Carnot operando às mesmas
indicados, mas deverão ser calculados durante a solução desta questão. temperaturas.
Em voo de cruzeiro, a turbina retira calor da fonte quente a 127 °C e
Fonte quente ejeta gases para a atmosfera, que está a –33 °C.
T1 = O rendimento dessa turbina é de:
Q1 = 4 000 J a) 80%. b) 64%. c) 50%. d) 40%. e) 32%.

Resolução:
␶ = 800 J Máquina ideal de Carnot:
T
η=1– F
TQ
Q2 = (–33 + 273)
T2 = 300 K η=1– ⇒ η = 1 – 240
(127 + 273) 400
Fonte fria η = 0,4 ⇒ η (%) = 40%
110 PARTE I – TERMOLOGIA

Portanto: ambiente, enquanto o compressor produziu 3,0 · 105 J de trabalho so-


η = 40% · 0,8 bre o fluido refrigerante.

η = 32% Refrigerador ideal

Resposta: e

97 (PUC-SP)
5,0 · 105 J
a) Um inventor afirmou ter construído uma máquina térmica cujo
desempenho atinge 90% daquele de uma máquina de Carnot.
Sua máquina, que trabalha entre as temperaturas de 27 °C e
327 °C, recebe, durante certo período, 1,2 · 104 cal e fornece, simul- Dissipador
taneamente, um trabalho útil de 1 · 104 J. A afirmação do inventor é 3,0 · 105 J
verdadeira? Justifique.
Dado: 1 cal = 4,186 J Compressor
b) Se o trabalho útil da máquina térmica do item anterior fosse exerci-
do sobre o êmbolo móvel de uma ampola contendo um gás ideal, à
pressão de 200 Pa, qual seria a variação de volume sofrida pelo gás,
caso a transformação fosse isobárica? Calcule:
a) a quantidade de calor retirada da câmara interna;
Resolução: b) o rendimento do sistema de refrigeração.
a) Máquina de Carnot:
T Resolução:
η=1– F a) No refrigerador, temos:
TQ
QQ = QF + τ
(27 + 273)
η=1– = 1 – 300 5,0 · 105 = QF + 3,0 · 105
(327 + 273) 600
QF = 2,0 · 105 J
η = 0,50 → η(%) = 50%
Portanto: b) O rendimento do refrigerador é calculado por:
Q
η’(%) = 50% · 0,90 η= F
τ
η’(%) = 45% 5
η = 2,0 · 105 → η = 2  0,67
No entanto, temos: 3,0 · 10 3
η’ = τ = 1 · 104 η(%)  67%
QA 1,2 · 104 · 4,186
η’  0,20 ⇒ η (%)  20% Respostas: a) 2,0 · 105 J; b) 67%
A afirmativa do inventor é falsa.
b) A pressão constante, temos: 100 (Unifesp-SP) Costuma-se especificar os motores dos automó-
τp = p · ΔV
veis com valores numéricos, 1.0, 1.6, 1.8 e 2.0, entre outros. Esses
1 · 104 = 200 · ΔV
números indicam também valores crescentes da potência do motor.
ΔV = 50 m3 Pode-se explicar essa relação direta entre a potência do motor e es-
ses valores numéricos porque eles indicam o volume aproximado,
Respostas: a) Falsa; b) 50 m³ em litros,
a) de cada cilindro do motor e, quanto maior esse volume, maior a
98 (Vunesp-SP) Uma geladeira retira, por segundo, 1 000 kcal do con- potência que o combustível pode fornecer.
gelador, enviando para o ambiente 1 200 kcal. Considere 1 kcal = 4,2 kJ. b) do consumo de combustível e, quanto maior esse volume, maior a
Qual a potência do compressor da geladeira? quantidade de calor que o combustível pode fornecer.
c) de cada cilindro do motor e, quanto maior esse volume, maior a
Resolução: temperatura que o combustível pode atingir.
O trabalho realizado pelo compressor é dado por: d) do consumo de combustível e, quanto maior esse volume, maior a
τ = 1 200 – 1 000 (kcal) temperatura que o combustível pode fornecer.
τ = 200 kal = 840 kJ e) de cada cilindro do motor e, quanto maior esse volume, maior o
Como esse trabalho foi realizado em 1 segundo, temos: rendimento do motor.
Pot = τ = 840 kJ
Δt 1s Resolução:
Os valores numéricos 1.0, 1.6, 1.8 e 2.0 são indicativos do volume de
Pot = 840 kW cada cilindro do motor, na unidade litro.
O volume indicado corresponde à mistura combustível + ar. Quanto
Resposta: 840 kW
maior essa quantidade aspirada, maior é a explosão e maior é a potên-
cia do motor.
99 (UFV-MG) Em um refrigerador ideal, o dissipador de calor (ser-
Resposta: a
pentina traseira) transferiu 5,0 · 105 J de energia térmica para o meio
Tópico 5 – Termodinâmica 111

101 (Mack-SP) Nas transformações adiabáticas, podemos rela- 1. Qcedido + Qrecebido = 0


cionar a pressão p de um gás com o seu volume V pela expressão (m c Δθ)água quente + (m c Δθ)água fria = 0
γ
p · V = K, onde γ e K são constantes. Para que K tenha dimensão de 200 · 1 (θf – 40) + 100 · 1 (θf – 10) = 0
trabalho, γ: 2θf – 80 + θf – 10 = 0
a) deve ter dimensão de força. 3θf = 90
b) deve ter dimensão de massa. θf = 30 °C
c) deve ter dimensão de temperatura.
d) deve ter dimensão de deslocamento. 2. Q = m c Δθ
e) deve ser adimensional. Q1 = 100 · 1 (30 – 10) (cal) ⇒ Q1 = +2 000 cal
Q2 = 200 · 1 (30 – 40) (cal) ⇒ Q2 = –2 000 cal
Resolução: 3. Água fria
p Vγ = K Q
[F] –2 ΔS1 = 1
[p] = = M L2T = m L–1 T–2 T1
[A] L Para T1, usaremos o valor médio entre as temperaturas inicial (10 °C)
[V] = L3 e final (30 °C)
[τ] = [F][d] = M L T–2 L = M L2 T–2 T1 = 20 °C.
Como [p] [V] = M L–1 T–2 L3 = M L2 T–2, ΔS1 = 2 000 cal
(20 + 273) K
então γ deve ser adimensional.
ΔS  +6,8 cal/K
Resposta: e
4. Água quente
Q
102 E.R. Determine a variação da entropia (ΔS) de um sistema ΔS2 = 2
T2
constituído de 200 g de gelo, a 0 °C, quando essa amostra sofre
Usaremos:
fusão.
Dado: calor latente de fusão do gelo = 336 J T2 = 30 + 40 °C = 35 °C
g 2
Assim,
Resolução:
ΔS = Q =
m LF ΔS2 = –2 000 cal  –6,5 cal/K
T (35 + 273) K
T
Portanto,
ΔS = 200 · 336 J ΔS = ΔS1 + ΔS2 = (+6,8) + (–6,5)
(0 + 273) K
ΔS = +0,3 cal/K
ΔS  246 J
K
Resposta: ΔS = +0,3 cal/K

103 (ITA-SP) Calcule a variação de entropia (ΔS) quando, num pro- 105 (UnB-DF) Quanto aos processos sofridos por gases ideais entre
cesso à pressão constante de 1,0 atm, se transformam integralmente dois estados, julgue os itens a seguir:
em vapor 3,0 kg de água que se encontram inicialmente no estado a) Num processo isotérmico, há troca de calor com o meio exterior.
líquido, à temperaura de 100 °C. b) Num processo adiabático, não há transferência de calor para o meio
Dado: calor de vaporização da água = 5,4 · 105 cal/kg exterior.
c) Um processo adiabático é um processo lento, em que a variação de
Resolução: energia do gás é igual ao trabalho realizado sobre este.
m Lv 5
ΔS = Q = ⇒ ΔS = 3,0 · 5,4 · 10 (cal/K) d) Um processo isotérmico é um processo lento, no qual há variação
T T (100 + 273) na energia interna do gás.
ΔS  4 343 cal/K e) Num processo isotérmico, a energia cinética média das moléculas é
a mesma nos estados inicial e final.
Resposta: ΔS  4 343 cal/K f) Num processo isotérmico de compressão de um gás, a pressão exer-
cida sobre as paredes do recipiente que contém o gás aumentará.
g) Num processo adiabático, a variação de energia do gás é nula.
104 Em um recipiente de capacidade térmica desprezível e termi-
h) A temperatura do gás no estado final depende do processo segui-
camente isolado, são misturados 100 g de água a 10 °C com 200 g de do e da natureza do gás.
água a 40 °C.
Dado: calor específico da água = 1 cal/g °C Resolução:
Pede-se determinar a variação de entropia (ΔS) ocorrida nesse sistema, a) Verdadeiro — Num processo isotérmico, a temperatura não varia
na transformação termodinâmica, do início da mistura até o equilíbrio e a energia interna permanece constante (ΔU = 0).
térmico final. Assim, para realizar trabalho, o sistema deve receber calor e, para
fornecer calor, deve receber trabalho.
Resolução: b) Verdadeiro — Processo adiabático é aquele que ocorre sem trocas
Como a transformação termodinâmica citada é espontânea, a entropia de calor com o meio externo.
do sistema deve aumentar e ΔS ⬎ 0. c) Falso.
112 PARTE I – TERMOLOGIA

d) Falso — No processo isotérmico, não há variação de energia inter- (02) supondo que o aumento da energia interna para o percurso do
na no sistema. estado termodinâmico A para o C seja 200 J, a variação da energia
e) Verdadeiro — Num processo isotérmico, a energia cinética média das interna do percurso do estado termodinâmico A para o B, e deste
moléculas (que determina a temperatura) permanece constante.
para o estado C, também sofre um aumento de 200 J.
f) Verdadeiro — Processo isotérmico → temperatura constante
Compressão → diminuição de volume. Assim, a pressão aumentará. (04) a variação da energia interna de um sistema termodinâmico de-
g) Falso — Num processo adiabático, o gás não recebe calor, mas pende dos estados termodinâmicos intermediários e não somen-
pode receber energia em forma de trabalho. te dos estados inicial e final.
h) Falso — A temperatura é função de ponto, não dependendo do (08) o trabalho executado pelo sistema termodinâmico no percurso
processo seguido. entre os estados de A para B, e deste para C, é de 60 J.
Respostas: a) Verdadeiro; b) Verdadeiro; c) Falso; d) Falso; (16) supondo que o aumento da energia interna para o percurso do
e) Verdadeiro; f) Verdadeiro; g) Falso; h) Falso. estado termodinâmico A para o C seja 200 J, o calor absorvido
pelo sistema termodinâmico no percurso do estado termodi-
106 (UFC-CE) O ciclo diesel, mostrado na figura abaixo, representa nâmico A para o estado B, e deste para C, é também de 200 J.
o comportamento aproximado de um motor diesel. A substância de (32) o trabalho executado pelo sistema termodinâmico no ciclo fecha-
trabalho desse motor pode ser considerada um gás ideal. O processo do passando pelos estados A – B – C – A é de –60 J.
a → b é uma compressão adiabática, o processo b → c é uma expansão (64) considerando o diagrama apresentado, podemos afirmar que
a pressão constante, o processo c → d é uma expansão adiabática e o esse diagrama, independentemente da sucessão dos estados
processo d → a é um resfriamento a volume constante. A – B – C – A ou A – C – B – A percorridos pelo sistema termodi-
nâmico, pode representar exclusivamente a sucessão de estados
Pressão

b c termodinâmicos de uma máquina térmica (motor).


Dê como resposta a soma dos números associados às alternativas
corretas.
d
Resolução:
(01) Incorreto — De B para C, o volume permanece constante.
a (02) Correto — A variação de energia interna não é função de “cami-
nho”, é função de “ponto”. Assim, a variação de energia interna
Volume
de A para B (ΔUABC = UB – UA) é a mesma, quaisquer que sejam as
Com relação a esses processos, a opção correta é: situações intermediárias.
a) No processo a → b a energia interna do sistema não varia. (04) Incorreto.
b) No processo b → c a energia interna do sistema diminui. (08) Correto — τABC = τAB + τBC
c) No processo c → d a energia interna do sistema diminui. τABC = [área] + 0
d) No processo d → a a energia interna do sistema aumenta. τABC = 6 · 10 (J)
e) No ciclo completo a variação da energia interna é positiva.
τABC = 60 J
Resolução:
No processo c → d, temos Tc > Td . (16) Incorreto — 1a Lei da Termodinâmica: ΔU = Q – τ
O processo c → d é adiabático. Nos trajetos AC e ABC, as variações de energia interna são iguais
Resposta: c (ΔUAC = ΔUABC)
Assim:
107 (UFMS) Um sistema termodinâmico é levado do estado termo- QAC – τAC = QABC – τABC
dinâmico A até outro B (ver figura a seguir) e depois trazido de volta ao Mas
estado A através do estado C. τAC ⬎ τABC (área maior para a transformação AC),
então:
Pressão
(N/m2) QAC ⬎ QABC
40 (32) Correto — τciclo = [área interna ao ciclo]
30 C
20 τABCA = (7 – 1) (30 – 10) (J)
10 2
A B τABCA = –60 J
1 2 3 4 5 6 7 Volume O sinal negativo deve-se ao fato de o ciclo ABCA “girar” no sen-
(m2)
tido anti-horário.
Logo, é correto afirmar que: (64) Incorreto.
(01) o trabalho executado pelo sistema termodinâmico na mudança
do estado B para o estado C é um trabalho não-nulo. Resposta: 42
Tópico 5 – Termodinâmica 113

108 (UFSCar-SP) Mantendo uma estreita abertura em sua boca, asso- Resolução:
pre com vigor sua mão agora! Viu? Você produziu uma transformação Na expansão livre, o gás não realiza trabalho, não troca calor com o
adiabática! Nela, o ar que você expeliu sofreu uma violenta expansão, meio externo (adiabática), e sua energia interna não é alterada. Esse
durante a qual: processo é irreversível.
a) o trabalho realizado correspondeu à diminuição da energia interna
desse ar, por não ocorrer troca de calor com o meio externo. Resposta: b
b) o trabalho realizado correspondeu ao aumento da energia interna
desse ar, por não ocorrer troca de calor com o meio externo. 111 (Ufla-MG) A figura mostra, em corte, um Pa
c) o trabalho realizado correspondeu ao aumento da quantidade de
cilindro de paredes adiabáticas (não há tro-
calor trocado por esse ar com o meio, por não ocorrer variação da
ca de calor), provido de um êmbolo superior
sua energia interna.
d) não houve realização de trabalho, uma vez que o ar não absorveu móvel. No interior do cilindro, encontram-se n Δh
calor do meio e não sofreu variação de energia interna. mols de um gás ideal. A pressão atmosférica Pa
e) não houve realização de trabalho, uma vez que o ar não cedeu calor local é de 1 atm e a pressão dos pesos sobre o
para o meio e não sofreu variação de energia interna. êmbolo móvel é de 5 atm. A área da base do
cilindro e do êmbolo móvel é de 5 · 10–3 m2. Na
Resolução: condição de equilíbrio mostrada, h = 16 cm e h
Como o ar sofreu uma expansão adiabática — sem trocar calor com o a temperatura do gás é 300 K.
meio externo—, a realização de trabalho será feita à custa da energia
interna, que diminuirá. Considerando 1 atm = 1,0 · 105 N/m2 e
R = 8 J/mol K, calcule:
Resposta: a a) o número de mols (n) contido no cilindro;
b) a força em newtons que o gás realiza sobre o êmbolo móvel.
109 (Faap-SP) O diagrama representa o ciclo percorrido por 2 mols Em seguida, a temperatura do gás é elevada para 420 K, mantendo-se a
de gás perfeito. Sabendo que no estado A a temperatura é 27 °C, qual pressão constante.
é o trabalho realizado pelo gás no ciclo? Calcule:
c) o deslocamento Δh (cm) do êmbolo móvel;
p d) o trabalho realizado pelo gás, em joules.
2p

Resolução:
p a) Equação de Clapeyron:
A
pV=nRT
Como:
V 2V V p = (1+5) atm = 6 atm = 6 · 105 N/m2
V = Ah = 5 · 10–3 · 0,16 m3 = 8 · 10–4 m3
Dado: constante universal dos gases perfeitos: R = 8 J/mol K. Então:
6 · 105 · 8 · 10–4 = n 8 · 300
Resolução:
No ciclo, n = 0,2 mol
τciclo = [área interna ao ciclo] = (2V – V) (2p – p) τciclo = pV
Aplicando a Equação de Clapeyron ao estado definido pelo ponto A b) p = F ⇒ F = p A
A
do diagrama, F = 6 · 105 · 5 · 10–3 N
pA VA = n R TA ⇒ pV = 2 · 8 (27 + 273) = 4 800 J
F = 3 · 103 N
Assim,
τciclo = 4 800 J c) Equação de Clapeyron:
pV=nRT
Resposta: τciclo = 4 800 J 6 · 105 · 5 · 10–3 h2 = 0,2 · 8 · 420 ⇒ h2 = 0,224 m = 22,4 cm
Então:
110 (ITA-SP) Na expansão livre de um gás ideal, quando ele passa de Δh = 22,4 – 16
um volume Vi para um volume Vf , pode-se afirmar que essa expansão Δh = 6,4 cm
pode ser descrita por:
a) uma expansão isotérmica. d) Na transformação isobárica, temos:
b) uma expansão adiabática irreversível, na qual a temperatura no es-
τp = p ΔV = 6 · 105 · 5 · 10–3 · 0,064
tado de equilíbrio final é a mesma que a no estado inicial.
c) uma expansão isobárica. τ =192 J
d) um processo isovolumétrico.
e) nenhuma das afirmações acima está correta. Respostas: a) n = 0,2 mol; b) F = 3 · 103 N; c) Δh = 6,4 cm; d) τ =192 J;
114 PARTE I – TERMOLOGIA

112 (UEM-PR) A temperatura de 500 g de um gás perfeito é au- mas


mentada de 20 °C para 140 °C. Se o processo é feito primeiramente a τp = p ΔV = n R ΔT ,
pressão e depois a volume constantes, qual o trabalho realizado pelo então
gás, em calorias? (Considere para o gás perfeito cV = 0,18 cal/g °C e ΔU = Qp – n R ΔT
cp = 0,25 cal/g °C.) Qv = Qp – 2 Qv ⇒ Qp = 5 Qv
3 3
5
100 = Qv ⇒ Qv = 60 J
Resolução: 3
τ = QP – QV
τ = m cP Δθ – m cV Δθ Resposta: e
τ = m Δθ (cP – cV)
τ = 500 (140 – 20)(0,25 – 0,18) (cal)
115 A energia interna U de certa quantidade de gás, que se com-
τ = 4 200 cal porta como gás ideal, contida em um recipiente é proporcional à
Resposta: 4 200 cal temperatura T, e seu valor pode ser calculado utilizando a expressão
U = 12,5 T. A temperatura deve ser expressa em kelvins e a energia,
em joules. Se inicialmente o gás está à temperatura T = 300 K e, em
113 Em uma transformação adiabática reversível, 20 g de um gás ideal uma transformação a volume constante, recebe 1 250 J de uma fonte
evoluem de um estado em que a temperatura vale 77 °C para outro de calor, sua temperatura final será:
em que a temperatura vale 327 °C. Sendo cV = 1,6 · 10–3 cal/g °C e a) 200 K; c) 400 K; e) 800 K.
cp = 3,6 · 10–3 cal/g °C, qual o trabalho realizado nessa transformação, b) 300 K; d) 600 K;
em joules?
Dado: 1 cal = 4,2 J Resolução:
U = 12,5 T
Resolução: Assim:
τ = QP – QV ΔU = 12,5 · ΔT
τ = m cP Δθ – m cV Δθ = m Δθ (cP – cV) A volume constante, o calor recebido é utilizado para aumentar a ener-
τ = 20(327 – 77)(3,6 · 10–3 – 1,6 · 10–3)(cal) gia interna do gás.
τ = 10 cal = 42 J 1250 = 12,5 (T2 – 300)
100 = T2 – 300
τ = 42 J
T2 = 400 K
Resposta: 42 J
Resposta: c

114 (UFC-CE) Uma amostra de n mols de um gás ideal monoatômico


116 (UFRN) Em um processo adiabático, a pressão p e o volume V
é levada do estado de equilíbrio termodinâmico inicial de temperatu-
de um gás ideal obedecem à relação p Vγ = constante, em que γ é um
ra T, até o estado final de equilíbrio de temperatura T1 mediante dois
parâmetro fixo. Considere que uma amostra de gás ideal sofreu uma
diferentes processos: no primeiro, o volume da amostra permanece
expansão adiabática na qual o seu volume foi duplicado.
constante e ela absorve uma quantidade de calor QV; no segundo, a
A razão entre a temperatura inicial TI e a temperatura final TF da amos-
pressão da amostra permanece constante e ela absorve uma quanti-
tra é:
dade de calor Qp. Use a Primeira Lei da Termodinâmica, ΔU = Q – W,
a) TI / TF = 2γ. c) TI / TF = γ. e) TI / TF = γ2.
sendo ΔU = 3 n R ΔT, para determinar que se Qp for igual a 100 J b) TI / TF = 21–γ. d) TI / TF = 2γ–1.
2
então o valor de QV será igual a: Resolução:
a) 200 J. Do enunciado, sabemos que p1 V 1γ = p2 V 2γ ; da Equação de Clapeyron:
b) 160 J. pV = n R T
c) 100 J. Assim:
d) 80 J.
e) 60 J. p = n R T ⇒ n R T · V1γ = n R T V2γ
V Vi VF
Como VF = 2 Vi , então:
Resolução: Ti V1γ TF (2 Viγ) T 2γ Viγ
Processo 1 (volume constante): = , ou Ti V γi = F
Vi 2 Vi 2
Qv = ΔU = 3 n R ΔT
2 Ti 2γ
n R ΔT = 2 Qv = = 2γ – 1
TF 2
3
Processo 2 (pressão constante):
ΔU = Qp – τp Resposta: d
Tópico 5 – Termodinâmica 115

117 (Unip-SP) O gráfico a seguir representa a pressão em função do a) Calcule o trabalho total realizado pelo gás no ciclo.
volume para 1 mol de um gás perfeito. b) Aplicando a 1a Lei da Termodinâmica ao gás no ciclo e adotando
a convenção de que o calor absorvido é positivo e o calor cedido
p (N/m2) é negativo, investigue a soma do calor trocado nas diagonais, isto
A é, QBC + QDA, e conclua se essa soma é maior ou menor que zero ou
3a igual a zero. Justifique sua resposta.

Resolução:
2a D B a) τciclo = [área interna ao ciclo]
τciclo = 0 (observe que o trabalho realizado no trecho BMA é recebi-
do em DMC)
a
C b) QBC + QDA = 0
De B para C, o volume aumenta e o gás realiza trabalho:
(p + p ) (v – v )
0 a 2a 3a 4a V (m3) τBC = 1 0 1 0
2
O gás percorre o ciclo ABCDA, que tem a forma de uma circunferência. De D para A, o volume diminui e o gás recebe trabalho:
Indique a opção falsa. (p + p ) (v – v )
a) As temperaturas nos estados A e B são iguais. τDA = – 1 0 1 0
2
b) As temperaturas nos estados C e D são iguais.
c) O trabalho realizado pelo gás, entre os estados A e C, é 4 π a joules.
2 (p1 + p0) (v1 – v0)
2 Resposta: a) τciclo = 0; b) –
d) O trabalho realizado no ciclo vale (π a2) joules. 2
e) Na transformação de A para B, o gás recebeu uma quantidade de
119 Duas salas idênticas estão separadas por uma divisória de espes-
calor de 2 + π a2 joules.
4 sura L = 5,0 cm, área A = 100 m2 e condutividade térmica k = 2,0 W/m K.
Resolução: O ar contido em cada sala encontra-se, inicialmente, a temperatura
T1 = 47 °C e T2 = 27 °C, respectivamente. Considerando o ar como um
a) Verdadeira — pA vA = pB vB, e assim TA = TB gás ideal e o conjunto das duas salas um sistema isolado, calcule a taxa

b) Verdadeira — pC vC = pD vD, e assim TC = TD de variação de entropia, ΔS , no sistema no início da troca de calor,


Δt
c) Falsa explicando o que ocorre com a desordem do sistema.

τABC = π a (J)
2

2 Resolução:

d) Verdadeira ΔS = Q
T
τciclo = π a2 (J) ΔS1 = Q (parte fria)
T1
e) Verdadeira
ΔS2 = Q (parte quente)
τAB = π a + 2 a2
2
T2
4
ΔS = ΔS1 + ΔS2
τAB = 2 + π a2 (J)
4 ΔS = Q · 1 – 1
T1 T2
Resposta: c
Δs = Q · 1 – 1
Δt Δt T1 T2
118 (UFRJ) Um gás ideal realizou um ciclo termodinâmico ABCDA, Como:
ilustrado na figura.
∅ = Q = k A Δθ
Δt L
(Pa) ∅= 2,0 · 100 · 20 (W)
P1
B D 5,0 · 10–2
∅ = 8,0 · 104 W
M
Então:
Δs = 8,0 · 104 1 – 1
P0
Δt 300 320
A C
Δs  +16,7 W/K
Δt

Resposta: Como a variação de entropia é positiva, a desordem


V0 V1 (m3) do sistema aumenta.
116 PARTE I – TERMOLOGIA

120 (UFC-CE) A eficiência de uma máquina de Carnot que opera en- 122 (Unicamp-SP) Vários textos da coletânea da prova de redação
tre a fonte de temperatura alta (T1) e a fonte de temperatura baixa (T2) enfatizam a crescente importância das fontes renováveis de energia.
é dada pela expressão No Brasil, o álcool tem sido largamente empregado em substituição à
T gasolina. Uma das diferenças entre os motores a álcool e a gasolina é
η=1– 2 ,
T1 o valor da razão de compressão da mistura ar–combustível. O diagra-
ma adiante representa o ciclo de combustão de um cilindro de motor
em que T1 e T2 são medidas na escala absoluta ou de Kelvin.
a álcool. Durante a compressão (trecho i → f), o volume da mistura é
Suponha que você disponha de uma máquina dessas com uma eficiên- V
cia η = 30%. Se você dobrar o valor da temperatura da fonte quente, a reduzido de Vi para Vf . A razão da compressão r é definida como r = i .
Vf
eficiência da máquina passará a ser igual a:
a) 40%. b) 45%. c) 50%. d) 60%. e) 65%. Valores típicos de r para motores a gasolina e a álcool são, respectiva-
mente, rg = 9 e ra = 11. A eficiência termodinâmica é função da razão de
Resolução: compressão e é dada por E  1 – 1 .
T r
0,30 = 1 – 2

Pressão (atm)
T1
T2
= 0,7
T1
Assim:
30 f
T
η=1– 2
2T1
η = 1 – 1 · 0,7 ⇒ η = 1 – 0,35 ⇒ η = 0,65 ⇒ η = 65% i
2 1 Ti = 300 K

Resposta: 65% 36 400 Volume (cm3)

a) Quais são as eficiências termodinâmicas dos motores a álcool e a


121 (Unicamp-SP) Com a instalação do gasoduto Brasil–Bolívia, a
gasolina?
quota de participação do gás natural na geração de energia elétrica b) A pressão P, o volume V e a temperatura absoluta T de um gás ideal
no Brasil será significativamente ampliada. Ao se queimar 1,0 kg de gás
satisfazem a relação P V = constante. Encontre a temperatura da
natural obtêm-se 5,0 · 107 J de calor, parte do qual pode ser convertido T
em trabalho em uma usina termoelétrica. Considere uma usina quei- mistura ar–álcool após a compressão (ponto f do diagrama). Consi-
mando 7 200 quilogramas de gás natural por hora, a uma temperatura dere a mistura como um gás ideal.
de 1 227 °C. O calor não-aproveitado na produção de trabalho é ce- Dados: 7  8 ; 9 = 3; 11  10; 13  18.
dido para um rio de vazão 5 000 /s, cujas águas estão inicialmente a 3 3 5
27 °C. A maior eficiência teórica da conversão de calor em trabalho é
T Resolução:
dada por η = 1 – mín , sendo Tmáx e Tmín as temperaturas absolutas a) Da expressão fornecida, temos:
Tmáx
das fontes quente e fria respectivamente, ambas expressas em Kelvin. E1– 1
Considere o calor específico da água c = 4 000 J/kg °C. r
a) Determine a potência gerada por uma usina cuja eficiência é meta- Ea  1 – 1
de da máxima teórica. 11
b) Determine o aumento de temperatura da água do rio ao passar Ea  70%
pela usina.
Resolução: Eg  1 – 1
9
T
a) η = 1 – mín = 1 – 27 + 273 = 0,80 ⇒ η (%) = 80% Eg  67%
Tmáx 1 227 + 273
Para uma usina com a metade da eficiência máxima teórica,
η (%)= 40% b) Da Equação geral dos Gases, temos:
Assim, Pf · Vf P ·V
Pot = Q = 0,40 · 7 200 · 5,0 · 10
7 = i i
Δt 3 600 Tf Ti
30 · 36 = 1 · 400
Pot = 4,0 · 107 W = 40 MW Tf Tf
b) Para a água: 1 ⇒ 1 kg Tf = 810 K
Assim, se 60% da energia é liberada para a água, teremos
Q = Pot Δt Respostas: a) Ea  70% e Eg  67%; b) Tf = 810 K
6 · 107 Δt = m 4 000 Δθ ⇒ 1,5 · 104 = m Δθ
Δt
1,5 · 104 = 5 000 Δθ
123 (Unicamp-SP) No início da Revolução Industrial, foram cons-
Δθ = 3,0 °C truídas as primeiras máquinas a vapor para bombear água do interior
das minas de carvão. A primeira máquina operacional foi construída
Respostas: a) Pot = 4,0 · 10 W = 40 MW; b) Δθ = 3,0 °C
7
na Inglaterra por Thomas Newcomen em 1 712. Essa máquina fornece
Tópico 5 – Termodinâmica 117

uma potência útil de 4,0 · 103 W utilizando o próprio carvão das minas temos:
como combustível. A queima de 1 kg de carvão fornece 3,0 · 107 J de 6 · 105 = 1,0 · 108 · 1,0 · Δθ
energia.
A potência útil da máquina de Newcomen correspondia a somente 1% Δθ = 6 · 10–3 oC
da potência recebida da queima de carvão. Calcule, em kg, o consumo Respostas: 2,52 · 106 J; 6 · 10–3 oC
de carvão dessa máquina em 24 h de funcionamento.
Resolução: 126 (IME-RJ) Um projétil de liga de chumbo de 10 g é disparado de
Pottotal = 100 Potútil
uma arma com velocidade de 600 m/s e atinge um bloco de aço rígi-
Pottotal = 100 · 4,0 · 103 W do, deformando-se. Considere que, após o impacto, nenhum calor é
Pottotal = 4,0 · 105 W transferido do projétil para o bloco. Calcule a temperatura do projétil
Em 24 horas teremos depois do impacto.
E = Pot Δt Dados: temperatura inicial do projétil: 27 °C;
E = 4,0 · 105 · 86 400 temperatura de fusão da liga: 327 °C;
E = 3,456 · 1010 J calor de fusão da liga: 20 000 J/kg;
Como cada quilograma de carvão produz 3,0 · 107 J de energia, o con- calor específico da liga no estado sólido: 120 J/kg °C;
sumo de carvão será: calor específico da liga no estado líquido: 124 J/kg °C.
1 kg → 3,0 · 107 J Resolução:
m → 3,456 · 1010 J m = 1 152 kg 2 –3 2
Ec = m V = 10 · 10 (600)
2 2
Resposta: m = 1 152 kg Ec = 1 800 J
Aquecimento do projétil:
1. até a temperatura de fusão:
124 (Vunesp-SP) Num lugar onde g = 9,8 m/s2, um corpo metálico
Q1 = m c Δθ = 10 · 10–3 · 120 · (327 – 27)
de massa m = 2,0 kg cai de 209 m de altura. Supondo que todo o calor Q1 = 360 J
produzido no impacto permaneça no corpo, e sabendo que sua tem- 2. na fusão do projétil
peratura se elevou em 10 °C, qual é, aproximadamente, o calor especí- Q2 = m Lf = 10 · 10–3 · 20 000
fico do material do corpo, em cal/g °C?
Dado: 1 cal = 4,18 J Q2 = 200 J
3. aquecimento no estado líquido:
Resolução: Q3 = m c Δθ
EP = m g h = 2,0 · 9,8 · 209 (J) 1 800 – (360 + 200) = 10 · 10–3 · 124 (θ – 327)
EP = 4 096,4 J = 980 cal
Portanto: θ = 1 327 °C
Q = m c Δθ
980 = 2 000 · c · 10 Resposta: θ = 1 327 °C

c = 4,9 · 10–2 cal/g oC


127 (Unirio-RJ) Um operário precisa encravar um grande prego de
–2
Resposta: 4,9 · 10 cal/g C o ferro em um pedaço de madeira. Percebe, então, que, depois de algu-
mas marteladas, a temperatura do prego aumenta, pois, durante os gol-
pes, parte da energia cinética do martelo é transferida para o prego sob
125 (EEM-SP) Numa piscina de 10 m de comprimento, 5 m de lar- a forma de calor. A massa do prego é de 40 g, e a do martelo, de 1,0 kg.
gura e 2 m de profundidade, 7 nadadores disputam uma competição, Sabe-se que o calor específico do ferro é de 0,11 cal/g °C. Admita que
nadando vigorosamente com potência individual P = 500 W. Durante a velocidade com que o martelo golpeia o prego é sempre de 4,0 m/s
12 minutos de competição, qual o trabalho total produzido pelos na- e que, durante os golpes, apenas 1 da energia cinética do martelo é
dadores e a elevação de temperatura da piscina, supondo que nenhum 4
calor da água seja perdido? transferida ao prego sob forma de calor. Admita também que 1 cal  4 J.
Adote: 1 cal = 4,2 J; Desprezando-se as trocas de calor entre a madeira e o prego e entre
calor específico sensível da água: c = 1,0 cal/g °C; este e o ambiente, é correto afirmar que o número de marteladas da-
densidade da água: µ = 1,0 g/cm3. das para que a temperatura do prego aumente em 5 °C é de:
a) 176. b) 88. c) 66. d) 44. e) 22.
Resolução:
τ = Pot · Δt Resolução:
τ = 7 · 500 · 12 · 60 (J) No martelo
2 1 (4,0)2
τ = 2 520 000 J Ec = m V =
2 2
τ = 2,52 · 106 J Ec = 8,0 J = 2,0 cal
Usando: Assim:
1
Q = m c Δθ Q = m c Δθ ⇒ · 2,0 n = 40 · 0,11 · 5
4
Sendo: n = 44 marteladas
Q = 2,52 · 106 J = 6 · 105 cal
g Resposta: n = 44 marteladas
m = μV = 1,0 · (10 · 5 · 2) · 106 cm3 = 1,0 · 1,08 g
cm3
118 PARTE I – TERMOLOGIA

Sérgio Dotta Jr./The Next


128 (Fuvest-SP) No estado de São Paulo, cuja área é de 2,5 · 105 km2,
incidem sobre cada cm2, em média, 250 cal/dia de energia solar. O
consumo brasileiro de petróleo destinado à geração de calor é de 105
barris por dia, equivalente a 1,6 · 1014 cal/dia. Seria, então, interessan-
te tentar obter esse calor a partir da energia solar, captada por meio
de coletores. Se a eficiência dos coletores fosse 100%, aproximada-
mente que fração percentual da área de São Paulo deveria ser reco-
berta por coletores solares, para fornecer aquela mesma quantidade
de energia?

Resolução: Nos motores dos automóveis a taxa de compressão do diesel é de


250 cal → 1 cm2 18 : 1; a da gasolina é de 8 : 1 e a do álcool, de 12 : 1.
dia
14 cal
14
1,6 · 10 → x cm2 ⇒ x = 1,6 · 10 cm2 Resolução:
dia 250
A maior taxa de compressão ocorre nos motores a diesel (18:1), fazen-
x = 6,4 · 1011 cm2 = 64 km2 do com que eles apresentem maior rendimento.
Portanto: Resposta: e
2,5 · 105 km2 → 100%
130 Um dos aparelhos indispensáveis em uma residência é a geladei-
64 km2 → y% ⇒ y = 64 · 1005
2,5 · 10 ra. A refrigeração do seu interior é feita de forma não-espontânea. Reti-
y  0,026% ra-se energia térmica da parte interna e transfere-se essa energia para o
ambiente da cozinha. A transferência de energia térmica só é espontâ-
Resposta: 0,026% nea quando o calor transita no sentido de temperaturas decrescentes.
Na parte interna da geladeira, há o congelador, no qual, normalmen-
te, a substância freon se vaporiza a baixa pressão, absorvendo energia
129 O rendimento real de um motor a gasolina está entre 20% e
térmica. O freon, no estado gasoso, expande-se até o radiador (serpen-
25%. As perdas mecânicas e térmicas desse motor atingem de 75% a tina traseira), no qual, sob alta pressão, se condensa, liberando energia
80% da energia liberada pelo combustível. As perdas térmicas, calor térmica para o meio externo. A pressão do freon é aumentada no ra-
trocado com o ambiente pelo sistema de refrigeração, atingem 30%. diador devido a um compressor e diminuída no congelador devido a
Outros 35% acompanham os gases expelidos ainda a altas temperatu- uma válvula.
ras e mais 10% são perdas mecânicas, devido ao atrito das superfícies A eficiência ε de uma geladeira é determinada pela razão entre a ener-
metálicas e à inércia do pistão. gia térmica Q que é retirada do seu congelador e o trabalho ␶ que o
O rendimento de uma máquina térmica é definido pela razão entre a compressor teve de realizar.
energia mecânica obtida (por meio do trabalho) e a energia total for-
necida pela explosão do combustível:
ε= Q
η=
␶ ␶
Q
A energia térmica que o radiador transfere para o ambiente é a soma
Um dos procedimentos usados para elevar o rendimento de um motor da energia térmica retirada do congelador com o trabalho realizado
a explosão é aumentar a razão entre o volume máximo e o mínimo que pelo compressor.
a mistura ocupa dentro do cilindro. Essa relação depende do combus- O desenho representa uma geladeira doméstica:
tível utilizado. Nos motores a gasolina, o volume máximo é oito vezes
maior que o mínimo, isto é, a sua taxa de compressão é de 8 : 1; nos Refrigerador ideal
motores a álcool, essa taxa é de 12 : 1, e, nos motores a diesel, é de
18 : 1. Assim, quanto mais diminuímos o volume mínimo, maior será a
taxa de compressão e o rendimento. No entanto, esse volume mínimo Energia térmica
tem seu limite, pois o combustível pode explodir mesmo sem faísca, total liberada
quando muito comprimido. Por isso, acrescenta-se ao combustível um Radiador
antidetonante – que no caso da gasolina é o álcool anidro. ␶
A alternativa correta, com base no texto anterior, é:
a) Em um motor a explosão, as maiores perdas são mecânicas, devido Compressor
ao atrito entre as superfícies metálicas.
b) Dos combustíveis citados, o álcool não precisa de antidetonante,
pois ele próprio é antidetonante. Considere uma geladeira ideal cujo compressor tenha potência útil
c) O álcool anidro é misturado à gasolina para aumentar o rendimen- igual a 5,0 kW.
to do motor. Se, durante cada minuto de funcionamento desse compressor, o radia-
d) Um motor a explosão pode ter um rendimento muito próximo de dor (serpentina traseira) transfere para o meio ambiente 4,5 · 105 J de
100%. energia térmica, a eficiência do refrigerador é igual a:
e) A maior taxa de compressão ocorre nos motores a diesel (18 : 1). a) 33%. d) 75%.
Assim, dos combustíveis citados, o diesel é o que apresenta maior b) 50%. e) 100%.
rendimento. c) 67%.
Tópico 5 – Termodinâmica 119

Resolução: 132 (UFF-RJ) Considere 4 mols de um gás ideal, inicialmente a 2 °C


ε= Q de temperatura e 8,20 atm de pressão, que se submete ao seguinte
τ ciclo de transformações:
Sendo 4,5 · 105 J/min = 7 500 J/s 1a) compressão isotérmica, cedendo 860 J de calor, até o volume de 10 L;
2a) aquecimento isobárico até a temperatura de 57 °C;
A cada segundo, temos
3a) despressurização isovolumétrica até a pressão de 8,20 atm;
Q = 7 500 – τ ⇒ Q = 7 500 – 5 000 ⇒ Q = 2 500 J 4a) resfriamento isobárico até retornar às condições iniciais.
Portanto: a) Represente este ciclo, em um gráfico p (atm) ⫻ V (), indicando os
valores de p, V e T ao final de cada uma das transformações dadas
ε = 2 500 = 0,50 acima.
5 000 b) Calcule o trabalho realizado pelo gás no ciclo, em joules.
ε (%) = 50% c) Calcule o calor absorvido pelo gás no ciclo, em joules.
d) Calcule a potência, em watts, de um motor que realiza 10 desses
Resposta: b ciclos por segundo.
Dados: R (constante dos gases) = 0,082 atm /mol K;
131 O gráfico mostra uma expansão adiabática de 1 mol de gás ideal 1 atm = 105 Pa;
monoatômico, entre as isotermas T2 = 127 °C e T1 = 27 °C. 0 °C = 273 K.
Para a constante universal dos gases perfeitos R, use o valor 2 cal/mol K.
Sabe-se ainda que o calor específico molar a pressão constante desse Resolução:
gás vale 5 cal/mol K. a) O gráfico é o seguinte:

p (atm)
Pressão

B C
9,02

T2
D 57 °C
B T1 8,20
A
27 °C

0 Volume 2 °C

Determine: 0 10 11 12 V (L)
a) o trabalho realizado pelo gás durante a expansão adiabática;
b) o valor do expoente de Poisson (γ); Para o cálculo da pressão em B, usamos a lei de Boyle:
c) o valor do calor específico molar a volume constante do gás. pA VA = pB VB
8,20 · 11 = pB 10 ⇒ pB = 9,02 atm
Resolução:
a) Na expansão adiabática, o trabalho é realizado graças à diminuição b) O ciclo representado no gráfico tem a forma aproximada de um
de energia interna do gás: trapézio; assim:
τ = ΔU = 3 n R ΔT ⇒ τ = 3 · 1 · 2 (127 – 27)
N
τciclo = [área interna ao ciclo]
2 2
(2 · 10–3 + 1 · 10–3) (9,02 – 8,20)
τciclo =
τ =300 cal 2
τciclo  123 J
C
b) Para gases ideais monoatômicos, temos γ = p  1,7
Cv c) Em um ciclo, a variação de energia interna é nula (ΔU = 0); assim,
usando a 1a Lei da Termodinâmica ΔU = Q – τ , vem Q = τ; logo,

c) Da relação de Mayer, R = Cp – Cv ⇒ 2 = 5 – Cv Q = τ = 123 J

Cv = 3 cal/mol K d) Pot = τ ⇒ Pot = 10 · 123 J ⇒ Pot =1 230 W


Δt 1s
Cp
Resposta: a) τ =300 cal; b) γ =  1,7; c) Cv = 3 cal/mol K Respostas: a) pB = 9,02 atm; b) τciclo  123 J; c) Q = τ = 123 J;
Cv d) Pot =1 230 W
120 PARTE I – TERMOLOGIA

133 (Olimpíada Brasileira de Física) Imagine que o seguinte proces- 134 (ITA-SP) Considerando um buraco negro como um sistema ter-
so termodinâmico ocorra espontaneamente: uma sala de aula, fechada modinâmico, sua energia interna U varia com a sua massa M de acor-
e isolada termicamente do ambiente externo, encontra-se inicialmen- do com a famosa relação de Einstein: ΔU = ΔM c2. Stephen Hawking
te a uma temperatura T0, pressão p0 e contém ar homogeneamente propôs que a entropia S de um buraco negro depende apenas de sua
distribuído por todo o seu volume V0. De repente, as moléculas cons- massa e de algumas constantes fundamentais da natureza. Dessa for-
tituintes do ar deslocam-se, sem realização de trabalho, passando a ma, sabe-se que uma variação de massa acarreta uma variação de en-
V ΔS k
ocupar apenas uma pequena parte, Vf = 0 , do volume total da sala. tropia dada por: = 8π GM B . Supondo que não haja realização
1 000 ΔM h c
A pressão final do ar não é conhecida. Considere que o ar da sala é de trabalho com a variação de massa, indique a alternativa que melhor
constituído por n mols de um gás ideal. representa a temperatura absoluta T do buraco negro.
a) Calcule a temperatura final do ar da sala de aula. a) T = h c3 / GM kB
b) Calcule a variação da entropia total do ar da sala e do ambiente, b) T = 8πM c2 / kB
considerando que o processo mencionado tenha ocorrido de for- c) T = M c2 / 8π kB
ma irreversível. Com base em sua resposta, a existência desse pro- d) T = h c3 / 8π GM kB
cesso é possível? Explique. e) T = 8π h c3 / GM kB
[Dado: A variação de entropia de n mols de um gás ideal durante um
processo isotérmico reversível com volumes inicial e final respectiva- Resolução:
V Do texto, temos:
mente iguais a Vi e Vf é dada aproximadamente por ΔS = 2,3 n R log10 f ,
Vi ΔS = 8 π G M kB ⇒ ΔS = ΔM 8 π G M kB
em que R é a constante universal dos gases.] ΔM h c h c
Q
Mas ΔS = e Q = ΔU (τ = 0); então,
Resolução: T
a) Q = ΔU + τ; como a sala está isolada termicamente, então Q = 0 e ΔU ΔM 8 π G M kB
o gás não troca trabalho com o meio, então τ = 0. ΔS = =
T h c
Assim, ΔU = 0 e ΔT = 0, ou seja, não há variação de temperatura.
ΔM c =2 ΔM 8 π G M kB
b) ΔStotal = ΔSgás + ΔSambiente , mas ΔSambiente = 0; assim: ,
T h·c
3
Vf T= h c
ΔStotal = ΔSgás = 2,3 n R log10 8 π G M kB
Vi
V0 Resposta: d
sendo Vi = V0 , Vf = e ΔStotal = 2,3 n R log10 10–3 ΔT = 0
1 000
Como ΔStotal ⬍ 0, de acordo com a 2a Lei da Termodinâmica, é im-
possível ocorrer esse processo.

Resposta: a) Não há variação de temperatura; b) é impossível ocor-


rer esse processo.
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 121

4 Um estudante ouviu de um antigo engenheiro de uma estrada


Tópico 6 de ferro que os trilhos de 10 m de comprimento haviam sido fixados ao
chão num dia em que a temperatura era de 10 °C. No dia seguinte, em
uma aula de Geografia, ele ouviu que, naquela cidade, a maior tempe-
1 Uma dona de casa resolveu fazer uma salada para o jantar, mas
ratura que um objeto de metal atingiu, exposto ao sol, foi 50 °C.
não conseguiu abrir o frasco de palmito, que tem tampa metálica. Po-
rém, lembrando-se de suas aulas de Física, ela mergulhou a tampa da
embalagem em água quente durante alguns segundos e percebeu
que ela abriu facilmente. Isso provavelmente ocorreu porque:
a) reduziu-se a força de coesão entre as moléculas do metal e do
vidro;
O espaço entre os trilhos
b) reduziu-se a pressão do ar no interior do recipiente; possibilita sua dilatação.
c) houve redução da tensão superficial existente entre o vidro e o
metal; Com essas informações, o estudante resolveu calcular a distância míni-
d) o coeficiente de dilatação do metal é maior que o do vidro; ma entre dois trilhos de trem. Que valor ele encontrou?
e) o coeficiente de dilatação do vidro é maior que o do metal. Dado: coeficiente de dilatação linear do aço = 1,1 · 10–5 °C–1

Resolução: Resolução:
O coeficiente de dilatação do metal é maior que o do vidro. ΔL = L0 α Δθ
Ao ser mergulhada na água quente, a tampa de metal dilata mais do Como:
que o vidro, soltando-se. L0 = 10 m = 10 000 mm
Resposta: d vem:
⌬L = 10 000 · 1,1 · 10–5 · (50 – 10)
2 Você já deve ter observado em sua casa que o vidro pirex é mais ⌬L = 4,4 mm
resistente que o vidro comum às variações de temperatura. Se colocar-
mos água fervente em um copo de vidro comum, ele trinca, mas isso Resposta: 4,4 mm
não acontece com o vidro pirex. A explicação para isso é que:
a) o calor específico do pirex é menor que o do vidro comum; 5 Uma régua de alumínio tem comprimento de 200,0 cm a 20 °C.
b) o calor específico do pirex é maior que o do vidro comum;
c) para aquecimentos iguais, o vidro comum sofre maior variação de Qual o valor, em centímetros, do seu comprimento a 60 °C?
temperatura; Dado: coeficiente de dilatação linear do alumínio = 2,5 · 10–5 K–1
d) o coeficiente de dilatação do vidro comum é menor que o do vidro Resolução:
pirex; ΔL = L0 α Δθ
e) o coeficiente de dilatação do vidro comum é maior que o do vidro ⌬L = 200,0 · 2,5 · 10–5 · (60 – 20) (cm)
pirex. ⌬L = 0,2 cm
Portanto:
Resolução: L = L0 + ⌬L
O que provoca o trincamento do copo é o fato de que a parede inter- L = 200,0 + 0,2 (cm)
na (que entra em contato com a água quente) dilata-se mais do que a
parede externa. L = 200,2 cm
Como o coeficiente de dilatação do vidro comum é maior do que o do
vidro pirex, é mais fácil o vidro comum trincar. Resposta: 200,2 cm

Resposta: e 6 À temperatura de 0 °C, um fio de cobre mede 100,000 m. Seu


comprimento passa a ser de 100,068 m quando a temperatura atinge
3 E.R. Uma barra de cobre, homogênea e uniforme, mede 40 °C. Qual o valor do coeficiente de dilatação linear do cobre?
20 m, a 0 °C. Calcule a variação do comprimento dessa barra, em mi- Resolução:
límetros, quando aquecida a 50 °C. ΔL = L0 α Δθ
Dado: coeficiente de dilatação linear do cobre = 1,6 · 10–5 °C–1 ⌬L
α=
L0 ⌬θ
Resolução:
Assim:
Usando a equação da dilatação linear, temos:
100,068 – 100,00
ΔL = L0 α Δθ α = 100,000 · (40 – 0) (°C–1)
Substituindo os valores fornecidos, vem: 0,068 –1
α= (°C )
ΔL = 20 · 1,6 · 10–5 · (50 – 0) 4 000
ΔL = 0,016 m = 16 mm ␣ = 1,7 · 10–5 °C–1
ΔL = 16 mm Resposta: 1,7 · 10–5 °C–1
122 PARTE I – TERMOLOGIA

7 (Uepa – mod.) Os trilhos de trem, normalmente de 20 m de com- 10 Uma barra metálica de coeficiente de dilatação linear médio de
primento, são colocados de modo a manter entre duas pontas conse- 2 · 10–5 °C–1 a 20 °C é colocada no interior de um forno. Após a barra ter
cutivas uma pequena folga chamada junta de dilatação. Isso evita que atingido o equilíbrio térmico, verifica-se que seu comprimento é 1%
eles se espremam, sofrendo deformações devido à ação do calor nos maior. Qual a temperatura do forno?
dias quentes.
Resolução:
L0 → 100%
L
ΔL → 1% ⇒ ΔL = 0
100
Como:
ΔL = L0 α Δθ,
então:
Considere que uma variação de temperatura da noite para o (meio) L0
dia possa chegar a (aproximadamente) 25 °C, fazendo-os dilatar cerca = L α Δθ
100 0
de 5 mm. Neste caso, qual o valor do coeficiente de dilatação linear do 1 = 2 · 10–5 (θ – 20)
material de que é feito o trilho? 100
500 θ1 – 20 ⇒ θ1 = 520 °C
Resolução:
⌬L Resposta: θ1 = 520 °C
α=
L0 ⌬θ
5
α = 20 000 · 25 (°C–1) 11 A figura abaixo representa o comprimento de uma barra metá-
lica em função de sua temperatura.
␣ = 1,0 · 10–5 °C–1
L (cm)
Resposta: 1,0 · 10–5 °C–1
100,2

8 (UEL-PR) Uma barra metálica, inicialmente à temperatura de 100,0


20 °C, é aquecida até 260 °C e sofre uma dilatação igual a 0,6% de seu
comprimento inicial. Qual o coeficiente de dilatação linear médio do
metal nesse intervalo de temperatura?
0
Resolução: 50 t (°C)
L0 → 100% Qual o valor do coeficiente de dilatação linear do material dessa barra?
0,6 L0
ΔL → 0,6% ⇒ ΔL = Resolução:
100
ΔL = L0 α Δθ
Como: 100,2 – 100,0 = 100,0 · α · (50 – 0)
ΔL = L0 α Δθ, 0,2 = 5 000 · α
então: α = 4,0 · 10–5 °C–1
0,6 · L0
= L0 α Δθ Resposta: 4,0 · 10–5 °C–1
100
6 · 10–3 = α · (260 – 20)
12 O diagrama abaixo mostra a variação ΔL sofrida por uma barra
α = 2,5 · 10–5 °C–1 metálica de comprimento inicial igual a 10 m em função da variação de
–5 –1
temperatura Δθ.Qual o valor do coeficiente de dilatação linear do mate-
Resposta: 2,5 · 10 °C rial dessa barra?
ΔL (mm)
9 Um fio de cobre, com 1,000 m de comprimento a 20 °C, foi colo-
16
cado em um forno, dilatando-se até atingir 1 012 mm. Qual é a tempe-
ratura do forno, suposta constante?
Dado: coeficiente de dilatação linear do cobre = 1,6 · 10–5 °C–1

Resolução:
⌬L = L0 α ⌬θ
0 100 Δθ (°C)
1 012 – 1 000 = 1 000 · 1,6 · 10–5 · (θf – 20)
12 = 1,6 · 10–2 (θf – 20) Resolução:
750 = θf – 20 ΔL = L0 α Δθ
16 = 10 000 · α · 100
θf = 770 °C
α = 1,6 · 10–5 °C–1
Resposta: θf = 770 °C Resposta: 1,6 · 10–5 °C–1
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 123

13 (Unilasalle) Em uma experiência para medir o coeficiente de di- Resolução:


latação linear médio de um pedaço de metal desconhecido, obteve-se Colocando-se água fria no copo interno e mergulhando-se o copo ex-
o seguinte gráfico do comprimento em função da temperatura: terno em água quente, o externo dilata-se e o interno contrai-se, ocor-
rendo a separação entre eles.
L (cm)
50,070
Resposta: d

15 E.R. Uma trena de alumínio foi graduada corretamente a uma


temperatura de 30 °C, quando seu comprimento total apresentou
50,000 m. Essa trena possui graduação até o milímetro. Qual a máxi-
50,035 ma distância que a trena é capaz de medir, em um local onde a tem-
peratura ambiente é –20 °C?
Dado: coeficiente de dilatação linear do alumínio = 24 · 10–6 °C–1

Resolução:
50,000
20 60 100 T (°C) Chamemos de u0 a unidade em metros na temperatura a que a trena
foi graduada e de u a unidade, também em metros, a uma tempera-
Abaixo segue uma tabela com os coeficientes de dilatação linear mé- tura qualquer.
dia, α, para alguns metais: Observemos que, se elevarmos a temperatura da trena, ela se di-
latará e u > u0; porém, se diminuirmos a temperatura, a trena se
Metal α (°C–1) contrairá e u < u0 .
Usando a expressão da dilatação linear:
Aço 11 · 10–6
u = u0(1 + αΔθ)
Ouro 14,3 · 10–6
e sendo u0 a unidade correta (seu valor é 1,000 m), temos:
Cobre 17,0 · 10–6
u = 1,000 · [1 + 24 · 10–6 (–50)]
Alumínio 23,0 · 10–6
u = 1,000 · [1 – 0,0012]
Chumbo 29,0 · 10–6
u = 0,9988 m
Calculando-se o coeficiente de dilatação linear α a partir dos dados À temperatura de –20 °C, devido à contração do alumínio, a distância
experimentais (gráfico), inferimos que o metal em questão se trata entre duas marcas, que a 30 °C era 1,000 m, passa a ser 0,9988 m.
provavelmente do: Como a trena possui 50 intervalos de metro, podemos afirmar que a
a) chumbo; d) ouro; máxima distância possível de ser medida com essa trena, a –20 °C, é:
b) alumínio; e) aço.
c) cobre; Z = 50u = 50 · 0,9988

Resolução: Z = 49,94 m
ΔL = L0 α Δθ
50,070 – 50,000 = 50,000 α (100 – 20) ⇒ 0,070 = 50,000 α 80
16 (Mack-SP) Num laboratório, um aluno aquece de 50 °C uma bar-
α = 1,75 · 10–5 C–1 ⇒ α = 17,5 10–6 C–1 ra metálica de comprimento inicial 80 cm, observando que o seu com-
primento aumenta de 0,8 mm. Fazendo os cálculos, ele conclui que o
O coeficiente de dilatação obtido, relativamente à tabela fornecida, é
coeficiente de dilatação linear do material da barra vale:
provavelmente do metal cobre.
a) 5 · 10–5 °C–1. d) 2 · 10–5 °C–1.
–5 –1
Resposta: c b) 4 · 10 °C . e) 1 · 10–5 °C–1.
–5 –1
c) 3 · 10 °C .
14 (Olimpíada Paulista de Física) É muito comum acontecer, quan- Resolução:
do copos iguais são empilhados colocando-se um dentro do outro, de ΔL = L0 α Δθ
dois deles ficarem emperrados, tornando-se difícil separá-los. Consi-
derando o efeito da dilatação térmica, pode-se afirmar que é possível Como:
retirar um copo de dentro do outro se: L0 = 80 cm = 800 mm
a) os copos emperrados forem mergulhados em água bem quente.
b) no copo interno for despejada água quente e o copo externo for temos:
mergulhado em água bem fria.
0,8 = 800 · α · 50
c) os copos emperrados forem mergulhados em água bem fria.
d) no copo interno for despejada água fria e o copo externo for mer- α = 2 · 10–5 °C–1
gulhado em água bem quente.
e) não é possível separar os dois copos emperrados considerando o
Resposta: d
efeito da dilatação térmica.
124 PARTE I – TERMOLOGIA

17 (Unisa-SP) Uma linha férrea tem 300 km de extensão no inverno, (ΔL/L0)


quando a temperatura é –5 °C. Porém, no verão, a temperatura chega 0,024
a 25 °C. Se os trilhos são construídos de um material de coeficiente de
dilatação linear α = 10–5 °C–1, qual é a variação de comprimento que os
trilhos sofrem na sua extensão? 0,012
a) 10 m. c) 90 m. e) 200 m.
b) 20 m. d) 150 m.
1,0 · 103 2,0 · 103 Δθ (°C)
Resolução:
ΔL = L0 α Δθ Resolução:
ΔL = 300 000 · 10–5 · [25 – (–5)] ΔL = L0 α Δθ
ΔL = 90 m ΔL = α Δθ
L0
Resposta: c 0,024 = α 2,0 · 103
α = 1,2 · 10–5 °C–1
18 Sabendo que o coeficiente de dilatação linear médio do con- Portanto:
creto é 12 · 10–6 °C–1, estime a variação anual da altura de um prédio de ΔL = L0 α Δθ
10 andares em uma cidade do litoral de São Paulo, uma região tempe- ΔL = 100,0 · 1,2 · 10–5 · 1 500 (cm)
rada, devido à variação de temperatura entre o inverno e o verão. ΔL = 1,8 cm
Resolução: Como: L = L0 + ΔL,
ΔL = L0 α Δθ então: L = 100,0 + 1,8
Por estimativa, temos: L = 101,8 cm
L0 ⯝ 10 · 3 m ⯝ 30 m
Resposta: 101,8 cm
Δθ ⯝ 20 °C
Portanto:
21 (UFPI) A diferença entre os comprimentos de duas barras metá-
ΔL ⯝ 30 · 12 · 10–6 · 20 (m)
licas se mantém constante, em 80,0 cm, num intervalo de temperatura
ΔL ⯝ 7,2 · 10–3 m ⇒ ΔL ⯝ 7,2 mm em que vale a aproximação linear para a dilatação. Os coeficientes de
dilatação linear associados às barras são 3,0 · 10–5 °C–1 e 2,0 · 10–5 °C–1.
Resposta: 7,2 mm Assim, podemos dizer que, à temperatura inicial, as barras mediam:
a) 2,4 m e 1,6 m. d) 4,0 m e 3,2 m.
19 Kevin, um engenheiro americano, foi convidado para proje- b) 2,5 m e 1,7 m. e) 4,4 m e 3,6 m.
c) 3,2 m e 2,4 m.
tar sobre um rio uma ponte metálica com 2,0 km de comprimento.
Nessa região, a amplitude anual de temperaturas vai de aproximada- Resolução:
mente –40 °F até 110 °F. O coeficiente de dilatação linear do material Condição:
da ponte é 12 · 10–6 °C–1. Considerando os efeitos de contração e ex-
ΔL1 = ΔL2
pansão térmica do metal da ponte, qual a máxima variação esperada
em sua extensão? L0 α1 ⌬θ = L0 α2 ⌬θ
1 2
L0 · 3,0 · 10–5 = (L0 + 0,80) · 2,0 10–5
Resolução: 1 1

ΔL = L0 α Δθ 3,0L0 = 2,0L0 + 1,6


1 1
Sendo: L0 = 1,6 m
1
L0 = 2,0 km = 2 000 m
Δθ = [110 – (–40)] °F = 150 °F L0 = L0 + 0,80
2 1
Como: L0 = 1,6 + 0,80
ΔθC ΔθF ΔθC 150 2

= ⇒ = ⇒ ΔθC = 250 °C, L0 = 2,4 m


100 180 100 180 3 2
então:
ΔL = 2 000 · 12 · 10–6 · 250 (m) ⇒ ΔL = 2,0 m Resposta: a
3
Resposta: 2,0 m 22 (Mack-SP) Duas barras A e B de mesmo material têm a 0 °C com-
primentos tais que 0A/ 0B = 0,75. Essas barras foram colocadas em um
20 (UFBA) Uma barra tem 100,0 cm de comprimento, a 0 °C; forno e, após entrarem em equilíbrio térmico com ele, verificou-se que
quando aquecida, a razão entre o acréscimo de seu comprimento a barra A aumentou seu comprimento em 0,3 cm. O aumento do com-
e o comprimento inicial varia com a temperatura de acordo com o primento da barra B foi de:
gráfico a seguir. Quando a temperatura atingir 1 500 °C, qual será o a) 0,40 cm. c) 0,30 cm. e) 0,20 cm.
comprimento da barra? b) 0,35 cm. d) 0,25 cm.
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 125

Resolução: então:
ΔL = L0 α Δθ L0 αFe Δθ = L0 αconc Δθ
Fe conc

Como as barras são de mesmo material (αA = αB = α) e sofreram o mes- (7,8 – h) 13 · 10–6 = 7,8 · 12 · 10–6
mo aquecimento (ΔθA = ΔθB = Δθ), temos: 13(7,8 – h) = 7,8 · 12
ΔL = α Δθ; 13 · 7,8 – 13 h = 12 · 7,8
L0
7,8 = 13 h ⇒ h = 0,60 m
ΔL ΔLB ΔLA L0B
então: A = ⇒ =
ΔL0 ΔL0 ΔLB L0 Resposta: 0,60 m
A B B

0,3 ΔL
= 0,75 ⇒ = 0,40 cm
ΔLB B
25 A figura mostra uma pequena esfera em repouso sobre a barra
Resposta: a horizontal, sustentada por dois fios metálicos de materiais diferentes
1 e 2, de comprimentos desiguais L1 e L2, a 0 °C.
23 E.R. (FEI-SP – mod.) As barras A e B da figura têm, respecti-
vamente, 1 000 mm e 1 001 mm de comprimento a 20 °C. Seus coe-
ficientes de dilatação linear são:
αA = 3,0 · 10–5 °C–1 e αB = 1,0 · 10–5 °C–1. (1) (2)
C

A B
Sendo α1 e α2 os respectivos coeficientes de dilatação lineares dos fios
(1) e (2), qual das relações a seguir representa a condição para que a
Qual é a temperatura em que a barra C ficará na posição horizontal? bola continue equilibrada sobre a barra, ao variar a temperatura?
a) α1 = α2 c) α1 L2 = α2 L1 e) L2 = L1 α1 α2
Resolução: b) α1 L1 = α2 L2 d) L1 L2 = α1 α2
Quando a barra C estiver na horizontal, os comprimentos das barras
A e B serão iguais: Resolução:
LA = LB Condição:
Como: L = L0 (1 + α Δθ), ΔL1 = L2
temos: L0 (1 + αA Δθ) = L0 (1 + αB Δθ) então:
A B
L1 α1 Δθ = L2 α2 Δθ
1 000 · (1 + 3,0 · 10 · Δθ) = 1 001 · (1 + 1,0 · 10–5 · Δθ)
–5

1 000 + 3 000 · 10–5 · Δθ = 1 001 + 1 001 · 10–5 · Δθ α1 L1 = α2 L2


1999 · 10–5 Δθ = 1 Resposta: b
Δθ ⯝ 50 °C
θ – 20 ⯝ 50
26 Estão representados, a seguir, os comprimentos de duas barras
θ ⯝ 70 °C A e B em função da temperatura:
B Retas
L
paralelas
24 Uma plataforma P foi apoiada em duas colunas, conforme a A
figura a seguir: 1,5 
P
1,0 

0 θ
Determine a razão entre os coeficientes de dilatação linear dessas barras.
h
Resolução:
ΔL L
tg a = Δθ = L0 α
Devido a um desnível do terreno, para manter a plataforma sempre na então:
a
horizontal a qualquer temperatura, foi preciso fazer uma das colunas tg a = L0 α
de concreto e a outra de ferro. Qual o valor do desnível h, sabendo-se Como as retas são paralelas:
que a maior coluna é de concreto e mede 7,8 m a 0 °C? tg aA = tg aB θ
Dados: αconcreto = 12 · 10–6 °C–1; L0 αA = L0 αB
αferro = 13 · 10–6 °C–1. A B
αA
αA = 1,5 αB ⇒
Resolução: αB = 1,5
Condição:
ΔLferro = ΔLconcreto Resposta: 1,5
126 PARTE I – TERMOLOGIA

27 Considere três barras metálicas homogêneas A, B e C. O gráfico a a) Pb, A, Fe; d) A, Fe, Pb;
seguir representa o comprimento das barras em função da temperatura. b) A, Pb, Fe; e) Fe, A, Pb.
c) Fe, Pb, A;
L Barra C
4a Barra B Resolução:
3a No diagrama, temos:
2a ᐉ
Barra A
a

0 b θ Δᐉ
a
Os coeficientes de dilatação linear das barras A, B e C valem, respecti- Δθ
vamente, αA, αB e αC.
A relação entre αA, αB e αC é: θ
a) αA = αB = αC. d) αA = αC = 2αB.
αC
b) αA = αB = .
α
e) αA = αC = B . tg a = Δ
2 2 Δθ
c) αA = αB = 2αC. Assim, da tabela, vem:

Resolução: tg aFe = Δ = 0,60 cm = 1,2 · 10–3 cm/°C


Δθ 500 °C
ΔL = L0 α Δθ Fe

Para a barra A: (2a – a) = a αA(b – 0) tg aAl = Δ = 0,46 cm = 2,3 · 10–3 cm/°C


Δθ 200 °C
a = a αA b ⇒ αA = 1 Al
b
Para a barra B: (3a – 2a) = 2a αB (b – 0) tg aPb = Δ = 0,27 cm = 2,7 · 10–3 cm/°C
Δθ 100 °C
a = 2a αB b ⇒ 2 αB = 1 Pb
b Como: tg aPb ⬎ tg aAl ⬎ tg aFe
Então: αA = 2αB
então: aPb ⬎ aAl ⬎ aFe
Para a barra C: (4a – 2a) = 2a αC (b – 0)
Portanto, a correlação entre as retas e os materiais é:
2a = 2a αC b ⇒ αC = 1
b A → Chumbo (Pb)
Portanto: B → Alumínio (Al)
αA = αC = 2αB C → Ferro (Fe)

Resposta: d Resposta: a

28 O gráfico da figura a seguir mostra a dilatação térmica de três 29 E.R. Duas barras A e B, de coeficientes de dilatação linear α
A
barras metálicas, feitas de alumínio (A), ferro (Fe) e chumbo (Pb). O e αB e comprimentos LA e LB, são emendadas de modo que constitua
aquecimento é feito a partir de 0 °C, e elas possuem o mesmo compri- uma única barra de comprimento (LA + LB). Qual é o coeficiente de
mento inicial. A tabela mostra também alguns dados numéricos refe- dilatação linear dessa nova barra?
rentes ao processo.
Resolução:
ᐉ (cm) O coeficiente de dilatação linear de uma barra é dado pela expressão:
A α = ΔL
L0 Δθ
B
Em um aquecimento Δθ qualquer, temos:
C
ΔLA = LA αA Δθ
ᐉ0 ΔLB = LB αB Δθ
ΔL = L0 α Δθ
Portanto:
0 θ (°C) ΔLA + ΔLB L α Δθ + LB αB Δθ
α = ΔL = = A A
L0 Δθ (LA + LB) Δθ (LA + LB) Δθ
Δ (cm) Δθ (°C)
LA αA + LB αB
Fe 0,60 500 α=
LA + LB
A 0,46 200
Pb 0,27 100 Observemos que o coeficiente de dilatação linear dessa nova barra é
a média ponderada dos coeficientes de dilatação linear das barras A
As letras A, B e C representam, respectivamente, as substâncias: e B, sendo os “pesos” os respectivos comprimentos iniciais.
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 127

30 (UEL-PR) A barra da figura é composta de dois segmentos: um 33 (UFMG) Uma lâmina bimetálica é constituida de duas placas de
de comprimento  e coeficiente de dilatação linear αA e outro de com- materiais diferentes, M1 e M2, presas uma à outra. Essa lâmina pode ser
primento 2  e coeficiente de dilatação linear αB. Pode-se afirmar que o utilizada como interruptor térmico para ligar ou desligar um circuito
coeficiente de dilatação linear dessa barra, α, é igual a: elétrico, como representado, esquematicamente, na figura I:
 2
Lâmina bimetálica
M2

A B M1
Contato
α A + αB αA + 2αB
a) . c) . e) 3(αA + αB). Circuito
2 3 elétrico
2αA + αB
b) . d) αA + 2αB. I
3
Lâmina bimetálica M2
Resolução:
ΔLbarra = ΔLA + ΔLB
M1
L0 αbarra · Δθ = L0 αA Δθ + L0 αB Δθ Contato
barra A B
Circuito
L0 + L0 αbarra = L0 αA + L0 αB elétrico
A B A B

( + 2)αbarra = αA + 2 αB II
Quando a temperatura das placas aumenta, elas dilatam-se e a lâmina
3 αbarra =  (αA + 2αB) curva-se, fechando o circuito elétrico, como mostrado na figura II.
αA + 2αB Esta tabela mostra o coeficiente de dilatação linear α de diferentes
αbarra = 3
materiais:
Material α (10–6 · °C–1)
Resposta: c
Aço 11
31 Três bastões de mesmo comprimento , um de alumínio Alumínio 24
(αAl = 24 · 10–6 °C–1), outro de latão (αlatão = 20 · 10–6 °C–1) e o terceiro de
cobre (αCu = 16 · 10–6 °C–1), são emendados de modo que constituam Bronze 19
um único bastão de comprimento 3 . Determine o coeficiente de dila- Cobre 17
tação linear do bastão resultante.
Níquel 13
Resolução:
ΔLbastão = ΔLA + ΔLlatão + ΔLCu
Considere que o material M1 é cobre e o outro, M2, deve ser escolhido
3Lαbastão Δθ = LαA Δθ + Lαlatão Δθ + L αCu Δθ entre os listados nessa tabela.
αA + αlatão + αCu Para que o circuito seja ligado com o menor aumento de temperatura,
αbastão = o material da lâmina M2 deve ser o:
3
24 · 10 –6
+ 20 · 10–6 + 16 · 10–6 = 60 · 10–6 a) aço. b) alumínio. c) bronze. d) níquel.
αbastão =
3 3
Resolução:
αbastão = 20 · 10–6 °C–1 Para que a lâmina se curve com o menor aumento de temperatura, a
lâmina M2 deverá ter o maior coeficiente de dilatação (o alumínio).
Resposta: 20 · 10–6 °C–1
Resposta: b
32 Duas lâminas, feitas de materiais diferentes e soldadas longitu-
34 (Ufac) A uma dada temperatura, um pino ajusta-se exatamente
dinalmente entre si, irão se curvar quando aquecidas, porque possuem
diferentes: em um orifício de uma chapa metálica. Se somente a chapa for aqueci-
a) coeficientes de dilatação térmica; da, verifica-se que:
b) densidades; a) o pino não mais passará pelo orifício.
c) pontos de fusão; b) o pino passará facilmente pelo orifício.
d) capacidades térmicas; c) o pino passará sem folga pelo orifício.
e) massas. d) tanto a como c poderão ocorrer.
e) nada do que foi dito ocorre.
Resolução:
As lâminas se curvam porque uma delas dilata mais que a outra. Se elas Resolução:
possuem mesmo comprimento inicial, terão coeficientes de dilatação Se somente a chapa for aquecida, somente o orifício aumentará e o
diferentes. pimo passará facilmente por ele.
Resposta: a Resposta: b
128 PARTE I – TERMOLOGIA

35 (Olimpíada Brasileira de Física) A figura ilustra uma peça de temos:


metal com um orifício de diâmetro d1 e um pino de diâmetro d2 ligei- 0,01A0 = A0 25 · 10–6 (θ – 20)
ramente maior que o orifício d1, quando à mesma temperatura. Para
introduzir o pino no orifício, pode-se: 400 = θ – 20 ⇒ θ = 420 °C
a) aquecer ambos: o orifício e o pino. d1
b) resfriar o pino.
c) aquecer o pino e resfriar o orifício. 39 À temperatura de 15 °C, encontramos uma chapa de cobre com
d) resfriar o orifício. d2 > d1 superfície de área 100,0 cm2. Que área terá essa superfície se a chapa
e) resfriar ambos: o orifício e o pino. for aquecida até 515 °C?
Dado: coeficiente de dilatação superficial do cobre = 3,2 · 10–5 °C–1
Resolução:
Para que o pino possa ser introduzido no orifício, podemos aquecer o Resolução:
orifício e/ou resfriar o pino. ΔA = A0 β Δθ
Resposta: b ΔA = 100,0 · 3,2 · 10–5 · (515 – 15)
ΔA = 1,6 cm2
36 Os materiais usados para a obturação de dentes e os dentes Portanto:
possuem coeficientes de dilatação térmica diferentes. Assim, do ponto A = A0 + ⌬A
de vista físico, por que pode ser prejudicial aos dentes ingerirmos be- A = 100,0 + 1,6 (cm2)
bidas muito quentes ou muito geladas? A = 101,6 cm2
Resposta: Se a obturação dilatar mais, o dente pode quebrar. Se
dilatar menos, podem ocorrer infiltrações. Resposta: 101,6 cm2

37 Uma substância tem coeficiente de dilatação superficial A e 40 Em uma placa de ouro, há um pequeno orifício, que a 30 °C
coeficiente de dilatação volumétrica B. Assim, o coeficiente de dilata- tem superfície de área 5 · 10–3 cm2. A que temperatura devemos levar
ção linear é igual a: essa placa para que a área do orifício aumente o correspondente a
6 · 10–5 cm2?
a) 2A. b) B . c) A . d) AB . e) 3AA . Dado: coeficiente de dilatação linear do ouro = 15 · 10–6 °C–1
2 3 6 4B
Resolução: Resolução:
Temos: ΔA = A0 β Δθ
β=A ΔA = A0 2α Δθ
6 · 10–5 = 5 · 10–3 · 2 · 15 · 10–6 · (θf – 30)
γ=B
400 = θf – 30
β γ θf = 430 °C
α= =
2 3
A = 2α Resposta: 430 °C
B = 3α
Assim, verificando as respostas, temos: 41 E.R. Em uma chapa de latão, a 0 °C, fez-se um orifício circular
de 20,0 cm de diâmetro. Determine o acréscimo de área que o orifício
3AA = 3(2α) (2α) = α
4B 4 (3α) sofre quando a temperatura da chapa é elevada a 250 °C.
Dado: coeficiente de dilatação linear do latão = 2 · 10–5 °C–1
Resposta: e
Resolução:
Como o orifício é de forma circular, a 0 °C sua área é calculada por:
38 E.R. Uma moeda, fabricada com níquel puro, está à tempera-
tura ambiente de 20 °C. Ao ser levada a um forno, ela sofre um acrés- A0 = π R20 ⇒ A0 = 3,14 · 10,02
cimo de 1% na área de sua superfície. Qual a temperatura do forno? A0 = 314 cm2
Dado: coeficiente de dilatação linear do níquel = 12,5 · 10–6 °C–1
Usando a expressão simplificada da dilatação superficial:
Resolução: ΔA = A0 β Δθ
A expressão simplificada da dilatação superficial é:
ΔA = A0 β Δθ e sendo:
Sendo: β = 2α ⇒ β = 4 · 10–5 °C–1
ΔA = 0,01A0 temos:
ΔA = 314 · 4 · 10–5 · 250
β = 2α = 25 · 10–6 °C–1
Δθ = θ – 20 ΔA = 3,14 cm2
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 129

42 (UFU-MG – mod.) Um orifício numa panela de ferro, a 20 °C, 46 (FGV-SP) Suponha que você encontrasse nesta prova o seguinte
tem 10 cm2 de área. Se o coeficiente de dilatação linear do ferro é de teste:
1,2 · 10–5 °C–1, qual será a área desse orifício a 270 °C? Com relação ao fenômeno da dilatação térmica nos sólidos, é correto
Resolução: afirmar que:
A = A0 (1 +β Δθ) (a) toda dilatação, em verdade, ocorre nas três dimensões: largura,
A = A0 (1 + 2α Δθ) comprimento e altura.
A = 10 [1 + 2 · 1,2 · 10–5 · (270 – 20)]
(b) quando um corpo que contém um orifício dilata, as dimensões do
A = 10,06 cm2 orifício dilatam também.
(c) os coeficientes de dilatação linear, superficial e volumétrica, em
Resposta: 10,06 cm2 corpos homogêneos e isótropos, guardam, nesta ordem, a propor-
ção de 1 para 2 para 3.
43 Uma estatueta de ouro foi aquecida de 25 °C a 75 °C, observando- (d) a variação das dimensões de um corpo depende de suas dimensões
-se um aumento de 2,1 cm3 em seu volume. Sendo 14 · 10–6 °C–1 o coeficien- iniciais, do coeficiente de dilatação e da variação de temperatura
te de dilatação linear do ouro, qual era o volume inicial dessa estatueta? sofrida.
Resolução: (e) coeficientes de dilatação são grandezas adimensionais e depen-
ΔV = V0 γ Δθ dem do tipo de material que constitui o corpo.
ΔV = V0 3α Δθ Naturalmente, a questão deveria ser anulada, por apresentar, ao todo,
2,1 = V0 · 3 · 14 · 10–6 · (75 – 25) a) nenhuma alternativa correta.
V0 =1,0 · 103 cm3 b) duas alternativas corretas.
c) três alternativas corretas.
Resposta: 1,0 · 103 cm3 d) quatro alternativas corretas.
e) todas as alternativas corretas.
44 Uma panela de alumínio possui, a 0 °C, uma capacidade de
1 000 cm3 (1 L). Se levarmos a panela com água ao fogo, até que ocorra Resolução:
ebulição da água, sob pressão normal, qual será a nova capacidade da a) Correta.
panela?
A dilatação térmica de um sólido ocorre nas três dimensões: com-
Dados: coeficiente de dilatação linear do alumínio = 24 · 10–6 °C–1;
coeficiente de dilatação cúbica da água = 1,3 · 10–4 °C–1. primento, largura e altura.
b) Correta.
Resolução:
A dilatação de um sólido ocorre sempre “para fora”. Havendo um orifí-
Para a panela:
V = V0 (1 + 3α Δθ) cio nesse sólido, o orifício terá suas dimensões aumentadas.
V = 1 000 · [1 + 3 · 24 · 10–6 · (100 – 0)] (cm3) c) Correta.
V = 1 000 + 7,2 (cm3) Em sólidos homogêneos e isotrópicos, os coeficientes de dilata-
V = 1 007,2 (cm3) ção linear (α), superficial (β) e volumétrica (γ) guardam a propor-
ção:
Resposta: 1 007,2 (cm3) α=β= γ
1 2 3
45 O coeficiente de dilatação linear do alumínio é 2,2 · 10–5 °C–1. Um
d) Correta.
cubo de alumínio com volume de 5 L é aquecido de 40 °F até 76 °F.
A variação de cada dimensão linear sofrida por um corpo sólido,
Qual é a variação aproximada do volume do cubo?
quando aquecido, pode ser expressa por:
Resolução: ΔL = L0 α Δθ
ΔθC = (76 – 40) °F = 36 °F
Como: em que ΔL é a variação de dimensão linear, L0, a dimensão linear
ΔθC ΔθF ΔθC 36 inicial, α, o coeficiente de dilatação linear (que é uma característica
= ⇒ = do material e da temperatura) e Δθ, a variação da temperatura.
100 180 100 180
e) Incorreta.
ΔθF = 20 °C
Então, usando a expressão da dilatação cúbica, temos: α= L
L0Δθ
ΔV = V0 γ Δθ
ΔV = V0 3α Δθ Como ΔL e L0 são medidos na mesma unidade, notamos que a di-
ΔV = 5 · 3 · 2,2 · 10–5 · 20 () mensão de α resume-se ao inverso da unidade da temperatura:
ΔV = 6,6 · 10–3  [α] ⇒ °C–1 ou °F–1 ou K–1

Resposta: 6,6 · 10–3  Resposta: d


130 PARTE I – TERMOLOGIA

47 Uma chapa de alumínio possui um furo em sua parte central. 50 Um disco de latão de 50,0 cm2 de área
Sendo aquecida, observamos que: é perfurado, ficando com um furo circular de
a) tanto a chapa como o furo tendem a diminuir suas dimensões; 10,0 cm2 na posição indicada na figura.
b) o furo permanece com suas dimensões originais e a chapa au- O coeficiente de dilatação linear do latão é de
menta; 2 · 10–5 °C–1 e essas áreas se referem à tempera-
c) a chapa e o furo permanecem com suas dimensões originais; tura ambiente. Se o disco for colocado em um
d) a chapa aumenta e o furo diminui; forno e a temperatura elevada de 100 °C, a área
e) tanto a chapa como o furo tendem a aumentar suas dimensões. do furo:
a) diminuirá de 0,12 cm2; d) aumentará de 0,04 cm2;
2
Resolução: b) aumentará de 0,02 cm ; e) não sofrerá alteração.
No aquecimento, tanto a chapa como o orifício tendem a aumentar c) diminuirá de 0,16 cm2;
suas dimensões. O furo comporta-se como se estivesse preenchido
Resolução:
com o material da chapa.
O furo comporta-se como se estivesse preenchido com o material da
Resposta: e placa.
ΔA = A0 2α Δθ
48 (UFMG) O coeficiente de dilatação térmica do alumínio (A) é, ΔA = 10,0 · 2 · 2 · 10–5 · 100 (cm2) ⇒ ΔA = 0,04 cm2
aproximadamente, duas vezes o coeficiente de dilatação térmica do
ferro (Fe). A figura mostra duas peças em que um anel feito de um des- Resposta: d
ses metais envolve um disco feito do outro. À temperatura ambiente,
os discos estão presos aos anéis. 51 Uma placa metálica de dimensões 10 cm ⫻ 20 cm ⫻ 0,5 cm tem
em seu centro um furo cujo diâmetro é igual a 1,00 cm quando a placa
está à temperatura de 20 °C. O coeficiente de dilatação linear do metal
da placa é 20 · 10–6 °C–1. Quando a temperatura é de 520 °C, a área do
furo:
Fe A
a) aumenta 1%; c) aumenta 2%; e) não se altera.
b) diminui 1%; d) diminui 2%;
A Fe Resolução:
ΔA = A0 β Δθ
Se as duas peças forem aquecidas uniformemente, é correto afirmar
ΔA = π R2 2α Δθ
que:
a) apenas o disco de A se soltará do anel de Fe. Portanto:
b) apenas o disco de Fe se soltará do anel de A. A0 = π R2 → 100%
c) os dois discos se soltarão dos respectivos anéis. ΔA = π R2 2α Δθ → x%
d) os discos não se soltarão dos anéis.
x = π R 2α Δθ2 · 100 = 2 · 20 · 10–6 (520 – 20) 100
2

Resolução: πR
Sendo αA > αFe, o alumínio dilatará mais que o ferro. Assim, apenas o x = 2%
anel de alumínio se soltará da placa de ferro.
Resposta: c
Resposta: b
52 E.R. Ao aquecermos um sólido de 20 °C a 80 °C, observamos
49 (PUC-SP) Um mecânico de automóveis precisa soltar um anel
que seu volume experimenta um aumento correspondente a 0,09%
que está fortemente preso a um eixo. Sabe-se que o anel é feito de aço, em relação ao volume inicial. Qual é o coeficiente de dilatação linear
de coeficiente de dilatação linear 1,1 · 10–5 °C–1. O eixo, de alumínio, tem do material de que é feito o sólido?
coeficiente 2,3 · 10–5 °C–1.
Lembrando que tanto o aço quanto o alumínio são bons condutores Resolução:
térmicos e sabendo que o anel não pode ser danificado e que não está O volume inicial V0 corresponde a 100% e a variação de volume ΔV,
soldado ao eixo, o mecânico deve: a 0,09%. Assim, podemos escrever a relação:
a) aquecer somente o eixo. 0,09V0
b) aquecer o conjunto (anel + eixo). ΔV =
100
c) resfriar o conjunto (anel + eixo). Como: ΔV = V0 γ Δθ,
d) resfriar somente o anel. 0,09V0
e) aquecer o eixo e, logo após, resfriar o anel. então: = V0 γ Δθ
100
Mas γ = 3α
Resolução: Portanto:
Como αA > αaço, ao resfriarmos o conjunto, o eixo de alumínio irá se 0,09
= 3α(80 – 20)
contrair mais que o anel de aço, ocorrendo a separação. 100
Resposta: c α = 5 · 10–6 °C–1
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 131

53 Uma barra de estanho tem a forma de um prisma reto de


1,2 V0
= V0 3α(110 – 30)
2 100
4,0 cm de área da base e 1,0 m de comprimento, quando na tempera-
tura inicial de 68 °F. Sabendo que o coeficiente de dilatação linear do α = 5,0 · 10–5 °C–1
estanho é igual a 2,0 · 10–5 °C–1, determine o comprimento e o volume
dessa barra quando ela atinge a temperatura de 518 °F. Resposta: 5,0 · 10–5 °C–1

Resolução: 56 Uma peça sólida tem uma cavidade cujo volume vale 8 cm3 a
ΔθF = (518 – 68) °F = 450 °F 20 °C. A temperatura da peça varia para 520 °C e o coeficiente de dila-
ΔθC ΔθF θ tação linear do sólido (12 · 10–6 °C–1) pode ser considerado constante.
= ⇒ C = 450 ⇒ ΔθC = 250 °C Supondo que a pressão interna da cavidade seja sempre igual à exter-
100 180 100 180
na, qual a variação percentual do volume da cavidade?
Dilatação linear:
ΔL = L0 α Δθ
Resolução:
ΔL = 1,0 · 2,0 · 10–5 · 250
ΔV = V0 γΔθ
Portanto:
ΔV = V0 3α Δθ
ΔL = 0,005 m
ΔV = 8 · 3 · 12 · 10–6 (520 – 20)
L = L0 + ΔL = 1,0 + 0,005
ΔV = 0,144 cm3
L = 1,005 m
Portanto:
Dilatação volumétrica: V0 = 8 cm3 → 100%
ΔV = V0 γ Δθ
ΔV = 0,144 cm3 → x%
ΔV = AL 3 α Δθ
ΔV = 4,0 · 100 · 3 · 2,0 ·10–5 · 250 x = 0,144 · 100 ⇒ x = 1,8%
8
ΔV = 6 cm3
Portanto: Resposta: 1,8%

V = V0 + ΔV = 4,0 · 100 + 6 ⇒ V = 406 cm3 57 (UMC-SP) A figura mostra a variação relativa do comprimento
Respostas: 1,005 m; 406 cm 3 de uma barra metálica em função da temperatura.

Δ
(mm/m)
54 Um cubo é aquecido e constata-se um aumento de 0,6% no seu 
2,4
volume. Qual foi a variação de temperatura sofrida pelo cubo?
Dado: coeficiente de dilatação volumétrica do material do cubo =
6,0 · 10–6 °C–1
0 θ (°C)
Resolução: 100
V0 → 100%
0,6 V0 Se um cubo de aresta a, feito desse metal, for submetido à variação de
ΔV → 0,6% ⇒ ΔV = temperatura de 100 °C, sua dilatação volumétrica será:
100
Como a) ΔV = 7,2 · 10–3 a3. d) ΔV = 4,8 · 10–3 a3.
ΔV = V0 γ Δθ b) ΔV = 6,0 · 10 a .
–3 3
e) ΔV = 3,6 · 10–3 a3.
c) ΔV = 5,6 · 10–3 a3.
então
0,6 V0 Resolução:
= V0 6,0 10–6 Δθ ⇒ Δθ = 1 000 °C
100 ΔL = L0 α Δθ
ΔL = α Δθ
Resposta: 1 000 °C L0
Do gráfico:
55 Uma esfera metálica maciça é aquecida de 30 °C para 110 °C, e ΔL = 2,4 mm = 2,4 mm = 2,4 · 10–3
seu volume sofre um aumento correspondente a 1,2%. Qual o valor do L m 103 mm
então:
coeficiente de dilatação linear médio desse metal?
2,4 · 10–3 = α 100
α = 2,4 · 10–5 °C–1
Resolução:
e: γ = 3α = 7,2 · 10–5 °C–1
V0 → 100%
1,2 V0 Portanto:
ΔV → 1,2% ⇒ ΔV = ΔV = V0 γ Δθ
100
Como: ΔV = α3 7,2 · 10–5 · 100
ΔV = 7,2 · 10–3 a3
ΔV = V0 γΔθ
então: Resposta: a
132 PARTE I – TERMOLOGIA

58 (Mack-SP) Uma esfera de certa liga metálica, ao ser aquecida de 61 O dono de um posto de gasolina consulta uma tabela de coeficien-
100 °C, tem seu volume aumentado de 4,5%. Uma haste dessa mesma tes de dilatação volumétrica, obtendo para o álcool o valor 1 · 10–3 °C–1.
liga metálica, ao ser aquecida de 100 °C, terá seu comprimento aumen- Assim, ele verifica que se comprar 20 000 L de álcool em um dia em
tado de: que a temperatura é de 27 °C e vendê-los em um dia frio a 15 °C, estará
a) 1,0%. c) 2,0%. e) 4,5%. tendo um prejuízo de n litros. Qual o valor de n?
b) 1,5%. d) 3,0%.
Resolução:
Resolução: ΔV = V0 γ Δθ
Na dilatação volumétrica: n = 20 000 · 1 · 10–3 · (15 – 27) ()
V0 → 100% n = – 240 
ΔV → 4,5% O sinal negativo indica que houve uma diminuição no volume do
V 4,5 álcool.
ΔV = 0
100 Assim:
Como:
n = 240 
ΔV = V0 3α Δθ
então:
Resposta: 240
V0 4,5
= V0 3α Δθ
100
62 E.R. Um frasco de vidro, graduado em cm3 a 0 °C, contém mer-
α Δθ = 0,015 cúrio até a marca de 100,0 cm3, quando ainda a 0 °C. Ao se aquecer
Na dilatação linear: o conjunto a 120 °C, o nível de mercúrio atinge a marca de 101,8 cm3.
ΔL = L0 α Δθ Determine o coeficiente de dilatação linear do vidro.
ΔL = α Δθ Dado: coeficiente de dilatação do mercúrio: γHg = 18 · 10–5 °C–1
L0
Resolução:
e:
A diferença de leitura corresponde à dilatação aparente do líqui-
L0 → 100 %
do, pois não podemos nos esquecer de que o frasco também se
ΔL → x%
dilatou:
ΔL 100
x= L ΔVaparente = 101,8 – 100,0
0

Assim: ΔVaparente = 1,8 cm3


x = α Δθ 100 ⇒ x = 0,015 · 100 ⇒ x = 1,5% Usamos a expressão da dilatação aparente dos líquidos:
Resposta: b ΔVaparente = V0Aγaparente Δθ
Temos:
59 Ao abastecer o carro em um posto de gasolina, você compra o 1,8 = 100,0 · γa · 120
combustível por volume e não por massa, isto é, você compra “tantos
litros” e não “tantos quilogramas” de combustível. Assim, qual o melhor γa = 15 · 10–5 °C–1,
horário do dia para abastecer o carro se você quer fazer economia? porém:
γa = γr – γf e γf = 3αf
Resolução: Portanto:
No período da manhã. 15 · 10–5 = 18 · 10–5 – 3αf
A gasolina passou a noite esfriando, de manhã começará a ser aque-
cida. 3αf = 3 · 10–5

Resposta: No período da manhã. αf = αvidro = 1 · 10–5 °C–1

60 Um posto recebeu 5 000 L de gasolina em um dia muito frio,


em que a temperatura era de 10 °C. No dia seguinte, a temperatura 63 Um recipiente de volume V está cheio de um líquido a 20 °C.
aumentou para 30 °C, situação que durou alguns dias, o suficiente para Aquecendo-se o conjunto a 70 °C, transbordam 5,0 cm3 de líquido. Es-
que a gasolina fosse totalmente vendida. Se o coeficiente de dilatação ses 5,0 cm3 correspondem:
volumétrica da gasolina é igual a 11 · 10–4 °C–1, determine o lucro do a) à dilatação real do líquido;
proprietário do posto, em litros. b) à dilatação aparente do líquido;
c) à soma da dilatação real com a dilatação aparente do líquido;
Resolução: d) à diferença entre a dilatação real e a dilatação aparente do líquido;
ΔV = V0 γ Δθ e) a três vezes a dilatação real do líquido.
ΔV = 5 000 · 11 · 10–4 · (30 – 10) ()
ΔV = 110  Resolução:
O volume transbordado corresponde à dilatação aparente do líquido.
Resposta: 110  Resposta: b
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 133

64 Em um recipiente de porcelana, graduado corretamente em 67 Dois recipientes de 1 000 cm3 cada um, a 0 °C, foram usados na
centímetros cúbicos a 30 °C, é colocado petróleo a 30 °C até a marca determinação do coeficiente de dilatação aparente do mercúrio. Um
500 cm3. Em seguida, eleva-se a temperatura do conjunto a 70 °C. dos recipientes era de cobre e o outro, de alumínio. Após serem total-
Dados: coeficiente de dilatação cúbica do petróleo = 9,1 · 10–4 °C–1; mente cheios de mercúrio, também a 0 °C, os conjuntos foram aqueci-
coeficiente de dilatação linear da porcelana = 3,3 · 10–6 °C–1. dos até 100 °C. Determine:
Determine: a) os coeficientes de dilatação aparente encontrados para o mercúrio;
a) o coeficiente de dilatação aparente do petróleo, quando medido b) o volume de mercúrio extravasado em cada caso.
no frasco de porcelana; Dados: coeficiente de dilatação cúbica do mercúrio = 1,8 · 10–4 °C–1;
b) a marca atingida pelo petróleo no frasco, após o aquecimento; coeficiente de dilatação linear do cobre = 1,6 · 10–5 °C–1;
c) a dilatação real sofrida pelo petróleo.
coeficiente de dilatação linear do alumínio = 2,4 · 10–5 °C–1.
Resolução:
a) γap = γ r – γf Resolução:
γap = γ r – 3αf a) γap = γr – γf
γap = (9,1 · 10–4 – 3 · 3,3 · 10–6) (°C–1) γap (no cobre) = 1,8 · 10–4 – 3 · 1,6 · 10–5
γap = 9,0 · 10–4 °C–1 γap (no cobre) = 1,32 · 10–4 °C–1
b) ΔVap = V0 γap Δθ
ΔVap = 500 · 9,0 · 10–4 · (70 – 30) γap (no alumínio) = 1,8 · 10–4 – 3 · 2,4 · 10–5
ΔVap = 18 cm3
Portanto: γap (no alumínio) = 1,08 · 10–4 °C–1
Vap = V0 + ΔVap = 500 + 18
b) ΔVap = V0 γap Δθ
Vap = 518 cm3
ΔVap (no cobre) = 1 000 · 1,32 · 10–4 (100 – 0)
c) ΔVr = V0 γr Δθ
ΔVr = 500 · 9,1 · 10–4 · (70 – 30) ΔVap (no cobre) = 13,2 cm3
ΔVr = 18,2 cm3
ΔVap (no alumínio) = 1 000 · 1,08 · 10–4 (100 – 0)
Respostas: a) 9,0 · 10–4 °C–1; b) 518 cm3; c) 18,2 cm3
ΔVap (no alumínio) = 10,8 cm3

65 (Unisa-SP) Um recipiente de vidro de 150 cm3 está completa-


Respostas: a) 1,08 · 10–4 °C–1; b) 10,8 cm3
mente cheio de um líquido a 20 °C. Aquecendo-se o conjunto a 120 °C,
transbordam 5 cm3 do líquido. Qual o coeficiente de dilatação volumé-
trica aparente desse líquido? 68 (Mack-SP) Em uma experiência, para determinarmos o coeficien-
te de dilatação linear do vidro, tomamos um frasco de vidro de volume
Resolução: 1 000 cm3 e o preenchemos totalmente com mercúrio (coeficiente de
ΔVap = V0 γap Δθ dilatação volumétrica = 1,8 · 10–4 °C–1). Após elevarmos a temperatura
5 = 150 · γap (120 – 20) do conjunto de 100 °C, observamos que 3,0 cm3 de mercúrio transbor-
dam. Dessa forma, podemos afirmar que o coeficiente de dilatação
γap = 3,3 · 10–4 °C–1 linear do vidro que constitui esse frasco vale:
a) 5,0 · 10–5 °C–1.
Resposta: 3,3 · 10–4 °C–1 b) 4,0 · 10–5 °C–1.
c) 3,0 · 10–5 °C–1.
66 (UFBA) Um frasco de vidro contém, quando cheio, 50 cm3 de d) 2,0 · 10–5 °C–1.
mercúrio, à temperatura de 50 °C. Considerando o coeficiente de dila- e) 1,0 · 10–5 °C–1.
tação linear do vidro igual a 8,0 · 10–6 °C–1 e o de dilatação volumétrica
do mercúrio igual a 1,8 · 10–4 °C–1, determine, em 10–2 cm3, a quantidade Resolução:
de mercúrio que transbordará do recipiente se a temperatura for ele- ΔVap = V0 γap Δθ
vada a 100 °C.
ΔVap = V0 (γr – 3αf) Δθ
Resolução: 3,0 = 1 000 (1,8 · 10–4 – 3αf) · 100
ΔVap = V0 γap Δθ
3,0 · 10–5 = 18 · 10–5 – 3αf
ΔVap = V0 (γr – 3αf) Δθ
ΔVap = 50 · (1,8 · 10–4 – 3 · 8,0 · 10–6) (100 – 50) (cm3) 3αf = 15 · 10–5

ΔVap = 39 · 10–2 cm3 αf = 5,0 · 10–5 °C–1

Resposta: 39 Resposta: a
134 PARTE I – TERMOLOGIA

69 (Fuvest-SP) Um termômetro especial, com líquido dentro de um 72 Um recipiente de 200 cm3 de capacidade, feito de um mate-
3
recipiente de vidro, é constituído de um bulbo de 1 cm e um tubo com rial de coeficiente de dilatação volumétrica de 100 · 10–6 °C–1, contém
secção transversal de 1 mm2. À temperatura de 20 °C, o líquido pre- 180 cm3 de um líquido de coef iciente de dilatação cúbica de
enche completamente o bulbo até a base do tubo. À temperatura de 1 000 · 10–6 °C–1. A temperatura do sistema é de 20 °C. Qual a tempe-
50 °C, o líquido preenche o tubo até uma altura de 12 mm. Considere ratura-limite de aquecimento do líquido sem que haja transborda-
desprezíveis os efeitos da dilatação do vidro mento?
e da pressão do gás acima da coluna do lí-
Resolução:
quido. Podemos afirmar que o coeficiente de
dilatação volumétrica médio do líquido vale: ΔVap = V0 γap Δθ
a) 3 · 10–4 °C–1. (200 – 180) = 180 (1 000 · 10–6 – 100 · 10–6) (θ1 – 20)
b) 4 · 10–4 °C–1. 12 mm 20 = 180 · 9 · 10–4 (θ1 – 20)
c) 12 · 10–4 °C–1. 123 = θ1 – 20
d) 20 · 10–4 °C–1.
e) 36 · 10–4 °C–1. Bulbo θ1 ⯝ 143 °C

Resolução: Resposta: ⯝ 143 °C


ΔV = V0 γ Δθ
A h = V0 γ Δθ 73 (UFPE) Um recipiente metálico de 10 litros está completamente
1 · 12 = 1000 · γ (50–20)
cheio de óleo, quando a temperatura do conjunto é de 20 °C. Elevan-
γ = 4 · 10–4 °C–1 do-se a temperatura até 30 °C, um volume igual a 80 cm3 de óleo trans-
borda. Sabendo-se que o coeficiente de dilatação volumétrica do óleo
Resposta: b é igual a 0,9 · 10–3 °C–1, qual foi a dilatação do recipiente em cm3?
Resolução:
70 Um comerciante comprou 10 000 L de álcool num dia em que
Cálculo da dilatação do óleo:
a temperatura era de 12 °C. Para obter um lucro extra de 2%, resolveu
ΔV = V0 γ Δθ
esperar um dia em que a temperatura fosse θ, para o engarrafamen-
to. Sabendo que o coeficiente de dilatação volumétrica do álcool é de ΔVóleo = 104 · 0,9 · 10–3 (30 – 20) (cm3)
1 · 10–3 °C–1, determine essa temperatura θ. ΔV = 90 cm3
A dilatação do recipiente é a diferença entre a dilatação do óleo e o
Resolução: óleo transbordado.
V0 → 100% Assim:
ΔV → 2% ΔVrecipiente = (90 – 80 ) (cm3) ⇒ ΔVrecipiente = 10 cm3
2V
ΔV = 0
100 Resposta: 10 cm3
Assim:
2V0
ΔV = V0 γ Δθ ⇒ = V γ Δθ ⇒ 2 · 10–2 = 1 · 10–3 (θ – 12) 74 (Enem) A gasolina é vendida por litro, mas em sua utilização
100 0
como combustível a massa é o que importa. Um aumento da tempe-
20 = θ – 12 ⇒ θ = 32 °C
ratura do ambiente leva a um aumento no volume da gasolina. Para
Resposta: 32 °C diminuir os efeitos práticos dessa variação, os tanques dos postos de
gasolina são subterrâneos. Se os tanques não fossem subterrâneos:
I. Você levaria vantagem ao abastecer o carro na hora mais quente do
71 (UFPA) Um recipiente de vidro encontra-se completamente dia, pois estaria comprando mais massa por litro de combustível.
cheio de um líquido a 0 °C. Quando o conjunto é aquecido até 80 °C, o II. Abastecendo com a temperatura mais baixa, você estaria compran-
volume do líquido que transborda corresponde a 4% do volume que o do mais massa de combustível para cada litro.
líquido possuía a 0 °C. Sabendo que o coeficiente de dilatação volumé- III. Se a gasolina fosse vendida por kg em vez de ser vendida por litro,
trica do vidro é de 27 · 10–6 °C–1, determine o coeficiente de dilatação o problema comercial decorrente da dilatação da gasolina estaria
real do líquido. resolvido.
Dessas considerações, somente:
Resolução: a) I é correta. d) I e II são corretas.
V0 → 100% b) II é correta. e) II e III são corretas.
4V0 c) III é correta.
ΔV → 4% ⇒ ΔV =
100
Portanto: Resolução:
4V0 I - Incorreta
ΔVap = V0 γap Δθ ⇒ = V (γ – 27 · 10–6) (80 – 0) Na hora mais quente do dia , a gasolina está dilatada , ocupando, em
100 0 r
cada litro, a menor massa.
5 · 10–4 = γr – 27 · 10–6 ⇒ γr = 527 · 10–6 °C–1 II - Correta
III - Correta
Resposta: 527 · 10–6 °C–1 Resposta: e
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 135

75 (UFGO-GO) Num dia quente em Goiânia, 32 °C, uma dona-de-casa 5 · 10–4 (θf – 20) = 0,05
coloca álcool em um recipiente de vidro graduado e lacra-o bem para evi- 0,05 · 104 θf = 120 °C
tar evaporação. De madrugada, com o termômetro acusando 12 °C, ela θf – 20 = ⇒ θf – 20 = 100 ⇒
5
nota, surpresa, que, apesar de o vidro estar bem fechado, o volume de
álcool reduziu-se. Sabe-se que o seu espanto não se justifica, pois se trata Resposta: 120 °C
do fenômeno da dilatação térmica. A diminuição do volume foi de:
a) 1,1%. c) 3,3%. e) 6,6%.
78 Uma substância tem massa específica de 0,78 g/cm3 a 25 °C e
b) 2,2%. d) 4,4%.
0,65 g/cm3 a 425 °C. Qual o seu coeficiente de dilatação volumétrica?
Considere o coeficiente de dilatação térmica volumétrica do álcool:
γ álcool = 1,1 · 10–3 °C–1 >> γvidro Resolução:
µ0
µ=
(1 + γΔθ)
Resolução: µ0
Considerando desprezível a dilatação do vidro, temos: 1 + γ Δθ = ⇒ 1 + γ (425 – 25) = 0,78
µ 0,65
ΔV = V0 γ Δθ
400γ = 1,2 – 1
ΔV = V3 1,1 · 10–3 (12 – 32)
ΔV = –22 · 10–3 V0 400γ = 0,2 ⇒ γ = 5 · 10–4 °C–1
Como:
V0 → 100% Resposta: 5 · 10–4 °C–1
ΔV → x%
79 (PUC-SP) A água apresenta uma anomalia em relação aos de-
x = ΔV 100
V0 mais líquidos. Assim, a temperatura de 4 °C é:
então: a) aquela para a qual a água tem maior densidade.
b) aquela para a qual a água assume maior volume.
(–22 · 10–3 V0) 100
x= ⇒ x = –2,2% c) a mais baixa que a água atinge no estado líquido.
V0 d) a correspondente ao ponto triplo da água.
O sinal negativo indica que houve uma diminuição de 2,2% no volume e) a de fusão do gelo.
do álcool.
Resposta: b Resolução:

d= m
76 E.R. A 4 °C, a massa específica da água vale 1,0 g/cm3. Se o V
coeficiente de dilatação volumétrica real da água vale 2,0 · 10–4 °C–1, A 4 °C o volume de uma porção de água é mínimo.
qual é sua massa específica, na temperatura de 84 °C? Assim, sua densidade é máxima.

Resolução: Resposta: a
A densidade absoluta ou massa específica de uma substância
varia com a temperatura, de acordo com a seguinte função:
80 (Ufop-MG) Na figura, esboçou-se o gráfico do volume em fun-
μ0
μ= ção da temperatura para determinada massa de água líquida.
(1 + γ Δθ)
V (m3)
Substituindo os valores conhecidos, temos:

1,0
μ= ⇒ μ ⯝ 0,98 g/cm3
1 + 2,0 · 10–4 · 80

77 A densidade absoluta de um material a 20 °C é 0,819 g/cm3 e


seu coeficiente de dilatação volumétrica vale 5 · 10–4 °C–1 . A que tem-
peratura devemos levar esse corpo para que sua densidade absoluta
torne-se igual a 0,780 g/cm3? 4 8 12 16 T (°C)

Resolução: Por que não é possível medir a temperatura no intervalo entre 0 °C e


µ0 16 °C com um termômetro de água, usando a densidade como pro-
µ=
(1 + γΔθ) priedade termométrica?
0,819
0,780 =
[1 + 5 · 10–4 (θf – 20)] Resposta: Porque de 0 °C a 4 °C a densidade da água aumenta e a
–4
1 + 5 · 10 (θf – 20) = 1,05 partir de 4 °C ela diminui.
136 PARTE I – TERMOLOGIA

81 (Mack-SP) Diz um ditado popular: “A natureza é sábia!”. De fato! 83 (Mack-SP) Três barras metálicas, A, B e C, têm, a 0 °C, seus com-
Ao observarmos os diversos fenômenos da natureza, ficamos encan- 40B 20C
primentos na proporção 0A = = . Para que essa proporção
tados com muitos pormenores, sem os quais não poderíamos ter vida 5 3
na face da Terra, conforme a conhecemos. Um desses pormenores, de se mantenha constante a qualquer temperatura (enquanto não hou-
extrema importância, é o comportamento anômalo da água, no es- ver mudança de estado de agregação molecular), os coeficientes de
tado líquido, durante seu aquecimento ou resfriamento sob pressão dilatação linear dos materiais das respectivas barras deverão estar na
normal. Se não existisse tal comportamento, a vida subaquática nos proporção:
lagos e rios, principalmente das regiões mais frias de nosso planeta, a) αA = αB = αC. d) αA = 5 = 3 .
não seria possível. Dos gráficos abaixo, o que melhor representa esse 4αB 2αC
comportamento anômalo é: 4αB 2αC
a) d) b) αA = = . e) αA = 4 = 2 .
5 3 5αB 3αC
Volume (cm3)
Volume (cm3)

5αB 3αC
c) αA = = .
4 2
Resolução:
Se a proporção indicada vale para qualquer temperatura,
0 4 Temperatura (°C) 0 14,5 Temperatura (°C) temos:
b) e)
4B 2C
Volume (cm3)
Volume (cm3)

A = =
5 3
Usando:  = 0(1 + α Δθ)
vem:
0 14,5 Temperatura (°C) 40 (1 + αB Δθ) 20 (1 + αC Δθ)
0 4 Temperatura (°C)
0 (1 + αA Δθ) = B
= C
,
c) A 5 3
Volume (cm3)

mas
40 20
0 = B = C
A 5 3
Assim, simplificando, temos:
0 14,5 15,5 Temperatura (°C) 1 + αA Δθ = 1 + αB Δθ = 1+ αC Δθ
De onde concluímos que:
Resolução: αA = αB = αC
O volume de certa massa de água é V (cm3)
mínimo a 4 °C. Assim o gráfico corre- Resposta: a
to para a dilatação anômala da água V0
é o a. Vmín
84 (UFV-MG) Uma ponte é suportada por dois pilares de mesmo
0 4 θ (°C)
coeficiente de dilatação linear (α) e alturas h e h’. Sabendo que, a uma
Resposta: a determinada temperatura ambiente, os pontos A e B estão nivelados,
obtenha literalmente o desnível entre os dois pontos (diferença de
altura) se a temperatura se elevar em ΔT.
82 (Mack-SP) O coeficiente de dilatação linear de certo material é
A B
3,6 · 10–6 °C–1. Utilizando como unidade de temperatura o grau Fahren-
heit, o valor do coeficiente de dilatação linear desse material será:
a) 2,0 · 10–6 °F–1. d) 5,6 · 10–6 °F–1. h
b) 3,6 · 10–6 °F–1. e) 6,3 · 10–6 °F–1. h'
–6 –1
c) 4,0 · 10 °F .

Resolução:
ΔL = L0 α Δθ
ΔL = α Δθ Resolução:
L0
Quando a temperatura varia, as alturas dos pilares variam de acordo
A razão ΔL não depende da escala termométrica utilizada. Assim: com as relações:
L0
H = h(1 + α ΔT)
αF ΔθF = αC ΔθC H’ = h’(1 + α ΔT)
Como, para ΔθF = 180 °C temos ΔθC = 100 °C, vem: O desnível obtido será dado por:
ΔH = H’ – H = h’(1 + α ΔT) – h(1 + α ΔT)
αF 180 = 3,6 · 10–6 · 100 ⇒ αF = 2,0 · 10–6 · F–1 ΔH = (h’ – h)(1 + α ΔT)

Resposta: a Resposta: (h’ – h)(1 + α ΔT)


Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 137

85 (PUC-SP) Uma barra de alumínio, inicialmente a 20 °C, tem, a 87 Uma barra de cobre foi recurvada tomando a forma de uma se-
essa temperatura, uma densidade linear de massa igual a 2,8 · 10–3 g/mm. micircunferência. As extremidades foram unidas por uma outra barra
A barra é aquecida sofrendo uma variação de comprimento de 3 mm. reta constituída por dois metais: uma parte, de comprimento x, era de
Sabe-se que o coeficiente de dilatação linear térmica do alumínio é zinco e a outra, de comprimento y, de platina.
2,4 · 10–5 °C–1 e seu calor específico é 0,2 cal/g °C. A quantidade de calor Cobre
absorvida pela barra é:
a) 35 cal. d) 140 cal.
b) 70 cal. e) 500 cal.
c) 90 cal.

Resolução:
ΔL = L0 α Δθ Zinco Platina
3 = L0 2,4 10–5 Δθ
x y
L0 Δθ = 1,25 · 105
Como: São dados os coeficientes de dilatação lineares:
Q = m c Δθ cobre = 17 · 10–6 °C–1;
e: zinco = 29 · 10–6 °C–1;
m = L0 d = L0 2,8 · 10–3, platina = 9 · 10–6 °C–1.
vem: Para que o arco de cobre conserve sua forma semicircular, a qualquer
Q = L0 2,8 · 10–3 · 0,2 Δθ ⇒ Q = 0,56 · 10–3 (L0 Δθ)
temperatura a que seja levado, a razão x entre os comprimentos
y
Q = 0,56 · 10–3 · 1,25 · 105 ⇒ Q = 70 cal iniciais x e y dos segmentos de zinco e platina deve ser:
Resposta: b a) 1 . c) 3 . e) 2 .
5 5 3
b) 2 . d) 1 .
86 (Mack-SP) A figura a seguir mostra duas barras verticais, uma de 5 3
cobre e outra de zinco, fixas na parte inferior. Elas suportam uma plata- Resolução:
forma horizontal onde está apoiado um corpo. O coeficiente de atrito Para que a forma seja mantida, o diâmetro da semicircunferência (for-
estático entre o corpo e a plataforma é 0,01, e os coeficientes de dilata- mada pelos segmentos de zinco e platina) deve se dilatar como se fos-
ção linear do zinco e do latão valem 2,6 · 10–5 °C–1 e 1,8 · 10–5 °C–1, respec- se de cobre.
tivamente. Qual a menor variação de temperatura capaz de provocar o Assim:
deslizamento do corpo sobre a plataforma? ΔLcobre = ΔLzinco + ΔLplatina
L0 αcobre Δθ = L0 αzincoΔθ + L0 αplatina Δθ
cobre zinco platina

(x + y) 17 · 10–6 = x 29 · 10–6 + y 9 · 10–6


17x + 17y = 29x + 9y
8y = 12x
1,25 m x 8 2
10 cm = =
y 12 3

Resposta: e

88 (ITA-SP) Um relógio de pêndulo simples é montado no pátio de


Resolução: um laboratório em Novosibirsk, na Sibéria, utilizando um fio de sus-
Na iminência de deslocamento: pensão de coeficiente de dilatação 1 · 10–5 °C–1. O pêndulo é calibrado
P sen α = Fat = µ N F at para marcar a hora certa em um bonito dia de verão de 20 °C. Em um
P sen α = µ P cos α dos menos agradáveis dias do inverno, com a temperatura a –40 °C, o
tg α = µ (ΔLzinco – ΔLlatão)
relógio:
Mas: α a) adianta 52 s por dia. d) atrasa 26 s por dia.
ΔLzinco – ΔLlatão b) adianta 26 s por dia. e) atrasa 52 s por dia.
tg α = , P
10–1 c) atrasa 3 s por dia.
então: 10 cm = 10–1 m

(L0 α Δθ)zinco – (L0 α Δθ)latão Resolução:


µ= Período do pêndulo:
10–1
10–1 · 0,01 = 1,25 Δθ (2,6 · 10–5 – 1,8 · 10–5) T = 2π L
g
Δθ = 100 °C Portanto:
L0 (1 + αΔθ) L0
Resposta: 100 °C T = 2π ⇒ T = 2π · 1 + αΔθ
g g
138 PARTE I – TERMOLOGIA

Como: Resolução:
L0 Para os lados AB e BC:
2π = T0, ΔL = L0 α Δθ
g
ΔLAB = ΔLBC = 2 α Δθ
vem: Para o lado AC:
T = T0 1 + αΔθ ΔL = L0 α Δθ
ΔLAC =  2 α Δθ
Portanto:
Assim:
T = T0 1 + 1 · 10–5 [–40 –(20)]
ΔLAB = ΔLBC = ΔLAC
T = T0 1 – 6 · 10–4 = T0 1 – 0,0006
T = 0,99969 T0 Resposta: e
Assim, em um dia (86 400 s) o relógio irá adiantar, marcando:
1 dia = (86 400 · 0,99969) s = 86 373,22 s 91 (Univest-SP) Um arame é encurvado em forma de um aro cir-
A diferença corresponde a: cular de raio R, tendo, porém, uma folga d entre suas extremidades,
Δt = (86 400 – 86 373,22) s ⇒ Δt ⯝ 26 s conforme indica a figura abaixo. Aquecendo-se esse arame, é correto
afirmar que a medida de R e a medida de d, respectivamente:
Resposta: b a) aumentará — não se alterará.
b) aumentará — aumentará. R
c) aumentará — diminuirá.
d
89 (UFBA) A haste de um pêndulo é feita com um material, cujo d) não se alterará — aumentará.
coeficiente de dilatação vale 4,375 · 10–3 °C. Colocando-se esse pên- e) não se alterará — diminuirá.
dulo em uma câmara frigorífica, verifica-se o seu período de oscilação
T1 = 0,75T0, sendo T0 o período medido num laboratório. Determine a Resolução:
diferença de temperatura que há entre o laboratório e a câmara frigorí- Raio R: R’ = R (1 + α Δθ)
fica. Expresse sua resposta em 102 °C. No aquecimento, temos:
R’ ⬎ R
Resolução:
T1 = 0,75T0 Distância d:
Antes do aquecimento: C = 2π R – d
L1 3 L
2π = · 2π 0 Após o aquecimento:
g 4 g
C’ = 2π R’ – x
L1 = 3 L0 C (1 + α Δθ) = 2π R (1 + α Δθ) – x
4
9 x = (2π R – C)(1 + α Δθ)
L1 = L0
16 x = (2π R – 2π R + d)(1 + α Δθ)
L0 (1 + αΔθ) = 9 L0 x = d(1 + α Δθ)
16
16 + 16 · 4,375 · 10–3 · Δθ = 9 Portanto, no aquecimento, d também aumenta.
Δθ = –100 °C
Resposta: b
Entre o laboratório e a câmera frigorífica, temos:
Δθ = 100 °C = 1 · 102 °C
92 Uma régua de latão, com coef iciente de dilatação linear

Resposta: 1 2 · 10–5 °C–1, foi graduada corretamente a 20 °C. Ao ser aquecida, atingiu
uma temperatura θ, à qual as medidas apresentam um erro de 0,1%.
Qual é essa temperatura θ?
90 (PUC-SP) Três barras – AB, BC e AC – são dispos-
B Resolução:
tas de modo que formem um triângulo isósceles. O coe-
ficiente de dilatação linear de AB e BC é α, e o de AC é L0 → 100%
0,1 L0
2α. A 0 °C, os comprimentos de AB e BC valem 2  e o de ΔL → 0,1% ⇒ ΔL =
2 2 100
AC vale . Como: ΔL = L0 α Δθ,
0,1 L0
Aquecendo-se o sistema à temperatura t, observa-se então: = L0 α Δθ
100
que: A  C 1 · 10 = 2 · 10–5 (θ – 20)
–3
a) o triângulo torna-se equilátero. 50 = θ – 20
b) o triângulo deixa de ser isósceles.
c) não há alteração dos ângulos θ e γ. θ = 70 °C
d) as barras AB e BC dilatam-se o dobro de AC.
e) as três barras sofrem dilatações iguais. Resposta: 70 °C
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 139

93 (Vunesp-SP) Uma régua de aço de coeficiente de dilatação linear 96 (Unesp-SP) A figura mostra uma lâmina bimetálica, de com-
α = 1,2 · 10 –5 °C–1 foi calibrada a certa temperatura, de tal modo que o primento L0 na temperatura T0, que deve tocar o contato C quando
erro máximo em cada divisão de milímetro é de 6,0 · 10–5 mm. Qual é aquecida. A lâmina é feita dos metais I e II, cujas variações relativas do
o intervalo máximo de temperaturas em que essa régua pode ser usa- comprimento ΔL em função da variação de temperatura ΔT = T – T0
da, em torno da temperatura de calibração, se se pretende conservar L0
aquela precisão? encontram-se no gráfico.
Lâmina bimetálica, em T = T0
Resolução:
ΔL = L0 α Δθ
6,0 · 10–5 = 1,0 · 1,2 · 10–5 · Δθ C

Δθ = 5,0 °C
ΔL (· 10–6)
Resposta: 5,0 °C L0
700
II
94 (Mack-SP) Com uma régua de latão (coeficiente de dilatação 600
linear 2,0 · 10–5 °C–1) aferida a 20 °C, mede-se a distância entre dois 500
pontos. Essa medida foi efetuada a uma temperatura acima de 20 °C,
400
motivo pelo qual apresenta um erro de 0,05%. A temperatura na qual
I
foi feita essa medida é: 300
a) 50 °C. d) 35 °C.
200
b) 45 °C. e) 20 °C.
c) 40 °C. 100

0
Resolução: 0 5 10 15 20 25 30 35 ΔT (°C)
Sendo L a indicação da régua à temperatura θ maior que 20 °C e L0 a
indicação da mesma régua a 20 °C, temos que o erro relativo percen- Determine:
tual fica determinado por: a) o coeficiente de dilatação linear dos metais I e II;
L – L0 b) qual dos metais deve ser utilizado na parte superior da lâmina para
dr = 100% que o dispositivo funcione como desejado. Justifique sua resposta.
(%) L0
[L (1 + αΔθ) – L0]
dr = 0 100% Resolução:
(%) L0 a) ΔL = L0 α ΔT
0,05 = (1 + αΔθ – 1) 100
ΔL
5,0 · 10–4 = 2,0 · 10–5 (θ – 20°) Assim: = α ΔT
L0
θ = 45 °C Para o metal I:
300 · 10–6 = αI 30
Resposta: b
αI = 1,0 · 10–5 °C–1

95 (UFBA) Uma lâmina bimetálica de aço e bronze tem compri- Para o metal II:
mento de 20 cm a uma temperatura de 15 °C. Sabendo que os coefi- 600 · 10–6 = αII 30
cientes de dilatação linear valem, respectivamente, 12 · 10–6 °C–1 e
αII = 2,0 · 10–5 °C–1
18 · 10–6 °C–1, calcule a diferença de comprimento, em unidade de
10– 4 cm, quando as lâminas atingirem uma temperatura de –5 °C.
b) Na parte superior, deve ser posicionado o metal que se dilata mais
Resolução: (a lâmina está sendo aquecida).
ΔL = L0 α Δθ Assim, na parte superior, deve-se colocar o metal II.
ΔLaço = 20 · 12 · 10–6 · 20 (cm) ll
ΔLaço = 48 · 10–4 cm
ΔLbronze = 20 · 18 · 10–6 · 20 (cm)
ΔLbronze = 72 · 10–4 cm
l
Portanto, a –5 °C, a diferença de comprimento é dada por:
ΔL = 72 · 10–4 – 48 · 10–4 (cm)
ΔL = 24 · 10–4 cm

Resposta: 24 Respostas: a) αI = 1,0 · 10–5 °C–1; αII = 2,0 · 10–5 °C–1; b) metal II
140 PARTE I – TERMOLOGIA

97 (ITA-SP) Um disco de ebonite tem um orifício circular de diâme- 100 (UFBA) A f igura repre- R
tro 1 cm, localizado em seu centro. Sabendo-se que o coeficiente de senta um balão, de volume V0,
dilatação superficial do ebonite é igual a 160 · 10–6 °C–1, pode-se afir- feito de material isótropo de
mar que a área do orifício, quando a temperatura do disco varia de coeficiente de dilatação linear
10 °C para 100 °C, α. O balão está completamen-
a) diminui de 36π · 10–4 cm2. d) diminui de 144π · 10–4 cm2. te cheio de um líquido de coe-
–4 2
b) aumenta de 144π · 10 cm . e) permanece inalterável. ficiente de dilatação volumétri-
c) aumenta de 36π · 10–4 cm2. ca γ e de massa específica μ0, à
temperatura θ0. Quando a tem-
Resolução: peratura do balão é aumentada
ΔA = A0 β Δθ em Δθ, extravasa o volume Ve
ΔA = ␲R02 β Δθ do líquido.
ΔA = ␲(0.5)2 · 160 · 10–6 · (100 – 10) (cm2) Nessas condições, pode-se afirmar:
(01) O raio R diminui quando a temperatura do balão aumenta.
ΔA = 36␲ · 10–4 cm2 (02) O balão se dilata como se fosse maciço.
(04) O coeficiente de dilatação aparente do líquido é expresso por
Resposta: c
γ + 3α.
(08) Após a variação de temperatura Δθ, a massa específica do líquido
98 A figura que você observa nesta questão representa um eixo passa a ser expressa por μ0(1 + γ Δθ)–1.
que trabalha com folga, envolto por um anel feito do mesmo material (16) A dilatação do balão é V0 γ Δθ – Ve.
do eixo (coeficiente de dilatação linear igual a α). A uma temperatura Dê como resposta a soma dos números associados às afirmativas
ambiente de 20 °C, a folga entre o eixo e o anel é igual a d (d = R2 – R1). corretas.
Aquecendo-se o sistema até uma temperatura próxima à da fusão do
material, notamos que a Resolução:
folga entre o eixo e o anel (01) Incorreta
passa a valer d’, tal que: O raio R aumenta quando o balão é aquecido.
a) d’ = d(1 + α Δθ). (02) Correta
b) d’ < d porque o eixo R2
R1 (04) Incorreta
dilata mais que o anel.
γap = γ – 3α
c) d’ = d porque, sendo
do mesmo material, o eixo (08) Correta
eixo e o anel se dilatam µ0 = m ⇒ m = µ0 V0
igualmente. V0
R3
d) d’ = d + R2 α Δθ. µ= m ⇒ m=µV
el
An

V
e) d’ = d – R1α Δθ. µ V = µ0 V0
µ V0(1 + γ Δθ) = µ0 V0
Resolução: µ0
d = R 2 – R1 µ= = µ (1 + γ Δθ)–1
(1 + γ Δθ) 0
d’ = R’2 – R’1
d’ = R2(1 + α Δθ) – R1(1 + α Δθ) (16) Correta
ΔVbalão = ΔVlíq – ΔVap
d’ = (R2 – R1)(1 + α Δθ)
ΔVbalão = V0 γ Δθ – Ve
d’ = d(1 + α Δθ)
Resposta: 26
Resposta: a
101 (UFU-MG) Um frasco tem volume de 2 000 cm3 a 0 °C e está com-
99 (Cesesp-PE) Um recipiente de vidro (α = 9 · 10–6 °C–1) tem volume
pletamente cheio de mercúrio a essa temperatura. Aquecendo-se o
interno igual a 60 cm3 a 0 °C. Que volume de mercúrio, a 0 °C, devemos conjunto até 100 °C, entornam 30,4 cm3 de mercúrio. O coeficiente de
colocar no recipiente a fim de que, ao variar a temperatura, não se alte- dilatação volumétrica do mercúrio é γr = 18,2 · 10–5 °C–1. Calcule o coe-
re o volume da parte vazia? ficiente de dilatação linear do frasco.
(Coeficiente real do mercúrio: 18 · 10–5 °C–1.)
Resolução:
Resolução: ΔVaparente = V0 γap Δθ
ΔVfrasco = ΔVlíquido
30,4 = 2 000 (γm – γf)(100 – 0)
(V0 γ Δθ)frasco = (V0 γ Δθ)líquido 15,2 · 10–5 = 18,2 · 10–5 – 3αf
60 · 3 · 9 · 10–6 · Δθ = V0 18 · 10–5 Δθ 3 αf = 3,0 · 10–5


V0 = 9 cm3 αf = 1,0 · 10–5 °C–1




Resposta: 9 cm3 Resposta: 1,0 · 10–5 °C–1


Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 141

102 A figura seguinte mostra um dispositivo utilizado para medir o d) para uma variação de 10 °C na temperatura de 100 litros de gasoli-
coeficiente de dilatação cúbica de um líquido. Um dos ramos verticais na, há um aumento de volume igual a 0,063 litro.
do tubo em forma de U, que contém o líquido em estudo, é esfriado e) o volume extravasado de um tanque de gasolina totalmente cheio
com gelo a 0 °C, enquanto o outro ramo é aquecido utilizando-se vapor com 200 litros é aproximadamente 4,48 litros quando há um au-
de água a 100 °C. mento de temperatura de 25 °C.
Mercúrio
Resolução:
a) Incorreta
A diminuição do volume da gasolina é maior que a do tanque.
b) Incorreta
A gasolina é comprada por litro. Assim, em temperaturas maiores
Vapor encontramos menos gasolina em um litro.
c) Incorreta
γap = γr – γf = 9,6 · 10–4 – 63 · 10–6
γap = 9,6 · 10–4 – 0,63 · 10–4 ⇒ γap = 8,97 · 10–4 °C–1
d) Incorreta
ΔV = V0 γ Δθ
ΔV = 100 · 9,6 · 10–4 · 10 ⇒ ΔV = 0,96 
Gelo Vapor
e) Correta
Δap = V0 γ ap Δθ

Esse dispositivo foi usado por Dulong-Petit para a obtenção do coefi- ΔVap = 200 · 8,97 · 10–4 · 25 ⇒ ΔVap ⯝ 4,48 
ciente de dilatação do mercúrio. Na experiência realizada, uma das co-
lunas apresentava 250,0 mm e a outra 254,5 mm de líquido. Após os Resposta: e
cálculos, o valor encontrado para o coeficiente de dilatação cúbica do
mercúrio foi: 104 (UFSCar-SP) Para completar a higienização, uma mãe ferve o
a) 4,5 · 10–4 °C–1. bico da mamadeira e, depois de retirá-lo da água, aguarda que ela re-
b) 1,8 · 10–4 °C–1. tome a fervura. Verte, então, 250 mL dessa água dentro do copo da
c) 1,2 · 10–4 °C–1. mamadeira, que mantém enrolado em um pano a fim de “conservar o
d) 1,8 · 10–3 °C–1. calor”. Aguarda o equilíbrio térmico e então joga fora a água.
e) 1,2 · 10–3 °C–1. a) No passado, o copo das mamadeiras era feito de vidro. Em uma
sequência de ações como a descrita para escaldar a mamadeira,
Resolução: ao preencher parcialmente recipientes de vidro com água quente,
As massas de mercúrio nos dois ramos verticais são iguais e os volumes esses podem se partir em dois pedaços, nitidamente separados na
são diferentes apenas devido às temperaturas diferentes. altura em que estava o nível d’água: um pedaço contendo a água
V = V0 (1 + γ Δθ) aquecida e o outro seco. Qual o nome do processo físico relaciona-
A H1 = A H2 (1 + γ Δθ) do? Explique a razão da ruptura de frascos de vidro submetidos a
254,5 = 250,0(1 + γ 100) essas condições.
254,5 = 250,0 + 250,0 γ 100 b) Em determinado dia quente, a mãe inicia um dos seus “processos
4,5 = 250,0 γ 100 de esterilização”. Dentro do copo da mamadeira, que já se encon-
trava a 32 °C – temperatura ambiente –, derrama a água fervente
γ = 1,8 · 10–4 °C–1
que, devido à localização geográfica de seu bairro, ferve a 98 °C.
Considerando que não houve perda de calor para o meio externo,
Resposta: b
se após o equilíbrio a água derramada estava a 92 °C e sabendo
que a densidade da água é 1 g/mL e o calor específico é 1 cal/(g °C),
103 (UFG-GO) A dilatação dos líquidos obedece – quando o intervalo determine a capacidade térmica do copo da mamadeira.
da temperatura não é muito grande – às mesmas leis de dilatação dos
Resolução:
sólidos. Qualquer líquido assume a forma do recipiente que o contém
a) O processo físico relacionado ao fenômeno citado é a dilatação
e ambos se dilatam conforme as mesmas leis. Sendo assim, a dilatação térmica.
do líquido é medida indiretamente. Em um automóvel, o coeficiente A explicação do fenômeno é que a parte do copo de vidro da mama-
de dilatação do tanque é 63 · 10–6 °C–1 e o coeficiente de dilatação real deira que recebe a água quente é aquecida até o equilíbrio térmico.
da gasolina é 9,6 · 10–4 °C–1. Essa parte dilata-se. O restante do copo é aquecido lentamente, já
Com base nessas informações, indique a alternativa correta: que o vidro é mau condutor de calor, dilatando-se menos.
a) se uma pessoa enche o tanque de combustível do seu carro em um Na região onde se encontra o nível superior da água, que separa as
dia quente, à noite haverá derramamento de combustível devido à regiões aquecidas e não-aquecidas de vidro, ocorre uma ruptura,
redução no volume do tanque. provocada pela força interna proveniente da diferença de dilatação.
b) enchendo o tanque em um dia extremamente quente, essa pes- b) Usando-se a equação do balanço energético, temos:
soa terá um lucro considerável porque o combustível estará di- Qcedido + Qrecebido = 0
latado. (m c Δθ)água +(C Δθ)mamadeira = 0
c) o coeficiente de dilatação aparente da gasolina é 7,26 · 10–5 °C–1.
142 PARTE I – TERMOLOGIA

Como: 106 (UFG-GO) Justifique, de modo sucinto, a afirmação: “Um cor-


d = m ⇒ m = d V, então: po flutua em água a 20 °C. Quando a temperatura da água subir para
V 40 °C, o volume submerso do corpo aumentará”.
(d V c Δθ)água + (C Δθ)mamadeira = 0
1 · 250 · 1 (92 – 98) + C (92 – 32) = 0 Resposta: A densidade da água diminui com o aumento de tempe-
ratura, nesse intervalo. Dessa forma, o corpo fica mais denso que a
–1500 + 60C = 0 água e o volume submerso aumenta.
60C = 1 500

C = 25 cal/°C 107 (Unifesp-SP) O tanque de expansão térmica é uma tecnologia


recente que tem por objetivo proteger caldeiras de aquecimento de
Respostas: a) dilatação térmica.; b) 25 cal/°C água. Quando a temperatura da caldeira se eleva, a água se expan-
de e pode romper a caldeira. Para que isso não ocorra, a água passa
para o tanque de expansão térmica através de uma válvula; o tanque
105 (Mack-SP) Como sabemos, a água apresenta dilatação anô- dispõe de um diafragma elástico que permite a volta da água para a
caldeira.
mala, pois quando resfriada a partir da temperatura de 4 °C o seu
volume aumenta. Assim, quando determinada massa de água a
20 °C (calor específico = 1,0 cal/g °C, densidade = 1,0 g/cm3) é res-
friada, transformando-se em gelo a 0 °C (calor latente de fusão =
= 80 cal/g, densidade = 0,9 g/cm3), tem seu volume aumentado de 20 Tanque de
cm3. A quantidade de calor retirada dessa massa de água é de: expansão
Térmica Caldeira
a) 18 000 cal.
b) 14 400 cal.
c) 10 800 cal.
d) 7 200 cal.
e) 3 600 cal.

Resolução:
1) Cálculo da massa:
m m Detalhe
dg = V ⇒ Vg = d
g g

m m
da = V ⇒ Va = d
a a
Suponha que você queira proteger uma caldeira de volume 500 L, des-
ΔV = Vg – Va tinada a aquecer a água de 20 °C a 80 °C; que, entre essas temperaturas,
pode-se adotar para o coeficiente de dilatação volumétrica da água o
m m 1 1
ΔV = d – d = m d – d valor médio de 4,4 · 10–4 °C–1 e considere desprezíveis a dilatação da
g a g a caldeira e do tanque. Sabendo que o preço de um tanque de expansão
térmica para essa finalidade é diretamente proporcional ao seu volu-
(da – dg)
ΔV = m me, assinale, das opções fornecidas, qual deve ser o volume do tanque
dg da que pode proporcionar a melhor relação custo-benefício.
a) 4,0 L.
ΔV dg da b) 8,0 L.
m=
da – dg c) 12 L.
d) 16 L.
m = 20 · 0,9 · 1,0 (g) e) 20 L.
1,0 – 0,9

m = 180 g Resolução:
Calculando a dilatação volumétrica da água temos:
ΔV = V0 · γ · ΔT
2) Calor cedido pela água
ΔV = 500 · 4,4 · 10–4 · (80 – 20)
Q = m c Δθ + m L = m (c Δθ + L)
ΔV = 13,2 L
Q = 180(1,0 · 20 + 80) (cal)
Portanto, das alterntivas apresentadas, aquela que melhor relação cus-
Q = 18 000 cal to-benefício é a de 16 L.

Resposta: a Resposta: d
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 143

108 (UFSCar-SP) Antes de iniciar o transporte de combustíveis, os Resolução:


dois tanques inicialmente vazios se encontravam à temperatura de Dilatação linear:
15 °C, bem como os líquidos que neles seriam derramados. L0 → 100%
2L
ΔL → 2% ⇒ ΔL = 0
No primeiro tanque, foram despejados 15 000 L de gasolina e, no se- 100
gundo, 20 000 L de álcool. Durante o transporte, a forte insolação fez Como:
com que a temperatura no interior dos tanques chegasse a 30 °C. ΔL = L0 α Δθ,
Dados: Gasolina – coeficiente de dilatação volumétrica 9,6 x 10–4 °C–1; temos:

Álcool – Densidade 0,8 g/cm3; 2L0


= L α Δθ ⇒ α Δθ = 0,02
100 0
Calor específico 0,6 cal/(g. °C).
Considerando desde o momento do carregamento até o momento da Dilatação superficial:
chegada ao destino, determine: A0 → 100%
xA
a) a variação do volume de gasolina. ΔA → x% ⇒ ΔA = 0
b) a quantidade de calor capaz de elevar a temperatura do álcool até 100
Como:
30 °C. ΔA = A0 β Δθ
Resolução: ΔA = A0 2α Δθ,
então:
a) ΔV = V0 γ Δθ = 15 000 · 9,6 · 10–4 · (30 – 15)
x A0
Portanto: = A0 2(α Δθ)
100
ΔV = 216 L x = 2 · 0,02
100
b) Q = m c Δθ = p · V · c · Δθ
x = 4%
Portanto:
Q = 0,8 · 20 000 · 1 000 · 0,6 · 15 Observe que independe da geometria do corpo.
Q = 140 000 000 cal
Dilatação volumétrica:
Q = 1,44 · 108 cal V0 → 100%
yV
ΔV → y% ⇒ ΔV = 0
Respostas: a) 216 L; b) 1,44 · 108 cal 100
Como:
ΔV = V0 γ Δθ
109 A figura representa um sólido maciço e homogêneo, feito de
alumínio e na forma de um cone. ΔV = V0 3α Δθ,
então:
y V0
= V 3 (α Δθ)
100 0
g y = 3 · 0,02
h
100

R y = 6%

Observe que independe da forma do corpo.


São dadas as seguintes informações: Resposta: e
I. O coeficiente de dilatação linear (α) do alumínio é 2,4 · 10–5 °C–1.
II. A área de um círculo de raio R é dada por π R2.
III. A área total da superfície externa de um cone é dada por 110 Em um experimento de dilatação térmica dos sólidos, usou-se
π R (g + R), em que R é o raio do círculo da base do cone e g, a sua uma barra de alumínio de 1,0 metro de comprimento a uma tempera-
geratriz (veja a figura). tura inicial de 20 °C, conforme o esquema a seguir.
IV. O volume de um cone é dado por π R h , em que R é o raio do
2
Pino Barra
3 Bico de Bunsen Suporte
círculo da base e h é a altura do cone.
Aquecendo-se esse cone de alumínio de Δθ, observa-se que o raio da
base R sofre uma dilatação correspondente a 2,0% de seu valor inicial.
Nessas condições, os aumentos percentuais da área total externa e do
volume desse cone serão, respectivamente, de: Placa de vidro
a) 2,0% e 2,0%;
b) 4,0% e 8,0%;
c) 2,0% e 4,0%;
d) 6,0% e 8,0%;
e) 4,0% e 6,0%.
144 PARTE I – TERMOLOGIA

Aquecendo-se a barra, ela se expande e faz o pino cilíndrico (de Assim:


5,0 mm de raio) rolar em torno do eixo fixo, movendo o ponteiro. GMm
T = g’ = (R + h)2
Barra T’ g GMm
R2
T= R
Eixo fixo à T’ (R + h)
plataforma
2) Alterando-se a temperatura, ao pé da torre:
T = 2π L0
g

A extremidade presa ao suporte se mantém fixa. T’ = 2π L0 (1 + α Δθ)


A que temperatura deve ser aquecida a barra para que o ponteiro gire g
45° a partir de sua posição inicial?
Dados: coeficiente de dilatação linear do alumínio = 2 · 10–5 °C–1; T= 1 = R
π = 3,2. T’ (1 + α Δθ) (R + h)
a) 220 °C; 2
1 = R 2
b) 150 °C; (1 + α Δθ) (R + h)
c) 200 °C;
d) 45 °C; R2 + R2 α Δθ = R2 + 2Rh + h2
e) 520 °C. R2 α(θ – 0) = h(2R + h)

Resolução: θ = h(2R +2 h)
Ao girar 45°, o eixo gira 1 do seu comprimento. Isso corresponde ao αR
8
tanto que a barra dilatou.
ΔL = L0 γ Δθ Resposta: b
2π R = L α Δθ ⇒ 2 · 3,2 · 5 = 1 000 · 2 · 10–5 (θ – 20) ⇒ 200 = θ – 20
8 0 8 112 (UFU-MG) Uma armação apresenta um formato retangular de
θ = 220 °C lados a e b, sendo o lado a duas vezes maior do que o lado b, conforme
a figura a seguir. Os coeficientes de dilatação linear dos lados a e b são
Resposta: a iguais a αa e αb, respectivamente. Ao longo da diagonal da armação re-
tangular, é fixada uma barra de comprimento x feita de certo material,
111 (ITA-SP) Um relógio de pêndulo, construído de um material de com coeficiente de dilatação linear αx.
coeficiente de dilatação linear α, foi calibrado a uma temperatura de b
0 °C para marcar um segundo exato ao pé de uma torre, de altura h.
Elevando-se o relógio até o alto da torre, observa-se certo atraso, mes-
mo mantendo-se a temperatura constante. Considerando R o raio da
Terra, L o comprimento do pêndulo a 0 °C e que o relógio permaneça
x a
ao pé da torre, então a temperatura para a qual se obtém o mesmo
atraso é dada pela relação:
2
a) 2h c) (R + h) – LR e) 2 R + h
αR αLR αR
b) h (2R + h) d) R (2h + R) Determine o coeficiente de dilatação linear αx em função dos coe-
α R2 α (R + h)2 ficientes de dilatação αa e αb, de forma que a barra não fique nem ten-
Resolução: sionada nem comprimida devido às variações de temperatura.
1) Ao pé da torre:
Resolução:
g = G M 2m
R No início, vale:
No alto da torre: x2 = a2 + b2 (Pitágoras)
g’ = G M m 2 Em uma temperatura θ qualquer, vale:
(R + h)
Período de oscilação do pêndulo ao pé da torre: (x + Δx)2 = (a + Δa)2 + (b + Δb)2
x2 + 2x Δx + Δx2 = a2 + 2a Δa + Δa2 + b2 + 2b Δb + Δb2
T = 2π L
g Como (Δx)2, (Δa)2 e (Δb)2 são insignificantes, vamos desprezá-los:
No alto da torre: 2x Δx = 2a Δa + 2b Δb
T’ = 2π L x(x αx Δθ) = a(a αa Δθ) + b(b αb Δθ)
g’
x2 αx = a2 αa + b2 αb
Tópico 6 – Dilatação térmica dos sólidos e dos líquidos 145

Como: Considerando-se que o coeficiente de dilatação cúbica do corpo e o do


x 2 = a2 + b2 líquido são respectivamente iguais a 18 · 10–6 °C–1 e 360 · 10–6 °C–1, indi-
e a = 2b, que a opção em que se encontra o valor aproximado da temperatura
temos: em que se dá a total imersão do corpo.
(a2 + b2) αx = (2b)2 αa + b2 αb a) 269 °C.
[(2b)2 + b2)] αx = 4b2 αa + b2 αb b) 294 °C.
c) 319 °C.
5b2 αx = 4b2 αa + b2 αb ⇒ 5αx = 4αa + αb
d) Não há temperatura possível para que o descrito ocorra.
4αa + αb e) –269 °C.
αx =
5
Resolução:
4α + α Um corpo fica totalmente imerso em um líquido quando:
Resposta: a b
5 dcorpo ⭓ dlíquido
d = densidade absoluta
113 Uma trena de aço é aferida para medidas a 15 °C. Qual será o Assim, à medida que o sistema vai sendo aquecido, o corpo imerge
erro em uma leitura de 20 m feita a 40 °C? cada vez mais no líquido. A imersão total ocorrerá quando:
Dado: coeficiente de dilatação linear do aço = 12 · 10–6 °C–1 dcorpo = dlíquido
Mas
Resolução:
1) ΔL = L0 α Δθ d0 = d(1 + γ Δθ)
ΔL = 20 · 12 · 10–6 (40 – 15) d0
ΔL = 6 · 10–3 m d=
(1 + γ Δθ)
2) O erro relativo percentual é dado por:
Então:
e(%) = ΔL 100
L0 d0 d0
=
Assim: 1 + γ Δθ corpo 1 + γ Δθ líquido
–3
e(%) = 6 · 10 · 100 0,8 8,8
20 =
1 + 18 · 10–6 (θ – 25) 1 + 360 · 10–6 (θ – 25)
e(%) = 0,03%
1 = 1,1
Resposta: 0,03% 1 + 18 · 10–6 (θ – 25) 1 + 360 · 10–6 (θ – 25)

1 + 360 · 10–6 (θ – 25) = 1,1 + 19,8 · 10–6 (θ – 25)


114 Sabe-se que, sob temperatura de 25 °C, um dado corpo de massa
340 · 10–6 (θ – 25) = 0,1
80 g e volume total 10 cm3 encontra-se parcialmente imerso e em equilí-
brio em um líquido de densidade 8,8 g/cm3. Quando sujeito a aquecimen-
to, atinge-se uma temperatura tal que o corpo fica totalmente imerso. (θ – 25) = 100 000 ⇒ (θ – 25) ⯝ 294
340

θ ⯝ 319 °C
Δθ
Resposta: c

θ = 25 °C θ
146 PARTE II – ONDULATÓRIA

Parte II – ONDULATÓRIA
3 E.R. Uma partícula move-se ao longo de um eixo Ox, obedecen-
Tópico 1 do à função x = 2 cos π t (SI), em que x é a elongação e t é o tempo.
Obtenha:
a) a amplitude, a pulsação, o período, a frequência e a fase inicial do
1 Um holofote emite um feixe cilíndrico e vertical de luz dirigido movimento;
contra o solo, plano e horizontal. Uma pequena esfera opaca executa b) os valores máximos da velocidade escalar e da aceleração escalar
movimento circular e uniforme no interior desse feixe. A trajetória da da partícula;
esfera está contida num plano vertical. c) o gráfico da elongação em função do tempo, no intervalo de t = 0
a t = 2 s.

Resolução:
a) Temos:
Holofote x = 2 cos π t e x = A cos (ω t + ϕ0)
Comparando essas expressões, termo a termo, vem:
A=2m (amplitude)

ω = π rad/s (pulsação)

ω = 2π ⇒ π = 2π ⇒ T=2s (período)
T T

f= 1 ⇒ f= 1 ⇒ f = 0,5 Hz (frequência)
T 2
Analise as afirmações a seguir:
I. O movimento da sombra projetada pela esfera é periódico e os- ϕ0 = 0 (fase inicial)
cilatório.
II. O movimento da sombra tem o mesmo período do movimento da b) Temos:
esfera. vmáx = ω A e αmáx = ω2 A
III. Enquanto a esfera descreve uma semicircunferência, a sombra Então:
completa uma oscilação.
IV. A amplitude do movimento da sombra é igual ao diâmetro da cir- vmáx = π · 2 ⇒ vmáx = 2π m/s
cunferência descrita pela esfera.
V. O movimento da sombra é harmônico simples. αmáx = π2 · 2 ⇒ αmáx = 2π2 m/s2
Indique a alternativa verdadeira.
a) Se apenas I e V forem corretas. c) Vamos calcular a elongação nos instantes t = 0, t = 0,5 s,
b) Se apenas I, II, IV e V forem corretas. t = 1 s, t = 1,5 s e t = 2 s:
c) Se apenas I, II e V forem corretas. t=0 ⇒ x = 2 cos (π · 0) ⇒ x = 2 m
d) Se apenas V for correta. t = 0,5 s ⇒ x = 2 cos (π · 0,5) ⇒ x = 0
e) Se todas forem corretas. t=1s ⇒ x = 2 cos (π · 1) ⇒ x = –2 m
t = 1,5 s ⇒ x = 2 cos (π · 1,5) ⇒ x = 0
Resposta: c t=2s ⇒ x = 2 cos (π · 2) ⇒ x = 2 m
Agora, vamos construir o gráfico pedido:
2 (ITA-SP) Uma nave espacial está circundando a Lua em uma ór- x (m)
bita circular de raio R e período T. O plano da órbita dessa nave é o
2
mesmo que o plano da órbita da Lua ao redor da Terra.
Nesse caso, para um observador terrestre, se ele pudesse enxergar a
nave (durante todo o tempo), o movimento dela, em relação à Lua,
pareceria:
a) um movimento circular uniforme de raio R e período T;
b) um movimento elíptico; 0 1 2 t (s)
c) um movimento periódico de período 2T;
d) um movimento harmônico simples de amplitude R;
e) diferente dos citados acima.

–2
Resposta: d
Tópico 1 – Movimento harmônico simples 147

4 (Vunesp-SP) A partir do gráfico a seguir, que representa as posi- Resolução:


ções ocupadas por um móvel em função do tempo quando oscila em • vmáx = 3,0 m/s e αmáx = 3,6 · 104 m/s2
movimento harmônico simples, determine:
• αmáx = ω2 A α 4
⇒ máx = ω = 2 π f ⇒ 3,6 · 10 = 2 · 3 · f
x (m) vmáx = ω A v máx
3,0
0,10

f = 2 · 103 Hz = 2 kHz

Resposta: 2 kHz

0 1 2 3 t (s)
7 (Mack-SP) Uma partícula realiza um MHS (movimento harmô-
nico simples) segundo a equação x = 0,2 cos π + π t , no SI. A partir
2 2
da posição de elongação máxima, o menor tempo que esta partícula
gastará para passar pela posição de equilíbrio é:
–0,10
a) 8 s.
b) 4 s.
a) a frequência e a amplitude do movimento; c) 2 s.
b) os instantes, durante os três primeiros segundos, em que a veloci- d) 1 s.
dade se anulou. e) 0,5 s.

Resolução: Resolução:
a) Do gráfico:
T
Δt =
4
A = 0,10 m

T=2s⇒f= 1 = 1 ⇒ f = 0,5 Hz –A O A x
T 2
b) v = 0 em x = ± A:
Δt = T
4
0,5 s; 1,5 s; 2,5 s
ω = 2π ⇒ π = 2π ⇒ T = 4s
T 2 T
Respostas: a) 0,5 Hz, 0,10 m; b) 0,5 s, 1,5 s, 2,5 s
Portanto: Δt = T = 4 ⇒ Δt = 1 s
4 4
5 (Mack-SP) Uma partícula descreve um movimento harmônico
simples segundo a equação x = 0,3 · cos π + 2 · t , no SI. O módulo da
Resposta: d
3
máxima velocidade atingida por esta partícula é:
a) π m/s. d) 0,1 · π m/s. 8 Uma partícula move-se obedecendo à função horária
3
b) 0,2 · π m/s. e) 0,3 m/s. x = 2 cos 4π t + π , com x em metros e t em segundos.
2
c) 0,6 m/s. Determine:
a) o período do movimento;
Resolução: b) a velocidade escalar da partícula em t = 1 s;
Da equação dada : A = 0,3 m e ω = 2 rad/s c) a aceleração escalar da partícula em t = 5 s.

vmáx = ω A = 2 · 0,3 ⇒ vmáx = 0,6 m/s Resolução:

Resposta: c a) ω = 2 π ⇒ 4 π = 2 π ⇒ T = 0,5 s
T T

6 (UFPB) Um oscilador harmônico simples desloca-se entre os b) v = – ω A sen (ω t + ϕ0)


pontos A e B, conforme a figura abaixo:
v = – 4 π · 2 sen (4 π · 1 + π ) ⇒ v = – 8 π m/s
2
A O B c) α = – ω2 A cos (ω t + ϕ0)

O oscilador passa pelo ponto O, equidistante dos pontos A e B, com ve- α = – 16 π2 · 2 · cos (4 π · 5 + π ) = –16 π2 · 2 · 0 ⇒ α = 0
locidade de 3,0 m/s. Sabendo que o módulo da aceleração do oscilador 2
nos pontos A e B é 3,6 · 104 m/s2 e considerando π = 3, determine, em
Respostas: a) 0,5 s; b) – 8 π m/s; c) zero
kHz, a frequência de seu movimento.
148 PARTE II – ONDULATÓRIA

9 E.R. Observe as quatro representações gráficas da elongação 10 Uma roda munida de uma manivela M é iluminada pela luz do Sol
em função do tempo, para movimentos harmônicos simples: a pino, projetando sombra em solo plano e horizontal. A roda executa
Em cada caso, expresse analiticamente a elongação em função do movimento de rotação uniforme no sentido anti-horário em relação ao
tempo [x = f(t)]. leitor, com frequência igual a 120 rpm. O raio da roda vale 0,5 m.
a) x (m) c) x (m) M
4 0,1
ϕ
0 5 10 15 0 10 Referência
t (s) t (s)
–4 – 0,1

b) x (cm) d) x (cm)
1 3
x
50 –A O M' A
0 100 0 6
t (s) t (s) Determine a função horária da elongação correspondente ao movimen-
–1 –3 to da sombra M’ da manivela ao longo do eixo Ox nos seguintes casos:
a) no instante t = 0, M’ está em x = A;
Resolução: b) no instante t = 0, M’ ⬅ O e o movimento de M’ é retrógrado;
a) Do gráfico, temos: c) em t = 0, M’ está no ponto médio entre x = O e x = A, em movimento
A=4m progressivo.
T = 10 s ⇒ ω = 2π = 2π ⇒ ω = π rad/s Resolução:
T 10 5 • f = 120 rpm = 2 Hz ⇒ ω = 2 π f ⇒ ω = 4 π rad/s
Em t = 0, a elongação x é nula e crescente. Por isso,
• A = 0,5 m
ϕ0 = 3π rad. • x = A cos(ωt + ϕ0) ⇒ x = 0,5 cos (4πt + ϕ0)
2
Lembrando que x = A cos (ω t + ϕ0), obtemos: a) ϕ0 = 0 ⇒ x = 0,5 cos 4 π t (SI)

x = 4 cos π t + 3π (SI) b) ϕ0 = π rad ⇒ x = 0,5 cos 4 π t + π (SI)


5 2 2 2
b) Do gráfico, temos: c)
A = 1 cm
T = 100 s ⇒ ω = 2π = 2π ⇒ ω = π rad/s ϕ0 = 5π rad
T 100 50 3
Em t = 0, a elongação x é igual à amplitude A. Por isso, ϕ0 = 0.
Então:
60°
x = 1 cos π t (x em cm e t em s)
50

c) Do gráfico, temos: M
A = 0,1 m M‘

T = 20 s ⇒ ω = 2π = 2π ⇒ ω = π rad/s O
A A x
T 20 10 2
Em t = 0, temos x = –A. Por isso, ϕ0 = π rad.

Assim, temos: x = 0,5 cos 4 π t + (SI)
3
x = 0,1 cos π t + π (SI)
10
Respostas: a) x = 0,5 cos 4 π t; b) x = 0,5 cos 4 π t + π ;
2
d) Do gráfico, temos: 5π
c) x = 0,5 cos 4 π t +
A = 3 cm 3
T = 8 s ⇒ ω = 2π = 2π ⇒ ω = π rad/s
T 8 4 11 A figura abaixo representa um corpo mantido em repouso, preso
Em t = 0, a elongação x é nula e decrescente. Por isso,
a uma mola ideal e apoiado em uma superfície plana e horizontal.
ϕ0 = π rad. 10 cm
2
Obtemos, então:

x = 3 cos π t + π (x em cm e t em s) x
4 2 O
A mola está comprimida de 10 cm.
Tópico 1 – Movimento harmônico simples 149

No instante t = 0, o corpo é abandonado e passa a realizar um movi- 13 Uma partícula executa MHS de frequência igual a 2 Hz e ampli-
mento harmônico simples em torno da posição de equilíbrio O, que é a tude igual a 5 m. Calcule:
origem do eixo Ox, completando duas oscilações por segundo. a) a velocidade escalar da partícula, quando ela está a 4 m do ponto
A função horária da velocidade escalar (v) desse corpo, no SI, é: de equilíbrio;
a) v = –0,8π cos (4π t + π). b) a aceleração escalar da partícula nos extremos da trajetória.
b) v = –0,4π cos (4π t).
c) v = –0,8π sen (4π t + π). Resolução:
d) v = –0,4π sen (4π t + π). • f = 2 Hz ⇒ ω = 4 π rad/s
e) v = –0,4π sen (4π t). • A=5m
a) v2 = ω2 (A2 – x2), em que x = ± 4 m :
Resolução:
v2 = 16 π2 (52 – 42) ⇒ v = ± 12 π m/s
v = –ω A sen(ωt + ϕ0)
• A = 10 cm = 0,1 m
b) α = ± ω2 A = ± 16 π2 · 5 ⇒ α = ± 80 π2 m/s2
• f = 2 Hz ⇒ ω = 2 πf = 2 π 2 ⇒ ω = 4 π rad/s
• x = A cos(ωt + ϕ0)
Respostas: a) ± 12 π m/s; b) ± 80 π2 m/s2.
Em t = 0, x = –A: –A = A cos ϕ0 ⇒ cos ϕo = –1 ⇒ ϕ0 = π rad
Portanto: 14 (UFPI) Uma partícula executa um movimento harmônico sim-
v = –4 π · 0,1 sen(4 π t + π)
ples na direção X, em torno do ponto X = 0, com frequência angular
v = –0,4 π sen(4 π t + π) ω = 1 rad/s. Em um dado instante t, observa-se que a posição da par-
tícula é X = 3 metros e sua velocidade é vX = – 4 m/s. A amplitude do
Resposta: d movimento dessa partícula, em metros, vale:
a) 3,5. b) 4,0. c) 4,5. d) 5,0. e) 5,5.
12 (ITA-SP) Uma partícula em movimento harmônico simples oscila Resolução:
com frequência de 10 Hz entre os pontos L e –L de uma reta. No instan- ω = 1 rad/s ; x = 3m ; v = – 4 m/s
te t1, a partícula está no ponto 3 L , caminhando em direção a valores v2 = ω2 (A2 – x2)
2
(–4)2 = 12 (A2 – 32) ⇒ 16 = A2 – 9
inferiores, e atinge o ponto – 2 L no instante t2. O tempo gasto nesse
deslocamento é:
2 A2 = 25 ⇒ A = 5 m
a) 0,021 s. c) 0,15 s. e) 0,29 s.
b) 0,029 s. d) 0,21 s. Resposta: d

Resolução: 15 (Fuvest-SP) Uma peça, com a forma indicada, gira em torno de um


eixo horizontal P, com velocidade angular constante e igual a π rad/s. Uma
mola mantém uma haste apoiada sobre a peça, podendo a haste mover-
t2
-se apenas na vertical. A forma da peça é tal que, enquanto ela gira, a ex-
t1 tremidade da haste sobe e desce, descrevendo, com o passar do tempo,
L Δϕ = 105° um movimento harmônico simples Y(t) como indicado no gráfico. Assim,
L a frequência do movimento da extremidade da haste será de:
45° 30°
–L 0 L x
–L 2 L 3
2 2 Y
Y

P
t

180° → π rad
⇒ Δϕ = π 105 rad a) 3,0 Hz b) 1,5 Hz c) 1,0 Hz d) 0,75 Hz e) 0,5 Hz
105° → Δϕ 180
Resolução:
ω = 2πf = 2π 10 ⇒ ω = 20π rad/s Enquanto a peça completa uma volta, a haste realiza três oscilações.
Portanto, a frequência do movimento da haste (fH) é o triplo da fre-
ω = Δϕ ⇒ Δt = Δϕ quência do movimento da peça (fP):
Δt ω
105 fH = 3 fP
π • ωP = 2πfP ⇒ π = 2πfP ⇒ fP = 0,5 Hz
Δt = 180 = 1 · 105 = 7 ⇒ Δt ⯝ 0,029 s
20π 20 180 240
• fH = 3fP = 3 · 0,5 ⇒ fH = 1,5 Hz

Resposta: b Resposta: b
150 PARTE II – ONDULATÓRIA

16 (UFG-GO) Os gráf icos A, B, C abaixo representam, em ordem 17 E.R. Um bloco com 4 kg de massa está em repouso apoiado
aleatória, a posição (em m), a velocidade (em m/s) e a aceleração num plano horizontal sem atrito, preso a uma mola ideal de constan-
(em m/s2), em função do tempo (em s), de um corpo executando te elástica 400 N/m (figura a). Quando o bloco é afastado 0,5 m de sua
um movimento harmônico simples, sob a ação de uma força do tipo posição inicial e abandonado, ele oscila em movimento harmônico
F = –k x. simples (figura b).
10 a)
8
6
4 O x (m)
2
0 b)
Gráfico A
–2
–4
–6 –0,5 m O x (m)
–8
–10
0,0 0,2 0,4 0,6 t (s) Determine:
a) o período do movimento do bloco;
b) a energia mecânica do sistema massa-mola;
c) a representação gráfica do valor algébrico da força resultante, em
função da elongação;
0,6
d) a representação gráfica da energia potencial e da energia cinéti-
ca, em função da elongação.
0,4
0,2 Resolução:
Gráfico B 0,0 a) O período é dado por:
–0,2
m
T = 2π
–0,4
K
–0,6 Sendo m = 4 kg e K = 400 N/m, temos:
0,0 0,2 0,4 0,6 t (s)
T = 2π 4 ⇒ T = 0,2π s
400
b) A energia mecânica do sistema é dada por:
150 2
Em = K A
100
2
Sendo K = 400 N/m e a amplitude A = 0,5 m, temos:
50
400 · 0,52
Em = ⇒ Em = 50 J
Gráfico C
0 2
–50 c) O valor algébrico da força resultante é dado por:
–100 F (N)
200
–150
0,0 0,2 0,4 0,6 t (s) 0,5
–0,5 0 x (m)
Com base nos gráficos A, B e C:
a) identifique qual deles se refere à posição, à velocidade e à acelera- –200
ção. Justifique sua resposta.
b) determine o deslocamento máximo do corpo em relação à origem
F = –K x ⇒ F = –400x (SI)
(amplitude) e a frequência desse movimento.
d) A energia potencial é dada por:
2
Resolução: Ep = K x ⇒ Ep = 200x2 (SI)
2
a) Sendo A a amplitude do MHS, em x = –A devemos ter velocidade A energia cinética é dada por:
escalar nula e aceleração escalar máxima.
Portanto, o gráfico B refere-se à posição, o gráfico A refere-se à ve- Ec = Em – Ep ⇒ Ec = 50 – 200x2 (SI)
locidade, e o gráfico C, à aceleração. Representando graficamente, obtemos:
b) Do gráfico B, temos: Energia (J)
50
A = 0,5 m Ep

f= 1 = 1 ⇒ f = 2,5 Hz Ec
T 0,4

Respostas: a) B: posição, A: velocidade, C: aceleração; b) amplitude: – 0,5 0 0,5 x (m)


0,5 m, frequência: 2,5 Hz
Tópico 1 – Movimento harmônico simples 151

18 (UFMS) Uma partícula executa um movimento harmônico sim- 21 Deixa-se o quilograma-padrão (1,0 kg) oscilar livremente na
ples ao longo do eixo x e em torno da origem O. Sua amplitude é A e extremidade de uma mola ideal, sendo que ele o faz com frequência
seu período é 4,0 s. É correto afirmar: igual a 1,0 Hz. Em seguida, retira-se o quilograma-padrão e coloca-se,
(01) A velocidade da partícula é nula quando x = ±A. em seu lugar, um corpo de massa desconhecida m, que oscila com fre-
(02) A frequência do movimento é 0,25 Hz. quência igual a 0,50 Hz. Determine a massa m.
(04) A aceleração da partícula é nula quando x = ±A.
(08) A energia cinética da partícula no ponto x = O é nula. Resolução:
(16) A energia mecânica total da partícula é igual à sua energia poten-
1,0 = 1 K
cial quando x = ±A. 2π 1,0
f= 1 K ÷
⇒ 2,0 = m ⇒ m = 4,0 kg
(32) O módulo da força resultante na partícula é proporcional ao mó- 2π m 1,0
dulo de seu deslocamento em relação à origem. 0,50 = 1 K
2π m
Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações
corretas. Resposta: 4,0 kg

Resolução: 22 Considere um pêndulo simples que realiza oscilações de peque-


As afirmações corretas são 01, 02, 16 e 32.
nas amplitudes. É correto afirmar que seu período:
Portanto, a resposta é 51.
(01) depende da massa pendular.
Resposta: 51 (02) depende de seu comprimento.
(04) depende da intensidade do campo gravitacional local.
(08) depende da amplitude das oscilações.
19 O sistema representado na figura 1 oscila com frequência f , ver- (16) duplica quando seu comprimento é quadruplicado.
1
ticalmente: (32) reduz-se à metade ao submeter-se a um campo gravitacional de
intensidade quadruplicada.
Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações
corretas.
Mola
Resolução:
As afirmações corretas são: 02, 04, 16 e 32.
M M Portanto, a resposta é 54.

Resposta: 54

Fio
23 E.R. Calcule o período de oscilação de um pêndulo simples com
m m
1,6 m de comprimento, que executa pequenas oscilações num local
onde g = 10 m/s2. Despreze influências do ar e considere π igual a 3.
Figura 1 Figura 2
Resolução:
Se o fio for cortado como mostra a figura 2, o corpo de massa M pas- O período pedido é calculado pela expressão:
sará a oscilar verticalmente com frequência f2 igual a f1, maior que f1 ou
T = 2π 
menor que f1?
g
Temos:
Resolução:
π=3
f= 1 K  = 1,6 m
2π m
g = 10 m/s2
Como a massa do oscilador diminuiu, a frequência aumentou. Então:

f 2 > f1 T = 2 · 3 · 1,6 ⇒ T = 2,4 s


10

Resposta: Maior.
24 (Ufal) O corpo suspenso do pêndulo da figura oscila entre os
pontos A e B. Iniciando o movimento a partir de A, contou-se que, em
20 Um bloco suspenso por uma mola oscila verticalmente sob a 1 minuto, o corpo suspenso atingiu B
ação da gravidade terrestre. Se esse sistema for transportado para a e voltou a A trinta vezes.
superfície da Lua, onde o módulo do campo gravitacional é cerca de a) Calcule o período do pêndulo, em
1 do terrestre, o que ocorrerá com o período das oscilações verticais segundos, e o valor de sua fre- L
6 quência, em hertz.
desse sistema? A B
b) É possível que o comprimento
Resposta: Permanecerá o mesmo. desse pêndulo (L) seja igual a
2,0 m? Por quê? (g = 10 m/s2)
152 PARTE II – ONDULATÓRIA

Resolução: I. A amplitude do movimento oscilatório do bloco é 20 cm.


a) O intervalo de tempo de 1min (60 s) corresponde a 30 períodos do II. O período do movimento oscilatório é 0,2 s.
pêndulo (30 T) : III. A força resultante sobre o bloco na posição de equilíbrio vale zero.
IV. A força elástica sobre o bloco na posição de equilíbrio vale 40 N.
30 T = 60 ⇒ T = 2 s V. Nos pontos de inversão, a força resultante sobre o bloco vale
800 N.
f = 1 = 1 ⇒ f = 0,5 Hz São corretas:
T 2 a) todas as afirmações. d) apenas II, III e V.
b) Não b) apenas I e III. e) apenas III, IV e V.
c) apenas II, III e IV.
T = 2π L ⇒ L = g T2 ⯝ 10 · 22 ⇒ L⯝1
g 4 π2 4 · 10
Resolução:
I) Correta (A = 20 cm).
Respostas: a) T = 2 s e f = 0,5 Hz; b) Não, porque o comprimento II) Correta.
do pêndulo precisa ser aproximadamente 1 m para seu período ser
igual a 2 s. T = 1 = 1 ⇒ T = 0,2 s
f 5
III) Correta.
25 Num experimento com um pêndulo simples de 120 cm de com- IV) Correta.
primento, foi cronometrado o intervalo de tempo decorrido durante Na posição de equilíbrio:
20 oscilações, obtendo-se 44,0 s. Calcule a intensidade g da aceleração Felástica = P ⇒ Felástica = 40 N
da gravidade no local da experiência. Use π = 3,14.
V) Correta.
Resolução: A força resultante sobre o bloco é dada por F = –K x. Nos pontos de
inversão:
• 20 T = 44,0 ⇒ T = 2,2 s
|F| = K A = m ω2 A = m · 4 π2 f2 A
• l = 1,2 m
l ⇒ g = 4 π2 l = 4 · 3,142 · 1,2 ⇒ g = 9,78 m/s2 |F| = 4 · 4 · 10 · 25 · 0,2 ⇒ |F| = 800 N
• T = 2π
g T2 2,22 Resposta: a
2
Resposta: 9,78 m/s
28 (Mack-SP) Um corpo de 250 g de massa encontra-se em equi-
26 Uma pequena esfera metálica realiza oscilações de pequena am- líbrio, preso a uma mola helicoidal de massa desprezível e constante
plitude e período igual a 1,2 s num recipiente hemisférico praticamente elástica k igual a 100 N/m, como mostra a figura a seguir. O atrito entre
sem atrito e de raio R. Considerando g = 10 m/s2 e π = 3, calcule R. as superfícies em contato é desprezível. Estica-se a mola, com o corpo,
até o ponto A, e abandona-se o conjunto nesse ponto, com velocidade
Resolução: zero. Em um intervalo de 1,0 s, medido a partir desse instante, o corpo
retornará ao ponto A:
T=2π R
g
R
1,2 = 2 · 3 R
10

R = 0,4 m B O A

Resposta: 0,4 m
10,0 cm 10,0 cm

27 A figura mostra um bloco com 4 kg de massa, preso na extre- a) uma vez. d) quatro vezes.
midade de uma mola ideal. Se o bloco for puxado 20 cm para baixo b) duas vezes. e) seis vezes.
da posição de equilíbrio e abandonado em seguida, ele oscilará com c) três vezes.
frequência de 5 Hz.
Resolução:
m = 2π 0,25 0,5
T = 2π = 2π
k 100 10
T ⯝ 0,31 s
Equilíbrio Em 0,31 s 1 vez
20 cm Em 1,0 s n vezes
n ⯝ 3,2 ⇒ 3 vezes
Despreze influências do ar e considere g = 10 m/s2 e π2 = 10. Analise as
Resposta: c
afirmações a seguir:
Tópico 1 – Movimento harmônico simples 153

29 Um corpo de massa m, preso a uma mola de constante elástica 31 Um pêndulo simples realiza oscilações de pequena amplitude
K, executa um movimento harmônico simples ao longo de um eixo na superfície da Terra, com período igual a 2,0 s.
horizontal Ox. As elongações do corpo variam de x = –A até x = A. a) Se esse pêndulo realizasse oscilações de pequena amplitude na su-
Determine a elongação quando a energia cinética do bloco iguala-se perfície da Lua, qual seria o seu período? Considere gLua = 1 gTerra.
à energia potencial elástica, indicando o resultado num gráfico dessas 6
energias em função da posição. b) Esse pêndulo oscilaria se estivesse preso ao teto de um elevador em
queda livre?
Resolução:
Resolução:
Energia
a)
TT = 2π l
gT TT gL
÷
⇒ = = 1
EP
l TL gT 6
TL = 2π
gL
EC
TL = 6 TT = 6 · 2,0 ⇒ TL = 4,9 s

–A –A 0 A A x b) Não, porque, no interior de um elevador em queda livre, a gravida-


2 2 de aparente é nula.
Em = EP + Ec
Respostas: a) 4,9 s; b) não.
K A2 = K x2 + K x2 , pois E = E
2 2 2 P c
32 (UFRGS-RS) Um pêndulo foi construído com um fio leve e inexten-
2x2 = A2 ⇒ x=± A sível com 1,6 m de comprimento; uma das extremidades do fio foi fixada
2
e na outra pendurou-se uma pequena esfera de chumbo cuja massa é
de 60 g. Esse pêndulo foi colocado a oscilar no ar, com amplitude inicial
Resposta: x = ± A Energia
de 12 cm. A frequência medida para esse pêndulo foi aproximadamente
2
0,39 Hz. Suponha agora que se possa variar a massa (M), a amplitude (A)
Ep e o comprimento do fio (L).
Qual das seguintes combinações dessas três grandezas permite, aproxi-
Ec madamente, a duplicação da frequência?
a) L = 6,4 m; A = 12 cm; M = 60 g.
b) L = 1,6 m; A = 6 cm; M = 60 g.
–A 0 A x
–A A c) L = 0,4 m; A = 6 cm; M = 30 g.
2 2
d) L = 0,8 m; A = 12 cm; M = 60 g.
e) L = 1,6 m; A = 12 cm; M = 15 g.
30 (UFRGS-RS) Dois corpos de massas diferentes, cada um preso
Resolução:
a uma mola distinta, executam movimentos harmônicos simples de Para pequenas amplitudes, o período do pêndulo não depende da am-
mesma frequência e têm a mesma energia mecânica. plitude. Sabemos também que o período não depende da massa:
Nesse caso:
a) o corpo de menor massa oscila com menor período. T=2π 
b) o corpo de menor massa oscila com maior período. g
c) os corpos oscilam com amplitudes iguais. Reduzindo o comprimento a  (0,4 m), o período se reduz à metade e,
d) o corpo de menor massa oscila com menor amplitude. 4
e) o corpo de menor massa oscila com maior amplitude. consequentemente, a frequência dobra.

Resolução: Resposta: c
• m1 K1
f= 1 33 (FCMSC-SP) A figura representa um pêndulo simples, de pe-
K1 2π m 1 K K ríodo igual a T. Colocando-se um prego (P) na posição indicada,
⇒ 1 = 2 (I)
m2 m1 m2 o pêndulo, na máxima elongação para a esquerda, fica com a con-
K2
f= 1 f iguração indicada pela linha pontilhada, voltando depois à sua
K2 2π m2 configuração inicial. Qual é o período de oscilação desse sistema?
• Em = Em
1 2

K1A21 K2A22
= (II)
2 2 30,0 cm
De (I): massa menor ⇒ K menor  = 40,0 cm
De (II): K menor ⇒ A maior P

Resposta: e
154 PARTE II – ONDULATÓRIA

Resolução: A constante elástica equivalente à associação corresponde à


• Quando o pêndulo não está encostado no prego, seu comprimento constante elástica de uma mola única, que, submetida à mesma
é:  = 40,0 cm (período T). força tensora, sofre a mesma deformação sofrida pela associação,
• Quando o fio encosta no prego, passamos a ter um pêndulo de com- ou seja, deforma-se:
primento ‘ = 10,0 cm (período T’). Como ‘ =  , então T’ = T . xeq = x1 + x2
4 2
• O período de oscilação do sistema é TS:

TS = T + T’ = T + T ⇒ TS = 3T Keq
2 2 2 4 4 Mola equivalente xeq = x1 + x2

Resposta: 3T
4 F

Temos, então:
34 (Unicamp-SP) Um pêndulo simples, que executa um movimen- Na mola de constante K1: F = K1 x1 (I)
to harmônico simples num ambiente escuro, é iluminado por um holo- Na mola de constante K2: F = K2 x2 (II)
fote estroboscópico. Na mola equivalente:
a) Sendo  = 0,4 m o comprimento do pêndulo, calcule a frequência F = Keq xeq = Keq(x1 + x2) (III)
de suas oscilações.
De (I) e (II), temos:
b) Qual deve ser a frequência máxima do estroboscópio para que
x1 = F e x2 = F
esse pêndulo pareça estar parado na posição vertical? Considere K1 K2
g = 10 m/s2. Introduzindo essas expressões em (III), temos:

Resolução: 1 = 1 + 1
F = Keq F + F ⇒ Keq K1 K2
K 1 K2
a) f = 1 g = 1 10 ⇒ f = 0,8 Hz
2π  2π 0,4
b) A frequência máxima corresponde ao caso em que o holofote lam- K 1K 2
ou Keq =
peja toda vez que o pêndulo passa pela vertical. Assim, o holofote K1 + K2
lampeja duas vezes durante uma oscilação do pêndulo. Por isso, sua
frequência é o dobro da frequência do pêndulo, ou seja, 1,6 Hz. b) Agora, temos o que chamamos de molas associadas “em paralelo”.
Apliquemos uma força de intensidade F na extremidade da asso-
Respostas: a) 0,8 Hz; b) 1,6 Hz ciação, de modo que as molas sofram a mesma deformação x:

35 E.R. Determine a constante elástica equivalente às seguintes K1 K2


associações de molas ideais: x x
a) b)
F1 F2
K1
F Associação
K1 K2
A mola equivalente é aquela que, submetida à mesma força, sofre
K2 a mesma deformação que a associação.

Armação de massa
desprezível Keq

Resolução: xeq = x
a) Temos, neste caso, o que costumamos chamar de molas associa-
das “em série”. Aplicando uma força de intensidade F na extre-
F Mola equivalente
midade da associação, as molas de constantes elásticas K1 e K2
sofrem deformações respectivamente iguais a x1 e x2, sendo que,
Temos, então:
para ambas, a força tensora vale F.
Na mola de constante K1: F1 = K1 x
Na mola de constante K2: F2 = K2 x
K1, x1 Mas:
F1 + F2 = F ⇒ F = (K1 + K2)x (I)
Na mola equivalente: F = Keq x (II)
K2, x2 Comparando (I) e (II), obtemos:
Associação
Keq = K1 + K2
F
Tópico 1 – Movimento harmônico simples 155

36 A figura 1 representa um bloco em repouso, suspenso a uma


mola de constante elástica K1, deformada elasticamente de x1. A mola é
cortada ao meio e o mesmo corpo é suspenso às duas metades por meio k k
de uma haste H, de massa desprezível, ficando em repouso (figura 2).
Cada metade apresenta-se deformada elasticamente de x2.

y (m)
0,150
0,100
0,050
0,000
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000
– 0,050
Figura 1 – 0,100
– 0,150
t (s)
Despreze os efeitos de forças resistivas e determine a (g = 10 m/s2):
a) amplitude do movimento;
b) constante elástica equivalente da associação das molas;
H c) deformação das molas na situação de equilíbrio.
Resolução:
a) Do gráfico: A = 0,100 m
Figura 2 b) Do gráfico: T = 0,400 s
Determine: Então:
m 2
⇒ keq = 4π 2m = 4π · 0,200
2
a) a constante elástica K2 do conjunto constituído pelas duas metades T = 2π
keq T 0,4002
da mola, em função de K1;
b) a deformação x2, em função de x1. c) Temos:
keq = 5π2 N/m ⯝ 50 N/m
Resolução:
a) • Seja F a intensidade da força que causa na mola da figura 1 uma F = keq x , em que F = P = 2,00 N
deformação x1:
2,00 = 50 x ⇒ x = 0,040 m
K1 = F
x1
Respostas: a) 0,100 m; b) 50 N/m; c) 0,040 m.
Cada metade dessa mola também está sujeita a uma força de in-
x
tensidade F, mas se deforma x’ = 1 .
2 38 (Unifei-MG) Uma partícula se move em um plano, de modo que
Assim, a constante elástica de cada metade é dada por:
suas coordenadas de posição x e y variam em função do tempo t con-
K’ = F = xF = 2K1 forme as expressões x = R sen (ω t) e y = R cos (ω t) + R, onde ω e R são
x’ 1
iguais a π rad/s e 5,0 m, respectivamente.
2
a) Esboce em seu caderno a trajetória da partícula posicionando-a em
• Na figura 2, as duas metades da mola estão associadas em paralelo.
relação aos eixos Ox e Oy.
Então:
b) Calcule os módulos da velocidade e da aceleração da partícula
K2 = 2K1 + 2K1 ⇒ K2 = 4 K1 numa posição genérica da trajetória.
c) Que tipo de movimento a partícula realiza e qual o período do
b) • Na figura1: x1 = F
K1 movimento?
x
• Na figura 2: x2 = F = F ⇒ x2 = 1 Resolução:
K2 4K1 4 ω = π rad/s R = 5,0 m
x1 a) x = R sen (ω t) ⇒ x2 = R2 sen2 (ω t)
Respostas: a) K2 = 4 K1 ; b) x2 = sen2 (ω t) = x 2
2
(I)
4
R
y = R cos (ω t) + R ⇒ y – R = R cos (ω t)
37 (EEM-SP) O bloco mostrado no esquema tem massa 0,200 kg e, (y – R)2 = R2 cos2 (ω t)
após ser deslocado da sua posição de equilíbrio e solto, executa um (y – R)2
cos2 (ω t) = (II)
movimento harmônico simples (MHS). Nessa condição, o período de R2
2 2
Como sen (ω t) + cos (ω t) = 1, temos, de (I) e (II):
oscilação do sistema mola-massa é T = 2π m , em que keq é a cons- (y – R)2 x2
keq + 2 = 1 ⇒ (y – R)2 + x2 = R2
R2 R
tante elástica equivalente da associação das molas e m, a massa do cor-
po. O gráfico descreve o deslocamento do corpo em função do tempo. (y – 5,0)2 + x2 = 25 (equação da trajetória, no SI)
156 PARTE II – ONDULATÓRIA

Portanto, a trajetória da partícula é uma circunferência de 5,0 m de Resolução:


2
raio, com centro em x = 0 e y = 5,0 m. x = A cos ω t ⇒ cos2 ω t = x 2
A 2 y2
⇒ x2 + 2 = 1
y (m) y2 A B
v
y = B sen ω t ⇒ sen2 ω t = 2
10 P B
a) Se A = B ⇒ x2 + y2 = A2 (equação de uma circunferência)
2 y2
acp b) Se A ≠ B ⇒ x 2 + 2 = 1 (equação de uma elipse)
A B
5,0 Respostas: a) circunferência; b) elipse

40 (ITA-SP) A equação x = 1,0 sen (2,0t) expressa a posição de uma


partícula em unidades do Sistema Internacional. Qual seria a forma do
0 x (m) gráfico v (velocidade) ⫻ x (posição) dessa partícula?

b) A partícula realiza, tanto no eixo x quanto no eixo y, movimentos Resolução:


harmônicos simples de mesma amplitude R e mesma pulsação ω. Num MHS:
Como esses movimentos podem ser associados a um MCU que os v2 = ω2 (A2 – x2) ⇒ v2 + x2 = 1 ⇒ elipse
gera por projeção, concluímos que o movimento circular da partí- ω2 A 2 A 2
cula é uniforme.
Então, o módulo v da velocidade da partícula é igual em qualquer Resposta: Elipse
ponto da trajetória, podendo ser calculado, por exemplo, no ponto
P indicado na figura anterior. Nesse ponto, vy = 0 e v = vx : 41 Um corpo com 2 kg de massa oscila verticalmente em movi-
máx
mento harmônico simples, suspenso por uma mola helicoidal ideal.
v = ω A = ω R = π · 5,0 ⇒ v = 5,0 π m/s As posições ocupadas pelo corpo são registradas numa fita vertical de
papel, por meio de um estilete preso ao corpo. A fita desloca-se hori-
A aceleração da partícula, que é centrípeta, também tem o mesmo zontalmente com velocidade constante de 0,2 m/s.
2 y
módulo v ou ω2 R em qualquer ponto da trajetória.
R
0,75 m
Assim, temos:

acp = ω2 R = π2 · 5,0 ⇒ acp = 5,0π2 m/s2 O


0,2 m

c) A partícula realiza um movimento circular e uniforme, de período


dado por:
Determine:
ω = 2π ⇒ T = 2π = 2π ⇒ T = 2,0 s a) a frequência e a amplitude do movimento do corpo;
T ω π
b) a constante elástica da mola, adotando π2 = 10;
c) a equação horária do movimento do corpo, sabendo que no instan-
Respostas: a) te t = 0 a elongação é nula e o corpo está subindo.
y (m)
Resolução:
10
a) A = 0,1 m
Durante uma oscilação do corpo, a fita desloca-se 0,5 m:
v = Δs ⇒ 0,2 = 0,5 ⇒ Δt = T = 2,5 s
5,0 Δt Δt
f= =1 1 ⇒ f = 0,4 Hz
T 2,5
b) T = 2π m ⇒ 2,5 = 2π 2 ⇒ K = 12,8 N/m
K K
–5,0 0 5,0 x (m) c) ϕ0 = 3π rad
2
b) 5,0 π m/s, 5,0π m/s , respectivamente.
2 2
ω = 2πf = 2π · 0,4 ⇒ ω = 0,8π rad/s
c) Movimento circular e uniforme, de período igual a 2,0 s y = A cos (ωt + ϕ0)

39 Num osciloscópio, elétrons executam movimentos que são y = 0,1 cos 0,8π t + 3π (SI)
2
composições de dois movimentos harmônicos simples em direções
perpendiculares. Considerando que esses movimentos são descritos Respostas: a) 0,4 Hz e 0,1 m; b) 12,8 N/m;
pelas equações x = A cos ω t e y = B sen ω t, determine a forma das
trajetórias, supondo: c) y = 0,1 cos 0,8π t + 3 π (SI)
a) A = B; b) A ⫽ B. 2
Tópico 1 – Movimento harmônico simples 157

42 (UFC-CE) Um corpo de massa m executa o movimento periódi- • Cálculo de v(t5):


co mostrado na figura abaixo. A força que atua no sistema é da forma π A
F = –k x. Com base nos dados fornecidos e na figura, é possível calcular v(t5) = vmáx = ω A ⇒ v(t5) =
t 7 – t3
algumas grandezas inerentes a esse tipo de movimento, tais como: δ,
• Cálculo de amáx:
v, ω, k e amáx.
v0 π
2
amáx = ω2 A ⇒ amáx = A
t0 = 0 t 7 – t3
x
t1
x
t2 Resposta: e
x
t3 x
t4
x
t5 x 43 Um bloco suspenso por uma mola oscila verticalmente em mo-
t6 x vimento harmônico simples, como representa a figura 1.
t7 x No instante t = 0, ele está passando pela sua posição de equilíbrio
–A A 0 A A
– (y = 0). A velocidade escalar v desse bloco varia com o tempo t, confor-
2 2
me o gráfico apresentado na figura 2.
Dados: δ é a constante de fase;
ω é a frequência natural da oscilação; y
v é a velocidade do corpo;
k é a constante elástica;
amáx é a aceleração máxima.
Figura 1
Das grandezas calculadas e apresentadas abaixo, indique a alternativa
correta.
d) k = m A π
2
a) δ = 0 0
t 7 – t3
b) v(t5) = A π e) amáx = A π
2

2 t7 – t3 t 7 – t3 v (m/s)
1
c) ω = 2π
t 7 – t3
Resolução:
• Cálculo de δ (fase inicial):
t0 = 0 0 1,5 3 t (s)

A
–1

A Figura 2
2
a) Determine a função horária da elongação, y = f(t), desse movimento.
b) Considerando π = 3, quanto vale a “área” destacada na figura 2?

t0 = 0
Resolução:
a) y = A cos (ωt + ϕ0)
A x
• Cálculo de ω e A:
–A 0 A
2 Do gráfico, temos:
Em t0 = 0, a elongação é x = A e está diminuindo. T = 3 s e vmáx = 1 m/s
2
No triângulo destacado: Como ω = 2π : ω = 2π rad/s
T 3
A Como vmáx = ω A: 1 = 2π A ⇒ A = 3 m
cos δ = 2 = 1 ⇒ δ = π rad
3 2π
A 2 3
• Determinação de ϕ0:
• Cálculo de ω: 1a) Em t = 0, temos:
ω = 2π y = 0 e v ⬍ 0 (bloco descendo)
T
Da figura, observamos que o corpo realiza meia oscilação (meio ciclo) Então: ϕ0 = π rad
2
no intervalo Δt = t7 – t3, que corresponde a meio período do MHS. y
A
Δt = T = t7 – t3 ⇒ T = 2(t7 – t3)
2
ϕ0
Logo: ω = 2π ⇒ ω= π
2(t7 – t3) t 7 – t3
0
• Cálculo de k:
π
2
k=mω2 ⇒ k=m
t 7 – t3
–A
158 PARTE II – ONDULATÓRIA

vmáx 1
c) 8 é um número inteiro.
{
2 ) v = –ω A sen(ωt + ϕ0)
a
2
Do gráfico, temos que v = –1 m/s em t = 0:
1
–1 = –1 sen ϕ0 ⇒ sen ϕ0 = 1 ⇒ ϕ0 = π rad d) 6 é um número inteiro.
2 2
e) m1 1 = 2m2 2.
Portanto: y = 3 cos 2π t + π (SI)
2π 3 2
Resolução:
b) A “área” pedida corresponde ao deslocamento escalar Δy desde um Se, no intervalo de tempo em que o pêndulo de comprimento 1 reali-
ponto de inversão, do sentido do movimento (v = 0) até um ponto za quatro oscilações, a situação inicial de ambos se repete, concluímos
em que a velocidade escalar é máxima, ou seja, à amplitude A: que nesse mesmo intervalo o pêndulo de comprimento 2 também
realiza um número inteiro (n) de oscilações:
“área” = A = 3 = 3 ⇒ “área” = 0,5 m 4T1 = n T2
2π 2 · 3
1  
Respostas: a) y = 3 cos 2π t + π (SI); b) 0,5 m 4 · 2π = n 2π 2 ⇒ 4 1 = n (I)
2π 3 2 g g 2
Multiplicando a expressão I, membro a membro, por 2, obtemos:
44 Duas molas iguais e um mesmo bloco participam das duas mon-
1
tagens ilustradas nas figuras I e II: 8 = 2n
2
Figura I Como n é inteiro, 2n também é, o que nos leva à alternativa correta.

Note que 6 1 não é necessariamente inteiro. De fato, se a expressão I
2
Figura II
for multiplicada, membro a membro, por 1,5, obteremos:
1
6 = 1,5 n
Atritos e influências do ar são desprezados. 2
Se n for ímpar, 1,5n não será um número inteiro.
Se o bloco é afastado da posição de equilíbrio (molas relaxadas) e
abandonado, ele oscila na figura I com período TI e na figura II com Resposta: c
T
período TII. Determine I .
TII
46 Um pêndulo simples de comprimento
Resolução:
Na figura I, as molas estão associadas em série. Sendo K a constante  é preso ao teto de um elevador, como mos-

elástica de cada mola, temos: tra a figura.
Sendo g o módulo do campo gravitacional no
Keq = K local, analise as afirmações a seguir: g
2
I. Se o elevador permanecer em repouso ou
TI = 2π m = 2π 2m mover-se em movimento retilíneo e uni-
Keq K forme, o período de oscilação do pêndulo
A montagem da figura II equivale a uma associação de molas em pa- será T = 2π  .
ralelo, uma vez que o comportamento do sistema seria o mesmo se as g
molas estivessem do mesmo lado do bloco. Assim: II. Se o elevador mover-se com aceleração de módulo a dirigida para
Keq = 2K 
cima, o período de oscilação do pêndulo será T = 2π .
m = 2π m g+a
TII = 2π
Keq 2K III. Se o elevador mover-se com aceleração de módulo a dirigida para

TI 2π 2m TI baixo (a < g), o período de oscilação será T = 2π
g–a
.
K
= ⇒ TII
=2
TII m IV. Se o elevador estiver em queda livre, o pêndulo não oscilará.

2K É (são) correta(s):
Resposta: 2 a) todas. c) apenas IV. e) apenas I, II e III.
b) apenas II e III. d) apenas I.

45 (ITA-SP) Dois pêndulos simples, respectivamente de massas m Resolução:


1
e m2 e comprimentos 1 e 2, são simultaneamente abandonados para O período de oscilação do pêndulo é dado por:
pôr-se em oscilação. Constata-se que a cada 4 ciclos do primeiro a si-
T = 2π 
tuação inicial é restabelecida identicamente. Nessas condições, pode- gap
se afirmar que necessariamente:
a) o pêndulo 2 deve oscilar mais rapidamente que o pêndulo 1. em que gap é o módulo da aceleração da gravidade aparente (em rela-
b) o pêndulo 2 deve oscilar mais lentamente que o pêndulo 1. ção ao elevador).
Tópico 1 – Movimento harmônico simples 159

2
I) Correta. c) m ω2 R = G M2 m ⇒ 4π2 = G M ⇒
Quando o elevador não apresenta aceleração em relação à Terra, R T R3
temos gap = g. R3
II) Correta. ⇒ T = 2π
GM
Nesse caso, gap = g + a.
III) Correta. Respostas: a) Ver demonstração; b) 85 min, aproximada-
Nesse caso, gap = g – a. mente; c) Ver demonstração
IV) Correta.
Nesse caso, gap = 0 e o pêndulo não oscila.
48 (ITA-SP) Um relógio de pêndulo, construído de um material de
Resposta: a coeficiente de dilatação linear α, foi calibrado a uma temperatura de
0 °C para marcar 1 s exato ao pé de uma torre de altura h. Elevando-se
47 Considere a Terra uma esfera homogênea de raio R e massa M. o relógio até o alto da torre, observa-se um certo atraso, mesmo man-
tendo-se a temperatura constante. Considerando R o raio da Terra, L
Suponha que um pequeno corpo de massa m seja abandonado a partir
o comprimento do pêndulo a 0 °C e que o relógio permaneça ao pé
do repouso em uma das bocas de um túnel que atravessa totalmente o
da torre, então a temperatura para a qual se obtém o mesmo atraso é
planeta, cavado ao longo de seu eixo de rotação.
dada pela relação:
a) Mostre que, se não houvesse qualquer dissipação de energia me-
(R + h)2 – LR
cânica, o corpo abandonado realizaria um movimento harmônico a) 2h c) e) 2R + h
simples. αR αLR αR
b) Calcule o período desse movimento. Para isso, use: R = 6,4 · 106 m; h(2R + h) R(2h + R)
b) d)
M = 6,0 · 1024 kg; G = 6,7 · 10–11 N m2kg–2 e π = 3,14. αR2 α(R + h)2
c) Mostre que o período obtido no item b é igual ao período do movi- Resolução:
mento do corpo de massa m em órbita circular rasante em torno da
Terra (evidentemente, na ausência de atmosfera). g‘ T’

Resolução:
a)
h Torre
m x

M m
gT
Fg
M‘

O
g= GM
R2 R2
x ⇒ g’ = g
R
g’ = G M 2 (R + h)2
(R + h)

T = 2π L (no pé da torre)
g

T’ = 2π L = 2π L (no alto da torre)


Fg = G M’2 m g’ 2
x g R 2
Sendo µ a densidade da Terra, temos: (R + h)
G µ 4 π x3 m Para que o período também seja T’ no pé da torre, devemos aumentar
Fg = 3 =Gµ 4 πmx o comprimento do pêndulo por meio da dilatação térmica, elevando
x2 3
sua temperatura a um valor θ:
M 4 πmx
T’ = 2π L (1 + αθ)
Fg = G 4
π R3 3 g
3
Igualando as duas expressões de T’, temos:
Fg = – G M3 m x (valor relativo ao eixo Ox)
R
2π L = 2π L (1 + αθ)
K R2 g
Fg = –K x g
(R + h)2
Portanto, o movimento do corpo é harmônico simples.
(R + h)2 = 1 + αθ ⇒ αθ = (R + h)2 – 1
m = 2π R3 R2 R2
b) T = 2π m = 2π
K GMm GM 2 2 2

R3 αθ = R + 2Rh 2+ h – R = h(2R 2+ h)
R R
T = 2 · 3,14 (6,4 · 106)3 ⇒ h(2R + h)
θ=
6,7 · 10–11 · 6,0 · 1024 αR2
⇒ T ⯝ 85 min Resposta: b
160 PARTE II – ONDULATÓRIA

49 (Unicamp-SP) Um relógio de pêndulo marca o tempo correta- Em (I):


mente quando funciona à temperatura de 20 °C. Quando este relógio –10 = –40x ⇒ x = 1 m ⇒ x = 25 cm
se encontra a uma temperatura de 30 °C, seu período aumenta devido 4
à dilatação da haste do pêndulo. Resposta: 25 cm
a) Ao final de 24 horas operando a 30 °C, o relógio atrasa 8,64 s. Deter-
τ
mine a relação entre os períodos τ30 a 30 °C e τ20 a 20 °C, isto é, 30 . 51 Uma prancha de massa M está inicialmente em repouso sobre
τ20
b) Determine o coef iciente de expansão térmica linear do ma- uma superfície horizontal. Na extremidade A dessa prancha, encontra-
terial do qual é feita a haste do pêndulo. Use a aproximação: -se, também em repouso, um automóvel de massa m, assimilável a um
(1,0001)2 = 1,0002. ponto material.
A B
Resolução:
a) Para registrar (correta ou incorretamente) 24 horas, ou seja, para o
ponteiro das horas completar duas voltas, o pêndulo tem de reali- A partir de certo instante, o automóvel passa a realizar um movimento
zar um mesmo número n de oscilações: harmônico simples em relação à superfície horizontal, indo da extremi-
A 20 °C: dade A à extremidade B e, em marcha a ré, da extremidade B à extre-
n τ20 = 24 h = 86 400 s (I) midade A. Considere L o comprimento da prancha, µ o coeficiente de
atrito estático entre os pneus e a prancha e g a intensidade do campo
A 30 °C: gravitacional. Despreze o atrito entre a prancha e a superfície em que
n τ30 = 24 h + 8,64 s = 86 408,64 s (II) se apoia. Nessas condições, determine:
Dividindo (II) por (I), obtemos: a) a amplitude do movimento do automóvel em relação à superfície
τ30 horizontal;
= 1,0001 b) a máxima frequência que o movimento do automóvel pode ter.
τ20
b) Resolução:
 a)
τ30 2π g
= = 1,0001 m L
τ20 
2π 0 v=0 M
g
 = 1,0002
0
 = 0 1,0002 = 0 (1 + α 10)
α = 2 · 10–5 °C–1
v=0

Respostas: a) 1,0001; b) 2 · 10–5 °C–1

x L–x
50 Um bloco está apoiado em uma plataforma horizontal inicialmen-
te em repouso na posição indicada na figura abaixo. Da conservação da quantidade de movimento do sistema carro-
-prancha, temos, em módulo:
x (cm) m v m = M vm
40 carro prancha

m x =M L–x ⇒ x= ML
Δt Δt M+m
0 x
A amplitude A é igual a . Então:
2
–40
A= ML
2 (M + m)
A plataforma passa a oscilar verticalmente em movimento harmô-
nico simples de amplitude 40 cm e período 1 s. Determine a elon- b) A máxima intensidade da força no carro em MHS não pode exceder
gação em que o bloco perde contato com a plataforma, adotando a intensidade da força de atrito de destaque:
g = 10 m/s2 e π2 = 10.
m ω2 A ⭐ µ m g ⇒ 4π2 f2 A ⭐ µ g
Resolução:
µg
O bloco perde contato com a plataforma quando a força de reação nor- fmáx = 1
2π A
mal da plataforma sobre o bloco (Fn ) se anula. Nessa situação, a única
força atuante no bloco é o seu peso, razão pela qual a aceleração tem 2 µ g (M + m)
módulo g = 10 m/s2. fmáx = 1
2π ML
α = –ω2 x (I)
α = –10 m/s2
Respostas: a) M L ; b) 1 2 µ g (M + m)
ω = 2π = 2π ⇒ ω = 2π rad/s 2 (M + m) 2π ML
T 1
Tópico 1 – Movimento harmônico simples 161

52 A figura a seguir representa uma mola ideal de constante elásti-


ca k, presa em uma parede P e em um bloco de massa M em repouso,
numa superfície plana e horizontal S. Sobre esse bloco, repousa um A B
outro, de massa m.
Existe atrito entre os blocos, mas se supõe a ausência de atrito na su-
perfície S. Além disso, as influências do ar são desprezadas.
Afastando o bloco de massa M da posição de equilíbrio e liberando o Supondo-se que a distância entre os aparadores na situação de rela-
sistema, ele passa a oscilar com amplitude A. xamento das molas é d = π m e admitindo-se positivo o sentido da es-
querda para a direita, pede-se, desprezando atritos e influências do ar:
P a) calcular a máxima velocidade escalar atingida pelo bloco;
b) determinar o período de suas oscilações;
c) traçar, em uma folha à parte, o gráfico da velocidade escalar do
m bloco em função do tempo, abrangendo, pelo menos, um ciclo das
oscilações.

M Resolução:
a) A energia potencial elástica armazenada inicialmente na mola A é
S igual à energia cinética do bloco no momento em que a abandona:
2 2
Ec = Ep ⇒ m v = k x
e 2 2
Determine, sendo g a intensidade do campo gravitacional: A

a) o período de oscilação do sistema (T), supondo que um bloco não 4,0v2 = 16π2 (0,50)2 ⇒ v = π m/s
se mova em relação ao outro;
b) a expressão do coeficiente de atrito estático (µµ) entre os blocos para b) O intervalo de tempo que o bloco passa em contato com as molas
garantir que um deles não se mova em relação ao outro. em cada ciclo é Δt1 dado por:

Resolução: Δt1 = 2π m ⇒ Δt1 = 2π 4,02


k 16π
P m Δt1 = 1,0 s
M O intervalo de tempo que o bloco passa em movimento retilíneo e
S
uniforme entre duas colisões sucessivas é Δt2 , dado por:
2d
a) O período de um oscilador massa-mola ideal é: v = Δt ⇒ π = 2π
2
Δt2
M+m
T = 2π Δt2 = 2,0 s
k
Então, o período T de oscilação do bloco é dado por:
b) A máxima aceleração dos blocos é dada por: T = Δt1 + Δt2 ⇒ T = 1,0 + 2,0
= kA
2
amáx = ω2 A = 4π2 A = 4π2 A
T = 3,0 s
T M + m M+m
4π2
k
Para poder ter essa aceleração, o bloco de massa m precisa de uma c)
força resultante F , que é a força de atrito estático que ele recebe do
bloco no qual está apoiado: V (m/s)
π

F = m amáx = m k A
M+m
Fat ⭐ µ Fn ⇒ Fat ⭐ µ m g 1,75 2,75 3,25
e e
0 0,25 1,25 1,50 3,00 t (s)
Como F = Fat :
e

mkA ⭐µmg ⇒ kA
M+m µ ⭓ (M + m)g –π Sinusoidal

M+m kA Respostas: a) π m/s


Respostas: a) T = 2π ; b) µ ⭓ (M + m)g
k
b) 3,0 s
c) v (m/s)
53 Na situação esquematizada na figura, as molas A e B têm massas π
desprezíveis e constantes elásticas k = 16 π2 N/m. Um pequeno bloco rí-
gido de massa igual a 4,0 kg é comprimido contra o aparador da mola A, 1,75 2,75 3,25
que sofre uma deformação de 50 cm. Esse bloco é abandonado do re- 0 0,25 1,25 1,50 3,00 t (s)
pouso, passando a oscilar em trajetória retilínea sobre o plano horizon- Sinusoidal
tal. Em cada vaivém, ele realiza duas colisões contra os aparadores das –π

molas, o que não acarreta nenhuma dissipação de energia mecânica.


162 PARTE II – ONDULATÓRIA

54 (Olimpíada Brasileira de Física) Um antigo relógio tipo carrilhão b) • Os períodos das oscilações dos blocos são iguais:
é acionado pelas oscilações de um pêndulo de aço (coeficiente de di- m1
latação linear igual a 1,0 · 10–5 °C–1) que, no inverno, realiza uma oscila- T1 = 2π
K1 m m m K
ção completa em 1,0 s. Sabendo-se que no verão esse relógio passa a ⇒ 1 = 2 ⇒ K2 = 2 1 (I)
m2 K1 K 2 m1
atrasar o equivalente a 2,0 min por mês, determine a diferença entre as T2 = 2π
temperaturas médias no verão e no inverno. K2
• As partes da mola, de constantes elásticas K1 e K2, podem ser
Resolução: tratadas como duas molas em série, com constante elástica
No inverno, o período das oscilações do pêndulo é Ti = 1,0 s. equivalente igual a K (Keq = K):
No verão, o relógio passa a atrasar porque o período aumenta, pas- K K
sando a valer Tv = Ti + x. Assim, em cada oscilação, o relógio registra a K = 1 2 ⇒ K (K1 + K2) = K1K2 (II)
K1 + K2
passagem de 1,0 s, quando, na realidade, passou 1,0 s + x. • Substituindo (I) em (II), vem:
Vamos calcular x, que é o atraso ocorrido em cada segundo real: m K m
• 1 mês = 30 · 24 · 3 600 s ... 2,0 min = 120 s K K1 + 2 1 = K1K2 ⇒ K 1 + 2 = K2
m1 m1
1,0 s ... x
m + m2
120 x ⯝ 4,6 ·10–5 s K2 = K 1 (III)
x = 30 · 24 · 3 600 ⇒ m1
• Determine T2, por exemplo:
v  m2
• Tv – Ti = x ⇒ 2π – 2π i = x
g g T2 = 2π (IV)
K2
i (1 + αΔθ)  • Substituindo (III) em (IV), temos:
2π – 2π i = x
g g m2
T2 = 2π ⇒
i m 1 + m2
2π 1 + αΔθ – 1 = x K
g m1
1,0 1 + 1,0 · 10–5 Δθ – 1 = 4,6 · 10–5 m 1 m2
⇒ T1 = T2 = 2π
K (m1 + m2)
1 + 1,0 · 10 Δθ = 1,000046
–5

Δθ ⯝ 9,2 °C m 1 m2
Respostas: a) No centro de massa do sistema; b) 2π
K (m1 + m2)
Resposta: 9,2 °C
56 Um cilindro de densidade ρ é mantido em repouso na posição
C
55 Dois blocos de massas m e m , assimiláveis a pontos materiais, indicada na figura 1. Sob o cilindro, encontra-se uma cuba contendo
1 2 um líquido de densidade ρL.
repousam em uma superfície plana e horizontal, presos a uma mola
ideal de constante elástica K. A mola está comprimida e os blocos não
se movem, porque um barbante está preso neles.

m1 m2

Figura 1 Figura 2
Desprezando-se a resistência do ar e a do líquido, o cilindro, ao ser aban-
Queimando o barbante, o sistema passa a oscilar. Suponha desprezí- donado, passa a realizar um movimento harmônico simples vertical.
veis o atrito e a resistência do ar. Determine a razão ρL/ρC para que as posições de inversão do movimen-
a) Durante as oscilações, um ponto da mola permanece em repouso. to sejam as representadas nas figuras 1 e 2.
Usando apenas argumentos conceituais, diga onde esse ponto se
encontra. Resolução:
b) Determine o período das oscilações do sistema. Como acontece em todo MHS, a posição de equilíbrio está no ponto
médio da trajetória:
Resolução: ρL
E = Pc ⇒ ρL V g = ρc Vg ⇒ ρc
=2
a) A quantidade de movimento do sistema é constante e nula. Por- 2
tanto, o centro de massa desse sistema encontra-se em repouso:
E
m1 K1 K2 m2
CM
V
V
2
Tudo se passa como se os blocos de massas m1 e m2 oscilassem em PC
molas distintas, de constantes elásticas K1 e K2, respectivamente,
com extremidades fixas em um ponto correspondente ao centro Resposta: 2
de massa do sistema.
Tópico 2 – Ondas 163

6 Analise as seguintes afirmativas:


Tópico 2 I. O som é onda mecânica.
II. A luz é onda eletromagnética.
III. A luz pode ser onda mecânica.
1 E.R. Por que é impossível ouvirmos, aqui na Terra, uma explo- IV. O som pode propagar-se no vácuo.
são solar? V. A luz pode propagar-se no vácuo.
São verdadeiras:
Resolução: a) I, II e III.
As ondas sonoras, sendo ondas mecânicas, não se propagam no vá- b) I, III e IV.
cuo que separa o Sol da Terra. c) II, III e V.
d) I, II e V.
e) todas as afirmativas.
2 Quando uma onda se propaga de um local para outro, necessa-
riamente ocorre: Resolução:
a) transporte de energia. l. Verdadeira.
b) transformação de energia. ll. Verdadeira.
c) produção de energia. lll. Falsa.
d) movimento de matéria. A luz é sempre onda eletromagnética.
e) transporte de matéria e energia. lV. Falsa.
Sendo uma onda mecânica, o som precisa de apoio material para se
Resolução: propagar. Assim, o som não se propaga no vácuo.
Na propagação de uma onda ocorre transporte de energia. V. Verdadeira.
Resposta: a Resposta: d

3 Das ondas citadas a seguir, qual delas não é onda eletromag- 7 Analise as afirmativas:
nética? I. Toda onda mecânica é sonora.
a) Infravermelho. d) Ondas de rádio. II. As ondas de rádio, na faixa de FM (Frequência Modulada), são trans-
b) Radiação gama. e) Ultrassom. versais.
c) Ondas luminosas. III. Abalos sísmicos são ondas mecânicas.
IV. O som é sempre uma onda mecânica, em qualquer meio.
Resolução: V. As ondas de rádio AM (Amplitude Modulada) são ondas mecânicas.
O ultrassom é uma onda sonora, sendo do tipo mecânica. São verdadeiras:
a) I, II e III. d) III, IV e V.
Resposta: e
b) I, III e V. e) I, IV e V.
c) II, III e IV.
4 No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas possuem:
Resolução:
a) mesma frequência.
l. Falsa.
b) mesma amplitude.
Ondas em cordas são mecânicas, mas não sonoras.
c) mesmo comprimento de onda.
ll. Verdadeira.
d) mesma quantidade de energia.
Todas as ondas de rádios são eletromagnéticas e, portanto, trans-
e) mesma velocidade de propagação.
versais.
Resolução: lll. Verdadeira.
No vácuo, todas as ondas elétomagnéticas têm em comum a mesma lV. Verdadeira.
velocidade (300 000 km/s). V. Falsa.

Resposta: e Resposta: c

5 8 Quais das ondas a seguir não se propagam no vácuo?


Das ondas citadas a seguir, qual é longitudinal?
a) Ondas em cordas tensas. a) Raios laser (light amplification by stimulated emission of radiation).
b) Ondas em superfície da água. b) Ondas de rádio.
c) Ondas luminosas. c) Micro-ondas.
d) Ondas eletromagnéticas. d) Ondas de sonar (sound navegation and ranging).
e) Ondas sonoras propagando-se no ar. e) Ondas de calor (raios infravermelhos).

Resolução: Resolução:
Das citadas, apenas as ondas sonoras que se propagam no ar são on- Das ondas citadas, apenas as ondas de sonar são ondas mecânicas, que
das longitudinais. não se propagam no vácuo.

Resposta: e Resposta: d
164 PARTE II – ONDULATÓRIA

9 (PUC-SP) As estações de rádio têm, cada uma delas, uma fre- 12 Um professor de Física que ministrava a primeira aula sobre On-
quência fixa e própria na qual a transmissão é feita. A radiação eletro- das dava exemplos de ondas eletromagnéticas. Ele dizia: “São exem-
magnética transmitida por suas antenas é uma onda de rádio. Quando plos de ondas eletromagnéticas as ondas de rádio, a luz, as ondas de
escutamos uma música, nossos ouvidos são sensibilizados por ondas radar, os raios X, os raios γ ”. Um aluno entusiasmado completou a lista
sonoras. de exemplos, dizendo: “Raios α, raios β e raios catódicos”.
Sobre ondas sonoras e ondas de rádio, são feitas as seguintes afir- Pode-se afirmar que:
mações: a) pelo menos um exemplo citado pelo professor está errado.
I. Qualquer onda de rádio tem velocidade de propagação maior do
b) todos os exemplos citados pelo professor e pelo aluno estão corretos.
que qualquer onda sonora.
c) apenas um exemplo citado pelo aluno está errado.
II. Ondas de rádio e ondas sonoras propagam-se em qualquer meio,
tanto material quanto no vácuo. d) os três exemplos citados pelo aluno estão errados.
III. Independentemente de a estação de rádio transmissora ser AM ou e) há erros tanto nos exemplos do professor quanto nos do aluno.
FM, a velocidade de propagação das ondas de rádio no ar é a mes-
Resolução:
ma e vale aproximadamente 3,0 · 108 m/s.
O aluno errou os três exemplos.
Está correto o que se afirma apenas em: Raios α são núcleos de um dos isótopos do hélio; raios β e raios catódi-
a) I. b) III. c) I e II. d) I e III. e) II e III. cos são constituídos de elétrons. Portanto, são partículas e não ondas.

Resolução: Resposta: d
l. Correto.
As ondas de rádio são ondas eletromagnéticas e as ondas sonoras
são ondas mecânicas. 13 (UFG-GO) As ondas eletromagnéticas foram previstas por
No ar, as ondas eletromagnéticas se propagam com velocidade Maxwell e comprovadas experimentalmente por Hertz (final do sécu-
aproximada de 300 000 km/s e as ondas sonoras, com aproximada- lo XIX). Essa descoberta revolucionou o mundo moderno. Sobre as
mente 340 m/s. ondas eletromagnéticas, são feitas as afirmações:
ll. Incorreto. I. Ondas eletromagnéticas são ondas logitudinais que se propagam
Ondas mecânicas (ondas sonoras) não se propagam no vácuo. no vácuo com velocidade constante c = 3,0 · 108 m/s.
lll. Correto. II. Variações no campo magnético produzem campos elétricos variá-
veis que, por sua vez, produzem campos magnéticos também de-
Resposta: d pendentes do tempo e assim por diante, permitindo que energia e
informações sejam transmitidas a grandes distâncias.
III. São exemplos de ondas eletromagnéticas muito frequentes no co-
10 Vê-se um relâmpago; depois, ouve-se o trovão. Isso ocorre
tidiano: ondas de rádio, ondas sonoras, micro-ondas e raio X.
porque: Está correto o que se afirma em:
a) o som se propaga no ar. a) I apenas.
b) a luz do relâmpago é muito intensa. b) II apenas.
c) a velocidade do som no ar é de 340 m/s. c) I e II apenas.
d) a velocidade do som é menor que a da luz. d) I e III apenas.
e) se esse fenômeno ocorresse no vácuo, o som do trovão e a luz do e) II e III apenas.
relâmpago chegariam juntos.
Resolução:
Resolução: l - Incorreto.
No ar, o som tem velocidade (340 m/s) menor que a da luz (300 000 km/s). As ondas eletromagnéticas são transversais.
ll - Correto.
Resposta: d lll - Incorreto.
Ondas sonoras são ondas mecânicas.

11 (Unesp-SP) Uma das características que diferem ondas trans- Resposta: b


versais de ondas longitudinais é que apenas as ondas transversais
podem ser: 14 (UFC-CE) Analise as assertivas abaixo e a seguir indique a alter-
a) polarizadas. nativa correta.
b) espalhadas. I. Elétrons em movimento vibratório podem fazer surgir ondas de
c) refletidas. rádio e ondas de luz.
d) refratadas. II. Ondas de rádio e ondas de luz são ondas eletromagnéticas.
e) difratadas. III. Ondas de luz são ondas eletromagnéticas e ondas de rádio são on-
das mecânicas.
Resolução: a) Somente I é verdadeira.
A polarização é um fenômeno que ocorre exclusivamente com ondas b) Somente II é verdadeira.
transversais. c) Somente III é verdadeira.
d) Somente I e II são verdadeiras.
Resposta: a
e) Somente I e III são verdadeiras.
Tópico 2 – Ondas 165

Resolução: Resolução:
l. Correta. a) A amplitude (A) é a distância entre o nível de referência (linha ho-
As emissões eletromagnéticas derivam de cargas elétricas acelera- rizontal tracejada) e a crista da onda.
das.
ll. Correta. A
lll. Incorreta.
Ondas de rádio também são ondas eletromagnéticas.

Resposta: d Assim:
A = 1,6 cm ⇒ A = 0,80 cm
15 (FMTM-MG) Sir David Brewster (1781-1868), físico inglês, reali- 2
b) O comprimento de onda (λ) é a distância entre duas cristas (ou
zou estudos experimentais sobre reflexão, refração e polarização da
dois vales) consecutivos.
luz. Sobre estudos da polarização da luz, mostrou que esse fenômeno λ
é característico de ondas: λ 2
I. longitudinais e pode ocorrer por difração ou por meio de polariza-
dores;
II. transversais e pode ocorrer por reflexão ou transmissão;
III. transversais ou longitudinais e pode ocorrer por interferência ou
transmissão.
Está correto o contido em: 2,25 cm
a) I apenas. c) III apenas. e) I, II e III. Assim:
b) II apenas. d) I e II apenas. λ + λ = 2,25
2
Resolução:
l. Incorreto. 1,5 λ = 2,25 ⇒ λ = 1,5 cm ou λ = 1,5 · 10–2 m
Somente podem ser polarizadas as ondas transversais.
ll. Correto. c) Usando a equação da propagação das ondas, temos:
lll. Incorreto. v=λf
300 = 1,5 · 10–2 · f
Resposta: b
f = 20 000 Hz = 20 kHz
16 (ITA-SP) Luz linearmente polarizada (ou plano-polarizada) é
d) O período de uma onda é o inverso da sua frequência.
aquela que:
a) apresenta uma só frequência. T= 1 ⇒ T= 1 s
f 20 000
b) se refletiu num espelho plano.
c) tem comprimento de onda menor que o da radiação ultravioleta. T = 5,0 · 10–5 s
d) tem a oscilação, associada a sua onda, paralela a um plano.
e) tem a oscilação, associada a sua onda, na direção de propagação. 18 O gráfico a seguir mostra a variação da elongação de uma onda
Resolução: transversal com a distância percorrida por ela:
Luz linearmente polarizada é aquela que apresenta vibrações paralelas Elongação (cm)
a um determinado plano. 4

Resposta: d
2

17 E.R. A figura representa um trecho de uma onda que se pro-


0 2 4 6 Distância (cm)
paga a uma velocidade de 300 m/s:
2,25 cm Qual o comprimento de onda e qual a amplitude dessa onda?

Resolução:
1,6 cm
Elongação (cm)
4
A
Para esta onda, determine: 2
a) a amplitude;
b) o comprimento de onda;
c) a frequência; 0 2 4 6 Distância (cm)
d) o período.
λ
166 PARTE II – ONDULATÓRIA

Amplitude (A) 21 (Fatec-SP) Uma onda se propaga numa corda, da esquerda para
A = 2 cm a direita, com frequência de 2,0 hertz, como é mostrado na figura.

Comprimento de onda (λ): v


10 cm
λ = 4 cm
10 cm

Resposta: 4 cm; 2 cm

19 A figura representa a propagação de uma onda ao longo de


uma corda com frequência de 20 Hz.

0,75 m
De acordo com a figura e a escala anexa, é correto afirmar que:
a) o período da onda é de 2,0 s.
b) a amplitude da onda é de 20 cm.
c) o comprimento da onda é de 20 cm.
0,20 m d) a velocidade de propagação da onda é de 80 cm/s.
e) todos os pontos da corda se movem para a direita.
Qual a velocidade de propagação dessa onda?
Resolução:
Resolução:
Da figura temos:
3 λ = 0,75
2
λ = 0,50 m 10 cm v
Assim:

Amplitude
A
v=λf 10 cm

v = 0,50 · 20

v = 10 m/s λ
Comprimento de onda
Resposta: 10 m/s
λ = 40 cm
20 (UFPI) A figura abaixo mostra um pulso movendo-se para a di-
A = 10 cm
reita, ao longo de uma corda.
Utilizando-se a equação fundamental da ondulatória: V = λ f, vem:
v = 40 · 2,0 (cm/s)
X
v = 80 cm/s

Resposta: d

A direção do movimento do ponto x da corda, neste momento, está


mais bem representada na alternativa: 22 E.R. Qual é a frequência de uma onda luminosa, monocromá-
a) c) e) tica e de comprimento de onda igual a 6 · 103 Å, quando ela se propa-
ga no ar?
b) d) Dado: velocidade da luz no ar = 3 · 108 m/s
Resolução: Resolução:
Enquanto a onda passa pelo ponto X, este oscila verticalmente para A relação entre a frequência (f), o comprimento de onda (λ) e a ve-
cima e para baixo. No momento indicado o ponto X encontra-se des- locidade (v) de uma onda, quando ela se propaga num determinado
cendo. meio, é:
X v=λf

Assim, sendo v = 3 · 108 m/s, 1 Å = 10–10 m e λ = 6 · 103 Å = 6 · 10–7 m,


temos:

3 · 108 = 6 · 10–7f ⇒ f = 5 · 1014 Hz


Resposta: b
Tópico 2 – Ondas 167

23 Para atrair um golfinho, um treinador emite um ultrassom com Resolução:


frequência de 25 000 Hz, que se propaga na água a uma velocidade de Os raios X são as principais ondas eletromagnéticas utilizadas em pro-
1 500 m/s. Qual é o comprimento de onda desse ultrassom na água? cedimentos médicos. Os ultrassons são as ondas mecânicas utilizadas
Resolução: nos ecocardiogramas.
v=λf
Resposta: d
1 500 = λ · 25 000
λ = 0,06 m
27 (PUC-SP) Em dezembro de 2004, um terremoto no fundo do
λ = 6,0 cm
oceano, próximo à costa da ilha de Sumatra, foi a perturbação ne-
Resposta: 6,0 cm cessária, para a geração de uma onda gigante, uma tsunami. A onda
arrasou várias ilhas e localidades costeiras na Índia, no Sri Lanka, na
Indonésia, na Malásia, na Tailândia, dentre outras. Uma tsunami de
24 Os modernos fornos de micro-ondas usados em residências comprimento de onda 150 quilômetros pode se deslocar com veloci-
utilizam radiação eletromagnética de pequeno comprimento de onda dade de 750 km/h. Quando a profundidade das águas é grande, a am-
para cozinhar os alimentos. A frequência da radiação utilizada é de plitude da onda não atinge mais do que 1 metro, de maneira que um
aproximadamente 2 500 MHz. Sendo 300 000 km/s a velocidade da luz barco nessa região praticamente não percebe a passagem da onda.
no vácuo, qual é, em centímetros, o valor aproximado do comprimento Quanto tempo demora para um comprimento de onda dessa tsunami
de onda das radiações utilizadas no forno de micro-ondas? passar pelo barco?
Resolução: a) 0,5 min d) 30 min
f = 2 500 M Hz = 2,5 · 109 Hz b) 2 min e) 60 min
c) 12 min
v = 300 000 km = 3,0 · 1010 cm/s
s
Sendo: V = λ f Resolução:
Temos: 3,010 = λ · 2,5 · 109 v = 750 km/h
Δs = λ = 150 km
λ = 12 cm
Assim:
v = Δs ⇒ 750 = Δt
Resposta: 12 cm 150
Δt
25 Uma emissora de rádio, na faixa de FM (Frequência Modula- Δt = 0,2 h = 12 min
da), transmite utilizando ondas de 3,0 m de comprimento. Sendo
3,0 · 108 m/s a velocidade das ondas eletromagnéticas no ar, qual a Resposta: c
frequência dessa emissora de rádio? Dê a resposta em MHz.
Resolução: 28 Vivemos mergulhados em radiações. No vasto espectro das ondas
v=λf eletromagnéticas, apenas uma pequena porção é percebida pelo nosso li-
3,0 · 108 = 3,0 f mitado aparelho sensorial, além do visível, o Universo, como descobrimos
f = 1 · 108 Hz nas últimas décadas, está repleto de fontes de raios X, raios γ, ultravioleta,
Como: infravermelho e ondas de rádio.
1 M Hz = 106 Hz (Scientific American Brasil – n. 10 – mar. 2003)
Então:
Grote Reber, engenheiro norte-americano de Illinois, foi um dos pre-
f = 100 MHz cursores da radioastronomia. Utilizando parcos recursos próprios, de-
senvolveu um refletor parabólico com nove metros de diâmetro para
Resposta: 100 MHz captação de sinais de rádio oriundos do espaço. Esse refletor foi instala-
do no quintal de sua casa e, em 1939, tendo ajustado seu equipamento
26 (Unicenp-PR) O físico que se especializa na área médica desen- para o comprimento de onda de 1,9 m detectou sinais provenientes do
volve métodos e aparelhos para diagnóstico, prevenção e tratamento centro da Via-Láctea.
de diversas anomalias ou doenças. O grande poder de penetração das Adotando-se para o módulo de velocidade de propagação das ondas
radiações eletromagnéticas de determinadas frequências possibilitou de rádio o valor de c = 3,0 · 108 m/s, é correto afirmar que a frequên-
a criação de procedimentos médicos como a tomografia computado- cia dos sinais captados por Reber, do centro da Via-Láctea, é mais
rizada, a mamografia e a densitometria óssea. Contudo, certas ondas próxima de:
mecânicas também podem fornecer informações sobre o interior do a) 1,4 · 108 Hz. c) 1,8 · 108 Hz. e) 2,2 · 108 Hz.
corpo humano, revelando o sexo dos bebês antes do nascimento ou b) 1,6 · 108 Hz. d) 2,0 · 108 Hz.
facilitando diagnósticos cardíacos: os ecocardiogramas.
A radiação eletromagnética e a onda mecânica que comumente per- Resolução:
mitem a realização dos exames médicos citados são, respectivamente: v=λf
a) raios “gama” e infrassom. 3,0 · 108 = 1,9 · f
b) raios infravermelhos e ultrassom. f ⯝ 1,6 · 108 Hz
c) raios ultravioleta e raios “X”.
d) raios “X” e ultrassom.
Resposta: b
e) ondas de rádio e infrassom.
168 PARTE II – ONDULATÓRIA

29 (UCSAL-BA) Uma onda periódica, de período igual a 0,25 s, se Sejam VI e VII, respectivamente, os módulos das velocidades das ondas
propaga numa corda conforme a figura abaixo. representadas nas figuras I e II.
V
A razão I é:
VII
v
a) 1 b) 1 c) 1 d) 2 e) 4
4 2
Resolução:
10 cm y (cm) Fig. I
10 cm 20

O comprimento de onda, a frequência e a velocidade de propagação


dessa onda são, respectivamente: 0
1 2 3 4 x (m)

λ (cm) f (Hz) V (cm/s)


–20
a) 10 0,25 2,5
λl = 2 m
b) 10 4,0 40
c) 40 2,5 100 y (cm) Fig. II
d) 80 4,0 320 20

e) 80 2,5 200
0
Resolução: 0 1 2 3 4 x (m)

–20
v
λll = 4 m

10 cm
10 cm
v=λf
v λf
λ = 80 cm Assim: v I = I i
II
λII fiI
Como fi = fiI, temos:
f= 1 = 1 ⇒ f = 4,0 Hz
T 0,25 vI λI 2 vI 1
vII = λII = 4 ⇒ vII = 2
v = λ f ⇒ v = 80 · 4,0
v = 320 cm/s Resposta: b

Resposta: d
31 A figura abaixo mostra duas ondas que se propagam em cordas
idênticas (mesma velocidade de propagação).
30 (UFRN) As figuras I e II representam fotografias de duas cordas
idênticas em que se propagam ondas de mesma frequência:

y (cm) I
20 Fig. I

0 x (m)
1 2 3 4

II
–20

y (cm) Escolha a alternativa correta.


20 Fig. II a) A frequência em I é menor que em II e o comprimento de onda em
I é maior que em II.
b) A amplitude em ambas é a mesma e a frequência em I é maior que
0 x (m) em II.
1 2 3 4
c) A frequência e o comprimento de onda são maiores em I.
d) As frequências são iguais e o comprimento de onda é maior em I.
–20 e) A amplitude e o comprimento de onda são maiores em I.
Tópico 2 – Ondas 169

Resolução: Resolução:
v 1 = v2 v=λf
No gráfico, pode-se observar que: 3,0 · 108 = 6,0 · 10–7 · f ⇒ f = 5,0 · 1014 Hz
No gráfico, observamos que essa onda pertence à faixa de luz visível.
λ1 = 2λ2
Como: v = λ f, então: Resposta: c
λ1 f1 = λ2 f2
2λ2 f1 = λ2 f2 34 (UFRN) Uma corda esticada tem uma de suas extremidades fixa e a
outra está presa a um elemento que pode vibrar (oscilador). A figura abai-
f2 = 2f1
xo representa uma fotografia tirada 5 s após o oscilador ter sido ligado.
Oscilador
Resposta: a
P

32 Um vibrador de frequência variável produz ondas na água con- 0 cm 200 cm


tida em uma cuba de ondas. Aumentando a frequência do vibrador,
medimos o comprimento de onda (λ) das ondas na água. O gráfico Analisando essa fotografia da corda, podemos afirmar:
mostra como o comprimento de onda (λ) varia com a frequência (f): I. A velocidade da onda na corda é 30 cm/s.
II. O período da onda na corda é 0,5 s.
λ III. Nada se pode afirmar sobre o período de oscilação do oscilador.
IV. A frequência com que um ponto P da corda vai oscilar enquanto a
onda passa é 2,0 Hz.
V. O comprimento de onda da onda na corda é 20 cm.
Hipérbole As afirmativas corretas são:
a) II, IV e V. c) II, I e IV. e) I, III e V.
b) I, II e III. d) III, IV e V.

f Resolução:
I. Incorreta.
v = Δs = 5 s ⇒ v = 40 cm/s
Nessa situação, é correto afirmar que: 200 cm
a) a velocidade das ondas é constante. Δt
b) a velocidade das ondas aumenta. II. Correta.
c) o período das ondas é constante. No esquema, observamos 10 ondas completas emitidas em 5 s.
Assim: T = Δt = 10 ⇒
d) o comprimento de onda é proporcional à frequência. 5s T = 0,5 s
e) o comprimento de onda é proporcional à velocidade. n
III. Incorreta.
Resolução: IV. Correta.
A equação da hipérbole é expressa por: f = 1 = 1 ⇒ f = 2,0 Hz
λ f = constante T 0,5
V. Correta.
Como:
200 cm
v=λf λ = 10 ⇒ λ = 20 cm
Então:
v = constante Resposta: a

Resposta: a 35 (UFC-CE) Antenas para emissoras de rádio AM (Amplitude Mo-


dulada) são frequentemente construídas de modo que a torre emis-
33 (UCDB-MT) A figura apresenta a frequência das ondas do espec- sora tenha uma altura igual a 1 do comprimento de onda das ondas
4
tro eletromagnético: a serem emitidas. Com base nisso, determine a altura, em metros, da
torre de uma emissora que emite na frequência de 1 000 kHz.
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 Considere a velocidade da luz igual a 3,0 · 108 m/s.
f (Hz)

Ondas de Luz Resolução:


rádio visível v=λf
Infravermelho Raio X 3,0 · 108 = λ 106 ⇒ λ = 300 m
Micro-ondas Ultravioleta Atenção:
f = 1 000 kHz = 1 000 · 103 Hz = 106 Hz
Admitindo que a velocidade de propagação da luz no ar vale Portanto:
3,0 · 108 m/s, uma onda com λ = 6,0 · 10–7 m seria: h= λ = 4
300 m
⇒ h = 75 m
a) uma onda de rádio. d) luz ultravioleta. 4
b) luz infravermelha. e) raio X.
Resposta: 75 m
c) luz visível.
170 PARTE II – ONDULATÓRIA

36 (Unifesp-SP) O gráfico mostra a taxa de fotossíntese em função Resolução:


do comprimento de onda da luz incidente sobre uma determinada Como a fita é milimetrada, a contagem dos quadrinhos leva-nos a con-
planta em ambiente terrestre. cluir que ela tem 60 mm de comprimento.
Assim:
v = Δx ⇒ 25 = Δt
60
Taxa de fotossíntese

Δt
1
Δt = 2,4 s = 25 min
n
Como: f = Δt
e o coração apresenta três batimentos nesse intervalo,
3
f= 1
450 500 550 600 650 700
Comprimento de onda (10–9 m)
25
f = 75 bat/min
Uma cultura dessa planta desenvolver-se-ia mais rapidamente se ex-
posta à luz de frequência, em terahertz (1012 Hz), próxima a:
Resposta: b
a) 460. d) 700.
b) 530 e) 1 380.
c) 650 38 E.R. Em um lago, o vento produz ondas periódicas que se pro-
pagam a uma velocidade de 2 m/s. O comprimento de onda é de
Resolução: 10 m. Determine a frequência de oscilação de um barco:
Para a fotossíntese maior, temos desenvolvimento mais rápido da a) quando ancorado nesse lago;
planta. b) quando se movimenta em sentido contrário ao da propagação
Assim: das ondas, a uma velocidade de 8 m/s.
λ ⯝ 460 · 10–9 m
Portanto: Resolução:
a) Temos que v = λ f. Sendo v = 2 m/s e λ = 10 m, calculemos a
v=λf
frequência f com que o barco ancorado oscila:
3 · 108 = 460 · 10–9 · f
3 · 108 = 46 · 10–8 · f 2 = 10 f ⇒ f = 0,2 Hz
8
f = 3 · 10 –8 = 3 · 1016
46 · 10 46
b)
30 000
f = 46 · 1012 (Hz) 8 m/s

f ⯝ 652 · 1012 Hz 2 m/s

f ⯝ 652 terahertz

Resposta: c A velocidade relativa entre o barco e as ondas tem módulo


igual a 10 m/s. Assim, a velocidade v’ das ondas em relação ao
37 (Unifesp-SP) O eletrocardiograma é um dos exames mais co- barco é igual a 10 m/s e o barco oscila com uma frequência f’,
muns da prática cardiológica. Criado no início do século XX, é uti- tal que:
lizado para analisar o funcionamento do coração em função das v’ = λ f ’
correntes elétricas que nele circulam. Uma pena ou caneta registra
a atividade elétrica do coração, movimentando-se transversalmente Sendo v’ = 10 m/s e λ = 10 m, obtemos:
ao movimento de uma fita de papel milimetrado, que se desloca em
movimento uniforme com velocidade de 25 mm/s. A figura mostra 10 = 10 f ’ ⇒ f ’ = 1 Hz
parte de uma fita de um eletrocardiograma.

39 (UFMS) Ao se bater na superfície de um lago, produz-se uma


onda, que se propaga com velocidade de 0,4 m/s. A distância entre
duas cristas consecutivas da onda é 8 cm. Com base nesses dados, é
correto afirmar:
(01) A onda formada tem comprimento de onda igual a 8 cm.
Sabendo-se que a cada pico maior está associada uma contração do (02) A amplitude da onda certamente vale 4 cm.
coração, a frequência cardíaca dessa pessoa, em batimentos por mi- (04) A frequência da onda é 5 Hz.
nuto é: (08) A onda, ao se propagar, transfere energia de um ponto a outro da
a) 60. d) 95. superfície do lago.
b) 75. e) 100. (16) Supondo que sob o efeito da onda um ponto na superfície do
c) 80. lago oscile verticalmente, a onda é do tipo longitudinal.
Tópico 2 – Ondas 171

Dê como resposta a soma dos números associados às afirmativas Com essas informações, é possível concluir que a onda se propaga com
corretas. uma velocidade, aproximadamente, de:
a) 2,0 m/s. d) 10 m/s.
Resolução: b) 2,5 m/s. e) 20 m/s.
(01) Correta. c) 5,0 m/s.
λ = 8 cm
Resolução:
(02) Incorreta. Na figura observamos que:
Não é possível saber. λ = 20 m
(04) Correta.
No gráfico observamos que:
v = λ f ⇒ 0,4 = 0,08 f
T = 10 s
f = 5 Hz Portanto:
(08) Correta. v=λf
Onda é uma energia que se propaga através de um meio.
(16) Incorreta. v=λ· 1
T
Nesse caso, ela seria transversal.
v = 20 · 1
10
Resposta: 13
v = 2,0 m/s
40 (FGV-SP)
O ar. A folha. A fuga. Resposta: a
No lago, um círculo vago.
No rosto, uma ruga.
42 Um banhista, parado em relação à Terra, conta em uma praia
(Guilherme de Almeida)
a passagem de 21 cristas de onda equiespaçadas pelo seu corpo. O
Um peixe, pensando que se tratava de um inseto sobre a água, “belisca” intervalo de tempo decorrido no evento é de 80 s. Conhecendo a velo-
quatro vezes a folha durante o tempo de um segundo, produzindo quatro cidade de propagação das ondas (1,0 m/s), determine o comprimento
ondulações de mesmo comprimento de onda. Uma vez que a propagação de onda das ondas do mar nesse local.
de um pulso mecânico na água do lago ocorre com velocidade 2,0 m/s, o
comprimento de onda de cada abalo produzido é, em metros:
Resolução:
a) 0,5. b) 1,0. c) 2,0. d) 4,0. e) 8,0.
21 cristas → 20 ondas

T = Δt = 20
Resolução: 80 s
n
f = n = 4 ⇒ f = 4,0 Hz
Δt 1 T = 4,0 s
Portanto: v= λ
V=λf T
2,0 = λ 4,0 1,0 = λ ⇒ λ = 4,0 m
4,0
λ = 0,5 m
Resposta: 4,0 m
Resposta: a
43 As ondas de um lago chegam de 10 s em 10 s a um ponto da
41 (Fuvest-SP) Um grande aquário, com paredes laterais de vidro, per- margem. Uma boia desloca-se no sentido contrário ao da propagação
mite visualizar, na superfície da água, uma onda que se propaga. A figura das ondas a uma velocidade de 30 cm/s em relação à margem, levando
representa o perfil de tal onda no instante T0. Durante sua passagem, uma 5,0 s para ir de uma depressão a outra, transpondo 8 cristas. Determine
boia, em dada posição, oscila para cima e para baixo e seu deslocamento a distância entre duas cristas consecutivas.
vertical (y), em função do tempo, está representado no gráfico.
Figura Resolução:
T = 10 s
v = Δs
Δt
5m5m5m vboia + vonda = 8λ
5m5m5m5m Δt
30 + λ = 8λ
Gráfico 10 5,0
y (m)
λ = 20 cm
0 5 10 15 t (s)
Resposta: 20 cm
172 PARTE II – ONDULATÓRIA

44 No dia 12 de agosto de 2000, um sábado, uma tragédia abateu- 46 (Unicamp-SP) Ondas são fenômenos nos quais há transporte
-se acima do Círculo Polar Ártico, no mar gelado de Barents, ao norte de energia sem que seja necessário o transporte de massa. Um exem-
da Rússia. O submarino nuclear russo Kursk, em treinamento militar, plo particularmente extremo são os tsunamis, ondas que se formam no
afundou com 118 tripulantes a bordo, que tiveram suas vidas ceifadas oceano, como consequência, por exemplo, de terremotos submarinos.
sem oportunidade de socorro. O gigantesco Kursk, de 154 metros de a) Se, na região de formação, o comprimento de onda de um tsunami é
comprimento, 18,2 metros de largura e 9 metros de altura, foi localiza- de 150 km e sua velocidade é de 200 m/s, qual é o período da onda?
do com exatidão por embarcações de resgate equipadas com sona- b) A velocidade de propagação da onda é dada por v = g h, em que
res. Esses aparelhos emitiram ultrassons com frequência próxima de h é a profundidade local do oceano e g é a aceleração da gravidade.
25 000 Hz que se propagaram na água com velocidade de cerca de Qual é a velocidade da onda numa região próxima à costa, onde a
1 500 m/s, sendo refletidos pelo submarino e captados de volta. profundidade é de 6,4 m? (Dado: g = 10 m/s2)
Com base nos dados do enunciado e sabendo que o intervalo de tem- c) Sendo A a amplitude (altura) da onda e supondo-se que a energia
po transcorrido entre a emissão dos ultrassons e a recepção do “eco” do tsunami se conserva, o produto vA2 mantém-se constante du-
determinado pelo Kursk foi de 0,16 s, calcule: rante a propagação. Se a amplitude da onda na região de formação
a) a profundidade em que foi localizada a embarcação considerando- for 1,0 m, qual será a amplitude perto da costa, onde a profundida-
-se que o barco e o submarino estão na mesma vertical. de é de 6,4 m?
b) o comprimento de onda dos ultrassons utilizados.
Resolução: Resolução:

a) v = Δs ⇒ v = Δt ⇒ 1 500 = 0,16
2h 2h a) v = Δs
Δt Δt
Quando: Δs = λ
h = 120 m
Temos: Δt = T
b) v = λ f Assim:
v = λ ⇒ 200 = 150 · 10
3
1 500 = λ 25 000
T T
λ = 0,06 m = 6,0 cm
T = 750 s = 12 min 30 s
Respostas: a) 120 m; b) 6,0 cm
b) v = gh
45 (UFRN) Do alto do prédio onde mora, Anita observou que o ca- v = 10 · 6,4
minhão-tanque, que irriga canteiros em algumas avenidas em Natal, v = 8,0 m/s
deixava no asfalto, enquanto se deslocava, um rastro de água, conforme
representado na figura a seguir. Tal rastro era devido ao vazamento de c) v1 A21 = v2 A22
uma mangueira que oscilava, pendurada na parte traseira do caminhão. 8,0 · A21 = 200 (1,0)2
A1 = 5,0 m

Caminhão
Respostas: a) 12 min 30 s; b) 8,0 m/s; c) 5,0 m
(vista aérea)
47 E.R. Uma corda homogênea de 2,5 m de comprimento e
Asfalto 2,0 kg de massa está submetida a uma força tensora de 80 N. Suas
extremidades são fixadas e produz-se na corda uma perturbação.
Sentido de deslocamento
Determine:
Considerando-se que a frequência dessa oscilação é constante no tre- a) a densidade linear da corda;
cho mostrado na figura acima, pode-se afirmar que a velocidade do b) a velocidade de propagação da onda na corda.
caminhão:
a) permanece constante e o “comprimento de onda” resultante da Resolução:
oscilação da mangueira está aumentando. a) A densidade linear de uma corda homogênea é dada pela
b) está aumentando e o período de oscilação da mangueira permane- relação:
ce constante.
c) permanece constante e o “comprimento de onda” resultante da δ= m
L
oscilação da mangueira está diminuindo.
d) está diminuindo e o período de oscilação da mangueira permanece Como m = 2,0 kg e L = 2,5 m, vem:
constante. 2,0 kg
δ= ⇒ δ = 0,80 kg/m
Resolução: 2,5 m
v=λf ⇒ v= λ b) A velocidade de propagação da onda na corda tensa é determina-
T
Sendo T constante, V e λ são diretamente proporcionais. Logo, se λ da por:
diminui, v também diminui.
v= F ⇒ v= 80 ⇒ v = 10 m/s
Resposta: d δ 0,8
Tópico 2 – Ondas 173

48 Uma corda homogênea de densidade linear igual a 0,50 kg/m Resolução:


está tracionada com uma força de intensidade F. Uma perturbação T
aplicada na corda produz uma onda que se propaga por ela com velo- v=

cidade de 6,0 m/s. Qual a intensidade F da força?
Sendo µ = m = m
v AL
Resolução: m 1,00
Aµ= = kg/m
L 5,00
v= F
δ A µ = 0,20 kg/m
6,0 = F ⇒ 36 = F
0,50 0,50 Temos:
v = 1,80 = 9
F = 18 N 0,20
v = 3,00 m/s
Resposta: 18 N Portanto:
v=λf
3,00 = λ 2,00
49 Traciona-se uma corda homogênea de 4,0 m de comprimento
com uma força de intensidade 50 N. Ondas produzidas nessa corda λ = 1,50 m
propagam-se com velocidade de 10 m/s. Qual é a massa da corda?
Resposta: d
Resolução:
51 E.R. O esquema a seguir representa uma corda tensa não-ab-
v= F
δ sorvedora de energia, na qual se propaga um trem de ondas trans-
versais, no sentido dos valores crescentes de x:
10 = 50 ⇒ 100 = 50 ⇒ δ = 0,50 kg/m
δ δ
Mas: δ = m y
L
Então: 0,50 = m ⇒ m = 2,0 kg
4,0 O x

Resposta: 2,0 kg
Em relação ao referencial xOy, a equação dessas ondas é dada por:
50 (Mack-SP) Uma pessoa sustenta uma vareta rígida por uma
y = 0,5 cos [2π (20t – 4x)] (SI)
de suas extremidades, segundo a horizontal. Na outra extremidade,
está presa uma corda homogênea, de secção transversal constan- Determine:
te, de massa 1,00 kg e comprimento 5,00 m. Prendendo-se a outra a) a amplitude;
extremidade da corda a um ponto f ixo de uma parede, a pessoa
b) a frequência e o período;
proporciona à vareta um MHS na direção vertical, de duas oscila-
c) o comprimento de onda;
ções completas por segundo, e aplica à corda uma força tensora de
d) a velocidade de propagação das ondas.
intensidade 1,80 N. Sabendo-se que a velocidade de propagação
de uma onda na corda é dada por v = T , onde T é a tensão na Resolução:

corda, A é a área da secção transversal e µ, sua densidade. As ondas A determinação das grandezas associadas às ondas é feita pela com-
cossenoidais que se propagam na corda possuem comprimento de paração da equação dada com a equação geral das ondas:
onda de:
Parede y = A cos 2π f t – x + ϕ0
λ
Vareta Corda y = 0,5 cos [2π (20t – 4x)]

a) Amplitude (A): A = 0,5 m


Parede
Vareta Corda b) Frequência (f) e período (T): f = 20 Hz
MHS
Como f = 1 , então:
T
a) 5,00 m. d) 1,50 m.
b) 4,50 m. e) 0,75 m. 20 = 1 ⇒ T = 1 s ⇒ T = 0,05 s
T 20
c) 3,00 m.
174 PARTE II – ONDULATÓRIA

c) Comprimento de onda (λ): 54 Um trem de ondas propaga-se em uma corda tensa não-absor-
vedora de energia com velocidade igual a 10 m/s. Sabendo que a am-
x = 4x ⇒ λ = 1 m ⇒ λ = 0,25 m
λ 4 plitude das ondas vale 0,5 m, a frequência é igual a 50 Hz e a fase inicial
(ϕ0) é nula, determine a equação dessas ondas.
d) Velocidade de propagação (v): Resolução:

y = A cos 2π ft – x + ϕ0
v = λ f ⇒ v = 1 · 20 ⇒ v = 5 m/s λ
4
No texto da questão, temos:
A = 0,5 m
52 A equação de uma onda mecânica transversal é expressa por: f = 50 Hz
ϕ0 = 0
v = 10 m/s
y = 0,2 cos 2π 5t – x (SI)
2 Como: v = λ f,
Determine a amplitude e a velocidade de propagação dessa onda. então: 10 = λ 50 ⇒ λ = 0,2 m
Portanto: y = 0,5 cos 2π 50t – x + 0
Resolução: 0,2

y = 0,2 cos 2π 5t – x (SI) y = 0,5 cos [2π (50t + 5x)] (SI)


2
Resposta: y = 0,5 cos [2π(50t – 5x)] (SI)
A equação geral é dada por:

y = A cos 2π ft – x + ϕ0 55 (Mack-SP) Para o estudo da propagação de uma onda, necessi-


λ
ta-se do conhecimento da chamada Função da Onda, a qual, generi-
Comparando as equações, temos:
camente, é dada por y = A · cos 2π · t – x + ϕ0 . Se, em determinada
T λ
A = 0,2 m
situação, a função da onda é y = 0,20 · cos 2π · (0,50 · t – 0,80 · x) + π ,
f = 5 Hz 4
λ=2m com dados no SI, a velocidade de propagação da onda é:
a) 1,60 m/s. c) 6,25 · 10–1 m/s. e) 3,125 · 10–1 m/s.
Como: v = λ f
b) 1,25 m/s d) 3,14 · 10–1 m/s.
vem: v = 2 · 5 ⇒ v = 10 m/s
Resolução:
Respostas: 0,2 m; 10 m/s Na comparação da equação geral da onda com a equação dada, temos:
1 = f = 0,50 Hz
T
53 A função de uma onda é dada pela expressão: 1 = 0,80 ⇒ λ = 1,25 m
λ
y = 20 cos 2π 4t – x Portanto:
3
v=λf
em que x e y estão em centímetros e t, em segundos. Determine a am- v = 1,25 · 0,50
plitude, o período e a frequência dessa onda. v = 6,25 · 10–1 m/s

Resolução: Resposta: c

y = 20 cos 2π 4t – x
3 56 Uma onda incide em um obstáculo e retorna ao mesmo meio
em que se encontrava. Esse fenômeno é chamado de reflexão. Pode-
y = A cos 2π ft – x + ϕ0 mos afirmar que:
λ
a) a frequência dessa onda aumentou.
Comparando: b) a frequência dessa onda diminuiu.
c) o comprimento dessa onda aumentou.
A = 20 cm d) a velocidade de propagação dessa onda diminuiu.
e) a velocidade de propagação dessa onda permaneceu constante.
f= 1 =4 ⇒ T = 0,25 s Resolução:
T
Como a onda permanece no mesmo meio em que estava, sua frequên-
f = 4 Hz cia, seu comprimento de onda e sua velocidade de propagação perma-
necem constantes.
Respostas: 20 cm; 0,25 s; 4 Hz Resposta: e
Tópico 2 – Ondas 175

57 (FiCE) 59 Uma corda horizontal tem suas duas extremidades livres. Numa
v delas, produz-se um pulso, que se propaga ao longo da corda:

Incidente

Qual o aspecto da corda logo após a reflexão do pulso na outra extre-


midade?
Refletida
Resolução:
v
1
Um pulso, numa corda de extremidade fixa, ao refletir, sofre inversão
de fase. Observe a figura acima. O fato de ocorrer inversão na fase do 2

pulso está ligado à(ao):


a) Primeira Lei de Newton.
Na extremidade livre a reflexão é sem inversão
b) Princípio da Conservação da Energia. de fase.
c) Terceira Lei de Newton.
d) Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento.
e) Lei de Coulomb. 1

Resolução: 2
Na propagação a onda puxa os pontos da corda para cima.
Chegando à parede, a onda puxará a parede para cima, esta reagirá,
puxando a corda para baixo, ocorrendo a inversão da fase.
Assim, a explicação da inversão de fase na reflexão da onda deve ser Resposta:
através da 3a Lei de Newton (Lei de Ação-Reação)

Resposta: c 60 E.R. Uma corda AB, de comprimento L = 10 m, tem ambas as


extremidades fixas. No instante t = 0, o pulso triangular esquemati-
zado a seguir inicia-se em A, atingindo o ponto P no instante t = 4 s.
58 Uma corda horizontal tem uma de suas extremidades fixa a uma
Sendo AP = 8 m, determine a velocidade de propagação do pulso e o
parede. Na extremidade livre, produz-se um pulso, que se propaga ao perfil da corda no instante t = 7 s.
longo da corda:

A P B
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Resolução:
Qual o aspecto da corda logo após a reflexão do pulso na extremidade A velocidade de propagação de um pulso que se propaga num meio
fixa? homogêneo pode ser calculada pela relação:
v= d
Resolução: Δt
em que d é a distância percorrida.
1 Como, no caso, d = 8 m e Δt = 4 s, temos:
2 v= 8m ⇒ v = 2 m/s
4s
Assim, até o instante t = 7 s, o pulso terá percorrido:
A reflexão na extremidade fixa ocorre com inversão
de fase. d = v Δt ⇒ d = 2 · 7 ⇒ d = 14 m
Como a corda tem apenas 10 m, conclui-se que o pulso refletiu em B,
2
com inversão de fase (já que essa extremidade está fixa), e percorreu
mais 4 m de volta, propagando-se de B para A. Portanto, o perfil da
1 corda no instante t = 7 s é:
A B
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Resposta:
176 PARTE II – ONDULATÓRIA

61 Um pulso triangular é produzido na extremidade A de uma cor- a) λ aumenta e f aumenta.


da AB, de comprimento L = 5,0 m, cuja outra extremidade B é livre. b) λ aumenta e f diminui.
Inicialmente, o pulso se propaga de A para B com velocidade constan- c) λ aumenta e f permanece constante.
d) λ permanece constante e f aumenta.
te v. A figura a representa o perfil da corda no instante t segundos e a
e) λ diminui e f diminui.
figura b, o perfil da corda no instante (t + 7) segundos.
Resolução:
Na refração, a frequência f da onda permanece a mesma.
A B Assim, se:
1 2 3 4 5 v=λf
Figura a o comprimento da onda λ será maior onde a velocidade de propaga-
ção V da onda é maior.
A B
1 2 3 4 5 Resposta: c
Figura b

64 A figura representa uma onda transversal periódica que se pro-


Determine a velocidade (v) de propagação da onda, admitindo que a
paga nas cordas AB e BC com as velocidades v1 e v2 , de módulos res-
configuração de b esteja ocorrendo pela primeira vez após o instante t.
pectivamente iguais a 12 m/s e 8,0 m/s.
Resolução: v1
Esse pulso deve ir até B (reflexão sem inversão), ir até A (reflexão com v2
inversão), ir novamente até B (reflexão sem inversão) e estabelecer a Fonte A B C
configuração da figura b. Para tanto, a onda deve percorrer uma dis- 1,5 m
tância igual a 14 m. Assim:
Nessas condições, o comprimento de onda na corda BC, em metros, é:
v = Δs = 14 m ⇒ v = 2,0 m/s
Δt 7s a) 1,0. d) 3,0.
b) 1,5. e) 4,0.
Resposta: 2,0 m/s c) 2,0.

62 Analise as proposições: Resolução:


Em AB:
I. A refração ocorre quando uma onda atravessa a superfície de sepa-
v=λf
ração de dois meios, passando a se propagar no segundo meio.
12 = 1,5 f ⇒ f = 8,0 Hz
II. Na refração, a frequência da onda não se altera.
Em BC:
III. Na refração, a velocidade de propagação da onda pode ou não variar.
v=λf
IV. Na refração, a direção de propagação da onda pode mudar ou não.
8,0 = λBC 8,0
V. Na refração, ocorre inversão de fase na onda.
Podemos afirmar que: λBC = 1,0 m
a) todas as afirmativas são verdadeiras.
b) todas as afirmativas são falsas.
Resposta: a
c) apenas I, II e IV são verdadeiras.
d) apenas I e V são verdadeiras.
e) apenas IV e V são verdadeiras. 65 Uma onda mecânica com 800 Hz de frequência propaga-se em
um meio com comprimento de onda igual a 2,0 m. Ao sofrer refração,
Resolução: essa onda tem sua velocidade reduzida a 50% de seu valor inicial. Qual
I. Verdadeira será o seu novo comprimento de onda?
II. Verdadeira
III. Falsa Resolução:
Na refração a velocidade de propagação da onda sempre varia. No primeiro meio:
IV. Verdadeira v=λf
Na incidência normal não há variação de direção. v1 = 2,0 · 800
Na incidência oblíqua ocorre variação de direção. v1 = 1 600 m/s
V. Falsa
No segundo meio:
Na refração, a fase da onda não varia.
v=λf
Resposta: c
1 600 = λ · 800
2 2
63 (UFMG) A velocidade de um ultrassom, na água, é igual a
1 450 m/s e, no gelo, é de 3 840 m/s a 0 °C. Um ultrassom de frequência λ2 = 1,0 m
igual a 2,0 · 106 Hz se propaga no mar em direção a um iceberg. Em rela-
ção ao comprimento de onda λ e à frequência f do ultrassom, é correto
Resposta: 1,0 m
afirmar que, quando o ultrassom penetra no iceberg:
Tópico 2 – Ondas 177

66 (UFBA) A figura a seguir mostra, esquematicamente, as fren-


2m 6m 2m
tes de ondas planas, geradas em uma cuba de ondas, em que duas
regiões, nas quais a água tem profundidades diferentes, são separadas
pela superfície imaginária S. As ondas são geradas na região 1, com B A
frequência de 4 Hz, e se deslocam em direção à região 2. Os valores
Extremidade Extremidade
medidos, no experimento, para as distâncias entre duas cristas conse-
livre fixa
cutivas nas regiões 1 e 2 valem, respectivamente, 1,25 cm e 2,00 cm.
Com base nessas informações e na análise da figura, pode-se afirmar:
(01) O experimento ilustra o fenômeno da difração de ondas. Resolução:
(02) A frequência da onda na região 2 vale 4 Hz. Cada pulso irá percorrer 14 m até o instante t =14 s. Assim, temos:
(04) Os comprimentos de onda, nas regiões 1 e 2, valem, respectiva- 2m 6m
mente, 2,30 cm e 4,00 cm.
(08) A velocidade da onda, na região 2, é maior que na região 1.
(16) Seria correto esperar-se que o comprimento de onda fosse menor
A B
nas duas regiões, caso a onda gerada tivesse frequência maior
que 4 Hz.

Na extremidade fixa → reflexão com inversão de fase.


Na extremidade livre → reflexão sem inversão de fase.

Resposta: 2m 2m
Cristas
A B

Cristas 68 Um pulso reto propaga-se na superfície da água em direção a


um obstáculo M rígido, onde se reflete.
O pulso e o obstáculo estão representados na
figura a seguir. A seta indica o sentido de propa- M
gação do pulso.
Região 1 S Região 2
P

Resolução: Entre as figuras abaixo, a que melhor representa o pulso P, após sua
(01) Falsa. reflexão em M, é:
O experimento ilustra o fenômeno de refração de ondas.
(02) Verdadeira. a) c) e)
A frequência da onda não se altera na refração. M M P
M
(04) Falsa. P
A distância entre duas cristas consecutivas é igual a um compri- P
mento de onda λ.
Assim:
λ1 = 1,25 cm b) d)
λ2 = 2,00 cm M M
(08) Verdadeira.
P
Como a frequência f é igual nos dois meios, a velocidade será P
maior onde o comprimento de onda for maior.
Assim, sendo:
λ2 ⬎ λ1, Resolução:
temos:
v2 ⬎ v1
(16) Verdadeira.
Em cada meio, a velocidade é constante. Assim, sendo v = λ f, r
o comprimento de onda f icará menor se a frequência f icar i
maior.

Resposta: 26

67 Numa corda homogênea de 10 m de comprimento, propagam-


-se dois pulsos com velocidades iguais a 1 m/s. No instante t = 0, a con
figuração da corda é representada pela figura abaixo. Qual será a Resposta: a
configuração dessa corda no instante t = 14 s?
178 PARTE II – ONDULATÓRIA

69 (Fuvest-SP) Ondas retas propagam-se na superfície da água com 70 Dois pulsos circulares A e B são produzidos no ponto O da su-
velocidade de módulo igual a 1,4 m/s e são refletidas por uma parede perfície tranquila da água de uma cuba de ondas. Os pulsos incidem
plana vertical, na qual incidem sob o ângulo de 45°. No instante t0 = 0, em um anteparo plano colocado dentro da cuba, sofrendo reflexão:
uma crista AB ocupa a posição indicada na figura. A

B
45°
A v 1,0 m
O Anteparo
P rígido
3,0 cm

B
20 cm
2,0 m
Sabendo que os pulsos se propagam na água com velocidade de
a) Depois de quanto tempo essa crista atingirá o ponto P após ser re-
43 cm/s e que A foi produzido no instante t = 0, determine a configura-
fletida na parede?
ção do sistema no instante t = 1,0 s.
b) Esboce a configuração dessa crista quando passa por P.
Resolução:
Resolução:
Primeiro vamos obter a “imagem” do ponto O em relação ao anteparo.
a)
Q

v
A d 45° 45° d O 20 cm 20 cm O’
1,0 m

R P

B
1,0 m 1,0 m Para obter a configuração no instante t = 1,0 s, podemos imaginar que
as ondas saíram do ponto O’ no instante t = 0 s.
Para cada pulso atingir o ponto P, ele deverá percorrer uma dis- Assim, em t = 1,0 s, as ondas percorreram 43 cm:
tância 2d.
Aplicando a relação de Pitágoras, temos:
2d = 2 (1,0)2 + (1,0)2 (m) = 2 2 (m) ⯝ 2,8 (m)
Anteparo
Portanto:
Δs = v Δt
2,8 = 1,4 Δt 3,0 cm

Δt = 2,0 s O
O‘
A B
b)

A
B‘
45° 45° 20 cm 20 cm
P

Resposta:

B A‘
Anteparo

Respostas: a) 2,0 s
3,0 cm
b)
O
O‘
A
B‘ A B
45° 45°
P

20 cm 20 cm
B A‘
Tópico 2 – Ondas 179

71 O pulso proveniente da esquerda é transmitido através da jun- 73 E.R. A figura mostra uma cuba de ondas onde há uma região
ção P a uma outra corda, como se vê na figura: rasa e outra funda. Com uma régua, são provocadas perturbações
periódicas retas a cada 0,4 s que se propagam na superfície da água:
v1 v2
P Região rasa
Região funda

0 1 2 3 6 7 x (m)

Qual é a razão entre a velocidade do pulso v1 (antes da junção) e v2 v2


(depois da junção)?
λ2
r
Resolução: λ1
v=λf
Como a frequência f permanece a mesma, temos: v1 i

v1 v2 Superfície da Superfície da
=
λ1 λ2 região rasa região funda
Sabendo que λ1 (comprimento de onda na região rasa) é igual a
v1 v2
= 2 cm, i (ângulo de incidência) é igual a 30° e v2 (velocidade da onda
2 1 na região funda) é igual a 5 2 cm/s, determine:
a) a velocidade (v1) da onda, na região rasa;
v1 b) o comprimento de onda (λ2), na região funda;
=2
v2 c) o ângulo de refração (r).

Resposta: 2 Resolução:
a) A velocidade (v1) da onda, na região rasa, pode ser calculada pela
relação fundamental das ondas:
72 (UFMT) Nos esquemas abaixo, temos a representação de um
v = λf ⇒ v = λ
pulso que se propaga em uma corda. O lado 1 representa o pulso inci- T
dente e o lado 2 representa o pulso após ocorrido o fenômeno de re- Sendo λ1 = 2 cm e T = 0,4 s, temos:
flexão, refração ou ambos. Diante do exposto, julgue os itens. v1 = 2 ⇒ v1 = 5 cm/s
0,4
Lado 1 Lado 2
b) Para o cálculo do comprimento de onda (λ2), na região funda, usa-
mos a mesma relação do item anterior:
v = λf ⇒ v = λ ⇒ λ= vT
(0)
T
Sendo v2 = 5 2 cm/s e T = 0,4 s, já que o período não muda na
(1) refração, temos:
λ2 = 5 2 · 0,4 ⇒ λ2 = 2 2 cm

(2) c) Pela Lei de Snell, podemos calcular o ângulo de refração (r):


sen i = λ1 = v1 ⇒ sen 30° = 2
sen r λ2 v2 sen r 2 2
(3)
sen r = 2 · sen 30° ⇒ sen r = 2 ⇒ r = 45°
2

Resolução: 74 A figura a seguir representa um trem de ondas retas que passa


(0) Verdadeiro. de um meio 1 para um meio 2. A separação entre os traços indica o
Na junção ocorrem refração e reflexão (sem inversão de fase) comprimento de onda λ:
(1) Verdadeiro.
No anteparo a extremidade da corda está livre, a reflexão é sem in- λ1
versão de fase.
(2) Falso.
(3) Verdadeiro. (1) α1
A segunda corda é mais grossa, ocorrendo reflexão com inversão (2) α2
de fase. λ2

Respostas: V, V, F, V
180 PARTE II – ONDULATÓRIA

Aponte a alternativa correta. refratado BC e algumas frentes de onda. Uma barreira EF está posi-
a) A figura não está correta, porque, se λ2 > λ1, deveríamos ter α1 < α2. cionada no meio 2, perpendicularmente ao raio BC, com o objetivo
b) A figura está correta, e a velocidade de propagação da onda em 2 é de refletir o som.
maior que em 1.
c) A figura representa corretamente uma onda passando de um meio A
para outro mais refringente que o primeiro.
d) A figura não está correta, porque o comprimento de onda não varia λ1 = 6,6 cm
quando uma onda passa de um meio para o outro.
e) Todas as afirmações anteriores estão erradas.
Meio 1 37°
Resolução: Meio 2 B 53° F
Sendo λ2 > λ1, temos v2 > v1.
Para v2 > v1 os pontos da frente da onda no meio 2 devem se propagar
mais rápido, fazendo α2 > α1 . C

Resposta: a λ2
E
75 (Cesgranrio-RJ) Um vibrador produz ondas planas na superfície de
A distância entre os pontos B e F é igual a 55 cm e adota-se para a
um líquido com frequência f = 10 Hz e comprimento de onda λ = 28 cm.
intensidade da velocidade do som no meio 1 o valor 330 m/s.
Ao passarem do meio I para o meio II, como mostra a figura, foi veri-
Dados: sen 37° = cos 53° = 0,60;
ficada uma mudança na direção de propagação das ondas. (Dados:
sen 53° = cos 37° = 0,80.
3 2
sen 30° = cos 60° = 0,5; sen 60° = cos 30° = ; sen 45° = cos 45° = . Determine:
2 2
a) as frequências f1 e f2 da onda sonora, respectivamente, nos meios 1 e 2;
Considere 2 = 1,4.) b) o comprimento da onda λ2 da onda sonora no meio 2;
c) o intervalo de tempo Δt transcorrido entre a passagem da onda
pelo ponto B e seu retorno a esse mesmo ponto depois de sofrer
reflexão na barreira.

Resolução:
Meio I 45° a) v = λ f
Meio II 30° Em 1:
330 = 6,6 · 10–2 f
f = f1 = f2 = 5,0 · 103 Hz
b) Lei de Snell:
sen i = λ1
No meio II, os valores da frequência e do comprimento de onda serão, sen r λ2
respectivamente, iguais a: sen 37° = 6,6
a) 10 Hz; 14 cm. d) 15 Hz; 14 cm. sen 53° λ2
b) 10 Hz; 20 cm. e) 15 Hz; 25 cm. 0,60 = 6,6
c) 10 Hz; 25 cm. 0,80 λ2

Resolução: λ2 = 8,8 cm
A frequência da onda não se altera.
c) v = λ f
fiI = fi = 10 Hz v1 λ1 v
= ⇒ 2 = 8,8 ⇒ v2 = 440 m/s
Lei de Snell: v2 λ2 330 6,6
sen i = λ1 No triângulo retângulo BFC:
sen r λ2
2 sen 53° = BC ⇒ 0,80 = BC
sen 45° = 28 ⇒ 2 = 28 BF 0,55
sen 30 ° λ2 1 λ2 BC = 0,44 m
2 Portanto, usando a expressão: Δs = v Δt, considerando-se a ida e a
2 λ2 = 28 volta, temos:
1,4 λ2 = 28 ⇒ λ2 = 20 cm 2 BC = v Δt
2 · 0,44 = 440 Δt
Resposta: b Δt = 0,88 s
440

76 O esquema a seguir representa a refração de uma onda sonora Δt = 2,0 · 10–3 s


plana que passa de um meio 1 (ar) para um meio 2 (gás em alta tem-
Respostas: a) 5 kHz; b) 8,8 cm; c) 2,0 ms
peratura e alta pressão). Estão indicados o raio incidente AB, o raio
Tópico 2 – Ondas 181

77 Quando duas ondas se superpõem, a onda resultante apresenta 79 A figura abaixo mostra, em um certo instante, duas ondas que
sempre, pelo menos, uma mudança em relação às ondas componen- se propagam numa corda longa, com o mesmo período T = 4 s:
tes. Tal mudança se verifica em relação à(ao):
a) comprimento de onda. d) fase.
b) período. e) frequência.
c) amplitude.

Resolução:
A onda resultante tem sua amplitude igual à soma das amplitudes das
ondas componentes.

Resposta: c Qual será a forma da onda resultante três segundos após o instante
mostrado acima?
78 E.R. No esquema a seguir, observamos duas ondas de mesmo
Resolução:
comprimento de onda e mesma amplitude, que se propagam numa Se o período vale 4s, a onda caminha 1 quadradinho a cada segundo.
mesma corda homogênea em sentidos opostos: Assim, após 3 s, temos:
1 cm
1 cm

Sabendo que a situação indicada ocorreu no instante t = 0 e que a


velocidade das ondas é igual a 1 cm/s, determine o perfil da corda
nos instantes:
a) t1 = 2 s; c) t3 = 4 s; Resposta:
b) t2 = 3 s; d) t4 = 7 s.
80 Numa mesma corda são produzidos dois pulsos, que se propa-
Resolução:
gam em sentidos opostos (figura A). No instante em que esses pulsos es-
a) Até o instante t1 = 2 s, as ondas deslocam-se 2 cm cada uma, no
tiverem totalmente superpostos (figura B), qual será a forma da corda?
sentido de suas propagações:

Figura A Figura B

b) Do instante t1 = 2 s até o t2 = 3 s, as ondas avançam mais 1 cm cada


uma. Então, temos a seguinte configuração: Resolução:
Observamos que a composição dos dois pulsos resulta:

Note que na parte central da corda houve uma interferência des-


trutiva.
c) No instante t3 = 4 s, as ondas se superpõem em concordância de
fase, ocorrendo uma interferência construtiva: Resposta:

81 Dois pulsos, X e Y, propagam-se ao longo de um fio homogê-


neo, como indicado na figura a seguir:

d) De t3 = 4 s até t4 = 7 s, as ondas percorrem mais 3 cm. Temos,


então, o seguinte perfil na corda: X

P
Y 1 cm

Quando os pulsos estiverem exatamente superpostos, qual será a am-


plitude do pulso resultante no ponto P?
182 PARTE II – ONDULATÓRIA

Resolução: Resolução:
Na superposição, temos: Ondas estacionárias são formadas por duas ondas iguais que se propa-
gam em sentidos opostos. Assim, numa corda, as ondas se propagam
até as extremidades, refletem e voltam se superpondo provocando
interferência.

Resposta: d
P
85 Uma onda estacionária é estabelecida numa corda, de modo a
formar três ventres e quatro nós, como está esquematizado na figura:
1 cm

A onda X puxa o ponto P um quadrinho para baixo, e a onda Y, três


Sabendo que a distância entre os nós extremos é de 1,5 m e a velocidade
quadrinhos para cima. O resultado é o ponto P, dois quadrinhos para
da onda é de 10 m/s, determine a frequência dessa onda.
cima (2 cm).
dP = 2 cm Resolução:
1,5 m

Resposta: 2 cm

82 Numa experiência com dois diapasões, os resultados obtidos fo-


ram batimentos. Isso só foi possível porque os diapasões vibraram com: λ
a) mesma amplitude.
b) amplitudes pouco diferentes entre si.
c) frequências bem diferentes. Assim:
d) frequências iguais. λ = 1,0 m
e) frequências de valores próximos. Portanto:
v=λf
Resolução: 10 = 1,0 · f
Batimento é um fenômeno que ocorre quando duas ondas têm mesma
natureza, mesma amplitude e frequências próximas. f = 10 Hz

Resposta: e Resposta: 10 Hz

83 Um afinador de pianos, ao realizar seu trabalho, vale-se de dia- 86 Uma corda de comprimento ᐉ = 2,4 m vibra com frequência de
pasões que emitem sons de frequências-padrão. Para afinar certa nota, 300 Hz no estado estacionário representado na figura. Qual a velocidade
após acioná-la, ele percute o diapasão correspondente e ouve os dois de propagação da onda na corda?
sons. A afinação da nota será considerada finda quando o afinador não
ᐉ = 2,4 m
observar entre os sons do piano e do diapasão:
a) interferência. d) ressonância.
b) polarização. e) reflexão.
c) batimentos.

Resolução:
A afinação do instrumento musical estará finda quando as notas emiti-
das pelo piano e pelo diapasão tiverem a mesma frequência. Isso ocor- Resolução:
re quando o afinador não percebe mais batimentos. Na figura, observamos que :

Resposta: c 3 λ = 2,4 m ⇒ λ =1,6 m


2
Portanto:
84 Numa corda vibrante, é possível observar ondas estacionárias.
v=λf
Elas se formam devido aos fenômenos de: v = 1,6 · 300
a) reflexão e refração.
b) dispersão e reflexão. v = 480 m/s
c) refração e polarização.
d) reflexão e interferência.
Resposta: 480 m/s
e) interferência e polarização.
Tópico 2 – Ondas 183

87 O esquema seguinte representa a configuração estacionária 90 (UFSCar-SP) A figura mostra dois pulsos numa corda tensionada
formada numa corda elástica, que tem uma extremidade fixa e outra no instante t = 0 s, propagando-se com velocidade de 2 m/s em senti-
vibrante: dos opostos:

6,0 cm 1 cm 1 cm

7 cm 2 cm
2 cm
3,0 cm

A respeito da onda estacionária formada na corda, aponte a alternativa v


verdadeira:
a) Embora sua velocidade de propagação seja nula, transporta energia. A configuração da corda no instante t = 20 s é:
b) Sua amplitude vale 6,0 cm. a)
c) Seu comprimento de onda vale 3,0 cm.
d) A distância entre dois de seus nós pode ser 6,0 cm.
e) A distância entre dois de seus ventres é 4,0 cm.
b)
Resolução:
Se a distância entre dois nós consecutivos vale 2,0 cm, a distância entre
dois nós pode ser 6,0 cm.
c)
Resposta: d

88 Um sistema físico que vibra devido à ressonância deve: d)


a) vibrar com sua máxima amplitude possível.
b) vibrar com uma frequência maior que sua frequência natural.
c) receber energia de uma onda que tem frequência igual à sua fre- e)
quência natural de vibração.
d) ser feito do mesmo material que a fonte emissora de ondas.
e) ter tamanho menor que o comprimento de onda emitido pela fon-
te de vibração.
Resolução:
Resolução: t = 20 ms = 20 · 10–3 s
O fenômeno da ressonância ocorre quando um sistema físico recebe
energia de uma onda de frequência igual à sua frequência própria de Fazendo-se:
vibração. Δs = vt,
Temos:
Resposta: c Δs = 2 · 20 · 10–3 m
Δs = 40 · 10–3 m
89 (Aman-RJ) Em um forno de micro-ondas, o processo de aqueci- Δs = 4 cm
mento é feito por ondas eletromagnéticas que atingem o alimento ali Assim, nesse intervalo de tempo, cada pulso percorre 4 cm apresentan-
colocado, incidindo assim nas moléculas de água nele presentes. Tais do a superposição:
ondas, de frequência 2,45 GHz, atingem aquelas moléculas, que, por
possuírem esta mesma frequência natural, passam a vibrar cada vez 1 cm
mais intensamente. Desse modo, podemos afirmar que o aquecimento
descrito é decorrente do seguinte fenômeno ondulatório: 2 cm
a) batimento. d) ressonância.
b) refração. e) difração.
c) interferência. Resultando:

Resolução: 1 cm
A frequência natural de vibração das moléculas de água é por volta de
1 cm
2,45 GHz (giga = 109).
No forno de micro-ondas, as moléculas de água dos alimentos en- 1 cm
tram em ressonância com as ondas eletromagnéticas emitidas pelo
magnétron, transformando a energia das ondas em energia térmica 1 cm
de aquecimento.

Resposta: d Resposta: d
184 PARTE II – ONDULATÓRIA

91 Duas ondas harmônicas, de mesma frequência e igual compri- 92 (UEL-PR) Dois pulsos idênticos se propagam numa mola perfei-
mento de onda, propagam-se em duas cordas idênticas. Os esquemas tamente elástica com velocidade v e são refletidos no ponto fixo P. O
representam o perfil de um mesmo trecho das cordas nos instantes esquema representa a posição dos pulsos no instante t = 0:
t0 = 0 e t1 = T , em que T é o período das ondas:
4 v (Ponto fixo)
t0 = 0 t1 = T t2 = T t3 = 3T P
4 2 4
Corda A

d d

Obs.: d é medido em metros.


Para que as deformações se anulem totalmente, por interferência, no
Corda B

instante t = 1 s, qual deve ser o valor da velocidade de propagação, em


metros por segundo?

Resolução:
resultante
Onda

(P fixo)
B A

d d
P
Determine: B
a) o sentido de propagação das ondas, em cada corda; A
b) o perfil das cordas nos instantes t2 = T e t3 = 3T ;
2 4 d d
c) o perfil de uma única corda, nos instantes considerados, supondo 2 2
que as ondas se superpõem, ocorrendo interferência entre elas. d d

Resolução: d 3d
Cada onda percorreu uma distância d + = até a superposição
2 2
a) Na corda A, a onda se propaga da esquerda para a direita e, na B, da com interferência destrutiva.
direita para a esquerda. 3d
b)
v= Δs = 2 ⇒ v = 3d m/s
t0 = 0 t1 =
T
t2 =
T
t3 =
3T Δt 1 2
4 2 4
Corda A

Resposta: 3d m/s
2

93 (UFSC) A figura representa dois pulsos de onda, inicialmente


separados por 6,0 cm, propagando-se em um meio com velocidades
Corda B

iguais a 2,0 cm/s, em sentidos opostos.


v
c)
2 cm
T T 3T 2 cm
t0 = 0 t1 = t2 = t3 = 6 cm
4 2 4

2 cm
resultante

2 cm
Onda

Considerando a situação descrita, indique a(s) proposição(ões)


correta(s).
Respostas: a) Na corda A, a onda se propaga da esquerda para a (01) Inicialmente, as amplitudes dos pulsos são idênticas e iguais a
direita e, na B, da direita para a esquerda. 2,0 cm.
b) t = 0 T T 3T
0
t =
4
t =
1 2
t = 24 3
(02) Decorridos 8,0 segundos, os pulsos continuarão com a mesma
velocidade e forma de onda, independentemente um do outro.
(04) Decorridos 2,0 segundos, haverá sobreposição dos pulsos e a am-
plitude será nula nesse instante.
(08) Decorridos 2,0 segundos, haverá sobreposição dos pulsos e a am-
c) t0 t1 t2 t3 plitude será máxima nesse instante e igual a 2,0 cm.
(16) Quando os pulsos se encontrarem, haverá interferência de um
sobre o outro e não mais haverá propagação dos mesmos.
Dê como resposta o somatório dos itens corretos.
Tópico 2 – Ondas 185

Resolução: Resolução:
(01) Correta. 0,04 kg
µ=m=
(02) Correta. L 1m
Após 8,0 s do início, as ondas já passaram uma pela outra. µ = 0,04 kg/m
(04) Correta.
Assim:
Em t = 2,0 s :
v = P = 1 = 25
µ 0,04
v = 5 m/s
Do desenho, temos:
λ = 2L = 2 · 1 m
λ=2m
Portanto:
(08) Incorreta. v=λf
(16) Incorreta. 5=2 f
f = 2,5 Hz
Resposta: 07
Resposta: b
94 (UEL-PR) Há algum tempo um repórter de televisão noticiou
uma marcha em algum lugar do Brasil. Em dado momento, citou que 96 (Vunesp-SP) A figura
os seus integrantes pararam de marchar quando estavam passando
mostra 3 pulsos deslocando-
sobre uma ponte, com medo de que pudesse cair. Na ocasião, o repór-
-se para a direita numa corda C B
ter atribuiu tal receio a “crendices populares”. Com base nos conceitos
com a extremidade móvel na
da Física, é correto afirmar que os integrantes da marcha agiram corre-
barra vertical. Até a reflexão
tamente, pois a ponte poderia cair devido ao fenômeno da(o): A
de todos os pulsos ocorre-
a) reverberação. c) ressonância. e) efeito Doppler.
rão, sequencialmente,
b) interferência. d) batimento.
a) duas interferências construtivas.
Resolução:
b) duas interferências construtivas e uma destrutiva.
As pessoas marchando provocam uma onda mecânica que pode ter a
c) uma interferência destrutiva, uma construtiva e outra destrutiva.
mesma frequência de vibração da ponte. A energia dessa onda pode
d) duas interferências destrutivas.
fazer a ponte oscilar e até cair.
e) duas interferências destrutivas e uma construtiva.
Esse fenômeno chama-se ressonância.

Resposta: c Resolução:
Os três pulsos refletem sem inversão de fase (a extremidade da onda
está solta).
95 (Cefet-MG) Uma corda com comprimento livre L possui uma de Assim, na volta, o pulso A interfere destrutivamente com o pulsos B e C.
suas extremidades presa à haste de um vibrador e a outra, passando O pulso B, na volta, interfere construtivamente com o pulso C.
por uma roldana, sustentando um peso P. A velocidade de propagação
das ondas na corda é expressa por v = P , em que μ representa a Resposta: e
μ
m
massa específica linear da corda . Os valores de P, L e m encon- 97 A figura seguinte representa as ondas produzidas por duas fon-
L
tram-se na tabela.
tes, F e G, que vibram na superfície de um líquido. X, Y e Z são pontos
P 1N da superfície do líquido. As circunferências indicam cristas. Considere
L 1m que na região indicada não há amortecimento das ondas.
m 0,04 kg
b b
V Corda Z
(Vibrador) Roldana X

L F G

P Y
Considerando que a corda é posta para vibrar, adquirindo o formato
mostrado, é correto afirmar que o valor da frequência f de vibração, em a) Se f é a frequência da fonte F, qual a frequência da fonte G?
oscilações/segundo, é igual a: b) Se x, y e z são amplitudes de vibração da água nos pontos X, Y e Z,
a) 1,5. b) 2,5. c) 4,5. d) 5,0. e) 7,0. compare x, y e z.
186 PARTE II – ONDULATÓRIA

Resolução: Na casa de Nélson, a recepção de rádio FM é ruim, mas a de rádio AM


a) Como as ondas F e G propagam-se com a mesma velocidade e é boa.
possuem o mesmo comprimento de onda, suas frequências serão Com base nessas informações, explique por que isso acontece.
iguais.
g=f Resolução:
Sendo:
b) X ⇒ superposição de duas cristas fAM ⬍ fFM
Y ⇒ superposição de dois vales temos:
Z ⇒ superposição de uma crista e um vale. λAM ⬎ λFM
Assim:
Assim, as ondas AM difratam com maior facilidade, já que seu compri-
x=y>z mento de onda é da ordem da dimensão de prédios e montanhas.
As ondas FM difratam menos.
Respostas: a) g = f; b) x = y ⬎ z
Resposta: As ondas AM difratam mais facilmente que as ondas FM.
98 O esquema a seguir representa, visto de cima, a evolução de on-
100 O princípio que estabelece que cada ponto de uma onda se
das na superfície da água. Elas se propagam da esquerda para a direita,
incidindo na mureta indicada, na qual há uma abertura de largura d: comporta como se fosse uma fonte de ondas secundárias é devido a:
a) Newton. d) Huygens.
b) Young. e) Coulomb.
c) Fresnel.

d Resolução:
O descrito no texto é o Princípio de Huygens.
λ
Resposta: d

Mureta
101 (UFSC) Na figura abaixo estão representadas as cristas (circun-
As ondas, cujo comprimento de onda vale λ, conseguem “contornar” a ferências contínuas) e os vales (circunferências tracejadas) das ondas
mureta, propagando-se à sua direita. É correto que: produzidas pelas fontes F1 e F2, num determinado instante. A ampli-
a) ocorreu refração, e d > λ. tude de cada onda é igual a 1,0 cm e a frequência de vibração de F1
b) ocorreu refração, e d = λ. como a de F2 é igual a 10 Hz.
c) ocorreu difração, e d < λ.
d) ocorreu reflexão, e d > λ.
e) tudo o que se afirmou não tem relação alguma com o fenômeno A
ocorrido.

Resolução:
O fenômeno observado é a difração e a largura da fenda d é menor F1 F2 5,0 cm
que o comprimento de onda λ.
C B
Resposta: c

99 (UFMG) No alto da Serra do Curral, estão instaladas duas antenas


transmissoras – uma de rádio AM e outra de rádio FM. Entre essa serra e Indique a(s) proposição(ões) verdadeira(s):
a casa de Nélson, há um prédio, como mostrado na figura a seguir: (01) Cada uma das ondas independentemente é unidimensional.
FM
(02) No ponto A, há uma interferência construtiva com amplitude de
vibração de 2,0 cm.
(04) No ponto B, há uma interferência destrutiva com amplitude de
AM vibração nula.
(08) No ponto C, há uma interferência construtiva com amplitude de
vibração de 2,0 cm.
Prédio (16) O comprimento de onda de cada onda é 5,0 cm.
Casa de (32) O valor da velocidade de propagação de cada onda é v = 100 cm/s.
Nélson Dê como resposta a soma dos números associados às proposições
corretas.

Resolução:
(01) Falsa.
Cada onda circular representada é bidimensional, isto é, ela se
propaga em um plano.
Tópico 2 – Ondas 187

(02) Verdadeira. 103 Nas figuras, F e F são duas fontes de ondas circulares de mes-
1 2
Em A, ocorre uma interferência construtiva (IC); temos crista com ma frequência que se propagam na superfície da água. Supondo que
crista: na primeira figura as fontes estejam em concordância de fase e que na
A = A1 + A2 = 1,0 + 1,0 segunda estejam em oposição, determine o tipo de interferência que
A = 2,0 cm ocorre nos pontos A, B, C e D. As ondas propagam-se com comprimen-
(04) Verdadeira. tos de onda iguais a 2 cm.
Em B, ocorre uma interferência destrutiva (ID); temos crista com Figura 1 B
vale:
A = A 1 – A2 ⇒ A = 0 9 cm 5 cm
(08) Verdadeira.
Em C, ocorre uma interferência construtiva (IC); temos vale com
vale:
A = A1 + A2 = 2,0 cm
(16) Falsa. F1 8 cm A 3 cm F2
O comprimento de onda (λ) é a distância entre duas cristas ou
entre dois vales consecutivos. Figura 2 D
λ = 10 cm
(32) Verdadeira. 20 cm
v = λ f ⇒ v = 10 · 10
v = 100 cm/s
Portanto, a soma dos números correspondentes às afirmações corretas
é 46.
F1 14,5 cm C 10,5 cm F2
Resposta: 46
Resolução:
102 E.R. Numa cuba de ondas de profundidade constante, dois Na figura 1 (fontes em concordância de fase)
estiletes funcionam como fontes de ondas circulares, vibrando em Em A:
fase com frequência de 5 Hz. Sabendo que a velocidade dessas ondas ΔdA = (8 – 3) cm
na superfície da água é de 10 cm/s, determine o tipo de interferência ΔdA = 5 cm
que ocorre nos pontos P e Q da figura. Como:
P
λ = 2 cm
Então:
9 cm ΔdA = 5 λ
2
Para N = 5, temos Interferência Destrutiva.
Em B:
F1 7,5 cm Q 7,5 cm F2 ΔdB = (9 – 5) cm
ΔdB = 4 cm
ΔdB = 4 λ
Resolução:
Ponto Q 2
Como o ponto Q está a igual distância das fontes e estas vibram em
Para N = 4, temos Interferência Construtiva.
fase, a interferência nesse local é construtiva, pois Δd = 0.
E sendo Δd = N λ , temos N = 0. Na figura 2 (fontes em oposição de fase)
2 Em C:
Obs.: Para N = 0, 2, 4, 6, 8, ..., teremos interferência construtiva (IC) ΔdC = (14,5 – 10,5) cm
e para N = 1, 3, 5, 7, ..., teremos interferência destrutiva (ID), caso as ΔdC = 4 cm
fontes estejam em concordância de fase (se estiverem em oposição, ΔdC = 4 λ
as condições se inverterão). 2
Ponto P Para N = 4, temos Interferência Destrutiva (atenção: as fontes estão
Para o ponto P, temos PF2 = 9 cm e PF1 pode ser calculado pelo Teore- em oposição de fase).
ma de Pitágoras, já que o triângulo F1PF2 é retângulo. Então: Em D:
(F1F2 )2 = (PF1 )2 + (PF2 )2 ΔdD = 20 – F1D
152 = (PF1 )2 + 92 ⇒ (PF1 )2 = 225 – 81 = 144 F1D = 15 cm
PF1 = 12 cm ΔdD = (20 – 15) cm
Assim, temos: ΔdD = 5 cm
Δd = PF1 – PF2 = 12 – 9 ⇒ Δd = 3 cm ΔdD = 5 λ
2
Da relação Δd = N λ , sendo λ = v = 10 cm/s = 2 cm, vem:
2 f 5 Hz Para N = 5, temos Interferência Construtiva (fontes em oposição de
2 fase).
3=N· ⇒ N=3
2
Portanto, em P a interferência é destrutiva. Respostas: A(ID), B(IC), C(ID), D(IC).
188 PARTE II – ONDULATÓRIA

104 (Cefet-MG) Os diagramas seguintes mostram duas fontes de b) N = 2


onda Fa e Fb , em fase, produzindo ondas na superfície da água, de com- f = n v = 2 · 10 ⇒ f = 10 Hz
primento de onda λ . 2 Δx 2(3,0 – 1,0)
x x x Respostas: a) 5,0 Hz; b) 10 Hz
2,5 λ 3,0 λ 5,0 λ
2,5 λ 5,0 λ
4,0 λ 106 Numa cuba de ondas, criam-se ondas de superfície com duas
Fa Fb
Fa Fb
fontes puntiformes síncronas sediadas nos pontos O e A. Qual o maior
Fb
(I) (II)
Fa
(III) comprimento de onda λ possível para que no ponto B ocorra um má-
ximo de interferência? E para um mínimo de interferência em B?
Em x, o deslocamento da superfície da água é nulo no(s) diagrama(s): y
a) somente I. d) somente II. B
A
b) somente I e II. e) I, II e III.
c) somente III. 0,6 m

Resolução:
O x
O deslocamento na superfície da água é nulo nos pontos de interfe-
0,8 m
rência destrutiva (ID), em que a diferença de percurso das ondas é um
número ímpar de λ . Observe que as fontes estão em fase.
Resolução:
2 Por Pitágoras:
Em I:
(OB)2 = (0,6)2 + (0,8)2
Δx = 3,0 λ – 2,5 λ = 0,5 λ
Δx = 1 λ (ID)
OB = 1 m
2 Assim, sendo:
Em II: Δx = N λ
2
Δx = 5,0 λ – 2,5 λ = 2,5 λ Temos:
Δx = 5 λ (ID) (1,0 – 0,8) = Nλ
2 2
0,4 = N λ
Em III: Para que em B tenhamos:
Δx = 5,0 λ – 4,0 λ = 1,0 λ IC → N = 2
Δx = 2 λ (IC)
2 0,4 = 2 · λ ⇒ λ = 0,2 m (máximo)
Resposta: b ID → N = 1
0,4 = 1 λ ⇒ λ = 0,4 m (mínimo)
105 Dois estiletes E e E vibram verticalmente, executando movi-
1 2
mentos harmônicos simples, de frequências iguais. Suas extremidades Respostas: 0,2 m (máximo), 0,4 m (mínimo)
colidem com a superfície da água de um lago, provocando ondas de
amplitudes iguais que se propagam sem amortecimento, com veloci- 107 E.R. Um tanque de fundo plano contém benzeno transpa-
dade de 10 m/s. rente de índice de refração absoluto igual a 1,5. Um onda de tele-
comunicações com frequência igual a 100 MHz, emitida de um sa-
E1 E2
télite, incide verticalmente sobre a superfície tranquila do benzeno,
sendo em parte refletida na superfície líquida e em parte refletida
no fundo do tanque. Sabendo-se que a intensidade da velocidade
P
da luz no vácuo é igual a 3,0 · 108 m/s, determine:
2,0 m 3,0 m a) a intensidade da velocidade da onda no interior do benzeno, bem
como seu respectivo comprimento de onda;
Sabendo que os estiletes vibram em oposição de fase, calcule a menor b) as três menores alturas do benzeno dentro do tanque para que
frequência de suas oscilações para que no ponto P indicado se observe: a parcela da onda refletida na superfície líquida seja cancelada
a) o máximo reforço das ondas que se superpõem; pela parcela da onda refletida no fundo do tanque.
b) o anulamento das ondas que se superpõem.
Resolução:
Resolução: a) A intensidade da velocidade da onda no interior do benzeno é
calculada por:
Δx = N λ 3,0 · 108
2 n = c ⇒ 1,5 = ⇒ v = 2,0 ·108 m/s
Mas: v = λ f ⇒ λ = v v v
f Aplicando-se a Equação Fundamental da Ondulatória, determi-
Então: Δx = N v ⇒ f = Nv
2f 2 Δx namos o comprimento de onda da onda do satélite no interior do
a) Para interferência construtiva (IC), N deve ser ímpar, já que as fon- benzeno.
tes estão vibrando em oposição de fase. Para a menor frequência, v = λ f ⇒ 2,0 · 108 = λ100 · 106 ⇒ λ = 2,0 m
N = 1.
É importante notar que mesmo sofrendo sucessivas refrações a
f = 1 · 10 ⇒ f = 5,0 Hz onda mantém inalterada sua frequência de 100 MHz.
2(3,0 – 2,0)
Tópico 2 – Ondas 189

b) Resolução:
Interferência Sendo o comprimento de onda (6 cm) maior que a abertura da fenda
destrutiva (ID) (3 cm) atingida, ocorrerá difração. A frequência da onda, que não sofre
alteração devido à difração, é:
v=λf
Condição de ID: Δy = λ 0,06 = 0,06 · f
2
Mas, Δy = 2h, logo:
f = 1 Hz
2h = k λ ⇒ h = k
2,0
(m)
2 4
h Resposta: b
Donde: h = k 0,50 (m)
(k = 1, 3, 5, ...) 111 (ITA-SP) “Cada ponto de uma frente de onda pode ser conside-
rado a origem de ondas secundárias tais, que a envoltória dessas ondas
forma a nova frente de onda.”
Os três menores valores de h correspondem aos três menores va- I. Trata-se de um princípio aplicável somente a ondas transversais.
lores de k (k = 1, k = 3 e k = 5). II. Tal princípio é aplicável somente a ondas sonoras.
III. É um princípio válido para todos os tipos de ondas, tanto mecânicas
Assim:
quanto eletromagnéticas.
Para k = 1: h = 1 · 0,50 m ⇒ h = 0,50 m Das afirmativas, pode-se dizer que:
a) somente I é verdadeira.
Para k = 3: h = 3 · 0,50 m ⇒ h = 1,5 m b) todas são falsas.
c) somente III é verdadeira.
d) somente II é verdadeira.
Para k = 5: h = 5 · 0,50 m ⇒ h = 2,5 m e) I e II são verdadeiras.

Resolução:
108 (Uece) Um método muito usado para inibir a reflexão da luz em
I. Falsa.
vidros é recobri-los com um filme fino e transparente. A espessura mí- Esse princípio é aplicável a qualquer tipo de onda.
nima, em nm, que um filme fino com índice de refração 1,25 deve ter II. Falsa.
para que uma luz de comprimento de onda igual a 620 nm, no vácuo, III. Verdadeira.
não seja refletida, quando incide praticamente normal a um vidro de
índice de refração 1,50, é: Resposta: c
a) 155. b) 124. c) 112. d) 103.
112 Na montagem da experiência de Young, esquematizada abai-
Resposta: b xo, F é uma fonte de luz monocromática de comprimento de onda
igual a λ .
109 (ITA-SP) Um fina película de fluoreto de magnésio recobre o
espelho retrovisor de um carro a fim de reduzir a reflexão luminosa. Fonte de luz
Determine a menor espessura da película para que produza a reflexão monocromática
mínima no centro do espectro visível. Considere o comprimento de a Máximo
onda λ = 5 500 Å, o índice de refração do vidro nv = 1,50 e o da película central
np = 1,30. Admita a incidência luminosa como quase perpendicular ao F b
espelho. 1º Máximo
secundário

Resposta: 1 058 Å
Tela
110 (Olimpíada Brasileira de Física) Ondas de 6 cm de comprimento,
produzidas na superfície de um tanque, propagam-se com uma ve- Na região onde se localiza o primeiro máximo secundário, qual a diferen-
locidade de 0,06 m/s. Essas ondas encontram um anteparo com uma ça entre os percursos ópticos dos raios provenientes das fendas a e b?
abertura de 3 cm. Pode-se afirmar que:
a) ocorre difração e o comprimento de onda, após a abertura, é meta- Resolução:
de da anterior.
b) ocorreu difração e a frequência das ondas é sempre 1 Hz. Δx = N λ
2
c) ocorre refração e a velocidade de propagação das ondas aumen-
tou. Para 1o máximo, temos N = 2
d) ocorre refração, embora as ondas se desloquem na mesma Δx = 2 λ ⇒ Δx = λ
direção. 2
e) as ondas sofrem reflexão, porque a abertura é menor que o compri-
Resposta: λ
mento de onda.
190 PARTE II – ONDULATÓRIA

113 (UFBA) Na experiência de Thomas Young, a luz monocromática De acordo com a tabela dada, identifique qual é a cor da luz do expe-
difratada pelas fendas F1 e F2 se superpõe na região limitada pelos ante- rimento.
paros A2 e A3, produzindo o padrão de interferência mostrado na figura. a) Vermelha. c) Verde. e) Violeta.
b) Amarela. d) Azul.
x
Resolução:
Fonte P
No ponto C, encontramos a primeira franja escura (N = 1).
de luz a Assim:
F1
F0 b 0 l Δx = N λ
2
2,4 ·10–7 = 1 λ
F2
2
A1 λ = 4,8 · 10–7 m
Na tabela, observamos que esse comprimento de onda corresponde
A2 à luz de cor azul.
A3
Resposta: d
Sabendo que a luz utilizada tem frequência igual a 6,0 · 1014 Hz e se
propaga com velocidade de módulo igual a 3,0 · 108 m/s, determine,
em unidades do Sistema Internacional, a diferença entre os percursos 115 (Cesubra-DF) Um ser humano é capaz de perceber sons que va-
ópticos a e b dos raios que partem de F1 e F2 e atingem o ponto P. riam entre 20 Hz e 20 kHz. Ondas semelhantes, acima de 20 kHz, são
chamadas de ultrassom. Na Medicina, o ultrassom, com frequências
Resolução: entre 1,0 · 106 Hz e 10 · 106 Hz é utilizado para analisar órgãos internos
Na figura observamos que em P ocorre interferência destrutiva. do corpo humano. Já, o olho humano é capaz de perceber ondas de
Assim: frequências compreendidas entre 4,5 · 1014 Hz e 7,5 · 1014 Hz e, imedia-
Δx = b – a tamente acima desta última, tem-se o ultravioleta, que, em excesso,
N λ = b – a, pode provocar o aparecimento de câncer de pele. A velocidade de
2 propagação do som nos sólidos tem valor próximo a 1 500 m/s e da luz
em que (N = 3) no ar (ou vácuo), aproximadamente 300 000 km/s. Com base no texto
No entanto: v = λ f ⇒ λ = v e nos seus conhecimentos sobre o assunto, julgue os itens a seguir,
f classificando-os como verdadeiros ou falsos.
Então:
8
3 · 3,0 · 10 = b – a ⇒ (1) Quando um paciente submete-se ao exame de ultrassom, seu
(b – a) = 7,5 · 10–7 m corpo é permeado por ondas mecânicas cujos comprimentos de
2 6,0 · 1014
onda variam entre 0,15 mm e 1,5 mm.
Resposta: 7,5 · 10–7 m (2) Ondas de rádio são mecânicas e suas frequências estão com-
preendidas entre 20 Hz e 20 kHz.
114 (FURG-RS) A figura mostra a montagem da experiência de (3) Quando um olho emetrope percebe a luz solar, as células da
retina (os cones e os bastonetes) sensibilizam-se, porque estão
Young sobre o fenômeno da interferência da luz. Um feixe de luz
recebendo ondas cujos comprimentos estão compreendidos en-
monocromático incide perpendicularmente sobre a parede opaca da
tre 4,0 · 10–7 m e 6,6 · 10–7 m, aproximadamente.
esquerda, que tem duas fendas F1 e F2, próximas entre si. A luz, após
(4) Admitindo que a velocidade de propagação do som no ar seja
passar pelas fendas, forma uma figura de interferência no anteparo
igual a 340 m/s, um trovão que é ouvido 4 s após a visualização
da direita. O ponto C é a posição da primeira franja escura, contada
do relâmpago indica que o trovão e o relâmpago ocorreram a
a partir da franja clara central. A diferença de percurso entre as luzes
1 360 m do observador, aproximadamente.
provenientes das fendas é 2,4 · 10–7 m.
(5) É impossível que uma onda sonora sofra interferência com uma
onda luminosa.
Resolução:
C (1) Verdadeiro.
F1 v=λf ⇒ λ= v
f
F2 Linha de referência Ultrassom utilizado na medicina:
λmín = 1 500 6 m ⇒ λmín = 0,15 mm
Feixe de luz 10 · 10
monocromático
Parede opaca λmáx = 1 500 6 m ⇒ λmáx = 1,5 mm
Anteparo 1,0 · 10
(2) Falso.
Cor Comprimento de onda Ondas de rádio são ondas eletromagnéticas.
(3) Verdadeiro.
Vermelha 6,5 · 10–7 m
λ= v
Amarela 5,7 · 10–7 m f
Luz visível.
Verde 5,4 · 10–7 m 8
λmín = 3,0 · 1014 m ⇒ λmín = 4,0 · 10–7 m
Azul 4,8 · 10–7 m 7,5 · 10
8
Violeta 4,5 · 10–7 m λmáx = 3,0 · 1014 m ⇒ λmáx = 6,6 · 10–7 m
4,5 · 10
Tópico 2 – Ondas 191

(4) Verdadeiro. Resolução:


d = v Δt 50
d = 340 · 4 (m) 40

μm
d = 1 360 m 30

cm2
W
(5) Verdadeiro. 20
O fenômeno da interferência somente ocorre entre ondas de


10
mesma natureza.
0 1 2 3 4 5 6
Respostas: V, F, V, V, V Comprimento de onda (μm)

De acordo com as informações do texto e do gráfico e adotando-se


116 (Unesp-SP) O princípio físico fundamental para entender o para a intensidade da velocidade de propagação das ondas eletro-
forno de micro-ondas baseia-se no conceito de ressonância. Na magnéticas o valor 3,0 · 108 m/s, pode-se afirmar que a temperatura
parte superior da parede, numa das laterais do forno, encontra-se da fornalha e a frequência da radiação de máxima intensidade emitida
o magnetron, que é a fonte de micro-ondas e que determina a fre- valem, respectivamente:
quência dessas ondas eletromagnéticas. Por sua vez, as dimensões a) 3,0 ·103 K e 5,0 ·1014 Hz. d) 2,0 ·103 K e 2,0 ·1014 Hz.
do forno são adequadas para que se formem ondas estacionárias no b) 3,0 ·103 K e 2,0 ·1014 Hz. e) 5,0 ·103 K e 2,5 ·1014 Hz.
seu interior. Os antinodos formados por essas ondas estacionárias c) 2,0 ·103 K e 5,0 ·1014 Hz.
podem ser visualizados por manchas mais escuras em um papel fo-
Resposta: d
tossensível (como os de aparelhos de fax) deixado no forno durante
período breve de funcionamento.
a) Quais grandezas físicas variam periodicamente dando origem às 118 Informações são guardadas em discos CD por meio de sequên-
micro-ondas? cias de traços ao longo da superfície do disco, as quais são varridas por
b) Calcule a velocidade das micro-ondas de um forno, sabendo que um feixe de laser durante a leitura.
a distância entre o centro de duas manchas no papel de fax foi Analise as proposições a seguir.
da ordem de 6 cm e que a frequência, indicada pelo fabricante, é (01) No vácuo, a velocidade das ondas eletromagnéticas que formam
2,45 GHz. o feixe de laser é de 300 000 km/s.
(02) As ondas eletromagnéticas que formam o feixe de laser podem
Resolução: deslocar-se através de fibras ópticas, sofrendo sucessivas refle-
a) A intensidade da corrente alternada, no interior do magnétron, xões totais.
varia periodicamente. Essa variação produz um campo elétrico e (04) Qualquer feixe de laser, tal como o feixe empregado na leitura de
outro magnético, de intensidades variáveis com o tempo, que ca- um CD, é formado por ondas eletromagnéticas de vários compri-
racterizam a onda eletromagnética emitida. mentos de onda.
(08) Todo feixe de laser é formado por fótons de frequência bem def
b) 6 cm = λ ⇒ λ = 1,2 cm = 12 · 10–2 m inida.
2 (16) A leitura de um disco CD é realizada com base no fenômeno da
Sendo: interferência de ondas.
v = λ f, (32) A leitura de um disco CD é feita de maneira digital (binária), isto
temos: é, laser refletido fortalecido: dígito 1; laser refletido enfraquecido:
v = 12 · 10–2 · 2,45 · 109 (m/s) dígito 0.
(64) A leitura de um disco CD também pode ser realizada com o em-
v = 2,94 · 108 m/s prego de ondas mecânicas.
Dê como resposta a soma dos números associados às proposições
corretas.
Respostas: a) Intensidade da corrente alternada, do campo elétrico
e do campo magnético; b) 2,94 · 108 m/s
Resolução:
(01) Correta.
117 Em 1894, o físico alemão Wilhelm Wien (1864-1928) pro- (02) Correta.
pôs que o produto entre o comprimento de onda da radiação de (04) Incorreta.
máxima intensidade emitida por um corpo (λmáx) e sua respectiva O laser é constituído por um feixe de luz coerente (em concor-
temperatura absoluta (T) é aproximadamente constante, conforme dância de fase) e de uma só frequência (de um só comprimento
a expressão de onda).
(08) Correta.
λmáx T ⯝ 3,0 · 103 (µmK) (16) Correta.
(32) Correta.
A radiação térmica proveniente de uma fornalha utilizada para fun- Laser refletido fortalecido = interferência construtiva.
dir materiais pode ser analisada por um espectrômetro. A intensi- Laser refletido enfraquecido = interferência destrutiva.
dade das radiações emitidas por essa fornalha a uma determinada (64) Incorreta.
temperatura foi registrada pelo equipamento em função do com- A leitura somente pode ser feita com ondas eletromagnéticas.
primento de onda correspondente, obtendo-se a curva espectral
Resposta: 59
a seguir.
192 PARTE II – ONDULATÓRIA

119 As curvas A e B representam duas fotografias sucessivas de uma Resolução:


onda transversal que se propaga numa corda. O intervalo de tempo a) Do gráfico:
entre as fotografias é de 0,008 s e é menor que o período da onda. λ=4m
A=2m
y (mm)
ϕ0 = π rad
1,0 2
Como: v = λ f,
0,5 temos: 2 = 4 f ⇒ f = 1 Hz
2
Assim, a equação de onda é dada por:
A B
0
y = A cos 2π ft – x + ϕ0
λ
–0,5

–1,0
y = 2 cos 2π t – x + π (SI)
2 4 2

0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4 2,8 x (m) b) ΔϕAD = ϕA – ϕD
Pede-se para determinar:
a) a amplitude (A), o comprimento de onda (λ) e a frequência (f) da ΔϕAD = 2π t – 1,5 + π – 2π t – 6,5 + π (rad)
2 4 2 2 4 2
onda que se propaga ao longo da corda;
b) a intensidade (v) da velocidade de propagação.
ΔϕAD = 2π 6,5 – 1,5 (rad)
4 4
Resolução:
a) Na figura:
ΔϕAD = 5π rad
A = 1,0 mm 2

λ = 2,0 m c) ΔϕBC = ϕB – ϕC
v = Δx = λ f ΔϕBC = 2π 5 – 3
Δt 4
(rad)
0,2 = 2,0 f
0,008 ΔϕBC = π rad
f = 1,25 Hz Os pontos B e C estão em oposição de fase.

b) v = Δx = 0,2 m Respostas: a) y = 2 cos 2π t – x + π (SI); b) 5π rad;


Δt 0,008 s 2 4 2 2
v = 25 m/s c) Oposição de fase.

Respostas: a) 1,0 mm, 2,0 m, 12,5 Hz; b) 25 m/s


121 A figura seguinte representa três fotografias do mesmo trecho
de uma corda, por onde se propaga um trem de ondas sinusoidais sem
120 A figura representa no instante t = 0 um trecho de uma corda dissipação de energia.
0
elástica e não-absorvedora percorrida por um trem de ondas harmô-
nicas que se propagam para a direita, com velocidade de intensidade Propagação
y (m) A B C
igual a 2 m/s. 2

y (m) Propagação
C 1
2
A

0 1 2 3 4 5 6 x (m)

0
1 2 3 4 5 6 7 x (m) –1

–2
A B C
D
–2
B
A primeira fotografia, identificada pela letra A, foi obtida no instante
Considerando o referencial cartesiano 0xy, responda: t = 0; a segunda, B, foi obtida no instante t = 0,05 s e a terceira, C, no
a) Qual a equação das ondas, y = f(x, t), dada em unidades do SI? instante t = 0,10 s. Em relação ao sistema cartesiano xOy, determine:
b) Qual a defasagem, em radianos, entre os pontos A e D? a) a velocidade de propagação das ondas;
c) Os pontos B e C estão vibrando em concordância ou em oposição b) o comprimento de onda, a frequência e o período;
de fase? Justifique. c) a “equação” y = f(x, t) das ondas referidas.
Tópico 2 – Ondas 193

Resolução: Observe que, entre duas fotos consecutivas, há um intervalo de


a) v = d = 1 m tempo maior que um período.
Δt 0,05 s v=λf
v = 20 m/s 50 = 2,0 f ⇒ f = 25 Hz
b) Do gráfico: No sentido negativo de Ox:
λ=4m
v = Δs = 3,5 m
v = λ f ⇒ 20 = 4 f ⇒ f = 5 Hz Δt 0,05 s

f = 1 ⇒ T = 1 s ⇒ T = 0,2 s v = 70 m/s
T 5
c) y = A cos 2π ft – x + ϕ0 v=λf
λ
70 = 2,0 f ⇒ f = 35 Hz

y = 2 cos 2π 5t – x + π (SI)
4 2 Respostas: a) 1,0 m, 2,0 m; b) 50 m/s e 25 Hz, 70 m/s e 35 Hz

Observe que ϕ0 = π porque o ponto O da corda começa no zero e 123 (UFC-CE) Um método muito usado para inibir a reflexão da luz
2
oscila para valores negativos. em vidros é recobri-los com um filme fino e transparente. A espessura
mínima, em nm, que um filme fino com índice de refração 1,25 deve ter
Respostas: a) v = 20 m/s; b) 4 m, 5 Hz, 0,2 s; para que uma luz de comprimento de onda igual a 620 nm, no vácuo,
não seja refletida, quando incide praticamente normal a um vidro de
c) y = 2 cos 2π 5t – x + π (SI) índice de refração 1,50, é:
4 2
a) 155.
b) 124.
122 O esquema abaixo representa três fotografias consecutivas e c) 112.
superpostas de um mesmo trecho de uma corda elástica, ao longo da d) 103.
qual se propaga um trem de ondas harmônicas. O intervalo de tempo
entre duas fotografias consecutivas é maior que um período das on- Resolução:
das, porém, menor que dois períodos. Para inibir a reflexão, os raios refletidos A e B da figura devem interferir
t0 = 0,00 s t1 = 0,05 s t2 = 0,010 s destrutivamente (ID).
y (m)
1,0

0,5 A
Vácuo
B
0

–0,5 e Filme

–1,0
Vidro
0 1,0 2,0 3,0 x (m)
A partir da figura, determine:
a) a amplitude e o comprimento de onda das ondas;
b) a intensidade da velocidade de propagação, bem como a frequên- Assim:
cia, admitindo-se dois casos: as ondas propagam-se no sentido Δx = 2e = N λ (N = 1, 2, 3, ...),
2
positivo do eixo 0x; as ondas propagam-se no sentido negativo do
eixo 0x. mas:
λF n 0 λ
= ⇒ F = 1,00
Resolução: λ 0 nF 620 1,25
a) Da figura, temos:
λF = 496 nm
A = 1,0 m
Portanto:
λ = 2,0 m 2 emín = 1 · 496 (nm)
2
b) No sentido positivo de Ox:
emín = 124 nm
v = Δs = 2,5 m
Δt 0,05 s
v = 5,0 m/s Resposta: b
194 PARTE II – ONDULATÓRIA

124 (UFC-CE) Uma estação (E) de rádio AM, transmitindo na frequên- o sistema funcione bem, a absorção atmosférica desse sinal eletro-
cia f = 750 kHz, está sendo sintonizada por um receptor (R), localizado magnético deve ser pequena. A figura a seguir mostra a porcentagem
a 3,0 km de distância. A recepção é, momentaneamente, interrompida de radiação eletromagnética absorvida pela atmosfera em função do
devido a uma interferência destrutiva entre a onda que chega direto comprimento de onda.
da estação e a que sofre reflexão no avião (A), que voa a uma altu-

Fração absorvida (%)


100
ra h, a meio caminho entre a estação e o receptor (veja figura abaixo).
Determine o menor valor possível de h. A velocidade da luz no ar é
c = 3,0 · 108 m/s. 50
Obs.: a onda refletida sofre uma inversão de fase.
A
0
10–9 10–7 10–5 10–3 10–1 101 103
Comprimento de onda (m)

h
a) A frequência do sinal GPS é igual a 1 500 MHz. Qual o comprimento
de onda correspondente? Qual a porcentagem de absorção do si-
nal pela atmosfera?
b) Uma das aplicações mais importantes do sistema GPS é a determi-
nação da posição de um receptor na Terra. Essa determinação é feita
1,5 km 1,5 km por meio da medida do tempo que o sinal leva para ir do satélite até
E R
o receptor. Qual é a variação Δt na medida do tempo feita pelo recep-
tor que corresponde a uma variação na distância satélite-receptor de
Resolução: Δx = 100 m? Considere que a trajetória do sinal seja retilínea.
A
Resolução:
a) v = λ f
3,0 · 108 = λ 1,5 · 109
x x λ = 2,0 · 10–1m
h
No gráfico, observamos que, para esse comprimento de onda, a
fração absorvida pela atmosfera é nula.
1,5 km 1,5 km
E R b) Δx = d2 – d1 = 100 m
Como: Δx = v Δt,
Δd = N λ temos: 100 = 3,0 · 108 Δt
2
Δt ⯝ 3,3 · 10–7 s
2x – 3 000 = N v
2 f
2x – 3 000 = N 3,0 · 108 Respostas: a) 0,2 m, nula; b) 3,3 · 10–7 s
2 750 · 103
2x – 3 000 = N 200 126 A figura mostra uma onda progressiva em dois instantes de
Por causa da reflexão com inversão de fase no avião, a condição para tempo: t1 = 1,0 s ( ) e t2 = 9,0 s ( ). Se a distância indicada for
ID em R é N = 2. d = 2,0 m, o período (em segundos) da onda não poderá ser igual a:
Assim:
2x – 3 000 = 2 · 200
2x = 3 400
x = 1 700 m
Por Pitágoras:
x2 = h2 + (1 500)2
(1 700)2 = h2 + (1 700)2
h2 = 2 890 000 – 2 250 000 d
h2 = 640 000
a) 32 . b) 16. c) 6,4. d) 3,5. e) 2,5.
h = 800 m
Resolução:
Resposta: 800 m Do gráfico:
λ = 4 d = 4 · 2,0 m
125 (Unicamp-SP) O sistema GPS (Global Positioning System) consis- λ = 8,0 m
te em um conjunto de satélites em órbita em torno da Terra que trans- Como: v = λ 1 e v = Δs
T Δt
mitem sinais eletromagnéticos para receptores na superfície terrestre. λΔt
Então: T =
A velocidade de propagação dos sinais é de 300 000 km/s. Para que Δs
Tópico 2 – Ondas 195

Entre a situação de linha cheia (t1=1,0 s) e a da linha tracejada (t2 = 9,0 s), c) No ponto x = 2,0 m, a velocidade da corda é nula e a aceleração é
a onda pode ter percorrido a distância: determinada por:
1) d = 2,0 m γ = –aω2 = –a(2πf)2
T1 = 8,0 (9,0 – 1,0) ⇒ T1 = 32 s γ = –0,50 (2π 2,0)2 ⇒ γ = –8π2 m/s2
2,0
2) d + λ = (2,0 + 8,0) m = 10 m Respostas: a) 2,0 Hz, 0,50 m;
T2 = 8,0 (9,0 – 1,0) ⇒ T2 = 6,4 s b) y (m)
10 0,50
Propagação

3) d + 2λ = (2,0 + 2 · 8,0) m = 18 m
1,5
0
T3 = 8,0 (9,0 – 1,0) ⇒ T3 ⯝ 3,6 s 0,50 2,0 2,5 3,0 x (m)
18
–0,50
4) d + 3λ = (2,0 + 3 · 8,0) m = 26 m
c) –8π2 m/s2
T4 = 8,0 (9,0 – 1,0) ⇒ T4 ⯝ 2,5 s
26
Portanto, o único valor não possível é de 16 s. 128 Dois pulsos triangulares, de mesma largura e amplitude, propa-
gam-se em oposição de fase ao longo de uma corda elástica, não-dis-
Resposta: b
persiva e de densidade linear igual a 10 g/cm.
8,0 cm/s
127 Considere uma onda senoidal propagando-se com velocidade
5,0 cm 4,0 cm 4,0 cm
igual a 4,0 m/s ao longo de uma corda elástica coincidente com um
eixo de referência Ox. O gráfico mostra, em determinado instante, os
valores algébricos das velocidades transversais de alguns pontos da 4,0 cm 4,0 cm
5,0 cm
corda, compreendidos entre as posições x0 = 0 e x1 = 3,0 m. 8,0 cm/s

v (m/s) Suas velocidades são opostas, apresentando módulo de 8,0 cm/s. Sa-
2π bendo que cada pulso transporta uma energia potencial elástica de
4,0 · 10–4 J, calcule:
a) a energia cinética transportada por pulso antes de eles estarem su-
0
0,50 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 x (m) perpostos;
b) a energia cinética total associada ao sistema no instante em que os
–2π pulsos estiverem perfeitamente superpostos.

a) Determine a frequência e a amplitude da onda. Resolução:


b) No instante considerado, qual será o perfil da corda compreendido a)
A
entre as posições x0 = 0 e x1 = 3,0 m?
c) Calcule, no instante considerado, o valor algébrico da aceleração
do ponto da corda situado na posição x = 2,0 m.
5,0 cm
Resolução:
a) Entre a posição de equilíbrio (x = 0) e uma das posições de inversão
(v = 0), a distância corresponde à amplitude do MHS. B

A = 0,50 m 4,0 cm
O ponto A atinge a posição B no mesmo tempo em que a onda
Uma oscilação completa ocorre em um trecho de 2,0 m de corda. percorre 4,0 cm.
Assim, λ = 2,0 m.
v = λ f ⇒ 4,0 = 2,0 f vonda = Δs ⇒ 8,0 = 4,0
Δt Δt
f = 2,0 Hz Δt = 0,50 s
Assim, a velocidade de fase do ponto A é dada por :
b)
Propagação vA = Δs = 5,0 cm
y (m) Δt 0,5 s
0,50
vA = 10 cm/s = 0,10 m/s
0 Portanto:
0,50 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 x (m)
2
–0,50 EC = m v
2
mas: δ = m ⇒ m = δ L
Quando a velocidade é nula, a elongação é máxima. L
196 PARTE II – ONDULATÓRIA

Então : Diferença de percursos entre a onda direta (AC) e a refletida (ABC):


Δx0 = 2ᐉ0 – D
EC = δ Lv = 10 · 10 · 8,0 (0,10) (J)
2 –3 2

2 2 Δx0 = 2 (150) –180 (km)


EC = 4,0 · 10–4 (J) Δx0 = 120 km
No instante t = 2,6 min, deve ocorrer nova interferência construtiva.
b) Quando os pulsos estão superpostos, ocorre a ID, sendo sendo que Assim:
toda a energia mecânica existente está sob a forma de energia ci- Δx = Δx0 – λ
nética. Δx = 120 000 – 500 (m)
ET = 2 (EC + EP) Δx = 119 500 m
ET = 2 (4,0 · 10–4 + 4,0 · 10–4) Esse Δx é a nova diferença de percurso:
ET = 1,6 · 10–3 (J) Δx = 2ᐉ – D
119 500 = 2ᐉ – 180 000
Respostas: a) 4,0 · 10–4 J; b) 1,6 ·10–3 J ᐉ = 149 750 m
No triângulo AB’O, temos:
129 Uma emissora de rádio AM opera com frequência de 600 kHz ᐉ2 = x20 + y2
(149 750)2 = (90 000)2 + y2
e sua antena transmissora está distante 180 km de um determinado
aparelho receptor. Entre a antena e o receptor o solo é praticamente y = 119 687, 35 m
plano e horizontal e não existem barreiras pejudicando a propagação Portanto:
das ondas de telecomunicações, que, no local, têm velocidade de in- Δy = y – y0
tensidade 3,0 · 108 m/s. O sinal que atinge o receptor chega por dois Δy = 119 687,35 – 120 000 (m)
caminhos: o direto e o via reflexão na ionosfera, admitida paralela à Δy = –312,65 m
superfície terrestre e situada, num instante t0 = 0, a 120 km de altitu- e:
de. Nesse instante, o receptor recebe um sinal resultante reforçado |Δy| 312,65 m
v= =
como consequência da interferência construtiva ocorrida entre os Δt 2,6 · 60 s
dois sinais que o atingem. Em seguida, o sinal captado torna-se mais
fraco, voltando, pela primeira vez, a apresentar-se intensificado como v ⯝ 2,0 m/s
antes no instante t = 2,6 min. Isso pode ser explicado pelo fato de
a ionosfera ter-se aproximado do solo com uma velocidade escalar Respostas: a) 500 m; b) ⯝ 2,0 m/s
média do módulo v.
a) Calcule o comprimento de onda λ das ondas irradiadas pela
emissora. 130 (ITA-SP) Num experimento de duas fendas de Young, com luz
b) Determine o valor de v. monocromática de comprimento de onda λ , coloca-se uma lâmina
delgada de vidro (nv = 1,6) sobre uma das fendas.
Resolução: Isso produz um deslocamento das franjas na figura de interferência.
a) v = λ f Considere que o efeito da lâmina é alterar a fase da onda. Nessas cir-
3,0 · 108 = λ 600 · 103 cunstâncias, pode-se afirmar que a espessura d da lâmina, que provoca
o deslocamento da franja central brilhante (ordem zero) para a posição
λ = 500 m
que era ocupada pela franja brilhante de primeira ordem, é igual a:
b) Observemos o esquema a seguir: Lâmina d Anteparo
B
Ionosfera
Δy (t0 = 0) F1
α α
B‘
Ionosfera
y0 = 120 km

ᐉ0 (t = 2,6 min)
β β

y

F2

x0 = 90 km λ
A C
O

Rádio Antena a) 0,38 λ. c) λ. e) 1,7 λ.


receptor
D = 180 km
transmissora b) 0,60 λ. d) 1,2 λ.

No triângulo ABO, temos: Resolução:


ᐉ20 = 902 + 1202 Cálculo da diferença de fase entre as ondas:
ᐉ0 = 150 km Δϕ = 2π (ΔtL – Δt0)
T
Tópico 2 – Ondas 197

em que: e
ΔtL → tempo para a onda atravessar a lâmina; Δϕ = 2π d T (n – 1)
T λ
Δt0 → tempo para a onda percorrer igual distância no vácuo.
Δϕ = 2πd (n – 1)
Como: λ
ΔtL = d e VL = c Para que a franja de ordem 1 tenha interferência construtiva, vem:
VL n Δϕ = 2π rad
Temos: ΔtL = dn
c 2πd (n – 1) = 2π
λ
mas: v = λ f ⇒ c = λ 1
T d= λ = λ = λ
Então: ΔtL = dnT n – 1 1,6 – 1 0,6
λ
Não existindo a lâmina, a distância d percorrida pela onda no vácuo: d ⯝ 1,7 λ
λ Δt0
d = cΔt0 ⇒ d = ⇒ Δt0 = d T
T λ Resposta: e
Assim:
ΔtL – Δt0 = nd T – d T
λ λ
ΔtL – Δt0 = d T (n – 1)
λ
198 PARTE II – ONDULATÓRIA

com velocidade v´, comprimento de onda λ’’ e frequência f´. Sabendo


Tópico 3 que v´ é maior que v, compare λ’ com λ e f´com f.
Resolução:
λ’ é maior que λ e f’ é igual a f.
1 (Vunesp-SP) Nas últimas décadas, o cinema tem produzido Resposta: λ’  λ, f’ = f
inúmeros filmes de ficção científica com cenas de guerras espaciais,
como Guerra nas estrelas. Com exceção de 2001, uma odisseia no es-
paço, essas cenas apresentam explosões com estrondos impressio- 5 Os morcegos emitem ultra-sons. O menor comprimento de onda
nantes, além de efeitos luminosos espetaculares, tudo isso no espaço produzido no ar pela maioria dos morcegos é aproximadamente igual a
interplanetário. 33 · 10–4 m. Considerando a velocidade do som no ar igual a 330 m/s, qual a
a) Comparando Guerra nas estrelas, que apresenta efeitos sonoros de frequência mais elevada que esses morcegos podem emitir?
explosão, com 2001, uma odisseia no espaço, que não os apresenta,
qual deles está de acordo com as leis da Física? Justifique. Resolução:
b) E quanto aos efeitos luminosos que todos apresentam? Justifique. fmáx = v = 330 ⇒ fmáx = 100 kHz
λmín 33 · 10–4
Respostas: a) 2001, uma odisseia no espaço, pois o som (onda mecâ-
Resposta: 100 kHz
nica) não se propaga no espaço interplanetário. b) Os efeitos lumi-
nosos estão de acordo com a Física porque a luz (onda eletromagné-
tica) se propaga no espaço interplanetário. 6 Julgue as afirmações a seguir:
I. Todo som alto tem grande intensidade.
2 E.R. Uma fonte sonora emite um som com 440 Hz de frequên- II. Sons baixos são aqueles que têm pequena intensidade.
III. Quanto maior a frequência de um som, mais alto ele é.
cia à beira de um lago. Nas condições em que o ar se encontra, o som
IV. A diferença entre um som forte e um som fraco está na frequência.
se propaga nele a 352 m/s. Na água, sua velocidade de propagação é
É (são) correta(s):
de 1 496 m/s, aproximadamente. Calcule o comprimento de onda do
a) todas.
som dessa fonte: b) somente a I e a II.
a) no ar; c) somente a III e a IV.
b) na água. d) somente a III.
Resolução: e) somente a I, a II e a IV.
a) Sendo f = 440 Hz e v = 352 m/s, e lembrando que v = λ f,
temos: Resposta: d

v = λ f ⇒ 352 = λ · 440 ⇒ λ = 0,80 m


7 Quais as frequências dos sons uma oitava acima e uma oitava
abaixo de um som de 400 Hz?
b) Como você já sabe, a frequência de uma onda não se altera
quando ela passa de um meio para outro (refração). Então, na
Resolução:
água temos f = 440 Hz e v = 1 496 m/s:
Uma oitava acima: f = 2 · 400 ⇒ f = 800 Hz
v = λ f ⇒ 1 496 = λ · 440 ⇒ λ = 3,4 m
Uma oitava abaixo: f = 400 ⇒ f = 200 Hz
2
3 Um ser humano com boa audição é capaz de ouvir vibrações Respostas: 800 Hz e 200 Hz respectivamente.
acústicas entre 20 Hz e 20 000 Hz aproximadamente. Considerando a
velocidade do som no ar igual a 340 m/s, determine os comprimentos 8 Uma pequena fonte sonora de potência constante emite on-
de onda do som mais grave (mais baixo) e do som mais agudo (mais
alto) que ele consegue ouvir. das esféricas que são recebidas com intensidade I por um observa-
dor. Se esse observador se afastar da fonte até dobrar a distância até
Resolução: ela, com que intensidade I´ passará a receber as ondas emitidas pela
citada fonte? Suponha que o meio de propagação não absorva ener-
λmaior = 340 ⇒ λmaior = 17 m (som mais grave) gia das ondas.
λ= v 20
f 340 Resolução:
λmenor = ⇒ λmenor = 7 mm (som mais agudo)
20 000 I = Pot2
4π x
1
Respostas: 17 m e 17 mm, respectivamente. Se x dobrar, a intensidade sonora ficará reduzida a do valor anterior:
4
1
I’ = .
4 4
Durante um show à beira do mar, uma guitarra emite uma onda
sonora que se propaga no ar com velocidade v, comprimento de 1
Resposta: I’ =
onda λ e frequência f. Essa onda penetra na água, onde se propaga 4
Tópico 3 – Acústica 199

9 Considere que uma pessoa só percebe o eco de sua voz quando 12 A nota lá-padrão tem frequência igual a 440 Hz. Num piano, é
o intervalo de tempo decorrido entre a emissão da voz e a recepção do possível atingir três oitavas acima e quatro oitavas abaixo dessa nota.
som refletido em algum obstáculo é, no mínimo, igual a 0,10 s. A figura Calcule, então, as frequências mínima e máxima das notas lá desse
representa uma pessoa a uma distância d de um paredão: instrumento.
Paredão
Resolução:
÷2 ÷2 ÷2 ÷2 x2 x2 x2
(hertz)
d 27,5 55 110 220 440 880 1 760 3 520

Considerando igual a 340 m/s a velocidade do som no ar:


a) calcule o mínimo valor de d para a pessoa perceber o eco de sua Respostas: 27,5 Hz e 3 520 Hz respectivamente.
voz;
b) calcule a distância d no caso de a pessoa ouvir o eco 2,0 s após a 13 E.R. Para que uma pessoa sem problemas auditivos consiga ou-
emissão de sua voz.
vir um som, ele precisa ter uma intensidade de, no mínimo, 10–12 W/m2.
Considere um violino que gera cerca de 50 μW e suponha que o som, ao
Resolução:
se propagar pela atmosfera, não sofra dissipação de energia. Determine
a) v = 2d ⇒ 340 = 2d ⇒ d = 17 m a máxima distância possível de um observador para que ele ainda possa
Δt 0,10 ouvir os sons desse violino. Admita que esses sons se propagam esferi-
b) v = 2d ⇒ 340 = 2d ⇒ d = 340 m camente.
Δt 2,0
Resolução:
Respostas: a) 17 m; b) 340 m Considerando a onda sonora esférica, sua intensidade varia com a
distância (x) da fonte emissora de acordo com a relação:
10 Uma roda, contendo em sua borda 20 dentes regularmente es- I = Pot2 ,
4π x
paçados, gira uniformemente dando 5 voltas por segundo. Seus den-
tes se chocam com uma palheta produzindo sons que se propagam no em que Pot é a potência da fonte emissora.
ar a 340 m/s. Assim, sendo I = 10–12 W/m2, Pot = 50 μW = 50 · 10–6 W e π = 3,14,
a) Qual a frequência do som produzido? temos:
b) Qual o comprimento de onda do som produzido? –6
10–12 = 50 · 10 2 ⇒ x ⯝ 2 · 103 m
4 · 3,14 · x
Resolução:
a) f = no de choques por unidade de tempo Portanto, se não houvesse fatores de dissipação de uma onda sonora,
uma pessoa poderia ouvir os sons emitidos pelo violino a 2 km dele.
f = 5 · 20 choques/s ⇒ f = 100 Hz

b) v = λ f ⇒ 340 = λ 100 ⇒ λ = 3,4 m 14 A menor intensidade sonora que uma pessoa de audição nor-
mal pode perceber é de 10–16 W/cm2 e a máxima que ela suporta é de
Respostas: a) 100 Hz; b) 3,4 m 10 –4 W/cm2, quando já começa a sentir dor. Uma fonte sonora de pe-
quenas dimensões emite som que um bom ouvinte percebe até uma
distância de, no máximo, 100 km. Determine, desprezando dissipações
11 No ar, a uma temperatura de 15 ºC, um diapasão emite um som
na propagação e considerando π = 3:
que se propaga com velocidade v1 igual a 340 m/s. Esse som penetra a) a potência sonora da fonte;
em uma câmara frigorífica, onde o ar está a –1 ºC, passando a se propa- b) a distância da pessoa à fonte, quando ela começa a sentir dor.
gar com velocidade v2 aproximadamente igual a 330 m/s.
Ao passar do ar a 15 ºC para o ar a –1 ºC, determine a variação percentual: Resolução:
a) da frequência do som; a) Imín = 10–16 W/cm2 = 10–12 W/m2
b) do comprimento de onda do som.
xmáx = 105 m
Resolução: Imín = Pot ⇒ Pot = 10–12 · 4π · 1010
a) O som sofreu refração e, como sabemos, sua frequência não se alte- 4π x2máx.
ra nesse fenômeno.
Assim, a variação percentual da frequência é 0%. Pot = 0,12 W

b) 340 = λ1 f λ
v=λf ⇒ 2 = 0,97 ⇒ λ2 = 0,97 λ1 b) Imáx = 1 W/m2
330 = λ2 f λ1
Δλ = λ2 – λ1 = 0,97 λ1 – λ1 = –0,03 λ1 ⇒ –3% de λ1 Imáx = Pot ⇒ 1 = 0,12 ⇒ x = 10 cm
mín
4π x2máx. 12 x2mín.
Assim, o comprimento de onda sofreu uma redução de 3%.

Respostas: a) 0%; b) Redução de 3%. Respostas: a) 0,12 W; b) 10 cm


200 PARTE II – ONDULATÓRIA

15 (FCC-SP) Para traçar o relevo do fundo do mar, um navio emite, • No instante t2 = 0,3 s, a frequência do som emitido é:
verticalmente, pulsos sonoros e registra o intervalo t de tempo entre F2 = 1 000 + 200 t2 = 1 000 + 200 · 0,3
o instante de emissão do pulso e o de recepção do pulso refletido. A
velocidade do som na água é de 1,5 km/s. F2 = 1 060 Hz

t (s) Resposta: c
2

17 (Uepa) Para detectar o relevo do fundo de rios, o sonar pode


1 ser utilizado gerando uma imagem acústica do fundo. Considere que o
sonar pode ser representado por uma fonte pontual que produz onda
esférica e registra o eco em um receptor localizado praticamente na
0 X x mesma posição da fonte. A Figura 1 representa um levantamento de
dados de sonar em uma região de leito plano e inclinado, nas posições
O gráfico mostra a duração de t, em função da posição x do navio, que 1 e 2 do navio. Os intervalos de tempo entre a emissão e a recepção
navegava em linha reta. A partir dessas informações, pode-se concluir, do eco, para duas posições da fonte, estão representados na Figura 2.
corretamente, que na posição X havia: Neste experimento, as leis da óptica geométrica descrevem precisa-
a) um vale submarino, cujo fundo estava a 1,5 km do nível do mar. mente o comportamento das frentes de ondas sonoras.
b) um vale submarino, cujo fundo estava a 3,0 km do nível do mar.
c) um vale submarino, cujo fundo estava a 4,5 km do nível do mar. X
d) uma montanha submarina, cujo pico estava a 0,75 km do nível
do mar.
e) uma montanha submarina, cujo pico estava a 1,5 km do nível 1 2
do mar.

Resolução:
Na posição X, o sinal vai ao fundo e volta em 1 s, percorrendo uma
distância total de 1,5 km. Essa posição corresponde a uma montanha
submarina, cujo pico encontra-se a 0,75 km do nível do mar.
C θ
Resposta: d A B

Figura 1
16 (Fuvest-SP) Um alto-falante fixo emite um som cuja frequência F,
expressa em Hz, varia em função do tempo t na forma F (t) = 1 000 + 200t. X
Em determinado momento, o alto-falante está emitindo um som com 1 2
uma frequência F1 = 1 080 Hz.
Posição
Nesse mesmo instante, uma pessoa P, parada a uma distância D = 34 m
do alto-falante, está ouvindo um som com uma frequência F2, aproxi- 200
Tempo (ms)

Sinal refletido
madamente, igual a:

250 Sinal refletido

P
D
Figura 2
a) 1 020 Hz. d) 1 080 Hz.
b) 1 040 Hz. e) 1 100 Hz.
c) 1 060 Hz.
Velocidade do som no ar 艐 340 m/s Nessas condições responda:
a) Quando a fonte está na posição 1, qual dos pontos indicados sobre
Resolução: o leito do rio pode ser considerado responsável pelo eco registrado
• F1 = 1 000 + 200 t1 no receptor? Justifique sua resposta.
b) Considere que a velocidade do som na água é 1 500 m/s e que o
1 080 = 1 000 + 200 t1 ⇒ t1 = 0,4 s
ângulo θ é de 60°. Nessas condições, determine a profundidade do
• No instante t1 = 0,4 s, a pessoa está ouvindo um som de frequência ponto sobre o leito do rio onde ocorre a reflexão do sinal detectado
F2 , que foi emitido no instante t2 = t1 – Δt, em que Δt é o intervalo quando o navio se encontra na posição 2.
de tempo para esse som se propagar do alto-falante até ela, percor-
rendo uma distância de D = 34 m: Resolução:
v = D ⇒ 340 = 34 ⇒ Δt = 0,1 s a) Ponto B, porque o raio de onda que incide normalmente ao leito re-
Δt Δt flete-se sobre si mesmo, retornando ao ponto de emissão (ângulo
t2 = t1 – Δt = 0,4 – 0,1 ⇒ t2 = 0,3 s de incidência = ângulo de reflexão = 0°).
Tópico 3 – Acústica 201

b) v = 1 500 m/s, Δt = 200 m s = 0,2 s

L
Onda 1: 2 nós
d θp

L
θ = 60° Onda 2: 3 nós

v = 2d ⇒ 1 500 = 2d ⇒ d = 150 m
Δt 0,2
No triângulo destacado: L
Onda 3: 4 nós
p p
cos θ = ⇒ cos 60° = ⇒ p = 75 m
d 150 Com base nessas informações, indique as afirmativas corretas:
1. Os comprimentos de onda das ondas 1, 2 e 3 valem, respectiva-
Respostas: a) Ponto B; b) 75 m
mente, λ1 = 2L, λ2 = L e λ3 = 2L .
3
18 E.R. Uma corda esticada entre duas paredes vibra como mos- 2. A próxima onda estacionária, contendo 5 nós, terá um comprimento
tra a figura: de onda λ4 = L .
4
=1m 3. Se v for a velocidade das ondas na corda, a frequência das ondas
1, 2 e 3 valerá, respectivamente, f1 = v , f2 = v e f3 = 3v .
2L L 2L
4. Se L = 0,5 m e v = 30 m/s, a menor frequência possível de se pro-
Sabendo que a velocidade de propagação do som no ar é vs = 340 m/s duzir nessa corda é de 90 Hz.
e que a velocidade de propagação de ondas transversais na corda é
vc = 500 m/s, determine: Resolução:
a) a frequência do som emitido pela corda;
b) o comprimento de onda do som emitido pela corda; 1. Correta.
c) a frequência do som fundamental que essa corda pode emitir. λ1
•L= ⇒ λ1 = 2L
2
Resolução:
a) Lembrando que a distância entre dois nós consecutivos é igual à • L = λ2 ⇒ λ2 = L
metade do comprimento de onda, temos, para as ondas na corda:
λ λ λ3
 = 4 c ⇒ 1 = 4 c ⇒ λc = 0,5 m •L=3 ⇒ λ3 = 2L/3
2 2 2
vc = λcf ⇒ 500 = 0,5 f ⇒ f = 1 000 Hz
2. Incorreta.
Essa é a frequência de vibração da corda e, consequentemente, λ4
a frequência do som emitido. L=4 ⇒ λ4 = L/2
2
b) Para o som emitido, temos:
vs = λs ƒ ⇒ 340 = λs · 1 000 ⇒ λs = 0,34 m 3. Correta.

f1 = v
c) O modo de vibração da corda apresentada corresponde ao 2L
quarto harmônico: f= v ⇒
λ f2 = v
ƒ4 = 4ƒ1 ⇒ 1 000 = 4ƒ1 ⇒ ƒ1 = 250 Hz L

f3 = v ⇒ f3 = 3v
2L/3 2L
19 (UFG-GO) Os sons produzidos por um violão acústico são resul-
tantes das vibrações de suas cordas quando tangidas pelo violonista.
As cordas vibram produzindo ondas transversais estacionárias de 4. Incorreta.
diferentes frequências. Essas ondas são também caracterizadas pelo fmín = v = v = 30 ⇒ fmín = 30 Hz
número de nós. Nó é um ponto da corda que permanece em repouso λmáx 2L 1
durante a oscilação da onda. A sequência ao lado representa as três pri-
meiras ondas estacionárias que podem ser produzidas em uma corda Resposta: 1 e 3
de comprimento L, fixa em suas extremidades.
202 PARTE II – ONDULATÓRIA

20 (UFSE) Uma corda de 1,20 m de comprimento vibra no estado 23 Considere uma corda de violão de 60 cm de comprimento.
estacionário (terceiro harmônico), como na figura abaixo. Quais os três maiores comprimentos de onda de ondas estacionárias
que podemos produzir nela?
1,20 m Resolução:
L

λ = L ⇒ λ = 2L ⇒ λ = 120 cm
Se a velocidade de propagação da onda na corda é de 20 m/s, a fre- 2
quência da vibração é, em hertz:
a) 15.
b) 20. λ = L ⇒ λ = 60 cm
c) 21.
d) 24.
e) 25. 3 λ = L ⇒ λ = 2L ⇒ λ = 40 cm
2 3

Resolução: Respostas: 120 cm; 60 cm; 40 cm


L = 3 λ ⇒ 1,20 = 3 λ ⇒ λ = 0,80 m
2 2
24 Uma corda de 0,50 m com densidade linear de 10–2 kg/m está
f = v = 20 ⇒ f = 25 Hz submetida a uma tração de 100 N.
λ 0,80 a) Calcule a frequência fundamental do som emitido pela corda.
b) Proponha duas maneiras de dobrar a frequência do som funda-
Resposta: e
mental, alterando uma única grandeza em cada caso.
c) Considerando igual a 330 m/s a velocidade de propagação do
21 Numa corda tensa, abalos transversais propagam-se a 100 m/s. som no ar, calcule o comprimento de onda do som fundamental
Sendo de 2 m o comprimento da corda, calcule sua frequência de emitido no ar.
vibração:
a) no modo fundamental; Resolução:
b) no terceiro harmônico. a) f = 1 F = 1 100 ⇒ f = 100 Hz
2L δ 2 · 0,50 10–2
Resolução: b) Devemos submeter a corda a uma tração igual ao quádruplo da
inicial, ou seja, a uma tração de 400 N.
a) f1 = v = 100 ⇒ f1 = 25 Hz Uma outra possibilidade é reduzir à metade seu comprimento vi-
2L 2 · 2
bratório, mantendo a tração inicial.
b) f3 = 3f1 = 3 · 25 ⇒ f3 = 75 Hz c) v = λ f ⇒ 330 = λ · 100 ⇒ λ = 3,3 m

Respostas: a) 25 Hz; b) 75 Hz Respostas: a) 100 Hz; b) Quadruplicar a tração ou reduzir à metade o


comprimento do trecho vibratório.; c) 3,3 m.
22 Ondas estacionárias são produzidas numa corda, sendo de
60 cm o comprimento de onda. Determine, em centímetros, os três 25 (Uepa) Ao tocar a corda mais grossa do violão, presa apenas nas
menores valores possíveis para o comprimento da corda. suas extremidades, é produzido um som grave denominado MI e de
Resolução: frequência fundamental 327 Hz. Considere o comprimento da corda
igual a 60 cm.
λ = 60 cm ⇒ λ = 30 cm a) Calcule a velocidade de transmissão da onda na corda.
2 b) A corda mais fina, por sua vez, na plenitude de seu comprimento,
30 cm também produz um som denominado MI, porém com frequência
duas oitavas acima do som produzido pela corda mais grossa. Iden-
tifique a qualidade fisiológica que diferencia o som produzido pelas
duas cordas.
60 cm
Resolução:
a) L = 60 cm = 0,60 m
f = v ⇒ v = 2L f = 2 · 0,60 · 327
90 cm 2L
v = 392 m/s
b) A qualidade fisiológica em questão é a altura. A corda mais fina
produz um som mais alto, isto é, de maior frequência.

Respostas: 30 cm; 60 cm; 90 cm Respostas: a) 392 m/s; b) Altura.


Tópico 3 – Acústica 203

26 Durante um processo de investigação, uma conversa telefô- 29 Uma corda de massa m = 240 g e comprimento  = 1,2 m vibra com
nica foi gravada e surgiu a necessidade de se confirmar se uma de- frequência de 150 Hz, no estado estacionário esquematizado a seguir:
terminada voz era ou não do senhor X. Para isso, a voz gravada foi
analisada em laboratório.
Qual qualidade fisiológica do som é decisiva para se concluir se essa
voz era ou não dele?
Resposta: Timbre.
 = 1,2 m
27 (Unicenp-PR) O italiano Luciano Pavarotti, conhecidíssimo can-
tor da ópera, possui uma extensão de voz que varia aproximadamente Determine a velocidade de propagação das ondas que originam o
entre o “dó” (128 Hz) e o “lá” (440 Hz), sendo classificado como tenor. estado estacionário nessa corda e a intensidade da força tensora.
Já um contralto compreende uma extensão de voz que vai, pelo me-
nos, de “sol” (196 Hz) a “mi” (669 Hz). Resolução:
A classificação citada, que pode ainda envolver barítonos, baixos, so- • m = 0,240 kg
pranos e mezzo-sopranos, está calcada na qualidade fisiológica do som
 = 1,2 m
conhecida como:
a) intensidade. d) volume. f = 150 Hz
b) altura. e) reverberação.
c) timbre. f = N v ⇒ 150 = 3v ⇒ v = 120 m/s
2 2,4
Resposta: b F ⇒ F = δ v2 = m · v2 = 0,240 · 1202 ⇒ F = 2,88 · 103 N
•v=
δ  1,2
28 (Fuvest-SP) O som de um apito é analisado com o uso de um Respostas: 120 m/s, 2,88 · 103 N
medidor que, em sua tela, visualiza o padrão apresentado na figura
abaixo. O gráfico representa a variação da pressão que a onda sonora
exerce sobre o medidor, em função do tempo, em µs (1 µs = 10–6 s). 30 (Cesgranrio-RJ) O comprimento das cordas de um violão (entre
Analisando a tabela de intervalos de frequências audíveis, por diferen- suas extremidades fixas) é de 60,0 cm. Ao ser dedilhada, a segunda cor-
tes seres vivos, conclui-se que esse apito pode ser ouvido apenas por: da (lá) emite um som de frequência igual a 220 Hz. Qual será a frequên-
cia do novo som emitido, quando o violonista, ao dedilhar essa mesma
Seres vivos Intervalos de frequência corda, fixar o dedo no traste, a 12,0 cm de sua extremidade?

cachorro 15 Hz – 45 000 Hz 12,0 cm


ser humano 20 Hz – 20 000 Hz
sapo 50 Hz – 10 000 Hz
gato 60 Hz – 65 000 Hz
morcego 1 000 Hz – 120 000 Hz
variação de pressão

60,0 cm

tempo
10 µs

a) seres humanos e cachorros. Resolução:


b) seres humanos e sapos. L = 60,0 cm
c) sapos, gatos e morcegos.  = 60,0 cm – 12,0 cm = 48,0 cm
d) gatos e morcegos.
e) morcegos. f1 = v f1 
2L 220 48,0
⇒ = ⇒ = ⇒
f’1 L f’1 60,0
Resolução: f’1 = v
2
T = 20 μs = 20 · 10–6 s ⇒ f = 1 = 1
T 20 · 10–6
f = 50 000 Hz ⇒ f’1 = 275 Hz

Resposta: d Resposta: 275 Hz


204 PARTE II – ONDULATÓRIA

31 Um violonista tange no instrumento duas cordas de diâmetros A “próxima forma estacionária de oscilação” é o segundo harmônico:
diferentes, feitas do mesmo material e igualmente tracionadas, e con-
segue produzir a mesma nota. Explique como isso é possível. f2 = 2f1 = 2 · 2,5 ⇒ f2 = 5,0 Hz

Resposta: A frequência do som emitido depende do comprimento Resposta: d


vibratório, que varia à medida que o violonista desloca o dedo ao
longo da corda.
34 (UFPE) A figura mostra um modo estacionário em uma corda
homogênea, de comprimento L, que tem uma extremidade fixa e a
32 (Unicentro) A quinta corda solta do violão corresponde à nota outra livre. Determine a razão entre a frequência deste modo e a do
si (frequência fundamental igual a 981 Hz). Se essa corda for presa no modo estacionário de mais baixa frequência (modo fundamental).
quinto trasto, diminuindo assim o comprimento da corda vibrante,
obtém-se a nota mi aguda (frequência fundamental igual a 1 308 Hz).
Sobre o comprimento da parte vibrante da corda si (), que vibra na
frequência da nota mi aguda, expresso em função do comprimento da
corda solta (L), é correto afirmar:
a)  = 1 L. c)  = 3 L. e)  = 5 L.
2 4 6
b)  = L.2 4
d)  = L.
3 5 L
Resolução: Resolução:
• Corda si solta: Da figura, temos:
f1 = v ⇒ 981 = v (I)
2L 2L L = λ + λ = 5λ ⇒ λ = 4L e f = v (I)
• Corda si presa no quinto trasto: 4 4 5 λ
f1’ = v ⇒ 1308 = v (II) No modo fundamental:
2 2
• Dividindo (I) por (II), membro a membro, vem:
 = 981 ⇒  = 0,75 = 3 ⇒  = 3 L
L 1308 L 4 4
Resposta: c L

λ1
33 (UFSCar-SP) Com o carro parado no congestionamento sobre L= ⇒ λ1 = 4L e f1 = v (II)
o centro de um viaduto, um motorista pôde constatar que a estrutu- 4 λ1
ra deste estava oscilando intensa e uniformemente. Curioso, pôs-se
λ f
a contar o número de oscilações que estavam ocorrendo. Conseguiu De (I) e (II): f = 1 = 4L ⇒ f = 5
contar 75 sobes e desces da estrutura no tempo de meio minuto, quan- f1 λ 4L 1

do teve de abandonar a contagem devido ao reinício lento do fluxo de 5


carros. Resposta: 5

35 (Udesc-SC) Para a afinação de um piano, usa-se um diapasão


com frequência fundamental igual a 440 Hz, que é a frequência da nota
Lá. A curva contínua do gráfico a seguir representa a onda sonora de
440 Hz do diapasão.
Mesmo em movimento, observou que, conforme percorria lentamente
a outra metade a ser transposta do viaduto, a amplitude das oscilações
que havia inicialmente percebido gradativamente diminuía, embora
mantida a mesma relação com o tempo, até finalmente cessar na che-
Amplitude

gada em solo firme. Levando em conta essa medição, pode-se concluir


que a próxima forma estacionária de oscilação desse viaduto deve
ocorrer para a frequência, em Hz, de:
a) 15,0. b) 9,0. c) 7,5. d) 5,0. e) 2,5.

Resolução: 0 1 2 3 4 5 6
Pela descrição feita no enunciado, a amplitude das oscilações era Tempo (10–3 s)
máxima no centro do viaduto e ia diminuindo até se chegar ao final.
Concluímos, então, que o viaduto vibrava no modo fundamental: a) A nota Lá de certo piano está desafinada e o seu harmônico funda-
mental está representado na curva tracejada do gráfico. Obtenha a
f1 = n = 75 oscilações ⇒ f1 = 2,5 Hz
Δt 30 s frequência da nota Lá desafinada.
Tópico 3 – Acústica 205

b) O comprimento dessa corda do piano é igual a 1,0 m e sua densi- 37 (Ufam) Um estudante, querendo medir a massa M de um blo-
dade linear é igual a 5,0 · 10–2 g/cm. Calcule o aumento de tração na co e não dispondo de uma balança, decidiu praticar o que aprende-
corda necessário para que a nota Lá seja afinada. ra na aula sobre cordas vibrantes. Para isso, f ixou com um prego a
extremidade A de um f io de aço muito fino e na extremidade livre,
Resolução: C, pendurou o corpo com massa desconhecida M, depois de pas-
a) De t = 0 s a t = 5 · 10–3 s, temos dois períodos TD da nota lá desa- sar o f io por uma polia em B, cuja distância d = AB era ajustável
finada: (ver f igura). Fazendo d = 1 m, dedilhou a corda e ouviu um som
2TD = 5 · 10–3 ⇒ TD = 2,5 · 10–3 s com uma dada frequência f. Acostumado a “af inar” violão, o es-
tudante então substituiu a massa M por um pacote de açúcar de
fD = 1 ⇒ fD = 400 Hz 1 kg e passou a dedilhar a corda, variando a distância d, até con-
T seguir a mesma frequência f ouvida anteriormente, o que ocorreu
F ⇒ F = 4δL2f2 para d = 0,25 m. Pode-se af irmar que a massa M do bloco vale:
b) f = v = 1
2L 2L δ
d
Sendo fA a frequência da corda afinada, temos: A B

ΔF = 4δL2 (f2A – f2D) ⇒ 4 · 5,0 · 10–3 · 102 · (4402 – 4002)


C

ΔF = 672 N M

Respostas: a) 400 Hz; b) 672 N a) 8 kg. c) 4 kg. e) 12 kg.


b) 10 kg. d) 16 kg.

36 (Unifesp-SP) A figura representa uma configuração de ondas Resolução:


estacionárias produzida num laboratório didático com uma fonte v v 1 F
f1 = 2L = 2d = 2d
oscilante. δ
• Com a massa M:
d d
1 1
f1 = 2 · 1 Mg = 2 Mg (I)
δ δ
• Com a massa m = 1 kg:
1 mg = 2 1 g (II)
f1 = 2 · 0,25
P δ δ
• De (I) e (II), vem:
1 Mg = 2 1 g ⇒ M = 4 ⇒
a) Sendo d = 12 cm a distância entre dois nós sucessivos, qual o com- 2 δ δ 4
primento de onda da onda que se propaga no fio?
b) O conjunto P de cargas que traciona o fio tem massa m = 180 g. ⇒ M = 16 kg
Sabe-se que a densidade linear do fio é µ = 5,0 · 10–4 kg/m. Determi-
ne a frequência de oscilação da fonte. Resposta: d
Dados: velocidade de propagação de uma onda numa corda: v = F ;
µ
g = 10 m/s2. 38 Alguns softwares permitem manipular certos harmônicos com-
ponentes da voz humana, intensificando-os, atenuando-os ou até
Resolução: mesmo suprimindo-os, modificando substancialmente o som perce-
bido por um ouvinte para uma determinada voz. Surgem com essas
a) d = λ ⇒ λ = 2d = 2 · 12 ⇒ λ = 24 cm
2 manipulações aquelas vozes de “robôs”, de “monstros”, de seres “ex-
traterrestres” etc., tão comuns no cinema. A principal qualidade que se
b) • F = m g = 0,180 · 10 ⇒ F = 1,8 N altera na voz é:
a) a altura.
• v= F = 1,8 ⇒ v = 60 m/s b) o timbre.
µ 5,0 · 10–4 c) a intensidade.
Nv d) o nível sonoro.
• f = 2L e) a amplitude.
N = 5 (5o harmônico); L = 5d = 5 · 0,12 ⇒ L = 0,60 m
Resolução:
5 · 60 A alteração da intensidade e/ou da quantidade de harmônicos modi-
f = 2 · 0,60 ⇒ f = 250 Hz
fica o timbre da voz.

Respostas: a) 24 cm; b) 250 Hz Resposta: b


206 PARTE II – ONDULATÓRIA

39 Num experimento de batimento, colocam-se a vibrar simulta- Como o valor obtido para N não é inteiro, concluímos que o tubo
neamente dois diapasões com frequências de 200 Hz e 206 Hz. que emitiu o referido som não pode ser aberto. Para um tubo fe-
a) Determine a frequência dos batimentos. chado, a frequência do som emitido é dada por:
b) Para se obterem batimentos de frequência igual a 3 Hz, em que fre- f = N v (N = 1, 3, 5, ...)
quência deve vibrar um diapasão, junto com o diapasão de 200 Hz? 4L
Fazendo v = 300 m/s, f = 125 Hz e L = 3,0 m, obtemos:
Resolução:
a) fBAT = 206 – 200 ⇒ fBAT = 6 Hz 125 = N · 300 ⇒ N = 5
4 · 3,0
b) f – 200 = 3 ⇒ f = 203 Hz Como N resultou ímpar, concluímos que o som foi realmente emi-
ou tido por um tubo fechado.
b) No item anterior, obtivemos o valor 5 para a ordem N do harmô-
200 – f = 3 ⇒ f = 197 Hz
nico, o que nos permite concluir que esse tubo fechado está emi-
tindo um som correspondente ao seu quinto harmônico.
Respostas: a) 6 Hz; b) 203 Hz ou 197 Hz

40 Consideremos dois violões com as cordas lá igualmente 43 Um tubo sonoro aberto, contendo ar, tem 33 cm de comprimen-
afinadas. Estando um violão próximo ao outro, tangemos a corda lá to. Considerando a velocidade do som no ar igual a 330 m/s, determine
de um deles e verificamos que a corda lá do outro também vibra. Qual a frequência:
fenômeno explica esse acontecimento? a) do som fundamental emitido pelo tubo;
b) do quarto harmônico que esse tubo pode emitir.
Resposta: Ressonância.
Resolução:
41 É noite. Um automóvel aproxima-se de uma esquina, onde há a) f1 = v = 330 ⇒ f1 = 500 Hz
2L 2 · 0,33
um grande edifício. Na situação representada na figura, uma pessoa
na posição P ouve perfeitamente os ruídos do veículo, mas não pode b) f4 = 4f1 = 4 · 500 ⇒ f4 = 2 000 Hz
vê-lo. Por quê?
Respostas: a) 500 Hz; b) 2 000 Hz.
P
Edifício
44 Um tubo sonoro contendo ar tem 1 m de comprimento, apre-
sentando uma extremidade aberta e outra fechada. Considerando a
velocidade do som no ar igual a 340 m/s, determine as três menores
frequências que esse tubo pode emitir.

Resolução:
f = N v ( N = 1, 3, 5 ...)
4L
• f1 = 1 · 340 ⇒ f1 = 85 Hz
4·1
Resposta: A difração do som é muito acentuada, ao passo que a da • f3 = 3f1 ⇒ f3 = 255 Hz
luz praticamente não ocorre nessa situação.
• f5 = 5f1 ⇒ f5 = 425 Hz
42 E.R. Um tubo sonoro de 3,0 m de comprimento emite um som
Respostas: 85 Hz, 255 Hz e 425 Hz.
de frequência 125 Hz. Considerando a velocidade do som no ar igual
a 300 m/s, determine:
a) se o tubo é aberto ou fechado; 45 (Cesgranrio-RJ) O maior tubo do órgão de uma catedral tem
b) o harmônico correspondente a essa frequência. comprimento de 10 m e o tubo menor tem comprimento de 2,0 cm. Os
tubos são abertos e a velocidade do som no ar é de 340 m/s. Quais são
Resolução: os valores extremos da faixa de frequências sonoras que o órgão pode
a) Para um tubo sonoro aberto, a frequência do som emitido é calcu- emitir, sabendo que os tubos ressoam no modo fundamental?
lada por:
f = N v (N = 1, 2, 3, ...) Resolução:
2L
• fmín = v = 340 ⇒ fmín = 17 Hz
em que N é a ordem do harmônico, v é a velocidade do som no 2L 2 · 10
gás dentro do tubo (ar) e L é o comprimento do tubo. 340
Sendo f = 125 Hz, v = 300 m/s e L = 3,0 m, temos, para N, o valor: • fmáx = v = ⇒ fmáx = 8,5 kHz
2 2 · 2,0 · 10–2
125 = N · 300 ⇒ N = 2,5
2 · 3,0 Respostas: 17 Hz e 8,5 kHz.
Tópico 3 – Acústica 207

46 (UFPI) Um alto-falante emite som de frequência constante igual Resolução:


a 55 Hz, próximo de dois tubos sonoros: um aberto e outro fechado. A a) Enquanto a água escoa, a região de altura h comporta-se como
velocidade de propagação do som em ambos os tubos é de 330 m/s. um tubo sonoro fechado de comprimento variável. Para certos
Se o som do alto-falante ressoa nesses tubos, seus comprimentos mí- valores de h, a coluna de ar do interior da região entra em resso-
nimos são, respectivamente: nância com o som emitido pelo diapasão.
a) 4 m e 2 m.
b) 3 m e 1,5 m.
λ
c) 6 m e 3 m. 5 cm
4
d) 5 m e 2,5 m.
e) 10 m e 5 m. λ
10 cm
2
Resolução: λ 20 cm

λ = v = 330 ⇒ λ = 6 m λ
10 cm
f 55 2
L1
L2

L1 = λ = 6 L2 = λ = 6 Água
2 2 4 4

L1 = 3 m L2 = 1,5 m

Resposta: b

Da figura, concluímos que: λ = 20 cm


47 (UFRGS-RS) Em uma onda sonora estacionária, no ar, a separação
b) Da relação v = λ f, temos:
entre um nodo e o ventre mais próximo é de 0,19 m. Considerando-se
vsom = 0,20 m · 1 600 Hz
a velocidade do som no ar igual a 334 m/s, qual é o valor aproximado
da frequência dessa onda?
a) 1 760 Hz. d) 440 Hz. vsom = 320 m/s
b) 880 Hz. e) 334 Hz.
c) 586 Hz.
49 (Fuvest-SP) Um músico sopra a extremidade aberta de um tubo
Resolução: de 25 cm de comprimento, fechado na outra extremidade, emitindo
λ = 0,19 ⇒ λ = 0,76 m um som na frequência f = 1 700 Hz. A velocidade do som no ar, nas con-
4
dições do experimento, é v = 340 m/s. Dos diagramas a seguir, aquele
f = v ⇒ f = 334 ⇒ f ⯝ 440 Hz que melhor representa a amplitude de deslocamento da onda sonora
λ 0,76 estacionária, excitada no tubo pelo sopro do músico, é:
Resposta: d 25 cm
20
48 E.R. Na extremidade aberta do tubo de Quincke mostra-
15
do na figura, é colocado um diapasão, que emite um som puro 10
(única frequência). Abrindo-se a torneira, a água escoa lenta-
5
mente e, para certos valores de h, ocorre um aumento na inten-
sidade do som que sai do tubo. Os três menores valores de h são 0
a) b) c) d) e)
5 cm, 15 cm e 25 cm.

Resolução:
h Num tubo sonoro fechado, a onda estacionária apresenta um nó na
extremidade fechada e um ventre na extremidade aberta.
Além disso:

λ = v = 340 ⇒ λ = 0,20 m = 20 cm
f 1 700
Água

x = 10 cm
2

Determine:
a) o comprimento de onda do som emitido pelo diapasão;
b) a velocidade desse som no ar, sabendo que sua frequência é
Resposta: e
1 600 Hz.
208 PARTE II – ONDULATÓRIA

50 Um alto-falante que emite um som À medida que ocorria o deslocamento, o observador percebia um
x (cm) som cada vez mais forte, que em seguida começava a se enfraque-
com frequência de 330 Hz (devido a um
gerador de áudio) é colocado próximo à cer, atingindo intensidade mínima a 1,0 m da posição inicial. Sendo
150
extremidade aberta de um vaso cilíndrico a velocidade do som no local igual a 320 m/s, determine a frequên-
vazio, como mostra a figura ao lado. cia e o comprimento de onda do som.
Despejando água lentamente no vaso,
em certas posições do nível da água per- Resolução:
cebemos que a intensidade sonora passa Pelo fato de o estudante não ouvir o som na posição inicial, pode-
por valores máximos (ressonância). De- se dizer que ocorre uma interferência destrutiva nesse local, que
termine os valores de x correspondentes se repete a 1,0 m de distância. Sabemos, também, que entre dois
a essas posições do nível da água, consi- 0 pontos consecutivos onde ocorre interferência destrutiva temos
derando a velocidade do som no ar igual metade de um comprimento de onda. Então:
a 330 m/s.
λ = 1,0 m ⇒ λ = 2,0 m
Resolução: 2
v 330
λ = f = 330 ⇒ λ = 1 m = 100 cm Da relação v = λ f, temos:
• λ = 25 cm 320 = 2,0f ⇒ f = 160 Hz
4
• 3 λ = 3 · 25 cm = 75 cm
4
λ
• 5 = 5 · 25 cm = 125 cm 52 Uma onda sonora incide perpendicularmente num anteparo
4
e reflete-se, de modo que a onda incidente interfere com a onda re-
x (cm)
fletida. Observa-se que a menor distância entre dois pontos, nos quais
150 a intensidade sonora é mínima, vale 34 cm. A frequência desse som é
25 cm de 488 Hz. Calcule sua velocidade de propagação.

125 Resolução:
• λ = 34 cm ⇒ λ = 68 cm = 0,68 m
75 cm
2
100

125 cm • v = λf = 0,68 · 488 ⇒ v = 332 m/s


75
Resposta: 332 m/s

50
53 Nos pontos A e B da figura estão dois alto-falantes que emitem
som de idêntica frequência e em fase. Se a frequência vai crescendo,
25
desde cerca de 30 Hz, atinge um valor em que o observador à direi-
ta de B deixa de ouvir o som. Qual é essa frequência? (velocidade do
som = 340 m/s)
0

Respostas: 25 cm; 75 cm; 125 cm

A B
51 E.R. Num campo de futebol, um estudante colocou dois alto-
-falantes A e B frente a frente, como está representado na figura a 1m
seguir. Em seguida, ligou-os a fontes diferentes que emitem sinais
de mesma frequência e colocou-se no ponto O, equidistante de A
e B. Como não ouvia o som, começou a deslocar-se lentamente na
direção e no sentido indicados na figura: Resolução:

Δd = N λ ⇒ Δd = N 2f
v
2
340
1 = N 2f ⇒ f = 170 N (N = 1, 3, 5, ...)
A O B
fmín = 170 Hz

Resposta: 170 Hz
Tópico 3 – Acústica 209

54 (UFPE) Duas fontes sonoras pontuais F e F , separadas entre si 56 (Unicamp-SP) A velocidade do som no ar é de aproximadamen-
1 2
de 4,0 m, emitem em fase e na mesma frequência. Um observador, te 330 m/s. Colocam-se dois alto-falantes iguais, um defronte ao outro,
se afastando lentamente da fonte F1, ao longo do eixo x, detecta o distanciados 6,0 m, conforme a figura abaixo. Os alto-falantes são exci-
primeiro mínimo de intensidade sonora, devido à interferência das tados simultaneamente por um mesmo amplificador com um sinal de
ondas geradas por F1 e F2, na posição x = 3,0 m. Sabendo-se que a frequência de 220 Hz. Pergunta-se:
velocidade do som é 340 m/s, qual a frequência das ondas sonoras a) Qual é o comprimento de onda do som emitido pelos alto-fa-
emitidas, em Hz? lantes?
y b) Em que pontos do eixo, entre os dois alto-falantes, o som tem in-
F2 tensidade máxima?
Primeiro 220 Hz 220 Hz
mínimo
4,0 m

F1 x
3,0 m
6,0 m
Resolução: Resolução:
A posição em que ocorre o primeiro mínimo dista d1 = 3,0 m de F1 e a) v = 330 m/s f = 220 Hz
d2 = 5,0 m de F2: v = λ f ⇒ 330 = λ 220
Δd = N λ ⇒ 2,0 = 1 · λ ⇒ λ = 4,0 m λ = 1,5 m
2 2
v 340 b) Para ocorrer interferência construtiva em um ponto P, devemos ter:
f= = 4,0 ⇒ f = 85 Hz
λ Δd = N λ , com N = 0, 2, 4, 6, ...
2 F F
Resposta: 85 Hz 1 2

M
55 (UFC-CE) Duas fontes sonoras, A e B, mostradas na figura abai- s (m)
xo, emitem ondas senoidais em fase e com a mesma frequência.
0 6,0
y (m)
O melhor ponto para iniciar a busca de interferência construtiva é o
A
7 ponto médio M (s = 3,0 m), para o qual temos Δd = 0.
6 Δd = N λ : Δd = 0 ⇒ N = 0 ⇒ (interferência construtiva – IC)
2
5 Portanto, a partir desse ponto, tanto para a direita como para a es-
querda, temos IC a cada 0,75 m, ou seja, a cada λ :
4 B
3
2
F1 F2
2 M
λ λ
1 P
2 2

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 x (m)
Assim, os pontos procurados são:

Considerando-se a velocidade do som igual a 340 m/s, determine a


menor frequência capaz de produzir:
a) interferência construtiva no ponto P;
b) interferência destrutiva no ponto P.
0 0,75 1,5 2,25 3,0 3,75 4,5 5,25 6,0 s (m)
Resolução:
Do gráfico: Respostas: a) 1,5 m; b) Nos pontos situados às seguintes distân-
PB = 5 m cias do alto-falante da esquerda: 0 m; 0,75 m; 1,5 m; 2,25 m; 3,0 m;
⇒ Δd = 10 m – 5 m = 5 m 3,75 m; 4,5 m; 5,25 m; 6,0 m.
PA = 10 m
Δd = N λ ⇒ Δd = N v ⇒ f = N v
2 2f 2Δd 57 (UFPI) Dois alto-falantes, a e b, emitem ondas sonoras de mes-
a) Para produzir interferência construtiva, fazemos N = 2: mo comprimento de onda, λ, e diferença de fase nula. Eles estão se-
parados por uma distância d = 3λ, a
fmín = 2 · 340 ⇒ fmín = 68 Hz como mostrado na figura abaixo. As
2·5
ondas que atingem o ponto P apre-
b) Para produzir interferência destrutiva, fazemos N = 1: sentam uma diferença de fase, φ, 3λ
fmín = 1 · 340 ⇒ fmín = 34 Hz igual a:
2·5 a) π. c) π . e) 2π.
2
b P
Respostas: a) 68 Hz; b) 34 Hz b) 3π. d) 3π . 4λ
2
210 PARTE II – ONDULATÓRIA

Resolução: 59 Um menino faz um apito de bambu. Fecha uma das extremida-


a
des e sopra pela outra, emitindo uma nota musical. Seu companheiro
faz outro apito, deixando uma extremidade aberta e soprando pela ou-
tra, produzindo uma nota uma oitava mais aguda (ou seja, de frequên-
5λ cia igual ao dobro da frequência do primeiro apito). Supondo sons fun-
3λ damentais nos dois casos, determine a relação entre os comprimentos
dos dois apitos.

Resolução:
b
4λ P v
• Apito “tubo fechado” : fF = 4L
F
Quando a onda proveniente de a atinge P, um comprimento de onda
(1λ) da onda proveniente de b já passou por um ponto. Portanto, P v
• Apito “tubo aberto” : fA = 2L
percebe uma oscilação a mais da onda que vem de b, o que equivale A

a uma defasagem igual a 2π rad (lembrar que, no MHS, cada oscilação


v v
corresponde a uma volta no MCU). • fA = 2fF ⇒ 2L = 2 4L ⇒ LA = Lf
A F
Resposta: e
Resposta: São iguais
58 (UFRN) Afinar a corda de um instrumento musical é ajustar a
tensão dessa corda até que a frequência de seu modo fundamental 60 Uma corda de 100 g de massa e 1 m de comprimento vibra no
de vibração coincida com uma frequência predeterminada. modo fundamental próxima de uma das extremidades de um tubo
Uma forma usual de se afinar um violão consiste em afinar uma das úl- aberto de 4 m de comprimento. O tubo então ressoa, também no
timas cordas (valendo-se de memória musical ou da comparação com modo fundamental. Sendo de 320 m/s a velocidade do som no ar do
algum som-padrão, obtido por meio de diapasão, piano, flauta etc.) e tubo, calcule a força tensora na corda.
usar tal corda para afinar as outras que ficam abaixo dela. (A figura a
seguir ilustra em detalhe o braço de um violão.)
F lavita, acostumada a af inar seu violão, af ina inicialmente a corda
número 5. Assim, para af inar a corda número 4, ela pressiona a cor-
da 5 entre o quarto e o quinto trasto, percute-a, observa se a corda
4 vibra e o quão intensamente vibra em consequência desse proce-
dimento. F lavita vai ajustando a tensão na corda 4 e repetindo tal
procedimento até que ela vibre com a maior amplitude possível.
Quando isso ocorre, essa corda está afinada. Resolução:
Trastos No tubo: λ = 2L ⇒ λ = 8 m
6 5 4 3 2 1 f = v = 320 ⇒ f = 40 Hz
λ 8
6
5 Na corda: f = 40 Hz
Cordas

4 λ = 2L ⇒ λ = 2 m
3
2 v = λ f = 2 · 40 ⇒ v = 80 m/s
1 m 0,1
δ = L = 1 ⇒ δ = 0,1 kg/m
Com base no acima exposto, atenda às seguintes solicitações.
a) Dê o nome do fenômeno físico que fundamenta esse processo de v = F ⇒ 80 = F ⇒ F = 640 N
δ 0,1
afinação do violão.
b) Com base em seus conhecimentos de acústica, explique como esse Resposta: 640 N
fenômeno ocorre no processo de afinação do violão.

Resolução: 61 Na orelha externa do ser humano, o conduto auditivo tem em


a) O fenômeno físico solicitado é a ressonância. média 2,5 cm de comprimento por 0,66 cm2 de área de seção trans-
b) À medida que a intensidade da força tensora na corda 4 vai sen- versal e é fechado numa de suas extremidades pela membrana do
do alterada, altera-se a frequência de seu modo fundamental de tímpano. Sabendo que a velocidade de propagação do som no ar é
vibração. A ressonância ocorre quando essa frequência iguala-se à de 340 m/s e que esse conduto comporta-se como um tubo sonoro,
frequência fundamental da corda 5 pressionada. determine sua frequência fundamental de ressonância.
Respostas: a) Ressonância; b) À medida que a intensidade da força Resolução:
tensora na corda 4 vai sendo alterada, altera-se a frequência de seu v 340
modo fundamental de vibração. A ressonância ocorre quando essa f = 4 L = 4 · 2,5 · 10–2 ⇒ F = 3,4 kHz
frequência iguala-se à frequência fundamental da corda 5 pressio-
nada. Resposta: 3,4 kHz
Tópico 3 – Acústica 211

62 E.R. Num tubo de Kundt, há pó de cortiça depositado na parte ouve-se, pela primeira vez, um reforço do som (ressonância) quando o
interna inferior. Fazendo-se vibrar um diapasão em sua extremida- comprimento da parte emersa do tubo é igual a 33 cm.
de aberta e movimentando-se o êmbolo, atinge-se uma situação de a) Calcule a velocidade de propagação do som no ar no local do expe-
ressonância cuja consequência é a formação de montículos de pó de rimento.
cortiça distantes 10 cm um do outro. Sabendo-se que a velocidade b) Erguendo-se mais o tubo, até sua extremidade inferior atingir a
do som no ar é igual a 320 m/s, qual é a frequência do som emitido superfície livre da água, outros reforços do som são percebidos.
pelo diapasão? Determine os comprimentos da parte emersa, em centímetros,
nessas ocasiões.
Resolução:
Na formação de ondas estacionárias dentro do tubo, temos nós e Resolução:
ventres de deslocamento. Nos ventres, o pó de cortiça é sacudido, a) A primeira ressonância acontece quando o comprimento da parte
enquanto nos nós ele forma montículos em repouso. A distância emersa é igual a λ (tubo fechado):
entre dois montículos consecutivos é a distância entre dois nós λ = 33 cm ⇒ λ4= 132 cm = 1,32 m
4
consecutivos, ou seja, λ .
2 v = λ f = 1,32 · 256 ⇒ v ⯝ 338 m/s

λ
10 cm
4
Assim:
λ = 10 ⇒ λ = 20 cm = 0,20 m
2 1ª ressonância
Da relação v = λ f, temos:
320 = 0,20f ⇒ f = 1 600 Hz

b) Há duas outras ressonâncias: uma quando a parte emersa mede


63 Um diapasão vibra com frequência de 500 Hz diante da extre- a = 3 λ e outra, quando mede b = 5 λ :
4 4
midade A (aberta) de um tubo. A outra extremidade é fechada por um λ
êmbolo, que pode ser deslocado ao longo do tubo. Afastando-se o êm- a = 3 ⇒ a = 3 · 33 cm ⇒ a = 99 cm
4
b = 5 λ ⇒ b = 5 · 33 cm ⇒
bolo, constata-se que há ressonância para três posições, B1, B2 e B3, tais
b = 165 cm
que AB1 = 18 cm, AB2 = 54 cm e AB3 = 90 cm. 4
A B1 B2 B3

diapasão
êmbolo

Determine:
λ
a) o comprimento de onda da onda sonora que se propaga no tubo; 5
4
b) a velocidade de propagação do som no ar.
λ
3
Resolução: 4

a) λ = AB2 – AB1 = 36 ⇒ λ = 72 cm
2
b) v = λ f = 0,72 · 500 ⇒ v = 360 m/s
2ª ressonância 3ª ressonância
Respostas: a) 72 cm, b) 360 m/s

64 Um tubo de PVC, com 5 cm de diâmetro


e 180 cm de comprimento, tendo as duas extre-
midades abertas, encontra-se quase totalmente Respostas: a) 338 m/s; b) 99 cm; 165 cm
imerso na água de uma lagoa, como representa
a figura ao lado. 65 Analise as seguintes afirmações:
Um diapasão de frequência igual a 256 Hz é pos- (01) Durante a apresentação de uma orquestra, um som grave emitido
to a vibrar bem perto da extremidade superior por um contrabaixo e um agudo emitido por um violino propa-
do tubo. Erguendo-se o tubo lenta e vertical- gam-se com a mesma velocidade até a platéia.
mente, com o diapasão sempre vibrando nas (02) Uma locomotiva parada numa estação emite um som (apito)
proximidades de sua extremidade superior, que se propaga no ar (sem vento) a 340 m/s. Se, em vez de estar
212 PARTE II – ONDULATÓRIA

parada, a locomotiva estivesse passando pela mesma estação a 69 (Unifor-CE) Quando uma ambulância, com sirene ligada, se
20 m/s, o som emitido (apito) se propagaria, no sentido do mo- aproxima de um observador, este percebe:
vimento da locomotiva, a 360 m/s. a) aumento da intensidade sonora e da frequência.
(04) Quando aumentamos o volume do rádio, a velocidade do som b) aumento da intensidade sonora e diminuição da frequência.
emitido por ele também aumenta. c) mesma intensidade sonora e mesma frequência.
(08) Ondas sonoras de maior amplitude são sempre mais velozes que as d) diminuição da altura e variação no timbre sonoro.
de amplitude menor. e) variação no timbre e manutenção da altura.
Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações
corretas. Resposta: a

Resolução: 70 O som emitido pelo motor de um carro de corrida soa, para o


(01) Correta. espectador, de forma diferente quando ocorre aproximação e quando
A velocidade do som não depende de sua frequencia. ocorre afastamento entre ele e o veículo. No entanto, sabemos que es-
(02) Incorreta. sas diferenças não existem para o piloto do carro. Se f é a frequência
A velocidade do som não depende da velocidade da fonte sonora do som ouvido pelo piloto, f1 é a frequência ouvida pelo espectador na
que o emtiu. aproximação e f2 é a frequência ouvida pelo espectador no afastamen-
(04) Incorreta. to, então:
A velocidade do som não depende de sua intensidade a) f = f1 < f2. c) f1 < f > f2. e) f1 < f < f2.
(08) Incorreta. b) f > f1 = f2. d) f1 > f > f2.
Resposta: 01 Resolução:
A frequencia f é a frequência do som emitido pelo motor. Então f1 é
66 A velocidade do som no ar a 0 °C é de 330 m/s. Considerando maior que f e f2 é menor:
o ar um gás perfeito, calcule a velocidade com que o som se propaga ⇒ f 1 > f > f2
nele a 30 °C. f2 f f1 Frequência
Resolução: Resposta: d
v=K T
71 Dois trens A e B têm apitos idênticos. Um observador parado
v1 T1 330 numa estação ouve o apito de A mais agudo que o de B. Qual (quais)
⇒ v = 273
v2 = T2 2 303 das situações abaixo pode(m) viabilizar o caso proposto?
I. Os trens A e B aproximam-se do observador.
II. Os trens A e B afastam-se do observador.
v2 = 348 m/s III. O trem B afasta-se do observador, enquanto o trem A está parado.
IV. O trem A afasta-se do observador, enquanto o trem B está parado.
Resposta: 348 m/s V. O trem B afasta-se do observador, enquanto o trem A aproxima-se.
a) Somente I e II. d) Somente I, II e III.
67 O efeito Doppler é observado somente quando: b) Somente III e IV. e) Somente V.
c) Somente I, II, III e V.
a) a fonte da onda emitida e o observador mantêm uma distância
constante. Resolução:
b) existe um movimento relativo de aproximação ou de afastamento f D > fD
A B
entre a fonte emissora de onda e o observador. I. Pode. Basta que A seja mais veloz que B.
c) a onda emitida pela fonte é transversal e de grande amplitude. II. Pode. Basta que B seja mais veloz que A.
d) a fonte e o observador movem-se com a mesma velocidade (veto- III. Pode. Só acontece o efeito Doppler para B.
rial), em relação ao meio de propagação da onda. IV. Não pode. Nesse caso, o observador ouve o apito de B mais
e) a fonte da onda é mais veloz que a onda. agudo.
V. Pode.
Resposta: b
Resposta: c
68 (UFRGS-RS) Indique a alternativa que preenche corretamente o
72 Um automóvel per-
texto abaixo. II
corre uma pista circular
O alarme de um automóvel está emitindo som de uma determinada em movimento uniforme. O
frequência. Para um observador que se aproxima rapidamente desse A buzina é acionada quan-
automóvel, esse som parece ser de .... frequência. Ao afastar-se, o mes- do ele passa pelos pontos
mo observador perceberá um som de .... frequência. I, II, III e IV. III I
a) maior — igual d) menor — maior Centro
Um observador em re-
b) maior — menor e) igual — menor pouso no ponto O ouve o
c) igual — igual som da buzina mais agudo
quando ela é acionada em Sentido do
Resposta: b movimento
que ponto? IV
Tópico 3 – Acústica 213

Resolução: 74 E.R. Duas fontes sonoras A e B emitem sons puros de mesma


Em I, porque, dos quatro pontos citados, é o único em que existe movi- frequência, igual a 680 Hz. A fonte A está fixa no solo e B move-se
mento relativo de aproximação entre o automóvel e o observador: para a direita, afastando-se de A com velocidade de 62 m/s em re-
lação ao solo. Um observador entre as fontes move-se para a direita,
O com velocidade de 30 m/s também em relação ao solo.
v Determine:
vap a) a frequência do som proveniente da fonte A, ouvida pelo ob-
I servador;
b) a frequência do som proveniente da fonte B, ouvida pelo ob-
servador;
c) a frequência do batimento devido à superposição dessas ondas,
admitindo-se que suas amplitudes sejam iguais (ou aproximada-
mente iguais).
Resposta: I
Dado: velocidade do som no ar = 340 m/s
73 (UFPR) A figura abaixo mostra uma lâmina presa a um suporte
Resolução:
rígido, a qual oscila passando 100 vezes por segundo pela posição ver- Façamos, inicialmente, um esquema mostrando a situação descrita:
tical, onde estaria se estivesse em repouso.
vO = 30 m/s vB = 62 m/s
vA = 0

A O B

Para o cálculo da frequência fD ouvida pelo observador (frequência


Doppler), devemos estabelecer um sentido de referência, sempre
do observador para a fonte, e aplicar a fórmula:
É correto afirmar que: v ± vO
(01) A frequência da onda sonora emitida no ar pela vibração da lâmi- fD = f
v ± vF
na é de 50 Hz.
(02) Se a lâmina vibrasse no vácuo, não seriam produzidas ondas a) Assim, para o som proveniente da fonte A, temos:
sonoras. vO = 30 m/s
(04) Aumentando-se a amplitude da oscilação da lâmina e manten- vA = 0
do-se a mesma frequência, haverá uma diminuição do compri-
mento de onda da onda sonora emitida no ar. A O
(08) A velocidade de propagação da onda sonora emitida pela vibra-
ção da lâmina no ar depende da amplitude desta vibração. f = 680 Hz, v = 340 m/s, vO = 30 m/s, vF= vA = 0
Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações
corretas. e fD = 680 · 340 – 30 ⇒ fD = 620 Hz
340
Resolução:
01. Correta. b) Para o som proveniente da fonte B, temos:
Em cada oscilação, a lâmina passa duas vezes pela posição vertical. vO = 30 m/s vB = 62 m/s
Então, 100 passagens por segundo pela vertical correspondem a
50 oscilações por segundo, ou seja, 50 Hz. A frequência do som emi-
tido também é 50 Hz, pois essa é a frequência de sua fonte. O B

f = 680 Hz, v = 340 m/s, vO = 30 m/s, vF = vB = 62 m/s e

fD = 680 · 340 + 30 ⇒ fD = 626 Hz


340 + 62

c) A superposição de duas ondas sonoras de amplitudes iguais (ou


aproximadamente iguais) e de frequências próximas resulta no
fenômeno denominado batimento, cuja frequência é dada pela
02. Correta. diferença:
04. Incorreta. fBAT = f2 – f1 (f2 > f1)
Sabemos que v = λ f. Como f (frequência do som emitido) e v (velo-
cidade do som no ar) não se alteram, λ também se mantém. Assim:
08. Incorreta.
Portanto, a soma dos números correspondentes às afirmações corretas é 3.
fBAT = 626 – 620 ⇒ fBAT = 6 Hz
Resposta: 03
214 PARTE II – ONDULATÓRIA

75 Um avião emite um som de frequência f = 600 Hz e percorre 78 (ITA-SP) Com que velocidade deve um observador deslo-
uma trajetória retilínea com velocidade va = 300 m/s. O ar apresenta-se car-se entre duas fontes sonoras estacionárias que emitem sons
imóvel. A velocidade de propagação do som é v = 330 m/s. Determine de mesma frequência, para que ele tenha a sensação de que es-
a frequência do som recebido por um observador estacionário junto à sas frequências estão na razão 9:8? A velocidade do som no ar é de
trajetória do avião: 340 m/s.
a) enquanto o avião aproxima-se do observador;
b) quando o avião afasta-se do observador. Resolução:
F1(f) O v0 F2(f)
Resolução:
vF vF
O
v – v0 v + v0
F vO = 0 F f1 = f f2 = f
v v
a) fD = f v = 600 · 330 ⇒ fD = 6,60 kHz v + v0
v – vF f2 9 f v + v0 9
330 – 300
= ⇒ v =9 ⇒ =
f1 8 v – v0 8 v – v0 8
b) fD = f v = 600 · 330 ⇒ fD = 314 Hz f
v + vF v
330 + 300
v0 = v ⇒ v0 = 340 ⇒ v0 = 20 m/s
Respostas: a) 6,60 kHz; b) 314 Hz 17 17

Resposta: 20 m/s
76 (PUC-SP) Uma fonte sonora em repouso, situada no ar, emite
uma nota com frequência de 440 Hz. Um observador, movendo-se
79 (PUC-SP) Uma fonte sonora está adaptada a um veículo que se
sobre uma reta que passa pela fonte, escuta a nota com frequência
de 880 Hz. Supondo a velocidade de propagação do som no ar igual a desloca em trajetória retilínea e se aproxima, freando, de um observa-
340 m/s, podemos afirmar que o observador: dor parado. Sendo f a frequência do som emitido pela fonte, podemos
a) aproxima-se da fonte com velocidade de 340 m/s. afirmar que o som percebido pelo observador tem frequência:
b) afasta-se da fonte com velocidade de 340 m/s. a) invariável.
c) aproxima-se da fonte com velocidade de 640 m/s. b) crescente e inferior a f.
d) afasta-se da fonte com velocidade de 640 m/s. c) crescente e superior a f.
e) aproxima-se da fonte com velocidade de 880 m/s. d) decrescente e superior a f.
e) decrescente e inferior a f.
Resolução:

Pat LaCroix/Getty Images


vO vF = O

O F ( f = 440 Hz)
v + v0 340 + v0
a) fD = f ⇒ 880 = 440 · ⇒ v0 = 340 m/s
v 340

Resposta: a

77 (ITA-SP) Considere a velocidade máxima permitida nas estradas


como sendo exatamente 80 km/h. A sirene de um posto rodoviário soa
com uma frequência de 700 Hz, enquanto um veículo de passeio e um
policial rodoviário se aproximam do posto emparelhados. O policial
dispõe de um medidor de frequências sonoras. Dada a velocidade do
som, de 350 m/s, ele deverá multar o motorista do carro a partir de que
frequência mínima medida?

Resolução:
v0 = 22 m/s vF = 0 Resolução:
vF
O F
0
F(f = 700 Hz)
v ± v0 v
fD = f = 700 350 + 22 ⇒ fD = f
v – vF
v ± vF 350 + 0
Observemos que fD é maior que f, porém decrescente, pois vF
⇒ fD = 744 Hz
decresce.

Resposta: 744 Hz Resposta: d


Tópico 3 – Acústica 215

80 (UFPA) As qualidades fisiológicas do som são: 83 (UFPA) Uma fonte puntiforme produz a 50 m de distância um
a) altura, intensidade e timbre. d) timbre, volume e sonoridade. som cujo nível de intensidade vale 50 dB. Em watts, a potência da fonte
b) altura, sonoridade e timbre. e) limpidez, sonoridade e volume. vale:
c) intensidade, sonoridade e timbre. a) π · 10–1.
b) π · 10–3.
Resposta: b c) 2π · 10–2.
d) 4π · 10–3.
81 E.R. Que nível de intensidade, em decibels, terá o som rece- e) 5π · 10–2.
bido por uma pessoa a 10 m de um instrumento musical que emite
uma onda sonora de potência constante igual a 125,6 μW? Resolução:
Dados: π = 3,14 e Iref = 10–12 W/m2. N = 10 log I ⇒ 50 = 10 log I–12 ⇒ 5 = log 1012 I ⇒
Iref 10
Resolução: ⇒ 1012 I = 105 ⇒ I = 10–7 W/m2
O nível relativo de intensidade de um som é dado, em decibels, por:
I I = Pot 2 ⇒ 10–7 = Pot 2 ⇒ Pot = π · 10–3 W
N = 10 log 4π x 4π 50
Iref
Considerando o som uma onda esférica, a intensidade I recebida no Resposta: b
local citado é calculada por:
I = Pot2 84 Com um decibelímetro, mede-se o nível de ruído em um pon-
4π x
to do cruzamento das avenidas Ipiranga e São João (São Paulo). Uma
Assim, sendo Pot = 125,6 μW = 125,6 · 10–6 W, π = 3,14 e x = 10 m, primeira amostragem, levantada às 3h, revela 60 dB, enquanto outra,
temos: –6 obtida às 18h, acusa 100 dB. Por quanto ficou multiplicada a intensida-
I = 125,6 · 10 2 ⇒ I = 1 · 10–7 W/m2 de sonora da primeira para a segunda amostragem?
4 · 3,14 · 10

Portanto: Resolução:
–7
N = 10 log 10 = 10 log 105 = 50 Às 3h: N1 = 10 log
I1
⇒ 60 = 10 log 1
I
–12
10 Iref Iref
N = 50 dB I1 = 106 Iref
I2 I
Às 18h: N2 = 10 log ⇒ 100 = 10 log 2
Iref Iref
82 A mais gigantesca onda sonora registrada na história foi o som
I2 = 1010 Iref
da explosão do vulcão de Krakatoa, perto de Java, no oceano Índico.
Essa onda sonora foi ouvida a 4 800 km do local.
Portanto : I2 = 104 I1
Top Photo Group/AGB Photo Library

Resposta: 104

85 A orelha de um ouvinte normal recebe um som de intensidade


I1 = 1 000 Iref, em que Iref é uma intensidade sonora tomada como refe-
rência.
Em seguida, recebe um som de mesma frequência, mas de intensidade
I2 igual ao dobro da anterior, ou seja, I2 = 2I1.
A sensação sonora também dobrou? Justifique com cálculos.
Dado: log2 = 0,30

Resolução:
I1
• N1 = 10 log = 10 log 103 ⇒ N1 = 30 dB
Supondo que essa onda seja esférica, que não houve dissipação de Iref
energia em sua propagação e que a intensidade mínima necessária
para ela ser ouvida seja de 10–12 W/m2, determine a potência da explo- I2
• N2 = 10 log = 10 log (2 · 103)
são, em watts. Iref

Resolução: N2 = 10 (log 2 + log 103) = 10 (0,30 + 3) ⇒ N2 = 33 dB

I = Pot 2 ⇒ 10–12 = Pot ⇒ Pot ⯝ 290 W Portanto, a sensação sonora aumentou 3 dB, passando de 30 dB
4π x 4 · 3,14 · (4,8 · 106)2 para 33 dB.

Resposta: Aproximadamente 290 W Resposta: Não. A sensação sonora aumentou 3 dB


216 PARTE II – ONDULATÓRIA

86 E.R. Considere dois sons de intensidades I e I e níveis sono- P2


Quando n = 1 decibel, = 1,26, ou seja, para um aumento de 1 deci-
1 2 P1
ros N1 e N2, respectivamente. Determine ΔN = N2 – N1, em decibels.
bel na sensação sonora é necessário um aumento de 26% na potência
Resolução: da onda sonora.
Temos: Se n = 10 decibéis, o aumento da potência, em porcentagem, é de:
I1 I2
N1 = 10 log e N2 = 10 log a) 900%. b) 126%. c) 90%. d) 50%. e) 9%.
Iref Iref
Então: Resolução:
I2 I
N2 – N1 = 10 log – 10 log 1 n = 10
Iref Iref P2 P P
10 = 10 log ⇒ log 2 = 1 ⇒ 2 = 10
I2 I P1 P1 P1
N2 – N1 = 10 log – log 1 P2 = 10P1 = P1 + 9P1
Iref Iref

I2 Aumento de 900%
Iref I
N2 – N1 = 10 log ⇒ ΔN = N2 – N1 = 10 log 2
I1 I1 Resposta: a
Iref
90 (Unicamp-SP) É usual medirmos o nível de uma fonte sonora em
87 (PUC-MG) O nível sonoro, dado em decibéis (dB), é definido decibéis (dB). O nível em dB é relacionado à intensidade I da fonte pela
fórmula:
I
pela expressão β = 10log , onde I0 é uma intensidade-padrão de Nível sonoro (dB) = 10 log10
I
I0
I0
referência e I, a intensidade, em W/m2, do som cujo nível se está cal-
em que I0 = 10–12 W/m2 é um valor-padrão de intensidade muito próxi-
culando. Se o nível sonoro de um murmúrio, a 1 m de distância, é de
mo do limite de audibilidade humana.
β1 = 20 dB, e o de um forte grito, à mesma distância, é de β2 = 70 dB, a
I Os níveis sonoros necessários para uma pessoa ouvir variam de indiví-
razão 2 das intensidades dos dois sons é: duo para indivíduo. No gráfico abaixo esses níveis estão representados
I1
em função da frequência do som para dois indivíduos, A e B. O nível
7 2
a) . b) . c) 105. d) 50. e) 103. sonoro acima do qual um ser humano começa a sentir dor é aproxima-
2 7 damente 120 dB, independentemente da frequência.
Resolução: I I 120
N2 – N1 = 10 log 2 ⇒ β2 – β1 = 10 log 2 ⇒
I1 I1 A B
I2 I2 100
⇒ 70 – 20 = 10 log ⇒ log =5
Nível sonoro (dB)

I1 I1 80
I2
= 105 60
I1
40
Resposta: c
20
88 (Aman-RJ) Num estádio de futebol, o nível de intensidade so- 0
nora é normalmente de 60 dB. No momento de um gol a intensidade 10 100 1 000 10 000
sonora amplia-se 1 000 vezes. Qual é, em dB, o nível de intensidade so- Frequência (Hz)
nora no momento do gol?
Resolução: a) Que frequências o indivíduo A consegue ouvir melhor que o indiví-
I 1 000 / I2
N2 – N1 = 10 log 2 ⇒ N2 – 60 = 10 log = 10 · 3 duo B?
I1 I1 b) Qual a intensidade I mínima de um som (em W/m2) que causa dor
N2 = 90 dB em um ser humano?
c) Um beija-flor bate as asas 100 vezes por segundo, emitindo um
Resposta: 90 dB ruído que atinge o ouvinte com um nível de 10 dB. Quanto a inten-
sidade I desse ruído precisa ser amplificada para ser audível pelo
indivíduo B?
89 (UCDB-MT) A orelha humana é muito sensível às variações de
frequência de um som, percebendo variações da ordem de 1%. No en- Resolução:
tanto, tem sensibilidade bastante menor às variações de potência das a) Do gráfico, concluímos que o indivíduo A ouve melhor que B as fre-
ondas sonoras. São necessárias variações da ordem de 25% na potên- quencias compreendidas entre 20 Hz e 200 Hz, pois, nesse interva-
cia para serem percebidas pela orelha. Assim, a definição do decibel lo, os níveis sonoros necessários para a audição de A são menores
significa que, para duas potências sonoras que se diferenciam de n que os necessários para a audição de B.
decibéis, vale a relação:
P b) 120 = 10 log I ⇒ I = 1 W/m2
n = 10 log 2 10–12
P1
Tópico 3 – Acústica 217

c) f = 100 Hz 92 O aparelho auditivo, considerado no seu conjunto uma “caixa-


N = 10 dB -preta”, que detecta um sinal sonoro no ar e o transmite ao cérebro,
Do gráfico, temos que o nível sonoro precisa ser no mínimo igual a tem como grandezas de entrada e saída:
30 dB para que B possa ouvir um som de 100 Hz. a) variação de pressão — impulsos elétricos.
I b) variação de pressão — compressão e distensão de moléculas.
N2 – N1 = 10 log 2
I1 c) variação de velocidade de moléculas — concentração iônica nas
I2 células.
30 – 10 = 10 log ⇒ I2 = 100 I1 d) variação de velocidade — impulsos elétricos.
I1
e) variação de pressão — concentração iônica nas células.
Respostas: a) Entre 20 Hz e 200 Hz; b) 1 W/m²; c) Precisa ser multi-
plicada por 100. Resolução:
Variação Impulsos
de pressão elétricos
91 (Cesgranrio-RJ) Quando a orelha humana é submetida pro- Fonte Aparelho
Cérebro
sonora auditivo
longadamente a ruídos de nível sonoro superior a 85 dB, sofre
lesões irreversíveis. Por isso, o Ministério do Trabalho estabelece o
intervalo de tempo máximo diário que um trabalhador pode f icar Resposta: a
exposto a sons muito intensos. Esses dados são apresentados na
tabela a seguir. 93 (Vunesp-SP) Numa experiência para determinar a velocidade do
som, dois observadores colocaram-se a uma distância de 5,0 km um do
Nível sonoro Intervalo de tempo máximo outro, munidos de um revólver e um cronômetro. O observador em A
(dB) de exposição (h) acionou seu cronômetro no instante em que viu o clarão do disparo
85 8 de revólver de B, tendo registrado que o som levou 15,5 s para chegar
90 4 à sua orelha. Em seguida, A atirou e B registrou o tempo de 14,5 s até
ouvir o estampido. Calcule a velocidade do som e a componente da
95 2 velocidade do vento ao longo da linha AB.
100 1
Resolução:
Observe, portanto, que a cada aumento de 5 dB no nível sonoro, o in- Vento
tervalo de tempo máximo de exposição reduz-se à metade. Sabe-se A B
y
ainda que, ao assistir a um show de rock, espectadores próximos às x
caixas de som ficam expostos a níveis sonoros em torno de 110 dB. De Δs = 5,0 km
Solo
acordo com as informações acima, responda:
a) Qual deveria ser a duração máxima de um show de rock para os ΔtA = 15,5 s ΔtB = 14,5 s

espectadores próximos às caixas de som?


b) De 90 dB para 105 dB, que redução percentual ocorre no intervalo Para B: vsom + vvento = Δs
ΔtB
de tempo máximo de exposição? 5 000
c) Sejam, respectivamente, I a intensidade sonora correspondente a vsom + vvento = ⯝ 345 m/s (I)
14,5
110 dB (nível sonoro nas proximidades das caixas de som nos shows
de rock) e I0 a intensidade sonora correspondente a 0 dB (silêncio). Para A: vsom – vvento = Δs
ΔtA
I 5 000
Determine a razão .
I0 vsom – vvento = ⯝ 323 m/s (II)
15,5
Resolução: Resolvendo o sistema constituído pelas equações (I) e (II), vem:
a) A tabela fornecida indica que, a cada aumento de 5 dB no nível sono-
ro, o intervalo de tempo máximo de exposição se reduz à metade. vsom = 334 m/s vvento = 11 m/s
Então, para 105 dB, esse tempo cai a 0,5 h e, para 110 dB, a 0,25 h:
Δt = 0,25 h = 15 min Resposta: 334 m/s e 11 m/s, respectivamente

b) De 90 dB para 105 dB, o intervalo de tempo máximo cai de 4 h 94 (UFU-MG) Um estudante de Física encontra-se a certa distância de
para 0,5 h, sofrendo uma redução de 3,5 h. Sendo r(%) a redução
percentual: uma parede, de onde ouve o eco de suas palmas. Desejando calcular a
que distância encontra-se da parede, ele ajusta o ritmo de suas palmas até
3,5 = r 4 ⇒ r = 0,875 ⇒ r(%) = 87,5% deixar de ouvir o eco, pois este chega ao mesmo tempo que ele bate as
c) N = 10 log I mãos. Se o ritmo das palmas é de 30 palmas por minuto e a velocidade do
I0
som é aproximadamente 330 m/s, qual sua distância à parede?
110 = 10 log I ⇒ log I = 11 ⇒
I0 I0
Resolução:
I = 1011 • Cálculo do período das palmas:
⇒ I0 f = 30 palmas/minuto ⇒ f = 0,5 Hz
Respostas: a) 15 min; b) 87,5 %; c) 1011 T= 1 = 1 ⇒ T=2s
f 0,5
218 PARTE II – ONDULATÓRIA

• Em dois segundos, o som deve propagar-se do estudante à parede P (u.a.)


e voltar a ele: 8
S
v = 2d ⇒ 300 = 2d ⇒ d = 330 m 6
Δt 2 4
A B
2
Resposta: 330 m
0
–2 C
95 A figura mostra uma corda fixa pela extremidade A e passando
–4
por uma polia em B. Na outra extremidade, está suspenso um bloco –6
de 1 000 N de peso e 0,075 m3 de volume. A densidade linear da corda –8
é igual a 0,1 kg/m e o comprimento do trecho horizontal é de 1 m.
x (m)
0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
A
B
I (u.a.)
20

15

Tangendo a corda no ponto médio entre A e B, 10


ela vibra no modo fundamental.
a) Calcule a frequência fundamental de vibração do trecho AB.
b) Calcule a nova frequência fundamental de vibração do trecho AB se 5 B
o bloco estiver totalmente imerso em um líquido de massa especí-
fica igual a 1 000 kg/m3 (g = 10 m/s2).
1f0 2f0 3f0 4f0 5f0 6f0 7f0 f (Hz)
Resolução:
a) v = F = 1 000 ⇒ v = 100 m/s Resolução:
δ 0,1
λ = 2L = 2 · 1 ⇒ λ = 2 m a) Do gráfico, temos:
f = v = 100 ⇒ f = 50 Hz λ (m)
λ 2 A 1,5
b) E = µ V g = 1 000 · 0,075 · 10 ⇒ E = 750 N B 0,5
F = P – E = 1 000 – 750 ⇒ F = 250 N C 0,3
v = F = 250 ⇒ v = 50 m/s b) Do gráfico:
δ 0,1
λ0 = 1,5 m
f = v = 50 ⇒ f = 25 Hz
λ 2 O comprimento de onda da onda resultante S é igual ao compri-
Respostas: a) 50 Hz; b) 25 Hz mento de onda da onda de menor frequência A, que corresponde
ao som fundamental.
c) Como todas as ondas componentes propagam-se com a mesma ve-
96 (Fuvest-SP) O som produzido por um determinado instrumento
locidade v (v = λ f), o produto λ · f é igual para as três. Então, temos:
musical, longe da fonte, pode ser representado por uma onda comple- Para a onda A: λ0 e f0
xa S, descrita como uma sobreposição de ondas senoidais de pressão, λ
conforme a figura. Nela, está representada a variação da pressão P em Para a onda B: 0 e 3f0
3
função da posição, em determinado instante, estando as três compo- λ0
nentes de S identificadas por A, B e C. Para a onda C: e 5f0
5
a) Determine os comprimentos de onda, em metros, de cada uma das No gráfico de P em função de x, obtemos as amplitudes (A) das três
componentes A, B e C. ondas componentes:
b) Determine o comprimento de onda λ0, em metros, da onda S. AA = 4 u.a.
c) Copie o gráfico apresentado a seguir, representando as intensida- AB = 2 u.a.
des das componentes A e C. Nesse mesmo gráfico, a intensidade da AC = 1 u.a.
componente B já está representada, em unidades arbitrárias. No gráfico de I em função de f, lemos:
IB = 4 u.a.
Note e adote: O enunciado informa que I = k A2, em que k é uma constante de
u.a. = unidade arbitrária; velocidade do som ⯝ 340 m/s proporcionalidade.
A intensidade I de uma onda senoidal é proporcional ao quadrado Então:
da amplitude de sua onda de pressão. IA = k A2A = k 42 = 16 k
A frequência f0 corresponde à componente que tem menor fre- IB = k A2B = k 22 = 4 k = 4 u.a.
quência. IC = k A2C = k 12 = 1 k
Tópico 3 – Acústica 219

Portanto: 98 (Fatec-SP) O esquema abaixo representa um trombone de


IA = 4IB ⇒ IA = 16 u.a. Quincke. A fonte é um diapasão próximo a F. O ouvinte constata in-
tensidade mínima para d1 = 5 cm e novamente para d2 = 15 cm. Qual o
IC = 1 IB ⇒ IC = 1 u.a. comprimento de onda do som dentro do tubo?
4
Ouvinte
Representando as intensidades no gráfico, temos:
O

I (u.a.)
20 B d A
A
15
F
10
Fonte

5 B Resolução:
C Para d = 0: OBF – OAF = x
Para d1= 5 cm: OBF– OAF = x + 10 = i λ (I)
0 1f0 2f0 3f0 4f0 5f0 6f0 7f0 f (Hz) 2
Para d2 = 15 cm:
OBF – OAF = x + 30 = (i + 2) λ (II)
2
(i e i + 2 são números ímpares consecutivos)
Respostas: a) λ (m) ; b) λ0 = 1,5 m Fazendo (II) – (I), vem: λ = 20 cm
A 1,5
B 0,5 Resposta: 20 cm
C 0,3
99 (Fuvest-SP) Duas fontes sonoras F e F estão inicialmente se-
1 2
paradas de 2,5 m. Dois observadores A e B estão distantes 10 m da
c) I (u.a.)
fonte F1, sendo que o observador A está no eixo x e o observador B,
20 no eixo y, conforme indica a figura. As duas fontes estão em fase e
A emitem som numa frequência fixa f = 170 Hz. Num dado instante, a
15 fonte F2 começa a se deslocar lentamente ao longo do eixo x, afas-
tando-se da fonte F1. Com esse
10 deslocamento, os dois obser- y
vadores detectam uma varia- B
5 B
ção períodica na intensidade
do som resultante das duas
C
fontes, passando por máximos
0 1f0 2f0 3f0 4f0 5f0 6f0 7f0 f (Hz) e mínimos consecutivos de in-
tensidade. Sabe-se que a velo- 10 m
cidade do som é 340 m/s nas
condições do experimento.
97 (PUC-SP) Dois diapasões vibram com frequências f = 32 000 Hz
1
e f2 = 30 000 Hz. Se os dois diapasões forem colocados próximos um do A F1 F2
outro, um ouvinte:
x
a) ouvirá um som de frequência 2 000 Hz.
b) não ouvirá som algum. 10 m 2,5 m
c) ouvirá apenas o som de frequência 32 000 Hz. Levando em conta a posição inicial das fontes, determine:
d) ouvirá apenas o som de frequência 30 000 Hz. a) a separação La entre as fontes para a qual o observador A detecta o
e) ouvirá um som de frequência 31 000 Hz. primeiro mínimo de intensidade;
b) a separação Lb entre as fontes para a qual o observador B detecta o
Resolução: primeiro máximo de intensidade.
A onda resultante da superposição dos dois ultrassons (32 000 Hz e
30 000 Hz) é ultra-som de frequência igual a 31 000 Hz, que, como Resolução:
sabemos, não é audível. Entretanto, ocorrem batimentos com fre- a) v = 340 m/s f = 170 Hz
quência igual a 2 000 Hz. Esses batimentos não são percebidos in-
dividualmente, mas são ouvidos como um som de frequência igual λ = v = 340 ⇒ λ = 2,0 m
f 170
a 2 000 Hz. F1 F2
A
x
Resposta: a Δd = La
220 PARTE II – ONDULATÓRIA

Δd = N λ (N = 1, 3, 5, ...) 101 Uma fonte sonora emitindo um som puro (única frequência)
2
de frequência igual a 440 Hz foi colocada sucessivamente junto à ex-
La = N 2,0 = N 1,0 m tremidade aberta de cinco tubos cilíndricos A, B, C, D e E, fechados
2 na outra extremidade, de comprimentos respectivamente iguais a
Como La é maior que 2,5 m e, além disso, deve ser mínima, vamos 6,25 cm, 15,00 cm, 18,75 cm, 37,50 cm e 93,75 cm. Sabendo que a velo-
fazer N = 3: cidade de propagação do som no ar existente dentro dos tubos é igual
a 330 m/s, determine que tubo(s) entrou(entraram) em ressonância
La = 3,0 m com a fonte.
Resolução:
b) As frequências de ressonância de um tubo fechado são dadas por
y
B f = N v, sendo N um número ímpar.
4L
Temos:
33 000 cm/s
d2 L = N v = N 4 · 440 Hz
4f
d1 = 10m L = N 18,75 cm
Fazendo:
N = 1 : L = 18,75 cm ⇒ Tubo C;
N = 3 : L = 56,25 cm ⇒ Nenhum dos tubos;
F1 F2 x N = 5 : L = 93,75 cm ⇒ Tubo E.
Lb
Respostas: C e D
Δd = N λ (N = 0, 2, 4, ...)
2 102 (ITA-SP) Um tubo sonoro aberto em uma das extremidades e
d2 – 10 = N 2,0 ⇒ d2 – 10 = N 1,0 fechado na outra apresenta uma frequência fundamental de 200 Hz.
2
Sabendo que o intervalo de frequências audíveis é aproximadamente
Como d2 é maior que 10 m e, além disso, deve ser mínima, vamos de 20,0 a 16 000 Hz, qual o número de frequências audíveis que esse
fazer N = 2: tubo pode emitir?
d2 – 10 = 2,0 ⇒ d2 = 12 m
Resolução:
d22 = d21 + L2b ⇒ 122 = 102 + L2b ⇒ Lb = 6,6 m Sendo n = 1, 2, 3, ... e lembrando que os tubos fechados só emitem
harmônicos de ordem ímpar, temos:
Número ímpar
Respostas: a) 3,0 m, b) 6,6 m
20,0  (2n –1) 200  16 000
( 200) : 0,1  2n – 1  80
100 A respeito das ondas estacionárias sonoras produzidas no ar,
(+1) : 1,1  2n  81
podemos afirmar que: ( 2) : 0,55  n  40,5
a) num nó de deslocamento, a pressão é constante.
Então, n pode assumir 40 valores distintos.
b) num nó de deslocamento, a pressão varia.
c) num ventre de deslocamento, a pressão varia. Resposta: 40
d) a pressão é constante tanto nos ventres como nos nós de desloca-
mento. 103 (IME-RJ) Há dez batimentos por segundo entre o segundo har-
mônico de um tubo aberto de órgão, de 8,5 m de comprimento, e o
Resolução: terceiro harmônico de outro tubo, fechado. Dos dois sons, o mais gra-
As ondas estacionárias sonoras podem ser representadas pelo esque-
ve é o primeiro. Determine o comprimento do tubo fechado, sabendo
ma seguinte, em que cada retângulo é uma porção de ar movendo-se
que a velocidade do som no ar é 340 m/s.
no sentido indicado:
Resolução:
• No tubo aberto (segundo harmônico):
fa = 2v = 340 ⇒ fa = 40 Hz
2La 8,5
• No tubo fechado (terceiro harmônico):
Nó Ventre Nó Ventre ff = 3v = 3 · 340 ⇒ ff = 255 Hz
4Lf 4Lf Lf
• fbat = ff – fa
Em um nó de deslocamento, a pressão varia (aumenta e diminui).
Em um ventre de deslocamento, a pressão é constante. 10 = 255 – 40 ⇒ Lf = 5,1 m
Lf
Resposta: b Resposta: 5,1 m
Tópico 3 – Acústica 221

104 (Unicamp-SP) Em um forno de micro-ondas, as moléculas de 105 (IME-RJ) Ao encher-se um recipiente com água, o som produzi-
água contidas nos alimentos interagem com as micro-ondas que as fa- do fica mais agudo com o passar do tempo.
zem oscilar com uma frequência de 2,40 GHz (2,40 · 109 Hz). Ao oscilar, a) Explique por que isso ocorre.
as moléculas colidem inelasticamente entre si transformando energia b) Determine uma expressão para a frequência fundamental do som
radiante em calor. Considere um forno de micro-ondas de 1000 W que em função do tempo, para o caso de um recipiente cilíndrico com
transforma 50% da energia elétrica em calor. Considere a velocidade 6 cm de diâmetro e 30 cm de altura, sabendo que a vazão do líquido
da luz c = 3,0 · 108 m/s. é de 30 cm3/s. Suponha que a velocidade do som no ar no interior
a) Determine o comprimento de onda das micro-ondas. do recipiente seja 340 m/s.
b) Considere que o forno é uma cavidade ressonante, na qual a inten-
sidade das micro-ondas é nula nas paredes. Determine a distância Resolução:
entre as paredes do forno, na faixa entre 25 cm e 40 cm, para que a a) À medida que o nível da água sobe, o comprimento L da coluna de
intensidade da radiação seja máxima exatamente em seu centro. ar diminui. Com isso, as frequências de ressonância dessa coluna,
c) Determine o tempo necessário para aquecer meio litro de água de dadas por f = N v, aumentam.
20 °C para 40 °C. O calor específico da água é 4 000 J/kg °C. 4L
Nota: b)
• O motivo do aquecimento não é a colisão inelástica entre as moléculas
de água, mas sim a ressonância dessas moléculas com as micro-ondas
nelas incidentes.

Resolução:
8
a) c = λ f ⇒ λ = c = 3,0 · 10 9 L
f 2,40 · 10 h = 30 cm
λ = 12,5 cm

b) A onda estacionária deve apresentar nós junto às paredes e um t


ventre no centro. É fácil perceber que, para que isso ocorra, a dis-
tância D entre as paredes precisa ser um número ímpar i de λ : h–L
2
D = i λ = i 12,5 ⇒ D = i 6,25 cm
2 2
Além disso, D tem de estar entre 25 cm e 40 cm. r = 3 cm
Fazendo:
V = 30 cm3/s (vazão em volume)
i = 1 ⇒ D = 6,25 cm (não serve)
Sejam:
A = π r2: área da seção transversal do recipiente.
va: velocidade com que sobe o nível da água.
i = 3 ⇒ D = 18,75 cm (não serve) t = 0: instante em que a água começa a ser despejada.
t : instante qualquer.
Temos, no instante t:
Vt
V = A v a ⇒ V = π r2 h – L ⇒ L = h – 2
i=5 ⇒ D = 31,25 cm (RESPOSTA) t πr
v
Como f = 4L :

f= v = 340 · 102 cm/s


Vt 30t
4 h– 4 30 cm – cm
πr2 π 9
i = 7 ⇒ D = 43,75 cm (não serve)

c) Potútil = 500 W m = 0,5 kg Δθ = 20 °C f= 340 · 102 ⇒ f= 850 Hz (0  t  9π s)


t t
Potútil = Q 40 3 – 3–
Δt 3π 3π

Δt = Q = m c Δθ = 0,5 · 4 000 · 20
Potútil Potútil 500 Respostas: a) As frequências de ressonância da coluna de ar são in-
versamente proporcionais ao seu comprimento.
Δt = 80 s
b) f = 850 Hz (0  t  9π s)
t
3–
Respostas: a) 12,5 cm; b) 31,25 cm; c) 80 s 3π
222 PARTE II – ONDULATÓRIA

106 (Unicamp-SP) Uma das formas de se controlar misturas de gases Resolução:


Só deve ser usada a componente da velocidade do observador O ali-
de maneira rápida, sem precisar retirar amostras, é medir a variação
nhada com a reta que passa por O e pela fonte F:
da velocidade do som no interior desses gases. Uma onda sonora com U = 6,60 m/s
frequência de 800 kHz é enviada de um emissor a um receptor (vide es- λ = 16,5 cm
quema a seguir), sendo então medida eletronicamente sua velocidade (Atleta) 60°
de propagação em uma mistura gasosa. O gráfico a seguir apresenta a O

velocidade do som para uma mistura de argônio e nitrogênio em fun- v0 = 3,30 m/s
ção da fração molar de Ar em N2. F (Sirene)

f = v = 330 ⇒ f = 2 000 Hz
λ 0,165
v – v0
fD = f = 2 000 · 330 – 3,30 ⇒
v 330
350
Velocidade do som (m/s)

⇒ fD = 1 980 Hz
345
340 Resposta: b
335
330 108 Uma fonte sonora com frequência de 600 Hz executa, no ar, um
325 movimento harmônico simples entre os pontos A e B do eixo Ox, se-
320 gundo a função horária x = 0,8 cos 50t (SI).
315 A O B P x
0 20 40 60 80 100 Sendo de 340 m/s a velocidade do som no ar, determine a máxima fre-
Fração molar de Ar em N2 (%) quência sonora percebida por um observador estacionário em P.

a) Qual o comprimento de onda da onda sonora no N2 puro? Resolução:


b) Qual o tempo para a onda sonora atravessar um tubo de 10 cm de A máxima frequência percebida pelo observador acontece quando a
comprimento contendo uma mistura com uma fração molar de Ar fonte se aproxima dele com máxima velocidade (vmáx = ω A).
de 60%? No movimento da fonte, temos:
A = 0,8 m ⇒ vmáx = ω A = 50 · 0,8
Resolução: ω = 50 rad/s vmáx = 40 m/s
a) f = 800 k Hz = 800 · 103 Hz vF = 40 m/s

• N2 puro ⇒ fração molar de Ar em N2 igual a zero.


A O B P x
• Do gráfico: v ⯝ 346,5 m/s v ± vo
fD = f = 600 340 ⇒ fD = 680 Hz
v ± vF 340 – 40
λ = v = 346,5 3 ⇒ λ ⯝ 4,3 · 10–4 m
f 800 ·10
Resposta: 680 Hz
b) Do gráfico: fração molar de Ar em N2 = 60% ⇒ v ⯝ 324 m/s
109 (IME-RJ) Um observador escuta a buzina de um carro em duas
v = Δs ⇒ Δt = Δs = 324 ⇒
10 · 10–2 Δt ⯝ 3,1 · 10–4 s situações diferentes. Na primeira, o observador está parado e o carro
Δt v se afasta com velocidade V; na segunda, o carro está parado e o ob-
servador se afasta com velocidade V. Em qual das duas situações o
Respostas: a) 4,3 · 10–4 m; b) 3,1 · 10–4 s tom ouvido pelo observador é mais grave? Justifique sua resposta.

107 (Fuvest-SP) Uma onda sonora considerada plana, provenien- Resolução:


te de uma sirene em repouso, propaga-se no ar parado, na direção 1a)
v0 = 0 vF = V
horizontal, com velocidade V igual a 330 m/s e comprimento de
onda igual a 16,5 cm. Na região em que a onda está se propagando,
um atleta corre, em uma pista horizontal, com velocidade U igual a O F(f)
6,60 m/s, formando um ângulo de 60º v ± vo
com a direção de propagação da onda. fD = f ⇒ fD = f v (I)
v ± vF 1 v+V
O som que o atleta ouve tem frequên- U
cia aproximada de: 2a )
60° vO = V
a) 1 960 Hz. V vF = 0
b) 1 980 Hz.
c) 2 000 Hz.
O F(f)
d) 2 020 Hz. v ± vO
e) 2 040 Hz. fD = f ⇒ fD = f (v – V) (II)
Frentes de onda v ± vF 2 v
Tópico 3 – Acústica 223

Dividindo a expressão (I) pela expressão (II), membro a membro, Observou-se que uma ligeira diminuição da intensidade da força ten-
obtemos: sora na corda acarretou um aumento da frequência dos batimentos.
Maior que 1 Considerando a velocidade do som no ar igual a 330 m/s, determine:
fD1 a) a frequência fundamental fT do tubo aberto;
fv v v2
fD = v + V · f (v – V) = v2 – V2 b) o comprimento L do tubo;
2
c) a intensidade F da força tensora na corda quando foram observa-
Então: dos os batimentos de 4 Hz.
fD1
f D  fD
f 1 ⇒
D2
2 1
Resolução:
a) Para os batimentos terem frequência igual a 4 Hz, a frequência fun-
Resposta: Na segunda situação. damental do tubo aberto pode ser 264 Hz (260 Hz + 4 Hz) ou 256 Hz
(260 Hz – 4 Hz).
Entretanto, como a diminuição da intensidade da força tensora na
110 (ITA-SP) Uma banda de rock irradia certa potência em um ní- corda reduz sua frequência de vibração, e isso acarretou um au-
vel de intensidade sonora igual a 70 decibéis. Para elevar esse nível a mento da frequência de batimentos, concluímos que:
120 decibéis, a potência irradiada deverá ser elevada de:
a) 71%. c) 7 100%. e) 10 000 000%. fT = 264 Hz
b) 171%. d) 9 999 900%.
vsom
b) fT = ⇒ 264 = 330 ⇒ L = 62,5 cm
Resolução: I 2L 2L
ΔN = N2 – N1 = 10 log 2
I1 c) Na corda, temos:
Para uma distância fixa da banda, a intensidade sonora I é proporcional
à potência irradiada P. f = v ⇒ v = 2L f = 2 · 0,50 · 260 ⇒ v = 260 m/s
2L
Então:
P
N2 – N1 = 10 log 2 v = F ⇒ F = δ v2 = 2,50 · 10–3 · 2602 ⇒ F = 169 N
P1 δ
P2 P
120 – 70 = 10 log ⇒ 50 = 10 log 2 Respostas: a) 264 Hz; b) 62,5 cm; c) 169 N
P1 P1
P2
= 105 ⇒ P2 = 105 P1 113 Dois harmônicos consecutivos de um tubo sonoro têm frequên-
P1
cias iguais a 425 Hz e 595 Hz. Determine a ordem desses harmônicos e
ΔP = P2 – P1 = 105 P1 – P1 = 99 999 P1 a frequência fundamental do tubo.
ΔP(%) = 9 999 900 P1
Resolução:
Suponhamos que o tubo seja aberto:
Resposta: d
(N + 1) v
595 =
111 (ITA-SP) Um pelotão desfila num ritmo de 120 passos por minuto, f=Nv 2L
()
595
⇒ N + 1 = 425 ⇒
2L Nv N
ao som de uma fanfarra, que o precede; nota-se que a última fila está com 425 =
o pé esquerdo à frente quando os componentes da fanfarra estão com o 2L
direito à frente. Sabendo-se que a velocidade do som no ar é de 340 m/s, o ⇒ N = 2,5
comprimento do pelotão, incluindo a fanfarra, é de aproximadamente:
a) 170 m. c) 85 m. e) 490 m. Como N não é inteiro, o tubo não é um tubo aberto, mas fechado:
b) 680 m. d) 200 m. (N + 2) v
595 =
f=Nv 4L 595
() ⇒ N + 2 = 425 ⇒
Resolução: 4L Nv N
São dados dois passos por segundo. Então, um passo dura 0,5 s. Entre 425 =
4L
a fanfarra e a última fila, há uma defasagem na marcha de pelo me-
nos um passo. Isso significa que o som da fanfarra demora pelo menos ⇒ N=5 e N+2=7
0,5 s para chegar à última fila.
Δs = v Δt ⇒ Δs = 340 · 0,5 ⇒ Δs = 170 m Portanto, as frequências 425 Hz e 595 Hz correspondem ao 5o e ao 7o
harmônico respectivamente.
Frequência fundamental:
Resposta: a
f5 = 5f1 ⇒ 425 = 5f1
112 Uma corda de um instrumento musical, de 50 cm de compri-
f1 = 85 Hz
mento e densidade linear igual a 2,50 g/m, vibra no modo fundamen-
tal com frequência igual a 260 Hz. Perto dela, um tubo aberto ressoa
Respostas: 5o harmônico; 7o harmônico;
também no modo fundamental e são percebidos batimentos com
Frequência fundamental: 85 Hz
frequência igual a 4 Hz.
224 PARTE II – ONDULATÓRIA

114 Um automóvel e uma ambulância movem-se numa estrada, Resolução:


lado a lado, no mesmo sentido, com velocidades constantes e iguais O som que atinge o observador propaga-se em relação ao solo com
a 72 km/h. A sirene da ambulância emite um som de frequência igual velocidade v = vs + vv = 340 + 40 ⇒ v = 380 m/s.
a 1 280 Hz. A partir de certo instante, o motorista do automóvel N NE
imprime à sua viatura a aceleração de 1 m/s2 no sentido do mo-
vimento. Sabendo que a velocidade de propagação do som no ar
é de 340 m/s, determine o espaço percorrido pelo automóvel até
seu motorista ouvir um som de frequência igual a 1 240 Hz. Admita
que o ar esteja parado em relação à Terra, à qual são referidas as VO = 20 2 m/s
velocidades mencionadas.
vF = 20 m/s 45°
Resolução: W E
72 km/h = 20 m/s F O vO = 20 m/s

A: automóvel
v – vo
B: ambulância
• fD = f = 500 · 380 – 20 ⇒ fD = 450 Hz
v + vF 380 + 20
20 m/s
A
Resposta: 450 Hz
20 m/s
B
116 No instante t = 0, um garoto abandona uma pequena fonte
0
sonora, que emite um som de frequência igual a 720 Hz, na boca de
Δs
um poço cilíndrico vertical de profundidade H. Essa fonte despenca,
atingindo o fundo do poço no instante T.
v0
A
No local, o módulo da velocidade de propagação do som no ar é de
320 m/s. Admitindo-se que no instante em que o garoto vê o impacto
fD = 1 240 Hz
vF = 20 m/s da fonte sonora no fundo do poço ele ouça o som dessa fonte com
B frequência igual a 640 Hz, determine, desprezando a resistência do ar
f = 1 280 Hz
e considerando g = 10 m/s2:
F O a) o valor de T;
b) o valor de H.
v ± vo 340 – vo
fD = f ⇒ 1 240 = 1 280 ⇒ vo = 30 m/s Resolução:
v ± vF 340 – 20
a)
Aplicando a Equação de Torricelli ao movimento do automóvel, ob-
temos:
t0 = 0
O
v2final = v2inicial + 2 α Δs

302 = 202 + 2 · 1 Δs ⇒ Δs = 250 m

Resposta: 250 m d

H
115 Uma fonte sonora F, emitindo um som de frequência igual a
vF t
500 Hz, desloca-se para Oeste, com velocidade vF = 20 m/s. Um ob-
F
servador O desloca-se para Nordeste com velocidade VO = 20 2 m/s
(ver figura).

N NE
• Quando o garoto vê o impacto da fonte sonora no fundo do
poço, ele não está recebendo o som que ela emite nesse momento.
Esse som vai demorar algum tempo até chegar ao garoto. Assim,
W E no instante do impacto, o garoto está recebendo o som que a fonte
F O
emitiu em algum instante t anterior ao impacto, quando ela estava
a uma distância d da boca do poço.
Vamos calcular a velocidade da fonte no instante em que ela emitiu
S o som ouvido pelo garoto com frequência igual a 640 Hz:
v ± vo efeito
O vento sopra de Oeste para Leste, com velocidade vv = 40 m/s. fD = f ⇒
v ± vF Doppler
Sabendo-se que, na ausência de vento, a velocidade do som no ar é
vs = 340 m/s e que todas as velocidades citadas são relativas ao solo, ⇒ 640 = 720 · 320 ⇒ v = 40 m/s
calcule a frequência do som ouvido pelo observador. 320 + vF F
Tópico 3 – Acústica 225

• Cálculo de d e t: Resolução:
v2F = v20 + 2g d ⇒ 402 = 02 + 2 · 10 d ⇒ d = 80 m a)
F

vF = V0 + g t ⇒ 40 = 0 + 10t ⇒ t = 4,0 s
F

Portanto, o som que o garoto ouviu foi emitido pela fonte 4,0 s Δssom
depois que ela foi abandonada.
• Para chegar até ele, esse som teve de percorrer a distância d
durante um intervalo de tempo Δt, em movimento uniforme com 30°
A B
velocidade igual a 320 m/s.
Δsavião
v = d ⇒ 320 = 80 ⇒ Δt = 0,25 s:
Δt Δt
Δssom v Δt v
Então, o garoto recebeu o som emitido à distância d no instante sen 30° = = som = som
Δsavião vavião Δt vavião
T = 4,25 s, que é o mesmo instante em que ele viu o impacto da
fonte com o fundo do poço. 1 = 340 ⇒ vavião = 680 m/s
2 vavião
Portanto: T = 4,25 s
2
b)
gt gT2 10 · 4,252
b) Δs = v0 t + ⇒ H= =
F 2 2 2

H ⯝ 90,3 m Avião

30°
Respostas: a) 4,25 s; b) 90,3
vsom
117 A figura representa frentes de onda esféricas emitidas por um
d h
avião que se movimenta horizontalmente para a direita, ao longo da
reta r, com velocidade constante: 30°

Observador Solo
30°

3 d
A B
r cos 30° = d ⇒ =
h 2 h
2 v Δt
h= 2d = som
3 3
h = 2 · 340 · 3,0
1,7
Considere a a velocidade de propagação do som no ar igual a 340 m/s h = 1 200 m
e 3 = 1,7.
a) Calcule a velocidade do avião. Respostas: a) 680 m/s; b) 1 200 m
b) Num determinado instante, o avião está na mesma vertical que
passa por um observador parado no solo. Sabendo-se que 3,0 s
após esse instante o observador ouve o estrondo sonoro causado
pela onda de choque gerada pelo avião, calcule a altura do avião
em relação a esse observador.
226 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Parte III – ÓPTICA GEOMÉTRICA


a) A luz propaga-se em linha reta.
Tópico 1 b)
c)
Os raios luminosos têm um único sentido de propagação.
Não é possível enxergar em ambientes totalmente escuros.
d) Só é possível enxergar corpos que difundem a luz de outros corpos.
1 Imagine-se na janela de um apartamento situado no 10o andar
e) Só é possível enxergar corpos que emitem luz própria.
de um edifício. No solo, um carpinteiro bate um prego numa tábua. Resolução:
Primeiro você enxerga a martelada, para depois de certo intervalo O modelo proposto pelos antigos possibilitaria a visão de corpos em
de tempo escutar o ruído correspondente. A explicação mais plausí- ambientes escuros, o que não ocorre.
vel para o fato é:
Resposta: c
a) a emissão do sinal sonoro é atrasada em relação à emissão do sinal
luminoso;
b) o sinal sonoro percorre uma distância maior que o luminoso; 5 E.R. A distância do Sol à Terra vale, aproximadamente,
c) o sinal sonoro propaga-se mais lentamente que o luminoso; 1,5 · 108 km. Sabendo que a velocidade da luz no vácuo é de
d) o sinal sonoro é bloqueado pelas moléculas de ar, que dificultam 3,0 · 105 km/s, calcule o intervalo de tempo decorrido desde a emis-
sua propagação; são de um pulso luminoso no Sol até sua recepção na Terra.
e) o sentido da audição é mais precário que o da visão. Resolução:
Resolução: Tendo em conta que a luz se propaga em movimento uniforme,
Velocidade do som no ar: ⯝ 340 m/s podemos calcular o intervalo de tempo pedido por:
Velocidade da luz no ar: ⯝ 300 000 000 m/s v = Δs ⇒ Δt = Δs
Δt v
Como Vluz >> Vsom , primeiro enxerga-se a martelada, para, depois de Sendo Δs = 1,5 · 108 km e v = 3,0 · 105 km/s, vem:
certo intervalo de tempo, escutar-se o ruído correspondente.
1,5 · 108 Δt = 5,0 · 102 s = 8 min 20 s
Δt = (s) ⇒
Resposta: c 3,0 · 105

6 Considere os seguintes dados: distância do Sol à Terra:


2 A velocidade de propagação das ondas luminosas:
a) é infinitamente grande; 1,5 · 108 km; velocidade da luz no vácuo: 3,0 · 105 km/s. Admita que a
b) é máxima no ar; partir de um determinado instante o Sol deixasse de emanar energia,
c) é maior na água que no vácuo; isto é, “apagasse”. Quanto tempo após o referido instante esse fato se-
d) vale 300 000 km/s no vidro; ria registrado na Terra?
e) vale 3,00 · 1010 cm/s no vácuo. Resolução:
Resolução: v = Δs ⇒ Δt = Δs
No vácuo: V = c = 3,00 · 108 m/s = 3,00 · 1010 cm/s Δt v
1,5 · 108
Valor mais exato c = 2,99792458 · 108 m/s Δt = (s) ⇒ Δt = 500 s = 8 cm 20 s
3,0 · 105
Resposta: e Resposta: 8 min 20 s

3 São fontes luminosas primárias: 7 Suponha que um espelho de grandes dimensões seja fixado
a) lanterna acesa, espelho plano, vela apagada;
no solo lunar, voltando-se sua superfície refletora para determina-
b) olho-de-gato, Lua, palito de fósforo aceso;
do observatório na Terra. Um sinal luminoso de grande potência é
c) lâmpada acesa, arco voltaico, vaga-lume aceso;
emitido do observatório em direção ao espelho, onde sofre reflexão,
d) planeta Marte, fio aquecido ao rubro, parede de cor clara;
sendo recebido de volta ao ponto de partida 2,54 s depois de sua
e) tela de uma TV em funcionamento, Sol, lâmpada apagada.
emissão. Ignorando os movimentos da Terra e da Lua durante o fe-
Resolução: nômeno e adotando para a velocidade da luz o valor 3,00 · 108 m/s,
As fontes luminosas primárias emitem luz própria. calcule a distância entre a Terra e a Lua.
Resolução:
Resposta: c
v Δt
v = D = 2d ⇒ d =
Δt Δt 2
4 Acreditavam os antigos que a capacidade de visualização devia- 3,00 · 10 8
· 2,54
d= (m)
-se a um estranho mecanismo que consistia no fato de os olhos lança- 2
rem linhas invisíveis terminadas em ganchos (“anzóis”) que captura- d = 3,81 · 108 m = 3,81 · 105 km
vam os detalhes dos objetos visados e traziam as informações aos ór-
gãos visuais, possibilitando enxergar. Tão logo foi aprimorada a noção
Resposta: 3,81 · 105 km
de luz, essa teoria foi demovida mediante o seguinte argumento:
Tópico 1 – Fundamentos da óptica geométrica 227

8 Define-se um ano-luz como a distância percorrida por um sinal O que você concluiu?
luminoso no vácuo durante um ano terrestre. Sabendo que, no vácuo, a) Somente I é correta. d) Todas são corretas.
a luz viaja a uma velocidade de 3,0 · 105 km/s, calcule, em metros, o b) Somente I e III são corretas. e) Todas são erradas.
comprimento equivalente a um ano-luz. c) Somente II e III são corretas.

Resolução: Resolução:
Sendo v = 3,0 · 105 km/s = 3,0 · 108 m/s e convertendo 1 ano para se- (I) Correta.
gundos Δt = 1 ano = 365 · 24 · 3 600 = 31 536 000 s ⯝ 3,15 · 107 s (II) Incorreta.
Temos: Δs = v Δt A luz propaga-se em linha reta somente nos meios transparentes e
Δs = 3,0 · 108 m/s · 3,15 · 107 s homogêneos.
(III) Correta.
Δs ⯝ 9,5 · 1015 m (IV) Incorreta.
A atmosfera terrestre é um meio heterogêneo que obriga a luz que
Resposta: 9,5 · 1015 m incide obliquamente sobre ela a descrever uma trajetória curva até
atingir a superfície do planeta.
9 Considere a seguinte citação, extraída de um livro de Física: Trajetória curva
“Quando contemplamos o céu numa noite de tempo bom, recebemos
das estrelas um relato do passado”. Sol
Utilizando argumentos científicos, comente o pensamento do autor.
Atmosfera

Resposta: A distância das estrelas à Terra é muito grande, de modo


que a luz emitida por esses corpos celestes leva muito tempo para
atingir nosso planeta.

10 Com o Sol a pino, observa-se que a sombra de um disco circular,


projetada no solo plano e horizontal, tem a mesma forma e o mesmo Ilustração fora
diâmetro do disco. Pode-se, então, concluir que: de escala
a) os raios solares são praticamente paralelos entre si e o disco está
disposto paralelamente ao solo; Resposta: b
b) os raios solares são praticamente paralelos entre si e o disco está
disposto perpendicularmente ao solo;
c) os raios solares são muito divergentes e o disco está disposto para- 12 E.R. Desejando medir a altura H de um prédio, um estudante
lelamente ao solo; fixou verticalmente no solo uma estaca de 2,0 m de comprimento. Em
d) os raios solares são muito divergentes e o disco está disposto per- certa hora do dia, ele percebeu que o prédio projetava no solo uma
pendicularmente ao solo; sombra de 60 m de comprimento, enquanto a estaca projetava
e) nada se pode concluir apenas com as informações oferecidas. uma sombra de 3,0 m de comprimento. Considerando os raios sola-
res paralelos, que valor o estudante encontrou para H?
Resolução:
A situação proposta está esquematizada abaixo: Resolução:
O processo descrito está representado na figura seguinte:
Sol

Disco
d

Sombra
projetada h
d

L 
Solo

Como podemos considerar os raios solares paralelos, os triângulos


Resposta: a retângulos correspondentes às regiões de sombra do prédio e da
estaca são semelhantes. Assim, podemos escrever que:
11 Analise as proposições seguintes: H= L
h 
I. No vácuo, a luz propaga-se em linha reta.
II. Em quaisquer circunstâncias, a luz propaga-se em linha reta. Sendo h = 2,0 m, L = 60 m e  = 3,0 m, calculemos H:
III. Nos meios transparentes e homogêneos, a luz propaga-se em linha H = 60 m ⇒
reta. H = 40 m
2,0 m 3,0 m
IV. Ao atravessar a atmosfera terrestre, a luz propaga-se em linha reta.
228 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

13 (UFPE) Uma pessoa de 1,8 m de altura está em pé ao lado de um 15 (UFG-GO) Um feixe luminoso, partindo de uma fonte puntifor-
edifício de altura desconhecida. Num dado instante, a sombra dessa me, incide sobre um disco opaco de 10 cm de diâmetro. Sabendo-se
pessoa, projetada pela luz solar, tem uma extensão de 3,0 m, enquanto que a distância da fonte ao disco corresponde a um terço da distância
a sombra do edifício tem uma extensão de 80 m. Qual a altura, em me- deste ao anteparo e que os planos da fonte, do disco e do anteparo são
tros, do edifício? paralelos, pode-se afirmar que o raio da sombra do disco, projetada
sobre o anteparo, é de:
Resolução: a) 15 cm. b) 20 cm. c) 25 cm. d) 35 cm. e) 40 cm.

Resolução:
A situação proposta está representada abaixo:

L ᐉ F
Fonte de c
H = L luz
h l Disco
R
Sendo h = 1,8m , L = 80 m e l = 3,0 m, calcularemos H:
H 80 m d
= ⇒ H = 48 m
1,8 m 3,0 m
Anteparo
3d
Resposta: 48 m

14 Do fundo de um poço, um observador de altura desprezível Semelhança de triângulos:


contempla um avião, que está 500 m acima de seus olhos. No instan- R = 3d ⇒ R =3
te em que a aeronave passa sobre a abertura do poço, o observador r d 10 cm
tem a impressão de que a envergadura (distância entre as extremida- 2
des das asas) abrange exatamente o diâmetro da abertura. Donde: R = 15 cm

Resposta: a

16 O esquema representa o corte de uma câmara escura de


orifício, diante da qual existe um corpo luminoso AB de 40 cm de
comprimento:

B
A’

125 m
O
B’
A
a b
5m

Considerando a = 100 cm e b = 20 cm, calcule o comprimento da figura


Considerando os elementos da figura ilustrativa acima, fora de escala, A’B’ projetada na parede do fundo da câmara.
calcule a envergadura  do avião.
Resolução:
Resolução: Semelhança de triângulos:
Semelhança de triângulos:
A’ B’ = b ⇒ A’ B’ = 20 m
l = H ⇒ l = 500 m AB a 40 cm 100 m
d h 5m 125 m
Donde: l = 20 m Donde: A’ B’ = 8 cm

Resposta: l = 20 m Resposta: c
Tópico 1 – Fundamentos da óptica geométrica 229

17 Num eclipse da Lua, a posição relativa dos três astros, Sol, Lua e O rapaz observa que um disco, distante 8,0 m do seu olho, parece
Terra, é a seguinte: encaixar-se perfeitamente na boca do canudo. Supondo desprezível
a) O Sol entre a Lua e a Terra. a distância do olho do rapaz ao canudo, calcule o raio do disco, admi-
b) A Lua entre o Sol e a Terra. tindo que seja circular.
c) A Terra entre o Sol e a Lua.
d) A Terra e a Lua à esquerda do Sol. Resolução:
e) É impossível a ocorrência de um eclipse da Lua.

Resolução:
Cone de sombra da Terra

d = 20 cm o D

ᐉ = 80 cm
Lua
Terra
Sol
L = 8,0 cm
Ilustração fora
de escala
Eclipse da Lua

Resposta: 8 cm
Semelhança de triângulos:

18 Um grupo de escoteiros deseja construir um acampamen- D = L ⇒ 2R = L ⇒ 2R = 8,0 m ⇒


R = 1,0 m
to em torno de uma árvore. Por segurança, eles devem colocar as d  d  20 cm 80 cm
barracas a uma distância tal da base da árvore que, se cair, ela não
venha a atingi-los. Aproveitando o dia ensolarado, eles mediram, Resposta: 1,0 m
ao mesmo tempo, os comprimentos das sombras da árvore e de
um deles, que tem 1,5 m de altura; os valores encontrados foram
6,0 m e 1,8 m, respectivamente. Qual deve ser a menor distância das 20 (FCC-SP) O orifício de uma câmara escura está voltado para o
barracas à base da árvore? céu, numa noite estrelada. A parede oposta ao orifício é feita de pa-
pel vegetal translúcido. Um observador que está atrás da câmara, se
Resolução: olhasse diretamente para o céu, veria o Cruzeiro do Sul conforme o
esquema I. Olhando a imagem no papel vegetal, por trás da câmara,
o observador vê o Cruzeiro conforme o esquema:

H Esquema I Esquema II Esquema III

Semelhança de triângulos:
H = L ⇒ H = 6,0 m
h  1,5 m 1,8 m
Donde: H = 5,0 m

dma = H = 5,0 m

Resposta: 5,0 m

19 Considere o esque- Disco


Esquema IV Esquema V
ma ao lado, em que o ob- Canudo
servador olha através de
um canudo cilíndrico, de
eixo horizontal, de 20 cm a) I. d) IV.
de diâmetro e 80 cm de b) II. e) V.
comprimento. c) III.
230 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: Resolução:
Toda a figura “imagem” projetada na parede do fundo da câmara es- 80 cm
cura de orifício apresenta-se invertida em relação ao Cruzeiro do Sul. L
Essa inversão é tanto longitudinal como transversal , como se pode
observar no esquema abaixo.
A 60 cm 2,0 m

h
Penumbra
projetada

Sombra projetada

Semelhança de triângulos
Imagem h = 60
2,0 80
Objeto
Da qual: h = 1,5 m

Resposta: c Nessa situação, teremos penumbra projetada no solo e apenas um


ponto de sombra.
21 Um objeto luminoso e linear é colocado a 20 cm do orifício de Resposta: b
uma câmara escura, obtendo-se, em sua parede do fundo, uma figura
projetada de 8,0 cm de comprimento. O objeto é então afastado, sen- 23 (Cesgranrio-RJ)
do colocado a 80 cm do orifício da câmara. Calcule o comprimento da
nova figura projetada na parede do fundo da câmara. I
III
II
Resolução:

Lua
Sol
L Terra

A figura acima está fora de escala; reproduz, porém, corretamente, os
aspectos qualitativos da geometria do sistema Terra, Lua, Sol durante
d D um eclipse anular do Sol. Qual das opções abaixo melhor representa a
situação aparente do Sol e da Lua para observadores situados respecti-
vamente nas zonas I, II e III da Terra?
Semelhança de triângulos:
Observ. Observ. Observ.
=d zona I zona II zona III
L D
a)
1o caso: 8,0 cm = d ⇒ L d = 160 cm2 (1)
L 20 cm
2o caso:  = d ⇒ L d = 80  (2)
L 80 cm b)
Comparando o 1o e o 2o caso, temos: 80  = 160 cm2

Da qual:  = 2,0 cm
c)
Resposta: 2,0 cm

22 (UEL-PR) A figura a seguir representa uma fonte extensa de luz L d)


e um anteparo opaco A dispostos paralelamente ao solo (S):
80 cm
L
60 cm e)
A
2,0m
h
S
Código:
O valor mínimo de h, em metros, para que sobre o solo não haja for- Círculo maior: Sol
mação de sombra, é: Círculo menor: Lua
a) 2,0. b) 1,5. c) 0,80. d) 0,60. e) 0,30. Parte cinza = sombra
Tópico 1 – Fundamentos da óptica geométrica 231

Resolução: 27 Um jarro pintado de cor clara pode ser visto de qualquer posição
Um observador situado na Zona I (sombra da Lua projetada na do interior de uma sala devidamente iluminada. Isso ocorre porque:
Terra) vê o “disco lunar” centrado sobre o “disco solar”. Na Zona II a) o jarro refrata grande parte da luz que recebe;
(penumbra projetada), o observador vê um eclipse parcial, caso em b) o jarro difunde para os seus arredores grande parte da luz que
que o “disco lunar” cobre parcialmente o “disco solar”. Já na Zona recebe;
III, não há eclipse e o “disco solar” é visualizado integralmente pelo c) o jarro absorve a luz que recebe;
observador. d) o jarro é um bom emissor de luz;
e) o jarro reflete toda a luz que recebe.
Resposta: a
Resposta: b
24 Leia atentamente o texto abaixo:
28 E.R. Um estudante está usando uma camiseta que, vista à
“O último eclipse total do Sol neste século (XX) para o hemisfério
sul aconteceu na manhã de 3 de novembro de 1994. Faltavam luz do Sol, se apresenta amarela, tendo impressa no peito a palavra
15 minutos para as 10 h, na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. Em ÓPTICA em letras vermelhas. Como se apresentará a camiseta se o
qualquer dia normal, o sol da primavera já estaria brilhando bem estudante entrar em um recinto iluminado por luz monocromática
acima do horizonte, mas esse não foi um dia normal (...) Durante o vermelha? Suponha que os pigmentos amarelos do tecido e verme-
eclipse, a gigantesca sombra, com 200 km de diâmetro, progrediu a lhos da palavra impressa sejam puros.
3 000 km por hora do Oceano Pacífico para a América do Sul. Entrou Resolução:
no Brasil por Foz do Iguaçu e saiu para o Oceano Atlântico, sobre a A região que se apresentava amarela sob a luz solar se apresenta-
divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.” rá escura, pois a luz vermelha incidente sobre ela será totalmente
(Revista Superinteressante, ano 8, n. 10.) absorvida.
A região que se apresentava vermelha sob a luz solar (palavra ÓP-
Com base em seus conhecimentos e nas informações contidas no TICA) se apresentará vermelha, pois a luz vermelha incidente sobre
texto, responda: ela será predominantemente difundida.
a) Em que fase da Lua (lua cheia, lua minguante, lua nova ou lua cres-
cente) ocorre o eclipe total do Sol?
29 A bandeira do Brasil esquematizada na figura é confeccionada
b) Qual a duração máxima do eclipse citado para uma pessoa que ob-
servou o fenômeno de um local em Foz do Iguaçu? em tecidos puramente pigmentados:

Resolução:
a) O eclipse do Sol ocorre na fase da lua nova. 1

b) Sendo 1 h = 60 min v = 3 000 = 50 km/min


60

temos: v = Δs Δt = Δs = 200
4
Δt = 4 min 2
Δt v 50 3

Respostas: a) lua nova; b) 4 min

25 Um quadro coberto com uma placa de vidro plano transpa-


rente não é tão bem visto quanto outro não coberto principalmente
porque: Estando estendida sobre uma mesa no interior de um recinto absolu-
a) o vidro reflete grande parte da luz ambiente incidente sobre ele; tamente escuro, a bandeira é iluminada por luz monocromática. De-
b) o vidro não refrata a luz proveniente do quadro; termine de que cores serão vistas as regiões designadas por 1, 2, 3 e
c) o vidro difunde a luz proveniente do quadro; 4 no caso de:
d) o vidro absorve a luz proveniente do quadro; a) a luz monocromática ser verde;
e) o vidro reflete totalmente a luz ambiente incidente sobre ele. b) a luz monocromática ser vermelha.

Resposta: a Respostas: a) 1 – verde; 2 – preta; 3 – preta; 4 – verde; b) 1 – preta;


2 – preta; 3 – preta; 4 – vermelha
26 À noite, numa sala iluminada, é possível ver os objetos da sala
por reflexão numa vidraça de vidro transparente melhor do que duran- 30 Um estudante que contemple um arco-íris através de um filtro
te o dia. Isso ocorre porque, à noite: óptico (lâmina de acrílico) amarelo:
a) aumenta a parcela de luz refletida pela vidraça; a) verá o arco-íris completo, com todas as suas cores;
b) não há luz refletida pela vidraça; b) não verá nada do arco-íris;
c) diminui a parcela de luz refratada, proveniente do exterior; c) verá apenas a faixa amarela do arco-íris;
d) aumenta a parcela de luz absorvida pela vidraça; d) verá todas as faixas do arco-íris, exceto a amarela;
e) diminui a quantidade de luz difundida pela vidraça. e) verá apenas as faixas alaranjada, amarela e verde do arco-íris.

Resposta: c Resposta: c
232 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Responda aos testes de 31 a 36 com base nas informações seguintes. O que você concluiu?
Considere estas convenções e a associação de sistemas ópticos: a) Todas são corretas. d) Apenas I e III são corretas.
POR = ponto objeto real PII = ponto imagem impróprio b) Todas são erradas. e) Apenas III é correta.
POV = ponto objeto virtual L1 = lente convergente c) Apenas I e II são corretas.
POI = ponto objeto impróprio L2 = lente divergente
PIR = ponto imagem real E = espelho plano Resposta: e
PIV = ponto imagem virtual
38 (Puccamp-SP) Num quarto absolutamente escuro, existem:
1. uma fonte de luz intensa, cujo feixe tem seção constante de 5 mm
de diâmetro;
2. um espelho plano;
P3 3. um anteparo branco não-polido;
P1 4. uma bola de futebol usada.
Raios
Ao se acender a fonte, a maneira de obter uma visão da superfície da
P2
paralelos bola (superfície essa de maior área) é dirigir o feixe de luz colimado:
a) para o anteparo e iluminar a bola com a luz difundida.
L1 L2
b) para o espelho em incidência rasante e iluminar a bola com a luz re-
E fletida.
c) para o espelho sob ângulo de 60° e iluminar a bola com a luz refletida.
31 A luz incidente recebida por L provém de um: d) para o espelho sob ângulo de incidência de 30° e iluminar a bola
1
a) POR; b) POV; c) POI; d) PIR; e) PII. com a luz refletida.
e) diretamente para a bola.
Resposta: c
Resposta: a
32 Em relação a L , o ponto P é:
1 1
39 Na figura seguinte, S e S são sistemas ópticos e P é uma fonte
a) POR; b) POV; c) PIR; d) PIV; e) PII. 1 2 1
puntiforme de luz:
Resposta: c

33 Em relação a L , o ponto P é: P1 P3 P2
2 1
a) POR; b) POV; c) PIR; d) PIV; e) PII.

Resposta: a
S1 S2

34 Em relação a L , o ponto P é: Com base nessa situação, responda:


2 2 a) O que representa P1 em relação a S1?
a) POR; b) POV; c) PIR; d) PIV; e) PII.
b) O que representa P2 em relação a S1? E em relação a S2?
Resposta: d c) O que representa P3 em relação a S2?

Respostas: a) Ponto objeto real; b) Ponto imagem real e ponto obje-


35 Em relação a E, o ponto P comporta-se como: to virtual; c) Ponto imagem virtual
2
a) POR; b) POV; c) PIR; d) PIV; e) PII.
40 (UFF-RJ) O telescópio refletor Hubble foi colocado em órbita ter-
Resposta: a
restre, de modo que, livre das distorções provocadas pela atmosfera,
tem obtido imagens espetaculares do universo. O Hubble é constituído
36 Em relação a E, o ponto P é: por dois espelhos esféricos.
3
a) POR; b) POV; c) PIR; d) PIV; e) PII.
Nasa/Getty Images

Resposta: d

37 A janela de um quarto escuro dá para a rua, intensamente ilu-


minada pelo Sol. Abrindo uma estreita fresta na janela, um observa-
dor que está dentro do quarto percebe a entrada de um feixe de luz,
que, além de poder ser visto de diversos locais do quarto, ilumina
uma área do seu piso. A respeito dessa situação, analise as proposi-
ções seguintes:
I. Ao passar da rua para o interior do quarto, a luz sofre refração.
II. Ao incidir no piso do quarto, a luz sofre reflexão regular.
III. O feixe de luz pode ser visto de diversos locais do quarto devido à
difusão da luz por partículas suspensas no ar. Imagem obtida pelo telescópio Hubble.
Tópico 1 – Fundamentos da óptica geométrica 233

O espelho primário é côncavo e coleta os raios luminosos oriundos de O que você conclui?
objetos muito distantes, refletindo-os em direção a um espelho se- a) Todas são corretas. d) Somente I e II são corretas.
cundário, convexo, bem menor que o primeiro. O espelho secundário, b) Todas são erradas. e) Somente III é correta.
então, reflete a luz na direção do espelho principal, de modo que esta, c) Somente I é correta.
passando por um orifício em seu centro, é focalizada em uma pequena
região onde se encontram os detectores de imagem. Resposta: d
Plano focal
Espelho 43 Os raios solares incidem sobre uma pessoa de 1,60 m de altura.
primário
Luz Sua sombra projetada sobre um piso horizontal tem 2,40 m de compri-
Espelho mento. Um poste vertical situado próximo à pessoa também tem sua
secundário sombra projetada sobre o piso. Algumas horas mais tarde, a sombra da
pessoa apresenta 2,00 m de comprimento, enquanto a sombra do pos-
te tem 2,50 m a menos de comprimento que a anterior. Qual a altura
do poste?

Detector de imagem Resolução:


1o caso: H = 1,60 ⇒ S = 1,5 H (I)
S 2,40
Com relação a esse sistema óptico, pode-se afirmar que a imagem que
seria formada pelo espelho primário é: 2o caso: H = 1,60 (II)
S – 2,50 2,00
a) virtual e funciona como objeto virtual para o espelho secundário, já (I) em (II):
que a imagem final tem de ser virtual. H
b) real e funciona como objeto real para o espelho secundário, já que = 1,60 ⇒ 2,00 H = 2,40 H – 4,00 ⇒ H = 10,0 m
1,5 H – 2,5 2,00
a imagem final tem de ser virtual.
c) virtual e funciona como objeto virtual para o espelho secundário, já Resposta: 10,0 m
que a imagem final tem de ser real.
d) real e funciona como objeto virtual para o espelho secundário, já 44 Na situação esquematizada a seguir, um homem de altura h, em
que a imagem final tem de ser real.
movimento para a direita, passa pelo ponto A, da vertical baixada de
e) real e funciona como objeto real para o espelho secundário, já que
uma lâmpada fixa num poste a uma altura H em relação ao solo, e diri-
a imagem final tem de ser real.
ge-se para o ponto B.
Resolução:
A imagem produzida pelo espelho primário é real e funciona como ob-
jeto virtual em relação ao espelho secundário. Este, por sua vez, produz
uma imagem real projetada no “detector de imagens”.
H
h
Resposta: d

41 Considere as proposições seguintes: A B C


I. Uma imagem real pode ser projetada em um anteparo.
Sabendo que, enquanto o homem se desloca de A até B com velocida-
II. Uma imagem virtual pode ser projetada em um anteparo.
de média de intensidade V, a sombra de sua cabeça projetada sobre o
III. Qualquer ponto que se comporta como imagem real pode ser pro-
solo horizontal se desloca de A até C com velocidade média de intensi-
jetado em um anteparo.
dade V’, calcule V’ em função de h, H e V.
IV. Para que uma imagem real seja visada por um observador, ela deve
estar, necessariamente, projetada em um anteparo.
Resolução:
É (são) correta(s): AC = H ⇒ Sendo: AC = v’ Δt e AB = v Δt
a) todas; AB H – h
b) somente I;
c) somente II; Temos: v’ Δt = H ⇒ v’ = H v
vΔt H–h H–h
d) somente I e III;
e) somente I, III e IV. H v
Resposta: v’ =
H–h
Resposta: b
45 (Fatec-SP) Uma placa retangular de madeira tem dimensões
42 Considere as proposições: 40 cm ⫻ 25 cm. Através de um fio que passa pelo seu baricentro, ela é
I. Um meio perfeitamente homogêneo e transparente é invisível para presa ao teto de uma sala, permanecendo horizontalmente a 2,0 m do
um observador no seu interior. assoalho e a 1,0 m do teto. Bem junto ao fio, no teto, há uma lâmpada
II. Um observador cujo globo ocular não intercepta um estreito pincel cujo filamento tem dimensões desprezíveis.
de luz que se propaga no vácuo não vê o pincel. A área da sombra projetada pela placa no assoalho vale, em metros
III. A água do mar, considerada em grandes quantidades, é um meio quadrados:
homogêneo e transparente. a) 0,90. b) 0,40. c) 0,30. d) 0,20. e) 0,10.
234 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: I. Diâmetro da imagem = 9 mm


Semelhança de triângulos II. Distância do orifício até a imagem = 1,0 m
L = λ ⇒ L = 3,0 λ III. Distância do Sol à Terra = 1,5 · 1011 m
3,0 1,0

As dimensões lineares da sombra projetada no assoalho são o triplo


das dimensões lineares da placa. Logo: Sol
A’= 3 · 40 cm 3 ⫻ 3 · 25 cm
A’ = 120 cm ⫻ 75 cm
A’ = 9 000 cm2
ou A’ = 0,90 m2 Orifício

Resposta: a
Imagem

46 (Fuvest-SP) Um aparelho fotográfico rudimentar é constituído Qual é aproximadamente o diâmetro do Sol medido por esse método?
de uma câmara escura com um orifício em uma face e um anteparo de a) 1,5 · 108 m c) 2,7 · 108 m e) 1,5 · 109 m
vidro fosco na face oposta. Um objeto luminoso em forma de L encon- 9
b) 1,35 · 10 m 8
d) 1,35 · 10 m
tra-se a 2,0 m do orifício e sua imagem no anteparo é 5 vezes menor
que seu tamanho natural: Resolução:
D = 1,5 · 1011 ⇒ D = 1,35 · 1012 mm
9 1,0
O
ou D = 1,35 · 109 m

Resposta: b
d
48 Com seu telescópio, um astrônomo visa a Lua para observar a
a) Que imagem é vista pelo observador O indicado na figura? Esque- decolagem de um módulo lunar. Ao mesmo tempo, seu assistente ob-
matize. serva o fenômeno pela televisão, que faz uma transmissão via satélite.
b) Determine a largura d da câmara. No instante da decolagem, o satélite S e o observatório O (onde estão
o astrônomo e seu assistente) acham-se sobre uma mesma circunfe-
Resolução: rência, que tem centro na Lua, conforme mostra o esquema a seguir
a) (fora de escala e em cores-fantasia). A distância OS vale 6,0 · 104 km.
Órbita do
satélite

B‘ S
A
C C‘ A‘
O
O
B

2m d

A imagem projetada é invertida, tanto longitudinal como transversal. Lua

Terra

b) Semelhança de triângulos
AB = 2 ⇒ 5 = 2 ⇒ d = 2 m ⇒ d = 0,4 m
A’B’ d d 5
O astrônomo e seu assistente cronometram o instante em que apa-
Respostas: a) ; b) 0,4 m recem as chamas do foguete do módulo lunar. Adotando-se para as
ondas eletromagnéticas a velocidade 3,0 · 108 m/s (no vácuo e na at-
mosfera terrestre), pode-se afirmar que o assistente vê o fenômeno:
47 (FEI-SP) Um dos métodos para medir o diâmetro do Sol consiste em a) no mesmo instante que o astrônomo;
determinar o diâmetro de sua imagem nítida, produzida sobre um ante- b) 0,20 s antes do astrônomo;
paro, por um orifício pequeno feito em um cartão paralelo a este antepa- c) 0,20 s após o astrônomo;
ro, conforme ilustra a figura fora de escala a seguir. Em um experimento d) 2,0 s antes do astrônomo;
realizado por esse método, foram obtidos os seguintes dados: e) 2,0 s após o astrônomo.
Tópico 1 – Fundamentos da óptica geométrica 235

Resolução: Resolução:
O assistente recebe a informação atrasada em relação ao astrônomo, já a) Princípio da Propagação Retilínea da Luz.
que o sinal de TV percorre, além da trajetória efetivada pela luz direta b) Δs = 2R ⇒ Δs = 2 · 149 · 106 km = 2,98 · 108 km
captada pelo astrônomo, o arco de circunferência SO. Δt = 16 min 34 s = 994 s
V = Δs ⇒ Δt = Δs = 6,0 · 108 m ⇒ Δt = 0,2 s v = Δs ⇒ v = 2,98 · 10 km
7 8

Δt v 3,0 ·10 m/s Δt 994 s


Resposta: c Donde: v ⯝ 2,99 · 105 km/s

49 Em 1676, o astrônomo dinamarquês Ole Christensen Röemer Respostas: a) Princípio da Propagação Retilínea da Luz;
(1644-1710), estudando eclipses do satélite Io de Júpiter, obteve um b) 2,99 · 105 km/s
valor bastante razoável para a velocidade da luz. Röemer observou o
instante do início de dois eclipses do satélite – imersão de Io no cone 50 A primeira medição da distância entre a Terra e o Sol foi realizada
de sombra de Júpiter: o primeiro, com a Terra em conjunção com Júpi- pelo filósofo grego Anaxágoras, cerca de quatro séculos antes de Cristo.
ter, e o segundo, com a Terra em oposição a Júpiter, conforme ilustram Ele não conhecia o paralelismo dos raios solares que atingem nosso pla-
os esquemas fora de escala abaixo. neta, porém sabia que estacas verticais cravadas no solo não projetavam
sombra em Siena, mas projetavam sombra em Alexandria, ao meio-dia
do solstício de verão – 21 de junho, no hemisfério Norte. Anaxágoras
considerava a Terra plana e sabia que a distância de Siena a Alexandria
era de 5 000 stadia (1 stadium = 183 metros, Egito). Sendo h a altura da
estaca, a medida de sua sombra em Alexandria era de 0,126 h.
lo Determine, em quilômetros, a distância entre a Terra e o Sol (na rea-
Sol
Terra lidade, de Siena ao Sol) obtida por Anaxágoras. Analise o resultado,
Júpiter comparando-o com a medida atual.

Resolução:
Semelhança de triângulos e sendo h desprezível em comparação a d,
temos:

Representação esquemática da Terra e de Júpiter em conjunção.

d
lo
h h
Júpiter
0,126h A S
5 000 · 183 m = 915 km
Sol
d + h = 915 + 0,126 h
h 0,126 h
Terra 0,126 d + 0,126 h = 915 + 0,126 h
Sendo h desprezível em comparação com d, concluímos que:
d ⯝ 7261,9 km

Representação esquemática da Terra e de Júpiter em oposição. Resposta: O valor atual admitido para a distância da Terra ao Sol é
de 150 000 000 km, aproximadamente.
Ele notou que, no segundo caso, a informação luminosa demorava um
intervalo de tempo a mais para atingir a Terra que no primeiro caso. 51 A figura a seguir representa um homem de altura H que vai do
Então questionou: como poderia um fenômeno astronômico regular ponto A ao ponto B em movimento retilíneo. Durante o mesmo inter-
e previsível ter seu início retardado em função do local do espaço de valo de tempo, a sombra de sua cabeça, projetada no solo horizontal,
onde era observado? A explicação dada pelo astrônomo foi a seguinte: vai do ponto B ao ponto C:
com a Terra em oposição a Júpiter, a luz indicativa do início do eclipse
teria de percorrer um distância maior – um segmento de reta adicional
– para atingir a Terra, o que justificaria o atraso verificado. Essa dis-
tância seria o diâmetro da órbita terrestre. Realizando-se a medição
da velocidade da luz pelo método Röemer com recursos atuais, deter-
mina-se um atraso de 16 min 34 s entre o início dos dois eclipses de
Io. Sabendo-se que o raio médio da órbita terrestre em torno do Sol é H
igual a 149 milhões de quilômetros, responda: α β
a) Os eclipses, de um modo geral, confirmam que princípio da Óptica A B C
Geométrica?
b) Que valor se obtém modernamente para a velocidade da luz pelo Conhecendo os ângulos α e β (α = 60° e β = 30°), determine a relação
método de Röemer? entre as velocidades escalares médias da sombra (vs) e do homem (vh).
236 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: Tendo-se verificado que, decorridas 2,0 h da situação inicial, o compri-


mento da vela reduziu-se de 15 3 cm, pode-se afirmar que a velocida-
Sendo v = Δs , temos: para a sombra: vs = Δt
BC
(I) de escalar média com que o feixe luminoso projetado em A2 percorreu
Δt
esse anteparo foi, em cm/min, igual a:
AB a) 0,25; d) 1,00;
para o homem: vh = Δt (II)
b) 0,50; e) 1,50.
c) 0,75;
Dividindo (I) por (II), membro a membro, vem: Resolução:
vs BC Δt v BC No esquema abaixo, representamos a vela, decorridas 2 horas da situa-
= ⇒ s= (III) ção inicial:
vh Δt AB vh AB
A2
A1 P
H H
Temos que: tg α = e tg β = β
AB BC
120º
O α R
tg α H BC tg α BC α Q

15 3 cm
Assim: = ⇒ = (IV) 60º
tg β AB H tg β AB

40 3 cm
De (III) em (IV), vem:
S 60º
vs tg α tg 60° 3 vs 45 cm 50 cm
= = = ⇒ =3
vh tg β tg 30° 3 vh
3 (I) Cálculo do ângulo α:
vs 15 3 3
tg α = = ⇒ α = 30°
Resposta: =3 45 3
vh
(II) Cálculo do ângulo β:
52 Uma vela acesa, de comprimento inicial 40 3 cm, está a β + α + 120° = 180° ⇒ β = 30°
45 cm de um anteparo opaco A1 dotado de um pequeno orifício O,
Portanto, o triângulo OPQ é isósceles.
situado no mesmo nível da posição inicial da chama pontual da
vela. O experimento é realizado no interior de um laboratório es-
(III) Cálculo do deslocamento QP do feixe luminoso projetado A2:
curecido de modo que um estreito feixe luminoso proveniente da
Triângulo QRS
vela atravessa O indo incidir em um outro anteparo A2, inclinado
de 60° em relação à horizontal e apoiado a 50 cm de A1, conforme 40 3
tg 60° = RS ⇒ 3 = ⇒ OQ – 50 = 40 ⇒ OQ = 90 cm
ilustra a figura. QR OQ – 50
Mas QP = OQ; logo QP = 90 cm
A1 A2
(IV) Cálculo da velocidade escalar média:
v = QP = 90 cm ⇒ v = 0,75 cm/min
O Δt 120 min

Resposta: c

40 3 cm

60º

45 cm 50 cm
Tópico 2 – Reflexão da luz 237

3 (Esam-RN) Na figura a seguir, considere:


Tópico 2 E1 – espelho plano vertical
E2 – espelho plano horizontal
r1, r2 e r3 – segmentos de um raio luminoso que incide sucessiva-
1 E.R. Um raio luminoso incide sobre um espelho plano forman-
mente em E1 e E2
do um ângulo de 30° com sua superfície refletora. Qual o ângulo for-
E1
mado entre os raios incidente e refletido?
r1
Resolução: 60°
r3
A figura a seguir ilustra a situação proposta: θ1
r2 θ2
N
E2
i r
30°
Nas condições indicadas, quanto valem, respectivamente, os ângulos
θ1 e θ2?
O ângulo procurado é α , dado por: α = i + r. Resolução:
Porém, conforme a 2a Lei da Reflexão, r = i (o ângulo de reflexão é θ1 + 60º + 60° = 180º ⇒ θ1 = 60º
igual ao ângulo de incidência). Logo:
α = i + i ⇒ α = 2i θ2 + 30º + 30° = 180º ⇒ θ2 = 120º
Observando que 30° + i = 90°, temos: i = 60°
É interessante chamar a atenção para o fato de que, sendo E1 e E2 per-
Portanto: α = 2 · 60° ⇒ α = 120° pendiculares, r3 é paralelo a r1.

Respostas: θ1 = 60° e θ2 =120°


2 O esquema representa a reflexão de um raio luminoso em um
espelho plano: 4 Observe a figura:

60°

P
Determine: m
a) o ângulo de incidência da luz; 10
b) o ângulo formado entre o raio refletido e o espelho.
10
Resolução: m
a) Na
M sce
nt
e

Em um dia de céu claro, o Sol estava no horizonte (0°) às 6 h da manhã.


i Às 12 h, ele se encontrava no zênite (90°). A que horas a luz solar, refle-
r
α tida no espelhinho plano M deitado sobre o solo, atingiu o ponto P?

Resolução:
i + r = 60º
2a Lei da Reflexão: r = i
i + i = 60º ⇒ 2i = 60º 90º 6h
45º Δt
P
i = 30º Δt = 3 h
Δt = t – t0
b) r + α = 90º 10 m
45º 45º
3=t–6
i + α = 90º ⇒ 30º + α = 90º
t=9h
M
α = 60º 10 m

Respostas: a) 30°; b) 60 Resposta: 9 h


238 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

5 Dois espelhos planos formam entre si um ângulo de 60°. Um Resolução:


raio de luz monocromática incide no espelho E1, reflete-se, incide no Comentar que, sendo os espelhos perpendiculares, o raio emergente
espelho E2, reflete-se e emerge do sistema conforme ilustra a figura. do sistema é paralelo ao raio incidente.
Qual o valor do ângulo α? O valor de α depende do ângulo de incidên-
cia da luz em E1? Resposta: E1
E1

60°

α 60°

30° 30°

E2 E2

60°
7 Considere a caixa cúbica representada abaixo, em que a face
ABCD é espelhada, de tal modo que a superfície refletora seja voltada
para dentro da caixa. Suponha que um raio luminoso penetre na caixa
Resolução: pelo vértice E e incida no ponto O, centro do espelho.
E1
α
D
C
G
F
β E2 O
β γ
γ
δ A
ϕ
60° B
H
E
2β + 2γ + α = 180° ⇒ 2 (β + γ) + α = 180° (I)
β + δ = 90° ⇒ δ = 90° – β (II)
γ + ϕ = 90° ⇒ ϕ = 90 – γ (III) Você poderá, então, afirmar que o correspondente raio refletido sairá
δ + ϕ + 60° = 180° (IV) da caixa pelo vértice:
a) C; d) H;
(II) e (III) em (IV): b) G; e) A.
90° – β + 90° – γ + 60° = 180° c) F;
β + γ = 60° (V)
(V) em (I): 2 · 60° + α = 180° ⇒ α = 180° – 120° ⇒ α = 60° Resolução:
O valor de α independe do valor de β.
D

Respostas: α = 60° e O valor de α independe do valor de β. C

G
F
6 Na figura, os espelhos planos E e E são perpendiculares. Um O
1 2
raio luminoso incide no espelho E1 formando 30° com a superfície re-
fletora, conforme está indicado: A

B
30° H N

E1 E

E2 Pela 1a Lei da Reflexão, o raio incidente, o raio refletido e a reta normal


no ponto de incidência devem ser coplanares.
Copie a figura em seu caderno e represente a trajetória da luz até que
Resposta: b
esta deixe o sistema de espelhos.
Tópico 2 – Reflexão da luz 239

8 E.R. No esquema, o observador deseja visar a imagem da ár- 9 Um garoto, cujo globo ocular está a uma altura h em relação ao
vore por meio do espelho plano AB deitado sobre o solo: solo, observa que a imagem completa de um prédio de altura H, situa-
do a uma distância D da vertical do seu corpo, abrange toda a extensão
L de um espelho-d’água existente defronte do prédio.

6,0 m
2,0 m

H
x
A B
4,0 m

Espelho-d'água
h
Qual deve ser o menor comprimento x do espelho para que o ob-
servador veja a imagem completa da árvore, isto é, do topo até
o pé? L
D

Resolução:
Se o comprimento x do espelho é o menor possível, para que o
observador veja a imagem completa da árvore, um raio de luz Sabendo que h = 1,5 m, L = 3,2 m e D = 3,6 m, calcule o valor de H.
proveniente do seu topo deve ref letir-se na borda esquerda do
espelho e atingir o olho do observador, conforme o esquema Resolução:
a seguir.

H
6,0 m

Espelho-
d'água α α
h
2,0 m

α α
β β L D–L

x
A B
4,0 m

Os triângulos retângulos destacados são semelhantes. Logo: P‘

x = 6 ⇒ x = 3,0 (4,0 – x)
4,0 – x 2,0
Por semelhança de triângulos:
x = 12 – 3,0 x ⇒ 4,0 x = 12
H = L ⇒ H = 3,2 ⇒ H = 12 m
h D–L 1,5 0,40
x = 3,0 m
Resposta: 12 m
240 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

10 Uma tela opaca de grandes dimensões apresenta um pequeno Resolução:


furo onde está instalada uma lâmpada pontual de grande potência. a)
Um espelho plano quadrado de lado igual a 40 cm é fixado paralela-
mente à tela, a 1,5 m de distância em relação a ela, conforme repre-
senta a figura. Desconsiderando a existência de outras fontes de luz 30° 30°
L
no local do experimento, determine, em metros quadrados, a área
iluminada na tela. 60°
Tela A B
C

Espelho
Sendo x o comprimento dos lados dos triângulos equiláteros da
figura, temos:
V = Δs ⇒ C = 6x ⇒ x = CΔt ⇒ x = 3,0 · 10 · 1,0 · 10 = 3 m
8 –8

40 cm Δt Δt 6 6 6

x = 0,5 m
Lâmpada

b)
1,5 m

L
L
Resolução: 2

A B

O tempo não se altera, pois a distância percorrida pela luz é a mes-


ma. Já o número de reflexões aumenta, passando de 5 para 11 (ver
figura).
P‘ 0,40 m P
L Respostas: a) 1,5 m; b) O tempo não se altera e o número de refle-
xões passa de 5 para 11.

12 A imagem fornecida por um espelho plano será:


a) real, se o objeto for real;
1,5 m 1,5 m
b) virtual, se o objeto for virtual;
c) virtual, se o objeto for real, e real, se o objeto for virtual;
L = 3,0 ⇒ L = 0,80 m d) sempre virtual;
0,40 1,5 e) sempre real.

A = L2 = (0,80 m)2 ⇒ A = 0,64 m2 Resposta: c

Resposta: 0,64 m2 13 Considere o esquema seguinte, no qual P é um ponto luminoso,


E é um espelho plano e O é o olho de um observador:
11 (Fuvest-SP) Um feixe de luz entra em uma caixa retangular de E
altura L, espelhada internamente, através de uma abertura A. O feixe,
após sofrer 5 reflexões, sai da caixa por um orifício B depois de decorri-
do 1,0 · 10–8 segundo. O

L P P'
60° 60°
A B
É correto afirmar que:
a) em relação a E, P’ é imagem real;
Os ângulos formados pela direção do feixe e o segmento AB estão in- b) em relação a E, P’ é imagem imprópria;
dicados na figura. c) em relação a O, P’ é imagem real;
a) Calcule o comprimento do segmento AB. Dado: c = 3,0 · 108 m/s d) em relação a O, P’ é imagem virtual;
b) O que acontece com o número de reflexões e com o tempo entre e) em relação a O, P’ se comporta como objeto real.
a entrada e a saída do feixe se diminuirmos a altura da caixa L pela
Resposta: e
metade?
Tópico 2 – Reflexão da luz 241

14 (Ufal) Um espelho plano está no piso horizontal de uma sala 16 E.R. No esquema da figura, P é um ponto luminoso, E é um
com o lado espelhado voltado para cima. O teto da sala está a 2,40 m espelho plano e O é o olho de um observador:
de altura e uma lâmpada está a 80 cm do teto. Com esses dados, pode-
-se concluir que a distância entre a lâmpada e sua imagem formada
pelo espelho plano é, em metros, igual a: O
a) 1,20. b) 1,60. c) 2,40. d) 3,20. e) 4,80.
P
Resolução:

0,80 m E

2,40 m

1,60 m

Trace o caminho óptico da luz, que, partindo de P, sofre reflexão em


E e atinge O.

Resolução:
1,60 m
Traçado do raio refletido:
Determina-se, por simetria, a imagem P’, que o espelho conjuga
d = 1,60 + 1,60 a P. A partir de P’, traça-se a reta P’O. O cruzamento dessa reta com
o espelho define o ponto de incidência I, e o raio refletido corres-
d = 3,20 m
ponde ao segmento IO.
O raio incidente correspondente ao segmento PI.
Resposta: d
O
15 (UFF-RJ) Dois espelhos planos paralelos, E e E , estão frente
1 2
a frente separados pela distância de 20 cm. Entre eles há uma fonte P
luminosa F, de pequenas dimensões, na posição indicada na figura: α α
E1 E2
20 cm E
I

F
P‘

17 (Fuvest-SP) A figura representa um objeto A, colocado a uma

a) Calcule a distância entre a primeira imagem fornecida pelo espelho distância de 2,0 m de um espelho plano S, e uma lâmpada L, colocada
E1 e a primeira imagem fornecida pelo espelho E2. à distância de 6,0 m do espelho:
b) A distância calculada no item a depende da posição de F em rela- S
ção a E1 e E2?
2,0 m
Resolução: A
E1 E2

a a b b

F2 F F1

6,0 m
20 cm

a) x = 2a + 2b = 2 · (a + b) 6,0 m
L
x = 2 · 20 cm ⇒ x = 40 cm

b) x independe da posição de F em relação a E1 e E2. a) Copie a figura e desenhe o raio emitido por L e refletido por S que
atinge A. Explique a construção.
Respostas: a) 40 cm; b) não depende.
b) Calcule a distância percorrida por esse raio.
242 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: Resolução:
a) a)
Estudante Espelho
S

A 2,0 m

α
α Simetria
6,0 m

b)
α 6,0 m 6,0 m α L’ Objeto Imagem
L

10 cm 10 cm

b)
70 cm 70 cm

d = 70 + 70 (cm)

d = 140 cm
Δs
6,0 m
Respostas: a) PSENU; b) 140 cm; 10 cm

19 O esquema representa um espelho plano diante do qual se en-


contram cinco objetos luminosos: A, B, C, D e E. O ponto O correspon-
8,0 m de à posição do globo ocular de um observador.
A

Pitágoras: Δs2 = (6,0)2 + (8,0)2

Δs = 10 m B

C
Respostas: a) S D
2,0 m
A E

6,0 m
Que ponto (ou pontos) o observador não poderá ver pela reflexão da
luz no espelho?
α α
L L‘ Resolução:
6,0 m 6,0 m
O observador não poderá
vislumbrar os pontos D e E A
b) 10 m nem seu próprio olho, pois
eles estão fora do campo
visual do espelho para a Campo
18 (Vunesp-SP) Um estudante veste uma camiseta em cujo peito se
posição do observador. B
lê a inscrição seguinte:
C
D

UNESP E

a) De que forma a imagem dessa inscrição aparece para o estudante x x‘


quando ele se encontra frente a um espelho plano? O O‘
b) Suponha que a inscrição esteja a 70 cm do espelho e que cada letra
Resposta: Ele não poderá ver os pontos D e E, da mesma maneira
da camiseta tenha 10 cm de altura. Qual a distância entre a inscri-
que não verá a imagem do seu olho.
ção e sua imagem? Qual a altura de cada letra da imagem?
Tópico 2 – Reflexão da luz 243

20 (UFPR) Um espelho plano fornece, de um dado objeto em re- 22 (UEL-PR) A figura representa um espelho plano E vertical e dois
lação ao espelho, uma imagem real, projetável sobre um anteparo. segmentos de reta AB e CD perpendiculares ao espelho:
Pode-se, então, afirmar, sobre o objeto e sobre o feixe incidente que o
define, respectivamente, que:
E
a) é real e divergente. 25 cm
b) é virtual e convergente. A B
c) é virtual e divergente.
d) é real e convergente.
e) é real e paralelo. 48 cm

Resposta: b
C 50 cm D
21 (UFPI) Dois espelhos planos, paralelos, um defronte ao outro,
estão separados por uma distância D = 2,0 m. O objeto O está situa-
do entre eles, a uma distância d = 0,50 m de B (veja a figura a seguir). Supondo que um raio de luz parta de A e atinja C por reflexão no es-
A distância que separa as duas primeiras imagens formadas em A e a pelho, o ponto de incidência do raio de luz no espelho dista de D, em
distância que separa as duas primeiras imagens formadas em B são, centímetros:
respectivamente: a) 48. d) 24.
b) 40. e) 16.
c) 32.
A B
D Resolução:

O A 25 cm B 25 cm A‘
d α
48 – x
α
α

a) 0,50 m e 1,5 m.
b) 1,5 m e 3,5 m. x
c) 2,0 m e 4,0 m.
d) 1,0 m e 3,0 m.
α
e) 2,0 m e 2,0 m.
C 50 cm D

Resolução:

Os triângulos destacados são semelhantes.


A B
D = 2,0 m Logo:
IA IA IB IB
2 1 O 1 2
x = 50
48 – x 25

x = 2 (48 – x)
x 1,5 m 1,5 m y
0,50 m x = 96 – 2x ⇒ 3x = 96 ⇒ x = 32 cm

Resposta: c
IA é a imagem que A conjuga a IB . Logo:
2 1

23 E.R. Um observador de altura H deseja mirar-se de corpo in-


x = 2 · 0,5 ⇒ x = 1,0 m
teiro, utilizando para tanto um espelho plano circular disposto verti-
calmente. Sendo h a altura de seus olhos em relação ao solo, plano e
IB é a imagem que B conjuga a IA . Logo: horizontal:
2 1
a) calcule o mínimo diâmetro d que o espelho deve ter para que o
observador realize seu intento;
y = 2 · 1,5 ⇒ y = 3,0 m b) obtenha a distância ᐉ do extremo inferior do espelho ao solo;
c) responda: as dimensões d e ᐉ dependem ou não da distância x
Resposta: d do observador em relação ao espelho?
244 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: 25 O esquema abaixo representa um homem de frente para um


Nas condições do esquema seguinte, o observador CP consegue espelho plano S, vertical, e de costas para uma árvore P, de altura igual
mirar-se de corpo inteiro, utilizando para isso o espelho plano com a 4,0 m. Qual deverá ser o comprimento mínimo do espelho para que o
diâmetro mínimo: homem possa ver nele a imagem completa da árvore?
C C'
A S

O O'

4,0 m
H H
h h P
B

P P'
4,0 m 2,0 m
x D x
Resolução:
P P‘
Observe na figura:
C = extremo superior da cabeça do observador
O = olho do observador

4,0 m
S
P = extremo inferior do pé do observador x
C’, O’ e P’ = imagens de C, O e P, respectivamente, fornecidas pelo
espelho
AB = espelho (AB = d) 4,0 m 2,0 m 6,0 m
a) Os triângulos OAB e OC’P’ são semelhantes. Por isso:
Semelhança de triângulos:
d= x ⇒ d= H
H 2x 2 x = 4,0 ⇒ x = 1,0 m
2,0 8,0
O diâmetro mínimo do espelho deve corresponder à metade da
altura do observador. Resposta: 1,0 m
b) Os triângulos OPP’ e BDP’ são semelhantes. Por isso:
26 (FEI-SP) Um objeto vertical AB, de altura AB = 80 cm, encon-
ᐉ = x ⇒ ᐉ= h
h 2x 2 tra-se diante de um espelho plano vertical E. Sabe-se que a imagem
do ponto B se encontra a 30 cm do espelho. Um raio de luz, partindo do
A distância do extremo inferior do espelho ao solo deve corres- ponto B, encontra o espelho num ponto C, segundo um ângulo de inci-
ponder à metade da altura dos olhos do observador. dência α, e reflete-se passando pelo ponto A. Qual o valor de sen α?
c) As dimensões d e ᐉ independem de x, que foi cancelado nos E
cálculos.
A
24 Um homem com 1,80 m de altura deseja mirar-se dos pés à ca-
beça em um espelho plano quadrado, disposto verticalmente e com
sua base paralela ao solo. Sendo a altura de seus olhos ao solo igual a 80 cm
1,70 m, calcule:
a) a menor medida admissível para o lado do espelho, a fim de que o
homem consiga seu objetivo; B
b) a distância da borda inferior do espelho ao solo, no caso de o ho- Resolução:
mem estar se vendo no espelho de corpo inteiro. E
A‘ A

Resolução:
α
a) d = H ⇒ d = 1,80 m C
α
80 cm
2 2
d = 0,90 m = 90 cm α

b) ᐉ = h ⇒ ᐉ = 170 B‘ 30 cm 30 cm B
2 2
ᐉ = 0,85 m = 85 cm Teorema de Pitágoras
(AB’)2 = 802 + 602 ⇒ (AB’) = 100 cm
Ver maiores detalhes no ER 23 do livro. sen α = 80 ⇒ sen α = 0,80
100
Respostas: a) 90 cm; b) 85 cm Resposta: sen α = 0,80
Tópico 2 – Reflexão da luz 245

27 E.R. Numa fábrica, um galpão tem o teto parcialmente rebaixa- Configuração 2:


do, criando um compartimento superior que é utilizado como depósito. B1 A1
Para ter acesso visual a esse compartimento, constrói-se um siste-
ma óptico simples, com dois espelhos planos E1 e E2, de modo que
um observador no andar de baixo possa ver as imagens dos objetos
guardados no depósito (como o objeto AB, por exemplo).
A E1
A
B Depósito
45º B
B2 45º

A2 E2
Observador Galpão
Observador
São possíveis duas configurações. Na primeira, os espelhos são paralelos,
A2B2: imagem invertida
ambos formando 45° com a horizontal, como mostra a figura 1:
E1
A
Nota:
45º B • Em ambas as configurações, a imagem A1B1 fornecida pelo espelho E1
45º
para o objeto AB funciona como objeto para o espelho E2.

E2 28 (Vunesp-SP) As figuras a seguir mostram a posição de um objeto


Observador O em relação a um espelho plano E e duas regiões delimitadas pelos
Figura 1
quadrados A e B. Dentro de cada uma dessas regiões deve-se colocar
um outro espelho plano, de modo que se obtenham as imagens IA e IB
Na outra, os espelhos são perpendiculares entre si, ambos formando indicadas nas figuras.
45° com a horizontal, como mostra a figura 2:
E1
A
O
A
45º B E
45º

E2

Observador
Figura 2
Posicione em cada configuração as imagens A1B1 e A2B2 fornecidas
por E1 e E2, respectivamente, e responda: as imagens visadas pelo ob- IA
servador são direitas ou invertidas em relação ao objeto AB?
Resolução:
O posicionamento das imagens é feito observando-se a Propriedade O
Fundamental dos Espelhos Planos: a imagem é simétrica do objeto E B
em relação à superfície refletora.
Configuração 1: IB
B1 A1

E1 A

45º B
45º A2
a) Copie o quadrado A numa folha. Em seguida, posicione no interior
B2 do quadrado um espelho plano capaz de criar a imagem IA indicada
E2
na primeira figura.
Observador b) Copie o quadrado B numa folha. Em seguida, posicione no interior
do quadrado um espelho plano capaz de criar a imagem IB indicada
A2B2: imagem direita
na segunda figura.
246 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: Para que um observador de dimensões desprezíveis veja a imagem


a) A’B’ inteira, deve colocar-se:
O a) nas regiões I, II ou III, indiferentemente;
E A b) nas regiões I ou II, indiferentemente;
c) exclusivamente na região I;
d) exclusivamente na região II;
I
e) exclusivamente na região III.
Resolução:
O observador deve colocar-se na região da intersecção dos campos do
espelho correspondentes às extremidades A e B do objeto.

Resposta: d

IA
30 Juliana está parada no ponto A, indicado na figura a seguir,
b) contemplando sua imagem num espelho plano vertical E, de largura
O 3,0 m. Rodrigo, um colega de classe, vem caminhando ao longo da reta r,
E B
paralela à superfície refletora do espelho, com velocidade de intensi-
dade 2,0 m/s.
3,0 m
I IB
E

1,5 m

A 1,0 m B
4,5 m

Respostas: a) O r
E A
Desprezando-se as dimensões de Juliana e de Rodrigo, responda:
I a) Por quanto tempo Juliana poderá observar a imagem de Rodrigo
em E?
b) Se Juliana estivesse na posição B, qual seria o tempo de observação
da imagem de Rodrigo?

Resolução:
IA
a)
A‘
b) O
E B
1,5 m E
1,5 m
I IB
A

4,5 m 3,0 m

Campo do espelho
V

L
29 No esquema seguinte, PQ é um espelho plano, AB é um objeto (I) Semelhança de triângulos:
linear e A’B’ é a imagem de AB conjugada pelo espelho:
L = (4,5 + 1,5) m ⇒ L = 12 m
A 3,0 m 1,5 m
III
II B (II) Juliana poderá observar a imagem de Rodrigo em E, enquanto
I Rodrigo estiver no campo do espelho representado na figura ante-
P Q
rior, isto é, enquanto ele estiver percorrendo o comprimento L.

V = Δs = L ⇒ Δt = L ⇒ Δt = 12 m
B' Δt Δt V 2 m/s

A' Donde: Δt = 6,0 s


Tópico 2 – Reflexão da luz 247

b) Se Juliana estivesse na posição B, o comprimento L a ser percor- Resolução:


rido por Rodrigo dentro do campo do espelho não se modificaria º º
(L = 12 m) e o mesmo ocorreria com o tempo de visualização da a) n = 360 – 1 ⇒ n = 360 – 1
α 90º
imagem, que continuaria igual a Δt = 6,0 s.
n = 3 imagens
Respostas: a) 6,0 s; b) 6,0 s
b) Figura I: uma imagem
31 (UEL-PR) A figura representa um
Figura II: duas imagens
espelho plano vertical e um eixo horizon-
tal onde estão os pontos A, B, C, D, E, F, G Respostas: a) Três imagens; b) Figura I: uma imagem; Figura II: duas
e H, equidistantes entre si: imagens.
Se o espelho plano sofrer uma transla- A B C D E F G H
ção, passando do ponto C ao ponto D, a
imagem de A vai passar do ponto: 34 (Fuvest-SP) Na figura, F indica um ladrilho colocado perpendi-
a) D para o ponto E. d) E para o ponto H. cularmente a dois espelhos planos que formam um ângulo reto:
b) E para o ponto G. e) F para o ponto G.
c) E para o ponto F. Espelhos

Resolução:
A transformação da imagem será o dobro da do espelho. F
Resposta: d

32 E.R. Dois espelhos planos são associados de modo que suas Indique a alternativa que corresponde às três imagens formadas pelos
superfícies refletoras formem um ângulo diedro de 45°. Um objeto espelhos.
luminoso é colocado diante da associação. Determine: a) c) e)
a) o número de imagens que os espelhos conjugam ao objeto; F F F FF F FF
b) o número de imagens enantiomorfas e o número de imagens F
iguais ao objeto. F F F
Resolução:
b) d)
FF F F F
a) O número de imagens que a associação conjuga ao objeto é
calculado pela fórmula: F F F
n = 360° – 1
α
Sendo α = 45°, determinemos n:
Resolução:
n = 360° – 1 ⇒ n = 7 imagens As duas imagens formadas por simples reflexão são simétricas em re-
45°
lação ao objeto (ladrilho) e a imagem, formada por dupla reflexão, é
b) 1a e 2a imagens: simples reflexão ⇒ enantiomorfas simétrica em relação às imagens que lhe deram origem.
3a e 4a imagens: dupla reflexão ⇒ iguais ao objeto
5a e 6a imagens: tripla reflexão ⇒ enantiomorfas Resposta: c
7a imagem: quádrupla reflexão ⇒ igual ao objeto
Portanto, temos:
35 (UFC-CE) A figura abaixo mostra um objeto O diante do espelho
4 imagens enantiomorfas
plano E, em posição vertical. Originalmente, o espelho está na posi-
3 imagens iguais ao objeto ção P, a uma distância d do objeto. Deslocando-se o espelho para a
posição P1, a distância da imagem de O até o espelho é de 7 cm. Se o
espelho é deslocado para a posição P2, a distância da imagem de O
33 Diante de dois espelhos planos que formam entre suas super- até o espelho passa a ser de 11 cm. P1 e P2 estão à igual distância de P.
fícies refletoras um ângulo de 90°, um rapaz coloca um relógio, cujo A distância original, d, entre o espelho e o objeto vale:
painel é dotado de traços no lugar dos números. Sabendo que o expe- E
rimento é realizado às 4 h 10 min, determine:
a) o número de imagens que os espelhos conjugam ao relógio; O
b) quantas imagens têm o aspecto da figura I e quantas têm o aspecto d
da figura II.

P2 P P1

a) 4 cm. d) 18 cm.
b) 9 cm. e) 22 cm.
Figura I Figura II c) 14 cm.
248 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: Resolução:
E A figura a seguir representa os raios refletidos r1 e r2, que correspon-
d
dem, respectivamente, às posições E1 e E2 do espelho:
I0 O
E1
E2

P2 x P x P1 r1
C A

E r2
α
O
I1
4x 7 cm 7 cm

P2 x P x P1
B
No triângulo ABC, temos:
E
tg 2α = AB
AC
O Mas, sendo AB = 3 AC, vem:
11 cm 11 cm 3 AC
tg 2α = ⇒ tg 2α = 3
P2 x P x P1
AC
Portanto:

(I) 4x = 2 · 11 – 2 · 7 (cm) ⇒ x=2m 2α = 60° ⇒ α = 30°


(II) d = 7 + x
d = 7 + 2 (cm) 38 O esquema a seguir representa um pêndulo. Na extremidade
d = 9 cm do fio, está preso um espelho plano. Incrustada no anteparo há uma
lâmpada pontual F que emite um pincel luminoso cilíndrico na direção
Resposta: b horizontal para a esquerda. O pêndulo é posto a oscilar, fazendo com
que o espelho passe pelas posições E1 e E2 e varra, de uma para a outra,
36 Um caminhão trafega em uma estrada retilínea com veloci- um ângulo θ = 30° no plano da figura:
dade de 40 km/h. Olhando no espelho retrovisor plano, o motorista
contempla a imagem de um poste vertical fixo na estrada. θ
a) Qual a velocidade da imagem do poste em relação ao solo?
b) Qual a velocidade da imagem do poste em relação ao motorista do
caminhão?
E1
Respostas: a) 80 km/h; b) 40 km/h
F
E2
2m
37 E.R. A figura a seguir representa um espelho plano que pode
girar em torno de um eixo contendo seu centro C.
Calcule a extensão do anteparo percorrida pelo pincel luminoso
E1 E proveniente de F e ref letido pelo espelho, quando o espelho vai
2
de E1 para E2.

C A Resolução:

L
B θ

Estando na posição E1, o espelho capta a luz proveniente de uma fon-


te pontual A, fixa no anteparo, refletindo-a de volta ao ponto de par- θ
tida. O espelho sofre, então, uma rotação equivalente a um ângulo α, θ
passando para a posição E2. Nesse caso, ao receber a luz emitida E1 F
por A, reflete-a para o ponto B. E2
2m
Sabendo que AB = 3 AC, calcule o ângulo α.
Tópico 2 – Reflexão da luz 249

A rotação do raio refletido é o dobro da do espelho. 40 Um diretor de cinema registrou uma cena em que apareceram
24 bailarinas. Ele utilizou na filmagem apenas três atrizes, trajadas com
tg2θ = L ⇒ tg (2 · 30º) = L
E1 F 2 a mesma roupa, colocadas diante de uma associação de dois espelhos
planos verticais cujas superfícies refletoras formavam entre si um ân-
L = 2 tg 60º ⇒ L = 2 3m gulo diedro α. Qual o valor de α?

Resolução:
Resposta: 2 3 m Das 24 “ bailarinas ” filmadas, 3 são pessoas (atrizes) e 21 são imagens.
Assim, cada atriz determina, na associação de espelhos, um total de 7
39 Na situação esquematizada a seguir, F é uma pequena lanter- imagens.
na fixa que emite um estreito feixe cilíndrico de luz e E é um espelho
Logo: n = 360° – 1 ⇒ 7 = 360 = 1
plano que pode girar em torno de um eixo O perpendicular ao plano α α
desta página.
Inicialmente, a luz proveniente de F incide em E sob um ângulo de 53º, 8 α = 360 ⇒ α = 45°
como indica a figura, produzindo um feixe refletido que ilumina o pon-
Resposta: 45°
to A de uma plataforma também fixa.
O 41 (Fuvest-SP) Tem-se um objeto O em frente a dois espelhos pla-
E
nos perpendiculares entre si. Os pontos A, B e C correspondem às ima-
53º gens formadas do referido objeto. A distância AB é igual a 80 cm e a
24 cm distância BC, igual a 60 cm.
C
Plataforma
F
A

A B
O espelho sofre, então, uma rotação de 8° no sentido anti-horário, fa-
zendo com que o feixe refletido atinja um outro ponto B da mesma a) Qual a distância entre o objeto e a imagem B?
plataforma. b) Desenhe em uma folha de papel o esquema com os espelhos, o
Sabendo-se que sen 53° = cos 37° = 0,80 e cos 53° = sen 37° = 0,60, objeto e as imagens.
pode-se afirmar que a distância entre os pontos A e B vale:
a) 32 cm; c) 18 cm; e) 12 cm. Resolução:
b) 24 cm; d) 14 cm; a) Teorema de Pitágoras
OB2 = 802 + 602
Resolução:
0 α = 8° Do qual: OB = 100 cm

24 cm 53° b)

0 C
A B x2 C F
x1

x1
(I) Triângulo OAC: tg 53° =
24
sen 53° = x1 ⇒ 0,80 = x1 ⇒ x = 32 cm
cos 53° 24 0,60 24 1

x2
(II) Triângulo OBC: tg (53° – 2 α) = A B
24
x2 x x
tg (53° – 16°) = ⇒ tg 37° = 2 ⇒ sen 37° = 2
24 24 cos 37° 24
0,60 = x2 Respostas: a) 100 cm; b)
0 C
0,80 24
Da qual: x2 = 18 cm

(III) AB = x1 – x2 ⇒ AB = (32 – 18) cm

AB = 14 cm
A B
Resposta: d
250 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

42 (Cesgranrio-RJ) Em um farol de automóvel, dois espelhos esfé- 44 (PUC-SP) A figura mostra um espelho esférico côncavo, em que
ricos côncavos são utilizados para se obter um feixe de luz paralelo a C é o centro, F é o foco e V é o vértice. Colocando-se um objeto OB
partir de uma fonte aproximadamente pontual. O espelho principal E1 entre C e F, sua imagem situa-se:
tem 16,0 cm de raio. O espelho auxiliar E2 tem 2,0 cm de raio. Para que B
o feixe produzido seja efetivamente paralelo, as distâncias da fonte S
aos vértices M e N dos espelhos devem ser iguais, respectivamente, a:
E1
C O F V

E2
Fonte

M S N a) à direita de V. d) entre o objeto e C.


b) entre F e V. e) à esquerda de C.
c) entre F e o objeto.

Resolução:
Construção gráfica da imagem:
Distância SM Distância SN B
a) 8,0 cm. 1,0 cm.
b) 16,0 cm. 2,0 cm.
O’
c) 16,0 cm. 1,0 cm.
d) 8,0 cm. 2,0 cm. C O F V

e) 8,0 cm. 4,0 cm.

Resolução: B’
O ponto S em que a fonte de lua está colocada é o foco principal de E1
e também o centro de curvatura de E2; logo:
R1 Resposta: e
SM = f1 =
2
45 (USF-SP) Quando você se olha em um espelho esférico côncavo,
SM = 16,0 cm ⇒ SM = 8,0 cm sua imagem é vista direita e ampliada. Nessas condições, você deve estar:
2

SN = R2 ⇒ SN = 2,0 cm

C F V
Resposta: d

43 (Mack-SP) A imagem de um objeto que está a 40 cm de um es-


pelho esférico côncavo tem a mesma altura do objeto. Colocando o a) além de C, centro de curvatura.
objeto a grande distância do espelho, sua imagem estará a: b) em C.
a) 60 cm do espelho. d) 30 cm do espelho. c) entre C e F, foco.
b) 50 cm do espelho. e) 20 cm do espelho. d) em F.
c) 40 cm do espelho. e) entre F e V, vértice.

Resolução: Resolução:
(I) Este é o caso em que o objeto e a imagem estão posicionados na Construção gráfica da imagem:
região do centro de curvatura do espelho. Assim:
O’
R = 40 cm
O

(II) Agora, o objeto deve ser considerado impróprio e sua imagem se


forma em um dos focos do espelho. α
F α V
d=f⇒d= R
2

d = 40 cm ⇒ d = 20 cm
2

Resposta: e Resposta: e
Tópico 2 – Reflexão da luz 251

46 Diante de uma bola de Natal que tem a superfície externa espe- f = R = 50 cm ⇒ f = 25 cm


2 2
lhada, um observador dispõe um lápis, que é aproximado e afastado
d+8=f
da superfície refletora. A respeito da imagem que a bola conjuga ao
lápis, podemos afirmar que: d = f – 8 ⇒ d = 25 – 8 (cm) ⇒ d = 17 cm
a) é virtual, direita e reduzida, qualquer que seja a posição do lápis;
b) pode ser real ou virtual, dependendo da posição do lápis; Resposta: 17 cm
c) é real, invertida e aumentada, qualquer que seja a posição do lápis;
d) é simétrica do lápis em relação à superfície refletora;
e) nenhuma proposição anterior é correta. 48 (Fatec-SP) Desloca-se uma pequena lâmpada acesa ao longo
do eixo principal de um espelho esférico côncavo, até que a posição
Resolução: da imagem formada pelo espelho coincida com a posição do objeto.
Construção gráfica da imagem: Nesse caso, a imagem é invertida e a distância da lâmpada ao espelho
é de 24 cm. Qual a distância focal do espelho?
Objeto
Imagem
Resolução:
A lâmpada e sua imagem estão situadas no plano frontal que contém
y
o centro de curvatura do espelho; logo:
α
α F f = R ⇒ f = 24 cm
V 2 2
y
f = 12 cm

Resposta: 12 cm

Resposta: a 49 No esquema a seguir, E é um espelho esférico côncavo de centro


de curvatura C, foco principal F e vértice V. AB é um objeto luminoso
posicionado diante da superfície refletora. Levando em conta as con-
47 (UFRJ) Um espelho côncavo de raio de curvatura 50 cm e um
dições de Gauss, construa graficamente, em seu caderno, a imagem
pequeno espelho plano estão frente a frente. O espelho plano está de AB considerando as posições 1, 2, 3, 4 e 5. Em cada caso, dê a classi-
disposto perpendicularmente ao eixo principal do côncavo. Raios lu- ficação da imagem obtida.
minosos paralelos ao eixo principal são refletidos pelo espelho côn-
cavo; em seguida, refletem-se também no espelho plano e tornam-se A
convergentes num ponto do eixo principal distante 8 cm do espelho
plano, como mostra a figura.
B C F
V
1 2 3 4 5

V
Respostas: Posição 1: real, invertida e menor; Posição 2: real, inver-
tida e igual; Posição 3: real, invertida e maior; Posição 4: imprópria;
Posição 5: virtual, direita e maior.
8 cm

Calcule a distância do espelho plano ao vértice V do espelho côncavo. 50 (UFPE) A concha de aço ino-
xidável representada na figura pode
Resolução: ser usada para demonstrar proprie-
d dades dos espelhos esféricos.
Uma dessas propriedades consta de
uma das alternativas abaixo.
Indique:
a) Para objetos colocados à direita, num afastamento inferior a um
quarto do diâmetro, as imagens são invertidas.
V F‘ F b) Para objetos colocados à esquerda, num afastamento inferior a um
quarto do diâmetro, as imagens são invertidas.
c) Imagens virtuais só podem ser obtidas para objetos colocados à
esquerda.
8 cm 8 cm d) Para objetos colocados à direita, num afastamento inferior a um
f quarto do diâmetro, as imagens são direitas.
e) Imagens virtuais só podem ser obtidas para objetos colocados à direita.
252 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: A partir de P, traça-se um segmento paralelo ao eixo principal


a) Falsa. (raio 3). Do ponto em que esse segmento toca o espelho, traça-
Nesse caso, a concha funciona como espelho esférico côncavo. Para -se uma reta passando por P’. Ao cruzar o eixo principal, essa reta
distâncias menores que 1 do diâmetro (d ⬍ f), as imagens são vir- determina a posição do foco principal.
4
tuais, direitas e maiores que o objeto.
52 No esquema, xx’ é o eixo principal de um espelho esférico gaus-
b) Falsa.
siano que conjuga a imagem A’B’ ao objeto real AB:
Nesse caso, a concha funciona como espelho esférico convexo. As
imagens obtidas são virtuais direitas e menores que o objeto.
c) Falsa. A
Para objetos colocados à direita da concha em um afastamento in-
ferior a 1 do diâmetro (d ⬍ f), as imagens são virtuais. x B‘ x‘
4 B
d) Verdadeira.
e) Falsa.
Para objetos colocados à esquerda da concha, as imagens obtidas A'
são virtuais, direitas e menores que o objeto.
Reproduza essa figura no seu caderno e obtenha graficamente a posi-
Resposta: d ção e o tipo do espelho, bem como as posições de seu centro de curva-
tura e de seu foco principal.
51 E.R. No esquema seguinte, ab é o eixo principal de um espe-
Resposta:
lho esférico gaussiano, PQ é um objeto luminoso contido em um
plano frontal e P’Q’ é a imagem que o espelho conjuga ao objeto A
considerado:
B
x B‘ C F V x‘
P

P‘
Espelho côncavo
A‘
a b
Q Q‘

53 E.R. Um homem situado a 2,0 m do vértice de um espelho es-


Reproduza essa figura no seu caderno e obtenha graficamente a po-
sição e o tipo do espelho, bem como as posições de seu centro de férico visa sua imagem direita e ampliada três vezes. Determine:
curvatura e de seu foco principal. a) a distância focal do espelho;
b) sua natureza (côncavo ou convexo).
Resolução: Resolução:
Posição do espelho: a) O aumento linear transversal vale A = +3 (A > 0, porque a imagem
Inverte-se o objeto, obtendo-se seu simétrico QR em relação ao é direita).
eixo principal. Liga-se R a P’ (raio 1). Onde o segmento RP’ intercep- Sendo a distância do objeto ao espelho p = 2,0 m, calculemos p’,
ta o eixo principal, tem-se o vértice V do espelho. que é a distância da imagem ao espelho:
Natureza do espelho: p’
A=–
O espelho é convexo, pois a um objeto real está conjugando uma p
imagem virtual, direita e menor que o objeto. p’
3= –
Posição do centro de curvatura: 2,0
A partir de P, traça-se uma reta passando por P’ (raio 2). Na inter- Donde:
secção dessa reta com o eixo principal, tem-se a posição do centro p’ = – 6,0 m (imagem virtual)
de curvatura.
Posição do foco principal: A distância focal f pode ser obtida pela função dos pontos conju-
gados (equação de Gauss):
P 3 1 1 1
= +
f p p’
2 P' 1 1 1
= –
f 2,0 6,0
a b 1 3–1 2
Q V Q' F C = =
f 6,0 6,0
1
R f = 3,0 m

b) Como f > 0, o foco é real e o espelho é côncavo.


Tópico 2 – Reflexão da luz 253

54 Considere um espelho côncavo de aumento, com distância fo- 57 (Vunesp-SP) Um espelho esférico côncavo tem raio de curvatu-
cal f = 1,0 m, usado para uma pessoa fazer a barba. Calcule a distância ra igual a 80 cm. Um objeto retilíneo, de 2,0 cm de altura, é colocado
do rosto ao espelho para que a imagem dele esteja ampliada 2 vezes. perpendicularmente ao eixo principal do espelho, a 120 cm do vérti-
ce. Essa posição resulta em uma imagem:
Resolução: a) real e invertida de 1,0 cm de altura e a 60 cm do espelho.
p’ p’
A = – ⇒ 2 = – ⇒ p` = –2p b) virtual e direita de 1,0 cm de altura e a 10 cm do espelho.
p p c) virtual e invertida de 1,0 cm de altura e a 10 cm do espelho.
1=1+1 ⇒ 1 = 1 – 1 d) real e direita de 40 cm de altura e a 60 cm do espelho.
f p p’ 1,0 p 2p e) virtual e direita de 40 cm de altura e a 10 cm do espelho.
Donde: p = 0,50 m = 50 cm
Resolução:
Resposta: 50 cm
f = R = 80 cm ⇒ f = 40 cm
2 2
55 (Ufal) Considere os pontos M e N, situados sobre o eixo principal
1=1+1 ⇒ 1 = 1 +1
de um espelho esférico côncavo, respectivamente a 30 cm e 40 cm do f p p’ 40 120 p’
vértice do espelho.
p’ = 60 cm p’ ⬎ 0 ⇒ imagem real
F M N
V
p’
A=– = – 60 cm ⇒ A = – 1 (A⬍ 0 ⇒ imagem invertida)
p 120 cm 2

i = |A| ⇒ i = – 1 ⇒ |i| = 1,0 cm


Esse espelho côncavo, que tem foco em F e distância focal de 20 cm, o 2,0 2
conjuga aos pontos M e N, respectivamente, as imagens M’ e N’. Deter-
mine o valor absoluto da distância entre as imagens M’ e N’.
Resposta: a
Resolução:
1=1+1
f p p’ 58 A distância entre um objeto luminoso e sua respectiva imagem
Ponto M: 1 = 1 + 1 ⇒ p’M = 60 cm conjugada por um espelho esférico gaussiano é de 1,8 m. Sabendo que
20 30 p’M
a imagem tem altura quatro vezes a do objeto e que está projetada em
Ponto N: 1 = 1 + 1 ⇒ p’N = 40 cm um anteparo, responda:
20 40 p’N
a) O espelho é côncavo ou convexo?
d = p’M – p’N ⇒ d = 60 – 40 ⇒ d = 20 cm b) Qual o seu raio de curvatura?
Resposta: 20 cm
Resolução:
a) O objeto luminoso é real e sua imagem também é real, já que está
56 Diante de um espelho esférico, perpendicularmente ao seu eixo
projetada em um anteparo. Assim, p e p’ são positivos, o que torna f
principal, é colocado um objeto luminoso a 15 cm do vértice. Deseja-se
também positivo, tendo em conta que 1 = 1 + 1 . Logo, o espelho
que a imagem correspondente seja projetada num anteparo e tenha f p p’
é côncavo.
quatro vezes o comprimento do objeto. Determine:
a) se a imagem é real ou virtual, direita ou invertida;
b) a distância do anteparo ao vértice do espelho para que a imagem b) p’ – p = 180 cm ⇒ p’ = 180 + p (I)
seja nítida;
c) a distância focal do espelho. A = – p’ ⇒ –4 = – p’ ⇒ p’ = 4p (II)
p p
Resolução:
a) Se a imagem deve ser projetada em um anteparo, sua natureza é Comparando (I) e (II):
real e p’ > 0.
Como p > 0 e p’ > 0 ⇒ A < 0 4p = 180 + p
e a imagem é invertida. p = 60 cm e p’ = 240 cm
p’ p’
b) A = – ⇒ – 4 = – ⇒ p’ = 60 cm 1=1+1 ⇒ 1 = 1 + 1
p 15
f p p’ R 60 240
c) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 2
f p p’ f 15 60
Donde: f = 12 cm Do qual: R = 96 cm

Respostas: a) Real e invertida; b) 60 cm; c) 12 cm Respostas: a) Côncavo; b) 96 cm


254 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

59 E.R. Um objeto é colocado sobre o eixo de um espelho con- 61 Em certo experimento, mediram-se a distância p entre um
vexo. O gráfico seguinte representa, respectivamente, as abscissas objeto e a superfície refletora de um espelho esférico côncavo que
p e p’ do objeto e de sua imagem, ambas em relação ao vértice do obedece às condições de Gauss e a distância p’ entre esse espelho e a
espelho: correspondente imagem real produzida, em vários pontos. O resultado
dessas medições está apresentado no gráfico abaixo:
p (cm)
50 1
(10 – 2 cm–1)
p'
40
10,0
30
8,0
20

10 6,0

4,0
–15 –10 – 5 0 5 10 15 p' (cm)

2,0
Qual é a distância focal desse espelho em centímetros?
0,0
2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 1
(10–2 cm–1)
p
Resolução:
Conforme vimos, para os espelhos esféricos gaussianos aplica-se a
função dos pontos conjugados. Assim:
Examinando cuidadosamente o gráfico, determine a distância focal do
espelho.
1 1 1
= +
f p p’ Resolução:
Analisando o gráfico, observamos um ponto de coordenadas co- Equação de Gauss: 1 = 1 + 1
nhecidas. Vê-se, então, que: f p p’

para p = 10 cm, p’ = –5 cm Do gráfico, para 1 ⯝ 5,5 · 10–2 cm–1, temos 1 = 4,5 · 10–2 cm–1.
p p’
Calculemos f, que é a distância focal do espelho: Substituindo os valores de 1 e 1 na Equação de Gauss, vem:
p p’
1 1 1 1 = 5,5 · 10–2 + 4,5 · 10–2 ⇒ f = 1
= – ⇒ f = –10 cm (cm)
f 10 5 f 10 · 10–2

Observe que o resultado negativo deve ser atribuído ao fato de Donde: f = 10,0 cm
os espelhos esféricos convexos terem focos virtuais.
Resposta: 10,0 cm
60 Diante de um espelho convexo com 30 cm de raio de curvatura
coloca-se um objeto luminoso a 10 cm do vértice. Determine: 62 (UFBA – mod.) O quadro abaixo apresenta características de três
a) a abscissa focal do espelho; espelhos, I, II e III:
b) a distância da imagem ao espelho.
Abscissa
Abscissa Abscissa Aumento
Resolução: da Natureza Orientação
Espelho Tipo focal do objeto linear
imagem da imagem da imagem
(cm) (cm) transversal
a) f = – R ⇒ f = – 30 cm ⇒ f = –15 cm (cm)
2 2
I +20 +10

b) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 II –20 –4
f p p’ –15 10 p III +10 +1

p’ = –6 cm (p’ ⬍ 0 ⇒ imagem virtual) Detemine os dados que preenchem corretamente as lacunas da tabela
referentes ao:
d = |p’| = 6,0 cm a) espelho I; b) espelho II; c) espelho III.

Respostas: a) Côncavo; –20 cm; +2; virtual; direita; b) Convexo;


Respostas: a) –15 cm; b) 6,0 cm + 5 cm; 0,8; virtual; direita; c) Plano; infinita; –10 cm; virtual; direita
Tópico 2 – Reflexão da luz 255

63 Uma barra AB de 20 cm de comprimento está colocada sobre 65 Num experimento de Óptica Geométrica dispuseram-se um
o eixo principal de um espelho esférico côncavo. A extremidade B toco de vela e um espelho côncavo gaussiano E, de distância focal
encontra-se sobre o centro de curvatura do espelho, enquanto a igual a 20 cm, como representa a figura:
extremidade A encontra-se a 60 cm do espelho, como representa E
a figura.

x0 x1
A 20 cm B V
30 cm
60 cm 40 cm

O toco de vela foi deslocado de x0 a x1, com velocidade escalar de mó-


dulo 1,0 cm/s. Enquanto o toco de vela foi deslocado, qual foi o módulo
Determine: da velocidade escalar média da imagem, expresso em centímetros por
a) a distância focal do espelho; segundo?
b) o comprimento da imagem da barra conjugada pelo espelho.
Resolução:
Resolução: Vela em x0 (centro de curvatura): p0’ = 40 cm
a) f = R = 40 cm ⇒ f = 20 cm Vela em x1: 1 = 1 + 1 ⇒ p’1 = 60 cm
2 2 20 30 p’1
p1’ – p0’ (p1’ – p0) v
Em relação à extremidade A: vm = = ⇒ vm = 20 · 1,0 (cm/s)
Δt p0 – p1 10
vm = 2,0 cm/s
b) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ p’ = 30 cm
f p p’ 20 60 p’
Resposta: 2,0 cm/s
A imagem da extremidade B coincide com esse ponto. Logo:
A’B’ = 40 cm – 30 cm 66 E.R. Um pequeno objeto linear é colocado sobre o eixo princi-

A’B’ = 10 cm pal, em frente da superfície refletora de um espelho esférico gaussia-


no. Sabendo que a abscissa focal do espelho vale f e que a abscissa
do objeto vale p, expresse o aumento linear transversal A em função
Respostas: a) 20 cm; b) 10 cm de f e de p.

64 (Mack-SP) Um objeto real se encontra diante de um espelho es- Resolução:


O aumento linear transversal é tal que:
férico côncavo, a 10 cm de seu vértice, sobre o eixo principal. O raio de
p’
curvatura desse espelho é de 40 cm. Se esse objeto se deslocar até o A=–
centro de curvatura do espelho, qual será a distância entre a imagem p
Da qual: p’ = –A p (I)
inicial e a imagem final?
Sabemos, da função dos pontos conjugados, que:
Resolução: 1 1 1
= + (II)
f p p’
f = R = 40 ⇒ f = 20 cm
2 2 Substituindo (I) em (II), vem:
1 1 1
1a posição do objeto: = –
f p Ap
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ p ’ = –20 cm 1 A–1
f p 1 p 1’ 20 10 p1’ 1
=
(p’1 ⬍ 0 ⇒ imagem virtual) f Ap
Af – f = A p
2a posição do objeto:
A(f – p) = f
1= 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ p2’ = 40 cm Donde:
f p 2 p 2’ 20 40 p2’
(p’2 ⬎ 0 ⇒ imagem real) f
A=
d = |p1’| + |p2’| ⇒ d = 20 cm + 40 cm f–p

d = 60 cm Nota:
• Essa expressão pode ser utilizada na resolução de exercícios,
Resposta: 60 cm constituindo um instrumento simplificador de cálculos.
256 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

67 (ITA-SP) Seja E um espelho côncavo cujo raio de curvatura é de 70 (UFSC) A distância entre a imagem e um objeto colocado em fren-
60,0 cm. Qual tipo de imagem obteremos se colocarmos um objeto te a um espelho côncavo é de 16 cm. Sabendo que a imagem é direita e 3
real de 7,50 cm de altura, verticalmente, a 20,0 cm do vértice de E? vezes maior, determine o raio de curvatura do espelho, em centímetros.

Resolução: Resolução:
p + |p’| = 16 cm ⇒ |p’| = 16 – p ⇒ p’ = –(16 –p) (I)
f = R = 60,0 cm ⇒ f = 30,0 cm
2 2 A = – p’ ⇒ 3 = – p’ = p’ = –3p (II)
p p
A = – f = 30,0 ⇒ A = +3 (A ⬎ 0 ⇒ imagem direita) Comparando (I) e (II), vem:
f – p 30,0 – 20,0
A = – p’ ⇒ Sendo A ⬎ 0, p ⬎ 0 e tendo p e p’ sinais opostos, tem-se –3p = –(16 – p) ⇒ p = 4 cm e p’ = –12 cm
p
p ⬍ 0 ⇒ imagem virtual 1=1+1 ⇒ 1 = 1 – 1
f p p’ R 4,0 12
A= i ⇒ 3= i ⇒ i = 22,5 cm 2
o 7,50
Da qual: R = 12 cm
Resposta: A imagem é virtual, direita e com 22,5 cm de altura.
Resposta: 12 cm
68 Um toco de vela é colocado frontalmente a 12 cm do vértice de
um espelho esférico que obedece às condições de Gauss, obtendo-se,
71 (Mack-SP) Um objeto real O encontra-se diante de um espelho
nesse caso, uma imagem direita e de comprimento igual a um terço do
comprimento da vela. Determine: esférico côncavo, que obedece às condições de Gauss, conforme o es-
a) o tipo do espelho utilizado (côncavo ou convexo), bem como seu quema abaixo.
raio de curvatura;
b) a distância da imagem ao vértice do espelho.

Resolução: i
a) Imagem direita: A ⬎ 0 A = + 1 o
3
A= f ⇒ = 1 f ⇒ 3f = f – 12 V F C
f–p 3 f – 12
f = –6,0 cm (f ⬍ 0 ⇒ espelho convexo)
10 cm
R = 2 |f| ⇒ R = 2 |–6,0| ⇒ R = 12 cm
b) A = – p’ ⇒ 1 = – p’ ⇒
p 3 12
x
Donde: p’ = –4,0 cm (p’ ⬍ 0 ⇒ imagem virtual)

d = |p’| ⇒ d = 4,0 cm 21 cm

Respostas: a) Convexo; 12 cm; b) 4,0 cm Sendo C o centro da curvatura do espelho e F seu foco principal, a dis-
tância x entre o objeto e o vértice V do espelho é:
a) 6,0 cm. b) 9,0 cm. c) 10,5 cm. d) 11,0 cm. e) 35,0 cm.
69 Em um espelho côncavo, a distância entre um objeto real e sua
imagem é de 60 cm. Sabendo-se que a imagem é invertida e de compri- Resolução:
mento igual à metade do comprimento do objeto, qual o raio de curva- Do desenho, temos:
tura do espelho? p = +x cm
p’ = –(21 – x) cm
Resolução: f = +10 cm
p – p’ = 60 ⇒ p = 60 + p’ (I) Logo, a imagem é virtual.
p’ 1
A = – ⇒ – = – ⇒ p = 2p’p’ (II) Aplicando a Equação de Gauss, vem:
p 2 p 1 + 1 = 1 ⇒ 1 – 1 = 1 ⇒ 21 – x – x = 1
Comparando (I) e (II), vem: p p’ f x 21 – x 10 x(21 – x) 10
2p’ = 60 + p’ ⇒ p’ = 60 cm e p = 120 cm 210 – 20x = 21x – x2 ⇒ x2 –41x + 210 = 0
Resolvendo a equação, temos:
1=1+1 ⇒ 1 = 1 + 1
x = 41 ± (–41) – 4 · 210 ⇒ x = 41 ± 1 681 – 840 ⇒ x = 41 ± 29
2
f p p’ R 60 120
2 2 2 2
Da qual: x1 = 35 cm e x2 = 6 cm
Da qual: R = 80 cm
Como x ⬍ f = 10 cm, conclui-se que: x = 6,0 cm

Resposta: 80 cm Resposta: a
Tópico 2 – Reflexão da luz 257

72 Lua cheia sobre o Pacífico Resolução:


Considere a situação esquematizada a seguir, fora de escala e em
cores-fantasia, em que os centros da Lua e da Terra estão separados β δ
por uma distância d. Admita que o raio da Terra seja igual a R e que o β

Oceano Pacífico, refletindo a luz da lua cheia, comporte-se como um δ


δ β θ
espelho esférico gaussiano. α 2 β
Terra α

Lua
L P R

2 β + 2 δ = 180° ⇒ β + δ = 90° (I)


Triângulo destacado à direita: 2 β + θ = 180° ⇒ β = 90° – θ (II)
2 4
d θ θ
(II) em (I): 90° – + δ = 90° ⇒ δ = (III)
4 4
Sendo L o diâmetro da Lua, determine em função de d, R e L: Triângulo destacado à esquerda: α + δ = θ (IV)
2
a) a distância entre a imagem da Lua e o ponto P;
b) o diâmetro da imagem da Lua. (III) em (IV): α + θ = θ ⇒ θ=4α
4 2
Resolução: Resposta: θ = 4α
a) Considerando p = d – R e f = – R , calculamos p’ pela Equação de
Gauss: 2
74 Uma pessoa cujos olhos se encontram a 1,8 m do chão está
1=1+1 ⇒ 1 = 1 +1 em repouso diante de um espelho plano vertical E, a 50 cm dele. A
f p p’ – R d – R p’ pessoa visualiza, por ref lexão em E, a imagem de um poste AB, de
2
1 = – 2 – 1 ⇒ 1 = –2 (d – R) – R 6,0 m de altura, situado atrás de si e a 2,5 m de E.
p’ R d–R p’ R(d – R) A

Da qual: p’ = R (d – R)
R – 2d E
Observe que, como a imagem é virtual, p’ é um número negativo.
Sendo x a distância entre a imagem da Lua e o ponto P, temos:
6,0 m h

x = –p’ ⇒ x = R (d – R)
2d – R 1,8 m
y
R(d –R)
b) i = – p’ ⇒ i = – R – 2d
o p L d–R B 50 cm
2,5 m

Donde: i = LR
Determine:
2d – R
a) a mínima dimensão vertical h que deve ter o espelho para que a
pessoa possa ver inteiramente a imagem do poste.
Respostas: a) R (d – R) ; b) LR b) a distância y da borda inferior do espelho ao chão nas condições do
2d – R 2d – R
item anterior.

73 (UFPE – mod.) A figura representa um feixe paralelo de luz in- Resolução:


cidente em um prisma que tem suas superfícies externas refletoras. A A‘
Parte do feixe é refletida por uma face e parte por outra. Se o ângu-
E
lo entre cada face do prisma e a direção do feixe é α, determine o
ângulo θ entre as direções dos feixes refletidos. 6,0 m h 6,0 m

1,8 m
y
B B‘

0,50 m 2,5 m
α
θ 0,50
a) h =
6,0 2,5 + 0,5 ⇒
α h = 1,0 m
y 1,8
2,5 = 2,5 + 0,50 ⇒
b) y = 1,5 m

Respostas: a) h = 1,0 m; b) y = 1,5 m


258 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

75 (Fuvest-SP – mod.) Um observador O olha-se em um espelho a) metade de cada parede da sala.


plano vertical pela abertura de uma porta com 1 m de largura, paralela b) um terço de PR e metade de QR.
ao espelho, conforme a figura e o esquema a seguir. c) um terço de PR e um terço de PQ.
Segurando uma régua longa, ele a mantém na posição horizontal, pa- d) metade de QR e metade de PR.
ralela ao espelho e na altura dos ombros, para avaliar os limites da re- e) PR inteira e metade de QR.
gião que consegue enxergar através do espelho (limite D, à sua direita,
e limite E, à sua esquerda). Resolução:
O campo visual do espelho para a posição do observador (ponto O)
está esboçado na figura:
Observador g P
O
OE Lado de trás
D do espelho
Parede
O‘
Campo
Régua visual

Porta aberta Q R

a) Copie a figura e trace os raios que, partindo dos limites D e E da re-


gião visível da régua, atingem os olhos do observador O. Construa Resposta: d
a solução, utilizando linhas cheias para indicar esses raios e linhas
tracejadas para prolongamentos de raios ou outras linhas auxilia- 77 (Faap-SP) Um cilindro de 25 cm de altura e de diâmetro despre-
res. Indique, com uma flecha, o sentido do percurso da luz.
zível foi abandonado de uma posição tal que sua base inferior estava
Vista de cima alinhada com a extremidade superior de um espelho plano de 50 cm
de altura e a 20 cm deste. Durante sua queda, ele é visto, assim como
Régua sua imagem, por um observador, que se encontra a 1 m do espelho e a
meia altura deste (ver figura).

Cilindro
O
25 cm

20 cm
Escala 25 cm
0 1m Parede Espelho 50 cm

b) Copie o esquema e identifique D e E, estimando, em metros, a dis- Espelho


tância L entre esses dois pontos da régua. 1,0 m

Respostas: a) Régua Calcule por quanto tempo o observador ainda vê a imagem do cilin-
E E‘
A
(Imagem
dro (total ou parcial), que permanece vertical durante a queda. Adote
L O O‘ do g = 10 m/s2.
observador)
B
D D‘
Resolução:
Escala
No esquema seguinte, delimitamos o campo visual do espelho plano
0 1m Parede Espelho
em relação ao observador O:
b) L = 1,5 m 20 cm
X
100 cm

76 (Vunesp-SP) Um observador O encontra-se no vértice P de uma M A


sala, cuja planta é um triângulo equilátero de lado igual a 6,0 m. Em
um dos cantos da sala, existe um espelho vertical de 3,0 m de largura
ligando os pontos médios das paredes PQ e QR. O 50 cm O‘
P

O
Campo
visual B
Y

N
Q R
Da semelhança de triângulos O’AB e O’XY, obtemos: XY = 60 cm.
Nessas condições, olhando através do espelho, o observador vê (no Devido à simetria, concluímos que: XM = 5,0 cm ⇒ MY = 55 cm, mas
plano horizontal que passa pelos seus olhos): YN= 25 cm ⇒ MN= 80 cm.
Tópico 2 – Reflexão da luz 259

O observador contempla a imagem do cilindro desde sua posição Sabendo que a moto M1 é equipada com um espelho retrovisor plano,
inicial (extremidade inferior em M) até sua saída do campo visual do calcule para a imagem de M2 conjugada pelo referido espelho:
espelho (extremidade superior em Y). a) a velocidade escalar em relação ao espelho;
O intervalo de tempo pedido é calculado por: b) a velocidade escalar em relação a M2;
c) a velocidade escalar em relação à estrada.
Δs = v0 t + α t2 ⇒ MN = t2 ⇒ 0,80 = 10 t2 ⇒ t = 0,40 s
g
2 2 2
Resolução:
a) Considerando M1 “parada”, teremos M2 em movimento de afasta-
Resposta: 0,40 s mento com velocidade escalar relativa de –10 m/s.

M1
78 Na situação esquematizada, um espelho plano vertical E, insta-
lado sobre um carrinho, realiza movimento harmônico simples (MHS)
entre os pontos A e A’ do solo plano e horizontal, com sua superfície
refletora voltada para um garoto em repouso na posição P. A mola a
que está ligado o carrinho tem massa desprezível e sua constante elás- –10 m/s 10 m/s
tica é K = 180 N/m.

E M2 M‘2 +
x x

Devido à simetria, deveremos ter: vi, e = 10 m/s


A’ 0 A P
2,0 m 2,0 m
b) A velocidade escalar relativa vi, M é dada por:
2

Sabendo que a massa do conjunto carrinho-espelho vale m = 20 kg vi, M = 10 m/s + 10 m/s ⇒ vi, M = 20 m/s
e que π ⯝ 3, aponte a alternativa em que estão relacionados correta- 2 2

mente o período T de oscilação do sistema e a intensidade máxima v


da velocidade da imagem do garoto, dada por E, em relação ao solo: c) Devido exclusivamente ao movimento de M2, a imagem de M2 tem,
a) T = 1,0 s; v = 6,0 m/s; em relação à Terra, velocidade escalar de –30 m/s. Devido exclusi-
b) T = 2,0 s; v = 12 m/s; vamente ao movimento do espelho, a imagem de M2 tem, em rela-
c) T = 2,0 s; v = 6,0 m/s; ção à Terra, velocidade de 80 m/s.
d) T = 1,0 s; v = 12 m/s;
e) T = 1,5 s; v = 9,0 m/s. –30 m/s 80 m/s

Resolução:

T = 2π m ⇒ T = 2 · 3 20 (s) ⇒ T = 2,0 s
k 180

Para o espelho: vmáx = Aω = A 2π ⇒ vmáx = 2,0 2 · 3 (m/s)


Imagem da moto M2
E T E 2,0
Fazendo a superposição dos efeitos, isto é, dos movimentos par-
Donde: vmáxE = 6,0 m/s ciais da imagem da moto M2, teremos, para vi, T, o valor seguinte:
vi, T = –30 m/s + 80 m/s ⇒ vi, T = 50 m/s
Para a imagem: vmáx = 2vmáx = 2 · 6,0 (m/s) ⇒ vmáx = 12 m/s
I E I

Respostas: a) 10 m/s; b) 20 m/s; c) 50 m/s


Resposta: b
80 Um objeto pontual P está diante da superfície refletora de um
79 A ilustração a seguir representa as motos M e M em movimen- espelho plano, conforme a figura:
1 2
to uniforme num trecho retilíneo de uma estrada. Suas velocidades P
escalares, dadas de acordo com a orientação da trajetória, estão indi-
cadas na figura: 30 cm

30 m/s 40 m/s
O

ω
M2 M1
Se o espelho girar em torno do eixo O (perpendicular à página) com
(+) velocidade escalar angular ω = 5,0 rad/s, qual será a velocidade escalar
linear da imagem de P?
260 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: 82 No século III a.C., Arquimedes teria liderado guerreiros da Sicília


A situação proposta pode ser esquematizada conforme segue: – na época pertencente à Magna Grécia – na defesa da cidade de Sira-
cusa, vítima constante de ataques marítimos de frotas romanas. Con-
P
ta-se que ele instalava na região costeira da ilha espelhos ustórios (ou
incendiários), que consistiam em enormes calotas esféricas, polidas na
α
parte interna (côncava), que “concentravam” os raios solares, produ-
zindo fogo nas galeras inimigas.
O E1 O esquema a seguir representa um desses espelhos, em operação de
α
ω acordo com as condições de Gauss, e a trajetória seguida pela luz até
β
um ponto fatal P, de alta concentração energética.
E2
P1 Sol
P2 ωi

β = 2α ⇒ ωi = 2ω = 2 · 5,0 rad/s ⇒ ωi = 10 rad/s


Eixo
vi = ωiR = 10 · 0,30 (m/s) ⇒ vi = 3,0 m/s principal
d h
Resposta: 3,0 m/s
P
81 Considere dois espelhos planos E e E , associados conforme re-
1 2
presenta a figura a seguir, com suas superfícies refletoras formando um Supondo-se conhecidos os comprimentos d e h, o raio de curvatura do
ângulo de 120° entre si. espelho fica determinado por:
P E1 1
a) (d2 – h2) 2 ;
5,0 cm 1
b) 2(d2 – h2) 2 ;
1
c) (d2 + h2) 2 ;
8,0 cm
1
d) 2(d2 + h2) 2 ;
1

120º e) (h2 – d2) 2 .


E2

Resolução:
Se um objeto luminoso P for fixado diante dos dois espelhos, a 5,0 cm O ponto P é um foco secundário do espelho. A distância focal f fica,
de E1 e a 8,0 cm de E2, conforme está ilustrado, pode-se afirmar que a então, determinada pelo Teorema de Pitágoras.
distância entre as duas imagens de P, obtidas por simples reflexão da 1

luz nos espelhos, será igual a: d2 = f2 + h2 ⇒ f = (d2 – h2) 2


a) 12,0 cm; c) 16,0 cm; e) 26,0 cm.
b) 14,0 cm; d) 18,0 cm; Mas R = 2f. Logo:
1

Resolução: R = 2 (d2 – h2) 2


O ângulo α no triângulo destacado vale 60°. Logo, aplicando a Lei dos
cossenos, calculamos a distância d. Resposta: b

P E1
83 A figura representa um espelho esférico côncavo de centro de
5,0 cm
α curvatura C e vértice V. Um raio de luz, ao incidir paralelamente ao eixo
8,0 cm CV, reflete-se duas vezes, deixando o espelho também paralelamente
120° ao eixo CV.
5,0 cm
E2

P1
8,0 cm
d
L
P2 V C

d2 = (10,0)2 + (16,0)2 – 2 · 10,0 · 16,0 · cos 60°


Da qual: d = 14,0 m

Sabendo que o raio de curvatura do espelho vale 2 m, calcule o com-


Resposta: b
primento L.
Tópico 2 – Reflexão da luz 261

Resolução: Resolução:
Da figura: p = –10 cm e p’ = 5,0 cm
Equação de Gauss
i 1 = 1 + 1 ⇒ 1 =– 1 + 1
r R f p p’ f 10 5,0
L
V C Da qual: f = 10 cm (f > 0 ⇒ espelho côncavo)
i‘
r‘
Resposta: a

86 Um objeto linear é colocado diante da superfície refletora de um


r = i = 45°; r’ = i’ = 45°
espelho esférico côncavo, de raio de curvatura igual a 120 cm e que obe-
L L dece às condições de Gauss. Sabendo que a imagem tem tamanho quatro
2 2
cos 45° = 2 ⇒ = ⇒ L = 2,0 m vezes o tamanho do objeto, calcule a distância do objeto ao espelho.
R 2 R
Resolução:
Resposta: 2,0 m
1a solução:
Objeto situado entre o foco e o vértice.
84 (Cesgranrio-RJ) A distância mínima entre seu olho e um objeto,
A= f ⇒ +4 = 60 ⇒ p = 45 cm
para que você o veja nitidamente, é de 24 cm. Tendo um espelho f–p 60 – p
côncavo de distância focal igual a 16 cm, e querendo se olhar nele, a
que distância mínima do espelho deverá ficar seu olho para que você 2a solução:
o veja ampliado? Objeto situado entre o centro de curvatura e o foco.
A= f ⇒ –4 = 60 ⇒ p = 75 cm
Resolução: f–p 60 – p
p + |p’| = 24 cm ⇒ |p’| = 24 – p ⇒ p’ = –(24 –p)
Resposta: 45 cm ou 75 cm
Equação de Gauss
1=1+1 ⇒ 1 =1– 1 87 No esquema a seguir, E é um espelho plano e E é um espelho
1 2
f p p’ 16 p 24 – p esférico côncavo de raio de curvatura R = 60 cm.
1 = 24 – p – p ⇒ 24p – p2 = 384 – 32p C, F e V são, respectivamente,
16 p(24 – p) em relação a E2, o centro de
curvatura, o foco e o vértice.
p1 = 8,0 cm Em F, é colocada uma fonte
p2 – 56p + 384 = 0 p2 = 48 cm pontual de luz. Determine a C F V
distância da fonte à sua ima-
pmín = 8,0 cm
gem, considerando que a luz
sofre dupla reflexão, primeiro
Resposta: 8,0 cm em E1 e posteriormente em E2.
E1 E2

Resolução:
85 No esquema seguinte, E representa um espelho esférico que P‘
E1
obedece às condições de aproximação de Gauss: E2

d
I1 C I2 F V

P' P

1,0 cm
30 cm 30 cm 30 cm

E 1,0 cm
(I) 1 = 1 + 1
f p p’
Considerando os elementos do esquema, podemos afirmar que: 1 = 1 +1 ⇒ p’ = 45 cm
a) o espelho é côncavo e sua distância focal tem módulo 10 cm; 30 90 p’
b) o espelho é côncavo e sua distância focal tem módulo 7,5 cm; (II) d = p’ – f ⇒ d = 45 – 30 (cm) ⇒ d = 15 cm
c) o espelho é côncavo e sua distância focal tem módulo 5,0 cm;
d) o espelho é convexo e sua distância focal tem módulo 10 cm;
Resposta: 15 cm
e) o espelho é convexo e sua distância focal tem módulo 5,0 cm.
262 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

88 (ITA-SP) Um espelho plano está colocado em frente de um es- Resolução:


pelho côncavo, perpendicularmente ao eixo principal. Uma fonte lumi- A imagem fornecida pelo espelho convexo pode ser obtida grafica-
nosa pontual A, colocada sobre o eixo principal entre os dois espelhos, mente como a seguir:
E1 E2
emite raios que se refletem sucessivamente nos dois espelhos e for-
mam, sobre a própria fonte
A, uma imagem real desta. O i1
i2
raio de curvatura do espelho O
é 40 cm e a distância do cen- 30 cm A F1 F2
tro da fonte A até o vértice do Ponto
espelho esférico é de 30 cm. A médio

distância d do espelho plano d 20 cm


até o vértice do espelho côn-
cavo é, então:
a) 20 cm. c) 40 cm. e) 50 cm. Equação de Gauss: 1 + 1 = 1 ⇒ 1 + 1 = 1 ⇒ p1’ = –20 cm
p p’ f1 10 p1’ 20
b) 30 cm. d) 45 cm.
A imagem virtual i1 produzida por E1 comporta-se como objeto real em
relação ao espelho convexo E2.
Resolução:
Determinemos, inicialmente, a posição da imagem conjugada pelo es- Equação de Gauss: 1 + 1 = 1 ⇒ 1 + 1 = 1
pelho côncavo em relação a este espelho. p p’ f (20 + 20) p2’ –10
Equação de Gauss: 1 + 1 = 1 Da qual: p’2 = –8,0 cm
p p’ f
R 40
Sendo f = = cm = 20 cm e p = 30 cm, calculemos p’:
2 2 Resposta: A imagem é de natureza virtual e está a 8,0 cm do vértice
1 + 1 = 1 ⇒ 1 = 1 – 1 ⇒ 1 = 3–2 do espelho convexo.
30 p’ 20 p’ 20 30 p’ 60
90 Uma partícula pontual realiza, na vertical, um movimento
Da qual: p’ = 60 cm
harmônico simples (MHS) cuja elongação y é dada em função do
Para que a imagem final, formada sobre o objeto A, seja de natureza tempo t por:
real, a imagem fornecida pelo espelho côncavo deve comportar-se y = a cos (ω t)
como objeto virtual em relação ao espelho plano.
O plano de oscilação da partícula é perpendicular ao eixo principal
A trajetória dos raios de luz pode ser observada no esquema a seguir:
(eixo 0x) de um espelho esférico côncavo gaussiano e está a uma dis-
d tância do vértice igual a três vezes a distância focal do espelho.
y

a
A A‘
V F 0 C F V x
a

p = 30 cm x x Determine:
p‘ = 60 cm a) a frequência angular de oscilação da imagem da partícula;
b) a amplitude de oscilação da imagem;
Lembrando que no espelho plano a imagem é simétrica do objeto em c) a diferença de fase Δφ entre o movimento de oscilação da partícula
relação à superfície refletora, temos: e o da sua imagem.
2x = p’ – p ⇒ 2x = 60 – 30 ⇒ x = 15 cm Resolução:
a) Enquanto a partícula realiza uma oscilação completa, o mesmo
A distância d pedida fica, então, determinada por: ocorre com sua imagem (períodos iguais). Logo:
d = p + x ⇒ d = 30 + 15 (cm) ⇒ x = 45 cm ωi = ω

Resposta: d Observar que ωi = ω = 2π


T
b) = + ⇒ = + 1 ⇒ 1 = 1 – 1 ⇒ p’ = 3 f
1 1 1 1 1
89 Um espelho convexo cuja distância focal tem módulo igual a f p p’ f 3f p’ p’ f 3f 2
10 cm está situado a 20 cm de um espelho côncavo de distância focal 3
20 cm. Os espelhos estão montados coaxialmente e as superfícies re- i = – p’ ⇒ i = – 2 f ⇒ i=– a
fletoras se defrontam. Coloca-se um objeto luminoso no ponto médio o p a 3f 2
do segmento que une os vértices dos dois espelhos. Localize a imagem
fornecida pelo espelho convexo ao receber os raios luminosos que par- Donde: ai = |i| = a
tem do objeto e são refletidos pelo espelho côncavo. 2
Tópico 2 – Reflexão da luz 263

c) A partícula e sua imagem oscilam em oposição de fase, o que fica 92 (Olimpíada Brasileira de Física – mod.) A figura a seguir ilustra
evidenciado pela oposição dos sinais de i e o. Assim, a diferença de uma pessoa de altura H posicionada diante de um espelho plano fixa-
fase pedida é: do em uma parede inclinada de um ângulo θ em relação ao solo.
Δφ = π rad

L
Respostas: a) ω; b) a ; c) Δφ = π rad
2
d
91 Considere um corredor delimitado por duas paredes planas,
verticais e paralelas entre si. Numa das paredes (A) está incrustada
H
uma lâmpada puntiforme (L) acesa. Na outra parede (B) está fixado um
espelho plano (MN), que reflete luz proveniente de L, iluminando a re- θ
gião M’N’ da parede A.

M' N' L
A
Supondo-se conhecida a distância d entre o topo da cabeça da pessoa
e o espelho e desprezando-se a distância entre seus olhos e o topo de
sua cabeça, pede-se determinar:
B a) o comprimento mínimo L do espelho para que a pessoa possa se
M N ver de corpo inteiro;
b) o valor de L para o caso particular em que θ = 90°;
Admitindo-se que a parede A passe a se aproximar da parede B com c) a distância Y entre a borda inferior do espelho e o solo na situação
velocidade constante de módulo V, permanecendo, porém, paralela a B, do item b.
pode-se afirmar que a velocidade de M’ em relação a N’ terá:
a) módulo nulo; Resolução:
b) módulo V/2; a) Na figura a seguir, a pessoa está se vendo de corpo inteiro no espe-
c) módulo V; lho plano considerado. É importante notar a simetria entre o objeto
d) módulo 2V; e sua imagem em relação ao espelho.
e) um outro valor.

Resolução: D
H sen θ
b H cos θ B'
M‘ N‘ L θ
A

A‘
L d ᐉ
c C
E
d
a
B
M N A

H θ
c 90° – θ
B θ

L‘ Os triângulos ACE e ADB’ são semelhantes. Logo:

b = 2c L = H sen θ ⇒ L = d H sen θ
a c d 2d + H cos θ 2d + H cos θ

Logo: b = 2a
b) Fazendo-se:
A distância b entre M’ e N’ permanece constante, independentemente θ = 90° (parede perpendicular ao solo), vem:
da distância c entre as paredes.
Observe que b só depende do comprimento a do espelho. Assim, a L = d H sen 90° ⇒ L = d H
velocidade de M’ em relação a N’ terá módulo nulo. 2d + H cos 90° 2d
Observe também que a região iluminada na parede A não se desloca
em relação a essa parede à medida que ela se aproxima da parede B. Portanto: L = H
2
Resposta: a
Nota: Nesse caso particular, L independe de d.
264 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

c) 94 A f igura mostra a planta baixa de uma sala quadrada ABCD,


d d de lado 12,0 m, com uma parede de comprimento 6,0 m, que vai do
A A‘ ponto M (médio de AB) até o ponto O (centro geométrico da sala).
Um espelho plano será f ixado na parede DC, cobrindo do solo até
o teto, de modo que uma pessoa situada no ponto P (médio de
C
AM) consiga enxergar por ref lexão a maior extensão possível da
H
parede MB.
Y

B D B‘
D C

Os triângulos CDB’ e ABB’ são semelhantes. Logo:

Y= d ⇒ Y= H O
H 2d 2

Respostas: a) L = d H sen θ ; b) L = H ; c) Y = H
2d + H cos θ 2 2
A B
93 No esquema, P é uma parede vertical de cor clara, L é uma lâm- P M
pada pontual capaz de emitir luz branca exclusivamente para a direita,
A é um anteparo quadrado, opaco e fixo, com lado de comprimento
igual a 40 cm, e E é um espelho plano também fixo. Admita que P e E A largura mínima do espelho que satisfaz essa condição é:
tenham grandes dimensões e que A e E sejam paralelos a P. a) 2,5 m;
b) 3,0 m;
P E c) 4,5 m;
A
d) 6,0 m;
e) 7,5 m.
L
Resolução:

P‘

100 cm 80 cm 120 cm

12 m
Se a partir de determinado instante L começar a se movimentar verti-
calmente para baixo, poderá ser observada em P:
a) uma área quadrada de sombra, com lado de comprimento crescen-
te a partir de 2,0 m, movimentando-se para cima; D L C
b) uma área quadrada de sombra, com lado de comprimento constan-
te igual a 2,5 m, movimentando-se para baixo;
c) uma área quadrada de sombra, com lado de comprimento constan-
te igual a 2,5 m, movimentando-se para cima;
d) uma área quadrada de sombra, com lado de comprimento crescen- 12 m
O
te a partir de 2,0 m, movimentando-se para baixo;
e) uma área de sombra, a princípio quadrada e depois retangular, mo-
vimentando-se para cima. Campo
visual
x
Resolução: A P M B
3,0 m 6,0 m
Se L deslocar-se verticalmente para baixo, isto é, ao longo de uma
trajetória paralela aos planos de P e E, a relação de semelhança entre
os triângulos envolvidos no processo se manterá, permitindo concluir
que será projetada em P uma área quadrada de sombra, com lado de (I) x = 6,0 ⇒ 4,0x = 3,0 + x ⇒ x = 1,0 m
comprimento constante x, movimentando-se para cima. 3,0 + x 24

L = 12 ⇒ L =1 ⇒
Cálculo de x: x = 40 ⇒ x = 250 cm = 2,5 m (II)
6,0 – x 24 6,0 – 1,0 2
L = 2,5 m
500 80

Resposta: c Resposta: a
Tópico 2 – Reflexão da luz 265

95 Considere um espelho plano retangular, disposto perpendicu- 96 Dois espelhos E e E são alinhados de modo que tenham eixo
1 2
larmente ao solo, considerado plano e horizontal. O espelho tem altura óptico comum e a permaneçam com suas faces refletoras voltadas en-
h desprezível em comparação com o comprimento de sua base. Ad- tre si, separadas por 32 cm. Um objeto pontual é colocado sobre o eixo
mita que esse espelho esteja em movimento na direção do seu eixo do sistema, a meia distância entre os dois espelhos. Observa-se, então,
longitudinal, com velocidade v de módulo 1,0 m/s, conforme ilustra o que a imagem final desse objeto, após múltiplas reflexões da luz, situa-
esquema a seguir, que também mostra um garoto G que pode cami- -se também sempre a meia distância entre os dois espelhos. O espelho
nhar sobre o solo. E1 é esférico côncavo e tem raio de curvatura igual a 24 cm.
a) Determine a posição da imagem do objeto formada apenas pelo
espelho E1.
h b) Identifique o tipo do espelho E2.
v
Resolução:
G Equação de Gauss:
45º
s
Espelho a) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 – 1
f1 p1 p’1 24 16 p’1
Solo 2
1 = 1 – 1 ⇒ p’ = 48 cm
r p’1 12 16 1

a) Supondo G em repouso em relação ao solo, qual o módulo da velo- (p’1 ⬎ 0 ⇒ imagem real)
cidade da imagem de G em relação ao espelho? E1
b) Supondo que G se aproxime do espelho, percorrendo a reta r coplanar E2
à reta s com velocidade de módulo 4,0 2 m/s em relação ao solo, qual
o módulo da velocidade da imagem de G em relação ao espelho? P‘ P

Resolução:
a) Com G em repouso em relação ao solo, sua imagem G’ também
se apresenta em repouso em relação ao solo. Como o espelho tem
velocidade v em relação ao solo, G’ tem velocidade vG’ = –v em 16 cm 16 cm 16 cm
relação ao espelho (propriedade simétrica). Logo:
Observe que a imagem real fornecida por E1 funciona como objeto
|vG’ | = |v | = 1,0 m/s virtual para E2.
b) Observando no esquema a simetria entre o objeto P e a correspon-
b) dente imagem P’, concluímos que E2 é um espelho plano.
V‘G’, E
Respostas: a) 48 cm de E1; b) E2 é um espelho plano

VG 97 Um automóvel cujo velocímetro não funciona está se deslocan-


V
45° do em movimento uniforme ao longo de uma avenida retilínea em
que a velocidade máxima permitida é de 50 km/h. Esse veículo possui
um espelho retrovisor esférico (convexo) de raio de curvatura igual a
2,0 m. Ao passar diante de uma estaca vertical de altura 1,8 m, o mo-
v
torista põe em marcha um cronômetro, verificando que transcorreram
E
14 s desde o instante em que foi acionado o instrumento até o instante
vG’ vG em que a altura da imagem da estaca dada pelo espelho é de 10 mm.
Considerando válidas as condições de Gauss no funcionamento do es-
pelho retrovisor, determine se o automóvel trafega ou não dentro do
limite de velocidade da avenida.
45° 45°

G‘ G Resolução:
A velocidade da imagem G’ em relação ao espelho E é vG’, E’ , dada pela (I) A = i = 10 mm ⇒ A= 1 (A ⬎ 0 ⇒ imagem direita)
seguinte expressão vetorial: o 1 800 mm 180
vG’, E = vG – v
(II) A = f ⇒ 1 = –1,0 ⇒ –1,0 – p = –180 ⇒ p = 179 m
O módulo de vG’, E é obtido aplicando-se a Lei dos Cossenos. f–p 180 –1,0 – p
|vG’, E |2 = (4,0 2 )2 + (1,0)2 – 2 · 4,0 2 · 1,0 cos 45°
Δp 179 m 179 v ⯝ 46 km/h
(III) v = = = · 3,6 km/h ⇒
Δt 14 s 14
Da qual: |vG’, E | = 5,0 m/s
Resposta: O automóvel trafega dentro do limite de velocidade da
Respostas: a) 1,0 m/s; b) 5,0 m/s avenida, já que sua velocidade é de 46 km/h, aproximadamente.
266 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

98 (Olimpíada Brasileira de Física – mod.) Uma haste retilínea AB Cálculo de C:


de comprimento L é colocada diante da superfície refletora de um es- C = p’B – p’A ⇒ C = Df – f (D + L)
D–f D+L–f
pelho esférico côncavo E, que obedece às condições de Gauss, sobre o
eixo principal do espelho, conforme representa a figura. C = Df (D + L – f) – (Df + Lf) (D –f)
(D – f) (D + L – f)
2 2 2 2 2
C = D f + Dfl – Df – (D f – Df + Dfl – Lf )
(D – f) (D + L – f)
A B V
C= Lf2
Donde:
(D – f) (D + L – f)
b) Se p’B = D (a imagem do ponto B forma-se sobre esse mesmo pon-
to), vem:
D = Df ⇒ D – f = f ⇒ D = 2f
D–f
L D Levando em conta a condição de C = L , temos:
2
L= Lf2 ⇒ f(f + L) = 2f2 ⇒ f + L = 2f ⇒ L = f
A distância focal do espelho é igual a f e a extremidade B da haste en- 2 (2f – f) (2f + L – f)
contra-se a uma distância D (D > f) do vértice V.
a) Calcule em função de f, L e D o comprimento C da imagem da haste L =1
Portanto:
produzida por E. f
b) Determine a relação entre L e f para o caso particular de a imagem
de B se formar sobre esse mesmo ponto, com C = L . Respostas: a) C = Lf2 ; b) L = 1
2 (D – f) (D + L – f) f
Resolução:
a) Equação de Gauss: 1 = 1 + 1
f p p’
Posição da imagem B:
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 – 1 ⇒ 1 = D–f ⇒ p’B = Df
f D p’B p’B f D p’B Df D–f
Posição da imagem A:
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 – 1 ⇒ 1 = D+L–f
f D + L p’A p’A f D + L p’A f(D + L)

Da qual: p’A = f(D + L)


D+L–f
Tópico 3 – Refração da luz 267

Resolução:
Tópico 3 a) nV = c ⇒ vV = 300 000 ⇒ vV = 200 000 km/s
vV 1,5
b) nV = c ⇒ vd = 300 000 ⇒ v = 125 000 km/s
vd 2,4 d

1 Numa folha de papel branco, está escrito “terra” com tinta ver- n 2,4
melha e “prometida” com tinta verde. Tomam-se duas lâminas trans- c) nd,V = d = ⇒ nd,v = 1,6
nV 1,5
parentes de vidro, uma vermelha e outra verde. Através de que lâmina
deve-se olhar para o papel de modo que a palavra “terra” seja enxerga- Respostas: a) 200 000 km/s; b) 125 000 km/s; c) 1,6.
da com bastante contraste?
4 Determinada luz monocromática percorre um segmento de
Resolução:
reta de comprimento 30 cm no interior de um bloco maciço de um
Usando-se a lâmina vermelha, nossos olhos recebem a luz vermelha
cristal durante 2,0 · 10–9 s. Sabendo que a velocidade da luz no vácuo é
proveniente da palavra “terra” e a componente vermelha da luz branca
igual a 3,0 · 108 m/s, calcule o índice de refração desse cristal.
proveniente do papel, o que dificulta a leitura da palavra “terra”.

Resposta: Lâmina verde Resolução:


–2
vC = 30 · 10 –9m ⇒ vC = 1,5 · 108 m/s
2,0 · 10 s
2 (PUC-SP) Um raio de luz monocromática passa do meio 1 para 8
nC = c = 3,0 · 108 ⇒ nC = 2,0
o meio 2 e deste para o meio 3. Sua velocidade de propagação relativa vC 1,5 · 10
aos meios citados é v1, v2 e v3, respectivamente.
O gráfico representa a variação da velocidade de propagação da luz Resposta: 2,0
em função do tempo ao atravessar os meios mencionados, considera-
dos homogêneos: 5 E.R. Um raio de luz monocromática propaga-se no ar (meio 1)
v e atinge a superfície plana da água (meio 2) sob ângulo de incidência
v1 θ1 igual a 45°. Admitindo que o índice de refração da água vale 2
para aquela luz, determine:
a) o ângulo de refração;
v2 b) o desvio experimentado pelo raio ao se refratar;
c) uma figura em que estejam representados o raio incidente, o raio
v3 refletido e o raio refratado.

Resolução:
a) Pela Lei de Snell, temos:
t1 t2 t3 t n1 sen θ1 = n2 sen θ2
2
Sabendo-se que os índices de refração do diamante, do vidro e do ar Sendo n1 = 1, n2 = 2 , sen θ1 = sen 45° = ,
2
obedecem à desigualdade ndiam > nvidro > nar, podemos afirmar que os temos:
meios 1, 2 e 3 são, respectivamente: 1 · 2 = 2 · sen θ2 ⇒ sen θ2 = 1
2 2
a) diamante, vidro, ar.
b) diamante, ar, vidro. Então: θ2 = 30°
c) ar, diamante, vidro. b) O desvio experimentado pelo raio ao se refratar é:
d) ar, vidro, diamante.
e) vidro, diamante, ar. δ = θ1 – θ2 ⇒ δ = 45° – 30° ⇒ δ = 15°
c)
Resolução:
Como v e n são inversamente proporcionais ( n = c ): Raio Raio
v incidente refletido
v3 < v2 < v1 ⇒ n3 > n2 > n1 Meio 1: ar;
⇒ Meio 2: vidro; 45º 45º
ndiam > nvidro > nar Meio 3: diamante.
Ar
Água
Resposta: d
30º
δ
3 Para a luz amarela emitida pelo sódio, os índices de refração
de certo vidro e do diamante são iguais a 1,5 e 2,4, respectivamente.
Sendo de 300 000 km/s a velocidade da luz no ar, calcule, para a luz
amarela citada:
a) sua velocidade no vidro; Raio
b) sua velocidade no diamante; refratado
c) o índice de refração do diamante em relação ao vidro.
268 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

6 Um raio de luz monocromática incide na fronteira entre dois Resolução:


1
meios transparentes 1 e 2, de índices de refração n1 = 1 e n2 = 3 nas a) nb sen 30º = nar sen r ⇒ 3 · = 1 sen r ⇒ r = 60º
2
situações esquematizadas a seguir:
a) b) δ1 = 60º – 30º ⇒ δ = 30º

c)
60º
Meio 1
Meio 2 Incidente Refletido
30° 30°

b)
60° δ

Meio 1
Refratado
Meio 2

Respostas: a) 60°; b) 30°;


c)
c) Incidente Refletido

Meio 1 30° 30°


Meio 2
73º

60°

Em cada situação, calcule o ângulo de refração. Refratado

Dado: sen 17° ⯝ 3


6 8 Julgue falsa ou verdadeira cada uma das afirmações a seguir.
Resolução: (01) Numa noite enluarada, os animais que habitam o interior de um lago
de águas calmas podem enxergar a Lua. Uma pessoa, à beira do
a) n1 sen θ1 = n2 sen θ2 ⇒ 1 · 3 = 3 sen θ2 ⇒ sen θ2 = 1 ⇒ lago, quando olha para a superfície da água, também pode ver a Lua.
2 2 Podemos então concluir que a luz proveniente da Lua, ao incidir na
água, não somente se refrata, mas também se reflete parcialmente.
θ2 = 30º
(02) Refração da luz é o desvio da luz ao atravessar a fronteira entre
dois meios transparentes.
b) n1 sen θ1 = n2 sen θ2 ⇒ 1 · 0 = 3 sen θ2 ⇒ sen θ2 = 0 ⇒ θ2 = 0º
(04) Refração da luz é a passagem da luz de um meio transparente
para outro, ocorrendo sempre uma alteração de sua velocidade
c) n1 sen θ1 = n2 sen θ2 ⇒ 1 · sen θ1 = 3 · 3 ⇒ sen θ1 = 1 ⇒ de propagação.
6 2
(08) Na refração da luz, o raio refratado pode não apresentar desvio
θ1 = 30º em relação ao raio incidente.
(16) A cor da luz (frequência) não se altera na refração.
(32) Quando um raio incidente oblíquo passa do meio menos refrin-
Respostas: a) 30°; b) 0°; c) 30° gente para o mais refringente, ele se aproxima da normal.
(64) Quando um raio incidente oblíquo passa do meio mais refringen-
7 Na figura a seguir, um pincel cilíndrico de luz monocromática te para o menos refringente, ele se afasta da normal.
propaga-se em um bloco sólido transparente e incide na fronteira pla- Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações ver-
na entre o bloco e o ar, sob ângulo de incidência igual a 30°. dadeiras.
Sabendo que o índice de refração do bloco para a radiação conside-
rada vale 3 , determine: Resolução:
a) o ângulo de refração; (01) Verdadeira.
b) o desvio experimentado pela luz ao se refratar; (02) Falsa. Refração é a passagem da luz de um meio transparente para
c) a representação esquemática dos raios incidente, refletido e refra- outro, ocorrendo variação da velocidade de propagação, mas nem
tado. sempre desvio.
(04) Verdadeira.
(08) Verdadeira. É o que ocorre na incidência normal.
30° (16) Verdadeira.
(32) Verdadeira.
(64) Verdadeira.
Ar
Resposta: 125
Tópico 3 – Refração da luz 269

9 Um feixe cilíndrico de luz incide perpendicularmente na super- 12 (Unifor-CE) Um raio de luz monocromática, propagando-se
fície plana de separação de dois meios ordinários opticamente diferen- num meio A com velocidade 3,0 · 108 m/s, incide na superfície de se-
tes. Pode-se afirmar que: paração com outro meio transparente B, formando 53° com a normal
a) o feixe refrata-se, desviando-se fortemente; à superfície. O raio refratado forma ângulo de 37° com a normal no
b) o feixe não sofre refração; meio B, onde a velocidade VB vale, em m/s:
c) o feixe não sofre reflexão; Dados: sen 37° = cos 53° = 0,600;
d) ocorre reflexão, com a consequente alteração do módulo da veloci- cos 37° = sen 53° = 0,800.
dade de propagação; a) 1,20 · 108.
e) ocorre refração, com a consequente alteração do módulo da veloci- b) 1,60 · 108.
dade de propagação. c) 2,10 · 108.
d) 2,25 · 108.
Resolução: e) 2,40 · 108.
a) A refração ocorre, porém, sem desvio (falsa).
b) Falsa. Resolução:
c) Falsa. Ocorre reflexão parcial. N
d) Falsa. O módulo da velocidade não se altera na reflexão.
e) Verdadeira. vA = 3,0 · 108 m/s

Resposta: e
θA = 53°

A
10 Quando um raio de luz passa de um meio mais refringente para
outro menos refringente: B
a) afasta-se da normal;
b) aproxima-se da normal;
c) a frequência da luz aumenta; θB = 37°
d) não ocorre desvio;
e) a velocidade de propagação da luz aumenta.

Resolução: Lei de Snell:


Quando o raio passa para um meio menos refringente (n menor), sua sen θA vA v 8
= ⇒ sen 53° = A ⇒ 0,800 = 3 · 10 ⇒
velocidade de propagação aumenta v = c . sen θB vB sen 37° vB 0,600 vB
n
Resposta: e vB = 2,25 · 108 m/s

11 (Vunesp-SP) Analise a tabela e responda. Resposta: d

13 Um raio de luz monocromática incide na fronteira F entre dois


Substância Índice de refração em relação ao ar
meios transparentes, dando origem a um raio refletido e a um raio re-
Água 1,33 fratado, como representa a figura:
Álcool etílico 1,63 R2

Glicerina 1,47
R1
Quartzo cristalino 1,54
R3
Vidro comum 1,50

Para um mesmo ângulo de incidência diferente de zero, o maior desvio


na direção de um raio de luz que se propaga no ar ocorrerá quando
penetrar:
a) na água. F
b) no álcool etílico.
c) na glicerina. Dos raios de luz R1, R2 e R3, identifique o incidente, o refletido e o re-
d) no quartzo cristalino. fratado.
e) no vidro comum.
Resolução:
Resolução: • Os raios incidente e refletido têm de estar no mesmo meio. Portanto,
O maior desvio ocorrerá quando o raio penetrar no meio de maior ín- um deles é R2 e o outro, R3.
dice de refração. • Para R1 ser o raio refratado, R3 é, necessariamente, o raio incidente.

Resposta: b Respostas: R1: raio refratado; R2: raio refletido; R3: raio incidente
270 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

14 Um raio de luz monocromática proveniente do ar incide no ponto 16 Um raio de luz monocromática incide no centro da face circular
P de uma esfera de vidro de centro O, como representa a figura: de uma peça hemisférica de cristal transparente. A figura representa a
seção da peça determinada pelo plano de incidência do raio:
A

P
B 60º
Ar
O Cristal

D
C
E
Sendo 3 o índice de refração do cristal para a referida radiação, de-
termine a trajetória do raio refratado até emergir para o ar, indicando
Dos trajetos indicados (A, B, C, D e E), qual é possível? os ângulos envolvidos.
Resolução: Resolução:
Ao penetrar no vidro (meio mais refringente), o raio aproxima-se da
normal(reta que passa pelos pontos P e O). Ao emergir do vidro para o
ar (meio menos refringente), o raio afasta-se da normal.
θ1= 60º
Resposta: C

15 (UFPel-RS) A figura abaixo representa um raio luminoso propa- θ2

gando-se do meio A para o meio B. Sabendo-se que a velocidade da


luz, no meio A, é 240 000 km/s e que o ângulo α vale 30°, calcule:

N
nA sen θ1 = nC sen θ2
n

1 · 3 = 3 · sen θ2 ⇒ θ2 = 30º
2

α A Resposta:
B
α 60º
Ar
sen 30º = cos 60º = 1 Cristal
2
3 30º
sen 60º = cos 30º =
2

a) o índice de refração relativo do meio A em relação ao meio B;


b) a velocidade de propagação da luz no meio B.
17 E.R. Para determinar o índice de refração de um material, uma
Resolução: peça semicilíndrica polida desse material foi colocada sobre um disco
a) nA sen θA = nB sen θB, em que θA = 90º – α = 60º e θB = α = 30º de centro O, como sugere a figura.
R1
nA sen 60º = nB sen 30º s

3 nA 3 Ar
nA· = nB · 1 ⇒ =
2 2 nB 3

vB nA vB O
3
b) = ⇒ =
v A nB 240 000 3

vB = 80 000 3 km/s
t

Respostas: a) 3 ; b) 80 000 3 km/s


3 R2
Tópico 3 – Refração da luz 271

Um raio de luz monocromática R1, emitido rente ao disco, incide na 19 (Ufal) Um raio de luz monocromática passa do ar para um outro
peça, obtendo-se o raio refratado R2. As distâncias s e t foram me- meio x, cujo índice de refração em relação ao ar é 1,48.
didas, encontrando-se s = 8,0 cm e t = 5,0 cm. Calcule o índice de a) Faça, em seu caderno, um esboço da situação descrita acima, con-
refração do material da peça. siderando que o ângulo entre a superfície de separação dos dois
meios e o raio de luz incidente seja igual a 42°.
Resolução: b) Calcule a medida do ângulo formado entre a linha da superfície
Sendo R o raio do disco, temos: de separação dos dois meios e o raio de luz propagando-se no
meio x.
s Dados: sen 42° = 0,67;
cos 42° = 0,74.
θ1 R
Resolução:
O n1 = 1
a)
n2
N
R
θ2
t

42° Ar
Usando a Lei de Snell:
x
n1 sen θ1 = n2 sen θ2
8,0
1 · s = n2 · t ⇒ n2 · s =
R R t 5,0

Então: n2 = 1,6 b)

18 (UFSE) O raio de luz monocromática representado no esquema θar = 48°


abaixo se propaga do ar para um líquido:
42° Ar nx
= 1,48
x nar
40 cm α
θx
30 cm
Ar
Líquido

nar sen θar = nx sen θx ⇒ nar sen 48° = nx sen θx


40 cm
nar
sen θx = cos 42°
nx
30 cm sen θx = 1 · 0,74 ⇒ sen θx = 1
1,48 2
θx = 30°
Pode-se afirmar que o índice de refração do líquido em relação ao ar é:
a) 1,25.
b) 1,33. α + θx = 90° ⇒ α = 90° – 30° ⇒ α = 60°
c) 1,50.
d) 1,67. Respostas: a) N

e) 1,80.

Resolução:
Na figura dada, temos dois triângulos retângulos cujos catetos medem 42° Ar
30 cm e 40 cm. x
Portanto, a hipotenusa de cada um deles mede 50 cm:
40
nL 50 nL 4
nar sen θ1 = nL sen θ2 ⇒ = ⇒ = ≅ 1,33
nar 30 nar 3
50
Resposta: b b) 60°
272 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

20 (Fuvest-SP) No esquema abaixo, temos uma fonte luminosa F Sabendo que os pincéis refletido e refratado são perpendiculares entre
no ar, defronte de um bloco de vidro, após o qual se localiza um detec- si, obtenha:
tor D. Observe as distâncias e dimensões indicadas no desenho: a) os ângulos de reflexão e de refração;
b) o índice de refração do meio 2 em relação ao meio 1.
1m Resolução:
a) O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência: 60°. Como
Vidro o raio refratado é perpendicular ao refletido, temos que o ângulo
F D de reflexão e o ângulo de refração são complementares. Assim, o
3m 3m
ângulo de refração mede 30°.
3
n2 sen θ1 sen 60° 2
b) n2, 1 = = ⇒ n2, 1 = =
São dados: índice de refração do ar = 1,0; índice de refração do vidro n1 sen θ2 sen 30° 1
em relação ao ar = 1,5; velocidade da luz no ar = 300 000 km/s. 2
n2, 1 = 3
a) Qual o intervalo de tempo para a luz se propagar de F a D?
b) Construa, em seu caderno, um gráfico da velocidade da luz em fun-
ção da distância, a contar da fonte F. Respostas: a) Ângulo de reflexão: 60; ângulo de refração: 30; b) 3

Resolução: 22 (UFPI) Um raio de luz, inicialmente propagando-se no ar, incide


n v 8
a) v = ar ⇒ 1,5 = 3,0 · 10 ⇒ vv = 2,0 · 108 m/s sobre uma superfície plana de vidro, conforme a figura abaixo. Parte da
nar vv vv luz é refletida e parte é refratada. O ângulo entre o raio refletido e o raio
Δs Δs Δs
Δt = 1 + 2 + 3 ⇒ Δt = 3 8 + 1 8 + 3 8 refratado é:
var vv var 3,0 · 10 2,0 · 10 3,0 · 10

Δt = 2,5 · 10–8 s
b)
v (km/s) 40º
Ar
300 000
Vidro
200 000 a) menor do que 40°. d) entre 100° e 140°.
b) entre 40° e 50°. e) maior do que 140°.
c) entre 50° e 100°.
100 000
Resolução:

1 2 3 4 5 6 7 Distância (m)

40° 40°
Respostas: a) 2,5 · 10–8 s Ar 50°

b) v (km/s) Vidro 50° θ


300 000 α

200 000
Da figura: θ = α + 50°
Como α é maior que 50° e menor que 90°, θ é maior que 100° e menor
que 140°.
0 1 2 3 4 5 6 7 Distância (m) Resposta: d

21 A figura seguinte representa um pincel cilíndrico de luz monocro- 23 Uma mesma luz monocromática passa do vácuo para o interior
mática que, propagando-se num meio 1, incide na fronteira separadora de uma substância, com diversos ângulos de incidência. Os senos do
deste com um meio 2. Uma parcela da luz incidente é refletida, retornan- ângulo de incidência (i) e do ângulo de refração (r) são dados no grá-
do ao meio 1, enquanto a outra é refratada, passando para o meio 2. fico seguinte:
sen i
1,0

60°
Meio 1
0,50
Meio 2

0 0,50 sen r
Calcule o índice de refração absoluto dessa substância.
Tópico 3 – Refração da luz 273

Resolução: 25 (UFRJ) Um raio de luz monocromática, propagando-se no ar, in-


sen i = n8 ⇒ 1,0 = n9 ⇒ n = 2,0 cide sobre a face esférica de um hemisfério maciço de raio R e emerge
perpendicularmente à face plana, a uma distância R do eixo óptico,
8
sen r n0 0,50 1,0
2
como mostra a figura:
Resposta: 2,0

24 (Unicamp-SP) Um mergulhador, dentro do mar, vê a imagem R


do Sol nascendo numa direção que forma um ângulo agudo (ou seja, 2
menor que 90°) com a vertical. C Eixo óptico
a) Em uma folha de papel, faça um desenho esquemático mostrando R
um raio de luz vindo do Sol ao nascer e o raio refratado. Represente
também a posição aparente do Sol para o mergulhador.
Ar Ar
b) Sendo n = 1,33 ⯝ 4 o índice de refração da água do mar, use o grá-
3 O índice de refração do material do hemisfério, para esse raio de luz,
fico a seguir para calcular aproximadamente o ângulo entre o raio é n = 2.
refratado e a vertical: Calcule o desvio angular sofrido pelo raio ao atravessar o hemisfério.

1,0
Resolução:
n1
0,9 N n1 = 1
n2
0,8 n2 = 2
δ
θ1
0,7 θ2
R
0,6 R
R sen θ2 = 2 = 1
Seno

2 R 2
0,5
0,4 θ2 = 30°
0,3
0,2
0,1
0 n1 sen θ1 = n2 sen θ2 ⇒
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Ângulo (graus) 1 sen θ1 = 2 1 ⇒ θ1 = 45°
2
δ = θ1 – θ2 = 45° – 30° ⇒ δ = 15°
Resolução:
a) Resposta: 15°
Posição
S' aparente 26 (Unifor-CE) Um raio de luz no ar incide num bloco retangular de
do Sol
5
vidro polido, cujo índice de refração em relação ao ar é , conforme
θ1 2
Posição
S do Sol o esquema.
Normal
θ2 θ

b) θ1 ⯝ 90° ᐉ ᐉ
nar sen θ1 = nágua sen θ2 ⇒ 1 · 1 ⯝ 4 sen θ2 ⇒ sen θ2 ⯝ 0,75 ⇒ 2 2
3
θ2 ⯝ 50°

(Posição aparente
Respostas: a) do Sol)
S'

(Posição A
S do Sol)
Para que o raio de luz refratado atinja a aresta A indicada, o seno do
ângulo de incidência θ deve ser:
b) 50° a) 1 . b) 1 . c) 1 . d) 2 . e) 3 .
5 3 2 3 5
274 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: b)
i = 55°
θ 14 cm
nar Ar 55°
nv y
r
α Líquido
n = 1,64
x p = 40 cm

ᐉ A x
2 d

x 2 = ᐉ2 + ᐉ ⇒ x = ᐉ 5
2
nar sen i = nliq sen r ⇒ 1,0 · 0,82 = 1,64 sen r
2 2
sen r = 0,5 ⇒ r = 30°
ᐉ ᐉ
sen α = 2 = 2 = 5 tg r = x ⇒ x = 40 · 0,58 ⇒ x = 23,2 cm
x ᐉ 5 5 p
y
2 tg 55° = ⇒ y = 14 · 1,43 ⇒ y = 20,0 cm
14
nar sen θ = nv sen α ⇒ 1 sen θ = 5 · 5
2 5 Então: d = x + y ⇒ d = 23,2 + 20,0 ⇒ d ⯝ 43 cm

sen θ = 1 Respostas: a) 55°; b) A 43 cm da parede lateral direita.


2

Resposta: c 28 E.R. Um raio de luz de frequência igual a 6,0 · 1014 Hz passa do


vácuo para um meio material transparente, como ilustra a figura:
27 (Unicamp-SP) Um tanque de 40 cm de profundidade está com-
pletamente cheio de um líquido transparente, de índice de refração
θ1
n = 1,64. Um raio laser incide na superfície do líquido, formando com Vácuo
ela um ângulo β = 35°. (meio 1)
Meio material
(meio 2)
Ar β θ2

Sabendo que sen θ1 = 0,8, sen θ2 = 0,6 e que a velocidade da luz no


vácuo é v1 = 300 000 km/s, determine:
a) a velocidade da luz no meio material (v2);
b) o índice de refração absoluto do meio material;
θ 30 35 40 45 50 55 60 65 c) o comprimento de onda dessa luz no vácuo (λ1) e no meio mate-
rial (λ2).
sen θ 0,50 0,57 0,64 0,71 0,77 0,82 0,87 0,91
Resolução:
tg θ 0,58 0,70 0,84 1,0 1,19 1,43 1,73 2,14
a) Pela Lei de Snell, temos:
a) Que ângulo o raio refletido forma com a normal à superfície? sen θ1 v1 0,8 300 000
= ⇒ =
b) Se a fonte do laser situa-se 14 cm acima da superfície do líquido, sen θ2 v2 0,6 v2
localize o ponto iluminado pelo laser no fundo do tanque.
v2 = 225 000 km/s
Resolução: b) Temos:
a) v
n2 = c = 1 = 300 000 ⇒ n2 = 1,33
v2 v2 225 000

c) Como v = λ f, temos, no vácuo (meio 1):


55° 55° v1 = λ1 f1 ⇒ 300 000 = λ1 · 6,0 · 1014
β = 35°
λ1 = 5,0 · 10–10 km
O ângulo que o raio ref letido forma com a normal é λ1 = 5,0 · 10–7 m
90° – 35° = 55°.
Tópico 3 – Refração da luz 275

Lembrando que a frequência não se altera na refração, temos, no Resolução:


meio material (meio 2): a) Falsa: a reflexão total só vai ocorrer se o ângulo de incidência for
v2 = λ2 f2 ⇒ 225 000 = λ2 · 6,0 · 1014 maior que o ângulo-limite ou igual a ele.
λ2 = 3,8 · 10–10 km b) Falsa.
c) Verdadeira.
λ2 = 3,8 · 10–7 m d) Falsa, pois pode ocorrer reflexão total.
e) Falsa. Nesse caso (continuidade óptica), o raio sempre atravessa a
fronteira entre os meios, sem sofrer desvio.
29 Qual o comprimento de onda de uma luz de frequência igual a
4 · 1014 Hz propagando-se em um meio de índice de refração igual a 1,5? Resposta: c

Dado: c = 3 · 108 m/s


33 (UEL-PR) As fibras ópticas são largamente utilizadas nas telecomu-
Resolução: nicações para a transmissão de dados. Nesses materiais, os sinais são trans-
f = 4 · 1014 Hz mitidos de um ponto ao outro por meio de feixes de luz que se propagam
8
n = c ⇒ 1,5 = 3 · 10 ⇒ v = 2 · 108 m/s no interior da fibra, acompanhando sua curvatura. A razão pela qual a luz
v v pode seguir uma trajetória não-retilínea na fibra óptica é consequência
8
v = λf ⇒ λ = v = 2 · 1014 ⇒ λ = 5 · 10–7 m do fenômeno que ocorre quando da passagem de um raio de luz de um
f 4 · 10 meio, de índice de refração maior, para outro meio, de índice de refração
Resposta: 5 · 10–7 m menor. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, indique a
alternativa que apresenta os conceitos ópticos necessários para o enten-
dimento da propagação “não-retilínea” da luz em fibras ópticas.
30 (PUC-SP) É dada a tabela: a) Difração e foco. d) Polarização e plano focal.
b) Reflexão total e ângulo-limite. e) Imagem virtual e foco.
Material Índice de refração absoluto c) Interferência e difração.
Gelo 1,309
Resposta: b
Quartzo 1,544
Diamante 2,417 34 E.R. O esquema a seguir representa a refração da luz da água
Rutilo 2,903 para o ar:
1 unidade
É possível observar reflexão total com luz incidindo do:

1 unidade
a) gelo para o quartzo. d) rutilo para o quartzo.
b) gelo para o diamante. e) gelo para o rutilo.
c) quartzo para o rutilo. Ar
Água
Resolução:
A reflexão total é possível quando a luz se dirige do meio de índice de
refração maior para o de índice de refração menor.

Resposta: d
A partir das informações contidas no esquema, determine o seno do
31 Quando um feixe de luz, propagando-se no vidro, atinge a fron- ângulo limite do dioptro água-ar para a luz em questão.
teira do vidro com o ar, podemos assegurar que ocorre refração? E re-
Resolução:
flexão?
Contando as divisões do quadriculado, obtemos:
Resolução: 4 N
Como a luz se propaga do meio de índice de refração maior (vidro)
para o de menor (ar), não podemos assegurar que ocorre refração,
pois pode ocorrer a reflexão total. θ2 3
5
Entretanto, podemos assegurar que ocorre reflexão. Mesmo que Ar
ocorra refração, parte da luz incidente na fronteira será refletida. Água
θ1 5
Resposta: Refração não; reflexão sim. 4

32 Quando um raio de luz dirige-se de um meio A (índice de refra-


ção nA) para um meio B (índice de refração nB): 3
a) se nA > nB, o raio certamente sofre reflexão total;
Usando a Lei de Snell:
b) se nA < nB, o raio pode sofrer reflexão total;
nágua sen θ1 = nar sen θ2
c) se nA < nB, o raio certamente sofre refração e reflexão parcial;
3 n
d) se nA > nB, o raio certamente sofre refração e reflexão parcial; nágua · = nar · 4 ⇒ ar = 3
e) se nA = nB, o raio aproxima-se da normal. 5 5 nágua 4
276 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

O seno do ângulo limite é dado por: Nota:


n • A ocorrência da reflexão total pode também ser constatada pela Lei de
sen L = menor Snell, uma vez que sua aplicação nos leva a um absurdo. Aplicando essa
nmaior
lei, temos:
Então, como nar é menor que nágua:
n1 sen θ1 = n2 sen θ2
nar 2 sen 60° = 1 sen θ2
sen L = = 3 ⇒ sen L = 0,75
nágua 4
3 6
sen θ2 = 2 · = > 1, o que é um absurdo.
2 2
35 (UEL-PR) Um raio de luz se propaga do meio 1, cujo índice de re- A aplicação da Lei de Snell pressupõe a ocorrência do fenômeno da
fração vale 2 , para o meio 2, seguindo a trajetória indicada na figura refração. Quando ela nos leva a um absurdo, devemos entender que o
abaixo: fenômeno que se supõe ocorrer (refração) na realidade não ocorre. A
N luz sofre, portanto, reflexão total.
45º
Meio 1
Meio 2
37 Um raio de luz monocromática atravessa a fronteira entre os
meios 1 e 2, como representa a figura a seguir:
30º

3
Dados: sen 30° = 1 ; sen 45° = 2 ; sen 60°= .
2 2 2
O ângulo-limite para esse par de meios vale:
a) 90°. c) 45°. e) zero.
b) 60°. d) 30°. 45°
Meio 2
Resolução:
Meio 1
Resolução: • n1 é menor que n2.
n 30°
2 2
• n1 sen 45º = n2 sen 30º ⇒ n1 · = n2 · 1 ⇒ 1 =
2 2 n2 2
nmenor n 2
• sen L = = 1 = ⇒ L = 45º
nmaior n2 2

Resposta: c
Determine o que ocorreria se o ângulo de incidência, em vez de 30°,
36 E.R. Um raio de luz monocromática propaga-se em um vidro fosse igual a 45°.
de índice de refração igual a 2 e incide na fronteira plana entre o vi-
dro e o ar sob ângulo de incidência igual a 60°. Descreva o fenômeno Resolução:
2 n 2
que ocorre com o raio nessa fronteira. • n1 sen 30º = n2 sen 45º ⇒ n1 · 1 = n2 · ⇒ 2 =
2 2 n1 2
Resolução: n n 2
• sen L = menor = 2 = ⇒ L = 45º
Observe que o raio incidente dirige-se do meio mais refringente nmaior n1 2
(vidro) para o menos refringente (ar). Por isso, é possível que ocorra • Se o ângulo de incidência fosse igual a 45º, ou seja, igual a L, ocorreria
reflexão total. reflexão total.
Calculando o ângulo-limite na fronteira:
n n 2 Resposta: Reflexão total.
sen L = menor = ar = 1 = ⇒ L = 45°
nmaior nágua 2 2
Como o ângulo de incidência (60°) é maior que o ângulo-limite (45°), 38 Considere dois blocos, um de vidro e outro de diamante, de
concluímos que: mesmo formato e igualmente lapidados, imersos no ar. Sabe-se que
o índice de refração do diamante é maior que o do vidro. Sendo igual-
O raio de luz sofre reflexão total na fronteira. mente iluminados:
a) o diamante brilha mais, porque o ângulo-limite na fronteira dia-
mante-ar é menor que na fronteira vidro-ar, o que favorece a
reflexão da luz internamente no diamante;
b) o diamante brilha mais, porque o ângulo-limite na fronteira dia-
60º 60º mante-ar é maior que na fronteira vidro-ar;
Vidro c) o diamante brilha mais, porque a luz se propaga em seu interior
Ar
com velocidade maior que no interior do vidro;
d) o vidro brilha mais, porque ele é mais refringente que o diamante;
e) o vidro e o diamante brilham igualmente.
Tópico 3 – Refração da luz 277

Resolução: Resolução:
Como o índice de refração do diamante é maior que o do vidro, o ân- O ângulo de refração será tanto maior quanto menor o índice de refra-
gulo-limite na fronteira diamante-ar é menor que na fronteira vidro-ar. ção do vidro para a cor considerada:
Assim, raios de luz propagando-se do diamante para o ar tem maior
probabilidade de sofrerem reflexão total na fronteira, o que faz o dia- N
Luz branca
mente brilhar mais que o vidro.

Resposta: a
Ar
Vidro
39 As figuras seguintes mostram um pincel cilíndrico de luz branca θvermelho
solar passando do ar para a água e da água para o ar, decompondo-se v
θverde ve erm
nas sete cores básicas: rd elh

az
e o
θazul

ul
⇒ θvermelho > θverde > θazul
Ar
Água Resposta: a

41 Quais os fenômenos ópticos que determinam a ocorrência do


1
4 32 arco-íris?
5
76
Resposta: Refração, acompanhada de dispersão, e reflexão.

a
b 42 As estrelas cintilam porque:
c
d a) acendem e apagam alternadamente;
e b) o índice de refração da atmosfera cresce com a altitude;
f c) o índice de refração da atmosfera diminui com a altitude;
g
d) ocorrem reflexões em seu interior, enquanto elas se movem;
Ar e) os valores dos índices de refração nos diversos pontos da atmosfera
Água não são estáveis e a intensidade da luz que recebemos delas é mui-
to pequena.

Resposta: e

43 (ITA-SP) Para a determinação do índice de refração (n ) de uma


1
Identifique: lâmina de vidro (L), foi usado o dispositivo da figura, em que C repre-
a) os raios de luz vermelha; senta a metade de um cilindro de vidro opticamente polido, de índice
b) os raios de luz violeta; de refração n2 = 1,80. Um feixe fino de luz monocromática incide no
c) os raios de luz verde. ponto P, sob um ângulo α, no plano do papel.

Respostas: a) 1 e a; b) 7 e g; c) 4 e d
L
C P
40 (UFRGS-RS) A tabela apresenta os valores do índice de refração
do vidro flint, em relação ao ar, para diversas cores da luz visível: α

Violeta Azul Verde Amarelo Vermelho

1,607 1,594 1,581 1,575 1,569


Observa-se que, para α  45°, o feixe é inteiramente refletido na lâmi-
Um feixe de luz branca, proveniente do ar, atinge obliquamente uma na. Qual é o valor de n1?
lâmina desse vidro, com um ângulo de incidência bem determinado. O
feixe sofre dispersão ao ser refratado nessa lâmina, separando-se nas Resolução:
diversas cores que o compõem. Qual das alternativas estabelece uma Sendo de 45º o ângulo-limite do dioptro C – L, temos:
relação correta para os correspondentes ângulos de refração das cores
vermelho, verde e azul, respectivamente? nL n
sen L = ⇒ sen 45º = L ⇒ nL = 1,27
a) θvermelho > θverde > θazul d) θvermelho < θverde < θazul nC 1,80
b) θvermelho > θverde = θazul e) θvermelho < θverde > θazul
c) θvermelho = θverde < θazul Resposta: 1,27
278 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

44 Determinada luz monocromática apresenta velocidade de 46 (Unifesp-SP) O gráfico mostra a relação entre os ângulos de inci-
2,3 · 108 m/s na água e 2,0 · 108 m/s em certo tipo de vidro. O que ocorre dência e de refração entre dois materiais transparentes e homogêneos,
quando um raio dessa luz, propagando-se no vidro, incide na fronteira quando um raio de luz incide sobre a superfície de separação entre
do vidro com a água sob ângulo de incidência de 70°? esses meios, qualquer que seja o sentido do percurso.
Se esses materiais fossem utilizados para produzir a casca e o núcleo de
Resolução: fibras ópticas, deveria compor o núcleo da fibra o meio:
nágua nvidro 2,0 · 108 90
sen L = = = ⇒ sen L = 0,87 ⇒ L = 60°

Ângulo no meio A
nvidro vágua 2,3 · 108 80
70
60
Como 70°  60° ⇒ Reflexão total 50
40
30
Resposta: Reflexão total. 20
10
0
45 (Fuvest-SP) Um raio de luz I, no plano da folha, incide no ponto 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

C do eixo de um semicilindro de plástico transparente, segundo um Ângulo no meio B


ângulo de 45° com a normal OC à face plana. O raio emerge pela su- a) A, por ser o mais refringente.
perfície cilíndrica segundo um ângulo de 30° com a direção de OC. Um b) B, por ser o menos refringente.
raio II incide perpendicularmente à superfície cilíndrica formando um c) A, por permitir ângulos de incidência maiores.
ângulo θ com a direção OC e emerge com direção praticamente para- d) B, porque nele a luz sofre maior desvio.
lela à face plana. e) A ou B, indiferentemente, porque nas fibras ópticas não ocorre re-
I fração.
45º Resolução:
Um raio de luz propagando-se no núcleo da fibra deve sofrer reflexão
C
total ao incidir na fronteira núcleo-casca:
Núcleo
da fibra

O
30º θ
II Casca da fibra

Podemos concluir que: Para isso, o material do núcleo precisa ser mais refringente que o da
a) θ = 0°. casca.
b) θ = 30°. No gráfico dado, percebemos que, no caso de haver refração, θB (ângu-
c) θ = 45°. lo do meio B) é sempre maior que θA (ângulo no meio A):
d) θ = 60°. nA sen θA = nB sen θB
e) a situação proposta no enunciado não pode ocorrer. sen θB  sen θA
Logo: nA  nB
Resolução:
I
Resposta: a
45°
⯝ 90° 47 O índice de refração constitui um eficiente critério para a identifica-
n1
ção de uma pedra preciosa e, consequentemente, para a apuração de sua
n2
autenticidade. O índice de refração pode ser determinado por aparelhos
30° θ denominados refratômetros, mas também é possível determiná-lo pelo
método de imersão, que consiste em mergulhar a pedra em um líquido de
índice de refração conhecido e observá-la. Para isso são fabricados líqui-
dos de índices de refração que variam de 1,5 até valores superiores a 2,0.
II
As turmalinas, principalmente a variedade denominada rubelita, em
geral possuem muitas fraturas internas, que são preenchidas de gás e
provocam notáveis reflexões com a incidência da luz.
Para o raio I:
a) Para determinar o índice de refração por imersão, procura-se o lí-
n1 sen 45° = n2 sen 30° ⇒ n1 2 = n2 1 ⇒ n2 = n1 2 quido no qual a pedra “desaparece”. O que se pode concluir sobre
2 2
o índice de refração da pedra?
Para o raio II: b) Por que ocorrem intensas reflexões nas fraturas das turmalinas?
n2 senθ ⯝ n1 sen 90° ⇒ n1 2 sen θ ⯝ n1 1 ⇒ sen θ ⯝ 2 ⇒ θ ⯝ 45° Respostas: a) É igual ou aproximadamente igual ao do líquido;
2
b) Principalmente porque muitos raios de luz, dirigindo-se do cristal
Resposta: c para o gás da fratura, sofrem reflexão total da fronteira cristal-gás.
Tópico 3 – Refração da luz 279

48 (Unicamp-SP – mod.) Um tipo de miragem muito comum nos sen θB nA sen θB


a) = ⇒ = 3 ⇒ sen θB = 1,5 (absurdo!)
leva a pensar que há água no chão de uma estrada. O que vemos é, na senθA nB sen 60°
verdade, a reflexão da luz do céu por uma camada de ar quente próxi-
ma ao solo. Isso pode ser explicado por um modelo simplificado como Reflexão total
o da figura abaixo, em que n representa o índice de refração. Numa
camada próxima ao solo, o ar é aquecido e assim seu índice de refração sen θ'B nA 3
n2 se reduz. b) = ⇒ sen 30° = 3 ⇒ sen θ'A =
sen θ'A nB senθ'A 6
Considere a situação na qual o ângulo de incidência é de 84°. Adote
n1 = 1,010 e use a aproximação sen 84° = 0,995. O raio refrata-se para o meio A aproximando-se da normal, forman-
3
Luz do céu do com a citada reta um ângulo θ'A, dado por θ'A = arc sen . De-
6
Ar frio
1 (n1) vemos observar, entretanto, que parte da luz incidente é refletida,
Ar 2 (n2) retornando ao meio B.

a) Qual deve ser o máximo valor de n2 para que a miragem seja vista? Respostas: a) Sofre reflexão total na fronteira entre A e B; b) Sofre
Dê a resposta com três casas decimais. 3
refração com ângulo de refração de arc sen , além de reflexão par-
b) Em qual das camadas (1 ou 2) a velocidade da luz é maior? 6
cial na fronteira entre B e A.
Resolução:
a) Sendo L o ângulo-limite e considerando que deva haver reflexão 50 E.R. No fundo de um tanque de profundidade p igual a 2,0 m
total, temos:
há uma fonte de luz F, considerada pontual. O tanque é, então,
84°  L ⇒ sen 84°  sen L
n preenchido com um líquido de índice de refração absoluto 2, em
sen 84°  2 ⇒ n2  n1 sen 84° cuja superfície é posto a flutuar um disco opaco, circular e de centro
n1
pertencente à vertical que passa por F. Calcule o mínimo diâmetro
n2  1,010 · 0,995 ⇒ n2 = 1,005 que o disco deve ter para que observadores situados no ar não consi-
máx
gam ver a fonte F. As paredes do tanque são opacas.
b) O índice de refração n de um meio em que a luz se propaga com
velocidade v é dado por: n = c . Resolução:
v Os raios emitidos por F, e que incidem na fronteira líquido-ar sob
Então, como n2 é menor que n1, temos: v2  v1 (camada 2) ângulos de incidência maiores que o ângulo-limite L ou iguais a ele,
sofrem reflexão total e, portanto, não emergem para o ar. Assim,
Nota: Não é necessário ocorrer reflexão total para que a miragem seja per- apenas um cone de luz proveniente de F é capaz de emergir para o
cebida. Como o poder refletor de uma superfície aumenta com o ângulo ar. Entretanto, esse cone não emergirá se a superfície do líquido for
de incidência, podemos ver uma boa miragem antes que esse ângulo atin- coberta por um material opaco. E a figura mostra o disco de diâmetro
ja o valor limite. mínimo (Dmín) capaz de fazer isso:

Respostas: a) 1,005; b) Na camada 2 Dmín


Rmín
49 Um raio de luz monocromática atravessa a fronteira plana entre
dois meios A e B, de A para B, com ângulo de incidência igual a 30° e L L
ângulo de refração igual a 60°. Determine: p
a) o comportamento de um raio de luz de mesma frequência, que se L
dirige de A para B com ângulo de incidência de 60°;
b) o comportamento de um raio de luz de mesma frequência, que F
forma no meio B um ângulo de 30° com a normal e dirige-se de
B para A. Calculando o ângulo-limite L:
nmenor nar
Resolução: sen L = = = 1 ⇒ L = 45°
nmaior nlíquido 2
No triângulo retângulo destacado, temos:
30°
Rmín R R
tg L = ⇒ tg 45° = mín ⇒ 1 = mín ⇒ Rmín = 2,0 m
p 2,0 2,0
(A)

(B) Portanto: Dmín = 4,0 m


60°

51 (UFPE) Uma pedra preciosa cônica, de 15,0 mm de altura e índi-


ce de refração igual a 1,25, possui um pequeno ponto defeituoso sobre
nA o eixo do cone a 7,50 mm de sua base. Para esconder esse ponto de
nA sen 30° = nB sen 60° ⇒ = 3
nB quem olha de cima, um ourives deposita um pequeno círculo de ouro
280 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

na superfície. A pedra preciosa está incrustada em uma joia de forma Dados: índice de refração do ar = 1,0;
que sua área lateral não está visível. Qual deve ser o menor raio r, em índice de refração da água = 1,3;
mm, do círculo de ouro depositado pelo ourives? índice de refração do vidro = 1,4;
sen 45° = 0,71; sen 48° = 0,74;
r sen 46° = 0,72; sen 49° = 0,75;
Ar Círculo de ouro
sen 47° = 0,73; sen 50° = 0,77.

Resolução:
Ângulo-limite na fronteira vidro-ar:
15,0 mm
n
7,50 mm sen L = ar = 1,0
Defeito nvidro 1,4

i
Resolução: Água
Sendo L o ângulo-limite na fronteira pedra-ar: Vidro
n
sen L = menor = 1 ⇒ sen L = 1 = 4 L
nmaior n 1,25 5
L

r r Ar

n
nágua sen i = nvidro sen L
h Reflexão h = 7,50 mm

L
total 1,4 · 1,0
L
sen i = 1,4 = 0,77
1,3
Defeito

No triângulo retângulo destacado: i ⯝ 50°

tg L = r ⇒ sen L = r Então: A reflexão total ocorre para i  50°.


h 1 – sen2 L h
7,50 · 4 7,50 · 4 Resposta: i  50°
r = h sen L = 5 = 5
1 – sen2 L 16 3
1– 5
25 53 O gráf ico abaixo fornece o índice de refração n de um cristal
r = 10 mm (raio mínimo) c
em função do comprimento de onda da luz, λv, medido no vácuo.
Considere c = 3,00 · 108 m/s a velocidade de propagação da luz no
Resposta: 10 mm vácuo.
nc
52 Alguns alunos contaram a um professor de Física que os mos-
tradores de seus relógios pareciam belos espelhos quando observados
de certas posições, durante um mergulho. Aberta a discussão para a
análise do fenômeno, um aluno lembrou que sob o vidro do mostra- 1,470
dor existe ar e que o fenômeno era devido à reflexão total na interface
vidro-ar.
1,460
Luz
i
Água 1,450
3 000 5 000 7 000 λv (Å)
Vidro
Relógio Ar
a) Com que velocidade vc a luz de comprimento de onda λv = 4 000 Å
se propaga no cristal?
b) Determine o comprimento de onda λc da luz de comprimento de
onda λv = 4 000 Å, quando se propaga no cristal.
c) Um estreito feixe cilíndrico de luz de comprimento de onda
λv = 4 000 Å, propagando-se no vácuo, incide na face plana de um
Determine para que valores do ângulo de incidência i ocorre o fenô- bloco desse cristal, com ângulo de incidência θv= 30°. Determine o
meno descrito. ângulo de refração correspondente (θc).
Tópico 3 – Refração da luz 281

Resolução: 55 Na figura a seguir, em relação à superfície da água:


a) nc = 1,470
v c nv v n vc
= ⇒ c= v ⇒ = 1,00 ⇒ vc ⯝ 2,04 · 108 m/s
v v nc c nc 3,00 · 108 1,470

b) h
λc nv λc
= ⇒ = 1,00 ⇒ λc ⯝ 2 721 Å
λv n c 4 000 1,470

c) nv sen θv = nc sen θc ⇒ 1,00 · 1 = 1,470 sen θc ⇒ sen θc ⯝ 0,34 p


2
θc ⯝ arc sen 0,34

Respostas: a) vc ⯝ 2,04 · 108 m/s; b) λc ⯝ 2 721 Å; c) θc ⯝ arc sen 0,34


a) o peixe vê o gato a uma altura maior ou menor que h?
54 (UFPE) Um feixe de luz, ao incidir sobre uma superfície plana de b) o gato vê o peixe a uma profundidade maior ou menor que p?
um bloco de vidro, se abre num leque multicor de luz cujo ângulo de
abertura θ é limitado pelas componentes azul e vermelha do feixe. Uti- Resolução:
lizando a tabela que dá os índices de refração do vidro em relação ao Nos dois casos, observa-se uma elevação aparente do objeto.
ar, para várias cores, calcule o valor de θ, em graus (sen 60° ⯝ 0,866 e Assim, o peixe vê o gato a uma altura maior que h e o gato vê o peixe a
sen 45° ⯝ 0,707). uma profundidade menor que p.

Cor Índice de refração Respostas: a) Maior; b) Menor


Azul 1,732
56 (UFSCar-SP) Um canhão de luz foi montado no fundo de um la-
Verde 1,643
guinho artificial. Quando o lago se encontra vazio, o feixe produzido
Amarela 1,350
corresponde ao representado na figura.
Vermelha 1,225
60°
Ar
Bloco de vidro

Resolução:
Quando cheio de água, uma vez que o índice de refração da luz na
θ1 = 60° água é maior que no ar, o esquema que melhor representa o caminho
Ar n1 a ser seguido pelo feixe de luz é:
Vidro n2
a) d)
θ2
a

θ2
V θ

n1 sen θ1
• n1 sen θ1 = n2 sen θ2 ⇒ sen θ2 = ⇒ sen θ2 = 1,0 · 0,866
v v v n2 v 1,225
v b) e)
sen θ2 = 0,707 ⇒ θ2 = 45°
v v
n1 sen θ1
• n1 sen θ1 = n2 sen θ2 ⇒ sen θ2 = ⇒ sen θ2 = 1,0 · 0,866
a a a n2 a 1,732
a
sen θ2 = 0,5 ⇒ θ2 = 30°
a a

c)
• θ = θ2 – θ2 = 45° – 30° ⇒ θ = 15°
v a

Resposta: 15°
282 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: 59 (Fuvest-SP) Um pássaro sobrevoa em linha reta e a baixa alti-


• Os raios que incidem obliquamente na fronteira água-ar, sofrendo tude uma piscina em cujo fundo se encontra uma pedra. Podemos
refração, afastam-se da normal porque o índice de refração do ar é me- afirmar que:
nor que o da água: a) com a piscina cheia, o pássaro poderá ver a pedra durante um inter-
valo de tempo maior do que se a piscina estivesse vazia.
b) com a piscina cheia ou vazia, o pássaro poderá ver a pedra durante
θ1 θ’1 o mesmo intervalo de tempo.
Ar c) o pássaro somente poderá ver a pedra enquanto estiver voando
Água sobre a superfície da água.
θ2 θ’2 d) o pássaro, ao passar sobre a piscina, verá a pedra numa posição
mais profunda do que aquela em que ela realmente se encontra.
e) o pássaro nunca poderá ver a pedra.

Resolução:
senθ’2 n
= ar Trajetória do pássaro
senθ’1 nágua
senθ’2 senθ2
⇒ =
senθ’1 senθ1
senθ2 n Pedra
= ar
senθ1 nágua

Como θ‘2 é maior que θ2, concluímos que θ‘1 também é maior que θ1.

Resposta: b
A figura mostra que, com a piscina cheia, o pássaro poderá ver a pedra
durante um intervalo de tempo maior que o intervalo de tempo que a
57 No fundo de uma piscina, há uma pedrinha a 2,0 m de profun- veria se a piscina estivesse vazia.

didade. Considerando igual a 4 o índice de refração da água, qual a Resposta: a


3
profundidade aparente dessa pedra para uma pessoa que se encontra
fora da água, nas vizinhanças da vertical que passa pela pedra? 60 Um raio de luz monocromática propaga-se no ar e incide numa
lâmina de vidro de faces paralelas, totalmente envolvida pelo ar. Pode-
Resolução: -se afirmar que:
a) o raio emergente tem direção diferente da direção do raio incidente;
d’ = ndestino = nar b) pode ocorrer reflexão total da luz na segunda incidência;
d norigem nágua c) o raio emergente sempre se apresenta lateralmente deslocado em
relação ao raio incidente;
d’ = 1,0 ⇒ d’ = 1,5 m d) o deslocamento lateral da luz pode ser maior que a espessura da
2,0 4 lâmina;
3 e) o deslocamento lateral da luz fica determinado pelo ângulo de inci-
dência, pelo índice de refração e pela espessura da lâmina.
Resposta: 1,5 m
Resposta: e

58 Um mergulhador imerso nas águas de um lago observa um


61 No arranjo representado na figura, temos duas lâminas de faces
avião no instante em que ambos estão aproximadamente na mesma
paralelas transparentes e sobrepostas. Os materiais de que são feitas as
vertical. O avião está 300 m acima da superfície da água, cujo índice de
lâminas têm índices de refração n2 e n3, enquanto o meio que envolve
refração é igual a 4 . A que altura da superfície da água o avião aparen- o sistema tem índice de refração n1, tal que n3 > n2 > n1.
3
ta estar em relação ao mergulhador?

Resolução:
α
d’ = ndestino = nágua = n1
d norigem nar
n2
4
d’ = 3 ⇒ d’ = 400 m
300 1,0 n3

Resposta: 400 m n1
Tópico 3 – Refração da luz 283

Um raio luminoso monocromático incide na lâmina superior com um 3


Sendo n1 = 1, sen θ1 = sen 60° = e n2 = 3, temos:
ângulo α. Determine: 2
a) o ângulo de emergência da luz na lâmina inferior ao abandonar o 3
1· = 3 · sen θ2 ⇒ sen θ2 = 1 ⇒ θ2 = 30°
conjunto de lâminas; 2 2
b) se esse ângulo de emergência depende dos materiais das lâminas, Representemos, então, a trajetória do raio até que ele emerja da lâ-
respeitadas as condições do enunciado. mina:

Resolução: 60°
a) A

30º
30° D
30º
α e
n1
d

β C
B
β n2
60º

γ n3
γ
No triângulo ABC, temos e = 4,0 cm e podemos escrever:
n1
3 4,0 8,0
cos 30° = e ⇒ = ⇒ AC = cm
δ AC 2 AC 3
No triângulo ADC, temos:
1a refração: n1 sen α = n2 sen β
sen 30° = d ⇒ 1 = d ⇒ d = 2,3 cm
2a refração: n2 sen β = n3 sen γ AC 2 8,0
3a refração: n3 sen γ = n1 sen δ Nota: 3
n1 sen α = n2 sen β = n3 sen γ = n1 sen δ • Uma vez calculado θ2 = 30°, poderíamos obter o deslocamento lateral
n1 sen δ = n1 sen α ⇒ sen δ = sen α pela aplicação direta da fórmula deduzida na teoria:
e sen (θ1 – θ2) 4,0 sen (60° – 30°)
δ=α d= =
cos θ2 cos 30°
A luz emerge sob um ângulo a. 1
4,0 ·
2
b) Respeitadas as condições do enunciado, temos que δ = α, indepen- d= ⇒ d = 2,3 cm
3
dentemente dos materiais das lâminas.
2
Respostas: a) α; b) Não depende
63 Na figura, temos uma lâmina de faces paralelas de quartzo fun-
62 E.R. Sobre uma lâmina de vidro de 4,0 cm de espessura e índi- dido. O índice de refração do quartzo fundido é igual a 1,470 para a
ce de refração 3, mergulhada no ar, incide um raio de luz monocro- luz violeta e 1,455 para a luz vermelha. O raio 1, de luz monocromática
mática, como ilustra a figura: vermelha proveniente do vácuo, incide na lâmina, emergindo dela se-
gundo o raio 2:

Vácuo

60° (1)
Ar (Meio 1) Vácuo (2)

Vidro (Meio 2)

Se o raio 1 fosse de luz monocromática violeta, o raio emergente da


lâmina:
a) estaria acima do raio 2 e continuaria paralelo ao raio 1;
Calcule o deslocamento lateral do raio emergente em relação ao raio b) estaria abaixo do raio 2 e continuaria paralelo ao raio 1;
incidente. c) seria coincidente com o raio 2;
d) não seria paralelo ao raio 1;
Resolução: e) talvez não existisse.
Pela Lei de Snell, calculamos o primeiro ângulo de refração:
n1 sen θ1 = n2 sen θ2 Resposta: b
284 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

64 Quando observamos uma mosca através de uma vidraça co- 66 (UFC-CE) Coloca-se água em um aquário de modo a ocupar
mum (lâmina de faces paralelas), o que vemos, na realidade, é a ima- 60 cm de sua altura. Quando visto verticalmente de cima para baixo,
gem da mosca, conjugada pela lâmina. a água parece ocupar uma altura diferente, h. Supondo que a veloci-
a) Essa imagem é real ou virtual? dade de propagação da luz no ar seja de 300 000 km/s e na água de
b) A distância entre nós e a imagem é maior ou menor que a distância 225 000 km/s, determine, em centímetros, a altura aparente h.
entre nós e a mosca?
Resolução:
Resolução: d’ = ndestino = vdestino = vágua
Lâmina d norigem vorigem var
d’ = 225 000 ⇒ d’ = 45 cm = h
60 300 000
M‘ (imagem)
Resposta: 45 cm
Observador M (mosca)

67 (UFRJ) Temos dificuldade em enxergar com nitidez debaixo da


água porque os índices de refração da córnea e das demais estruturas
do olho são muito próximos do índice de refração da água nágua = 4 .
3
A imagem é virtual e está mais próxima do observador que a mosca. Por isso, usamos máscaras de mergulho, o que interpõe uma pequena ca-
mada de ar (nar = 1) entre a água e o olho. Um peixe está a uma distância de
Respostas: a) Virtual; b) Menor 2,0 m de um mergulhador. Suponha o vidro da máscara plano e de espes-
sura desprezível. Calcule a que distância o mergulhador vê a imagem do
peixe. Lembre-se de que para ângulos pequenos tg (a) ⯝ sen (a).
65 (PUC-SP) No esquema, ABCD representa uma seção transversal
de um tanque de profundidade h, cheio de água. Um observador, ini-
cialmente em D, começa a se afastar do tanque na direção DE.

A D E

B C
Resolução:
Máscara
Chamando de h1 e de h2, respectivamente, as profundidades aparentes
Ar Água
do ponto B, para o observador em D e E, pode-se afirmar que: Imagem
a) h1 = h2 > h. d) h1 < h2 < h. do peixe
Peixe
b) h1 = h2 < h. e) h2 < h1 < h.
c) h1  h2, com h1 > h e h2 > h.
d‘

Resolução: d = 2,0 m
Para o observador (O) em D e E, temos aproximadamente as imagens Vidro
de B (B’ e B”) representadas na figura: (espessura
O O desprezível)

d’ = ndestino = nar ⇒ d’ = 1 ⇒ d’ = 1,5 m


d norigem nágua 2,0 4
A D E
3
h2
h1
B’’ Resposta: 1,5 m
B’’
h
68 No esquema seguinte, um observador vê um bastão cilíndrico
AB, de comprimento L = 20 cm, totalmente imerso na água (índice
B C
de refração igual a 4 ). O O
3
eixo longitudinal do bastão
A
h2  h1  h é perpendicular à superfí-
cie da água e o olho O do
B
observador encontra-se nas
Resposta: e vizinhanças desse eixo.
Tópico 3 – Refração da luz 285

Admitindo que o meio externo ao recipiente seja o ar (índice de refra- Resolução:


ção 1), calcule o comprimento aparente L’ que o observador detecta • nB > nA, porque o raio aproxima-se da normal ao passar de A para B.
para o comprimento do bastão. O comprimento aparente determina- • Se nC fosse igual a nA, haveria refração de B para C. Como não há,
do para o bastão depende da distância entre sua extremidade superior concluímos que nC é menor que nA.
e a superfície livre da água?
nB > nA > nC
Resolução:
Sendo x a distância de A à superfície livre da água, temos:
d’ n Resposta: c
• B = destino ⇒ d’B = 3 (L + x)
dB norigem A
71 (Fuvest-SP) Um raio luminoso proveniente do ar atinge uma
d’ n
• A = destino ⇒ d’A = 3 x lâmina de vidro de faces paralelas com 8,0 cm de espessura e 1,5 de ín-
dA norigem A dice de refração. Esse raio sofre refração e reflexão ao atingir a primeira
superfície; refração e reflexão ao atingir a segunda superfície (interna).
• L’ = d’B – d’A = 3 (L + x – x) = 3 L a) Trace, em seu caderno, as trajetórias dos raios incidente, refratados
4 4
3 e refletidos.
L’ = · 20 cm ⇒ L’ = 15 cm (independe de x) b) Determine o tempo para o raio refratado atravessar a lâmina, sendo
4
o seno do ângulo de incidência 0,9.
Note que poderíamos ter feito:
L’ n Resolução:
= destino ⇒ L’ = 3 L a)
L norigem 4

Resposta: 15 cm; não depende


i i
Ar
69 (UFU-MG) A profundidade de uma piscina vazia é tal que sua A
parede, revestida com azulejos quadrados de 12 cm de lado, contém L (nL = 1,5)
r
12 azulejos justapostos verticalmente. Um banhista, na borda da pisci-
na cheia de água (índice de refração igual a 4 ), olhando quase perpen- e e = 8,0 cm
3
dicularmente, verá a parede da piscina formada por:
r r
a) 12 azulejos de 9 cm de lado vertical.
b) 9 azulejos de 16 cm de lado vertical. Vidro B
c) 16 azulejos de 9 cm de lado vertical.
d) 12 azulejos de 12 cm de lado vertical.
i
e) 9 azulejos de 12 cm de lado vertical.

Resolução: b) nar sen i = nL sen r ⇒ 1,0 · 0,9 = 1,5 sen r ⇒ sen r = 0,6
L’ = ndestino ⇒ L’ = 1,0 L’ = 9 cm
L norigem 12 4 Logo, cos r = 0,8.
3
Resposta: a cos r = e ⇒ 0,8 = 8,0 ⇒ AB = 10 cm
AB AB
10
70 (Cesgranrio-RJ) vL = c = 3,0 · 10 cm/s ⇒ vL = 2,0 · 1010 cm/s
nL 1,5
I A Δt = AB = 10 10 ⇒ Δt = 5 · 10–10 s
vL 2,0 ·10

B Respostas: a)
i i

C
r

Dois meios A e C estão separados por uma lâmina de faces paralelas (B).
Um raio luminoso I, propagando-se em A, penetra em B e sofre refle-
xão total na face que separa B de C, conforme indica a figura. r r
Sendo nA, nB e nC os índices de refração dos meios A, B e C, teremos,
respectivamente:
a) nA > nB > nC. d) nB > nC > nA.
i
b) nA > nC > nB. e) nC > nB > nA.
c) nB > nA > nC. b) 5 · 10–10 s
286 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

72 E.R. A figura representa um raio de luz monocromática in- 74 E.R. Um prisma de abertura A = 70° e índice de refração
cidindo obliquamente em uma justaposição de uma quantidade 2 , imerso no ar, recebe um estreito pincel cilíndrico de luz mono-
finita de lâminas de faces paralelas, cujos índices de refração crescem cromática sob ângulo de incidência θ1 igual a 45°, como representa
da primeira até a última: a figura:
θ
0 Vácuo (n0)
θ1 70°
θ1 n1

θ2 θ2 n2 Refringência
crescente ␪1 = 45°
θ3 n3
. . .
. . .
. . .
Prove que é impossível o raio tornar-se perpendicular às lâminas (1) (2) (2) (1)
após uma quantidade qualquer de refrações.
Dados: sen 40° = 0,64; sen 64° = 0,90.
Resolução: Determine:
Consideremos a passagem do raio de uma lâmina de ordem k para a a) o desvio do pincel na primeira refração;
lâmina de ordem (k + 1). Aplicando a Lei de Snell, temos: b) o desvio do pincel na segunda refração;
c) o desvio total.
nk sen θk = nk+1 senθk+1 (I)
Resolução:
Admitindo que nessa refração o raio refratado torne-se per- a) Aplicando a Lei de Snell na primeira refração, temos:
pendicular às lâminas, temos θk+1 = 0 e, consequentemente,
sen θk+1 = 0. Substituindo esse valor na expressão (I), concluímos que n1 sen θ1 = n2 sen θ2
θk também é igual a zero. Então, para que o raio refratado seja per- 2
pendicular às lâminas, o raio incidente também tem de ser. Conti- Sendo n1 = 1, sen θ1 = sen 45° = e n2 = 2 , vamos calcular θ2:
2
nuando com esse raciocínio para as lâminas anteriores, até chegar à 2
primeira, concluímos que θ0 é igual a zero, o que contraria a hipótese 1· = 2 · sen θ2 ⇒ sen θ2 = 1 ⇒ θ2 = 30°
2 2
de que a incidência é oblíqua.
O desvio na primeira refração é δ1, dado por:

73 Tem-se um bloco de vidro transparente em forma de paralelepí- δ1 = θ1 – θ2 = 45° – 30° ⇒ δ1 = 15°


pedo reto imerso no ar. Sua seção transversal ABCD está representada
na figura. Um raio de luz monocromática pertencente ao plano defi-
nido por ABCD incide em I1, refratando-se para o interior do bloco e b) Veja a trajetória de um raio do pincel até emergir do prisma:
incidindo em I2:
I2 A
B C

θ1 δ
I1 δ1
θ2 θ'1
45° θ2'
(2) (2) δ2
(1) (1)
A D A

Sabendo que o índice de refração do vidro em relação ao ar vale 2:


a) calcule o ângulo-limite para o dioptro vidro-ar; Vamos calcular θ’2 lembrando que A = 70° e θ2 = 30°:
b) verifique o que ocorre com a luz logo após a incidência em I2. A = θ2 + θ’2 ⇒ 70° = 30° + θ’2 ⇒ θ’2 = 40°
Resolução: Aplicando a Lei de Snell na segunda refração, temos:
n
a) sen L = ar = 1 ⇒ L = 45° n2 sen θ’2 = n1 sen θ’1 ⇒ 2 · 0,64 = 1 · sen θ’1
nvidro 2
sen θ’1 = 0,90 ⇒ θ’1 = 64°
sen 45° =
b) Refração em I1: 2 ⇒ θ2 = 30°
sen θ2 O desvio na segunda refração é δ2, dado por:
No triângulo I1BI2: I1Î2B = 30°
δ2 = θ’1 – θ’2 = 64° – 40° ⇒ δ2 = 24°
Assim, o ângulo de incidência em I2 é de 60°. Pelo fato de esse ân-
gulo superar o ângulo-limite do dioptro vidro-ar (60°  45°), ocorre c) O desvio total é δ, dado por:
reflexão total em I2.
δ = δ1 + δ2 = 15° + 24° ⇒ δ = 39°
Respostas: a) 45°; b) Reflexão total
Tópico 3 – Refração da luz 287

Nota: Resolução:
• Só depois de calculado θ’1 , o desvio total δ poderia ser obtido pela fór- Que há no mínimo 2 meios. Por exemplo:
mula deduzida na teoria:

δ = θ1 + θ’1 – A = 45° + 64° – 70° ⇒ δ = 39°

75 (Puccamp-SP) Um prisma de vidro, cujo ângulo de refringência


é 60°, está imerso no ar. Um raio de luz monocromática incide em uma A B
das faces do prisma sob ângulo de 45° e, em seguida, na segunda face
sob ângulo de 30°, como está representado no esquema: Vidro
Ar Ar
A

Resposta: Há, no mínimo, 2.


N 60° N
45° 77 (Fuvest-SP) Um raio monocromático de luz incide no ponto A
30°
de uma das faces de um prisma feito de vidro e imerso no ar. A figura 1
Ar Ar representa apenas o raio incidente I e o raio refratado R num plano nor-
Vidro mal às faces do prisma, cujas arestas são representadas pelos pontos P,
B C S e T, formando um triângulo equilátero. Os pontos A, B e C também
formam um triângulo equilátero e são, respectivamente, equidistantes
Dados: sen 30° = 1 ;
2 de P e S, S e T, e T e P. Considere os raios E1, E2, E3, E4 e E5, que se afastam
do prisma, representados na figura 2:
sen 45° = 2 ;
2 P P
E4 E5
sen 60° = 3 . I
60° 60° 60°
2
C 60°
Nessas condições, o índice de refração do vidro em relação ao ar, para A C A
essa luz monocromática, vale: 30° R E1
B
T S T S
a) 3 2 . d) 6. B
2 2 E3 60°
E2
b) 3 . e) 2 3 .
3 Figura 1 Figura 2
c) 2. Podemos afirmar que os raios compatíveis com as reflexões e refrações
sofridas pelo raio incidente I, no prisma, são:
Resolução: a) somente E3. d) somente E1, E3 e E4.
• A = θ2 + θ’2 b) somente E1 e E3. e) todos (E1, E2, E3, E4 e E5).
60º = θ2 + 30º ⇒ θ2 = 30º c) somente E2 e E5.
• nar senθ1 = nV senθ2
Resolução:
2
nv senθ1 sen 45º Enquanto o raio incidente I percorre o interior do prisma, ocorrem os
= = = 2
seguintes fenômenos:
nar senθ2 sen 30º 1
2 – refração e reflexão parcial na face PS;
– refração e reflexão parcial na face TS;
nv, = 2 – refração e reflexão parcial na face TP.
Ar
E4 P I
Resposta: c
N 60° 60° N

76 Um raio de luz é emitido do ponto A e atravessa meios ordiná- 60°

rios, atingindo o ponto B segundo a trajetória indicada na figura: 30° 30°


30° 30° 60° E1
60°
60°
T S
N
E3 60°

A B Note que o raio refletido na face TP, ao atingir a face PS, origina os raios
já desenhados na figura.
O que se pode afirmar a respeito da quantidade de meios diferentes Resposta: d
entre A e B?
288 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

78 E.R. A seguir, estão esquematizados quatro prismas de formas 79 A seção transversal de um prisma de vidro é um triângulo retân-
geométricas iguais, imersos no ar, sobre os quais incidem raios lumi- gulo isósceles.
nosos monocromáticos normais às faces AB. Os prismas são feitos de
material óptico de índices de refração:
1,5 1,8 45°
nI = ;n = ; n = 3 e nIV = 4 . I
2 II 2 III 2 2
A

45º Ar
45°
B C
(I)
A

45º II

B C
(II)
Para que o pincel luminoso incidente I sofra um desvio de 90° emer-
A gindo por reflexão total segundo o pincel II, qual deve ser o mínimo
valor do índice de refração do vidro? Dê a resposta aproximada, com
45º duas casas decimais.

B C
Resolução:
(III)
A
45°

45º
I

B C 45°
(IV)
Em quais dos prismas não ocorre emergência de luz pela face AC?

Resolução:
II
Para que não haja emergência de luz pela face AC, é preciso que a luz
sofra reflexão total nessa face. Para isso, o ângulo de incidência na 45º  L
face AC (θ) deve ser maior que o ângulo-limite (L) ou igual a ele:
A sen 45º  1
nP

45° nP  2 ⇒ nP = 2
mín

nP ⯝ 1,41
mín

θ
Resposta: 1,41

80 (UFMG) Um feixe de luz do Sol é decomposto ao passar por um


prisma de vidro. O feixe de luz visível resultante é composto de ondas
B C
com:
a) apenas sete frequências, que correspondem às cores vermelha, ala-
ranjada, amarela, verde, azul, anil e violeta.
Da geometria da figura, temos que θ é igual a 45° e devemos ter: b) apenas três frequências, que correspondem às cores vermelha,
nar amarela e azul.
θ  L ⇒ sen θ  sen L ⇒ sen θ  c) apenas três frequências, que correspondem às cores vermelha, ver-
nprisma
de e azul.
2 1 ⇒ nprisma  2
nprisma d) uma infinidade de frequências, que correspondem a cores desde a
2 2 vermelha até a violeta.
Essa condição é satisfeita pelos prismas III e IV.
Resposta: d
Tópico 3 – Refração da luz 289

81 Um prisma de ângulo de refringência igual a 60° está imerso no Resolução:


ar. Determine o ângulo com que um raio de luz monocromática deve No mínimo dois meios. Por exemplo:
incidir nesse prisma para atravessá-lo sofrendo desvio mínimo. O índi- Ar Ar
ce de refração do prisma para essa luz é 2.
Ar
Resolução:
• θ‘2= θ2 B

• A = θ2 + θ‘2 ⇒ A = 2θ2 ⇒ 60º = 2θ2 ⇒ θ2 = 30º Vidro Vidro

• nar sen θ1 = nP sen θ2

1 · sen θ1 = 2 · 1 ⇒ sen θ1 = 2 ⇒ θ1 = 45º A


2 2
Resposta: Há no mínimo dois.
Resposta: 45°

84 (Unicamp-SP) Um tipo de sinalização utilizado em estradas e


82 Variando-se o ângulo θ com que um raio de luz incide em um
avenidas é o chamado olho-de-gato, o qual consiste na justaposição
prisma imerso no ar, seu desvio δ varia conforme o gráfico a seguir: de vários prismas retos, feitos de plástico, que refletem a luz incidente
δ dos faróis dos automóveis. O
51º a) Reproduza em seu caderno o prisma ABC indicado
na figura ao lado e desenhe a trajetória de um raio A
de luz que incide perpendicularmente sobre a face
C
OG e sofre reflexões totais nas superfícies AC e BC.
30º B
b) Determine o mínimo valor do índice de refração do
plástico, acima do qual o prisma funciona como um
refletor perfeito (toda a luz que incide perpendicu-
larmente à superfície OG é refletida). Considere o
prisma no ar, onde o índice de refração vale 1,0.
21º 90º θ
Resolução: G
Determine: a)
A
a) o ângulo de abertura do prisma;
b) o ângulo de incidência para que o desvio seja mínimo;
c) o índice de refração do prisma. 45°

Resolução: C
a) δ = θ1 + θ’1 – A ⇒ 51° = 21° + 90° – A ⇒ A = 60°
45°

b) δmín = 2θ1 – A ⇒ 30° = 2θ1 – 60° ⇒ θ1 = 45°

B
c) 2θ2 = A ⇒ 2θ2 = 60° ⇒ θ2 = 30° n
b) 45°  L ⇒ sen 45°  sen L ⇒ sen 45°  ar ⇒ 2  1,0
senθ1 np np
= ⇒ sen 45° = ⇒ np = 2 np  2
np 2 np
senθ2 nar sen 30° 1

Respostas: a) 60°; ) 45; c) 2 np = 2


mínimo

83 (UFBA) Na figura está representado um raio (R) de luz monocro- Respostas: a) A

mática que se propaga de A até B.


45°

C
B

R 45°

A
B
Entre A e B, qual a mínima quantidade de meios transparentes dife- b) 2
rentes?
290 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

85 (ITA-SP) Um prisma de vidro, de índice de refração n = 2, tem Lei de Snell:


por seção normal um triângulo retângulo isósceles ABC no plano verti- nv sen θ1 = n sen θ2 ⇒ 1,0 sen 2θ2 = 3 sen θ2 ⇒
cal. O volume de seção transversal ABD é mantido cheio de um líquido 2sen θ2 cos θ2 = 3 sen θ2
de índice de refração n’ = 3. Um raio incide normalmente à face trans- 2 cos θ2 = 3 ⇒ cos θ2 = 3 ⇒ θ2 = 30°
parente da parede vertical BD e atravessa o líquido. 2
A D
θ1 = 60°

b) Lei de Snell:
nv sen θ1 = n sen θ2
2sen θ2 cos θ2 = n sen θ2
C B 2 cos θ2 = n
Considere as seguintes afirmações: θ1 pode variar dentro do intervalo: 0°  θ1  90°
I. O raio luminoso não penetrará no prisma. Então: 0°  θ2  45°
II. O ângulo de refração na face AB é de 45°. cos 45°  cos θ2  cos 0° ⇒ 2 cos 45°  2 cos θ2  2 cos 0°
III. O raio emerge do prisma pela face AC com ângulo de refração de 45°.
IV. O raio emergente definitivo é paralelo ao raio incidente em BD. 2 2 n2
Das afirmativas mencionadas, é (são) correta(s): 2
a) apenas I. c) apenas II e III. e) II, III e IV.
b) apenas I e IV. d) apenas III e IV. 2n2

Resolução: Respostas: a) 60°; b) 2  n  2


A
N‘ D

r‘ = 45° N 87 (FEI-SP) A figura mostra um espelho imerso na água, formando


i‘
um ângulo α = 15° com a superfície da água. Um raio de luz incide em
=
30 i = 45° A sob um ângulo θ1 = 45° com a normal à superfície. Depois de refrata-
°
r = 60° 45° do, o raio de luz sofre reflexão em B, no espelho, voltando à superfície
n‘ = 3
da água, em C. Copie a figura, complete o trajeto do raio de luz depois
nar = 1
n= 2
desse instante e calcule os valores dos ângulos do raio com as normais.
Adote índice de refração da água em relação ao ambiente = 1,41.
45° 45° 45°
C B
Superfície
I – Incorreta θ1 da água
n’ sen i = n sen r ⇒ 3 2 = 2 sen r ⇒ sen r = 3 ⇒ r = 60° A C
2 2
II – Incorreta α
r = 60° θ3 θ4
III – Correta B
n sen i’ = nar sen r’ ⇒ 2 1 = 1 sen r’ ⇒ sen r’ = 2 ⇒ r’ = 45°
2 2 θ2
IV – Correta Espelho

Resposta: d

86 (UFC-CE) Um raio de luz monocromática passa do vácuo para Resolução:


um meio com índice de refração absoluto n = 3 . Se o ângulo de inci-
dência (θ1) é o dobro do ângulo de refração (θ2), determine:
a) o valor de θ1;
b) o intervalo de valores de n que possibilita essa situação, isto é,
θ1 = 2θ2. 15°

Resolução:
45°
a)
N (1)
15° θ3 θ3
θ1 θ2 θ4 θ4 (2)
Vácuo (nv = 1,0)

15°

θ2
Tópico 3 – Refração da luz 291

2 89 A figura representa um recipiente cúbico de paredes opacas,


n 2
• sen 45° = 2 ⇒ = 1,41 ⇒ θ2 = 30° vazio, de 40 cm de aresta:
sen θ2 n1 sen θ2
O
• θ3 é um ângulo externo ao triângulo sombreado:
θ3 = θ2 + 15° = 30° + 15° ⇒ θ3 = 45°
• θ4 é um ângulo externo ao triângulo pontilhado:
θ4 = θ3 + 15° = 45° + 15° ⇒ θ4 = 60° (1)
P
• Ângulo-limite na fronteira água-ar: 10 cm
sen L = 1 = 2 ⇒ L = 45° Na posição em que se encontra, o observador O não vê o fundo do
1,41 2 recipiente, mas vê completamente a parede (1). Calcule a espessura
Como θ4 é maior que L, ocorre reflexão total nessa fronteira. mínima da lâmina de água que se deve despejar no recipiente para
Resposta: θ2 = 30°; θ3 = 45°; θ4 = 60°; No ponto C ocorre reflexão total. que o observador passe a ver a partícula P. Adote o índice de refração
da água em relação ao ar igual a 4 .
3
88 Um peixe, no rio Amazonas, viu o Sol, em certo instante, 60° aci-
Resolução:
ma do horizonte. Sabendo que o índice de refração da água vale 4 e
3
que, no Amazonas, o Sol nasce às 6h e se põe às 18h, calcule que horas 45°

eram no instante em que o peixe viu o Sol:

θ
h 45°

h – 10
h

sen θ 1
• = ⇒ sen θ = 2 · 3 = 0,53
sen 45° 4 2 4
a) considerando que o peixe estava dando o seu passeio matinal; 3
b) considerando que o peixe estava à procura de alimentos para a sua • cos θ = 1 – sen2 θ = 0,85
merenda vespertina. • tg θ = sen θ = 0,53
Dado: sen 42° = 0,67 cos θ 0,85

Resolução: • tg θ = –10 ⇒ 0,53 = h –10 ⇒ 0,32 h = 8,5


h
h 0,85 h
θ1 h ⯝ 27 cm
(1)
(2) Resposta: Aproximadamente 27 cm
30°
60° 90 Um observador visa um ponto luminoso P através de uma lâmi-
na de vidro de faces paralelas, que tem espessura e e índice absoluto
4 de refração n. O ponto P está a uma distância x da lâmina, conforme
sen θ1 n2 sen θ1
= ⇒ = 3 ⇒ sen θ1 = 0,67 ⇒ θ1 = 42° representa a figura a seguir.
sen 30° n1 1 1
2
Concluímos, então, que o Sol, na realidade, encontra-se a 48° acima
do horizonte. x
a) 180° → 12 h
48° → x
P
x = 3 h 12 min ⇒ t = 6 h + 3 h12 min = 9 h 12 min
e
Eram, portanto, 9 h 12 min
Ar Ar
b) 18 h – 3 h 12 min = 14 h 48 min
Supondo que o olho do observador esteja na mesma perpendicular às
Eram, portanto, 14 h 48 min faces da lâmina que passa por P:
a) calcule o deslocamento d da imagem final percebida pelo observa-
Respostas: a) 9 h 12 min; b) 14 h 48 min dor em relação ao ponto P;
b) determine se d depende ou não de x.
292 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: 92 (Unicamp-SP) A figura a seguir representa uma tela T, um pe-


a) queno objeto O e luz incidindo a 45° em relação à tela. Na situação
da figura, o objeto O faz sombra sobre a tela. Colocando-se uma lâ-
mina L de plástico plano, de 1,2 cm de espessura e índice de refração
e
x‘
n = 1,18 ⯝ 5 2 , paralelamente entre a tela e o objeto, a sombra se
6
x desloca sobre a tela.
a) Em uma folha de papel, faça um 45º
x‘’
esquema mostrando os raios de z
luz passando junto ao objeto e Lu
P‘’ P P‘
atingindo a tela, com e sem a O
lâmina de plástico.
b) Calcule o deslocamento da som- L
bra na tela ao se introduzir a lâ-
mina de plástico. T

Resolução:
a)
45°

1a refração:
x’ = n x
2a refração: O
x” = 1 (x’ + e)
n
d = x + e – x” ⇒ d = x + e – 1 (x’ + e)
n
A B
d = x + e – 1 (n x + e) ⇒ d=e 1– 1
n n T

b) Da expressão anterior, decorre que d independe de x. 45°

Respostas: a) d = e 1 – 1 ; b) Não depende


n
O
91 Uma lâmina de faces paralelas tem 5 mm de espessura. Levada
L
a um microscópio, verifica-se que, para passar da focalização de um
ponto da superfície superior para um ponto da face inferior da lâmina,
deve-se deslocar o canhão do microscópio 3 mm. Qual é o índice de
A‘ B‘
refração do material de que é feita a lâmina?
T
Resolução: b)
Do enunciado, deduz-se que a imagem da superfície inferior da lâmi- N
na conjugada pelo dioptro ar-superfície superior encontra-se 3 mm
abaixo da superfície superior. Observemos que é essa imagem que o 45°

microscópio “vê” quando se focaliza um ponto da superfície inferior. Ar

Ar
45°
Lâmina
α

d‘ e
d
P‘

a b–a
P
Ar
d = 5 mm e d’ = 3 mm b

d’ = ndestino ⇒ 3 = 1 ⇒ nlâmina = 5
d norigem 5 nlâmina 3
B a B‘

Resposta: 5
3 T
Tópico 3 – Refração da luz 293

2 = 5 2 sen α ⇒ sen α = 3 a sen (α – θ2)


nar sen 45° = nlâmina sen α ⇒ 1 x= ⯝ a (α – θ2) (I)
2 6 5 1
Então, cos α = 4 e tg α = 3 . sen α = n ⇒ θ ⯝ α (II)
5 4 sen θ2 2 n

Substituindo (II) em (I), vem:


No triângulo destacado: tg α = b – a
e
x ⯝ a α – α ⇒ x ⯝ aα 1 – 1
Como b = e = 1,2 cm: 3 = 1,2 – a n n
4 1,2

a = 0,3 cm Resposta: x ⯝ aα 1 – 1
n

Respostas: a)
45°
94 (UFPE) Um feixe de luz incide em um prisma imerso no ar, con-
forme indica a figura a seguir. Após sofrer reflexão parcial na fase AC,
um feixe de menor intensidade emerge através da face AB. Deter-
mine o valor dos ângulos α e β, em graus, se o índice de refração
O do prisma é np = 2 para o comprimento de onda do feixe de luz
incidente.
β

A B A B
60°
T

45°
α

Ar
O 30°

L
C

A‘ B‘
T Resolução:
b) 0,3 cm
β

A B
93 (ITA-SP) Um raio luminoso incide sobre uma lâmina transparen- 60°
60°
te de faces paralelas, de espessura a e índice de refração n. Calcule o 30°
desvio sofrido pelo raio luminoso ao atravessar a lâmina, supondo que 30°
30°
o ângulo de incidência, α, seja pequeno. (Utilize as aproximações: sen α
60°
α ⯝ α e cos α ⯝ 1.)

Ar
α 30°

C
a
(n) 1 2
np sen 30° = nar sen α ⇒ 2 = 1 sen α ⇒ sen α =
2 2
x α = 45°

np sen 30° = nar sen β ⇒ 1 = 1 sen β ⇒ sen β = 2


2
2 2
Resolução:
θ1 = α ⇒ cos θ1 ⯝ 1 ⇒ cos θ2 ⯝ 1 β = 45°

e sen (θ1 – θ2)


d= Resposta: α = β = 45°
cos θ2
294 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

95 (Unama-AM) A figura abaixo representa a seção transversal de 96 Prove que, num prisma de pequena abertura e para pequenos
um prisma óptico imerso no ar, tendo dois lados iguais (AB e AC). Per- ângulos de incidência (inferiores a 10°), o desvio δ sofrido pelo raio que
pendicularmente à face AB, incide um raio luminoso monocromático o atravessa é dado aproximadamente por:
que se propaga até a face espelhada AC, onde é refletido diretamente
δ = A (n2, 1 – 1)
para a face AB. Ao atingir esta face, o raio luminoso sofre uma nova re-
flexão (reflexão total), de maneira que, ao se propagar, atinge perpen- A é o ângulo de abertura e n2, 1 é o índice de refração do prisma em
dicularmente a face BC, de onde emerge para o ar. Com base nessas relação ao meio que o envolve.
informações, podemos afirmar que o ângulo de refringência do prisma Nota:
(ângulo α, mostrado na figura) vale: • Para pequenos ângulos, o valor do seno e o valor do ângulo, em ra-
a) 18º. dianos, são aproximadamente iguais.
b) 72º.
c) 45º. Resolução:
d) 36º. sen θ1 θ
e) 60º. = n2, 1 ⇒ 1 ⯝ n2, 1
sen θ2 θ2
A sen θ’1 θ’1
=n ⇒ ⯝ n2, 1
sen θ’2 2, 1 θ’2
α
δ = θ1 + θ’1 – A ⯝ n2, 1θ2 + n2, 1θ’2 – A
δ = n2, 1 (θ2 + θ’2) – A = n2, 1 A – A

δ = A(n2, 1 – 1)
Face
espelhada
Resposta: Ver demonstração.
β β
B C 97 (ITA-SP) O Método do Desvio Mínimo, para a medida do índice
de refração, n, de um material transparente, em relação ao ar, consiste
em medir o desvio mínimo δ de um feixe estreito de luz que atravessa
Resolução: um prisma feito desse material.
A
A

α
γ δ
I1
i1 I2
i1

I3 i2
Para que esse método possa ser aplicado (isto é, para que se tenha um
i2 feixe emergente), o ângulo A do prisma deve ser menor que:
δ
a) arcsen (n). c) 0,5 arcsen 1 . e) outra expressão.
β β
n

B C
b) 2 arcsen 1 . d) arcsen 1 .
I4 n n

• Como γ = 90° – α, temos que i1 = α. Resolução:


Ar Ar
• No triângulo I1I2I3:
A
• δ = 90° – i2
• 90° + 2i1 + δ = 180° ⇒ 90° + 2 α + 90° – i2 = 180 ⇒ i2 = 2 α Face 1 n Face 2
δ
• No triângulo I3BI4: i i
r r
90° + β + δ = 180° ⇒ 90° + β + 90° –2 α = 180° ⇒ β = 2 α
A
• No triângulo ABC:
α + 2 β = 180°
Para que haja emergência na face 2, devemos ter:
α + 4 α = 180° ⇒ 5 α = 180° ⇒ α = 36°
r  L ⇒ sen r  sen L ⇒ sen r  1 (I)
n
Resposta: d A=2r ⇒ r= A (II)
2
Tópico 3 – Refração da luz 295

(II) em (I): 99 Na figura a seguir está representada uma esfera maciça de cris-
tal, de centro C, raio R = 10 3 cm e índice de refração n = 2 .
sen A  1 ⇒ A  arc sen 1
2 n 2 n
A  2 arc sen 1
n
Por exemplo, para n = 2, temos: α α
sen r  1 ⇒ sen r  1 ⇒ r  30°
n 2
e A  2 arc sen 1
2
A  2 · 30° ⇒ A  60°

Resposta: b C

98 Um pincel de luz branca incide perpendicularmente em uma


das faces de um prisma, cuja seção principal está representada na
figura:

Anteparo Mediante vaporização de alumínio, a superfície externa dessa esfera foi


revestida com uma película desse metal. A face refletora especular da
Luz branca película ficou, então, voltada para o interior da esfera.
Apenas uma pequena região circular ficou sem revestimento. Fez-se
incidir nessa região um estreito feixe cilíndrico de luz monocromática,
45° que penetrou na esfera e, após sofrer duas reflexões em suas paredes,
emergiu pelo mesmo local da penetração, simetricamente em relação
ao feixe incidente (ver figura).
O prisma está imerso no ar e seus índices de refração para sete cores Sabendo-se que a esfera está no ar (índice de refração igual a 1,0) e que
componentes do pincel de luz branca são dados a seguir: a velocidade de propagação da luz nesse meio é aproximadamente
Violeta 1,48 igual a 3,0 . 108 m/s, pede-se:
Anil 1,46 a) fazer um esboço da trajetória da luz no interior da esfera, indi-
cando os valores dos ângulos relevantes à compreensão do es-
Azul 1,44
quema;
Verde 1,42 b) determinar o ângulo α que viabiliza a situação proposta;
Amarela 1,40 c) calcular, nas condições apresentadas, quanto tempo um pulso lu-
Alaranjada 1,39 minoso permanece “confinado” no interior da esfera.
Vermelha 1,38
Resolução:
Determine quais dessas cores emergem do prisma, atingindo o
a)
anteparo.

Resolução:
α α
N
θ = 45°
Luz branca β β
θ x x
R

45° C
R R
β β
Para uma cor emergir do prisma e atingir o anteparo, o ângulo θ deve β β
ser inferior ao ângulo-limite L. x
θ  L ⇒ sen θ  sen L
nar
sen θ  ⇒ sen 45°  1 ⇒ nprisma  2 ⇒ nprisma  1,41
nprisma nprisma
A trajetória da luz no interior da esfera é um triângulo equilátero
Essa condição é satisfeita pelas seguintes cores: e β = 30°.
amarelo, alaranjado e vermelho.
b) nar sen α = n sen β ⇒ 1,0 sen α = 2 sen 30° ⇒ sen α = 2
2
Resposta: Amarelo, alaranjado e vermelho. α = 45°
296 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

c) Sendo v a velocidade de propagação da luz no interior da esfera, Resolução:


temos:
v = nar ⇒ v = 1 ⇒ v ⯝ 2,1 · 108 m/s
var n 3,0 · 108 2
Da figura do item a, temos:
x
cos 30° = 2 ⇒ 3 = x ⇒ x = 30 cm ⇒ x = 0,30 m θ1
R 2 20 3
n1 = 1 θ θ
Sendo d a distância percorrida pela luz: A
n2 = nL
d = 3 x = 3 · 0,30 ⇒ d = 0,90 m θ2

θ
Δt = d ⇒ Δt = 0,90 8 ⇒ Δt ⯝ 4,3 · 10–9 s = 4,3 ns θ
v 2,1 · 10 θ
B C

Respostas:

α α

θ1 = 90° – θ ⇒ sen θ1 = cos θ


β β
x x
No triângulo ABC:
R

C θ2 = 90° – 2 θ ⇒ sen θ2 = cos 2 θ


R R
β β n1 sen θ1 = n2 sen θ2
β β
x
1 cos θ = nL cos 2 θ ⇒ nL = cos θ
cos 2 θ

a) β = 30°; b) α = 45°; c) Δt = 4,3 ns Resposta: e

100 Considere um espelho plano parcialmente imerso em um líqui-


101 Um fator que tem sido decisivo na melhoria das telecomunica-
do transparente de índice de refração absoluto igual a nL. Um estreito
ções no Brasil é a transmissão de dados digitais através de redes de
feixe cilíndrico de luz monocromática, propagando-se no ar paralela-
fibras ópticas. Por meio desses infodutos de plástico ou resina trans-
mente à superfície refletora do espelho, refrata-se para o interior do
parentes, baratos e confiáveis, que hoje se acham instalados ao longo
líquido e sofre reflexão na superfície espelhada, conforme representa a
das principais rodovias do país, é possível a troca de imensos arquivos
figura a seguir. O índice de refração absoluto do ar vale 1.
entre computadores (banda larga), integração de sistemas de telefo-
nia, transmissão de TV etc.
Dentro de uma fibra óptica, um sinal eletromagnético propaga-se
com velocidades menores que a da luz no ar, sofrendo sucessivas re-
flexões totais. Considere a fibra óptica esquematizada a seguir, imersa
no ar, na qual é introduzido um estreito feixe cilíndrico de luz mono-
Ar θ cromática com ângulo de 60º em relação à reta normal N no ponto de
Líquido incidência.

α α

Admitindo-se que seja conhecido o ângulo θ indicado e supondo-se


que o feixe refletido pelo espelho seja paralelo à superfície líquida, é
N
correto afirmar que: 60°
a) nL = sen θ d) nL = sen θ
sen 2θ
b) nL = tg θ e) nL = cos θ
cos 2θ Para que valores do índice de refração absoluto n do material de que é
c) nL = cotg θ feita a fibra as reflexões totais ocorrem?
Tópico 3 – Refração da luz 297

Resolução: Resolução:
a)
var sen θ 8
= ⇒ 3,0 · 108 = 0,75 ⇒ sen θ’ = 0,5 ⇒ θ’ = 30°
vliq sen θ’ 2,0 ·10 sen θ’
b)

N
θ
x A

• nar sen θ1 = n sen θ2 ⇒ 1 3 = n sen θ (I) 30°


2 2
L
L = 60°
• α  L ⇒ sen α  sen L ⇒ sen α  1
n 30° 30°

Como sen α = cos θ2: cos θ2  1 (II)


n

• De (I): sen θ2 = 3 B
2n
2
cos θ2 = 1 – sen2 θ2 = 1 – 3 2 = 4 n – 3 (III) nsól vlíq 3 = 2,0 · 108 ⇒
4n 2n sen L = = ⇒
nlíq vsól 2 vsól
• (III) em (II):
4 n2 – 3  1 ⇒ 4 n2  7 vsól = 4,0 3 · 108 m/s = 2,3 · 108 m/s
3
2n n
c) tg 30° = x ⇒ 3 = x ⇒ x = 20 3 cm
n 7 AB 3 20 3
2
dmáx = 2 x ⇒ dmáx = 40 3 cm = 23 cm
3
Resposta: n  7
2
Respostas: a) 30°; b) 2,3 · 108 m/s; c) 23 cm
102 O fundo do recipiente representado na figura é um espelho pla-
no. O raio I, incidente na fronteira ar-líquido, é monocromático. Após 103 Considere um recipiente de base hemisférica polida, cheio de
sofrer refração nessa fronteira, o raio reflete-se no espelho e, em se- água. A base está externamente recoberta de prata e seu raio vale
guida, sofre reflexão total na interface líquido-sólido, com ângulo de 60 cm.
incidência limite. P
Dados: velocidade da luz no ar = 3,0 · 108 m/s; velocidade da luz no
líquido = 2,0 · 108 m/s; sen θ = 0,75. Ar 30 cm

I
θ Ar

d 80 cm

20 cm Líquido Sólido
transparente transparente cm
60

Espelho plano

Determine: Admita que apenas raios paraxiais emitidos pela fonte P atravessem
a) o ângulo de refração θ’ na interface ar-líquido; a fronteira ar-água e incidam na superfície hemisférica, que produz a
b) a velocidade da luz no sólido; imagem P’. Supondo o índice de refração da água igual a 4 , determine
3
c) o máximo valor da distância d indicada. a posição de P’ em relação à superfície livre da água.
298 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: Determine:
Q a) a velocidade da luz no interior do prisma;
P b) o ângulo de refração θ;
d‘ c) o desvio lateral d sofrido pelo raio de luz.
d = 30 cm
Resolução:
a)
A

nar 53°
p 80 cm
r = 90°
i = 53°
α
n2
B C

P‘ n3 n3
p‘ P‘ 60 cm D θ

F
d

No dioptro ar-água, temos: c sen 53° = 1 sen 90°


4 n2 sen i = nar sen r ⇒
v2
d’ = ndestino ⇒ d’ = 3 ⇒ d’ = 40 cm
d norigem 30 1 3,0 · 108 · 0,80 = 1 ⇒ v2 = 2,4 · 108 m/s
O ponto Q é imagem em relação ao dioptro ar-água. Esse ponto, po- v2
rém, comporta-se como ponto objeto real em relação ao espelho côn- b) n3 sen θ = nar sen α ⇒ 1,6 sen θ = 1 sen 53°
cavo correspondente à base.
1,6 sen θ = 0,80 ⇒ sen θ = 0,50
Para o espelho, temos, então: θ = 30°
p = d’ + 80 + 60 ⇒ p = 180 cm
2,0
c) • cos θ = D ⇒ 0,87 =
f = R = 60 ⇒ f = 30 cm CF CF
2 2
CF ⯝ 2,3 cm
1+1=1 ⇒ 1 +1= 1 ⇒ p’ = 36 cm
p p’ f 180 p’ 30 • sen (α – θ) = d
CF
Portanto, a imagem P’ forma-se a 36 cm do vértice do espelho.
sen (53° – 30°) = d ⇒ sen 23° = d
Resposta: A 104 cm da superfície livre da água. 2,3 2,3

0,40 = d ⇒ d ⯝ 0,92 cm
104 (Olimpíada Brasileira de Física) Um raio de luz monocromáti- 2,3
co, vindo do ar, incide na face AB do prisma representado na figura Respostas: a) 2,4 · 108 m/s; b) 30°; c) ⯝ 0,92 cm
e emerge rasante, paralelo à face AC, até encontrar uma lâmina de
faces paralelas, justaposta à face BC.
105 A figura a seguir esquematiza a trajetória de um estreito feixe
A
cilíndrico de luz monocromática que sofre um desvio de 90° ao atra-
53° vessar um prisma pentagonal de Goulier, que é utilizado em alguns
modelos de câmeras fotográficas. Nesse prisma, a luz incide normal-
nar mente em uma das faces, sofre duas reflexões totais e emerge também
n2
normalmente em outra face, perpendicular à face de entrada.
B C
112,5°
n3
D θ
Ar
F 112,5°
d 112,5°

Dados: nar = 1,0 (índice de refração do ar);


n3 = 1,6 (índice de refração do material da lâmina de faces pa- 112,5°
ralelas);
D = 2,0 cm (espessura da lâmina de faces paralelas);
c = 3,0 · 108 m/s (velocidade da luz no ar);
sen 53° = 0,80; sen 37° = 0,60;
sen 23° = 0,40; cos 30° = 0,87.
Tópico 3 – Refração da luz 299

Prove que, para ocorrer a emergência do raio pela face (2), devem ser
Ângulo (graus) Seno satisfeitas as seguintes condições:
I. A < 2 L, em que L é o ângulo-limite na fronteira prisma-ar;
90,0 1,00
sen (A – L)
67,5 0,92 II. sen i > .
sen L
45,0 0,71 Resolução:
22,5 0,38 I.
• θ2 + θ’2 = A
Sendo 1,00 o índice de refração do ar, determine o índice de refração
do prisma (np) para que a luz siga a trajetória indicada. • Sendo L o ângulo-limite:
• na face (1): θ2  L
Resolução:
• na face (2): θ’2  L

112,5° Portanto:
θ2 + θ’2  2 L
112,5°
112,5°

α A2L
α
N
A D
β
(1) (2)
112,5° A

C N
B N

i θ'1
θ2 θ'2
Ar Ar
A
n
No quadrilátero ABCD, temos;
90° + 90° + 112,5° + β = 360° ⇒ β = 67,5°
Como α + β = 90°:
α + 67,5° = 90° ⇒ α = 22,5°
II.
Para a ocorrência da reflexão total, deveremos ter: α  L
θ’2  L ⇒ θ2 + θ’2 = A ⇒ θ’2 = A – θ2
Então:
nar Portanto:
sen α  sen L ⇒ sen α  ⇒ sen 22,5°  1,00 ⇒ 0,38np  1,00
np np A – θ2  L e θ2  A – L
np  1,00 ⇒ np  2,63 Como θ2  90° e (A – L)  90°:
0,38
sen θ2  sen (A – L) (I)
Resposta: np  2,63
• sen L = 1 ⇒ n = 1 (II)
n sen L
106 Um raio de luz monocromática incide na face (1) de um prisma
de ângulo de refringência A e índice de refração n, imerso no ar, como • nar sen i = n sen θ2 ⇒ sen θ2 = sen i (III)
indica a figura: n
(II) em (III):
sen θ2 = sen i · sen L (IV)
(1) (2) (IV) em (I):
A
sen i · sen L  sen (A – L)

sen i  sen (A – L)
sen L
i

Ar Ar Resposta: sen i  sen (A – L)


sen L
300 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

3 (Fuvest-SP) Uma colher de plástico transparente, cheia de água


Tópico 4 e imersa no ar, pode funcionar como:
a) lente convergente. d) microscópio composto.
b) lente divergente. e) prisma.
1
(UFRN) Os raios de luz 1 e 2, representados na f igura, atra- c) espelho côncavo.
vessam elementos ópticos que estão escondidos pelos anteparos,
numa região em que o ar atmosférico é homogêneo. Estes elemen- Resposta: a
tos podem ser:
I. uma lente delgada convergente; 4 Um escoteiro, contrariando a orientação do chefe que recomen-
II. uma lente delgada divergente; dava o uso de gravetos rolantes para produzir fogo no momento da
III. uma lâmina de vidro de faces paralelas. confecção do almoço do pelotão, utilizou uma lente esférica de distân-
Acompanhando, de cima para baixo, as trajetórias dos dois raios, quais cia focal f que “concentrou os raios solares” sobre um monte de folhas
são, nessa ordem, os elementos ópticos escondidos pelos anteparos, secas situado a uma distância d da lente.
sabendo que cada anteparo esconde um único elemento óptico? a) Diga que tipo de lente o escoteiro utilizou (convergente ou diver-
1 2 gente).
b) Faça, em seu caderno, um esquema representando os raios solares,
a lente e o monte de folhas secas.
Anteparo
c) Determine o valor de d em função de f para que o processo tenha
eficiência máxima, isto é, o fogo seja produzido no menor intervalo
Anteparo de tempo possível.

Resolução:
Anteparo a) A lente deve ser convergente.
b)
Raios
Anteparo solares

1 2

Resposta: I; III; II e III. Lente

2 As figuras seguintes representam a refração da luz através de


seis lentes esféricas delgadas: d
I) IV) Foco Fogo
imagem
Eixo Eixo
Folhas
óptico óptico secas

Lente Lente c) As folhas secas devem ser posicionadas na região do foco imagem
da lente. Logo:
d=f
II) V)
Respostas: a) Convergente
Eixo Eixo
b) Raios
óptico óptico solares

Lente Lente

Lente
III) VI)

Eixo Eixo d
óptico óptico
Foco Fogo
imagem
Lente Lente
Folhas
Que lentes apresentam comportamento convergente? secas

Resposta: I; II; III e VI. c) d = f


Tópico 4 – Lentes esféricas 301

5 (Mack-SP) Na produção de um bloco de vidro flint, de índice de 6 O arranjo experimental da figura é composto de uma lente es-
refração absoluto 1,7, ocorreu a formação de uma “bolha” de ar (ín- férica de vidro e um espelho plano. A montagem é feita no interior de
dice de refração absoluto 1,0), com o formato de uma lente esférica uma sala de aula pelo professor de Óptica, que dispõe o espelho per-
biconvexa. Um feixe luminoso monocromático, paralelo, incide per- pendicularmente ao eixo principal da lente:
pendicularmente à face A do bloco, conforme a figura a seguir, e,
após passar pelo bloco e pela bolha, emerge pela face B. A figura que
melhor representa o fenômeno é:
O
“Bolha” de ar P

Lente Espelho

De um ponto P, situado sobre o eixo principal e distante 30 cm do cen-


Ar Bloco de vidro Ar tro óptico da lente, provém luz que se refrata através da lente, incide
A B
no espelho, reflete-se e volta a atravessar a lente, convergindo nova-
mente para o ponto P, independentemente da distância entre a lente
e o espelho.
a) a) Classifique a lente como convergente ou divergente.
d) b) Obtenha o valor absoluto de sua distância focal.

Resolução:
a) A lente que viabiliza o experimento proposto deve ser convergente.
b) Do enunciado, deduz-se que os raios luminosos emergentes da
A B A B lente e incidentes no espelho são paralelos entre si e ao eixo óptico
da lente. Por isso, pode-se concluir que o ponto luminoso P situa-
-se sobre o foco principal objeto da lente, que apresenta, portanto,
distância focal 30 cm.
b) e)
O esquema a seguir ilustra o exposto.

p⬅f O

A B A B

f = 30 cm
c) Lente convergente Espelho

Respostas: a) Convergente; b) 30 cm

7 (Univest-SP) Um feixe de raios paralelos, representado por I e


1
A B I2, incide em uma lente bicôncava (L) para, em seguida, incidir em um
espelho côncavo (E), conforme ilustra a figura. Na reflexão, os raios re-
tornam sobre si mesmos, convergindo para um ponto A, situado sobre
Resolução: o eixo principal comum.
Como o índice de refração da lente (1,0) é menor que o do meio (1,7), a
lente biconvexa terá comportamento divergente.
Ao sair do bloco de vidro flint, os raios de luz irão passar para o ar (índi-
ce de refração menor), afastando-se da normal.
I1

N 40 cm 40 cm
A
I2

N
L
E
A B
Com base nessas informações, é correto afirmar que, em valor absoluto,
Resposta: b as abscissas focais de L e E valem, em centímetros, respectivamente:
a) 40 e 20. b) 40 e 40. c) 40 e 80. d) 80 e 80. e) 80 e 120.
302 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: 10 (Fuvest-SP) Uma pessoa segura uma lente delgada junto a um


O ponto A é o centro de curvatura do espelho E e o foco principal ima- livro, mantendo seus olhos aproximadamente a 40 cm da página, ob-
gem da lente L. tendo a imagem indicada na figura.
Resposta: b Soneto da Fidelidade
Vinicius de Moraes
8 (Unip-SP) A figura representa um objeto luminoso P no eixo De tudo, ao meu amor serei atento
principal de uma lente convergente L. Quando o objeto P está na posi- Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
ção A, o raio de luz que parte de P passa, após refratar-se na lente, pelo Que mesmo em face do maior encanto
ponto A’, simétrico de A em relação a L: Dele se encante mais meu pensamento.
L
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
A A'
Ao seu pesar ou seu contentamento

20 cm 20 cm E assim, quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Em seguida, o objeto P se aproxima da lente, posicionando-se no pon- Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
to B, conforme a figura. Que não seja imortal, posto que é chama,
Mas que seja infinito enquanto dure.
L

Em seguida, sem mover a cabeça ou o livro, vai aproximando a lente de


(1)
seus olhos. A imagem, formada pela lente, passará a ser:
a) sempre direita, cada vez menor.
b) sempre direita, cada vez maior.
(2)
c) direita cada vez menor, passando a invertida e cada vez menor.
B B' A' d) direita cada vez maior, passando a invertida e cada vez menor.
10 cm 10 cm
e) direita cada vez menor, passando a invertida e cada vez maior.
(4) (3) Resolução:
Se a imagem observada é direita e menor, trata-se de uma lente di-
vergente.
À medida que a lente se aproxima do olho do observador (fixo), a ima-
O raio de luz que parte do objeto P, posicionado em B, após refratar-se gem do livro (fixo) torna-se cada vez menor, porém sempre virtual e
na lente, assume: direita, conforme justificam os esquemas a seguir.
a) a direção 1. d) a direção 4. 40 cm
b) a direção 2. e) uma direção diferente das indicadas.
c) a direção 3.
O
Resolução: (Livro fixo)
Os pontos A e A’ são, respectivamente, o ponto antiprincipal objeto e
o ponto antiprincipal imagem. Em B, o objeto P encontra-se no foco F
F‘ I1
principal objeto da lente, fazendo com que a luz refratada por esta as- (Observador fixo)
suma a direção 2.

Resposta: b

O
9 (Fuvest-SP) Tem-se um objeto luminoso situado em um dos fo- (Livro fixo)
cos principais de uma lente convergente. O objeto afasta-se da lente,
movimentando-se sobre seu eixo principal. Podemos afirmar que a F
F‘ I2
imagem do objeto, à medida que ele se movimenta:
(Observador fixo)
a) cresce continuamente. D
b) passa de virtual para real.
c) afasta-se cada vez mais da lente.
d) aproxima-se do outro foco principal da lente. Devido ao deslocamento D sofrido pela lente, o comprimento de I2 é
e) passa de real para virtual. menor que o de I1.

Resposta: d Resposta: a
Tópico 4 – Lentes esféricas 303

11 (Ufla-MG) Coloca-se uma pequena lâmpada L no foco principal Resolução:


de uma lente biconvexa de índice de refração nL imersa em um líquido L1 L2
de índice de refração n1. Essa situação está esquematizada abaixo.
n1

L Eixo óptico
F

Mantendo-se a posição da lâmpada em relação à lente e imergindo-se


o conjunto em um outro líquido de índice de refração n2, obteve-se o
seguinte percurso para os raios luminosos:
O ponto F é o foco imagem de L1 e o foco objeto de L2.

n2 Resposta: d
L Eixo óptico
13 Para acender um palito de fósforo com os raios solares (con-
siderados paralelos), você vai utilizar uma lente convergente L de
centro óptico O e distância focal f. Para tanto, a cabeça do palito será
colocada em um dos cinco pontos, A, B, C, D ou E, indicados na figura
a seguir.
É correto afirmar que:
a) n2 > n1 > nL c) nL > n2 > n1 e) nL = n1 > n2 Raios solares L π
b) n2 = nL > n1 d) n2 > nL > n1

Resolução:
Em operação imersa no líquido de índice de refração n1, a lente apre- Eixo
senta comportamento convergente; logo: O A óptico
n L ⬎ n1 B
C
Em operação imersa no líquido de índice de refração n2, entretanto, a D
lente passa a apresentar comportamento divergente; logo: E

n2 ⬎ nL f
Assim,
O plano π é perpendicular ao eixo óptico da lente e os pontos citados
n2 ⬎ nL ⬎ n1 pertencem à intersecção desse plano com o plano do papel. O efeito
desejado será produzido no mínimo intervalo de tempo se a cabeça do
Sugestão: Para o aluno notar claramente os comportamentos conver- palito for colocada no ponto:
gente e divergente da lente, é recomendável inverter em ambos os a) A; b) B; c) C; d) D; e) E.
casos o sentido de propagação da luz (reversibilidade luminosa).
Resolução:
Resposta: d
A cabeça do palito de fósforo deverá ser colocada em um dos fo-
cos imagem da lente, todos pertencentes ao plano π (plano focal
12 (Unirio-RJ) Uma pessoa deseja construir um sistema óptico ca- imagem).
paz de aumentar a intensidade de um feixe de raios de luz paralelos, Lembrando que os raios que incidem no centro óptico atravessam
tornando-os mais próximos, sem que modifique a direção original dos a lente delgada sem sofrer qualquer desvio, determinamos na inter-
raios incidentes. Para isso, tem à sua disposição prismas, lentes conver- secção do raio que emerge de O com o plano π a posição do foco se-
gentes, lentes divergentes e lâminas de faces paralelas. cundário (ponto C) para onde os raios solares devem convergir. Nesse
Tendo em vista que os elementos que constituirão o sistema óptico ponto, é possível acender-se o palito de fósforo no mínimo intervalo
são feitos de vidro e estarão imersos no ar, qual das cinco composições de tempo.
a seguir poderá ser considerada como uma possível representação do
L
sistema óptico desejado? π (Plano focal
Sol imagem)
a) d)
π
0
b) e)
C (Foco secundário)

f
c)
Resposta: c
304 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

14 E.R. Duas lentes convergentes L e L são associadas coaxial- 15 (UFRGS) A figura a seguir ilustra um experimento realizado
1 2
mente, conforme mostra o esquema a seguir: com o fim de determinar o módulo da distância focal de uma lente
divergente. Um feixe de raios paralelos incide sobre a lente. Três deles,
L1 L2 após atravessa-
Luz
rem essa lente,
passam pelos
orifícios O1, O2
Eixo
óptico
e O3 existentes
em um antepa- d1
ro fosco à sua O1 O2 O3
frente, indo en-
1,0 m
contrar um se-
gundo antepa- d2
ro nos pontos P1 P2 P3
P1, P2 e P3:
Fazendo-se incidir sobre L1 um pincel cilíndrico de luz monocromá- Dados: O1O3 = 4,0 cm; P1P3 = 6,0 cm; d1 = 15,0 cm; d2 = 15,0 cm.
tica de 5 cm de diâmetro e de eixo coincidente com o eixo óptico do Quanto vale, em centímetros, o módulo da distância focal da lente em
sistema, observa-se que de L2 emerge um pincel luminoso também questão?
cilíndrico e de eixo coincidente com o eixo óptico do sistema, porém F
com 20 cm de diâmetro. Determine: Resolução:
a) o trajeto dos raios luminosos, ao atravessarem o sistema; f
b) as distâncias focais de L1 e de L2.

Resolução:
a) Para que o pincel luminoso emergente de L2 seja cilíndrico e de d1
O1 O2 O3
eixo coincidente com o eixo óptico do sistema, o foco principal
imagem de L1 deve coincidir com o foco principal objeto de L2,
d2
conforme representa a figura: P1 P2 P3

L1 L2 Os triângulos FP1P3 e FO1O3 são semelhantes. Logo:


|f| + d1 OO
= 1 3
|f| + d1 + d2 P1P3
|f| + 15 4
= ⇒ |f| = 15,0 cm
F‘1 ⬅ F2 |f| + 30 6
20 cm
5 cm

Resposta: 15,0 cm

f1 f2 16 Uma lente convergente de distância focal f = 20 cm e um espelho


côncavo de raio R = 10 cm são colocados ao longo do eixo comum e sepa-
rados por uma distância de 25 cm um do outro. Observe a figura a seguir.
100 cm Com esse dispositivo, é focalizado um objeto muito distante (considere-o
Sistema afocal no infinito).
Copie a figura e esquematize
a trajetória da luz no sistema,
b) Os triângulos destacados são semelhantes. Logo: indicando a posição das duas
imagens que o sistema conju-
f1 f ga ao objeto. 25 cm
= 2 ⇒ f2 = 4f1 (I)
5 20
Resposta:
Mas:

f1 + f2 = 100 (II)
l2 l1

Substituindo (I) em (II), temos:


f1 + 4 f1 = 100 ⇒ f1 = 20 cm e

f2 = 80 cm 20 cm 20 cm
Tópico 4 – Lentes esféricas 305

17 A figura representa uma lente esférica simétrica de vidro, imersa concavidades voltadas para baixo. Movimentando as lâminas ao longo
no ar, diante da qual está a superfície refletora de um espelho esférico de um trilho instalado sobre uma mesa, o estudante consegue posi-
côncavo, cujo raio de curvatura vale 60 cm. O vértice do espelho dista cioná-las de modo que a imagem de L1, projetada pela lente sobre L2,
40 cm do centro óptico da lente. feche uma circunferência, conforme ilustrado a seguir:
Lente 40 cm 40 cm
Espelho
L1 L2
Lente Estudante
Fonte de luz

O V Trilho

40 cm

Raios luminosos paralelos entre si e ao eixo óptico comum à lente e Nessas condições, que valor o estudante determinará para a distância
ao espelho incidem no sistema. Sabendo que os raios emergentes do focal da lente?
sistema sobrepõem-se aos incidentes:
a) classifique a lente como biconvexa ou bicôncava; Resolução:
b) obtenha o valor absoluto de sua distância focal. As lâminas L1 e L2 estão posicionadas nos pontos antiprincipais da len-
te. Logo:
Resolução:
a) Bicôncava. f = 40 cm ⇒ f = 20 cm
2
b)
Resposta: 20 cm

20 E.R. No esquema seguinte, ab é o eixo principal de uma lente


esférica delgada, AB é um objeto real e A’B’ é a imagem de AB conju-
F⬅C V gada pela lente:
Lente A

B
Espelho
a B' b
f 40 cm
60 cm 1,0 cm
f + 40 cm = 60 cm ⇒ f = 20 cm
1,0 cm
A'

Respostas: a) Bicôncava; b) 20 cm a) Posicione o centro óptico da lente sobre o eixo ab, calculando sua
distância em relação a AB e em relação a A’B’.
b) Classifique a lente como convergente ou divergente.
18 Na figura, está esquematizada uma lente convergente de pon- c) Determine o valor absoluto de sua abscissa focal.
tos antiprincipais A e A’, focos principais F e F’ e centro óptico O. PQ
é um objeto luminoso que será deslocado ao longo do eixo óptico da Resolução:
lente, passando pelas posições 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. a) I. Posicionamento do centro óptico (O)
Q Um raio luminoso que incide na lente a partir do ponto A, ali-
nhado com o ponto A’, intercepta o eixo ab na posição corres-
P A F F' A' pondente ao centro óptico:
(1) (2) (3) (4) (5) O A

B
a O B’ b
Para cada posição do objeto, obtenha graficamente, em seu caderno, a
correspondente imagem, fornecendo suas características. 1,0 cm
1,0 cm
A’
Respostas: Posição 1: real, invertida e menor; Posição 2: real, inver- Lente
tida e igual; Posição 3: real, invertida e maior; Posição 4: imprópria; II. Determinação das distâncias
Posição 5: virtual, direita e maior. Sejam:
p = distância da lente a AB
19 Desejando determinar a distância focal de uma lente esférica p’ = distância da lente a A’B’
convergente, um estudante realiza um experimento no qual são em- Observando a figura, obtemos:
pregadas, além da lente, duas lâminas iguais de vidro fosco (L1 e L2),
p = 6,0 cm e p’ = 12 cm
em que estão pintadas duas faixas semicirculares de raios iguais e de
306 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

b) Um raio luminoso que incide na lente paralelamente ao eixo ab, a Resolução:


partir do ponto A, deve refratar-se alinhado com o ponto A’. Esse a) Se a um objeto real é conjugada uma imagem real, a lente é con-
raio determina o comportamento da lente (convergente ou diver- vergente.
gente) e intercepta o eixo ab no foco principal imagem (F’): b) Temos p’ = 30 cm e p + p’ = 50 cm. Obtemos, daí, p = 20 cm.
Aplicando a função dos pontos conjugados, calculemos f:
A
1=1+1
B f p p’
a O B’ b
F’ 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 3 + 2 ⇒ f = 60
1,0 cm f 20 30 f 60 5
1,0 cm
A’ f = 12 cm
Lente

c) No caso, o objeto situa-se entre o ponto antiprincipal e o foco


A lente é convergente. principal.
c) A distância focal (f) da lente corresponde ao comprimento F’O. Da
figura, obtemos:
f = 4,0 cm o

A F O F' A'
12 cm
21 No esquema seguinte, xx’ é o eixo principal de uma lente esféri- i
ca delgada, O é um objeto luminoso e I é sua imagem conjugada pela
lente:
20 cm 30 cm

O
I
x x' 23 Um objeto luminoso está posicionado no eixo principal de uma
1,0 cm
lente esférica convergente, distante 20 cm do seu centro óptico. Sa-
1,0 cm
bendo que a distância focal da lente é de 10 cm, calcule a distância da
a) Copie a figura em escala no seu caderno e determine a posição do imagem ao objeto, em centímetros.
centro óptico da lente sobre o eixo xx’, calculando sua distância em
relação a O e em relação a I. Resolução:
b) Classifique a lente como convergente ou divergente. (I) Gauss: 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1
c) Determine o valor absoluto de sua abscissa focal. f p p’ 10 20 p’
1 = 1 – 1 ⇒ p’ = 20 cm
Resolução: p’ 10 20
a) O centro óptico da lente (ponto C) dista 18 cm de O e 6,0 cm de I. (II) d= p + p’ ⇒ d = 20 + 20 (cm)

(II) d = 40 cm

Resposta: 40 cm
O
I x‘ 24 (Unisa-SP) Observando-se uma estrela distante com uma lente
x
F‘ C
convergente, verifica-se que a imagem obtida se situa a 10 cm da lente.
(I)
1,0 cm Observando-se um objeto localizado a 30 cm da lente, a que distância
1,0 cm desta se formará a nova imagem?

b) A lente é divergente. Resolução:


c) |f| = 9,0 cm (ver esquema). A estrela é um objeto impróprio e, por isso, sua imagem se forma no
plano focal da lente.
Respostas: a) 18 cm de O e 6,0 cm de I; b) Divergente; c) 9,0 cm f = 10 cm

22 E.R. Uma lente esférica produz uma imagem real de um ob- (I) Gauss: 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1
f p p’ 10 30 p’
jeto situado a 30 cm da lente. Sabendo que o objeto se encontra a
1 = 1 – 1 ⇒ p’ = 15 cm
50 cm de sua imagem, pede-se: p’ 10 30
a) classificar a lente em convergente ou divergente;
b) calcular a distância focal da lente;
c) representar por meio de um esquema a situação proposta. Resposta: 15 cm
Tópico 4 – Lentes esféricas 307

25 (Unip-SP) Na figura, representamos uma lente delgada conver- 27 Utilizando-se uma lente esférica convergente, projeta-se em um
gente cujo foco é o ponto B. Os pontos O, A, B, C e D são tais que anteparo difusor a imagem de um objeto luminoso, ampliada 5 vezes.
OA = AB = BC = CD. Sabendo que a distância do objeto à lente é de 12 cm, determine:
a) a abscissa focal da lente; b) a distância do anteparo à lente.
Lente
Resolução:
a) A = f – 5 = f ⇒ – 5f + 60 = f
f–p f – 12
D C B A O
f = 10 cm
p’ p’
b) A = – ⇒–5=– ⇒ p’ = 60 cm
p 12
No instante t0, um objeto pontual P está posicionado em A e no ins-
tante t1, está posicionado em D. Seja P’ a imagem de P fornecida pela Respostas: a) 10 cm; b) 60 cm
lente. Sendo f a distância focal da lente, o deslocamento de P’, no in-
tervalo de t0 a t1, tem módulo igual a: 28 (UFPI) A figura a seguir representa uma lente delgada convergente,
a) 2f. c) 4f. e) 6f. um anteparo e um objeto luminoso. A lente tem distância focal igual a
b) 3f. d) 5f. 4,0 cm e está separada do anteparo por uma distância fixa de 20 cm. O
objeto, com altura de 3,0 cm, é deslocado ao longo do eixo óptico da lente
Resolução: até que se tenha sua imagem formada com nitidez sobre o anteparo. Nes-
sa situação, qual a
Objeto em A: 1 = 1 + 1 ⇒ p’0 = – f Anteparo
f f p’0 distância do obje-
Lente
2 to à lente e qual a
altura de sua ima- Objeto
Objeto em D: 1 = 1 + 1 ⇒ p’1 = 2f
f 2f p’1 gem? Eixo óptico
Resolução:
Δs = |p’0| + p’1 ⇒ Δs = f + 2f ⇒ Δs = 3f Equação de Gauss:
1=1+1 ⇒ 1 =1+ 1
Resposta: b f p p’ 4,0 p 20
1 = 1 – 1 ⇒ p = 5,0 cm
26 E.R. Pretende-se projetar em um anteparo a imagem nítida p 4,0 20
de um objeto real, ampliada 4 vezes. Para isso, utiliza-se uma lente i = – p’ ⇒ |i| = 20 ⇒ |i| = 12 cm
esférica cuja abscissa focal tem módulo 20 cm. Determine: o p 3,0 5,0
a) o tipo de lente que deve ser utilizado (convergente ou divergente);
Respostas: 5 cm e 12 cm
b) a distância do objeto à lente;
c) a distância do anteparo à lente.
29 (PUC-SP) Leia com atenção a tira abaixo:
Resolução:
a) Se a imagem será projetada em um anteparo, sua natureza é real.
Assim, como o objeto e a imagem são reais, temos p > 0 e p’ > 0 e,
consequentemente, f > 0, indicando que a lente é convergente.
b) Com p > 0 e p’ > 0, obtém-se aumento linear transversal negativo
(imagem invertida).
A = –4
Mas: A = f
f–p

Logo: – 4 = 20 ⇒ –20 + p = 5
20 – p

p = 25 cm

c) Observando que a imagem está no anteparo, temos:


p’
A=–
p

p’
–4 = – ⇒ p’ = 100 cm
25
308 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Suponha que Bidu, para resolver o problema da amiga, que só tem Resolução:
6 mm de altura, tenha utilizado uma lente delgada convergente de dis-
a) A = f ⇒ 1 = –30 ⇒ p = 60 cm
tância focal 12 cm, colocada a 4 cm da formiguinha. Para o elefante, a f–p 3 –30 – p
altura da formiga, em cm, parecerá ser de:
a) 0,6. b) 0,9. c) 1,2. d) 1,5. e) 1,8. b) 1 = 1 + 1 ⇒ – 1 = 1 + 1
f p p’ 30 60 p’
Resolução: p’ = –20 cm
Usando a Equação do Aumento Linear, temos:
d = |p’| = 20 cm
A= i = f
o f–p
Assim:
i = 12 Respostas: a) 60 cm; b) 20 cm
0,6 12 – 4
i = 0,9 cm 32 E.R. Um objeto linear de 12 cm de comprimento é colocado
diante de uma lente convergente, cuja distância focal é de 15 cm.
Resposta: b Sabendo que a distância do objeto à lente é de 60 cm, obtenha, ana-
liticamente, todas as características da imagem.
30 Na figura a seguir, estão representados um objeto o e sua res- Resolução:
pectiva imagem i, produzida em uma lente delgada convergente: Como o objeto é real, tem-se p > 0: p = + 60 cm.
Como a lente é convergente, tem-se f > 0: f = +15 cm.
A partir da função dos pontos conjugados, calculamos p’:
o A B C D E Eixo r
1=1+1 ⇒ 1=1– 1
f p p’ p’ f p
i
1,0 cm 1 = 1 – 1 = 4–1 = 3
p’ 15 60 60 60
1,0 cm
p’ = +20 cm
Mantendo-se fixo o objeto, desloca-se a lente na direção do eixo r, até
que a nova imagem tenha a mesma altura que o objeto. Nessas condi- Como p’ resultou positiva, conclui-se que a imagem é real. Com p e p’
ções, o centro óptico O da lente deve coincidir com o ponto: conhecidas, calculamos o aumento linear transversal:
a) A; b) B; c) C; d) D; e) E.
A = – p’
p
Resolução:
Situação inicial:
A = – 20 ⇒ A=– 1
1=1+1 60 3
f p p’
1= 1 + 1 ⇒ Como A resultou negativo, conclui-se que a imagem é invertida. E
f = 2,0 cm pelo fato de |A| < 1, a imagem é menor que o objeto. Lembrando que
f 3,0 6,0
o comprimento do objeto |o| vale 12 cm, calculamos o comprimento
Situação final: da imagem |i|:
p’ p’ |i|
A = – ⇒ –1 = – A= i ⇒ |A| = ⇒ |i| = |A| · |o|
p p o |o|
p’ = p = x
1=1+1 ⇒ 1 =2 ⇒ x = 4,0 cm |i| = 1 · 12 (cm) ⇒ |i| = 4,0 cm
f x x 2,0 x 3
Finalmente, podemos dizer que:
Lente no ponto B.
A imagem é real, invertida, menor que o objeto e tem
Resposta: b 4,0 cm de comprimento.
Convém destacar ainda que, como 15 cm < p’ < 30 cm (observe-se que
31 No esquema ao lado, L é uma lente divergente, AB é um bastão
p’ = 20 cm), a imagem situa-se entre o foco principal imagem e o ponto
luminoso e A’B’ é a imagem de AB conjugada por L: antiprincipal imagem. O esquema seguinte ilustra a situação:
Sabendo que A’B’ = AB e que a lente tem distância focal de módulo
30 cm, calcule: 3
L
S
a) a distância de AB à lente; B
b) a distância de A’B’ à lente.
R F’ R’
B‘
A F O A’
S’
A F‘ A‘ O F 60 cm 20 cm
Tópico 4 – Lentes esféricas 309

33 Uma pequena lâmpada fluorescente está acesa e posicionada b) Para p = 5,0 cm, o correspondente valor de p’ fica determinado pela
perpendicularmente ao eixo principal de uma lente delgada conver- Equação de Gauss.
gente. A imagem da lâmpada conjugada por essa lente tem metade 1=1+1 ⇒ 1 = 1 +1
do tamanho da lâmpada e se forma sobre um anteparo a 60 cm da f p p’ 10 5,0 p’
lente. Nessas condições, qual a distância focal da lente expressa em 1 = 1 – 1 = 1–2
centímetros? p’ 10 5,0 10
Donde: p’ = –10 cm
Resolução:
p’
(I) A = – ⇒ – 1 = – 60 A=–
p’
⇒ A = – (–10)
p 2 p p 5,0
p = 120 cm A=2

(II) Gauss: 1 = 1 + 1 Respostas: a) Convergente, 10 cm; b) –10 cm, 2


f p p’
1 = 1 + 1
f 120 60 35 A figura representa um ponto luminoso sobre o eixo óptico de
uma lente convergente que obedece às condições de Gauss:
f = 40 cm Lente
Ponto
Resposta: 40 cm luminoso
Foco

34 Parte do gráfico da abscissa-imagem, p’, em função da abscissa-


15 cm 30 cm
-objeto, p, medidas ao longo do eixo óptico de uma lente esférica que
obedece às condições de Gauss, está mostrada abaixo.
60 a) A que distância da lente está posicionada a imagem do ponto lumi-
noso?
b) Deslocando-se o ponto luminoso 3,0 cm numa direção perpendicular
50 ao eixo óptico da lente, qual o deslocamento sofrido pela imagem?

Resolução:
40
Equação de Gauss:
a) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1
p‘ (cm)

30 f p p’ 30 45 p’
1 = 1 – 1 ⇒ p’ = 90 cm
p’ 30 45
20 p’ |i| 90
b) i = – ⇒ =
o p 3,0 45
10 |i| = 6,0 cm

0 Respostas: a) 90 cm; b) 6,0 cm


0 10 20 30 40 50 60
p (cm)
36 (Fuvest-SP) A figura abaixo mostra, numa mesma escala, o dese-
a) Determine o comportamento óptico da lente (convergente ou di- nho de um objeto retangular e sua imagem, formada a 50 cm de uma
vergente), bem como sua distância focal. lente convergente de distância focal f. O objeto e a imagem estão em
b) Admitindo que a abscissa-objeto seja igual a 5,0 cm, calcule a cor- planos perpendiculares ao eixo óptico da lente.
respondente abscissa-imagem e também o aumento linear trans- Podemos afirmar que o objeto e a imagem:
versal. 4,8 cm

Resolução:
a) A lente tem comportamento convergente, já que, para valores
positivos de p, correspondem valores positivos de p’.
Do gráfico, para p = 20 cm, tem-se p’ = 20 cm.
Aplicando-se a Equação de Gauss, vem:
6,0 cm 1,6 cm
1=1+1 ⇒ 1= 1 + 1
f p p’ f 20 20
1 = 2 ⇒ f = 20 (cm)
f 20 2 2,0 cm

Donde: f = 10 cm Objeto Imagem


310 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

a) estão do mesmo lado da lente e que f = 150 cm. 39 A imagem que uma lente esférica divergente conjuga a um ob-
b) estão em lados opostos da lente e que f = 150 cm. jeto linear colocado perpendicularmente ao seu eixo óptico tem um
c) estão do mesmo lado da lente e que f = 37,5 cm. quarto do tamanho do objeto e está situada a 6,0 cm da lente. Supon-
d) estão em lados opostos da lente e que f = 37,5 cm. do válidas as condições de Gauss, determine:
e) podem estar tanto do mesmo lado como em lados opostos da lente a) a distância do objeto à lente;
e que f = 37,5 cm. b) a abscissa focal da lente.
Resolução:
A imagem é invertida e menor que o objeto A = – 1 . Logo: Resolução:
3 p’ 1 (–6,0)
p’ 1 50 a) A = – ⇒ =– ⇒ p = 24 cm
(I) A = – ⇒ – = – ⇒ p = 150 cm p 4 p
p 3 p
(II) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 b) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 – 1
f p p’ f 150 50 f p p’ f 24 6,0
Da qual: f = 37,5 cm
1 = 1–4 ⇒
Como p ⬎ 0 e p’ ⬎ 0, o objeto e a imagem estão de lados opostos f = –8,0 cm
f 24
da lente.
Respostas: a) 24 cm; b) –8,0 cm
Resposta: d

40 (Unicamp-SP) Um sistema de lentes produz a imagem real de


37 Um objeto real é colocado a 60 cm de uma lente delgada con-
um objeto, conforme a figura. Calcule a distância focal e localize a po-
vergente. Aproximando-se de 15 cm o objeto da lente, a nova imagem sição de uma lente delgada que produza o mesmo efeito.
obtida fica três vezes maior que a anterior, com a mesma orientação.
Pode-se então af irmar que a distância focal da lente vale, em cen- Objeto
tímetros:
a) 7,5 cm; b) 15,0 cm; c) 22,5 cm; d) 30,0 cm; e) 37,5 cm. 4 cm
Resolução: 100 cm
1) Utilizando a equação do Aumento Linear Transversal para a primei- 1 cm
ra posição do objeto (p1 = 60 cm), vem:
i1 i Imagem
= f ⇒ 1 = f (I)
o f – p1 o f – 60
2) Utilizando a equação do Aumento Linear Transversal para a segun- Resolução:
da posição do objeto (p2 = 45 cm), vem:
p + p’ = 100 cm ⇒ p’ = 100 – p (I)
i2
= f
o f – p2 A = i ⇒ A = – 1 (imagem invertida)
3i o 4
Mas i2 = 3i1 e, portanto: 1 = f (II)
o f – 45 p’ p’
A=– ⇒ – 1 =– (II)
3) Dividindo-se I por II, temos: p 4 p
1 f – 45
= ⇒ 3f – 135 = f – 60 ⇒ 2f = 75 ⇒ f = 37,5 cm (100 – p)
3 f –60 (I) em (II): – 1 = – ⇒ p = 80 cm
4 p
Resposta: e
A= f ⇒– 1 = f ⇒ f = 16 cm
f–p 4 f – 80
38 Uma lente bicôncava de vidro, imersa no ar, tem distância focal
de módulo igual a 20 cm. Um objeto luminoso linear é disposto perpen- A lente deve situar-se entre o objeto e a imagem, a 80 cm do objeto.
dicularmente ao eixo óptico, e sua imagem forma-se a 4,0 cm da lente.
a) Determine a distância do objeto à lente. Resposta: f = 16 cm; a lente deve ser colocada entre o objeto e a
b) Responda se a imagem obtida pode ser projetada em um anteparo. imagem, a 80 cm do objeto.
Justifique.
41 (Unesp-SP) Um estudante, utilizando uma lente, projeta a ima-
Resolução:
gem da tela da sua televisão, que mede 0,42 m × 0,55 m, na parede
a) 1 = 1 + 1 ⇒ – 1 = 1 – 1 oposta da sala. Ele obtém uma imagem plana e nítida com a lente loca-
f p p’ 20 p 4,0
lizada a 1,8 m da tela da televisão e a 0,36 m da parede.
1 = – 1 + 1 ⇒ p = 5,0 cm a) Quais as dimensões da tela projetada na parede? Qual a distância
p 20 4,0
focal da lente?
b) A imagem não pode ser projetada em um anteparo, pois sua natu- b) Como a imagem aparece na tela projetada na parede: sem qual-
reza é virtual. quer inversão? Invertida apenas na vertical (de cabeça para bai-
xo)? Invertida na vertical e na horizontal (de cabeça para baixo e
Respostas: a) 5,0 cm; b) Não, pois sua natureza é virtual.
trocando o lado esquerdo pelo direito)? Justifique.
Tópico 4 – Lentes esféricas 311

Resolução: 42 Um pequeno bastão luminoso é disposto paralelamente a uma


a) Do exposto no enunciado, temos: parede, a 338 cm de distância. Entre o bastão e a parede é instalada
p = 1,8 m uma lente esférica convergente, de distância focal igual a 24 cm, de
p’ = 0,36 m modo que projete na parede uma imagem nítida e ampliada do bas-
ov = 0,42 m (dimensão vertical da tela da televisão) tão. Supondo válidas as condições de Gauss, determine:
oh = 0,55 m (dimensão horizontal da tela da televisão) a) a distância entre a lente e a parede;
I) Utilizando-se a equação do Aumento Linear Transversal para a b) quantas vezes a imagem projetada é maior que o bastão.
dimensão vertical da tela, vem:
iv p’ Resolução:
ov
=–
p a) p + p’ = 338 ⇒ p = 338 – p’ (I)
iv 1=1+1 ⇒ 1 =1+1 (II)
= –0,36 ⇒ iv = –0,084 m f p p’ 24 p p’
0,42 1,8
Substituindo-se (I) em (II):
|iv| = 0,084 m 1 = 1 +1
24 338 – p’ p’
II) Utilizando-se a equação do Aumento Linear Transversal, para a Resolvendo, obtêm-se: p’1 = 312 cm e p’2 = 26 cm.
dimensão horizontal da tela, vem: Se a imagem projetada é ampliada, a solução conveniente é:
ih p’
=– p’ = 312 cm
oh p
ih
= –0,36 ⇒ ih = –0,11 m b) De (I): p = 338 – 312 (cm) ⇒ p = 26 cm
0,55 1,8
p’
A=– ⇒ A = – 312 ⇒ A = –12
|ih| = 0,11 m p 26
A imagem é invertida e de tamanho12 vezes maior que o do objeto.
III) Portanto, as dimensões da imagem da tela, projetada na pare-
de, são: Respostas: a) 312 cm; b) 12 vezes
0,084 m × 0,11 m

IV) A distância focal da lente (f) pode ser obtida pela Equação de 43 Uma lente esférica convergente L e um espelho esférico côn-
Gauss: cavo E, ambos em operação de acordo com as condições de aproxi-
mação de Gauss, são dispostos coaxialmente conforme representa o
1=1+1 esquema. Um anteparo retangular A e um objeto linear O em forma de
f p p’ seta, ambos perpendiculares ao eixo do sistema, são posicionados nos
locais indicados, iluminando-se o objeto por todos os lados.
1= 1 + 1 ⇒ f = 0,30 mm
f 1,8 0,36 A L
E
O
Com f ⬎ 0, a lente é convergente.

b) Do item anterior, temos:


iv = –0,084 m 15 cm
ih = –0,11 m
Como iv ⬍ 0 e ih ⬍ 0, concluímos que a imagem da tela, projetada
na parede, é invertida na vertical (“de cabeça para baixo”) e tam- 60 cm 75 cm
bém na horizontal (“trocando o lado esquerdo pelo direito”).
Esquematicamente, temos: Sendo de 12 cm e 30 cm as distâncias focais de L e E, respectivamente,
Aparelho de TV Parede a melhor representação para a figura projetada em A é:
Lente
convergente a) c) e)

Objeto
1,8 m 0,36 m Imagem
projetada
b) d)

Respostas: a) 0,084 m · 0,11 m, 0,30 mm; b) Invertida na vertical e


na horizontal.
312 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: Resolução:
Equação de Halley:
(I) Lente: 1 = 1 + 1
fL pL p’L
1 = nL – 1 1 + 1
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 – 1 f nM R1 R2
12 15 p’L p’L 12 15
1 = 1,5 – 1 1 + 1
p’L = 60 cm f 1,0 50 50
p’L
AL = – ⇒ AL = – 60 1 = 1 · 2 ⇒ f = 50 cm
pL 15 f 2 50
AL = –4 Para que a imagem se forme no infinito, o objeto deve ser colocado no
foco da lente. Logo:
(Imagem invertida e de tamanho 4 vezes maior que o de O.)
d = f = 50 cm
(II) Espelho: 1 = 1 + 1
fE pE p’E
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 – 1 ⇒ Resposta: 50 cm
p’E = 60 cm
30 60 p’E p’E 30 60
46 Uma lente esférica de vidro (n = 1,5) tem uma face plana e a
p’E
= – 60 ⇒
v
AE = – AE = –1 outra côncava, com raio de curvatura de 1,0 m. Sabendo que a lente
pE 60
está imersa no ar (nar = 1,0), determine:
A imagem produzida por E é real, invertida, do mesmo tamanho de a) a abscissa focal da lente;
O e situada na mesma posição de O. b) sua vergência;
Esta imagem, comporta-se como objeto real em relação a L, que c) seu comportamento óptico (convergente ou divergente).
projeta em A uma imagem invertida desse “objeto”, do mesmo
tamanho da imagem de O citada no item (I). Resolução:

Resposta: a a) 1 = (n2,1 – 1) 1 + 1
f R1 R2
44 E.R. Considere uma lente plano-convexa de vidro imersa no 1 = (1,5 – 1) 0 + 1 ⇒ f = –2,0 m
ar, em que o raio de curvatura da face convexa vale 25 cm. Se o índice f 1,0
de refração do vidro vale 1,5, calcule a distância focal e a vergência da
lente.
b) V = 1 = – 1 di ⇒ V = – 0,50 di
f 2,0
Resolução:
Trata-se de uma aplicação direta da Equação dos Fabricantes de c) Como V < 0 ⇒ Lente divergente
Lentes:
1 = nL – 1 1 + 1 Respostas: a) –2,0 m; b) –0,5 di; c) Divergente
f nm R1 R2
No caso, nL = 1,5, nm = 1,0 e R1 = +25 cm (na face convexa, R > 0). 47 Uma lente plano-convexa de vidro em operação no ar apresenta
O raio de curvatura R2 tende ao infinito, já que a face correspondente distância focal f1 quando o raio de curvatura de sua face esférica tem
medida R1. Desgastando-se essa lente, faz-se com que o raio de curva-
a ele é plana. Por isso, o termo 1 tende a zero, conduzindo-nos a:
R2 tura da face esférica adquira a medida R2, conforme indica a figura a
seguir.
1 = 1,5 – 1 1 +0
f 1,0 25
1 = 0,50 · 1 ⇒ f = 50 cm = 0,50 m
f 25
R1
A vergência é dada pelo inverso da distância focal.
R2
V = 1 ⇒ V = 1 (di) ⇒ V = 2,0 di
f 0,50
A lente é convergente, já que f > 0 e V > 0.

45 Uma lente delgada biconvexa de raios de curvatura iguais a


50 cm, feita de material de índice de refração 1,5, está imersa no ar
(índice de refração igual a 1,0). A que distância da lente deve-se colocar
um objeto real para que sua imagem se forme no infinito?
Tópico 4 – Lentes esféricas 313

Sendo f2 a distância focal da lente depois do desgaste, é correto 49 Admita que um náufrago tenha conseguido chegar a uma ilha
afirmar que: deserta levando consigo apenas um conjunto de duas lentes justa-
a) f2 = 1 f1; postas, uma delas com vergência V1 = +3,0 di e a outra com vergência
2 V2 = –1,0 di. Para acender uma fogueira concentrando raios solares, ele
b) f2 = f1; utilizará o Sol do meio-dia, dispondo as lentes paralelamente ao solo,
c) f2 = 2f1; onde fez um amontoado de gravetos e folhas secas. Para obter fogo
no menor intervalo de tempo possível, o náufrago deverá colocar as
d) f2 = 3f1;
lentes a uma distância dos gravetos e folhas secas igual a:
e) o valor de f2 está indeterminado, já que não é conhecida a relação a) 2,0 m; b) 1,5 m; c) 1,0 m; d) 0,50 m; e) 0,25 m.
entre R2 e R1.
Resolução: Resolução:
.
Sendo R o raio de curvatura da face esférica de uma lente plano-conve- .
Sol .
xa e n o índice de refração relativo entre seu material e o meio externo,
a distância focal f fica determinada pela Equação dos Fabricantes de
Lentes, dada abaixo:
1 = (n –1) 1
f R Lentes

Donde: f= R
n–1 d

É importante notar que, sendo n constante, f é diretamente propor-


cional a R. F Gravetos
Observando-se a figura, concluímos que o polimento da lente faz com
V = V1 + V2 ⇒ V = 3,0 – 1,0 (di)
que o raio de curvatura de sua face esférica seja reduzido à metade.
Assim, se R2 = 1 R1, decorre que: V = 2,0 di
2
1 f = 1 ⇒ f = 1 (m)
f2 = f1 V 2,0
2
f = 0,50 m
Resposta: a
d = f = 0,50 m
48 E.R. São justapostas três lentes delgadas A, B e C com vergên-
Resposta: d
cias VA = +4 di, VB = –3 di e VC = +1 di.
a) Qual é a vergência e qual a distância focal do sistema resultante?
b) O comportamento óptico do sistema resultante é convergente ou 50 Uma lente esférica de vidro, envolvida pelo ar, tem raios de cur-
divergente? vatura iguais. Sabendo que o índice de refração do vidro em relação ao
ar vale 3 e que a convergência da lente é de +5 di:
Resolução: 2
a) A vergência equivalente a uma associação delgada de lentes jus- a) calcule o raio de curvatura comum às faces da lente;
tapostas é calculada por: b) classifique a lente como biconvexa ou bicôncava.

V = V1 + V2 + ... + Vn Resolução:
a) V = (n2, 1 – 1) 2
No caso: R
V = VA + VB + VC
5 = 3 –1 2 ⇒ R = 0,20 m = 20 cm
Substituindo os valores de VA , VB e VC , segue que: 2 R

b) A lente é convergente, pois V ⬎ 0, e biconvexa, pois (n2, 1 ⬎ 1).


V = +4 di – 3 di + 1 di ⇒ V = +2 di
Respostas: a) 20 cm; b) Biconvexa
Sendo V = 1 , calculamos f, que é a distância focal equivalente
f
à associação: 51 (Unifesp-SP) Um estudante observa uma gota de água em re-
V= 1 ⇒ f= 1 = 1 = 0,5 m pouso sobre sua régua de acrílico, como ilustrado na figura.
f V +2 di
5,0 mm

f = 0,5 m = 50 cm
Gota
Régua
b) Como a vergência do sistema resultante é positiva (V = +2 di), ele
tem comportamento convergente.
314 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Curioso, percebe que, ao olhar para o caderno de anotações através Suponha uma lente biconvexa de raios de curvatura iguais (R1 = R2 = R),
dessa gota, as letras aumentam ou diminuem de tamanho conforme distância focal f0 e índice de refração n = 1,8 (figura I). Essa lente é partida
afasta ou aproxima a régua do caderno. Fazendo alguns testes e algu- ao meio, dando origem a duas lentes plano-convexas iguais (figura II). A
mas considerações, ele percebe que a gota de água pode ser utilizada distância focal de cada uma das novas lentes é:
como uma lente e que os efeitos ópticos do acrílico podem ser despre-
a) 1 f0. d) 9 f0.
zados. Se a gota tem raio de curvatura de 2,5 mm e índice de refração 2 5
1,35 em relação ao ar:
a) Calcule a convergência C dessa lente. b) 4 f0. e) 2f0.
b) Suponha que o estudante queira obter um aumento de 50 vezes 5
para uma imagem direita, utilizando essa gota. A que distância d da
lente deve-se colocar o objeto? c) f0.

Resolução: Resolução:
a) Usando a Equação de Halley, temos: Figura I: 1 = (1,8 – 1) 1 + 1 ⇒ 1 = 1,6
n f0 R R f0 R
C = L –1 1 + 1
nM R 1 R2
Assim: f0 = R (I)
Sendo 1,6
R1 = +2,5 mm = 2,5 · 10–3 m e 1 + 1
Figura II: 1 = (1,8 – 1) ⇒ 1 = 0,8
R2 → ∞ (face plana) ⇒ 1 → 0 f R ∞ f R
R2

{
Vem: tende a
zero
C = (1,35 – 1) 1 – 0 (di)
2,5 · 10–3 Assim: f = R (II)
C = 0,35 · 400 (di) 0,8

C = 1,4 · 102 di Comparando-se (I) e (II): f = 2f0

b) O aumento provocado na imagem pode ser determinado por:


Resposta: e
A= f
f–p
Sendo: 53 Um estudante possui uma lente côncavo-convexa de vidro
C = 1 = 140 di e f = + 1 m, nv = 3 , cujas faces têm raios de curvatura 10 cm e 5,0 cm. Saben-
f 140
2
temos: do que a lente é utilizada no ar (nar = 1) e posteriormente na água
1
140 nA = 4 , responda:
50 = 1 ⇒ 50 – 50d = 1 3
–d 140 140
140 a) Do ar para a água os planos focais aproximam-se ou afastam-se do
centro óptico?
50 – 7 000d = 1
b) Qual é a variação da distância focal da lente?
7 000d = 49 ⇒ d = 7,0 · 10–3 m
Resolução:
2
Respostas: a) 1,4 · 10 di; b) 7,0 · 10 m –3
a) No ar: 1 = 3 – 1 – 1 + 1
f1 2 10 5,0

52 (UFC-CE) Uma lente esférica delgada, construída de um material f1 = 20 cm


de índice de refração n, está imersa no ar (nar = 1,00). A lente tem dis-
tância focal f e suas superfícies esféricas têm raios de curvatura R1 e R2. 3
Esses parâmetros obedecem a uma relação, conhecida como “equação Na água: 1 = 2 –1 – 1 + 1
dos fabricantes”, expressa por f2 4 10 5,0
3
1 = (n – 1) 1 + 1 .
f f2 = 80 cm
R1 R2
Como f2 ⬎ f1, tem-se que, do ar para a água, os planos focais afas-
tam-se do centro óptico.

b) Δf = f2 – f1 ⇒ Δf = 80 cm – 20 cm

Δf = 60 cm

Figura l Figura ll Respostas: a) Afastam-se; b) 60 cm.


Tópico 4 – Lentes esféricas 315

54 (UFTM-MG) Em um laboratório, uma lente plano-convexa de 56 Um objeto luminoso de altura igual a 15 cm é colocado perpendi-
raio de curvatura 0,5 m é parcialmente mergulhada em água, de cularmente ao eixo óptico de uma lente esférica convergente que obe-
modo que o eixo principal fique no mesmo plano da superfície de se- dece às condições de Gauss. Sabendo que a imagem obtida tem altura
paração entre a água e o ar. Um feixe de luz, incidindo paralelamente igual a 3,0 cm e está a 30 cm do objeto, determine a vergência da lente.
a esse eixo, após passar pela lente, converge para dois focos distintos
(Far e Fágua). Na região em que a lente está imersa no ar, a convergência Resolução:
é de 1 di. i = – p’ ⇒ – 3,0 = – p’ ⇒ p = 5p’ (I)
o p 15 p
Luz
incidente p + p’ = 30 (II)
Ar (I) em (II):
5p’ + p’ = 30 ⇒ p’ = 5,0 cm
Fágua Far Logo, de (II): p = 25 cm
1 = 1 + 1 ⇒ V = 1 + 1 (di)
Água f p p’ 0,25 0,050
V = 24 di

Se o índice de refração do ar tem valor 1 e o índice de refração da água, Resposta: 24 di


valor 4 , a convergência da parte da lente mergulhada no líquido é,
em di:3 57 (Vunesp-SP) Suponha que você tenha em mãos duas lentes
de mesmo diâmetro e confeccionadas com o mesmo tipo de vidro,
a) 1 . c) 2 . e) 4 .
4 3 5 mas uma plano-convexa (convergente) e outra plano-côncava (diver-
gente). Como proceder para verificar, sem auxílio de instrumentos de
b) 3 . d) 3 . medição, se a convergência de uma é igual, em módulo, à divergên-
5 4
cia da outra?
Resolução:
n
Equação de Halley: V = 1 = L – 1 1 + 1 Resolução:
f nM R1 R 2 As lentes devem ser associadas conforme ilustra a figura, de modo que
(I) Parte mergulhada no ar: formem uma lâmina de faces paralelas.
A face convexa
nL
1= –1 1 ⇒ nL = 3 Luz
deve aderir
perfeitamente à
1 0,5 2
face côncava

(II) Parte mergulhada na água:


3 Lente Lente
plano-côncava plano-convexa
Vágua = 2 – 1 1 (di)
4 0,5
3 Resposta: A face convexa deve aderir perfeitamente
à face côncava.
Donde: Vágua = 1 di
4

Resposta: a 58 Um raio de luz monocromática R incide paralelamente ao eixo


principal de um sistema óptico composto por duas lentes convergen-
55 (Vunesp-SP) Duas lentes delgadas, uma convergente e ou- tes, L1 e L2, produzindo um raio emergente R’, conforme ilustra a figura
a seguir. A vergência da lente L2 é igual a 4,0 di.
tra divergente, com distâncias focais respectivamente iguais a 1 m e
–2 m, encontram-se justapostas. Um objeto é colocado a 3 m das len- L1 L2
tes. Desprezando a espessura do sistema de lentes, determine a distân-
cia entre a imagem e esse sistema.
25 cm
Eixo
Resolução:
principal
R'
(I) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 – 1 ⇒ f = 2 m 20 cm
50 cm
f f1 f2 f 1 2
R
(II) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ p’ = 6 m
f p p’ 2 3 p’
Determine:
Resposta: 6 m a) a distância focal da lente L1;
b) a distância entre as lentes.
316 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: 60 (Vunesp-SP) As figuras representam feixes paralelos de luz mo-


a) Da definição de vergência, temos: nocromática incidindo, pela esquerda, nas caixas A e B, que dispõem
V2 = 1 de aberturas adequadas para a entrada e a saída dos feixes:
f2
4,0 = 1 ⇒ f2 = 1 (m) P Caixa A Q' P Caixa B
f2 4,0 Q'

f2 = 0,25 m ou 25 cm P'
Q P' Q

Pela figura, conclui-se que o raio emergente R’ passa pelo ponto Figura A Figura B
antiprincipal imagem de L2 e, portanto, temos:
Para produzir esses efeitos, dispunha-se de um conjunto de lentes con-
L1 L2 vergentes e divergentes de diversas distâncias focais.
l2
a) Copie a figura A e, em seguida, desenhe no interior da caixa uma
lente que produza o efeito mostrado; complete a trajetória dos
25 cm
F‘1
raios e indique a posição do foco da lente.
R‘
b) Copie a figura B e, em seguida, desenhe no interior da caixa um par
O1 A2 O2 A‘2
20 cm de lentes que produza o efeito mostrado; complete a trajetória dos
R raios e indique as posições dos focos das lentes.
l1 f1 50 cm 50 cm
Respostas: a)
Caixa A
Como o raio incidente R é paralelo ao eixo principal, pode-se
afirmar que o foco principal imagem de L1 coincide com o ponto
P L Q‘
antiprincipal objeto de L2.
Da semelhança entre os triângulos A2I1O1 e A2I2O2, vem: Foco
f1 50
=
20 25

f1 = 40 cm Q P‘

b) A distância entre as lentes é dada por:


b)
D = f1 + 2f2 Caixa B
D = 40 + 50 (cm)
L1 L2
D = 90 cm P
Q‘

Respostas: a) 40 cm; b) 90 cm

P‘
59 (Unisa-SP) Um objeto luminoso é colocado a 60 cm de uma Q
F‘1 ⬅ F2
lente convergente de 20 cm de distância focal. Uma segunda len-
te convergente, de 30 cm de distância focal, é colocada a 80 cm f1 f2 f2 < f1
da primeira lente, tendo seus eixos principais coincidentes. A que
distância da segunda lente se forma a imagem f inal fornecida pelo
sistema?
61 Monta-se um anteparo opaco perpendicularmente ao eixo prin-
Resolução: cipal de uma lente delgada divergente, a 30 cm do centro óptico da
lente:
(I) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1
f1 p1 p’1 20 60 p’1

Da qual: p’1 = 30 cm 5,0 cm


O
(II) A imagem real produzida pela primeira lente comporta-se como
objeto real em relação à segunda.
30 cm
1= 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1
f2 p2 p’2 30 50 p’2
Um feixe cilíndrico de luz monocromática, com 5,0 cm de diâmetro,
Da qual: p’2 = 75 cm incide na lente de modo que seus raios luminosos fiquem paralelos ao
eixo principal. Sabendo que depois da refração na lente o feixe ilumina,
no anteparo, uma região circular de 20 cm de diâmetro, calcule o valor
Resposta: 75 cm
absoluto da distância focal da lente.
Tópico 4 – Lentes esféricas 317

Resolução: 63 (ITA-SP – mod.) Considere um sistema composto de duas len-


tes circulares esféricas delgadas de 6,0 cm de diâmetro, dispostas coa-
xialmente, como indica a figura. L1 é uma lente convergente de dis-
5,0 cm 20 cm
F tância focal de módulo igual a 5,0 cm e L2 é uma lente divergente de
distância focal de módulo igual a 4,0 cm. No ponto P1, à esquerda do
f 30 cm sistema, é colocado um objeto luminoso puntiforme a 5,0 cm de L1.
À direita de L2, a uma distância d = 24 cm, é colocado um anteparo A,
Tendo em conta a semelhança dos triângulos da figura, vem: perpendicular ao eixo do sistema.
|f| + 30 20 L1 L2
= ⇒ |f| = 10 cm A
|f| 5,0

Resposta: 10 cm P1

62 (Fuvest-SP) Um laser produz um feixe paralelo de luz, com


4 mm de diâmetro. Utilizando um espelho plano e uma lente delgada 5,0 cm 24 cm
convergente, deseja-se converter o feixe paralelo em um feixe diver-
gente propagando-se em sentido oposto. O feixe divergente deve ter Assim, temos que:
abertura total φ = 0,4 radiano, passando pelo centro óptico O da lente. a) sobre o anteparo A forma-se uma imagem real puntiforme de P1.
A figura abaixo mostra a configuração do sistema. Como φ é pequeno, b) sobre o anteparo A aparece uma região iluminada circular com
pode-se considerar φ ⯝ sen φ ⯝ tg φ. 12 cm de diâmetro.
c) sobre o anteparo aparece uma região iluminada circular com
Lente Espelho 6,0 cm de diâmetro.
d) o anteparo fica iluminado uniformemente em uma região muito
grande.
φ 4 mm O e) sobre o anteparo aparece uma região iluminada circular com 42 cm
d de diâmetro.
Resolução:
A
2 4 6 8 10 12 14 (mm)
L2
L1

Para se obter o efeito desejado, a distância focal f da lente e a distância P1


d da lente ao espelho devem valer: 6,0 cm D

a) f = 10 mm; d = 5 mm. d) f = 10 mm; d = 20 mm.


b) f = 5 mm; d = 10 mm. e) f = 5 mm; d = 5 mm.
c) f = 20 mm; d = 10 mm. 5,0 cm
4,0 cm 24 cm
Resolução:
A situação proposta é viabilizada pelos raios de luz traçados no esque- Os triângulos destacados são semelhantes.
ma abaixo: Logo:
Lente
Espelho D = 4,0 + 24 ⇒
D = 42 cm
6,0 4,0
φ
2 mm F
O 2 y
4 mm φ Resposta: e

d d 64 (Fuvest-SP – mod.) Uma lente circular convergente L, de área


20 cm2 e distância focal 12 cm, é colocada perpendicularmente aos raios
Semelhança de triângulos: solares, que neste local têm uma intensidade de radiação de 0,10 W/cm2.
y 2 mm Admita que 20% da radiação incidente na lente seja absorvida por ela.
= ⇒ y = 1 mm
d 2d Um coletor solar C é colocado entre a lente e seu foco, a 6 cm da lente,
conforme representa o esquema a seguir.
No triângulo destacado: L
φ y φ y
tg = ⇒ ⯝ C
2 d 2 d Luz
solar
0,4 ⯝ 1 ⇒ d = 5 mm
2 d Foco

f = 2d = 2 · 5 mm ⇒ f = 10 mm

Resposta: a
318 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Suponha que toda energia incidente no coletor seja absorvida por ele 65 (Unicamp-SP) O sistema óptico esboçado na figura consiste em
e usada para aquecer 1 cm3 de água, inicialmente a 20 °C. Adotando uma lente convergente de distância focal f e em um espelho plano que
para a água calor específico sensível igual a 1 cal/g °C e densidade ab- contém o foco F2 da lente. Um pequeno objeto AB encontra-se a uma
soluta igual a 1 g/cm3, e considerando 1 cal = 4 J, responda: distância 2f da lente, como indica a figura. Os raios luminosos prove-
a) Qual a temperatura da água ao fim de 2 min do aquecimento? nientes de AB e refletidos pelo espelho não atingem a lente novamen-
b) Qual a intensidade de radiação solar incidente no coletor? te. Refaça a figura e construa a imagem de AB produzida pelo sistema
óptico.
Resolução:
a) A luz refratada pela lente atinge o coletor conforme representa a B
figura abaixo:

L C
A F1 45º F2
Luz
2f
solar
Foco

Resposta: B‘‘ A‘’


B
6 cm
12 cm A‘
A

Sendo IL a intensidade de radiação transmitida pela lente, temos: B‘


IL = 80% Itotal = 0,80 · 0,10 (W/cm ) 2 2f 2f

IL = 8,0 · 10–2 W/cm2


66 (Vunesp-SP) Uma lâmina de vidro óptico de faces paralelas, cuja
A potência PL transmitida pela lente é dada por: espessura é de aproximadamente 1 cm, será interposta perpendicu-
P P larmente, entre uma lente convergente e a imagem real (que a lente
IL = L ⇒ 8,0 · 10–2 = L produz) de um objeto iluminado com luz monocromática. Observe a
AL 20
figura:
PL = 1,6 W

Essa potência é totalmente absorvida pelo coletor e transformada


em potência térmica que vai ser utilizada para aquecer a água. Objeto Imagem
Q = m c Δ θ ⇒ PL Δt = µV c Δθ
1,6 · 2 · 60 = 1 · 1 · 1 (θ – 20°)
Com a inserção da lâmina:
4
a) a posição da imagem não se altera.
Donde: θ = 68 °C b) a imagem se aproxima da lente.
c) a imagem se afasta da lente.
b) No coletor, projeta-se uma área iluminada circular AC de diâmetro d) não se forma mais a imagem.
dC, que pode ser relacionado com o diâmetro dL da lente por seme- e) formam-se duas imagens reais separadas por uma distância menor
lhança de triângulos. que 1 cm.
dC dL dL Resolução:
= ⇒ dC =
6 12 2
Como a área do círculo é proporcional ao quadrado do diâmetro
(ou do raio), determina-se o valor da área AC iluminada no coletor.
d A
Se dC = L , então, AC = L = 20 (cm2) l1 l2
2 4 4
AC = 5 cm2

A intensidade de radiação solar incidente no coletor é obtida por:


P Lâmina de
IC = L ⇒ IC = 1,6 (W/cm2) Lente
faces paralelas
AC 5

IC = 0,32 W/cm2 Com a inserção da lâmina de faces paralelas, a imagem se afasta da


lente, passando de I1 para I2.

Respostas: a) 68 °C; b) 0,32 W/cm2 Resposta: c


Tópico 4 – Lentes esféricas 319

67 (Unicamp-SP) Na figura abaixo, r é um raio de luz que incide em potência, capaz de emitir luz exclusivamente para a direita, é colocada
i
uma lente delgada cujo eixo óptico é N1N2 e rr é o correspondente raio no ponto P. Os raios luminosos provenientes da fonte seguem, então,
refratado. Refaça a figura e mostre como se podem determinar gra- as trajetórias indicadas, acendendo um palito de fósforo cuja extremi-
ficamente os focos da lente. dade se encontra no ponto Q.
ri 60 cm 60 cm
rr

N1 N2

Resposta: Plano Q L E
focal Plano P
ri rr
imagem focal
objeto
F‘s
N1 F‘ N2
0 F
x x
Eixo
secundário
d

68 Um objeto real y é colocado a uma distância x do foco objeto


Considerando as medidas do esquema, aponte a alternativa em que
principal de uma lente esférica convergente, perpendicularmente ao
aparecem os valores corretos de fE e d:
seu eixo principal. A imagem y’ conjugada pela lente a esse objeto é
a) fE = 60 cm; d = 120 cm; d) fE = 30 cm; d = 75 cm;
real e situa-se a uma distância x’ do foco imagem principal, conforme
indica a figura. b) fE = 60 cm; d = 75 cm; e) fE = 60 cm; d = 72 cm.
c) fE = 30 cm; d = 120 cm;
x' Resolução:
y O ponto P está situado no centro de curvatura de E. Logo:
F F'
R
x f f y' fE = E = 60 cm ⇒ fE = 30 cm
2 2
Para L, tem-se:
1 1 1 ⇒ 1 1 1
= + = +
fL pL p’L 12 pL 60
Supondo-se válidas as condições de Gauss, pode-se afirmar que a dis-
tância focal da lente é dada por: 1 = 1 – 1 ⇒ pL = 15 cm
a) x + x’; pL 12 60
b) x – x’; Mas d = pL + 60. Assim:
c) x · x’;
d = 15 + 60 (cm) ⇒ d = 75 cm
d) x ;
x’
Resposta: d
e) x · x’ .

Resolução: 70 (Unip-SP) Considere a lente convergente L de distância focal f,


Equação de Gauss: 1 = 1 + 1 representada na figura, em que F é o foco principal objeto e A e B são
f p p’ duas posições simétricas em relação a F. Admita, na formação de ima-
1= 1 + 1 gens, serem válidas as condições de aproximação de Gauss.
f f + x f + x’
Quando um objeto linear de tamanho y é colocado em A, a imagem
1 = f + x’ + f + x ⇒ f 2 + f x’ + f x + x x’ = 2f 2 + fx’ + fx formada pela lente tem tamanho y’.
f (f + x) ( f + x’)
L
f 2 = xx’ ⇒ f = x x’
f
Resposta: e

69 Um espelho esférico côncavo E, de distância focal f , e uma lente y F y


E
delgada convergente L, de distância focal fL= 12 cm, estão dispostos D A B C
d d
coaxialmente, com seus eixos ópticos coincidentes, conforme repre-
senta a figura. Admita que o espelho e a lente estejam sendo utilizados 2f
dentro das condições de Gauss. A distância entre o vértice do espelho
e o centro óptico da lente é igual a d. Uma fonte pontual de grande
320 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Quando o mesmo objeto linear é colocado em B, a imagem formada Resolução:


passa a ter um tamanho y”, tal que: a) Do gráfico, para 1 = 1m–1, obtém-se 1 = 1m–1. Assim, aplicando-se
p p’
a) y” = y’. d) y” = 2y’. a Equação de Gauss, pode-se calcular a distância focal de lente (f).
1
b) y” = y’. e) y” = 4y’.
4 1 = 1 + 1 ⇒ 1 =1+1
f p p’ f
c) y” = 1 y’ .
2
1 =2 ⇒ f = 0,50 m = 50 cm
Resolução: f
A= f ⇒ i = f
f–p o f–p
Objeto em A: b) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1
f p p’ f f p’
y’ f 2
=
y f – (f + d)
1=1–2 ⇒ p’ = –f (imagem virtual)
Donde: y’ = – f y (imagem invertida) p’ f f
d
i = – p’ ⇒ i = – (–f)
Objeto em B: o p o f
y” f 2
=
y f – (f – d)
Da qual: i = 2o
Donde: y” = f y (imagem direita)
d A altura máxima alcançada pela imagem virtual da pulga será o
Logo: |y”| = |y’| dobro da altura máxima alcançada pelo objeto, durante o mesmo
intervalo de tempo.
A pulga e sua imagem descreverão em relação ao estudante mo-
Resposta: a vimentos uniformemente variados, para os quais valem as ex-
pressões:
71 (UFU-MG – mod.) Um estudante de Física olha através de uma v +v
vm = 0 e vm = Δs
lupa uma pulga que foi condicionada a andar apenas sobre o eixo prin- 2 Δt
cipal da lente, conforme representa a figura A. Ele mediu a distância p
v0 + v Δs
entre o inseto e a lupa e a distância p’ entre a lupa e a imagem real da Donde: =
pulga, em vários pontos. O resultado dessas medições está apresenta- 2 Δt
do no gráfico da figura B. v0 + 0 h
Lupa Objeto: =
2 Δt
v1 + 0 2h v1 = 2v0
Imagem: =
2 Δt
Pulga Estudante
Eixo
O principal Equação de Torricelli: v2 = v20 + 2α Δs

Objeto: 0 = v20 + 2α0 h


αi = 2α0
Imagem: 0 = (2v0)2 + 2αi 2h

Figura A gi = 2g0 = 2 · 10 (m/s2) ⇒ gi = 20 m/s2

1 (m–1)
p' Respostas: a) 50 cm; b) 20 m/s2
2

72 (UFSCar-SP) No quarto de um estudante, há uma lâmpada in-


candescente localizada no teto, sobre a sua mesa. Deslocando uma
lente convergente ao longo da vertical que passa pelo filamento da
1
(m–1) lâmpada, do tampo da mesa para cima, o estudante observa que é
0 2 p
Figura B possível obter a imagem nítida desse filamento, projetada sobre a
mesa, em duas alturas distintas. Sabendo-se que a distância do fila-
a) Obtenha a distância focal da lente. mento da lâmpada ao tampo da mesa é de 1,5 m, que a distância
b) A pulga, ao passar exatamente pelo ponto médio entre o foco focal da lente é de 0,24 m e que o comprimento do filamento é de
principal objeto e o centro óptico da lente, resolve dar um pe- 12 mm, determine:
queno salto vertical. Desprezando a resistência do ar, adotando a) as alturas da lente em relação à mesa, nas quais essas duas imagens
g = 10 m/s2 e admitindo como válidas as condições de Gauss, nítidas são obtidas;
determine a intensidade da aceleração da imagem da pulga em b) os comprimentos e as características das imagens do filamento
relação ao estudante durante o salto. obtidas.
Tópico 4 – Lentes esféricas 321

Resolução: Resolução:
o 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ p’ = 75 cm
(Filamento)
f p1 p’1 30 50 p’1 1

A primeira imagem fornecida pela lente comporta-se como objeto


p virtual para o espelho plano, que conjuga a esse objeto uma ima-
gem real 25 cm à direita da lente. Essa imagem comporta-se como
Lente objeto real para a lente, que lhe conjuga uma imagem virtual situa-
da a uma distância p’2, dada por:
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ p’ = –150 cm
p‘ f p2 p’2 30 25 p’2 2

Em relação ao espelho, a distância da imagem final fornecida pelo sis-


Tampo tema é d, calculada por:
i da mesa
d = 150 – 50 = 100 cm ⇒ d = 1,0 m
Sendo 1,5 m a distância do filamento ao tampo da mesa, temos:
Resposta: 1,0 m
p + p’ = 1,5 (I)
De: 1 = 1 + 1
f p p’ 74 Na figura, está representado um objeto luminoso de altura y po-
vem: 1 = 1 + 1 (II) sicionado a 16,0 cm de uma lente convergente L, cuja distância focal
0,24 p p’
é de 8,0 cm. A lente está a uma distância D de um espelho esférico
De (I): p = 1,5 – p’
gaussiano E de raio de curvatura 36,0 cm e eixo principal coincidente
Em (II): 1 = 1 + 1 com o eixo óptico da lente.
0,24 1,5 – p’ p’
1 = 1,5 L E
0,24 (1,5 – p’)p’
1,5 p’ – p’2 = 0,36
p’2 – 1,5 p’ + 0,36 = 0 y
2
p’2 = 1,5 ± (1,5) –4 · 0,36
2
p’ = 1,5 ± 0,9
2
Da qual: p’1 = 1,2 m e p’2 = 0,3 m
b) De (I), temos: 16,0 cm D
p + p’ = 1,5
Para p’1 = 1,2 m; Para que a imagem produzida pelo espelho tenha altura igual a 2y e
p1 + 1,2 = 1,5 orientação invertida em relação ao objeto, o tipo de espelho esférico
p1 = 0,3 m utilizado e o valor de D são, respectivamente:
p’ i a) côncavo e D = 16,0 cm;
De: i = – , vem: 1 = – 1,2 ⇒ i1 = –48 mm
o p 12 0,3 b) côncavo e D = 25,0 cm;
Para p’2 = 0,3 m: c) côncavo e D = 43,0 cm;
p2 + 0,3 = 1,5 d) convexo e D = 16,0 cm;
p2 = 1,2 m e) convexo e D = 25,0 cm.
p’ i
De: i = – , vem: 2 = – 0,3 ⇒ i2 = –3 mm Resolução:
o p 12 12
(I) Em relação a L:
As imagens são reais, possuem comprimentos de 48 mm e 3 mm e 1=1+ 1
são invertidas em relação ao objeto. fL pL p’L
Respostas: a) 1,2 m; 0,3 m; b) 48 mm, 3 mm, imagens reais 1 = 1 + 1
e invertidas 8,0 16,0 p’L
1 = 1 – 1
p’L 8,0 16,0
73 Utilizando um banco óptico, um estudante monta no laborató-
1 = 2,0 – 1,0 ⇒ p’ = 16,0 cm
rio o arranjo representado a seguir, em que a abscissa focal da lente p’L 16,0 L
vale +30 cm: p’ 16,0 cm
Lente
Espelho A L = – L ⇒ AL = –
pL 16,0 cm
plano
O
Donde: AL = –1,0
50 cm 50 cm
A imagem que a lente conjuga ao objeto é real, situa-se no ponto
antiprincipal imagem de L, é invertida (AL é negativo) e tem com-
A que distância do espelho forma-se a imagem final de O conjugada primento y igual ao do objeto. Essa imagem funciona como objeto
pelo sistema? real em relação ao espelho.
322 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

(II) Em relação a E: 2) Do enunciado, temos:


Para que a imagem produzida pelo espelho tenha orientação in- R1 = R2 = +1,00 m (face convexa ⇒ R ⬎ 0)
vertida em relação ao objeto original, ela deve ter orientação di- nar = 1,00
reita em relação ao objeto que lhe dá origem. Logo, AE é positivo nL(verm) = 1,60
e também: nL(viol) = 1,64
2y
AE = i = = 2,0
o y 3) Aplicando-se a Equação de Halley para a lente, quando exposta à
Se E produz uma imagem direita e ampliada em relação ao objeto luz monocromática vermelha, vem:
que lhe deu origem, trata-se de um espelho côncavo, de distância 1 = nL(verm) – 1 1 + 1
focal positiva, dada por: f1 nar R1 R2
R 1 = 1,60 – 1 1 + 1
Fe = E = 36,0 cm = 18,0 cm f1 1,00 1,00 1,00
2 2
fE
Logo: AE = ⇒ 2,0 = 18,0
f E – pE 18,0 – pE f1 = 1 m
1,20
18,0 – pE = 9,0 ⇒ pE = 9,0 cm
4) Aplicando-se a Equação de Halley para a lente, quando exposta à
(III) D = p’L + pE ⇒ D = 16,0 + 9,0 (cm) luz monocromática violeta, vem:
1 = nL(viol) – 1 1 + 1
D = 25,0 cm f2 nar R1 R2

Resposta: b 1 = 1,64 – 1 1 + 1
f2 1,00 1,00 1,00

75 Duas lentes esféricas simétricas, de vidro e de pequena espessu- f2 = 1 m


1,28
ra – uma biconvexa (L1) e outra bicôncava (L2) – e um espelho esférico
côncavo gaussiano (E) são testados no ar, onde se verifica que suas 5) A distância entre os focos é dada por:
distâncias focais apresentam o mesmo valor absoluto: f. Esses sistemas d = f 1 – f2
ópticos são então mergulhados em água, onde se realiza um novo tes-
te de verificação de distâncias focais. Nesse ensaio, obtêm-se para as d = 1 – 1 (m)
1,20 1,28
distâncias focais de L1, L2 e E os valores absolutos f1, f2 e fE , respectiva-
mente. Se o vidro é mais refringente que a água e esta é mais refringen- Donde: d ⯝ 0,052 m = 5,2 cm
te que o ar, é correto concluir que:
a) f1 > f, f2 > f e fE = f; d) f1 < f, f2 < f e fE < f; Resposta: 5,2 cm
b) f1 > f, f2 < f e fE = f; e) f1 > f, f2 > f e fE > f.
c) f1 = f, f2 = f e fE = f; 77 Para compor a objetiva de certo instrumento óptico, usa-se a
associação de lentes acrílicas (de espessura desprezível) representada
Resolução: na figura a seguir.
(I) Para L1 e L2, o módulo da distância focal pode ser obtido pela Equa-
ção de Halley:
1 = (n – 1) 2 ⇒ f= R
f rel R 2(nrel – 1)
A B
Sendo R (raio de curvatura das faces da lente) constante e Ar Ar
nrel ⬍ nrel , conclui-se que f1 ⬎ f e f2 ⬎ f.
água ar

(II) A imersão do espelho esférico E na água não provoca variação em A lente A é biconvexa e suas faces têm 25 cm de raio de curvatura.
sua distância focal, já que, nos espelhos, a luz sofre reflexão. Logo: A lente B é convexo-côncava e sua face côncava adere perfeitamente
fE = f. à lente A. Os índices de refração do acrílico e do ar são conhecidos,
valendo, respectivamente, 1,5 e 1,0. Sabendo que a vergência equiva-
Resposta: a lente à associação é de +3,0 di, determine:
a) a vergência da lente A;
76 (ITA-SP) As duas faces de uma lente delgada biconvexa têm um
b) a abscissa focal da lente B;
c) os raios de curvatura das faces da lente B.
raio de curvatura igual a 1,00 m. O índice de refração da lente para a
luz vermelha é 1,60 e, para luz violeta, 1,64. Sabendo que a lente está Resolução:
imersa no ar, cujo índice de refração é 1,00, calcule a distância entre os 2
focos de luz vermelha e de luz violeta, em centímetros. a) VA = (1,5 – 1) 0,25 ⇒ VA = +4,0 di

Resolução: b) V = VA + VB ⇒ 3,0 di = 4,0 di + VB


1) A Equação de Halley (Equação dos Fabricantes de Lentes) é dada por: VB = –1,0 di
1 = nL – 1 1 + 1
f nM R1 R2 fB = 1 = – 1 ⇒ fB = –1,0 m
VB 1,0
Tópico 4 – Lentes esféricas 323

c) Face côncava: R1 = 25 cm (aderência perfeita) 80 Uma lente delgada convergente de distância focal f = 10 cm é
Face convexa: disposta com o eixo principal normal a um anteparo situado à distância
V = (n2,1 – 1) 1 + 1 d = 30 cm. Ao longo do eixo principal, desloca-se uma fonte puntifor-
R1 R2 me. Há duas posições da fonte para as quais a luz emergente da lente
1 + 1 ilumina, no anteparo, um círculo do tamanho da lente. Para qualquer
3,0 = (1,5 – 1)
0,25 R2 uma dessas posições, determine a distância da fonte à lente.
Da qual: R2 = 0,50 m = 50 cm Resolução:
1a possibilidade:
Anteparo
Respostas: a) +4,0 di; b) –1,0 m; c) Face côncava: 25 cm; Lente
Face convexa: 50 cm
Fonte

78 (IME-RJ) Um sistema óptico é constituído por duas lentes con-


vergentes, 1 e 2, cujas distâncias focais são f e 2f, respectivamente. A p1 = f 30 cm
lente 1 é fixa; a lente 2 está presa à lente 1 por uma mola cuja constante
elástica é k. Com a mola em repouso (sem deformação), a distância
entre as lentes é 2,5f. Fonte a 10 cm da lente.
1 2 2a possibilidade:
Lente Anteparo

Fonte

p2 = 30 cm 15 cm

Mola sem 1= 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ p2 = 30 cm
deformação f p2 p’2 10 p2 15
F Fonte a 30 cm da lente.

Resposta: 1a possibilidade: fonte a 10 cm da lente;


2,5 f 2a possibilidade: fonte a 30 cm da lente.
Determine o menor valor da força F para que o sistema produza uma
imagem real de um objeto distante, situado à esquerda da lente 1. Des- 81 Um estudante dispõe de uma lupa (lente esférica convergente)
preze as forças de atrito. de distância focal igual a 6,0 cm e com ela deseja obter imagens nítidas
Resolução: de uma pequena lâmpada situada sobre o eixo óptico, sempre distan-
O objeto impróprio situado à esquerda da lente I produz uma imagem tes 25 cm em relação ao objeto. Determine as possíveis distâncias da
real situada no plano focal imagem dessa lente. lâmpada à lente para que o intento do estudante seja satisfeito.
Essa imagem funciona como objeto real para a lente 2. Resolução:
Para que a lente 2 produza uma imagem ainda real do citado objeto, Equação de Gauss:
este deve estar posicionado praticamente no seu plano focal (ligeira- 1=1+1
mente à esquerda dele), conforme ilustra a figura a seguir: f p p’
1 2
1 = 1 – 1 ⇒ 1 = p–f
Imagem p’ f p p’ fp
F1 ⬅ F 2 real

p’ = pf ⇒ p’ = 6,0 p
(⬁)
(I)
p–f p – 6,0

1o caso: Imagens reais


f 2f
p’ + p = 25 cm (II)
Essa é a situação em que o sistema fornece imagem real com mínima
tração na mola. Nesse caso, a deformação da mola é x = 3f – 2,5f = 0,5f. (I) em (II): 6,0 p + p = 25
A intensidade F da força aplicada à mola fica determinada pela Lei de p – 6,0
Hooke: 6,0p + p2 – 6,0p = 25p – 150
F=kx
p2 – 25p + 150 = 0 ⇒ p = 25 ± 625 – 600
F = k 0,5f ⇒ F = k f 2
2 25 ± 5,0
p=
2
Resposta: F = k f
2 p1 = 15 cm e p2 = 10 cm
324 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

2o caso: Imagem virtual Com o auxílio de uma lente convergente, na posição 1, a imagem do
|p’| – p = 25 cm (III) filamento de uma lâmpada incandescente é projetada sobre uma tela,
Nesse caso, p’ é o número negativo e, ao operarmos com |p’|, devemos como mostra a figura acima. Mantendo-se fixas as posições da lâmpa-
multiplicar a expressão (I) por –1. da e da tela, verifica-se experimentalmente que uma nova imagem do
filamento sobre a tela é obtida quando a lente passa para a posição 2.
–6,0 p – p = 25 ⇒ –6,0p – p2 + 6,0p = 25(p – 6,0) As posições 1 e 2 estão separadas pela distância d. Sendo D a distân-
p – 6,0 cia entre a lâmpada e a tela, podemos afirmar que a distância focal da
lente é igual a:
p2 + 25p – 150 = 0 ⇒ p = –25 ± 625 – 600 2 2
2 a) (D – d ) . d) 2D – d.
4D
p = –25 ± 35 ⇒
2 2
p3 = 5,0 cm b) (D – d ) . e) d.
2 4d
2
p4 = –30 cm (não convém) c) D .
2d
Respostas: 15 cm, 10 cm e 5,0 cm
Resolução:
82 Um objeto luminoso é colocado a uma distância d de uma Equação de Gauss: 1 = 1 + 1
0 f p p’
lente convergente de distância focal f0, sendo sua imagem projetada
em um anteparo situado a uma distância L da lente. O objeto é en-
d Lente na posição 1: 1 = 1 + 1 (I)
tão aproximado, ficando posicionado a uma distância 0 da lente, o f p1 D + p1
2
que faz com que a imagem se apresente desfocada no anteparo. Lente na posição 2: 1 = 1 + 1 (II)
Desejando-se focalizar a imagem, substitui-se a primeira lente por f p1 + d D – (p1 + d)
uma outra, também convergente, mas de distância focal f1. Saben-
do que a segunda lente é instalada na mesma posição da primeira, Comparando-se (I) e (II), vem:
determine:
a) o valor de L; b) o valor de f1. 1 + 1 = 1 + 1
p1 D – p1 p1 + d D – (p1 + d)
Resolução:
a) 1a lente: 1 = 1 + 1 (Equação de Gauss) D – p1 + p1 D – (p1 + d) + (p1 + d)
f0 d0 L =
p1 (D – p1) (p1 + d) [D – (p1 + d)]
1 = 1 – 1 ⇒ 1 = d0 – f0
L f0 d0 L f0d0 (p1 + d)[D – (p1 + d)] = p1(D – p1)
f0 d0 p1 D – p1(p1 + d) + d D – d(p1 + d) = p1 D – p21
Assim: L=
d0 – f0 –p21 – p1 d + d D – p1 d – d2 = –p21

b) 2a lente: 1 = 1 + 1 (Equação de Gauss) 2p1 d = d(D – d) ⇒ p1 = D – d (III)


f1 d0 L 2
2 Substituindo-se (III) em (I), determina-se f:
1 = 2 + (d0 – f0) ⇒ 1 = 2f0 + d0 – f0 1= 1 + 1
f1 d0 f0d0 f1 f0d0 f D–d D – (D – d)
2 2
f0 d0 1= 2 + 2
Assim: f1 = f D–d 2D – D + d
d0 + f0
1 = 2 (D + d) + 2 (D – d)
f d f d f (D – d) (D + d)
Respostas: a) L = 0 0 ; b) f1 = 0 0
d0 – f0 d0 + f0
1 = 2D + 2d + 2D – 2d
f D2 – d2
83 (Unirio-RJ)
2 2
Lente Donde: f= D –d
Tela Lâmpada 4D

Nota:
• O experimento descrito traduz o método de Bessel para a determinação
2 d 1 da distância focal de uma lente convergente.
D
Resposta: a
Tópico 4 – Lentes esféricas 325

84 Considere um espelho esférico côncavo e uma lente esférica b) Operando necessariamente com a fonte da direita, temos:
convergente que obedecem às condições de Gauss. As distâncias fo-
cais do espelho e da lente valem, respectivamente, 20 cm e 2,7 cm.
Esses elementos serão instalados sucessivamente em um banco ópti- Objeto Fonte
co, como o esquematizado abaixo, com a finalidade de conjugar a um de luz
objeto fixo na posição x0 = 70 cm uma imagem real que deverá situar-
-se na posição x1 = 40 cm.
O

Fonte Fonte
Objeto
de luz de luz
40 Imagem

0 10 20 30 50 60 70 80 90 100 x (cm)
Imagem
p + p’ = 30 ⇒ p’ = 30 – p
1 =1+1 ⇒ 1 =1+ 1
Na figura, os comprimentos do objeto e da imagem não estão repre- 2,7 p p’ 2,7 p 30 – p
sentados em escala. Há duas fontes de luz que poderão ser utilizadas
uma de cada vez. 1 = 30 – p + p ⇒ p2 – 30p + 81 = 0
Determine: 2,7 p (30 – p)
a) as posições xE1 e xE2 (xE1 < xE2) em que poderá ser colocado o espelho;
b) as posições xL1 e xL2 (xL1 < xL2) em que poderá ser colocada a lente. p1 = 27 cm ⇒ xL = 43 cm
1

Resolução: p2 = 3,0 cm ⇒ xL = 67 cm
a) Operando com a fonte da direita, temos: 2

Objeto Fonte Respostas: a) xE = 10 cm e xE = 100 cm, operando-se com as


1 2
de luz fontes da direita e da esquerda respectivamente. b) xL = 43 cm e
1
xL = 67 cm, operando-se com a fonte da direita.
2
V F C
Imagem
85 Um ponto luminoso P descreve movimento circular e uniforme
num plano frontal distante 30 cm de uma lente delgada convergente,
com velocidade escalar de módulo 5,0 cm/s. A circunferência descrita
por P tem centro no eixo principal da lente e raio igual a 10 cm. Admi-
p – p’ = 30 cm ⇒ p’ = p – 30
tindo que a lente opera de acordo com as condições de Gauss e que
1 =1+1 ⇒ 1 =1+ 1 sua distância focal vale 20 cm, determine:
20 p p’ 20 p p – 30 a) a relação entre o período de P e de sua imagem P’ conjugada pela
1 = p – 30 + p ⇒ p2 – 70p + 600 = 0 lente;
20 p (p – 30) b) as características da trajetória descrita por P’, bem como sua posi-
ção em relação à lente;
p = 60 cm ⇒ xE = 10 cm c) o módulo da velocidade escalar de P’.
1

Resolução:
Operando com a fonte da esquerda, temos: Enquanto P dá uma volta completa, o mesmo ocorre com P’.
Por isso:
Fonte TP
de luz Objeto
=1
TP’
α
C F
α
V b) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1
f p p 20 30 p’
1 = 1 – 1 ⇒ p’ = 60 cm
p’ 20 30
Imagem
RP’ R
= i = p’ ⇒ P’ = 60
RP o p 10 30
p’ – p = 30 ⇒ p’ = 30 + p
Rp’ = 20 cm
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 30 + p + p
20 p p’ 20 p 30 + p 20 p (30 + p)
P’ descreve uma circunferência de raio 20 cm, de centro pertencen-
p2 – 10p – 600 = 0 ⇒ p = 30 cm ⇒ xE = 100 cm te ao eixo principal, contida em um plano frontal à lente, a 60 cm de
2
distância em relação a ela.
326 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

c) 86 Uma vela é colocada a 80 cm de uma lente esférica conver-


Lente gente, perpendicularmente a seu eixo principal. Aproximando-se em
20 cm a vela da lente, a nova imagem fica três vezes maior que a ante-
VP
rior, com a mesma orientação. Determine a vergência da lente.
RP P Resolução:

RP‘
O
1o caso: i = f 3= f · (f – 80)
P‘
o f – 80 f – 60 f
2 caso: 3i = f
o
f = 50 cm = 0,50 m
VP’ o f – 60
60 cm 30 cm
V = 1 = f di ⇒ V = 2,0 di
f 0,50
2π RP’
VP’ TP’ VP’ 20 Resposta: 2,0 di
= ⇒ =
VP 2π RP 5,0 10
TP

Donde: Vp’ = 10 cm/s

Respostas: a) 1; b) Circunferência de raio 20 cm, de centro perten-


cente ao eixo principal, contida em um plano frontal à lente, a 60 cm
de distância em relação a ela. c) 10 cm/s
Tópico 5 – Instrumentos ópticos e óptica da visão 327

Resolução:
Tópico 5 (I) Objeto muito distante: A imagem é formada no plano focal da lente.

1 (Unifei-MG) Um estudante construiu uma caixa retangular pro- Foco


vida de uma lente biconvexa de distância focal f = 50,0 mm e pretende ∞
usá-la como máquina fotográfica. A distância entre a lente e a parte
posterior da caixa onde será registrada a imagem pelo filme é de
150 mm. A que distância à frente da lente deve se localizar um objeto
para que sua foto fique perfeitamente focalizada?
Filme

Resolução: (II) Vela próxima à câmara: A imagem projetada sobre o filme é real,
Gauss: 1 = 1 + 1 invertida e está situada além do plano focal da lente.
f p p’
1 = 1 + 1
50,0 p 150
1 = 1 – 1 ⇒ 1 = 3–1 = 2 F F’
p 50,0 150 p 150 150

p = 75,0 mm
Plano Filme
focal
Resposta: 75,0 mm

2 Resposta: b
(UFMG) Rafael, fotógrafo lambe-lambe, possui uma câmara fo-
tográfica que consiste em uma caixa com um orifício, onde é colocada
uma lente. Dentro da caixa, há um filme fotográfico, posicionado a uma 3 A lente de um projetor de slides está a uma distância de
distância ajustável em relação à lente. Essa câmara está representada, 4,1 m da tela de projeção. Um slide de 35 mm de altura tem sua ima-
esquematicamente, nesta figura: gem projetada na tela com 1,4 m de altura. Qual a distância focal da
lente do equipamento?

Lente Resolução:
p’
(I) i = –
o p

4,1
– 1400 = –
35 p
Filme
p = 0,1025 m = 10,25 cm
Para produzir a imagem nítida de um objeto muito distante, o filme
deve ser colocado na posição indicada pela linha tracejada.
(II) 1 = 1 + 1
No entanto, Rafael deseja fotografar uma vela que está próxima a essa f p p’
câmara.
Para obter uma imagem nítida, ele, então, move o filme em relação à 1 = 1 + 1
posição acima descrita. f 10,25 410
Indique a alternativa cujo diagrama melhor representa a posição do
filme e a imagem da vela que é projetada nele. 1 = 410 + 10,25
f 4 202,5
a) c)

f = 4 202,5 (cm)
420,25

f = 10 cm
Filme Filme
b) d) Resposta: 10 cm

4 Deve-se projetar em uma tela a imagem de um slide que se en-


contra a 5,0 cm da lente do projetor. Sabendo que as alturas do slide e
de sua imagem valem, respectivamente, 3,0 cm e 180 cm, calcule:
a) a distância da tela à lente do projetor;
Filme Filme
b) a distância focal da lente do projetor.
328 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução:
p’ p’ Respostas: a) 2,5 cm
a) i = – ⇒ – 180 = – b)
o p 3,0 5,0

p’ = 300 cm = 3,0 m
I
b) 1 = 1 + 1
f p p’ O
1 = 1 + 1 ⇒ f  4,9 cm F Selo O
F‘
f 5,0 300 2,0 cm

10 cm
Respostas: a) 3,0 m; b)  4,9 cm
Lupa
5 Observador
Uma lupa com 5,0 cm de distância focal amplia cinco vezes o ta-
manho de um pequeno objeto luminoso. Nessas condições, determine
a distância entre o objeto e sua imagem. 7 (Unesp-SP) Em uma aula sobre óptica, o professor explica
aos seus alunos o funcionamento básico de um microscópio óptico
Resolução: composto, que pode ser representado por duas lentes convergen-
A= f tes, a objetiva e a ocular. Quando o objeto a ser visualizado é colo-
f–p cado próximo à objetiva, uma imagem ampliada II é formada entre
5 = 5,0 ⇒ p = 4,0 cm a ocular e o foco da ocular, como esquematizado na f igura. Essa
5,0 – p imagem é, então, ampliada pela ocular, gerando a imagem III, vista
p’ – p’ pelo observador.
A=– ⇒5=
p 4,0 Ocular
p’ = – 20 cm
d = |p’| – p = 20 – 4,0 ⇒ d = 16 cm Objetiva
Objeto
Resposta: 16 cm

6 (Fatec-SP) Um colecionador examina um selo com uma lupa lo-


II
calizada a 2,0 cm do selo e observa uma imagem 5 vezes maior.
a) Determine a distância focal da lupa.
b) Faça, em seu caderno, um esquema gráfico dos raios de luz repre-
sentando a lupa, o selo, a imagem do selo e o olho do colecionador. Sendo assim:
a) copie a figura em seu caderno e complete-a com raios de luz que
Resolução: mostrem a formação da imagem III gerada pela ocular;
a) A = f ⇒ 5 = f b) classifique como real ou virtual as imagens II e III.
f–p f – 2,0
5f – 10 = f ⇒ 4f = 10 Resolução:
a) Completando a figura fornecida, temos:
f = 2,5 cm
Ocular
b)
Objetiva
Objeto
I
O
II
Selo O
F F‘
2,0 cm

10 cm

Lupa III
Observador

p’ p’
A=– ⇒ 5=–
p 2,0 b) Classificação das imagens:
a imagem II é real (formada por um feixe cônico convergente);
p’ = –10 cm a imagem III é virtual (formada por um feixe cônico divergente).
Tópico 5 – Instrumentos ópticos e óptica da visão 329

Respostas: a) Ocular 9 (UFF-RJ – mod.) A utilização da luneta astronômica de Galileu


auxiliou na construção de uma nova visão do Universo. Esse instru-
Objetiva mento óptico, composto por duas lentes – objetiva e ocular –, está
Objeto
representado no esquema a seguir.

Lente Lente
II
objetiva ocular
F‘objetiva

Objeto Focular F‘ocular


no Observador
III
infinito

b) II é real e III é virtual. Considere a observação de um astro no “infinito” por meio da luneta
astronômica de Galileu. Nesse caso, as imagens do objeto formadas
8 Um objeto A está situado a 5 cm de uma lente convergente L ,
pelas lentes objetiva e ocular são, respectivamente:
1 a) real e direita em relação ao astro; virtual e direita em relação à ima-
cuja distância focal é de 4 cm. Uma segunda lente convergente, idênti- gem da objetiva.
ca à anterior, é colocada a 2 cm de distância da imagem A’ conjugada b) real e invertida em relação ao astro; virtual e invertida em relação à
por L1. A figura ilustra a situação descrita: imagem da objetiva.
c) virtual e invertida em relação ao astro; real e invertida em relação à
L1 L2 imagem da objetiva.
d) virtual e direita em relação ao astro; real e invertida em relação à
Luz
imagem da objetiva.
e) real e invertida em relação ao astro; virtual e direita em relação à
A
imagem da objetiva.
A' Resolução:
A imagem real e invertida que a objetiva gera no seu plano focal (F’objetiva)
funciona como objeto real para a ocular. Essa lente, por sua vez, opera
como lupa, produzindo uma imagem virtual e direita (em relação ao
a) A que distância de L1 encontra-se L2? objeto que lhe deu origem), que será contemplada pelo observador. O
b) Qual a ampliação total do sistema L1L2? esquema abaixo ilustra o funcionamento da luneta.
Lente objetiva Lente ocular
Resolução:
a) Lente L1: (⬁)
1= 1 + 1 Focular F‘objetiva
f1 p1 p’1
F‘ocular
1 = 1 + 1 ⇒ p’ = 20 cm
4 5 p’1 1

L1L2 = p’1 + 2 cm = 20 cm + 2 cm

L1L2 = 22 cm
Resposta: e
b) |A| = |A1| · |A2|
10 E.R. A objetiva de uma câmera fotográfica tem distância focal
Lente L1:
de 100 mm e é montada num mecanismo tipo fole, que permite seu
|A1| = 20 cm ⇒ |A1| = 4 avanço e retrocesso. A câmera é utilizada para tirar duas fotos: uma
5 cm aérea e outra de um objeto distante 30 cm da objetiva.
Lente L2: a) Qual o deslocamento da objetiva, de uma foto para a outra?
1= 1 + 1 b) Da foto aérea para a outra, a objetiva afasta-se ou aproxima-se do
f2 p2 p’2 filme?
1 = 1 + 1 ⇒ p’ = –4 cm
Resolução:
4 2 p’2 2
a) Na obtenção da foto aérea, o motivo da foto comporta-se como
|A2| = 4 cm ⇒ |A2| = 2 objeto impróprio. Por isso, sua imagem forma-se no plano focal
2 cm
da objetiva. Assim:
Assim: |A| = 4 · 2 ⇒ |A| = 8 p1’  f
Logo:
Respostas: a) 22 cm; b) 8 vezes p1’ = 100 mm
330 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Para a outra foto, tem-se: 12 (Unesp-SP) Uma câmara fotográfica rudimentar utiliza uma len-
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 te convergente de distância focal f = 50 mm para focalizar e projetar
f p p’ 100 300 p’2 a imagem de um objeto sobre o filme. A distância da lente ao filme é
p’ = 52 mm. A figura mostra o esboço dessa câmara.
p’2 = 150 mm

Seja d o deslocamento pedido. Então, é correto que:


d = p’2 – p1’ ⇒ d = 150 mm – 100 mm
Filme
d = 50 mm

b) Como p’2 > p1’ , pode-se concluir que da foto aérea para a outra a
objetiva afasta-se do filme. Lente

11 Um fotógrafo amador criou um dispositivo capaz de projetar Para se obter uma boa foto, é necessário que a imagem do objeto seja
formada exatamente sobre o filme e seu tamanho não deve exceder a
imagens no fundo de uma câmara. Tal dispositivo, esquematizado a
área sensível do filme. Assim:
seguir, é composto por uma lente esférica convergente (L), de distân-
a) Calcule a posição em que o objeto deve ficar em relação à lente.
cia focal 12 cm, um tubo móvel (T) e uma câmara escura (C).
b) Sabendo que a altura máxima da imagem não pode exceder
C 36,0 mm, determine a altura máxima do objeto para que ele seja
L T fotografado em toda a sua extensão.
O

Resolução:
A formação da imagem sobre o filme está esquematizada (fora de es-
cala) abaixo.

10 cm 10 cm

O
Ao se formar uma imagem nítida no fundo da câmara, o objeto lumino-
F
so (O) encontra-se a 60 cm da lente.
0
a) Calcule quanto foi necessário deslocar o tubo, em relação à posição I
inicial indicada na figura acima, para focalizar a imagem nítida no
fundo da câmara.
b) Dê as características dessa imagem.

Resolução: f = 50 mm
a) Do enunciado, temos: f = 12 cm e p = 60 cm p‘ = 52 mm p
Utilizando a Equação de Gauss, vem:
1= 1 + 1 a) Equação de Gauss:
f p p’
1= 1 + 1
1 = 1 + 1 f p p’
12 60 p’ 1 = 1 + 1 ⇒ 1= 1 – 1
50 p 52 p 50 52
p’ = 15 cm
1 = 52 – 50 ⇒ p = 50 · 52 (mm)
Concluímos, portanto, que a distância da lente à imagem (fundo da p 50 · 52 2
câmara) é de 15 cm. Assim, para ajustar a posição da lente, devemos
aprofundar o tubo 5 cm. p = 1 300 mm = 1,3 m
y’ p’
b) Utilizando a equação do Aumento Linear Transversal, vem: b) = – ⇒ 36,0 = – 52
p’ y p y 1 300
A=–
p
15 y = –900 mm ⇒ h = 900 mm = 90 cm
A=–
60
Respostas: a) 1,3 m; b) 90 cm
A=– 1
4
Assim, podemos afirmar que a imagem é real (p’ ⬎ 0), invertida 13 Deve ser projetada em uma tela a imagem de um slide que se
(A ⬍ 0) e quatro vezes menor que o objeto. encontra a 5 cm da lente do projetor. Sabendo que a altura do slide vale
3 cm e que a da imagem vale 180 cm, determine:
Respostas: a) 5 cm; b) Real, invertida e menor A = – 1 a) a distância da tela à lente do projetor;
4
b) a vergência da lente do projetor.
Tópico 5 – Instrumentos ópticos e óptica da visão 331

Resolução: 1 = 1 + 1 ⇒ p’ = 20 mm = 2 cm
p’ 4 5 p’ob ob
a) i = –
o p Logo, o aumento produzido pela objetiva é calculado por:
180 p’ p’
– =– Aob = – ob = – 20 mm
3 5 pob 5 mm
p’ = 300 cm = 3 m
Aob = –4
b) V = 1 = 1 + 1 b) Para a ocular:
f p p’ 1 = 1 + 1
1 1 foc Poc p’oc
V= = (di)
0,05 3 Com foc = 6 cm e p’oc = –78 cm, calculamos poc:
1 = 1 – 1 ⇒ p  5,6 cm
V  20,3 di 6 poc 78 oc

Logo, o aumento produzido pela ocular é calculado por:


Respostas: a) 3 m; b)  20,3 di p’ (–78 cm)
Aoc = – oc = – ⇒ Aoc = 14
poc 5,6 cm
14 (Mack-SP) Um estudante de Física dispõe de uma lente biconve- c) Para o microscópio, a ampliação fica determinada por:
xa de índice de refração n = 1,6 e faces com raios de curvatura iguais a |A| = |Aob| · |Aoc|
10 cm. Com essa lente, ele deseja construir um projetor de diapositivos
de forma que a película fique a 10 cm dela. Adote nar = 1,0. A que dis- |A| = 4 · 14 ⇒ |A| = 56
tância da lente deve ser projetada a imagem da película?
d) A distância da objetiva à ocular d é tal que:
Resolução: d = p’ob + poc
Halley:
d = 2 cm + 5,6 cm ⇒ d = 7,6 cm
1 = (n – 1) 1 + 1
f 2, 1 R1 R2
1 = (1,6 – 1) · 2 ⇒ 1 = 0,12 cm–1 16 A figura a seguir representa esquematicamente um microscópio
f 10 f óptico constituído por dois sistemas convergentes de lentes, dispostos
Gauss: coaxialmente: um é a objetiva, com distância focal de 15 mm, e o outro
1 = 1 + 1 ⇒ 0,12 = 1 + 1 ⇒ p’ = 50 cm é a ocular, com distância focal de 9,0 cm.
f p p’ 10 p’
L = 30 cm
Resposta: 50 cm Ocular

15 E.R. Um microscópio composto é constituído de dois sistemas Objetiva

convergentes de lentes, associados coaxialmente: um é a objetiva,


com distância focal de 4 mm, e o outro é a ocular, com distância focal o F‘1 F2
de 6 cm. De um objeto distante 5 mm da objetiva o microscópio for-
F1 O1 i1 O2 F‘2
nece uma imagem virtual, afastada 78 cm da ocular. Determine:
a) o aumento produzido pela objetiva;
b) o aumento produzido pela ocular; 16 mm i2
c) a ampliação produzida pelo microscópio;
d) a distância da objetiva à ocular.
Resolução:
O esquema seguinte representa a situação proposta: Sabendo que para o objeto o o microscópio fornece a imagem final i2,
calcule o módulo do aumento linear transversal produzido pelo ins-
p‘ob p‘oc
trumento.

Resolução:
O valor absoluto do aumento linear transversal fornecido pelo micros-
o F1'
cópio é dado por:
F1 O1 F2 i1
O2 F'2 |A| = |Aob| · |Aoc|
i2 1) Cálculo de |Aob|:
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1
Objetiva Ocular fob pob p’ob 15 16 p’ob
a) Para a objetiva: P’ob = 240 mm = 24 cm
1 = 1 + 1 p’
fob Pob p’ob Aob = – ob ⇒ Aob = – 240 mm
pob 16 mm
Com fob = 4 mm e pob = 5 mm, calculamos p’ob: |Aob| = 15
332 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

2) Cálculo de |Aoc|: (III) Em relação ao microscópio:


p’ob + poc = L ⇒ 24 cm + poc = 30 cm i i i
A= 2 = 1 · 2
poc = 6,0 cm o o i1

1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 Donde: A = Aob · Aoc


foc poc p’oc 9,0 6,0 p’oc
|A| = |Aob| · |Aoc| ⇒ |A| = 4 · 13
p’oc = –18 cm
p’ (–18 cm)
Aoc = – oc = – ⇒ |Aoc| = 3 |A| = 52
poc 6,0 cm
Com |Aob| e |Aoc| calculados, vem: Resposta: 52 vezes
|A| = 15 · 3 ⇒ |A| = 45
18 E.R. Uma luneta é constituída de uma objetiva e uma ocu-
O microscópio considerado fornece um aumento linear transversal lar, associadas coaxialmente e acopladas a um tubo, cujo interior
de 45 vezes. é fosco. Com o uso do referido instrumento, focaliza-se um cor-
Resposta: 45 vezes po celeste e a imagem final visada pelo observador forma-se a
60 cm da ocular. Sabendo que a objetiva e a ocular têm distâncias
focais de 80 cm e 20 cm, respectivamente, calcule o comprimento da
17 A figura a seguir mostra um esquema da formação de imagem luneta (distância entre a objetiva e a ocular).
em um microscópico óptico composto, constituído por duas lentes
convergentes, associadas coaxialmente: uma é a objetiva, com distân- Resolução:
cia de 4 mm, e a outra é a ocular, com distância focal de 6 cm. O esquema seguinte ilustra a situação proposta:
Objetiva (L1) Ocular (L2)
L
p‘ob poc
Objeto
o F‘1 F impróprio
2 F1
F1 F‘2 O1 F2 i1 O2 F‘2
I1

I2 i2
Objetiva Ocular

Sabendo-se que um pequeno objeto ilumidado, colocado a uma dis- O comprimento da luneta (L) é tal que:
tância igual a 5 mm da objetiva, fornece uma imagem final virtual (I2),
afastada 72 cm da ocular, pede-se para calcular o módulo do aumento L = p’ob + poc
total fornecido pelo instrumento. O corpo celeste, estando muito afastado da luneta, comporta-se
como objeto impróprio para a objetiva, que conjuga a ele uma ima-
Resolução: gem em seu plano focal. Assim, podemos escrever que:
(I) Em relação à objetiva:
fob
Aob = ⇒ Aob = 4 p’ob  fob = 80 cm
fob – pob 4–5
A imagem produzida pela objetiva faz o papel de objeto real para a
Donde: Aob = –4 ocular, que dá a imagem final virtual visada pelo observador.
Em relação à ocular, tem-se que:
(II) Em relação à ocular:
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 – 1
foc poc p’oc 6 poc 72 foc poc p’oc 20 poc 60

1 = 1 + 1 = 12 + 1 1 = 1 + 1 ⇒ p = 15 cm
poc 6 72 72 poc 20 60 oc

Donde: poc = 72 cm Com p’o b  80 cm e poc = 15 cm, determinamos o comprimento da


13 luneta:
p’oc (–72)
Aoc = – ⇒ Aoc = – L = p’ob + poc = 80 cm + 15 cm
poc 72
13
L = 95 cm
Logo: Aoc = 13
Tópico 5 – Instrumentos ópticos e óptica da visão 333

19 O esquema abaixo ilustra uma luneta rudimentar, em que tanto Resolução:


a objetiva como a ocular são sistemas refratores convergentes. O ins- a)
trumento está focalizado para um astro muito afastado e sua objetiva Lente 1
Lua
(objetiva)
dista 1 m da ocular, cuja abscissa focal vale 4 cm. Sabendo que a ima- A
f1
gem final visada pelo observador se situa a 12 cm da ocular, calcule a Raio R
abscissa focal da objetiva. RL
B‘ α
α O B
A‘
Objetiva Ocular
dL

1m Da semelhança entre os triângulos ABO e A’B’O, vem:


R I1 R R I1
= L ⇒ = 1 750
f1 dL 133 384 000

Resolução: RI  0,61 cm
1

Em relação à ocular:
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 – 1 b)
foc poc p’oc 4 poc 12 Lente 2 Lente 1
(ocular) (objetiva)
poc = 3 cm p‘2

Em relação à objetiva:
l1 = O2
l2
L = p’ob + poc ⇒ 100 cm = p’oc + 3 cm
f2 p2 f1
p’ob = 97 cm
d

O objeto visado é, para a objetiva, impróprio. Por isso:


1) Aplicando a Equação de Gauss, vem:
fob  p’ob = 97 cm 1= 1 + 1
f2 p2 p’2
Resposta: 97 cm 1 = 1 + 1
9,5 p2 (–20)
20 (Unicamp-SP) Um dos telescópios usados por Galileu por volta 1 = 1 + 1
do ano de 1610 era composto por duas lentes convergentes, uma ob- 20 9,5 p2
jetiva (lente 1) e uma ocular (lente 2), de distâncias focais a 133 cm e 1 = 29,5
9,5 cm, respectivamente. Na observação de objetos celestes, a imagem p2 190
(II) formada pela objetiva situa-se praticamente no seu plano focal. Na
figura (fora de escala), o raio R é proveniente da borda do disco lunar e p2  6,4 cm
o eixo óptico passa pelo centro da Lua.
2) A distância entre as lentes é dada por:
d = p 2 = f1
20 cm
9,5 cm
d = 6,4 + 133 (cm)
133 cm Raio R
I1/O2
d  139,4 cm
Eixo
óptico
I2 Respostas: a) RI  0,61 cm; b) d 139,4 cm
1
Lente 2 Lente 1
(ocular) (objetiva)
21 (Uerj) Uma partida de futebol, jogada com uma bola de 30 cm
de diâmetro, é observada por um torcedor. A distância da íris à retina
a) A Lua tem 1 750 km de raio e fica a aproximadamente 384 000 km desse torcedor é aproximadamente igual a 2 cm.
da Terra. Qual é o raio da imagem da Lua (II) formada pela objetiva O tamanho da imagem da bola, em micrômetros, que se forma na
do telescópio de Galileu? retina do torcedor, quando a bola está a 150 m de distância, vale,
b) Uma segunda imagem (I2) é produzida pela ocular a partir daque- aproximadamente:
la formada pela objetiva (a imagem da objetiva (II) torna-se objeto Nota: 1 micrômetro = 1 µm = 10–6 m
(O2) para a ocular). Essa segunda imagem é virtual e situa-se a 20 cm a) 1. d) 800.
da lente ocular. A que distância a ocular deve ficar da objetiva do b) 40. e) 900.
telescópio para que isso ocorra? c) 300.
334 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Resolução: (II) Olho acomodado para um objeto próximo:


Na figura abaixo, está esquematizada, fora de escala, a formação da
imagem na retina do olho do torcedor.
Retina

30 cm y P’
Íris
Retina

Bola Cristalino
2 cm
150 m (f2)

f 2 < f1
Semelhança de triângulos:
30 = y Resposta:b
150 · 102 2
y = 60 3 cm = 4 · 10–3cm = 4 · 10–3 · 104 μm 23 (UFMG) Após examinar os olhos de Sílvia e de Paula, o oftalmo-
15 · 10
logista apresenta suas conclusões a respeito da formação de imagens
y = 40 μm nos olhos de cada uma delas, na forma de diagramas esquemáticos,
como mostrado nestas figuras:
Resposta: b Sílvia
Cristalino
22 Um observador visa fixamente um objeto, que se aproxima do
Retina
seu globo ocular com velocidade constante. Durante a aproximação
do objeto, é correto afirmar que a distância focal do cristalino do olho
do observador: Paula
a) aumenta. Cristalino
b) diminui.
c) permanece constante. Retina
d) aumenta, para depois diminuir.
e) diminui, para depois aumentar.

Resolução:
Utilizando-se a Equação de Gauss: Com base nas informações contidas nessas f iguras, é correto af ir-
mar que:
Objeto distante: 1 = 1 + 1
f1 p1 p’ a) apenas Sílvia precisa corrigir a visão e, para isso, deve usar lentes
divergentes.
b) ambas precisam corrigir a visão e, para isso, Sílvia deve usar lentes
Objeto próximo: 1 = 1 + 1
f2 p2 p’ convergentes e Paula, lentes divergentes.
c) apenas Paula precisa corrigir a visão e, para isso, deve usar lentes
convergentes.
Sendo p’ constante (“profundidade” do globo ocular), tem-se:
d) ambas precisam corrigir a visão e, para isso, Sílvia deve usar lentes
divergentes e Paula, lentes convergentes.
p 2 < p1 ⇒ 1 > 1
p2 p1
1 Resolução:
Logo: > 1
f2 f1 Silvia é míope e a correção da miopia se faz com lentes divergentes.
Paula é hipermetrope e a correção da hipermetropia se faz com lentes
convergentes.
Donde: f 2 < f1
Resposta: d
(I) Olho acomodado para um objeto distante:
24 (Acafe-SC) O uso de óculos para corrigir defeitos da visão come-
Retina
çou no final do século XIII e, como não se conheciam técnicas para o po-
... (∞) limento do vidro, as lentes eram rústicas e forneciam imagens deforma-
das. No período da Renascença, as técnicas foram aperfeiçoadas e surgiu
P’ ≡ F a profissão de fabricante de óculos. Para cada olho defeituoso, existe um
tipo conveniente de lente que, associado a ele, corrige a anomalia.
Considere a receita abaixo, fornecida por um médico oftalmologista
Cristalino a uma pessoa com dificuldades para enxergar nitidamente objetos
(f1)
afastados.
Tópico 5 – Instrumentos ópticos e óptica da visão 335

Lentes Lentes Com o olho acomodado para o ponto próximo, têm-se os seguintes
Eixo DP dados: p2 = 25 cm e p’2 = 1,5 cm. Calculemos f2, que é a distância
esféricas cilíndricas
focal do cristalino para o caso:
OD –2,0 di — 105° 63 mm
Longe 1= 1 + 1 ⇒
OE –2,5 di — 105° 63 mm f2  14 mm
f2 25 1,5
OD — — — —
Perto
OE — — — — b) A convergência do cristalino para o ponto remoto é V1, tal que:

DP – Distância entre os eixos dos olhos V1 = 1 = 1


f1 1,5 · 10–2 m
OD – Olho direito
OE – Olho esquerdo A convergência do cristalino para o ponto próximo é V2, tal que:
Em relação ao exposto, é incorreta a alternativa:
a) A pessoa apresenta miopia. V2 = 1 = 1 + 1
f2 25 · 10–2 m 1,5 · 10–2 m
b) A distância focal da lente direita tem módulo igual a 50 cm.
c) As lentes são divergentes. Do ponto remoto para o próximo, a variação da convergência do
d) Essas lentes podem funcionar como lentes de aumento. cristalino é ΔV, que pode ser dada por:
e) As imagens fornecidas por essas lentes serão virtuais.
ΔV = V2 – V1
Resolução:
a) CORRETA. ΔV = 1 + 1 – 1
Lentes com vergência negativa são indicadas para a correção da 25 · 10–2 m 1,5 · 10–2 m 1,5 · 10–2 m
miopia.
Da qual: ΔV = 4,0 m–1 = 4,0 di
b) CORRETA.
Respostas: a) 15 mm,  14 mm; b) 4,0 di
f = 1 ⇒ fOD = 1 (m) = – 100 (cm)
V (–2,0) 2,0
26 E.R. Considere um olho míope. Se seu ponto remoto está a
fOD = –50 cm ⇒ |fOD| = 50 cm
50 cm de distância, qual o tipo da lente corretiva a ser utilizada (con-
c) CORRETA. vergente ou divergente) e qual sua vergência? (Considere desprezí-
Lentes “negativas” ⇒ Divergentes vel a distância entre a lente e o olho.)

d) INCORRETA. Resolução:
Para objetos reais, as imagens produzidas por lentes divergentes
são sempre reduzidas (menores).

e) CORRETA.
(∞)
As lentes divergentes utilizadas na correção da miopia fornecem
imagens virtuais. F‘ ≡ PR

Resposta: d
D
25 Para o olho emetrope (ou normal), o ponto remoto é impróprio
(localizado no “infinito”), enquanto o ponto próximo situa-se a 25 cm
Para um objeto impróprio, a lente corretiva deve fornecer uma ima-
do olho. Admitindo que a distância do cristalino à retina seja de 15 mm,
gem virtual situada no ponto remoto do olho míope. Essa imagem
determine:
funciona como objeto real para o olho.
a) as distâncias focais do cristalino quando acomodado para o ponto
A lente corretiva deve ser divergente e o módulo da sua vergência
remoto e para o ponto próximo;
deve igualar-se ao inverso da distância máxima de visão distinta do
b) a variação da convergência do cristalino quando um objeto é deslo-
olho míope:
cado do ponto remoto para o ponto próximo.
|V| = 1
Resolução: D
a) Com o olho acomodado para o ponto remoto, têm-se os seguintes 1 = 1
dados: |V| = ⇒ | V | = 2,0 di
50 cm 0,50 m
pf → ∞ p’1 = 15 mm = 1,5 cm
Portanto:
Calculemos f1, que é a distância focal do cristalino para o caso:
1= 1 + 1 ⇒ A lente corretiva deve ser divergente e sua vergência deve valer
f1 = 15 mm
f1 ∞ 1,5 –2,0 di.
{

tende a zero
336 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

27 (UFPR – mod.) No livro O senhor das moscas, de William Golding, 29 E.R. Num olho hipermetrope, o ponto próximo situa-se a
um grupo de crianças está perdido em uma ilha. Segundo a narração, 50 cm de distância. Sabendo que no olho emetrope a distância mí-
elas conseguiam fazer fogo usando as lentes dos óculos do persona- nima de visão distinta vale 25 cm, determine a vergência da lente
gem Porquinho, que tinha forte miopia. corretiva para a hipermetropia considerada (despreze a distância da
a) A técnica utilizada pelas crianças pode ser empregada na vida real? lente corretiva ao olho).
b) Supondo que Porquinho utilizasse lentes com vergência de módu-
lo igual a 5,0 di, qual a distância máxima de visão distinta sem o Resolução:
auxílio de suas lentes? Para um objeto situado no ponto próximo emetrope (normal), a lente
c) Nas condições do item anterior, determine a abscissa focal e o corretiva deve produzir uma imagem virtual, posicionada no ponto
tipo de lente que deve ser justaposta à lente utilizada por Por- próximo hipermetrope. Essa imagem desempenha para o olho o pa-
quinho para que seja possível atear fogo em um f ino graveto pel de objeto real:
colocado perpendicularmente ao eixo principal da associação e
a 60 cm dela.

Resolução:
a) Não, pois as lentes corretivas de Porquinho são divergentes e, para PPH PPN
“concentrar” os raios solares, são necessárias lentes convergentes. dN

b) D = 1 ⇒ D = 1 (m) dH
|V| 5,0

D = 0,20 m = 20 cm A lente corretiva deve ser convergente e sua vergência é calculada


conforme segue:
c) V = V1 + V2 ⇒ 1 = V1 + 1 V= 1 = 1 + 1
f f2 f p p’
1 = – 5,0 + 1 Temos | p | = dN = 25 cm = 0,25 m e
0,60 f2
| p’ | = dH = 50 cm = 0,50 m.
f2 = 0,15 m = 15 cm (f2 > 0 ⇒ lente convergente) Lembrando que a imagem é virtual (p’ < 0), temos:
V= 1 – 1 ⇒ V = +2,0 di
Respostas: a) Não, pois as lentes corretivas de Porquinho são diver- 0,25 0,50
Portanto:
gentes e, para “concentrar” os raios solares, são necessárias lentes
convergentes; b) 20 cm; c) 15 cm, convergente A lente corretiva deve ser convergente e sua vergência deve
valer +2,0 di.
28 (Unitau-SP) O ponto remoto de um míope situa-se a 51 cm de
seus olhos. Supondo que seja de 1,0 cm a distância entre seus olhos e 30 (UFC-CE) Foi convencionado que indivíduos com “visão nor-
as lentes dos óculos, podemos afirmar que, para a correção do defeito
visual, podemos usar uma lente de vergência: mal” têm distância máxima de visão distinta infinitamente grande
a) 3,0 di. b) –3,0 di. c) –2,0 di. d) 2,0 di. e) 4,0 di. (D → ∞) e distância mínima de visão distinta igual a 25 cm. Considere uma
pessoa que, sem usar lentes de correção, só consegue ver nitidamente
Resolução: objetos colocados em distâncias além de 40 cm de seus olhos. Para que a
|f| 1 cm visão seja “normal”, qual deve ser a dioptria das lentes corretivas?
Óculos Cristalino Retina
Resolução:
A pessoa é hipermetrope.

V= 1 = 1 + 1
PR f p p’
F‘
V= 1 – 1
dN dH
V = 1 – 1 (di)
51 cm 0,25 0,40

|f| + 1 = 51 Da qual: V = +1,5 di


|f| = 50 cm = 0,50 m
Resposta: +1,5 di
f = –0,50 m

V = 1 = 1 di 31 Um homem, ao consultar seu oculista, recebe a recomendação


f (–0,50) para usar lentes corretivas com vergência de +3,0 di. Sabe-se que na
V = –2,0 di visão normal o ponto próximo situa-se a 25 cm do olho.
a) O homem é míope ou hipermetrope?
Resposta: c b) A que distância mínima dos olhos o homem deverá colocar um jor-
nal, para que possa ler sem óculos?
Tópico 5 – Instrumentos ópticos e óptica da visão 337

Resolução: 3) Da figura, temos:


a) O homem é hipermetrope, pois a vergência de suas lentes correti- d=f+x
vas é positiva (+3,0 di).
d = 35 + 0,3 (mm)
b) V = 1 = 1 + 1 d = 35,3 mm
f p p’
Como V = +3,0 di e p = dN = 25 cm = 0,25 m, calculemos p’:
+3,0 = 1 + 1 ⇒ p’ = –1,0 m b) Utilizando a Equação de Gauss, vem:
0,25 p’
1=1+1
f p p’
dH = |p’| = 1,0 m 1 =1+ 1
35 p 35,3
Respostas: a) Hipermetrope; b) 1,0 m
Da qual: p  4 118 mm

32 (Unicamp-SP) Em uma máquina fotográfica de foco fixo, a ima-


gem de um ponto no infinito é formada antes do filme, conforme ilus- Respostas: a) 35,3 mm; b)  4 118 mm
tra o esquema.
33 Um projetor rudimentar fornece, para um slide quadrado de
Lente
Filme 5,0 cm de lado, uma imagem também quadrada, porém com
50 cm de lado. Sabendo que a objetiva do projetor é constituída
pela justaposição de duas lentes com vergências de –1,0 di e +6,0 di,
d
3,5 mm 0,03 mm calcule:
a) a distância do slide ao centro óptico da objetiva;
b) a distância da tela ao centro óptico da objetiva.

Resolução:
No filme, esse ponto está ligeiramente desfocado e sua imagem tem a) A ampliação linear transversal fornecida pelo sistema é negativa
0,03 mm de diâmetro. Mesmo assim, as cópias ampliadas ainda são ní- (imagem invertida) e calculada por:
tidas para o olho humano. A abertura para a entrada de luz é de 3,5 mm
de diâmetro e a distância focal da lente é de 35 mm. A = i ⇒ A = – 50 cm ⇒ A = –10
a) Calcule a distância d do filme à lente. o 5 cm
b) A que distância da lente um objeto precisa estar para que sua ima-
gem fique exatamente focalizada no filme? A vergência da objetiva é dada conforme segue:
V = V1 + V2 = –1 di + 6 di
Resolução:
a) 1) Como o objeto se encontra no infinito, os raios de luz dele pro- V = +5 di (sistema convergente)
venientes incidem paralelamente ao eixo principal da lente
(convergente) e consequentemente emergem desta em uma A distância focal da objetiva é dada por:
direção que passa pelo foco imagem principal (F’). Esquemati-
camente, temos: f = 1 ⇒ f = 1 = 0,20 m
V 5 di
Lente f = 20 cm
A É sabido que: A = f
Filme
f–p
C
h = 3,5 mm
Com A = –10 e f = 20 cm, calculemos p, que é a distância do slide ao
h = 0,03 mm
F‘ centro óptico da objetiva:
D

B
–10 = 20 ⇒ p = 22 cm
f = 35 mm x 20 – p
d p’
b) A = –
p
2) Da semelhança entre os triângulos AF’B e DF’C, vem: Com A = –10 e p = 22 cm, calculemos p’, que é a distância da tela ao
H= f centro óptico da objetiva:
h x
3,5 = 35 p’
–10 = – ⇒ p’ = 220 cm = 2,2 m
0,03 x 22 cm

x = 0,3 mm Respostas: a) 22 cm; b) 2,2 m


338 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

34 (Vunesp-SP) Dispondo-se de duas lentes convergentes de Resolução:


distâncias focais iguais a 1,00 cm, colocadas a uma distância d uma Seja L1 a lente divergente e L2 a lente convergente.
da outra e com seus eixos principais coincidentes, pretende-se ob- Em relação a L1, temos:
ter uma imagem virtual 100 vezes ampliada de um pequeno objeto Equação de Gauss: 1 = 1 + 1
colocado a 2,00 cm da primeira lente. Qual deve ser a distância en- f1 p1 p’1
tre as lentes?
– 1 = 1 + 1 ⇒ p’1 = –16 cm
20 80 p’1
Resolução:
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 A imagem produzida por L1 é virtual e está situada 16 cm à esquerda
fob pob p’ob 1,00 2,00 p’ob dessa lente. O aumento linear provocado por L1 fica determinado por:

p’ob = 2,00 cm p’1 (–16)


A1 = – ⇒ A1 = – ⇒ A1 = 1
p1 80 5
d = p’ob + poc ⇒ poc = d – 2,00 (I)
A imagem produzida por L1 é direita e menor que o objeto e funciona
|p’ | |p’ | como objeto real para L2.
|A| = |Aob| · |Aoc| ⇒ |A| = ob oc
|pob| |poc| Em relação a L2, temos:
|p’ | Equação de Gauss: 1 = 1 + 1
100 = 2,00 · oc (II) f2 p2 p’2
2,00 |poc|
1 = 1 + 1 ⇒ p’2 = 60 cm
Substituindo-se (I) em (II): 20 16 + 14 p’2
|p’oc| A imagem produzida por L2 é real e está situada a 60 cm à direita dessa
100 = ⇒ p’oc = –100 · (d – 2,00) (III) lente. O aumento linear provocado por L2 fica determinado por:
d –2,00

Nota: p’oc ⬍ 0, pois a imagem é virtual. p’2


A2 = – ⇒ A2 = – 60 ⇒ A2 = –2
p2 30
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 (IV)
foc poc p’oc 1,00 poc p’oc A imagem produzida por L2 é invertida e maior que o objeto que lhe
deu origem.
Substituindo-se (I) e (III) em (IV): O esquema abaixo ilustra a situação proposta:

1 = 1 – 1 Objeto
L1 L2
1,00 d – 2,00 100 (d – 2,00) Imagem de L1
o i1
Da qual: d = 2,99 cm Objeto de L2
i2
16 cm
Resposta: 2,99 cm Imagem de L2
80 cm 14 cm
60 cm
35 (ITA-SP) A f igura mostra um instrumento óptico constituído
de uma lente divergente, com distância focal f1 = –20 cm, distante
14 cm de uma lente convergente, com distância focal f2 = 20 cm. O aumento linear transversal produzido pelo sistema é dado por:
Se um objeto linear é posicionado a 80 cm à esquerda da lente di-
vergente, pode-se af irmar que a imagem def initiva formada pelo i2 i1 i2
Asist = = ·
sistema: o o i1
Asist = A1 · A2 ⇒ Asist = 1 · (–2)
5
Asist = –0,4
Objeto

Resposta: a
80 cm 14 cm

36 (UFC-CE) “O maior telescópio do mundo, o VLT (sigla em inglês


para ‘telescópio muito grande’), instalado em Cerro Paranal (Chile), co-
meçou a funcionar parcialmente na madrugada de ontem [...] Segundo
a) é real e o fator de ampliação linear do instrumento é –0,4. o astrônomo João Steiner, quanto maior o espelho do telescópio, mais
b) é virtual, menor e direita em relação ao objeto. luz vinda do espaço ele coleta, numa proporção direta. O espelho do
c) é real, maior e invertida em relação ao objeto. VLT tem um diâmetro de 16 m. O maior espelho em operação atual-
d) é real e o fator de ampliação linear do instrumento é –0,2. mente, instalado no telescópio Cekc, no Havaí (EUA), tem diâmetro de
e) é virtual, maior e invertida em relação ao objeto. 10 m.” (Folha de S.Paulo, 27/5/1998.)
Tópico 5 – Instrumentos ópticos e óptica da visão 339

Supondo que a única diferença entre o VLT e o Cekc seja o diâmetro 38 (Ufla-MG) O funcionamento de uma máquina fotográfica é se-
dos seus espelhos, podemos afirmar que a quantidade de luz coletada melhante ao olho humano. Quando o olho humano está fixado em um
pelo VLT, no intervalo de 1 h, é, aproximadamente: objeto distante, o músculo ciliar relaxa e o sistema córnea-cristalino
a) igual a 0,25 vezes a quantidade de luz coletada pelo Cekc, nesse atinge sua máxima distância focal, que corresponde à distância da cór-
mesmo intervalo. nea à retina. Quando o objeto está próximo ao olho humano, o múscu-
b) igual à quantidade de luz coletada pelo Cekc, nesse mesmo intervalo. lo ciliar se contrai e aumenta a curvatura do cristalino, diminuindo, as-
c) igual a 1,60 vezes a quantidade de luz coletada pelo Cekc, nesse sim, a distância focal até que o objeto seja focalizado corretamente na
mesmo intervalo. retina, sendo esse processo chamado de acomodação. Considerando
d) igual a 2,56 vezes a quantidade de luz coletada pelo Cekc, nesse a máxima distância focal igual a 2,5 cm, pode-se afirmar que a variação
mesmo intervalo. da distância focal Δf do sistema córnea-cristalino do olho para manter
e) igual a 3,20 vezes a quantidade de luz coletada pelo Cekc, nesse em foco um objeto que é deslocado do infinito até um ponto próximo
mesmo intervalo. padrão de 25 cm é:
2,5 2,5
Resolução: a) + cm. c) – cm. e) 0.
11 11
Seja I a quantidade de luz coletada pelo espelho do telescópio b) 2,27 cm. d) –2,27 cm.
durante 1 h. Conforme o enunciado, I é proporcional à área A do
espelho. Resolução:
I= KπD
2 (I) A distância focal fR (máxima), com o olho acomodado para um ob-
I = KA ⇒
4 jeto situado no ponto remoto (pR → ∞), é a própria distância do
cristalino à retina.
Assim: K π D2VLT
IVLT 4 DVLT 2
fR = 2,5 cm
= =
ICekc K π D2Cekc DCekc
4 (II) A distância focal fP (mínima), com o olho acomodado para um ob-
IVLT jeto situado no ponto próximo (pP = 25 cm), fica determinada pela
= 16
2
⇒ IVLT = 2,56 ICekc Equação de Gauss:
ICekc 10
1= 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1
Resposta: d fp pp p’p fp 25 2,5

37 (PUC-SP) Uma luneta foi construída com duas lentes convergen- 1 = 1 + 10 ⇒ fp = 25 cm


tes de distâncias focais respectivamente iguais a 100 cm e 10 cm. Uma fp 25 11
pessoa de vista normal regula a luneta para observar a Lua e depois
focaliza um objeto situado a 20 metros de distância. Para tanto, deve (III) A variação de distância focal Δf do sistema córnea-cristalino,
deslocar a ocular em aproximadamente: quando o objeto é deslocado do infinito até o ponto próximo, fica
a) 10 cm, aproximando-a da objetiva. dada por:
b) 10 cm, afastando-a da objetiva.
c) 5 cm, aproximando-a da objetiva. Δf = fP –fR
d) 5 cm, afastando-a da objetiva.
e) 1 cm, afastando-a da objetiva. Δf = 25 –25 (cm) ⇒ Δf = 25 – 27,5 (cm)
11 11

Resolução:
Em relação à observação da Lua, temos: Donde: Δf = – 2,5 cm
11
L1 = fob + poc ⇒ L1 = 100 + poc (I)
Resposta: c
Em relação à observação do objeto distante 20 m da objetiva, temos:
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 39 Considere as duas pessoas representadas a seguir. Devido às
fob pob p’ob 100 2 000 p’ob
suas lentes corretivas, a da figura 1 aparenta ter os olhos muito peque-
Da qual: p’ob  105 cm nos em relação ao tamanho do seu rosto, ocorrendo o oposto com a
L2 = p’ob + poc ⇒ L2 = 105 + poc (II) pessoa da figura 2:

Comparando (I) e (II), podemos concluir que, do primeiro para o segun-


do caso, o comprimento da luneta aumenta 5 cm, o que pode ser feito
afastando-se a ocular da objetiva.
Observe que poc foi considerado o mesmo nos dois casos, pois a ocular
(lupa) deve fornecer uma imagem final no ponto próximo do olho do
observador, suposto em contato com a citada lente. Com isso, nas duas
situações, o observador percebe máxima ampliação.

Resposta: d Figura 1 Figura 2


340 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

É correto concluir que: a) Supondo que ele esteja usando os óculos devido a um defeito
a) a pessoa da figura 1 é míope e usa lentes convergentes. de visão, compare as duas figuras e responda: Qual pode ser esse
b) a pessoa da figura 1 é hipermetrope e usa lentes divergentes. provável defeito? As lentes dos óculos são convergentes ou diver-
c) a pessoa da figura 2 é míope e usa lentes divergentes. gentes?
d) a pessoa da figura 2 é hipermetrope e usa lentes convergentes. b) Considerando que a imagem do olho do Nicodemus com os óculos
e) as duas pessoas têm o mesmo defeito visual. seja 25% maior que o tamanho real do olho e que a distância do
olho à lente dos óculos seja de 2 cm, determine a vergência das
Resposta: d lentes usadas pelo Nicodemus, em dioptrias.

Resolução:
40 (Vunesp-Fameca-SP) Sabe-se que o olho humano tem uma am- a) De acordo com a figura, a imagem do olho é maior que o seu ta-
plitude de acomodação visual que nos permite enxergar, normalmen- manho real, isto é, a imagem é ampliada e por isso a lente usada só
te, entre o ponto próximo (cerca de 25 cm) até o ponto remoto (infini- pode ser convergente, pois as lentes divergentes, para um objeto
to). No entanto, por vários fatores, ocorrem algumas anomalias visuais real, fornecem imagens sempre virtuais, diretas e reduzidas.
em uma parcela significativa da população. Acerca dessas anomalias, O provável defeito de visão que é corrigido com lentes convergen-
pode-se afirmar que, para corrigir o ponto: tes é a hipermetropia.
a) remoto a 50 cm de um olho míope, é preciso usar lente convergen- O defeito de visão chamado de presbiopa pode ser também corrigi-
te de 2,0 di de vergência. do com lentes convergentes.
b) remoto a 50 cm de um olho hipermetrope, é preciso usar lente di-
vergente de –2,0 di de vergência. b) A = 1,25 e p = 2 cm
c) remoto a 50 cm de um olho míope, é preciso usar lente divergente Usando a Equação do Aumento Linear:
de –2,0 di de vergência.
d) próximo a 50 cm de um olho hipermetrope, é preciso usar lente A = f ⇒ 1,25 = f
divergente de –2,0 di de vergência. f–p f–2
e) próximo a 50 cm de um olho hipermetrope, é preciso usar lente 1,25f – 2,5 = f
convergente de 1,0 di de vergência.
0,25f = 2,5 ⇒ f = 10 cm = 0,1 m
Resolução:
A vergência V é dada por:
(I) Correção da miopia: lente divergente com o ponto remoto a 50 cm
do olho.
V = 1 = 1 di ⇒ V = 10 di
f 0,1
V = – 1 ⇒ V = – 1 (di)
D 0,50
Respostas: a) Hipermetropia, convergente; b) 10 di
V = –2,0 di
42 Uma lupa com 5,0 cm de distância focal é utilizada por um es-
tudante para observar um inseto de 2,0 mm de comprimento, situa-
(II) Correção de hipermetropia: lente convergente com o ponto próxi- do sobre uma superfície iluminada. Sabe-se que a distância mínima
mo a 50 cm do olho. de visão distinta do estudante vale 25 cm e que o inseto é colocado a
4,0 cm da lupa.
V = 1 – 1 ⇒ V = 1 – 1 (di) a) A que distância da lupa o estudante deverá posicionar seu globo
dN dH 0,25 0,50
ocular para perceber a imagem do inseto com tamanho máximo?
b) Qual o aumento linear transversal produzido pela lupa e qual o
V = 4,0 – 2,0 (di) ⇒ V = 2,0 di comprimento da imagem do inseto?

Resposta: c Resolução:
a) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1
f p p’ 5,0 4,0 p’
41 (Unifesp-SP) As figuras mostram o Nicodemus, símbolo da As-
p’ = –20 cm
sociação Atlética dos estudantes da Unifesp, ligeiramente modificado:
A imagem será observada com tamanho máximo se o estudante a
foram acrescentados olhos na 1a figura e óculos transparentes na 2a.
contemplar sob o maior ângulo visual possível. Para que isso ocorra:
|p’| + d = 25 cm ⇒ 20 + d = 25

d = 5,0 cm

p’ (–20)
b) A = – =– ⇒ A = 5,0
p 4,0
|i| |i|
|A| = ⇒ 5,0 = ⇒ |i| = 10 mm
o 2,0

Figura 1 Figura 2 Respostas: a) 5,0 cm; b) 5 vezes, 10 mm


Tópico 5 – Instrumentos ópticos e óptica da visão 341

43 Um homem idoso que “sofre da vista” (presbiopia) tem os pon- Substituindo em (I), segue que:
tos próximo e remoto distantes de seus olhos 1,0 m e 2,0 m respecti- 1= 1 1
+
vamente. Sabe-se que a distância mínima de visão distinta normal é f D–d (D – d)
D–
de 25 cm e que o homem possui dois óculos: A (para ver de longe) e 2 2
B (para ver de perto). 1= 2 + 2
a) Qual a vergência das lentes dos óculos A? f D–d D+d
b) Qual a vergência das lentes dos óculos B? 2 2
1 = 2 · (D + d) + 2 (D – d) ⇒ f= D –d
f (D + d)(D – d) 4D
Resolução:
a) |f| = D ⇒ |f| = 2,0 m 2 2
Resposta: f = D – d
4D
|V| = 1 = 1 ⇒ |V| = 0,50 di
|f| 2,0
45 (Olimpíada Paulista de Física) Um certo instrumento óptico
V = –0,50 di
consta de duas lentes com distâncias focais iguais em módulo. Uma
As lentes dos óculos A são divergentes. das lentes é convergente e a outra é divergente. As lentes são monta-
das sobre um eixo comum, a uma determinada distância d uma da ou-
b) 1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 1 + 1 tra. Sabe-se que se trocarmos a ordem das lentes, mantendo a mesma
f dN dH f 0,25 1,0 distância entre elas, a imagem real da Lua, projetada pelo sistema, se
desloca de 20 cm. Determine a distância focal de cada uma das lentes.
V = 1 = +3,0 di
f
Resolução:
As lentes dos óculos B são convergentes. 1o caso:
p‘
Respostas: a) – 0,50 di; b) +3,0 di L1 L2

44 Considere a situação esquematizada a seguir, em que uma pe-


quena vela tem sua imagem nitidamente projetada no filme de uma
câmera fotográfica para as duas posições L e L’ da lente objetiva do
equipamento:

D
d
d
f

2o caso:
L' L L1
L2
Vela
Filme

Sendo D a distância entre a vela e o filme, d a distância entre as po-


sições L e L’ e admitindo válidas as condições de Gauss, determine a
distância focal f da lente.

Resolução:
f d p‘ 20 cm
Lente na posição L: 1 = 1 + 1 (I)
f p D–p
Lente na posição L’: 1 = 1 + 1 (II) 1o caso: Em relação à lente divergente L2, temos:
f p + d D – (p + d)
Comparando (I) e (II), vem: – 1 =– 1 + 1 ⇒ 1 = 1 – 1
f f – d p’ p’ f – d f
1 + 1 =1+ 1 1 = f – f + d ⇒ p’ = f (f – d) (I)
p + d D – (p + d) p D – p
p’ f (f – d) d
D – (p + d) + (p + d) D–p+p
=
(p + d) D – (p + d) p (D – p) 2o caso: Em relação à lente convergente L1, temos:
p (D – p) = (p + d)[D – (p + d)]
1= 1 + 1 ⇒ 1– 1 = 1
D p – p2 = D (p + d) – (p + d)2
f f + d p’ + 20 f f + d p’ + 20
D p – p2 = D p + D d – p2 – 2dp – d2
2d p = D d – d2 ⇒ p = D – d (III) f+d–f = 1 ⇒ p’ + 20 = f (f + d) (II)
2 f (f + d) p’ + 20 d
342 PARTE III – ÓPTICA GEOMÉTRICA

Substituindo (I) em (II), vem: O cristalino do olho do garoto associado à lente de contato constitui
um sistema de lentes justapostas, cuja distância focal equivalente
f (f – d) f (f + d) (fsistema) é dada por:
+ 20 =
d d
1 = 1 + 1
f 2 – f d + 20d = f 2 + f d ⇒ 2f d = 20d ⇒ f = 10 cm fsistema folho flente
Assim:
Mas: 1 = 1 e 1 = 2di = 1 cm–1
folho d flente 100
• Lente L1 (convergente): f1 = 10 cm
Portanto: 1 =1+ 1 (I)
• Lente L2 (divergente): f2 = –10 cm fsistema d 50

A distância máxima de visão distinta (D) pedida é calculada conforme


Resposta: Lente convergente: 10 cm; Lente divergente: –10 cm segue:
1 =1+1 (II)
46 Sabe-se que, para o olho emetrope, o ponto remoto situa-se no fsistema D d
“infinito”. Um garoto de vista normal coloca as lentes de contato de sua
irmã, cuja convergência é de +2,0 di. Nessas condições, qual passa a ser Comparando (I) e (II), vem:
sua distância máxima de visão distinta? 1+ 1 =1+1
d 50 D d
Resolução:
A distância máxima de visão distinta do garoto é calculada admitindo- Donde: D = 50 cm
-se sua vista totalmente relaxada. Nesse caso, seu cristalino apresenta
máxima distância focal. Resposta: 50 cm
A máxima distância focal do cristalino de um olho emetrope é dada por:
1=1+1
f p p’
Com p → ∞ e p’ = d (distância do cristalino à retina), vem:
1 =1+1 ⇒ 1 =1
folho ∞ d folho d
}

tende a zero

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