Província de Sofala
Distrito de Gorongosa
Elaborado pela
Fevereiro de 2006
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito
ÍNDICE
PREFÁCIO 4
GLOSSÁRIO 5
INTRODUÇÃO 6
Antecedentes 6
O PROCESSO DE PLANIFIÇÃO 7
METODOLOGIA ADOPTADA 9
Processo de auscultação 9
2. POPULAÇÃO 31
3 DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO 36
3.1 Agricultura 36
3.2 Pecuária 41
3.4 Indústria 49
3.5 Comércio 53
3.6 Turismo 56
3.8 Associativismo 60
4 INFRA-ESTRUTURAS 61
5 SERVIÇOS SOCIAIS 73
5.1 EDUCAÇÃO 73
6 MEIO AMBIENTE 95
7 ÁREAS PROTEGIDAS. 96
Introdução 112
PREFÁCIO
O presente documento, é o plano estratégico de desenvolvimento do Distrito de Gorongosa, que constitui um instrumento
orintador das principais acções a serem executadas, no Distrito por todos actores de desenvolvimento, nos proximos cinco
anos.
Foi elaborado com base nas principais orintações emanadas pelo Ministério do Plano e Finanças e pelo Ministério de
Administração Estatal, com o apoio da equipa técnica provincial e assisténcia técnica do PRODER, de acordo com o programa
do Governono âmbito do progrma de redução da pobreza absuluta (PARPA).
É um instrumento público, do e para o Distrito, que apresenta uma visão, para o desenvolvimento integral do Distrito com a
finalidade de dar solução aos problemas locais a curto e médio prazo.
- O processo de planificação
- Diagnóstico;
- Estratégia de desenvolvimento;
- Plano de acção;
Processo de planificação
Descreve resumidamente os principais passos que foram dados para a elaboração do presente documento.
Diagnóstico
Contém características gerais, situação sócio económica, principais problemas e potencialidades do Distrito.
Plano de Acção
É a síntese das principais actividades a serem desenvolvidas para o alcance dos resultados pretendidos, para o desenvolvimento
do Distrito.
Este documento, é resultado de contribuições de diversos actores que comungam os mesmos objectivos que são a melhoria das
condições sócio económicas das populações do Distrito.
Os nossos agradecimentos são extensivos a todos os membros das instituições de participação e consulta comunitária do
Distrito, pela dedicação, contribuições, criticas e todo o apoio prestado a equipa técnica de planificação Distritaln nos diversos
encontros havidos, também, vai para a EPAP e a GTZ/PRODER-Sofala, que contribuiram imenso para a materialização deste
documento.
O Administrador
_____________________________________
João Oliveira
(Técnico Prof. Adm. Pública)
GLOSSÁRIO
INTRODUÇÃO
O presente Plano Distrital de Desenvolvimento é um instrumento que visa orientar o Distrito nas várias
componentes sócio-económicas.
O mesma assegura o uso racional dos recursos naturais localmente disponíveis e promove o
desenvolvimento equilibrado em prol da redução dos índices da pobreza absoluta no Distrito.
Ele resulta de um processo participativo que assenta na análise das potencialidades e constrangimentos,
na identificação dos objectivos preconizados a serem atingidos numa determinada área geográfica e
sectores de actividades sócio-económica com base na realidade do terreno e nas capacidades de
implementação existente ao nível do Distrito.
Antecedentes
Outrora, os Planos de Desenvolvimento do Distrito eram elaborados sem ter em conta a consulta as
comunidades, o que significa que eram elaborados Centralmente.
De referir que estes Planos não correspondiam muitas vezes com as principais necessidades das
comunidades.
As razões que levaram a elaboração do plano estratégico deve-se ao interesse do envolvimento das
comunidades na definição dos seus reais problemas, preocupações, necessidades e potencialidades para
que possam ser realizadas actividades de impacto para o desenvolvimento sustentável das suas regiões.
Para tal o Governo Distrital teve iniciativa de elaborar o presente plano através de consulta participativa
nas comunidades.
O PROCESSO DE PLANIFIÇÃO
O Distrito de Gorongosa, iniciou o processo de planificação no ano de 1999, nessa altura a equipa técnica
de planificação era composta basicamente por membros do governo e o nível de participação era limitado,
o que dificultava a recolha de informação ensencial para a elaboração e o erequecimento do plano,
perante estas dificuldades, foi elaborado o plano com uma limitada abrangência de informação.
Em 2003, com a entrada de novas oriêntações e procedimento de planificação distrital, foi constituida a
actual equipa de planificação, composta por oito técnicos, representado diversas instutuições, dirigida
pelo Administrador do Distrito.
O resultado obtido com o processo, é fruto de um trabalho profundo de levantamento das principais
procupações das comunidades, suas potencialidades, definição de estratégias e acções para a melhoria do
seu nível de vida.
Este processo, foi possível com o uso do Guião introduzido em 2003, que estabelece a constituição e
funcionamento das IPPCC’s.
O Distrito de Gorongosa têm constituido, 12 fóruns locais, 3 CCPA’s e um CCD constituido por 50
membros representando diversas sensibilidades da população do Distrito, assim como ilustrado no mapa a
baixo.
C.C.Distrital
50 pessoas
Convidados Permanentes
19 pessoas
19 p.
10 p. 11 p. 10 p.
C.C.P.A Gor.Sede C.C.P.A Nhamadzi C.C.P.A Vunduzi
38 pessoas 40 pessoas 40 pessoas
7 p. 7 p. 8 p. 8 p. 11 p. 8 p. 14 p. 7 p. 14 p. 5 p. 6 p. 1 p.
FL Tambarara
FL Juchengue
FL C. Banana
FL Mucodza
FL Pungue
FL Domba
FL Tsiquir
25 pessoas
52 pessoas
52 pessoas
40 pessoas
47 pessoas
30 pessoas
39 pessoas
36 pessoas
41 pessoas
41 pessoas
22 pessoas
41 pessoas
FL Mangú
FL Cavalo
FL Cudzo
FL Canda
FL Piro
FL de Domba
FL de Piro
FL de Mangu FL de Juchengue
FL de Mucodza
FL de Tambarara
FL de Cudzo FL de Tsiquir
PNGorongosa
METODOLOGIA ADOPTADA
A planificação participativa foi o princípio adoptado para este processo, que considera de extrema
importancia o envolvimento e as contribuições de todos actores de desenvolvimento do Distrito.
Este processo de planificação participativa, preconiza a realização de consultas e retorno das informações
as comunidades e outras instituições existentes no Distrito, com vista a recolha dos dados para o
enriquecimento do processo sobretudo nos problemas e potencialidades, que submete-se ao debate,
avaliação e deliberação, resultando na definição das estratégias e acções a realizar.
As observações e constatações estão harmonizadas de modo a estarem de acordo com politica Nacional
de combate a pobreza e o programa do Governo.
Processo de auscultação
O processo de consulta pública as comunidades, foi realizado em todas as Localidades e Povoados o que
possibilitou uma maior participação dos cidadãos na elaboração deste plano.
Está previsto no processo da elaboraçãao do plano Distrital que para cada etapa realizada esta passe por
um debate, avaliação e deliberação, pelo Conselho Consultivo e pelo Governo Distrital, visando legitimar
e concordar com a abragência do processo.
Deste modo, foram realizadas quatro sessões com o objectivo de apreciar, debater e deliberar sobre os
conteúdos dos documentos submetidos.
O distrito de Gorongosa, localiza-se no extremo Oeste da província de Sofala, entre os paralelos 18° 45’ e
19° 15’ Sul e entre os meridianos 33° 30’ e 34° 45’ Este. A sede deste distrito fica a cerca de 200
Kilómetros da cidade da Beira. O distrito faz limites, ao Norte com o distrito de Maríngue, ao Sul com o
de Nhamatanda, ao Este com os de Cheringoma e Muanza e ao Oeste com a província de Manica, através
dos distritos de Macossa e Gondola (ver Mapa 1).
A superfície do distrito é de 7.659 Km². Tendo em conta o número da população do distrito segundo as
projecções do Censo de 1997 (92.555 habitantes), pode-se concluir que Gorongosa possui uma densidade
Populacional de 12 habitantes por Km².
A cidade da Beira, como o principal centro político e administrativo da Província, desempenha uma
importante influência no desenvolvimento do distrito, pois é onde são tomadas as decisões jurídico-
administrativas da província e é também por onde se canalizam os investimentos nacionais para o distrito.
O distrito de Nhamatanda, é o distrito que fica mais próximo do de Gorongosa, e por sinal, com algumas
infra-estruturas de nível relativamente mais avançado, como é o caso do Hospital Rural e a linha féria.
O distrito de Maringuè, para além de fazer o limite geográfico com o de Gorongosa, tem fortes relações
de trocas comerciais mútuas, e, nesse sentido, Gorongosa tem servido de paragem obrigatória, para os
comerciantes ambulantes de Maringuè, quando se deslocam à cidade da Beira, uma vez que, o eixo
rodoviário (EN 215), imperiosamente usado para o efeito, atravessa o distrito de Gorongosa.
A província de Manica, faz limite geográfico com a de Sofala, através do distrito de Gorongosa, entre
outros. A sua vizinhança, mas sobretudo, a sua elevada capacidade de produção agrícola, mantém laços
de estreita ligação, não só com Gorongosa, mas com a maior parte da província de Sofala, no que
concerne ao abastecimento de cereais , fruta e animais de pequena espécie.
Distrito de Gorongosa
O Posto Administrativo Sede localiza-se ao Sul do distrito e é constituído pelas localidades Sede e
Púnguè, fazendo limites geográficos com os distritos de Cheringoma, Muanza e Nhamatanda. Tem uma
superfície de 3.247,4 Km² o que representa 42.4 % do território do distrito.
O Posto Administrativo de Nhamadzi localiza-se ao Noroeste do distrito, tem uma superfície de 2.447,8
Km², portanto 31.96 % do território do distrito e é constituído pelas localidades Canda e Cudzo.
O Posto Administrativo de Vunduzi localiza-se a Nordeste do distrito, é constituído por duas localidade:
localidade sede de Vunduzi ( Cavalo) e Casa Banana e tem uma superfície de 1.963,8 Km² ou seja 25.64
% do território do distrito.
Tambarare
Canda
Nhanguo
Sadjungira
Sacudzi
Chicale
Jutchenge
Os regulados estão subdivididos em povoações e estes por sua vez em pequenos territórios velados pelos
Fumos os quais formam um sistema de liderança tradicional da população.
1.4.1 Clima
O clima que predomina no distrito, é o clima tropical seco, modificado pela altitude na parte Oeste do
distrito e tropical húmido em toda a região oriental.
A pluviosidade é caracterizada por intensas chuvas no período de Novembro a Abril de cada ano.
A precipitação media anual varia entre 900 a 2.000 mm anuais. Os ventos mais frequentes são os de sul-
noroeste e leste-oeste.
O relevo do Distrito de Gorongosa caracteriza-se por quatro principais acidentes geográficos, como a
seguir se descrevem:
Serra de Gorongosa;
Planalto de Gorongosa-Báruè;
A Grande Fenda (Rift Valley);
Planalto de Cheringoma.
a) Serra de Gorongosa
A Serra de Gorongosa estende-se pela região central da província, á 21 km ao Oeste do Lago Urema.
Tem a forma oval, com um comprimento de 30 km desde o Norte até ao Sul e a largura de 20 km. O
ponto mais alto da Serra tem a altitude de 1.863 m. A referida montanha fica também nas terras do
interior, a 160 km do litoral e a fenda do Rift Valley no mesmo extremo, fica a 120 km da costa. Inclui
afloramentos graníticos, floresta tropical e clareiras no alto. A serra de Gorongosa é composta de rochas
eruptivas da família de garbos cujo feldspato dominante é plagióclase básica, sienitos e granitos e também
rochas metamórficas da série metasedimentar.
A área a volta da Serra da Gorongosa é predominada por rochas vulcânicas inselburgs de várias
proporções, que constituem o suporte de florestas nas suas bases. O Planalto de Gorongosa é constituído
predominantemente pelas rochas sedimentares de grés e conglomerados
O fundo do grande vale rift é formado por florestas nas suas zonas arenosas, savanas e pastagens nas
zonas argilosas e Lago Urema que é habitat de muitas espécies de animas selvagens. Na região formada
pela Grande Fenda, notam-se rochas sedimentares de carácter superior constituído pelas dunas, calcário
lacustre, aluvião, coluvião, eluvião arenoso e argilo-arenoso. No lado Norte dessa região, há rochas
eruptivas representadas por chaminés vulcânicas de traquito e fonolito
d) Planalto de Cheringoma
O Planalto de Cheringoma forma o extremo leste da fenda, contendo muitos fósseis nas suas ravinas
fundas e extensas com margens penhascosas. Constitui o suporte de bosques de savana e húmidas
florestas.
1.4.3 Solos
Do ponto de vista de aptidão agrícola, os solos que cobrem o território de Gorongosa, foram
subdivididos em três classes:
São cerca de 626.521,99 hectares de terra, dos quais 13.377,17 hectares com aptidão moderada e
613.144,83 hectares com aptidão marginal.
a) Aptidão excelente
São cerca de 88.173,17 ha de terras que se localizam principalmente no extremo Este, portanto no Posto
Administrativo Sede, mais concretamente no limite do distrito com com os distritos de Cheringoma e
Muanza. A maior parte desse tipo de solos está no interior do Parque Nacional de Gorongosa.
b) Aptidão boa
São cerca de 264.182,39 ha de terra que na sua maioria se localizam no Posto Administrativo Sede mais
concretamente na região do PNG e uma pequena porção que se pode encontrar no Posto Administrativo
de Vunduzi, na região de Casa Banana, Madibe, Nhamissongora, Tsiquir e a região ao redor da Serra de
Gorongosa atingindo assim um pouco pelos três Postos Administrativos. A região de Nhambira até ao
limite do distrito com o de Macossa, também possui solos de boa aptidão.
c) Aptidão moderada
São cerca de 131.355,05 ha de terra . Podem ser localizados nas regiões de Botho, Bela Vista,
Nhandemba, Mucodza e Nhampassa, todos no Posto Administrtivo sede. No Posto Administrativo de
Vunduzi, solos com aptidão moderada podem ser localizados nas regiões de Nhanchururu, Nhangeia,
Tazaronda, Chionde e a região norte do distrito que faz limite com o distrito de Maríngue. No extremo
Nordeste do distrito, portanto dentro do Posto Administrativo de Nhamadzi, podem ser encontrados mas
em pequenas porções, solos com aptidão moderada.
d) Aptidão marginal
São cerca de 142.811,38 ha de terra. Localizam-se tanto no Posto Administrativo Sede como no de
Nhamadzi, mais concretamente no extremo Sul e Sudoeste do distrito que faz limite com o distrito de
Nhamatanda em Sofala e Gondola em Manica.
São cerca de 52.178,02 ha de terra não apropriadas para a produção agrícoca. Essa extensão de terra
representa 7,7% do território do distrito. Localizam-se sobretudo na Serra de Gorongosa e ainda em
Bunga e Piro, no Posto Administrativo de Vunduzi.
1.4.4
Distrito de Gorongosa
Hidrografia
Todos os rios que nascem ou atravessam o território de Gorongosa, são cursos de água doce que correm
no sentido oeste - Eeste, no Distrito destacam-se os seguintes rios:
Rio Púngue
No extremo Sul do distrito, esse rio estabelece o limite natural entre Gorongosa e Gondola em Manica e
ainda entre Gorongosa e Nhamatanda, ambos em Sofala, acabando por desagoar na Baía de Sofala.
Constitui ao mesmo tempo, um dos limites naturais do Parque Nacional de Gorongosa. O seu caudal está
dependente da época do ano(seca ou chuvosa), e e de regime permanente
Rio Vunduzi
Nasce na Serra de Gorongosa e desagua no rio Urema, no extremo Este do território de Gorongosa, e de
regime periódico.
Rio Vanduzi
Parte da Província de Manica, faz o limite natural entre Gorongosa (no Posto Administrativo de
Nhamadzi) e Macossa em Manica e desagua no Rio Púngue, no Sul de Gorongosa, o rio e de regime
permanente.
Rio Nhandue
Serve de uma parte do limite natural entre Gorongosa e Macossa em Manica e depois atravessa os Postos
Administrativos Nhamadzi e de Vunduzi até desaguar no Rio Urema, dentro do Parque Nacional de
Gorongosa, e de regime permanente.
Rio Urema
Faz o limite natural do extremo este do distrito com os distritos de Muanza e Cheringoma e serve em
simultâneo de limite leste do Parque Nacional de Gorongosa, e de regime permanente.
Lago Urema
É o maior e o principal lago que existe no distrito. Localiza-se na região de Chitengo, próximo do Rio
Urema, ainda dentro do Parque Nacional de Gorongosa. É alimentado pelos rios Vunduzi, Urema,
Mucodza, Mepuaze, Sungue, entre outros. A importância deste lago para o Parque é grande. Importa aqui
recordar que parte da vida animal e vegetal do Parque está intimamente dependente da água disponível
nesse lago.
1.4.5
Hidro - Geologia
A geologia da Província de Sofala está caracterizada pelos Complexos de base na sua parte ocidental e a
bacia sedimentar de Moçambique a Norte do Save para a parte oriental, aquela inclui várias formações.
Complexo de base
Graben de Chire-Urema
a) Complexo de Base
A parte ocidental do Distrito de Gorongosa é caracterizada pelo complexo de base e compreende áreas
montanhosas, alti-planaltos e planaltos médios. Nos planaltos as rochas podem estar profundamente
meteorizadas, desenvolvendo-se então espessos mantas de alteração se o material solto não foi removido,
por processo de erosão. O complexo é formado predominantemente, por rochas granito-graino-
migmaticas, alternando-se com metassedimentos e charnoquistos.
A precipitação é alta nas áreas montanhosas e média nos planaltos. A recarga dos aquíferos é por isso
razoável apesar das condições do solo e do terreno não serem muito favoráveis. Em geral as formações
aquíferas do complexo de base são pouco produtivas, descontinuas e de extensão limitada. As suas
produtividade dependem, principalmente da espessura e da textura do material que constitui o manto de
alteração meteórica. Os aquíferos resultantes são predominantemente lineares e mais ou menos limitados.
A parte oriental do Distrito está atravessada pelo afundamento do Chire-Urema (orientado segundo N-S).
A precipitação é de mais ou menos 900 mm/ano e as condições de recarga são boas.
O afundamento dos vales do Chire-Urema tem uma enchimento aluvionar de mais de 40 m de espessura,
próximo de Inhaminga e de mais de 80m, próximo da embocada do rio Pungué. O ocidente, os aluviões
essencialmente argilosos e impermeáveis contêm água salubre e repousam directamente sobre os grés da
formação de Sena, caracterizados pela sua baixa produtividade.
O Distrito de Gorongosa é um dos distritos da província com maior potencial em espécies vegetais e
condições para o “habitat” animal. Este é até, um dos motivos mais fortes que ditou a localização do
maior parque do país e continua a fazer do território do distrito, um lugar de acentuada exploração
madereira.
As principais espécies de flora que abundam no território são as que a seguir se mencionam com as
respectivas localizações :
- Em cima da Serra de Gorongosa abundam ervas tropicais e nas encostas, a floresta de moimbo
com altura não superior a 30 metros e com característica verde durante todo o ano.
- No Parque Nacional de Gorongosa abunda a floresta aberta com árvores altas e despersas e capim
com altura média. Esta é a espécie de flora que ocupa a maior parte do distrito.
A fauna bravia compreende os animais de pequeno e grande porte que embora em pequena quantidade,
ainda povoam o Parque Nacional e outras regiões do distrito. São eles, os elefantes, hipopótamos,
impalas, macacos, rinocerontes-preto, crocodilos, leões, cobras, pivas entre outras aves de rapina.
A população animal actual no Parque e no distrito, não é conhecida com precisão, apesar de um
inventário faunístico e florestal realizado baseado na contagem de animais e espécies florestais ter
acontecido e estar na fase de sistematização dos resultados para a sua publicação oficial.
O território do distrito de Gorongosa tem uma área de aproximadamente 7.659 km2. Uma parte desse
território, com incidência para as regiões do sul, sudeste e ainda o extremo nordeste é morfologicamente
plano, com níveis freáticos mais altos que noutras regiões, e ainda com ocorrência de mais cursos de água
tais como braços dos rios que desaguam a jusante e lagos.
A parte Norte do distrito, a zona noroeste e ainda o extremo sudoeste é morfologicamente acidentado
tendo o seu pico na Serra de Gorongosa, com mais de 1.863m de altitude. O uso do solo foi nesse sentido
condicionado à morfologia do terreno.
O território está ocupado tanto com machambas, na sua maioria do sector familiar, florestas,
assentamentos humanos e outras formas de uso e aproveitamento do solo que para o presente diagnóstico,
são de menor relevância.
a) Zonas cultivadas
São áreas de terra cultivadas em sequeiro, na sua maioria pelo sector familiar. São ao todo, 18.434
hectares aproveitadas com diferentes intensidade de cultivo tais como:
São 678 hectares cultivadas com baixa intensidade de cultivo e em sequeiro. Localizam-se principalmente
na parte Sul do distrito e ainda um pouco na parte Este diante da Serra de Gorongosa e próximo das
localidades de Murombozi, Tazaronda e ainda na Sede do Posto Administrativo de Vunduzi. Uma outra
porção de terra cultivada com a mesma intensidade, encontra-se próxima da localidade de
Nhamissongora, em ambas as margens da EN 1.
Ocupa uma extensão de 11.748 hectares. Localiza-se principalmente na região próxima da Sede do Posto
Administrativo de Canda/Nhamadzi, mais concretamente nas localidades de Canda e e Murobodzi.
Também podem ser localizadas em Nhamissongora, Tsiquir, Tazaronda, Nhangeia, Nhanchururu e Piro.
São pequenas extensões de terra cuja localização incide sobretudo para as regiões de Nhampassa e
Mucodza( nas duas margens da Estrada n° 215 ). Fazem ao todo, 1.178 hectares de área.
São 4.830 hectares de terra que incidem com maior evidência para a região da Sede do Posto
Administrativo Sede, mais concretamente em Madibe, Tsiquir e ainda com menos extensão em
Nhamadzi.
Ocupam 388.374 hectares de terreno ou seja 57,22% do território do distrito. Localizam-se em quase todo
o distrito, mas sobretudo no limite do distrito de Gorongosa com o de Macossa na província de Manica e
ainda próximo da Serra de Gorongosa.
b) Zonas Florestais
Referem-se a áreas de terreno com solos cobertos pela copa da árvores e outras formas de vegetação.
Nesse caso, existem no distrito, 3 tipos de florestas que ao todo cobrem uma área de 154.866 ha, a saber:
I) Floresta aberta
É a floresta dominada com cobertura vegetal rasteira e árvores altas e dispersas. Ocupa uma extensão de
cerca de 136.955 hectares e abunda no Sul do distrito, mais concretamente nas margens do rio Púngùe e
Vunduzi.
É a formação florestal com cobertura vegetal densa. Ocupa 5.421 hectares e pode ser encontrada em
pequenas porções no limite entre o Posto Administrativo de Vunduzi e o distrito de Maríngue, em
Nhamadzi, próximo do Nhambana e ainda em Chitengo, dentro do Parque Nacional de Gorongosa.
Formação Florestal de cobertura vegetal verde durante todo o ano. Ocupa uma extensão de superfície de
12.492 hectares e encontra-se exclusivamente na Serra de Gorongosa.
Generalidades
Durante o tempo que antecedeu a entrada em vigor da actual Lei de Terras, o uso e aproveitamento de
terras nas comunidades locais do interior da Província de Sofala, era gerido por normas costumeiras. As
terras do interior (meio rural) pertenciam a um Clã ou Família alargada, a qual era chefiada por um
Ancião ou legitimo herdeiro, que ao mesmo tempo, tinha responsabilidades na distribuição, gestão e
resolução de conflitos de terras entre os membros do Clã. Dentro de cada Clã, tinha direito de posse de
uso e aproveitamento de terras, apenas os Homens.
Todos aqueles que eram estranhos ao Clã, podiam obter terras dentro dos latifúndios do Clã mediante
uma autorização favorável que recaísse sobre o pedido oficial feito ao Ancião ou Chefe do Clã.
A actual Lei de Terras, a Lei 19/97 foi aprovada pela Assembleia da República em 1 de Outubro de 1997.
Uma das novidades introduzidas na actual Lei de Terras é o capitulo das comunidades locais, o qual
assegura a existência de terras para as comunidades. As famílias camponesas dentro das comunidades que
ocupam e exploram terras por 10 ou mais anos, possuem automaticamente o titulo de uso e
aproveitamento de terra.
Actualmente, as comunidades são envolvidas na gestão dos recursos naturais, através de consultas e
participação na definição do modo de maneio. No processo de titulação de terras para as famílias
camponesas, as comunidades são consultadas. É no quadro da actual Lei de Terras que as mulheres em pé
de igualdade com os homens, estão autorizadas a obterem o título de uso e aproveitamento de terras,
assim que necessitem, salientando-se por conseguinte, a questão de género sem qualquer distinção.
A Lei das comunidades locais, a ser aprovada futuramente, irá claramente abordar questões exclusivas
das comunidades locais. Por enquanto, o Estado protege as terras das comunidades, sem no entanto
prejudicar a alocação de investimentos, quer públicos, quer privados que muitas vezes beneficiam as
próprias comunidades. Nesse sentido, quando por força maior, as terras das comunidades, devem ser
cedidas a um investidor, por razões óbvias, ocorre a justa indemnização à população que naturalmente é
imputada ao operador.
Resumo Histórico
Por volta de 1820, aquando das guerras de resistência contra a ocupação Portuguesa em Moçambique,
Gorongosa já era considerado como um dos estados poderosos que se tinha fundado no vale do Zambeze,
por famílias Luso-afro-indianizadas. Na margem direita do rio Zambeze, importa referir que o Estado de
Gorongosa incidia particularmente sobre a região do Báruè.
O Estado foi fundado pela família Manuel António de Sousa, provavelmente vinda de Goa, tendo
colaborado com Joaquim Carlos Paiva de Andrade, um dos fundadores da Companhia de Moçambique, a
principal companhia do referido Estado que se dedicava ao recrutamento de pessoas para a escravatura,
para fora de Moçambique. Esta prática terá provavelmente contribuído para o surgimento das constantes
guerras de revolta dos nativos contra os escravizadores na região de Gorongosa.
Ao longo da guerra de resistência, assistiu-se a incorporação de homens de diversas etnias nos guerreiros
de Macombe, os quais, no fim da guerra, se fixaram definitivamente em Gorongosa dando origem a
mistura de grupos tribais com consequências directas no surgimento de línguas locais como o caso de
Chiduma ou Chigorongoze, que provém da mistura do Sena, Báruè (Shona) e N’dau.
Desde os tempos da Companhia de Moçambique (1888), Gorongosa era parte da região do Báruè. Em
1917, a última revolta da população nativa contra o trabalho forçado imposto pela Companhia, mais
concretamente na abertura da estrada Macequece-Tete, na cobrança de impostos, entre outros foi
prontamente respondida pelos colonizadores estrangeiros.
Em 1926, durante a introdução da cultura do algodão em Moçambique, e mais tarde, portanto em 1940,
tida como cultura obrigatória, a região de Gorongosa foi submetida ao regime de opressão e do
nacionalismo económico, na altura, vigente em Portugal. Os Portugueses quando venceram a referida
batalha, optaram estrategicamente em substituir as autoridades tradicionais locais por outras não naturais,
para evitar as emergentes ondas de resistência à dominação colonial.
A partir da década 70, as vantagens geográficas de Gorongosa, permitiram a FRELIMO, na sua luta de
libertação nacional, considerar este distrito, como ponto estratégico de operações militares no eixo Beira-
Inhaminga e Beira-Vila Pery (hoje Chimoio). E durante o conflito armado em Moçambique, a RENAMO
fixou a sua base militar principal na Casa Banana, em Gorongosa.
O turismo foi uma das actividades que promoveu o desenvolvimento do distrito com a atracção de turistas
ao Parque Nacional. Com a destruição da sua infra-estrutura, o movimento turístico reduziu
vertiginosamente. O potencial eco-turístico natural está espalhado pelo distrito inteiro. O Posto
Administrativo de Nhamadzi possui a Serra de Gorongosa e as cascatas que podem reanimar o turismo no
distrito.
Dentro do território do Parque, haviam tantas zonas para coutadas de caça e como zona somente para
fotografar animais. Na altura, cada cliente obtinha uma licença a qual discriminava o tipo de animal a
abater e a pele do mesmo era posteriormente curtida e exportada.
A hierarquia deste poder compreende no topo, os régulos, depois os Sapandas, e finalmente, os M’fumos.
O relacionamento na tomada de decisões entre as estruturas administrativas do distrito e o poder
tradicional nota-se sobretudo ao nível das localidades e em seguida, dos postos administrativos porque é a
esse nível que a distância entre as estruturas é relativamente menor.
O referido relacionamento ocorre por meio de consultas que a Administração local privilegia quando
pretende tomar uma determinada decisão num regulado ou ainda ao nível mais desagregado, num
território administrado tradicionalmente por Fumos.
Por seu turno, os Régulos, Fumos e Sapandas quando convocados pela Administração local aos vários
níveis, participavam na definição de estratégias locais de implementação de determinados programas bem
como prestam contas ao Órgão Legislativo Público, os níveis de implementação das orientações e as
dificuldades encaradas no processo de execução.
Ao nível dos Postos Administrativos do distrito, pode constatar-se que a localização de muitas escolas,
postos de saúde e outros equipamentos e infra-estruturas sociais construídos quer pelo governo, quer por
parceiros nacionais e estrangeiros é feita após uma prévia consulta aos líderes tradicionais.
Na prática, o que está a acontecer é uma coordenação na implementação do programa do governo entre as
autoridades administrativas públicas e o poder tradicional local. E essa coordenação tem sido
imprescindível na medida em que os níveis de execução do programa governamental são os desejados,
isso a partir da avaliação feita tanto pelo governo como pelos líderes tradicionais e a população visada.
Ignorar esse tipo de relacionamento para uma região e população longamente administrada pelo poder
tradicional, seria pôr de lados os valores culturais, sociais e morais dessa população em tanto que actor do
desenvolvimento da região. É bem sabido que durante todo o período colonial e ainda durante o conflito
armado em Moçambique, as populações do interior do distrito foram administradas pelo poder
tradicional. O poder tradicional, no sentido etnológico da expressão não contradiz com os princípios do
O relacionamento que se assiste entre a Administração Local e o poder tradicional no interior do distrito é
exemplar e deve ser reforçado para salvaguardar o desenvolvimento do distrito.
Os casamentos tradicionais até hoje praticados no distrito são do consentimento dos pais dos noivos e
ainda dos anciãos dessa localidade. Isso significa que para a rapariga, o bom comportamento no local de
residência é indispensável para ser escolhida como futura nora de uma família. É considerado bom
comportamento cívico e moral, a participação da moça nos trabalhos agrícolas da sua casa, no trabalhos
domésticos e ainda na comunidade.
A poligamia é um hábito cultural que ainda é praticado intensamente no interior do distrito. Alguns
homens chegam ao ponto de ter mais de 2 esposas. Pratica-se a poligamia com o objectivo principal de
uma família gerar mais filhos em pouco tempo, os quais, mais tarde servirão de mão-de-obra dessa
família na produção de comida em diferentes machambas, já que na agricultura de tipo itnerante, altos
índices de produção são alcançados em extensas áreas de cultivo confundindo-se assim com a grandeza
“produtividade”.
1.5.3 A Religião
As confissões religiosas registadas oficialmente no distrito são 32.Sendo uma Cátolica Romana, uma
Muçulmanae outras 30 são Protestantes.
A semelhança da realidade Moçambicana, a religião Católica por ser a mais antiga a ser introduzida no
país, é a que mais crentes possui. Por outro lado, o interior do planalto de Moçambique é menos
concorrido pelos muçulmanos do que o litoral onde essa religião encontra mais espaço de disseminação.
A expressão cultural no distrito é feita de diferentes maneiras desde as danças tradicionais, as canções
locais, o artesanato em barro e de palha ou madeira até aos usos e costumes transmitidos de geração em
geração, embora nos últimos anos, pouco praticados.
Ao nível de todo o distrito, estão inscritos 18 Grupos Culturais Escolares e 3 Grupos Culturais de Bairros
Residenciais. Tanto ao nível das escolas como ao nível dos locais de residência, os grupos culturais já
mencionados são simultaneamente de música tradicional local de dança e ainda de teatro.
a) Principais Danças
As principais danças tradicionais que se exibem durante as ocasiões de festa de realização de uma
cerimónia local são as seguintes:
N’ketekete
N’jole
Mapaza
Mafúe.
A dança N’ketekete é uma dança que se ensaia para o mero divertimento e muitas vezes se não sempre é
praticada para manifestar a satisfação popular por uma campanha agrícola bem sucedida ou para uma
cerimónia de lobolo de um/uma Jovem de admirada moral no seio da sua comunidade.
A dança N’jole é praticada exclusivamente por senhoras e é apresentada principalmente nas cerimónias
entusiásticas tais como, o lobolo, o nascimento de um bebê, etc.
A dança Mapaza é Praticada nas festas das comunidades tanto pelos homens como pelas mulheres,
simbolizando assim um acontecimento agradável como é o caso de uma boa colheita, uma festa na aldeia,
um lobolo etc.
A dança Mafúe é esclusivamente praticada para as cerimónias de tristeza ou de adoração como é o caso
de falecimentos ou pedido de sorte aos espíritos para acabar com uma epidemia, praga ou seca
prolongada.
b) Grupos Culturais
São ao todo 21 grupos culturais sendo 18 escolares e 3 de locais de residência. A sede do distrito continua
em termos estatísticos a apresentar o maior número de grupos mercê das múltiplas vantagens aí
existentes. As escolas apresentam mais grupos culturais do que os locais de residência provavelmente
devido a facilidade que se pode encontrar num estabelecimento de ensino em relação a um local de
residência. Quase todos os grupos são simultaneamente de Canto e dança com a excepção de alguns que
fazem o teatro. O teatro é unicamente feito pelos estabelecimentos de ensino.
Grupo Teatral e de Dança da Escola Secundária Geral
Grupo Cultural e Teatral do Colégio Nova Jeruzalém
Grupo de Dança da Escola Primária 3 de Fevreiro
Grupo Teatral da Escola Primária 1º de Maio
Grupo de Teatro e Dança da Escola Primária de Nhamissogore-Rio
Grupo de Dança da Escola primária de Nhamissongora-Aldeia
Grupo de Canto, Dança e Teatro da Escola Primária de Nhataca
Grupo de Dança da Escola Primária de Tsiquir
Grupo de Teatro e Dança da Escola Primária de Mucodza
Grupo de Teatro e Dança da Escola Primária de Mapombue
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Machisso
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Nhambondo
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Tambarara
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Tazaronda
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Púngue
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Vunduzi
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Nhamadzi
Grupo de Canto e Dança da Escola Primária de Muera
Grupo de Canto e Dança do Bairro de Madibe
Os instrumentos musicais usados nas danças e canções anteriormente mencionados são todos tradicionais
e localmente produzidos. Uns são manualmente tocados e outros são de sopro. Os registos oficiais dão
conta que o Nhacatangali é um instrumento musical que para produzir o som, é necessário soprá-lo,
portanto é uma espécie de flauta tradicional. Os outros instrumentos produzem som a partir de toques
manuais. São eles, o batuque, a marimba, a valimba, o bangue e a nhacaembe.
Em Nhamangona, no Posto Administrativo de Vunduzi, existe uma Lagoa chamada Bunga que para além
de ter águas quentes, de lá se pode extrair sal (cloreto de sódio). No Púngue, mais concretamente, na
região de Bué-Maria existe um poço com água quente.
No Posto Administrativo de Nhamadzi existe uma Logoa conhecida pelo nome de Lagoa Madjoca. É
uma lagoa cheia de mistérios que vão desde o desaparecimento de todos aqueles que consumirem a sua
água até ao surgimento a partir da mesma água, de sinais fenomenais.
A Base Nhandonde foi a primeira Base militar da FRELIMO durante a Luta de Libertação Nacional no
distrito de Gorongosa.
A Serra de Gorongosa foi o local escolhido como sendo seguro para fixar a população local, decisão
tomada pelo Macombe ido de Báruè para lutar contra a ocupação colonial em Gorongosa. Nessa altura,
Nhamatchete, foi o único indígena que se aliou aos Portugueses por se recusar subordinar-se ao
Macombe. A população ficou na Serra durante mais de 3 anos alimentando-se sobretudo de tubérculos e
frutos silvestres, localmente conhecidos por:
Matitubundzi
Dali
Munhanha
Nhamufu
M’pama
Madari.
2. POPULAÇÃO
O grupo étnico local chama-se por magorongoze que provém da fusão do Báruè, Sena, Shona e Ndau, A
língua local falada por aquela população é de igual modo chamada por Chigorongozi ou Xiduma.
A maioria da população pratica a agricultura tradicional, excepto uma minoria que vive na sede do
distrito e ocupa-se nas actividades terceárias sem no entanto deixar de trabalhar a terra.
Durante o período de emergência em Moçambique portanto, logo depois da assinatura do Acordo Geral
da Paz, alguns inquéritos demográficos foram realizados, com vista a determinar o número
aproximadamente exacto da população do distrito, uma vez que o recenseamento anterior da população
tinha sido realizado há mais de 10 anos, quer dizer, fornecia informações ultrapassadas e o efeito do
conflito armado havia já provocado profundas alterações na dinâmica da população.
Em função da divisão administrativa, a sede do distrito é a localidade mais povoada, seguindo o Posto
Administrativo do Nhamadzi e finalmente o de Vunduzi. Esta realidade continua a ser favorecida pela
oferta de melhores condições de vida, existência de uma importante via de acesso que é a EN 1, e ainda a
disponibilidade de equipamentos sociais.
A projecção da população ilustrada na tabela abaixo, foi feita para os próximos 5 anos, com efeitos a
partir do ano 2005. O objectivo é de estimar o número de habitantes que o distrito terá ao fim dos 5 anos,
período de validade deste documento de planificação (2005-2009).
O cálculo da projecção da população foi feito a partir do número de habitantes do distrito apurado pelos
resultados IIRGPH de 1997 (77.877 habitantes). Assim, no ano 2006, a população será de 94.111
habitantes; no ano 2009 será de 98.848 habitantes e finalmente no ano 2010 será aumentada para 100.455
habitantes (ver Tabela 2.4).
Na prática, isso significa que ao fim dos primeiros 5 anos de validade deste instrumento de planificação,
haverão mais 6.293 pessoas. Em conformidade com o actual tamanho médio de uma família (5
pessoas/família), isso irá significar o surgimento de mais 1.259 agregados familiares que irão precisar de
uma reserva espacial de 132 ha para habitação. supondo que cada família irá ocupar um talhão rural de
30m x 35m ( 0,105 ha).
Distrito de Gorongosa
17.628 hab
20.072 hab
40.177 hab
Estrutura da População
A população do distrito de Gorongosa é constituída na sua maioria por crianças e adolescentes que
preenchem a faixa etária dos 0 -15 anos de idade com uma população de cerca de 45.677 pessoas, o que
representa 49,3% da população do distrito. As outras faixas etárias composts por adultos e idosos
correspondem os 50,7%.adultos totalizam 44.497 e total dos idosos é de 2394 que correspondem as
seguintes percentagens ; 48,1% e 2,6% respectivamente.(ver tabela 2.6).
Entende-se por uma comunidade, o grupo de individuos que coabitam um determinado espaço de terra e
que compartilham os mesmos beneficios e dificuldades. Para simplificar os limites de uma comunidade,
em Gorongosa foi considarada por uma comunidade, um regulado. Assim, em Gorngosa existem 8
comunidades.
A abordagem de desenvolvimento das comunidades visa permitir a participação das comuidades no seu
próprio desenvolvimento em pareceria com o governo distrital e o sector privado.
Numa primeira fase, foram já foram realizadas acções do processo de desenvolvimento, desde Julho de
2001, em três comunidades nomeadamente: comunidade de Tambarara, a de Canda e a de Nhambita.
O desenvolvimento comunitário prevé a criação de comités de gestão dos recursos naturais, para melhorar
o uso e exploração sustentável dos recursos naturais.
O comité de gestão e liderado por um representante leito pela comunidade e que e integrado no conselho
consultivo do distrito.
A maior parte da população do distrito vive com base na agricultura, empregando a mão-de-obra da
família. Os rendimentos desse tipo de agricultura servem apenas para a subsistência da família, desde a
alimentação, vestuário, assistência medica entre outras necessidades.
Para fazer face as demais necessidades, os camponeses trocam uma parte da sua produção em dinheiro ou
directamente em produtos industriais.
A maior parte da população residente na sede do distrito e proveniente da cidade da Beira ou de outros
locais e trabalha na função publica ou noutros sectores da economia.
No que concerne a habitação, o que predomina é a construção de casas em forma redonda ou quadrada,
com uma superfície mínima de 6 m2 e máxima, a 18 m2 e em ambos os casos, as casas podem ou não
possuir varanda.
O material de construção empregue é o material local. As paredes são construídas normalmente de (paus
e bambus), caniço ou bambu, e maticadas de argila previamente identificada para o efeito.
O tecto é muitas vezes cónico e coberto de capim, portanto as condições de vida da população são
tipicamente rurais, alguns edifícios localizados na sede do distrito, são construídos de material
convencional, com áreas de superfície maiores do que as casas anteriormente caracterizadas e muitas
vezes destinadas aos serviços sociais, económicos e algumas residências. Estas construções são
maioritariamente precárias devido ao material empregue.
Em conformidade ainda com o Recenseamento de 1997, cerca de 99,5% da população do distrito vive em
habitação particular, 0.45% vive em habitação colectiva e uma minoria muito insignificante não tem
habitação.
Em geral, estes produtos e animais se destinam ao consumo das famílias e em casos de haver excedentes
como nos últimos anos tem acontecido, estes são canalizados à comercialização que em certa medida,
constitui desde já, fontes de rendimento da população.
Ao longo do inquérito populacional, também foram encontrados outros aspectos particulares de fontes de
rendimento vulgarmente conhecido por ganho-ganho. Este princípio assenta-se na base de venda de força
de trabalho para a realização duma determinada tarefa concreta e como recompensa ou salário recebe o
dinheiro ou produtos previamente concordados entre ambos.
3 DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
3.1 Agricultura
A agricultura constitui a principal actividade económica do distrito de Gorongosa apesar deste ser
largamente reconhecido pela existência do Parque Nacional de Gorongosa. O distrito é em geral
considerado o celeiro da província de Sofala devido a sua localização geográfica, potencial agro-
ecológico, sua importância económica e social em particular. Contudo, o estado actual do
desenvolvimento do sector agrícola do distrito está abaixo do seu potencial.
O sector familiar joga um papel de relevo na produção agrícola do distrito, na qual a quinta familiar é
considerada a unidade base de produção do sector. A quinta familiar é definida, neste caso, como sendo a
área total ocupada por um agregado familiar na qual se combinam diferentes sistemas de produção e
outras características funcionais (físicas, sociais e económicas). É na quinta familiar onde a família
produz os seus produtos básicos alimentares e outros que lhe trazem rendimentos ao longo de cada ano.
No distrito de Gorongosa, é constituído por cerca de 15.000 famílias, para uma média estimada de 4.9
pessoas por família, tendo aproximadamente 55% dos seus membros idade superior a 15 anos
(Recenseamento geral da População e habitação, 1997).
Os camponeses do sector familiar utilizam instrumentos de trabalho de baixo custo como é o caso de
enxadas, machados e catanas. A força de trabalho provém da própria família. A produção obtida é na
maioria dos casos para o auto consumo, vendendo por vezes os excedentes de produção.
As áreas agrícolas são preparadas manualmente e a vegetação é queimada. Em geral não utilizam
fertilizantes, nem pesticidas de qualquer espécie a não ser que projectos de desenvolvimento ou empresas
privadas fomentem este tipo de práticas . Este sector cultiva em forma de consociações, nas quais os
espaçamentos entre culturas e entre linhas nem sempre obedecem as exigências da cultura ou da
variedade praticada.
O sector privado joga um papel crucial tanto no processo de produção como no processo de
comercialização agrícola. No processo de produção, o sector privado, participa com a pratica de culturas
alimentares de rendimento e na área de comercialização, a compra e venda dos excedentes agrícolas.
Uma das grandes funções do sector privado é de estabelecer parcerias com os sectores produtivos,
principalmente com o sector familiar para garantir o fornecimento de insumos dentro das suas zonas de
actuação. Este sector também tem um largo papel no aumento das exportações e no fornecimento de
matérias primas à industria.
Em Gorongosa, apesar de pouco desenvolvido, o sector privado tem desenvolvido as suas actividades
juntamente com o sector familiar, no cultivo e comercialização do algodão, oleaginosas e cereais. Este
sector desenvolve também actividades de corte de madeira, produção de mel e carvão, apesar de por
vezes não obedecer os princípios de sustentabilidade.
A situação agrária do distrito de Gorongosa é caracterizada por três tipos principais de uso e
aproveitamento dos recursos de terra, nomeadamente a agricultura, a pecuária e a exploração florestal e
faunística.
O padrão do uso actual de terra está fortemente relacionado e condicionado a diversidade e distribuição
dos recursos de terra em particular do clima, solos, formas de terreno e de outros factores sócio-
económicos igualmente importantes, como por exemplo mercados, rede de estradas, acesso, segurança e
posse de terra.
O distrito possui duas comunidades delimitadas e legalizadas (Canda e Nhambita ) e uma em processo de
legalizaçao (Tambarara).
O Distrito, possui 675.700 ha, contudo apenas 315.000 ha são aptos para a actividade agro-pecuária
(Tabela 4.1), Aproximadamente 125.000 hectares , são aptos para a prática de agricultura de sequeiro
com tracção animal, 60 000 ha são aptos para agricultura irrigada. 130.000 ha para Pecuária, fruticultura e
exploração florestal.
Estes dados mostram que somente 1/3 do distrito é potencial para cada um dos tipos de uso e
aproveitamento de terra. De acordo com Mafalacusser e Marques (1999), as principais limitações estão
associadas a existência de solos delgados, esqueléticos, cascalhentos e pedregosos, muito pouco
profundos (profundidade limitada apenas a 30-40 cm), derivados das rochas acidas. São ainda factores
limitantes, a baixa capacidade de retenção de água e a topografia acidentada na maior parte do distrito.
Como se pode notar, grande parte da área potencialmente rica para a agricultura ainda não está a sendo
explorada. Apesar de somente 30% da área do distrito estar a ser usada actualmente para a prática da
agricultura, a pressão sobre os recursos naturais em particular sobre as terras aptas é elevada,
principalmente nas áreas localizadas a volta dos principais aglomerados populacionais.
Áreas de Cultivo
A área média ocupada por cada agregado familiar é de 2.90 ha, mas esta varia com o tamanho da família.
Em geral, famílias com menos de 3 pessoas e chefiadas mulheres ocupam em média 1.5 ha, enquanto que
famílias com mais de 6 membros e chefiadas por homens ocupam em média 4 ha.
O milho e a mapira ocupam maior percentagem da área cultivada no Distrito.algumas culturas como
hortícolas e oleoginosas, sao produzidas em areas muito reduzidas (cerca de 100 m2 em média por
família. Em geral, nas zonas altas e intermédias predomina o cultivo em consociações enquanto que na
zona baixa, o tipo de cultivo é múltiplo. As consociações dominantes são as seguintes:
A adopção pelos camponeses do sector familiar de tecnologias melhoradas poderão dar um impulso
significativo no aumento produção por hectare. Estas novas tecnologias não irão influenciar em grande
medida o aumento das áreas de cultivo, mas estima-se que nos próximos 5 anos haverá um aumento
médio de 0.5 ha na área de cultivo.
A adopção deste tipo de tecnologia apresenta vantagens para os camponeses por ser de baixo custo e de
fácil adopção, apesar de aumentar ligeiramente a carga de trabalho ao agregado familiar, principalmente
durante os meses de preparação do terreno (Outubro a Novembro). As tecnologias a adoptar por tipo de
cultura são apresentadas á baixo. De notar que algumas variações especificas para cada cultura poderão
ser introduzidas.
Cereais
o Uso de sementes apuradas de variedades localmente reprodu
o Compasso e densidade adequada
o Estabelecer consociação entre um cereal e Leguminosas
o Amanhos culturais: sachas, amontoas, desbastes, mondas
Leguminosas
o Cultivo de leguminosas em particular o feijão nhemba em consociação com o milho
o São Sementes de boa qualidade
o Consociada com cereais (milho e mapira) com compassos adequado nestas cultura
Raízes e Tubérculos
o Consolidar a utilização de camalhões
o Aperfeiçoar dos campos de multiplicação de transplantes
o Utilizar compassos adequados
o Introdução de variedades precoces de alto rendimento
o Misturar o solo com os restolhos das plantas e de dejectos dos cabritos
o Uso esterco animal
o Colheita na época própria
o Cuidados culturais adequados
Oleaginosas
o Introduzir rotação de culturas usando leguminosas
o Introduzir o compasso apropriado
o Período de rotação de 3-4 anos
o Identificar o poder germinativo das sementes antes da sementeira
o Introduzir sementes de boa qualidade e de variedades produtivas
o Colocar 2-3 sementes por covacho segundo o compasso
o Incorporar o restolho através cavas
o Cumprimento do calendário agrícola
o Introdução de técnicas de conservação do solo
o Introduzir um sistema de crédito de prensas de óleo nas zonas produtivas
o Identificar mercados
Tecnologia Pós-Colheita
o Monitorar e avaliar a qualidade dos cereais e produtos químicos aplicados
o Definição de Estratégias para a introdução e proliferação a curto prazo dos diferentes celeiros melhorados
o Sensibilização dos camponeses através do sistema de comunicação da extensão rural sobre o potencial dos celeiros
melhorados e uso de produtos químicos e de repelentes biológicos (lautana camara, etc.)
o Fomentar a utilização de sementes resistentes ao ataque de pragas de armazém
o Disponibilizar um meio de transporte para usar na construção de celeiros.
o Introduzir um sistema de avaliação periódica dos celeiros construídos localmente usando como avaliadores outros
utilizadores de celeiros com a finalidade de aperfeicoá-los.
Durante os meses de lavoura (Outubro e Novembro), a carga de trabalho é 41 a 49 jornadas, enquanto que
a carga de trabalho (com tracção animal), no período em que as actividades agrícolas são mínimas (Maio
e Junho) é de 3 a 15 jornadas respectivamente.
É sabido que 75% do tempo de cultivo dos camponeses no distrito é dedicado a produção de cereais.
3.2 Pecuária
O efectivo pecuário no distrito é caracterizado por espécies como: galinhas, patos, gado caprino e suíno,
pombos, bovinos, e periquitos (porco da Índia). O número de cabeças de cabritos está a aumentar mercê
ao programa de repovoamento pecuário.
O efectivo do gado bovino aumentou nos últimos 4 anos em 96 cabeças em 2005 para cerca de 345 em
2003. Em 1997 foram introduzidas cerca de 40 cabeças de gado bovino pelo PRODER. Doze machos
foram atribuídos a algumas famílias para serem usados como experiência piloto em tracção animal. Os
restantes animais serviram para o fomento pecuário. Nesta área, a relação touro-vaca é de
aproximadamente 1 para 7.
Grande parte destes animais, principalmente cabritos, suínos e galinhas são usados como fonte de
obtenção de rendimentos. Em geral, as famílias destas áreas consomem estes durante as cerimonias e
outras celebrações. Uma família possui em media 1 cabrito e 2 porcos.
A área potencial para a produção pecuária no distrito é de aproximadamente 129.337.8 ha. Este potencial
só tem significado se for conhecida a capacidade de carga animal. A capacidade de carga é definida como
sendo o número de animais que uma área de pastagem pode suportar. Esta depende essencialmente da
existência de água, árvores, arbustos e gramíneas, da percentagem anual de utilização da matéria seca e
da capacidade de consumo alimentar de um animal.
A capacidade de carga animal para o gado bovino foi calculada por Timberlake e Reddy (1986) para
algumas regiões do país, incluindo a área norte da Província de Sofala, desde Gorongosa até Caia tendo
em conta a produtividade primária das áreas de pastagem, densidade de cobertura de árvores e arbustos,
percentagem de uso e quantidade de matéria seca consumida por cabeça de gado.
Tomado em conta a capacidade de carga estimada e o potencial pecuário do distrito, nota-se que este pode
suportar aproximadamente 27.000 cabeças de gado bovino, 143.700 cabritos/ovinos e 80.830 cabeças de
gado suíno em pastagens naturais.
Desde 2005, nota-se no Distrito um significativo aumento de efectivos animais, tanto pelo crescimento
natural, assim como através do fomento pecuário, que permitiu a introdução de cerca de 117 cabeças de
gado bovino, 953 caprinos e 120 perús, programa que vai continuar nos próximos anos.
O aumento do número de suínos está condicionada ao combate de doenças como é o caso da peste suína
africana e em relação às aves, ao combate da Newcastle, programa de profilaxia em curso com fundo do
estado e de OG e ONG’s .
3.3.1 Floresta
De acordo com Tinley (1994), a vegetação da serra de Gorongosa é dominada pelas espécies
características de floresta montanhosa (rain forest) como Podocarpus milanjianus, Rapanea
melanophloeos, Xymalos monospora, Schefflera abyssinica, Kggelaria africana, Macaranga capensis,
Aphloia theiformis, Garcinia milanjiensis, Pittosporum viridiflorum, Syzygium musukuense e Ocotea
kenyensis.
As espécies que ocorrem no cume do maciço são típicas de uma savana arbustiva dominadas Danthonia
davyi, Festuca costata, Ischaemum arcuatum, Koeleria capensis, Eragrotis volkensii, Andropogon
flabellifer, Panicum ecklonii, P. lukwangulense, P. inequilatrum. De acordo com Tinley (1994), nas
zonas em que se encontram simultaneamente ervas e arbustos, existem 34 famílias representadas por mais
de 100 espécies maioritariamente dominadas pelas grupos de Helichrysum e Senecio e em menor escala,
os grupos de Eriosema e Indigofera.
Na plataforma planáltica, a vegetação dominante é do tipo “Miombo” (bosque fechado) com árvores
atingindo a altura de 20 ou mesmo 25 m. A Tabela 9.1, 9.2 e 9.3, apresentam as espécies dominantes
nesta unidade fisiográfica incluindo a sua principal utilização na zona.
TABELA 9.2: ESPÉCIES FLORESTAIS DOMINANTES NOS SOLOS DE TEXTURA GROSSEIRA AO LONGO DO LEITO
DOS RIOS EM GORONGOSA
Nome Local Nome Cientifico Utilização
Mutamote Newtonia hildebrandtii
Xylia torreana,
Umbila Pterocarpus angolensis Madeira
Munguege Guibourtia conjugata
Mengolosi/mongolosi/mungoreza Pteleopsis myrtifolia
M’paupera
Rutanda Balanites maughamii
Panga-Panga Millettia stuhlmannii Madeira
Muconde Euphorbia halipedicola
Nakapakapa (Macua) Euphorbia lividflora
Ngololo Acacia welwitschii
Mucuio Ficus sp
Titiracuchene/titirambango Erythrina lisistemon
Aloe bainesii
Gyrocarpus americana
Mupgápua Exoecaria bussei
Mutunguro Inhambanella henriquesii
Paropsia scheliebeniana
TABELA 9.3: ESPÉCIES FLORESTAIS DOMINANTES NOS SOLOS DE TEXTURA MÉDIA AO LONGO DO LEITO EM
GORONGOSA.
Nome Local Nome Cientifico Utilização
Acacia albida
Konconga Acacia xanthophloea,
Cananga Acacia nigrescens
Mupereca Acacia robusta
Muçaqueça Piliostigma, thonningi Lenha
Kigelia pinnata
Mefula Sclerocarya caffra Madeira
Adansonia digitata
Coma Hyphaene benguellensis
Borassus aethiopicum
Mepacassa/mupanda Lonchocarpus capassa
Nhangare Combretum imberbe
Fiti Combretum fragrans Carvão, lenha
Munanga Acacia sieberiana
Tsene Acacia galpinii
Mutundurulo Albizia versicolor
Mushikiri/m’equire Trichilia emetica
Mukuo/Mushamvu Ficus spp.
Grudja/mobola/mussorola Albizinia harveyei
Cerca 9.567.859de de madeira foram extraídos no distrito nos últimos 4 anos, dos quais cerca de 12,6 % são
de Umbila.
Com a introdução da nova Lei de Floresta e Fauna Bravia, foram introduzidas formas de maneio
sustentável com envolvimento da comunidade. Tendo sido formados 3 comités de gestão dos recursos
naturais: Canda, Tambarara e Nhambita.
A produção de carvão tende a aumentar nos últimos anos devido ao aumento de procura deste produto no
distrito como nas zonas urbanas particularmente na cidade da Beira. As zonas urbanas depende
largamente desta fonte de energia devido ao aumento dos preços de gás e electricidade. A produção de
lenha também aumentou visto que o consumo desta é muito elevado nas zonas rurais da Província de
Sofala onde 98% da população rural usa-a como a sua fonte primária de energia.
Em geral esta actividade é desenvolvida pelas mulheres. lenha é apanhada no solo como por vezes
cortadas nas arvores, enquanto que o carvão é produzido a partir de resíduos das árvores ou mesmo a
partir do corte de arvores com alto valor calorífico. Considerando os volumes actuais de corte de árvores
para a produção de carvão, torna-se necessário controlar esta actividade e nalguns casos interromper
temporariamente.
As espécies usadas tanto para a produção de carvão como para lenha são a Chiwanga (Periscopsis
angolensis), Fiti (Cobretum fragrans), M’futi (Brachystegia boehmii) e a Missanda (Erythrophleum
lasanthum). Enquanto a Muçaqueça (Piliostigma thonningii), Panga-panga (Millettia stuhlmannii),
M’goa (Acácia goetzei), Psototo (Lannea stuhlmanni), Mussassue (Prodenea brycei) e Missanda
(Erythrophleum lasianthum) são somente usadas para lenha.
3.3.2 Fauna
A agricultura e a principal base de sustento da maior parte da população do distrito. Assim, o sector na
suas actividades de difusão de mensagens sobre as tecnologias agrícolas, através da extensão rural, tem
privilegiado, a sensibilização dos camponeses para a prevenção do HIV/SIDA, e a pratica de culturas que
contribuem para o reforço da capacidade imunologica do organismo.
A mulher é privilegiada nestas acções, pois ela e a principal mão de obra para os campos da família no
processo de producao para garantia da segurança alimentar.
Limitações
a) Agricultura
Utilização por parte dos camponeses, de tecnologias não recomendáveis tecnicamente (elevado
número de sementes por covacho, espaçamento entre culturas inapropriado, etc.) no processo
produtivo;
Fraca diversidade de culturas alimentares. A maioria dos camponeses cultiva cereais em mais de 85%
das suas terras;
Défice em sementes, principalmente sementes melhoradas e resistentes a pragas e doenças
Ausência de um sistema eficaz de insumos agrícolas;
Elevado índice de erosão;
b) Pecuária
Escassez de meios humanos e materiais para o a fiscalização das actividades dos madeireiros;
Não reflorestamento das áreas de maior intensidade de corte;
Fraco aproveitamento dos recursos existentes na sua área, porque toda a madeira extraída é
levada para fora do distrito;
Não existe uma Serração madereira;
Elevado índice de caça furtiva
Elevado índice de queimadas descontroladas.
Oportunidades
a) Agricultura
Existência de 127.039 ha de terras aptas para a prática de agricultura de sequeiro ou para a pratica
de agricultura de sequeiro com tracção animal;
Potencial de 58.774 ha de terras aptas para agricultura irrigada;
Potencial de 129.341 ha para a prática de fruticultura;
Existência de Parceiros como o PRODER-GTZ, FHI, GPZ e Programa de Acção Nacional (PAN)
que apoam a DDA á melhorar a sua capacidade de intervenção e junto dos camponeses;
Existência do PROAGRI que disponibiliza meios humanos, materiais e financeiros;
Existência de experiências positivas de trabalho por parte da extensão agrária da DDADR, e FHI
com grupos de camponeses, as quais podem ser multiplicadas;
Interesse do sector privado em investir na produção agrícola;
b) Pecuária
Para reduzir o abate de árvores afim de aproveitar o curtiço para a produção tradicional do mel foi
introduzido em 1999 um programa de produção de mel com colmeias modernas. Por outro lado, este
programa visa combater as queimadas descontroladas.
Até Dezembro de 2004, 1300 apicultores foram treinados dos quais 150 equipados tendo produzido 1100
Kg de mel de qualidade o qual foi totalmente comercializado
3.4 Indústria
A Política Nacional do Sector atribui à indústria, o papel de impulsionador da economia, tendo em conta
as ligações que ela mantém com os outros sectores de produção, particularmente com a agricultura da
qual recebe e transforma materia prima, produtos basicos e intermediarios, recursos energeticos, etc por
seu turno fornece a esses sectores, factores de produção que asseguram o aumento da produção e
produtividade.
Destas 73 estão operacionais e 6 avariadas. A maior parte das moageiras estão localizadas na vila sede e
funcionam a diesel. Deste modo os custos de produção são elevados, devido ao contínuo crescimento dos
preços dos combustíveis, sendo este peso suportado pelos clientes.
Em termos de carpinteria existe 1 a funcionar na missão Cristo Rei e 8 pequenas localizadas nos bairros
de Matucudur, Tsuasicana e Nhambondo, assim como nos outros bairros.
Exite uma pequena oficina para colagem de pneus de viaturas, Motos e bicicletas, localizada na vila sede
empregando 3 trabalhdores.Há uma latoaria que se dedica na produição de panelas, copos,regadores e
outros utensilio produzidos com base de chapa de zinco; uma alfataria e duas cabelarias com 3
trabalhadores que se dedica ao trabalho de custura e tratamento de cabelos para senhoras, enfrentando
problemas sérios na aquisição de material.
A Administração do Distrito tem uma oficina na Vila Sede. Não funciona há longa data por falta de meios
de vária ordem. Servia para fazer a manutenção dos meios de transporte e do gerador da instituição.
Algumas instituições que possuem viaturas tem na melhor das hipótses, um amador de mecânica com
alguma ferramenta para fazer possíveis reparações.
Na sede do distrito e sobretudo ao longo da EN1 estão a surgir pequenas oficinas de reparação de
bicicletas e motorizadas.
A Missão Cristo Rei na sede do distrito tem uma pequena serração em funcionamento, virada para os
trabalhos da própria instituição.
Também existe um pouco por todo o lado, pequenos carpinteiros que com muito sacrifício na procura de
madeira, produzem cadeiras, bancos e mesas. É que no
distrito inteiro não existe nenhuma serração apesar de haver corte de madeira em touro.
Há também alfaiates em número muito reduzido e com pouca procura provavelmente porque os mercados
vendem roupa já confeccionada.
Compete ao Estado, orientar e regular o crescimento da indústria e criar condições para a dinamização da
actividade industrial. A intervenção do Estado é feita através de:
Por outro lado, o Estado deverá agir como um investidor, sempre que se trate de investimentos
complementares, entendidos como aqueles que criam condições para a viabilização das novas
oportunidades industriais ou então que constituem um factor de encorajamento para o investimento
privado.
Maruro 1 Operacional
Sub total 12
Posto Administrativo de Vunduzi Piro 1 Operacional
Casa Banana 1 Operacional
Musiuangunguni 2 Operacional
Cavalo 2 Operacional
Zualamambo 1
Chionde 1
Zuchenge 1
Sub total 09
TOTAL 79 Operacionais
Fonte: DDICT, 2005
Há 3 prensas manuais de extracção de óleo alimentar. Foram cedidas pelo PRODER no âmbito de criação
de grupos de geração de rendimentos. O girassol, matéria prima para o fabrico do óleo é produzido
localmente. 1 litro de óleo produzido nesses moldes custa 15.000,00 MT.
Na vila sede, existem 33 padarias, sendo 1 formal e 32 informais. O pão produzido é de baixa qualidade.
A farinha de trigo utilizada na panificação é comprada na Beira ou no Chimoio, entretanto com a
reabilitação da EN 1, alguns comerciantes já começam a fornecer esse produto no mercado local.
Os serviços de hotelaria e similares são assegurados por informais na maior parte que exploram cerca de
21 quiosques, que para além de venderem bebidas, confeccionam refeições e possuem quartos para
hospedagem, é de salientar que os edifícios onde funcionam são de material não convencional, existido
somente um estabelecimento formal que possui 12 quartos com 36 camas, duas salas de refeições e uma
sala de conferências.
3.5 Comércio
A Política do Sector do Comércio preconiza uma série de objectivos em cada sub- sector, como a seguir se
apresentam:
Existe no distrito, o comercio formal e informal, havendo mais bancas fixas em relação ao formal que tem
apenas 6 estabelecimentos comerciais que funcionam na sede do distrito. O sector formal na área de comercio.
Em termos de comercio informal caracterizado por barracas e bancas que se dedica a venda de vários
produitos básicos para o consumo, no presente momento á luz do novo regulamento de actividade comercial e
de acordo com o decreto /nº 49/2004 de 17 de Novembro do mesmo ano, já se iniciou o processo de
licenciamento comercial de todo tipo destes estabelecimentos para a sua formalização, a limitada capacidade
de gestão por parte dos operadores economicos é um dos principais entraves ao desenvolvimento da
actividade.
Existem duas cantinas, um no posto administrativo de Nhamadzi e outra no posto administrativo Vunduzi,
reabilitadas com os fundos do FARE, dos sete beneficiários que o Distrito possui. O processo de concessão do
crédito iniciou no ano de 1999, estas cantinas vão beneficiar muitas familias circunvizinhas na
comercialização agricola, que é assegurada ultimamente praticada por operadores informais.
No passado, o milho e a mapira eram vendidos em grandes quantidades a moageira local e ao armazém
do Instituto de Cereais. Actualmente como nem uma nem outra instituição funcionam, a comercialização
é feita entre o camponês e o interessado, nos postos de comercialização estabelecidos para o efeito.
O grande constrangimento que tem surgido nestes locais, é a disparidade no estabelecimento de um preço
justo, pois na maior parte dos casos é considerado como sendo baixo alegadamente porque o mesmo é
fixado pelos compradores.
A solução para este facto passa pelo aumento da renda familiar com a prática de actividades de geração
de rendimentos para assegurar que os cereais sejam vendidos numa altura apropriada onde o preço possa
ser justo.
A pedreira de Canda, no Posto Administrativo de Nhamadzi, Foi explorada em 1976 á 1979 pela JOTA
QUEDES e a GRINEKER para a construção da estrada nº 1 do troço Save ao rio Zambeze.
A MBL, é uma empresa de corte de madeira a operar no Posto sede onde ocupa uma área de cerca de
36.565.625 ha que vai da entrada do Pavoa até ao rio Púngue e da EN 1 até a Mbulaua. Toda a madeira
cortada é processada na Beira, pois esta empresa não possui uma serração no local.
Dos 55 estabelecimentos que a rede comercial tinha antes da guerra civil, actualmente apenas 13
escaparam da destruição e destas 6 lojas funcionam e 7 estão paralisadas.
Há um armazém do ICM em boas condições mas que não está a ser explorado.
Para além das unidades industriais existentes, bem como estabelecimentos comerciais e da industria
hoteleira e similares que já existem , o Distrito perspectiva expandir estes serviços aos lugares ainda não
cobertos.
Assim, os operadoeres que quiserem se instalar no Distrito e que mostrem capacidade, poderam ser
encaminhados para o Posto Administrativo Sede, Vunduzi 6 unidades, abarcando os Bairros mais
reconditos e para o Posto Administrativo de Nhamadzi. Pensa-se de acordo com as capacidades de
exploração e necessidades em madeira, que se instale uma ou duas serrações para fazer face á procura
deste produto no distrito.
Cudzo Sacudzo 1
Vunduzi 1
Casa Banana Casa Banana 1
Piro 1
Total 7
Fonte: DDICT, 2005
Pensa–se em estender para todas as zonas do distrito a construção de cantinas rurais para facilitar as
populações no abastecimento de produtos da 1ª necessidade bem como, em todos outros bens de uso
corrente.
Bairros
Tsiquir
Nhanchururu
Púngue-localidade Sede
Canda sede
Nhanguco
Sacudze na localidade de Cudzo
3.6 Turismo
O distrito conta com o Parque Nacional da Gorongosa que ocupa 1.885 km2 (50% da área do Parque ), e
que é um potencial centro turístico a nível nacional e internacional. Encontra-se actualmente em
reabilitação, com apoio do MITUR e CARR-FOUNDATION.
Visando a reposição da fauna bravia e da espécie florestal destruída. Para recepção de turistas conta,
provisoriamente, com uma zona de acampamento com balneários. O número de turistas que o tem
visitado é insignificante.
A Serra de Gorongosa pode vir a ser um centro turístico, especialmente se visto em conjunto com o
parque, para diversificar as actividades dos visitantes; possui florestas densas e sempre verdes, com
espécies faunísticas próprias desta região (como o Green Headed Orion), constituindo lindas paisagens
(incluindo uma cascata), lugares grande interesse para turismo contemplativo, escalada e estadia em
acampamento. Já foi apresentada às estruturas nacionais uma proposta para considerar a serra como área
protegida, o que cria perspectivas positivas para o desenvolvimento do turismo. Há ainda lagos que
constituem potenciais instâncias turísticas.
A carta do distrito indica a ocorrência de formações sedimentares (karroo e Jurássico) e ainda formações
extrusivas (o caso do cretáceo que existe na Serra de Gorongosa).
Mas tal como no resto da provincia, não há estudo geologico profundo. verificam-se ocorrências de certos
minerais, destes a ser pesquisados para se avaliar a sua reais potencialidades economicas, no Distrito
destacam-se as seguintes ocorências:
Minerais para construção (areias, saibros, argilas, granitos, basaltos) - na serra, em canda e no
vunduzi;
Ouro - ao longo do rio Vunduzi e zona de tsiquiri, Mucucua, Nhampalapala, Nhamaue, Daça e
Pungue;
Grafite - no Posto Administrativo de Nhamandzi – Canda;
Mármore - no Posto Administrativo de Nhamadzi - Canda, perto da fronteira com Macossa;
Ágatas - perto de Bué Maria;
Granito negro para ornamentação - em toda serra de gorongosa.
No distrito há 10 Geradores a diesel alguns pertencentes a instituições privadas. Dois (2) pertencentes á
Administração do Distrito.
Antes da Independência Nacional, a sede do distrito de Gorongosa era abastecida com a energia eléctrica
vinda da barragem hidro-eléctrica de Revué. A linha de transporte de energia eléctrica passava por
Metuchira, no distrito de Nhamatanda, e depois dividido em dois ramais que iam tanto para Chitengo, no
Parque Nacional de Gorongosa como para a sede do distrito.
A referida linha de transporte de energia eléctrica foi destruída durante o conflito armado actualmente, a
vila é abastecida pela energia eléctrica de Cahora Bassa partindo do Posto Administrativo de Inchope, a
rede possui uma capacidade de cerca de 23 KVA, neste momento beneficiam-se de energia electrica cerca
173 consumidores, todavia não abrange os dois Postos Administrativos (Nhamadzi e Vunduzi).
Varias ocorências como granito negro para ornamentação e o ouro situam-se na serra, são alvo de
uma exploração desordenada devido a proliferação de garimpeiros o que pode afectar o sistema
ecológico do parque nacional de gorongosa.
3.8 Associativismo
União Distrital das Associações de Camponeses- (UDAC) - inclui 17 associações legalizadas. Esta
União construiu uma casa agrária com fundos da União Europeia. Durante 3 anos, o PRODER
assessorou a UDAC na organização e gestão da instituição.
Associação de Camponeses de Canda, que também não está filiada na UDAC. Foi formada para
procurar parceiros que ajudem a criar uma casa agrária local. Inicialmente tinha 12 associados e foi
crida com o apoio da ORAM. Já não funciona por falta de fundos.
Comissão de Vendedores Informais do Mercado – Foi formada para facilitar o aluguer de viaturas
para o transporte da sua mercadoria da Beira ou Chimoio para o distrito. Tem estatutos e normas a
funcionar. Com a reabilitação da EN 1, este tipo de organização é cada vez, menos importante.
4 INFRA-ESTRUTURAS
Assim, todas estradas reabilitadas ou reconstruídas através da DNEP (financiadas por várias instituições,
incluindo o Governo), têm a sua manutenção garantida para os próximos anos através da Empresa de
Construção e Manutenção de Estradas e Pontes-ECMEP e outras.
Nem todas as estradas estão classificadas, quer dizer, nem sempre pertencem a rede nacional das estradas.
Existem várias estradas que não estão classificadas pela DNEP mas que são de grande importância
económica e social para o distrito. São por exemplo, as estradas que ligam os distritos entre si.
Segundo a Política Nacional das Estradas, a gestão das estradas não classificadas é da responsabilidade
das Administrações Distritais que deverão priorizar a manutenção daquelas que têm maior impacto na
comercialização. No distrito de Gorongosa, a rede viária é composta pelas seguintes estradas
classificadas: EN1, EN215, EN 442, e EN433.
A Estrada Nacional 1, passa pelo cruzamento de Inchope ido do sul do país para o norte, atravessando
sucessivamente a ponte sobre o Rio Púngue, a localidade de Púngue, a vila de Gorongosa e finalmente a
localidade de Canda. A Norte de Canda, a EN1 é conhecida pela estrada Centro-Nordeste (ECNE). Ao
longo do troço Inchope - Vila de Gorongosa, existem 12 pontes incluindo a ponte sobre o rio Púngue
,Todas são de betão de betão armado. De Inchope a ponte sobre o rio Púngue, o troço está asfaltado.
A Estrada Nacional 215, parte da sede do distrito e vai para o distrito de Maríngue, via Tazaronde e
Vúnduzi, num percurso de cerca de 86 km; é de terra batida que se encontra em reabilitação. Atravessa 6
rios e muitos riachos. Os rios mais importantes por ela atravessados são os rios Mucodza, Mucurumadzi,
Vúnduzi e Nhandue Muche e Mussicadze. Durante a época das chuvas, a subida dos caudais dos rios
deteriora o estado desta e de outras estradas muitas vezes chegando a isolar completamente aquela
localidade do resto do distrito.
A Estrada Nacional 442, parte da EN215 na região de Nhadue e segue para o distrito de Cheringoma
(Inhaminga) por via da localidade de Casa Banana. É de terra em reabilitação.
A Estrada Nacional 433, parte da localidade de Bué Maria e vai em direcção ao distrito de Muanza por
via da localidade de Chitengo, no Parque Nacional de Gorongosa. É de terra batida e durante o período
das chuvas, o transito é interrompido na região pantanosa por ela atravessada. As pontes (mesmo as de
betão armado) estão em mau estado de conservação.
Para além das estradas classificadas, o distrito de Gorongosa é atravessado por muitas outras estradas não
classificadas das quais a maior parte tem o seu inicio nas Estradas Nacionais 1 e 215. A actual rede viária
permite a comunicação entre as localidades do interior somente na época seca. Durante a época das
chuvas, o acesso é extremamente difícil e por vezes até interrompido.
As minas mortíferas colocadas durante a guerra civil estão a ser identificadas e removidas mas ainda
representam outro problema na segurança rodoviária,no interior do distrito.
o distrito possui uma rede viária de cerca de 800 km de estradas principais, 140km de estradas
secundarias, 159 km de estradas terceárias e 501 km de estradas não classificadas, das quais não são
transitáveis devido as deficientes condições de manutenção 300 km, conforme está ilustrado na tabela
abaixo.
O Distrito está coberto pela rede de telefonia móvel (Mcel) e rede fixa de telefone, com cerca de 18
clientes, pelo sinal da TVM, possui ainda sete rádios de comunicação, pertecentes a instituições do
Governo e privadas, assim distribuidas:
Para além destes meios de comunicação, o Distrito de Gorongosa conta ainda com 2 pistas de aterragem
de aeronaves, estando uma localizada na sede do distrito e outra em Chitengo (todas em bom estado).
A água é um líquido indispensável na vida das pessoas. Nas zonas rurais, para as mulheres (aquelas que
mais lidam com os recursos naturais), a disponibilidade deste líquido, tanto em quantidade como em
qualidade iria contribuir de maneira significativa na melhoria do seu nível de vida.
Em geral, nas comunidades do distrito de Gorongosa, o abastecimento de água é feito pelas fontes
naturais, quer dizer, a partir dos rios, furos e poços tradicionais. No âmbito da politica nacional de água
foram criados comités de manutenção e de gestão de água.
O objectivo da Política Nacional de Água, preconizado para os próximos anos, é de atingir 60% da
população (cerca de 40.400 habitantes para Gorongosa), com fontes de água protegida, o que significa
500 pessoas por cada fonte, num raio não superior 500 metros.
No distrito de Gorongosa, o número total de famílias que utilizam fontes de água protegidas é de 5.000
agregados familiares o que corresponde a 25.000 pessoas, de um universo de 92.555 Habitantes.
Na sua Política Nacional de Água, o Governo reconhece que a participação dos beneficiários nas fases de
construção e manutenção, garante uma boa utilização das infra-estruturas. Na prática, pretende-se
providenciar serviços de acordo com os desejos e capacidade económica dos próprios beneficiários de
modo a melhorar a sustentabilidade dos sistemas. A água é considerada como um bem com valor
económico e social.
A tabela a seguir, mostra a distribuição das fontes de água e o número de famílias que utiliza cada uma
delas. Note que a tabela indica apenas as fontes que estão em estado de funcionamento.
Madibe 2 2
Tsuassicana 7
Aeródromo 2 4
Mapombue 2
Nhamissongora 2 12
Tsiquir + Botho 5 35
Nhandar -
Magoe 2 6
Machisso 1 6
Mucodza 1
Nhampassa 7
Nhangeia 4
Tazaronde 19 1 (8)
Nhanchururu 9
Nhandemba 7
Pavoa 1 8 1 (5)
Moniquera 5
Nhambondo 17
Nhauranga 6
Tambarara 10
Tsaca 6
Egipto 4
Nhaenge 13
Nhadua 4
Nhataca 16
Pungue 10
Matacamachaua 8
Madzimachena 10
Nhambita 2
Cavalo 3 13
Piro: 2
Nhanchengue 1
Casa-Banana 1
Mudziwangunguni 1
Nhanguco 6
Nhamusserusseru 4
Nhaussembe 12
Sub total 8 35
POSTO ADMINISTRATIVO DE NHAMADZI
Canda: 3 44
Cudzo 2 8
Nhamize 2
Mangu 3
Chitunga 3
Domba 3
Muromboze 29
Nhambirira 8
Nhambua 21
Maruru 13
Bagolangoma 13
TOTAL: 48 412 2
O abastecimento de água ainda é insuficiente para a maioria dos aglomerados populacionais que se
localizam longe dos cursos permanentes de água.
A tabela a baixo, mostra o estado actual das fontes da água protegidas, dos 37 furos de água abertos, 4
possuem bombas avariados, 4 estão destruídos, enquanto que os restantes funcionam com bombas
manuais.
Não existe sistema de abastecimento de água domiciliária à Vila. De referir que os acampamentos do
PRODER, Centro de Recursos para Professores e o Centro de Saúde de Gorongosa possuem ligação
domiciliária de água a partir dos furos próprios .
Existem iniciativas comunitárias que são apoiada pelo Governo e pelo PRODER, visando a melhorar o
acesso a agua potável, que consistem no seguinte.
• A maioria da população do distrito não tem acesso às fontes de água protegidas (isto é; furos e poços
melhorados);
• Avarias frequentes das bombas água, particularmente as que possuem maior profundidade;
• Deficiente utilização das bombas de agua;
• Limitados conhecimentos das comunidades sobre a manutenção das bombas;
• Inexistência de pecas sobressalentes no mercado local;
• Inexistência de um sistema com capacidade suficiente para o abastecimento de água a vila.
4.4.1 Saneamento
Esta realidade sanitária é provavelmente responsável pela prevalência de doenças diarreicas. Desde 1998,
as condições sanitárias nos principais aglomerados populacionais vai melhorando significativamente em
relação ao interior do distrito que é dominado pelos procedimentos muito mais rurais (fecalismo ao ar
livre, por exemplo).
4.4.2 Drenagem
A Vila de Gorongosa está situada num terreno que se caracteriza por acidentes topográficos de acentuada
irregularidade. Esta disposição espacial constitui por um lado, drenagem natural das águas residuais, e por
outro lado, provoca erosão dos solos.
Para combater o fenómeno de erosão, todo o uso e aproveitamento do solo, deveria ser acompanhado com
medidas ambientais de protecção desse recurso natural e da reposição da cobertura vegetal perdida. O
sistema de drenagem das águas residuais por meio de valas de drenagem a céu aberto que existiu na sede
do distrito, deixou de funcionar, por falta de manutenção.
5 Serviços Sociais
5.1 EDUCAÇÃO
1. Aumentar o acesso e melhorar a retenção, com particular atenção para a redução das disparidade
de idades , regionais e do gênero.
2. Continuar a implementar as medidas para melhoria da qualidade da educação , através acções
selectivas abrangendo as variáveis de maior impacto.
3. Reforçar a capacidade institucional especialmente nas áreas de analise de politicas, planificação ,
gestão e administração do sistema .
O sector de educação de Gorongosa, funciona com 9 Zonas de Influência Pedágogica. No EP1 tem 55
escolas, EP2 com uma, EPC tem 6 e uma Escola Secundária geral do 1º ciclo. Totalizando 63 escolas,
com cerca de 177 salas de aulas e 1.541 carteiras, para um efectivo de 24.062 alunos, também funcionam
no Distrito 49 centros de A.E.A com 5.072 Alfabetizandos e educandos.
No DE
NOME DA ESCOLA TIPO DE CONSTRUÇÃO ESTADO FÍSICO EQUIPAMENTO
SALAS
EPI de Nhabirira 03 Melhorada Bom 25 Carteiras
EPI de Muera 02 Convencional Bom 50 Carteiras
EPI de Canda Central 02 Melhorada Bom 50 Carteiras
EPI de Cudzo 02 Precário Mau Nenhum
EPC de 25 de Setembro 04 Convencional Bom 100 Carteiras
EPI de Murombodzi 03 1 Convencional 2 Precário Bom, Normal Bancoc fixos
EPI de Nhandar 03 1 Convencional e 2 Precário Bom, Normal Nenhum
EPI Mateus S. Mutemba 02 Precario Normal Nenhum
EPI de Domba 02 1 Convencioal 1Precário Precário Nenhum
EPI de Nhamadzi-Cudzo 01 Precário Precário Nenhum
EPI de Lumpuepua 02 Precário Precário Nenhum
EPI de Maruro 02 Precário Precário Bancos fixos
EP 1 Baramanza 01 Precário Normal Bancos fixos
EPI de Chitunga 03 2 Melhorado 1 Precário Precário 15 Carteiras
TOTAL 14 Escolas 32 Salas 240
Fonte: DDE, 2005
O levantamento feito para o presente estudo teve como base o número de alunos matriculados nos anos
lectivo de 2003, 2004 e 2005.
No ano lectivo de 2003 foram matriculados no curso diurno, 15.950 alunos no EP1, 1426 do EP2 e 734
no ensino secundário geral. E no ano escolar de 2004, foram matriculados 19.462 alunos no EP1, 1739 do
EP2 e 786 no ensino secundário geral do 1º Ciclo.E no ano 2005, foram matriculados 21032 no EP1,2006
no EP2 e 1024 no ESG1.
A educação no distrito contou com 427 Funciorios, sendo 344 docentes (17 Técnicos e 66 de apoio
Geral), destes 216 são do aparelho do Estado e 128 fora do quadro.
Por nível do ensino a situação seguinte:EP1 =223 dos quais 50 são mulheres , EP2 =53 dos quais 50 são
mulheres e ESG.=26 dos quais uma (1) é mulher.
Para providenciar maior acesso ao Ensino Básico completo, o sector Distrital de Educação vai prosseguir
com a expansão do 2º grau do ensino primário , onde for necessário e possível , através da introdução
paulatina deste nível nas escolas primárias do 1º grau , constituindo, deste modo, escolas primárias
completas. Assim, ao longo do Quinquénio, 2005/9 , será introduzido o 2º grau do ensino primário nas
actuais escolas do EP1 seguintes:
A necessidade de aumentar a rede escolar no ensino primário do distrito obrigou a identificação de uma
experiência útil: O projecto de construção de escolas comunitárias.
É uma experiência levada a cabo com a participação de três actores, nomeadamente o Governo do distrito
através do sector de educação, o Sector privado e a comunidade.
O sector de educação possui uma área especifica, que trata dos assuntos relacionados com a rapariga na
educação. Para melhor desempenho e abrangência, o trabalho e realizado em coordenação com as ZIP ao
nível de todo o distrito.
Por se situar ao longo do corredor centro nordeste, o distrito e atravessado por pessoas vindas de vários
cantos do pais, o que o torna susceptível a proliferação da epidemias do HIV/SIDA.
Assim, o sector de educação esta a levar a cabo um programa de prevenção desta epidemia através de
acções que envolvem alunos e professores, na implementação do programa nacional meu futuro é minha
escolha.
1. Política do sector
2. Situação actual
o sector funciona no distrito com um único funcionário , existem vários grupos culturais , teatrais das
escolas dos Bairros e locais históricos .
o sector enfrenta um grande problema; não tem instalação e funciona na Biblioteca do centro de Recursos
para professores , não tem orçamento do Estado, não tem meios de transporte nem material de expediente
, nem ajudas de custo.
1. Politica do sector
Massificação da actividade física e desportiva para que todos os Cidadãos usufruam dos seus benefícios.
Será preocupação do Governo promover e faciltal mecanismo que permite.
2. Situação actual
O sector promove acções de combate do HIV/SIDA, através de grupos culturais, que transmitem
mensagens de sensibilização nesta luta, como forma de levar a cabo o programa meu futuro e minha
escolha. E Valorizando particularmente o papel da mulher através da manifestação cultural e pratica
desportiva.
Se bem que a saúde da comunidade resulta de um esforço multi-sectorial, então é necessário garantir as
condições basicas as populações.
O sector de Saúde é constituído por 18 unidades sanitárias, sendo, 1 Centro de Saúde localizado na sede
do distrito, 10 Centros de Saúde de tipo III(com maternidade) em Mucodza, Vunduzi,Nhamadzi-Canda,
Piro ,Nhamissongora, Tsiquir, Púngue, Cudzo e Muera e 7 Postos de Saúde localizados em, Chitengo,
Domba, Nhataca, Chionde, Nhabirira, Centro Educacional e Tazaronda. Todos os Centros e Postos de
Saúde atrás mencionados, encontram-se a funcionar.
Ao nível do distrito, as estatísticas do sector indicam que existe um quadro de pessoal com apenas 55
Funcionários, sendo uma médica, 8 técnicos de saúde, 22 enfermeiros básicos, 2 Enfermeiros
elementares, 2 parteiras, 20 agentes de serviço e 22 matronas.
Muitas localidades do interior do distrito, deparam-se com falta de infra-estruturas sanitárias. Por
exemplo, as populações de Muzuangungune, Murrombozi.
A Direcção Distrital de Saúde, considera existir um défice no pessoal médico e para-médico disponível.
De uma maneira geral, o numero de pessoal tecnico-profissional deveria aumentar tanto em quantidade
como em qualiadade. sendo 5 agentes de medicina curativa , 6 enfermeiras de SMI como necessidades
para as unidades periféricas que actualmente funciona com pessoal não qualificado.
No distrito funcionam 6 postos fixos de vacinação, que se localizam nos centros de saúde da Sede,
Mucoza, Vunduzi, Piro, Canda e Muera.
As campanhas de vacinação de crianças e mães grávidas cobrem quase todo o distrito. Nas localidades
sem unidades sanitárias elas são feitas através de brigadas móveis.
As principais doenças no Distrito são: A Malária, Mal Nutrição, HIV/SIDA, diarreias, tuberculose,
infecções respiratórias e anemia.
A tabela abaixo retrata a disponibilidade de camas no Distrito, sendo o total de 91 camas, distribuidas em
88 para os centros de saúde e 3 para os postos de saúde.
5.4.6 HIV/SIDA
Política Nacional
O Plano Estratégico Nacional de combate as DTS /HIV/SIDA, traça a situação em Moçambique, com
metas e estratégias para o periodo de 2005 á 2009 elaborado por todos Ministérios.
A situação actual do HIV/SIDA no Distrito é alarmante, visto que o distrito é atravessado pela estrada
Nacional nº 1 que liga o Sul ,Centro e Norte do Pais , contribuindo deste modo para alastramento da
doença , através do movimento dos negociantes.
Para se ultrapassar esta situação existem várias organizações , associações e grupos que lutam para a
redução dos indices de prevalência.
Sensibilização
Sensibilização das Comunidades na formação CCC( Coligações de Cuidados Comunitários)
Visitas Domiciliárias
Apoio Psico Social
Teatros
Distribuição de material I.E.C.( Informação , Educação e Comunicação)
Prevenção
Educação sanitária
Formas de financiamento
A maior parte das associações dependem de doações.
- Prestar assistência dos grupos alvos populacionais com carencia de apoio social, material ou
moral nomeadamente criança idoso pessoa portadora de dificiência mulher vulneravel e
outros.Promovendo o seu bem estar atraves da elevação do seu nivel de vida e extenção de
oportunidades para o maximo desenvolvimento das suas capacidades.
- Desenvolver acções para atenuar o impacto das medidas de ajustamento estrutural sobre as
camadas vulnerável da população.
O Papel do Governo
O Governo responsabiliza-se pela elaboração e divulgação da Política Nacional da Acção Social através
actividades sociais.
A sociedade civil, sobretudo o sector privado sem fins lucrativos, deverá desenvolver actividades sociais
para grupos sociais mais vulneráveis.
Essas acções serão desenvolvidas junto das comunidades, tanto nos locais de residência como nos locais
de actividades económicas, sociais e culturais.
O papel do Governo vai resumir-se no enquadramento das diferentes iniciativas junto das
comunidades.No encaminhamento dos procedimentos Administrativos e Jurídicos e ainda na avaliação e
monitorização dos efeitos dessas iniciativas .
O sector de acção social, no distrito foi criado no ano de 1994. A sua presença neste, que foi um dos
distritos intensivamente atingidos pelos efeitos da guerra, continua a ser necessária principalmente na
identificação, enquadramento e facilitação dos grupos vulneráveis da sociedade no acesso a providência
social do Estado e sector privado.
A Acção social no distrito e feita nas areas da pessoa portadora de deficiencia, pessoa da 3ª idade, da
mulher (viuvas e maes solteiras) e ainda na area da criança em situaçao dificil, por meio do registo do
numero de desfavorecidos, apoio em material escolar, vestuario e passagens de certificados dfe
vulnerabilidade na sareas ja descritas.
Grupos assistidos:
Hiv/Sida e Gênero
De uma maneira geral, os problemas sociais que afectam o distrito prendem-se com o nível de
desenvolvimento económico e social, com a degradação física e moral da população devido a guerra e
ainda com o fraco acesso ao esquema de reabilitação do tecido social e da sua infra-estrutura. Deste
modo, preferiu-se agrupar os principais problemas em blocos homogéneos como a seguir se apresentam:
• Precárias condições de habitação para mães chefe de família, crianças chefes de familia idosos
desamparados e outros.
O sector funciona a nivel do posto administrativo sede do distrito com uma cobertura ao nivel do
distrito atraves das brigadas moveis de registo de nascimento.
Para permitir a aproximação dos serviços ao publico, a luz do diploma ministerial nº 114/04 de 30
de Junho, cria os postos de registo civil nos postos administrativo deste distrito faltando a sua
implementação devido a falta de meios humanos e materiais.
Articulação é feita através de encontros regulares com os lideres comnutária estes transmitem as
conclusões dos encontros as suas cominidades, na educação dos cidadãos á promoção do registo dos seus
casamentos tradicionais, nascimentos e óbitos a luz do diploma ministerial 80/04 de 14 de Maio.
No posto administrativo sede funciona a Conservatória do registo e notariado e nos posto administrativo
de Nhamandzi e vunduzi foram criados os postos de registo civil a luz do diploma ministerial 114/04 de
30 de Junho faltando a sua implementação devido a recurso humanos e materiaias.
Actualmente os serviços estão sendo assegurados pelas brigadas moveis nos postos administrativos e
localidade.
Atribuição e competência
Assegurar os registos dos actos impostos por designadamente respeitante a esfera pessoal e prática
os actos juridicos e extrajudicias, com a excepção do registo predial, comercial, automóvel e
Celebração de escritura publica que é da competência da cidade da Beira e Dondo.
Compete ainda a liquidação e pagamento de imposto de selos relativamente aos actos, contrato e
outros factos que sejam interviniente a luz do decreto lei nº 5/04 de 1 de Abril.
Atraves do sector dos assuntos religioso no distrito o estado articula com diversas confissões religiosas.
No Distrito existem 42 Seitas religiosas distribuidas em todos postos administrativios com a excepção da
Muçulumana, Adventista do 7º dia, Testimunha de Jeová e Reino de Deus que funcionam no posto
administrativo sede.
Generalidades
Por se tratar de um distrito que foi seriamente afectado pelo conflito armado, obviamente, muitas minas
ainda se encontram espalhadas, havendo assim a imperiosa necessidade de removê-las.
O reconhecimento dos locais minados é sempre feita com o apoio da população local. Os locais já
identificados incluem:
a) Nas localidades
Os locais desminados são indicados pelo governo do distrito como sendo prioritários para o
desenvolvimento económico e social do distrito.
Neste sector as instalaçoes estao em pessimas condiçoes para o funcionamento que carece uma
construçao de raiz incluindos as residencias para o pessoal tecnico.
6 Meio Ambiente
A Constituição da República confere a todos os cidadãos, o direito de viver num ambiente equilibrado,
assim como o dever de o defender.
A gestão ambiental baseia-se em princípios fundamentais decorrentes do direito de todos os cidadãos a
um ambiente ecologicamente equilibrado, propício à sua saúde e ao seu bem-estar físico e mental.
A exploração madereira é uma das actividades económicas que contribui de grosso modo para a maior
parte dos problemas ambientais ligados a erosão dos solos, o aquecimento da superfície terrestre entre
outros.
Como consequência imediata, algumas localidades administrativas já sofrem o efeito da erosão dos solos
enquanto que outras há, que já começaram a contar com solos agrícolas empobrecidos ou mesmo com
rios e lagos sem água durante a época das secas.
Na zona Tampão do Parque Nacional de Gorongosa o conflito armado ora terminado pois em causa a
vida de algumas espécie de animais; tais como Zebra, Rinoceronte.
Esse comportamento de exploração dos recursos do Parque Nacional obrigou a Administração do mesmo
e outras hierarquias com ele relacionados a tomar medidas correctivas visando salvaguardar a fauna e a
flora daquela instância turística nacional.
A Serra de Gorongosa é um ecossistema que desempenha importante função tanto para a micro-região em
que se encontra localizada como para o Parque Nacional de Gorongosa. A água que abastece o Lago
Urema, no Parque de Gorongosa, provém da serra de Gorongosa. A bio-diversidade animal e vegetal que
ela possui, contribui de maneira directa na vida animal e vegetal do Parque.
A Serra de Gorongosa, do ponto de vista económico e social, é um lugar que pode contribuir para o
desenvolvimento do distrito na medida em que nela se pode desenvolver o eco-turismo, a pesca de
pequena escala e ainda, a exploração sustentável de vários recursos pelas comunidades.
Os problemas ambientais que já se fazem sentir com relativa intensidade são por um lado provocados pela
acção humana e por outro lado provocados pela morfologia do próprio terreno.
Prática de caça furtiva e abate indiscriminado de árvores de valor económico;
Alta exploração madeireira e sem nenhum programa de gestão;
Construção de habitações nas colinas e nos declives acentuados das montanhas;
Erosão dos solos nas terras altas do interior;
Queimadas descontroladas praticadas pelas populações durante a abertura de machambas e caça
de animais;
Pressão humana sobre os recursos naturais nalgumas localidades provocada pela guerra.
7 Áreas protegidas.
Generalidades
Em 1920, parte do território do actual distrito de Gorongosa foi indicada para ser área de caça controlada,
e servir de principal fonte de proteína animal, para abastecer aos homens que iriam trabalhar na maior
plantação de açúcar e copra que seria estabelecida nessa altura, na região. Por volta de 1935, os 1.000 km2
de área de caça foram elevados à categoria de reserva, com o aumento da sua superfície para 3.000 km2.
A primeira sede da referida reserva foi estabelecida no início dos anos 1940, mas um ano depois, devido à
constantes inundações, foi transferida para a chamada “Casa dos Leões”. Em finais dos anos 1950, a área
de Chitengo foi identificada como a sede da reserva, e aí foram erguidas as infra-estruturas para o
funcionamento da unidade administrativa e de gestão da reserva.
Em 1960, a reserva foi elevada a categoria de Parque Nacional, com a actual área de 3.770 km2.
Um Parque Nacional é uma zona delimitada e legalmente protegida, destinada ao fomento, protecção,
conservação da vegetação e dos animais bravios nele existentes bem como as paisagens ou formações
geológicas de particular valor científico, cultural ou estético no interesse público.
Salvo razões científicas ou de necessidade de maneio sustentável dos recursos, nos Parques Nacionais são
estritamente interditas as seguintes actividades:
Em 1982, antes da eclosão da guerra civil, o Parque Nacional de Gorongosa tinha dois acampamentos
turísticos principais (Chitengo e Boa Vista). O número recorde de visitantes (11.000 turistas) foi atingido
em 1973, confirmando assim o estatuto de um dos melhores Parques africanos de fauna bravia.
Devido a instabilidade militar prevalecente na região, o Parque ficou encerrado por mais de 10 anos tendo
ficado ao fim desse período com a fauna, a flora e mesmo as infra-estruturas turísticas completamente
reduzidas a quase nada.
Em 1996, a GERFFA- Projecto de Gestão dos Recursos Florestais e Faunísticos da Direcção Nacional de
Florestas e Fauna Bravia, com um financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento, assumiu a
O Parque Nacional de Gorongosa, para além de ser um grandioso centro turístico, é uma reserva florestal
e animal de dimensão nacional. Localiza-se entre os distritos de Cheringoma, Muanza e Gorongosa e
ocupa uma área de terra de 3.770 km2 dos quais 1.876,5 encontram-se localizados no distrito de
Gorongosa, que corresponde a 50% da área do parque. Essa área representa cerca de 24,5% da área total
do distrito .
Está em elaboração o Plano de desenvolvimento do Parque, o qual irá indicar as linhas gerais da política
de desenvolvimento do Parque nos seus diferentes sectores de actividades. Por outro lado, o Governo está
a estudar a possibilidade de privatizar a gestão de algumas actividades do Parque.
O Plano Distrital de Desenvolvimento de Gorongosa aborda o Parque como um sector económico, social
com valiosa contribuição para o desenvolvimento do distrito. Para além de pequenas obras de reabilitação
das infra-estruturas da sede do Parque, a fiscalização florestal e faunística bem como a gestão comunitária
dos recursos são outras actividades em curso no Parque. Actualmente, o Parque possui 96 Fiscais
distribuídos em 17 Postos Fiscais. Assim, Gorongosa tem 7 Postos Fiscais; Muanza, 7 Postos Fiscais;
Cheringoma, 2 Postos Fiscais e Chitengo tem 1 Posto móvel que serve de Posto Socorro aos postos
anteriormente citados.
• Levantamento ecológico
• Controlo dos níveis de assoreamento do Lago Urema
• Contagens aéreas e terrestres de animais
• Reabertura de cerca de 100 km de picadas dentro do Parque
Engloba duas áreas eco-turísticas nomeadamente a do Bué-Maria e a do Nhascuvo como a seguir são
descritas:
• Localiza-se no limite sul do Parque, na região adjacente do Rio Púngue (base do Rift Valley)
• Tem 4 ha de superfície
• Está inserida na base do Rift Valley
• Foi o principal acampamento turístico do Parque antes do conflito armado
Engloba duas áreas eco-turísticas nomeadamente a de Boa-Vista e Xivulo como a seguir são descritas:
Por esta razão, surgirem frequentemente conflitos entre os gestores das áreas de conservação e os que
praticam actividades ilegais, com o aumento dos habitantes do Parque e de uma maneira geral, devido ao
aumento das necessidades de uso e aproveitamento dos recursos naturais e ainda a determinadas práticas
de uso de terra não sustentáveis.
As medidas sectoriais que tem vindo a ser adoptadas para corrigir essa realidade, resumem-se na
fiscalização do Parque e na imposição de medidas administrativas aos furtivos e no envolvimento das
comunidades na gestão dos recursos.
O Parque Nacional de Gorongosa é uma área protegida e portanto possui um conjunto de Princípios de
Maneio e Desenvolvimento da Zona Tampão com os seguintes objectivos:
Uma das dificuldades no estabelecimento das zonas tampão é a definição dos limites, especialmente onde
não existe limites naturais. Para o caso do Parque Nacional de Gorongosa, os limites da zona tampão são:
• Limite Norte: Compreende as áreas de vigilância das extintas coutadas 1 e 3 e uma faixa de cerca de
5 km ao longo do Rio Nhandinde, ao Norte do Parque Nacional até a Vila de Inhaminga.
• Limite Sul: É a faixa de mais ou menos 5 km de largura ao longo da margem Sul do Rio Púngue,
entre a EN 213 Dondo-Inhaminga e a EN1 Inchope-Vila de Gorongosa.
• Limite Este: É a área confinada entre o limite Leste do Parque e a EN 213 Dondo-Inhaminga, desde
o Rio Mazamba à Samacueza.
• Limite Oeste: Esta área é delimitada pelos Rios Vunduzi e Púngue ao Norte e Sul respectivamente e
pela EN 323 e o limite Oeste do Parque.
• Estender a protecção dos ecossistemas únicos, áreas especiais, culturais e sagradas e bancos genéticos
de biomas que transcendem os limites legais do Parque e Co-Gestão.
• Providenciar a primeira fase na dispersão racional do material genético protegido dentro do Parque.
• Garantir a segurança e estabilidade ecológica dos factores bióticos e abióticos contra actividades
incompatíveis com os objectivos do Parque.
• Providenciar modelos de utilização sustentável dos recursos naturais renováveis que podem ser
extrapolados para outras áreas.
• Providenciar incentivos económicos práticos e perceptíveis para a protecção dos recursos para o
Parque.
O sucesso na gestão do Parque Nacional de Gorongosa está directamente ligado ao sistema de maneio
(conservação, utilização dos recursos naturais) estabelecido para a Zona Tampão.
Os habitantes do Parque bem como os seus vizinhos estão fortemente dependentes dos recursos da Zona
Tampão de onde provém a sua subsistência.
a) Actividades permitidas
• Agricultura sedentária
• Apicultura
• Caça tradicional (uso de armas tradicionais)
• Colheita de frutos e plantas medicinais
• Colheita de materiais de construção (estacas, bamboo, capim e corda)
• Eco-turismo
• Exploração florestal
• Fabrico de carvão aproveitando as ramadas dos madeireiros
• Pastorícia
• Pesca (artesanal)
São todas aquelas actividades que contribuem para a degradação ecológica e impedem o desenvolvimento
económico e social das comunidades locais.
• Agricultura itinerante e nas encostas das margens dos rios
• Caça comercial
• Queimadas descontroladas
• Exploração mineira
É um eco-sistema que deve ser protegido devido a sua rica bio-diversidade vegetal e animal. Ocupa uma
extensão de 36.751,14 hectares com uma altitude máxima de mais de 1.800 metros. Localiza-se entre os
Postos Administrativos de Nhamadzi e Vunduzi. Não faz parte do Parque Nacional mas a água dos rios
que ali nascem, abastece os lagos do Parque, como é o caso do Lago Urema.
Assim, são protegidas todas as terras acima da curva de nível dos 700 metros e todos os cursos de água no
extremo oriental da Serra, incluindo uma faixa de terra de 50 m de largura para cada lado. O uso
comunitário dos recursos incluindo a caça é praticado na área entre os cursos de água abaixo da curva de
nível de 700 m para Este, até a fronteira ocidental do Parque.
7.1.6 Coutadas
Coutadas são áreas delimitadas, de domínio público ou particular, nas quais o direito de caçar está
reservado aos indivíduos que para tal obtiverem autorização das entidades competentes.
Ao nível do Governo, o licenciamento da caça dentro das coutadas, bem como o respectivo controlo é da
responsabilidade do sector de Turismo. Enquanto que fazendas bravias e florestais são da
responsabilidade Agricultura. Nas coutadas oficiais, são permitidas as seguintes actividades:
Entretanto, não é permitido nas coutadas, o exercício das actividades a mencionar a seguir:
• Queimadas descontroladas
• Exploração florestal em regime de licença simples
• Agricultura de rendimento
Distrito de Gorongosa
8 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração do distrito
Direcção distrital do SISE
Direcção distrital de Agricultura
Direcção distrital de Educação e Cultura
Direcção distrital de Saúde
Direcção distrital de Indústria, Comércio e Turismo
Direcção distrital da Juventude e Desportos
Direcção da mulher e Acção Social
Conservatoria dos Registos e Notariado
Comando distrital da Polícia da República
Tribunal Judicial
Cadeia Civil
A sessão do governo é o órgão máximo do poder administrativo do Distrito e reune-se regularmente, uma
vez por mês.
Em termos de formação académica a administração do distrito conta com seguinte quadros, como ilustra a
tabela seguinte.
12a 10a 9a 8a 7a 6a 5a 4a 3a 2a 1a
Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe Classe
03 05 04 05 08 10 01 04 06 01 01
Em termo de meios circulantes,a administração do distrito tem apenas 21 unidades, sendo 4 viaturas, 2
tractores , 2 motos, 2 motas 50 e 11 bicicletas. Administração possui 19 edificios entre residências e
serviços.
No fim do ano económico de 2000 o saldo foi positivo em cerca de 13 mil contos. Mas no ano seguinte, a
despesa pública foi 33 mil contos mais elevada do que a receita.
A receita da Administração provém de impostos e da contribuição do Orçamento do Estado de nível
provincial e as principais despesas são salários dos funcionários e o fornecimento de bens e serviços.
Deste leque de limitações resulta quase toda uma serie de deficiência no fornecimento de serviços ao
publico o prejudica de certa forma economia, particularmente na comercialização de excedentes agrícolas
do distrito
Âmbito Localização
PROBLEMAS / LIMITAÇÕES
Agua e saneamento Insuficiencia de fontes de Todo o Distrito
abastecimento de agua
Inexistencia do sistema de Todo o Distrito
abastecimento de agua
domiciliaria na sede do distrito
Agricultura Utilização por parte dos Todo o Distrito
camponeses de tecnologias
inadequadas
Elevado índice de erosão Nhamadzi, Vunduzi
Elevadas perdas de produção Todo o Distrito
agrícola durante a conservação
pós -colheita
Pecuária Defeciente cobertura sanitária Todo o Distrito
para a prevenção e control de
doenças
Inexistencia de um matadouro Sede
Florestas e Fauna Bravia Elevado indice de queimadas Todo o Distrito (Zona Tampão)
descontroladas
Abate indescriminado de Todo o Distrito
árvores
Estradas e Pontes Mau estado de conservação de Todo o Distrito
algumas das estradas tercearias e
pontes
Indústria Limitada capacidade de Todo o Distrito
processamento dos produtos
Comercio Descapitalização dos Todo o Distrito
Âmbito Localização
PROBLEMAS / LIMITAÇÕES
comerciantes
Turismo Reduzidas infra-estruturas Parque Nacional
Recursos minerais Extração ilegal de ouro Tsiquir
Comunicações Insuficiencia de meios de Vunduzi e Nhamadzi
comunicação dentro do distrito
Educação Escolas construidas de material Todo o Distrito
precário
Apetrechamento limitado de Todo o Distrito
mobiliário escolar
Insuficiencia de professores Todo o Distrito
formados
Saúde Insuficiencia do pessoal técnico Todo o Distrito
qualificado
Longas distancias entre Todo o Distrito
unidades sanitarias
Aspectos ambientais Prática de caça furtiva Todo o Distrito (Parque
Nacional)
Abate indiscriminado de arvores Todo o Distrito (Parque
de valor económico Nacional)
Construção e cultivo nas zonas Serra de Gorongosa
de montanha com declive Cudzo e Vunduzi
acentuado
Administração Pública Insuficiencia de residencias para Postos Administrativos
funcionários
Insuficiencia de instalações para Pungue, Cudzo e Casa Banana
funcionamento
Para o desenvolvimento economico e social o Distrito possui potencialidades em duas areas de agricultura
e Turismo.
O sector familiar e comercial, pratica frequentemente as seguintes culturas de rendimento: Piri-piri (para
exportação), apicultura, fruticultura, algodão , girassol, soja, batata, feijões algodão e hortaliças.
Existem ainda boas condições para pastagem, no Posto Administratitvo de Nhamdzi, o que constitui um
potencial para a criação de gado, que podereria contribuir sobremaneira para a tracção animal.
No Distrito, está estabelecido o Parque Nacional de Gorongosa, com uma rica diversividade de espécies
animais e florestais.
10 Estratégia de Desenvolvimento
Introdução
É através desta que o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito, ganha corpo para a solução dos
principais problemas da comunidade.
No cumprimento do plano quinquenal do Governo, o Distrito traçou algunhas linhas de acções, com vista
a redução da pobreza absoluta no seio da população.
Para tal na área da agricultura preve-se o fomento de culturas de rendimento, (algodão, Gergelim,
Girassol), Fomento de animais de pequena especie (caprinos, perus e galinhas do mato) e fomento de
fruteiras ( Ananazeiros, litcheiras).
Na educação preve-se a ampliação da rede escolar, construção de escolas com material convecional, criar
pomares escolares, aumento da produção escolar, criar nas comunidades escolares familias sem
analfabetismo.
Nas Obras Públicas esta previsto a abertura de estradas garantir a sua manutençãao, reabilitaçao de pontes
e abertura de mais fontes de abastecimento de agua potavel.
As principais potencialidades do distrito são o parque nacional de Gorongosa com a sua fauna bravia
diversificada, a serra de Gorongosa e uma extensão de floresta nativa com uma grande variedade de
espécies florestais de grade valor económico, e possui terras férteis para prática de agricultura.
Em termos de desenvolvimento, as áreas criticas no Distrito são as regiões de Casa Banana e Muera , que
é assolada por um défice de produtividade constante, a região de Cudzo tem grandes limitações em
termos de transitabilidade rodoviária, devido a grande degradação das vias de acesso, o problema de
queimadas descontroladas afecta maioritariamente a zona tampão do parque, pondo em perigo o habitat
do parque nacional de Gorongosa.
O Turismo, poderia ser uma das alavancas de desenvolvimento do distrito, a outra área a ser explorada
poderia ser a agricultura, visto que o distrito comporta uma grande reserva hídrica e uma grande extensão
de terras férteis.
De uma análise minuciosa da situação actual do Distrito, resultou numa subdivisão em micro regiões que
apresentam características similares em termos de condições agro-ecologicas, densidade populacional,
distribuição de infra-estruturas sociais e económicas.
A definição das regiões de desenvolvimento, permite uma melhor visualização da situação actual do
distrito, pois este não tem o mesmo nível desenvolvimento em todo o território, e no momento de
implementar qualquer acção que seja para a melhoria na prestação de serviços a população, procura-se
fazer de forma a reduzir as assimetrias o máximo possível, concorrendo assim para a redução da pobreza
no distrito.
Assim, o distrito de Gorongosa ficou dividido em quatro regiões de desenvolvimento, de acordo com as
suas características, problemas e potencialidades.
Região A:
Abrange os Regulados de Tambarara, Canda e Sdzungira.
Caracterizada por uma grande densidade populacional, um micro clima que favorece uma grande
diversidade de flora e fauna, devido as suas condições físico naturais predominantemente de rios
permanente e relevo de montanha, possui terras aráveis a pratica de agricultura e pecuária, ha indícios de
ocorrência de minerais como o ouro.
Região B:
Cobre a zona do Parque Nacional de Gorongosa, é uma região de planícies, que comporta um ecossistema
diversificado e uma grande variedade de espécies florestais e faunísticas.
Região C:
Esta região abrange a localidade de Casa Banana, as povoações de Piro, Jutchenge, Muziuangungune,
Boto, Tsiquir, Mucodza, Bunga e Nhandemba e Nhambita , que constituem a zona tampão do parque
nacional de Gorongosa.
Possui uma vasta planície, que comporta um ecossistema diversificado e uma grande variedade de
espécies florestais e faunísticas. Mas é de destacar que algumas regiões, tais como a de Casa Banana, são
assoladas por uma queda irregular de precipitação, o que faz com que a disponibilidade de agua seja
limitada.
Região D:
É basicamente a região da serra de Gorongosa, é predominantemente montanhosa, com terras aráveis,
predominância de uma grande biodiversidade o que faz com que a sua flora e fauna seja muito
diversificada e possui condições agro-ecologicas propicias à produção agro-pecuária.
Distrito de Gorongosa
Zona de conservação –
Serra de Gorongosa
Área de transição –
Zona tampão
D
A C
B
Área de conservação –
Parque Nacional de
Zona caracterizada por alta Gorongosa
densidade de população e
alto potencial agrícola
Região A:
Debate-se com o problema de insufiência de fontes de abastecimento de água potável.
Este facto deve-se ao maior número de fontes de abastecimento de agua avariadas no Distrito.
Região B:
É assolada por queimadas descontroladas.
Este facto deve-se ao crescimento numero de caçadores furtivos e queimadas descontroladas.
Região C:
Debate-se com o problema da caça furtiva.
Região D:
Ocorrência de erosão
Devido ao cultivo nas zonas de grande inclinação.
Até 2009, o Distrito possui infra-estruturas de comunicação abrangentes, abastecimento de agua potável,
em boas condições, os níveis de produção agro-pecuários tornam o distrito num celeiro da região,
melhora o agro-processamento rural e tem serviços de assistência sanitária, educação excelentes e de
melhor qualidade, disponíveis a maior parte da população.
A nível da Comunidade:
Fóruns locais, lideres religiosos e comunitários, médicos tradicionais, professores, enfermeiros,
extensionistas, organizações baseadas na comunidade (comités de agua, de gestão de recursos naturais,
associação de camponeses)
A nível do Distrito:
Governo distrital, ONG’s (FHI, TCE, RITA, CVM), operadores privados, IPCC’s, ETP, agencias de
cooperação (GTZ/PRODER).
A nível Provincial:
Governo provincial, EPAP, DPPF, ONG’s, Agencias de cooperação, operadores privados.
Após análise dos principais problemas e suas causas, foram definidos os objectivos de desenvolvimento,
de onde são extraídas as principais alternativas para melhorar a situação actual de cada uma das regiões.
A região C, porque constitui a zona tampão, os níveis de gestão e maneio dos recursos naturais, devem
ser redobrados, de modo a reduzir a ocorrência da caça furtiva e das queimadas descontroladas.
Na região D, é onde esta estabelecido o coração que alimenta toda a biodiversidade da região do distrito
de Gorongosa, a redução dos níveis de cobertura vegetal devido a pratica da agricultura na encosta da
serra, leva a ocorrência da erosão facto que pode perturbar toda condição natural do lugar, sendo portanto
necessário reduzir todos factores negativos que concorrem a perturbação do ambiente da região.
Da analise efectuada aos principais problemas, por cada região, foram definidas as áreas de intervenção
abaixo, como principais focos de acção de modo a mudar a situação em que se encontra o distrito
actualmente.
Para a região A:
As áreas de formação, para melhorar o nível de percepção dos diferentes aspectos de desenvolvimento é
tomada como sendo de grande necessidade, na área de abastecimento de água é necessário que se
aumente mais fontes de abastecimento de água potável de modo a reduzir a distância e tempo de procura
desse precioso líquido.
Para a região B:
Tendo em conta o potencial para o desenvolvimento do turismo, que o parque de Gorongosa comporta, ha
uma grande necessidade de desenvolver medidas que visam a protecção do meio ambiente.
Para a região C:
O nível de uso de recursos naturais nesta região deve ser feito de uma forma muito cuidada, sendo
portanto necessário incrementar acções que visam a melhorar a capacidade de gestão dos mesmos e a
melhoria das tecnologias de produção agro-pecuária.
Para a região D:
A protecção do meio ambiente nesta região é vista como sendo de grande importância, para a manutenção
do ecossistema.
As matrizes que se seguem foram são resultado da analise dos diferentes problemas identificados nas
diferentes regiões do distrito, trazendo a luz as principais preocupações da Comunidades.
R2 – Preservada a vegetação Até 2009, pelo menos Estatisticas e visitas As populações reduzem
40% da população as areas de errosao
adoptam medidas de
combate a errosão com o
uso de
muralhas,vetigrass e
reflorestamento
ACTIVIDADES
R2. Estabelecido um parque de Até 2009, adquirido uma Relatórios Sector O.P.H junto as
maquinas para a Melhoria da pá mecânica, e um tractor Verificação comun idades
disponibilidade de equipamento participando na
construção e
Reabilitação das vias de
acesso.
Até 2009, as comunidades
R3. Capacitada a comunidade para a estarão capacitadas para Relatórios Técnicos capacitados
manutenção das vias de acesso manutenção das vias de Verificação em materias de
acesso Até 2009, são construção e
mantidos 15 estradas Reabilitação das v ias de
terciarias pela comunidade acesso
R5 – Construção de infra-estruturas
rodoviarias (500 km )
R2. Capacitadas a comunidade para Até 2009, capacitadas as Relatórios e Os técnicos formado
um melhor uso das fontes comunidades no uso das levantamento trabalham em locais
fontes em 1000 indicado e realizam ou
disponibilizados os
R.3. Melhorada a capacidade técnica Até 2009, treinado pelo Relatórios e fundos para construçao
para reparação das fontes de agua menos um técnico em cada levantamento do sistema de
Posto Administrativo abastecimento de agua
em matéria relevantes a
reparação de fontes de
agua no Distrito.
ACTIVIDADES
A1.1. Construir 20 fontes de abstecimento
de agua
A1.2 - Reabilitar as 8 fontes existentes
A2.1 - Capacitar os Comités de Gestão de
água
A2.2 - Adquirir acessórios 28 kits
A3.1. Sensibilizar as comunidades para o
correcto uso das fontes
A3.2 – Criar 28 Comités de gestão de
água
A4.1- Formar o pessoal do sector.
A4.2-Projectar o sistema de
abastecimento de água.
A5.3-Disponibilizar recursos necessários
a instalação do sistema.
A5.4-Construir o sistema de
abastecimento de água na Sede do
Distrito.
A6.1–Melhorar o sistema de saneamento
A6.2 Sensibilizar os agentes economicos
para venda dos acessorios das bombas de
agua.
A6.3 Construção para residencia para
Técnico Superior
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a rede Industrial de agro- Até ao ano 2009, Infra-estruturas Criadas condições de
processamento melhorada a rede indústrial construidas, utilização de
de agro-processamento em equipamento e equipamentos
20% relatórios. industrial
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada abrangência de utilização Até ao ano 2009, Relatórios As comunidades
de Tecnologias para o agro- aumentada abrangência de utilizam indústria agro-
processamento utilização de tecnologias -processamento.
de agro-processamento em
20%
RESULTADOS
R1. Mobilizadas as empresas para Até 2009, existem pelo Relatórios anuais As comunidades
venda de equipamento de agro- menos dois compram os
processamento. estabelecimento de venda equipamentos agro-
de equipamento agro- processsamento.
processamento no distrito.
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a rede comercial no Até 2009, promovidas pelo Relatórios Criadas condições de
Distrito menos 3 feiras comerciais apoio financeiro dos
por ano em todo o distrito comerciantes rurais
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a organização dos Até 2009, licenciados pelo Relatórios Os Comerciantes
comerciantes informais menos 50%, dos possuem licençsa de
comerciantes informais licenciamento
identificados
RESULTADOS
R2. Melhorada as infra-estruturas Até 2009, construídos pelo Relatório anuais Disponibilidade de
menos um mercado em Instituições de crédito
cada posto administrativo
a) Administração
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a prestação dos Serviços Ate 2009, pelo menos Balanço 2005-2009 Criadas as condiçoes
públicos a maior parte da população 60%, da população do de colectas das receitas
do distrito distrito tem acesso
Serviços públicos de
melhor qualidade
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a capacidade Tecnica e Ate 2009, pelo menos Relatório Criadas as condiçoes
Administrativa de prestação de 60%, dos funcionários de capacitacao
serviços públicos públicos, de todo o distrito
capacitados a fornecer
serviços de acordo com a
exigência do sector.
RESULTADOS
R1 – Melhorada a colecta das receitas Ate 2009, melhorada a Relatório Aumentada a colecta
e prestação de serviços colecta das receitas pelo de receita e melhorada
menos em 60%. a prestação de serviços
aos utentes
b) Registos e Notariado
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a cobertura dos Serviços Ate 2009, melhorados a Relatórios e balanços Admitido o pessoal
dos Registos e Notariados cobertura dos Serviços dos Sinteticos
Registos e Notariados,
através de brigadas moveis
em todo o distrito
OBJECTIVO IMEDIATO
Melhorado o nível de atendimento ao Ate 2009, pelo menos Relatórios Alocados
Publico 65%, da população do equipamentos
distrito tem acesso aos
serviços
RESULTADOS
R1 – Aumentada a capacidade Ate 2009, afectos ao Relatorios Anuais e Construidos Postos dos
Tecnica sector, 2 ajudantes, 1 Balanço Quinquenais Registos e Notariados
administrativo, 4 auxiliares
R2 – Construidas as infra-estruturas Ate 2009, construídos e Relatorios Anuais e Construidos Postos dos
estabelecer postos de Balanço Quinquenais Registos e Notariados
registos em todos os postos
administrativos
R6 – Cidadãos sensibilizados sobre a Até 2009, cidadãos Relatorios Anuais e Cidadãos aderem ao
necessidade de registo sensibilizados e registados Balanço Quinquenal processo de registo
em pelo menos 65% do
universo da população do
Distrito
ACTIVIDADES
A1.1-Admitir o pessoal Técnico
A5.1 – Apetrechamento em
mobiliario do escritotrio e
equipamentos.
C) Administração da Justiça
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a Administração da Até 2009 melhorada a Relatórios e Inquéritos Combatido a atropelo
Justiça tramitação e resolução de das normas jurídica
diverso expediente na pelos cidadãos
Administração da Justiça
em 30%
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a abrangência da Até 2009 aumentada Relatórios e Inquéritos A Comunidade usa os
Administração da Justiça a todos abrangência da Serviços da
níveis Administração da Justiça Administração da
aos níveis de posto Justiça
administrativo
RESULTADO
R1 Melhorada a divulgação das Até 2009, melhorada a Incentivado e
normas jurídicas; divulgação jurídica através disseminado as normas
de meios de informação jurídica;
publica a maior parte da
população
R2. Melhorada a capacidade técnica Até 2009, melhorara a Criadas as condições
capacidade técnica de financeiras
acordo com as exigências
do sector
R3 – Construídas e apetrechadas Até 2009, Construídas e Construídas infra-
infra-estruturas apetrechadas infra- estruturas judiciárias.
estruturas em mobiliarios
diversos
ACTIVIDADES
A1.1. Realizar, palestras seminários
de divulgação jurídica
A2.1. Contratação de técnicos
qualificados;
A3.1 Construir um edificio da
Procuradoria na Vila Sede.
A3.2 – Construir uma Tipo III para
Procurador na Vila Sede.
A.3.3 Construir um residencia para o
Escrivão do Tribunal na Vila Sede.
A.3.4 - Construir um residencia para
o Director da Cadeia na Vila Sede.
A.3.5 - Construir um residencia para
o Guardas Prisionais na Vila Sede.
A.3.6 – Reabilitar a Cadeia Central
na Vila Sede.
A.3.7 - Construir um Centro Prisional
na Vila Sede.
A.4.1 - Aquisição de um Computador
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorado o nível de qualidade da Até 2009, melhorada a Balanço quinquenal Alocação de meios de
ordem e segurança publica cobertura dos serviços (2005 à 2009) serviço
policiais a maior parte do
distrito
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentado dos efectivos para Até 2009, estabelecidas Relatórios anuais de Formação contínua do
prestação de melhores serviços unidades policiais com monitoria e avaliação pessoal
efectivos de boa
capacidade técnica, para a
melhoria da segurança e
ordem publica em todos
postos administrativos
RESULTADOS
R1. Reduzido o índice de Até 2009 reduzido o indice Relatórios Construídos Postos
criminalidade da criminalidade em 75% policiais nos Posto
Administrativos.
R2. Garantida a tranquilidade Até 2009 garantida a Relatório
pública; tranquilidade pública em
75%
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorados os serviços da Até 2009, reduzido o Relatórios Criada as condições da
Identificação Civil período de tramitação da redução do tempo de
Identificação Civil em pelo espera Bis.
menos 25%
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a eficiência da emissão Até 2009 aumentada da Relatórios A Provincia emite os
dos bilhete de identidade no distrito eficiência da emissao dos B.Is.
B.Is a nível local
RESULTADOS
R1. Melhorada a capacidade tecnica Ate 2009, afecto pessoal Relatórios Construídas as infra-
técnico qualificado de estruturas da SIC
acordo com as exigências A Comunidade usam
do sector SIC
ACTIVIDADES
A1.1. - Sensibilização da população.
A1.1 - Realização de campanhas de
emissão de Bis.
A1.2 - Construir um edificio para
serviços de identificação Cívil.
A.1.3 - Construir uma Residencias
para os Chefes dos Serviços.
e) Acção social
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a assistência a população Até 2009 cerca de 30% da Relatório balanço Garantida a alocação
vulnerável população vulnerável quinquenal do Governo de meios de compensão
identificada no distrito é e assistência
assistida alimentar
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada o acesso aos meios de Até 2009 pelo menos 30% Inquérito, balanço das As comunidades sem
compensação e assistência alimentar dos identificados actividades portecção social
beneficiam de meios de
compensação e assistência
alimentar em
RESULTADOS
R1 – População assistida Até 2009, criado pelo Relatório, inquéritos Formados de activistas
organizados em grupos para melhor menos um grupo por anuais, avaliação e comunitárias e Comités
assistência; localidade congregando os monitoria comunitários
assistidos
R2 – Melhorada a prestação dos Até 2009, pelo menos 30% Formados técnicos do
serviços ao grupo alvo do grupo alvo é assistido Sector
em todo o distrito
ACTIVIDADES
A1.1 – Realização de seminários de
sensibilização de activistas e Comités
comunitários
A1.2 Realizar o levantamento
número real da população vulnerável
A2.1 – Adquirir meios de
Compensação
A3.1 – Construir um edificio para
funcionamento na Sede do Distrito.
A4.1 – Construir uma residencia para
o Director na Sede do Distrito
A.4.2 - Construir um alpendre para
idosos.
A.5.1 – Apoio as camadas
vulneraveis na geração de
rendimentos
f) Juventude e desporto
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorado o enquadramento da Até 2009, pelo menos Relatórios Criadas as condições
juventude 40%, da juventude do de incrição social dos
distrito esta organizada em jovens
associações
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a sensibilização dos Até 2009, promovidos pelo Relatórios Jovens organizados em
jovens para ocupação dos tempos menos dois festivais por associações
lívres ano para ocupação dos
tempos livres dos jovens
no distrito
RESULTADO
R1 – Melhorado a qualidade das Até 2009, melhorado a Relatórios Construídas Infra-
infra-estrururas desportivas e qualidade das estruturas
recreativas Infrastruturas do campo
desportivo
R2 – Aumentada a formação Até 2009, pelo menos 40% Relatórios Jovens aderem as
vocacional dos jovens. de jovens do distrito formação
recebem uma formação
vocacional por ano
h) Cultura
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorada a promoção Cultural Até 2009, identificado e Relatórios Criada as condições da
protegido a maior parte do valorização da cultura
acervo cultural do distrito local
OBJECTIVO IMEDIATO
Aumentada a disseminação das Até 2009, melhorada a Relatórios da valiação As comunidades
práticas, costumes e lugares de dissiminação das prática e monitoria praticam cultura local.
interesse histórico no distrito costumes e locais
históricos locais através de
eventos culturais.
RESULTADOS
R1 – Melhorada a disponibilidade de Até 2009, melhorada a Relatórios
material sobre a cultura local disponibilidade de material
sobre a cultura local
através de uma publicação
A2 – Realização de palestras de
sensibilização com a comunidade;
A5 – Promover intercâmbios
culturais.
OBJECTIVO IMEDIATO
A exploração de recursos Ate 2009, aumenta em Relatorios. Populações adoptam
naturais(terra, agua e floresta) em cerca de 35% as áreas com medidas de
lugares sensíveis é limitada para vegetação preservada em conservação.
melhor protecção todo o distrito
especialmente na serra de
Gorongosa
RESULTADOS
R1 – melhoradas as tecnicas de Ate 2009 melhoradas as Relatórios As comunidades
combate a erosão. técnicas de combate a adoptam medidas
erosão. adequadas
MEIOS DE
INDICADORES SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO
OBJECTIVO DE
DESENVOLVIMENTO
Melhorado o desenvolvimento sócio- Até 2009, maior parte da Balanço quinquenal Aloucados Recursos
económico e cultural do Distrito população do distrito tem Humanos, materiais e
acesso aos serviços financeiros
públicos de melhor
qualidade no Distrito
OBJECTIVOS IMEDIATOS
Melhorada a produtividade agrícola Até 2009, melhorado o Relatórios e Os camponeses
nível de produtividade levantamentos aplicam tecnologia
agro-pecuária em pelo adequada de produção
menos 40% agrícola
Melhorado o acesso a educação a Até 2009, melhorada Balanço quinquenal Reduzida a desistência
maior parte da população do Distrito escolarização da população 2005 - 2009 da rapariga
em pelo menos 70%.
Melhorada a cobertura dos Serviços Ate 2009, melhorada a Relatórios Reduzido o numero da
de Saúde cobertura dos serviços de população a procura da
saúde em pelo menos 60%. medicina tradicional
Melhorada a transitividade das vias Até 2009, melhorada a Relatórios Criados condições da
de acesso transitividade de vias de Verificação manutenção das vias de
acesso em 40% acesso
Melhorado o acesso ao abastecimento Até 2009 melhorado o Relatório Maior parte da
de água potável abastecimento de água população consome
potável para maior parte da água potável para
população garantir um bom nível
de saúde
Melhorada a rede Industrial de agro- Até ao ano 2009, Infra-estruturas Criadas condições de
processamento melhorada a rede industrial construídas, utilização de
de agro-processamento em equipamento e equipamentos
20% relatórios. industrial
Melhorada a rede comercial no Até 2009, promovidas pelo Relatórios Criadas condições de
Distrito menos 3 feiras comerciais apoio financeiro dos
por ano em todo o distrito comerciantes rurais
Melhorada a prestação dos Serviços Ate 2009, pelo menos Balanço 2005-2009 Criadas as condições
públicos a maior parte da população 60%, da população do de colectas das receitas
do distrito distrito tem acesso
Serviços públicos de
melhor qualidade
Melhorada a cobertura dos Serviços Ate 2009, melhorados a Relatórios e balanços Admitido o pessoal
dos Registos e Notariados cobertura dos Serviços dos Sintéticos
Registos e Notariados,
através de brigadas moveis
em todo o distrito
Melhorada a Administração da Até 2009 melhorada a Relatórios e Inquéritos Combatido a atropelo
Justiça tramitação e resolução de das normas jurídica
diverso expediente na pelos cidadãos
Administração da Justiça
em 30%
Melhorado o nível de qualidade da Até 2009, melhorada a Balanço Alocação de meios de
ordem e segurança publica cobertura dos serviços quinquenal(2005 à serviço
policiais a maior parte do 2009)
distrito
PLANO DE ACÇÃO
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Melhorado o nível de Até 2009, melhorado Instalar uma rádio Sede do Distrito
desenvolvimento o conhecimento de comunitaria
económico da população do técnicas adequadas
Distrito de produção agro-
pecuária para pelo
menos 40% dos Afectar pessoal Todas Localidades
camponese tecnico qualificado
as exigencias do
sector
Até 2009, melhorada Promover 64 Todo o Distrito 500.000 Proagri x x x x x x x
a rede de agro- pequenas unidades
processamento em de agro-
pelo menos 20% no processamento
Distrito Promover a expansão Postos
da rede comercial e Administrativos
industrial
Até 2009, Realizar pelo menos Postos
assegurado melhores 9 feiras comerciais Administrativos
transações por ano
comerciais no Licenciar e Todo o Distrito
Distrito inspecionar as
actividades
económicas
Estabelecer 3 Nhauranga ,
maquinetas para a Murrombozi,
secagem da fruta Nhaucembe
Promover a expansão Postos
da rede comercial e Administrativos
industrial
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Melhorada a exploração Até 2009, melhorada Implementar Todo o distrito 100.000 OGE x x x x x x
racional dos recursos a protecção dos programas de
naturais no Distrito recursos naturais em combate a erosão
pelo menos 60% no envolvendo 100
Distrito camponeses
Realizar 85 palestras Todo o Distrito 250.00 OGE x x x x x x
de sensibilização
para minizar o
cultivo nas zonas de
declive acentuado
Realizar 85 acções de -Zona tampão 250.000 OGE x x x x x
sensibilização para -Serra de
minizar a ocorrência Gorongosa
de queimadas
descontroladas
Fomentar tecnologias Todo Distrito 100.000 OGE x x x x x x
de conservação de
solos e a prática de
consorciação de
cereais e
leguminosas em 200
CDRs
Treinar camponeses Todo o distrito 80.000 OGE x x x x x x
em Micro-finanças
conservação pós-
colheita agro-
processamento e
agricultura virada
para a
comercialização
Instalar postos de Todas Localidades 250.000 OGE x x x
fiscalização em
lugares sensíveis ( 6
Postos)
Promover o Todo o Distrito 70.000 OGE X x x x x
reflorestamento com
espécies exóticas
espécies nativas
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Até 2009, melhorada Montar 5000 CDRs Todo o distrito 210.000 PROAGRI X x x x x x
a produtividade agro- de Milho e mapira
pecúaria em pelo Realizar 600 visitas Todo o distrito 81.000 PROAGRI x x x x x
menos 40% de Supervisão das
actividades de
Extensão Rural
Realizar 100 visitas Todo o Distrito 400.000 PROAGRI x x x x x x x
de trocas de
experiência de entre
camponeses ( SAC;
Uso de Pesticidas
botânicos e químicos
; Piscicultura ;
Apicultura e Farmer
Field School
Promover o uso de 600.000 PROAGRI x x x x x x
herbicidas e
fertilizantes em 500
CDRs de 1000 m2
Promover a produção 100.000 PROAGRI x x x x x x
e multiplicação local
de sementes
melhoradas de milho
e mapira envolvendo
produtores
Promover a 100.000 PROAGRI x x x x x
multiplicação a rama
de batata-doce de
polpa alaranjada ,
envolvendo 3
associações
Promover o uso 500 Todo Distrito 2.000.000 PROAGRI x x x
bombas á pedal e
respectiva tubagem.
E reabilitação de 150
ha do regadio de
Nhabirira
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
(Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorado Construir 10 Ep1 1º de Maio , 500.000 17.000.000 OGE X X x x x x
serviços sociais básicos a o acesso a (37 salas de aulas ) Tsiquir , Mbulaua,
maior parte de população escolarização para a Mucodza,
do Distrito maior parte da Chitunga, Piro,
população do Nhambita ,
Distrito em pelo Nhataca ,
menos 70% Nhambondo e
Cudzo
Nhamissongora
Aldeia
Construir 22 1º de Maio , 1.206.500 24.130.000 OGE x X x x x x x
residências para Tsiquir , Mbulaua,
professores Mucodza,
Chitunga, Piro,
Nhambita ,
Nhataca ,
Nhambondo e
Cudzo
Nhamissongra-
Aldeia
Construir 1ESG1 Sede , 3 Fevereiro 500.000 + 3.000.000+ OGE x X x x
(10 salas de aulas e 6 1.206.500 7.239.000
residencias para
professores )
Reabilitar 4 salas de Nhamissongora 300.000 1.200.000 OGE x x
aulas e um bloco aldeia
administrativodo
Ep1
Construir 1 ESG2 (8 Sede 500.000 4.000.000 OGE x x x x
salas de aulas
Criar e reavitalizar Todo distrito ------ ------- x x x x x
62 conselhos das
escolas
Combater as Todo o distrito OGE x x x x
desistências dos
alunos em particular
a rapariga
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorada Realizar 50 palestras P.A-sede 1.500 45.000 OGE x x x x x x
serviços sociais básicos a a cobertura dos de ssensibilização Vunduzi
maior parte de população serviços de saúde no sobre regras basicas Nhamadze
do Distrito Distrito em pelo de higiene
menos 60% Adquirir meios de P.Ad-Sede 700.000 1.325.000 OGE x x
transporte Nhamadzi 125.000
5-motos e 1 Vunduzi
(uma)Viatura
Adquirir meios DDS 50.000 OGE x x
materiais
1-computador
Afectar 10 tecnicos P.Ad-Sede x x x x
qualificados as Nhamadzi
exigencias do sector Vunduzi
Reabilitar o pequeno Sede do Distrito 200.000 OGE x x
sistema de
abastecimento de
agua do HR
Construir um centro Canda 1.500.000 OGE x x
de saude
Ampliar 2 centros de CS-Sede 900.000 1.800.000 OGE x x x
saude CS-Domba
Reabilitar de 3 CS-Cudzo 700.000 2.100.000 OGE x x x x
centros de Saude CS-Vunduzi
CS-Pungue
Construir 5 2- Sede da vila 1.200 6.000.000 OGE x x x x
residência para 1-Púngue
enfermeiros 1-Canda
1-Domba
Instalar 10 paineis Todos centros de
solar saúde
Construir 10 bombas Todos centros de 250.000 2.500.000 OGE x x x x x
de agua saude
Realizar 50 palestras Todo o Distrito 1.500 45.000 OGE x x x x x x
de ssensibilização
sobre HIV/SIDA
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorada Formar 15 fiscais de Sede do Distrito 300.000 OGE x x x
serviços sociais básicos a a prestação de cobrança de inpostos
maior parte de população serviços públicos Costruir 2 edifícios Púngue 1.000.000 2.000.000 OGE x x x x
do Distrito básicos de qualidade de funcionamento Cudzo
para a maior parte da das sedes de
população Localidade
Construir 3 Púngue 1.200.000 3.600.000 OGE x x x x
residências de Chefes Casa Banana
de Localidade Cudzo
Adquirir meios de Sede da vila 2.500.000 OGE x x x x x
transporte Cudzo, Casa-
2-viaturas Banana
5-motos
50-bicicletas
Reabilitar da Sede do Distrito 600.000 600.000 OGE x x
residência oficial do
Administrador
Construir edificio da Casa Banana 1.000.000 1.000.000 OGE x x
Localidade
Adquirir um tractor Sede do Distrito 1.000.000 1.000.000 OGE x x
Adquirir meios Todo o Distrito 341.000 OGE x x
materiais de apoio a
trabalho dos lideres
comunitários
Vedar cemitério Sede do Distrito 150.000 PPFD x x
Construir do Nhamadze 250.000 250.000
mercado
Construir mercado Vunduzi 250.000 250.000 PPFD x x
Construir um Sede do Distrito 50.000 50.000 PPFD x x
alpendre na terminal
de transporte público
Construir um Sede do Distrito 75.000 75.000 PPFD x x
sanitario publico na
terminal de
transporte
Ampliar o edifício da Sede do Distrito
Administração do
Distrito
Construir 3 Sede do Distrito 1.800.00 5.400.000 OGE x x
residencias (Secretario
permanente,
Tecnico de
construção e
Representante dos
Recursos minerais)
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Apetrechar a
administração e as
residência (Secretario
permanente, Tecnico
de construção e
Representante dos
Recursos minerais)
Operacionalizar o
plano de urbanização
já elaborado
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorada Realizar 20 palestras Todo Distrito 1.500 30.000 OGE x x x x X
serviços sociais básicos a a atramitação e de divulgação das
maior parte de população resolução de diversos normas jurídicas
do Distrito expedientes na Contratar 6 tecnicos Sede do Distrito X
administração da qualificados as
Justiça no Distrito exigencias do sector
Construir 1 edificio Sede do Distrito 1500.000 OGE x x x
de funcionamento da
procuradoria
Construir 5 Sede do Distrito 1.200.000 6.000.000 OGE x x x x
residencia para
(Director da Cadeis,
Procurador, Escrivão
e guardas prisionais)
Reabilitar a cadeia do Sede do Distrito 2.000.000 OGE x x x
distrito
Construir um centro Cudzo 3.500.000 OGE x x x
prisional
Adquirir meios Sede do Distrito 150.000 OGE x x x
materiais e
equipamento
3-computador
Adquirir meios de Sede do Distrito 700.000 OGE x x
transporte
1-viatura
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Assegurado o acesso aos Até 2009, reduzido o Realizar 20 palestras Todo Distrito 10.000 200.000 OGE x x x x x
serviços sociais básicos a período de sobre a importancia
maior parte de população tramitação de do bilhete de
do Distrito expediente de identidade
identificação civil Realizar 5 Todo Distrito 150.000 750.000 OGE x x x x x x
em pelo menos 25% campanhas de
emissão de BI
Apetrechar dos dois x x
edificios da Dic
Construir edificio de Sede do Distrito 1.200.000 OGE x x x
funcionamento dos
serviços de
identificação civil
Construir 1 Sede do Distrito 1.200.000 OGE x x x
residencia para
funcinario
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Assegurado o acesso aos Até 2009, cresce Capacitar 15 Todo o Distrito 6.000 6.000 OGE x x
serviços sociais básicos a para cerca de 30% o activistas
maior parte de população numero de pessoas Realizar uma Todo o Distrito - 50.000 OGE- - - - - - x x x x x
do Distrito assistidas dentre a campanha de
população vulneravel levantamento da
identificada população vulnerável
Adquirir e distribuir Todo o Distrito 6.000 180.000 OGE x x x x x
meios de
compessação
30-cadeiras de rodas
60- muletas
Construir 1 edificio Sede do Distrito 1.800.000 1.800.000 OGE x x
de funcionamento do
sector
Construir 1 edificio Sede do Distrito 1.200.000 1.200.000 OGE x x
de residencia do
funcionario
Construir 2 centro Sede do Distrito 250.000 500.000 OGE x x
dia de acolhimento C.Banana
de idosos
Criar 2 Circlos de Sede do Distrito 1.200.000 2.400.000 OGE x x x
interesse C.Banana
Identificar acções de Vila sede 25.500 OGE x x x x x
geração de Vunduzi
rendimento para pelo Nhamadzi
menos 85 pessoas
vulneraveis
Construir um centro Sede do Distrito 1.793.750 1.793750 OGE x x
de acolhimento para
crianças orfãs
Realizar cinco Sede do Distrito 20.000 100.000 x x x x x
encontros de Nhamadze
promoção da Vunduzi
participação da
mulher no
desenvolvimento
económico e social
Equipar o sector com Sede do Distrito 450.000 x x x x x
material para o
funcionamento
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Assegurado o acesso aos Até 2009, melhorado Construir 1 edificio Sede do Distrito 1.800.000 1.800.000 OGE x x
serviços sociais básicos a em pelo nenos 40% de funcionamento do
maior parte de população o enquadramento sector
do Distrito juvenil no distrito Construir residencia Sede do Distrito 1.200.000 1.200.000 OGE x x
para o Director
Construir um clube Sede do Distrito 5.000.000 OGE x x
de desportos
Vedar o campo de Sede do Distrito 500.000 500.000 OGE x x
futebol
Facilitar a criação de Todo o Distrito _ _ _ _ x
6 associações juvenis
Realizar 20 acções de Sede do Distrito 500.000 10.000 OGE x x x x x
sensibilização sobre
HIV/SIDA
Adquirr uma moto 125.000 OGE X
Realizar 4
tornerneiros de
futebol infantil
Promover 15 cursos Todo o Distrito 183.675 2.938.000 OGE x x x x x
de formação dos
graduados
Adquirir de 6 redes P.Ad. Sede 2.600 15.600 OGE x x x
para balizas Nhamadzi
Vunduzi
Promover 4 campos Sede do Distrito 50.000 200.000 OGE x x x x x
de ferias
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Objectivo estratégico Objectivo Actividades Localização Orçamento total (x1000) Responsabilidade Recursos Prazo de execução
Ano
Operacional Disponíveis
( Metas) Unitário Total Financiador público privado O.N.G Com 1 2 3 4 5
Melhorado o nível de Até 2009, reduzido o Massificar a Todo o Distrito USID TCE X X X X X
conhecimento dos efeitos impacto do nível de distribuição gratuita ASA
da pandemia do HIV/SIDA sero prevalência do do preservativo em
Hiv/sida no distrito locais públicos
Sensibilizar as Centros de saude USID TCE X X X X X
mulheres gravidas na ASA
prevenção da
transmissão vertical
Realizar acções de Todo Distrito USID TCE X X X X X
sensibilização da ASA RITA
população
Sensibilização de Sede -vila USID TCE X X X X X
camionistas ASA RITA
Formar clubes de Todo o Distrito USID TCE X X X X X
difusão de ASA
mensagens positivas
sobre o Hiv/sida nas
escolas
Criar comités difusão Todo o Distrito USID TCE X X X X X
de mensagens ASA
positivas sobre o
Hiv/sida nos bairros
Identificar e registar Todo o Distrito RITA X X X X X
crianças orfãs,
vulneraveis e doentes
Sensibilizar a Todo o Distrito USID RITA X X X X X
população para ASA TCE
realizar a testagem
voluntária
Identificar e registar Todo o Distrito RITA X X X X X
raparigas orfans que
estudam na 1ª a 7ª
classe
Apoiar em material Todo o Distrito RITA X X X X X
escolar e alimentos
Melhorada a qualidade de Até 2009, melhorada Criar centros Todo o Distrito USID TCE X X X X X
vida e de saude das pessoas a condição nutricionais ASA
infectadas pelo Hiv/sida nutricional dos Capacitar sero Todo o Distrito USID TCE X X X X X
seropositivos e positivos na ASA
mulheres gravidas Implementação de
acções de geração de
redimento