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TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO

FERRAMENTA DE RAD

ritasousa.ufsm@gmail.com
Laboratório de Engenharia Natural - UFSM
XI SINRAD | ABRIL 2017 Rita Sousa | ritasousa.ufsm@gmail.com

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD

1 Princípios de Engenharia Natural

2 Importância das Plantas em Engenharia Natural

3 Engenharia Natural como Ferramenta de RAD

4 Técnicas de Engenharia Natural

5 Projetos de Engenharia Natural

6 Estudos de caso
ENGENHARIA
NATURAL
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1.1 DEFINIÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


A Engenharia Natural é um subdomínio da Engenharia que utiliza materiais construtivos vivos,

(sementes, plantas, partes de plantas, etc.). As plantas podem ser combinadas com materiais

construtivos inertes (pedra, madeira, solo, etc). Pode ser utilizada como substituta, mas

principalmente como complemento útil e necessário das técnicas clássicas de Engenharia Civil.

H.M. Schiechtl
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1.1 DEFINIÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


“Soluções construtivas de Engenharia Natural solucionam problemas estruturais de

estabilização geotécnica e hidráulica, controlam processos erosivos superficiais, e

simultaneamente projetam ecossistemas em equilíbrio dinâmico.”

R. Sousa
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1.2 DIFERENTES CONCEITOS E ABORDAGENS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


EVOLUÇÃO HISTÓRICA

A utilização de plantas vivas e da madeira como


elementos construtivos, está documentada
desde a Antiguidade (Babilónia, China,
Império Romano).

A aplicação de técnicas de sistematização fluvial, data dos tempos


Em 1748, G. Alberti projetista desde a China antiga. Fotografia: Adaptado de Fernandes (2009)

italiano publica o livro


"Istruzioni pratiche per l'
ingegnero civile: o sia perito
agrimensore, e perito d'
acque", onde refere a
utilização de plantas,
aplicadas em taludes fluviais.
Aplicação da vegetação em taludes fluviais (Alberti, 1748)
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1.2 DIFERENTES CONCEITOS E ABORDAGENS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


EVOLUÇÃO HISTÓRICA

• Surgimento de materiais mais tecnológicos (aço e concreto) foram abandonadas as

biotécnicas;

• Anos 30 (pré guerra mundial) devido a restrições financeiras voltaram a ser implantadas;

• Muito utilizadas na Europa e América do Norte;

• Utilização recente no Brasil (10 anos);


Fotografias: Fabrício Sutili

Janeiro 2010

Dezembro 2013
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1.3 FUNÇÕES, OBJETIVOS E VANTAGENS

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FUNÇÕES
TÉCNICAS
• Proteção da superfície do solo contra a erosão;

• Promoção de deposição de solo;

• Eliminação ou dissipação de forças mecânicas;

• Promoção das condições mecânicas do solo através das raízes;

• Aumento da rugosidade hidráulica;

• Redução da velocidade da água;

Um projeto de EN cumpre múltiplas funções


técnicas, ecológicas, estéticas e económicas, as
quais não seriam possíveis de alcançar utilizando
apenas materiais inertes. Fotografia: Rita Sousa
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1.3 FUNÇÕES, OBJETIVOS E VANTAGENS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


FUNÇÕES
ECOLÓGICAS/AMBIENTAIS

• Aumento da biodiversidade (flora e fauna);

• Melhoria das condições nutricionais e consequentemente da fertilidade do solo;

• Proteção contra a poluição atmosférica;

• Proteção contra o ruído;

• Refúgios para a ictiofauna.

Adaptado de Waterways Restoration Institute and Urban Creeks Council (2006)


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1.3 FUNÇÕES, OBJETIVOS E VANTAGENS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


FUNÇÕES
ESTÉTICAS

• Obras de paisagismo, parques e APP’s;

• Recuperação estética da paisagem (danos causados por catástrofes naturais ou intervenções

humanas como áreas mineradas, aterros sanitários, etc.);

• Integração de estruturas artificiais na

paisagem;

• Enriquecimento da paisagem através

da criação de novos elementos,

estruturas, formas e cores da

vegetação;

Enrocamento vivo.
Fotografia: Rita Sousa
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1.3 FUNÇÕES, OBJETIVOS E VANTAGENS

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FUNÇÕES

SOCIO-ECONÔMICAS

• Recolha de matéria-prima e outros materiais construtivos → menores custos de construção;

• Menores custos de manutenção e recuperação;

• Criação de emprego e especialização de mão-de-obra.

• Gestão económica de recursos naturais;

• Bem-estar e outros benefícios sociais

induzidos;

A reutilização de material vegetal vivo proveniente de desbastes e


podas de manutenção é uma das vantagens econômicas da EN.
Fotografia: Rita Sousa
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1.3 FUNÇÕES, OBJETIVOS E VANTAGENS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


FUNÇÕES
SOCIO-ECONÔMICAS

Analisando,

. TEMPO DE VIDA ÚTIL

. CUSTOS DE OBRA E MANUTENÇÃO


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1.3 FUNÇÕES, OBJETIVOS E VANTAGENS

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VANTAGENS

• Há medida que uma intervenção de engenharia natural adquire maturidade (após a plena

adaptação e desenvolvimento da vegetação às condições locais,) pouca ou nenhuma

manutenção é necessária;

• Promovem a utilização de materiais naturais, adquiridos nos locais de intervenção (plantas,

solo, madeira, pedra, etc.);

• Obras com elevada compatibilidade ambiental, pois são estruturas de baixo impacto,

perfeitamente enquadradas na paisagem;

• Deformabilidade das obras e capacidade de regeneração das partes danificadas;

• Capacidade de adaptação às mudanças ambientais.


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1.3 FUNÇÕES, OBJETIVOS E VANTAGENS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


VANTAGENS

• Benefícios ambientais ao nível da criação de nichos ecológicos, melhorias na qualidade da


água;
• Aumento das forças estabilizantes do solo, através do desenvolvimento contínuo das raízes;

As técnicas de engenharia natural promovem


o desenvolvimento habitats com evidentes
melhorias nas características ecológicas dos
ecossistemas. Fotografia: Rita Sousa
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1.3 FUNÇÕES, OBJETIVOS E VANTAGENS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


DESVANTAGENS E LIMITAÇÕES
GEOTÉCNICAS
• Normalmente a sua prevalência técnica é em casos de instabilidade superficial (até 2,20 m
de profundidade).

FUNCIONAIS
• Eficácia não imediata. Necessitam de um maior espaço de tempo para atingir a plena
funcionalidade.

TÉCNICAS E CONSTRUTIVAS
• Menor capacidade de escolha entre os materiais. Alguns deles necessitam de maior
especialização técnica e científica (e.g. plantas);
• Parâmetros de projeto menos precisos e procedimentos construtivos ainda não
estandardizados;
• Estacionalidade das intervenções.
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1.3 FUNÇÕES, OBJETIVOS E VANTAGENS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


DESVANTAGENS E LIMITAÇÕES

CLIMÁTICAS

• Intervenções afetadas por fatores ambientais;

• A elevada variabilidade das características climáticas condiciona a escolha das espécies


vegetais.

DE ACORDO COM ESTAS CONDICIONANTES, A ENGENHARIA NATURAL APENAS EM PARTE


PODE SUBSTITUIR AS SOLUÇÕES DE ENGENHARIA CLÁSSICA, E NAS CONDIÇÕES FÍSICAS,
TÉCNICAS E AMBIENTAIS ADEQUADAS.
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1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO

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ENCOSTAS NATURAIS / TALUDES

• Prevenção e correção dos processos erosivos superficiais --- técnicas de revestimento;

• Prevenção, estabilização e consolidação de encostas naturais (movimentos de massa);

Sistematização de deslizamento de
terra com uma intervenção de terra
reforçada / muro verde.
Fotografia: Aldo Freitas
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1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


ENCOSTAS NATURAIS / TALUDES

• Redução da perda de solo;

• Promoção dos processos de deposição de solo;

Evolução de um sistema
combinado de TEN, destinado a
solucionar um deslizamento de
terra ocorrido em Itália .
Adaptado de Cornelini & Sauli
(2005).
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1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


INFRA-ESTRUTURAS

• Rodovias, ferrovias, dutovias, barreiras acústicas, sistemas de drenagem, aterros

sanitários, etc.

Aplicação de TEN em obra de infraestrutura (gasoduto) .


Fotografias: Petrobras.

ÁREAS COSTEIRAS E DUNARES

ÁREAS QUEIMADAS
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1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO

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ATIVIDADE EXTRATIVA

• Requalificação ecológica e funcional.

Intervenção de recomposição morfológica e revegetação com aterros


suportados por gabiões vivos e terra reforçada (muro verde). Mina de
Giustino Val Rendena (TN), Itália. Adaptado de Cornelini & Sauli (2005).
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1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO

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ZONAS URBANAS

• Gestão e valorização de rios urbanos maximizando o seu valor e funcionalidade ecológica

dentro das exigências hidráulicas requeridas;

• Redução de áreas impermeabilizadas;

8 anos após execução


Antes da execução

Evolução de uma intervenção cujo


objetivo era a integração paisagística
de um trecho urbano artificializado.
Imediatamente após execução Fotografias: Florin Florineth
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1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO

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ÂMBITO HIDRÁULICO (ZONAS ÚMIDAS E FLUVIAIS)

• Proteção anti-erosiva, estabilização, consolidação e requalificação ecológica de margens

de rios;

• Proteção contra desastres naturais como as cheias;

Intervenção de recuperação
de curso de água.
Fotografia: Rita Sousa
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1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO

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ÂMBITO HIDRÁULICO (ZONAS ÚMIDAS E FLUVIAIS)

• Proteção superficial, estabilização e requalificação ecológica de margens de lagos de


reservatórios de barragens;

Margem de reservatório muito degradada com processos erosivos.


Fotografia: Sousa, 2016.
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1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


ÂMBITO HIDRÁULICO (ZONAS ÚMIDAS E FLUVIAIS)

• Eliminação de trechos concretados para promover a revitalização de cursos de água.

Antes da execução 10 anos após execução

2 anos após execução


Evolução de uma intervenção de reabilitação de trecho
artificializado do rio Viena. Fotografias de Florin Florineth.
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1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


ÂMBITO HIDRÁULICO (ZONAS ÚMIDAS E FLUVIAIS)

• Recuperação e preservação de nascentes e áreas adjacentes;

• Recuperação e revitalização de áreas de banhados.


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2. IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS NA ENGENHARIA NATURAL

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


VEGETAÇÃO É ESSENCIAL PARA O SUCESSO DA ENGENHARIA NATURAL!

© Fabrício Sutili
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2. IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS NA ENGENHARIA NATURAL

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


As plantas apresentam algumas vantagens como materiais de construção:

• Capacidade regenerativa;

• Capacidade de adaptação;

• Resistência à submersão;

• Capacidade de propagação vegetativa.

Espécie com capacidade de propagação vegetativa.


Fotografia: Aldo Freitas
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2. IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS NA ENGENHARIA NATURAL

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


Relação entre as propriedades dos materiais construtivos tradicionais inertes e vivos
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2. IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS NA ENGENHARIA NATURAL

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Funções técnicas das plantas num talude (Coppin e Richards, 2007)

Efeitos hidrológicos Efeitos mecânicos


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FUNÇÕES TÉCNICAS

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As Funções Técnicas das Plantas:

 Reduzem a solicitação sobre o solo;


Forças Forças
 Aumentam a resistência do solo; Solicitantes Resistentes

 Aumento da resistência ao cisalhamento; Fator de Segurança

 Aumento do fator de segurança do talude;

Forças resistentes
FS   1,5
Forças solici tan tes
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2. IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS NA ENGENHARIA NATURAL

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


PLANTAS AUTÓCTONES – espécies nativas de uma região, ou seja, são espécies que fazem
parte da flora original espontânea que se desenvolve numa determinada área.

Vantagens da utilização de espécies


autóctones:

• Perfeitamente adaptadas às condições


edafo-climáticas da região;

• Maior valor ecológico;

• Maior resistência a pragas e doenças;

MAIOR TAXA DE SUCESSO


Calliandra brevipes. Fotografia: Rita Sousa
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2. IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS NA ENGENHARIA NATURAL

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


Especificação de plantas como material construtivo:

• Tipo de objetivo técnico (controlar a erosão superficial, estabilização geotécnica ou hidráulica);

• Objetivo ecológico - Plantas nativas do local;

• Avaliar a disponibilidade nas proximidades do local.

Fotografias: Rita Sousa


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2. IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS NA ENGENHARIA NATURAL

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


• Allamanda cathartica L.
• Cephalanthus glabratus (Spreng.) K. Schum.
• Calliandra brevipes Benth.
• Calliandra tweedii Benth.
• Colliguaya brasiliensis Klotzsch ex Baill.
• Escallonia bifida Link & Otto.
• Gymnanthes schottiana Müll. Arg.
• Ludwigia tomentosa (Cambess.) H.Hara
Calliandra tweedii. Fotografia: Rita Sousa

Gymnanthes schottiana. Fotografia: Rita Sousa


Cephalanthus glabratus. Fotografia: Rita Sousa
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2. IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS NA ENGENHARIA NATURAL

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


• Phyllanthus sellowianus Müll. Arg.
• Piper aduncum L.
• Pouteria salicifolia (Spreng.) Radlk.
• Salix humboldtiana Willd.
• Sambucus australis Cham. & Schltdl.
• Schinus terebinthifolius Raddi
• Sesbania virgata (Cav.) Pers.

Phyllanthus sellowianus. Fotografia: Rita Sousa

Salix humboldtiana. Fotografia: Rita Sousa Sambucus australis. Fotografia: Rita Sousa
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3. ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


Atuação da Engenharia Natural:

• Estabilização e consolidação de taludes (em áreas declivosas).

• Manejo de bacias hidrográficas (intervenções nas margens e leito);

• Recuperação e preservação de nascentes , APP’s e áreas adjacentes (áreas declivosas);

• Conservação de solos – controle de processos erosivos;

• Melhoria das características físicas do solo – capacidade de infiltração da água da chuva;

• Implantação de sistemas de drenagem.

Estruturas físicas para controle de processos erosivos (superficiais e profundos)


ENGENHARIA
NATURAL
Técnicas para implantação de vegetação nativa
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4. TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


Grau de complexidade das estruturas
Controle de Erosão • Revestimento (ex. Biomanta,
Superficial SUPERFICIAIS hidrossemeadura, ...)

Movimentos de
massa superficiais • Estabilização (ex. Estacaria viva,
(10 – 40 cm) feixes vivos, esteira viva, ...)

Movimentos de
massa profundos • Consolidação (ex. Parede krainer,
PROFUNDIDADE gabião vivo, terra armada, ...)
(40 – 220 cm)
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4.1 TÉCNICAS DE REVESTIMENTO/ANTI-EROSIVAS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


Consistem em construções de cobertura que asseguram uma rápida e eficiente proteção
superficial do solo, uma melhoria dos balanços térmicos e hídricos, o sombreamento e a
ativação biológica do solo. É conseguida quer por semeadura ou hidrossemeadura, quer por
técnicas de instalação de biomantas.

Hidrossemeadura combinada com aplicação de geomalha (à esquerda).


Biomanta de coco (à direita). Fotografias: Rita Sousa
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4.1 TÉCNICAS DE REVESTIMENTO/ANTI-EROSIVAS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


HIDROSSEMEADURA/SEMEADURA

Uma combinação adequada de espécies herbáceas,


arbustivas e arbóreas, permite-nos obter um conjunto
de sistemas radiculares mais eficaz na agregação do
solo. Adaptado de Florineth & Molon (2004)
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4.1 TÉCNICAS DE REVESTIMENTO/ANTI-EROSIVAS

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


BIOMANTAS

São mantas biodegradáveis que revestem e protegem superficialmente o solo contra a erosão.

• Juta;
• Sisal;
• Palha;
• Coco;
• Várias combinações materiais;
• Diversas gramaturas.
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4.2 TÉCNICAS DE ESTABILIZAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


Construções de estabilização que consistem em sistemas particulares de plantio de espécies
lenhosas, de modo a assegurar uma estabilização do terreno, desviar e conduzir as ações
mecânicas que possam criar situações de instabilidade.

Exemplo de uma técnica com funções de estabilização – Esteira viva.


Adaptado de Palmeri, F., 2003.
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4.2 TÉCNICAS DE ESTABILIZAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


ESTACARIA VIVA

Colocação no solo de estacas vivas de espécies com capacidade de propagação vegetativa.


Quanto maior a estaca, maior a profundidade a que se irão desenvolver as raízes e portanto
maior estabilidade em profundidade.

Detalhe de aplicação no solo

Aplicação de estacaria viva em margem fluvial.


Adaptado de Sauli, G., Cornelini, P., Preti, F., 2002.
Maior produção
de raízes
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4.2 TÉCNICAS DE ESTABILIZAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


ESTACARIA VIVA

• Baixo custo
• Facilidade de recolha de material
• Execução simples

Fotografias: Rita Sousa


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4.2 TÉCNICAS DE ESTABILIZAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


FEIXE VIVO
Construção longitudinal, que consiste na elaboração de feixes de estacas vivas de espécies com
capacidade de propagação vegetativa.
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4.2 TÉCNICAS DE ESTABILIZAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


FEIXE VIVO

• Realização simples
• Baixo custo
• Após o seu desenvolvimento, funciona como fornecedor de material vivo, que poderá ser
usado noutras intervenções

Evolução de feixes vivos aplicados em margem fluvial (após 5 meses).


Fotografias: Rita Sousa
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4.2 TÉCNICAS DE ESTABILIZAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


BANQUETA VEGETADA
Consiste na abertura de degraus em linhas paralelas longitudinais, com plantação no seu interior, de
estacas vivas com capacidade de reprodução vegetativa e/ou mudas.

• Consolidação em profundidade
• Diminuição da velocidade de escoamento superficial,
Colocação de estacaria viva no interior da banqueta. reduzindo as solicitações do terreno que conduzem a
Adaptado de De Antonis L. Molinari V.M., 2003.
deslizamentos de terra
• Promove a sedimentação do solo erodido, diminuindo
dessa forma a mobilidade do solo
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4.2 TÉCNICAS DE ESTABILIZAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


BIORRETENTORES

Aplicação de biorretentores em curso de água e taludes.


Fotografias: Rita Sousa
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4.3 TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


Construções combinadas de apoio, suporte e consolidação, para desvio e anulação de ações
mecânicas, para escoramento (sustentação) do terreno e consolidação de materiais instáveis.
Constituídas normalmente por combinações entre materiais inertes e vivos.

Barragem de correção torrencial, PNV (Itália).


Fotografia: Rita Sousa

Exemplo de uma técnica de consolidação.


Muro de suporte vivo . Fotografia: Rita Sousa.
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4.3 TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


ENROCAMENTO VIVO
Aplicação de pedra com colocação de estacas vivas de espécies com capacidade de propagação
vegetativa ou mudas. Caráter permanente quando projetada adequadamente.

Aplicação de enrocamento vivo para consolidação de margem fluvial.


Adaptado de Eubanks, E. & Meadows, D., 2003.
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4.3 TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


GRADE VIVA

Estrutura em madeira obtida através da Troncos de


madeira
colocação de troncos de madeira horizontais e
verticais dispostos perpendicularmente entre si, Estacas vivas

e suportada por prumos de madeira cravados


no solo que servem de suporte à estrutura. Mudas

Solo de
enchimento

Prumo em
aço ou
madeira

Esquema de instalação de uma grade viva.


Adaptado de Sauli, G., Cornelini, P., 2005.

Grade viva.
Fotografia: Aldo Freitas
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4.3 TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


GRADE VIVA

• Consolidação imediata
• Permite o desenvolvimento de
vegetação em taludes com declives
muito acentuados

Execução de grade viva.


Fotografias: Gino Menegazzi (esquerda), Rita Sousa (direita).
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4.3 TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


MURO DE SUPORTE VIVO/ PAREDE KRAINER
É um muro de suporte gravítico, formado por uma estrutura de madeira, a qual poderá
apresentar diferentes configurações, dependendo do objetivo de aplicação.
Tem capacidade de suportar pequenos
ajustes de terreno sem sofrer
alterações estruturais.
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4.3 TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


MURO DE SUPORTE VIVO/ PAREDE KRAINER
MODELO: Parede dupla

Construção de MSV Modelo parede dupla.


Fotografia: Rita Sousa.
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4.3 TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


MURO DE SUPORTE VIVO/ PAREDE KRAINER
MODELO: Fluvial, com prumo frontal

Construção de MSV Modelo fluvial com prumo frontal.


Fotografia: Rita Sousa.
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4.3 TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


MURO DE SUPORTE VIVO/ PAREDE KRAINER
MODELO: Parede Simples

Construção de MSV Modelo simples.


Fotografia: Rita Sousa.
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4.3 TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


MURO DE SUPORTE VIVO/ PAREDE KRAINER
NOTAS TÉCNICAS – Aplicação de feixes vivos no interior do MSV

Fotografias: Rita Sousa


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5. PROJETOS DE ENGENHARIA NATURAL

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


Fases de projeto:
1. Projeto Conceitual;
2. Projeto Básico;
3. Projeto Executivo.

Dimensionamentos:
• Hidrológico (chuva de projeto, tempo de concentração, tempo de retorno,
velocidade de fluxo);
• Hidráulico (vazão, dimensão da pedra carreada);
• Geotécnico (fator de segurança).
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6. ESTUDOS DE CASO

TÉCNICAS DE ENGENHARIA NATURAL COMO FERRAMENTA DE RAD


Apresentação de algumas obras de Engenharia Natural executadas no Brasil:

1. Proteção e revestimento vegetal das encostas da margem esquerda e direita do rio

Uruguai a jusante da barragem da Usina Hidrelétrica de Itá (RS/SC):

• Objetivos – RAD, Estabilização superficial de taludes.

2. Estabilização Biotécnica do Rio Pardinho - Município Santa Cruz do Sul (RS):

• Objetivos – Estabilização hidráulica, RAD.

3. Estabilização de travessia de duto - Município Cariacica (ES):

• Objetivos – Estabilização hidráulica e geotécnica (consolidação de taludes em

profundidade).

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