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A expiação de Cristo

Autor
Vinícius Silva
Introdução

Textos, artigos e livros, já foram escritos, e hoje existem aos montes, a


respeito da expiação de Jesus. Sabendo eu, que posso correr o risco de
ser redundante, buscarei com este artigo, explorar pequenos lugares que
ainda não foram vistos (pelo menos não em exaustão), trazer pontos que
ainda não foram suficientemente tocados, e assim, fazer o máximo, para
não entediar você, caro leitor.
Já participei de diversos debates a respeito do assunto que corresponde
ao titulo deste artigo, debates que por um lado, muito me foi útil, porém,
por outro lado, só tive perda de tempo. O que tirei de proveito desses
debates será com muita diligencia exposto aqui; retirando duvidas
frequentes e mostrando nas Escrituras, o que de fato foi à expiação e
para quem foi. Que Deus, por sua graça e misericórdia, me conceda todo
o saber, o saber necessário, para tratar deste assunto, que já trouxe tanta
controvérsia, em vários meios de comunicação.

A necessidade da Expiação

Uma criança quando nasce inicialmente ela fica no mínimo seis meses
em total dependência da mãe (ou de um adulto), pois, nesse período, ou
a criança está no colo, ou em seu berço (além de carrinho e bebê
conforto); e isso, somente para se locomover; porque (dependendo da
criança), é a partir do seu sexto mês de vida, que ela passa a se deslocar
sozinha para alguns lugares (engatinhando). Do primeiro dia de vida, até
ao segundo para o terceiro ano de vida, está mesma criança ainda estará
em total dependência de alguém, para que ela seja alimentada. Leite
materno, mamadeira e papinha, estão entre os principais alimentos que
uma criança irá receber durante os seus primeiros anos de vida, e,
naturalmente, tudo em total dependência de outro alguém. Com essa
mesma necessidade, está o homem decaído, pois, ele está morto em seus
próprios delitos e pecados (cf. Ef 2.1), fazendo-se assim, carente de
ajuda, carente de outro alguém que o levante, carente, da glória de Deus
(Rm 3.23). O ser natural, não compreende e nem tem a mínima ideia de
quão necessitado é, da expiação de Cristo. Lendo eu, uma das partes do
magnifico livro, de R.C. Sproul (A verdade da cruz), muito me chamou
a atenção, o que ele relatou nesse mesmo tópico a respeito da
necessidade da expiação: Certa ocasião, enquanto eu esperava por minha
esposa, Vesta, em um shopping Center, vi uma livraria e adentrei-a. Havia milhares e
milhares de livros naquela loja, separados nas diversas categorias identificadas com
proeminência: ficção, não-ficção, negócios, esportes, autoajuda, casamento, histórias
infantis e assim por diante. Bem ao fundo da loja estava a seção
de religião, que consistia apenas de quatro prateleiras, tornando-a uma das menores
seções da loja. O material que se encontrava naquelas prateleiras não era o que
poderíamos chamar de cristianismo tradicional, ortodoxo e clássico. Perguntei-me:
por que esta loja vende ficção e autoajuda, mas não valoriza como parte de seu
programa, o conteúdo da verdade bíblica? Compreendi que a loja não estava ali como
um ministério. Seu propósito era comercial: obter lucro. Por isso, admiti que a razão
por que não havia bons livros cristãos era o fato de que não havia muitas pessoas
perguntando: “Onde posso achar um livro que me ensine a respeito das profundezas
e riquezas da expiação de Cristo?”. Com esse relato, conseguimos chegar a
uma conclusão: De fato, o homem natural, não tem interesse algum em
saber, se alguém morreu por ele, como esse alguém morreu e para que,
ele morreu. O que esse homem não sabe, é que a morte de Cristo na
cruz, foi o maior, de todos os acontecimentos já registrados na história, o
que este mesmo homem não imagina, é que ele, só será salvo, se ele vir
a crer nesta morte de cruz. A bíblia, expressamente afirma: Não há
quem entenda, não há quem busque a Deus Rm 3.11. Este versículo
descreve bem a falta de saber do homem carnal, a respeito da
necessidade, da expiação de Cristo. Imagine: Em certo momento de sua
vida, após tudo o que você lutou para ter, com muito suor e trabalho,
noites sem dormir; de uma hora para outra, tudo isso ter que ser
penhorado. Imagine que uma dessas suas conquistas, é ser presidente
geral de uma grande empresa, e que por causa de uma enorme dívida,
esta empresa está para falir; e com isto, tudo o que você conquistou, terá
que ser entregue ao banco. Com toda a certeza você ficará sem chão,
desolado, emudecido, e quem sabe até, em choque. O ser humano só
passa a compreender algumas coisas, quando o pior lhe acontece, ele só
passará a buscar Deus, quando estiver na pior, pois, ele não se dá conta
de que tudo o que ele conquista nesse mundo é passageiro, e uma hora
ou outra, tudo pode, e irá desaparecer. O que isso significa? Ao mesmo
tempo em que “temos alguma coisa”, em contrapartida nada temos nesse
mundo que nos seja para sempre. A partir daí, conseguiremos entender,
melhor ainda, qual é, e qual foi à necessidade da expiação de Cristo na
cruz.
O homem que vive sua vida, visando somente suas conquistas e sonhos
realizados, naturalmente sofre uma enorme queda, quando vê seu
“castelo” vir a baixo, e o que dizer então, de sua vida espiritual? A Santa
Escritura diz: Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm
3.23). Da mesma forma que um homem, amanhece o dia, sabendo que
tudo o que ele tinha, já não terá mais, e isso, gerar nele um sentimento
de impotência, da mesma forma, é o homem sem estar perto da glória de
Deus, porque, tudo o que ele acha que tem, nunca será suficiente, para
pagar o saldo devedor que ele tem com Deus, e talvez, quando ele
acordar, possa ser tarde de mais. Pois, que aproveita ao homem
ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria o homem
em troca de sua alma? (Mc 8.36-37). Nada irá quitar uma só parte de
toda a divida que o homem tem com o banco (Deus), o homem se
encontra impotente, de mãos atadas, e a única coisa que lhe resta para
sair dessa, é seu fiel, fiador (Jesus). A vinda de Jesus e sua expiação por
aqueles que creram que creem e que crerão, já estava decidida bem antes
da fundação do mundo (cf. Ap 13.8), porém, ela foi anunciada para o
homem, somente após sua queda no Jardim do Éden (cf. Gn 3.15). O
homem tendo provado o pecado, passou a ser um ser mortal, e não mais
imortal (cf. Gn 2.17); para que o estado do homem agora mortal,
totalmente frágil, com dia e hora para morrer (cf. Jó 14.5), viesse a ser
restabelecido, para viver a eternidade com o seu Criador, se fez
necessário Cristo vir ao mundo, e substituir o ser humano, que ao pecar,
despertou a ira de Deus, e isto, nos leva ao próximo parágrafo.

Deus é um Deus irado

Como vimos no parágrafo anterior, a expiação de Cristo na cruz, foi de


extrema necessidade, para que pudéssemos ter a oportunidade de sermos
salvos. Mas eu lhes pergunto: Do que exatamente fomos salvos? Seria
de um mundo perverso, seria de um casamento infeliz, ou até mesmo
quem sabe, de uma doença que nos levaria a morte? Muitos que
professam ser crentes nos dias de hoje, creem fielmente, que o fato de
Cristo ir à cruz, levar sobre si os nossos pecados, e imputar sua justiça
perfeita em nós, nos fazendo assim, diante do Pai, pessoas justificadas,
foi com o objetivo central e principal, de nos livrar das dores do dia a
dia, ou nos dá toda sorte de bênçãos materiais vivendo a cada dia, um
milagre diferente. Mas seria isso mesmo, Cristo teve todo o trabalho,
perseverando e padecendo muitas coisas, para chegar à cruz, e nos salvar
de coisas fúteis e com prazo de validade? Não! É claro que não. No livro
do apóstolo João (3.36) diz: Por isso, quem crê no Filho tem a vida
eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a
vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus. Esse texto dá o exato
entendimento, do que, e de quem Cristo nos salvou, indo na cruz do
calvário. Deus, para ser um ser perfeito (como ele é), necessita ter total
equilíbrio em seus atributos: Amor, Misericórdia, longanimidade,
Imutabilidade, Justiça, estão dentre alguns dos atributos de Deus; e todos
os seus atributos, estão em perfeita harmonia e equilíbrio. Isso significa
que um atributo não pode ser maior do que o outro, não se pode destacar
o Amor, por exemplo, e se esquecer dos outros atributos como se eles
fossem inferiores ao atributo Amor. Este erro, corriqueiramente é
cometido pelos ímpios, porém, infelizmente não só por eles, mas
inclusive por “cristãos”; destacam e exaltam o Amor de Deus, mas se
esquecem, por exemplo, de sua Justiça. A justa justiça de Deus e sua
Santidade (A Santidade abomina o pecado – a justiça da à
sentença e executa o castigo) são exatamente os atributos que
demostra o porquê, Deus é um Deus irado. Todos conhecem a história
da queda do homem, e todos sabem que esta queda, resultou na expulsão
do ser humano diante da presença de Deus. O motivo da queda foi o
pecado e justamente por causa do pecado, que a ira de Deus se ascendeu
contra o homem. Paulo em sua epístola aos Romanos (5.12) menciona
que: Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a
todos os homens porque todos pecaram. O que Paulo está falando
neste versículo, é que por causa da queda ocorrida no Jardim do Éden, o
homem que era imortal, passou a ser mortal, e a morte que não era
conhecida pelo homem, passou a ser uma realidade na vida do mesmo.
A palavra morte na bíblia atua de três formas distintas: (1) Morte
espiritual ou separação de Deus (cf. Ef 2.1-2; 4.18); (2) morte física (Hb
9.27; e 3) morte eterna (também chamada de segunda morte), a qual
inclui não apenas a separação eterna de Deus, mas o tormento eterno no
lago de fogo (Ap 20.11-15).
Já sabemos que Deus é um Deus justo, mas o que isso realmente
significa? O significado básico deste atributo, é que Deus, ele não deixa
impune os pecados cometidos por quem quer que seja. O nosso Criador,
possui uma retidão tão elevada e perfeita, que fica impossível dele
mesmo negar a sua justiça. Em um dos relatos no AT, aparece o
patriarca Abraão, intercedendo junto a Deus, pelo povo de Sodoma e
Gomorra. Na mente de Abraão, nessas cidades, poderia ter algum
inocente no meio de tanta corrupção. Gn 18.23 E aproximando-se a
ele, disse: Destruirás o justo com o ímpio? Essa é a típica pergunta de
quem não conhece quem Deus realmente é. Abraão parecia uma criança
inocente e sem maldade ao fazer uma pergunta como a que ele fez.
Pressupor que um Deus Santo e Justo, irá se confundir em não saber
quem é justo e quem é ímpio, é dizer que Deus por distração poderia
cometer uma injustiça. Abraão prossegue no Vs24: Se houver,
porventura, cinquenta justos na cidade, destruirás ainda assim e
não pouparás o lugar por amor dos cinquenta justos que nela se
encontram? Aqui encontramos mais uma pressuposição equivocada de
Abraão. Ele supõe que poderia ter pessoas justas em um lugar, que Deus
em sua eterna sabedoria, já havia determinado em sua mente levar a
plena destruição. Apesar do pensamento errado de Abraão, e dele fazer
uma caricatura de Deus em um primeiro momento, como se ele fosse
capaz de se enganar, no versículo seguinte Abraão se redimi: Vs25
Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio; longe de
ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra? Desta vez, Abraão fez o
chamado “gol de placa”, pois ele não só caiu em consciência de quem
Deus é (Justo), como também reconheceu que o Criador de todas as
coisas, não comete injustiça com ninguém. Após esse lapso de
reconhecimento de Abraão a respeito de Deus, sabemos qual foi o
desenrolar dessa historia e o seu fim, mas o que quero ressaltar trazendo
este relato a mente do caro leitor, é que Deus é justo e incorruptível,
Santo, reto e jamais erra. Dito isso, podemos passar a entender melhor, o
porquê, Paulo fez a ligação entre a morte e o pecado do homem (cf. Rm
5.12). O pecado fere a Santidade de Deus, pois todo pecado cometido, é
em primeiro lugar cometido contra ele (cf. Gn 20.6; 39.9; Sl 41.4;
51.4...), sendo assim, como de fato, por Deus ser Santo e reto em todos
os seus desígnios, ao ver o pecado sendo cometido, automaticamente ele
necessariamente tem que punir o pecador. “Deus odeia o pecado, mas
ama o pecador” – Tenho por certo, que você já falou ou no mínimo
ouviu essa frase “milhares” de vezes, mas será que a bíblia confirma
isso? Façamos uma breve verificação. A ira de Deus se revela do céu
contra toda impiedade e perversão dos homens, que detêm a
verdade pela injustiça Rm 1.18
Como já foi mencionado, Deus para ser um Deus perfeito, ele necessita
ter todos os seus atributos em total equilíbrio e em perfeita harmonia.
Nenhum dos atributos de Deus deve ser colocado em destaque. Apesar
de Deus ser um Deus de Amor, e amar sua criação, isso não significa
que ele ama a quem, os que lhe desobedecem. O texto mencionado a
cima de Romanos (1.18), tem como significado simples: Deus revela do
céu a sua ira, contra todos os que o rejeitam e incorrem no erro, de
viverem suas vidas de forma leviana e sem tomar o conhecimento já
revelado por Deus, que ele é Deus. Uma das doutrinas ensinada no
campo teológico é a doutrina da Depravação Total do Homem; essa
doutrina tem como principal argumento, que o homem está em rebelião
contra o seu Criador. Toda essa rebeldia, certamente ascende
potencialmente à ira de Deus, e isto, ocorre porque todos os pecados
(segundo a justiça de Deus) tem que ser punidos (cf. Sl 2.5,12; 45.7;
75.8; 76.6-7; 78.49-51; 90.7-9; Is 51.17; Jr 25.15-16; Jo 3.36; Rm
9.22; Ef 5.6; Cl 3.5-6). Deus tem vários tipos de ira: 1) a ira eterna, que
é o inferno; 2) a ira escatológica, que é o dia final do Senhor; 3) a ira
cataclísmica, como o diluvio e a destruição de Sodoma e Gomorra; 4) a
ira consecutiva, a qual é o princípio do semear e colher, e 5) a ira do
abandono, que é quando Deus retira suas restrições e deixa as pessoas
seguirem seus próprios pecados. Somente por causa de Cristo Jesus, é
que tamanha ira, foi aplacada, nos concedendo a possibilidade de sermos
chamados filhos por adoção, mediante a fé no Cordeiro de Deus; como
tudo ocorreu? Veremos no próximo paragrafo.
Doutrina da Imputação
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos
nossos devedores.
Mateus 6.12
Segundo a Agência Brasil, o número de pessoas endividadas no país,
subiu para 57,1% entre junho e julho do ano passado (2017).
Logicamente, isso significa, que mais da metade dos brasileiros, estão
inadimplentes. Creio que este é o reflexo de se morar em um país, onde
temos impostos altíssimos e com isso, nos encontramos sendo um dos
primeiros do ranking mundial, quando se refere ao retorno à população
do dinheiro arrecadado com impostos. Além disso, somos um povo mal
organizado, que não poupa como deveria poupar, somos festeiros e
adoramos feriados. Por outro lado, temos juros altíssimos, salario
mínimo sendo um dos menores, entre os países subdesenvolvidos, e isto,
faz do brasileiro um dos mais prejudicados por causa das condições de
vida em nosso país. No primeiro paragrafo deste artigo, vimos que o ser
humano é um ser totalmente endividado com Deus (o banco), porém, ao
contrário do brasileiro que é “vitima” do seu país, que possui altos
impostos e um baixo retorno, o ser humano em relação a Deus, em nada
tem de vitima, antes, ele é 100% culpado de acumular um saldo tão
negativo com o seu Criador. Foi feita uma pesquisa a respeito da
quantidade de pensamentos diários que o ser humano possui. Os
neurocientistas calculam que em media, 12 a 80mil (as mulheres talvez
mais) pensamentos sobrevêm na mente de cada um de nós. Imagine
você, quantos desses pensamentos são pecaminosos?! E os nossos olhos,
quantas pessoas e imagens olhamos durante um dia inteiro? Quantos
dessas pessoas e imagens que olhamos, não terminam em pecado?
Palavras – sabem quantas palavras o homem pronuncia diariamente?
Em media 7mil por dia. A mulher (sem piada), em media, pronuncia
20mil palavras diariamente. Quantas dessas palavras não geram pecados
e acumulam em débito com Deus? Todos os dias de nossas vidas,
aumentamos ainda mais o nosso debito com Deus, tornando assim,
impossível de se pagar tamanha divida que diariamente, não para de
crescer. Mais uma vez, conseguimos enxergar a tamanha necessidade da
vinda de Cristo, para nos redimir de todos os nossos débitos com o
Todo-Poderoso. Em diversas passagens bíblicas aparece Cristo se
mostrando como o nosso fiador. Vejamos algumas: João Batista antes de
batizar a Jesus no rio Jordão, disse: Eu é que preciso ser batizado por
ti, e tu vens a mim? (Mt 3.14). Jesus respondeu: Deixa por enquanto,
porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o
admitiu. (Mt 3.15) Sabemos que Jesus é e foi o cordeiro imaculado de
Deus, e justamente por isso, não havia (moralmente falando) nenhuma
necessidade dele ser batizado. Mas, prestando atenção em sua resposta,
conseguiremos entender o porquê ele fez questão de se batizar. Nos
convém cumprir toda a justiça – Ao dizer isso, Cristo estava se
identificando com os pecadores. Ele por fim levaria os pecados da
humanidade sobre si; a perfeita justiça de Cristo seria imputada aos
pecadores (2Co 5.21). Esse ato de batismo era uma parte necessária da
justiça que ele estava assegurando para os pecadores. Esse primeiro
acontecimento público de seu ministério também é rico em significado:
1) retratou a sua morte e ressurreição (cf. Lc 12.50); 2) por meio disso,
prefigurou a importância do batismo cristão; 3) marcou a sua primeira
identificação pública com aqueles cujos pecados carregaria (Is 53.11;
1Pe 3.18) e 4) foi uma afirmação pública do seu ministério messiânico
por meio de um testemunho vindo direto do céu (cf. Vs17). Outra
passagem que podemos verificar a respeito de Jesus, o nosso substituto
na cruz, está descrito em Mt 5.17 Não penseis que vim revogar a Lei
ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
Infelizmente, esse texto por muitos é usado para afirmarem que estamos
ainda sobre a tutela da lei, porém como a Palavra afirma: De maneira
que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que
fôssemos justificados por fé (Gl 3.24). Já que não estamos mais sobre a
tutela da lei, então o que Jesus quis dizer com: Não vim para revogar,
vim para cumprir. Pois bem, de forma idêntica ao que Jesus falou a
João Batista (cf. Mt 3.15), de igual modo ele repete enfatizando um dos
propósitos de sua vinda: Cumprir tudo o que foi falado sobre ele, por
meio da Lei e dos Profetas. Jesus quando veio, veio com o intuito de
cumprir toda a justiça que o homem já havia se mostrado incapaz de
cumprir. Nós transgredimos milhares de vezes a Lei de Deus;
transformamo-nos em seres mortos em nossos próprios delitos e pecados
(cf. Ef 2.1), e Deus com sua eterna sabedoria, vendo desde a eternidade,
que o homem não teria como se voltar para ele por si só, enviou-nos um
substituto. Na cruz do calvário, Cristo estava garantindo muito mais do
que o perdão pelos nossos pecados (Sendo o Fiador); na cruz, ele não
só aplacou a ira de Deus (Ou seja: Deus se agradou do sacrifício do seu
Filho), recebendo sobre si, todos os nossos pecados, mas, além disso,
Jesus estava sendo o nosso Mediador (nos reconciliando com o Pai).
Ele fez o que seria impossível a outro ser na face da terra, Jesus nos
tornou Justos diante de Deus.
Muitos têm por ideia, de que ser justificado, é apenas um mero ato de
Deus, nos conceder perdão por todo mal que cometemos contra ele
diariamente, porém, não é assim que a bíblia nos diz: Se, pela ofensa de
um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem
a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio
de um só, a saber, Jesus Cristo Rm 5.17. Se Deus tivesse nos perdoado
ele estaria cometendo uma baita injustiça e atentando contra a sua
própria justiça. Lembre que todos os pecados necessitam ser punidos, e o
que se merece por pecar, é a morte (Rm 6.23), logo, devemos entender
que os nossos pecados não iriam sair impunes. Jesus é a chave para
manter a justiça de Deus intacta, pois foi nele (Jesus), que os nossos
pecados foram imputados no momento da cruz. Até aqui, tudo bem,
compreende-se que nossos pecados foram colocados em Cristo, mas será
que só foi isso que aconteceu? Obviamente que não. Considere isto:
Você está em um julgamento, sua acusação é: Você deve milhões de
reais, a um banco que resolveu lhe processar. Como você não possui
nenhum bem material que faça com que a divida seja quitada, o que
resta a fazer ao banco, é te levar diante ao juiz e esperar por sua
condenação há vários anos na cadeia. Começa o julgamento, a
promotoria inicia acusação, seu advogado apesar de tentar, não consegue
refutar nenhuma das provas da sua tamanha divida. Consequentemente
os jurados se retiram com o intuito de se reunirem, para dar o seu
veredito. Todos te julgam culpado. Antes de encerrar a cessão e o juiz
bater o martelo e informar a sentença, aparece alguém de ultima hora,
dizendo que quer quitar sua divida com o banco, naturalmente o juiz
aceita o fiador, e sua conta no banco passa a ficar zerada, pronto! Você
já não deve mais nada. Por fim, além de você ter a conta de milhões de
reais paga por outra pessoa, essa mesma pessoa, deposita outro valor
incalculável em sua conta. Desta mesma forma, Cristo fez na cruz. Ele
cumpriu toda a justiça que nós não podíamos cumprir, fez expiação por
nossos pecados, quitou nossa divida com o Pai, nos reconciliou, e ainda
imputou em nós, toda a sua justiça. Esse foi o plano perfeito de Deus,
nos resgatando de um abismo sem fim, nos retirando de sua ira vindoura,
nos concedendo graça. Ele nos deu vida, enquanto ainda éramos
mortos Ef 2.1.

Para quem e Por quem, Cristo morreu?

Chegamos ao ápice, ao cerne, ao pico mais alto de toda a doutrina da


expiação de Jesus. Muitos a partir daqui, desistirão de ler o artigo,
tomarão como perda, o tempo que deram em todo o artigo, ler tantas
coisas que não estará, de acordo com as suas linhas teológicas. Pois bem,
sei que isso à de acontecer, é de fato uma possibilidade real que alguém
não concorde com o que irei dizer aqui neste paragrafo. Mais me deixe
lhe antecipar algo: Não tenho a intenção de ganhar adeptos, seguidores
em Twitter, Instagram, Facebook ou qualquer outra rede social, minha
intenção é unicamente, expor minha opinião bíblica a respeito da morte
de cruz; crendo eu, está carregando a verdade contida nas Escrituras. Se
eu estiver errado, bom, que o Senhor Deus me mostre o erro, do
contrário, sua opinião não vai contar muito aqui. Porventura, procuro
eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a
homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo. Gl
1.10
Confesso que não é fácil falar sobre este assunto, por isso, devo ter o
máximo de cuidado para não incorrer no erro, de transmitir uma ideia
errada. Até mesmo aqueles que concordam comigo em outros âmbitos
da teologia, pode vir a não concordar, se a caso eu não der a devida
atenção e tratar com muito cuidado este ultimo paragrafo.
Ordo Salutis – Creio que não há forma melhor de explicar, para quem e
por quem, Cristo morreu na cruz, se não através da Ordo Salutis
(Ordem da Salvação). Essa ordem vai mostrar exatamente tudo o que
precisamos para saber como foi o plano perfeito de Deus, para nós.
A Palavra – Deus através dos séculos usou sua Palavra (O Logos e
Rhema) para se comunicar com o homem, e este, transmitir a vontade do
Criador a outros homens. Sem a Palavra (verbo de Deus), nada poderia
ser feito, sem ela tudo o que foi feito, não poderia existir. A partir dela
cada coisa foi criada: Disse Deus: Haja luz; e houve luz (Gn 1.3); Haja
firmamento, e houve firmamento (cf. Gn 1.6). Disse também Deus:
Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a
porção seca. E assim se fez Gn 1.9. Através da Palavra Deus nomeou
toda a sua criação (cf. Gn 1.5,8,10), por meio da Palavra, Deus também
ordenou, e organizou, impôs limites a tudo que foi criado (cf. Gn 1.6-7,
9, 11-12,14-18, 20-22, 24-30). Não se conhece jeito melhor de um Deus
pessoal, se comunicar com sua criação se não através de sua Palavra. Por
isso, a Palavra de Deus, é quem da inicio a todo o processo de conversão
do homem.
E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de
Cristo. Rm 10.17
Deus escolheu sua Palavra, para nos instruir, nos exortar e nos ensinar
tudo o que ele achou necessário, que fosse do conhecimento do homem.
No texto referido a cima, Paulo está falando de como alguém pode
receber fé em seu coração (Pela pregação da Palavra). Ao ouvirmos
chamado de Deus através de sua Palavra, e quando a compreendemos
(Deus nos dando o entendimento cf. At 16.14), passamos pelo processo
da regeneração.

Regeneração – Depois de sermos chamados através da Palavra e


compreendemos esse chamado de Deus, o Espírito Santo age de forma
eficaz em nós, nos convencendo de nossos pecados (cf. Jo 16.8), nos
mostrando quão caídos somos e necessitados do amor de Deus nos
concedendo vida novamente. Sem essa regeneração do Espírito em nós,
é impossível de que alguém venha a ter fé. No livro de João 5.24 diz:
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê
naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas
passou da morte para a vida. Esse texto define bem o processo da
regeneração. Antes de ouvir e compreender a Palavra pregada, o Espírito
Santo vem a nós e nos dá condição de crê; ou seja: Saímos de nosso
estado caído, morto, para a vida.

Conversão – Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância;


agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se
arrependam At 17.30. Após a nossa regeneração, passamos pelo
processo de conversão. Já temos agora, a condição de crê (Exercer a fé)
através da ação do Santo Espírito, já temos conhecimento da Palavra,
porém agora, falta reconhecer que velho homem já não faz parte do
novo. Devemos passar a abominar o nosso próprio eu, rejeitando
fielmente o pecado; somos o tempo inteiro constrangido, a viver uma
vida santa e reta aos olhos de Deus. O pecado na vida de um convertido
passa a ser um acidente, pois, ele já não mais tem prazer em planejar,
marca data e hora para praticar algo, que fere a Santidade de Deus.
Agora há um arrependimento sincero pelos pecados cometidos, e, além
disso, passa-se a ter um desprazer tão grande em pecar, que quando se
peca nos sentimos frustrados, pois o bem que queremos fazer, nem
sempre fazemos, mas o mal, que passamos a rejeitar, esse, às vezes
praticamos (Rm 7.15).

Justificação – O processo de justificação já foi abordado no parágrafo


anterior, porém, como é um assunto suficientemente vasto, posso sem
ser inteiramente repetitivo, aborda-lo um pouco mais. Foi feito um livro,
a partir de alguns dos sermões, pregado por Paul Washer (sobre
Romanos 3). Nesse livro (O verdadeiro Evangelho), uma das partes me
chamou bastante atenção. Em toda a bíblia há algo que no livro do irmão
Paul ele chama de: O maior dilema filosófico teológico da Escritura.
Esse dilema se encontra no livro de Provérbios (17.15).
O que justifica o perverso e o que condena o justo, abomináveis são
para o SENHOR, tanto um como o outro.
A pergunta que se faz mediante esse texto é: Como um Deus justo,
justifica um ser injusto, mas ainda permanece justo? Não estaria Deus se
alto abominando por causa do ímpio? Washer discorre da seguinte
forma: Abominação é provavelmente a palavra mais forte que temos
em toda a Escritura. Não há nada mais horrível diante de Deus, do
que uma abominação – ao pé da letra, algo odiável. O que é odiável
e abominável a Deus, segundo esse texto? Justificar o perverso e
condenar o justo – ambas as atitudes são odiáveis a Deus. Porém o
que diz o Vs24 de Romanos 3? Sendo justificados gratuitamente, por
sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.
Com esses dois textos, se estabelece o dilema: Deus se alto abomina ou
não, ele deixa de ser justo por justificar o perverso? Obviamente que
não. Cristo Jesus, é a resposta para todo esse dilema teológico, pois ele
veio para nos reconciliar com o Pai, fazer expiação por nossos pecados,
nos resgatar da ira vindoura; ele veio para nos tornar justos diante de
Deus. Após ouvimos o chamado de Deus através de sua Palavra, somos
regenerados, passando a ter condições de exerce à fé que nos é dada;
passando de um estado de morte, para vida, reconhecendo nossa
natureza caída, nos arrependemos de forma verdadeira e pela fé na morte
de cruz, no tribunal de Deus é batido o martelo, daí em diante, passamos
a ser justificados perante Deus.

Adoção – Quando eu ainda era ímpio, e até mesmo após ser aceito por
Cristo, tinha a ideia de que todos os homens (cada individuo da terra)
eram filhos de Deus, porém, compreendo que não é desta forma que
Deus vê. Na epístola aos Romanos (8.15) Paulo menciona que: Porque
não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual
clamamos: Aba, Pai. O que Paulo está dizendo nesse versículo, é que
aqueles que são justificados diante de Deus, não receberam o espírito de
escravidão para viverem com medo da morte, pois, aqueles que vivem
ainda praticando o pecado, tem medo de morrer, porque sabe, lá no
fundo, qual é o caminho que o pecado leva; pelo contrário, os que são de
Deus, receberam o espírito (ou do Espírito) de adoção, que nos dá a
plena certeza de que somos filhos do Deus vivo, e por causa disso, não
temos “medo” de morrer, pois o Espírito Santo nos garante a eternidade
com o Pai. Nesta ordem da salvação, após a justificação, naturalmente
podemos ser chamados filhos, filhos por adoção, mediante a fé, em
Cristo Jesus.
Santificação – Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões
que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é
santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em
todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu
sou santo. 1Pe 1.14-16
A vida do cristão é envolta de uma batalha sem fim neste mundo contra
os desejos da carne. Mesmo após a nossa conversão, tendo agora o
Espírito de Deus abitando em nós, ainda sim, somos variavelmente
frustrados pela força do pecado, que apesar de controlado, ainda age na
vida de todos. Porém, somos chamados a viver em santidade, sem
tropeços, de forma irrepreensível, perfeitos diante da presença de Deus
(cf. Mt 5.48). Mas sejamos francos, nesta terra, ninguém consegue ou
conseguirá atingir este nível de perfeição exigida por Deus. Entretanto,
ele nos exige que assim sejamos. Embora seja impossível alcançar esse
padrão, Deus não pode diminuí-lo (sem comprometer a sua própria
perfeição) só pelo fato de não conseguirmos. Aquele que é perfeito não
pode estabelecer um padrão imperfeito de justiça. A maravilhosa
verdade do evangelho é que Cristo alcançou esse padrão em nosso favor
(cf. 2Co 5.21). Em contra partida, mesmo Cristo já tendo feito toda boa
obra, e imputado em nós essa maravilhosa graça; temos como
responsabilidade por gratidão e amor em nossos corações, como filhos
obedientes, buscar ser santos, pois o nosso Deus e Pai, Senhor sobre
tudo e todos é Santo (cf. 1Pe 1.16). Na passagem de 1Pe 1.14-16 em
destaque a cima, Pedro menciona o que temos que fazer para nos
mantermos em santidade. Vs14 Não vos amoldeis às paixões – Essa
palavra “amoldeis”, tem o mesmo sentido de “conformeis” referida por
Paulo na sua carta aos Romanos (12.2). Ambos estão dizendo: Não
pareçam; não se encaixem mais; não queiram levar uma vida igual à
vida do velho homem que abitava em vós outrora. Vs15 Pelo contrário,
do mesmo modo que é santo aquele que nos chamou, devemos buscar e
nos tornar santos também, em todo o nosso procedimento.
Glorificação - Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do
tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada
em nós. Rm 8.18
Anteriormente, vimos que somos chamados a sermos santos e
irrepreensíveis, porém, já sabemos quão difícil e árdua essa tarefa é.
Sofremos com as paixões desse mundo, com os ataques das setas
inflamadas de satanás contra a nossa vida. Tribulações e angustias nos
cercam, a carne guerreia contra o Espírito e o Espírito contra a carne (cf.
Gl 5.17), é literalmente, uma vida recheada de lutas. Mas, Cristo nosso
Senhor, já havia nos advertido quanto a isso: Jo 16.33 Estas coisas vos
tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por
aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. Lendo este
versículo, até parece que Paulo escreveu algumas partes de sua carta,
lendo o que João escreveu a respeito de Jesus. A semelhança das
palavras e seu devido sentido são bem similares. Paulo diz: Porque
para mim tenho por certo – A certeza de Paulo a respeito do que ele
estava para dizer era tão grande, que ele usa a expressão “por certo”,
para demostrar a exatidão, a infalibilidade, a respeito de que: os
sofrimentos que passamos não se comparam a glória que está para ser
revelada em nós. Jesus, de forma similar, se expressa: Estas coisas vos
tenho dito para que tenhais paz em mim – Cristo ao falar sobre a paz
que encontramos nele, está nos assegurando com a mesma certeza que
Paulo nos assegura sobre as aflições desse mundo. O curioso, é que de
forma “idêntica” os dois apontam para um único futuro: Paulo menciona
a glória que está para ser revelada – essa glória é justamente o que
retirará para sempre de nós todo o sofrimento, toda dor e angustia que
passamos neste presente tempo. Já Jesus diz: Tende bom ânimo; eu
venci o mundo – Mesmo Jesus não se corrompendo com as paixões
desse mundo, ou se envolvendo com qualquer pecado oferecido por este
século, como homem ele sofreu e sentiu diversos momentos de angustias
(cf. Mt 26.38; Jo 12.27), porém, com sua morte e ressureição, ele vence
todos os sofrimentos e aflições, entrando e vivendo a eternidade na
glória com o Pai. Da mesma feita seremos nós naquele grande dia,
arrebatados ou ressuscitados, com um novo corpo totalmente restaurado
e glorificado, passaremos a eternidade no céu, e ele (Deus) lhes
enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não
haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas
passaram. (Ap 21.4)

Seguindo a ordem da salvação, veremos agora, alguns pontos


primordiais que nos trará com exatidão, a noção correta de por quem
Cristo morreu.
Bom, sabemos que tudo começa com a Palavra. Através dela, somos
chamados por Cristo ao arrependimento. O que a bíblia tem a nos dizer
sobre o chamado, vamos verificar?
Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.
Mt 22.14
Este versículo finaliza uma das muitas parábolas que Jesus relata, a fim
de nos ensinar algo importante. No contexto deste texto a cima, nos
Vss3,4 Jesus menciona que um rei envia por duas vezes, servos a
chamar os convidados para as bodas que o rei iria celebrar para o seu
filho, porém os convidados rejeitaram o convite, alguns dentre eles
continuaram seguindo com suas vidas (cf. Vs5), porém outros,
agarrando os servos, os maltrataram e mataram (Vs6). Por fim, o rei que
demostrava uma enorme paciência, se irou com aqueles convidados,
enviando suas tropas, exterminou aqueles assassinos (cf. Vs7). Os Vss8-
9 Jesus menciona que o rei toma uma atitude de enviar outros servos, a
chamar todos quantos eles encontrassem pelo caminho, pois a festa já
estava pronta para ser celebrada. Assim fizeram os servos, foram, e
reuniram todos os que encontraram maus e bons; e a sala do banquete
ficou repleta de convidados (cf. Vs10). Entrando, porém, o rei para
ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia
veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste
nupcial? E ele emudeceu. Então, ordenou o rei aos serventes:
Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá
choro e ranger de dentes (Vss11-13). Todos, sem exceção, foram
convidados para o banquete, de modo que esse homem não deve ser
visto como um penetra comum. De fato, todos os convidados foram
ajuntados apressadamente “pelas estradas” e, portanto, não se esperaria
que alguém pudesse vir com a roupa adequada. Isso significa que as
vestes foram fornecidas pelo próprio rei. Assim, o fato de esse homem
não estar vestindo a roupa apropriada indica que ele, de vontade própria,
rejeitou a provisão graciosa do rei. Sua afronta ao rei foi na verdade um
insulto ainda maior do que o daqueles que se recusaram até mesmo a ir,
porque ele cometeu seu ato de impertinência na presença do próprio rei.
Essa imagem parece representar aqueles que se identificam com o rei
apenas externamente, professam ser cristãos, pertencem a uma igreja
num sentido visível – mas desdenham do manto de justiça que Cristo
oferece (cf. Is 61.10) quando procuram estabelecer uma justiça própria
(cf. Rm 10.3; Fp 3.8-9). Com vergonha de admitir sua própria pobreza
espiritual, eles recusam a veste melhor que o Rei graciosamente oferece
e, assim, são culpáveis de um horrível pecado contra a bondade do
Senhor. Essa parábola retrata exatamente o que os judeus fizeram com
os profetas do Senhor, rejeitando alguns e não dando ouvidos a outros,
antes, procuravam continuar com suas vidas sem dar ouvidos ao
chamado do Rei; ao invés de ouvir, mataram os profetas do Senhor (cf.
Vss 3-4,6). Voltando ao vs14, agora podemos ter a exata visão do
porque Jesus disse: Muitos são chamados, mas poucos, escolhidos. O
evangelho é para ser pregado a todos sem exceção, o chamado de fato é
universal. Todos nós somos chamados (através da Palavra) ao
arrependimento, mas por causa da depravação do homem, este, necessita
do agir do Espírito Santo para que ele ganhe vida e seja regenerado (veja
no tópico regeneração), sem essa regeneração, o homem que é morto
em seus próprios delitos e pecados não pode se converter a Cristo; sem
que ele se converta, é impossível que ele seja justificado; sem a
justificação, é impossível que ele seja chamado filho por adoção, e ele
não sendo filho, não se importará em ser santo como o Pai celeste é
Santo, e, sem santidade, ele não verá a Deus (Hb 12.14). A ordem da
salvação se encaixa muito bem na expiação de Jesus quando se entende;
uma obra perfeita, infalível, sem vacilo algum. Na Santíssima Trindade,
cada pessoa (Pai, Filho e Espírito Santo) tem o seu papel na salvação do
ímpio. Veremos agora um pouco de cada um, com as suas respetivas
obras.
Deus Pai – Deus Pai, teve como primeiro ato para a salvação, a eleição
do ímpio. Antes mesmo de fazermos bem ou mal, Deus elegeu pessoas
de todas as nações, línguas e etnias do mundo, pois para Deus, não há
acepção de pessoa. Fazendo assim, segundo a sua vontade tudo o que lhe
apraz.
Na carta de Paulo aos Efésios (1.3-6) ele escreve: Bendito o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda
sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim
como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos
santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para
ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o
beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que
ele nos concedeu gratuitamente no Amado. Paulo no Vs3 anuncia que
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, tem nos abençoado com toda
sorte de bênção espiritual. Primeira pergunta a ser feita aqui, é: De qual
âmbito essas bênçãos estão vindo? A própria continuação do texto vai
responder: Nas regiões celestiais em Cristo. Isso nos mostra que as
bênçãos que são mencionadas nos versículos seguintes, não são bênçãos
materiais, não são feitas por mãos humanas, não precisa da cooperação
do homem, mas são dadas gratuitamente por Deus. Próxima pergunta
dentro do Vs3 ainda: que tipo de bênçãos Paulo se refere? A partir do
Vs4 irá responder: 1) assim como nos escolheu nele, antes da fundação
do mundo, com o objetivo de sermos santos e irrepreensíveis perante
ele; e em amor 2) Vs5 nos predestinou para ele, com o objetivo de
sermos chamados filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o
beneplácito de sua vontade, Vs6 para louvor da glória de sua graça, que
ele 3) nos concedeu gratuitamente no Amado. Perceberam? Três tipos
de bênçãos que vieram do alto, sem as quais, seria impossível para o
homem ser salvo. Tentem imaginar, Deus “jogando” o ser humano na
terra e deixando ele a sua própria sorte sem que houvesse a ação do
Espírito para que ele (O homem) comandasse a si mesmo, com o seu
“livre-arbítrio”. Pois bem, isso ocorreu. Os nossos primeiros pais (Adão
e Eva) tinham o livre-arbítrio, e o que fizeram com essa liberdade? Na
primeira oportunidade, eles caíram em desgraça total, levando com eles
toda a raça humana. Por esse motivo, Deus desde a eternidade (cf. Ap
13.8) já havia determinado que o salvador viria, o seu Cordeiro, sem
ruga, sem mancha nem macula alguma, iria vir e seria (como foi)
imolado em favor de muitos (cf. Mt 26.28).
Deus Filho – A obra do Filho na salvação esta ligada a ordem decretada
por Deus Pai desde a eternidade. Ainda na carta de Paulo aos Efésios
(1.7-12) poderemos verificar qual é o papel da segunda pessoa da
Trindade na salvação.
no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados,
segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou
abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência,
desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu
beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na
dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu
como as da terra; nele, digo, no qual fomos também feitos herança,
predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas
conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da
sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo;
No Antigo Testamento, sabemos que as obras humanas, aparentemente
eram o que “trazia redenção” pelos pecados cometidos, por meio de
sacrifícios de animais. Quando o homem pecava, para que seus pecados
fossem cancelados, era necessário, levar bodes e bezerros até ao
sacerdote, e por meio dos sacrifícios, era feito a expiação dos pecados.
Porém agora, como o autor de Hebreus menciona (9.12) não por meio
de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue,
entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna
redenção. Isso nos mostra, que a remissão dos nossos pecados, não
depende de nada que façamos ou venhamos a fazer, toda a nossa
redenção só é possível, pelo sangue de Cristo que foi derramado na cruz
do Calvário, segundo a riqueza da graça de Deus. Na passagem já
destacada a cima (Ef 1.7-12) Paulo descreve a obra de Cristo pela nossa
redenção: Vs7 Redenção pelo seu sangue – O termo usado aqui está
relacionado ao pagamento a Deus do preço exigido pela libertação de
uma pessoa da escravidão. O sacrifício de Cristo na cruz pagou esse
preço por cada pessoa eleita escravizada pelo pecado, comprando-as do
mercado de escravos da iniquidade e esses que foram comprados
recebem a remissão dos pecados, segundo a riqueza da graça de Deus
Pai, que ele derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e
prudência (Vs8). Eu não teria problema algum em aceitar que Cristo,
tivesse derramado o seu sangue por toda e qualquer pessoa deste mundo,
porém, não é o que ele mesmo menciona ao cear com seus discípulos:
Mt 26.28 porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança,
derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. (cf. Mt 20.28;
Mc 14.24; Rm 5.15,19; Is 53.12). É uma conta bem simples: O sangue
de Cristo foi derramado em favor de muitos. Muitos já foram salvos,
muitos estão sendo salvos e muitos, serão salvos. Mas vamos prosseguir.
Nos dias de Paulo, certos cultos obrigavam seus devotos a fazerem
“tremendos juramentos” no sentido de não revelarem seus segredos aos
não iniciados. Ainda hoje há seitas que exigem que seus membros façam
solenes promessas semelhantes sob pena de horríveis castigos caso
fracassem em guardá-las, o oposto dessa conduta, foi a que Paulo
mencionou no Vs9: Desvendando-nos o mistério da sua vontade – Foi
da vontade do Pai que o mais sublime segredo fosse publicado aos
quatro ventos, e que penetrasse profundamente nos corações dos seus. O
plano de Deus para a salvação, que outrora foi oculta aos olhos de
muitos, agora é visto com excelente clareza por “todos”, segundo o
beneplácito que propusera em Cristo.
No capítulo 3.5 em Efésios, Paulo relata que: o qual, em outras
gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como,
agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito.
O que Paulo está mencionando aqui é a respeito da benção universal que
foi prometido por intermédio de Abraão (cf. Gn 12.3), e que apesar
disso, o pleno significado dessa promessa tornou-se claro quando Paulo
escreveu aos Gálatas (Gl 3;28). A passagem de Is 49.6 previu a salvação
para todas as raças, porém foi Paulo quem escreveu a respeito dessa
promessa (cf At 13.46-47). Paulo revelou a verdade que nem mesmo os
maiores profetas compreenderam – que na igreja, composta de todos os
salvos desde o Pentecostes em um corpo unido, não haveria distinções
raciais, sociais ou espirituais. Dessa forma podemos ter uma boa visão,
sobre o que Paulo estava querendo dizer no Vs10: de fazer convergir
nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto
as do céu como as da terra. Por causa de sua morte e ressurreição,
Jesus já assumiu a liderança da igreja, assumindo o seu governo no
universo (cf. At 2.32-36; Cl 1.15-20). Porém, um foco no futuro é
notório nesse versículo. Paulo quis trazer à mente dos seus leitores que a
unidade visível da igreja é a inauguração do reino visível final de Cristo
sobre todas as coisas. Por esse motivo que Paulo tanto enfatizou a
unidade de judeus e gentios na igreja (cf. Vs 11-14; 2.11-22), unidade
esta que o judeu não tinha em mente que seria possível acontecer, sendo
o seu povo, o único escolhido e separado por Deus no AT (cf. Dt 7.6).
No livro do apóstolo João 3.16, Jesus se vê “obrigado” a explicar que
não seria somente o povo judeu a ser salvo.
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.
Para que venhamos a entender esse texto, uma breve explicação se faz
necessário. Porém, antes, um pano de fundo para entendermos o que
Jesus disse: Cristo estava no meio da noite conversando com um fariseu
chamado Nicodemos (Um dos principais dos judeus cf. Vs1), que foi até
Jesus, dizendo: Vs2 Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de
Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus
não estiver com ele. A partir desta abordagem, Jesus começou a
explicar a Nicodemos, o que era necessário acontecer para que alguém
entrasse na vida eterna (cf. Vs3,5-8,11,13). No Vs14, Jesus revela entre
linhas a Nicodemos, o que era necessário acontecer para que a salvação
viesse a virar uma realidade; o Filho do Homem precisava perecer, e o
objetivo dessa morte, era para que todo o que viesse a crê, tivesse a vida
eterna (Vs15). Voltando ao versículo central (Vs16), após Jesus dizer ao
fariseu Nicodemos, que a forma pela qual alguém iria ser salvo, seria
unicamente pelo novo nascimento e consequentemente não por obras;
Jesus explica para Nicodemos que não é somente a nação de Israel que
possuiria salvos, mas pelo contrário, a salvação estava estendida a todos
os que creram no passado, a todos os que creem no presente, e a todos o
que crerão no futuro. No versículo 14, já sabemos que Cristo menciona a
necessidade de sua própria morte, já sabemos também, que essa morte
foi com o objetivo de trazer salvação a todos os que creem em seu nome
(cf. Vs15), porém, agora no versículo 16 ele diz que sua morte foi um
ato de amor incalculável de Deus, por sua criação, criação esta que se
encontrava caída, perversa, totalmente incapaz de salvar a si mesmo,
caminhando em direção a um profundo abismo para a morte eterna. O
plano de Deus em enviar seu Filho para fazer expiação pelos pecados do
“mundo”, já se encontrava desde a eternidade antes que houvesse
mundo; a ideia de que Deus iniciou o seu plano redentor somente após a
queda do homem, não se encontra em conformidade com a Palavra. No
livro de Ap 13.8 diz: e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a
terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do
Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Esse versículo
nos traz duas verdades. 1) O Livro da vida já está escrito antes mesmo
da fundação do mundo (cf. 17.8) e 2) O plano de enviar Jesus a terra
para morrer por todos os eleitos, também já estava determinado por
Deus desde a eternidade. Essa ideia de um plano feito antes da fundação
do mundo é mais uma vez confirmada por Paulo no capítulo 1.11, ainda
na carta aos Efésios: nele, digo, no qual fomos também feitos herança,
predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas
conforme o conselho da sua vontade. Todos os que estão e
permanecerão até o fim, em Cristo, são feitos herança, herança esta que
receberemos na glória (na eternidade), pois fomos predestinados
segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o
conselho da sua vontade. Deus antes que houvesse mundo, planejou a
vinda de Jesus, e predestinou alguns a fim de que esses sejam para
louvor da sua glória, e estes somos nós, os que de antemão esperamos
em Cristo Jesus (cf. Ef 1.12; Rm 8.24-25).
Deus Espírito Santo – A obra do Espírito Santo na vida do cristão é
uma obra que ocorre de forma gradativa. 1) ao mesmo tempo em que
ouvimos a Palavra, o Espírito de Deus age em nós nos convencendo de
nossa natureza pecaminosa (cf. Jo 16.8); 2) após ter sido gerado esse
convencimento em nossos corações, temos por parte do Espírito Santo a
regeneração (cf. Ef 2.1); a partir de disso, com vida em nosso ser, somos
chamados a exercer uma fé que nos levará a ter uma verdadeira aliança
de Deus conosco (Jr 31.33), e passaremos a ir na contramão desse
mundo; 3) o Espírito Santo, também tem como obra ajudar os santos de
Deus a se santificarem e se apresentarem perfeitos e perfeitamente
habilitados, para toda boa obra (cf Jo 16.13; 2Tm 3.16) e 4) ele, o Santo
Espírito, é o selo em nós, que nos foi dado como penhor da nossa
herança até ao resgate (cf Ef 1.14).
Lembram que eu mencionei no inicio deste ultimo paragrafo que iriamos
ver com clareza através da Ordo Salutis para quem e por quem Cristo
morreu? Pois bem, passarei agora a juntar todos os pontos.
Já sabemos que Deus predestinou e elegeu para si mesmo diversas
pessoas no meio de raças e nações, línguas e etnias para serem salvos, e
o meio pelo qual Deus achou que isso fosse feito, foi por intermédio da
obra de Cristo na cruz. Somente pelo Cordeiro imaculado de Deus, é que
todos os que foram eleitos podem ser salvos, do contrário, a salvação
seria impossível a todos os homens (cf. Mt 19.25-26). O homem em si
mesmo é um ser caído, carente da glória de Deus (cf. Rm 3.23), sem
essa glória sobre o homem, o mesmo é descrito na bíblia como um ser
perverso, imoral, insensato, amante de si mesmo, idolatra, sanguinário,
destruidor de tudo o que é reto e justo (cf. Rm 1.18,21,24,28-32; 3.12-
18). Se não fosse Deus enviar o seu único Filho, e este morrer por todo
aquele que nele crê, seria impossível haver salvação. Mas como crerão
se não por meio da Palavra que nos chama ao arrependimento, e como se
arrependerão, se o Espírito Santo não agir neste ser que não quer saber
de Deus (cf. Rm 3.11). Ao contrário do que muitos pensam ou, não
levam em consideração, a obra do Espírito Santo, tem um peso enorme
na ordem da salvação. No livro de Jo 16.8 diz: Quando ele vier,
convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Não quero eu
abusar deste texto, mas quero focar em uma palavra somente, pois já
será o bastante para dar continuidade ao raciocínio: Convencerá – Essa
palavra está em modo de afirmação para algo que acontecerá em um
futuro. Jesus conversando com os seus discípulos, disse que quando o
Consolador viesse, ele iria convencer, e não tentar convencer o mundo
do seu pecado. Você consegue ver em toda essa bagunça que se encontra
o mundo, todos convencidos do seu pecado? Claro que não. Mas alguém
dirá: Nós temos escolhas, e se quisermos podemos rejeitar o Espírito
Santo. Bom, primeiro eu gostaria de encontrar com alguém com
tamanho poder para não ser persuadido por um ser divino, que tem toda
a sabedoria para oferecer argumentos claros suficientes, que convence a
tudo e a todos que ele busca convencer. Eu prefiro acreditar em Jesus
que disse: Jo 10.26 Mas vós não credes, porque não sois das minhas
ovelhas. O fato de alguém escolher não crer e não aceitar a Jesus, não
significa uma resistência do homem à persuasão do Espírito Santo,
antes, é mais correto dizer que o Espírito Santo não quis agir em um
determinado homem, por ele não ser uma das ovelhas de Cristo
escolhida por Deus, o que confirma ainda mais o que estou
argumentando, é a continuação do texto em destaque a cima: Jo 10.27-
28 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me
seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as
arrebatará da minha mão. Vejam se não faz todo o sentido: Mateus
relata que Cristo disse: Muitos são chamados, mais poucos são
escolhidos (cf. Mt 22.14); já João relata que Jesus falou: As minhas
ovelhas ouvem a minha voz. Qual é a possibilidade dessas duas
verdades não estarem correlacionadas? O chamado para as ovelhas de
Cristo, é um chamado eficaz, pois sabemos quem é o nosso Pastor, ele
nos conhece, e nós seguimos a ele, por isso, se torna impossível para
outros ouvirem a voz de um Pastor que não é seu, por outro lado, as
ovelhas do eterno Pastor ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as
próprias ovelhas e as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as
que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe
reconhecem a voz; mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes,
fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos Jo 10.3-5.
Sem ouvir esse chamado eficaz do Pastor, ninguém poderia ser
Regenerado, sem regeneração, ninguém poderia se Converter, sem a
conversão, não haveria Justificação, sem justificação não teria como
alguém se Santificar, sem santificação não haveria Salvação e sem
salvação, a Glorificação seria impossível sobrando somente, o cálice da
ira de Deus.

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