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SERGIO SANTOS ALMEIDA

INTERNET DAS COISAS:

SOLUÇÃO DE BAIXO CUSTO UTILIZANDO A INTERNET


DAS COISAS

Belo Horizonte
2017
SERGIO SANTOS ALMEIDA
INTERNET DAS COISAS:

SOLUÇÃO DE BAIXO CUSTO UTILIZANDO A INTERNET


DAS COISAS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade Pitágoras, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Engenharia de Controle e
Automação.

Orientador: Ayres Henrique

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Belo Horizonte
2017
SANTOS ALMEIDA, Sergio. Internet das Coisas: Solução de baixo custo utilizando
a Internet das Coisas. Ano de realização: 2017. 30 folhas. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação em Engenharia de Controle e Automação) – Faculdade Pitágoras,
Belo Horizonte, 2017.

RESUMO

Este trabalho se trata da demonstração de como pode ser possível levar soluções de
Internet das Coisas com um baixo custo para famílias de baixa renda. É possível
perceber a importância dessa pesquisa a partir do momento em que se nota o rápido
avanço da tecnologia, e parte da população fica excluída desse meio por motivos
financeiros. As ferramentas utilizadas para produzir essa pesquisa foram baseadas
em uma revisão de literaturas já publicadas em diversos trabalhos por outros autores
estudados na área de tecnologia, informática, eletrônica e segurança. Investigando a
dificuldade em levar essas tecnologias com um preço mais acessível para essas
famílias, principalmente pela necessidade que vai se criando com o rápido avanço
da tecnologia. E os resultados obtidos são na maioria os esperados, mostrando
assim que é possível sim levar tecnologias conectadas à internet para a casa das
pessoas com baixa renda, seja com hardwares de baixo custo ou incentivos de
grandes instituições.

Palavras-chave: Internet; Hardware; Incentivo; Tecnologias.


SANTOS ALMEIDA, Sergio. Internet of Things: Low cost solution using the Internet
of Things. Ano de realização: 2017. 30 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia de Controle e Automação) – Faculdade Pitágoras, Belo
Horizonte, 2017.

ABSTRACT

This work is about demonstrating how it may be possible to take solutions from
Internet of Things with a low cost for low income families. It is possible to perceive
the importance of this research from the moment in which the rapid advance of the
technology is noticed, and part of the population is excluded of this means by
financial reasons. The tools used to produce this research were based on a review of
literatures already published in several works by other authors studied in the area of
technology, information technology, electronics and security. Investigating the
difficulty in bringing these technologies at a more affordable price to these families,
especially by the need that is being created with the rapid advancement of
technology. And the results obtained are mostly expected, thus showing that it is
possible to bring internet-connected technologies to the home of people with low
incomes, be it with low-cost hardware or incentives from large institutions.

Key-words: Internet; Hardware; Incentive; Technologies.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – ESP8266 ................................................................................................ .11


Figura 2 – Interfaces do Raspberry Pi.......................................................................13
Figura 3 – Pontos de garantia de proteção...............................................................17
Figura 4 – Crescimento do número de dispositivos..................................................20
Figura 5 – Conjunto de empresas.............................................................................22
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CPU Central de Processamento Único


FGV Fundação Getúlio Vargas
GPIO General Purpose Input/Output
GPU Graphics Processing Unit (Unidade de Processamento Gráfico)
HD (disco) Hard Disc (Disco Rígido)
HD (televisão) High-Definition(Alta definição)
HDMI High-Definition Multimedia Interface
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IoT Internet of Things (Internet das Coisas)
RAM Random Access Memory
RCA Radio Corporation of America
USB Universal Serial Bus
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................06
2. COMPONENTES DE BAIXO CUSTO PARA A INTERNET DAS COISAS....09
2.1 COMPONENTES ELETRÔNICOS DE BAIXO CUSTO .................................11
2.1.1 Módulo ESP8266.............................................................................................11
2.1.2 Raspberry Pi....................................................................................................12
3. SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO........................................................................15
3.1 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NA IOT..........................................................16
3.2 DESAFIOS DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NA IOT.................................18
4. INCENTIVOS PARA A POPULARIZAÇÃO DA IoT..............................................20
4.1 PLATAFORMA PSA.............................................................................................21
4.2 PLATAFORMA NACIONAL DOJOT.....................................................................22
4.3 THINGSPACE E MODEMS DE BAIXO CUSTO..................................................23

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................25

REFERÊNCIAS..........................................................................................................27
6

1 INTRODUÇÃO

Com a proposta de inclusão de todas as classes sociais no meio da


tecnologia, para que o mundo se torne mais digital, mais conectado, se faz
necessário estudos que mostrem o porquê é preciso e como seria possível levar e
implantar isso para as pessoas, e além disso, criar produtos tecnológicos de
qualidade que sejam possíveis de serem alcançados, financeiramente falando, por
pessoas que possuam um menor poder financeiro, como por exemplo famílias de
baixa renda. Com essa inclusão, tudo tende a se desenvolver mais rápido, todos
tendo acesso à informação e também ao mesmo tempo fornecendo informações,
coletadas pelos próprios produtos, conectados em rede, que também possuem
funções que aprendem as rotinas do usuário, facilitando assim o avanço da
tecnologia. Numa sociedade onde o costume em consumo se dá mais comumente
na compra de computadores e smartphones, se tornaria mais difícil o consumo por
parte da população que possua menor renda, pagar por um produto que é novidade,
e que não está consolidado nos padrões de consumo, e que por conta disso, seria
mais caro do que o que costuma gastar ao se falar de produtos tecnológicos. E
também, no ano de 2017, os produtos que compõem a linha de automação para
residências, sejam eles utilizados para reforçar a segurança ou apenas para o lazer,
são caros, levando em consideração quem tem baixa renda, ou demandariam
reformas, o que indiretamente o transformariam em produtos inviáveis, e também
por muitos, por falta de conhecimento, considerados fúteis, sem muita necessidade,
o que não faria diferença na vida se não adquirissem. Um grande erro, pois
equipamentos de automação têm o objetivo de facilitar a vida das pessoas, como
dar-lhes mais segurança, diminuir suas tarefas manuais, lembrar-lhes de tarefas
previamente agendadas e substituir-lhes em muitas coisas.
O rápido avanço tecnológico abriu um leque de oportunidades, principalmente
na área da informática e da automação, mais precisamente quando se fala em
internet, rede mundial de computadores que conectam pessoas, e agora não só
pessoas, como também coisas, como eletrodomésticos, eletroportáteis, máquinas de
indústrias, meios de transporte, entre outras coisas. Com essa nova conexão de
objetos, surgiu o termo não tão novo chamado de “Internet das Coisas” ou "IoT",
7

acrônimo do inglês "Internet of Things", e para que se tenha um bom entendimento


do que se trata, se faz necessário entender dois aspectos, a internet, que é uma
rede em forma de sistema, que conectam computadores e, que a partir disso
oferecem serviços aos usuários. E as coisas, que seriam equipamentos que podem
se conectar à internet. E se pode diferenciar essas coisas em dois grupos, as que
usam a internet para melhorar as suas funcionalidades, como por exemplo a TV que
se conecta à internet para fazer streaming, navegar, etc., e o outro grupo que é
formado por coisas que se conectam à internet para se ter novas funcionalidades,
como por exemplo a geladeira que verifica o que está faltando e faz uma ordem de
compra ao usuário. Porém, como toda nova tecnologia, a princípio se torna
impopular, pelo seu valor agregado, seu custo é relativamente elevado,
considerando-se que o usuário seja de baixa renda, o que dificulta sua rápida
popularização em meio a essas classes sociais.
Com o avanço da tecnologia da informação, ficou cada vez mais necessário
se estar conectado à rede de computadores, e com isso, o uso dessas tecnologias
se tornaram indispensáveis para muitos, e por outro lado, complicou a vida de quem
não possui acesso na hora que quer ou na hora que precisam. Soluções de Internet
das coisas (Internet of Things ou IoT) de baixo custo, onde desenvolvidas com
dispositivos mais simples, porém bem explorados, podem levar para quase qualquer
lugar, ou qualquer residência, mesmo que as mais simples, conectar os seus
dispositivos, as suas “coisas” à rede pessoal ou até mesmo à internet. Num futuro
onde tudo, ou quase tudo se conectará à internet, todas as outras coisas “off-line”
estarão, muito provavelmente, esquecidas, impulsionando um investimento alto para
reverter a situação. Com isso, a justificativa desse trabalho científico, tem a ideia de
encontrar tecnologias, que através das mesmas, se torne possível a conexão e
inclusão com um baixo custo para pessoas de baixa renda, que comumente não tem
condição de investir em tecnologias que não cabem, por assim dizer, no orçamento,
destacando-se a importância desse assunto quando se fala em inclusão tecnológica,
onde famílias ficam para trás quando não conseguem se atualizar, levando em conta
a velocidade que a tecnologia avança. Com base nessa situação, este trabalho tem
o objetivo principal de responder sobre um importante problema. Como a Internet
das Coisas pode estar presente em todos os lugares com aderência das maiorias
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das classes econômicas sociais? Buscando assim um avanço mais acelerado nessa
área, e a inclusão mais consolidada de famílias que possuem uma baixa renda, para
que essas pessoas possam adquirir todas as funcionalidades oferecidas pela IoT.
Além de se ter o objetivo principal de demonstrar dispositivos eletrônicos open
source baseados em wireless de baixo custo, essa pesquisa também teve os
objetivos secundários de apresentar e descrever componentes simples de eletrônica
com funções que podem ser exploradas para a criação de soluções IoT, junto a isso,
avaliar também a dificuldade de barateamento, por assim dizer das tecnologias, visto
a obrigação do alto investimento dos fabricantes para as melhorias em segurança, e
demonstrar incentivos para uma possível maior competição do mercado futuro a
entregar soluções de qualidade e com custo reduzido, para levar ao entendimento
de como a Internet das Coisas poderia estar presente em todos os lugares com
aderência das maiorias das classes econômicas sociais.
A metodologia deste TCC seguiu um tipo exploratório, para que se possa
responder à pergunta problema e chegar aos seus objetivos primários e
secundários, e para que se possa proporcionar com maior familiaridade e tornar
esse assunto mais claro e entendível, com base em levantamentos de documentos e
bibliografias específicas, estudos e outros. Quanto a abordagem, a pesquisa terá um
teor qualitativo, a fim de compreender e interpretar trabalhos científicos já propostos.
Os dados de amostragens serão retirados de pesquisas já realizadas por centros
específicos de pesquisas. A estrutura desse trabalho de pesquisa científica foi
composta por três capítulos, os quais, cada um apresenta de forma explicativa e
sucinta, a proposta de como se chegará aos objetivos principais e específicos
escolhidos na primeira parte desse TCC.
9

2 COMPONENTES DE BAIXO CUSTO PARA A INTERNET DAS COISAS

O futuro se tornou cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, a cada
momento um avanço, uma descoberta tecnológica é publicada e divulgada em
artigos, jornais, revistas cientificas, etc. Devido a rapidez na qual as informações
chegam para cada um, tudo tem se tornado conhecido por todos em muito pouco
tempo, pois no mesmo instante em que a notícia acontece, qualquer um já pode
publicar, divulgar, para uma grande massa, o que antes só acontecia por meio de
grandes veículos de comunicação, devido a popularização da internet esse cenário
se modificou. Com o avanço da IoT, as informações pessoais passam a ser tratadas
e categorizadas e, com isso, produtos, objetos, coisas, também passam a serem
moldados conforme a necessidade pessoal de cada usuário, conforme o modo de
viver. A automação de residências se tornou algo comum, pois conforme
necessidade, a vida humana se adapta à novos modos de viver, e com isso,
incluindo novos hábitos à sua cultura. E seja na vida doméstica, ou nas industrias,
há alguns séculos, a automação vem fazendo parte do dia a dia das pessoas
(OLIVEIRA, 2017, p. 1).

A participação da tecnologia na vida cotidiana das pessoas passou a se tornar


cada vez mais forte e ligada à cultura da sociedade nos tempos atuais. Um dos
motivos por trás dessa mudança de realidade é o conceito de automação. A
automação é uma realidade na sociedade desde muitos anos atrás, mais
precisamente no século XVIII, que contou com a invenção da máquina movida a
vapor, a qual trouxe essa nova condição de automação para o setor industrial
(OLIVEIRA, 2017, p. 1).

Como comumente ocorre em toda nova era, quando se trata de tecnologia,


tudo novo tem sempre um preço alto a ser pagar, ao se comparar com gerações
anteriores, principalmente quando há poucos fabricantes, poucos inventores, e o que
acaba impedindo um rápido avanço dos produtos tecnológicos, na maior parte das
vezes, sempre foi o seu preço. Quando uma tecnologia é recente, geralmente ela é
cara, pois o estudo sobre ela é pouco, e há poucos "pontos de venda", com isso, os
10

poucos que existem podem ditar o valor pelo qual vai vender o seu produto. Quando
uma tecnologia vira open source e/ou open hardware, e consegue reproduzir as
mesmas funções das que são de código e hardware fechado, o valor delas
começam a cair, pois haverá mais concorrência e diferença nos preços. Open
Source Software são softwares gratuitos e abertos, que o usuário pode baixar e usar
à vontade, e participando de comunidades online, o mesmo pode ajudar no
aperfeiçoamento do produto, se tornando uma espécie de coproprietário, e Open
Source Hardware são hardwares que tem os seus projetos disponibilizados
gratuitamente, mas que para o usuário poder aperfeiçoá-los, deverá investir na
compra de componentes para a montagem dos mesmos, o que tem uma vantagem
em preço e tempo, pois economiza no tempo do projeto, quando se compara a
produzir do zero (BRAGA, 2012)
Já existem placas eletrônicas que com algum estudo, pode substituir alguns
hardwares mais caros usados em IoT. O ESP8266 é um deles, e se trata de um
micro controlador fabricado pela Espressif Systems, e está no mercado desde o ano
de 2014. E como um requisito da IoT, esse componente possui Wi-Fi nativo, o que o
põe em outro patamar "por esse motivo ele é largamente utilizado como módulo WiFi
para outros microcontroladores, como o Arduíno, por exemplo, apesar de possuir um
processador próprio"(OLIVEIRA, 2017). E como visa esse trabalho, "uma vantagem
do ESP8266 é o seu baixo custo, geralmente na faixa de 20 a 50 reais"(OLIVEIRA,
2017), e o Arduíno, como citado anteriormente, que é um hardware maior e mais
robusto, porém sem a função de Wi-fi, também tem o seu preço bastante baixo, o
que facilita e muito o estudo por pessoas normais, e não somente grandes empresas
do ramo de tecnologia. Outro exemplo é o Raspberry Pi, é um minicomputador, leve
e barato, que tem um funcionamento simples e serve para várias funções, inclusive
ser implementado para o uso em IoT, e segundo Paiva (2014, p. 99) “o intuito de
estimular o estudo da ciência da computação”.
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2.1 COMPONENTES ELETRONICOS DE BAIXO CUSTO

2.1.1 Módulo ESP8266

A plataforma ESP8266 é um sistema embarcado, ou seja, é um sistema que é


microprocessado, formado por software, hardware e periféricos, normalmente
usados para que se execute tarefas específicas, e com isso, se pode reduzir
consideravelmente seu tamanho em relação a outros dispositivos utilizado pela
maior parte das pessoas (SANTOS, 2016).
Santos (2016, p. 3) ainda aponta que o ESP8266, ilustrado na Figura 1, é
constituído por um micro controlador e uma interface que se conecta com a rede
WiFi, e por ser poucos e específicos componentes, forma-se assim um módulo de
baixo custo, e por possuir micro controlador e armazenar os dados na própria placa,
é possível que seja integrado vários sensores e dispositivos com finalidades
diversas.

Figura 1 - ESP8266

Fonte: Curvello(2015)

O foco de desenvolvimento desse produto é dispositivos móveis, e por essa


razão, seu consumo energético é baixo, necessitando de pouco investimento para a
sua operação contínua.
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Existem diversos modelos de ESP8266 no mercado, mas todos possuem


praticamente as mesmas características, uns com mais capacidade e outros com
menos. E todos eles, além do chip WiFi, possuem também GPIOs. Essas GPIO se
conectam com dispositivos do tipo sensores e atuadores, ou para fácil entendimento,
as GPIO ligam e desligam dispositivos neles conectados (FOUNDATION, 2012).
A partir desse componente, é possível programa-lo e implementá-lo às coisas
comuns do dia a dia, a fim de conectá-las na internet e poder, além de colher
informações de uso, também poder controlar de onde quer que esteja. E uma
grande vantagem, diante de tantas funcionalidades, e o que pode competir no
mercado é o seu preço, que tem sua média em 2,15 dólares (SANTOS, 2016).

2.1.2 Raspberry Pi

O Raspberry Pi é um computador de baixo custo e de desempenho


relativamente bom para o seu tamanho, o qual as pessoas o utilizam para poder
aprender a resolver problemas e também se divertir. É um projeto de cunho gratuito,
onde ajudam as pessoas a acessarem computação e criação digital, e aprender
como fazer coisas com computadores (FOUNDATION, 2012).
Paiva (2014, p. 99) aponta que, o Raspberry Pi tem características
importantes, e as mais notórias nesse caso são o seu peso de 45 gramas e,
principalmente, o mais importante, o preço de 35 dólares. Paiva (2014, p. 99) fala
ainda que, o Raspberry Pi por não possuir um HD, disco rígido, para guardar as suas
informações, como o Sistema Operacional, ele utiliza um cartão de memória de
tamanho apropriado para a execução do projeto. Além de possuir saídas USB, para
a conexão de pen drives por exemplo, saída RJ-45, que é própria para a conexão de
cabo para acesso à rede interna ou internet, saídas de vídeo HDMI de alta qualidade
e RCA, e conclui-se a sua estrutura com GPIOs, que são entradas e saídas que
podem ligar sensores, relés, motores e entre outros, para controlar equipamentos.
O Raspberry Pi, representado na Figura 2, como falado anteriormente, possui
várias interfaces controladas pelo Sistema Operacional instalado na mesma. E a
figura a seguir enumera e classifica essas interfaces, referentes ao Raspberry Pi
modelo B (LISBOA, 2014).
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Figura 2 - Interfaces do Raspberry Pi

Fonte: Lisboa (2014)

Interfaces 1, 4, 5 e 11 são saídas de vídeo e áudio, as quais se podem


conectar monitores para visualização de imagens, e elas são respectivamente a DSI,
que é uma conexão serial de vídeo, a RCA que é uma conexão analógica também
de vídeo, a conexão 5 é de áudio estéreo, e a HDMI, que é uma saída de alta
capacidade e de boa qualidade, para monitor ou televisão HD (LISBOA, 2014).
A interface 2 é composta por várias portas GPIO (descritas na Figura 2), mais
precisamente 26 pinos, o quais são distribuídos entre Ground, input/output e todas
elas do tipo digital, elas facilitam a conexão de hardwares desenvolvidos, e é
possível conectar qualquer dispositivo para expansão externa, como por exemplo
sensores e atuadores (LISBOA, 2014).
A interface 3 é composta por CPU, RAM e GPU, que opera com processador
ARM11 e velocidade de 700MHz, e para que a saída HDMI funcione, também conta
com processador que reproduz vídeos, após decodificá-los de até 1080p, e a
memória RAM de 512MB (LISBOA, 2014).
As interfaces 6, 12 e 13 são referentes à energia, a 6 é o LED status, que
indica o status de energia, a 12 é o regulador de tensão que serve para converter
tensão de 5v para 3,3v em algumas saídas que funcionam nessa faixa, e a 13 que é
a alimentação elétrica que é de 5v (LISBOA, 2014).
As interfaces 7, 8 e 10 são referentes à USB e a comunicação Ethernet, onde
a 7 são as entradas USBs, a 8 para a comunicação com a rede, e a 10 que faz o
controle das duas, tanto USB quando a internet (LISBOA, 2014).
A interface 9 é a entrada de câmera, que é uma interface serial, onde se é
possível conectar uma webcam portátil (LISBOA, 2014).
14

E por fim, a interface 14, e uma das mais importantes, é o leitor de cartão de
memória, onde se é instalado o sistema operacional, uma vez que o Raspberry não
possui capacidade de armazenamento permanente (LISBOA, 2014).
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3 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Quando se fala em produtos tecnológicos, sejam eles conectados à internet


ou não, é importante ressaltar uma questão geralmente abordada nesse meio, que é
a Segurança da Informação, o que significa, uma parte da informática que cuida da
proteção de dados digitais, com intuito de resguardar a integridade e a
confidencialidade dos mesmos para uma empresa, ou organização. Esses dados
digitais têm se tornado tão importantes, que passaram a ser classificados como
produtos, sendo assim, passou a ser tratado com bastante minuciosidade, ganhando
investimentos pesados na área para o seu desenvolvimento. E esses dados têm
algumas características que devem ser levados em conta para que se tenha um bom
tratamento das informações, como confidencialidade, o qual diz que os dados e as
informações não podem ser acessíveis para usuários ou entidades se não forem
autorizados, outra característica importante é a integridade, que assegura que esses
dados não serão alterados ou deletados da sua forma original sem prévia
autorização, e a disponibilidade que garante o acesso aos dados para usuários e
entidades autorizadas. E todas essas características não são exclusivas de um
sistema de números ou textos que formam as informações, mas também de vídeos
ou imagens por exemplo. E para que sejam bem monitorados todos esses pacotes,
se faz necessário ter boas soluções para que haja desenvolvimento desse papel
(SEGURANCA, 2014)
Segundo o site Seguranca(2014), existem dois tipos de soluções mais
populares para uma rede que por ela trafega informações, que são os Firewalls,
tipos de barreiras de proteção que servem para controlar o tráfego entre o
computador e a internet, categorizando os tipos de dados, deixando passar apenas
os que são previamente autorizados.
Os firewalls funcionam em forma de software, em hardware, ou nas duas
formas ao mesmo tempo, dependendo do tipo de sistema e a sua aplicação. Existem
duas formas de se apresentar o firewall, o que é baseado em filtragem de pacotes
de dados, normalmente usados em redes de pequena ou média escala, e funciona
estabelecendo regras, intermediando a comunicação entre dados e endereços IP,
bloqueado e liberando serviços específicos, levando em consideração sempre o
16

risco potencial aos dispositivos conectados à rede, o que traz a desvantagem de


uma possível queda de desempenho da rede ou então não cumprir seus objetivos
por completo. A outra forma de apresentar um firewall é por aplicação, que é usado
em servidores, ou proxy, e o mesmo não permite comunicação direta dos
dispositivos entre a rede interna e a rede externa, e apesar de ser mais complexo,
esse tipo de firewall é mais seguro, aplicado mais em rede de grande porte. E a
outra solução além do Firewall, é o antivírus, que tem a funcionalidade e a finalidade
básica de inspecionar, precaver e excluir vírus de um computador, e para que isso
aconteça, o Antivírus utiliza métodos como escaneamento que após detectar um
vírus, desmonta seu código, e o difere de softwares que não são maliciosos,
guardando essa informação para futuros escaneamentos. Também usa o método do
sensoriamento heurístico, que busca por arquivos executáveis que são modificados
de seus originais. Conta também com a busca algorítmica, que utiliza strings para
detectar vírus nas máquinas. E a checagem de integridade, com o objetivo de
fabricar um banco de dados com registro de dígitos de verificação de cada arquivo
do disco, para que sejam feitos comparativos, caso algum programa seja modificado
(SEGURANCA, 2014)
Segundo o site da Gemalto (2015), a Internet das Coisas (IoT) irá mudar a
maneira em que as pessoas se interagem com o mundo à sua volta, bilhões de
coisas conversarão umas com as outras, como televisores, carros, ou outros
dispositivos. Mas quando o assunto é IoT, para que a mesma atinja o potencial que
se deseja dela, se faz necessário que conquiste a confiança de quem vai pagar por
ela, ou seja, o seu consumidor.

3.1 SEGURANÇA NA IOT

A Internet das Coisas, segundo o site da Proof (2017), vai atingir de forma
direta a vida de todo mundo, sendo no meio pessoal doméstico ou no meio dos
negócios, mudando o jeito que todos vão comprar e a também as suas formas de
consumo, e a estimativa é de que a IoT gere entre US$ 3,9 e 11,1 trilhões por ano, e
com isso, cresce a preocupação ao se falar de segurança de rede na IoT.
17

Existem vários métodos de um invasor ter acesso às funcionalidades e aos


dados em um dispositivo conectado. E o que eles mais visam como objetivo de
invasão são os 3 seguintes alvos, o dispositivo, a infraestrutura de nuvem e a rede
na qual está ligada, e três são os pontos fundamentais que garantem a proteção de
um dispositivo de IoT, sejam eles móveis ou imóveis. E esses pontos são, a
proteção do dispositivo, a proteção na nuvem e o gerenciamento do ciclo de vida da
segurança, como mostra a figura 3. A proteção do dispositivo, que visa a segurança
do dispositivo físico em si, onde estão todos conectados e assim criando redes, o
uso de software e de dados aumentarão por consequência, chamando a atenção de
hackers com más intenções. Outro ponto é a proteção da nuvem, que é onde as
informações dos dispositivos e os próprios dispositivos estão conectado ficam
guardados, a qual a empresa que gere isso é a forma de ameaça mais insistente. E
o terceiro ponto é o gerenciamento do ciclo de vida da segurança, parte que muitas
vezes é esquecida pelo usuário ou pelas empresas, onde os dispositivos mais
antigos devem ser desativados, e feitas novas integrações de dispositivos mais
robustos com um novo sistema de nuvem e um controle maior de segurança
(GEMALTO, 2015)

Figura 3 - Pontos de garantia de proteção

Fonte: Gemalto (2015)


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Segundo a Dell Computadores (2016), geralmente por questões de um mal


costume, quando se fala em implantação Internet das coisas, a segurança é tratada
em segundo plano, o que põe as operações e dados críticos de uma organização
empresarial em alto risco. Uma das funcionalidades da Internet das Coisas é que,
todos os dispositivos criarão repositórios de dados sobre cada usuário, formando
assim gráficos, representando os seus costumes e gostos, e um enorme desafio
será proteger todas as informações ali guardadas.

3.2 DESAFIOS DA SEGURANÇA NA IOT

Uma preocupação ou até mesmo um desafio, é a segurança na Internet das


Coisas, num mercado onde se encontra em constante crescimento, criadores desse
tipo de produto em todo o canto do mundo vão, o tempo todo, conectando objetos
dos mais variados tipos, por meio de diferentes sensores, o que segundo o Vert
(2014), pode vir a ser bastante preocupante para a segurança das informações de
quem os utiliza, pois quanto mais as coisas vão sendo plugadas à rede,
consequentemente vai crescendo mais ainda a possibilidade de vulnerabilidade, por
que a criação de produtos é mais rápida e avançada do que o desenvolvimento de
novas tecnologias de segurança da informação, deixando uma brecha para falhas de
rede, tendo em vista que o mercado tem um crescimento tão potencial, que é lógico
perceber que pessoas com intenções ruins poderão se aproveitar de todas essas
brechas e agir conforme convém para que tirem proveito disso. A McAfee, gigante
do mercado de segurança na internet, segundo o G1 (2014), garante que os ataques
à rede irão crescer bastante, visando muito os aparelhos e instrumentos conectados,
pois com a proliferação desses dispositivos e consequentemente com o aumento
das suas vulnerabilidades, a chance de desaparecimento dos dados e informações
contidas neles se torna muito maior, e por si só, esses dados pessoais tem mais
valor do que dados de cartão de crédito. E por isso, segundo a Proof (2014), é
fundamental que os usuários forcem os fabricantes, para que os mesmos levem em
consideração questões a respeito da segurança durante o processo de produção e
no ciclo de vida dos produtos.
19

Exatamente todas as operações de uma empresa são gerenciadas por meio


de sistemas de tecnologia da informação, sejam essas operações de cunho
comercial, financeiro, trabalhista, pessoais ou outros, tem sua base nas informações
para que se tornem legítimas, e é por isso que é possível notar o valor agregado
gerado de toda essa informação, e com isso, surge um outro grande desafio para a
Internet das Coisas, o alto custo para que se implemente uma boa segurança das
informações contidas na rede, o que dificulta ainda mais a popularização desse
segmento para pessoas de baixa renda, e segundo a SegInfo (2017), o Gartner,
empresa de consultoria no ramo da tecnologia e tomada de decisões, estimou o
gasto em segurança da informação durante três anos, o de 2016 por volta de 78
bilhões de dólares, 2017 84 bilhões, e 2018 com uma alta de 12% comparando-se
ao ano anterior. Complexa se torna a popularidade da Internet das Coisas tendo em
vista o auto custo do investimento feito em segurança da informação, pois segundo
o CIO (2017), se exige uma combinação de fatores básicos de segurança, que vão
sendo consolidados ao longo de décadas, e de técnicas inovadoras, que se
encontram em fase de enriquecimento de ideias. E a partir desses dados, nota-se
que apesar do barateamento dos componentes eletrônicos a fim de popularizar o
conceito de internet das coisas nos lares dos menos favorecidos financeiramente,
uma importante questão vem na contramão, o alto custo gerado pela segurança
dessas redes domésticas.
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4 INCENTIVOS PARA A POPULARIZAÇÃO DA IoT

A internet das coisas está se transformando em grande velocidade, visando o


desenvolvimento econômico, trazendo novos investimentos e estimulando a
inovação, e é considerada como uma padronização da tecnologia, ou seja, é uma
parte da informática a qual irá transformar e popularizar o consumo de toda essa
tecnologia, conectando os mundos físicos, por meio dos equipamentos ligados na
rede, com o mundo digital, assim criando enormes quantidades de dados e
informações, os quais serão gerados a partir de uma estimativa, conforme mostrado
na Figura 4, de 50 bilhões de dispositivos interligados até o ano de 2020. E a
colaboração do governo se faz essencial para o crescimento do ambiente de
produção de toda a rede de tecnologia de IoT, pois se tem uma grande demanda por
aperfeiçoamento dos serviços públicos e estimasse que a IoT gere para todo o
planeta um ganho acima de US$ 4 trilhões até o ano de 2022, e nessa lista o Brasil
aparece em 10º com um ganho previsto de US$70 bilhões. E os países que
aplicarem nessa área um investimento efetivo, com assistência à pesquisa e
desenvolvimento, superando as mais diversas barreiras de acesso as tecnologias de
Internet das Coisas, terão altos ganhos de competitividade tendo em vista os
investimentos estrangeiros. E olhando pelo lado no qual essa tecnologia ainda está
em fase de amadurecimento, há grandes chances para o Brasil passar a ser
referência no desenvolvimento da IoT, produzindo e vendendo hardware e software
(BRASSCOM, 2015)

Figura 4 - Crescimento do número de dispositivos

Fonte: Brasscom(2015)
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Uma pesquisa realizada com o público de vários países, incluindo o Brasil,


indica que dentre todos eles, o Brasil é o país mais bem preparado para receber e
utilizar as tecnologias e dispositivos disponibilizados pela internet das coisas, onde,
dentre mais de 2000 entrevistados, 81% dizem estarem preparados para comprar
através desses dispositivos conectados em rede, e que por conta disso, a IoT irá
facilitar o cotidiano, reduzindo consideravelmente o tempo gasto com tarefas do dia-
a-dia, e não se vê o porquê de não delegar as responsabilidades com as compras
para os equipamentos autônomos cuidarem dessas tarefas. E quando se fala em
compras pela internet, há sempre o desejo de saber como que as empresas irão
compartilhar os dados pessoais dos usuários, pois para a maioria dos entrevistados,
a privacidade é um grande fator de risco (CANALTECH, 2017)
Mesmo estando em desenvolvimento, o crescimento da IoT é notório, e com
isso surge uma preocupação por parte do Brasil, que é em não ficar para trás na
adoção dessas novas tecnologias, o que faz sentido, pois no país não se tem
estratégias nesse meio, e por isso aparece na septuagésima posição no ranking do
Relatório do Índice Global de Inovação, listagem que classifica os países mais
inovadores, feito no ano de 2015 com 141 países. Visando resolver esse problema,
já previsto, em 2014 foi criado a Câmara de IoT e que deu início ao Plano Nacional
de Internet das Coisas, um incentivo criado pelo governo para que se possa
subsidiar a criação de políticas públicas, estimulando e estruturando o
desenvolvimento de soluções de comunicação máquina-máquina, e de Internet das
Coisas, conduzindo e viabilizando ferramentas e suprimentos para áreas com
importantes relevâncias para o mercado no Brasil, como os segmentos de
mobilidade, sistemas financeiros e urbanismos (PARAIZO, 2017)

4.1 PLATAFORMA PSA

A Internet das Coisas, apesar de agregar valor no que se pode oferecer,


ainda é pouco popular, por motivos de pouca segurança nos seus dispositivos, o que
deixaria a privacidade de quem os usa em risco, e do alto preço envolvido
demandando um alto investimento para quem deseja adquirir, e visando a
popularização da IoT, a ARM Developer, fabricante de chips, decidiu desenvolver o
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PSA (Plataform Security Architecture, ou Plataforma de Segurança e Arquitetura),


que é um conjunto de empresas, cada uma em uma área específica dentro do
projeto, conforme mostra a Figura 5, todas tendo como foco o ramo de tecnologia,
com a finalidade de aumentar a segurança, design e funcionalidade dos dispositivos.
O PSA é uma colaboração para todo o ecossistema de IoT, pois visa da parte de
designer de chips e desenvolvedores de dispositivos, ou seja, hardware, até a parte
de fornecedores de infraestrutura de nuvem e criadores de software, e apoiará na
criação de sistemas mais consistentes e de melhores práticas para a segurança.
Essa plataforma tem três componentes principais como, definir modelos de ameaças
e análises de segurança na rede IoT, especificar arquiteturas para firmwares e
hardwares e criar um projeto de código aberto, possibilitando assim a criação de um
sistema completo e forte em cada aspecto (ARM, 2015)

Figura 5 - Conjunto de empresas

Fonte: Guilherme (2017)

4.2 PLATAFORMA NACIONAL DOJOT

Um grande incentivo para a popularização da Internet das Coisas no Brasil, é


a plataforma programada totalmente em código aberto nomeada de Dojot, lançado
pela CPqD (Centro de pesquisa e desenvolvimento em telecomunicações), e por ser
desenvolvida em código aberto, a plataforma fica disponível para qualquer pessoa
que queira prototipar um projeto, desenvolver sua ideia, testar soluções. E essa
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plataforma tem por objetivo acelerar as criações de novas tecnologias nacionais


baseadas em IoT, desenvolvendo e demonstrando novas tecnologias e dispositivos
para cidades inteligentes. Outra grande característica do Dojot é que, por ser de
código aberto, estará em constante aperfeiçoamento por parte da comunidade de
desenvolvedores, facilitando e tornando possível um rápido desenvolvimento ou
aperfeiçoamento de um projeto, pois a plataforma é aberta com o intuito dos
usuários trazerem melhorias para as mesmas, onde já desenvolvida com as
principais características, como tratamento de dados, gerenciador de dispositivos,
suporte aos protocolos específicos, entre outros (BUCCO, 2017)

4.3 THINGSPACE E MODEMS DE BAIXO CUSTO

Com o objetivo de reduzir o alto preço pago para se obter recursos baseados
em Internet das Coisas, a Verizon, operadora de telefonia móvel dos Estados
Unidos, lançou a ThingSpace, uma plataforma de desenvolvimento que visa facilitar
a criação, assim como a brasileira Dojot, de sistemas IoT, como o recolhimento dos
dados de quem os usa de forma mais fácil do que no passado, com a justificativa de
ainda que mesmo nos tempos atuais, as pessoas com grandes ideias ainda tem
dificuldades de as colocarem em prática e as transformarem em realidade, pois a
tarefa de adicionar dispositivos à rede IoT e depois gerenciá-los, como por exemplo,
usar os dados recolhidos, não é uma coisa fácil, e nem barata, visto que se faz
necessário a criação de chipsets, sensores, criação de códigos de softwares, entre
outras coisas, o que para o usuário final, acaba sendo encarecido. Fora essa
plataforma que incentiva o desenvolvimento da IoT. A Verizon também lançou o
modem LTE, o qual pode ser adquirido pela metade do valor original, além de
reduzir a assinatura dos seus planos 4G, visando oferecer soluções de baixo custo
para os usuários finais das tecnologias IoT (O'CONNOR, 2015)
Num lugar onde tudo está sendo gradualmente conectado à sensores, muito
se nota a diferença de tempo empregado nas tarefas e financeiramente falando, na
economia gerada pelo corte de despesas, fruto do avanço da IoT na agricultura, na
medicina, nas industrias, residências, entre outros. Pois essa ideia que se tem de
conectar objetos à internet é quase tão antiga quanto a própria rede de
24

computadores, e nos últimos tempos a microeletronica vem se barateando, ajudando


e causando uma evolução da Internet das Coisas (MARQUES, 2017)
Essas tecnologias estão cada vez mais sendo utilizadas no mundo real, em
países como Estados Unidos, Alemanha, Japão e Reino Unido, e aos poucos vão
sendo notadas também no Brasil, e passam a ser uma das alternativas para se ter
produtividade na economia e na área de saúde. Percebe-se isso no estudo
encomendado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações, que o Brasil tem potencial para atuar em algumas áreas específicas
e se destacar nas mesmas as quais são o agronegócio, saúde, cidades inteligentes
e a indústria. E outra coisa apontada nesse estudo, é que o Brasil não possui
profissionais capacitados e recursos para financiar os projetos e alcançar um bom
posicionamento mundial quando o assunto é IoT, mas pode despontar entre os
países emergentes e ajudar no crescimento da indústria de exportações de produtos
nacionais favorecendo a efetividade dos setores públicos e privados (MARQUES,
2017)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso, tem como


justificativa, demonstrar a possibilidade de levar as soluções de Internet das Coisas
para o público de baixa renda, e a partir dele foi possível alcançar os objetivos
propostos, os quais eram demostrar dispositivos eletrônicos de baixo custo, o alto
investimento em segurança da informação, e por fim, os incentivos existentes para a
popularização da IoT.
Conseguiu-se chegar ao primeiro objetivo com o resultado esperado, por meio
de pesquisas à outras obras já publicadas, o qual era demonstrar alguns exemplos
de dispositivos eletrônicos, baseados em wireless capazes de integrar e servir como
base para o desenvolvimento de tecnologias IoT com um baixo custo, barateando
por consequência o produto final, mostrando assim que é possível conectar
dispositivos usados no dia a dia à internet, com um preço mais acessível para quem
possui uma baixa renda.
O segundo objetivo também foi alcançado em parte, pois se esperava
demostrar formas mais baratas de aplicar a segurança da informação no mundo IoT,
mas foi possível notar que com pouco investimento, as chances de falhas são
grandes, o que deixaria os sistemas vulneráveis a hackers, pois envolve o bem-estar
do usuário, quando se trata de IoT, onde os objetos de dentro de uma casa ou
empresa estão ligados na internet, e pode-se perceber que apesar do hardware
baratear, por conta das plataformas livres, o investimento em segurança é grande.
E o terceiro e último objetivo alcançado conforme o previsto, que foi
demonstrar incentivos para a popularização da IoT, onde pode-se ver que existem
diversas plataformas desenvolvidas, sejam elas por instituições privadas ou públicas,
ajudando assim a disseminar a cultura da IoT de forma mais fácil e menos custosa
para a maioria das pessoas de baixa renda.
A sugestão que se deixa a partir desse trabalho é de se desenvolver uma
pesquisa mais aprofundada e específica na área de segurança da informação, onde
se tem um grande problema em questão do alto preço, quando o assunto é
disponibilizar de forma mais barata essas tecnologias para pessoas com um poder
26

financeiro mais baixo do que as pessoas que costumam pagar valores mais
elevados por equipamentos tecnológicos atuais.
27

REFERÊNCIAS

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https://developer.arm.com/products/architecture/platform-security-architecture.
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