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Artigos Educacionais

Piaget, Vygotsky e Wallon – Tripé teórico da Educação


Soescola 17 De Julho De 2017

Jean PIAGET
Pesquisar como alguém incorpora um novo conhecimento, como o constrói foi o pontapé inicial de sua
“teoria”. Postula que ao se deparar com algo novo, o indivíduo tenta remetê-lo a qualquer coisa com que já
tenha tido contato, que já conheça. Imaginemos que nossa cabeça fosse um gavetão de arquivos, com
várias pastas suspensas (que antigo, isto nem é mais usado!) onde categorizamos tudo aquilo que sabemos.
Assim que temos contato com algo novo, é como se abríssemos este gavetão para procurarmos algo
similar, parecido, nas pastas suspensas (categorias) que já possuímos, mas não encontramos nada similar. A
esta primeira estranheza do novo, Piaget nomeou assimilação, isto é, reconhecer alguma coisa como
diferente do que eu já conheço. A partir deste reconhecimento, do contato com a novidade, da
experimentação, o indivíduo refina seus conhecimentos e incorpora uma nova informação, o que
proporciona a criação de um novo conceito, nova categoria, o surgimento de uma nova pasta suspensa em
nosso gavetão (ou a criação de uma subpasta). A esta nova partição criada, organizada, sistematizada
Piaget chama de esquema. Incorporado novo esquema mental, assume-se a acomodação, que define um
conhecimento aprendido, incorporado, introjetado.

Vejamos um exemplo:
Uma criança de dois anos e meio conhece diferentes cachorros: pretos, marrons, brancos, de pequeno,
médio e grande portes, manchados, lisos, de pelo curto, de focinhos gelados, rabos grandes, etc. Já tem
criado em seu gavetão o esquema mental “cachorro”. Numa determinada situação esta criança se depara
com um cavalo. Abre seu gavetão mental e procura algo similar. O que tem de mais parecido é o
“cachorro”. Neste momento chama o cavalo de “cachorro gigante, ou mamãe cachorro que comeu demais”,
entre outras hipóteses. O que importa é que ela tentará “ligar” o cavalo aos animais que já conhece. Como
seu repertório é pequeno, precisará lançá-lo ao conhecido: o cachorro. A intervenção de alguém mais
experiente é essencial: é ele quem possibilitará novo olhar para este pseudo-cachorro, com perguntas que
permitam desafios, problemas para a criança:
– Este animal é mesmo um cachorro? Perceba seu focinho. É igual ao do cachorro? E seu corpo, já tinha
visto um cachorro deste tamanho? E as unhas? O rabo é do mesmo tamanho? Etc.
Enfim, questionamentos simples farão com que a criança perceba que este já não se trata de um cachorro,
que ele não se enquadra neste esquema mental. Isto representa assimilação.
Depois de algumas experiências com cavalos, desenhos, leituras, visualizações, comparações a criança
conseguiu criar nova categoria – cavalo. O reconhecimento do cavalo equivale ao conceito de acomodação.
Agora a criança já sabe o que é cavalo e o que é cachorro.
Toda esta seqüência acontecida, do olhar algo novo a apreendê-lo, é o definido como processo
de equilibração, para Piaget. Recapitulando:
1.Criança conhece cachorro – está na chamada zona de equilíbrio, de conforto.
2. É apresentada a um cavalo – tenta categorizá-lo como cachorro, mas não consegue, é diferente – zona de
desequilíbrio, de desconforto.
3. De tantas experiências com um cavalo, aprende a categorizá-lo – zona de equilíbrio, de conforto
novamente.
A função do professor nesta perspectiva é “desequilibrar os esquemas mentais do aluno”, oferecer
desafio compatível àquilo que conhece. É necessário um mecanismo contínuo de sondagem dos
conhecimentos prévios dos alunos para perceber necessidades de intervenção.
Piaget organizou também os chamados estágios de desenvolvimento, que determinam o nível
maturacional da criança, quais suas apropriações de acordo com seu tempo. Suas principais características:
1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
 Período de percepção, sensação e movimento.
 É regido pela inteligência prática.
2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
 Função simbólica – linguagem – comunicação
 Egocentrismo (reconhece, assume, percebe o seu ponto de vista)
 Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação – finalismo
 Jogo simbólico = faz de conta, imaginário
 Animismo – características humanas a seres inanimados
 Realismo – materializar suas fantasias
 Artificialismo – explicar fenômenos da natureza através de atitudes humanas
3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
 Reorganiza, interioriza, antecipa ações
 Diferencia real e fantasia
 Estabelece relações e admite diferentes pontos de vista
 Tem noções de tempo, velocidade, espaço, causalidade
4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)
 Esquemas conceituais abstratos
 Valores pessoais

Lev Semenovitch VYGOTSKY


Vygostsky tem como palavra-chave interação social, o que implica dizer que o desenvolvimento do
indivíduo se dá através da relação com o outro, com o mundo.
O conceito de mediação simbólica trata do conceito de intermediação, da relação homem-mundo, que
acontece através de duas formas:
a) Instrumentos: objetos, ferramentas criadas pela necessidade de intervenção do homem no mundo –
ação. Se toda produção do homem é cultura, a encara como alargadora de possibilidades. Exemplo: o
homem precisava percorrer grandes distâncias, inventou o avião, o navio, claro que o que não está em
questão é o tempo que se levou para a constituição final destas invenções, mas sim, da necessidade
atendida através da idealização.
b) Signos / símbolos: são representações. Exemplo: o símbolo de masculino e feminino. Sentido,
significado objetivo. Esta é a primeira categoria. Na segunda, os símbolos demandam abstrações mais
elaboradas, internalizadas, reflexivas. Exemplos: noção de tempo. E quando dizemos a palavra mesa. Uma
pessoa que escuta já traz em sua memória um desenho qualquer de mesa, a idéia do que é uma mesa, para
que ela serve.
A linguagem, contemplada como instrumento do pensamento, tem duas funções:
Comunicação: expressão, intercâmbio social.
Categorização: de classificação, conceituação do mundo: representa inteligência prática.
Zona de desenvolvimento proximal
Conceitos atrelados: conhecimento real e conhecimento potencial
Conhecimento real é aquele em que há o domínio, aquilo que se conhece, sabe, articula. É passado.
Exemplo: sei fazer arroz.
Conhecimento potencial é aquele que se pode dominar com a ajuda de outro mais experiente, por
exemplo: apesar de saber fazer arroz, só consigo fazer risoto com a ajuda de minha avó, pois ela organiza
toda a seqüência da receita para que eu não me perca.
A distância entre o conhecimento real e o conhecimento potencial é chamada de zona de
desenvolvimento proximal. É o “lugar imaginário” onde o professor deve atuar no aluno. Se tivermos 42
alunos numa sala de aula, teremos 42 z.d.ps diferentes.

Henri WALLON
Defendeu a idéia da compreensão da criança completa, concreta, contextualizada, vista de forma
integral, isto é, não mais encarada como um adulto em miniatura, mas sim, como um ser numa etapa
de especificidades. Segundo ele são quatro os campos funcionais que visualizam a criança de modo
“integrado”:
1. As emoções: manifestação afetiva, relação = interação criança e meio onde está inserida.
2. O movimento: primeiro sinal de vida psíquica. Vislumbrada em duas dimensões:
a) expressiva: base das emoções, de expressão.
b) instrumental: ação direta sobre o meio físico, concreto. Voluntário.
3. A inteligência: 1º momento = sincretismo = misturar as coisas, confusão = não separa qualidade do
objeto. Exemplo: criança de dois anos que tem um colega cujo nome da mãe é o mesmo da sua, não aceita a
idéia (o nome Maria é da sua mãe, não da mãe do outro).
Com as experimentações da criança sobre o mundo, progressivas diferenciações ocorrem, o que
proporciona o ampliar de seu repertório de categorizações. Isto não quer dizer que nunca mais, após a
infância, estejamos sujeitos ao “sincretismo”. As grandes invenções, as diferentes idéias surgem de
momentos de sincretismo, de mistura, de confusão, de possibilidades, de criatividade.
2º momento = pensamento categorial = conceitual (acontece na idade escolar) possibilidade de pensar o
real por meio de categorias, diferenciações, classificações.
4. A contrução do “eu” como pessoa: Como constrói a consciência de si. Inicialmente o indivíduo está na
fusão emocional – No útero materno, necessidades alimentares ou posturais têm satisfação automática.
Pós nascimento mamãe e bebê ainda são encarados como um todo, o que representa para WALLON alto
grau de sociabilidade – ela e outro = um só, para depois o indivíduo perceber-se enquanto único, o que
nomeia processo de individuação.
É caracterizado de duas formas:
– imitação do outro = maneira de “incorporar o outro”, o outro como modelo, referência.
– negação do outro = para perceber o limite “eu-outro” manifesto meu ponto de vista através de condutas
de oposição, o que representa a expulsão do outro em si mesmo.
Picos desta constituição acontecem com 3 e 13 anos, aproximadamente, apesar da considerar que esta
diferenciação “eu-outro” nunca é completa, total, ocorre durante toda a vida.
Pode-se assumir, segundo WALLON que a relação destes quatro campos funcionais não é sempre de
harmonia, mas sim, de conflito.

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