Coloquemo-nos, portanto,
muito serenos diante desse estudo
Ao estudarmos os raios
Ao estudarmos os raios, devemos ter presentes alguns pontos fundamentais, dentre eles, o de que
temos uma qualidade de energia no espírito que permanece a mesma por longos ciclos, ainda que,
nos níveis inferiores a ele, os raios mudem periodicamente.
O raio da alma, por exemplo, é muito mais estável do que os dos corpos da personalidade, mas
também não é fixo.
Mesmo antes de totalmente revelado, o raio da personalidade começa a exprimir-se no corpo físico.
O raio da alma age sobre o corpo emocional, influenciando-o visivelmente. O raio da mônada ou
espírito, que só é descoberto numa fase mais adiantada e exerce influência sobre o corpo mental.
Para empreendermos essa pesquisa, existe uma ordem quepoderá auxiliar-nos. Primeiro, tentamos
descobrir as energias dos corpos físico, emocional e mental, porque somos mais conscientes deles.
Se percebermos a energia que um dos nossos corpos está expressando, devemos pesquisar quais
são aquelas que ele ainda não manifesta, para deixá-las emergir e enriquecer as suas
características já presentes. Esse é o trabalho básico, que leva semanas, meses ou anos,
dependendo do esforço nele empregado, do nosso interesse e do nosso temperamento.
Dependendo do temperamento, a energia de raio facilita mais, ou menos, este estudo.
Por tratar-se de um mundo de energias, campo infinito de conhecimentos, precisamos ter humildade
antes de falar dos próprios raios e de fazer afirmações a esse respeito, o que pode nos condicionar,
levando-nos a rotulações desnecessárias. Afirmar, logo no começo do nosso estudo, que “eu sou de
tal raio” é algo arriscado. Devemos, depois de observações atentas, meticulosas e pacientes, depois
de confrontar nossas tendências e reações, abandonar por uns momentos essa pesquisa teórica,
concreta e analítica e entregá-la ao nosso mundo intuitivo. Por um lado, estamos diante de um
trabalho que pode durar muito tempo, antes que tenhamos condições de chegar a conclusões
seguras; por outro, podemos iniciá-lo hoje, e amanhã ter respostas verdadeiras. E possível,
também, com a ajuda da energia do mundo intuitivo, que saibamos quais são os nossos próprios
raios sem nunca termos aparentemente estudado esse assunto.
A atitude desejável é a de total entrega, de quem nada sabe, só assim a luz vai encontrando
abertura para fluir. A humildade, a fé, o sentimento de pouco ou nada saber sobre o que é
misterioso. Trata-se de um perene caminhar na simbólica “corda bamba”, que liga a completa
ignorância da mente concreta pelos assuntos espirituais ao nível intuitivo, onde tudo está
solucionado e todas as respostas estão prontas.