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CIV 258 – Superestrutura de Rodovias e Aeroportos

AULA – Materiais utilizados em pavimento


betuminoso

Índice

1. MATERIAIS ASFALTICOS ................................................................. 2


3.1. DEFINIÇÕES ................................................................................................. 2
3.2. CLASSIFICAÇÕES ......................................................................................... 2
3.3.4. Aplicação ......................................................................................... 2
3.3.4. Origem ............................................................................................. 3
3.3. ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO ................................................................ 4
3.3.1. Cimento asfáltico do petróleo (CAP) .............................................. 4
3.3.1.1. Composição química do CAP .......................................................... 5
3.3.1.2. Obtenção .......................................................................................... 5
3.3.1.3. Classificação.................................................................................... 6
3.3.1.4. Especificações .................................................................................. 6
3.3.1.5. Aplicações e restrições .................................................................... 8
3.3.2. Asfaltos Diluídos .............................................................................. 8
3.3.3. Emulsões Asfálticas ....................................................................... 10
3.3.4. Asfaltos Modificados ..................................................................... 11
3.4. ENSAIOS .................................................................................................... 12
3.4.1. Ensaios em Cimentos Asfálticos do Petróleo (CAP) ..................... 12
CIV 258 – Superestrutura de Rodovias e Aeroportos

1. MATERIAIS ASFALTICOS
O asfalto é um dos mais antigos materiais utilizados pelo homem. Na Mesopotâmia era usado
como aglutinante em serviços de alvenaria e estradas e como impermeabilizante em reservatório
de água e salas de banho.
As primeiras aplicações de asfalto para fins de pavimentação foram feitas na França (1802). O
emprego de asfalto derivado do petróleo iniciou-se a partir de 1909.

3.1. Definições
Betume
Mistura de hidrocarbonetos pesados, obtidos em estado natural ou por diferentes processos
físicos ou químicos, com seus derivados de consistência variável e com poder aglutinante e
impermeabilizante, sendo completa mente solúvel no bissulfeto de carbono (CS2) ou
tetracloreto de carbono (CCL4).
Asfalto
Material de consistência variável, cor pardo-escura, ou negra, e no qual o constituinte
predominante é o BETUME, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou ser obtido pela
refinação do Petróleo.
Alcatrão
Líquido negro viscoso resultante da destilação destrutiva de carvão, madeira e açúcar,
constituindo um subproduto da fabricação de gás e coque metalúrgico. Em desuso em
pavimentação.

3.2. Classificações
3.3.4. Aplicação

Asfaltos para pavimentação:


 Cimentos Asfálticos (CAP);
 Asfaltos Diluídos (AD);
 Emulsões Asfálticas (EA);
 Asfaltos Modificados (Asfaltos Polímeros).
Asfaltos industriais:
 Asfaltos Oxidados ou Soprados.

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3.3.4. Origem

Asfaltos naturais
Ocorrem em depressões da crosta terrestre, constituindo lagos de asfalto (Trinidad e Bermudas).
Possuem de 60 a 80% de betume.

Rochas asfálticas
O asfalto aparece impregnando os poros de algumas rochas (Gilsonita) e também misturado
com impurezas minerais (areias e argilas) em quantidades variáveis. O xisto betuminoso pode
ser citado como exemplo de rocha asfáltica.

Asfaltos de petróleo
Mais empregado e produzido, sendo isento de impurezas. Pode ser encontrado e produzido nos
seguintes estados:
 Sólido;
 Semissólido;
 Líquido; Asfalto dissolvido e Asfalto emulsificado ou emulsionado.

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Alcatrão
Proveniente do refino do alcatrão bruto, que se origina da destilação dos carvões durante a
fabricação de gás e coque. Estão em desuso no Brasil a mais de 25 anos.

3.3. Asfaltos para pavimentação


3.3.1. Cimento asfáltico do petróleo (CAP)

Segundo LEITE (2003) o CAP é por definição um material adesivo termoplástico, impermeável
à água, visco-elástico e pouco reativo, ou seja:
Adesivo termoplástico
Passa do estado líquido ao sólido de maneira reversível;
A colocação no pavimento se dá a altas temperaturas;
Através do resfriamento o CAP adquire as propriedades de serviço (comportamento visco-
elástico).
Impermeável
Evita a penetração de água (chuva) na estrutura do pavimento, forçando o escoamento para os
dispositivos de drenagem.

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Quimicamente pouco reativo


Em contato com o ar acarreta oxidação lenta, que pode ser acelerada por temperaturas altas;
Garante boa durabilidade;
Para limitar risco de envelhecimento precoce: evitar temperatura excessiva de usinagem e
espalhamento e alto teor de vazios.

3.3.1.1. Composição química do CAP

O CAP é uma mistura química complexa cuja composição varia com o petróleo e processo de
produção.
Para ser usado deve ser aquecido.
No fracionamento do CAP, encontramos 4 categorias principais:
 Hidrocarbonetos Saturados (S);
 Hidrocarbonetos Aromáticos (A);
 Resinas (R);
 Asfaltenos (A).
Os 3 primeiros são denominados de maltenos e sendo os 2 primeiros compostos “não polares”
e os 2 últimos compostos polares e polatizáveis.
Os asfaltenos são formados devido a associações intermoleculares e são responsáveis pelo
comportamento reológico do CAP (Reologia é o estudo do fluxo e da deformação dos materiais
sob aplicação de forças).
Tem maior peso molecular (do seu peso molecular >95% são hidrocarbonetos) e maior teor de
heteroátomos.
Sua estrutura é constituída de poliaromáticos, com encadeamento de hidrocarbonetos naftênicos
condensados e cadeias curtas de saturados.

3.3.1.2. Obtenção

No passado os asfaltos eram obtidos em lagos e poços de petróleo e com a evaporação das
frações leves restava um material residual com características adequadas aos usos desejados.
Hoje em dia, a obtenção do asfalto é feita através de refinação (refinamento) do petróleo. A
quantidade de asfalto contida num petróleo pode variar de 10 a 70%.
O processo de refinamento depende do tipo e rendimento em asfalto que o mesmo apresenta.
Se o rendimento for:
 Alto, apenas é utilizada a destilação à vácuo;
 Médio, usa-se a destilação atmosférica e destilação à vácuo;
 Baixo, utilizam-se destilação atmosférica, destilação à vácuo e extração após o 2º
estágio de destilação.
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3.3.1.3. Classificação

Os cimentos asfálticos de petróleo podem ser classificados segundo a viscosidade e a


penetração.
A viscosidade dinâmica ou absoluta indica a consistência do asfalto.
A penetração indica a medida que uma agulha padronizada penetra em uma amostra em
décimos de milímetro.
Em 2005 foi estabelecida uma nova especificação (Resolução ANP Nº 19) para o CAP,
definindo que sua classificação se dará exclusivamente pela penetração.
Existem quatro tipos de CAP disponíveis comercialmente:
 CAP 30/45;
 CAP 50/70;
 CAP 85/100;
 CAP 150/200.
O par de valores significa os limites inferior e superior permitidos para a Penetração, medida
em décimos de milímetro.

3.3.1.4. Especificações

O Índice de susceptibilidade térmica (Ist) é obtido a partir da seguinte equação:


[(500 ∙ log 𝑃𝐸𝑁) + (20 ∙ 𝑇) − 1951]
𝐼𝑠𝑡 =
[120 − (50 ∙ log 𝑃𝐸𝑁) + 𝑇]
Onde:
T - Ponto de amolecimento (°C);
PEN - Penetração a 25 ºC, 100g, 5 seg.
A Variação em massa (ΔM), em porcentagem, é definida como:
𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
∆𝑀 = ( ) ∙ 100
𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
Onde:
Minicial - Massa antes do ensaio de durabilidade (RTFOT);
Mfinal - Massa após o ensaio de durabilidade (RTFOT).

A Penetração retida é definida como:

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𝑃𝐸𝑁𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑃𝐸𝑁𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎 = ( ) ∙ 100
𝑃𝐸𝑁𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Onde:
PENinicial - Penetração antes do ensaio de durabilidade (RTFOT);
PENfinal - Penetração após o ensaio de durabilidade (RTFOT).

Na Tabela abaixo são mostradas as especificações atuais para os cimentos asfálticos produzidos
no Brasil segundo a classificação por penetração.
Tabela - Especificações dos cimentos asfálticos de petróleo (CAP) classificação por
penetração (RESOLUÇÃO ANP Nº 19, de 11de julho de 2005).

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3.3.1.5. Aplicações e restrições

Deve ser livre de água, homogêneo em suas características e conhecer a curva viscosidade-
temperatura.
Para utilização em pré-misturados, areia - asfalto e concreto asfáltico deve-se usar: CAP 30/45,
50/70 e 85/100.
Para tratamentos superficiais e macadame betuminoso deve-se usar CAP150/200.
Não podem ser usados acima de 177 °C, para evitar possível craqueamento térmico do ligante.
Também não devem ser aplicados em dias de chuva, em temperaturas inferiores a 10° C e sobre
superfícies molhadas.

OBSERVAÇÂO
Para que o CAP possa recobrir convenientemente os agregados é necessário que apresente uma
viscosidade em torno de 0,2 Pa.s, o que só será atingido por aquecimento do ligante e do
agregado a temperaturas convenientemente escolhidas para cada tipo de ligante. Para evitar o
aquecimento do CAP a fim de obter viscosidades de trabalho nos serviços de pavimentação, é
possível promover mudanças no ligante utilizando-se dois processos de preparação:
 Adição de um diluente volátil ao asfalto produzindo o que se convencionou chamar no
Brasil de asfalto diluído (cutbackem inglês) – ADP;
 Emulsionamento do asfalto.

3.3.2. Asfaltos Diluídos

Também conhecidos como Asfaltos Recortados ou “Cut Backs”.


Os asfaltos diluídos passam por um processo de diluição a fim de diminuir temporariamente a
sua viscosidade.
Resultam da diluição do cimento asfáltico (CAP) por destilados leves de petróleo. Os diluentes
funcionam como veículos proporcionando produtos menos viscosos que podem ser aplicados a
temperaturas mais baixas que o CAP (em temperatura ambiente).

3.3.2.1. Obtenção
Os asfaltos diluídos (ADP) são produzidos pela adição de um diluente volátil, obtido do próprio
petróleo, que varia conforme o tempo necessário para a perda desse componente adicionado
restando o asfalto residual após a aplicação. O diluente serve apenas para baixar a viscosidade
e permitir o uso à temperatura ambiente (IBP, 1999; Hunter, 2000; Shell, 2003).
Ou seja, os asfaltos diluídos são obtidos por meio da combinação entre CAP e diluente, feita
em um misturador específico, seguindo o seguinte esquema:

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3.3.2.2. Classificação
Os diluentes evaporam-se após a aplicação e o tempo necessário para evaporar chama-se
“Cura”.
De acordo com a cura, podem ser classificados em:
 Cura Rápida (CR) – Solvente é a gasolina ou a nafta;
 Cura Média (CM) – Solvente é o querosene;
 Cura Lenta (CL) – Solvente é o óleo diesel ou o gasóleo - (não se usa mais).
Cada categoria apresenta vários tipos com diferentes valores viscosidade cinemática,
determinadas em função da quantidade de diluente.
A quantidade média de CAP e diluente são as seguintes:

Nomenclatura
Tipo CM Tipo CR % CAP % Diluente
Atual Antiga

CM – 30 - 52 48 MC – 0 RC – 0

CM – 70 CR – 70 63 37 MC – 1 RC – 1

CM – 250 CR – 250 70 30 MC – 2 RC – 2

CM – 800 CR – 800 82 18 MC – 4 RC – 4

CM – 3000 CR – 3000 86 14 MC – 5 RC – 5

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3.3.3. Emulsões Asfálticas

É um sistema constituído pela dispersão de uma fase asfáltica em uma fase aquosa (direta) ou
de uma fase aquosa em uma fase asfáltica (inversa): CAP + Água + Agente Emulsivo.

3.3.3.1. Obtenção
Uma emulsão é definida como uma dispersão estável de dois ou mais líquidos imiscíveis
(Miscibilidade é a capacidade de uma mistura de duas ou mais substâncias puras formarem uma
única fase (mistura homogênea) em certos intervalos de temperatura, pressão e composição).
No caso da emulsão asfáltica (EAP) os dois líquidos são o asfalto e a água.
A emulsão asfáltica representa uma classe particular de emulsão óleo-água na qual a fase “óleo”
tem uma viscosidade elevada e os dois materiais não formam uma emulsão por simples mistura
dos dois componentes, sendo necessária a utilização de um produto auxiliar para manter a
emulsão estável. Além disso, o asfalto precisa ser preparado por ação mecânica que o
transforme em pequenas partículas ou glóbulos (IBP, 1999; Hunter, 2000; Abeda, 2001; Shell,
2003).
O produto especial chamado de agente emulsionante ou emulsificante é uma substância que
reduz a tensão superficial, o que permite que os glóbulos de asfalto permaneçam em suspensão
na água por algum tempo, evitando a aproximação entre as partículas e sua posterior
coalescência (junção de partes que se encontravam separadas). A proporção típica entre óleo e
água é de 60 para 40%. O tempo de permanência da separação entre os glóbulos de asfalto pode
ser de semanas até meses, dependendo da formulação da emulsão.
A ação mecânica de obtenção dos glóbulos é feita em um moinho coloidal especialmente
preparado para a “quebra” do asfalto aquecido em porções minúsculas que devem ter um
tamanho especificado que é micrométrico. O tamanho dos glóbulos depende do moinho
empregado e da viscosidade do asfalto original, normalmente variando entre 1 e 20μm.
A EAP é produzida por dispersão dos glóbulos de asfalto que saem do moinho e caem em uma
solução de água já misturada com o agente emulsificante e com outros aditivos e adições
particulares para obter efeitos diferenciados, tanto em relação ao tempo de separação das fases
quanto ao uso final que se pretende para aquela emulsão específica.
As emulsões podem apresentar carga de partícula negativa ou positiva, sendo conhecidas,
respectivamente, como aniônica ou catiônica.

3.3.3.2. Classificação

As emulsões catiônicas apresentam moléculas eletro positivamente carregadas;


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As emulsões aniônicas apresentam moléculas eletro negativamente carregadas;


A ruptura das emulsões ocorre quando são colocadas em contato com agregados e o equilíbrio
que mantinha os glóbulos do asfalto em suspensão na água é rompido. A água evapora e o
asfalto flocula se fixando no agregado.
A cor das emulsões antes da ruptura é marrom, tornando-se depois preta.
O tempo de ruptura depende da quantidade e tipo de agente emulsivo.
Pelo tempo de ruptura podem ser:
 RR = ruptura rápida.
 RM = ruptura média.
 RL = ruptura lenta.
 Ruptura controlada;
 Existem emulsões para lama asfáltica (LA) e modificadas por polímeros.
As emulsões asfálticas normalmente utilizadas em pavimentação são as catiônicas diretas,
sendo classificadas quanto a utilização em:
 RR-1C;
 RR-2C;
 RM-1C;
 RM-2C;
 RL-1C;
 LA-1C;
 LA-2C.
Esta classificação depende da viscosidade Saybolt Furol, teor de solvente, desemulsibilidade e
resíduo de destilação.

3.3.4. Asfaltos Modificados

São obtidos a partir da dispersão do CAP com polímero, em unidade apropriada.


Os polímeros mais utilizados são:
 SBS (Copolímero de Estireno Butadieno);
 SBR (Borracha de Butadieno Estireno);
 EVA (Copolímero de Etileno Acetato de Vinila);
 EPDM (Tetrapolímero Etileno Propileno Diesso);
 APP (Polipropileno Atático);
 Polipropileno;
 Borracha vulcanizada;
 Resinas;
 Epóx;
 Poliuretanas; etc.
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Os polímeros aceleram o comportamento reológico do asfalto conferindo elasticidade e


melhorando suas propriedades mecânicas. Suas principais vantagens:
 Diminuição da suscetibilidade térmica;
 Melhor característica adesiva e coesiva;
 Maior resistência ao envelhecimento;
 Elevação do ponto de amolecimento;
 Alta elasticidade;
 Maior resistência à deformação permanente;
 Melhores características de fadiga.
Devido a estas vantagens, tem sido muito utilizado em serviços de impermeabilização e
pavimentação.

3.4. Ensaios
3.4.1. Ensaios em Cimentos Asfálticos do Petróleo (CAP)

O CAP não apresenta ponto de fusão definido.


O aumento da temperatura altera seu estado físico de sólido para líquido.
Comportam-se como corpos visco-elásticos no intervalo de temperatura de serviço.

Determinação de água
O teor de água deve ser pequeno nos materiais betuminosos, a fim de que não espumem quando
aquecidos acima de 100 °C.
Nos CAPs esse controle processe-se pela exigência de que não espumem quando aquecidos a
177 °C.
Um ensaio simples para a verificação da presença de água no CAP consiste em se aquecer uma
quantidade de CAP, observando o aparecimento de um “borbulhar” na superfície. Caso apareça
a formação de bolhas, conclui-se que o CAP continha alguma quantidade indevida de água.
O ensaio denominado “Determinação de água em Petróleo e outros materiais betuminosos”
(MB-37/1975) fixa o modo de proceder-se à verificação de água existente em Petróleo e
materiais betuminosos através de destilação.
Determinação do teor de betume em CAP (NBR 14855)
Este ensaio dá uma idéia da quantidade de betume puro e da qualidade do asfalto. É chamado
de ensaio da Solubilidade e utiliza-se o frasco de Erlenmeyer. No cimento asfáltico do petróleo
a fração solúvel no CCl4 ou CS2 representa os ligantes ativos do asfalto.
 Nos CAPs: 99,5 % é solúvel no CS2 ou CCl4;
 Nos CANs: 60 a 80 % é solúvel no CS2 ou CCl4;
 Nos Alcatrões: 75 a 88 % é solúvel no CS2 ou CCl4.

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As etapas principais do ensaio são as seguintes:


 Pesar a amostra de asfalto antes do ensaio;
 Dissolver a amostra em um solvente (CS2 ou CCl4);
 Filtrar o material para remoção da parcela insolúvel;
 Secar e pesar a parte insolúvel.
A diferença entre o peso inicial e o peso insolúvel, expressa em %, representa a solubilidade do
CAP.

Determinação da Consistência de materiais asfálticos


A temperatura altera significativamente o estado físico ou de consistência dos asfaltos, sendo
por isso considerado um material termoplástico. Desta forma, este material deveria ser estudado
sob o ponto de vida da Reologia que é um ramo da física que trata do estudo de deformação e
do fluxo (ou fluência) dos materiais quando sujeitos a um carregamento qualquer, levando em
consideração o tempo de duração desse carregamento.
No caso específico dos asfaltos, além do tempo de aplicação da carga, também a temperatura é
um fator de fundamental importância no comportamento desse material devido ao fato destes
serem termosensíveis.

Determinação da Penetração de materiais asfálticos (NBR 6576)


O ensaio de penetração e um ensaio de caracterização e controle de material asfáltico que tem
por objetivo determinar ou controlar a consistência do material betuminoso.
Este ensaio mede a consistência do CAP pela penetração de uma agulha de dimensões
padronizadas, em décimos de milímetros, submetida a uma carga pré-estabelecida de 100 g
durante 5 segundos a uma temperatura de 25 °C.
Este ensaio dá uma ideia da consistência para fins de classificação. Existem outras condições
para a realização do ensaio, sendo função das propriedades dos asfaltos, como por exemplo: 0
°C, 200g e 60 seg. ou 46,1 °C, 50g e 5 seg.

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Ponto de Amolecimento - método do anel e bola (NBR 6560)


O ensaio determina a temperatura em que o material betuminoso se torna fluido.
Também destinado a medir a consistência dos CAPs, medindo a evolução da consistência com
a temperatura. Indica a que níveis de dureza o asfalto tem uma certa consistência. Este ensaio
é arbitrário pois o amolecimento de um material betuminoso não se dá a uma temperatura
definida, havendo mudança gradual da consistência com a elevação da temperatura.
As etapas principais do ensaio são as seguintes:
 Moldagem de um corpo de prova de asfalto em um anel de latão com 5/8” (15,9 mm)
de diâmetro interno e 1/4” (6,35 mm) de altura;
 Imergir o anel com o material betuminoso em água de modo que a base fique a 1”
(25,4 mm) do fundo do recipiente. A temperatura da água deve ser mantida em 5 °C;
 Colocar uma esfera de aço com 3/8” de diâmetro (9,53mm) pesando 3,5 g sobre a
superfície do anel;
 Fazer a temperatura da água subir à razão de 5 °C por minuto.
O ponto de amolecimento é a temperatura da água para a qual o material betuminoso amolecido
for empurrado para baixo, devido ao peso da esfera, no momento que tocar o fundo do
recipiente.

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Determinação do Índice de Suscetibilidade Térmica


A suscetibilidade térmica indica a sensibilidade da consistência dos ligantes asfálticos à
variação de temperatura.
Trata-se de uma propriedade importante dos ligantes asfálticos uma vez que se eles forem muito
suscetíveis à variação de estado ou de propriedades frente à variação de temperatura, não serão
desejáveis na pavimentação.
É desejável que o ligante asfáltico apresente variações pequenas de propriedades mecânicas,
nas temperaturas de serviço dos revestimentos, para evitar grandes alterações de
comportamento frente às variações de temperatura ambiente.
Normalmente tem-se calculado para essa finalidade o Índice de Suscetibilidade Térmica ou
Índice de Penetração. Pelo procedimento proposto em 1936 por Pfeiffer e Van Doormaal esse
índice é determinado a partir do ponto de amolecimento (PA) do CAP e de sua penetração a
25ºC, incluindo-se a hipótese que a penetração do CAP no seu ponto de amolecimento é de 800
(0,1mm).
Muitos autores têm reportado que a penetração de um grande número de CAPs no seu PA pode
diferir consideravelmente de 800, principalmente nos casos de CAPs com altos valores de PA.
Portanto, é prudente medir-se a penetração em alguma outra temperatura em adição à medida a
25ºC, em vez de admitir a hipótese mencionada.

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Os pontos correspondentes ao logaritmo da penetração pela respectiva temperatura do ensaio,


sendo que as penetrações são determinadas em duas temperaturas diferentes, são grafados,
fornecendo uma reta como resultado.
O coeficiente angular da reta α é dado por:

Onde:
PTi = penetração em 0,1mm medida à temperatura de ensaio Ti;
Ti = temperatura de ensaio (ºC).

A seguinte relação empírica é utilizada para determinar o Índice de Suscetibilidade Térmica ou


Índice de Penetração IP:

Como exemplo, considere a penetração de um CAP a 25ºC como 120 (0,1mm) e a 4,4ºC como
10 (0,1mm). O valor do IP será:

Quanto menor o IP de um cimento asfáltico, em valor absoluto, menor será a sua suscetibilidade
térmica. A atual norma brasileira que classifica os CAPs estabelece uma faixa admissível para
o IP entre (-1,5) e (+0,7).
A maioria dos cimentos asfálticos tem um IP entre (-1,5) e (0).
Valores maiores que (+1) indicam asfaltos oxidados (pouco sensíveis a elevadas temperaturas
e quebradiços em temperaturas mais baixas e não são indicados para serviços de pavimentação).
Valores menores que (-2) indicam asfaltos muito sensíveis à temperatura, amolecem muito
rapidamente com o aumento da temperatura.
Assumindo a hipótese da penetração (P) de qualquer CAP à temperatura correspondente ao
ponto de amolecimento (PA) ser próxima de 800 (0,1mm), conforme Pfeiffer e Van Doormaal,
a suscetibilidade térmica é definida simplesmente a partir da expressão a seguir, que é a forma
de estimativa da suscetibilidade térmica dos ligantes que consta da especificação brasileira de
CAP:

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Sendo:

Onde:
Ponto de Amolecimento (PA) - é a temperatura na qual a consistência de um ligante asfáltico
passa do estado plástico (ou semissólido) para o estado líquido;
P - Penetração do asfalto (em 0,1mm).

Determinação da Ductilidade de materiais asfálticos (NBR 6293)


A coesão dos asfaltos é avaliada indiretamente pela medida empírica da ductilidade que é a
capacidade do material de se alongar na forma de um filamento sem ruptura.
Tem por finalidade, este ensaio, medir a resistência à flexibilidade.
A medida da ductilidade é dada pela distância (em cm) que um corpo de prova de material
betuminoso, em condições padronizadas, submetido a um esforço de tração, também em
condições especificadas, se rompe.
A maioria dos cimentos asfálticos para pavimentação tem ductilidade superior a 100.
As especificações para o CAP fixam os seguintes valores:

A sequência do ensaio é a seguinte:


i. Moldagem de um corpo de prova que deverá conter uma seção transversal de 1 cm2. O
asfalto deverá ser peneirado previamente na peneira nº 50 (0,3mm);
ii. Colocação do corpo de prova moldado imerso em água no ductilômetro. A
temperatura da água deverá ser mantida a 25 °C;
iii. Uma extremidade do corpo de prova fica fixa à parede do aparelho e a outra é presa a
uma parte móvel que irá se mover com uma velocidade de tração de 5 cm por minuto;
iv. O material betuminoso não deve ficar em contato com a superfície da água ou com o
fundo do ductilômetro. A imersão em água é utilizada para evitar a catenária do
filamento que é formado.

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A medida da ductilidade é tomada coma a distância máxima que o corpo de prova conseguir se
estender até o momento da ruptura. Deve-se tomar a média de três determinações para o valor
da ductilidade final.

Determinação da viscosidade Saybolt-Furol (NBR 14950)


A viscosidade é uma medida da consistência do cimento asfáltico, por resistência ao
escoamento. Ou seja, o ensaio de viscosidade Saybolt Furol tem como objetivo principal
determinar o estado de fluidez dos asfaltos nas temperaturas em que usualmente são
trabalhados.
A viscosidade mostra o grau de mobilidade molecular e a magnitude das forças atrativas em
líquidos e é influenciada diretamente pela temperatura no asfalto. Assim, com o aumento da
temperatura, as forças intermoleculares diminuem, aumentando o poder de molhagem do
asfalto, possibilitando o aumento da área de recobrimento na superfície do agregado. A
diminuição da viscosidade pode contribuir para que ocorra uma pequena absorção de asfalto
pelo agregado, melhorando assim o intertravamento das partículas.
No Brasil, o viscosímetro mais utilizado para os materiais asfálticos é o Saybolt-Furol, descrito
na norma DNER-ME 004/94. A viscosidade determinada pelo equipamento é o tempo em
segundos em que 60 ml de amostra de ligante asfáltico flui pelo orifício Saybolt-Furol numa
determinada temperatura.
As especificações para o cimento asfáltico do petróleo fixam os seguintes valores mínimos:

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O ensaio para determinação da viscosidade Saybolt pode ser assim resumido:


i. Aquecer o óleo do viscosímetro até obter a temperatura de ensaio;
ii. Inserir uma rolha no fundo do viscosímetro;
iii. Filtrar a amostra (peneira nº 100) diretamente no viscosímetro, preenchendo até nível
do bordo;
iv. Agitar a amostra até a temperatura do ensaio através de um termômetro;
v. Colocar o frasco receptor, de volume fixo de 60 ml sob o viscosímetro e retirar a
rolha;
vi. Marcar o tempo em segundos até o escoamento da amostra atingir o menisco de
referência. Este tempo é a viscosidade.

A viscosidade também pode ser determinada pelo método rotacional, utilizando o equipamento
conhecido como viscosímetro Brookfield.

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A viscosidade medida é a razão entre a tensão de cisalhamento aplicada e a taxa de cisalhamento


de um líquido. Esta razão é também chamada de coeficiente de viscosidade dinâmica.

Determinação do Ponto de Fulgor (NBR 11341)


O ponto de fulgor é um ensaio ligado a segurança de manuseio do asfalto durante o transporte,
estocagem e usinagem.
Ponto de fulgor é a temperatura na qual os vapores originados pelo aquecimento do produto
asfáltico se inflamam quando em contato com uma chama padronizada. Ou seja, é a temperatura
limite que pode o material asfáltico atingir em obra sem risco de incêndio. É um indicativo da
presença de certos constituintes voláteis indesejáveis no asfalto. É um ensaio de segurança.
O ensaio consiste em determinar a temperatura em que ocorre um lampejo, provocado pela
inflamação dos vapores da amostra, pela passagem de uma chama piloto, conforme a NBR
11341 – MB 50
O ensaio é realizado no Vaso Aberto de Cleveland e constitui-se dos seguintes passos:
i. Encher o vaso até a linha de marcação com o material betuminoso;
ii. Acender a chama de ensaio (diâmetro aproximado de 4 mm);
iii. Aquecer a amostra a uma razão de 14 a 17 °C por minuto no início do ensaio e a 5,5
°C por minuto nos últimos 28 °C antes da provável temperatura do ponto de fulgor;
iv. Aplicação de chama nos últimos 28 °C a cada 2,8 °C. A chama deve cruzar o centro
da amostra em linha reta, perpendicularmente ao diâmetro que passa pelo termômetro,
a 2 mm da superfície, durante 1 segundo;
v. Anotar a temperatura quando aparecer um fulgor na superfície da amostra.
Este ensaio exige precisão, devendo considerar o resultado como suspeito quando duas
determinações diferirem mais de 8,3 °C pelo mesmo operador ou mais de 16,7 °C quando
realizados por dois laboratórios.

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