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Curso Básico de

Música
Teoria - Leitura Rítmica - Leitura Métrica

ADVEC

Por Alexandre Diniz da Costa

1a Edição
Introdução 4
Aula 1 6
Definição de Música ...............................................................................6

Elementos básicos da Música ................................................................ 6

Melodia ..................................................................................................................6
Harmonia ................................................................................................................6
Ritmo ......................................................................................................................6
Notação musical ..................................................................................... 7

Pauta ou Pentagrama ............................................................................................7


Escala .....................................................................................................................8
As linhas suplementares da Pauta .........................................................................8
Exercícios: ............................................................................................................ 10

Aula 2 14
Notação musical (continuação) .............................................................14

Clave ....................................................................................................................14

Aula 3 22
Valores ................................................................................................... 22

Ligadura e ponto de aumento ............................................................... 24

Aula 4 29
Compassos ........................................................................................... 29

Signo de compasso .............................................................................................30


Unidade de tempo e unidade de compasso ........................................................31
Aula 5 37
Escala diatônica de dó maior - formação e graus ................................37

Semitom e Tom diatônicos ..................................................................................37


Graus ....................................................................................................................37
Escala diatônica, conceito ...................................................................................38

Aula 6 41
Alterações .............................................................................................41

Aula 7 44
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Semitons cromáticos e diatônicos ........................................................44

Aula 8 47
Intervalos ...............................................................................................47

Classificação quanto ao número de sons e qualificação ordinária ...................... 47


Classificação quanto ao tipo ................................................................................48
Classificação quanto a disposição .......................................................................48
Classificação quanto a formação .........................................................................49
Representação geral dos Intervalos .....................................................................49
Intervalos superaumentado e subdiminutos ........................................................51
Aula 9 53
Intervalos formados com notas alteradas ............................................. 53

Inversão dos intervalos ........................................................................................53

Aula 10 57
Intervalos compostos e suas inversões ................................................57

Aula 11 60
Escalas maiores e menores ..................................................................60

Graus caracterizantes ..........................................................................................60


O ciclo das quintas e os tetracordes ....................................................................60

Aula 12 61
Armaduras de clave ..............................................................................61

Armaduras das escalas maiores ..........................................................................61

Aula 13 62
Armaduras de clave ..............................................................................62

Armaduras das escalas menores .........................................................................62


Aula 14 63
O tom de um trecho ..............................................................................63

Aula 15 64
Compassos compostos ........................................................................ 64

Aula 16 65
Quiálteras ..............................................................................................65

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Aula 17 66
Andamentos .......................................................................................... 66

Aula 18 67
Sinais diversos ......................................................................................67

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Introdução
Olá caríssimos alunos! É com grande alegria que ministramos este curso de teoria
musical, leitura rítmica e leitura métrica. Sejam bem vindos!
Não temos por objetivo detalhar todo o conteúdo dos assuntos relacionados a
música de modo a criar enfado desnecessário, pois temos como alvo a otimização do
aprendizado. Deixaremos registrada a lista bibliográfica para posterior consulta dos
senhores, caso se interessem pelas minúcias. Sendo assim, deixamos claro o objetivo
deste curso que é capacitá-los à leitura e escrita da música, afim de que agreguemos
conhecimento indispensável. Até lá o caminho é longo, mas com certeza havendo nós
superado a parte teórica , o ponteiro do avanço estará marcando 70% de progresso. É
importante que se dediquem e dêem o seu melhor, pois o tempo não volta atrás, e
estudar música não é um passa-tempo, não é como comer um pacote de biscoitos
recheados em minutos, não é algo que se faz com os “ pés nas costas” ou desinteresse,
exige-se esforço e dedicação, no primeiro e último momento. Gosto de comparar o estudo
da leitura e escrita da música com o aprendizado de um novo idioma, pois o nível de
dificuldade é o mesmo, já que se requer da memória e da prática. Sabemos que Deus é
conosco, que se precisarmos basta lhe pedir sabedoria, pois Ele dá e não lança em rosto
(Tiago 1.5).
Esta apostila deve ser estudada em conjunto com a aula presencial. Alguns
pontos aqui registrados serão complementados posteriormente em sala de aula. Havendo
alguma dúvida não deixe de perguntar a nós professores.
Evite faltar às reuniões de estudo, pois uma falta pode te distanciar anos luz da
matéria. Tome um café antes da aula, dissolva uns tijolos de chocolate, balance os
ombros do colega e ria depois, integre-se, entusiasme, junte energia… agora vamos
deixar de conversa e partir para o nosso curso com força.

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Aula 1
Definição de Música

Música é a arte de cominar os sons.

Os sons aqui considerados são representados por sete notas musicais: dó, ré, mi,
fá, sol, lá e si, e podem ser representados da seguinte maneira:

Elementos básicos da Música

Melodia

É a combinação dos sons dispostos sucessivamente.

Harmonia

É a combinação dos sons dispostos simultaneamente.


Observe que há sons sobrepostos, executados em um mesmo momento
independente de estarem enfileirados. Quando alguém toca esses sons respeitando leis
de estética, está fazendo uma harmonia.

Ritmo

Ritmo
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Movimento dos sons regulados por certa proporção, e ordem da figuras dentro do
tempo. Sobre este assunto verificaremos mais a frente.

Notação musical

É a escrita da música, composta de sinais gráficos que representam os sons, os


silêncios, os andamentos etc.
Exemplo de escrita musical:

Pauta ou Pentagrama

São as cinco linhas horizontais, paralelas, de mesma distância entre elas, e que
formam quatro espaços. Nestas linhas e espaços se escrevem as notas. Tanto as linhas
quanto os espaços contam-se de baixo para cima.

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Escala

São as sete notas musicais ouvidas sucessivamente constituindo-se numa série


de sons. A escala funciona como uma “escada sonora” , que sobe e desce sonoramente,
classificando em escala ascendente ou escala descendente. Observemos a escala
diatônica de Dó:

Se a escala acima terminasse na nota si, estaria incompleta, mas não deixaria de
ser escala. Quando termina com a mesma nota que começou, considerando o intervalo
de 8a , a escala é completa. Neste primeiro momento não nos aprofundaremos neste
assunto. As definições e exemplificações acima têm por objetivo estabelecer um contato
inicial com as notas da escala afim de que os exemplos posteriores se tornem mais
fáceis.

As linhas suplementares da Pauta

Com os muitos sons graves e agudos que existem, a pauta torna-se insuficiente
para demostrá-los. São sons que progridem para além dos limites ao número de linhas e
espaços que ela contém. Por isso usam-se linhas e espaços suplementares superiores
ou inferiores.

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As linhas e espaços suplementares contam-se de forma diferenciada. Se forem


suplementares inferiores, contam-se de cima para baixo. Se forem suplementares
superiores, de baixo para cima.

Linhas suplementares inferiores Linhas suplementares superiores

O número de linhas suplementares não é limitado, mas geralmente usa-se no


máximo até cinco para evitar a dificuldade da leitura.

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Exercícios:

1) Defina:
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Musica -
Melodia -
Harmonia -
Ritmo -
Pauta -

2) Qual o outro da nome da pauta?

3) Por que é necessário o uso das linhas suplementares superiores e inferiores?

4) Como se conta as linhas da Pauta? E as suplementares inferiores?

5) Dê o nome das notas:

a) Que está na primeira linha suplementar inferior


b) Que está na segunda linha da pauta
c) Que está no quarto espaço da pauta
d) Que está na segunda linha suplementar superior da pauta
e) Que está na quarta linha da pauta
f) Que está no terceiro espaço suplementar inferior da pauta

6) O que é escala? E quando está completa?

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Aula 2
Notação musical (continuação)

Clave

É um sinal colocado no início da pauta que serve para dar nome as notas.
Existem três sinais de clave:

Clave de Sol Clave de Fá Clave de Dó

A clave de sol é assinada somente na 2a linha da pauta. A de fá pode ser


assinada na 3a ou 4a linha. Já a clave de dó, pode ser assinada na 1a, 2a, 3a ou 4a linha.
Para que se identifique em que linha foi assinada na pauta, costuma-se colocar dois
pontinhos após sua grafia.

Se mudarmos a clave, o nome das notas também muda, bem como sua região
sonora.

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Devemos ainda levar em consideração que a primeira nota a receber o nome é
aquela que está escrita na linha em que a clave foi assinada, tal nota recebe o nome da
clave. Se for uma clave de sol, por exemplo, assinada na segunda linha da pauta, a nota
musical também ali escrita receberá o nome da clave, isto é, sol.

As duas claves mais usadas são a de sol e a de fá na 4a linha. Na clave de sol


costuma-se escrever peças musicais para instrumentos de regiões médias-agudas (flauta,
violino, clarinete etc), e na clave de fá na 4a linha para instrumentos de regiões médias-
graves (trombone, violoncelo, bombardino e etc).
Ao escrevermos uma partitura para piano, devemos usar as duas claves,
simultaneamente; de igual modo, se quisermos escrever uma música para um coral de
quatro vozes ⏤ Clave de sol para as vozes femininas, e clave de fá na 4a linha para as

vozes masculinas.
Uma outra clave que dificilmente se ver nos livros de teoria musical, mas que
existe e é bastante usada por percussionista é a de ritmo. Não a trataremos aqui.

Relação entre as claves:

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Aula 3

Valores

As notas podem possuir tempos diferentes, e isto se dá pelas diferentes figuras


representativas que chamamos de valores, que podem ser positivos ou negativos.
Quando representam o som são positivos, e quando representam o silêncio são
negativos1 . Os valores positivos são chamados de figuras de notas, e os negativos de
pausas.
As notas e as pausas são correspondentes no que concerne ao tempo de
duração.

Consideramos aqui para pesquisa ou consulta a discordância de Maria Luiza M. Priolli em relação aos valores negativos
1

⏤ PRIOLLI, M. L. M. Princípios básicos da música para juventude, V. 1, p. 13.


Figuras empregadas com menos frequência (quartifusa ou tremifusa)

Figuras que não se usam mais.

Os valores podem ser divididos proporcionalmente. No caso das figuras de notas,


a divisão se dá a partir da semibreve (figura de maior valor).
É comum agruparmos as colcheias, semicolcheias, fusas e semifusas por barras
horizontais quando são consecutivas, pois ajuda na leitura das notas.

Ligadura e ponto de aumento

A ligadura é uma linha curva que colocamos acima ou abaixo das notas de
mesma entonação. Indica que os sons não podem ser repetidos, mas somados em
termos de tempo ou duração sonora.

A ligadura pode ser usada também sob ou sobre sons diferentes, mas neste caso
o efeito será apenas de execução e não de tempo ou duração sonora. Havendo um trecho
musical compreendido nos limites da ligadura, apenas a primeira nota será atacada, as
demais serão executadas ligadamente, sem ataque, destaque sonoro, ou interrupção,
gerando expressão e sentido estético dentro da obra musical.
Assim, a ligadura poderá ser indicada também pela palavra legato2.

O ponto de aumento serve para aumentar a metade da duração da figura, seja


ela de som ou de silêncio, isto é, notas ou pausas. Então se uma figura vale 4 tempos em
um compasso quaternário3 (semibreve), o seu ponto ao lado valerá 2 tempos agregados à
figura; se uma figura vale 2 tempos (mínima), o ponto de aumento valerá 1 tempo
agregado à duração da figura em questão.

2 Termo italiano, indica que as notas devem ser executadas sem interrupção.

3 Ver sobre compasso na Lição 4


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Aula 4

Compassos

As figuras de som ou de silêncio não possuem valor de tempo fixo. Tempo, aqui,
é a duração do som ou do silêncio. Uma figura de som ou de silêncio pode ter tempo
variado de acordo com a organização dada. Um trecho musical, por exemplo, pode ser
todo dividido em porções de tempo, e a cada porção desta daremos nome de compasso.
Compasso é a divisão de um trecho musical em séries regulares de tempo 4,
podendo esta divisão ser feita de:
a) Dois em dois tempos - (compasso binário)
b) Três em três tempos - (compasso ternário)
c) Quatro em quatro tempos - (compasso quaternário)

Quando fazemos a divisão de um trecho musical facilitamos sua leitura e


execução. Para isto, usamos sinais como travessão (linha vertical) e signo de compasso5
(fração próxima à clave). Para o encerramento do trecho musical usamos travessão duplo
(duas linhas verticais) no final da pauta, que também se chama pausa final. Vejamos um
exemplo com um trecho do Hino à Bandeira Nacional.

4 MED B. Teoria da Música, p. 114.


Neste exemplo o trecho musical foi dividido em grupos de quatro tempos. Se
somarmos as figuras teremos um total de 4 tempos em cada grupo que chamamos de
compasso, sendo assim um compasso quaternário.
Para identificarmos um compasso basta identificar o NUMERADOR da fração que
o formula.

Signo de compasso

O signo de compasso é representado por uma fração no início da pauta, ele


determina a organização dos tempos no trecho musical. É também chamado de fórmula
de compasso. O numerador representa a QUANTIDADE de tempo em cada compasso. Já
o denominador, a QUALIDADE da figura para cada tempo.

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Unidade de tempo e unidade de compasso

Unidade de tempo (UT) é a figura que preenche um tempo, ela é a unidade de


movimento dentro do compasso. Um compasso quaternário exige 4 unidades de tempo, o
binário 2, e o ternário 3. Para sabermos a unidade de tempo basta olhar para o
denominador da fração que formula o compasso e associá-lo ao número da figura
correspondente.

Unidade de compasso (UC) é a figura que preenche todo o espaço de tempo do


compasso.

Observe na representação acima que a figura em vermelho não preenche todo o


compasso necessitando de ser seu espaço de tempo preenchido com uma pausa de 2
tempos. Já a figura em azul preenche os quatro tempos que o compasso QUATERNÁRIO
exige.
Há situações que para se descobrir a unidade de compasso se torna muito difícil.
Para que esta descoberta seja realizada deve-se proceder da seguinte maneira:

Método 1:
a) Determine a unidade de tempo
b) Multiplique pelo numerador do signo de compasso
c) Simplifique a fração final e compare o resultado com o Quadro Geral das
Figuras.
Pensemos em um compasso quaternário de denominador 8.
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Sabemos que sua UT é uma colcheia. Achemos agora a sua UC. Para isso,
multiplicaremos a UC (1/8) pelo numerador do signo de compasso:
Simplifiquemos a fração final pelo maior divisor comum.

A fração resultante indica a figura que será a nossa UC.

Método 2:
a) Determine a unidade de tempo
b) Some as figuras quantas vezes o número do numerador do signo de compasso
!

Um compasso pode ser reconhecido tanto pela fração que o formulou


(visualmente), quanto pelo ouvido, através da percepção das acentuações de tempo. Os
tempos de cada compasso são naturalmente acentuados em porções fortes ou fracas. A
este estudo damos o nome de acento métrico.
Acento métrico de cada compasso:

Use F para “forte”, e f para “fraco”

Há quem defenda a seguinte acentuação para o compasso quaternário:


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Mas nem todos tratadistas concordam, pois tal acentuação se assemelharia a


dois compassos binários, extinguindo assim o compasso quaternário.
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Aula 5
Escala diatônica de dó maior - formação e graus

Semitom e Tom diatônicos

Estudaremos aqui, especificamente a ESCALA DIATÔNICA DE DÓ MAIOR, pois


por meio dela poderemos analisar todas as outras escalas. A escala diatônica de dó maior
é também conhecida como escala modelo, pois serve de referência analítica. Ela é
formada por tons e semitons. Mas antes de a definirmos faremos menção de alguns
conceitos preliminares tais como: semitom, tom e grau.
Segundo Mário Mascarenhas6, semitom (ou meio tom) é a menor “distância”entre
duas notas. Maria Luiza de M. Priolli7 entende o semitom como menor intervalo
perceptível e classificável pelo ouvido. Alternaremos entre as duas definições, pois
derramam suficiente luz sobre o conceito.
Um tom é formado de dois semitons. Para uma um estudo mais completo leia a
lição 7.
Para viabilizar a nossa explicação representaremos o semitom por “st”, e o tom
por “T”. Repetiremos sempre as definições adiante como método pedagógico de fixação,
desde já perdoe-nos a redundância.

Graus

São as notas que formam a Escala, e são enumerados com algarismos romanos.
Cada grau possui um nome:

I grau - Tônica
II grau - Supertônica
II grau - Mediante
IV grau - Subdominante

6 CARDOSO, B.; MASCARENHAS M. Curso completo de teoria musical e solfejo, volume 1, p. 30

7 PRIOLLI, M. L. M. Princípios básicos da música para juventude, VOL. 1 p. 29.


V grau - Dominante
VI grau - Superdominante
VII grau - Sensível
VIII grau - Tônica

Quando os graus são sucessivos ou imediatos, chamam-se conjuntos. Quando


não são, isto é, quando são afastados ou separados por outros graus, chamam-se
disjuntos.

Escala diatônica, conceito

É uma série de 8 sons dispostos em graus conjuntos, na sua ordem natural,


guardando as posições de tons e semitons8.

Então como é formada a Escala Diatônica?


Ela é formada por 5 tons e 2 semitons. Esta informação é importante pois servirá
de script (previsão) para as demais escalas.
Os semitons são encontrados do III para o IV grau, e do VII para o VIII grau.
Os Tons são encontrados:
• do I para o II grau
• do II para o III
• do IV para o V
• do V para o VI

8 CARDOSO, B.; MASCARENHAS M. Curso completo de teoria musical e solfejo, volume 1, 8a Edição São Paulo:
Irmãos Vitale S. A. 1973, pág. 31
• do VI para o VII
Dentre os graus da Escala Diatônica existem aqueles que são os mais
importantes. A ordem de importância é a seguinte:
Tônica (I e VIII)
Dominante (V)
Subdominante (IV)
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Aula 6
Alterações
Alteração é a modificação na entoação das notas. Ela é representada por um
sinal colocado a frente da nota musical. Esta alteração poderá modificar a nota em 1 ou
dois semitons, acima ou abaixo. Semitom é o menor intervalo adotado entre duas notas
musicais9 . O semitom (st) pode ser chamado de meio tom, e dois semitons podem ser
entendidos como um tom (T), isto é, um tom é igual a dois semitons (T = 2st).
Conheçamos os sinais de alteração:

• O sustenido ELEVA 1 semitom


• O bemol ABAIXA 1 semitom
• O dobrado sustenido ELEVA 2 semitons
• O dobrado bemol ABAIXA 2 semitons
• O bequadro ANULA o efeito da nota alterado por qualquer uma das alterações
acima.

9Conceito relacionado com a música ocidental no Sistema Temperado. Med B. Teoria da Música Brasília: Musimed
Edições Musicais, 1994, pág. 30
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As notas que já estiverem alteradas por um sustenido, ao receberem um dobrado


sustenido tomará por efeito o intervalo de 1 semitom. Paralelamente, as notas que
estiverem alteradas por um bemol, ao receberem um dobrado bemol, tomará por efeito o
intervalo de 1 semitom.

Se uma nota alterada por um dobrado sustenido receber um sustenido, o efeito


será descendente. Analogamente, se uma nota alterada por um dobrado bemol receber
um bemol, resultará um efeito ascendente.
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O bequadro simplesmente anula o efeito de uma nota alterada, podendo ser seu
efeito tanto ascendente como descendente, de acordo com a alteração anterior.

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Aula 7
Semitons cromáticos e diatônicos
Como foi dito nas lições anterioriores, semitom (st) é o menor intervalo entre duas
notas musicais. Dois semitons formam um tom (T).
Os semitons podem ser cromáticos ou diatônicos. São cromáticos quando
possuem o mesmo NOME, mas suas entoações são diferentes. São diatônicos quando
possuem NOMES E ENTOAÇÕES DIFERENTES, podendo não ser perfeita (igual) a sua
entoação.

Já dissemos que dois semitons formam um tom, porém não afirmamos ainda
que um desses semitons é cromático, e o outro diatônico. Veja o exemplo abaixo:

Se quiséssemos dividir este tom em mais partes de entoação, poderíamos. O tom


pode ser subdividido em 9 pequenas partes de entoação praticamente imperceptível ao
ouvido humano chamadas comas. Estas comas seriam distribuídas segundo a
predominância dos semitons cromáticos e diatônicos relacionados aos sistemas natural e
temperado.
Maria Luiza Priolli explica que os físicos, baseados em cálculos matemáticos e
por meio de aparelhos de acústica provaram que existe diferença de uma coma entre os
semitons cromáticos e diatônicos10 . Para eles, o semitom cromático valeria-se de 4
comas, enquanto que o diatônico, de 5 comas.

Os Músicos no entanto discordam. Para eles, existe sim a diferença de comas


para cada semitom, mas que esta ordem é inversa ao que pensam os físicos.

É claro que esta discussão entre físicos e músicos não nos ajuda a tocar mais
rápido, no entanto, como estudantes da Música, precisamos conhecer a diferença entre
esses semitons e entender que um dó sustenido nunca será igual a um ré bemol dentro
do sistema natural. Instrumentos como trombone e violino são expostos por este sistema
sistema. Existem, entretanto, instrumentos que executam os semitons com entonação
perfeita (igual), isto é, cada semitom possui exatamente 4 comas e meia. Dentre eles: o
piano, o grande órgão, a harpa e o harmônio. O sistema temperado foi estabelecido para
se renunciar as implicações dos físicos quanto à perfeição de afinação, à acústica pura, e
tornar possível a compreensão das projeções harmônicas.

10 PRIOLLI, M. L. M. Princípios básicos da música para juventude, VOL. 1, p. 41.


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Aula 8
Intervalos
É a diferença de altura entre dois sons (Maria Luiza de M. Priolli)11.
É a diferença de altura entre duas notas (Mario Mascarenhas)12.
É o espaço que separa um som do outro (Bohumil Med)13
Usamos as definições de intervalo encontradas nestes autores que são os
principais atualmente no que diz respeito ao estudo de teoria musical, mas seguiremos a
perspectiva de Maria Luiza de M. Priolli por ser simples e inteligível. Havendo interesse
pelos detalhes acerca dos intervalos, visto ser um assunto preparatório para o estudo de
harmonia, indicamos a obra de Bohumil (Revista Ampliada).

Classificação quanto ao número de sons e qualificação ordinária

Os intervalos podem ser diversos, de acordo com o o número de sons. Por


exemplo, um intervalo de terça é assim chamado por compreender 3 sons em sua
formação.

Com isto, existe intervalo de 2a, 3a, 4a, 5a, 6a, 7a, etc..

11 PRIOLLI, M. L. M. Princípios básicos da música para juventude, VOL. 1, p. 51

12 CARDOSO, B.; MASCARENHAS M. Curso completo de teoria musical e solfejo, volume 1, p. 85

13 Med B. Teoria da Música, p. 60


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Classificação quanto ao tipo

Os intervalos podem ser simples ou compostos. Se estiver compreendido dentro


do limite de 8a, simples; se ultrapassar este limite, composto.

Podemos chamar o intervalo de 11a de 4a composta simplesmente pelo fato de o


intervalo de 4a simples ter sido oitavado. Assim acontece com os outros intervalos, como
por exemplo o de 9a (2a composta) no qual se identifica o oitavamento do intervalo de 2a
simples.

Classificação quanto a disposição

Os intervalos podem ainda guardar propriedades melódicas e harmônicas, pois


estão diretamente relacionados com o estudo das diversas escalas e acordes que
existem. Como deixamos escapar no início da aula, este assunto tem total pertinência
com o estudo de harmonia. Sendo assim, os intervalos podem ser melódicos ou
harmônicos. São melódicos quando os sons estão dispostos sucessivamente, e
harmônicos quando simultaneamente. Os intervalos melódicos podem ser ainda divididos
em melódicos ascendentes e melódicos descendentes.

Classificação quanto a formação

Os intervalos se formam de acordo com a Escala Diatônica, considerando sua


composição de tons e semitons, e as possíveis alterações que podem ocorrer. Desta
maneira se formam em: maiores e menores; justos, aumentados e diminutos.
Trataremos neste primeiro momento apenas dos intervalos simples (limitados a 8a)
Intervalos que podem ser maiores, menores, aumentados e diminutos: 2a, 3a, 6a e
7 a.
Intervalos que podem ser justos, aumentados e diminutos: 4a, 5a e 8a.

Representação geral dos Intervalos

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Esta representação geral de intervalos serve de espelho para a análise dos


intervalos formados por notas alteradas. Nele encontramos a formatação exata dos
intervalos independente do tipo de escala. Este quadro deve ser memorizado para que
futuramente se faça a assimilação adequada de todos o tipos de intervalos existentes em
outras tonalidades.
É importante perceber os diversos tipos de intervalos encontrados na escala
diatônica. Se perguntássemos por exemplo: Quais são os intervalos de 2a menor
encontrados na escala diatônica, você imediatamente deveria responder que tais
intervalos são encontrados do mi para o fá, e do si para o dó.
Intervalos superaumentado e subdiminutos

Há intervalos que funcionam apenas em nível teórico, e nunca em nível prático,


como os intervalos aumentados acrescidos de 1 semitom, estes são conhecidos como
intervalos superaumentados. Analogamente, os intervalos subdiminutos, que são os
intervalos diminutos subtraídos de um semitom.
Dada a afinação perfeita dos instrumentos temperados, o intervalo de 2a diminuta
é nulo. Já em outros instrumentos, fora do sistema temperado, há intervalo de comas,
ainda que imperceptível.
Bohumil considera intervalo as notas de mesmo nome e de mesma altura,
chamando-o de 1a justa14 .

Não o consideramos aqui já que seguimos as definições de Maria L. de M. Priolli


e Mário Mascarenhas como declarado no início na introdução desta apostila.

14Med B. Teoria da Música, p. 63


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Aula 9
Intervalos formados com notas alteradas
Existem intervalos que são formados com as notas alteradas, para identificarmos
usamos o quadro geral de intervalos encontrado na escala diatônica. Devemos analisar
tais intervalos observando o número de sons e sua composição em tons e semitons.
Observemos o exemplo abaixo:

É necessário perspicácia matemática para identificar estes intervalos,


considerando rigidamente a soma dos semitons. Nunca esquecendo que um tom é igual a
dois semitons (T=2st), ou que um semitom é igual a meio tom.

Inversão dos intervalos

Inverter um intervalo é elevar sua nota mais grave a uma 8a acima, ou declinar a
mais aguda a uma 8a abaixo.

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Cumpre-nos observar que a ordem das notas não foi alterada, situação que
descaracterizaria a inversão do intervalo, e teríamos como resultado apenas um intervalo
complementar à oitava.
Quando invertemos um intervalo provocamos mudanças em sua formação e tipo.
Por exemplo, quando se inverte um intervalo maior, este se torna menor. No entanto se
for menor, este se tornará maior. Exemplo:

E assim acontece com os demais intervalos: os aumentados se tornam diminutos,


e os diminutos em aumentados. Já os Intervalos justos, permanecem justos. Outra
mudança que acontece está na posição dos intervalos, em que os ascendentes se tornam
descendentes, e vice-versa.

Podemos concluir, então, que após a inversão os intervalos:

Maiores tornam-se Menores

Menores tornam-se Maiores

Aumentados tornam-se Diminutos

Diminutos tornam-se Aumentados

Justos permanecem Justos

A matéria acima se encontra em todos os livros de teoria musical, e é uma


preparação para o estudo de harmonia no qual os intervalos se comunicam, uns com os
outros, harmonicamente, por meio de leis estáticas relacionadas à música, representados
por grandes cadeias de acordes. Um acorde não é nada mais, nada menos, que um
grupo de intervalos. Por este motivo os teóricos dividem os intervalos em duas grandes
classes: Intervalos consonantes e intervalos dissonantes. Os intervalos consonantes não
pedem resolução sobre outros intervalos. Já os intervalos dissonantes pedem resolução
sobre os intervalos consonantes. Sigamos o exemplário de Priolli:

consonantes variáveis
3as e 6as maiores e menores
ou perfeitos
Intervalos consonantes
consonantes invariáveis
4as, 5as e 8as justos
ou perfeitos

maiores, menores,
Intervalos dissonantes 2as e 7as
aumentados e diminutos
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Aula 10
Intervalos compostos e suas inversões
Iniciamos o assunto de intervalos compostos sem aprofundá-lo. Apenas
explicamos no início dos nossos estudos que um intervalo composto é aquele que
ultrapassa o limite de 8a , e que tal pode receber uma identificação diferente, segundo o
processo de inversão (um intervalo de 9a pode ser identificado como um intervalo de 2a
composta). Aqui vamos avançar um pouquinho mais, e discriminá-lo no tocante a sua
inversão.
Os intervalos compostos são formados pelo processo de oitavamento de
intervalos simples, logo, cada intervalo composto tem o seu correspondente simples, e
viver-versa. Um intervalo de 2a (simples), por exemplo, tem como correspondente
composto ou intervalo de 9a; o intervalo de 4a justa tem como correspondente composto o
intervalo de 11a.

“Para formar um intervalo correspondente composto, adiciona-se ao intervalo


simples uma ou mais oitavas.”15

Caso se tenha um intervalo composto e se queira reduzí-lo a um intervalo


simples, basta transportar a nota aguda ou a grave do intervalo a uma 8a, acima ou
abaixo, de forma a diminuir a distância sonora existente entre elas.

15 Med B. Teoria da Música, p. 75.


!

Neste movimento de transporte à abaixo ou acima nos intervalos compostos,


percebemos nitidamente que se trata já de suas inversões. Sendo assim podemos
concluir que quando invertemos um intervalo composto, tornamo-lo em intervalo simples.
Outro detalhe, é que não ocorre mudanças em sua estrutura harmônica, isto é, se o
intervalo simples for maior, ao transformá-lo em composto, continua maior; se for menor,
ao transformá-lo em composto, continua menor; se for diminuto, ao transformá-lo em
composto, continua diminuto; se for aumentado, ao transformá-lo em composto, continua
aumentado; se for justo, ao transformá-lo em composto, continua justo.
Os intervalos compostos também podem ser classificados em melódicos e
harmônicos, assim como acontece com os intervalos simples.

!
ÇÕES
ANOTA

! 

Aula 11
Escalas maiores e menores

Graus caracterizantes

O ciclo das quintas e os tetracordes


Aula 12
Armaduras de clave

Armaduras das escalas maiores

Chegou o momento das escalas maiores! Dissemos em certa oportunidade que a


escala diatônica é também conhecida como escala modelo por que nos ajuda a estudar
todas as demais escalas similarmente. Conhecer a escala diatônica e sua estrutura nos
possibilita a compreender as outras escalas existentes. 

Aula 13
Armaduras de clave

Armaduras das escalas menores



Aula 14
O tom de um trecho
Aula 15
Compassos compostos

Aula 16
Quiálteras

Aula 17
Andamentos

Aula 18
Sinais diversos

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