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República de Moçambique

Província de Sofala

Distrito de Gorongosa

Plano Estratégico Distrital de


Desenvolvimento de Gorongosa

Elaborado pela

Administração Distrital de Gorongosa

Fevereiro de 2006
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

ÍNDICE

PREFÁCIO 4

GLOSSÁRIO 5

INTRODUÇÃO 6

Antecedentes 6

Razões para planificação estratégica Distrital 6

Vantagens do Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital 6

O PROCESSO DE PLANIFIÇÃO 7

METODOLOGIA ADOPTADA 9

Processo de auscultação 9

Aprovação de diferentes fases 9

Quadro resumo dos encontros do CCD 9

1.0 CARACTERÍSTICAS DO DISTRITO 10

1.1 Situação Geográfica 10

1.2 Enquadramento Regional 10

1.3 Divisão Administrativa 12

1.4 Condições fisico - naturais 15

1.5 Características Sócio - Culturais 26

2. POPULAÇÃO 31

2.1 Características da População 31

2.2 Distribuição da População 31

2.3 Crescimento da População 32

2.4 Estrutura da População 33

2.4 Estrutura da População 34

2.5 Comunidades locais 34

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

3 DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO 36

3.1 Agricultura 36

3.2 Pecuária 41

3.3 Floresta e fauna bravia 43

3.4 Indústria 49

3.5 Comércio 53

3.6 Turismo 56

3.7 Recursos Minerais e Energia 58

3.8 Associativismo 60

4 INFRA-ESTRUTURAS 61

4.1 Rede viária 61

4.2 Rede de comunicação 65

4.3 Rede de abastecimento de água 67

4.4 Saneamento e drenagem 72

5 SERVIÇOS SOCIAIS 73

5.1 EDUCAÇÃO 73

5.2 Area da Cultura 79

5.3 Área de Juventude e Desporto 80

5.4 Serviços de Saúde. 81

5.5 Serviços de Acção Social 89

5.6 Registos e Notariado 91

5.7 Ordem e Segurança Pública 93

6 MEIO AMBIENTE 95

6.1 Ao nível da exploração dos recursos florestais 95

6.2 Ao Nível da Zona Tampão do Parque Nacional de Gorongosa 95

6.3 Ao nível da Serra de Gorongosa 95

6.4 Principais Problemas Ambientais 95

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

7 ÁREAS PROTEGIDAS. 96

7.1 Parque Nacional de Gorongosa 96

8 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 105

8.1 ADMINISTRAÇÃO DO DISTRITO 105

9. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS E POTENCIALIDADES 109

9.1 Principais problemas 109

9.2 Principais potencialidades 111

10 ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO 112

Introdução 112

10.1 Âmbito do PARPA 112

10.2 Principais problemas do Distrito 112

10.3 Principais potencialidades do Distrito 112

10.4 Principais áreas criticas do Distrito 113

10.5 Oportunidade para o desenvolvimento do Distrito 113

10.6 Regiões de desenvolvimento 114

10.7 Visão de desenvolvimento do Distrito 116

10.8 Principais actores de desenvolvimento 116

10.9 Principais alternativas de desenvolvimento por região 117

10.10 Principais áreas de intervenção por região 117

10.11 Matriz de desenvolvimento do Distrito 117

10.12 Matriz sintetizada do Distrito 137

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

PREFÁCIO
O presente documento, é o plano estratégico de desenvolvimento do Distrito de Gorongosa, que constitui um instrumento
orintador das principais acções a serem executadas, no Distrito por todos actores de desenvolvimento, nos proximos cinco
anos.

Foi elaborado com base nas principais orintações emanadas pelo Ministério do Plano e Finanças e pelo Ministério de
Administração Estatal, com o apoio da equipa técnica provincial e assisténcia técnica do PRODER, de acordo com o programa
do Governono âmbito do progrma de redução da pobreza absuluta (PARPA).

É um instrumento público, do e para o Distrito, que apresenta uma visão, para o desenvolvimento integral do Distrito com a
finalidade de dar solução aos problemas locais a curto e médio prazo.

O documento apresenta ensencialmentre quatro capítulos a destacar:

- O processo de planificação
- Diagnóstico;
- Estratégia de desenvolvimento;
- Plano de acção;

Processo de planificação
Descreve resumidamente os principais passos que foram dados para a elaboração do presente documento.

Diagnóstico
Contém características gerais, situação sócio económica, principais problemas e potencialidades do Distrito.

Estratégia de Desenvolvimento do Distrito


Indica os caminhos ou os principais passos a serem seguidos para o alcance dos objectivos pretendidos para o desenvolvimento
do Distrito, no período de vigência do plano.

Plano de Acção
É a síntese das principais actividades a serem desenvolvidas para o alcance dos resultados pretendidos, para o desenvolvimento
do Distrito.

Este documento, é resultado de contribuições de diversos actores que comungam os mesmos objectivos que são a melhoria das
condições sócio económicas das populações do Distrito.

Os nossos agradecimentos são extensivos a todos os membros das instituições de participação e consulta comunitária do
Distrito, pela dedicação, contribuições, criticas e todo o apoio prestado a equipa técnica de planificação Distritaln nos diversos
encontros havidos, também, vai para a EPAP e a GTZ/PRODER-Sofala, que contribuiram imenso para a materialização deste
documento.

As nossas cordiais saudações.

Gorongosa, Março de 2006

O Administrador

_____________________________________
João Oliveira
(Técnico Prof. Adm. Pública)

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

GLOSSÁRIO

CCD Conselho consultivo do Distrito


CCPA Conselho consultivo do Posto Administrativo
FL Fórum local
DDA Direcção distrital de agricultura
DDEC Direcção distrital de educação e cultura
DDS Direcção distrital de saúde
DTS Doença de transmissão sexual
EN Estrada nacional
EP1 Escola primária do primeiro grau
EP2 Escola primária do segundo grau
EPAP Equipa provincial de apoio a planificação
EPC Escola primária completa
ESG1 Ensino secundário geral do primeiro ciclo
ESG2 Ensino secundário geral do segundo ciclo
FARE Fundo de apoio a reabiltação económica
GATV Gabinete de aconselhamento e testagem voluntária
GTZ Agência de cooperação Alemã
HIV Víruas de imunodificiência adquirida
INAS Instituto nacional de acção social
IPCC Instituições de participação e consulta comunitária
IRN Imposto de reconstrução nacional
ONG Organização não governamental
PEDD Plano estratégico de desenvolvimento do distrito
PRM Polícia da República de Moçambique
PRODER Programa de desenvolvimento rural
PAV Programa alargado de vacinação
SIDA Sidroma de imunodificiência adquirida
SMI Saúde materno infantil
TDM Telecomunicações de Moçambique
TVM Televisão de Moçambique

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

INTRODUÇÃO

O presente Plano Distrital de Desenvolvimento é um instrumento que visa orientar o Distrito nas várias
componentes sócio-económicas.

O mesma assegura o uso racional dos recursos naturais localmente disponíveis e promove o
desenvolvimento equilibrado em prol da redução dos índices da pobreza absoluta no Distrito.

Ele resulta de um processo participativo que assenta na análise das potencialidades e constrangimentos,
na identificação dos objectivos preconizados a serem atingidos numa determinada área geográfica e
sectores de actividades sócio-económica com base na realidade do terreno e nas capacidades de
implementação existente ao nível do Distrito.

Antecedentes

Outrora, os Planos de Desenvolvimento do Distrito eram elaborados sem ter em conta a consulta as
comunidades, o que significa que eram elaborados Centralmente.

De referir que estes Planos não correspondiam muitas vezes com as principais necessidades das
comunidades.

Razões para planificação estratégica Distrital

As razões que levaram a elaboração do plano estratégico deve-se ao interesse do envolvimento das
comunidades na definição dos seus reais problemas, preocupações, necessidades e potencialidades para
que possam ser realizadas actividades de impacto para o desenvolvimento sustentável das suas regiões.

Para tal o Governo Distrital teve iniciativa de elaborar o presente plano através de consulta participativa
nas comunidades.

Vantagens do Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

As vantagens do Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital são as seguintes:

- Possibilita envolvimento e participação de todos actores na identificação dos principais problemas


do Distrito e possíveis soluções;
- Promove um desenvolvimento equilibrado das comunidades;
- Possibilita a criação de um instrumento de monitoria e avaliação;
- Assegura o uso racional dos recursos materiais, financeiros e humanos localmente disponíveis.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

O PROCESSO DE PLANIFIÇÃO

O Distrito de Gorongosa, iniciou o processo de planificação no ano de 1999, nessa altura a equipa técnica
de planificação era composta basicamente por membros do governo e o nível de participação era limitado,
o que dificultava a recolha de informação ensencial para a elaboração e o erequecimento do plano,
perante estas dificuldades, foi elaborado o plano com uma limitada abrangência de informação.

Em 2003, com a entrada de novas oriêntações e procedimento de planificação distrital, foi constituida a
actual equipa de planificação, composta por oito técnicos, representado diversas instutuições, dirigida
pelo Administrador do Distrito.

O resultado obtido com o processo, é fruto de um trabalho profundo de levantamento das principais
procupações das comunidades, suas potencialidades, definição de estratégias e acções para a melhoria do
seu nível de vida.

Este processo, foi possível com o uso do Guião introduzido em 2003, que estabelece a constituição e
funcionamento das IPPCC’s.

O Distrito de Gorongosa têm constituido, 12 fóruns locais, 3 CCPA’s e um CCD constituido por 50
membros representando diversas sensibilidades da população do Distrito, assim como ilustrado no mapa a
baixo.

Descrição dos principais passos dados na elaboração do PEDD

1. Criação da Equipa Técnica de Planificação do Distrito- 2003.


2. Realização do primeiro treinamento sobre a introdução a Planificação Estratégica- 2003.
3. Criação das IPCCs e recolha de dados- 2004.
4. Realização do segundo treinamento sobre Métodos e Processamento de Dados- 2004.
5. Elaboração do Diagnóstico- 2004.
6. Realização do primeiro CCD para aprovação do Diagnóstico- Fevereiro 2005.
7. Realização do terceiro treinamento sobre Estratégias de Desenvolvimento- Março 2005.
8. Elaboração das Estratégias de Desenvolvimento do Distrito- Abril- Setembro 2005.
9. Realização do segundo CCD para aprovação das Estratégias de Desenvolvimento- Setembro 2005.
10. Realização do quarto treinamento sobre o Plano de Acção- Outubro 2005.
11. Realização do treinamento em matérias de noções básicas de informática- Outubro 2005.
12. Elaboração do Plano de Acção- Outubro 2005 a Fevereiro 2006.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

C.C.Distrital
50 pessoas
Convidados Permanentes
19 pessoas
19 p.

10 p. 11 p. 10 p.
C.C.P.A Gor.Sede C.C.P.A Nhamadzi C.C.P.A Vunduzi
38 pessoas 40 pessoas 40 pessoas

7 p. 7 p. 8 p. 8 p. 11 p. 8 p. 14 p. 7 p. 14 p. 5 p. 6 p. 1 p.
FL Tambarara

FL Juchengue
FL C. Banana
FL Mucodza

FL Pungue

FL Domba
FL Tsiquir
25 pessoas

52 pessoas

52 pessoas

40 pessoas

47 pessoas

30 pessoas

39 pessoas

36 pessoas

41 pessoas

41 pessoas

22 pessoas

41 pessoas
FL Mangú

FL Cavalo
FL Cudzo
FL Canda

FL Piro
FL de Domba

FL de Piro

FL de Cavalo FL de Casa Banana


FL de Canda

FL de Mangu FL de Juchengue
FL de Mucodza
FL de Tambarara
FL de Cudzo FL de Tsiquir

PNGorongosa

Conselho Consultivo Distrital (1)


FL de Pungue
C.C. de Posto Administrativo (2)

Fórum Local (7)

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

METODOLOGIA ADOPTADA

A planificação participativa foi o princípio adoptado para este processo, que considera de extrema
importancia o envolvimento e as contribuições de todos actores de desenvolvimento do Distrito.

Este processo de planificação participativa, preconiza a realização de consultas e retorno das informações
as comunidades e outras instituições existentes no Distrito, com vista a recolha dos dados para o
enriquecimento do processo sobretudo nos problemas e potencialidades, que submete-se ao debate,
avaliação e deliberação, resultando na definição das estratégias e acções a realizar.

As observações e constatações estão harmonizadas de modo a estarem de acordo com politica Nacional
de combate a pobreza e o programa do Governo.

Processo de auscultação

O processo de consulta pública as comunidades, foi realizado em todas as Localidades e Povoados o que
possibilitou uma maior participação dos cidadãos na elaboração deste plano.

As comunidades estavam organizadas em Forúns Locais e Conselhos Consultivos dos Postos


Administrativos que analizaram as suas principais preocupações, em cumprimento da lei 8/2003, que
estabelece os princípios e normas de organização, competencias e funcionamento dos orgãos locais do
Estado reforçando assim o papel do Distrito na Planificação do desenvolvimento económico social e
cultural.

Aprovação de diferentes fases

Está previsto no processo da elaboraçãao do plano Distrital que para cada etapa realizada esta passe por
um debate, avaliação e deliberação, pelo Conselho Consultivo e pelo Governo Distrital, visando legitimar
e concordar com a abragência do processo.

Deste modo, foram realizadas quatro sessões com o objectivo de apreciar, debater e deliberar sobre os
conteúdos dos documentos submetidos.

Quadro resumo dos encontros do CCD

Nr Objectivo Aprovação Numero de participantes


Sim Não Homens Mulheres H/M
01 Constituição do Conselho Consultivo do X - 51 19 70
Distrito.
02 Debate e deliberaçãao do Diagnóstico. X - 40 13 53
03 Debate e deliberaçãao de Estratégias de X - 31 8 39
desenvolvimento.
04 Debate e deliberação dos projectos SIL- X - 34 7 41
2006.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

1.0 Características do Distrito

1.1 Situação Geográfica

O distrito de Gorongosa, localiza-se no extremo Oeste da província de Sofala, entre os paralelos 18° 45’ e
19° 15’ Sul e entre os meridianos 33° 30’ e 34° 45’ Este. A sede deste distrito fica a cerca de 200
Kilómetros da cidade da Beira. O distrito faz limites, ao Norte com o distrito de Maríngue, ao Sul com o
de Nhamatanda, ao Este com os de Cheringoma e Muanza e ao Oeste com a província de Manica, através
dos distritos de Macossa e Gondola (ver Mapa 1).

A superfície do distrito é de 7.659 Km². Tendo em conta o número da população do distrito segundo as
projecções do Censo de 1997 (92.555 habitantes), pode-se concluir que Gorongosa possui uma densidade
Populacional de 12 habitantes por Km².

1.2 Enquadramento Regional

A cidade da Beira, como o principal centro político e administrativo da Província, desempenha uma
importante influência no desenvolvimento do distrito, pois é onde são tomadas as decisões jurídico-
administrativas da província e é também por onde se canalizam os investimentos nacionais para o distrito.

O distrito de Nhamatanda, é o distrito que fica mais próximo do de Gorongosa, e por sinal, com algumas
infra-estruturas de nível relativamente mais avançado, como é o caso do Hospital Rural e a linha féria.

O distrito de Maringuè, para além de fazer o limite geográfico com o de Gorongosa, tem fortes relações
de trocas comerciais mútuas, e, nesse sentido, Gorongosa tem servido de paragem obrigatória, para os
comerciantes ambulantes de Maringuè, quando se deslocam à cidade da Beira, uma vez que, o eixo
rodoviário (EN 215), imperiosamente usado para o efeito, atravessa o distrito de Gorongosa.

A província de Manica, faz limite geográfico com a de Sofala, através do distrito de Gorongosa, entre
outros. A sua vizinhança, mas sobretudo, a sua elevada capacidade de produção agrícola, mantém laços
de estreita ligação, não só com Gorongosa, mas com a maior parte da província de Sofala, no que
concerne ao abastecimento de cereais , fruta e animais de pequena espécie.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Mapa 1: Enquadramento regional

Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

1.3 Divisão Administrativa

O distrito de Gorongosa é constituído por 3 Postos Administrativos, nomeadamente, o Posto


Administrativo Sede, o Posto Administrativo de Nhamadzi e o Posto Administrativo de Vunduzi, como se
pode ver no mapa abaixo .

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

O Posto Administrativo Sede localiza-se ao Sul do distrito e é constituído pelas localidades Sede e
Púnguè, fazendo limites geográficos com os distritos de Cheringoma, Muanza e Nhamatanda. Tem uma
superfície de 3.247,4 Km² o que representa 42.4 % do território do distrito.

O Posto Administrativo de Nhamadzi localiza-se ao Noroeste do distrito, tem uma superfície de 2.447,8
Km², portanto 31.96 % do território do distrito e é constituído pelas localidades Canda e Cudzo.

O Posto Administrativo de Vunduzi localiza-se a Nordeste do distrito, é constituído por duas localidade:
localidade sede de Vunduzi ( Cavalo) e Casa Banana e tem uma superfície de 1.963,8 Km² ou seja 25.64
% do território do distrito.

Ao todo, o distrito possui Sete regulados, sendo eles:

Tambarare
Canda
Nhanguo
Sadjungira
Sacudzi
Chicale
Jutchenge

Os regulados estão subdivididos em povoações e estes por sua vez em pequenos territórios velados pelos
Fumos os quais formam um sistema de liderança tradicional da população.

Quadro 1: Divisão Administrativa


Posto Administrativo Localidade Regulado
Sede Tambarara Tambarara
Nhanguo
Pungue Chicale
Nhamadze Canda Canda
Cudzo Sacudze
Vunduzi Cavalo Sadjungira
Casa Banana Jutchenge
Fonte: Administração, 2005

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Tabela 1- Superfície do Distrito


Percentagem da
Postos Administrativos Extensão (Km²) Nº de Localidades
Superfície
Posto Administrativo Sede 3.247,4 42.43 2
Posto Administrativo de
2.447,8 31.96 2
Nhamadzi
Posto Administrativo de
1.963,80 25.64 2
Vunduzi
Total 7.659 100 6
Fonte: Administração, 2005

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

1.4 Condições fisico - naturais

1.4.1 Clima

O clima que predomina no distrito, é o clima tropical seco, modificado pela altitude na parte Oeste do
distrito e tropical húmido em toda a região oriental.

A pluviosidade é caracterizada por intensas chuvas no período de Novembro a Abril de cada ano.

A precipitação media anual varia entre 900 a 2.000 mm anuais. Os ventos mais frequentes são os de sul-
noroeste e leste-oeste.

1.4.2 Topografia e Geologia

O relevo do Distrito de Gorongosa caracteriza-se por quatro principais acidentes geográficos, como a
seguir se descrevem:

Serra de Gorongosa;
Planalto de Gorongosa-Báruè;
A Grande Fenda (Rift Valley);
Planalto de Cheringoma.

a) Serra de Gorongosa

A Serra de Gorongosa estende-se pela região central da província, á 21 km ao Oeste do Lago Urema.
Tem a forma oval, com um comprimento de 30 km desde o Norte até ao Sul e a largura de 20 km. O
ponto mais alto da Serra tem a altitude de 1.863 m. A referida montanha fica também nas terras do
interior, a 160 km do litoral e a fenda do Rift Valley no mesmo extremo, fica a 120 km da costa. Inclui
afloramentos graníticos, floresta tropical e clareiras no alto. A serra de Gorongosa é composta de rochas
eruptivas da família de garbos cujo feldspato dominante é plagióclase básica, sienitos e granitos e também
rochas metamórficas da série metasedimentar.

b) Planalto de Gorongosa - Bárue

A área a volta da Serra da Gorongosa é predominada por rochas vulcânicas inselburgs de várias
proporções, que constituem o suporte de florestas nas suas bases. O Planalto de Gorongosa é constituído
predominantemente pelas rochas sedimentares de grés e conglomerados

c) Grande Fenda (O Rift Valley)

O fundo do grande vale rift é formado por florestas nas suas zonas arenosas, savanas e pastagens nas
zonas argilosas e Lago Urema que é habitat de muitas espécies de animas selvagens. Na região formada
pela Grande Fenda, notam-se rochas sedimentares de carácter superior constituído pelas dunas, calcário
lacustre, aluvião, coluvião, eluvião arenoso e argilo-arenoso. No lado Norte dessa região, há rochas
eruptivas representadas por chaminés vulcânicas de traquito e fonolito

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

d) Planalto de Cheringoma

O Planalto de Cheringoma forma o extremo leste da fenda, contendo muitos fósseis nas suas ravinas
fundas e extensas com margens penhascosas. Constitui o suporte de bosques de savana e húmidas
florestas.

A formação geológica mais notável no distrito de Gorongosa é sedimentar de Karoo e formações


sedimentares secundário, terciário e quaterinário. A diferença existente é apenas na Serra de Gorongosa
onde há rochas intrusivas (rochas básicas e ultrabásicas), havendo também rochas metamórficas (gnisses,
migmáticas e charnoguitos).

1.4.3 Solos

Do ponto de vista de aptidão agrícola, os solos que cobrem o território de Gorongosa, foram
subdivididos em três classes:

1. Solos aptos para a agricultura de sequeiro:

São cerca de 626.521,99 hectares de terra, dos quais 13.377,17 hectares com aptidão moderada e
613.144,83 hectares com aptidão marginal.

2. Solos aptos para a agricultura de regadio:

São cerca de 626.521,98 hectares de terra, dos quais:

a) Aptidão excelente

São cerca de 88.173,17 ha de terras que se localizam principalmente no extremo Este, portanto no Posto
Administrativo Sede, mais concretamente no limite do distrito com com os distritos de Cheringoma e
Muanza. A maior parte desse tipo de solos está no interior do Parque Nacional de Gorongosa.

b) Aptidão boa

São cerca de 264.182,39 ha de terra que na sua maioria se localizam no Posto Administrativo Sede mais
concretamente na região do PNG e uma pequena porção que se pode encontrar no Posto Administrativo
de Vunduzi, na região de Casa Banana, Madibe, Nhamissongora, Tsiquir e a região ao redor da Serra de
Gorongosa atingindo assim um pouco pelos três Postos Administrativos. A região de Nhambira até ao
limite do distrito com o de Macossa, também possui solos de boa aptidão.

c) Aptidão moderada

São cerca de 131.355,05 ha de terra . Podem ser localizados nas regiões de Botho, Bela Vista,
Nhandemba, Mucodza e Nhampassa, todos no Posto Administrtivo sede. No Posto Administrativo de
Vunduzi, solos com aptidão moderada podem ser localizados nas regiões de Nhanchururu, Nhangeia,
Tazaronda, Chionde e a região norte do distrito que faz limite com o distrito de Maríngue. No extremo
Nordeste do distrito, portanto dentro do Posto Administrativo de Nhamadzi, podem ser encontrados mas
em pequenas porções, solos com aptidão moderada.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

d) Aptidão marginal

São cerca de 142.811,38 ha de terra. Localizam-se tanto no Posto Administrativo Sede como no de
Nhamadzi, mais concretamente no extremo Sul e Sudoeste do distrito que faz limite com o distrito de
Nhamatanda em Sofala e Gondola em Manica.

a) Solos não apropriados para a produção agrícola:

São cerca de 52.178,02 ha de terra não apropriadas para a produção agrícoca. Essa extensão de terra
representa 7,7% do território do distrito. Localizam-se sobretudo na Serra de Gorongosa e ainda em
Bunga e Piro, no Posto Administrativo de Vunduzi.

Na região da grande fenda destacam-se os seguintes tipos de solos:

Solos franco-argilosos e arenoso-acastanhados


Solos muito pesados de côr cinzenta e negra, malgrenados e de difícil lavoura
Solos delgados e pouco profundos, rochosos e que não são aptos para a agricultura

A Serra de Gorongosa é formada pelos solos franco-argilosos e arenoso-avermelhados. A camada


superficial de tais solos é bastante leve e susceptível à erosão.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito
Mapa 3: Solos

1.4.4
Distrito de Gorongosa

Administração do Distrito de Gorongosa 18


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Hidrografia

Todos os rios que nascem ou atravessam o território de Gorongosa, são cursos de água doce que correm
no sentido oeste - Eeste, no Distrito destacam-se os seguintes rios:

Rio Púngue
No extremo Sul do distrito, esse rio estabelece o limite natural entre Gorongosa e Gondola em Manica e
ainda entre Gorongosa e Nhamatanda, ambos em Sofala, acabando por desagoar na Baía de Sofala.
Constitui ao mesmo tempo, um dos limites naturais do Parque Nacional de Gorongosa. O seu caudal está
dependente da época do ano(seca ou chuvosa), e e de regime permanente

Rio Vunduzi
Nasce na Serra de Gorongosa e desagua no rio Urema, no extremo Este do território de Gorongosa, e de
regime periódico.

Rio Vanduzi
Parte da Província de Manica, faz o limite natural entre Gorongosa (no Posto Administrativo de
Nhamadzi) e Macossa em Manica e desagua no Rio Púngue, no Sul de Gorongosa, o rio e de regime
permanente.

Rio Nhandue
Serve de uma parte do limite natural entre Gorongosa e Macossa em Manica e depois atravessa os Postos
Administrativos Nhamadzi e de Vunduzi até desaguar no Rio Urema, dentro do Parque Nacional de
Gorongosa, e de regime permanente.

Rio Urema
Faz o limite natural do extremo este do distrito com os distritos de Muanza e Cheringoma e serve em
simultâneo de limite leste do Parque Nacional de Gorongosa, e de regime permanente.

Lago Urema
É o maior e o principal lago que existe no distrito. Localiza-se na região de Chitengo, próximo do Rio
Urema, ainda dentro do Parque Nacional de Gorongosa. É alimentado pelos rios Vunduzi, Urema,
Mucodza, Mepuaze, Sungue, entre outros. A importância deste lago para o Parque é grande. Importa aqui
recordar que parte da vida animal e vegetal do Parque está intimamente dependente da água disponível
nesse lago.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

1.4.5

Administração do Distrito de Gorongosa 20


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Hidro - Geologia

A geologia da Província de Sofala está caracterizada pelos Complexos de base na sua parte ocidental e a
bacia sedimentar de Moçambique a Norte do Save para a parte oriental, aquela inclui várias formações.

O Distrito de Gorongosa repousa sobre as duas formações seguintes:

Complexo de base
Graben de Chire-Urema

a) Complexo de Base

A parte ocidental do Distrito de Gorongosa é caracterizada pelo complexo de base e compreende áreas
montanhosas, alti-planaltos e planaltos médios. Nos planaltos as rochas podem estar profundamente
meteorizadas, desenvolvendo-se então espessos mantas de alteração se o material solto não foi removido,
por processo de erosão. O complexo é formado predominantemente, por rochas granito-graino-
migmaticas, alternando-se com metassedimentos e charnoquistos.

A precipitação é alta nas áreas montanhosas e média nos planaltos. A recarga dos aquíferos é por isso
razoável apesar das condições do solo e do terreno não serem muito favoráveis. Em geral as formações
aquíferas do complexo de base são pouco produtivas, descontinuas e de extensão limitada. As suas
produtividade dependem, principalmente da espessura e da textura do material que constitui o manto de
alteração meteórica. Os aquíferos resultantes são predominantemente lineares e mais ou menos limitados.

As dimensões medias das aquíferos são as seguintes: 1 a 2 km de comprimento, 40 a 100 metros de


largura e 20 a 40 metros de espessura.

b) Graben do Chire - Urema

A parte oriental do Distrito está atravessada pelo afundamento do Chire-Urema (orientado segundo N-S).
A precipitação é de mais ou menos 900 mm/ano e as condições de recarga são boas.

O afundamento dos vales do Chire-Urema tem uma enchimento aluvionar de mais de 40 m de espessura,
próximo de Inhaminga e de mais de 80m, próximo da embocada do rio Pungué. O ocidente, os aluviões
essencialmente argilosos e impermeáveis contêm água salubre e repousam directamente sobre os grés da
formação de Sena, caracterizados pela sua baixa produtividade.

Apenas da margem acidental do afundamento se poderão encontrar aquíferos aluvionares bastante


produtivas. Os extensos cones aluvionares que se formaram nos locais em que os rios principais entram
na zona do afundamento podem corresponder a zona onde existem boas perspectivas quanto aos caudais e
quantidades de água. Os aluviões, nestes locais podem ter textura grosseira e a serem abastecidos por
intermédio de águas superficiais

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1.4.6 Flora e Fauna

O Distrito de Gorongosa é um dos distritos da província com maior potencial em espécies vegetais e
condições para o “habitat” animal. Este é até, um dos motivos mais fortes que ditou a localização do
maior parque do país e continua a fazer do território do distrito, um lugar de acentuada exploração
madereira.

As principais espécies de flora que abundam no território são as que a seguir se mencionam com as
respectivas localizações :
- Em cima da Serra de Gorongosa abundam ervas tropicais e nas encostas, a floresta de moimbo
com altura não superior a 30 metros e com característica verde durante todo o ano.

- No Parque Nacional de Gorongosa abunda a floresta aberta com árvores altas e despersas e capim
com altura média. Esta é a espécie de flora que ocupa a maior parte do distrito.

A fauna bravia compreende os animais de pequeno e grande porte que embora em pequena quantidade,
ainda povoam o Parque Nacional e outras regiões do distrito. São eles, os elefantes, hipopótamos,
impalas, macacos, rinocerontes-preto, crocodilos, leões, cobras, pivas entre outras aves de rapina.

A população animal actual no Parque e no distrito, não é conhecida com precisão, apesar de um
inventário faunístico e florestal realizado baseado na contagem de animais e espécies florestais ter
acontecido e estar na fase de sistematização dos resultados para a sua publicação oficial.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

1.4.7 Gestão de Terra

1.4.7.1 Uso e Aproveitamento do Solo

O território do distrito de Gorongosa tem uma área de aproximadamente 7.659 km2. Uma parte desse
território, com incidência para as regiões do sul, sudeste e ainda o extremo nordeste é morfologicamente
plano, com níveis freáticos mais altos que noutras regiões, e ainda com ocorrência de mais cursos de água
tais como braços dos rios que desaguam a jusante e lagos.

A parte Norte do distrito, a zona noroeste e ainda o extremo sudoeste é morfologicamente acidentado
tendo o seu pico na Serra de Gorongosa, com mais de 1.863m de altitude. O uso do solo foi nesse sentido
condicionado à morfologia do terreno.

O território está ocupado tanto com machambas, na sua maioria do sector familiar, florestas,
assentamentos humanos e outras formas de uso e aproveitamento do solo que para o presente diagnóstico,
são de menor relevância.

a) Zonas cultivadas

São áreas de terra cultivadas em sequeiro, na sua maioria pelo sector familiar. São ao todo, 18.434
hectares aproveitadas com diferentes intensidade de cultivo tais como:

i) Baixa intensidade de cultivo ( até 5% de utilização real da terra )

São 678 hectares cultivadas com baixa intensidade de cultivo e em sequeiro. Localizam-se principalmente
na parte Sul do distrito e ainda um pouco na parte Este diante da Serra de Gorongosa e próximo das
localidades de Murombozi, Tazaronda e ainda na Sede do Posto Administrativo de Vunduzi. Uma outra
porção de terra cultivada com a mesma intensidade, encontra-se próxima da localidade de
Nhamissongora, em ambas as margens da EN 1.

II) Regular intensidade de cultivo (até 20% de utilização real da terra)

Ocupa uma extensão de 11.748 hectares. Localiza-se principalmente na região próxima da Sede do Posto
Administrativo de Canda/Nhamadzi, mais concretamente nas localidades de Canda e e Murobodzi.
Também podem ser localizadas em Nhamissongora, Tsiquir, Tazaronda, Nhangeia, Nhanchururu e Piro.

III) Média intensidade de cultivo (até 50% de utilização real da terra)

São pequenas extensões de terra cuja localização incide sobretudo para as regiões de Nhampassa e
Mucodza( nas duas margens da Estrada n° 215 ). Fazem ao todo, 1.178 hectares de área.

IV) Alta intensidade de cultivo (até 70% de utilização real da terra)

São 4.830 hectares de terra que incidem com maior evidência para a região da Sede do Posto
Administrativo Sede, mais concretamente em Madibe, Tsiquir e ainda com menos extensão em
Nhamadzi.

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V) Zonas sem cultivos relevantes e sem florestas predominantes

Ocupam 388.374 hectares de terreno ou seja 57,22% do território do distrito. Localizam-se em quase todo
o distrito, mas sobretudo no limite do distrito de Gorongosa com o de Macossa na província de Manica e
ainda próximo da Serra de Gorongosa.

b) Zonas Florestais

Referem-se a áreas de terreno com solos cobertos pela copa da árvores e outras formas de vegetação.
Nesse caso, existem no distrito, 3 tipos de florestas que ao todo cobrem uma área de 154.866 ha, a saber:

I) Floresta aberta

É a floresta dominada com cobertura vegetal rasteira e árvores altas e dispersas. Ocupa uma extensão de
cerca de 136.955 hectares e abunda no Sul do distrito, mais concretamente nas margens do rio Púngùe e
Vunduzi.

II) Floresta fechada

É a formação florestal com cobertura vegetal densa. Ocupa 5.421 hectares e pode ser encontrada em
pequenas porções no limite entre o Posto Administrativo de Vunduzi e o distrito de Maríngue, em
Nhamadzi, próximo do Nhambana e ainda em Chitengo, dentro do Parque Nacional de Gorongosa.

III) Floresta sempre verde

Formação Florestal de cobertura vegetal verde durante todo o ano. Ocupa uma extensão de superfície de
12.492 hectares e encontra-se exclusivamente na Serra de Gorongosa.

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1.4.7.2 Sistema de Atribuição de Terras

Generalidades

Durante o tempo que antecedeu a entrada em vigor da actual Lei de Terras, o uso e aproveitamento de
terras nas comunidades locais do interior da Província de Sofala, era gerido por normas costumeiras. As
terras do interior (meio rural) pertenciam a um Clã ou Família alargada, a qual era chefiada por um
Ancião ou legitimo herdeiro, que ao mesmo tempo, tinha responsabilidades na distribuição, gestão e
resolução de conflitos de terras entre os membros do Clã. Dentro de cada Clã, tinha direito de posse de
uso e aproveitamento de terras, apenas os Homens.

Todos aqueles que eram estranhos ao Clã, podiam obter terras dentro dos latifúndios do Clã mediante
uma autorização favorável que recaísse sobre o pedido oficial feito ao Ancião ou Chefe do Clã.

Ultimamente, muitas alterações impostas principalmente pelo efeito da guerra modificaram


substancialmente essa prática costumeira. Os deslocados de guerra por exemplo, foram afixados em
lugares que oferecessem segurança militar, desfazendo muitas vezes os contornos das terras dos Clãs bem
como o poder administrativo dos seus Chefes. Os Régulos, que apesar de carecerem enquadramento
jurídico na Administração Pública Territorial, desempenham hoje quase que a substituir os Chefes de
Clãs, um relevante papel na distribuição de terras e resolução de conflitos dentro das comunidades rurais.

A actual Lei de Terras, a Lei 19/97 foi aprovada pela Assembleia da República em 1 de Outubro de 1997.
Uma das novidades introduzidas na actual Lei de Terras é o capitulo das comunidades locais, o qual
assegura a existência de terras para as comunidades. As famílias camponesas dentro das comunidades que
ocupam e exploram terras por 10 ou mais anos, possuem automaticamente o titulo de uso e
aproveitamento de terra.

Actualmente, as comunidades são envolvidas na gestão dos recursos naturais, através de consultas e
participação na definição do modo de maneio. No processo de titulação de terras para as famílias
camponesas, as comunidades são consultadas. É no quadro da actual Lei de Terras que as mulheres em pé
de igualdade com os homens, estão autorizadas a obterem o título de uso e aproveitamento de terras,
assim que necessitem, salientando-se por conseguinte, a questão de género sem qualquer distinção.

A Lei das comunidades locais, a ser aprovada futuramente, irá claramente abordar questões exclusivas
das comunidades locais. Por enquanto, o Estado protege as terras das comunidades, sem no entanto
prejudicar a alocação de investimentos, quer públicos, quer privados que muitas vezes beneficiam as
próprias comunidades. Nesse sentido, quando por força maior, as terras das comunidades, devem ser
cedidas a um investidor, por razões óbvias, ocorre a justa indemnização à população que naturalmente é
imputada ao operador.

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1.5 Características Sócio - Culturais

Resumo Histórico

Por volta de 1820, aquando das guerras de resistência contra a ocupação Portuguesa em Moçambique,
Gorongosa já era considerado como um dos estados poderosos que se tinha fundado no vale do Zambeze,
por famílias Luso-afro-indianizadas. Na margem direita do rio Zambeze, importa referir que o Estado de
Gorongosa incidia particularmente sobre a região do Báruè.

O Estado foi fundado pela família Manuel António de Sousa, provavelmente vinda de Goa, tendo
colaborado com Joaquim Carlos Paiva de Andrade, um dos fundadores da Companhia de Moçambique, a
principal companhia do referido Estado que se dedicava ao recrutamento de pessoas para a escravatura,
para fora de Moçambique. Esta prática terá provavelmente contribuído para o surgimento das constantes
guerras de revolta dos nativos contra os escravizadores na região de Gorongosa.

Ao longo da guerra de resistência, assistiu-se a incorporação de homens de diversas etnias nos guerreiros
de Macombe, os quais, no fim da guerra, se fixaram definitivamente em Gorongosa dando origem a
mistura de grupos tribais com consequências directas no surgimento de línguas locais como o caso de
Chiduma ou Chigorongoze, que provém da mistura do Sena, Báruè (Shona) e N’dau.

Desde os tempos da Companhia de Moçambique (1888), Gorongosa era parte da região do Báruè. Em
1917, a última revolta da população nativa contra o trabalho forçado imposto pela Companhia, mais
concretamente na abertura da estrada Macequece-Tete, na cobrança de impostos, entre outros foi
prontamente respondida pelos colonizadores estrangeiros.

Em 1926, durante a introdução da cultura do algodão em Moçambique, e mais tarde, portanto em 1940,
tida como cultura obrigatória, a região de Gorongosa foi submetida ao regime de opressão e do
nacionalismo económico, na altura, vigente em Portugal. Os Portugueses quando venceram a referida
batalha, optaram estrategicamente em substituir as autoridades tradicionais locais por outras não naturais,
para evitar as emergentes ondas de resistência à dominação colonial.

A partir da década 70, as vantagens geográficas de Gorongosa, permitiram a FRELIMO, na sua luta de
libertação nacional, considerar este distrito, como ponto estratégico de operações militares no eixo Beira-
Inhaminga e Beira-Vila Pery (hoje Chimoio). E durante o conflito armado em Moçambique, a RENAMO
fixou a sua base militar principal na Casa Banana, em Gorongosa.

Hoje, Gorongosa é um distrito rural da Província de Sofala, da categoria de 2ª Classe no quadro da


classificação dos distritos do país. A administração do distrito é hoje exercida pela Administração
Pública. O poder tradicional representado por Régulos, Chefes de Povoações, Fumos e pessoas influentes
no interior do distrito, continuam a colaborar com as autoridades Governamentais na implementação dos
programas do Governo.
Por outro os Secretários dos Bairros continuam a dar seu maior contributo para a implementação dos
programas do Governo.

O turismo foi uma das actividades que promoveu o desenvolvimento do distrito com a atracção de turistas
ao Parque Nacional. Com a destruição da sua infra-estrutura, o movimento turístico reduziu
vertiginosamente. O potencial eco-turístico natural está espalhado pelo distrito inteiro. O Posto

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Administrativo de Nhamadzi possui a Serra de Gorongosa e as cascatas que podem reanimar o turismo no
distrito.

Dentro do território do Parque, haviam tantas zonas para coutadas de caça e como zona somente para
fotografar animais. Na altura, cada cliente obtinha uma licença a qual discriminava o tipo de animal a
abater e a pele do mesmo era posteriormente curtida e exportada.

1.5.1 Poder Tradicional

O poder tradicional é o sistema e a estrutura administrativa reconhecida pelas comunidades, ao nível


local. Essa espécie de poder administrativo data desde a pré-história das sociedades Bantu em
Moçambique. O supremo ascende ao poder pelo sistema de sucessão dentro da família real.

A hierarquia deste poder compreende no topo, os régulos, depois os Sapandas, e finalmente, os M’fumos.
O relacionamento na tomada de decisões entre as estruturas administrativas do distrito e o poder
tradicional nota-se sobretudo ao nível das localidades e em seguida, dos postos administrativos porque é a
esse nível que a distância entre as estruturas é relativamente menor.

O referido relacionamento ocorre por meio de consultas que a Administração local privilegia quando
pretende tomar uma determinada decisão num regulado ou ainda ao nível mais desagregado, num
território administrado tradicionalmente por Fumos.

O relacionamento administrativo com o poder tradicional tem a vantagem de assegurar a participação


comunitária nos programas do governo, nos territórios onde o poder tradicional é respeitado. É através
dos Regulos e Fumos que se pode realizar um registo populacional bem sucedido e ainda mobilizar a
população a participar de forma voluntária e organizada na implementação de um programa
governamental que exija a gestão comunitária.

Por seu turno, os Régulos, Fumos e Sapandas quando convocados pela Administração local aos vários
níveis, participavam na definição de estratégias locais de implementação de determinados programas bem
como prestam contas ao Órgão Legislativo Público, os níveis de implementação das orientações e as
dificuldades encaradas no processo de execução.

Ao nível dos Postos Administrativos do distrito, pode constatar-se que a localização de muitas escolas,
postos de saúde e outros equipamentos e infra-estruturas sociais construídos quer pelo governo, quer por
parceiros nacionais e estrangeiros é feita após uma prévia consulta aos líderes tradicionais.

Na prática, o que está a acontecer é uma coordenação na implementação do programa do governo entre as
autoridades administrativas públicas e o poder tradicional local. E essa coordenação tem sido
imprescindível na medida em que os níveis de execução do programa governamental são os desejados,
isso a partir da avaliação feita tanto pelo governo como pelos líderes tradicionais e a população visada.

Ignorar esse tipo de relacionamento para uma região e população longamente administrada pelo poder
tradicional, seria pôr de lados os valores culturais, sociais e morais dessa população em tanto que actor do
desenvolvimento da região. É bem sabido que durante todo o período colonial e ainda durante o conflito
armado em Moçambique, as populações do interior do distrito foram administradas pelo poder
tradicional. O poder tradicional, no sentido etnológico da expressão não contradiz com os princípios do

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desenvolvimento económico, social e cultural das populações. Quando correctamente instituído e


relacionado com a administração pública, contribui em suma, para a boa governação.

O relacionamento que se assiste entre a Administração Local e o poder tradicional no interior do distrito é
exemplar e deve ser reforçado para salvaguardar o desenvolvimento do distrito.

1.5.2 Relações Matrimoniais

Os casamentos tradicionais até hoje praticados no distrito são do consentimento dos pais dos noivos e
ainda dos anciãos dessa localidade. Isso significa que para a rapariga, o bom comportamento no local de
residência é indispensável para ser escolhida como futura nora de uma família. É considerado bom
comportamento cívico e moral, a participação da moça nos trabalhos agrícolas da sua casa, no trabalhos
domésticos e ainda na comunidade.

A poligamia é um hábito cultural que ainda é praticado intensamente no interior do distrito. Alguns
homens chegam ao ponto de ter mais de 2 esposas. Pratica-se a poligamia com o objectivo principal de
uma família gerar mais filhos em pouco tempo, os quais, mais tarde servirão de mão-de-obra dessa
família na produção de comida em diferentes machambas, já que na agricultura de tipo itnerante, altos
índices de produção são alcançados em extensas áreas de cultivo confundindo-se assim com a grandeza
“produtividade”.

1.5.3 A Religião

As confissões religiosas registadas oficialmente no distrito são 32.Sendo uma Cátolica Romana, uma
Muçulmanae outras 30 são Protestantes.

A semelhança da realidade Moçambicana, a religião Católica por ser a mais antiga a ser introduzida no
país, é a que mais crentes possui. Por outro lado, o interior do planalto de Moçambique é menos
concorrido pelos muçulmanos do que o litoral onde essa religião encontra mais espaço de disseminação.

1.5.4 Expressão Cultural

A expressão cultural no distrito é feita de diferentes maneiras desde as danças tradicionais, as canções
locais, o artesanato em barro e de palha ou madeira até aos usos e costumes transmitidos de geração em
geração, embora nos últimos anos, pouco praticados.

Ao nível de todo o distrito, estão inscritos 18 Grupos Culturais Escolares e 3 Grupos Culturais de Bairros
Residenciais. Tanto ao nível das escolas como ao nível dos locais de residência, os grupos culturais já
mencionados são simultaneamente de música tradicional local de dança e ainda de teatro.

a) Principais Danças

As principais danças tradicionais que se exibem durante as ocasiões de festa de realização de uma
cerimónia local são as seguintes:

N’ketekete
N’jole

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Mapaza
Mafúe.

A dança N’ketekete é uma dança que se ensaia para o mero divertimento e muitas vezes se não sempre é
praticada para manifestar a satisfação popular por uma campanha agrícola bem sucedida ou para uma
cerimónia de lobolo de um/uma Jovem de admirada moral no seio da sua comunidade.

A dança N’jole é praticada exclusivamente por senhoras e é apresentada principalmente nas cerimónias
entusiásticas tais como, o lobolo, o nascimento de um bebê, etc.
A dança Mapaza é Praticada nas festas das comunidades tanto pelos homens como pelas mulheres,
simbolizando assim um acontecimento agradável como é o caso de uma boa colheita, uma festa na aldeia,
um lobolo etc.

A dança Mafúe é esclusivamente praticada para as cerimónias de tristeza ou de adoração como é o caso
de falecimentos ou pedido de sorte aos espíritos para acabar com uma epidemia, praga ou seca
prolongada.

b) Grupos Culturais

São ao todo 21 grupos culturais sendo 18 escolares e 3 de locais de residência. A sede do distrito continua
em termos estatísticos a apresentar o maior número de grupos mercê das múltiplas vantagens aí
existentes. As escolas apresentam mais grupos culturais do que os locais de residência provavelmente
devido a facilidade que se pode encontrar num estabelecimento de ensino em relação a um local de
residência. Quase todos os grupos são simultaneamente de Canto e dança com a excepção de alguns que
fazem o teatro. O teatro é unicamente feito pelos estabelecimentos de ensino.
Grupo Teatral e de Dança da Escola Secundária Geral
Grupo Cultural e Teatral do Colégio Nova Jeruzalém
Grupo de Dança da Escola Primária 3 de Fevreiro
Grupo Teatral da Escola Primária 1º de Maio
Grupo de Teatro e Dança da Escola Primária de Nhamissogore-Rio
Grupo de Dança da Escola primária de Nhamissongora-Aldeia
Grupo de Canto, Dança e Teatro da Escola Primária de Nhataca
Grupo de Dança da Escola Primária de Tsiquir
Grupo de Teatro e Dança da Escola Primária de Mucodza
Grupo de Teatro e Dança da Escola Primária de Mapombue
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Machisso
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Nhambondo
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Tambarara
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Tazaronda
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Púngue
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Vunduzi
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Nhamadzi
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Muera
Grupo de Canto e Dança do Bairro de Madibe

Os instrumentos musicais usados nas danças e canções anteriormente mencionados são todos tradicionais
e localmente produzidos. Uns são manualmente tocados e outros são de sopro. Os registos oficiais dão

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conta que o Nhacatangali é um instrumento musical que para produzir o som, é necessário soprá-lo,
portanto é uma espécie de flauta tradicional. Os outros instrumentos produzem som a partir de toques
manuais. São eles, o batuque, a marimba, a valimba, o bangue e a nhacaembe.

1.5.5 Locais Histórico - Culturais

Em Nhamangona, no Posto Administrativo de Vunduzi, existe uma Lagoa chamada Bunga que para além
de ter águas quentes, de lá se pode extrair sal (cloreto de sódio). No Púngue, mais concretamente, na
região de Bué-Maria existe um poço com água quente.

No Posto Administrativo de Nhamadzi existe uma Logoa conhecida pelo nome de Lagoa Madjoca. É
uma lagoa cheia de mistérios que vão desde o desaparecimento de todos aqueles que consumirem a sua
água até ao surgimento a partir da mesma água, de sinais fenomenais.

A Base Nhandonde foi a primeira Base militar da FRELIMO durante a Luta de Libertação Nacional no
distrito de Gorongosa.

A Serra de Gorongosa foi o local escolhido como sendo seguro para fixar a população local, decisão
tomada pelo Macombe ido de Báruè para lutar contra a ocupação colonial em Gorongosa. Nessa altura,
Nhamatchete, foi o único indígena que se aliou aos Portugueses por se recusar subordinar-se ao
Macombe. A população ficou na Serra durante mais de 3 anos alimentando-se sobretudo de tubérculos e
frutos silvestres, localmente conhecidos por:

Matitubundzi
Dali
Munhanha
Nhamufu
M’pama
Madari.

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2. POPULAÇÃO

2.1 Características da População

No processo de planificação para o desenvolvimento de uma determinada região é fundamental conhecer


a população que nela vive em termos de quantidade, estrutura e dinâmica. Estes e outros indicadores
permitem fazer uma análise do seu crescimento e das suas necessidades em função do espaço e dos
recursos disponíveis à sua volta numa determinada época.

O grupo étnico local chama-se por magorongoze que provém da fusão do Báruè, Sena, Shona e Ndau, A
língua local falada por aquela população é de igual modo chamada por Chigorongozi ou Xiduma.

A maioria da população pratica a agricultura tradicional, excepto uma minoria que vive na sede do
distrito e ocupa-se nas actividades terceárias sem no entanto deixar de trabalhar a terra.

De acordo com as projecções do Recenseamento Geral da População e Habitação de 1997, a população


do distrito e estimada em cerca tem 92.555 habitantes. Assim, ele é o 5° distrito mais populoso da
Província de Sofala. À semelhança da realidade nacional, a população feminina (51,3%), é a mais
numerosa do que a masculina (48,7%) (ver Tabela 2.1). Existem em Gorongosa, 18.511 agregados
familiares com um tamanho médio de 5 pessoas.

Tabela 2 - População do distrito por sexo e tamanho


População Enumerada Nº de Agregado Tomanho
Familiar Médio
Total % Hom. % Mul. % Familiar
92.555 100 45.050 48,8 47.505 51,3 18.511 5
Fonte: II Recenseamento Geral de População e Habitação, 1997.

2.2 Distribuição da População

Durante o período de emergência em Moçambique portanto, logo depois da assinatura do Acordo Geral
da Paz, alguns inquéritos demográficos foram realizados, com vista a determinar o número
aproximadamente exacto da população do distrito, uma vez que o recenseamento anterior da população
tinha sido realizado há mais de 10 anos, quer dizer, fornecia informações ultrapassadas e o efeito do
conflito armado havia já provocado profundas alterações na dinâmica da população.

De acordo com os resultados do censo de 1997, os maiores aglomerados populacionais do Posto


Administrativo Sede, são no sentido decrescente, o da Vila Sede, o da localidade de Tambarara e o da
localidade de Púngue. O Posto Administrativo de Nhamadzi tem apenas o aglomerado da localidade sede
como o principal aglomerado populacional e o Posto Administrativo de Vunduzi também tem apenas o
aglomerado da localidade sede como o maior aglomerado populacional do Posto.

Em função da divisão administrativa, a sede do distrito é a localidade mais povoada, seguindo o Posto
Administrativo do Nhamadzi e finalmente o de Vunduzi. Esta realidade continua a ser favorecida pela
oferta de melhores condições de vida, existência de uma importante via de acesso que é a EN 1, e ainda a
disponibilidade de equipamentos sociais.

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Tabela 3: Distribuição da população


Posto Administrativo Localidade População População Total
Sede Tanbarara 44.537 47.745
Pungue 3.208
Nhamadze Canda 15.505 23.854
Cudzo 8.349
Vunduzi Cavalo 13.621 20.956
Casa Banana 7.335
Total 92.555
Fonte: Administração, 2004

2.3 Crescimento da População

A projecção da população ilustrada na tabela abaixo, foi feita para os próximos 5 anos, com efeitos a
partir do ano 2005. O objectivo é de estimar o número de habitantes que o distrito terá ao fim dos 5 anos,
período de validade deste documento de planificação (2005-2009).

O cálculo da projecção da população foi feito a partir do número de habitantes do distrito apurado pelos
resultados IIRGPH de 1997 (77.877 habitantes). Assim, no ano 2006, a população será de 94.111
habitantes; no ano 2009 será de 98.848 habitantes e finalmente no ano 2010 será aumentada para 100.455
habitantes (ver Tabela 2.4).

Tabela 4: Crescimento da população


Projecção da População (Taxa de %)
Ano 2005 2006 2007 2008 2009

População 92.555 94.111 97.677 97.255 98.848


Crescimento + 1.556 + 3.122 + 4.700 +6.293
Fonte: Administração, 2005

Na prática, isso significa que ao fim dos primeiros 5 anos de validade deste instrumento de planificação,
haverão mais 6.293 pessoas. Em conformidade com o actual tamanho médio de uma família (5
pessoas/família), isso irá significar o surgimento de mais 1.259 agregados familiares que irão precisar de
uma reserva espacial de 132 ha para habitação. supondo que cada família irá ocupar um talhão rural de
30m x 35m ( 0,105 ha).

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Mapa 5: População por Postos


2.4
Administrativos

Distrito de Gorongosa

17.628 hab

20.072 hab

40.177 hab

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Estrutura da População

A população do distrito de Gorongosa é constituída na sua maioria por crianças e adolescentes que
preenchem a faixa etária dos 0 -15 anos de idade com uma população de cerca de 45.677 pessoas, o que
representa 49,3% da população do distrito. As outras faixas etárias composts por adultos e idosos
correspondem os 50,7%.adultos totalizam 44.497 e total dos idosos é de 2394 que correspondem as
seguintes percentagens ; 48,1% e 2,6% respectivamente.(ver tabela 2.6).

Tabela 5: Distribuição da população por idade


População Idade Número %
Crianças 0-15 45.667 49,3
Adultos 16-64 44.497 48,1
Idosos 65- e mais 2.394 2,6
Total 92.555 100
Fonte: CENSO, 1997

2.5 Comunidades locais

Entende-se por uma comunidade, o grupo de individuos que coabitam um determinado espaço de terra e
que compartilham os mesmos beneficios e dificuldades. Para simplificar os limites de uma comunidade,
em Gorongosa foi considarada por uma comunidade, um regulado. Assim, em Gorngosa existem 8
comunidades.
A abordagem de desenvolvimento das comunidades visa permitir a participação das comuidades no seu
próprio desenvolvimento em pareceria com o governo distrital e o sector privado.

Numa primeira fase, foram já foram realizadas acções do processo de desenvolvimento, desde Julho de
2001, em três comunidades nomeadamente: comunidade de Tambarara, a de Canda e a de Nhambita.
O desenvolvimento comunitário prevé a criação de comités de gestão dos recursos naturais, para melhorar
o uso e exploração sustentável dos recursos naturais.

O comité de gestão e liderado por um representante leito pela comunidade e que e integrado no conselho
consultivo do distrito.

Característica da Habitação e Modo de Vida da População

A maior parte da população do distrito vive com base na agricultura, empregando a mão-de-obra da
família. Os rendimentos desse tipo de agricultura servem apenas para a subsistência da família, desde a
alimentação, vestuário, assistência medica entre outras necessidades.

Para fazer face as demais necessidades, os camponeses trocam uma parte da sua produção em dinheiro ou
directamente em produtos industriais.
A maior parte da população residente na sede do distrito e proveniente da cidade da Beira ou de outros
locais e trabalha na função publica ou noutros sectores da economia.

No que concerne a habitação, o que predomina é a construção de casas em forma redonda ou quadrada,
com uma superfície mínima de 6 m2 e máxima, a 18 m2 e em ambos os casos, as casas podem ou não
possuir varanda.

Administração do Distrito de Gorongosa 34


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

O material de construção empregue é o material local. As paredes são construídas normalmente de (paus
e bambus), caniço ou bambu, e maticadas de argila previamente identificada para o efeito.

O tecto é muitas vezes cónico e coberto de capim, portanto as condições de vida da população são
tipicamente rurais, alguns edifícios localizados na sede do distrito, são construídos de material
convencional, com áreas de superfície maiores do que as casas anteriormente caracterizadas e muitas
vezes destinadas aos serviços sociais, económicos e algumas residências. Estas construções são
maioritariamente precárias devido ao material empregue.

Em conformidade ainda com o Recenseamento de 1997, cerca de 99,5% da população do distrito vive em
habitação particular, 0.45% vive em habitação colectiva e uma minoria muito insignificante não tem
habitação.

Principais Actividades e fontes de rendimento da população

A grande maioria da população pratica a agricultura de subsistência existindo no entanto, um número


insignificante da mesma a dedicar-se de outras ocupações, quer dizer, tem emprego formal nas
instituições do governo, ONGs, privados ou comércio de pequena escala mas também sem deixar de
praticar a actividade agrícola e pecuária.

Em geral, estes produtos e animais se destinam ao consumo das famílias e em casos de haver excedentes
como nos últimos anos tem acontecido, estes são canalizados à comercialização que em certa medida,
constitui desde já, fontes de rendimento da população.

Há casos notáveis na Gorongosa de artesãos dedicando-se da feitura de esteiras, peneiras diversas,


carpintarias, latoarias que no conjunto, essas actividades são fontes de rendimento da população.

Ao longo do inquérito populacional, também foram encontrados outros aspectos particulares de fontes de
rendimento vulgarmente conhecido por ganho-ganho. Este princípio assenta-se na base de venda de força
de trabalho para a realização duma determinada tarefa concreta e como recompensa ou salário recebe o
dinheiro ou produtos previamente concordados entre ambos.

Síntese dos Principais Problemas da população

Distribuição dispersa da população.


Alto índice de crescimento da população(casamentos prematuros e elevada natalidade).
Existência de muitas habitações precárias.
Existência de muitos desmobilizados e desempregados na idade activa.
Alto índice de analfabetismo.
População a viver dentro do Parque Nacional
Inobservância do ordenamento territorial na vila sede.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

3 DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

3.1 Agricultura

A agricultura constitui a principal actividade económica do distrito de Gorongosa apesar deste ser
largamente reconhecido pela existência do Parque Nacional de Gorongosa. O distrito é em geral
considerado o celeiro da província de Sofala devido a sua localização geográfica, potencial agro-
ecológico, sua importância económica e social em particular. Contudo, o estado actual do
desenvolvimento do sector agrícola do distrito está abaixo do seu potencial.

3.1.1 Papel do Sector Familiar

O sector familiar joga um papel de relevo na produção agrícola do distrito, na qual a quinta familiar é
considerada a unidade base de produção do sector. A quinta familiar é definida, neste caso, como sendo a
área total ocupada por um agregado familiar na qual se combinam diferentes sistemas de produção e
outras características funcionais (físicas, sociais e económicas). É na quinta familiar onde a família
produz os seus produtos básicos alimentares e outros que lhe trazem rendimentos ao longo de cada ano.

No distrito de Gorongosa, é constituído por cerca de 15.000 famílias, para uma média estimada de 4.9
pessoas por família, tendo aproximadamente 55% dos seus membros idade superior a 15 anos
(Recenseamento geral da População e habitação, 1997).

Os camponeses do sector familiar utilizam instrumentos de trabalho de baixo custo como é o caso de
enxadas, machados e catanas. A força de trabalho provém da própria família. A produção obtida é na
maioria dos casos para o auto consumo, vendendo por vezes os excedentes de produção.

As áreas agrícolas são preparadas manualmente e a vegetação é queimada. Em geral não utilizam
fertilizantes, nem pesticidas de qualquer espécie a não ser que projectos de desenvolvimento ou empresas
privadas fomentem este tipo de práticas . Este sector cultiva em forma de consociações, nas quais os
espaçamentos entre culturas e entre linhas nem sempre obedecem as exigências da cultura ou da
variedade praticada.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Quadro 2: Número de famílias assistidas pela rede de extensão


Instituição Localização Numero de famílias
assistidas
DDA C.Banana, Vunduzi Sede, Muzuangunguni, Nhauranga, 4294
Tazaronda, Nhambua, Nhampassa, Canda, Nhambondo,
Nhataca, Madibe, Magoe,
DTM -Tabaco Todo o distrito 1800
C.N.A.-Algodão Todo o distrito 6981
FHI Chionde, Tazaronda, Nhandemba, Tsaca, Tsiqwuir, 3716
Tambarara, Domba, Nhatraca, Machiço, Mataca-Machaua,
Mbulaua/Pavoa,Púngue,Ass. De compra e venda de mel,
Piro Nfumo Bito, Piro Chibue/Nfumo Tanganda, Piro
Nhanemba/Nfumo Langtone,Piro
Nhantsange,Murrombozi,Cudzo/Nfumo Sete,Cudzo Barra
Botão, Cudzo/Queche,Cudzo/Madeira,Cudzo/Nfumo
Doniasse
Fonte: DDA, 2005

3.1.2 Papel do Sector Privado

O sector privado joga um papel crucial tanto no processo de produção como no processo de
comercialização agrícola. No processo de produção, o sector privado, participa com a pratica de culturas
alimentares de rendimento e na área de comercialização, a compra e venda dos excedentes agrícolas.

Uma das grandes funções do sector privado é de estabelecer parcerias com os sectores produtivos,
principalmente com o sector familiar para garantir o fornecimento de insumos dentro das suas zonas de
actuação. Este sector também tem um largo papel no aumento das exportações e no fornecimento de
matérias primas à industria.

Em Gorongosa, apesar de pouco desenvolvido, o sector privado tem desenvolvido as suas actividades
juntamente com o sector familiar, no cultivo e comercialização do algodão, oleaginosas e cereais. Este
sector desenvolve também actividades de corte de madeira, produção de mel e carvão, apesar de por
vezes não obedecer os princípios de sustentabilidade.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Quadro 3: Privados que actuam na `area de agricultura


Empresa Área (ha) Produtos
Domingos Flávio 100 Horticolas diversaas e milho
Barca 350 Horticolas diversaas ,Milho e
Tabaco
Francisco Tomo 35 Milho e Feijão vulgar
Tomás Magura 35 Hortícolas,diversas milho
B.Reno e feijão vulgar
Faruk 150 Milho e feijão
Ramiro 60 Milho e fruteiras diversas
Barbito 50 Videiras e batata-reno
Total 780
Fonte: DDA, 2005

3.1.3 Uso e aproveitamento da terra

A situação agrária do distrito de Gorongosa é caracterizada por três tipos principais de uso e
aproveitamento dos recursos de terra, nomeadamente a agricultura, a pecuária e a exploração florestal e
faunística.

O padrão do uso actual de terra está fortemente relacionado e condicionado a diversidade e distribuição
dos recursos de terra em particular do clima, solos, formas de terreno e de outros factores sócio-
económicos igualmente importantes, como por exemplo mercados, rede de estradas, acesso, segurança e
posse de terra.

O distrito possui duas comunidades delimitadas e legalizadas (Canda e Nhambita ) e uma em processo de
legalizaçao (Tambarara).

O Distrito, possui 675.700 ha, contudo apenas 315.000 ha são aptos para a actividade agro-pecuária
(Tabela 4.1), Aproximadamente 125.000 hectares , são aptos para a prática de agricultura de sequeiro
com tracção animal, 60 000 ha são aptos para agricultura irrigada. 130.000 ha para Pecuária, fruticultura e
exploração florestal.

Tabela 6 - Superfícies para os diferentes tipos generalizados de utilização de terra

Tipo de Utilização Superfícies para as diferentes classes de aptidão (ha)


da Terra Muito apta a apta Moderadamente apta Marginal. apta a não apta
Área % área % Área %
Agricultura de Sequeiro 8832.7 1.3 118307.1 17.5 218601.6 32.3
Agricultura Irrigada 9053.2 1.4 49691.5 7.3 286996.8 42.4
Agricult. C/ Tracção Animal 9053.2 1.4 118086.7 17.4 218601.6 32.3
Fruticultura 94746.4 14.0 34597.7 5.1 216397.4 31.9
Florestas 94746.4 14.0 32393.4 32.3 218601.6 32.3
Pecuária 94746.4 14.0 34591.4 5.1 216403.6 31.9
Fonte: Mafalacusser e Marques (1999)

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Estes dados mostram que somente 1/3 do distrito é potencial para cada um dos tipos de uso e
aproveitamento de terra. De acordo com Mafalacusser e Marques (1999), as principais limitações estão
associadas a existência de solos delgados, esqueléticos, cascalhentos e pedregosos, muito pouco
profundos (profundidade limitada apenas a 30-40 cm), derivados das rochas acidas. São ainda factores
limitantes, a baixa capacidade de retenção de água e a topografia acidentada na maior parte do distrito.

Como se pode notar, grande parte da área potencialmente rica para a agricultura ainda não está a sendo
explorada. Apesar de somente 30% da área do distrito estar a ser usada actualmente para a prática da
agricultura, a pressão sobre os recursos naturais em particular sobre as terras aptas é elevada,
principalmente nas áreas localizadas a volta dos principais aglomerados populacionais.

Áreas de Cultivo

A área média ocupada por cada agregado familiar é de 2.90 ha, mas esta varia com o tamanho da família.
Em geral, famílias com menos de 3 pessoas e chefiadas mulheres ocupam em média 1.5 ha, enquanto que
famílias com mais de 6 membros e chefiadas por homens ocupam em média 4 ha.

3.1.4 Actividades Agrícolas

A actividade agrícola é caracterizada essencialmente pela produção de culturas alimentares, cereais


(milho mapira mexoeira e arroz), leguminosas (feijão nhemba, manteiga, boer e feijão vulgar), Raizes e
tuberculos (mandioca, batata e inhame) Oleoginosas (gergelim, amendoim e girassol) e de rendimento
(Tabaco e algodão).

O milho e a mapira ocupam maior percentagem da área cultivada no Distrito.algumas culturas como
hortícolas e oleoginosas, sao produzidas em areas muito reduzidas (cerca de 100 m2 em média por
família. Em geral, nas zonas altas e intermédias predomina o cultivo em consociações enquanto que na
zona baixa, o tipo de cultivo é múltiplo. As consociações dominantes são as seguintes:

Condições para o Aumento dos Rendimentos Agrícolas

A adopção pelos camponeses do sector familiar de tecnologias melhoradas poderão dar um impulso
significativo no aumento produção por hectare. Estas novas tecnologias não irão influenciar em grande
medida o aumento das áreas de cultivo, mas estima-se que nos próximos 5 anos haverá um aumento
médio de 0.5 ha na área de cultivo.

A adopção deste tipo de tecnologia apresenta vantagens para os camponeses por ser de baixo custo e de
fácil adopção, apesar de aumentar ligeiramente a carga de trabalho ao agregado familiar, principalmente
durante os meses de preparação do terreno (Outubro a Novembro). As tecnologias a adoptar por tipo de
cultura são apresentadas á baixo. De notar que algumas variações especificas para cada cultura poderão
ser introduzidas.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Cereais
o Uso de sementes apuradas de variedades localmente reprodu
o Compasso e densidade adequada
o Estabelecer consociação entre um cereal e Leguminosas
o Amanhos culturais: sachas, amontoas, desbastes, mondas

Leguminosas
o Cultivo de leguminosas em particular o feijão nhemba em consociação com o milho
o São Sementes de boa qualidade
o Consociada com cereais (milho e mapira) com compassos adequado nestas cultura

Raízes e Tubérculos
o Consolidar a utilização de camalhões
o Aperfeiçoar dos campos de multiplicação de transplantes
o Utilizar compassos adequados
o Introdução de variedades precoces de alto rendimento
o Misturar o solo com os restolhos das plantas e de dejectos dos cabritos
o Uso esterco animal
o Colheita na época própria
o Cuidados culturais adequados

Oleaginosas
o Introduzir rotação de culturas usando leguminosas
o Introduzir o compasso apropriado
o Período de rotação de 3-4 anos
o Identificar o poder germinativo das sementes antes da sementeira
o Introduzir sementes de boa qualidade e de variedades produtivas
o Colocar 2-3 sementes por covacho segundo o compasso
o Incorporar o restolho através cavas
o Cumprimento do calendário agrícola
o Introdução de técnicas de conservação do solo
o Introduzir um sistema de crédito de prensas de óleo nas zonas produtivas
o Identificar mercados

Conservação e melhoria da fertilidade do solo


o Introduzir camalhão
o Cultivar segundo as curvas de nível
o Uso de sistema de agricultura de conservação

Tecnologia Pós-Colheita
o Monitorar e avaliar a qualidade dos cereais e produtos químicos aplicados
o Definição de Estratégias para a introdução e proliferação a curto prazo dos diferentes celeiros melhorados
o Sensibilização dos camponeses através do sistema de comunicação da extensão rural sobre o potencial dos celeiros
melhorados e uso de produtos químicos e de repelentes biológicos (lautana camara, etc.)
o Fomentar a utilização de sementes resistentes ao ataque de pragas de armazém
o Disponibilizar um meio de transporte para usar na construção de celeiros.
o Introduzir um sistema de avaliação periódica dos celeiros construídos localmente usando como avaliadores outros
utilizadores de celeiros com a finalidade de aperfeicoá-los.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

3.1.5 Desenvolvimento Agrário no período 2005-2009

Com a introdução de tecnologias melhoradas na agricultura do sector familiar, a produtividade agrícola


por hectar vai aumentar e a carga de trabalho do agregado familiar vai reduzir-se na ordem de cerca de
50%.

Durante os meses de lavoura (Outubro e Novembro), a carga de trabalho é 41 a 49 jornadas, enquanto que
a carga de trabalho (com tracção animal), no período em que as actividades agrícolas são mínimas (Maio
e Junho) é de 3 a 15 jornadas respectivamente.

É sabido que 75% do tempo de cultivo dos camponeses no distrito é dedicado a produção de cereais.

O desenvolvimento agrário resulta de uso de técnicas e tecnologia melhoradas sustentáveis e de facil


adopção e implementação acompanhado de iniciativas /actividades extra agrá rias que cvonstituem
alternativas aos camponeses.
Assim sendo há a destacar :
Aproveitamento integrado das águas
Uso de semente e /ou material vegetativo sã
Minimização dos efeitos de erosão
Uso de técnicas tendentes a melhorar /manter a fertilidade dos solos
Melhorias das vias de acesso
Diminuição das perdas pós colheita
Uso de tecnologia que exige esforço humano

3.2 Pecuária

O efectivo pecuário no distrito é caracterizado por espécies como: galinhas, patos, gado caprino e suíno,
pombos, bovinos, e periquitos (porco da Índia). O número de cabeças de cabritos está a aumentar mercê
ao programa de repovoamento pecuário.

Um arrolamento realizado em 2003 no distrito mostrava que o efectivo de gado caprino é de


aproximadamente 14855 cabeças. Este mesmo arrolamento mostrava também que o efectivo de porcos
reduziu drasticamente de aproximadamente 18943 efectivos em 2001 para aproximadamente 16915
efectivos em 2003 devido a ocorrência da peste suína africana que dizimou a maior parte dos suínos.

O efectivo do gado bovino aumentou nos últimos 4 anos em 96 cabeças em 2005 para cerca de 345 em
2003. Em 1997 foram introduzidas cerca de 40 cabeças de gado bovino pelo PRODER. Doze machos
foram atribuídos a algumas famílias para serem usados como experiência piloto em tracção animal. Os
restantes animais serviram para o fomento pecuário. Nesta área, a relação touro-vaca é de
aproximadamente 1 para 7.

Tabela 7: Estimativa de efectivos pecuários em 2003

Pecuária Efectivos No. Famílias

Gado Bovino 345 21


Gado Suíno 16915 10990

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Gado Caprino 14855 3282


Galináceos 38257 13049
Patos 9382 2400
Perús 460 75
Fonte: DDA, 2004

Grande parte destes animais, principalmente cabritos, suínos e galinhas são usados como fonte de
obtenção de rendimentos. Em geral, as famílias destas áreas consomem estes durante as cerimonias e
outras celebrações. Uma família possui em media 1 cabrito e 2 porcos.

3.2.1 Potencial Pecuário

A área potencial para a produção pecuária no distrito é de aproximadamente 129.337.8 ha. Este potencial
só tem significado se for conhecida a capacidade de carga animal. A capacidade de carga é definida como
sendo o número de animais que uma área de pastagem pode suportar. Esta depende essencialmente da
existência de água, árvores, arbustos e gramíneas, da percentagem anual de utilização da matéria seca e
da capacidade de consumo alimentar de um animal.

A capacidade de carga animal para o gado bovino foi calculada por Timberlake e Reddy (1986) para
algumas regiões do país, incluindo a área norte da Província de Sofala, desde Gorongosa até Caia tendo
em conta a produtividade primária das áreas de pastagem, densidade de cobertura de árvores e arbustos,
percentagem de uso e quantidade de matéria seca consumida por cabeça de gado.

Tabela 8: Capacidade de carga animal para o distrito de Gorongosa

Tipo de Arrolamento Capacidade de carga estimada ha


Bovino 4.8
Caprino/ovino 0.9
Suíno 1.6
Fonte : DDA, 2004

Tomado em conta a capacidade de carga estimada e o potencial pecuário do distrito, nota-se que este pode
suportar aproximadamente 27.000 cabeças de gado bovino, 143.700 cabritos/ovinos e 80.830 cabeças de
gado suíno em pastagens naturais.

3.2.2 Desenvolvimento Pecuário no período 2005-2009

Desde 2005, nota-se no Distrito um significativo aumento de efectivos animais, tanto pelo crescimento
natural, assim como através do fomento pecuário, que permitiu a introdução de cerca de 117 cabeças de
gado bovino, 953 caprinos e 120 perús, programa que vai continuar nos próximos anos.

O aumento do número de suínos está condicionada ao combate de doenças como é o caso da peste suína
africana e em relação às aves, ao combate da Newcastle, programa de profilaxia em curso com fundo do
estado e de OG e ONG’s .

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

3.3 Floresta e fauna bravia

As unidades fisiográficas, associadas ao relevo influenciam a distribuição dos recursos florestais e


faunísticos. Deste modo, a distribuição da vegetação também segue o mesmo padrão.

3.3.1 Floresta

De acordo com Tinley (1994), a vegetação da serra de Gorongosa é dominada pelas espécies
características de floresta montanhosa (rain forest) como Podocarpus milanjianus, Rapanea
melanophloeos, Xymalos monospora, Schefflera abyssinica, Kggelaria africana, Macaranga capensis,
Aphloia theiformis, Garcinia milanjiensis, Pittosporum viridiflorum, Syzygium musukuense e Ocotea
kenyensis.

As espécies que ocorrem no cume do maciço são típicas de uma savana arbustiva dominadas Danthonia
davyi, Festuca costata, Ischaemum arcuatum, Koeleria capensis, Eragrotis volkensii, Andropogon
flabellifer, Panicum ecklonii, P. lukwangulense, P. inequilatrum. De acordo com Tinley (1994), nas
zonas em que se encontram simultaneamente ervas e arbustos, existem 34 famílias representadas por mais
de 100 espécies maioritariamente dominadas pelas grupos de Helichrysum e Senecio e em menor escala,
os grupos de Eriosema e Indigofera.

Na plataforma planáltica, a vegetação dominante é do tipo “Miombo” (bosque fechado) com árvores
atingindo a altura de 20 ou mesmo 25 m. A Tabela 9.1, 9.2 e 9.3, apresentam as espécies dominantes
nesta unidade fisiográfica incluindo a sua principal utilização na zona.

TABELA 9.1: ESPÉCIES FLORESTAIS DOMINANTES NO PLANALTO EM GORONGOSA


Nome Local Nome Cientifico Utilização
Mussassa Brachystegia spiciformi Madeira e Lenha
Mufuti Brachystegia boehmii Carvão
Mussussu Terminalia sp. Lenha, Planta medicinal
Chiwanga Pterocarpus brennani Carvão
Missanda Euythrophleum africanu Lenha e Carvão
Msimbe Burkea africana
Shimanga Pericopsis angolensis Planta medicinal
Munjonjoto Amblygonocarpus andogensi Planta medicinal
Ntoto Pseudolanchnostylis maprouneifolia Lenha
Missingeri Oxytenanthera abyssinica
Umbila Pterocarpus angolenses Madeira
Mulembe Julbernardia globiflora Lenha
Fonte: Tello (1994); Howell and Convery (1997)

TABELA 9.2: ESPÉCIES FLORESTAIS DOMINANTES NOS SOLOS DE TEXTURA GROSSEIRA AO LONGO DO LEITO
DOS RIOS EM GORONGOSA
Nome Local Nome Cientifico Utilização
Mutamote Newtonia hildebrandtii
Xylia torreana,
Umbila Pterocarpus angolensis Madeira
Munguege Guibourtia conjugata
Mengolosi/mongolosi/mungoreza Pteleopsis myrtifolia

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

M’paupera
Rutanda Balanites maughamii
Panga-Panga Millettia stuhlmannii Madeira
Muconde Euphorbia halipedicola
Nakapakapa (Macua) Euphorbia lividflora
Ngololo Acacia welwitschii
Mucuio Ficus sp
Titiracuchene/titirambango Erythrina lisistemon
Aloe bainesii
Gyrocarpus americana
Mupgápua Exoecaria bussei
Mutunguro Inhambanella henriquesii
Paropsia scheliebeniana

TABELA 9.3: ESPÉCIES FLORESTAIS DOMINANTES NOS SOLOS DE TEXTURA MÉDIA AO LONGO DO LEITO EM
GORONGOSA.
Nome Local Nome Cientifico Utilização
Acacia albida
Konconga Acacia xanthophloea,
Cananga Acacia nigrescens
Mupereca Acacia robusta
Muçaqueça Piliostigma, thonningi Lenha
Kigelia pinnata
Mefula Sclerocarya caffra Madeira
Adansonia digitata
Coma Hyphaene benguellensis
Borassus aethiopicum
Mepacassa/mupanda Lonchocarpus capassa
Nhangare Combretum imberbe
Fiti Combretum fragrans Carvão, lenha
Munanga Acacia sieberiana
Tsene Acacia galpinii
Mutundurulo Albizia versicolor
Mushikiri/m’equire Trichilia emetica
Mukuo/Mushamvu Ficus spp.
Grudja/mobola/mussorola Albizinia harveyei

3.3.1.1 Exploração dos Recursos Florestais

No distrito existe apenas uma consecção florestal na localidade de Púngue.


As espécies madeireiras mais extraídas por ordem decrescente são Umbila (Pterocarpus angolensis),
Chanfuta (Afzelia quansensis), Panga-panga (Milletia stulmani), Mefula (Schrocaya caffra), Umbua
(Khaya nyasica), Mussassa (Brachystegia spiciformis), Muimba. A Tabela 12 mostra os volumes
extraídos nos últimos 4 anos.

Tabela 10: Espécies madeireiras exploradas


Espécies 2000 2001 2002 2003 Total/m3
Umbila 50 104.794 175.000 7.568.286
Panga Panga 167 133.276 174.004 418.747
Chanfuta 546 57.250 116.165 508.913
Mefula - - - 344.281
Mussassa - 149.350 274.972 250 138.680
Minangar 150 108.397 - 11.751
Umbaua 97 - - 50 327.201
Total 1010 553.067 740.141 300 9.567.859
Fonte: DDA, 2004

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Cerca 9.567.859de de madeira foram extraídos no distrito nos últimos 4 anos, dos quais cerca de 12,6 % são
de Umbila.

Com a introdução da nova Lei de Floresta e Fauna Bravia, foram introduzidas formas de maneio
sustentável com envolvimento da comunidade. Tendo sido formados 3 comités de gestão dos recursos
naturais: Canda, Tambarara e Nhambita.

A produção de carvão tende a aumentar nos últimos anos devido ao aumento de procura deste produto no
distrito como nas zonas urbanas particularmente na cidade da Beira. As zonas urbanas depende
largamente desta fonte de energia devido ao aumento dos preços de gás e electricidade. A produção de
lenha também aumentou visto que o consumo desta é muito elevado nas zonas rurais da Província de
Sofala onde 98% da população rural usa-a como a sua fonte primária de energia.

Em geral esta actividade é desenvolvida pelas mulheres. lenha é apanhada no solo como por vezes
cortadas nas arvores, enquanto que o carvão é produzido a partir de resíduos das árvores ou mesmo a
partir do corte de arvores com alto valor calorífico. Considerando os volumes actuais de corte de árvores
para a produção de carvão, torna-se necessário controlar esta actividade e nalguns casos interromper
temporariamente.

As espécies usadas tanto para a produção de carvão como para lenha são a Chiwanga (Periscopsis
angolensis), Fiti (Cobretum fragrans), M’futi (Brachystegia boehmii) e a Missanda (Erythrophleum
lasanthum). Enquanto a Muçaqueça (Piliostigma thonningii), Panga-panga (Millettia stuhlmannii),
M’goa (Acácia goetzei), Psototo (Lannea stuhlmanni), Mussassue (Prodenea brycei) e Missanda
(Erythrophleum lasianthum) são somente usadas para lenha.

3.3.2 Fauna

O Distrito de Gorongosa é maioritariamente conhecido pela existência do Parque nacional de Gorongosa


(PNG). O PNG é a maior área de conservação faunística de Moçambique ocupando uma área de 227 252
ha, que representa percentagem da área do distrito. Apesar de ter ocorrido uma drástica redução no
efectivo de animais selvagens em consequência da guerra civil (1976-1992), Tinley (1994), identificou
aproximadamente cerca de 500 espécies de pássaros diferentes, 25 ungulatos selvagens e um grande
número de répteis, sapos, antílopes, leões e outros animais. Para além do Parque Nacional, existem ainda
outras áreas de conservação da fauna bravia, nomeadamente:

3.3.3 O papel do sector no combate ao HIV/SIDA

A agricultura e a principal base de sustento da maior parte da população do distrito. Assim, o sector na
suas actividades de difusão de mensagens sobre as tecnologias agrícolas, através da extensão rural, tem
privilegiado, a sensibilização dos camponeses para a prevenção do HIV/SIDA, e a pratica de culturas que
contribuem para o reforço da capacidade imunologica do organismo.

A mulher é privilegiada nestas acções, pois ela e a principal mão de obra para os campos da família no
processo de producao para garantia da segurança alimentar.

Administração do Distrito de Gorongosa 45


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

3.3.4 Principais problemas e oportunidades do sector

Limitações

As principais limitações que dificultam o desenvolvimento agrário no distrito de Gorongosa são os


seguintes:

a) Agricultura

Utilização por parte dos camponeses, de tecnologias não recomendáveis tecnicamente (elevado
número de sementes por covacho, espaçamento entre culturas inapropriado, etc.) no processo
produtivo;
Fraca diversidade de culturas alimentares. A maioria dos camponeses cultiva cereais em mais de 85%
das suas terras;
Défice em sementes, principalmente sementes melhoradas e resistentes a pragas e doenças
Ausência de um sistema eficaz de insumos agrícolas;
Elevado índice de erosão;

b) Pecuária

insuficiência de infra-estruturas como mangas de tratamento e de tanques carracicídas e matadouro.


Deficiente cobertura sanitária para a prevenção e o controle de doenças;
Fraco conhecimento de técnicas de maneio reprodutivo e sanitário por parte dos criadores;
Exiguidade de recursos humanos e materiais e drogas ;
Fraca capacidade de abrangência dos Serviços Públicos de Pecuária;

c) Floresta e Fauna Bravia

Escassez de meios humanos e materiais para o a fiscalização das actividades dos madeireiros;
Não reflorestamento das áreas de maior intensidade de corte;
Fraco aproveitamento dos recursos existentes na sua área, porque toda a madeira extraída é
levada para fora do distrito;
Não existe uma Serração madereira;
Elevado índice de caça furtiva
Elevado índice de queimadas descontroladas.

Oportunidades

Os factores que podem favorecer a produção agrícola no distrito são os seguintes:

a) Agricultura

Existência de 127.039 ha de terras aptas para a prática de agricultura de sequeiro ou para a pratica
de agricultura de sequeiro com tracção animal;
Potencial de 58.774 ha de terras aptas para agricultura irrigada;
Potencial de 129.341 ha para a prática de fruticultura;

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Existência de Parceiros como o PRODER-GTZ, FHI, GPZ e Programa de Acção Nacional (PAN)
que apoam a DDA á melhorar a sua capacidade de intervenção e junto dos camponeses;
Existência do PROAGRI que disponibiliza meios humanos, materiais e financeiros;
Existência de experiências positivas de trabalho por parte da extensão agrária da DDADR, e FHI
com grupos de camponeses, as quais podem ser multiplicadas;
Interesse do sector privado em investir na produção agrícola;

b) Pecuária

Existência de 129.337 ha de terras aptas para a pecuária;


Existência de um pontencial pecuário ( capacidade para suportar 27.000 cabeças de gado bovino,
ou 143.700 cabritos/ovinos, ou ainda 80.830 suínos);
Elevado interesse das populações em possuírem gado bovino, caprino e suíno e galináceos;
Existência de um mercado com grandes necessidades de carne, leite e ovos;
Existência de grupos comunitários, o que facilita as acções de vacinação e de tratamento de
doenças;
Existência de programas de fomento e repovoamento pecuário

c) Florestas e Fauna Bravia

Existência de 485.000 ha de áreas de conservação florestal;


Existência de um potencial de 127.139 ha de terras aptas para florestas;
Existência da componente de Floresta e Fauna Bravia do PROAGRI que vai permitir uma maior
descentralização na gestão dos recursos florestais e faunísticos;
Existência de uma unidade de Maneio da Zona Tampão;
Existência de um plano operacional do Parque Nacional de Gorongosa, o maior parque nacional
do pais;
A aprovação da Nova Lei Florestas e Fauna Bravia constitui um importante marco na
administração florestal e faunística do país;
Existência de iniciativas para o envolvimento da comunidade na gestão dos recursos naturais da
áreas;
Existência de experiências sobre o maneio comunitárioe Comités de gestão de recursos Naturais
no Distrito a semelhança do que acontece noutras zonas do país .Crescente interesse das
instituições privadas em investir nas actividades florestais e faunísticas no distrito;

3.3.5 Experiência Desenvolvida na Apicultura no Combate ao Desflorestamento Intensivo

Para reduzir o abate de árvores afim de aproveitar o curtiço para a produção tradicional do mel foi
introduzido em 1999 um programa de produção de mel com colmeias modernas. Por outro lado, este
programa visa combater as queimadas descontroladas.

Até Dezembro de 2004, 1300 apicultores foram treinados dos quais 150 equipados tendo produzido 1100
Kg de mel de qualidade o qual foi totalmente comercializado

Este programa tem duas componentes:

Treinamento de apicultores em técnicas modernas

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Fornecimento de colmeias melhoradas, equipamento de trabalho


São resultados do programa:
Diminuir o abate maciço de árvores para o aproveitamento do curtiço
Desenvolver a apicultura moderna
Aumentar a renda familiar

3.3.6 Tipos de calamidades

No distrito ocorrem três tipos de calamidades:


Seca
Erosão
Cheias
As zonas propensas a ocorrencia deste tipo de calamidades são :
Seca ocorre nas localidades de Cudzo,Muera no Posto Administrativo de Nhamadzi e Casa-
Banana , Piro e Zualamambo no posto Administrativo de Vunduzi.
Erosão ocorre na Vila Sede , Tsiquir vunduzi , Muera e Cudzo

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3.4 Indústria

3.4.1 Política do Sector da Indústria

A Política Nacional do Sector atribui à indústria, o papel de impulsionador da economia, tendo em conta
as ligações que ela mantém com os outros sectores de produção, particularmente com a agricultura da
qual recebe e transforma materia prima, produtos basicos e intermediarios, recursos energeticos, etc por
seu turno fornece a esses sectores, factores de produção que asseguram o aumento da produção e
produtividade.

A política industrial orienta-se pelos seguintes princípios gerais:

a) Em conformidade com as grandes opções de política económica do País


b) A definição da indústria como uma actividade essencialmente privada
c) A necessidade de reabilitação do parque industrial com vista a sua modernização
d) O desenvolvimento equilibrado do território nacional
e) O respeito pela preservação do meio ambiente e conservação dos recursos naturais
f) O desenvolvimento do capital human

3.4.2 Situação Actual da Indústria no Distrito

No Distrito existem industria de transformação dos sereais em farinha ( Moageira da 3ª classe)


totalizando 79 moagens distribuida da seguinte maneira:

58 na sede, 9 no vunduzi e 13 em Nhamadzi.

Destas 73 estão operacionais e 6 avariadas. A maior parte das moageiras estão localizadas na vila sede e
funcionam a diesel. Deste modo os custos de produção são elevados, devido ao contínuo crescimento dos
preços dos combustíveis, sendo este peso suportado pelos clientes.

É de destacar e existencia de grande moageira industrial adjudicada a uma empresa “AGRO


COMERCIALIZAÇÃO BARCA & FILHOS” que esta em reabilitação do equipamento, futuramente
dedicar–se–a a produção de farinha e racção para os animais.

Há também 33 padarias; 32 informais ou caseiras e uma formal. As caseiras normalmente empregam 2


trabalhdores na maioria familiares, e a formal neste momento emprega 3 Trabalhadores neste actividade.

Em termos de carpinteria existe 1 a funcionar na missão Cristo Rei e 8 pequenas localizadas nos bairros
de Matucudur, Tsuasicana e Nhambondo, assim como nos outros bairros.

Exite uma pequena oficina para colagem de pneus de viaturas, Motos e bicicletas, localizada na vila sede
empregando 3 trabalhdores.Há uma latoaria que se dedica na produição de panelas, copos,regadores e
outros utensilio produzidos com base de chapa de zinco; uma alfataria e duas cabelarias com 3
trabalhadores que se dedica ao trabalho de custura e tratamento de cabelos para senhoras, enfrentando
problemas sérios na aquisição de material.

A Administração do Distrito tem uma oficina na Vila Sede. Não funciona há longa data por falta de meios
de vária ordem. Servia para fazer a manutenção dos meios de transporte e do gerador da instituição.

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Algumas instituições que possuem viaturas tem na melhor das hipótses, um amador de mecânica com
alguma ferramenta para fazer possíveis reparações.

Na sede do distrito e sobretudo ao longo da EN1 estão a surgir pequenas oficinas de reparação de
bicicletas e motorizadas.

A Missão Cristo Rei na sede do distrito tem uma pequena serração em funcionamento, virada para os
trabalhos da própria instituição.

Também existe um pouco por todo o lado, pequenos carpinteiros que com muito sacrifício na procura de
madeira, produzem cadeiras, bancos e mesas. É que no
distrito inteiro não existe nenhuma serração apesar de haver corte de madeira em touro.

Há também alfaiates em número muito reduzido e com pouca procura provavelmente porque os mercados
vendem roupa já confeccionada.

3.4.3 O Papel do Estado

Compete ao Estado, orientar e regular o crescimento da indústria e criar condições para a dinamização da
actividade industrial. A intervenção do Estado é feita através de:

Estabelecimento da política industrial;


Criação de um ambiente económico que facilite o investimento e a produção;
Implementação de um sistema de incentivos à actividade económica;
Investimento complementar (na formação, infra-estruturas e serviços de apoio à indústria).

Por outro lado, o Estado deverá agir como um investidor, sempre que se trate de investimentos
complementares, entendidos como aqueles que criam condições para a viabilização das novas
oportunidades industriais ou então que constituem um factor de encorajamento para o investimento
privado.

3.4.4 O Papel do Sector Privado

Compete ao sector privado assumir um papel importante no investimento e na produção industrial.

O investimento privado é importante nos seguintes aspectos:

Na implementação da Política industrial


Na mobilização dos recursos financeiros
Na promoção do desenvolvimento tecnológico e da capacidade de gestão
No acesso aos mercados externos
No desenvolvimento de oportunidades de criação de unidades industriais

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Tabela 11: Localização das moagens


Nº de
Postos Administrativos Localidade Estado
Moageiras

Matucudur 5 3 Operaciona e 2 inop.


Tsuassicana 4 Operacional
Aeródromo 3 2 Operacional e 1 inop.
Machiço 3 Operacional
Magoé 2 Operacional
Tsiquir 3 Operacional
Madibe 3 Operacional 1 inop.
Posto Administrativo Sede
Magalhães 2 1 Operacional
Pavoa 2 Operacional
Púngue 3 Operacional
Nhataca 4 2 Operacional e 2 inop.
Mapombué 3 Operacional
Nhandar/Manguo 2 Operacional
MatacaMachava 3 Operacional
MadziMachena 3 Operacional
Nhamissongora 2 Operacional
Nhataca II 2 Operacional
Tambarara 1 Operacional
Egipto 2 Operacional
Munhanganha 1 Operacional
Mbulaua 2 Operacional
Mucodza 3 Operacional
Sub total 58
Posto Administrativo de Nhamadzi Murrombozi 2 Operacional
Manguo 1 Operacional
EP1 25 de 1 Operacional
Sewtembro
Baramanza 1 Operacional
Canda Sede 1 Operacional
Muera 1 Operacional
Nharirosa 1 Operacional
Cudzo 2 Operacional
Nhabirira 1 Operacional

Maruro 1 Operacional
Sub total 12
Posto Administrativo de Vunduzi Piro 1 Operacional
Casa Banana 1 Operacional
Musiuangunguni 2 Operacional
Cavalo 2 Operacional
Zualamambo 1
Chionde 1
Zuchenge 1
Sub total 09
TOTAL 79 Operacionais
Fonte: DDICT, 2005

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Há 3 prensas manuais de extracção de óleo alimentar. Foram cedidas pelo PRODER no âmbito de criação
de grupos de geração de rendimentos. O girassol, matéria prima para o fabrico do óleo é produzido
localmente. 1 litro de óleo produzido nesses moldes custa 15.000,00 MT.

Na vila sede, existem 33 padarias, sendo 1 formal e 32 informais. O pão produzido é de baixa qualidade.
A farinha de trigo utilizada na panificação é comprada na Beira ou no Chimoio, entretanto com a
reabilitação da EN 1, alguns comerciantes já começam a fornecer esse produto no mercado local.

Os serviços de hotelaria e similares são assegurados por informais na maior parte que exploram cerca de
21 quiosques, que para além de venderem bebidas, confeccionam refeições e possuem quartos para
hospedagem, é de salientar que os edifícios onde funcionam são de material não convencional, existido
somente um estabelecimento formal que possui 12 quartos com 36 camas, duas salas de refeições e uma
sala de conferências.

3.4.5 Principais limitações do Sector Industrial:

Deficiente manutenção das vias terceárias de acesso no Distrito;


Fraco poder de compra a nivel do distrito;
Descapitalização dos semi-industriais locais;
Ineficiente capacidade de gestão ao nível das instituições publica, sector privado;
Pratica de preços exorbitantes no mercado local;
Desconhecimento da politica de insentivos e de garantias para o ramo industrial, bem assim do
mercado financeiro e suas normas;
Desconhecimento do mercado financeiro, bem com as suas regras e normas;

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3.5 Comércio

3.5.1 Política do sector

A Política do Sector do Comércio preconiza uma série de objectivos em cada sub- sector, como a seguir se
apresentam:

a) No sub - sector do comércio interno

Contribuir para o crescimento da produção agrícola e industrial.


Promover o estabelecimento de uma rede comercial e de armazenamento.
Organizar e disciplinar o sector informal do comércio.

b) No sub - sector do comércio externo

Promover o aumento e diversificação das exportações.


Garantir o aprovisionamento em matérias e equipamento para impulsionar a produção.
Melhorar a gestão aumentando a oferta em quantidade e qualidade, diversidade, condições de
entrega e preços competitivos.
Contribuir para a integração económica da região e aproveitar sinergias para potenciar os
benefícios do comércio internacional para a região.

3.5.2 Situação Actual do Comércio no distrito

Existe no distrito, o comercio formal e informal, havendo mais bancas fixas em relação ao formal que tem
apenas 6 estabelecimentos comerciais que funcionam na sede do distrito. O sector formal na área de comercio.

Em termos de comercio informal caracterizado por barracas e bancas que se dedica a venda de vários
produitos básicos para o consumo, no presente momento á luz do novo regulamento de actividade comercial e
de acordo com o decreto /nº 49/2004 de 17 de Novembro do mesmo ano, já se iniciou o processo de
licenciamento comercial de todo tipo destes estabelecimentos para a sua formalização, a limitada capacidade
de gestão por parte dos operadores economicos é um dos principais entraves ao desenvolvimento da
actividade.

Existem duas cantinas, um no posto administrativo de Nhamadzi e outra no posto administrativo Vunduzi,
reabilitadas com os fundos do FARE, dos sete beneficiários que o Distrito possui. O processo de concessão do
crédito iniciou no ano de 1999, estas cantinas vão beneficiar muitas familias circunvizinhas na
comercialização agricola, que é assegurada ultimamente praticada por operadores informais.

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3.5.3 Comercialização Agrícola

No passado, o milho e a mapira eram vendidos em grandes quantidades a moageira local e ao armazém
do Instituto de Cereais. Actualmente como nem uma nem outra instituição funcionam, a comercialização
é feita entre o camponês e o interessado, nos postos de comercialização estabelecidos para o efeito.

O grande constrangimento que tem surgido nestes locais, é a disparidade no estabelecimento de um preço
justo, pois na maior parte dos casos é considerado como sendo baixo alegadamente porque o mesmo é
fixado pelos compradores.

A solução para este facto passa pelo aumento da renda familiar com a prática de actividades de geração
de rendimentos para assegurar que os cereais sejam vendidos numa altura apropriada onde o preço possa
ser justo.

a) Médias e Grandes Empresas

A pedreira de Canda, no Posto Administrativo de Nhamadzi, Foi explorada em 1976 á 1979 pela JOTA
QUEDES e a GRINEKER para a construção da estrada nº 1 do troço Save ao rio Zambeze.

A MBL, é uma empresa de corte de madeira a operar no Posto sede onde ocupa uma área de cerca de
36.565.625 ha que vai da entrada do Pavoa até ao rio Púngue e da EN 1 até a Mbulaua. Toda a madeira
cortada é processada na Beira, pois esta empresa não possui uma serração no local.

Dos 55 estabelecimentos que a rede comercial tinha antes da guerra civil, actualmente apenas 13
escaparam da destruição e destas 6 lojas funcionam e 7 estão paralisadas.

Há um armazém do ICM em boas condições mas que não está a ser explorado.

3.5.4 Principais Problemas do Sector:

Descapitalização dos comerciantes locais


Dificuldade de acesso ao crédito
Fraca frota de transportes para o interior do distrito
Más condições das estradas secundárias e terceárias
Paralização do armazém do Instituto de Cereais
Mau estado de conservação das lojas em funcionamento.
Fraco conhecimento da legislação comercial por parte dos agentes económicos.

3.5.5 Perspectivas do sector

Para além das unidades industriais existentes, bem como estabelecimentos comerciais e da industria
hoteleira e similares que já existem , o Distrito perspectiva expandir estes serviços aos lugares ainda não
cobertos.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Assim, os operadoeres que quiserem se instalar no Distrito e que mostrem capacidade, poderam ser
encaminhados para o Posto Administrativo Sede, Vunduzi 6 unidades, abarcando os Bairros mais
reconditos e para o Posto Administrativo de Nhamadzi. Pensa-se de acordo com as capacidades de
exploração e necessidades em madeira, que se instale uma ou duas serrações para fazer face á procura
deste produto no distrito.

Quadro 4: Localização das carpintarias


Posto administrativo Localidade povoação Carpintarias Obs.
Sede Tambarara Matucudur 1
Nhauranga
1

Nhamadzi Canda Canda 1

Cudzo Sacudzo 1
Vunduzi 1
Casa Banana Casa Banana 1

Piro 1
Total 7
Fonte: DDICT, 2005

Estabelecimentos Comerciais ou Cantinas Rurais

Pensa–se em estender para todas as zonas do distrito a construção de cantinas rurais para facilitar as
populações no abastecimento de produtos da 1ª necessidade bem como, em todos outros bens de uso
corrente.

Posto Administrativo Sede

Bairros
Tsiquir
Nhanchururu
Púngue-localidade Sede

Posto Administrativo de Nhamadzi

Canda sede
Nhanguco
Sacudze na localidade de Cudzo

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Posto Administrativo de Vunduzi


Cavalo
Casa-Banana Sede
Muzi-Uangungune

3.6 Turismo

3.6.1 A Política Nacional de Turismo

A politica sectorial salienta, entre outros aspectos que o turismo deve:

a) Projectar no mundo, uma imagem prestigiosa de Moçambique;


b) Desenvolver o turismo regional e internacional de alta qualidade, ex: Parque Nacional de Gorongosa;
c) Definir áreas estratégicas e o estatuto de áreas da sua protecção especial;
d) Criar mais postos de emprego;
e) Obter receitas principalmente em divisas;
f) Assegurar o envolvimento das comunidades locais de modo a garantir o desenvolvimento
sustentável;
g) Disponibilizar fundos que visem promover e incentivar o desenvolvimento do turismo interno e
regional;
h) Previlegiar a acção do sector privado no desenvolvimento do turismo;
i) Previlegiar a acção do sector privado;
j) Valorizar e incentivar o empresariado nacional do sector;
k) Reabilitar e modernizar as infra-estruturas turísticas, hoteleiras e similares;

3.6.2 Situação Actual do Turismo no distrito

O distrito conta com o Parque Nacional da Gorongosa que ocupa 1.885 km2 (50% da área do Parque ), e
que é um potencial centro turístico a nível nacional e internacional. Encontra-se actualmente em
reabilitação, com apoio do MITUR e CARR-FOUNDATION.

Visando a reposição da fauna bravia e da espécie florestal destruída. Para recepção de turistas conta,
provisoriamente, com uma zona de acampamento com balneários. O número de turistas que o tem
visitado é insignificante.

A Administração do parque está a preparar um plano de maneio de modo a acomodar os interesses de


desenvolvimento das comunidades desta zona enquanto ao mesmo tempo salvaguarda os recursos
naturais.

A Serra de Gorongosa pode vir a ser um centro turístico, especialmente se visto em conjunto com o
parque, para diversificar as actividades dos visitantes; possui florestas densas e sempre verdes, com
espécies faunísticas próprias desta região (como o Green Headed Orion), constituindo lindas paisagens
(incluindo uma cascata), lugares grande interesse para turismo contemplativo, escalada e estadia em
acampamento. Já foi apresentada às estruturas nacionais uma proposta para considerar a serra como área
protegida, o que cria perspectivas positivas para o desenvolvimento do turismo. Há ainda lagos que
constituem potenciais instâncias turísticas.

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3.6.3 Principais unidades da Industria, Comercio e turismo

Tabela 12: Estabelecimentos Industriais, Comerciais e de Turismo no Distrito

Tipo de TOTAL Operacional Inoperacional Localização Observação


Estabelecimento
Lojas 13 6 7 Sede do distrito
Moagens 82 76 6 Sede do distrito
P.A.Vunduzi
P.A. Nhamadzi-Canda
Padarias 33 25 8 Sede do Distrito
Quiosques 21 21 0 Sede do Distrito
Pensões 1 0 0 Sede do Distrito
5 5 Sede do Distrito
Bares
Fonte: DDICT, 2005

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3.7 Recursos Minerais e Energia

3.7.1 Situação Actual

A carta do distrito indica a ocorrência de formações sedimentares (karroo e Jurássico) e ainda formações
extrusivas (o caso do cretáceo que existe na Serra de Gorongosa).
Mas tal como no resto da provincia, não há estudo geologico profundo. verificam-se ocorrências de certos
minerais, destes a ser pesquisados para se avaliar a sua reais potencialidades economicas, no Distrito
destacam-se as seguintes ocorências:

Minerais para construção (areias, saibros, argilas, granitos, basaltos) - na serra, em canda e no
vunduzi;
Ouro - ao longo do rio Vunduzi e zona de tsiquiri, Mucucua, Nhampalapala, Nhamaue, Daça e
Pungue;
Grafite - no Posto Administrativo de Nhamandzi – Canda;
Mármore - no Posto Administrativo de Nhamadzi - Canda, perto da fronteira com Macossa;
Ágatas - perto de Bué Maria;
Granito negro para ornamentação - em toda serra de gorongosa.

3.7.2 Rede de energia eléctrica e Combustíveis

No distrito há 10 Geradores a diesel alguns pertencentes a instituições privadas. Dois (2) pertencentes á
Administração do Distrito.

O abastecimento de combustíveis ao distrito é feito em pequenas quantidades pelos interessados com


meios próprios. No distrito faz-se sentir a falta de combustíveis e óleos para a venda ao público.

A disponibilidade de energia eléctrica é uma das componentes chaves no desenvolvimento económico do


distrito.

Antes da Independência Nacional, a sede do distrito de Gorongosa era abastecida com a energia eléctrica
vinda da barragem hidro-eléctrica de Revué. A linha de transporte de energia eléctrica passava por
Metuchira, no distrito de Nhamatanda, e depois dividido em dois ramais que iam tanto para Chitengo, no
Parque Nacional de Gorongosa como para a sede do distrito.

A referida linha de transporte de energia eléctrica foi destruída durante o conflito armado actualmente, a
vila é abastecida pela energia eléctrica de Cahora Bassa partindo do Posto Administrativo de Inchope, a
rede possui uma capacidade de cerca de 23 KVA, neste momento beneficiam-se de energia electrica cerca
173 consumidores, todavia não abrange os dois Postos Administrativos (Nhamadzi e Vunduzi).

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Quadro 5: Lista de Geradores a Funcionar no Distrito de Gorongosa, Janeiro-2004

Localização do Potência Combustível


Marca Proprietário Estado Actual
Gerador (KVA) p/hora (ltrs)
PRODER Gorongosa Perkins PRRS-GTZ 85 6–7 + 12 hrs/dia
Pousada Azul (Hotel, Bar, Perkins Irmãos Pinto 60 3–4 + 7 hrs/dia
Restourante)
Hospital Distrital Gorongosa Lombardini DDS 05 1 + 3 hrs/dia
FHI (Food for the Hungry Yamaha FHI 05 1 + 8 hrs/dia
International.)
GPZ Lister GPZ 4.5 1 + 7 hrs/dia
Mapombue Yamaha Sr. Caetano 05 1 + 3 hrs/dia
Administração Distrital Lombardin Administração 34 6-7 + 8 hrs/dia
Centro Educacional Lister Centro Formação 05 1 + 6 hrs/dia
Centro Educacional / Estação Dorman Águas Rurais / 70 7 Nao trabalha, Electro-bombas
de Bombagem Administr. Distrital (2) roubadas
Parque Nacional Dalo Parque Nacional 50 5 Avariado
Administração do Distrito de Super Administração do 4.5 1 9 hrs/dia
Gorongosa Power Distrito de
Gorongosa
Moageira N/A Sr. Xavier da Barca 180 N/A Ambos operacional, embora
não estejam em funcionamento
Fábrica de Ração N/A 230 N/A
TOTAL KVA instalado no Distrito de Gorongosa 738
Fonte: Administração, 2005

3.7.3 Principais problemas do sector:

Varias ocorências como granito negro para ornamentação e o ouro situam-se na serra, são alvo de
uma exploração desordenada devido a proliferação de garimpeiros o que pode afectar o sistema
ecológico do parque nacional de gorongosa.

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3.8 Associativismo

No distrito existem as seguintes associações:

União Distrital das Associações de Camponeses- (UDAC) - inclui 17 associações legalizadas. Esta
União construiu uma casa agrária com fundos da União Europeia. Durante 3 anos, o PRODER
assessorou a UDAC na organização e gestão da instituição.

Associação de Camponeses do Botho que não está filiada na UDAC.

Associação de Camponeses de Canda, que também não está filiada na UDAC. Foi formada para
procurar parceiros que ajudem a criar uma casa agrária local. Inicialmente tinha 12 associados e foi
crida com o apoio da ORAM. Já não funciona por falta de fundos.

Associação de Comerciantes de Gorongosa – Era constituida por 5 comerciantes com o objectivo


principal de estender a rede comercial e fazer comercialização em conjunto. Chegaram a contribuir
com uma quota mensal de 100.000,00 Mt. A associação já não está a funcionar.

Comissão de Vendedores Informais do Mercado – Foi formada para facilitar o aluguer de viaturas
para o transporte da sua mercadoria da Beira ou Chimoio para o distrito. Tem estatutos e normas a
funcionar. Com a reabilitação da EN 1, este tipo de organização é cada vez, menos importante.

Principais limitações de funcionamento

Limitado desenvolvimento económico do distrito.


Limitada capacidade técnica, profissional e de gestão.
Limitada capacidade de liderança.

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4 INFRA-ESTRUTURAS

4.1 Rede viária

4.1.1 Cobertura da Rede Rodoviária

O acesso rodoviário é uma componente chave no desenvolvimento económico dos distritos e no


melhoramento das condições de vida nas zonas rurais. A Política Nacional das Estradas identifica a
manutenção das estradas como uma actividade prioritária, pois garante a rentabilização dos investimentos
e a redução dos custos de operação dos veículos.

Assim, todas estradas reabilitadas ou reconstruídas através da DNEP (financiadas por várias instituições,
incluindo o Governo), têm a sua manutenção garantida para os próximos anos através da Empresa de
Construção e Manutenção de Estradas e Pontes-ECMEP e outras.

Nem todas as estradas estão classificadas, quer dizer, nem sempre pertencem a rede nacional das estradas.
Existem várias estradas que não estão classificadas pela DNEP mas que são de grande importância
económica e social para o distrito. São por exemplo, as estradas que ligam os distritos entre si.

Segundo a Política Nacional das Estradas, a gestão das estradas não classificadas é da responsabilidade
das Administrações Distritais que deverão priorizar a manutenção daquelas que têm maior impacto na
comercialização. No distrito de Gorongosa, a rede viária é composta pelas seguintes estradas
classificadas: EN1, EN215, EN 442, e EN433.

A Estrada Nacional 1, passa pelo cruzamento de Inchope ido do sul do país para o norte, atravessando
sucessivamente a ponte sobre o Rio Púngue, a localidade de Púngue, a vila de Gorongosa e finalmente a
localidade de Canda. A Norte de Canda, a EN1 é conhecida pela estrada Centro-Nordeste (ECNE). Ao
longo do troço Inchope - Vila de Gorongosa, existem 12 pontes incluindo a ponte sobre o rio Púngue
,Todas são de betão de betão armado. De Inchope a ponte sobre o rio Púngue, o troço está asfaltado.

A Estrada Nacional 215, parte da sede do distrito e vai para o distrito de Maríngue, via Tazaronde e
Vúnduzi, num percurso de cerca de 86 km; é de terra batida que se encontra em reabilitação. Atravessa 6
rios e muitos riachos. Os rios mais importantes por ela atravessados são os rios Mucodza, Mucurumadzi,
Vúnduzi e Nhandue Muche e Mussicadze. Durante a época das chuvas, a subida dos caudais dos rios
deteriora o estado desta e de outras estradas muitas vezes chegando a isolar completamente aquela
localidade do resto do distrito.

A Estrada Nacional 442, parte da EN215 na região de Nhadue e segue para o distrito de Cheringoma
(Inhaminga) por via da localidade de Casa Banana. É de terra em reabilitação.

A Estrada Nacional 433, parte da localidade de Bué Maria e vai em direcção ao distrito de Muanza por
via da localidade de Chitengo, no Parque Nacional de Gorongosa. É de terra batida e durante o período
das chuvas, o transito é interrompido na região pantanosa por ela atravessada. As pontes (mesmo as de
betão armado) estão em mau estado de conservação.

Para além das estradas classificadas, o distrito de Gorongosa é atravessado por muitas outras estradas não
classificadas das quais a maior parte tem o seu inicio nas Estradas Nacionais 1 e 215. A actual rede viária

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permite a comunicação entre as localidades do interior somente na época seca. Durante a época das
chuvas, o acesso é extremamente difícil e por vezes até interrompido.

As minas mortíferas colocadas durante a guerra civil estão a ser identificadas e removidas mas ainda
representam outro problema na segurança rodoviária,no interior do distrito.

4.1.2 Estado da Rede Rodoviária

o distrito possui uma rede viária de cerca de 800 km de estradas principais, 140km de estradas
secundarias, 159 km de estradas terceárias e 501 km de estradas não classificadas, das quais não são
transitáveis devido as deficientes condições de manutenção 300 km, conforme está ilustrado na tabela
abaixo.

4.1.3 Síntese dos principais problemas do sector:

• Degradação das pontes (Nhandue, Vúnduzi 1, Vúnduzi 2, Vanduzi, Mucodza, Muche);


• Deficiente manutenção das vias de acesso no distrito de Gorongosa;
• Deficiente construção das estradas de terra batida, o que as torna intransitáveis durante a época das
chuvas;
• Existência de minas nalgumas vias de acesso;
• Exiguidade de recursos para a reabilitação das estradas;
• Limitados recursos financeiros, humanos e materiais;
• limitado envolvimento da população para a manutenção das estradas;

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Tabela 13: Rede de estradas no Distrito


Localização Classificação Extensão Transitável Reabilitada (S/N)
(Km) (S/N)
Sede do distrito – Inchope EN 1 75 Sim Sim
Sede do distrito - Vúnduzi – Nhadue EN 215 86 sim sim
Sede do distrito – Canda – Muera EN 1-ECNE 72 Sim Sim
Nhadue - Piro – Nhamacala EN 215 N/c sim reabilitação
Nhadue - Casa Banana – Inhaminga EN 442 N/c sim reabilitação
Bué Maria – Chitengo – Muanza EN 433 30 sim Em parte
EN1 – Cudzo ER N/c sim Não
Nhampassa – Nhangeia – Nhantchururu ER 25 sim Não
Tsiquir – Nhandemba – Nhantchururu ER 45 Não Não
Cudzo – Rio Tumba (Limite c/ Província de Manica) ER N/c Não Não
Sede do distrito – Tsiquir - Bela Vista ER 20 Não Não
EN1 – M’bulawa (Pavoa) ER 22 Sim não
EN1 – Nhandar – Murombodzi – Caravina Serra ER 20 sim Não
Vúnduzi – Nhassoco ER 16 Não Não
EN1- (Nhandale)- Nhataca-Tambarara (EN215) ER 8 Sim Não
EN215-(Tambarara)-Tsaca-Tsiquir ER 15 sim Não
EN1-(Chitunga)—Morombozi ER 15 Sim não
EN1-(Nhamissongora)-Magoe-Junta ER 8 Sim Não
EN1-(Canda)-Nhabirira - Domba ER 15 Não Não
EN1- Domba ER 8 Sim Não
Fonte:DDOPH, 2005

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

4.2 Rede de comunicação

4.2.1 Situação actual no distrito

O Distrito está coberto pela rede de telefonia móvel (Mcel) e rede fixa de telefone, com cerca de 18
clientes, pelo sinal da TVM, possui ainda sete rádios de comunicação, pertecentes a instituições do
Governo e privadas, assim distribuidas:

• A Administração Distrital, o Comando da Polícia e os Serviços de Informação e Segurança do Estado


(SISE), contam com os respectivos rádios de comunicação;
• O Partido Frelimo possui desde Outubro de 1994, um rádio de comunicações;
• A Direcção Distrital de Agricultura e Pescas, tem um rádio de comunicações, que se encontra neste
momento avariada.
• O PRODER possui um rádio de comunicações;
• A Fundação Contra a Fome (FHI), conta com um rádio de comunicações;

Para além destes meios de comunicação, o Distrito de Gorongosa conta ainda com 2 pistas de aterragem
de aeronaves, estando uma localizada na sede do distrito e outra em Chitengo (todas em bom estado).

4.2.2 Síntese dos principais problemas do sector


• Deficiente comunicação entre a sede do distrito e os postos administrativos
• Inexistência de serviços de correio.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

4.3 Rede de abastecimento de água

4.3.1 Distribuição das fontes de água

A água é um líquido indispensável na vida das pessoas. Nas zonas rurais, para as mulheres (aquelas que
mais lidam com os recursos naturais), a disponibilidade deste líquido, tanto em quantidade como em
qualidade iria contribuir de maneira significativa na melhoria do seu nível de vida.

Em geral, nas comunidades do distrito de Gorongosa, o abastecimento de água é feito pelas fontes
naturais, quer dizer, a partir dos rios, furos e poços tradicionais. No âmbito da politica nacional de água
foram criados comités de manutenção e de gestão de água.

Quadro 7: Comités de gestão de agua


Posto administrativo Localidade Numero de comités
Sede Tambara 40
Povoa 1
Nhamadzi Canda 3
Cudzo 2
Vunduzi Cavalo 3
Casa Banana 6
Total 55
Fonte:DDOPH, 2005

Durante o período pós-guerra, o Governo moçambicano e a Comunidade Internacional através de


algumas organizações não-governamentais tem vindo a disponibilizar recursos financeiros para a abertura
de furos e poços no sentido de reduzir a falta de água de boa qualidade no distrito. Nesse sentido, foram
abertos 54 furos e 450 poços e 8 Nascentes.

4.3.2 Acesso as fontes de água

O objectivo da Política Nacional de Água, preconizado para os próximos anos, é de atingir 60% da
população (cerca de 40.400 habitantes para Gorongosa), com fontes de água protegida, o que significa
500 pessoas por cada fonte, num raio não superior 500 metros.

No distrito de Gorongosa, o número total de famílias que utilizam fontes de água protegidas é de 5.000
agregados familiares o que corresponde a 25.000 pessoas, de um universo de 92.555 Habitantes.

Na sua Política Nacional de Água, o Governo reconhece que a participação dos beneficiários nas fases de
construção e manutenção, garante uma boa utilização das infra-estruturas. Na prática, pretende-se
providenciar serviços de acordo com os desejos e capacidade económica dos próprios beneficiários de
modo a melhorar a sustentabilidade dos sistemas. A água é considerada como um bem com valor
económico e social.

A tabela a seguir, mostra a distribuição das fontes de água e o número de famílias que utiliza cada uma
delas. Note que a tabela indica apenas as fontes que estão em estado de funcionamento.

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Tabela 14: Distribuição das fontes de água

Localização Nº de furos Nº de poços Nº de nascentes


POSTO ADMINISTRATIVO SEDE
Matucudur 10

Madibe 2 2

Tsuassicana 7

Aeródromo 2 4

Mapombue 2

Nhamissongora 2 12

Tsiquir + Botho 5 35

Nhandar -

Magoe 2 6

Machisso 1 6

Mucodza 1

Nhampassa 7

Nhangeia 4

Tazaronde 19 1 (8)

Nhanchururu 9

Nhandemba 7

Pavoa 1 8 1 (5)

Moniquera 5

Nhambondo 17

Nhauranga 6

Tambarara 10

Tsaca 6

Egipto 4

Nhaenge 13

Nhadua 4

Nhataca 16

Pungue 10

Matacamachaua 8

Madzimachena 10

Nhambita 2

Sub total 35 230 2

POSTO ADMINISTRATIVO DE VÚNDUZI

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Cavalo 3 13

Piro: 2

Nhanchengue 1

Casa-Banana 1

Mudziwangunguni 1

Nhanguco 6

Nhamusserusseru 4

Nhaussembe 12

Sub total 8 35
POSTO ADMINISTRATIVO DE NHAMADZI
Canda: 3 44

Cudzo 2 8

Nhamize 2

Mangu 3

Chitunga 3

Domba 3

Muromboze 29

Nhambirira 8

Nhambua 21

Maruru 13

Bagolangoma 13

Sub total 5 147

TOTAL: 48 412 2

Fonte: DDOPH, 2005

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

O abastecimento de água ainda é insuficiente para a maioria dos aglomerados populacionais que se
localizam longe dos cursos permanentes de água.

4.3.3 Estado Actual do Equipamento

A tabela a baixo, mostra o estado actual das fontes da água protegidas, dos 37 furos de água abertos, 4
possuem bombas avariados, 4 estão destruídos, enquanto que os restantes funcionam com bombas
manuais.

Não existe sistema de abastecimento de água domiciliária à Vila. De referir que os acampamentos do
PRODER, Centro de Recursos para Professores e o Centro de Saúde de Gorongosa possuem ligação
domiciliária de água a partir dos furos próprios .

4.3.4 Experiência na Construção e Manutenção de Poços Melhorados

Em 1997 iniciou no distrito, o programa de construção de poços familiares. Os objectivos principais


continuam a ser:
♦ Aumentar o número de fontes de água protegidas nas comunidades
♦ Economizar o tempo da mulher na procura de água para a família num “habitat” disperso
♦ Introduzir uma tecnologia de fontes de abastecimento de água simples e de baixo custo
(sustentabilidade).
♦ Combater as doenças diarreicas nas comunidades.

Existem iniciativas comunitárias que são apoiada pelo Governo e pelo PRODER, visando a melhorar o
acesso a agua potável, que consistem no seguinte.

Tem três (3) Componentes:


♦ Construção de poços melhorados
♦ Treinamento de pedreiros locais
♦ Realização de educação sanitária, manutenção e conservação de poços.

A contribuição da comunidade é essencialmente feita atravez da mão-de-obra, que consiste na recolha da


pedra, escavação do poço e transporte dos materiais localmente disponíveis. O Governo é responsável
pelos procedimentos administrativos e o PRODER pelo apoio técnico, fornecimento do material e
ferramenta de trabalho e meio de transporte.

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Tabela 15: Estado actual das fontes de abastecimento de água

Localização Design. Quant. Característica Estado de Conservação


Bom Avariado Destruído
Vila Sede Furo 25 Com bomba 16 5 4
Poço 11 Com anilhas 1 1 9
Casa Banana Furo 1 Com bomba - - 1
Poço 1 Com anilhas - - 1
Piro Furo 1 Com bomba 1 - -
Poço - - - - -
Machisso e Magoe Furo 2 Com bomba 2 - -
Poço 10 Melhorado 10 - -
Mapombue Furo 2 Com bomba 2 - -
Poço - - - - -
Mucodza Furo 2 Com bomba 1 - 1
Poço - - - -
Vúnduzi Furo 3 Com bomba 3 - -
Poço 5 - 5 - -
Canda Furo 3 Com bomba 3 - -
Poço 42 - 42 - -
Nhamissongora Furo 2 Com bomba 2 - -
Poço 11 - 11 - -
Tsiquir e Botho Furo 5 Com bomba 2 3 -
Poço 35 Melhorado 35 - -
Pavoa/M’bulaua Furo - - - - -
Poço 6 Melhorado 6 - -
Nhampassa Furo - - - - -
Poço 8 Melhorado 8 - -
Nhangea Furo - - - - -
Poço 4 Melhorado 4 - -
Nhandemba Furo - - - - -
Poço 16 Melhorado 16
Nhataca Furo - - - - -
Poço 1 Com anilhas - - 1
Tazaronda Furo - - - - -
Poço 18 Melhorado 18 - -
Nhanchururu Furo - - - - -
Poço 9 Melhorado 9 - -
Total
Fonte: DDOPH, 2005

4.3.5 Principais problemas no sector

• A maioria da população do distrito não tem acesso às fontes de água protegidas (isto é; furos e poços
melhorados);
• Avarias frequentes das bombas água, particularmente as que possuem maior profundidade;
• Deficiente utilização das bombas de agua;
• Limitados conhecimentos das comunidades sobre a manutenção das bombas;
• Inexistência de pecas sobressalentes no mercado local;
• Inexistência de um sistema com capacidade suficiente para o abastecimento de água a vila.

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4.4 Saneamento e drenagem

4.4.1 Saneamento

O saneamento básico do meio, ao nível do distrito é insuficiente e deficiente. No inquérito realizado em


Novembro de 1995, abrangendo um total de 330 famílias, constatou-se que cerca de 44% das famílias
inquiridas faziam as suas necessidades fisiológicas ao ar livre, 22% possuíam casas de banho no interior
da residência, 17% utilizavam latrinas privadas e 14% beneficiava-se de latrinas públicas.

Esta realidade sanitária é provavelmente responsável pela prevalência de doenças diarreicas. Desde 1998,
as condições sanitárias nos principais aglomerados populacionais vai melhorando significativamente em
relação ao interior do distrito que é dominado pelos procedimentos muito mais rurais (fecalismo ao ar
livre, por exemplo).

Tabela 16: A situação actual do saneamento básico no distrito

Designação Fora da Vila Na Vila Total do Distrito %

Casa de banho 16 45 61 22,43


Latrina privada 4 43 47 17,28
Latrina pública 0 40 40 14,70
A céu aberto 62 57 119 43,75
Não sabe - 5 5 1,84
Total 82 190 272 100
Fonte: DDOPH, 2005

4.4.2 Drenagem

A Vila de Gorongosa está situada num terreno que se caracteriza por acidentes topográficos de acentuada
irregularidade. Esta disposição espacial constitui por um lado, drenagem natural das águas residuais, e por
outro lado, provoca erosão dos solos.

Para combater o fenómeno de erosão, todo o uso e aproveitamento do solo, deveria ser acompanhado com
medidas ambientais de protecção desse recurso natural e da reposição da cobertura vegetal perdida. O
sistema de drenagem das águas residuais por meio de valas de drenagem a céu aberto que existiu na sede
do distrito, deixou de funcionar, por falta de manutenção.

4.4.3 Principais problemas no sector

• Inexistência de um esquema de saneamento e drenagem na sede do distrito,


• Saneamento básico (construção e utilização de latrinas melhoradas) nas populações pouco conhecido
e difundido.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

5 Serviços Sociais

5.1 EDUCAÇÃO

5.1.1 Política do Sector

A educação, constitui um direito fundamental de cada cidadão e é um instrumento principal para a


melhoria das condições de vida e da elevação do nível técnico e científico dos trabalhadores na redução
da pobreza absoluta.

Os objectivos do Sistema Nacional de Educação são:

1. Aumentar o acesso e melhorar a retenção, com particular atenção para a redução das disparidade
de idades , regionais e do gênero.
2. Continuar a implementar as medidas para melhoria da qualidade da educação , através acções
selectivas abrangendo as variáveis de maior impacto.
3. Reforçar a capacidade institucional especialmente nas áreas de analise de politicas, planificação ,
gestão e administração do sistema .

5.1.2 Rede Escolar do Distrito

O sector de educação de Gorongosa, funciona com 9 Zonas de Influência Pedágogica. No EP1 tem 55
escolas, EP2 com uma, EPC tem 6 e uma Escola Secundária geral do 1º ciclo. Totalizando 63 escolas,
com cerca de 177 salas de aulas e 1.541 carteiras, para um efectivo de 24.062 alunos, também funcionam
no Distrito 49 centros de A.E.A com 5.072 Alfabetizandos e educandos.

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Tabela 17: Distribuição da rede escolar no Distrito

a) Posto Administrativo Sede


No DE ESTADO
NOME DA ESCOLA TIPO DE CONSTRUÇÃO EQUIPAMENTO
SALAS FÍSICO
EPI 1o de Maio 06 2 Conv. 4 Prec. Normal 98 cart. 2 Secret.
EPI de Machiço 06 4 conv. 2 préc. Bom, Normal 100 Carteiras
EPI de Nhaenge 02 Precário Normal Nenhum
EPC Colégio Nova Jeruzalém 08 5 Cov. 3 Precário Normal 125 Carteiras
EPI 3 de Fevereiro 04 2 Convencional, 2 melhoradas Bom 50 carteiras
EPI de Botho 02 Melhorado Bom Bancos fixos
EPI de Nhamissongora-Rio 02 Convencional Normal Bancos fixos
EPI de Nhamissongora-Aldeia 03 Precário Suficiente Bancos fixos
EPC de Tsiquir 03 Convencional Bom 75 carteiras
EPI de Bangorangoma 02 Precário Normal Bancos fixos
EPc de Mapombue 06 Convencional Bom 75 Carteiras
EPI de Mbulaua 04 Trad. Melhorado Normal Bancos fixos
EPI de Púngue 02 Melhorado Normal Nenhum
EPI de Mussinhã 02 Precário Normal Nenhum
EPI de Nhambita 02 Trad. Melhorado Bom Nenhum
EPI de Muconha 02 Precário Normal Bancos fixos
EPI de Madzimachena 02 Precário Suficiente Bancos fixos
EPI de Tsaca 02 Melhorado Bom Bancos fixos
EPI de Nhandemba 02 Melhorado Bom Bancos fixos
EPI de Nhanchururo 02 Melhorado Bom Nenhum
EPI de Mucodza 03 1 Convencional 2 melhorado Suficiente 53 Carteiras
EPI de Nhambondo 04 Tradic. Melhorado Normal Nenhum
EPc de Nhataca 04 1 Conv. 4 Tradic Bom, Norma Bancos fixos
EPI de Nhangeia 02 Precário Bom Nenhum
EPI de Mutiambamba 01 Convencional Normal 25 carteiras
EPI de Tazaronda 04 Convencional Bom 50 Carteira
EPI de Dassa 02 Precário Suficiente Bancos fixos
EPI de Tambarara 02 Melhorada Bom Bancos fixos
EPI de Mataca- Machaua 02 Precário Péssimo Nenhum
EPI de Nhaussembe 02 Precário Normal Nenhum
EPI2 Eduardo Mondlane 07 Convencional Bom 125 Carteiras
Escola Secund. de Gorongosa 10 Convencional Bom 250 Carteiras
Ep1 de Nhambira 01 Precário Suficiente Nenhuma
EP1 Nhauranga 2 Precário Normal Nenhuma
TOTAL 34 Escolas 110 Salas 1026
Fonte: DDE, 2005
Observação: A escola Secundárias e a Epc Nova Jerusalêm são Comunitárias

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a) Posto Administrativo de Nhamadze

No DE
NOME DA ESCOLA TIPO DE CONSTRUÇÃO ESTADO FÍSICO EQUIPAMENTO
SALAS
EPI de Nhabirira 03 Melhorada Bom 25 Carteiras
EPI de Muera 02 Convencional Bom 50 Carteiras
EPI de Canda Central 02 Melhorada Bom 50 Carteiras
EPI de Cudzo 02 Precário Mau Nenhum
EPC de 25 de Setembro 04 Convencional Bom 100 Carteiras
EPI de Murombodzi 03 1 Convencional 2 Precário Bom, Normal Bancoc fixos
EPI de Nhandar 03 1 Convencional e 2 Precário Bom, Normal Nenhum
EPI Mateus S. Mutemba 02 Precario Normal Nenhum
EPI de Domba 02 1 Convencioal 1Precário Precário Nenhum
EPI de Nhamadzi-Cudzo 01 Precário Precário Nenhum
EPI de Lumpuepua 02 Precário Precário Nenhum
EPI de Maruro 02 Precário Precário Bancos fixos
EP 1 Baramanza 01 Precário Normal Bancos fixos
EPI de Chitunga 03 2 Melhorado 1 Precário Precário 15 Carteiras
TOTAL 14 Escolas 32 Salas 240
Fonte: DDE, 2005

b) Posto Administrativo de Vunduzi

NOME DA ESCOLA No DE TIPO DE CONSTRUÇÃO ESTADO FÍSICO EQUIPAMENTO


SALAS
EPC de Vunduzi 06 Convencional Normal 175 carteiras
EPI de Nhassopa 01 Precário Péssimo Nenhum
EPI de Nhantsoco 04 Precário Péssimo Nenhum
EPI de Massala 01 Precário Normal Nenhum
EP1 Mussicadzi II 2 Precário Péssimo Nenhum
EPI de Mapangapanga 01 Precário Péssimo Nenhum
EPI de Nhanjengue 02 Precário Normal Nenhum
EPI de Casa Banana 04 Convencional Bom 100 carteiras
EPI de Chionde 03 Precário Péssimo Nenhum
EPI de Zualamando 02 Precário Péssimo Nenhum
EPI de Mussicadzi 02 Precário Péssimo Nenhum
EPI de Piro 02 Precário Péssimo Nenhum
EPI Mudziwangugune 02 Precário Péssimo Nenhum
EPI de Juchenge 02 Precário Péssimo Nenhum
EPI de Nhamuanha 01 Precário Péssimo Nenhum
TOTAL 15 Escolas 35 Salas 275
Fonte: DDE, 2005

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

5.1.3 Acesso a Educação no Distrito

O levantamento feito para o presente estudo teve como base o número de alunos matriculados nos anos
lectivo de 2003, 2004 e 2005.

No ano lectivo de 2003 foram matriculados no curso diurno, 15.950 alunos no EP1, 1426 do EP2 e 734
no ensino secundário geral. E no ano escolar de 2004, foram matriculados 19.462 alunos no EP1, 1739 do
EP2 e 786 no ensino secundário geral do 1º Ciclo.E no ano 2005, foram matriculados 21032 no EP1,2006
no EP2 e 1024 no ESG1.

Tabela 18: Zonas de influência pedagógica


No DE ESCOLAS
No de Z.I.P. LOCALIZAÇÃO
POSTO ADMINISTRATIVO Nome da ZIP/Localidade
Z.I.P 1 P.A. Sede 1º de Maio /Sede do distrito 07
Z.I.P 2 P.A. de Vunduzi Vunduzi/Cavalo 05
Z.I.P 3 P.A. de Nhamadzi 25 de Setembro - Canda 08
Z.I.P 4 P.A. Sede Mucodza/Sede do Distrito 07
Z.I.P 5 P.A. Sede Púngue/ Sede do Distrito 05
Z.I.P 6 P.A. Vunduzi Casa- Banana/ Casa-Banana 09
Z.I.P 7 P.A. de Nhamadzi Chitunga/Canda 08
Z.I.P 8 P.A. Sede Tsiquir/Sede do Distrito 07
Z.I.P 9 P.A. Sede Colégio N. Jerusalêm //Sede do distrito 06
Ep1 Eduardo Mondlane P.A.Sede EduardoMondlane 01
ESG P.A.Sede Escola Secundária Gorongosa 01
TOTAL 63
Fonte:DDE,2005

Tabela 19: Distribuição dos alunos por nivel académico


NIVEL ANO ESCOLAR DE 2003 ANO ESCOLAR DE 2004 ANO ESCOLAR 2005

EP1 15.950 19462 21032


EP2 1.426 1739 2006
ESG -1º CICLO 734 782 1024
TOTAL 18.1 10 21987 24062
Fonte: DDE, 2005

Tabela 20: Distribuição de alfabetizandos por níveis


Curso Diurno
A.E.A LECTIVO 2003 LECTIVO 2004 LECTIVO 2005

1o ANO 1297 1391 1427

2o ANO 1195 1521 1725

3o ANO 639 1186 1920

TOTAL 3.131 4098 5072

Fonte: DDE, 2005

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5.1.4 Corpo docente e Pessoal de Apoio Geral

A educação no distrito contou com 427 Funciorios, sendo 344 docentes (17 Técnicos e 66 de apoio
Geral), destes 216 são do aparelho do Estado e 128 fora do quadro.
Por nível do ensino a situação seguinte:EP1 =223 dos quais 50 são mulheres , EP2 =53 dos quais 50 são
mulheres e ESG.=26 dos quais uma (1) é mulher.

5.1.5 Alargamento da rede escolar

Para providenciar maior acesso ao Ensino Básico completo, o sector Distrital de Educação vai prosseguir
com a expansão do 2º grau do ensino primário , onde for necessário e possível , através da introdução
paulatina deste nível nas escolas primárias do 1º grau , constituindo, deste modo, escolas primárias
completas. Assim, ao longo do Quinquénio, 2005/9 , será introduzido o 2º grau do ensino primário nas
actuais escolas do EP1 seguintes:

-2005: Escola do EP1 de Mapombué


-2006: Escola do EP1 de Nhabirira
-2007: Escola do EP1 1º de Maio
-2008: Escola do EP1 de Mbulaua
-2008: Escola Secundária Eduardo Mondlane
-2009 Escola do EP1 de Mucodza

Experiência Desenvolvida na Construção de Escolas Comunitárias

A necessidade de aumentar a rede escolar no ensino primário do distrito obrigou a identificação de uma
experiência útil: O projecto de construção de escolas comunitárias.

É uma experiência levada a cabo com a participação de três actores, nomeadamente o Governo do distrito
através do sector de educação, o Sector privado e a comunidade.

A experiência preconiza essencialmente três fases:

Organização dos actores


Participação dos actores na construção
Gestão da escola pela comunidade

5.1.6 O papel da Educação na valorização da rapariga

O sector de educação possui uma área especifica, que trata dos assuntos relacionados com a rapariga na
educação. Para melhor desempenho e abrangência, o trabalho e realizado em coordenação com as ZIP ao
nível de todo o distrito.

As actividades principais tem enfoque na realização de palestras, com o intuito de melhorar a


sensibilidade da sociedade sobre a permanência da rapariga na escola, para tal foram criados núcleos em
todas as escolas e levado a cabo um programa de alfabetização massiva da mulher.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

5.1.7 Prevenção do HIV/SIDA na Educação

Por se situar ao longo do corredor centro nordeste, o distrito e atravessado por pessoas vindas de vários
cantos do pais, o que o torna susceptível a proliferação da epidemias do HIV/SIDA.

Assim, o sector de educação esta a levar a cabo um programa de prevenção desta epidemia através de
acções que envolvem alunos e professores, na implementação do programa nacional meu futuro é minha
escolha.

5.1.8 Principais problemas no Sector Educação

exiguidade de mobiliário escolar em muitas escolas.


Insuficiencias de casas para professores.
Exiguidade de transporte no Sector.
Insuficiência de quadros pretos e manuais para EP1 e EP2.
Deficiente participação da rapariga no Ensino.
Existência de algumas escolas de material precário.
Deficiente distribuição dos níveis de ensino
Limitado acesso a educação devido a dispersão da população

5.2 Area da Cultura

1. Política do sector

perservação, valorização e divulgação do património cultural ,artístitico e o incetivo ás associações


culturais, Juveníns e a comunidade para protecção e afirmação das identidades culturais locais , como um
dos factores da expressão de unidade na Diversidade .

2. Situação actual

o sector funciona no distrito com um único funcionário , existem vários grupos culturais , teatrais das
escolas dos Bairros e locais históricos .

3. Sintese dos principais problemas do sector

o sector enfrenta um grande problema; não tem instalação e funciona na Biblioteca do centro de Recursos
para professores , não tem orçamento do Estado, não tem meios de transporte nem material de expediente
, nem ajudas de custo.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

5.3 Área de Juventude e Desporto

1. Politica do sector

Massificação da actividade física e desportiva para que todos os Cidadãos usufruam dos seus benefícios.
Será preocupação do Governo promover e faciltal mecanismo que permite.

2. Situação actual

O sector formou educadores de pares


Existem equipas desportivas e campos de futebol 11

3. Sintese dos principais problemas do sector

O sector enfrenta problemas da não vedação do campo do conselho executivo

4. O papel do sector na prevenção do HIV/SIDA e valorização da mulher

O sector promove acções de combate do HIV/SIDA, através de grupos culturais, que transmitem
mensagens de sensibilização nesta luta, como forma de levar a cabo o programa meu futuro e minha
escolha. E Valorizando particularmente o papel da mulher através da manifestação cultural e pratica
desportiva.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

5.4 Serviços de Saúde.

5.4.1 Política Nacional da Saúde

A saúde é a condição essencial para um desenvolvimento sustentável.Portanto, a prevenção e o combate


de doenças bem como a promoção da saúde, é o conjunto de acções que foram responsabilizadas ao
governo através do sector da saúde.

Se bem que a saúde da comunidade resulta de um esforço multi-sectorial, então é necessário garantir as
condições basicas as populações.

No programa alargado de vacinação, a Política Nacional de Saúde prevê:


Vacinar todas as crianças, mulheres em idade pérfil, grávidas, crianças com idade escolar e
trabalhadores, contra várias doenças de notifição obrigatória.

Na saúde materno-infantil, a Política Nacional de Saúde prevê:


• Realizar consultas pré-natais, consultas pós-parto, consultas preventivas de crianças de 0-4 anos,
assistir partos e planeamento familiar.
• Reciclar anualmente as parteiras tradicionais formadas.

5.4.2 Situação Actual do Sector no distrito

O sector de Saúde é constituído por 18 unidades sanitárias, sendo, 1 Centro de Saúde localizado na sede
do distrito, 10 Centros de Saúde de tipo III(com maternidade) em Mucodza, Vunduzi,Nhamadzi-Canda,
Piro ,Nhamissongora, Tsiquir, Púngue, Cudzo e Muera e 7 Postos de Saúde localizados em, Chitengo,
Domba, Nhataca, Chionde, Nhabirira, Centro Educacional e Tazaronda. Todos os Centros e Postos de
Saúde atrás mencionados, encontram-se a funcionar.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Quadro 8: – Unidades Sanitarias no Distrito


POSTO ADMINISTRATIVO POSTO ADMINISTRATIVO DE POSTO ADMINISTRATIVO DE
SEDE NHAMADZI VUNDUZI
CENTROS DE POSTOS DE SAÚDE CENTROS POSTOS DE SAÚDE CENTROS DE POSTOS DE
SAÚDE DE SAÚDE SAÚDE SAÚDE
C.S. Gorongosa Centro Educacional C.S. Muera P.S. Domba C.S. Piro
C.S. Nhamissongora P.S. Nhataca C.S. Canda C.S. Vunduzi P.S.Chionde
Casa Banana
C.S. Tsiquir P.S. Tazaronda C.S. Cudzo
C.S. Mucodza P. Socorro de Chitengo
C.S. Púngue
Fonte: DDS, 2005

5.4.3 Pessoal de saúde

Ao nível do distrito, as estatísticas do sector indicam que existe um quadro de pessoal com apenas 55
Funcionários, sendo uma médica, 8 técnicos de saúde, 22 enfermeiros básicos, 2 Enfermeiros
elementares, 2 parteiras, 20 agentes de serviço e 22 matronas.

Tabela 21: Distribuição do pessoal de saúde

P.A SEDE P.A. NHAMADZI P.A. VUNDUZI TOTAL


MÉDICOS 1 0 0 1
TÉC. DE SAÚDE 8 0 0 8
ENFERMEIROS 19 1 2 22
AGENTES DE MEDICINA 1 0 0 1
MICROSCOPISTAS 1 0 0 1
PARTEIRAS 2 0 0 2
SERVENTES 15 2 3 20
TOTAL 47 3 5 55
Fonte: DD Saúde, 2005

Muitas localidades do interior do distrito, deparam-se com falta de infra-estruturas sanitárias. Por
exemplo, as populações de Muzuangungune, Murrombozi.

A Direcção Distrital de Saúde, considera existir um défice no pessoal médico e para-médico disponível.
De uma maneira geral, o numero de pessoal tecnico-profissional deveria aumentar tanto em quantidade
como em qualiadade. sendo 5 agentes de medicina curativa , 6 enfermeiras de SMI como necessidades
para as unidades periféricas que actualmente funciona com pessoal não qualificado.

No distrito funcionam 6 postos fixos de vacinação, que se localizam nos centros de saúde da Sede,
Mucoza, Vunduzi, Piro, Canda e Muera.

As campanhas de vacinação de crianças e mães grávidas cobrem quase todo o distrito. Nas localidades
sem unidades sanitárias elas são feitas através de brigadas móveis.

5.4.4 As principais doenças e camas disponíveis:

As principais doenças no Distrito são: A Malária, Mal Nutrição, HIV/SIDA, diarreias, tuberculose,
infecções respiratórias e anemia.

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A tabela abaixo retrata a disponibilidade de camas no Distrito, sendo o total de 91 camas, distribuidas em
88 para os centros de saúde e 3 para os postos de saúde.

Tabela 22 - Numero de camas por unidade sanitária

CENTROS DE SAÚDE No DE CAMAS OBSERVAÇÕES


Centro de Saúde de Gorongosa 60 camas Maternidade=10 camas
Tipo I Pediatria=12 camas
Outras enferm.=38 camas
Centro de Saúde de Nhamissongora 4 camas
Centro de Saúde de Tsiquir 3 camas
Centro de Saúde de Mucodza 3 camas
Centro de Saúde de Muera 3 camas
Centro de Saúde de Canda 3 camas
Centro de Saúde de Cudzo 3 camas
Centro de Saúde de Piro 3 camas
Centro de saude de Casa Banana 3
Centro de Saúde de Vunduzi 3 camas
Sub total 88
Posto de Saúde de Púngue 3 camas
Posto de Saúde de Nhataca -
Posto de Saúde de Tazaronda -
Posto de Saúde de Domba -
Sub total 3
TOTAL 91 camas
Fonte: DDS, 2005

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5.4.5 Estado Actual do Equipamento e das Infra-estruturas

Quadro 9: Estado actual das infra-estruturas do sector da saúde

NOME DA UNID. TIPO DE ESTADO FÍSICO EQUIPAMENTO


SANITÁRIA CONSTRUÇÃO HOSPITALAR
C .S.Sede Convencional Bloco externo bom Razoável
Bloco Interno Normal
C.S.Púngue Convencional Bom Bom
C.S.Tsiquir Convencional Bom Bom
C.S. CASA BANANA Convencional MBom MBom
C.S. Nhamissongora Convencional Normal Bom
C.s. Mucodza Convencional Suficiente Bom
C.s.vunduzi Convencional Bom Bom
C.S. Canda Convencional Mau Bom
C.S Cudzo Convencional Bom Bom
C.S. Muera Convencional Suficiente Bom
C.S.Piro Convencional Bom Bom
P.S. Chitengo Convencional Normal Razoável
P.S.Centro Educacional Convencional Bom Bom
P.S. Tazaronda Material Local Precário Bom
P.S. Nhataca convencional Normal Bom
P.S. Nhataca convencional Normal Bom
P.S. Chionde Material Local Precário Razoável
P.S. Domba convencional Bom Bom
Fonte: DDS, 2005

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5.4.6 HIV/SIDA

Política Nacional

O Plano Estratégico Nacional de combate as DTS /HIV/SIDA, traça a situação em Moçambique, com
metas e estratégias para o periodo de 2005 á 2009 elaborado por todos Ministérios.

Para o plano do Distrito torna se importante referênciar os grupos mais vulneráveis:


Crianças orfãs
Portador das ITS( Infecções de Transmissão Sexual)
Camionista de longo percurso
Poligamos e Presidiários

5.4.7 Situação actual

A situação actual do HIV/SIDA no Distrito é alarmante, visto que o distrito é atravessado pela estrada
Nacional nº 1 que liga o Sul ,Centro e Norte do Pais , contribuindo deste modo para alastramento da
doença , através do movimento dos negociantes.
Para se ultrapassar esta situação existem várias organizações , associações e grupos que lutam para a
redução dos indices de prevalência.

Quadro 10: Tendência da pândemia no Distrito


Ano Casos Evolução (%)
2000 54 -
2001 59 9
2002 40 32
2003 60 50
2004 32 46
Fonte: DDS, 2005

5.4.8 Instituições que actuam no âmbito da mitigação do HIV/SIDA

Na persecução de acções que visam reduzir o índice de proliferação da epidemia do HIV/SIDA no


distrito, varias instituições, ONG´s, e grupos comunitários que estão a desenvolver acções neste sentido,
como ilustrado no quadro abaixo.

Quadro 11: Instituições do Governo


Instituição Local de actuação
Saúde
Educação
Cultura Juventude e Desporto
Mulher e Acção Social Todo o distrito
Agricultura
Comercio e Turismo
Registo e Notariado
Fonte: DDS, 2005

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Quadro 12: ONG’s e Agências de cooperação


Posto Administrativo
Posto Administrativo Sede Posto Administrativo Vunduzi
Nhamadzi
RITA FHI FHI
GTZ/PRODER TCE TCE
TCE RITA RITA
ASVIMO GTZ/PRODER GTZ/PRODER
FHI C.V.M C.V.M
C.V.M PSI/Jeito PSI/Jeito
PSI/Jeito
ASEM
Fonte:DDS, 2005

Quadro 13: Organizações comunitárias


Posto Administrativo
Posto Administrativo Sede Posto Administrativo Vunduzi
Nhamadzi
Grupo Teatral Nharu-Nharu Comités Comunitários Comités Comunitários
Ametramo USIP Ametramo
Luz na Comunidade Ametramo Ass.Tawoniambo Walombo
ABC
Strong
Chiverano
Fonte: DDS, 2005

5.4.9 Actividades que realizam

Sensibilização
Sensibilização das Comunidades na formação CCC( Coligações de Cuidados Comunitários)
Visitas Domiciliárias
Apoio Psico Social
Teatros
Distribuição de material I.E.C.( Informação , Educação e Comunicação)

Prevenção
Educação sanitária

Apoio Social Directo


Projecto de geração de rendimento
Alimentação
Material escolar e de higiene
Vestuários e cobertores
Insumos agrícolas

Formas de financiamento
A maior parte das associações dependem de doações.

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5.4.10 Principais Problemas do Sector

Insuficiência de pessoal Técnico


Insuficiência de material médico Cirurgico
Exiguidade de transporte.
Insuficiência de casas para o pessoal
inexistência de instalações para o funcionamento da AMETRAMO (atendimento público)
deficiente ligação entre o sector de saúde e a medicina tradicional.
Prostituição infantil, crianças chefes de familia
Existência de maior número de crianças orfãs
Elevado indice de prevalência de pessoas afectadas e infectadas de HIV/Sida.
A redução da força de trabalho

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5.5 Serviços de Acção Social

5.5.1 Política Sectorial

A edificação de um Estado de direito em Moçambique implica a observância de mecanismos de


governação que protejam de um modo geral, as diferentes camadas sociais.

- Prestar assistência dos grupos alvos populacionais com carencia de apoio social, material ou
moral nomeadamente criança idoso pessoa portadora de dificiência mulher vulneravel e
outros.Promovendo o seu bem estar atraves da elevação do seu nivel de vida e extenção de
oportunidades para o maximo desenvolvimento das suas capacidades.
- Desenvolver acções para atenuar o impacto das medidas de ajustamento estrutural sobre as
camadas vulnerável da população.

O Papel do Governo

O Governo responsabiliza-se pela elaboração e divulgação da Política Nacional da Acção Social através
actividades sociais.

O Papel da Sociedade Civil

A sociedade civil, sobretudo o sector privado sem fins lucrativos, deverá desenvolver actividades sociais
para grupos sociais mais vulneráveis.

Essas acções serão desenvolvidas junto das comunidades, tanto nos locais de residência como nos locais
de actividades económicas, sociais e culturais.

O papel do Governo vai resumir-se no enquadramento das diferentes iniciativas junto das
comunidades.No encaminhamento dos procedimentos Administrativos e Jurídicos e ainda na avaliação e
monitorização dos efeitos dessas iniciativas .

5.5.2 Situação actual

O sector de acção social, no distrito foi criado no ano de 1994. A sua presença neste, que foi um dos
distritos intensivamente atingidos pelos efeitos da guerra, continua a ser necessária principalmente na
identificação, enquadramento e facilitação dos grupos vulneráveis da sociedade no acesso a providência
social do Estado e sector privado.
A Acção social no distrito e feita nas areas da pessoa portadora de deficiencia, pessoa da 3ª idade, da
mulher (viuvas e maes solteiras) e ainda na area da criança em situaçao dificil, por meio do registo do
numero de desfavorecidos, apoio em material escolar, vestuario e passagens de certificados dfe
vulnerabilidade na sareas ja descritas.

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Grupos assistidos:

160 idosos em idosos de alimentos


40 mulheres por programa beneficio social pelo trabalho
93 pesssoas nos projecto de geraçao de rendimento
700 crianças emmaterial escolar
300 crianças em vestuario

Tabela 23: Pessoas identificadas e assistidas.


P.A. P.A.
CLASSES DOS DESFAVORECIDOS P.A. SEDE TOTAL
NHAMADZI VUNDUZI
PORTADORES DE DEFICIÊNCIA 375 230 295 900
IDOSOS 330 248 252 830
MULHERES1 248 110 142 500
CRIANÇAS2 560 190 250 1000
TOTAL 1513 778 939 3230
1
Mães solteiras e viuvas
2
Orfãos e crianças da rua
Fonte: DDMAS, 2005

Hiv/Sida e Gênero

O sector promove acções de prevenção e combate do HIV/Sida atraves de sensibilização e conscielização


das comunidades, formação de activistas comunitarios e criação de comités comunitarios, que transmitem
mensagens de sensibilização nesta luta, apoio directo as crianças orfãs e pessoas vivendo com HIV/SIDA.

5.5.3 Principais Problemas do Sector

De uma maneira geral, os problemas sociais que afectam o distrito prendem-se com o nível de
desenvolvimento económico e social, com a degradação física e moral da população devido a guerra e
ainda com o fraco acesso ao esquema de reabilitação do tecido social e da sua infra-estrutura. Deste
modo, preferiu-se agrupar os principais problemas em blocos homogéneos como a seguir se apresentam:

• O casamentos prematuros com incidência em Canda e Vunduzi.

• Precárias condições de habitação para mães chefe de família, crianças chefes de familia idosos
desamparados e outros.

• Não existe escritório e residencias dos funcionários

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5.6 Registos e Notariado

5.6.1 Política do Sector

A edificação de um Estado de Direito e justiça social em Moçambique, implica a observância de


mecanismo de Governação baseada no cumprimento rigorosa, das leis vigentes que proteja de um modo
geral as diferentes camadas sociais.

Princiapais pontos da politíca Sectorial

Assegurar os registos dos actos impostos por lei.


O registo da esfera pessoal assim como actividade das pessoas colectivas e singulares.
Registos de contractos juridicos e extrajudicias .
Estender ( expandir ) o sector até ao nivel do posto administrativa e outras zonas asseguradas
atraves das brigadas moveis .

5.6.2 Situação actual

O sector funciona a nivel do posto administrativo sede do distrito com uma cobertura ao nivel do
distrito atraves das brigadas moveis de registo de nascimento.
Para permitir a aproximação dos serviços ao publico, a luz do diploma ministerial nº 114/04 de 30
de Junho, cria os postos de registo civil nos postos administrativo deste distrito faltando a sua
implementação devido a falta de meios humanos e materiais.

Articulação entre os Diferentes Niveis

Articulação é feita através de encontros regulares com os lideres comnutária estes transmitem as
conclusões dos encontros as suas cominidades, na educação dos cidadãos á promoção do registo dos seus
casamentos tradicionais, nascimentos e óbitos a luz do diploma ministerial 80/04 de 14 de Maio.

Distribuição da instituição do Registo no Distrito

No posto administrativo sede funciona a Conservatória do registo e notariado e nos posto administrativo
de Nhamandzi e vunduzi foram criados os postos de registo civil a luz do diploma ministerial 114/04 de
30 de Junho faltando a sua implementação devido a recurso humanos e materiaias.

Actualmente os serviços estão sendo assegurados pelas brigadas moveis nos postos administrativos e
localidade.

Atribuição e competência

Assegurar os registos dos actos impostos por designadamente respeitante a esfera pessoal e prática
os actos juridicos e extrajudicias, com a excepção do registo predial, comercial, automóvel e
Celebração de escritura publica que é da competência da cidade da Beira e Dondo.
Compete ainda a liquidação e pagamento de imposto de selos relativamente aos actos, contrato e
outros factos que sejam interviniente a luz do decreto lei nº 5/04 de 1 de Abril.

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5.6.3 Assunto Religioso

Atraves do sector dos assuntos religioso no distrito o estado articula com diversas confissões religiosas.

No Distrito existem 42 Seitas religiosas distribuidas em todos postos administrativios com a excepção da
Muçulumana, Adventista do 7º dia, Testimunha de Jeová e Reino de Deus que funcionam no posto
administrativo sede.

Papel das confissões Religiosas

As confissões religiosas difundem as mensagem de consolidação de paz .


Educação dos cidadãos a aderire nos programa de desenvolvimentos economicos e sociais ao
nível do distrito.

5.6.4 Principais Problema do sector

- Não há competências notariais para a celebração da escritura publica, registo comercial e


predial.
- A conservatória não possui meio de transporte.
- Não existem edifícios de funcionamento da instituição nos postos administrativos.
- Existência de associações não legalizada.
- Não se observa a cultura Jurídica nas populações.
- Não existe recursos humanos suficiente.
- Não há casas para residir o pessoal técnico.

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5.7 Ordem e Segurança Pública

As instalaçoes do comando Distrital da P.R.M , encontram se no estado avançado de degradação que


carece uma construção de raiz . Da mesma forma nos Postos Administrativos não existem instalaçoes
para o funcionamento dos serviços policiais e as respectivas residencias.

5.7.1 Áreas minadas

Generalidades

Por se tratar de um distrito que foi seriamente afectado pelo conflito armado, obviamente, muitas minas
ainda se encontram espalhadas, havendo assim a imperiosa necessidade de removê-las.

Locais suspeitos de minas

O reconhecimento dos locais minados é sempre feita com o apoio da população local. Os locais já
identificados incluem:

a) Nas localidades

Quadro 14: Zonas suspeitas minas


Posto administrativo Localidade Povoação Numero de áreas Obs.
minadas
Sede Tambara Tambarara
Mucodza*
Egipto
Nhataca
Nhambondo
Nhampalapala*
Tsiquir
Pugue Pugue
Pavoa
Nhamadzi Canda Canda
Nhaduhe
Cudzo Cudzo
Vunduzi Cavalo Cavalo
Cravina
Massala*
Casa Banana Casa Banana
(*)
• Antigo cruzamento-Hospital Massala à Casa Banana
• E N 215 na curva perto do rio Mucodza
• Elevação de Nhampalapala

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b) Nas vias de comunicações


• Ponte sobre o Rio Mucodza
• Margens da ponte de Púngue
• Estrada que passa na ponte Massinhane
• Ponte sobre Massinhane
• Troço que liga a estrada à ponte Macaco (há 5 km)
• Troço entre Baramba e Chitengo
• Troço que liga Lojas à EN1 (Centro Nordeste-Canda)
• Troço que liga Mago à Cravina Serra
• Parte da Mancheta de Vunduzi (Chefe Cavalo)

Os locais desminados são indicados pelo governo do distrito como sendo prioritários para o
desenvolvimento económico e social do distrito.

5.7.2 Cadeia Disrital

Neste sector as instalaçoes estao em pessimas condiçoes para o funcionamento que carece uma
construçao de raiz incluindos as residencias para o pessoal tecnico.

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

6 Meio Ambiente

A Constituição da República confere a todos os cidadãos, o direito de viver num ambiente equilibrado,
assim como o dever de o defender.
A gestão ambiental baseia-se em princípios fundamentais decorrentes do direito de todos os cidadãos a
um ambiente ecologicamente equilibrado, propício à sua saúde e ao seu bem-estar físico e mental.

6.1 Ao nível da exploração dos recursos florestais

A exploração madereira é uma das actividades económicas que contribui de grosso modo para a maior
parte dos problemas ambientais ligados a erosão dos solos, o aquecimento da superfície terrestre entre
outros.

Como consequência imediata, algumas localidades administrativas já sofrem o efeito da erosão dos solos
enquanto que outras há, que já começaram a contar com solos agrícolas empobrecidos ou mesmo com
rios e lagos sem água durante a época das secas.

6.2 Ao Nível da Zona Tampão do Parque Nacional de Gorongosa

Na zona Tampão do Parque Nacional de Gorongosa o conflito armado ora terminado pois em causa a
vida de algumas espécie de animais; tais como Zebra, Rinoceronte.
Esse comportamento de exploração dos recursos do Parque Nacional obrigou a Administração do mesmo
e outras hierarquias com ele relacionados a tomar medidas correctivas visando salvaguardar a fauna e a
flora daquela instância turística nacional.

6.3 Ao nível da Serra de Gorongosa

A Serra de Gorongosa é um ecossistema que desempenha importante função tanto para a micro-região em
que se encontra localizada como para o Parque Nacional de Gorongosa. A água que abastece o Lago
Urema, no Parque de Gorongosa, provém da serra de Gorongosa. A bio-diversidade animal e vegetal que
ela possui, contribui de maneira directa na vida animal e vegetal do Parque.

A Serra de Gorongosa, do ponto de vista económico e social, é um lugar que pode contribuir para o
desenvolvimento do distrito na medida em que nela se pode desenvolver o eco-turismo, a pesca de
pequena escala e ainda, a exploração sustentável de vários recursos pelas comunidades.

6.4 Principais Problemas Ambientais

Os problemas ambientais que já se fazem sentir com relativa intensidade são por um lado provocados pela
acção humana e por outro lado provocados pela morfologia do próprio terreno.
Prática de caça furtiva e abate indiscriminado de árvores de valor económico;
Alta exploração madeireira e sem nenhum programa de gestão;
Construção de habitações nas colinas e nos declives acentuados das montanhas;
Erosão dos solos nas terras altas do interior;
Queimadas descontroladas praticadas pelas populações durante a abertura de machambas e caça
de animais;
Pressão humana sobre os recursos naturais nalgumas localidades provocada pela guerra.

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7 Áreas protegidas.

7.1 Parque Nacional de Gorongosa

Generalidades

Em 1920, parte do território do actual distrito de Gorongosa foi indicada para ser área de caça controlada,
e servir de principal fonte de proteína animal, para abastecer aos homens que iriam trabalhar na maior
plantação de açúcar e copra que seria estabelecida nessa altura, na região. Por volta de 1935, os 1.000 km2
de área de caça foram elevados à categoria de reserva, com o aumento da sua superfície para 3.000 km2.

A primeira sede da referida reserva foi estabelecida no início dos anos 1940, mas um ano depois, devido à
constantes inundações, foi transferida para a chamada “Casa dos Leões”. Em finais dos anos 1950, a área
de Chitengo foi identificada como a sede da reserva, e aí foram erguidas as infra-estruturas para o
funcionamento da unidade administrativa e de gestão da reserva.

Em 1960, a reserva foi elevada a categoria de Parque Nacional, com a actual área de 3.770 km2.

Um Parque Nacional é uma zona delimitada e legalmente protegida, destinada ao fomento, protecção,
conservação da vegetação e dos animais bravios nele existentes bem como as paisagens ou formações
geológicas de particular valor científico, cultural ou estético no interesse público.

Salvo razões científicas ou de necessidade de maneio sustentável dos recursos, nos Parques Nacionais são
estritamente interditas as seguintes actividades:

a) Caçar dentro dos limites do Parque;


b) Exploração florestal, agrícola, mineira ou pastorícia;
c) Todos os trabalhos tendentes a modificar o aspecto do terreno ou das características da vegetação bem
como provocar a poluição das águas e, de um modo geral, todo o acto que pela sua natureza possa
causar perturbações a flora e a fauna;
d) A introdução de espécies zoológicas ou botânicas, quer indígenas, quer importadas, selvagens ou
domésticas.

Em 1982, antes da eclosão da guerra civil, o Parque Nacional de Gorongosa tinha dois acampamentos
turísticos principais (Chitengo e Boa Vista). O número recorde de visitantes (11.000 turistas) foi atingido
em 1973, confirmando assim o estatuto de um dos melhores Parques africanos de fauna bravia.

Devido a instabilidade militar prevalecente na região, o Parque ficou encerrado por mais de 10 anos tendo
ficado ao fim desse período com a fauna, a flora e mesmo as infra-estruturas turísticas completamente
reduzidas a quase nada.

Em 1995, um programa de emergência financiado pela Comunidade Europeia e implementado pelo


IUCN-ROSA estabeleceu uma equipa anti-caça furtiva e ao mesmo tempo começou a reabilitação
faunística do Parque.

Em 1996, a GERFFA- Projecto de Gestão dos Recursos Florestais e Faunísticos da Direcção Nacional de
Florestas e Fauna Bravia, com um financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento, assumiu a

Administração do Distrito de Gorongosa 96


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

responsabilidade de reabilitar as infra-estruturas do Parque, estabelecer práticas de gestão sustentável dos


recursos, promover pesquisas aplicadas e criar bases para o desenvolvimento do turísmo.

O Parque Nacional de Gorongosa, para além de ser um grandioso centro turístico, é uma reserva florestal
e animal de dimensão nacional. Localiza-se entre os distritos de Cheringoma, Muanza e Gorongosa e
ocupa uma área de terra de 3.770 km2 dos quais 1.876,5 encontram-se localizados no distrito de
Gorongosa, que corresponde a 50% da área do parque. Essa área representa cerca de 24,5% da área total
do distrito .

7.1.1 A Política Nacional de Turismo

A Política Nacional de Turismo prevê:

• Projectar uma imagem prestigiosa de Moçambique para o mundo


• Criar mais oportunidades de emprego
• Assegurar a participação das comunidades locais no desenvolvimento sustentável do distrito
• Desenvolver o turismo regional e internacional de alta qualidade
• Dar prioridades a empresas nacionais no desenvolvimento do turismo.

7.1.2 Actividades em Curso no Parque

Está em elaboração o Plano de desenvolvimento do Parque, o qual irá indicar as linhas gerais da política
de desenvolvimento do Parque nos seus diferentes sectores de actividades. Por outro lado, o Governo está
a estudar a possibilidade de privatizar a gestão de algumas actividades do Parque.

O Plano Distrital de Desenvolvimento de Gorongosa aborda o Parque como um sector económico, social
com valiosa contribuição para o desenvolvimento do distrito. Para além de pequenas obras de reabilitação
das infra-estruturas da sede do Parque, a fiscalização florestal e faunística bem como a gestão comunitária
dos recursos são outras actividades em curso no Parque. Actualmente, o Parque possui 96 Fiscais
distribuídos em 17 Postos Fiscais. Assim, Gorongosa tem 7 Postos Fiscais; Muanza, 7 Postos Fiscais;
Cheringoma, 2 Postos Fiscais e Chitengo tem 1 Posto móvel que serve de Posto Socorro aos postos
anteriormente citados.

Outras actividades em curso:

• Levantamento ecológico
• Controlo dos níveis de assoreamento do Lago Urema
• Contagens aéreas e terrestres de animais
• Reabertura de cerca de 100 km de picadas dentro do Parque

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

7.1.3 Desenvolvimento eco-turístico do Parque

O turismo é o conjunto de actividades profissionais relacionadas com o transporte, alojamento,


alimentação e actividades de lazer destinado aos turistas por um período limitado.

A Política Nacional de turismo é de atrair de forma dinâmica:


• Turistas nacionais e estrangeiros para explorarem os recursos nacionais
• Investidores nacionais e estrangeiros para investirem de forma sustentável
• Orientar os utentes para adoptarem as melhores formas de praticar o turismo oferecendo-lhes em
troca, as infra-estruturas necessárias.

As áreas seleccionadas para o desenvolvimento do eco-turismo no Parque e os elementos geo-naturais


que ditaram a favor da referida escolha, são:

a) Área de desenvolvimento eco-turístico do Púngue:

Engloba duas áreas eco-turísticas nomeadamente a do Bué-Maria e a do Nhascuvo como a seguir são
descritas:

♦ Área de desenvolvimento Bué-Maria:

• Localiza-se no planalto de Gorongosa, no extremo Sudoeste do Parque


• Tem 5 ha. de superfície.
• Fica próximo de um monte com cerca de 322 m de altitude
• A floresta dominante é a de miombo com zonas baixas cobertas de floresta ribeirinha
• As principais actividades económicas ali praticadas são a agricultura e a pesca de subsistência.

♦ Área de Desenvolvimento de Nhascuvo:

• Localiza-se no extremo Sudoeste do Parque, na região adjacente ao rio Púngue, há 7km da EN 1


• Tem 10 ha de superfície
• A região tem algumas palmeiras e pau-preto
• Foi um dos antigos acampamentos turísticos

b) Área de desenvolvimento eco-turístico de Chitengo:

• Localiza-se no limite sul do Parque, na região adjacente do Rio Púngue (base do Rift Valley)
• Tem 4 ha de superfície
• Está inserida na base do Rift Valley
• Foi o principal acampamento turístico do Parque antes do conflito armado

c) Área de Desenvolvimento Ecoturístico de Boa-Vista/Xivulo

Engloba duas áreas eco-turísticas nomeadamente a de Boa-Vista e Xivulo como a seguir são descritas:

♦ Área de Desenvolvimento de Boa-Vista

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

• Localiza-se na parte oeste do Parque


• Tem 5ha de superfície
• Encontra-se inserida dentro da zona faunística do Parque
• A vegetação dominante é a floresta de miombo, a ribeirinha rodeada de savana
• Fica há 8km da estrada nacional EN1 Inchope-Gorongosa
• Compreende os dois antigos acampamentos turísticos do Parque

♦ Área de Desenvolvimento de Xivulo:

• Localiza-se no extremo sul do Parque


• Tem 300 ha de superfície
• Está inserida no extremo sul do Planalto de Gorongosa
• A vegetação é de miombo, ribeirinha rodeada por extensas áreas de savana
• Fica há 6km da estrada nacional EN1 Inchope-Gorongosa

d) Área de desenvolvimento eco-turístico de Mazamba

• Localiza-se na parte nordeste do Parque, na Zona Tampão


• Tem 500 ha de superfície
• Está inserida na ponta leste da muralha do Rift Valley e adjacente ao rio Mazamba, no distrito de
Cheringoma
• A vegetação dominante é a floresta de miombo, capim e floresta ribeirinha
• Possui uma pista de aterragem de aeronaves
• Fica há 20km da Vila de Inhaminga

7.1.4 Zona Tampão do Parque Nacional

A criação de áreas de conservação é reconhecida como a única forma de proteger os ecossistemas


significativos do país. Entretanto, o estabelecimento dessas áreas tem quase sempre um problema que é o
de impor restrições de uso dos recursos às comunidades locais.

Por esta razão, surgirem frequentemente conflitos entre os gestores das áreas de conservação e os que
praticam actividades ilegais, com o aumento dos habitantes do Parque e de uma maneira geral, devido ao
aumento das necessidades de uso e aproveitamento dos recursos naturais e ainda a determinadas práticas
de uso de terra não sustentáveis.

As medidas sectoriais que tem vindo a ser adoptadas para corrigir essa realidade, resumem-se na
fiscalização do Parque e na imposição de medidas administrativas aos furtivos e no envolvimento das
comunidades na gestão dos recursos.

A actual Política Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Florestais e Faunísticos assegura o


envolvimento comunitário na planificação e gestão dos recursos florestais e faunísticos reconhecendo
deste modo que a participação da comunidade na utilização, na conservação e no maneio integrado dos
recursos é condição indispensável para o aproveitamento sustentável desses recursos.

Administração do Distrito de Gorongosa 99


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

O Parque Nacional de Gorongosa é uma área protegida e portanto possui um conjunto de Princípios de
Maneio e Desenvolvimento da Zona Tampão com os seguintes objectivos:

• Promover a implantação de uma rede de projectos integrados de conservação e desenvolvimento


(PICD) piloto com participação comunitária na utilização e conservação dos recursos florestais e
faunísticos na periferia do Parque.
• Reforçar a capacidade nacional para o desenvolvimento participativo de projectos comunitários de
maneio de florestas e fauna bravia.
• Promover a legalização imediata dos limites da zona tampão do Parque bem como a aprovação dos
princípios definidos.

7.1.4.1 Limites da Zona Tampão

Uma das dificuldades no estabelecimento das zonas tampão é a definição dos limites, especialmente onde
não existe limites naturais. Para o caso do Parque Nacional de Gorongosa, os limites da zona tampão são:

• Limite Norte: Compreende as áreas de vigilância das extintas coutadas 1 e 3 e uma faixa de cerca de
5 km ao longo do Rio Nhandinde, ao Norte do Parque Nacional até a Vila de Inhaminga.

• Limite Sul: É a faixa de mais ou menos 5 km de largura ao longo da margem Sul do Rio Púngue,
entre a EN 213 Dondo-Inhaminga e a EN1 Inchope-Vila de Gorongosa.

• Limite Este: É a área confinada entre o limite Leste do Parque e a EN 213 Dondo-Inhaminga, desde
o Rio Mazamba à Samacueza.

• Limite Oeste: Esta área é delimitada pelos Rios Vunduzi e Púngue ao Norte e Sul respectivamente e
pela EN 323 e o limite Oeste do Parque.

7.1.4.2 Objectivos da Zona Tampão

• Estender a protecção dos ecossistemas únicos, áreas especiais, culturais e sagradas e bancos genéticos
de biomas que transcendem os limites legais do Parque e Co-Gestão.

• Providenciar a primeira fase na dispersão racional do material genético protegido dentro do Parque.

• Garantir a segurança e estabilidade ecológica dos factores bióticos e abióticos contra actividades
incompatíveis com os objectivos do Parque.

• Radiar os princípios e estratégias de maneio e conservação no uso do Parque para as áreas


circunvizinhas, de forma a garantir a perpetuidade dos processos ecológicos.

• Providenciar uma cintura protectiva contra os impactos externos, absorvendo-os e neutralizando-os


antes de atingirem o âmago do Parque.

• Servir de cintura primária para a restauração ecológica e ambiental da região.

Administração do Distrito de Gorongosa 100


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

• Providenciar modelos de utilização sustentável dos recursos naturais renováveis que podem ser
extrapolados para outras áreas.

• Providenciar incentivos económicos práticos e perceptíveis para a protecção dos recursos para o
Parque.

• Minimizar os impactos negativos decorrentes da agricultura itinerante e das queimadas descontroladas


através da promoção/introdução de sistemas alternativos de agricultura e uso de terra.

7.1.4.3 Princípios de funcionamento e desenvolvimento da Zona Tampão

O sucesso na gestão do Parque Nacional de Gorongosa está directamente ligado ao sistema de maneio
(conservação, utilização dos recursos naturais) estabelecido para a Zona Tampão.
Os habitantes do Parque bem como os seus vizinhos estão fortemente dependentes dos recursos da Zona
Tampão de onde provém a sua subsistência.

Para estabelecer um ambiente equilibrado foram definidas as actividades permitidas e as proibidas de


serem desenvolvidas na Zona Tampão. As actividades permitidas são aquelas que salvaguardam os
programas de gestão do Parque e por outro lado, promovem a utilização sustentável dos recursos
enquanto apoiam o desenvolvimento integrado das comunidades locais.

a) Actividades permitidas

• Agricultura sedentária
• Apicultura
• Caça tradicional (uso de armas tradicionais)
• Colheita de frutos e plantas medicinais
• Colheita de materiais de construção (estacas, bamboo, capim e corda)
• Eco-turismo
• Exploração florestal
• Fabrico de carvão aproveitando as ramadas dos madeireiros
• Pastorícia
• Pesca (artesanal)

Administração do Distrito de Gorongosa 101


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

b) Actividades não permitidas

São todas aquelas actividades que contribuem para a degradação ecológica e impedem o desenvolvimento
económico e social das comunidades locais.
• Agricultura itinerante e nas encostas das margens dos rios
• Caça comercial
• Queimadas descontroladas
• Exploração mineira

7.1.5 Serra de Gorongosa

É um eco-sistema que deve ser protegido devido a sua rica bio-diversidade vegetal e animal. Ocupa uma
extensão de 36.751,14 hectares com uma altitude máxima de mais de 1.800 metros. Localiza-se entre os
Postos Administrativos de Nhamadzi e Vunduzi. Não faz parte do Parque Nacional mas a água dos rios
que ali nascem, abastece os lagos do Parque, como é o caso do Lago Urema.

Assim, são protegidas todas as terras acima da curva de nível dos 700 metros e todos os cursos de água no
extremo oriental da Serra, incluindo uma faixa de terra de 50 m de largura para cada lado. O uso
comunitário dos recursos incluindo a caça é praticado na área entre os cursos de água abaixo da curva de
nível de 700 m para Este, até a fronteira ocidental do Parque.

7.1.6 Coutadas

Coutadas são áreas delimitadas, de domínio público ou particular, nas quais o direito de caçar está
reservado aos indivíduos que para tal obtiverem autorização das entidades competentes.

Ao nível do Governo, o licenciamento da caça dentro das coutadas, bem como o respectivo controlo é da
responsabilidade do sector de Turismo. Enquanto que fazendas bravias e florestais são da
responsabilidade Agricultura. Nas coutadas oficiais, são permitidas as seguintes actividades:

• Turismo de caça desportiva


• Turismo cinegértico
• Actividades de exploração florestal em regime de concessão
• Reflorestamento das áreas devastadas

Às comunidades locais, são permitidas as actividades a seguir mencionadas:

• Prática de agricultura de subsistência


• Pesca artesanal
• Exploração de materiais de construção e combustível lenhoso
• Actividades artesanais

Entretanto, não é permitido nas coutadas, o exercício das actividades a mencionar a seguir:
• Queimadas descontroladas
• Exploração florestal em regime de licença simples
• Agricultura de rendimento

Administração do Distrito de Gorongosa 102


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

• Actividades pecuárias em grande escala.

7.1.7 Principais Problemas

• Invasão humana nas áreas protegidas


• Fraco envolvimento das comunidades locais no maneio e gestão dos recursos naturais
• Prática de caça furtiva
• Violação das normas de exploração dos recursos naturais na Zona Tampão
• Conflito entre o homem e o animal selvagem
• Queimadas descontroladas
• Reduzido número de animais bravos, e espécies faunisticas e florestais em perigo de extinção
• Poucos projectos/empreendimentos com objectivos de regeneração da floresta e aumento ou
multiplicação da fauna bravia
• Redução da bio-diversidade;
• Destruição da bio-massa
• Infra-estruturas turísticas degradadas.

Administração do Distrito de Gorongosa 103


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Mapa 7.1: Parques, Zonas de


vigilância e Serra de Gorongosa

Distrito de Gorongosa

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

8 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

8.1 ADMINISTRAÇÃO DO DISTRITO

8.1.1 Situação Geral

A Administração do Distrito, é o órgão máximo do poder do Estado no Distrito, funciona na sede do


Distrito e é dirigida por um Administrador. Fazem parte deste órgão administrativo, os Chefes dos Postos
Administrativos, os Chefes das Localidades, os directores Distritais.

No distrito funcionam as seguintes instituições do Estado:

Administração do distrito
Direcção distrital do SISE
Direcção distrital de Agricultura
Direcção distrital de Educação e Cultura
Direcção distrital de Saúde
Direcção distrital de Indústria, Comércio e Turismo
Direcção distrital da Juventude e Desportos
Direcção da mulher e Acção Social
Conservatoria dos Registos e Notariado
Comando distrital da Polícia da República
Tribunal Judicial
Cadeia Civil

A sessão do governo é o órgão máximo do poder administrativo do Distrito e reune-se regularmente, uma
vez por mês.

8.1.2 Recursos Humanos

A Administração do distrito tem 66 funcionários, sendo 52 no Posto Administrativo Sede, 7 no de


Nhamadzi e 7 no de Vunduzi, destes 4 são mulheres

Em termos de formação académica a administração do distrito conta com seguinte quadros, como ilustra a
tabela seguinte.

Tabela 24 -Distribuição dos recursos humanos e sua formação escolar

12a 10a 9a 8a 7a 6a 5a 4a 3a 2a 1a

Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe

03 05 04 05 08 10 01 04 06 01 01

Fonte: Administração, 2005

Administração do Distrito de Gorongosa 105


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Tabela 25 –Funcionários públicos no Distrito por nivel


NIVEL
NIVEL
INSTITUIÇÃO NIVEL MEDIO NIVEL BÁSICO ELEMENTAL
SUPERIOR
OU AUXILIAR
Administração do distrito 0 3 4 59
Direcção Distrital de Agricultura 2 8 2 10
Direcção Distrital de Educação e Cultura 0 68 220 60
Direcção Distrital da Saúde 1 6 22 31
Direcção Distrital da Mulher e Acção Social 0 2 1 0
Direcção Distrital da Indústria, Comercio e Turismo 0 0 1 0
Direcção Distrital das Obras Públicas e Habitação 0 0 0 1
Direcção Distrital da Juventude e Desportos 0 0 1 0
Direcção Distrital do SISE 0 1 1 0
Direcção Distrital dos Registos e Notariado 0 1 1 1
Tribunal Judicial 0 1 2 2
Cadeia Civil 0 1 1 -
Total 3 91 256 144
Fonte: Administração, 2005

8.1.3 Recursos materiais e equipamento

Em termo de meios circulantes,a administração do distrito tem apenas 21 unidades, sendo 4 viaturas, 2
tractores , 2 motos, 2 motas 50 e 11 bicicletas. Administração possui 19 edificios entre residências e
serviços.

Quadro 15: Recursos materiais e equipamento


Meios Quantidade Estado de utilização
Imóvel (casas do Estado) 19
Carros 4
Tractores 2
Motorizadas 4
Bicicletas 11
Máquinas de escrever 10
Secretárias
Cadeiras
Armários
Fonte: Administração, 2005

Administração do Distrito de Gorongosa 106


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

8.1.4 Receitas e Despesas

De uma maneira geral, as despesas anuais são superiores do que as receitas.

No fim do ano económico de 2000 o saldo foi positivo em cerca de 13 mil contos. Mas no ano seguinte, a
despesa pública foi 33 mil contos mais elevada do que a receita.
A receita da Administração provém de impostos e da contribuição do Orçamento do Estado de nível
provincial e as principais despesas são salários dos funcionários e o fornecimento de bens e serviços.

RECEITAS E DESPESAS DOS ÚLTIMOS DOIS ANOS 2002 A 2003

Tabela 26: Receitas e despesas


ANO RECEITAS DESPESAS I.R.N.
2002 555.884.174,00 1,116.124.729,00 21.080.000,00
2003 729.489.660,00 1.315.781.442,00 30.000.000,00

Os principais fontes de receitas

Imposto de Reconstrução Nacional


Receitas de Moageiras
Licenças de Letreiros, exposições e outros
Receitas dos Mercados
Taxas de exames de velocípedes
Licenças para a construção e reconstrução de edifícios
Rendimento do património do Estado
Emolumentos
Multas diversas
Foros e rendas de terras
Licenças não especificadas

Tabela 27: Receitas e despesas dos anos económicos de 2003 e 2004


RECEITAS & DESPESAS ANO ECONÓMICO DE ANO ECONÓMICO DE
2003 2004
RECEITAS Receitas Locais 729.489.660,00 837.673.000
Subsídio do OGE 1.160.000.000 1.707.877.000
Sub-Total 1.889.489.660 2.545.650.000
DESPESAS Sálários 603.009.534,00 767.6 88.588,00
Bens e Serviços 268.530.064,00 334.156.549,00
Outras Despesas 132.618.175,00 185.067.125,00
Sub-Total 1.004.157.773,00 1.286.912.262,00
SALDO + 13.030.637,00 - 32.987.028,00
Fonte: Administração, 2005

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

8.1.5 Principais Problemas

• deficiente capacidade de cobrança de impostos locais


• Limitada cobertura fiscal incompleta
• Dependência de fundos externos (OGE, Governo Provincial, doadores etc.)
• Limitados meios de transporte e de comunicação
• Material e equipamento básico de funcionamento limitado
• Degradação do estado de conservação dos edifícios da Administração
• Limitada capacidade técnica dos funcionários públicos

Tabela 28: Receitas e despesas das instituições


Sector Ano de 2002 Ano de 2003 Ano de 2004
Receita (Mt) Receita (Mt) Receita (Mt)
Administração do 803.837.174,00 2.503.637.520,00 1.054.628.500,00
Distrito
Agricultura 57.642.630,00 194.737.000,00 176.912.450,00
Obras Pública 35.850.000,00 40.650.150,00 43.572.120,00
Juventude e Desporto 750.000,00 1.870.000,00 1.870.000,00
Total
Fonte:Direcções distritais, 2005

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

9. Síntese dos principais problemas e potencialidades

9.1 Principais problemas

O distrito, possui um considerável número de limitações de entre elas destaca-se as seguintes:

- A insuficiencia da rede de abastecimento de água;


- Deficiênte estado de conservação das estradas terceárias
- Persistencia de utilização pelos camponeses de tecnologias inadequadas

Deste leque de limitações resulta quase toda uma serie de deficiência no fornecimento de serviços ao
publico o prejudica de certa forma economia, particularmente na comercialização de excedentes agrícolas
do distrito

Quadro 16: Resumo das principais limitações

Âmbito Localização
PROBLEMAS / LIMITAÇÕES
Agua e saneamento Insuficiencia de fontes de Todo o Distrito
abastecimento de agua
Inexistencia do sistema de Todo o Distrito
abastecimento de agua
domiciliaria na sede do distrito
Agricultura Utilização por parte dos Todo o Distrito
camponeses de tecnologias
inadequadas
Elevado índice de erosão Nhamadzi, Vunduzi
Elevadas perdas de produção Todo o Distrito
agrícola durante a conservação
pós -colheita
Pecuária Defeciente cobertura sanitária Todo o Distrito
para a prevenção e control de
doenças
Inexistencia de um matadouro Sede
Florestas e Fauna Bravia Elevado indice de queimadas Todo o Distrito (Zona Tampão)
descontroladas
Abate indescriminado de Todo o Distrito
árvores
Estradas e Pontes Mau estado de conservação de Todo o Distrito
algumas das estradas tercearias e
pontes
Indústria Limitada capacidade de Todo o Distrito
processamento dos produtos
Comercio Descapitalização dos Todo o Distrito

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Âmbito Localização
PROBLEMAS / LIMITAÇÕES
comerciantes
Turismo Reduzidas infra-estruturas Parque Nacional
Recursos minerais Extração ilegal de ouro Tsiquir
Comunicações Insuficiencia de meios de Vunduzi e Nhamadzi
comunicação dentro do distrito
Educação Escolas construidas de material Todo o Distrito
precário
Apetrechamento limitado de Todo o Distrito
mobiliário escolar
Insuficiencia de professores Todo o Distrito
formados
Saúde Insuficiencia do pessoal técnico Todo o Distrito
qualificado
Longas distancias entre Todo o Distrito
unidades sanitarias
Aspectos ambientais Prática de caça furtiva Todo o Distrito (Parque
Nacional)
Abate indiscriminado de arvores Todo o Distrito (Parque
de valor económico Nacional)
Construção e cultivo nas zonas Serra de Gorongosa
de montanha com declive Cudzo e Vunduzi
acentuado
Administração Pública Insuficiencia de residencias para Postos Administrativos
funcionários
Insuficiencia de instalações para Pungue, Cudzo e Casa Banana
funcionamento

Administração do Distrito de Gorongosa 110


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

9.2 Principais potencialidades

Para o desenvolvimento economico e social o Distrito possui potencialidades em duas areas de agricultura
e Turismo.

As condições agro-climáticas do Distrito permitem a pratica de uma agricultura divesificada, recorrendo a


diferentes tecnologias, pois os solos possuem uma aptidão agricola boa a moderado, destacado-se as
regiões da casa Casa – Banana ( Zona tampão de PNG), Madibe, Nhamissongora, Tsiquir, a volta da
serra ( a baixo de 700 metros de altitude), Nhabirira( até ao limite com Macossa), Boto e Mucodza.

O sector familiar e comercial, pratica frequentemente as seguintes culturas de rendimento: Piri-piri (para
exportação), apicultura, fruticultura, algodão , girassol, soja, batata, feijões algodão e hortaliças.

Existem ainda boas condições para pastagem, no Posto Administratitvo de Nhamdzi, o que constitui um
potencial para a criação de gado, que podereria contribuir sobremaneira para a tracção animal.

No Distrito, está estabelecido o Parque Nacional de Gorongosa, com uma rica diversividade de espécies
animais e florestais.

Quadro 17: Resumo das principais potencialidades

Potencialidades / Oportunidades Localização


Existência de recursos hidricos abundantes Todo o Distrito
Existencia de uma rede de extensão abrangente Todo o Distrito
Existencia de saibro e pedra Todo o Distrito
Existencia de uma rede de energia electrica Sede
permanente
Existencia de experiencia sobre o maneio Todo o Distrito
comunitário em algumas zonas do distrito

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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10 Estratégia de Desenvolvimento

Introdução

A estratégia de desenvolvimento do Distrito de Gorongosa, tem em vista a racionalização e o


direccionamento correctos de todas as possíveis intervenções de desenvolvimento no Distrito.

É através desta que o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito, ganha corpo para a solução dos
principais problemas da comunidade.

Assim, é importante definir a estratégia de desenvolvimento do Distrito, de modo a alcançar os objectivos


e resultados desejados pelo Distrito.

10.1 Âmbito do PARPA

No cumprimento do plano quinquenal do Governo, o Distrito traçou algunhas linhas de acções, com vista
a redução da pobreza absoluta no seio da população.

Para tal na área da agricultura preve-se o fomento de culturas de rendimento, (algodão, Gergelim,
Girassol), Fomento de animais de pequena especie (caprinos, perus e galinhas do mato) e fomento de
fruteiras ( Ananazeiros, litcheiras).

Na educação preve-se a ampliação da rede escolar, construção de escolas com material convecional, criar
pomares escolares, aumento da produção escolar, criar nas comunidades escolares familias sem
analfabetismo.

Nas Obras Públicas esta previsto a abertura de estradas garantir a sua manutençãao, reabilitaçao de pontes
e abertura de mais fontes de abastecimento de agua potavel.

10.2 Principais problemas do Distrito

O distrito debate-se principalmente com os seguintes problema:


- Queimadas descontroladas;
- Caça furtiva;
- Insuficiência de fontes de abastecimento de água potável.

10.3 Principais potencialidades do Distrito

As principais potencialidades do distrito são o parque nacional de Gorongosa com a sua fauna bravia
diversificada, a serra de Gorongosa e uma extensão de floresta nativa com uma grande variedade de
espécies florestais de grade valor económico, e possui terras férteis para prática de agricultura.

Administração do Distrito de Gorongosa 112


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.4 Principais áreas criticas do Distrito

Em termos de desenvolvimento, as áreas criticas no Distrito são as regiões de Casa Banana e Muera , que
é assolada por um défice de produtividade constante, a região de Cudzo tem grandes limitações em
termos de transitabilidade rodoviária, devido a grande degradação das vias de acesso, o problema de
queimadas descontroladas afecta maioritariamente a zona tampão do parque, pondo em perigo o habitat
do parque nacional de Gorongosa.

10.5 Oportunidade para o desenvolvimento do Distrito

O Turismo, poderia ser uma das alavancas de desenvolvimento do distrito, a outra área a ser explorada
poderia ser a agricultura, visto que o distrito comporta uma grande reserva hídrica e uma grande extensão
de terras férteis.

Administração do Distrito de Gorongosa 113


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.6 Regiões de desenvolvimento

10.6.1 Caracterização das regiões de desenvolvimento do Distrito

De uma análise minuciosa da situação actual do Distrito, resultou numa subdivisão em micro regiões que
apresentam características similares em termos de condições agro-ecologicas, densidade populacional,
distribuição de infra-estruturas sociais e económicas.

A definição das regiões de desenvolvimento, permite uma melhor visualização da situação actual do
distrito, pois este não tem o mesmo nível desenvolvimento em todo o território, e no momento de
implementar qualquer acção que seja para a melhoria na prestação de serviços a população, procura-se
fazer de forma a reduzir as assimetrias o máximo possível, concorrendo assim para a redução da pobreza
no distrito.

Assim, o distrito de Gorongosa ficou dividido em quatro regiões de desenvolvimento, de acordo com as
suas características, problemas e potencialidades.

Região A:
Abrange os Regulados de Tambarara, Canda e Sdzungira.
Caracterizada por uma grande densidade populacional, um micro clima que favorece uma grande
diversidade de flora e fauna, devido as suas condições físico naturais predominantemente de rios
permanente e relevo de montanha, possui terras aráveis a pratica de agricultura e pecuária, ha indícios de
ocorrência de minerais como o ouro.

Região B:
Cobre a zona do Parque Nacional de Gorongosa, é uma região de planícies, que comporta um ecossistema
diversificado e uma grande variedade de espécies florestais e faunísticas.

Região C:
Esta região abrange a localidade de Casa Banana, as povoações de Piro, Jutchenge, Muziuangungune,
Boto, Tsiquir, Mucodza, Bunga e Nhandemba e Nhambita , que constituem a zona tampão do parque
nacional de Gorongosa.

Possui uma vasta planície, que comporta um ecossistema diversificado e uma grande variedade de
espécies florestais e faunísticas. Mas é de destacar que algumas regiões, tais como a de Casa Banana, são
assoladas por uma queda irregular de precipitação, o que faz com que a disponibilidade de agua seja
limitada.

Região D:
É basicamente a região da serra de Gorongosa, é predominantemente montanhosa, com terras aráveis,
predominância de uma grande biodiversidade o que faz com que a sua flora e fauna seja muito
diversificada e possui condições agro-ecologicas propicias à produção agro-pecuária.

Administração do Distrito de Gorongosa 114


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Mapa das regiões de desenvolvimento do Distrito.

Distrito de Gorongosa

Zona de conservação –
Serra de Gorongosa

Área de transição –
Zona tampão
D

A C
B
Área de conservação –
Parque Nacional de
Zona caracterizada por alta Gorongosa
densidade de população e
alto potencial agrícola

Administração do Distrito de Gorongosa 115


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.6.2 Principais problemas por região

Região A:
Debate-se com o problema de insufiência de fontes de abastecimento de água potável.
Este facto deve-se ao maior número de fontes de abastecimento de agua avariadas no Distrito.

Região B:
É assolada por queimadas descontroladas.
Este facto deve-se ao crescimento numero de caçadores furtivos e queimadas descontroladas.

Região C:
Debate-se com o problema da caça furtiva.

Região D:
Ocorrência de erosão
Devido ao cultivo nas zonas de grande inclinação.

10.7 Visão de desenvolvimento do Distrito

Até 2009, o Distrito possui infra-estruturas de comunicação abrangentes, abastecimento de agua potável,
em boas condições, os níveis de produção agro-pecuários tornam o distrito num celeiro da região,
melhora o agro-processamento rural e tem serviços de assistência sanitária, educação excelentes e de
melhor qualidade, disponíveis a maior parte da população.

A protecção do meio ambiente favorece o desenvolvimento da actividade turística, a volta do maior e


históricos habitat natural de fauna e flora, o Parque e a serra de Gorongosa.

10.8 Principais actores de desenvolvimento

A nível da Comunidade:
Fóruns locais, lideres religiosos e comunitários, médicos tradicionais, professores, enfermeiros,
extensionistas, organizações baseadas na comunidade (comités de agua, de gestão de recursos naturais,
associação de camponeses)

A nível do Distrito:
Governo distrital, ONG’s (FHI, TCE, RITA, CVM), operadores privados, IPCC’s, ETP, agencias de
cooperação (GTZ/PRODER).

A nível Provincial:
Governo provincial, EPAP, DPPF, ONG’s, Agencias de cooperação, operadores privados.

Administração do Distrito de Gorongosa 116


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.9 Principais alternativas de desenvolvimento por região

Após análise dos principais problemas e suas causas, foram definidos os objectivos de desenvolvimento,
de onde são extraídas as principais alternativas para melhorar a situação actual de cada uma das regiões.

Para a região A, é proposto que se aumente o nº de fontes de abastecimento de água potável e


capacitação das comunidades no seu uso e manutenção.

Na região B, de modo a se poder usufruir da biodiversidade da região, ha uma grande necessidade de se


melhorar os níveis de gestão e maneio dos recursos naturais.

A região C, porque constitui a zona tampão, os níveis de gestão e maneio dos recursos naturais, devem
ser redobrados, de modo a reduzir a ocorrência da caça furtiva e das queimadas descontroladas.

Na região D, é onde esta estabelecido o coração que alimenta toda a biodiversidade da região do distrito
de Gorongosa, a redução dos níveis de cobertura vegetal devido a pratica da agricultura na encosta da
serra, leva a ocorrência da erosão facto que pode perturbar toda condição natural do lugar, sendo portanto
necessário reduzir todos factores negativos que concorrem a perturbação do ambiente da região.

10.10 Principais áreas de intervenção por região

Da analise efectuada aos principais problemas, por cada região, foram definidas as áreas de intervenção
abaixo, como principais focos de acção de modo a mudar a situação em que se encontra o distrito
actualmente.

Para a região A:
As áreas de formação, para melhorar o nível de percepção dos diferentes aspectos de desenvolvimento é
tomada como sendo de grande necessidade, na área de abastecimento de água é necessário que se
aumente mais fontes de abastecimento de água potável de modo a reduzir a distância e tempo de procura
desse precioso líquido.

Para a região B:
Tendo em conta o potencial para o desenvolvimento do turismo, que o parque de Gorongosa comporta, ha
uma grande necessidade de desenvolver medidas que visam a protecção do meio ambiente.

Para a região C:
O nível de uso de recursos naturais nesta região deve ser feito de uma forma muito cuidada, sendo
portanto necessário incrementar acções que visam a melhorar a capacidade de gestão dos mesmos e a
melhoria das tecnologias de produção agro-pecuária.

Para a região D:
A protecção do meio ambiente nesta região é vista como sendo de grande importância, para a manutenção
do ecossistema.

10.11 Matriz de desenvolvimento do Distrito

As matrizes que se seguem foram são resultado da analise dos diferentes problemas identificados nas
diferentes regiões do distrito, trazendo a luz as principais preocupações da Comunidades.

Administração do Distrito de Gorongosa 117


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Foram analisados os problemas e identificadas as causas e efeitos que posteriormente transformados em


meios e fins, tendo culminado na definição das matrizes por área de intervenção por região.

10.11.1Abordagem de produção agro-pecuária


MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a produtividade agricola Até 2009, melhorado o Relatótrios e Os camponeses aplicam
nível de produtividade levantamentos tecnologia adequada de
agro-pecuária em pelo producão agricola
menos 40%
OBJECTIVO IMEDIATO
Melhorar o conhecimento de Até 2009, pelo menos Relatorios Camponeses adoptam as
tecnicas adequadas para a produção 40% de camponeses tecnologias adequadas
agricola aplicam tecnologias
adequadas
RESULTADOS
R1 – Melhorado o uso de terras Mais de 40% das Relatórios e verificação Os camponeses
desponiveis familias camponesas Física participam na
aplicam tecnologias capacitação sobre a
adequadas na preparação preparação dos solos
dos solos

R2 – Preservada a vegetação Até 2009, pelo menos Estatisticas e visitas As populações reduzem
40% da população as areas de errosao
adoptam medidas de
combate a errosão com o
uso de
muralhas,vetigrass e
reflorestamento

R3 – Assegurada a disponibilidade Ate 2009, pelo menos 20 Relatórios Os técnicos defundem


da capacidade tecnica técnicos capacitados em eficientemente as
tecnicas de preservação técnicas agrícolas
agricola

R4 – Melhorada a difusao das Ate 2009, elaborado o Relatórios e Brochuras As tecnologias


tecnologias programa e difudido para difundidas sao facilmente
o grupo alvo perceptiveis e cativantes

R5 – Introduzidas tecnologias Ate 2009, mais de 60% Relatórios e verificação As comunidades


apropriadas. das famílias assistidas física adoptam as tecnologias
adoptam tecnologias
apropriadas em todo o
distrito

Administração do Distrito de Gorongosa 118


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

ACTIVIDADES

A1.1 – Minimizar a ocorrência da


erosão
A.1.2 - Reduzir o cultivo em zona
de declive acentuado
A1.3 - Reduzir a incidência de
queimadas descontroladas

A2.1 - Sensibilizar as comunidades


sobre as melhores praticas do
cultivo
A2.2 - Melhorar o sistema do
fabrico e produçao de carvão

A3.1 – Capacitar as comunidades


sobre o uso de melhores
tecnologias
A3.2 - Afectar pessoal técnico
qualificado

A4.1 – Garantir a disponibilidade


de meios de difusão
A4.2 - Instalar rádios comunitários
A4.3 – produzir e difundir
informação sobre melhores praticas
de produção agro-pecuária

A51 – Sensibilização das


comunidades a prática de culturas
resistentes a seca.
A5.2- Construção de sistemas de
irrigação

Administração do Distrito de Gorongosa 119


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.2 Abordagem de formação


MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorado o acesso a educação a Até 2009, melhorada Balanço quinquenal Reduzida a desistência
maior parte da população do escolarização da 2005 - 2009 da rapariga
Distrito população em pelo
menos 70%.
OBJECTIVO IMEDIATO
Assegurado o acesso a educação Ate 2009, assegurado e Relatórios Garantida a inscriçao
nos diferentes níveis integração nos diferentes gratuita
níveis de ensino para
pelo menos 70%, da
população
RESULTADOS
R1 – Reduzida o índice de Ate 2009, reduzido o Relatórios Construídas Infra-
analfabetismo índice de analfabetismo estruturas escolares
em pelo menos 70%.

R2 – Reduzidas as longas Ate 2009, construídos Relatórios Construídas Infra-


distancias a procura de escolas pelo menos 6 escolas em estruturas escolares
todo o distrito

R3 – Apetrechadas as salas de aulas Até 2009, apetrechadas Relatórios Criadas as condições


pelo menos 49 salas de financeiras
aulas em todo o distrito

R4 – Melhoradas as condições de Até 2009, melhoradas as Relatórios Criadas as condições


transporte para assistência as condições de transportes financeiras
escolas

R5 – Reduzido o índice de Até 2009, reduzido o Relatórios Comunidades


contaminação do HIV/Sida índice de contaminação sensibilizadas
de HIV/Sida na
estudantil
ACTIVIDADES
A1.1 – Sensibilização da
comunidade a afluir ao ensino
A1.2 - Criação de Conselhos
comunitarios

A2.1 – Construção de infra-


estruturas escolares

A3.1 – Apetrechamento de salas de


aulas

A4.1 – Aquisição de meios


circoulantes

A5.1 – Realizar palestras sobre


HIV/Sida

Administração do Distrito de Gorongosa 120


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.3 Abordagem de assistência sanitária


MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a cobertura dos Serviços Ate 2009, melhorada a Relatórios Reduzido o numero da
de Saude cobertura dos serviços de população a procura da
saude em pelo menos 60% medicina tradicional
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada abrangência da utilização Ate 2009, aumentada Relatótrios A comunidade usa os
dos serviços de saude abrangência da utilização serviços de saúde
dos serviços de saude em
pelo menos 60%
RESULTADOS
R1 – Reduzido o indice de Ate 2009, pelo menos Relatótrios Construidas e
Contaminação do HIV/Sida 60% da população activa reabilitadas as infra-
passa por GATV estruturas da Saúde

R2- Melhorada a capacidade Tecnica Até 2009, afecto um Incentivadas e


medico, 10 enfermeiros dessiminadas as regras
básicos, 5 de SMI, em básicas de hiegene
todo o distrito

R3 – Melhorada as condições de Até 2009, melhorada as


transporte condições de transportes
para a maior parte das
unidades sanitárias

R4 – Melhorada as condições técnicas Até 2009, melhoarada as


e de comunicações no sector condições técnicas e de
comunicações em pelo
menos 60%

R5 – Construídas infra-estruturas de Até 2009, construidas 20


saúde Infra-estruturas em todo o
distrito
ACTIVIDADES
A1.1 – Sensibilização das
comunidades sobre a prevenção e
combate do HIV/Sida

A2.1 – Contratação do pessoal técnico


qualificado as exigências do sector

A3.1 – Aquisição de meios


circulantes

A4.1 – Aquisição de meios


informaticos

A5.1 – Sensibilizadas da comunidade


sobre o regras basicas de higiene.
A5.2 - Construção e reabilitação das
infra-estruturas de Saúde

Administração do Distrito de Gorongosa 121


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.4 Abordagem de desenvolvimento de infra-estruturas publicas


MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a transitividade das vias de Até 2009, melhorada a Relatórios Criados condiçoes da
acesso transibilidade de vias de Verificação manutenção das vias de
acesso em 40% acesso
OBJECTIVO IMEDIATO
Construídas e reabilitadas vias de Até 2009, construidas e Relatórios Sector das OPH junto a
acesso reabilitadas vias de acesso Verificação comunidade
em pelo menos 40% participando na
construção e reabilitação
as vias de acesso
RESULTADOS
R1. Melhorada a capacidade técnica Até 2009, afecto 3 Relatórios Criadas condições de
tecnicos qualificados as Verificação manutenção das vias de
exigencias do sector acesso.

R2. Estabelecido um parque de Até 2009, adquirido uma Relatórios Sector O.P.H junto as
maquinas para a Melhoria da pá mecânica, e um tractor Verificação comun idades
disponibilidade de equipamento participando na
construção e
Reabilitação das vias de
acesso.
Até 2009, as comunidades
R3. Capacitada a comunidade para a estarão capacitadas para Relatórios Técnicos capacitados
manutenção das vias de acesso manutenção das vias de Verificação em materias de
acesso Até 2009, são construção e
mantidos 15 estradas Reabilitação das v ias de
terciarias pela comunidade acesso

Até 2009, reabilitados 500


Km de estrada em todo o
distrito
R4 – Melhorado o estado das vias de Relatórios Construídas Infra-
acesso durante todo o ano Verificação estruturas Rodoviárias
ACTIVIDADES
R1. Afectação de um Técnico suerior

R2 - Formar o pessoal do Sector

R3. Disponibilizar o equipamento


adequado(Matrerial do Escritorio)

R4. Sensibilizar a cumunidade para a


manutenção das vias de acesso.

R5 – Construção de infra-estruturas
rodoviarias (500 km )

R6 – Aquisição de meios circulantes e


informáticos (uma Viatura e um
Computador Completo)

Administração do Distrito de Gorongosa 122


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.5 Abastecimento de agua


MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorado o acesso ao abastecimento Até 2009 melhorado o Relatório Maior parte da
de água potável abastecimento de água população consome
potável para maior parte da água potável para
população garantir um bom nível
de saúde
OBJECTIVO IMEDIATO
Garantido a disponibilidade de fontes Até 2009, pelo menos Inquérito levantamento Sensibilizadas as
de abastecimento de água potável cerca de 5000 pessoas comunidades para uso
terão acesso a água potável de água potável
RESULTADOS
R1. Melhorada a disponibilidade de Ate 2009, 28 comités de Relatórios e As comunidades
fontes de abastecimento de água água formados e levantamento adoptam e aplicam o
potável capacitados. uso correcto das fontes
de água,

R2. Capacitadas a comunidade para Até 2009, capacitadas as Relatórios e Os técnicos formado
um melhor uso das fontes comunidades no uso das levantamento trabalham em locais
fontes em 1000 indicado e realizam ou
disponibilizados os
R.3. Melhorada a capacidade técnica Até 2009, treinado pelo Relatórios e fundos para construçao
para reparação das fontes de agua menos um técnico em cada levantamento do sistema de
Posto Administrativo abastecimento de agua
em matéria relevantes a
reparação de fontes de
agua no Distrito.
ACTIVIDADES
A1.1. Construir 20 fontes de abstecimento
de agua
A1.2 - Reabilitar as 8 fontes existentes
A2.1 - Capacitar os Comités de Gestão de
água
A2.2 - Adquirir acessórios 28 kits
A3.1. Sensibilizar as comunidades para o
correcto uso das fontes
A3.2 – Criar 28 Comités de gestão de
água
A4.1- Formar o pessoal do sector.
A4.2-Projectar o sistema de
abastecimento de água.
A5.3-Disponibilizar recursos necessários
a instalação do sistema.
A5.4-Construir o sistema de
abastecimento de água na Sede do
Distrito.
A6.1–Melhorar o sistema de saneamento
A6.2 Sensibilizar os agentes economicos
para venda dos acessorios das bombas de
agua.
A6.3 Construção para residencia para
Técnico Superior

Administração do Distrito de Gorongosa 123


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.6 Agro-processamento e Comercialização

MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a rede Industrial de agro- Até ao ano 2009, Infra-estruturas Criadas condições de
processamento melhorada a rede indústrial construidas, utilização de
de agro-processamento em equipamento e equipamentos
20% relatórios. industrial
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada abrangência de utilização Até ao ano 2009, Relatórios As comunidades
de Tecnologias para o agro- aumentada abrangência de utilizam indústria agro-
processamento utilização de tecnologias -processamento.
de agro-processamento em
20%
RESULTADOS
R1. Mobilizadas as empresas para Até 2009, existem pelo Relatórios anuais As comunidades
venda de equipamento de agro- menos dois compram os
processamento. estabelecimento de venda equipamentos agro-
de equipamento agro- processsamento.
processamento no distrito.

R2. Melhorado o uso de equipamento Até 2009, capacitadas 4 As comunidades tem o


de agro-processamento comunidades em técnicas conhecimento sólido
de uso do equipamento sobre o funcionamento
agro-processamento no dos equipamentos
distrito. agro-processamento.
ACTIVIDADES
A1.1 Sensibilizar as empresas
vocacionadas a venda do
equipamento agro-processamento de
produtos

A2.1 Capacitar as comunidades na


utilização dos equipamentos de agro-
processamento.

Administração do Distrito de Gorongosa 124


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a rede comercial no Até 2009, promovidas pelo Relatórios Criadas condições de
Distrito menos 3 feiras comerciais apoio financeiro dos
por ano em todo o distrito comerciantes rurais
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a organização dos Até 2009, licenciados pelo Relatórios Os Comerciantes
comerciantes informais menos 50%, dos possuem licençsa de
comerciantes informais licenciamento
identificados
RESULTADOS
R2. Melhorada as infra-estruturas Até 2009, construídos pelo Relatório anuais Disponibilidade de
menos um mercado em Instituições de crédito
cada posto administrativo

R3 – Legalizado o comercio Rural Até 2009, pelo menos Relatórios Construidas as


50%, dos comerciantes Infrastruturas a
rurais são legalizados, e dequadas
exercem sua actividade em Adesão dos agentes
melhores condições económicos ao
processo de
licenciamento oficial
ACTIVIDADES
A1.1 – Construição e reabilitação das
cantinas

A2.1 – Licenciar e inspeccionar


actividades económicas
A.2.1.1 Promover a extensão de
industria de micro dimensão nas
zonas rurais mais reconditas no
Distrito.

Administração do Distrito de Gorongosa 125


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.7 Prestação de serviços públicos

a) Administração
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a prestação dos Serviços Ate 2009, pelo menos Balanço 2005-2009 Criadas as condiçoes
públicos a maior parte da população 60%, da população do de colectas das receitas
do distrito distrito tem acesso
Serviços públicos de
melhor qualidade
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a capacidade Tecnica e Ate 2009, pelo menos Relatório Criadas as condiçoes
Administrativa de prestação de 60%, dos funcionários de capacitacao
serviços públicos públicos, de todo o distrito
capacitados a fornecer
serviços de acordo com a
exigência do sector.
RESULTADOS
R1 – Melhorada a colecta das receitas Ate 2009, melhorada a Relatório Aumentada a colecta
e prestação de serviços colecta das receitas pelo de receita e melhorada
menos em 60%. a prestação de serviços
aos utentes

R2 – Construidas e apetrechadas as Ate 2009, construídas Balanço quinquenal Melhoradas as


infra-estruturas de nos Postos infra-estruturas condições de habita,cão
Administrativos e localidades funcionamento e e de trabalho dos
residência em todos Postos funcion’arios da
Administrativos e administração
Localidades

R3 – Melhorada as condições de Até 2009, adquiridos Relatório e Melhorada a dinâmica


transporte meios circulantes para os Balanço quinquenal dos Serviços da
Postos administrativos e Administração na
localidades colheita de receitas e
dignificação do papel
da Administração
ACTIVIDADES
A1.1 – Formação do pessoal para a
colecta de receitas e adequação a
prestaçao de Serviços;

A2.1 – Construção e apetrechamento


das infra-estruturas funcionamento e
residência

A3.1 – Aquisição de meios


circulantes

Administração do Distrito de Gorongosa 126


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

b) Registos e Notariado
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a cobertura dos Serviços Ate 2009, melhorados a Relatórios e balanços Admitido o pessoal
dos Registos e Notariados cobertura dos Serviços dos Sinteticos
Registos e Notariados,
através de brigadas moveis
em todo o distrito
OBJECTIVO IMEDIATO
Melhorado o nível de atendimento ao Ate 2009, pelo menos Relatórios Alocados
Publico 65%, da população do equipamentos
distrito tem acesso aos
serviços
RESULTADOS
R1 – Aumentada a capacidade Ate 2009, afectos ao Relatorios Anuais e Construidos Postos dos
Tecnica sector, 2 ajudantes, 1 Balanço Quinquenais Registos e Notariados
administrativo, 4 auxiliares

R2 – Construidas as infra-estruturas Ate 2009, construídos e Relatorios Anuais e Construidos Postos dos
estabelecer postos de Balanço Quinquenais Registos e Notariados
registos em todos os postos
administrativos

R3 – Melhoradas as condições de Até 2009, apetrechados os Relatórios e Alocados os meios de


funcionamento dos serviços serviços com meios Verificação transportes
circulantes (4 motorizadas
e 1 viatura ), materiais

R5 – Apetrechadas as infra-estruturas Até 2009, apetrechadas Relatórios e Criadas as condições


dos serviços infra-estruturas em Verificação de apetrechamento
mobiliários do escritórios

R6 – Cidadãos sensibilizados sobre a Até 2009, cidadãos Relatorios Anuais e Cidadãos aderem ao
necessidade de registo sensibilizados e registados Balanço Quinquenal processo de registo
em pelo menos 65% do
universo da população do
Distrito
ACTIVIDADES
A1.1-Admitir o pessoal Técnico

A1.1- Capacitar o pessoal existente;

A1.1- Sensibilizar as comunidade a


aderir os serviços

A2.1-Construir os Postos de Registos


Civil nos Postos Administrativos de
Nhamadzi e Vundudzi;

A2.2 - Construir uma residencia do


Tipo III para o Conservador na Vila
Sede

Administração do Distrito de Gorongosa 127


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

A.2.3 – Construir 4 residencias do


Tipo III sendo duas para os Chefes
dos Postos de Registo em Nhamadzi
e Vunduzi,e duas para os ajudantes
dos registos dos Postos
Administrativos acima citados.

A3.1 – Afectar 2 motos e uma viatura


para os Aostos Administrativos e
Vila Sede

A4.1 – Adquirir dois computadores


Completos, um Fax e 10 secretarias e
20 cadeiras

A5.1 – Apetrechamento em
mobiliario do escritotrio e
equipamentos.

A6.1 – Realizar campanhas de registo


de nascimento através de brigadas
móveis,

A6.2 - sensibilização e divulgação


das normas vigentes,

A6.3 Fazer o levantamento exaustivo


dos tribunais comunitários e Seitas
religiosas

Administração do Distrito de Gorongosa 128


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

C) Administração da Justiça

MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a Administração da Até 2009 melhorada a Relatórios e Inquéritos Combatido a atropelo
Justiça tramitação e resolução de das normas jurídica
diverso expediente na pelos cidadãos
Administração da Justiça
em 30%
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a abrangência da Até 2009 aumentada Relatórios e Inquéritos A Comunidade usa os
Administração da Justiça a todos abrangência da Serviços da
níveis Administração da Justiça Administração da
aos níveis de posto Justiça
administrativo
RESULTADO
R1 Melhorada a divulgação das Até 2009, melhorada a Incentivado e
normas jurídicas; divulgação jurídica através disseminado as normas
de meios de informação jurídica;
publica a maior parte da
população
R2. Melhorada a capacidade técnica Até 2009, melhorara a Criadas as condições
capacidade técnica de financeiras
acordo com as exigências
do sector
R3 – Construídas e apetrechadas Até 2009, Construídas e Construídas infra-
infra-estruturas apetrechadas infra- estruturas judiciárias.
estruturas em mobiliarios
diversos
ACTIVIDADES
A1.1. Realizar, palestras seminários
de divulgação jurídica
A2.1. Contratação de técnicos
qualificados;
A3.1 Construir um edificio da
Procuradoria na Vila Sede.
A3.2 – Construir uma Tipo III para
Procurador na Vila Sede.
A.3.3 Construir um residencia para o
Escrivão do Tribunal na Vila Sede.
A.3.4 - Construir um residencia para
o Director da Cadeia na Vila Sede.
A.3.5 - Construir um residencia para
o Guardas Prisionais na Vila Sede.
A.3.6 – Reabilitar a Cadeia Central
na Vila Sede.
A.3.7 - Construir um Centro Prisional
na Vila Sede.
A.4.1 - Aquisição de um Computador

A.4.2 - Aquisição de equipamento de


Segurança
A.4.3 - Aquisição de um Viatura

Administração do Distrito de Gorongosa 129


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

d) Ordem e segurança publica

MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorado o nível de qualidade da Até 2009, melhorada a Balanço quinquenal Alocação de meios de
ordem e segurança publica cobertura dos serviços (2005 à 2009) serviço
policiais a maior parte do
distrito
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentado dos efectivos para Até 2009, estabelecidas Relatórios anuais de Formação contínua do
prestação de melhores serviços unidades policiais com monitoria e avaliação pessoal
efectivos de boa
capacidade técnica, para a
melhoria da segurança e
ordem publica em todos
postos administrativos
RESULTADOS
R1. Reduzido o índice de Até 2009 reduzido o indice Relatórios Construídos Postos
criminalidade da criminalidade em 75% policiais nos Posto
Administrativos.
R2. Garantida a tranquilidade Até 2009 garantida a Relatório
pública; tranquilidade pública em
75%

R3. construidas as infra-estruturas Até 2009, construidas Relatório Criadas as condições


Infra-estruturas em todos de apedrachamento
postos administrativos

R4 – Apetrechadas as infra-estruturas Até 2009, apetrechadas Relatório


todas Infra-estruturas com
equipamento adequado

R5 – Melhoradas as condições de Até 2009, aloucados meios Relatório


transportes e comunicação circulante e de
comunicação a todas
unidades policiais

R6 – Reduzido o indice de Até 2009, reduzido o Relatório


contaminação do HIV/Sida no seio da indice de contaminação do
corporação H.IV/SIDA no seio da
corporação
ACTIVIDADES
R1. Sensibilização da comunidade
para Criação de conselhos
comunitários

R2. - Construção do Comando da


Policia com celas

R3 – Construir Postos policiais em


Nhamadzi e Vundudzi.

R4 - Construir um residencia para o


Chefe da P.I.C na Vila Sede.

Administração do Distrito de Gorongosa 130


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

R5 - Construir um residencia para o


Chefe das Operações na Vila Sede.

R6 - Construir duas residencias para


os Chefes dos postos Policiais dos em
Nhamadzi e Vunduzi.

R7 – Aquisição de uma Viatura e


equipamentos de comunicação.

R.8 – Aquisição de duas motos para


os Chefes dos Postos Policiais

R10 – Montar duas rádios de


Comunicação em Vundudzi e
Nhamadzi.

R11 – Apetrechamento em mobiliario


de Escritorio

R12 – Sensibilização dos agentes da


PRM no Combate ao HIV/Sida

e) Serviços de identificação civil

MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorados os serviços da Até 2009, reduzido o Relatórios Criada as condições da
Identificação Civil período de tramitação da redução do tempo de
Identificação Civil em pelo espera Bis.
menos 25%
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a eficiência da emissão Até 2009 aumentada da Relatórios A Provincia emite os
dos bilhete de identidade no distrito eficiência da emissao dos B.Is.
B.Is a nível local
RESULTADOS
R1. Melhorada a capacidade tecnica Ate 2009, afecto pessoal Relatórios Construídas as infra-
técnico qualificado de estruturas da SIC
acordo com as exigências A Comunidade usam
do sector SIC
ACTIVIDADES
A1.1. - Sensibilização da população.
A1.1 - Realização de campanhas de
emissão de Bis.
A1.2 - Construir um edificio para
serviços de identificação Cívil.
A.1.3 - Construir uma Residencias
para os Chefes dos Serviços.

Administração do Distrito de Gorongosa 131


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

e) Acção social

MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a assistência a população Até 2009 cerca de 30% da Relatório balanço Garantida a alocação
vulnerável população vulnerável quinquenal do Governo de meios de compensão
identificada no distrito é e assistência
assistida alimentar

OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada o acesso aos meios de Até 2009 pelo menos 30% Inquérito, balanço das As comunidades sem
compensação e assistência alimentar dos identificados actividades portecção social
beneficiam de meios de
compensação e assistência
alimentar em
RESULTADOS
R1 – População assistida Até 2009, criado pelo Relatório, inquéritos Formados de activistas
organizados em grupos para melhor menos um grupo por anuais, avaliação e comunitárias e Comités
assistência; localidade congregando os monitoria comunitários
assistidos

R2 – Melhorada a prestação dos Até 2009, pelo menos 30% Formados técnicos do
serviços ao grupo alvo do grupo alvo é assistido Sector
em todo o distrito

R4 – Aumentados meios de Até 2009, Aumentado em Adquiridos meios de


compensação pelo menos 30% o numero compensação
de beneficiários de meios
de compensação

R5 – Melhorado o atendimento aos Até 2009, Construído um Construídas as Infra-


idosos e crianças órfãs centro dia de acolhimento estruturas
aos idosos e um orfanato
para crianças sem famílias
substitutas

ACTIVIDADES
A1.1 – Realização de seminários de
sensibilização de activistas e Comités
comunitários
A1.2 Realizar o levantamento
número real da população vulnerável
A2.1 – Adquirir meios de
Compensação
A3.1 – Construir um edificio para
funcionamento na Sede do Distrito.
A4.1 – Construir uma residencia para
o Director na Sede do Distrito
A.4.2 - Construir um alpendre para
idosos.
A.5.1 – Apoio as camadas
vulneraveis na geração de
rendimentos

Administração do Distrito de Gorongosa 132


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

f) Juventude e desporto

MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorado o enquadramento da Até 2009, pelo menos Relatórios Criadas as condições
juventude 40%, da juventude do de incrição social dos
distrito esta organizada em jovens
associações
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a sensibilização dos Até 2009, promovidos pelo Relatórios Jovens organizados em
jovens para ocupação dos tempos menos dois festivais por associações
lívres ano para ocupação dos
tempos livres dos jovens
no distrito
RESULTADO
R1 – Melhorado a qualidade das Até 2009, melhorado a Relatórios Construídas Infra-
infra-estrururas desportivas e qualidade das estruturas
recreativas Infrastruturas do campo
desportivo

R2 – Aumentada a formação Até 2009, pelo menos 40% Relatórios Jovens aderem as
vocacional dos jovens. de jovens do distrito formação
recebem uma formação
vocacional por ano

R3 – Aumentadas as Associações Até 2009,aumentadas as Relatório Criadas as Associações


jovenis Associações jovenis em jovenis
pelomenos 40%

R4 – Reduzido o indice de Até 2009, realizados Relatório Jovens sensibilizados


contaminação de HIV/Sida nos encontros e difundida
jovens informação sobre
HIV/SIDA a pelo menos
40% jovens identificados

R5 – Promovidas actividades Até 2009, promovido por Relatório Jovens praticam


desportivas no distrito ano pelo menos um Desporto
campeonato distrital
ACTIVIDADES
A1.1 – Construir um idificio para o
funcionamento da Direção joventude e
desporto na sede o Distrito
A2.1 – Construir uma residencia para o
Director na Sede do Distrito
A.2.2 - Reabilitar o Clube e vedar o
Campo de Futebol na Sede do Distrito.
A.2.3 - Promoção de cursos para os
Jovens.
A3.1 – Promoção e criação de
associações jovenis
A4.1 – Realizar encontros e palestras
sobre o HIV/Sida
A5.1 – Promover competições
desportivas
A5.2 – Promoção de campos de Férias

Administração do Distrito de Gorongosa 133


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

h) Cultura

MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a promoção Cultural Até 2009, identificado e Relatórios Criada as condições da
protegido a maior parte do valorização da cultura
acervo cultural do distrito local
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a disseminação das Até 2009, melhorada a Relatórios da valiação As comunidades
práticas, costumes e lugares de dissiminação das prática e monitoria praticam cultura local.
interesse histórico no distrito costumes e locais
históricos locais através de
eventos culturais.
RESULTADOS
R1 – Melhorada a disponibilidade de Até 2009, melhorada a Relatórios
material sobre a cultura local disponibilidade de material
sobre a cultura local
através de uma publicação

R2 – Melhorada a sensibilização nas Até 2009, Melhorada a Relatórios


comunidades sensibilização nas
comunidades, pelo menos
45%

R3. Valorizado e promovido os locais Até 2009, Valorizado e Relatórios


históricos e a cultura local. promovido os locais
históricos
ACTIVIDADES
A1 – Produção de material;

A2 – Realização de palestras de
sensibilização com a comunidade;

A3 – Divulgação em seminários com


os líderes comunitários;

A4 – Construir um Museu e uma


Bibioteca na Sede do Distrito.

A5 – Promover intercâmbios
culturais.

A6 – Levantamento e divulgação dos


locais históricos

Administração do Distrito de Gorongosa 134


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.8 Parque Nacional da Gorongosa


MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVOS
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a gestão florestal e Até 2009, melhorada a Balanço quinquenal
faunistica do Parque gestão florestal e faunística
na maior parte do parque
OBJECTIVO IMEDIATO
Melhorada a protecção das diferentes Até 2009, mais de 60% das Balanço quinquenal
espécies de animais e floresta espécies animais e flora
reposto e regenera no
parque
RESULTADOS
R1 – Protegida a fauna e flora do Até 2009, reduz em mais Relatórios e Balanço
Parque; de 60%, o abate
idiscrinado de animais e
plantas dentro do parque

R2 – Melhoradas as infra-estruturas Até 2009, reabilitadas e Relatórios e Balanço


de funcionamento e acomodação de construidas novas infra-
turísticas estruturas turisticas

R3 – Elaborado o plano de maneio do Até 2009, elaborado o Relatórios e Balanço


Parque e da Zona Tampão plano de maneio do Parque
da Zona Tampão
ACTIVIDADES
A11 – Repor a população animal e
especies florestais Perdidas
A1.2- Proteger as espécies animais e
florestais raras em via de extinção
A1.3- Combater a caça e o abate
descriminado de árvores na Zona Tampão
A2.1 – Reabilitar e Construir infra-
estruturas turisticas no interior do Parque;
A31 – Assegurar o envolvimento
comunitário no maneio dos recursos da
zona Tampão
A3.2- Envolver as comunidades locais na
demarcação dos limites do Parque;
A3.3- Promover o estudo pormenorizado
nos aspectos ecólogicos dentro do Parque;
A3.4- Criar condições básicas para a
investigação e estabelecer contactos com
Instituições Internacionais;
A3.5- Identificar necessidades prioritárias
de investigação e fortalecer capacidade
cientifica do P.N.G.
A3.6- Desenvolver Instituições de
congestão das comunidades de Chionde e
Casa Banana.

Administração do Distrito de Gorongosa 135


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.11.9 Protecção do meio ambiente


MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVOS
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a protecção dos recursos Até 2009, mais de 60%, Relatórios e verificação As comunidades
naturais dos recursos naturais são tomam medidas de
explorados eficientemente gestão
(terra, agua e floresta)

OBJECTIVO IMEDIATO
A exploração de recursos Ate 2009, aumenta em Relatorios. Populações adoptam
naturais(terra, agua e floresta) em cerca de 35% as áreas com medidas de
lugares sensíveis é limitada para vegetação preservada em conservação.
melhor protecção todo o distrito
especialmente na serra de
Gorongosa
RESULTADOS
R1 – melhoradas as tecnicas de Ate 2009 melhoradas as Relatórios As comunidades
combate a erosão. técnicas de combate a adoptam medidas
erosão. adequadas

R2 - Reduzida a incidência da caça Ate 2009, reduzida a Relatórios


furtiva. incidência de caça furtiva
em pelo menos 20%

R3 - Reduzida a incidência de Ate 2009 reduzida a Relatórios


queimadas descontroladas incidência de queimadas
descontroladas em pelo
menos 40%
ACTIVIDADES
A1.1- Sensibilização das
comunidades.

A1.2- Implementar programas de


combate a errosão (agricultura de
conservação, vety-vegrace e muralhas
de pedra)

A2.1- Assegurar a abrangência da


fiscalização nas áreas reservadas

A2.2- Sensibilização das


comunidades da zona tampão

A3.1 - Sensibilização das


comunidades sobre queimadas
descontroladas

A3.2- Promover programas de


reflorestamento

Administração do Distrito de Gorongosa 136


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

10.12 Matriz sintetizada do Distrito

MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorado o desenvolvimento sócio- Até 2009, maior parte da Balanço quinquenal Aloucados Recursos
económico e cultural do Distrito população do distrito tem Humanos, materiais e
acesso aos serviços financeiros
públicos de melhor
qualidade no Distrito
OBJECTIVOS IMEDIATOS
Melhorada a produtividade agrícola Até 2009, melhorado o Relatórios e Os camponeses
nível de produtividade levantamentos aplicam tecnologia
agro-pecuária em pelo adequada de produção
menos 40% agrícola
Melhorado o acesso a educação a Até 2009, melhorada Balanço quinquenal Reduzida a desistência
maior parte da população do Distrito escolarização da população 2005 - 2009 da rapariga
em pelo menos 70%.
Melhorada a cobertura dos Serviços Ate 2009, melhorada a Relatórios Reduzido o numero da
de Saúde cobertura dos serviços de população a procura da
saúde em pelo menos 60%. medicina tradicional
Melhorada a transitividade das vias Até 2009, melhorada a Relatórios Criados condições da
de acesso transitividade de vias de Verificação manutenção das vias de
acesso em 40% acesso
Melhorado o acesso ao abastecimento Até 2009 melhorado o Relatório Maior parte da
de água potável abastecimento de água população consome
potável para maior parte da água potável para
população garantir um bom nível
de saúde
Melhorada a rede Industrial de agro- Até ao ano 2009, Infra-estruturas Criadas condições de
processamento melhorada a rede industrial construídas, utilização de
de agro-processamento em equipamento e equipamentos
20% relatórios. industrial
Melhorada a rede comercial no Até 2009, promovidas pelo Relatórios Criadas condições de
Distrito menos 3 feiras comerciais apoio financeiro dos
por ano em todo o distrito comerciantes rurais
Melhorada a prestação dos Serviços Ate 2009, pelo menos Balanço 2005-2009 Criadas as condições
públicos a maior parte da população 60%, da população do de colectas das receitas
do distrito distrito tem acesso
Serviços públicos de
melhor qualidade
Melhorada a cobertura dos Serviços Ate 2009, melhorados a Relatórios e balanços Admitido o pessoal
dos Registos e Notariados cobertura dos Serviços dos Sintéticos
Registos e Notariados,
através de brigadas moveis
em todo o distrito
Melhorada a Administração da Até 2009 melhorada a Relatórios e Inquéritos Combatido a atropelo
Justiça tramitação e resolução de das normas jurídica
diverso expediente na pelos cidadãos
Administração da Justiça
em 30%
Melhorado o nível de qualidade da Até 2009, melhorada a Balanço Alocação de meios de
ordem e segurança publica cobertura dos serviços quinquenal(2005 à serviço
policiais a maior parte do 2009)
distrito

Administração do Distrito de Gorongosa 137


Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito

Melhorados os serviços da Até 2009, reduzido o Relatórios Criada as condições da


Identificação Civil período de tramitação da redução do tempo de
Identificação Civil em pelo espera Bis.
menos 25%
Melhorada a assistência a população Até 2009 cerca de 30% da Relatório balanço Garantida a alocação
vulnerável população vulnerável quinquenal do Governo de meios de
identificada no distrito é compensação e
assistida assistência
alimentar
Melhorado o enquadramento da Até 2009, pelo menos Relatórios Criadas as condições
juventude 40%, da juventude do de inscrição social dos
distrito esta organizada em jovens
associações
Melhorada a promoção Cultural Até 2009, identificado e Relatórios Criada as condições da
protegido a maior parte do valorização da cultura
acervo cultural do distrito local
Melhorada a gestão florestal e Até 2009, melhorada a Balanço quinquenal
faunistica do Parque gestão florestal e faunística
na maior parte do parque
Melhorada a protecção dos recursos Até 2009, mais de 60%, Relatórios e verificação As comunidades
naturais dos recursos naturais são tomam medidas de
explorados eficientemente gestão
(terra, agua e floresta)

Administração do Distrito de Gorongosa 138


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

PLANO DE ACÇÃO

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Melhorado o nível de Até 2009, melhorado Instalar uma rádio Sede do Distrito
desenvolvimento o conhecimento de comunitaria
económico da população do técnicas adequadas
Distrito de produção agro-
pecuária para pelo
menos 40% dos Afectar pessoal Todas Localidades
camponese tecnico qualificado
as exigencias do
sector
Até 2009, melhorada Promover 64 Todo o Distrito 500.000 Proagri x x x x x x x
a rede de agro- pequenas unidades
processamento em de agro-
pelo menos 20% no processamento
Distrito Promover a expansão Postos
da rede comercial e Administrativos
industrial
Até 2009, Realizar pelo menos Postos
assegurado melhores 9 feiras comerciais Administrativos
transações por ano
comerciais no Licenciar e Todo o Distrito
Distrito inspecionar as
actividades
económicas
Estabelecer 3 Nhauranga ,
maquinetas para a Murrombozi,
secagem da fruta Nhaucembe
Promover a expansão Postos
da rede comercial e Administrativos
industrial

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Melhorada a exploração Até 2009, melhorada Criar e fortalecer os Zona tampão


racional dos recursos a gestão florestal e comités de gestão da
naturais no distrito faunistica na zona zona tampão
Tampão e no interior Demarcar os limites PNG
do PNG do parque
Realizar um estudo PNG
permenorizado dos
aspectos ecológico
Reabilitar o edificio PNG X
da Administração do
parque
Reabilitar a PNG X
residência do
Administrador do
Parque
Limpeza e PNG X
manutenção de
100km de picada
internas
Sinalizar as picadas e PNG X
outros locais de
interesses turisticos
Cobertura de 10 PNG X
casas de tecto de
colmo
Reabilitar o PNG X
armazém
Elaborar brochuras PNG X
de informações
Estabelecer PNG X
directrizes e normas
para orientação
dentro do parque
Canalizar as Zona Tampão X
opurtunidades de co-
gestão
Desenvolver e Casa banana, X
inplementar Chionde,
instutuições de Nhamchururu e
congestão Botho

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Desenvolver Zona Tampão X


Projectos
comunitários
Identificar as PNG X
principais especies
de grandes
mamiferos que estão
em falta
Reintroduzir PNG X
populações viavéis
das especies criticas
ou chaves
Identificar os Em redor e dentro X
inpactos provavéis do PNG
do uso da terra e
desenvolvimento
industrial sobre a
qualidade da água
Estudar a ecologia PNG X
das queimadas
Identificar as PNG X
necessidades
prioritarias de
investigação e
fortalecer a
capacidade cientifica
Criar parceria com X
outras instutuições
nacionais,
internacionais
incluindo a troca de
experiência e
formação de pessoal
Publicar os X
resultados da
investigação
Identificar os nivéis X
de uso sustentavél
para os recursos
chaves
Realizar inventário PNG X
dos recursos

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Definir crutérios para X


identificação de
recursos chaves
Definir e introduzir PNG X
regras e
procedimentos para
uso sustentavel
(extração máxima
permitida, taxa
máxima de visitantes,
número máximo de
infraestruturas etc)
Construção do PNG X
santuário
Introdução no PNG X
sántuario das
seguintes
especies:boi –
cavalo, zebra, pala-
pala, godongas,
elandes, rinocerontes
e outras espécies
Construção da sede PNG X
do parque
Construção da PNG X
residência dos
funcionários
Construção do PNG X
LODGE para turismo
de alto volume e
baixo rendimento

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Melhorada a exploração Até 2009, melhorada Implementar Todo o distrito 100.000 OGE x x x x x x
racional dos recursos a protecção dos programas de
naturais no Distrito recursos naturais em combate a erosão
pelo menos 60% no envolvendo 100
Distrito camponeses
Realizar 85 palestras Todo o Distrito 250.00 OGE x x x x x x
de sensibilização
para minizar o
cultivo nas zonas de
declive acentuado
Realizar 85 acções de -Zona tampão 250.000 OGE x x x x x
sensibilização para -Serra de
minizar a ocorrência Gorongosa
de queimadas
descontroladas
Fomentar tecnologias Todo Distrito 100.000 OGE x x x x x x
de conservação de
solos e a prática de
consorciação de
cereais e
leguminosas em 200
CDRs
Treinar camponeses Todo o distrito 80.000 OGE x x x x x x
em Micro-finanças
conservação pós-
colheita agro-
processamento e
agricultura virada
para a
comercialização
Instalar postos de Todas Localidades 250.000 OGE x x x
fiscalização em
lugares sensíveis ( 6
Postos)
Promover o Todo o Distrito 70.000 OGE X x x x x
reflorestamento com
espécies exóticas
espécies nativas

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Até 2009, melhorada Montar 5000 CDRs Todo o distrito 210.000 PROAGRI X x x x x x
a produtividade agro- de Milho e mapira
pecúaria em pelo Realizar 600 visitas Todo o distrito 81.000 PROAGRI x x x x x
menos 40% de Supervisão das
actividades de
Extensão Rural
Realizar 100 visitas Todo o Distrito 400.000 PROAGRI x x x x x x x
de trocas de
experiência de entre
camponeses ( SAC;
Uso de Pesticidas
botânicos e químicos
; Piscicultura ;
Apicultura e Farmer
Field School
Promover o uso de 600.000 PROAGRI x x x x x x
herbicidas e
fertilizantes em 500
CDRs de 1000 m2
Promover a produção 100.000 PROAGRI x x x x x x
e multiplicação local
de sementes
melhoradas de milho
e mapira envolvendo
produtores
Promover a 100.000 PROAGRI x x x x x
multiplicação a rama
de batata-doce de
polpa alaranjada ,
envolvendo 3
associações
Promover o uso 500 Todo Distrito 2.000.000 PROAGRI x x x
bombas á pedal e
respectiva tubagem.
E reabilitação de 150
ha do regadio de
Nhabirira

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Fomentar o cultivo Todo Distrito 75.000 PROAGRI x x x x x x x


de hortícolas no seio
da s comunidades em
12 .000 famílias
Fomentar o oleo Todo o distrito 1.000.000 PROAGRI x x x x x x x
alimentar e ração
para aves através do
cultivo de
oleaginosas . E uso
de 200 prensas de
oleo.

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Incentivar a Todo Distrito 750.000 PROAGRI x x x x x x x


construção de 500
celeiros melhorados
no seio dos
camponeses
Garantir a assistência Todo Distrito 400.000 PROAGRI x x x x x x x
a 20 associações
camponesas
Difundir tecnologia Todo Distrito 80.000 OGE x x x x x x
de hortas caseiras no
âmbito de HIV-SIDA
envolvendo 180
grupos de
camponeses
Equipar a rede de DDA 2.970.000 PROAGRI x x x x x x
extensão rural com
material diverso : 10
motos, 30 bicicletas ,
1 viatura, 2 Bússolas,
17 kits para
extensionista , 1000
metros de corda, 20
balanças , 20
termómetros , 50
pluviométros , 50
fitas metricas
Preparação de papas Todo distrito 500.000 PROAGRI x x x x x x
para crianças Sub-
Nutridas em 14 000
familias abrangidas
Realizar 4 DDA 160.000 PROAGRI x x x
treinamentos Em:
Pesticidas Botânicos
e Quimicos-42
pessoas
Micro-finanças-42
pessoas
Hortas Caseiras-
HIV-Sida-42
pessoas
Crianças Sub-
Nutridas-42 pessoas

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Fomentar a produção 100.000 x x x x x x


de culturas de
rendimento em
13.000 familias
(Alho , Batata Reno,
Girassol, Gergelim,
Feijão Manteiga ,
Algodão, Tabaco,
Soja e Piri-Piri)

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Fomentar o cultivo Todo Distrito 450.000 PROAGRI x x x x x


de 30.000 mudas de x
fruteiras
Realizar a inspecção Todo Distrito 50.000 PROAGRI x x x x x
de gafanhoto
vermelho e do
Prostephanus
Trucantos
Promover entre Todo Distrito 50.000 PROAGRI x x x
privados (
vendedores de
insumos / sementes )
produtores locais de
sementes ( milho e
mapira )
Formação de 42 60.000 PROAGRI x x
pessoas em matéria
de monitoria e
avaliação das
campanhas agrícolas
( Medição de
Rendimento e da
precipitação )
Incrementar o Todo Distrito 3.425.000 PROAGRI x x x x
programa de fomento
pecuário em : 5000
caprinos, 249
bovinos,2500
galinhas do mato e
1000 perús
Realizar campanhas Todo Distrito 150.000 PROAGRI x x x x x
de vacinação contra a
New castle em 10000
familias
Incrementar a 10.000 PROAGRI x x x
construção de
instalações
melhoradas : Para 83
currais para bovinos,
500 capoeiras , 500
currais para suinos e
83 corredores para
tratamento
Realizar 5 dias de Todo Distrito 500.000 PROAGRI x x x x x x
campo

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Realizar campanhas Todo Distrito 2.010.000 PROAGRI x x x x x x


de vacinações
obrigatórias em 600
bovinos , contra C.
Hematico e
Sintomático , 5000
caninos c. Raiva e
100.000 galinhas
contar new-castle
Fomentar 400 Todo Distrito 300.000 PROAGRI x x x x
tanques Piscícolas
Realizar 60 Palestras Todo distrito 120.000
para a divulgação do
regulamento da
sanidade animal
Realizar 5 Todo distrito 50.000 PROAGRI X x x x x x
arrolamentos do
efectivo pecuário
Realizar 10 Todo distrito 40.000 PROAGRI x x x x x x
prospecções de
doenças nos
efectivos pecuários
Apoiar os Todo Distrito 250.000 PROAGRI x x x x
camponeses locais
em transporte na
compra de efectivos
pecuários fora e
dentro do distrito
(15 oprações)
Formção em tracção Todo Distrito
animal/50
camponeses
Realizar a reciclagem DDA 100.000 PROAGRI X X X X X
de 10 promotores
pecuários
comunitários
Realizar palestras de DDA 50.000 PROAGRI X X X X X
divulgação da lei de
floresta e fauna
bravia e seu
regulamento
Incrementar a TODO 1.000.000. PROAGRI X X X X
actividade apícola DISTRITO
em 2000 apicultores
com 100 colmeias
melhoradas

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Sinalização de locais Todo Distrito 40.000 PROGRI X


de ocorrência de
conflito Homem -
animal
Envolver 2 privados Distrito 10.000 PROAGRI X X X
no fomento
daactividade apícola
( entrega de insumos
e garantia de compra
de mel e cêra)
Apoiar a construção Sede do distrito 500.000 PROAGRI X
da casa do apicultor
de Gorongosa
Realizar o Sede do distrito 1000.000 PROAGRI X
Treinamento em
matéria de apicultura
( 2000 apicultores)
Fiscalizar terras Todo Distrito 1000 PROAGRI X X X X X
autorizadas para fins
agro-pecuários
Disseminar a lei de Todo Distrito 100.000 PROAGRI X X X X
terras no seio das
comunidades
Realizar encontros DDA 25.000 PROAGRI X X X X
anuais de avaliação
de níveis de DUAT
Participar na DDA 60.000 X X X X
formação de
inquiridores de
SIMAP, 2 técnicos
Participar na DDA 25.000 X X X X X
formação de
inquiridores de
SIMAP, 2 técnicos
Recolher e divulgar Todo Distrito X X X X
preços do mercado 500.000
agrícolas a nível do
Distrito e provincia

Capacitação em DDA 70.000 X X


matéria de
Computador ( SIG,
PTAO, PROAGRI
FINANCIAL

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Realizar 600 DDA 81.000 X X X


supervisões as
actividades das
componentes
zer 600 visitas de Todo Distrito
acompanhamento as
actividades
realizadas pela DDA
pelos Técnicos
Superiores
Garantir a construção Todo Distrito 1.000.000 X X X X
de um escritório para
a DDA
Garantir a DDA 480.000 X X
electrificação de 12
casas dos
extensionistas
Garantir a DDA 480.000 X X
electrificação de 12
casas dos
extensionistas
Garantir a DDA 480.000 X X
electrificação de 12
casas dos
extensionistas

Garantir a DDA 480.000 X X


electrificação de 12
casas dos
extensionistas
Mobilar 20 casas de
extensionistas
Mobilar o escritório DDA 1.000.000 X X X X
da DDA
Garantir a compra de DDA 50.000 X
máquina de filmar
Garantir a compra de DDA 45.000 X
uma fotocopiadora
Garantir a compra de DDDA 10.000 X X
10 calculadoras
científicas

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Garantir a compra de DDA 80.000 X X X


projector ( para
apresentações em
Power Point)
Acompanhar os DDA 20.000 X
camponeses na
identificação para a
compra de
moageioras e viaturas
Apoiar os DDA 50.000 X X X
camponeses na
abertura de 450
poços
Construir 6 casas DDA 2.000.000 x x x x
para extencionistas
Sensibilizar os DDA 80.580 x x x x
camponeses na
Compra de material
de escritório diverso
( M.Calculadora,
separadores,caixas de
disquetes e
agrafadores

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorado Construir 10 Ep1 1º de Maio , 500.000 17.000.000 OGE X X x x x x
serviços sociais básicos a o acesso a (37 salas de aulas ) Tsiquir , Mbulaua,
maior parte de população escolarização para a Mucodza,
do Distrito maior parte da Chitunga, Piro,
população do Nhambita ,
Distrito em pelo Nhataca ,
menos 70% Nhambondo e
Cudzo
Nhamissongora
Aldeia
Construir 22 1º de Maio , 1.206.500 24.130.000 OGE x X x x x x x
residências para Tsiquir , Mbulaua,
professores Mucodza,
Chitunga, Piro,
Nhambita ,
Nhataca ,
Nhambondo e
Cudzo
Nhamissongra-
Aldeia
Construir 1ESG1 Sede , 3 Fevereiro 500.000 + 3.000.000+ OGE x X x x
(10 salas de aulas e 6 1.206.500 7.239.000
residencias para
professores )
Reabilitar 4 salas de Nhamissongora 300.000 1.200.000 OGE x x
aulas e um bloco aldeia
administrativodo
Ep1
Construir 1 ESG2 (8 Sede 500.000 4.000.000 OGE x x x x
salas de aulas
Criar e reavitalizar Todo distrito ------ ------- x x x x x
62 conselhos das
escolas
Combater as Todo o distrito OGE x x x x
desistências dos
alunos em particular
a rapariga

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Apoiar os conselhos Todo O Distrito OGE x x x x x x


das escolas na
elaboração e
implementação de
estratégias visando
maior participação
dos alunos
Equipar a DDEC DDEC 70.000 OGE x x
com meios materiais
de funcionamento
Apetrechar 34 salas DDEC 2.600.000 91.120.000 OGE x x x x x
de aulas com 850
carteiras , 34 cadeiras
e 34 mesas para
professores
Adquirir meios de DDEC 1.127.000 OGE x x x
transporte , 1 carro e
7 motos
inscrever candidatos DPEC/DDEC OGE x x x x x x
ao curso de formação
em exercício de nível
básico e médio -IAP
Conceder bolsas de DDEC 25.000 200.000 OGE x x x x x x
estudos aos
funcionários de
diferentes níveis

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorada Realizar 50 palestras P.A-sede 1.500 45.000 OGE x x x x x x
serviços sociais básicos a a cobertura dos de ssensibilização Vunduzi
maior parte de população serviços de saúde no sobre regras basicas Nhamadze
do Distrito Distrito em pelo de higiene
menos 60% Adquirir meios de P.Ad-Sede 700.000 1.325.000 OGE x x
transporte Nhamadzi 125.000
5-motos e 1 Vunduzi
(uma)Viatura
Adquirir meios DDS 50.000 OGE x x
materiais
1-computador
Afectar 10 tecnicos P.Ad-Sede x x x x
qualificados as Nhamadzi
exigencias do sector Vunduzi
Reabilitar o pequeno Sede do Distrito 200.000 OGE x x
sistema de
abastecimento de
agua do HR
Construir um centro Canda 1.500.000 OGE x x
de saude
Ampliar 2 centros de CS-Sede 900.000 1.800.000 OGE x x x
saude CS-Domba
Reabilitar de 3 CS-Cudzo 700.000 2.100.000 OGE x x x x
centros de Saude CS-Vunduzi
CS-Pungue
Construir 5 2- Sede da vila 1.200 6.000.000 OGE x x x x
residência para 1-Púngue
enfermeiros 1-Canda
1-Domba
Instalar 10 paineis Todos centros de
solar saúde
Construir 10 bombas Todos centros de 250.000 2.500.000 OGE x x x x x
de agua saude
Realizar 50 palestras Todo o Distrito 1.500 45.000 OGE x x x x x x
de ssensibilização
sobre HIV/SIDA

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorada Formar 15 fiscais de Sede do Distrito 300.000 OGE x x x
serviços sociais básicos a a prestação de cobrança de inpostos
maior parte de população serviços públicos Costruir 2 edifícios Púngue 1.000.000 2.000.000 OGE x x x x
do Distrito básicos de qualidade de funcionamento Cudzo
para a maior parte da das sedes de
população Localidade
Construir 3 Púngue 1.200.000 3.600.000 OGE x x x x
residências de Chefes Casa Banana
de Localidade Cudzo
Adquirir meios de Sede da vila 2.500.000 OGE x x x x x
transporte Cudzo, Casa-
2-viaturas Banana
5-motos
50-bicicletas
Reabilitar da Sede do Distrito 600.000 600.000 OGE x x
residência oficial do
Administrador
Construir edificio da Casa Banana 1.000.000 1.000.000 OGE x x
Localidade
Adquirir um tractor Sede do Distrito 1.000.000 1.000.000 OGE x x
Adquirir meios Todo o Distrito 341.000 OGE x x
materiais de apoio a
trabalho dos lideres
comunitários
Vedar cemitério Sede do Distrito 150.000 PPFD x x
Construir do Nhamadze 250.000 250.000
mercado
Construir mercado Vunduzi 250.000 250.000 PPFD x x
Construir um Sede do Distrito 50.000 50.000 PPFD x x
alpendre na terminal
de transporte público
Construir um Sede do Distrito 75.000 75.000 PPFD x x
sanitario publico na
terminal de
transporte
Ampliar o edifício da Sede do Distrito
Administração do
Distrito
Construir 3 Sede do Distrito 1.800.00 5.400.000 OGE x x
residencias (Secretario
permanente,
Tecnico de
construção e
Representante dos
Recursos minerais)

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Apetrechar a
administração e as
residência (Secretario
permanente, Tecnico
de construção e
Representante dos
Recursos minerais)
Operacionalizar o
plano de urbanização
já elaborado

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Até 2009, melhorada Afectar pessoal Sede do Distrito - - - - - - - - x


a cobertura dos tecnico qualificado Vundudzi
serviços de Registo e as exigencias do Nhamadzi
Notariados para a sector
maior parte do 2-ajudantes
Distrito 1-administrativo
4-auxiliares
Realizar 2 Sede do Distrito 20.000 40.000 OGE x x x
capacitações do
pessoal em serviço
Realizar 20 palestras Todo o Distrito 1.000 20.000 OGE x x x x x x
nas comunidades
sobre a importancias
dos serviços de
Registo e Notariados
Construir 2 postos de Nhamadzi 1.800.000 3.600.000 OGE x x x
registo civil Vundudzi
Construir 5 1-Vundudzi 1.200.000 6.000.000 OGE x x x
residencias para os 1-Nhamadzi
tecnicos do sector 3-Sede do Distrito
Adquirir meios de Sede do Distrito 250.000 900.000 OGE x x x
transporte Vundudzi 700.000
2-motos Nhamadzi
1-viatura
Adquirir meios Sede do Distrito 900.000 OGE x X
materias e Vundudzi
equipamento Nhamadzi
2-computadores
1-fax
10-secretárias
Realizar 5 Todo o Distrito 50.000 250.000 OGE x x x x x x
campanhas em
brigadas móveis de
registo de
nascimento
Implantar 15 Sede do Distrito 500.000 7.500.000 OGE x x
tribunais Vundudzi
comunitários Nhamadzi
Fazer um Sede do Distrito 10.000 OGE x x
levantamento Vundudzi
exaustivo das seitas Nhamadzi
religiosas
Concluir a Sede do Distrito 800.000 800.000 OGE x x
construção do
edificio da
Conservatöria

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorada Realizar 20 palestras Todo Distrito 1.500 30.000 OGE x x x x X
serviços sociais básicos a a atramitação e de divulgação das
maior parte de população resolução de diversos normas jurídicas
do Distrito expedientes na Contratar 6 tecnicos Sede do Distrito X
administração da qualificados as
Justiça no Distrito exigencias do sector
Construir 1 edificio Sede do Distrito 1500.000 OGE x x x
de funcionamento da
procuradoria
Construir 5 Sede do Distrito 1.200.000 6.000.000 OGE x x x x
residencia para
(Director da Cadeis,
Procurador, Escrivão
e guardas prisionais)
Reabilitar a cadeia do Sede do Distrito 2.000.000 OGE x x x
distrito
Construir um centro Cudzo 3.500.000 OGE x x x
prisional
Adquirir meios Sede do Distrito 150.000 OGE x x x
materiais e
equipamento
3-computador
Adquirir meios de Sede do Distrito 700.000 OGE x x
transporte
1-viatura

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorada Criar 8 conselhos de Tsiquir - - x x x


serviços sociais básicos a a cobertura dos policiamento Boto
maior parte de população serviços de comunitários Nhandemba
do Distrito segurança publica a Casa Banana
maior parte do Muera
distrito Donba
Púngue
Juchedje
Construir 1 edificio Sede do distrito 2.000.000 OGE x x
de funcionamento do
comando distrital
com selas
Construir 4 2-Sede Distrito 1.200.000 4.800.000 OGE x x x x x
residencias para os 1-Nhamadzi
funcionarios do 1-Vundudzi
sector
Construir 2 postos 1-Nhamadzi 1.200.000 2.400.000 OGE x x x
policiais 1-Vundudzi
Instalar 2 rádios de 1-Nhamadzi
comunicação 1-Vundudzi
Adquirir meios de 1-Nhamadzi 125.000 950.000 OGE x x x x
transporte 1-Vundudzi 700.000
2-motos Sede Distrito
1-viatura

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Assegurado o acesso aos Até 2009, reduzido o Realizar 20 palestras Todo Distrito 10.000 200.000 OGE x x x x x
serviços sociais básicos a período de sobre a importancia
maior parte de população tramitação de do bilhete de
do Distrito expediente de identidade
identificação civil Realizar 5 Todo Distrito 150.000 750.000 OGE x x x x x x
em pelo menos 25% campanhas de
emissão de BI
Apetrechar dos dois x x
edificios da Dic
Construir edificio de Sede do Distrito 1.200.000 OGE x x x
funcionamento dos
serviços de
identificação civil
Construir 1 Sede do Distrito 1.200.000 OGE x x x
residencia para
funcinario

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Assegurado o acesso aos Até 2009, cresce Capacitar 15 Todo o Distrito 6.000 6.000 OGE x x
serviços sociais básicos a para cerca de 30% o activistas
maior parte de população numero de pessoas Realizar uma Todo o Distrito - 50.000 OGE- - - - - - x x x x x
do Distrito assistidas dentre a campanha de
população vulneravel levantamento da
identificada população vulnerável
Adquirir e distribuir Todo o Distrito 6.000 180.000 OGE x x x x x
meios de
compessação
30-cadeiras de rodas
60- muletas
Construir 1 edificio Sede do Distrito 1.800.000 1.800.000 OGE x x
de funcionamento do
sector
Construir 1 edificio Sede do Distrito 1.200.000 1.200.000 OGE x x
de residencia do
funcionario
Construir 2 centro Sede do Distrito 250.000 500.000 OGE x x
dia de acolhimento C.Banana
de idosos
Criar 2 Circlos de Sede do Distrito 1.200.000 2.400.000 OGE x x x
interesse C.Banana
Identificar acções de Vila sede 25.500 OGE x x x x x
geração de Vunduzi
rendimento para pelo Nhamadzi
menos 85 pessoas
vulneraveis
Construir um centro Sede do Distrito 1.793.750 1.793750 OGE x x
de acolhimento para
crianças orfãs
Realizar cinco Sede do Distrito 20.000 100.000 x x x x x
encontros de Nhamadze
promoção da Vunduzi
participação da
mulher no
desenvolvimento
económico e social
Equipar o sector com Sede do Distrito 450.000 x x x x x
material para o
funcionamento

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorado Construir 1 edificio Sede do Distrito 1.800.000 1.800.000 OGE x x
serviços sociais básicos a em pelo nenos 40% de funcionamento do
maior parte de população o enquadramento sector
do Distrito juvenil no distrito Construir residencia Sede do Distrito 1.200.000 1.200.000 OGE x x
para o Director
Construir um clube Sede do Distrito 5.000.000 OGE x x
de desportos
Vedar o campo de Sede do Distrito 500.000 500.000 OGE x x
futebol
Facilitar a criação de Todo o Distrito _ _ _ _ x
6 associações juvenis
Realizar 20 acções de Sede do Distrito 500.000 10.000 OGE x x x x x
sensibilização sobre
HIV/SIDA
Adquirr uma moto 125.000 OGE X
Realizar 4
tornerneiros de
futebol infantil
Promover 15 cursos Todo o Distrito 183.675 2.938.000 OGE x x x x x
de formação dos
graduados
Adquirir de 6 redes P.Ad. Sede 2.600 15.600 OGE x x x
para balizas Nhamadzi
Vunduzi
Promover 4 campos Sede do Distrito 50.000 200.000 OGE x x x x x
de ferias

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Melhorado o acesso `as Até 2009, melhorada Afectar um técnico Administração X


infra-estruturas públicas a transitabilidade das qualificado as
básicas para a maior parte vias de acesso no exigências do sector
da população do Distrito Distrito em pelo Adquirir uma pá Administração 1.500.000 OGE x x
menos 40% mecânica
Reabilitar de duas Sede do Distrito 500.000 PPFD x x
pontes roviárias Nhamadzi
Adquirir um tractor Administração 1.800.000 OGE x x x x x
com os respectivos
implemento
Realizar acções de Todo Distrito x x x x
manutenção de 500
km de estrada
Reabilitar 500km de Todo Distrito 12.000 5.158.000 OGE x x x x x
estradas terceárias
Até 2009, melhorado Construir 40 furos de Sede 180.000 7.200.000 OGE x x x x x
o abastecimento de agua Vunduzi
agua para a maior Nhamadzi
parte da população Reabilitar 8 furos de Sede 90.000 720.000 OGE x x x x x
do Distrito agua Vunduzi
Nhamadzi
Capacitar 20 comités Sede - - x x x x
de gestão de fontes Vunduzi
de abastecimento de Nhamadzi
agua
Adquirir 28 Kits de Sede 1.500 42.000 x x x x x
manutenção de Vunduzi
fontes de agua Nhamadzi
Realizar 20 acções de Sede - - - - x x
sensibilização sobre Vunduzi
o corecto uso das Nhamadzi
fontes de agua
criar 28 comités de Sede - - - - x x
gestão de fontes de Vunduzi
agua Nhamadzi
Abertura de 9 furos Sede do Distrito 1.620.000 PPFD x x
de agua Vunduzi
Nhamadzi
Construir uma latrina Nhamadzi 75.000 PPFD x x
dupla
Construir um Sede da Vila 3.000.0000 OGE x x x
pequeno sistema de
abastecimento de
agua
Construir um sistema Sede da Vila 1.000.000 OGE x x x x
de drenagem

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5

Melhorado o nível de Até 2009, reduzido o Massificar a Todo o Distrito USID TCE X X X X X
conhecimento dos efeitos impacto do nível de distribuição gratuita ASA
da pandemia do HIV/SIDA sero prevalência do do preservativo em
Hiv/sida no distrito locais públicos
Sensibilizar as Centros de saude USID TCE X X X X X
mulheres gravidas na ASA
prevenção da
transmissão vertical
Realizar acções de Todo Distrito USID TCE X X X X X
sensibilização da ASA RITA
população
Sensibilização de Sede -vila USID TCE X X X X X
camionistas ASA RITA
Formar clubes de Todo o Distrito USID TCE X X X X X
difusão de ASA
mensagens positivas
sobre o Hiv/sida nas
escolas
Criar comités difusão Todo o Distrito USID TCE X X X X X
de mensagens ASA
positivas sobre o
Hiv/sida nos bairros
Identificar e registar Todo o Distrito RITA X X X X X
crianças orfãs,
vulneraveis e doentes
Sensibilizar a Todo o Distrito USID RITA X X X X X
população para ASA TCE
realizar a testagem
voluntária
Identificar e registar Todo o Distrito RITA X X X X X
raparigas orfans que
estudam na 1ª a 7ª
classe
Apoiar em material Todo o Distrito RITA X X X X X
escolar e alimentos
Melhorada a qualidade de Até 2009, melhorada Criar centros Todo o Distrito USID TCE X X X X X
vida e de saude das pessoas a condição nutricionais ASA
infectadas pelo Hiv/sida nutricional dos Capacitar sero Todo o Distrito USID TCE X X X X X
seropositivos e positivos na ASA
mulheres gravidas Implementação de
acções de geração de
redimento

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

Carteira de projectos priorizados

N. Descrição do projecto Custo estimado Possivel fonte de Localização Observações/potenciais


(contos) financiamento beneficiarios
01 Construir 66 casas para funcionários 80.000.000 OGE Postos Administrativos Funcionáarios
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
02 Construir 15 edifícios para funcionamento 30.000.000 OGE Postos Administrativos Instituições do Estado
das instituições de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
03 Instalar 64 unidades de agro-processamento 500.000 OGE Postos Administrativos Associaçoes
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
04 Adquirir 500 bombas pedestrais 2.000.000 PROAGRI Postos Administrativos Produtores agricola
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
05 Reabilitar sistema de irrigação de Nhabirira Nhabirira Associação de camponeses
06 Instalar 6 postos de fiscalizaçãao 3.000.000 Postos Administrativos Fiscais
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
07 Comprar 200 prenças de oleo 1.000.000 Postos Administrativos Produtores de oleo
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
08 Construir 500 celeiros 750.000 PROAGRI Postos Administrativos Camponeses
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
09 Fazer o fomento de 5.000 caprinos, 249 3.425.000 PROAGRI Postos Administrativos Associações camponesas
bovinos, 2.500 galinhas do mato e 100 perus de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
10 Construir 83 curais p/bovinos 500 p/caprinos 100.000 PROAGRI Postos Administrativos Associações camponesas
500 p/suinos ; 83 corredores p/tractamento, de Sede, Nhamadzi e
400 tanques piscicolas e 100 colmeias Vunduzi
11 Construir 10 EP1 17.000.000 OGE Postos Administrativos População escolar
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
12 Construir 1 ESG1 ciclo 3.000.000 OGE Sede do Distrito População escolar

Administração do Distrito de Gorongosa


Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

N. Descrição do projecto Custo estimado Possivel fonte de Localização Observações/potenciais


(contos) financiamento beneficiarios
13 Construir 1 ESG2 ciclo 3.000.000 OGE Sede do Distrito População escolar
14 Reabilitar 4 salas de aulas 1.200.000 Sede do Distrito População escolar
15 Criar e revitalizar 62 conselhos de escolas Todo Distrito Comunidades
16 Apetrechar 34 salas de aulas com 850 91.120.000 OGE Todo Distrito População escolar
carteiras, 34 cadeiras e 34 mesas
17 Reabilitar o sistema de abastecimento de Sede do Distrito Residentes da vila
agua
18 Construir 1 centro de saude 1.500.000 OGE Canda Comunidade local
19 Reabilitar 3 centros de saude 2.100.000 OGE Cudzo, Vunduzi e Comunidade local
Pungue
20 Ampliar 2 centros de saude 1.800.000 OGE Sede e Domba Comunidade local
21 Instalar 10 paines solares nos centros saude Todos centros de saude Serviços de saude
22 Comprar um tractor com respectivos 1.800.000 OGE Comunidade do Distrito
incrimetos
23 Fazer manutenção de 500 km de estradas Postos Administrativos Comunidades locais
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
24 Comprar uma pá mecanica 1.500.000 OGE Comunidade do Distrito
25 Reabilitar 500 km de estradas 5.158.000 OGE Postos Administrativos Comunidade do Distrito
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
26 Construir 34 furos de agua OGE e PPFD Postos Administrativos Comunidades rurais
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
27 Reabilitar 8 furos de agua OGE e PPFD Postos Administrativos Comunidades rurais
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
28 Reabilitar 6 poços de agua OGE e PPFD Postos Administrativos Comunidades rurais
de Sede, Nhamadzi e
Vunduzi
29 Reabilitar 2 pontes 500.000 PPFD Matucudur e Nhabirira Automobilistas
30 Construir 2 mercados 500.000 OGE e PPFD Cavalo e Canda Vendedores
31 Construir 1 pavilhão desportivo 5.000.000 OGE Sede Jovens
32 Construir 1 centro de acolhimento de 1.793750 OGE Sede Orfans desamparados

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Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

N. Descrição do projecto Custo estimado Possivel fonte de Localização Observações/potenciais


(contos) financiamento beneficiarios
crianças orfãs
33 Construir 2 centros de acolhimentos de 500.000 OGE Casa Banana e Sede Idosos
idosos
34 Adquirir 30 cadeiras de rodas e 60 muletas OGE Deficientes
35 Criar dois circulo de interesse OGE Casa Banana e Sede Mulheres

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