I - IDENTIFICAÇÃO
II - JUSTIFICATIVA
Compreende-se que a História é produzida por versões de narrativas e que um mesmo acontecimento ou período histórico pode ser
interpretado sob perspectivas diferentes. Neste sentido, torna-se fundamental analisar e discutir as várias fontes que permitem a compreensão da
história. As fontes, também elas, são produzidas historicamente, portanto, também devem ser colocadas em perspectiva de análise. Assim, um sujeito
ou um objeto da história é resultado de seu tempo, das relações sociais em que está inserido, mas, igualmente, apresenta-se como um elemento ou
ser singular que atua no mundo a partir do modo como ele é percebido, compreendido e do que é possível interpretar sobre ele. A condição de ensino
com a história torna-se um lugar de contrapor as verdades hegemônicas e absolutas colocadas no tempo, deslocando-as para uma interpretação
crítica que singularize o conhecimento e os modos de entendimento dos alunos.
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III – EMENTA
Na disciplina de História do 2o Ano do Ensino Médio estuda-se a conquista europeia das civilizações americanas, a formação da
sociedade colonial e imperial brasileira, bem como acontecimentos que marcaram a história do Ocidente ao longo do século XVIII. Neste estudo
procura-se compreender o processo histórico, marcado pela expansão econômica europeia, com o intuito de estimular o aluno a participar da cons-
trução de uma sociedade humana mais justa e solidária..
IV - OBJETIVO GERAL
Despertar no aluno a compreensão da história, marcada por contradições, que permearam a época moderna e influenciaram a cultura
ocidental e a brasileira entre a descoberta do Novo Mundo e a Revolução Industrial (1500-1900). Oferecer o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico do educando a partir do contato com as diferentes culturas históricas.
V- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Aprimorar o educando como pessoa humana, incluindo a sua formação ética e política.
• Estimular a autonomia intelectual e o pensamento crítico mediante domínio dos principais personagens e problemas da tradição histórica
ocidental.
• Compreender o percurso histórico que embasa os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos apresentados no curso.
• Entender textos de História e científico-tecnológicos de modo analítico, investigativo, questionador e reflexivo
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Metodo
logia de
Encontro Instru
ou Ensino
mentos
Período ou /
Conteúdo Programático Objetivos Específicos Avaliati
Data ou Recurs
Carga vos e
os
Horária Valores
Didátic
os
1º e 2
• Entender o processo de ensino da disciplina
Encontro − Apresentação do plano de ensino e apresentação da
• Compreender a construção do conhecimento histórico a partir de diversas fontes e AED ATI.
disciplina
conceitos
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* Legenda das Estratégias Didáticas: (AE) Aula Expositiva; (AED) Aula Expositiva e Dialogada; (ATD) Atividades/exercícios em dupla; (ATI) Atividades/exercícios
individual; (LIPT) Leitura, interpretação e/ou produção de textos; (DIS) Discussão em equipes; (TE) Trabalho em equipe; (PES) Pesquisa; (SEM) Seminário;
Aula com data show (ADS); (AFM) Aula com a apresentação de filmes/músicas; (ALI) Aula laboratório de informática; (SC) Saída de campo ou estudo.
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No confronto entre as diversas interpretações historiográficas na história do Brasil será utilizado como material de apoio o livro Brasil: uma biografia, dos
Capítulos 1 ao 11, Introdução e Conclusão, além do livro didático fornecido pela escola. Buscar-se-á fomentar junto ao aluno a capacidade de interpretar em duas
ou mais fontes de leitura a diversidade do conhecimento histórico, de modo a produzir sínteses mais nuançadas e sempre em perspectivas contextuais. Será
utilizado o acervo bibliográfico da Biblioteca do Instituto federal Catarinense, câmpus Araquari, bem como de outras instituições (bibliotecas públicas), onde será
esperado que o aluno opere com a busca, leitura, comparação e síntese entre diversas fontes históricas e suas interpretações historiográficas. Além disso, o projeto
integrador comporá parte das atividades de ensino-aprendizagem, reservado o 2o e o 3o trimestres para compor parte das notas obtidas no conteúdo.
VIII – AVALIAÇÃO
Avaliar, segundo Cipriano Carlos Luchesi (1999), é um processo que precisa articular-se ao processo educativo como um todo, pois, a avaliação não
tem nenhuma função focada em si mesma. Neste sentido, avaliar não pode ser punitiva, deve ser emancipadora.
a) Procedimentos para avaliação
- Interesse e responsabilidade diante dos conteúdos trabalhados.
- Atenção e participação nas aulas.
- Demonstração, na avaliação e nos trabalhos escritos, de:
(i.) domínio e articulação do conteúdo trabalhado;
(ii.) objetividade, clareza, argumentação e coerência.
- Demonstração, na apresentação oral de trabalhos e dos seminários, de:
(i.) domínio e articulação dos conteúdos apresentados;
(ii.) objetividade, clareza, postura e coerência.
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O resultado da avaliação dos estudantes será registrado por valores de 0 (ZERO) a 10 (DEZ). O resultado mínimo para aprovação em um
componente curricular é 7,0.
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b) Formas de
Recuperação da Aprendizagem
A recuperação da aprendizagem ocorre em modalidade paralela, após as avaliações que compreendem o conteúdo e a construção de raciocino histórico por parte
do aluno em cada unidade. Com a recuperação o estudante terá a oportunidade de apropriação de conteúdos ainda não assimilados e de aprimoramento em relação
a notas insuficientes nas avaliações de cada unidade. Haverá horários pré-estabelecidos para atendimento aos alunos. A reavaliação será feita ao final do trimestre,
de modo a oferecer a oportunidade ao estudante de identificar e se aprofundar nos conteúdos mal assimilados ou com dificuldade. No que se refere à reavaliação
de pontos, será oferecida ao estudante uma prova no final do período com caráter substitutivo, no caso de maior nota em relação à média obtida.
Bibliografia Básica
AZEVEDO, Gislane & SERIACOPI, Reinaldo. História em Movimento – O mundo moderno e a sociedade contemporânea. São Paulo: Ática,
2010.
ALENCAR, Francisco; CARI, Lucia; RIBEIRO, Marcus V. História da Sociedade Bra- sileira. Rio de Janeiro: Ed. ao Livro Técnico, 1996.
ARRUDA, José Jobson de A.. Toda História: História Geral e do Brasil. SP: Ática, 2008.
Bibliografia Complementar
BRAICK, Patrícia Ramos & MOTA, Myriam Becho. História das Cavernas ao Terceiro Milênio. Da Proclamação da República no Brasil aos
dias atuais. Vol. 3. São Paulo: Moderna, 2005.
BURNS, Edward. História da Civilização Ocidental. Vol.I Porto Alegre: Globo, 1985;
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CORDELLIER, dir. Serge, Nações e nacionalismos. Lisboa, Publicação Dom Quixote. 1998;
CRISTOFOLINI, Nilton José. Nacionalização do Ensino: estratégia para a construção da nacionalidade e sua contextualização em Joinville.
Dissertação de Mestrado em História Cultural. Florianópolis: UFSC, 2002.
DONGHI, Tulio Halperin. História da América Latina. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. 2a ed. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975;
FAUSTO, Boris. História Geral da Civilização Brasileira. 3a ed. São Paulo: Mo- derna. 1998, v. 1, 2, 3;
HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções: Europa 1789-1848; trad. De Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel. RJ: Paz e Terra, 1977;
HOBSBAWM, Eric. A questão do nacionalismo, nações e nacionalismos desde 1780, programa, mito, realidade. (Edição original em 1990,
tradução de Carlos Lains). Lisboa: Terramar, 1998;
HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira. SP. Difel, 1975.
KARNAL, Leandro. Estados Unidos - Da Colônia a Independência. Col. Repen- sando a História. Ed. Contexto. HUBERMANN, Leo. História
da Riqueza do Homem. São Paulo: Editora Atual, 1980.
KOSHIBA, Luiz. História: Origens, Estruturas e Processos. São Paulo: Atual, 2000.
MEC – PCN. Orientações Curriculares para o Ensino Médio – Ciências Humanas e suas Tecnologias. Vol. III. 2008.
ORDOÑEZ, Marlene & QUEVEDO, Júlio. História. Coleção Horizontes. Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas. 1997;
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RUSSELL, Bertrand. História do
Pensamento Ocidental: a
aventura dos Pré- Socráticos e Wittgenstein. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001;
VICENTINO, Cláudio. História para o Ensino Médio: História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2005.
WILLS, John E. 1688: o início da era Moderna. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
Material de apoio
SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.