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A JUVENTUDE CONSUMIDA PELOS DESVIOS DA

MODERNIDADE...
José Carlos Ramires
Jc_ramires@yahoo.com.br
Colaborador
A juventude consumida. Uma frase intrigante e preocupante. Estamos
vivendo uma época difícil para a juventude. Aumento dos casos de AIDS, da
violência e aumento do tráfego e do consumo de drogas entre os jovens, não só
brasileiros, mas do mundo inteiro. Principalmente, parecendo como um
paradoxo, entre os países ditos democráticos que vivem dentro das normativas
do estado democrático de direito. Na Europa a crise econômica parece favorecer
este crescimento da desesperança. Pouco emprego, muita ociosidade, desespero,
despreparo, desesperança, palavras duras e fortes, que despertam nos jovens
uma péssima perspectiva, que para muitos, tais anos se tornam os mais
perigosos de suas vidas.
Vivemos dentro de um sistema extremamente difícil e complicado, onde
a equação dos componentes de desemprego, gravidez precoce, aborto, doenças
do sexo livre sem controle, AIDS, drogas, tornam seus resultados múltiplos
excessivamente perigosos e que ameaçam destruir o sonho juvenil abrindo-se
múltiplas portas para um mundo de explosão de violência sem precedentes.
Jovens que matam jovens por torpes motivos. Jovens que matam jovens
por preconceito, por intolerância em qualquer de suas modalidades: religiosas,
de cor, de raça, de escolhas sexuais, por comportamentos considerados
diferentes, por serem diferentes, simplesmente por serem pobres, por não terem
tetos, por viverem na miséria, ou por serem marginalizados, jovens na
contramão social que matam e mutilam. Porque tamanha violência? Porque
vivemos tempos de tantas e grandes discórdias? Não deveria ser o contrário?
Pois que agora, não são o desenvolvimento social e o conhecimento humanos
maiores do que em épocas passadas? Seria um paradoxo? Mais conhecimento.
Mais crescimento econômico. Maiores as chances de sobrevida e de emprego, e
mesmo assim, maiores os problemas?
Será que não tivemos nós, os pais, os pais destes atuais jovens, uma
parcela de culpa no modo equivocado com que educamos as nossas crianças?
Será que não estaria faltando o uso de uma palavrinha tão pequena e tão
importante na educação de nossos filhos? Não estaria faltando o NÃO em nosso
sistema educacional, um NÃO na hora certa dentro de nossa família, um NÃO e
um Basta aos nossos políticos corruptos, aos corruptores e aos que vivem e se
locupletam em função dos desvios públicos de dinheiro? Um dinheiro que é do
povo e deveria ir para o povo?
Não deveríamos dizer NÃO aos filhos que pedem para ter uma moto, ou
mesmo um carro, em momentos inadequados de suas vidas? Porque será que
dizemos SIM quando deveríamos ter dito NÃO? As famílias estão se
desestruturando, se desmontando, peça por peça sendo destruída, e destruída
em suas funções mais primordiais. Estamos deixando, e isto há muito tempo, a
educação de nossas crianças nas mãos de babás, de creches e de escolas. Não
demos a atenção devida aos filhos quando pequenos e imaturos. Faltou a
dedicação da mãe e do pai, que não mais têm tempo para a lida com os filhos. O
mundo moderno exige que os pais e mães trabalhem e trabalhem, e nos
esquecemos de nossa família, dos nossos filhos e dos nossos deveres.
Não sabemos por qual motivo, ou por quais motivos, o NÃO foi apagado
do nosso vocabulário de responsabilidades. Faltou o SIM da manutenção da
disciplina nas escolas. Faltou o NÃO dos pais quando dizem SIM em apoio às
alegações dos filhos perante os disciplinadores escolares. Quando dizem SIM
aos filhos e NÃO aos professores e aos diretores. Quando dizemos SIM aos
pequenos desvios de conduta e NÃO ao que deveria ser sempre feito, dizendo
NÃO ao que é errado, dizendo NÃO ao SIM da aceitação da coisa errada...
Tudo de errado se inicia quando compramos a nossa tranquilidade pelo
SIM dito aos nossos filhos, só para NÃO ouvirmos a choraminga de pidonchos
dos pequerruchos. Somos permissivos perante nossos filhos e depois
reclamamos dos filhos dos outros... E achamos que o vazio afetivo, na nossa vã
concepção, poderia ser preenchido por carros, motos, uma boa mesada, e não
deixando de lado, um belo celular para as situações emergenciais.
Um governo que diz NÃO aos anseios do povo, que diz NÃO às
necessidades educacionais, que diz NÃO às escolas, que diz NÃO aos
professores, NÃO à saúde, mas que diz, em contrapartida, SIM aos desmandos,
SIM aos toma-lá-dá-cás das falcatruas e dos balcões de troca de favores, SIM
nas votações com contrapartidas nos leilões de cargos, de secretários, de
ministros, de chefes e chefinhos, de todos os tamanhos e de todos os gabaritos,
de natureza, e por preferência, ineptos e incompetentes.
É, muitas vezes, um grito de revolta e de carência. A pobreza material
agride o corpo, mas a falta de amor castiga a alma. Os nossos filhos necessitam
muito mais de pais morais, do que pais materiais...
Pense nisto... E não deixe de usar o NÃO, quando for preciso...

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