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Modelagem matematica de sistemas de controle ° cs > Be [7 q o 2.1 | Introducao No estudo de sistemas de controle, o leitor deve ser capaz de modelar sistemas dinamicos ‘em termos matemiaticos e analisar suas caracteristicas dindmicas. O modelo matemtico de um. sistema dindmico édefinido como um conjunto de equagdes que representa a dindmica do sistema ‘com precisdo ou, pelo menos, razoavelmente bem. Note que um modelo matemitico nfo & tinico para determinado sistema, Um sistema pode ser representado de muitas maneiras diferentes e, portanto, pode ter virios modelos matemsticos, dependendo da perspectiva a ser considerada, A dindmica de muitos sistemas mecénicos, elétricos, térmicos, econdmicos, biolégicos ov ‘outros pode ser descrita em termos de equagdes diferenciais. Essas equagdes diferenciais sio obtidas pelas les fisicas que regem dado sistema — por exemplo, as leis de Newton para sis- temas mecénicos e as leis de Kirchhoff para sistemas elétricbs. Devemos sempre ter em mente {que construir modelos matemticos adequados ¢ a parte mais importante da andlise de sistemas de controle como um todo. Neste livro, assumiremos que o principio de causalidade se aplica aos sistemas considera dos. Isso significa que a atual saida do sistema (no instante ¢= 0) depende da entrada anterior (a centrada em um instante (<0), mas ndo depende da entrada futura (as entradas nos instantes > 0). Modelos matematicos. Os modelos matemiticos podem assumir diferentes formas. Depen- dendo do sistema considerado e das circunstincias particulares, um modelo matemitico pode ser mais adequado que outros. Por exemplo, nos problemas de controle étimo é vantajoso utilizar representagies de espago de estados. Por outro lado, para a andlise da respostatransit6ria ou da resposta em frequéncia de um sistema linear, invariante no tempo, de entrada e de saida iiicas, a representago pela fungi de transferéncia pode ser mais conveniente que qualquer outra, Uma ‘vez obtido o modelo matematico de um sistema, podem ser utilizadas vérias erramentas analiticas e de computagio para efeito de andlise sintese. Simplicidade versus preciso. Na obtengio de um modelo matematico, devemos estabelecer uma conciliagao entre a simplicidade do modelo e a precisao dos resultados da andlise. Na obten- 40 de um modelo matemitico relativamente simplificado, frequentemente torna-se necessario ignorar certas propriedades fisicas inerentes ao sistema. Em particular, se for desejavel um modelo rmatematico linear de pardmetros concentrados (isto €, se quisermos empregar equagbes diferen- ciais ordinarias), sempre necessério ignorar certas nao linearidades e os parimetros dstribuidos {que podem estar presentes no sistema fisico. Se 6s efeitos que essas propriedades ignoradas tém HERE cosennara de convote moder sobre a resposta forem pequenos, pode-se obter boa aproximacio entre os resultados da andlise de um modelo matematico e os resultados do estudo experimental do sistema fico. Em geral, na solugo de um novo problema, é conveniente construir um modelo simplificado para que possamos ter uma percepgio geral em relagao & solugdo. Um modelo matematico mais completo pode, entlo, ser construido ¢ utilizado para que sejam obtidas andlises mais precisas. Devemnos estar bastante atentos para o fato de que um modelo linear de parmetros concen- trados, valido em operagées de baixa frequéncia, pode nio ser valido para frequéncias suficien- temente altas, uma vez que a propriedade de parimetros distribuidos no considerada pode se tomar um fator importante no comportamento dinémico do sistema. Por exemplo, a massa de ‘uma mola pode ser desprezada em operages de baixa frequéncia, mas se toma uma propriedade importante do sistema em frequéncias elevadas. (Para o caso em que um modelo matemético envolve ertos considerdveis, a teoria de controle robusto pode ser aplicada. A teoria de controle robusto ¢ apresentada no Capitulo 10.) Sistemas lineares. Um sistema € dito linear se o principio da superposigio se aplicar a ele. O principio da superposigao afirma que a resposta produzida pela aplicagio simulténea de duas fungées de determinacao diversas é a soma das duas respostas individuais. Entio, para o siste- ma linear, a resposta a diversas entradas pode ser calculada tratando uma entrada de cada vez ¢ somando os resultados. Esse ¢ principio que permite construir solugdes complicadas para equagies diferenciais lineares a partir de solugdes simples. ~ ‘Na pesquisa experimental de um sistema dindmico, se causa ¢ efeito forem proporcionais, significando, assim, que ¢ valida a aplicagao do principio da superposigio, entio o sistema pode ser considerado linear. Sistemas lineares invariantes no tempo e sistemas lineares variantes no tempo. Uma cequagio diferencialé linear se os coeficientes forem constantes ou somente fungdes da variével independente. Os sistemas dinémicos compostos por componentes lineares de parimetros con- centrados invariantes no tempo podem ser deseritos por equagdes diferenciaislineares invariantes ‘no tempo —isto é, de coeficientes constantes. Esses sistemas sio denominados sistemas lineares invariantes no tempo (ou lineares de coeficientes constanies). Os sistemas representados por equagdes diferenciais, cujos coeticientes sio fungdes de tempo, so chamados sistemas linea- res variantes no tempo. Um exemplo de sistema de controle variante no tempo é um sistema de controle de veiculo espacial. (A massa de um vefculo espacial muda devido ao consumo do combustivel.) Visdo geral do capitulo. A Segao 2.1 exibiu uma introdug3o 4 modelagem matemética dos sistemas dindmicos. A See%o 2.2 apresenta a fingdo de transferéneia e a fungio de resposta impulsiva, A Segao 2.3 introduz sistemas de controle automiatico e a Segfo 2.4 discute conccitos de modelagem no espago de estados. A Segio 2.5 trata da representagio no espago de estados os sistemas dindmicos. A Seedo 2.6 mostra a transformagao de modelos matemticos com 0 uso do MATLAB. Por fim, a Segdo 2.7 discute a linearizagao de modelos mateméticos nao lineare. 2.2 | Funcao de transferéncia e de resposta impulsiva Na teoria de controle, as fungdes de transferéncia sto comumente utilizadas para caracterizar as relagdes de entrada ¢ de saida de componentes ou de sistemas que podem ser descritos por equagies diferenciais lineares invariantes no tempo. Comegamos pela definigao de fungo de transferéncia e seguimos com a dedugdo da fungdo de transferéncia de um sistema de equagao 0 = Us, parae(s) <0 ‘onde U, € U; sto constantes. O valor minimo U normalmente & zero ou ~U. Os controladores de duas posigdes sdo, em geral, dispositivas elétricos,e as valvulas operadas por solenoids elétricas siio muito utilizadas nesses controladores. Controladores proporcionais pneumaticos com ganhos muito altos atuam como controladores de duas posigdes e, as vezes, sio chamados controladores pneumaticos de duas posigdes. AAs figuras 2.7(a) ¢ (b) mostram os diggramas de bloco do controlador de duas posigSes ou on-off. 0 intervalo no qual o sinal de erro atuante deve variar antes de ocorrer a comutagao & denominado intervalo diferencial. Um intervalo diferencial esté indicado na Figura 2.7(b), Esse intervalo diferencial faz que a saida u(t) do controlador mantenha seu valor atual até que o sinal de erro atuante tenha variado ligeiramente além do valor zero. Em alguns casos, 0 intervalo diferencial é o resultado de um atrito ndo intencional e da perda de movimento; entretanto, ruitas vezes ele € provocado intencionalmente, para prevenir uma operago muito frequente do mecanismo de on-off Considere o sistema de controle de nivel de liquido, mostrado na Figura 2.8(a), em que a vvalvula eletromagnética apresentada na Figura 2.8(b) €utilizada para o controle da vazio de entrada, Essa valvula esta aberta ou fechada. Com esse controle de duas posigdes, a vazao de entrada da agua pode ser tanto uma constante positiva como nula. Como mostrado na Figura 2.9, osinal de saida move-se continuamente entre os dois limites estabelecidos, ocasionando 0 movimento do elemento atuante de uma posigSo fixa para outra. Note que a curva de saida segue uma das duas curvas exponenciais, uma correspondente & curva de enchimento e a outra, & do esvaziamento. HEEB «sesara de conrote moderna FIGURA 27 (a) Diagrama de Teter diterenciad blocos de um conttolador on off () diagrama de blocos de um ‘controlador on- off com intervalo diferencial. Essa oseilagdo de saida entre dois timites é uma respostatipica de um sistema de controle de das posigées. FIGURA 28 (a) Sistema de controle de nivel de liquid; (b) valvuta « eletromagnética, Nilo mével de fero s @ © Bobina magntica A parti da Figura 2.9, podemos notar que a amplitude da oscilagio da saida pode ser reduzida pela diminuigdo do intervalo diferencial. A diminuigdo do intervalo diferencia, entretanto, aumen- 1a o nfimero de comutages,on-off por minuto e reduz a vida itil do componente. O tamanho do intervalo diferencial deve ser determinado a partir de consideragdes como a preciso requerida vide til do componente. FIGURA29 Cura do nivel m0 ‘io versus t, relativa a0 Inervalo sistema mostrado Aifereacat na Figura 2.8. Agio de controle proporcional. Para um controlador com agao de controle proporcional, a Telagao entre a saida do controlador u(t) ¢ o sinal de erro atuante e() é: = Ko) ou, transformando por Laplace, UG) BG) ~ X Capulo 2 Modelagem matemstiea de sistemas de conve conde K, ¢ denominado ganho proporeional. ‘Qualquer que seja 0 mecanismo real eo tipo de energia utilizada na operago, o controlador proporcional ¢ essencialmente um amplificador com um ganko ajustivel. Aco de controle integral. Em um controlador com agdo de controle integral, o valor da saida 1 do controlador é modificado a uma taxa de variago proporcional ao sinal de erro atuante e(0). Ou seja, u(t) dt m= K [ela onde K, é uma constante ajustivel, A fungdo de transferéncia de um controlador integral é: Us) _ Ki EG) s e(t) ou Agao de controle proporcional -integral 6 definida por: {tegral. A acio de controle de um controlador proporcional- u(t) = K,e(t) + 4 felna ‘ou, entdo, a fungao de transferéncia do controlador é: Us) hd Baas onde 7, é chamado tempo integrativo, Acio de controle proporcional-deriv cional-derivativo € definida por: /0. A acao de controle de um controlador propor- ui) = Kyelt) + KT, ea fungdo de transferéneiaé: Us) E(s) onde 7, chamado tempo derivativo =K,(1+ Ts) Acio de controle proporcional-integral-derivativo. A combinagto das agdes de controle proporcional, de controle integral e de controle derivativo é denominada ago de controle pro- porcional-integral-derivativo. Essa ago combinada tem as vantagens individuais de cada uma das trés agdes de controle. A equag3o de um controlador com essas agdes combinadas é dada por: ult) = Kyelt)+ af elt)dt+ K, anew ea fungi de transferéncia & us 1 a «( + hats conde K, € 0 ganho proporcional, 7,¢ 0 tempo integrativo ¢ T,é 0 tempo derivativo. O diagrama de blocos de um controlador proporcional-integral-derivativo é mostrado na Figura 2.10. BEEBE «pesharia de console moderno FIGURA 2.10 Diagrama de blocos de um controlador proporcionat- integral derivative. FIGURA 2.11 Sistema de ‘malha fechada submetido a um distirbio. 2) (eae te TH Sistema de malha fechada submetido a um distdrbio. A Figura 2.11 mostra um sistema de malta fechada submetido a um distirbio. Quando duas entradas (a entrada de referéncia ¢ 0 dlistirbio)estdo presentes em um sistema linear invariante no tempo, cada entrada pode ser tratada independentemente da outra ¢ as saidas que correspondem a cada entrada individual podem ser somadas para resultar na saida completa. O sinal com que cada entrada € introduzida no sistema € mostrado no somador por um sinal de mais ou de menos, Considere o sistema mostrado na Figura 2.11. Examinando o efeito do distirbio D(s), podemos admitir que a entrada de referéncia seja zero; podemos, enti, calculara resposta C,(s) somente para o distirbio, Essa resposta pode ser encontrada a partir de Cols) G(s) Dis) TFG (S)G:()AG) Por outro lado, considerando a resposta & entrada de referéncia R(s), podemos supor que o dis- Lirbio seja zero, Entio, a resposta C,(s) a entrada de referencia R(s) pode ser obtida a partir de Cals) _ GCG (5) RG) TE GGG) A resposta 8 aplicagdo simulténea da entrada de referéncia e do distirbio pode ser obtida pela soma das duas respostas individuais. Em outras palavras, a resposta C(s) devida & aplicag3o simultinea da entrada de referéncia R(s) ¢ do distirbio D(s) € dada por: Cs) = CAs) + Cols) rata aS Figs GUOIRU)+ DIS Considere agora o caso em que |G\(s)F(s)| > 1 € |Gy(s)G(s)H(s)| > 1. Nesse caso, a Fungo de transferéncia de malha fechada Cy(s/D(s) torna-se praticamente nula, ¢ 0 efeito do distirbio € suprimido, Isso ¢ uma vantagem do sistema de malha fechads, Por outro lado, a fungi de transferéneia de malha fechada C,(sV/R(s) aproxima-se de \/H{(3) cconforme o ganho de G(s)G,{s)H(s) aumenta, Isso significa que, se |G (s)GAs)EA(s}| > 1, entio a fungto de transferéncia de matha fechada Cy(sW/R(s) toma-se independente de Gis) e Gs) € inversamente proporcional a {s), de modo que as variagdes de G(s) € Gys) no afetem a Fungo Disa D9) R a we, Gu) Gls) - M9) FIGURA 2.12 (a) Cireuito RC; (6) diagrama de locos que represenia a Equagao 2.6; () diageama de blocos que representa a Equagio 27; (d) diagrama de blocos do circuita RC. captul 2 -Modsagem matenaia de sistemas decontole SL de transferncia de matha fechada C,(s)/R(). Esta ¢ outra vantagem do sistema de malha fechada. Conclui-se facilmente que qualquer sistema de malha fechada com realimentagio unitéria, H(s) = I, tende a igualar a entrada a saida, Procedimentos para construir um diagrama de blocos. Para construir um diagrama de ‘locos de um sistema, devem ser previamente escritas as equagBes que descrevem 0 compor- tamento dinimico de cada componente. Em seguida, deve-se obter a transformada de Laplace dessas equagdes, admitindo-se nulas todas as condigdes iniciais, para, entdo, representar indivi- ddualmente, em forma de bloco, a transformada de Laplace de cada equagio. Por fim, devem-se _agrupar os elementos em um diagram de blocos completo. ‘Como exemplo, considere o circuito RC mostrado na Figura 2.12(a). As equagdes para esse itcuito sto’ ah (ay R & (25) ‘As transformadas de Laplace das equagbes 2.4 € 2.5, com as condigaes iniciais nulas, comam-se: 1) = B= BO) a Ms) 27 Ge Q7) ‘A Equagdo 2.6 representa uma operagdo de soma e 0 diagrama correspondente & mostrado na Figura 212(b). A Equacao 2.7 representa o bloco exposto na Figura 2.12(c). Agrupando esses dois clementos, obtemos o diagrama de blocos completo do sistema, como se pode vera Figura 2.12(d). E,(s) no 7 [Ea © Reducao do diagrama de blocos. £ importante notar que os blocos podem ser conectados em série somente sea saida de um bloco ndo for afetada pelo bloco seguinte. Se houver qualquer efeito de carga entre os componentes, & necessério combinar esses componentes em um jinico bloco. Qualquer que seja o niimero de blocos em cascata que represente componentes sem carga, ‘esses blocos podem ser substituidos por um dinico bloco, ¢ sua fungdo de transferéncia sera sim- plesmente o produto das fungdes de transferéncia individuais. Um diagrama de blocos complexo, que envolve muitas malhas de realimentago, pode ser simplificado por meio de uma reorganizacio por ctapas. A simplificagao do diagrama de blocos HERBIE vgeonaa de contote modeino Exemplo 2.1 FIGURA 2.13 (a) Sistema de ‘mitiplas malhas; (P(e) reduces sucessivas do diagrama de blocos mostrado em a). Por meio da reorganizagdo reduz consideravelmente o trabalho necessario para a andlise mate- iatica subsequente. Deve-se observar, entretanto, que, a medida que o diagrama de blocos & simplificado, as fungdes de transferéncia nos novos blocos tornam-se mais complexas, em virtude dda geragio de novos polos e novos zeros. Considere o sistema mostrado na Figura 2.13(a). Simplifique o diagram, Movendo 0 somador da malha de realimentacao negativa que contém H, para fora da malha de realimentagao positiva que contém H,, obtemos a Figura 2.13(b). Eliminando a malha de rea- limentasdo postiva, obtemos a Figura 2.13(0) A eliminagdo da malha que contém F/G, resulta 1a Figura 2.13(d). Por fim, eliminando a malha de realimentagio, o resultado & a Figura 2.13(c). th & ® GGG: ¢ i GM GT, is a GGG; € @ OO EGG GG GG Note que o numerador da fungao de transferéneia de malha fechada C(s)/R(6) 0 produto das fungdes de transferéncia do ramo direto.O denominador de C(sV/R(s) & igual a 1+ (produto da fungo de transferéncia contomando cada malha) = 1+ (GiGi, + 6.6,H,+ 6,G,G,) =1-G.GH, + 6.6\H,+ G.G,6, (A malha de realimentacio positiva gera um termo negative no denominador,) Capitulo 2 Modelagem matemsica de sistemas de convole ESE 2.4 | Modelagem no espaco de estados Nesta segio, apresentaremos o material introdutério sobre a analise de sistemas de controle no espago de estado, Teoria de controle moderno. A tendéncia modema nos sistemas de engenharia & aumentar sua complexidade, principalmente em virtude da necessidade de realizar tarefas complexas ¢ de alta precisio, Sistemas complexos podem ter entradas e saidas miltiplas e ser variantes no ‘tempo. Em razdo da necessidade de atender a crescentes ¢ rigorosas exigéncias de desempenho dos sistemas de controle, ao aumento da complexidade dos sistemas e ao acesso facil e em larga «scala aos computadores, a teoria de controle modemo, que é uma nova abordagem para a andlise © 0 projeto de sistemas de controle complexos, tem sido desenvolvida desde aproximadamente 1960. Essa nova teoria tem como base 0 conceito de estado. O conceito de estado propriamente dito nfo é novo, pois existe hd bastante tempo no campo da dindmica classica e em outras reas. Teoria de controle moderno versus teoria de controle convencional. A teoria de con- trole modemo contrasta com a teoria de controle convencional porque a primeira ¢ aplicada a sistemas de entradas ¢ de saidas miltiplas, que podem ser lineares ou no lineares, variantes ou invariantes no tempo, 20 passo que a iltima é aplicavel somente a sistemas lineares, invariantes no tempo, de entrada e de saida tinicas. A teoria de controle moderno ¢, também, essencialmente uma abordagem no dominio de tempo e no dominio da frequéncia (em certos casos, como 0 controle H-infinito), enquanto a teoria de controle convencional & uma abordagem no dominio da frequéncia complexa, Antes de prosseguirmos, devemos definir estado, varidveis de estado, vvetor de estado e espaco de estados. Estado. 0 estado de um sistema dinimico é 0 menor conjunto de variaveis (chamadas varidveis de estado) tais que o conhecimento dessas varidveis em =f, junto ao conhecimento da entrada pata 2 fp, determina completamente o comportamento do sistema para qualquer instante > f Observe que o conceito de estado nao & limitado 20 caso dos sistemas fisicos; ele &aplicavel também a sistemas biolégicos, econdmicos, sociais e outros. Variaveis de estado. As varidveis de estado de um sistema dindmico sio aquelas que constituem 0 ‘menor conjunto de variaveis capaz de determinar o estado desse sistema dinémico, Se pelo menos 7 varldveis,x,.., Sio necessirias para descrever todo o comportamento de um sistema dindmico (de tal modo que, sendo dada a entrada para £ f¢ especificado o estado inicial em t= f, 0 estado Futuro do sistema fique completamente estabelecido), entao essas varidveis formam um conjunto de variiveis de estado. "Note que essas varidveis de estado nao necessitam ser quantidades fisicamente mensuraveis ou observaveis. As variéveis que ndo representam grancezas fisicas e aquelas que nao so nem mensu- riveis nem observaveis podem ser escolhidas como variéveis de estado, Bssa liberdade de escolha das variéveis de estado é uma vantagem dos métodos de espago de estados. Na pritica, entretanto, é conveniente escolher, para as varidveis de estado, grandezas que sejam facilmente mensurives, se isso for possivel, porque as leis do controle étimo requerema realimentagao de todas as variéveis, de estado com ponderagdo adequada, Vetor de estado. Se forem necessérias n varidveis de estado para descrever completamente 0 comportamento de dado sistema, entdo essas n varidveis de estado poderdo ser consideradas os ‘reomponentes de ui vetut a, Esse velor € elaaado vetor de estado. Assint, um ver de estado € aquele que determina univocamente o estado do sistema x(t) para qualquer instante £2 fy uma vez que é dado o estado em = fe a entrada u(t) para t> fy ¢ especificada. Espaco de estados. 0 espaco n-dimensional, cujos eixos coordenados sio formados pelos eixos de £4, Mayon ys ONKE Ny, apn y SHO 28 Varidveis de estado, é denominado espaco de estados. Qualquer estado pode ser representado por um ponto no espago de estados. Engenharia de contol moderna Equacdes no espaco de estados. A analise no espago de estados envolve trés tipos de varié- veis que estao presentes na modelagem de sistemas dindmicos: variéveis de entrada, varidveis de saida ¢ varidveis de estado. Como veremos na Segdo 2.5, a representago de dado sistema no espago de estados nfo € tinica, mas o nimero de varidveis de estado é o mesmo para qualquer uma das diferentes representagdes do mesmo sistema no espago de estados. O sistema dindmico deve conter elementos que memorizem os valores de entrada para ¢> #,, Uma vez que os integradores, em um sistema de controle de tempo continuo, servem como dispositivos de meméria, as saidas desses integradores podem ser consideradas variaveis que definem 0 estado interno do sistema dinémico. Assim, as saidas dos integradores podem ser esco- Ihidas como varidveis de estado. O niimero de variaveis de estado que definem completamente a dindmica de um sistema é igual ao nimero de integradores existentes no sistema. ‘Suponha que um sistema com miltiplas entradas e miltiplas saidas envolva n integradores. Considere também que existam r entradas 1,(1), #4()y.-4(t) € m saidas y,(2), Y2(0),-.. )a(0)- Defina as n saidas dos integradores como varidveis de estado: x0), ¥3(0),., (0). Entio o sistema pode ser descrito como: HO HAO Ray es Bh May May ons GD) BAO =A Xn By My My BD (28) BQ =f Xa oy BG May ay As saidas y,(f), 92(0),..-.¥m(0) do sistema podem ser dadas por: YAO = 8105 Xa on By Ma anne 8) VAD) = Bin Xan 5M a ony M8) g 29) Yall) = Bal Nay Ey My Maso tO) Se definirmos (0) [A (inky ty 1 = POL teaay = [Betta ls.(0)) ER rXa i()] [i (i, Xap os pM tasty -onottf)] fu (2)] y= POE gesany =f L a(t) = 2} Lye ()] [Bo (a ool fH (0) as equagdes 2.8 ¢ 2.9 tomam-se X() = f(x, ut) (2.10) yO = a6 4, 9 Qn) Capitulo 2- Modelagm matemstica de sistemas de convote REL onde a Equagao 2.10 & a equagio de estado e a Equagao 2.11 & a equagio de saida. Se as fungdes vetoriaisf e/ou g envolverem explictamente o tempo f, entio o sistema sera chamado sistema variante no tempo. Se as equagbes 2.10 e 2.11 forem linearizadas em tomo de um ponto de operas, entdo teremos as seguintes equagdes de estado e de saida linearizadas: 3 = A@x() + BOQU®) (2.12) y€9 = C(Ox() + DEQUC) (2.13) onde A(t) é chamada matriz de estado, B(?), de matriz de entrada, C(0), de mitriz de saida, e DO), de matriz de transmissdo direta. (Os detalhes da lincarizagdo de sistemas nao lineares em torno dde um estado de operagao serdo discutidos na Segao 2,7.) Uma representacio do diagrama de ‘locos das equagdes 2.12 e 2.13 & mostrada na Figura 2.14. Se as funges vetoriais fe g no envolverem o tempo f explicitamente, enti o sistema sera denominado de sistema invariante no tempo, Nesse caso, as equagdes 2.12 ¢ 2.13 podem ser simplificadas para: (9) = Ax(f) + u(r) (2.14) $9 = Cx(d) + Du 2.15) ‘A Eiquagio 2.14 & a equagdo de estado de um sistema linear invariante no tempo ea Equaso 2.15 & a cquagio de saida para o mesmo sistema. Neste livfo, vamos nos referir principalmente aos sistemas descritos pelas equagaes 2.14 e 2.15. ‘A seguir, apresentamos um exemplo que mostra a derivagdo da equagdo de estado e da equa ‘¢80 de safda de um sistema, FIGURA 2.14 Diagrama de blocos de um sistema de controle linear de tempo continuo, representado no espago de estados. vo wo 50, x0 x BO Sar co Mo Exemplo 2.2 Considere o sistema mecéinico indicado na Figura 2.15. Admitimos que o sistema seja linear. A forga extema u(t) & a entrada do sistema, ¢ 0 deslocamento (2) da massa é a saida, O desloca- mento y(1) € medido a partir da posigo de equilibrio, na auséncia da forga extema. Este € um sistema de entrada e saida tinicas, De acordo com o diagrama, a equagio do sistema é: np + bp thy 2.16) Esse sistema é de segunda ordem. Isso significa que ele contém dois integradores. Vamos definir as variveis de estado (0) €x(0) como: x=, 2D =O Entdo, obtemos: HEEB engeoraria de contte moderna icons ‘Sistema, ‘Meeeetedte, mmecinco, ‘ -" | wo) . coh ou (2.17) 1 eM (2.18) Acequagio de sai yen, (2.19) ‘Sob a forma vetorial-matricial, as equagdes 2.17 e 2.18 podem ser escritas como: 0 1 0 f:]-}% off] [ae e2 U4) m — m\) [me A equacdo de saida, Equagao 2.19, pode ser escrita como: ¢ gat oy 21) A Equapao 2.20 é uma equagdo de estado ea Equago 2.21 é uma equagio de safda para o As equages 2.20 e 2.21 esto escritas na forma-padro: f= Ax+ Bu y=Cx+ Du onde C=[l 0, D=0 A Figura 2.16 & um diagrama de blocos do sistema. Note que as saidas dos integradores sto variaveis de estado. iGuRA 26 Diagrama TL @-4 z de blocos f f Go sistema imecinico - tmostado na c Figura 2.15, ale Exemplo 2.3 i | Ceptlo 2 Modelgem matensica de sistemas de conrcle IB Correlacdo entre funcdes de transferéncia e equacdes no espaco de estados. A seguir, ‘mostraremos como obter uma fungao de transferéncia de um sistema de entrada e de saida tnicas, «2 partir das equagdes no espago de estados. Consideremos o sistema cuja fungao de transferéneia é dada por: at Gs) (2.22) Esse sistema pode ser representado no espaco de estados pelas seguintes equagdes: i= Ax+ Bu (2.23) y=Cx+ Du (2.24) onde x ¢ 0 vetor de estado, u é a entrada ¢ y é a saida. A transformada de Laplace das equagies 2.23 & 2.24 € dada por: SX(s) -x(0) + AX(6) + BUG) 2.25) Ys) = CX(s) + DU(s) (2.26) Uma vez que a fungi de transferéncia foi previamente definida como a relagdo entre a transfor- ‘mada de Laplace da saida e a transformada de Laplace da entrada quando as condigdes iniciais io nulas, estabelecemos x(0) igual a zero na Equa¢o 2.25. Entéo, temos 5X()-AX(s) + BUGS) ou (31 A)X(6) = BUGS) Multiplicando previamente por (s1 — A)" ambos 0s lados dessa tltima equagao, obtemos: X() = (61 AY"BUG) 27) Subsituindo a Equasdo 2.27 na Equagdo 2.26, temos: N(s) = {C(t AY'B + DIL) (228) Comparando a Equacio 2.28 com a Equacto 2.22, vemos que G(s) = C(s1- Ay'B+D 2.29) Esta é a expressio da fungo de transferéncia do sistema em termos de A,B, Ce D. Observe que o lado direito da Equagio 2.29 envolve (sl - A)' Em consequéncia, Gis) pode ser escrito da seguinte maneira = 265) O9)= Tal onde Q(s) & um polinémio em s. Note que [sl — A] é igual 20 polindmio caracterisico de Gls). Em outras palavras, os autovalores de A sto idénticos aos polos de G(s) Considere novamente o sistema mecainico mostrado na Figura 2.15. As equagies de espago de ‘estados para o sistema so dadas pelas equagdes 2.20 e 2.21. Vamos obter a fungio de tansferén- cia do sistema a partir das equaydes do espaco de estados. Pela substituigaio de A, B, C e D na Equacao 2.29, obtemos: G(s) = C(st- Ay'B+D orah HATE s -LT'[o =t af a] Hl im Son) im +0 HERBIE execonara de conte massa Note que 7 & . fe aa s+ Psy ek , 4 Je gy 5 m ° om ikea (Verifique 0 Apéndice C para a matriz inversa de 2 2.) Portanto, temos: que é a fungdo de transferéncia do sistema. A mesma fungdo de transferéncia pode ser obtida a partir da Equagao 2.16. Matriz de transferéncia. A seguir, considere um sistema de miltiplas entradas ¢ miltiplas saidas. Suponha que existam r entradas uy, tt, € Said J), Yay Je Defina yi g 23 4] vali} Lr 4 ‘A matriz de transferéncia G(s) relaciona a saida Y(s) com a entrada U(s), ou Y(s) = G()UGs) onde G(s) € dado por: G(s) = CG1-Ay'B+D (A dedugio para essa equaco éa mesma que a da Equaedo 2.29.) Como o vetor de entrada u é de dimensio r eo vetor de saida y € de dimensio m, a matriz de transferéneia G(s) é uma matriz m xr, 2.5 | Representacao de sistemas de equacoes diferenciais escalares no espaco de estados Um sistema dindmico que consiste em um nimero finito de elementos concentrados pode ser deserito por equagdes diferenciais ordinérias, nas quais 0 tempo é a variével independente. Utilizando-se a notagio vetorial-matricial, uma equagao diferencial de ordem n pode ser repre~ sentada por uma equagio diferencial vetorial-matricial de primeira ordem. Se m elementos do vetor formam um conjunto de varidveis de estado, ent2o a equagao diferencial vetorial-matricial 6 uma equagdo de estado. Nesta seco, apresentaremos métodos para obter as representagdes no espago de estados de sistemas de tempo continuo, Representacao no espaco de estados de sistemas de equacies diferenciais lineares de ortlem n, cuja funcao de entrada nao possui derivadas. Considereoseguinte sistema de ordem en Yta yt tay bay =u 230) Observando-se que o conhecimento de )(0),j(0), .. ""(0) coma entrada n(0) para > 0, determina ‘completamente o comportamento futuro do sistema, pode-se considerar (0), (), = “¥"(Q como ‘um conjunto de n varidveis de estado, (Matematicamente, essa escolha das variéveis de estado € —a Captlo2~ Modelagem matemsica de itemas de convole EBT bastante satisfatéria, Na pritica, entretanto, em virtude da imprecisdo dos termos com derivadas de ‘ordem elevada em decorréncia dos ruidos inerentes a qualquer situario pritica, a escolha dessas varidveis de estado pode nfo ser desejavel.) Definindo nay nov 0 ney ‘a Equagio 2.30 pode ser escrita do seguinte modo: 4% Raa. an te oi * (231) onde 0 10) 0 10) 1 a 1 ‘A saida pode ser dada por: m4 yet o- of x,| ou y=Cx (2.32) onde c=[1 0. 0 (Note que D na Equago 2.24 é zero.) A equacao diferencial de primeira ordem, Equaydo 2.31,€ a equagio de estado e a equacdo algébrica, Equagdo 2.32, é a equacao de saida, Observe que a representacio no espago de estados de um sistema de fungao de transferéncia (s) 1 UG) Fras + 4a, ta, também é dada pelas equagdes 2.31 ¢ 2.32. FEB eceaaria ve convate moderne Representacao do espaco de estados de um sistema de equacées diferenciais de ordem n cuja funcao de entrada possui derivadas. Considereo sistema de equagses diferenciais que possui derivadas na fungdo de entrada, como: bn s oon " Vea yt ba y+ ayy = byw hy ute bby it bye (2.33) principal problema na definigdo das varidveis de estado para esse caso ocorre nos termos com derivadas da entrada u. As varidveis de estado devem ser tais que eliminem as derivadas de una equagdo de estado. ‘Uma maneira de obter uma equagio de estado e a equagao de saida, para esse caso, é definir as seguintes n varidveis como um conjunto de m varidveis de estado: may Buu x= )— By By i Bw j— Bid — Bui — Bid = fa — Bw om go y= yy Bp eB 2-8, HS onde fy, B;, Bo... B,.. S80 determinadas a partir de Bo=bo Bi=b,-af, Br=b.-a8,~a5fy B,=6,-a8,- a8, - af, ‘ (2.35) Been = be-4iBya2~ 85-281 ~ 4p ‘Com essa escolha de varidveis de estado, a existéncia ¢ a exclusividade da solugo da equag3o de estado esto garantidas, (Note que esta ndo é a tinica escolha de um conjunto de varidveis de estado.) Com essa escolha, obtemos: sam + Bw 4535 + Ba y (2.36) ont By gh, = Oy hy~ = hy +B onde 8, é dado por By By 1B, 1 ~ --- ~ y-1Bi = 45 Bo (Para a dedugio da Equacéo 2.36, veja o Problema A.2.6.) Em termos de equagdes vetoriais- ‘matriciais, a Equacdo 2.36 ¢ a equacio de saida podem ser escritas como: Caplulo2 ~Modeagem matentica de sistemas de convole | 60 Oya] [8 | 0 1 Oj} x] |B f es ill dalek | 0 0 1 |i) [Bet i] [Fe Mee Mea + — ail] x || Be fx]; of) + Buu ou k= Ax+ Bu 37 y=Cx+Du (2.38) onde x Ob 1 a0) 0 % oo 1 0 PL asl? 4 br, = o 0 4 1 % ‘Com essa representago no esparo de estados, as matrizes A e C sfo exatamente as mesmas do sistema da Equagao 2.30. As derivadas do termo & direita da Equagao 2.33 afetam somente 08 ‘elementos da matriz B. Observe que a representagio no espago de estados para a fungio de transferéncia Ms) _ bos" +b"! + +e S$, Us) Stas +--+4,.\84+4, € dada pelas equagdes 2.37 € 2.38. Existem diversas maneiras de obter a representaglo de sistemas no espago de estados. Os rmétodos para a obtengo das representagdes candnicas de sistemas no espago de estados (como a forma canénica controlavel, a forma candnica observe, a forma candnica diagonal ea forma candnica de Jordan) sao apresentados no Capitulo 9 © MATLAB também pode ser usado para obter representagdes de sistemas no espaco de estados a partir de representagdes das fingdes de transferéncia e vice-versa, Esse tema serd apresentado na Sega0 2.6. TEI excess de conte noerno 2.6 | Transformacao de modelos matematicos com MATLAB 0 MATLAB ¢ amplamente utilizado para transformar o modelo do sistema de fungao de transferéncia para o espago de estados e vice-versa. Vamos comegar nossa discussio com a trans- formago a partir da fungdo de transferéncia para o modelo no espaco de estados. Seja a funglo de transferéncia de malha fechada escrta do seguinte modo: Ys) __polinda ‘U(s) ~ polinémi do numerador ems _ num do denominador ems ~ den ‘Uma vez obtida a expressto da fungdo de transferéncia, comando MATLAB, a seguir, [A 8, C, 0] = tf2ss(nun,den) forneceré a representagao no espaco de estados, E importante notar que a representagao no espago de estados para dado sistema ndo € tinica. Existem diversas (infinitas) representagdes no espago de estados para o mesmo sistema. O comando MATLAB fornece uma dessas possiveis representacdes, Transformacio da funcdo de transferéncia para o espaco de estados. Considere a funcio de transferéncia do sistema Hs) © s Us) © (+ 1s? + 4s + 16) = 2.39) 8+ 14s? + 565 + 160 a Existem varias (infinitas) possiveis representagdes no espaco de estados para esse sistema. Uma delas €: fa 0 1 OR) 7 oO al=| 0 0 al+] alu li] [+160 -56 -14] |) [14] a y=[l 0 Olle) +o} bs Outra representagio no espago de estados (entre varias alternativas possiveis) & fi] [14 -56 160] ff a=] 1 0 Oflx,}+lolu (2.40) lb] | o 1 Olle} lol Ps y=(0 1 O}lx,] + (O]u (2.41) 4 O MATLAB transforma a fungdo de transferéncia dada pela Equagdo 2.39 em uma representago no espago de estados dada pelas equagSes 2.40 e 2.41. Para o exemplo de sistema considerado aqui, 0 Programa 2.2 em MATLAB vai produzir as matrizes A, B, Ce D. Exemplo 2.4 a Captulo2-Modsagem matemsica de sstemas de contole [SREB Prograna 2.2 en NATLAB nun = (1 0]; den = [1 14 56 160); [A,8,C,0} = t#25s (nun, den) Ne “14-56-1609 1 ° 0 o 1 0 a: a ° 0 ce ° 1 0 o- a ‘Transformacao do espaco de estados para funcao de transferéncia, Pars obter fungio de transferéncia a partir das equagGes no espago de estados, utilize 0 seguinte cosa. {under} = 552tf(A,8,6,0, 0) onde iu deve ser especificado para sistemas com mais de uma entrada. Por exemplo, s¢ 0 sistema tiver trés entradas (ul, u2, 13), entéio iu deverd ser 1, 2 ou 3, onde I representa wi, 2 sepresenta u2 ¢ 3 representa u3. ‘Se o sistema tiver somente uma entrada, os comandos [num,den] = ss2tf(A,8,C,0) [num,den] = ss2tf(A,,C,0,1) poderdio ser utilizados. Para os casos em que o sistema tenha miiltiplas entradas ¢ sa\slas, vejao Problema 2.12.3, Obtenha a fungo de transferéncia do sistema definido pelas seguintes equayde: estados: i x) q bi = lx]+] 25 Li Ix) +120) fs y= 0 Os) bs spago de o 10 o 01 +5 -25 -s| 0 Programa 2.3 em MATLAB forneceré a funglo de transferéncia para o sistema esn questdo. A fungdo de transferéncia obtida ¢ dada por: YG) 25045 Us) S84 5s?+ 25845 HEIR eogeoaria de contote modeno Programa 2.3 en MATLAB (01 0; 0.0 1; -5 -25 -5]; B= (05 25; ~120]5 c= 0 0) D> [ols (nun,den] = ss2tF(A,B,C,0) © 0.0000 25.0000 5.0000 den = 1.0000 5.0000 25.0000 5.0000, #0 mesmo resultado pode ser obtido por meio do seguinte conanda: *#*** [num,den} = ss2tf(A,8,C,0,1) © 0.0000 25.0000 5.0000 den = 1.0000 5.0000 25.0000 5.0000 2.7 | Linearizagao de modelos matematicos nao lineares Sistemas nao lineares. Um sistema é nfo linear se o prine‘pio da superposigo nao se aplicar a ele. Assim, para um sistema nAo linear, nfo se pode obter a resposta a duas entradas simultineas considerando as entradas individualmente e somando os resultados. Embora muitas relagbes de grandezas fisicas sejam represéntadas por equagdes lineares, na mmaioria dos casos a relagdo entre clas ndo é efetivamente linear. De fato, um estudo cuidadoso dos sistemas fisicos revela que mesmo 0s chamados ‘sistemas lineares’ so realmente lineares somente para intervalos limitados de operago. Na prética, muitos sistemas eletromecéinicos, hidréulicos, pneuméticos ¢ outros envolvem relagdes ndo lineares entre as variaveis. Por exem- plo, a saida de um componente pode ser saturada para sinais de entrada de grande amplitude. Pode haver uma zona morta que afeta pequenos sinais. (A zona morta de um componente é uma equena gama de variagdes de entrada as quais 0 componente é insensfvel.) Nao linearidades quadraticas podem ocorret em alguns componentes. Por exemplo, amortecedores utilizados em sistemas fisicos podem ser lineares para operagdes de baixa velocidade, mas podem se tomar no lineares para velocidades elevadas e a agdo de amortecimento pode se tomar proporcional a0 quadrado da velocidade de operagao, Linearizagao de sistemas nao lineares. Na engenharia de controle, uma operagio normal do sistema pode estar em torno do ponto de equilibrio, e os sinais podem ser considerados ppequenos sinais em tomo do equilibrio, (Deve-se notar que existem varias excegdes para esse caso.) Entretanto, seo sistema operar em tomo de um ponto de equilibrio e os sinais envolvidos forem pequenos, entio ¢ possfvel aproximar o sistema nao linear por um sistema linear. Esse sistema linear é equivalente ao sistema nao linear considerado dentro de um conjunto limitado de operagbes. Esse modelo linearizado (modelo linear, invariante no tempo) & muito importante nna engenharia de controle processo de linearizagdo apresentado a seguir tem como base o desenvolvimento da fungao ‘no linear em uma série de Taylor em toro do ponto de operagdoe a retengo somente do termo linear. Em virtude de desprezarmos os termos de ordem elevada da expansto da série de Taylor, a Capitulo 2 ~ Modelagem matemstica de stemas de convle AH esses termos desprezados devem ser suficientemente pequenos; isto é, as varidveis devem se des- viar apenas ligeiramente das condigdes de operac3o. (Caso contririo,o resultado nko ser preciso.) Aproximagao linear de modelos matematicos nao lineares. Para obter um modelo mate- matico linear de um sistema nao linear, admitimos que as varidveis desvier apenas ligeiramente de alguma condigao de operago. Considere um sistema em que a entrada é x(t) ¢ a saida € y(), A relagio entre y(0)€ x(?) & dada por: y= fe) (2.42) Se a condigdo de operagao normal corresponde a FJ; entio a Equagio 2.42 pode ser expandida ‘em uma série de Taylor em torno desse ponto, como se segue: y=fl) = +L n-9+ (2.43) ‘onde as derivadas dfidx, d'fide,... sio avaliadas em x ~ ¥. Se a variagao de x —¥ for pequena, podemos desprezar os termos de ordem mais elevada em x - ¥. Entio, a Equaglo 2.43 pode ser escrita como: YaF* KX) (2.44) onde * £@) pe oiler A Equagto 2.44 pode ser reescrita como: y-¥=Ke-%) (2.45) que indica que y—F¢ proporcional a.x—X. A Equdgdo 2.45 fomece um modelo matemético linear para o sistema nfo linear dado pela EquagZ0 2.42, préximo do ponto de operago x ~ ¥, y= ¥. {A seguir, considere um sistema ndo linear cuja saida y é uma funglio de duas entradas, x; ¢ xq de forma que y= fly x) (2.46) Para obter uma aproximagio linear desse sistema nao linear, podemos expandir a Equaciio 2.46 em ‘uma série de Taylor em torno do ponto normal de operaca0 ¥;,¥;, Entdo, a Equago 2,46 torna-se: (Gi) + Xs 7+ Lex) +4 fs (% FF +2. — (a =F) — +26, fe onde as derivadas parciais sio avaliadas em x, Nas proximidades do ponto normal de ‘operagdo, 0s termos de ordem mais elevada podem ser desprezados. O modelo matemitico linear ‘dese sistema nao linear, nas proximidades das condiedes normais de aperagaio, €,entio, dado por: y-F= Kish) + Kila -¥) onde THB ssscoria de conte medeno Exemplo 2.5 AQL A técnica de linearizasZo apresentada aqui é valida nas proximidades das condigdes de ‘operagao. No entanto, se as condigdes de operagio variam muito, essas equapées linearizadas nao sio adequadas, ¢ as equagdes nao lineares devem ser utilizadas. E importante lembrar que ‘um modelo matemitico particular, utilizado para fins de andlise e projeto, pode representar com precisdo a dindmica de um sistema real para certas condiges de operago, mas pode no set preciso para outras condigdes de operagao, Linearize a equago nfo linear zaay na regio 5, temos: C= ZAGGR A GR sn) 2 T= G.AGG, As equagées 2.56 ¢ 2.57 podem ser combinadas para obtermos a matriz de transferéncia a seguir: ———— Captlo2~ Modelagem matomsica de sstemas de convole. IIH G —-— GGG, Ic] GGG, G.G.G,G,|[Ri lc, GGG, G | GGG, 1-GG,G,6, Entio, as fungdes de transferéncia C\(s)/Ri(s), Cy(s)/Ru(s), CASWR\(s) © C(SVRAG) podem ser obtidas como segue: sea Gys iy * 1 AG) 1-GGGG! Rls) GGG Gls) pa A GEG? Rls)" 1 GGGG, Observe que as equagdes 2.56 € 2.57 fornecem as respostas C, € C;, respectivamente, quando ambas as entradas R, € Ry estdo presentes. Note que, quando R,(s) = 0, 0 diagrama de blocos original pode serreduzido aos das figuras 2.25(a) e(b). Da mesma maneira, quando Rs) = 0, o diagrama de blocos original pode ser reduzido aos das figuras 2.25(c) ¢ (d). A partir desses diagramas de blocos simplificados, podemos também obter C\(s)/R,(s), CASVR\(s), C(SVRe(s) € C(s)R,(s), como esta indicado & direita de cada um desses diagramas de bloco. + FIGURA 2.24 Sistema com ‘duas entradas ce duas saidas. FIGURA 225 Diagramas de blocos simplifcados e as fungdes de transferéncia de rmalha fechada correspondents. au cea G a as & aaa ak aby Guat ‘ Rt oer Her & 7 G DIMMED xecvacia de conte moderne z 4 : 1G eG © L- = a el Ses BT AGG alee a ae « e a Bie e & Ry 7 TGC & bef os fos} A2.6 Mostre que, para o sistema de equacao diferencial Fray + aay + ayy = byt + b+ by + byw (2.58) as equagies de estado e de saida podem ser dada, respectivamente, por: iy fo 1 Opn) [Bi z i}=|0 0 1 |Ixl+)BJu “L (2.59) a] a, —a, —aJfes) |B e fs y=[l 0 olfyl+ Bu (2.60) sendo as varidveis de estado definidas por: ayy Bau x=) — Ball Bw =, — Be 25 =F — Boll Bui Bu = ¥, — Bw By= by B= b,- a8, B= b.—ayB, ~ a,8y Bs=b~ asa, -asBy Solugio. A partir da definigdo das varidveis de estado x, € x, temos: sex +— Bur 261) heat he (2.62) Para derivar a equagao de %,, notemos primeiro que, a parti da Equagdo 2.58, temos: B= a,p—a,)—ayy+ byt + byt bai + byw Como xy Bol— Bui — Bae temos: 45> F Boll — Brit Bye (a5 a43— ayy) + byl + byl + by + by — Bol — Bil By AQT a Capitulo 2 Modelagem matenstica de stems de contote BL =~ a9 ~ Bull Bi Bx) ~ a8 - 8 4 au 4,0) Byi— By) — a, Bt 0,8, ay — Bu) — au + boll + bl + batt + byw — Byil — By — Byai == aye) 25%, ~ a + (bp Ba) * (by ~ By afi + (6 — Br a8, ~ anBo)i + (65 — 2,8 — an8, — a8) =H a9, am, —a3%, #(by— ay — 298, — Bi 5, ~ a5; — 03+ Bu Entio, resulta que: y= = ayk) — ax, — ay; + By (2.63) Combinando as equagies 2.61, 2.62 ¢ 2.63 em uma equagdo matricial-vetorial, obtemos a Equa- 0 2.59. Além disso, a patir da definigto da varidvel de estado x, obtemos a equagiio de saida dada pela Equago 2.60. ‘Obtenha as equagdes de estado e de saida para o sistema definido por: YG) _ 2s ts? s42 Us) F443? +5542 Solugio. A partir da fungdo de transferéncia dada, a equagdo diferencial do sistema é: Fraps sy+2y=2i ++ a+ Qu Comparando essa equago com a equagdo-padrao dada pela Equagdo 2.33, reescrita a seguir: Fr apt ay+ay=dyil + bil+ byt bu encontramos: By=b,~aByp=1-4x2=-7 B=}, — aR; asBy=1-4x(-7)-5x2= 19 By = by ~ a8; ~ a8, ~ asBy = =2-4«19-5x(-7)-2x2=-43 Com referéneia & Equagio 2.34, definimos: xis y Bow = y— 2 mth — Bw =x, +70 257 y— Bu = 2-190 Entdo, com referéncia a Equagao 2.36, aH Tu yay + 190 Hy ayn, — 43% — a5 + Bye == 2x, — 5-44 - 430 HEREBY genaria de contote modeno Assim, a representagdo do sistema no espago de estados é: fi) [9 1 OR) f- jnJ=| 0 0 iE rh li) +2 -s alle [+43] Pr y= 09 fom bs Esta é uma das possiveis representagdes no espago de estados do sistema, Existem muitas (uma infinidade) outras representagGes. Se utilizarmos 0 Matlab, ele produziré a seguinte representacio no espago de estados: fy E bi] ysb7 -9 -3 [4-5 -2[n) [r [i 0 AEP o 1 Ola fo bs fom bs ‘Veja o Programa 2.4 em MATLAB. (Note que todas as representagbes no espago de estados para ‘o mesmo sistema sto equivalentes.) Programa 2.4 em HATLAS 2112); 14521; 0] = tf2ss(nun,den) 45 2 1 0 0 0 1 0 Be 1 ° 0 ce 79 2 o- 2 A.2,8 Obtenha um modelo no espago de estados do sistema mostrado na Figura 2.26. Solugo. O sistema envolve um integradore dois integradores com atraso. A saida de cada integra- dor ou integrador com atraso pode ser considerada ume varidvel de estado. Vamos definir a saida dda planta como x;, 2 saida do controlador como x, € a saida do sensor como x;, Entdo, obtemos: ier Capiulo2 Moulage matendtes de sie de convote EE X(s) (5) An(s) ic U8)- XG) 5 Xs) As) ‘que pode ser reescrita como: SXi(5) =~ 5Xi(5) + 10%) 3X (8) = X65) + UG) SX(s) = Xi(s)— Als) Hs) = Xs) Tomando a transformada inversa de Laplace das quatro equagiies precedentes, obterno: 412 —5m +10, a ae Hany yay ‘Assim, 0 modelo no espago de estados do sistema na forma-padrio é dado por: fi] [+5 10 Olt) 0) lisf=] 0 0 —afful+ fil kl [1 0 -a)fs} fo fs =f 0 Olfx, [I E importante notar que esta niio ¢ a dinica representagiio no espago de estaclos do sistena, pois ‘uitas outras dessas representagdes slo possiveis. Entretanto, 0 nvimero de ado € 0 mesmo em qualquer representacao no espago de estados do mesmo sisiemss. Nv preseale sistema, o nimero de variéveis de estado € 3, quaisquer que sejam as variiveis escolhilas como varidveis de estado, FIGURA 2.26 . Sistema de re) ; a te controle. Lp) Convodor Plans ‘A2.9Obtenha um modelo no espago de estados para o sistema mostrado na Figura 2,270). Solugio. Inicialmente, note que (as + bYs* contém um termo derivative que pore evitado se modificarmos (as + 5)/s* como segue: BBBBEE eoceoaria do contote modemo FIGURA 2.27 (@) Sistema de controle; (b) diagrama de blocos modificado. 4b =(o+ ? 3h Utilizando essa modificago, o diagrama de blocos da Figura 2.27(a) pode ser modificado como mostra a Figura 2.27(b). Defina as saidas dos integradores como varia a partir da Figura 2.27(b), obtemos as expressdes: de estado, conforme a Figura 2.27(b). Entéo, ee Ms XY(s) + g[U)— XO) X(s) Us)- Xl) s ¥(s) = X,(s) que podem ser modificadas para: 5X5) = Xs) + als) - X(s)] Xs) =~ BX(s) + BUS) Ms)=X (5) ‘Tomando a transformada inversa de Laplace das trés equagdes precedentes, obtemos: Syrar ty tau . =~ bx, thu oF Reescrevendo as equagdes de estado e de saida na forma vetorial-matricial padrio, obtemos: FCs Ieee Is @ uw) A210 FIGURA 2.28 (@) Sistema de controle; (b} diagrama de blocos que define variveis, de estado para o sistema, — Capitulo2~ Mdelagm matomses de sistemas de onvole ER Obtenha uma representagiio no espago de estados do sistema mostrado na Figura 2,28(a). ‘Solugao Para solucionar esse problema, primeiro desenvolva (s-+2)(s + p) em fragdes parcias: s Zz SHE ay stp” * sep ‘ Em seguida, converta Xi[s(s + a)] no produto de Kis e 1s + a). Entio, reduza o diagrama de blocos, como mostra a Figura 2.28(b). Definindo um conjunto de variaveis de estado, como indicado na Figura 2.28(b), obtemos as seguintes equagdes: fys-an te, ye — Kay Ket hu >= @-p)s\— past @- pe yen Reescrevendo, temos: ri

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