Regulação da Reprodução
A principal diferença entre o sistema neural e o neuroendócrino: tipo de resposta de cada um.
Um reflexo neural simples envolve nervos que libertam seus neurotransmissores diretamente nos seus
tecidos alvos, ou seja, o tecido é diretamente inervado pelo nervo e responde a um neurotransmissor. Já
o reflexo neuroendócrino necessita que um neurohormônio chegue até o sangue e aja sobre o tecido.
Não existe inervação direta sobre o tecido no reflexo neuroendócrino.
Reflexos neurais e neuroendócrinos causam rápidas mudanças nos tecidos: Em um simples reflexo
neural, neurônios eferentes sensoriais fazem sinapses diretamente com interneurônios na medula
espinhal, e essas sinapses vão diretamente ao tecido alvo, que por sua vez, responde ao
neurotransmissor que é liberado pelo neurônio eferente. No reflexo neuroendócrino, o reflexo começa
com os neuronios sensoriais, que fazem sinapses com neuronios eferentes com interneurônios na
medula espinhal. Os neuronios eferentes que viajam para a medula espinhal, fazem sinapses com outros
neurônios no hipotálamo. Os neuronios no hipotálamo secretam neurohormonios, que são liberados nos
capilares, e chegam à diversos tecidos do corpo. (FIGURA pág. 102)
O hipotálamo é uma complexa porção do cérebro composta por aglomerados de células de
corpos de neurônios, sendo chamados de nucleos hipotalâmicos. O centro tônico, o centro pré-
ovulatório e o nucleo paraventricular influenciam na reprodução. Os núcleos pré-ovulatório e tônico
secretam GnRH, já o núcleo paraventricular secreta oxitocina. CADA CENTRO TEM DIFERENTE
FUNÇÃO E FUNCIONA EM DIFERENTES CONDIÇÕES.
O sistema porta-hipotalâmico permite que hormônios ajam na adeno-hipófise antes de serem
liberados na corrente sistêmica. Os axônios dos corpos de neurônios dos centros tonicos e pré-
ovulatórios se extendem até a região do caule da hipófise, onde as terminações nervosas são altamentes
especializadas. As terminações nervosas dos neurônios hipotalâmicos liberam neuropeptídeos que
entram no sistema capilar especializado da hipófise. O sangue entra através da artéria hipofisária
anterior, que se divide em capilares arteriais no caule da hipófise. Esse sistema portal é capaz de liberar
pequenas quantidades de hormônios no plexo capilar da hipofise. Os hormonios liberados são
transferidos para o plexo capilar secundário, na adeno-hipófise, onde as células hipofisárias secretam
outros tipos de hormonios. A neuro-hipófise não tem sistema portal. Os neurohormônios são liberados
diretamente na neuro-hipófise, no plexo arterio-venoso capilar.
O controle endócrino é geralmente lento, mas mais duradouro que o controle neural: O sistema
endócrino confia em hormônios que causam respostas. As alterações provocadas, envolvem
metabolismo, atividade sintética e de secreção. Pequenas quantidades de hormonios podem causar
dramáticas respostas fisiológicas. Hormônios possuem meia-vida curta (tempo em que metade da
quantidade de hormonio demora para ser excretada do sangue), isso é bom porque quando um
hormonio é liberado na circulação, respostas mais ditantes não ocorrem.
Feed-Backs no controle
Feedback negativo: supressão dos neuronios de GnRH. Feedback positivo: estimulação dos
mesmos. O feedback positivo e negativo sobre o GnRH controla a produção de FSH e LH. A
progesterona causa a inibição de neuronios de GnRH, e quando ela está alta, estes secretam
quantidades basais de GnRH, permitindo que haja o desenvolvimento folicular, porem não suficiente
para a produção de estradiol. Por isso, femeas com supressão da progesterona (gravidez), não cicla.
(↑ P4 = ↓GnRH = ↓FSH e LH = crescimento folicular incompleto). O centro pré-ovulatório é
responsável pela alta liberação de GnRH para induzir a ovulação. Esse centro não irá liberar grandes
quantidades de GnRH se não tiver feedback positivo com o estradiol. Quando o estradiol está alto, o
centro pré-ovulatório é estimulado positivamente, que libera grande quantidade de GnRH,
consequentemente, muito LH, resultando na ovulação.
Bruna Vieira Cardoso