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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO KATANGOJI

TRABALHO DE FIM DE CURSO

A GESTÃO DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE NO TRABALHO, NA


INDÚSTRIA DE PETRÓLEO EM ANGOLA

- ESTUDO DE CASO DOS BLOCOS 0 E 14, EM CABINDA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO

Autora: Mariana do Carmo Gonçalves Bento

Orientador Acadêmico: Eng.º José Javier Pérez Fernández

Luanda, 2016
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO KATANGOJI

TRABALHO DE FIM DE CURSO

A GESTÃO DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE NO TRABALHO, NA


INDÚSTRIA DE PETRÓLEO EM ANGOLA

ESTUDO DE CASO DOS BLOCOS 0 E 14, EM CABINDA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO

Autora: Mariana do Carmo Gonçalves Bento

Orientador Acadêmico: Eng.º José Javier Pérez Fernández

Orientador Profissional: Eng.º Jorge Adalberto Lima

Co-Orientador Profissional: Eng.º Augusto Kamussumbo

Luanda, 2016
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Nossa Senhora dos Remédios.

Muito Obrigado

Mãe Santíssima

I
AGRADECIMENTOS

Por fim terminei mais uma etapa da minha vida, que tanto contribuiu para o
meu crescimento não só educacional, como para o meu desenvolvimento
enquanto ser humano e por isso agradeço a Deus, pai todo-poderoso, por me
conceder a dádiva de viver, e forcas para continuar os estudos mesmo com
todas as dificuldades e obstáculos que encontrei ao longo desta jornada.

Em primeiro lugar, quero manifestar o meu profundo reconhecimento ao


Director geral da Chevron John Baltz, por ter aceitado a minha solicitação de
estágio. A Direcção do DRH em especial ao Director-DRH Henda Valério, ao
Director para Aquisição de Talentos José Simão Helena e ao Eng. Elias Miguéns
Bernardo, muito obrigado pela oportunidade e pelo sistema de gestão antes e
durante o estágio.

Aos meus orientadores Eng.º José Javier Pérez Fernández (orientador


académico) que esteve sempre preocupado em garantir que o trabalho estivesse
conforme os regulamentos da instituição, ao Eng.º Jorge Adalberto Lima
(orientador profissional) que esteve comigo a maior parte da elaboração do
trabalho e durante o estágio, muito obrigado pela experiência profissional que
me proporcionou e ao Eng.º Augusto Kamussumbo (co-orientador profissional)
que mesmo quando viajasse não deixava de ligar para dar uma orientação. A
todos muito obrigado pela forma incansável e simpática como me
acompanharam e orientaram durante todo percurso deste trabalho, fazendo com
que fosse executado de maneira correta. Agradeço também a Mestre Magali
González Esperón, professora de Metodologia de Investigação Cientifica, pelo
seu contributo na elaboração do trabalho.

Ao segurança da Chevron, por ser compreensível e atencioso comigo, e ao


senhor que recebeu a minha carta de pedido de estágio. A todos funcionários
da Chevron em Angola, que contribuíram com a elaboração deste trabalho
(Equipa de HES na Chicala e no Malongo, equipa de gestão dos resíduos,
equipa de prevenção e respostas a emergências, equipa de saúde ocupacional,
etc.), muito obrigado.

II
Gostaria também de manifestar o meu profundo reconhecimento ao Director
Nacional de Segurança, Emergência Ambiente do Ministério dos Petróleos Eng.º
Manuel Xavier Júnior, muito obrigada pela oportunidade de estágio e pela vossa
atenção a minha solicitação de estágio. Agradeço também ao Eng.º André
Manuel Chefe do Departamento de Segurança Industrial do Gabinete de
Ambiente e Segurança, pela atenção durante a entrevista. Ao Eng.º Estanislau
E. dos Santos Gaspar e a Eng.ª Teresa Lueie, ambos do departamento de
Segurança e Ambiente do Ministério dos Petróleos, por partilharem comigo os
seus conhecimentos, pela atenção e paciente, durante o estágio, muito
obrigado.

A minha mãe Maria da Conceição Gonçalves Francisco, a minha avó Maria


do Carmo Gonçalves Pena, e ao meu pai Bento Cabaça pela educação.

Aos meus padrinhos Dr. Diogo João e a Dr. Josefa Vicente, muito obrigada
pela vossa amizade, simpatia, generosidade, muito obrigado por serem pessoas
de bom coração, muito obrigado por tudo. A Psicóloga Dr.ª Kátia Kamusso, muito
obrigada pela amizade, simpatia, pelas consultas, obrigada por me ajudar num
dos momentos mais difíceis da minha vida.

Ao meu esposo, pela paciência e por me apoiar sempre mesmo estando


distante, muito obrigado.

Muito Obrigado

III
RESUMO

Atualmente, Segurança, Saúde Ocupacional e Ambiente (SSA) no trabalho é


um tema abordado em todo o mundo, independentemente da organização, este
assunto é destaque na rotina de trabalho de qualquer empresa visto que a
responsabilidade social e a preocupação com o bem-estar social, mental e físico
dos funcionários e de seus familiares para garantir melhor desenvolvimento
industrial, e a população em geral. Muitos estão a pesquisar sobre o sistema de
gestão, como é o caso do BILLIG e o CAMILATO escreveram sobre o Sistema
de Gestão Integrada de Qualidade, Segurança, Meio-Ambiente e Saúde. O
objectivo deste trabalho é de estudar o Sistema de Gestão de Segurança, Saúde
e Ambiente no Trabalho na Indústria de Petróleo em Angola, partindo do estudo
de caso dos blocos 0 e 14, para aferir o seu enquadramento com a Legislação
Angolana. Foi feito trabalho de campo e visitas de estudo ao Bloco 0 (Sonda de
perfuração West Tucana), Bloco 14 (Plataforma de Produção Benguela Belize
Lobito Tomboco) e ao Terminal do Malongo, que permitiram in louco, ver como
são geridos a Segurança e a Saúde Ocupacional, a protecção e preservação do
Meio Ambiente no que concerne as Descargas Operacionais, Gestão dos
Resíduos, etc. Consultas feitas em manuais, normas, revistas, procedimentos e
práticas seguras de trabalho, esquemas e diagramas de linhas de processo, e
entrevistas com o pessoal técnico e especialistas de diversos departamentos da
Chevron (em Luanda, no Malongo, no BBLT e na West Tucana) e entrevistas
com o pessoal do Ministério dos Petróleos, consulta de páginas especializadas
na internet. Esta pesquisa documental serviu como base para a fundamentação
teórico-prático do tema no contexto nacional. Durante o estágio foram feitas trinta
e três (33) entrevistas na Chevron e três (3) no Ministério dos Petróleos, num
total de trinta e seis (36) entrevistas.

Palavras-chave: Segurança, Saúde, Ambiente e Sistema de Gestão.

IV
ABSTRACT

Currently, Occupational Safety and Health (SSA) at work is an issue


addressed worldwide, regardless of organization, this subject is highlighted in the
work routine of any company since social responsibility and concern for the
welfare Social, mental and physical well-being of employees and their families to
ensure better industrial development, and the population at large. Many are
researching the management system, as is the case of BILLIG and CAMILATO
wrote about the Integrated Management System for Quality, Safety, Environment
and Health. The objective of this work is to study the Safety Management System
, Health and Environment at Work in the Oil Industry in Angola, starting from the
case study of blocks 0 and 14, in order to assess its relationship with Angolan
Legislation. Fieldwork and study visits were made to Block 0 (West Tucana
Drilling Probe), Block 14 (Benguela Belize Lobito Tomboco Production Platform)
and Maldongo Terminal, which allowed in madness to see how Security and
Health are managed Occupational, the protection and preservation of the
Environment with regard to Operational Discharges, Waste Management, etc.
Consultations on manuals, standards, journals, safe work practices and
procedures, diagrams and process line diagrams, and interviews with Chevron's
technical staff and department specialists (in Luanda, Malongo, BBLT and West
Tucana) And interviews with the staff of the Ministry of Petroleum, consult
specialized web pages. This documentary research served as the basis for the
theoretical-practical basis of the theme in the national context. During the
internship, thirty-three (33) interviews were conducted at Chevron and three (3)
at the Ministry of Petroleum, in a total of thirty-six (36) interviews.

Keywords: Security, Health, Environment and Management System

V
LISTA DE ABREVIATURAS

ALNG - Angola Liquefied Natural Gás

BBLT – Benguela Belize Lobito Tomboco

CABGOC – Cabinda Gulf Oil Company Limited

dBA - Decibéis

IHS - Essential Suite

IMS - Sistema de gestão de incidente

ISO – Organização Internacional para Padronização

LNG – Gás Naturail Liquifeico

MinPet – Ministário dos Pertóleos

NORM - Materiais radioativos de ocorrência natural

OE – Excelência Operacinal

PIB – Producto Interno Bruto

ppm - Partes por milhão

RSGA - Requisito do Sistema de Gestão de Angola

RSIP - Prevenção de lesões Por Esforço Repetitivo

SGEO - Sistema de Gestão de Excelência Operacional

SSA – Segurança, Saúde e Ambiente

TCF - Trilhões de Pés Cúbicos

VI
ÍNDICE GERAL

DEDICATÓRIA ............................................................................................................................ I

AGRADECIMENTOS ................................................................................................................. II

RESUMO .................................................................................................................................... IV

ABSTRACT ................................................................................................................................. V

LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................... VI

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1

Justificativa da Pesquisa ....................................................................................................... 2

Problema.................................................................................................................................. 2

Hipóteses ................................................................................................................................. 3

Delimitação .............................................................................................................................. 3

Objectivos: ............................................................................................................................... 3

Metodologia ............................................................................................................................. 3

Estrutura da Monografia ........................................................................................................ 5

CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 6

1.1. Aspectos conceituais ................................................................................................. 6

1.2. Sistemas de Gestão ................................................................................................... 7

1.3. Organização Internacional para Padronização (ISO) 18001 e 14001. ............ 10

1.4. Historial da CABGOC - Blocos 0 e 14 ................................................................... 15

CAPÍTULO 2 – QUADRO LEGAL APLICADO A LEGISLAÇÃO PETROLÍFERA


ANGOLANA. ............................................................................................................................. 21

2.1. Quadro legal aplicável a Segurança, Saúde e Ambiente no trabalho na indústria


petrolífera em Angola. ......................................................................................................... 21

2.2. Requisito do Sistema de Gestão de Angola (RSGA) ......................................... 24

2.3. Fiscalização e Auditorias......................................................................................... 25

CAPÍTULO 3 – A GESTÃO DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE NOS BLOCOS 0


E 14 ............................................................................................................................................ 27
3.1. Sistema de Gestão da Segurança e Saúde nos Blocos 0 e 14. ........................... 27

3.2. Sistema de Gestão do Ambiente nos Blocos 0 E 14 .............................................. 38

4. Estágio na Chevron ............................................................................................................. 63

5. Conclusão ............................................................................................................................. 66

6. Recomendações .................................................................................................................. 67

7. Referências Bibliográficas .................................................................................................. 68

8. Anexos ................................................................................................................................... 71

9. Apendices.............................................................................................................................. 77

10. Figuras................................................................................................................................. 82
INTRODUÇÃO

Atualmente, Segurança, Saúde Ocupacional e Ambiente (SSA) no trabalho


é um tema abordado em todo o mundo, independentemente da organização,
este assunto é destaque na rotina de trabalho de qualquer empresa visto que a
responsabilidade social e a preocupação com o bem-estar social, mental e físico
dos funcionários e de seus familiares para garantir melhor desenvolvimento
industrial, e a população em geral. Para ter um sistema de gestão de Segurança,
Saúde e Ambiente de qualidade, exige uma colaboração do empregador e do
funcionário. É facto o destaque dado a Angola pelo director executivo do
Programa das Nações Unidas para o ambiente, Achim Stainer, elogiou no dia 5
de julho do ano corrente em Luanda, os avanços de Angola na promoção do
meio ambiente saudável (Portal do Ministério do Ambiente).

Este trabalho de monografia com o título A GESTÃO DE SEGURANÇA,


SAÚDE E AMBIENTE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA PETROLÍFERA EM
ANGOLA – ESTUDO DE CASO DOS BLOCOS 0 E 14, foi elaborado no decurso
do estágio, e foi escolhido para compreender e, de alguma forma, contribuir na
qualidade de gestão dos processos da Segurança, Saúde e Ambiente (SSA) na
indústria petrolífera em Angola. Através incidência de doenças ocupacionais e
aos acidentes de trabalho, poluição do meio ambiente, neste trabalho se
pretende verificar se existe um quadro jurídico Angolano e como é aplicado na
industria petrolífera, e se o sistema de gestão da Chevron obedecem as normas
dos organismos de tutela e as normas internacionalmente aplicáveis, e fazer uma
abordagem sobre o sistema de gestão da Segurança, Saúde e Ambiente nos
blocos 0 e 14. No entanto, para se obter um sistema de gestão de Segurança,
Saúde e Ambiente de qualidade, exige uma colaboração do empregador e do
funcionário.

Durante o estágio no Ministério dos Petróleos e na Chevron, pude ter a


oportunidade de aprofundar conhecimentos e relacionar o processo ensino-
aprendizagem com a prática, que é um aspecto muito importante no plano
curricular. Através da Chevron pude conhecer o campo do Malongo que é a zona
de suporte a produção em onshore, onde é gerido a maior parte dos resíduos

1
gerados no decorrer das operações, localizado na província de Cabinda, e que
no qual, pude visitar os blocos 0 e 14 (especificamente a Plataforma de produção
Benguela Belize Tomboco (BBLT) e a Sonda de West Tucana). Fez-se
entrevistas a vários especialistas e técnicos de diferentes áreas ligados a
Segurança, Saúde e Ambiente (SSA), e verificar como são aplicados os sistemas
de gestão da Chevron (blocos 0 e 14).

Na Plataforma de Produção Benguela Belize Lobito Tomboco (BBLT) tive a


oportunidade de entrevistar dez (10) funcionários, e na Sonda de perfuração
West Tucana entrevistei oito (8) funcionários, e posteriormente verificar a
aplicabilidade do sistema de gestão de segurança. e também verifiquei a
aplicabilidade do sistema de gestão. No campo de Malongo pude entrevistar
quinze (15) funcionários e verifiquei também a aplicabilidade do sistema de
gestão, no que concerne a gestão dos resíduos, a gestão do sistema de
prevenção e resposta a derrames, dentre outros.

Justificativa da Pesquisa

 A indústria do petróleo em Angola alavanca a economia nacional, já que


tem um peso significativo no PIB nacional1.
 A nível tecnológico, a indústria Petrolífera é uma das mais avançadas, e
nesta relação homem e máquina é preciso consolidar riscos com os
métodos e práticas de trabalho. Assim, a questão da Segurança, Saúde
e Ambiente (SSA) deve aferir os riscos associados as operações
petrolíferas (exploração, pesquisa, extração, processamento,
armazenamento, transporte, e distribuição de hidrocarbonetos e seus
derivados) e os riscos associados ao local da actividade a ser
desenvolvida (em offshore) e o seu impacto para as pessoas, meio
ambiente, e ao património.

Problema

 Como se enquadram os processos de gestão aplicados a Segurança,


Saúde e Ambiente (SSA) na legislação Petrolífera Angolana?

1
PIB – Producto Interno Bruto. Representa a soma, em valores monetários, de todos os bens
e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período.
2
 Que métodos estão a ser aplicados para gerir o grau de
implementação dos sistemas de gestão da Segurança, Saúde e
Ambiente (SSA)?

Hipóteses

 A Chevron (blocos 0 e 14) cumpre com as normas da Legislação


Petrolífera Angolana.

 Os sistemas de gestão da Chevron obedecem as normas Angolanas e


Internacionais aplicadas a indústria petrolífera.

Delimitação

Este trabalho está limitado ao estudo da gestão da Segurança, Saúde e


Ambiente e o enquadramento legal, tendo como estudo de caso os blocos 0 e
14. Não faz parte deste trabalho a interpretação jurídica dos decretos, leis e
normas aplicáveis ao SSA em Angola, nem faz abordagem quantitativa e
qualitativa dos acidentes na indústria petrolífera.

Objectivos:

Objectivo Geral

Estudar o Sistema de Gestão de Segurança, Saúde e Ambiente no


Trabalho na Indústria de Petróleo em Angola, partindo do estudo de caso dos
blocos 0 e 14, para aferir o seu enquadramento com a Legislação Angolana.

Objectivos específicos

 Consultar qual é o quadro Legal Aplicável a Segurança, Saúde e


Ambiente (SSA) no trabalho na Indústria de Petróleo em Angola;
 Verificar o funcionamento e aplicação sistemas de gestão que compõem
a Segurança, Saúde e Ambiente (SSA) nos blocos 0 e 14;
 Analisar o enquadramento dos processos de gestão aplicados a
Segurança, Saúde e Ambiente (SSA) na Legislação Angolana para o caso
em estudo.

Metodologia

A realização deste trabalho obedeceu os critérios de pesquisa científica e


das normas do Instituto Superior Politécnico Katangoji, fez-se estudo de

3
caso, pesquisa descritiva, e como um estudo teórico-prático compreendeu as
seguintes etapas:

- A pesquisa documental – trabalho de campo e visitas de estudo ao Bloco


0 (Sonda de perfuração West Tucana), Bloco 14 (Plataforma de Produção
Benguela Belize Lobito Tomboco), ao Terminal do Malongo e ao que
permitiram in louco, ver como são geridas as Descargas Operacionais,
Gestão dos Resíduos, Segurança e a Saúde Ocupacional. Consultas feitas
em manuais, normas, revistas, procedimentos e práticas seguras de trabalho,
esquemas e diagramas de linhas de processo, e entrevistas com o pessoal
técnico e especialistas de departamentos da Chevron (em Luanda, no
Malongo, no BBLT e na West Tucana) e entrevistas com o pessoal do
Ministério dos Petróleos, consulta de páginas especializadas na internet. Esta
pesquisa documental serviu como base para a fundamentação teórico-prático
do tema no contexto nacional. Durante o estágio foram feitas quinze (15)
entrevistas na Chevron e três (3) no Ministério dos Petróleos, num total de
dezoito (18) entrevistas.

- Estágio académico-profissional no Ministério dos Petróleos na área de


Segurança, Saúde Ambiente, realizado no período de 20 de Maio à 22 de
Junho e na Chevron na área de Segurança, Saúde Ambiente, realizado em
Luanda e em Cabinda, nos Blocos 0 e 14, no período 24 de Junho à 12 de
Dezembro. Durante o estágio, Ministério dos Petróleos, foi feito o
levantamento do funcionamento da legislação petrolífera em Angola e
durante o estágio na Chevron foram realizadas visitas a Sonda de Perfuração
West Tucana no bloco 0 e a Plataforma de Produção do BBLT no bloco 14,
que permitiram o estudo dos sistemas de processamento de petróleo bruto,
e os sistemas de tratamento e descargas de água produzida e o
levantamento de dados importantes para o estudo. O estágio proporcionou,
também, a oportunidade de participar em trabalhos de campo, seminários e
workshops direccionados a abordagens sobre a segurança, saúde e
ambiente. A pesquisa documental e o estágio permitiram aprofundar as ideias
sobre o tema e, desta forma, discernir melhor os objectivos do trabalho que
aqui se apresenta.

4
Estrutura da Monografia

A presente monografia é composta por 3 capítulos estruturados da seguinte


forma:

 No primeiro capítulo é dedicado à fundamentação teórica, aborda sobre


os Aspectos Conceituais, Sistema de Gestão, a Organização
Internacional de Padronização (ISSO 14001 e 18001) onde é demostrado
o enquadramento da Legislação Petrolífera Angolana e as normas da
Chevron com a ISO, um breve historial dos Blocos 0 e 14.;
 O segundo capítulo apresenta o quadro legal aplicável legislação
petrolífera angolana (a segurança, saúde e ambiente na indústria
petrolífera em angola), os Requisitos do Sistema de Gestão, Fiscalização
e Auditorias;
 O terceiro capítulo é dedicado à apresentação da gestão da segurança,
saúde e ambiente, dos resultados do estudo efectuado nos blocos 0 e 14.
 Posteriormente é apresentada os momentos marcantes durante o estágio,
a discussão das conclusões emanadas do estudo efetuado, apontando-
se áreas para futuras investigações que do presente trabalho podem
advir, e as referências bibliográficas, anexos, apêndices e figuras.

5
CAPÍTULO 1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Aspectos conceituais

1.1.1. Segurança

É um estudo, avaliação e controlo dos riscos de operação.

1.1.2. Saúde Ocupacional

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal finalidade


dos Serviços de Saúde Ocupacional consiste na promoção de condições
laborais que garantam o mais elevado grau de qualidade de vida no trabalho,
protegendo a saúde dos trabalhadores, promovendo o bem-estar físico, mental
e social, prevenindo e controlando os acidentes e as doenças através da redução
das condições de risco.

1.1.3. Doenças Profissionais

Doenças profissionais são as que são causadas pelo exercício de trabalho


(EMPREENDEDOR, 2016).

1.1.4. Ambiente

O decreto 39/00 define o ambiente como conjunto dos sistemas físicos,


químicos, biológicos e suas relações e dos factores económicos, sociais e
culturais com efeito directo ou indirecto, imediato ou mediato sobre os seres
vivos e a qualidade de vida dos seres humanos.

1.1.5. Sistema de Gestão

O decreto 39/00 define o Sistema de Gestão Ambiental como um conjunto


de atividades que uma empresa realiza para gerir ou administrar sua relação
com o meio ambiente. A fim de atingir e demonstrar um desempenho ambiental
correto, podendo assim controlar os impactos de suas atividades, produtos e
serviços.

1.1.6. Acidente de trabalho

Acidente do trabalho é o que ocorre no decorrer do trabalho a serviço da


empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte,

6
perda ou a redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporária,
decorrentes da característica da atividade profissional desempenhada pelo
acidentado (EMPREENDEDOR, 2016).

1.1.7. Incidente

Incidente é um evento inusitado ou inesperado, com potencial para


resultar em ferimentos graves para os funcionários, danos significativos à
empresa e ao meio ambiente (Chevron, 2011).

1.1.8. Risco

Risco é a combinação de três (3) factores, o que pode dar errado, qual
seria a causa e quantas vezes pode aconter (Chevron, 2011).

1.2. Sistemas de Gestão

Sistema de gestão é o conjunto de pessoal, recursos e procedimentos,


dentro de qualquer nível de complexidade, cujos componentes associados
interagem de uma maneira organizada para realizar uma tarefa específica e
atingem ou mantém um dado resultado. (FROSINI, 1995). Sistema de gestão é
um conjunto de elementos interdependentes, cujo resultado final é maior do que
a soma dos resultados que esses elementos teriam caso operassem de maneira
isolada. (CHIAVENATTO, 2000). Chiavenato, citou que deve ser incluída a
retroação como uma das características desejáveis aos sistemas, ou seja, deve
haver uma comunicação de retorno que corrija os desvios do sistema em relação
aos seus objectivos ou propósitos. Essa ideia está incorporada no anexo 7
(CHIAVENATO, 1993)

Anexo 1: Representação de um sistema de gestão

Fonte: CHIAVENATO (1993)


7
Para que tais objetivos sejam alcançados, é importante a adoção de um
método de análise e solução de problemas, para estabelecer um controle de
cada ação. Há diversos métodos a serem utilizados actualmente. A maioria deles
está baseada no método PDCA – Plan, Do, Check, Act, que se constitui em um
referencial teórico básico para diversos sistemas de gestão. O anexo 8 apresenta
o processo do ciclo do PDCA (DEMING, 1990).

 Planificar (P - Plan) - Estabelecer objetivos e processos;


 Desenvolver (D - Do) - Implementar os processos;
 Verificar (C – Check) - Monitorar / Medir Processos e produtos (requisitos
produtos);
 Ajustar (A – Act) - Agir para melhorar continuamente o desempenho dos
processos.

Anexo 2: Esquema geral do ciclo PDCA

Fonte: DEMING (1990)

“Quando aplicado a SST, “Planificar” envolve o estabelecimento de uma


política de SST, o planeamento incluindo a afectação de recursos, a aquisição
de competências e a organização do sistema, a identificação de perigos e a
avaliação de riscos. A etapa “Desenvolver” refere-se à implementação e à
operacionalidade do programa de SST. A etapa “Verificar” destina-se a medir a
eficácia anterior e posterior ao programa. Finalmente, a etapa ”Ajustar” fecha o
ciclo com uma análise do sistema no contexto de uma melhoria contínua e do
aperfeiçoamento do sistema para o ciclo seguinte” (TRABALHO, 2011).

8
1.2.1. Estrutura de um sistema de gestão

Em qualquer sistema de gestão, a estrutura é organizada de acordo com


as seguintes categorias: Política de administração, Planejamento estratégico,
Implantação e operação, Avaliação do desempenho, Correções e melhorias e
Exame crítico. Os sistemas de gestão de cada segmento possuem suas próprias
exigências específicas, no entanto, as seis categorias abordadas, são comuns a
todos eles e podem ser tomadas como eixo central para a integração de normas
(EMPREENDEDOR, 2016).

1.2.2. Vantagens de um sistema de gestão

Com a delimitação de indicadores e o acompanhamento constante das


métricas relacionadas à implantação de um sistema de gestão em um negócio,
diversas vantagens podem ser observadas. Confira as principais
(EMPREENDEDOR, 2016):

1. Diminui os riscos de acidentes de trabalho;


2. Reduz os danos causados ao meio ambiente;
3. Padroniza processos em consonância aos padrões internacionais;
4. Possibilita um ambiente de trabalho mais seguro, agradável e
produtivo;
5. Fortalece a percepção de marca tanto entre o público interno,
quanto entre o externo.
1.2.3. Avaliação e gestão de riscos

É facilmente confundir os conceitos e a sua relação entre riscos e perigos.


Um perigo e uma situação ou processo que causa danos a saúde ou nos
equipamentos. Um risco e a possibilidade ou probabilidade de acontecer um
perigo. A relação existente entre elas e a exposição a uma situação perigosa, e
demostra-se pela seguinte equação (TRABALHO, 2011):

Anexo 3: Cálculo do Risco

Fonte: TRABALHO, 2011

9
O objectivo principal da Segurança e Saúde (SS) é a gestão de riscos
profissionais. Para minimizar os perigos e riscos tem que se identificar e/ou fazer
avaliação dos riscos, assim sendo, poderão desenvolver e implementar medidas
de e protecção. O método de avaliação de riscos que se segue, com 5 etapas,
foi desenvolvido pelo Órgão Executivo de Segurança e Saúde do Reino Unido
como uma simples abordagem para avaliar riscos, particularmente em empresas
de pequena dimensão (PMEs), tendo sido aprovado a nível mundial:
(TRABALHO, 2011):

Anexo 4: Método de Avaliação de Riscos.

Fonte: TRABALHO, 2011.

1.3. Organização Internacional para Padronização (ISO) 18001 e 14001.

A ISO 18001 é um Sistema de Gestão e certificação da Segurança e


Saúde Ocupacionais e a ISO 14001 é um Sistema de Gestão Ambiental
(ABNT/ISO, 1996). “Normas Internacionais ISO fornecem ferramentas práticas
para enfrentar muitos dos desafios globais de hoje. Normas Internacionais ISO
garantir que os produtos e serviços são seguros, confiáveis e de boa qualidade.
Para o negócio, eles são ferramentas estratégicas que reduzam os custos,
minimizando o desperdício e os erros e aumentando a produtividade. Eles
ajudam as empresas a aceder a novos mercados, o nível de igualdade para os
países em desenvolvimento e facilitar o comércio mundial” (ISO.Org).

10
1.3.1. Enquadramento das normas da Lei Angolana nas normas ISO 18001.

As normas da legislação angolana estão alinhadas com a ISO 14001 e


18001. Para estar em conformidade com a ISO 14001 sobre o Sistema de
Gestão da Qualidade Ambiental, Angola criou o decreto 39/00 Regulamento
sobre a Protecção do Ambiente no decurso das Actividades Petrolífera para a
ISO 18001 sobre Saúde e Segurança no Trabalho, Angola criou o decreto 38/09
Regulamento sobre Segurança e Saúde nas Operações Petrolíferas (FREITAS,
Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

11
Instituto de
Padronizacao de
Normas
ISO

14001
18001
Sistema de Gestão da
Saúde e
Qualidade do
Segurança
Ambiente
Decreto 39/00 Decreto 38/09
Lei de Bases do Regulam. Sobre
Ambiente e das Segurança , Higiene e
Actividades Saúde nas Operações
Petrolíferas Petroliferas
Decreto 11/05 Decreto 8/05
Decreto 12/05 12/12
Procedimentos de Procedimentos sobre Decreto 97/14
sobre Gestão de Regulamento
Notificação da a Gestão, Remoção, e Gestão de Descargas
Descargas sobre
Ocorrência de Depósito de Operacionais
Operacionais Radioprotecção
Derrames Desperdícios

Figura 1:Enquadramento da legislação angolana com as ISO 14001 e 18001.

Fonte: Elaboração Própria

12
1.3.2. Enquadramento das normas da Chevron nas normas ISO 14001 e
18001.

A Política 530 – Excelência Operacional – descreve a gestão abrangente


e sistemática da segurança de processos, segurança pessoal, saúde, meio
ambiente, confiabilidade e eficiência para a Chevron atingir um desempenho de
alto nível. O seu compromisso com a Excelência Operacional está presente no
valor da Filosofia Chevron de Proteger as Pessoas e o Meio Ambiente. Esse
valor coloca prioridade absoluta na saúde e segurança dos seus colaboradores
(funcionários e contratados), bem como na protecção do meio ambiente e dos
seus ativos (CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

Anexo 5: Círculo de Excelência Operacional da Chevron

Fonte: (CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

O Sistema de Gestão de Excelência Operacional (SGEO) é o sistema que


cobre a segurança, saúde e ambiente e também outros aspetos que não incluem
na legislação petrolífera angolana. O Sistema de Gestão de Excelência
Operacional (SGEO) consiste em três parâmetros fundamentais, como,
responsabilidade e Liderança, Gestão de processo do sistema e o OE
Expectativas, dentre os três aspetos focalizarei na OE Expectativas. O OE
Expectativas, esta é composto por 13 elementos nos quais abordarei sobre
cinco: Operações segura, Gestão ambiental, Investigação de incidentes, Gestão

13
de Emergência, Advocacia legislativa e regulamentar (CABGOC Magazine Nº12
| 2015).

A Garantia de Conformidade da Excelência Operacional tem como


objetivos:

 Verificar a conformidade com as exigências legais e da Empresa; e


 Garantir que os colaboradores conheçam suas responsabilidades
relativas a OE.

Instituto de
Padronizacao de
Normas
(ISO)

14001 18001

Excelência
Operacional
EO

Advocacia
Operações Gestão Investigação de Gerenciamento
legislativo e
segura ambiental incidentes de Emergência
regulamentar

Figura 2:Enquadramento da excelência operacional da Chevron com as ISO


14001 E 18001.

Fonte: Elaboração própria.

Excelência operacional, na visão da Chevron, é a gestão sistematizada


de segurança dos processos, segurança das pessoas e saúde, ambiente,
fiabilidade e eficiência, para alcançar um desempenho de classe mundial. A
política da Chevron de Sistema de Gestão da Excelência operacional está
alinhada com os sistemas de gestão da ISO 14001 e a 18001. A Chevron para
estar em conformidade com a lei de Angola, no decorrer das suas operações, no
que concerne, a segurança, saúde e a protecção do meio ambiente, usa as
normas padrão EPS como diretrizes de operação, o estado angolano espera que
as operadoras dos blocos 0 e 14, cumpram com as leis e regulamentos

14
aplicáveis, e no caso de um conflito entre estes, EPS e qualquer exigência legal
aplicável, a exigência legal, devem substituir pelos requisitos da EPS, a menos
que os requisitos da EPS seja mais rigorosa (CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

No que concerne a segurança dos trabalhadores a Chevron não tem poupado


esforços para tal, tem disponibilizado todos os equipamentos tecnologicamente
avançado no decorrer das suas operações, sempre com o objetivo de alcançar
zero acidente, aprendendo e melhorar as suas técnicas de combate a acidente
com os acidentes ocorridos.

1.4. Historial da CABGOC - Blocos 0 e 14

A Chevron tem desenvolvido a sua actividade em Angola por seis


décadas. Junto com os seus parceiros, produz energia global e proporciona
educação, formação, cuidados médicos, oportunidades de negócios e
desenvolvimento económico para os angolanos (CABGOC Magazine Nº12 |
2015).

Anexo 6: 60 anos da Chevron em Angola

Fonte: CABGOC Magazine Nº12 | 2015

A Chevron é a maior empregadora internacional no sector petrolífero em


Angola. Opera em dois blocos (0 e 14), tem participação de 39.2% no bloco
0 que está dividida em duas áreas “A e B” e 31% no bloco 14. A Chevron em
Angola não se dedica simplesmente na exploração do crude, mas também
tem apostado na Educação onde já investiu um total de 15.3 milhões em 2014
e no mesmo ano gastou com empresas de capital Angolano um total de 44%
e tem uma percentagem de trabalhadores Angolano de 89%. E tem projectos
importantes que vão para além dos blocos 0 e 14, como é o caso do Projecto

15
Mafumeira Sul, Projecto de Travessia do Desfiladeiro do Rio Congo, Projecto
Lianzi e o Projecto Angola LNG (CABGO Magazine Nº12 | 2015).

Anexo 7: Mapa dos Blocos 0 e 14

Fonte: CABGOC Magazine, CR Report, 2008

1.4.1. Projecto Mafumeira Sul

O projecto Mafumeira Sul faz parte da segunda fase de desenvolvimento do


campo de Mafumeira no Bloco 0, que tem volumes de recursos em bruto
estimados em 300 milhões de barris, e 0,8 trilhões de Pés Cúbicos (TCF) de gás
natural (CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

O projecto Mafumeira Sul no offshore de Angola envolve a concepção,


fabricação e instalação de cinco novas plataformas. O projecto destaca um
esforço contínuo da CABGOC para desenvolver as capacidades dos estaleiros
angolanos de fabricação, aumentar o conhecimento dos engenheiros nacionais
e capacitar a força de trabalho angolana. Localizado a 15 milhas (24 km) da
província de Cabinda, em 200 pés (60 m) de água O projecto Mafumeira Sul é a
segunda fase de desenvolvimento do Campo Mafumeira localizado no Bloco 0.
O escopo do projeto inclui 50 poços, duas plataformas de cabeça de poço, uma
instalação de processamento e compressão central e cerca de 75 milhas (121
km) de dutos submarinos (CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

16
Figura 3: Na Plataforma Mafumeira Centro com o Complexo da
Mafumeira ainda em Construção no Background.

Fonte: Elaboração Própria, 2016)

1.4.2. Projecto de Travessia do Desfiladeiro do Rio Congo

A necessidade de uma solução para a gestão do gás proveniente da


produção de petróleo e de gás offshore de Angola foi impulsionada
principalmente pela decisão do governo angolano em aprovar uma política
destinada a eliminar toda a queima de gás, o que se encontra em conformidade
com os padrões e políticas sobre gestão ambiental da CABGOC. Os Objectivos
da política do governo angolano foram (CABGOC Magazine Nº12 | 2015):

 Restringir a queima de gás associado ao petróleo, limitando assim a


queima apenas a operações de arranque, situações de emergência e
essenciais à manutenção;
 Exigir que os operadores de petróleo e gás desenvolvam planos para a
rentabilização do gás associado à produção de petróleo e verificar que
todas as aplicações de desenvolvimento petrolífero têm um plano para
utilização de gás;
 Promover o crescimento económico em Angola através da
comercialização do gás associado à produção de petróleo.

Nesta conformidade a Cabinda Gulf Oil Company (CABGOC) instalou um


gasoduto offshore e infraestruturas associadas nos Blocos 0 e 2 para recolha
de gás natural da origem nos Blocos 0 e 14 e transportá-lo para a planta

17
Angola LNG através de um gasoduto que atravessa os Blocos 0 e 2
(CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

Anexo 8: Travessia do Desfiladeiro do Rio Congo

Fonte: Chevron Upstream, 2015

1.4.3. Projecto Lianzi


Um projecto único de acordo transfronteiriço operado pela Chevron, que deu
origem a primeira zona unitária de exploração entre Angola e a República do
Congo e que se utiliza uma tecnologia inovadora de aquecimento electrico
directo “Directg Electrical heating (DEH), uma gestão tecnológica dos fluxos de
produção a altas profundidades. O Lianzi é composto de um sistema de
produção de “subsea” com 43 kms de gasodutos que transportam o óleo para a
plataforma do BBLT no bloco 14 em Angola. O Lianzi tem a participação da
Chevron, Total E&P Congo, Sonangol P&P, Companhia de Petróleos do Congo
(SNPC), a Eni e a GALP. A produção de petróleo do Lianze é enviada para o
BBLT (CABGO Magazine Nº12 | 2015).

Anexo 9: Projecto Lianze

Fonte: Upstream Technology Magazine

18
1.4.4. Projecto Angola LNG

A Angola Lliquefied Natural Gás (ALNG) é uma fábrica de gás natural


localizada no Soyo, na província do Zaire. É o primeiro projecto de LNG angolano
e um dos maiores do continente africano com uma capacidade anual para
processar 5,2 milhões de toneladas de gás e será operada pela Angola LNG
Limited. A ALNG comercializa gás natural associado de sete (7) blocos do
offshore angolano como os objectivos de fornecer gás natural aos mercados
local e mundial, e reduzir a queima de gás em Angola, e contribuir para o
crescimento do país (CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

Anexo 10: Projecto Angola LNG

Fonte: Chevron Upstream, 2013.

1.4.5. Terminal de Exportação e Marinho

O Terminal refere-se como o "Hub das CABGOC Operações de


Produção" O crude do Bloco 0, flui para o terminal, para o tratamento final no
Lago, Lucula, Takula (TOT) e B & C instalações de tratamento. Estas instalações
separar o conteúdo do sedimento básico e água (BS & W) a partir do fluxo de
produção completa para a produção de Malongo e os fluxos de produção para a
B & C e Takula. Uma vez que estes fluxos de produção foram processados nas
instalações de tratamento, o óleo é enviado ao terminal 11 de tanques de
armazenamento bruto (CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

Estes tanques de armazenamento têm uma capacidade de cerca de


4.570.000 bbls. Qualquer água restante no óleo cru resolve fora durante o
armazenamento antes da exportação. Todos Bloco 0 petróleo é exportado

19
através de uma das duas bóias de carga localizados sete ou onze milhas da
costa. O nº 12, é o maior Tanque de Armazenamento de hidrocarboneto de.
Africa com capacidade de 1.2 MM BBL (CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

Anexo 11: Terminal do Malongo

Fonte: Chevron Upstream, 2013.

No Terminal do Malongo produzem combustível de aviação e diesel para


uso dentro da concessão. O excesso de diesel, querosene tudo e todos GLP
produzido durante as operações normais é enviado para o Terminal Fútila da
Sonangol para o uso em Cabinda ou outros mercados de Angola. E
ocasionalmente, o diesel é exportado para mercados internacionais pela
Sonangol (CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

20
CAPÍTULO 2 – QUADRO LEGAL APLICADO A LEGISLAÇÃO PETROLÍFERA
ANGOLANA.

2.1. Quadro legal aplicável a Segurança, Saúde e Ambiente no trabalho


na indústria petrolífera em Angola.

De acordo com os quatros (4) métodos do sistema de gestão e com a ISO


14001 e 18001, houve necessidade de se legislar, para regular e controlar os
riscos e a poluição associados no decurso das actividades, pois, a Industria
Petrolífera é muito poluidora.

A Segurança, Saúde e Ambiente (SSA) no trabalho, são aspectos muito


importantes, pois, proporcionam o bem-estar social, mental e físico dos
trabalhadores, melhor desenvolvimento industrial, e a população no geral.
Actualmente o ambiente económico e comercial exige das empresas petrolíferas
uma gestão consubstanciada na redução de custos para optimizar resultados.
Não é possível falar na redução de custos sem olhar para o sistema de gestão
de segurança e protecção do património investido. Hoje, acidentes industriais
podem ser tão graves e tão fatais e resultar em danos financeiros muito elevados
(CHIMPOLO, João).

Actualmente o quadro legal baseia-se na Lei nº 10/04, lei das Actividades


Petrolíferas (LAP), criada no dia 12 de novembro de 2004, Lei que regula e define
as actividades de prospecção, pesquisa, avaliação, desenvolvimento e produção
de petróleo. A partir desta Lei nº 10/04 (LAP), surgiram os decretos 38/09 sobre
Segurança, Higiene e Saúde nas Operações, aprovada no dia 14 de Agosto de
2009, e o decreto 39/00 Lei de Bases do Ambiente e das Actividades Petrolíferas,
aprovada no dia 10 de Outubro de 2000 (FREITAS, Fátima e AMENDOEIRA,
Miranda, 2010).

21
Legislacao

Lei nº 13/78 Lei nº 5/98


Lei Geral das Lei de Bases do
Actividades Ambiente
Petrolíferas

Decreto
Lei Nº 10/04 39/00
Lei das Actividades Lei de Bases do
Petrolíferas Ambiente e das
Actividades Petrolíferas

Figura 4: Resumo da Legislação Petrolífera Angolana

Fonte: Elaboração Própria

Mas, o grande marco da legislação petrolífera angolana é a Lei nº 13/78,


de 26 de Agosto, Lei Geral das Actividades Petrolíferas, que estabeleceu os
princípios fundamentais por que se passou a reger a exploração do potencial
petrolífero do País. O estado Angolano, preocupado com o meio ambiente, uma
vez que o crude é um hidrocarboneto extremamente agressivo ao ambiente e
sendo que a poluição do ambiente é resultado da acção do homem em diferentes
momentos, a fim de suprir com necessidades económica, 20 anos depois foi
publicada a Lei nº 5/98, de 19 de Junho, Lei de Bases do Ambiente, determina
que o Governo deve fazer publicar e cumprir a legislação de controlo da
produção, emissão, depósito, transporte, importação e gestão de poluentes
gasosos, líquidos e sólidos, e foi através desta lei que foi emitida o Decreto
39/00, Lei de Bases do Ambiente e das Actividades Petrolíferas, aprovada no dia
10 de Outubro de 2000. Seis anos após a publicação da Lei nº 5/98, foi publicada
a Lei Nº 10/04, Lei das Actividades Petrolíferas (FREITAS, Fátima e
AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

A Lei Nº 10/04, no seu Artigo 23º decretou que o Regulamento Sobre


Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional nas Operações Petrolíferas são
regulados pelo Decreto 38/09 de 14 de Agosto de 2009, desta lei surgiu o

22
Decreto Presidencial nº 12/12, de 25 de janeiro, Regulamento sobre
Radioprotecção (FREITAS, Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

Lei Nº 10/04
Lei das Actividades
Petrolíferas

Decreto 38/09
Regulamento Sobre
Segurança, Higiene e
Saúde Ocupacional nas
Operações Petrolíferas

Decreto Presidencial
nº 12/12
Regulamento sobre
Radioprotecção

Figura 5: Legislação para o sistema de gestão para a segurança

Fonte: Elaboração Própria

O decreto 38/09, precisa ser revisto, pois, apresenta muitas lacunas. Na


actividade laboral, o decreto não apresenta possíveis soluções para a resolução
dos artigos mencionado, não esta especificado como o decreto 97/14 sobre
Gestão de Descargas Operacional. Neste decreto apenas apresenta obrigações
para as operadoras e não referencia ou não há regulamentos para as
prestadoras de serviço, uma vez que as mesmas têm actividades relevantes nas
actividades do sector petrolífero, e elas também têm um número de funcionário
considerável (DECRETO Nº 38/2009).

A Lei de Bases do Ambiente, Lei Nº 5/98 de 19 de Junho, deu origem ao


Decreto 39/00, Lei de Bases do Ambiente e das Actividades Petrolíferas,
aprovada no dia 10 de Outubro de 2000. O Decreto 39/00, Lei de Bases do
Ambiente e das Actividades Petrolíferas, no seu Artigo 7º e 8º deu origem ao
Decreto Executivo 11/05 sobre Procedimentos de Notificação da Ocorrência de
Derrames; no Artigo 10º o Decreto Executivo 12/05, sobre Gestão de Descargas
Operacionais; no Artigo 9º o Decreto Executivo 8/05, sobre Procedimentos sobre
a Gestão, Remoção, e Depósito de Desperdícios; e no Artigo 23º o Decreto
23
Executivo 97/14, sobre Gestão de Descargas Operacionais (DECRETO Nº
39/2000).

Decreto
39/00

Decreto Decreto Decreto Decreto


Executivo Executivo Executivo Executivo
11/05 12/05 8/05 97/14

Figura 6: Legislação para o sistema de gestão para o ambiente

Fonte: Elaboração Prória


2.2. Requisito do Sistema de Gestão de Angola (RSGA)

A Concessionaria Nacional e as Associadas, através do Operador e as


outras empresas petrolíferas devem dispor de um sistema documentado de
gestão de saúde, higiene e segurança. Este sistema deve ser integrado no
sistema geral de gestão e deve estabelecer (FREITAS, Fátima e AMENDOEIRA,
Miranda, 2010):

a) Um compromisso formal com a excelência na gestão de saúde


ocupacional, higiene e segurança, como uma responsabilidade da gestão
operacional;
b) Metas e objectivos realistas;
c) Políticas de saúde, higiene e segurança;
d) Padrões adequados e de fácil compreensão;
e) Práticas de avaliação de desempenho;
f) Sistema de auditoria;
g) Sistematização de medidas de controlo e minimização de inconformidade
e modificações;
h) Plano de formação aplicável;

24
i) Planos de investigação e acompanhamento de acontecimentos
indesejáveis;
j) Procedimentos de comunicação, motivação e participação efectiva dos
empregados.

No artigo 7.º do decreto 38/09, é mencionado sobre os requisitos do


Sistema de Gestão que as operadoras devem adotar sobre gestão de saúde,
higiene e segurança. Diz que “o operador deve dispor de um sistema
documentado e que o mesmo deve ser integrado no sistema geral de gestão”: E
no mesmo decreto é mencionado sobre os procedimentos que as operadoras
devem adotar para estarem em conformidade com a lei, no que concerne a
segurança e a saúde ocupacional das pessoas no trabalho, no decorrer das suas
atividades (DECRETO, 2009).

Para estar em conformidade com o decreto 38/09, o operador deve


elaborar planos e/ou estabelecer procedimentos, sobre: Gestão da informação;
Análise de risco e preparação de emergência; Trabalhos sujeitos a autorizações
especiais; Melhoramento contínuo; Verificação de projetos; Protecção contra o
ruído e vibrações; Protecção contra a radiação; Uso de produtos químicos;
Assistência médica; Comportamento seguro; Notificação de acidentes e doenças
profissionais; Delegados e comités de segurança; Equipamento de protecção
individual; Atividades de perfuração e intervenção nos poços; Atividades de
elevação; Operações simultâneas; Serviços de apoio; Procedimentos dos
trabalhos seguro; Segurança dos equipamentos (DECRETO, 2009).

2.3. Fiscalização e Auditorias

“Compete ao Ministério dos Petróleos a fiscalização e auditoria do


cumprimento do disposto no presente regulamento por parte do Operador, sem
prejuízo das competências fixadas por lei a outras entidades. O Ministério dos
Petróleos pode, nos termos da legislação em vigor, visitar e inspeccionar as
instalações, entrevistar pessoas e consultar os documentos exigidos no presente
regulamento. O Ministério dos Petróleos pode nomear outras entidades

25
competentes para realizar, em seu nome, funções de controlo específicas”
(FREITAS, Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

26
CAPÍTULO 3 – A GESTÃO DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE NOS
BLOCOS 0 E 14

3.1. Sistema de Gestão da Segurança e Saúde nos Blocos 0 e 14.

A Chevron tem um compromisso formal com a excelência na gestão de


segurança, saúde ocupacional e higiene, como uma responsabilidade da gestão
operacional, metas e objectivos realistas, políticas de saúde, higiene e
segurança, padrões adequados e de fácil compreensão, práticas de avaliação
de desempenho, sistema de auditoria, sistematização de medidas de controlo e
minimização de inconformidade e modificações, plano de formação aplicável,
plano de investigação e acompanhamento de acontecimentos indesejáveis,
procedimentos de comunicação, motivação e participação efectivas dos
empregados.

Visão e
Objectivos

Revisão Avaliação
Responsabiliza
ção da
Liderança

Implementação Planeamento

Figura 7: Elementos de Excelência Operacional da Chevron.

Fonte: Elaboração Própria

A Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional e Ambiente nos blocos 0


e14 é feita através da Equipa de Liderança da Excelência Operacional (OELT)
que tem a função de fornecer um processo sistemático para implementar
eficientemente o sistema de gestão de excelência operacional, por
patrocinadores de 31 processos OE, e pela rede de Conselheiros (CABGOC
Magazine Nº12 | 2015).

27
Anexo 12: Equipa de Liderança da Excelência Operacional (OELT

Fonte: CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

3.1.1. Procedimento do trabalho seguro.

Os procedimentos dos trabalhos seguros é citado no artigo 31º, do decreto


38/09 sobre Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional, as operadoras devem
manter um plano, para fazer avaliação relacionados a acidentes e situações de
perigo, adotar medidas para evitar ou minimizar os efeitos dos incidentes e a
recuperação do ambiente durante as operações petrolíferas, diz também que “o
operador deve sempre que necessário cooperar com outros operadores para
alcançar o nível de prontidão e resposta que a emergência exija”. (DECRETO,
2009). Os procedimentos de trabalho seguro (MSW) da Chevron é gerido pelo
OE Corporate, e tem a finalidade de identificar, avaliar e atenuar, controlar ou
eliminar os riscos associados com o trabalho como mostra a tabela a seguir
(CABGOC Magazine Nº12 | 2015):

28
O Gestão de Processo de As normas exigidas no seio da OE
Trabalho Seguro é vinculada aos Corporate necessário MSW processo
seguintes processos e deve ser estruturada da seguinte forma
documentos

Política Corporativa de 530 A. Comportamentos de apoio MSW


(Excelência Operacional)

A responsabilidade da liderança B. Práticas seguras de trabalho


incluindo, mas não limitado a:
1. Permissão de Trabalho (PTW)
2. Entrada em espaço confinado
3. Deteção de gás
4. Isolamento de energia perigosas
5. Elevação e ajustagem
6. Trabalho a local quente
7. Equipamentos elétricos
8. Trabalho em Alturas
9. Escavação
10. Ignorando as proteções críticas
11. Operações simultâneas
12. 12. Mergulho

Sistema de Gestão OE (OEMS) C. Análise de risco

Garantia de conformidade D. Pare o trabalho competente (SWA)

Investigação de incidentes e E. Formação e competência


Relatórios (II&R)

Segurança Behavior-Based (BBS)

Gestão de Riscos

29
Segurança dos Veículos a motor
(MVS)

Empreiteiro de saúde, de
ambiente e de Gestão da
Segurança (CHESM)

Tabela 1: Os procedimentos de trabalho seguro (MSW)

Fonte: Elaboração Própria

O Processo descreve a planificação MSW, permitindo, a implementação


e a conclusão de fases associadas a executar o trabalho com segurança. O OE
Corporate Normas exigidas no seio da OE Corporate necessário MSW processo
deve ser estruturada como mostra a tabela em anexo (REVISTA, Chevron, 2014
á 2016).

A Gestão do Trabalho Seguro (RSU) autorização de trabalho (PTW)


solução gerência todos os elementos de trabalho seguro, incluindo a avaliação
de riscos, análise de riscos do trabalho (JAI), isolamentos controle e autorização
de trabalho. O projeto MSW PTW vai entregar uma solução para todas as
instalações de produção onshore e offshore ABU Gorgon para garantir que todo
o trabalho é devidamente planejado, risco avaliado, controlado, coordenada e
executada com segurança de uma forma consistente (REVISTA, Chevron, 2014
á 2016). A prática de trabalho seguro é feita em quatro (4) fases:

1) Planificação;
2) Autorização;
3) Execução;
4) Encerramento de trabalho.

3.1.1.1. Processos que ajudam a Gerir a Segurança, Saúde

A gestão da Segurança e Saúde nos blocos 0 e 14 é feita através de vários


processos e procedimentos. Existem trinta e um (31) processos de EO que são
geridos na empresa para assegurar a gestão de segurança, sessenta e um (61)
30
procedimentos operacionais de práticas seguras de trabalho (SWP) e um (1)
manual de práticas seguras. Cada um dos processos tem um conselheiro
(processes sponsor) e um gestor sénior (processes advisor). A Chevron dispõe
de dois Sistemas electrónicos de informação, associada a SSA, que são:
Essential Suite (IHS) e Sistema de gestão de incidente (IMS) (REVISTA,
Chevron, 2014 á 2016).

Essential Suite – IHS: O Essential Suite, é uma ferramenta que tem a


função de ajudar na gestão das auditorias, relacionado ao Ar, Agua e a gestão
dos Desperdícios (REVISTA, Chevron, 2014 á 2016).

Anexo 13: Ferramenta para gestão de informação ambiental.

Fonte: (CABGOC Magazine Nº12 | 2015).

Sistema de gestão de incidente – IMS: O sistema do Gestão de Incidente


(IMS) é uma ferramenta utilizada tanto para a criação de relatórios quanto para
a gestão de incidentes e quase acidentes e suas investigações dentro Chevron.

3.1.2. Análise de Risco e Preparação de Emergência

O decreto 38/09 sobre Regulamento sobre Segurança, Higiene e Saúde


Ocupacional, no seu artigo 9º, diz que o operador deve ter um programa de
avaliação de risco e preparação para emergência (DECRETO, 2009). A
Chevron, para estar em conformidade, criou um programa de Segurança de
Processo que é a gestão de riscos de processo para evitar vazamentos
catastróficos de fluidos ou energia inflamáveis ou tóxicos (REVISTA, Chevron,
31
2014 á 2016). A segurança de processo é composta por quatro (4) elementos, a
seguir:

1. Gestão de Mudança;
2. Preparação para Emergências;
3. Treinamento do Operador;
4. Desenvolvimento de Procedimento.

A gestão de segurança de processo é um sistema que controla e minimiza


o risco. Risco, é a combinação de três factores, o que pode dar errado, a
consequência do acto e a frequência de acontecer. O risco de processo, é aquele
que pode expor grupos de trabalhadores e / ou o publico a uma lesão grave ou
morte, ao meio ambiente, a reputação da empresa e financeiramente. A
segurança de processo ocupa-se em controlar perigos de processo, a fim de
evitar perda de contenção. O risco é calculado ou analisado da seguinte maneira
(Manual de Segurança dos Processos, 2015):

RISCO = FREQUÊNCIA * CONSEQUÊNCIA

Anexo 14: Matriz integrada de Cálculo de risco da Chevron.

Fonte: Manual de Segurança dos Processos, 2015

O risco de processo, é aquele que pode expor grupos de trabalhadores e


/ ou o publico a uma lesão grave ou morte, ao meio ambiente, a reputação da

32
empresa e financeiramente. A segurança de processo, ocupa-se em controlar
perigos de processo, a fim de evitar perda de contenção (Manual de Segurança
dos Processos, 2015).

Preparação de Emergência

A Chevron tem um sistema de emergência que consiste em capacitar os


funcionários no geral, a fim de estarem preparados em uma situação de
emergência, mas, também tem os técnicos e/ou delegados responsáveis para
dirigir, controlar todos presentes no local. Os delegados têm a responsabilidade
de saber quantas pessoas estão no local, por exemplo, numa plataforma ou
sonda, assim que o funcionário ou visitante chega, vai para a sala onde lhe é
dado a instrução de como proceder em caso de emergência, logo a seguir, lhe é
entregue um cartão “Ticket”, com duas cores (verde e vermelho) e em cada piso
da plataforma onde for deve assinar a lista de protocolo para sinalizar a sua
localização e deixar o cartão de modo a identificar que estas naquele local. Assim
os delegados terão um controlo de quantas pessoas estão em cada local da
plataforma.

Figura 8: Na sala de embarque, assistindo o vídeo de emergência no


helicóptero, após a orientação do Delegado.

Fonte: Elaboração Própria

Em caso de emergência há um ponto de concentração, sinalizados com


números no chão, cada indivíduo devera de maneira organizada e manter-se
calmo para uma melhor gestão do resgate. Os delegados estarão com a lista na
mão, em cada piso da plataforma ao lado dos botes salva vida, onde estarão

33
concentrados o pessoal, e a partir da lista saberão quem está presente e/ou
ausente.

Figura 9:Bote salva vidas.

Fonte: Elaboração Própria

3.1.3. Incidentes resultantes da falha de processo.

A segurança do processo é muito importante, porque ela assegura que o


sistema de gestão estejam seguros. Neste contexto, abordaremos sobre três (3)
incidentes resultantes da falha de processo, como é o caso do Bhopal India Gás
Leak, Gulf do México e o South Nemba Plataforma da Área B (Malongo) (Manual
de Segurança dos Processos, 2015).

3.1.3.1. Bhopal India Gás Leak

O incidente ocorreu na noite do dia três (2) para o dia (3) em dezembro
de 1984 na India, houve um vazamento de cerca de 27 toneladas gás mortal
isocianato de metila, na fábrica da Union Carbide em Bhopal. Haviam seis (6)
sistemas de segurança para conter o vazamento, mas, nenhum estavam a
funcionar, no entanto o gás espalhou-se por toda cidade. Estiveram expostas ao
gás mortal, meio milhão de pessoas, dentre as quais, vinte (20) mil morreram
(Manual de Segurança dos Processos, 2015).

Gulf do México

O incidente ocorreu em abril de 2010, num poço de produção em 5000


pés, resultou em um blow out, morreram 11 pessoas, a plataforma afundou-se,

34
e houve um derrame descontrolado de óleo, e consequentemente afectou a
reputação da empresa BP (Manual de Segurança dos Processos, 2015).

South Nemba Plataforma da Área B (Malongo)

O incidente ocorreu em maio de 2010, houve uma queda total de energia


no momento da mudança do GTGs, e o gerador de emergência não arrancou
porque estava avariado, e perdeu o controlo do PLC. A bomba de incêndio
estava desligada manualmente e não poderia voltar a arrancar. Graças a Deus
ou por sorte não houve lesões nem derrames (Manual de Segurança dos
Processos, 2015).

3.1.4. Prevenção de lesões Por Esforço Repetitivo – RSIP.

Para a Prevenção de Lesões por Esforço Repetitivo (RSIP), a Chevron


investe para que tenha uma empresa forte no que concerne a organização e no
desenvolvimento de uma equipa com força de trabalho a nível mundial e
talentosa a fim de alcançar resultados de maneira ética e correta. A Chevron
acredita que apostar na qualidade da saúde e bem-estar dos trabalhadores são
valores fundamentais. A Chevron dispõe de um conjunto de ferramentas que
ajuda a suportar o OE RSIP fluxo de trabalho padrão. As ferramentas incluem
software stretch, RSI que faz avaliação de riscos, avaliação ergonómica e dados
de treinamento e gestão de programas de desconforto. Este programa, atua
automaticamente, faz intervalos que variam de 5 segundos a 15 segundos, para
garantir que o trabalhador cumprirá e assim evitar lesões e / ou fadigas (Manual
de Segurança dos Processos, 2015).

3.1.5. Investigação de Incidente

Procedimentos da Investigação de Incidente

O procedimento de investigação de incidente é feito como demostra o


anexo 16, primeiro faz-se a reportagem do acidente, a seguir o supervisor regista
a data e faz avaliação da informação após a avaliação é encaminhado o caso a

35
equipa de liderança que verão os meios e métodos a aplicar num determinado
caso.

Anexo 15: Procedimento de Investigação de Incidente

Fonte: Chevron

Resultados da Investigação Incidente

Todos os resultados da investigação dão entrada no IMS. O IMS gera uma


notificação automatizada de incidentes após o incidente for aprovado pelo
supervisor responsável no sistema. Estas notificações são encaminhadas para
a Área/Departamento de listas de distribuição atualmente em uso pela empresa

3.1.6. Saúde Ocupacional

A assistência médica (ao plano de saúde ocupacional) do Departamento


Medico, a Chevron tem médicos de Saúde Ocupacional e Enfermeiros para
efetuar exames períodos a todos os empregados potencialmente expostos a
agentes ambientais e coloca-os em Programas de Vigilância baseado nos dados
de monitorização de Saúde Ocupacional, como é o caso:

36
1) Conservação dos Ouvidos - São efetuados Testes médicos anuais em
trabalhadores cujas posições de trabalho foram identificadas como tendo
uma exposição de 50% do valor diário permitido ou maior.
2) Benzeno – Avaliação inicial: Uma avaliação inicial ou exame de linha de
base e efetuado para avaliada o estado de saúde dos empregados que
irão trabalhar expostos ao benzeno. Se o local de trabalho esta dentro
deste critério, então um exame periódico anual e requerido para avaliar o
estado de saúde dos trabalhares deste local de trabalho.
3) Ruido e Vibrações: A Chevron providencia cursos de educação,
encorajamento do uso de protecção auricular, controles de engenharia,
tais como, modificação de equipamentos, sistemas de barricada,
reparação rápida nas salas de controlo, sinalização dos locais com ruido
e vibrações, etc.

O decreto 38/09 Regulamento sobre Segurança, Higiene e Saúde


Ocupacional nas Operações Petrolíferas, no seu artigo 14º sobre Proteccão
contra o Ruído e Vibrações, diz que “os limites de exposição para os níveis de
ruído aplicáveis são os aceites internacionalmente” de oitenta e cinco (85)
decibéis (dBA) para oito (8) horas de trabalho.

Tabela 2:Ttempo de exposição Máxima permitida (sem protecção auditiva).

Fonte: Elaboração própria

37
Ácido Sulfídrico (H2S)

A Chevron providencia para todos trabalhadores e visitantes, treino de


educação, equipamento de protecção individual, uso de detetor de gás
individual, instalação de detetor de gás fixos, etc.

Figura 10: Cartão de acesso áreas com H2S.

Fonte: Elaboração Própria.

3.2. Sistema de Gestão do Ambiente nos Blocos 0 E 14

3.2.1. Requisitos Legais do Sistemas De Gestão do Ambiente

De acordo com o decreto 39/00 Lei de Bases do Ambiente e da Lei das


Actividades Petrolíferas, as operadoras, para estarem em conformidade, o
sistema de gestão ambiental deve ser feito através da elaboração e
implementação de planos, e os mesmos devem ser submetidos ao MinPet para
aprovação. A Chevron através da CABGOC, elaboram os planos que se seguem
(Decreto 39/2000).

 Elaborar uma avaliação de Impacto Ambiental;


 Elaborar e manter actualizado um plano de gestão de descargas
operacionais;
 Elaborar e manter actualizado um plano de gestão, remoção e
depósito de desperdícios;

38
 Elaborar e manter actualizado um plano para prevenção de derrames;
 Elaborar e manter actualizado um plano de resposta a derrames;
 Elaborar e pôr em prática um plano de abandono e restauração do
local da instalação;

3.2.2. Sistema de Gestão dos Planos.

Sistema de Gestão do Plano de Descargas Operacionais.

As descargas operacionais são definidas no Decreto n.39/2000 como a


evacuação controlada ou fluxo de água produzida, fluidos de drenagem, lama e
resíduos resultantes de operações normais de actividades petrolíferas. Artigo 3º
do Decreto Executivo n.˚97 / 14 define descarga operacional como de ejeção ou
vazamento controlado de fluidos produzidos, água de drenagem, lamas e aparas
resultantes de operações normais de actividades petrolíferas (FREITAS, Fátima
e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

O Plano de Gestão de descargas operacionais da Chevron satisfaz os


requisitos especificados no artigo n.º 10 do Decreto sobre a Protecção Ambiental
para a Indústria do Petróleo (Decreto n.º 39 / 00, 10 de outubro de 2000) e do
Decreto Executivo sobre o Regulamento sobre a Gestão de Descargas
Operacionais (97/14 de 08 de abril de 2014). Um plano de implementação para
este decreto foi aprovado pelo Ministério do Petróleo em 28 de Janeiro de 2015
(FREITAS, Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

O Plano de Gestão de Descargas Operacionais da Cabinda Gulf Oil Company


(CABGOC) aborda sobre as seguintes descargas operacionais: água produzida;
fluidos de perfuração e aparas; drenagem do convés esgoto; a areia produzida;
lixo doméstico; brine rejeitar água; o excesso de água; água injeção; água de
resfriamento de passagem única; água hydrotest; a água de lastro; águas
pluviais; descargas diversas. O plano da CABGOC, foi aprovado no dia 13 de
maio de 2016 pelo MinPet em 05 de julho de 2016 de acordo com o Decreto
Executivo 97/14 de 8 de Abril (Plano de Gestão de Descargas, 2016).

A atividade petrolífera, gera muitos resíduos durante a fase de perfuração e


a de produção do hidrocarboneto, e estes resíduos requerem um tratamento e

39
armazenamento adequado. O Eng.º Manuel Xavier Júnior, numa das entrevistas
disse que um projecto fundamental para o desenvolvimento sustentável é o
denominado “Descarga Zero” e que os resíduos que têm sido descarregados ao
mar sob certas condições, deixaram de ser descarregados e passaram a ser
trazidas a terra (O Petróleo, Revista, 2015).

Anexo 16: Detalhes da planta de localização da área de armazenamento


e gestão de resíduos.

Fonte: Plano de Gestão de Resíduos da CABGOC

A CABGOC, para estar em conformidade com a lei angolana, no que


concerne aos efluentes líquidos e sólidos (principais e colaterais), tem um plano
de gestão para manusear os mesmos, mas, a CABGOC, faz além do que é
exigido, para cumprir com um dos seus objectivos, a prol a protecção do meio
ambiente, segurança e saúde dos funcionários e preservar o património do
estado em que estiver a operar.

40
Plano de
Gestao de
Descargas
Operacionais

Efluentes Efluentes
líquidos e líquidos e Efluentes
sólidos sólidos Gasosos
principais colaterais

Figura 11: Fluxograma dos efluentes principais e colaterais e os gasosos.

Fonte: Elaboração Própria

Os efluentes líquidos e sólidos principais provêm dos fluxos resultantes


directamente das operações de perfuração e produção de petróleo e gás, e são
compostos por fluidos de Perfuração de Base Aquosa, fluidos de Perfuração de
Base não Aquosa, Aparas de Perfuração e Água de Produção.

Efluentes
líquidos e
sólidos
principais

Fluidos de Fluidos de
Aparas de Água de
Perfuração a Perfuração a
Perfuração Produção
base água base de água

Figura 12: Fluxograma dos efluentes principais.

Fonte: Elaboração Própria

Perfuração: Os tipos de resíduos associados a esta actividade, são (Decreto


Executivo 97/2014):

 Efluentes líquidos e sólidos principais


o Fluidos e Aparas de perfuração de base não aquosa
o Fluidos e Aparas de perfuração de base aquosa

41
 Efluentes líquidos e sólidos colaterais
o Água de arrefecimento, de lastro e de drenagem de convés
o Resíduos sanitários, alimentares e domésticos

Anexo 17: Perfuração do poço subida das aparas através da lama de


perfuração a superfície.

Fonte: Google imagens.

Produção: Os tipos de resíduos de associados a esta actividade, são (Decreto


Executivo 97/2014):

 Efluentes líquidos e sólidos principais


o Água de produção
 Efluentes gasosos
 Efluentes líquidos e sólidos colaterais
o Água de arrefecimento, de lastro e de drenagem de convés
o Resíduos sanitários, alimentares e domésticos

42
Anexo 18: Separador trifásico

Fonte: Google imagens.

Procedimentos De Gestão E Tratamento Dos Efluentes Líquidos E


Sólidos Principais.

Lamas e Aparas de Perfuração a Base de Água:

Os fluidos de perfuração têm a função de arrefecer e lubrificar a broca de


perfuração, transportar os detritos a superfície, transmitir força hidráulica a broca,
evita danos na zona de produção, etc. Como segue na figura a seguir:

Anexo 19: Funções dos fluidos de perfuração

Fonte: Google imagens.

Os fluidos de perfuração contaminados com lamas de perfuração de base


aquosa podem ser descarregados no mar sem prévio tratamento, desde que o

43
fluxo máximo de descarga seja inferior a mil (1000) barris por hora, seja medido
a cada hora durante o período de descarga, e os seus testes de toxicidade
registados e submetidos ao Ministério dos Petróleos. É permitida a descarga de
aparas de perfuração contaminadas com fluidos de perfuração de base aquosa
(Decreto Executivo 97/2014).

Anexo 20: Processo de tratamento e reinjeção da lama de perfuração.

Fonte: Drilling contractor organização, 2011.

A lama carrega os detritos até a superfície, o primeiro contacto da lama após


sair do poço é o Shaker, onde é feita a separação da lama dos detritos passando
numa peneira, os detritos são jogados no mar (no caso da lama a base de agua)
a 180 pés e a lama volta a ser bombeada para o poço. No caso da lama a base
de não aquosa, os detritos são armazenados e posteriormente tratados (Decreto
97/2014).

44
Anexo 21: Equipamento de separacao dos detritos das lamas de perfuracao

Fonte: Chevron

Figura 13: Durante a Visita a Sonda de Perfuracao West Tucana para Verificar
o Funcionamento de Uma Sonda de Perfuracao.

Fonte: Elaboração Própria

Lamas e Aparas de Perfuração a Base de Óleo:

A utilização de fluidos de perfuração a base de óleo é proibida quando o


seu conteúdo em aromáticos for superior a um por cento (1%). Quando estes
fluidos se tornam impróprios para o uso devem ser removidos e enviados para
instalações adaptadas ao seu tratamento ou depositados de maneira apropriada
(Decreto 97/2014).

45
Figura 14: Verificação do Equipamento de Tratamento das Lamas de
Perfuração da Sonda West Tucana no Bloco 0.

Fonte: Elaboração Própria

As aparas de perfuração resultantes da perfuração de rochas salinas e


contaminadas com lamas de perfuração de base não aquosa podem ser
descarregadas no mar, desde que o grau de retenção do óleo nas aparas seja
inferior a 1% (DECRETO EXECUTIVO Nº 97/2014). A Chevron não descarrega
aparas perfuração resultantes da perfuração de rochas salinas e contaminadas
com lamas de perfuração de base não aquosa, armazena e envia para Angola
Envirinmetal Services-Soyo (AES-Soyo) para o devido tratamento.

Figura 15: Equipamento para o tratamento das lamas de perfuracao a base nao
aquosa devido ao Zero Descarga

Fonte: Elaboração própria.

46
Figura 16: Com os Engenheiros na Torre de Perfuração da Sonda West
Tucana.

Fonte: Elaboração própria.

Água de Produção

A média mensal do teor de óleo na corrente de descarga da água de


produção não deve ultrapassar trinta (30) partes por milhão (ppm), sendo
permitidos picos diários de até quarenta e cinco (45) partes por milhão (ppm). O
teor de óleo e de gorduras na água descarregada devem ser medidos
diariamente, por análises de amostra recolhida no ponto de descarga
(DECRETO EXECUTIVO 97/2014).

Figura 17: Fazendo analise da amostra da agua de produção, antes das


descargas ao mar.

Fonte: Elaboração Própria

47
Os resultados das observações e medições efectuadas devem ser registados
e enviados ao Ministério dos Petróleos. Num teste feito no laboratório da
Plataforma de Produção Benguela Belize Lobito Tomboco (BBLT), durante o
estágio, verificou-se através de uma amostra que foi retirada do tanque de
armazenamento, que a Chevron descarrega seis virgula cinquenta e sete (6,57)
partículas por milhões (ppm), conforme demostra a figura 16 (DECRETO
EXECUTIVO 97/2014).

Anexo 22: Extensão na Plataforma BBLT para aumento da capacidade de


tratamento de água de descarga antecipando a recepcao da produção do
Lianzi.

Fonte: Chevron.

Procedimentos De Gestão E Tratamento Dos Efluentes Líquidos E


Sólidos Colaterais

Água de Arrefecimento

As descargas de água de arrefecimento devem ser efectuadas nos


primeiros quinze (15) metros de profundidade, medidos a partir da superfície do
mar. A concentração de cloro no fluxo efluente deve ser determinada uma vez

48
por dia, devendo ser mantido o respectivo registo. Os registos dos resultados do
teste mencionado devem ser mantidos por um período não inferior a dois anos
para instalações fixas e pelo tempo em que a unidade de perfuração permanecer
em águas nacionais, por um período não superior a dois anos. Os registos
referidos devem ser apresentados ao Ministério dos Petróleos, sempre que
requeridos (DECRETO EXECUTIVO 97/2014).

Água de Lastro

As coordenadas dos pontos de carga/descarga, a quantidade de água


carregada/descarregada, a capacidade dos tanques e também a data das
operações e velocidade da descarga (em m3 por hora). O operador deve
assegurar que as novas instalações de produção que utilizam água de lastro
sejam concebidas de forma que os tanques de lastro estejam separados do
sistema de produção e de quaisquer sistemas de armazenagem existentes.
Caso essas instalações entrem em território angolano por via marítima e venham
carregadas com água de lastro, devem proceder à sua troca a pelo menos
duzentas (200) milhas marítimas da costa angolana e numa região com lâmina
de água de pelo menos duzentos (200) metros. Sempre que houver ocorrência
de descarga de água de lastro, a ocorrência de mancha visível deve ser
registada no livro oficial da instalação, com frequência diária e ser apresentado
ao Ministério dos Petróleos sempre que requerido (DECRETO EXECUTIVO
97/2014).

Água de Drenagem do Convés

As águas pluviais e de lavagem do convés devem ser conduzidas


directamente para um sistema de drenagem que as separe dos drenos
dedicados aos resíduos oleosos. Os sistemas de tratamento dos esgotos do
convés devem ser concebidos de forma a assegurar que a descarga não origine
a formação de uma película de óleo na água da área em que as descargas são
efectuadas. O Operador deve fazer uma observação diária da superfície do mar
na zona de descarga, para detecção da formação de película de óleo. Os
resultados das observações previstas no número anterior devem ser registados,

49
conservados e apresentados pelo Operador ao Ministério dos Petróleos, sempre
que este o requeira (DECRETO EXECUTIVO 97/2014).

Resíduos Sanitários

A descarga de resíduos sanitários no mar só é permitida se o Operador


demonstrar dispor de um sistema de tratamento de resíduos sanitários, em
conformidade com a legislação nacional e internacional aplicável. No Plano de
Gestão de Descargas Operacionais deve constar a descrição pormenorizada do
sistema de tratamento de resíduos sanitários em uso, incluindo o método de
tratamento e parâmetros de verificação e o certificado emitido por entidade
internacionalmente reconhecida. Durante a descarga, a zona de descarga deve
ser observada para comprovar se há flutuação de partículas sólidas. O registo
dos resultados de quaisquer análises realizadas deve ser mantido e submetido
à apreciação do Ministério dos Petróleos sempre que este o requeira (DECRETO
EXECUTIVO 97/2014).

Resíduos Alimentares e Domésticos

A descarga de resíduos alimentares sem tratamento prévio só deve ser


permitida se as partículas dos resíduos sólidos forem trituradas a dimensões
inferior a vinte e cinco (25) milímetros e a instalação se encontrar a uma distância
da costa superior a doze (12) milhas náuticas. Caso a instalação se situe a
menos de doze (12) milhas náuticas da costa, os resíduos alimentares devem
ser transportados para terra para tratamento e deposição adequada (DECRETO
EXECUTIVO 97/2014).

Procedimentos De Gestão E Tratamento Dos Efluentes Gasosos

Qualidade do Ar e Emissões Atmosféricas

Em Angola o decreto vigente para queima e ventilação de gás é o Decreto


Executivo 97/14, no artigo 17º sobre Efluentes Gasosos. Este decreto refere-se

50
sobre a qualidade do ar e emissões gasosas. A queima do gás é uma actividade
agressiva ao meio ambiente, devido as alterações climáticas que a mesma
causa. Anualmente, a Chevron envia ao MinPet os registros das emissões
gasosas emitidas no decorrer da sua actividade, incluindo as emissões
produzidas pelos transportes de apoio as actividades petrolíferas (DECRETO
EXECUTIVO 97/2014).

A CABGOC usa as normas padrão da Queima e Ventilação de Gás (EPS)


como diretrizes de operação, espera-se que as unidades de negócios cumpram
com as leis e regulamentos aplicáveis, e no caso de um conflito entre estes, EPS
e qualquer exigência legal aplicável, a exigência legal, devem substituir pelos
requisitos da EPS, a menos que os requisitos da EPS sejam mais rigorosos.
Queima de gás natural associado é expressamente proibida, sem autorização
do MINPET, excepto queima por curtos períodos de tempo quando necessário
para fins de teste ou por outras razões operacionais. A CABGOC continua a
trabalhar em direção a eliminação da queima de rotina e não rotineiras nos
Blocos 0/14 (DECRETO EXECUTIVO 97/2014).

CABGOC desenvolve um plano de recuperação de gás associado que


resume a queima da CABGOC e desempenho de ventilação e descreve projetos
e plano de gestão para alcançar o objetivo estabelecido nos regulamentos de
Angola e a Chevron Upstream e queima de gás & Ventilação Ambiental Padrão
de Desempenho. O plano é desenvolvido e revisto em uma base anual por
SASBU OELT e inclui um breve resumo da queima e da ventilação do plano de
eliminação (DECRETO EXECUTIVO 97/2014).

Anexo 23:Fontes de emissão

Fonte: Chevron
51
Os limites de queima offshore o seu volume de gás esta associado com
menos de 2 MM de pés cúbicos por dia (SCFD) por ponto de queima, para
onshore contem um volume de gás associados e inferior a 50.000 pés cúbicos
por dia (SCFD). E os limites de ventilação para offshore o seu volume de gás
associado, e inferior a 50.000 pés cúbicos por dia e para onshore o seu volume
de gás associado e menos de 2.500 pés cúbicos padrão por dia (SCFD) por
ponto de ventilação de vasos de pressão baixa ou equipamentos. A Chevron,
para o monitoramento e controlar a emissão de gás, tem o suporte de um
software o Energy Component (EC) (DECRETO EXECUTIVO 97/2014).

As fontes de poluição onshore e offshore sob controlo operacional da


CABGOC, incluindo as seguintes fontes móveis (DECRETO EXECUTIVO
97/2014):

 Petróleo bruto
 Produtos refinados
 Gás natural liquefeito (GNL)
 Navios e tripulação
 Barcos de abastecimento.

Existe vários tipos de poluentes, dentre os quais, abordarei sobre os


poluentes mais comuns nas operações dos blocos 0 e14, que são (DECRETO
EXECUTIVO 97/2014):

a) Poluentes: Dióxido de azoto (NO2), dióxido de enxofre (SO2), matéria em


partículas com um diâmetro inferior ou igual a 2,5 microns (PM 2,5), e
compostos orgânicos voláteis (COV).
b) Poluentes perigosos do ar (HAPs): benzeno (C6H6), tolueno (C7H8), etil-
benzeno (C6H5CH2CH3), xilenos (C8H10), n-hexano (C6H14),
formaldeído (CH2O), e sulfureto de hidrogénio (H2S).

Estão excluídos da AGRP e flare e ventilação os seguintes itens dos


requisitos de eliminação (DECRETO EXECUTIVO 97/2014):

52
a) A queima ou ventilação por períodos de tempo de menos de 30 dias,
durante falhas de equipamentos ou para aliviar as pressões do sistema
para eliminar condições inseguras de operação.
b) Queima ou ventilação / purga para manutenção de equipamentos.
c) Queima ou libertação de gás associado, usado para instrumentação.
d) Ventilação de gás associado a partir de tanques de teto flutuante.
e) Queima ou fugas durante as operações de perfuração.
f) Queima ou ventilação durante o primeiro ano de produção (ou seja, o ano
de comissionamento) para um novo projeto.

Plano de Gestão, Remoção e Depósito de Desperdícios

O Plano tem por objectivo a criação de estratégias e processos necessários


para garantir a recolha, remoção, tratamento e deposição dos resíduos
produzidos pelas instalações da Chevron de forma a evitar ou reduzir ao mínimo
os seus efeitos negativos à saúde das pessoas e ao ambiente. O Plano inclui a
análise da concepção e funcionamento das instalações de gestão dos resíduos
bem como as estimativas das quantidades anuais dos principais fluxos de
resíduos (FREITAS, Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

As Empresas empreiteiras que prestam serviços a CABGOC devem, de


forma independente, garantir a gestão dos resíduos que elas produzem em
conformidade com todos os regulamentos em vigor incluindo o possível uso do
presente Plano, bem como a Implementação das suas próprias práticas e
padrões, podendo ir para além do presente Plano sempre que o julguem ser
necessário para proteger a saúde humana e o ambiente. O presente Plano será
revisto de 3 em 3 anos como parte da sua contínua actualização (FREITAS,
Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

O Plano foi elaborado em conformidade com Decreto Presidencial n.º


190/12 (artigo 7º) de 24 de Agosto sobre a Gestão de Resíduos e com o previsto
no Decreto do conselho de Ministros n.˚ 39/00 (Artigo 9º), sobre a Protecção do
Ambiente no Decurso das Actividades Petrolíferas e no artigo n.º 3 do Decreto
Executivo do Ministério dos Petróleos n. ˚ 8/05 sobre os Procedimentos de
Gestão, Remoção e Deposição de Desperdícios, assim como aos procedimentos

53
definidos na Norma Padrão de Desempenho Ambiental da Chevron (FREITAS,
Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

O termo resíduo é definido no artigo n.˚ 3 do Decreto Presidencial


n.˚190/12 como substâncias ou objectos de que o detentor se desfaz ou tem a
intenção ou obrigação legal de se desfazer, que contêm características de risco
por serem inflamáveis, explosivas, tóxicas, infecciosas ou radioativas ou por
apresentarem qualquer outra característica que constitua perigo para a vida ou
saúde das pessoas e para o ambiente, conforme a Lista de Resíduos
estabelecida no Anexo X do Decreto Presidencial n.˚ 190/12 de 24 de Agosto. O
Plano é aplicável para todas instalações no mar e em terra, incluindo as
actividades de sondagem, produção, processamento, armazenamento,
oleodutos e de carregamento de navios; e aborda os principais tipos de resíduos
gerados em todas as operações da CABGOC constantes na Tabela 3 (FREITAS,
Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

Resíduos Gerados durante as Operações

Lixo / resíduos mistos Filtros

Resíduos hospitalares Cilindro de gás comprimido

Resíduos alimentares Explosivos

Resíduos de madeira, destroços de Materiais radioativos de ocorrência


construção e embalagens natural (NORM)

Borracha a granel Materiais que contenham asbesto e


fibra de cerâmica refractaria (RCF)

Sucata metálica a granel Lamas e aparas de sondagem


contendo hidrocarboneto

Tambores e contentores Resíduos contendo produtos


químicos

54
Pilhas e baterias Resíduos do tratamento por jato de
areia

Resíduos electrónicos Biosólidos provenientes da unidade


de tratamento de águas residuais

Resíduos de óleo usado Absorventes usados (catalisadores)

Tabela 3 Resíduos Gerados durante as Operações

Fonte: Elaboração Própria

O plano de Gestão de Resíduos da CABGOC, foi aprovado no dia 25 de


Junho de 2015 e revisto em conformidade com o Decreto Presidencial n.º 190/12
de 24 de Agosto.

Meios de tratamento

Os resíduos alimentares são tratados à medida que se produz, ou seja,


os funcionários têm a responsabilidade de deitar o lixo no recipiente adequado,
todos os resíduos são separados por tipo, papel, plástico, vidro, alimentos, etc.,
como demostra a figura abaixo.

Figura 18: Segregação dos lixos na cozinha da Sonda de Perfuração West


Tucana.

Fonte: Elaboração própria.

55
Apos a separação o lixo é triturado em partículas muito pequenas
conforme estabelecido no decreto executivo 97/14, no caso dos resíduos
alimentares, e a seguir é descarregada ao mar. O anexo 19 demostra o
equipamento para triturar os resíduos domésticos (FREITAS, Fátima e
AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

Figura 19: Equipamento para triturar os resíduos domésticos.

Fonte: Elaboração própria.

Diagrama de fluxo sobre redução de resíduos

56
Anexo 24: Diagrama de fluxo sobre a redução de resíduos

Fonte: Elaboração Própria

57
A Chevron tem um aterro sanitário onde são armazenados e
posteriormente tratados os lixos misturados, materiais radioativos de ocorrências
natural (NORM), as baterias, madeiras, etc. Alguns resíduos são enviados para
empresas terciarias que dão suporte no tratamento dos mesmos, como é o caso
da JODEL que trata dos productos químicos e dos pneus, a Clinica Sagrada
Esperança (CSE) trata dos resíduos hospitalares, a Angola Envirinmetal
Services no Soyo (AES-Soyo) trata das aparas de perfuração de base não
aquosa.

Plano de Gestão de Produtos Químicos

“O Operador deve elaborar, para todas as instalações ou grupos de


instalações sob sua responsabilidade, um plano de gestão de produtos químicos
onde conste como mínimo lista de produtos químicos a utilizar no ano seguinte,
uma declaração, baseada na certificação emitida pelo fabricante do produto,
relativamente ao risco para o ambiente e para a saúde humana. A declaração
referida na alínea anterior deve reflectir se o composto cumpre com o
determinado no artigo 6.º, sobre uso de produtos químicos, ou se as suas
propriedades o colocam como objecto de preocupação e passível de
substituição, nos principais modelos de regulação de produtos químicos em vigor
internacionalmente” (FREITAS, Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

Os mecanismos conducentes à substituição dos produtos químicos


utilizados nas suas actividades e que não cumpram com os termos do artigo 6.º,
sobre uso de produtos químicos, do presente Regulamento. Fichas de Dados de
Segurança de Materiais (MSDS) devem ser disponibilizadas para verificação
sempre que requeridas pelo Ministério dos Petróleos (FREITAS, Fátima e
AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

Cabinda Gulf Oil Company Limited como uma subsidiária da Chevron


abraça a responsabilidade pela segurança, prevenção contra a poluição e a
conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis. A minimização dos riscos
profissionais é um esforço contínuo para melhorar o desempenho ambiental em
todas as operações. O Plano de Gestão de Productos Químicos utilizados nas
operações da CABGOC sobre os blocos 0 e 14 na região de Cabinda para

58
garantir o uso seguro e adequado de produtos químicos perigosos e resíduos
não perigosos de acordo com o artigo 6º do Decreto Executivo 97/14 Sobre A
Gestão das Descargas Operacionais, uso de produtos químicos (Plano de
Gestão de Químicos, 2016).

Em conformidade com o artigo 7º do 97/14, na elaboração do plano de


gestão de produtos químicos, a CABGOC considerados os seguintes elementos:
Lista dos produtos químicos a serem utilizados pelos Chevron no ano de 2016,
Declaração com base no certificado emitido pelo fabricante do produto,
referindo-se o risco para o ambiente e a saúde humana, CABGOC identificados
os mecanismos que levam à substituição dos produtos químicos utilizados na
sua actividade e que não estão em conformidade com os termos do artigo 6º,
sobre a utilização de produtos químicos. O Plano foi aprovado no dia 29 de abril
de 2016, pelo Ministério dos Petróleos (Plano de Gestão de Químicos, 2016).

Processo de Gestão de Prevenção e Resposta a Derrames

Em Angola o decreto vigente para os Procedimentos de Notificação da


Ocorrência de Derrames é o Decreto Executivo 11/05, este decreto foi elabora
através do artigo 7º e 8º, do decreto 39/00, de 10 de outubro, diz que para
prevenir e obter uma resposta eficaz caso ocorra um derrame, e que poderá por
em perigo o meio ambiente, a Concecionária e as Associadas, através do
operador, e outras empresas petrolíferas, devem elaborar e manter actualizado
um plano de prevenção e resposta a derrames (FREITAS, Fátima e
AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

E para um derrame cujo impacto seja agressivo ao meio ambiente, e ou


superior a um (1) barril (bbl), de acordo com as normas de classificação da
avaliação de impacto ambiental, o operador deve notificar no máximo em 8
horas, contando a partir da hora de ocorrência, e num prazo não superior a 12
horas, as notificações devem ser confirmadas pelo operador e pelas outras
empresas. O operador deve manter o MinPet informado, permanentemente,
sobre o ocorrido e manter o plano de resposta actualizado (FREITAS, Fátima e
AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

59
Segundo descrito no artigo 7º, “o plano deverá conter um calendário para
a sua implementação, ser submetido à aprovação do Ministério dos Petróleos
e implementado antes de se iniciarem no local actividades que possam vir a
causar derrames. Relativamente às instalações existentes, o plano deverá
ser submetido à aprovação do Ministério dos Petróleos, no prazo de seis
meses a contar da entrada em vigor do presente decreto e implementado em
conformidade com o calendário aprovado. O plano deverá indicar as
instalações em questão e definir as características do projecto e medidas
operacionais e de manutenção utilizadas na prevenção de derrames,
nomeadamente”: Sistemas de contenção de derrames, Controladores do
nível dos fluidos dos tanques e recipientes de pressão, Sistema de colectores
e de drenagem para recolha de derrames, Sistemas de prevenção de
incêndios e explosões, Programas de inspecção ao equipamento e
instrumentos, Programas de controlo da corrosão, Programas de formação a
serem ministrados ao seu pessoal sobre a prevenção de derrames
(FREITAS, Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, 2010).

O Eng.º Manuel Xavier Júnior, durante uma entrevista disse que, “por Lei,
cada companhia deve ter planos de Respostas Individuais para fazer face a
situação, além de existir entre elas o chamado acordo de ajuda mútua” (O
Petróleo, Revista, 2015).

A Chevron possui diferentes tipos de equipamentos para responder aos


seguintes sistemas de Prevenção e Resposta a derrames (Plano de Prevenção
e Resposta a Derrames):

a) Sistemas de contenção de derrames;


b) Controladores do nível dos fluidos dos tanques e recipientes de pressão;
c) Sistema de colectores e de drenagem para recolha de derrames;
d) Sistemas de prevenção de incêndios e explosões;
e) Programas de inspecção ao equipamento e instrumentos;
f) Programas de controlo da corrosão;
g) Programas de formação a serem ministrados ao seu pessoal sobre a
prevenção de derrames.

60
Os equipamentos de Prevenção e Resposta a derrames, estão armazenados
numa das áreas do campo onshore do Malongo. Esta área tem diferentes tipos
de equipamentos para Prevenção e Resposta a derrames. Esta área, está
preparada para dar resposta a derrames de classe 3. Os bombeiros da
instalação estão qualificados para atender as emergências das instalações
interna e externa (Plano de Prevenção e Resposta a Derrames).

Figura 20: Equipando-se com a ajuda dos membros da Equipa de Respostas a


Incêndio do Malongo.

Fonte: Elaboração própria.

Figura 21: Na estacão de Incêndio do Malongo.

Fonte: Elaboração própria

61
Os bombeiros têm uma grande importância numa sociedade,
especificamente na indústria petrolífera, sendo um sector em constante
riscos. Os bombeiros enfrentam um dos piores desafios da indústria, uma vez
que em caso de emergência, eles poem em risco as suas vidas. Para exercer
esta função, deve estar psicologicamente preparado, e manter-se calmo o
máximo possível.

Durante o meu Estágio, pude ter a oportunidade de experimentar, num


treino de resposta de Incêndio Na Estação de Incêndio do Malongo,
acompanhado com o Chefe da Equipa e sua equipa que me receberam com
muito carinho.

Durante algum tempo, devido a fronteira entre Cabinda e o Congo, uma


vez que os blocos 0 e 14 estão localizados em Cabinda, muitas das vezes
quando houvesse um derrame nos poços do Congo, estes eram identificados
pelo Ministério dos Petróleos (MinPet), como sendo da Chevron. A Chevron
preocupada com a situação, uma vez que um dos seus objectivos é de
manter uma boa imagem seja onde for que esteja a operar, criou condições
para resolução deste problema, montou um laboratório no campo do
Malongo, onde tem um equipamento denominado Finger Print, este analisa
o tipo de crude e de que poço é proveniente, algo que o MinPet, sendo a
Agencia Reguladora das empresas Petrolíferas em Angola deveria ter, para
estes tipos de análise:

Figura 22: Mariana no Laboratório do Malongo com o Técnico de análise de


amostra de derrames processado no ‘Finge print’.

Fonte: Elaboração própria.

62
4. Estágio na Chevron

Figura 23: A Chegada a Cabinda no Avião da Heli-Malongo para o início do


Estagio

Fonte: Elaboração Própria

Momentos Marcantes Durante o Estágio

Todos momentos foram especiais, cada momento teve a sua emoção.


Desde a aceitação ao estagio (que foi inacreditável, mesmo em tempo de crise
fui aceite, a princípio achei que era um trote, risos), a chegada ao campo do
Malongo, a atenção e colaboração dos funcionários da Chevron em transmitir os
seus conhecimentos, a visita a plataforma BBLT (Benguela Belize Tomboco) no
bloco 0 e a sonda de produção West Tucana no bloco 14, o processo de
tratamento da agua de produção e como é feito o teste de analise do teor de óleo
na agua antes de ser descarregada ao mar (foi impressionante ver que o
resultado foi estritamente inferior do que é legislado), pude ter a oportunidade de
conhecer e sentir os riscos que os bombeiros se expostõem no decorrer das
suas actividades.

O momento que coloquei o pé fora do Helicóptero, após pousar na


plataforma, FOI, NOSSA! UAU! DISSE PARA MIM MESMA, ESTOU AQUI, I
DON´T BELIVE IN THIS. Tinha muita curiosidade de ver e tocar a cabeça do

63
poço (a famosa arvore de natal), onde é injectado o gás Lift, e os separadores.
Foram momentos sensacionais, incríveis, nada igual.

Figura 24: Tocando na cabeça do poço (árvore de natal) no BBLT.

Fonte: Elaboração própria.

Quando toquei a arvore de natal, achei que era a melhor coisa que
aconteceria durante o período de estagio, mas, não. O melhor momento, o que
ficou marcado, foi o que foi programado para o ultimo dia, COM A EQUIPA DOS
BOMBEIROS. Tinha em mente que a vossa atividade era pegar numa mangueira
e ver a direção certa para apagar o fogo, e pronto, já está, mas, não funciona
assim, é muitíssimo mais que isso. Exige, força, concentração, estar
psicologicamente bem e preparado para a atividade. Já critiquei varias vezes o
corpo dos bombeiros. Analisei o risco que é um Blow out, o peso dos
equipamentos de protecção individual, a pressão, a visibilidade, o inimigo a
enfrentar! Não é fácil… E eu só coloquei o EPI e fiz uma simulação, a forca da
água move a mangueira e tens que estar muito concentrado para não por em
perigo os seus companheiros e a si mesmo, porque um deslise pode ser fatal.

64
Figura 25: No Campo de Treinos do Malongo Aprendendo Como se Proteger
do Fogo Usando a Mangueira de Incêndios.

Fonte: Elaboração própria.

65
5. Conclusão

As empresas em geral estão a ser desafiadas a desenvolver melhor forma


de organização e administração dos sistemas de gestão processamento de
produtos e serviços que atendam às exigências de qualidade da segurança,
saúde e ambiente. Neste sentido, a empresa-blocos 0 e 14 (Sonda de Perfuração
West Tucana e a Plataforma de Produção Benguela Belize Lobito Tomboco)
analisada tem um sistema de gestão que é um programa Excelência Operacional
(EO) que tem como visão e objectivo ser reconhecida e admirada pelos seus
trabalhadores, parceiros e principais interessados nas nossas actividades como
uma empresa de classe mundial em termos de saúde, segurança, protecção do
ambiente, fiabilidade e eficiência e atingir o objectivo de zero acidentes com
lesões corporais no local de trabalho, promover um ambiente de trabalho
saudável e reduzir os riscos significativos para a saúde, identificar e mitigar os
riscos para a segurança do processo e para o ambiente, operar com
equipamentos de integridade e fiabilidade líderes no sector, utilizar os recursos
naturais e os equipamentos de forma eficiente (REVISTA, 2014 á 2016). Este
programa acima citado, foi analisado a conformidade com os regulamentos da
Legislação Petrolífera Angolana. Neste sentido concluiu-se que, existe
legislação Petrolífera em Angolana e está alinhada com as normas ISO 14001 e
18001, e que o sistema de gestão de SSA nos blocos 0 e 14 estão alinhados
com a legislação petrolífera Angolana e com as ISO 14001 e 18001 e vai para
alem dos requisitos da lei angolana, as operadoras têm sido auditadas e as
auditorias aos sistemas de gestão dos blocos 0 e 14 são efetuadas anualmente,
concluiu-se também que existe queima de Gás nos Blocos 0 e 14. A queima
rotineira de Gás em Angola é proibida. Só é permitida a queima de Gás, em
condições de manutenção dos equipamentos e no primeiro ano de produção,
mas, o operador, deve enviar a entidade de Tutela, um relatório devidamente
justificado, as razões que o faram queimar Gás. No caso dos blocos 0 e 14 lhes
foi dada uma excepção. O teor de óleo contida na água de produção é inferior
ao valor autorizado.

66
6. Recomendações

Recomenda-se que:

 O decreto 38/09 Regulamento sobre Higiene, Segurança e Saúde


Ocupacional, seja revisto, a fim de que se inclua, regulamentos para as
prestadoras de serviço;
 Seja incluído na Legislação Petrolífera Angola regulamento para a
Segurança dos Processos;
 A Chevron continue a não poupar esforços a prol da segurança e Saúde
e a protecção do meio ambiente e aos animais marinhos e que continuem
a apostar na educação, e a dar oportunidade a comunidade académica,
em especial aos recéns formados;
 A comunidade académica, a dar continuidade ao estudo da gestão de
descargas operacionais e a gestão, remoção e depósito de desperdícios;
 Ao Instituto Superior Politécnico Katangoji (ISPK), que reveja o plano de
aula no que a cadeira de Legislação Petrolífera Angola, a fim de abordar
questões sobre os Requisitos do Sistema de Gestão que uma entidade
precisa para explorar crude em Angola;
 As entidades governamentais que continuem a trabalhar para eliminar a
queima de gás num futuro muito breve.

67
7. Referências Bibliográficas

O acervo bibliográfico, que vamos referenciar, são essencialmente: livros,


normas e decretos da legislação Angolana, procedimentos e práticas de trabalho
da Chevron.

1. ABNT, ISO, 1996. Disponível em:


http://intranet.df.sebrae.com.br/download/ambiental/Biblioteca/Normas%
20ISO/NBR%20ISO%2014004.doc.
2. BILLIG, Osvaldo Alencar e CAMILATO, Sérgio Paulo Sistema de Gestão
Integrada de Qualidade, Segurança, Meio-Ambiente e Saúde. Disponível
em:
ttps://www.google.co.ao/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&
cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwijnaCS-
bjQAhVCbBoKHZ09AgEQFggZMAA&url=%2Finterstitial%3Furl%3Dhttp
%3A%2F%2Fjunior.ftec.com.br%2Frevista%2Fautor%2Fpdf%2Fosvaldo
1.pdf&usg=AFQjCNF_slfqG5Lt9MMPm959_tLP3niNjw&sig2=4CSQPPLv
LfpSdtNU3JOYHw.
3. CARVALHO, Cláudio, Apontamento de Gestão Resumo das Aulas.
Disponível em: http://www.aefcup.pt/apontamentos/Gestao/Resumos-
Aulas-Gestao-ClaudioCarvalho.pdf.
4. CHIMPOLO, João, O Impacto do Petróleo no Crescimento Economico de
Angola. Disponível em:
http://www.welvitchia.com/Novidades_files/Impacto%20Petroleo%20Cre
scimento%20da%20Economia%20Angola.pdf.
5. DECRETO EXECUTIVO Nº 11/05, de 12 de Janeiro, sobre Protecção do
Ambiente.
6. DECRETO EXECUTIVO Nº 12/05, de 12 de Janeiro, sobre Protecção do
Ambiente, quanto à Gestão de Descargas Operacionais.
7. DECRETO EXECUTIVO Nº 8/05, de 5 de Janeiro, Sobre Protecção do
Ambiente, quanto à Gestão dos Resíduos.
8. DECRETO Nº 1/09, de 27 de Janeiro, Regulamento das Operações
Petrolíferas (ROP)
9. DECRETO Nº 38/09, de 14 de Agosto, Regulamento Sobre Segurança,
Higiene e Saúde nas Operações Petrolíferas.

68
10. DECRETO Nº 39/00, de 10 de Outubro, Lei Base do Ambiente e das
Actividades Petrolíferas.
11. DECRETO Nº 39/01, de 22 de Junho, das Actividades Petrolíferas (LAP).
12. DECRETO Nº 48/06, de 1 de Setembro, Lei das Actividades Petrolíferas
(LAP).
13. DECRETO PRESIDENCIAL N.º 190/12, de 24 de Agosto, Regulamento
sobre a Gestão de Resíduos.
14. EMPREENDEDOR, Guia, Setembro, 2016. Disponível em:
http://www.guiaempreendedor.com/clico-responde-o-que-e-sistema-de-
gestao/.
15. FONSECA, André, A Tributação do Rendimento no Sistema Fiscal
Angolano, 2010. Disponível em: http://www.cije.up.pt/download-file/839,
visto em 04 de Julho de 2016.
16. Fonte: CABGOC Magazine, CR Report, 2008. Disponível em:
http://www.chevroninangola.com/documents/pdf/Chevron_2008_CR_Re
port_English.pdf.
17. Fonte: Upstream Technology Magazine, 2013. Disponível em:
http://news.chevron.com/upstream/africalatinamerica/news/article/06172
013_chevronconfirmsfirstcargofromangolalng.aspx.
18. Fonte: Upstream Technology Magazine, 2015. Disponível em:
http://news.chevron.com/upstream/africalatinamerica/news/article/07272
015_crossingthecongo.aspx.
19. Fonte: Upstream Technology Magazine. Disponível em:
http://news.chevron.com/articledocuments/latest/news_208699/d205ce6
8-c393-45bb-a5e4-
59dee15da0a2/Lianzi%20Upstream%20Technology%20article.pdf
20. FREITAS, Fátima e AMENDOEIRA, Miranda, Colectânea de Legislação
Petrolífera Angolana, Julho, 2010, 1ª edição.
21. LEI 13/78, de 26 de Agosto, Actividades Petrolíferas (LAP).
22. LEI Nº 10/04, de 12 de Novembro de 2004,
23. LEI Nº 11/04, de 12 de Novembro, sobre o Regime Aduaneiro aplicável
ao sector petrolífero.

69
24. LEI Nº 13/04, de 24 de Dezembro, sobre a Tributação das Actividades
Petrolíferas.
25. LEI Nº 5/98, de 19 de Junho, Lei de Bases do Ambiente.
26. MACEBO, Ricardo, Manual de Higiene e Segurança do Trabalho, Junho,
2005, 8ª edição.
27. O Petróleo, Revista, Zero Derrames, Dezembro 2015.
28. ORGANIZAÇÃO Drilling contractor, 2011. Disponível em:
http://www.drillingcontractor.org/wp-content/uploads/2011/01/h2sfigure-
1.jpg
29. PLMJ, Regulamentos das Operações Petrolíferas em Angola, Fevereiro
de 2010. Disponível em:
http://www.plmj.com/xms/files/newsletters/2010/Fevereiro/Regulamento_
das_Operacoes_Petroliferas_em_Angola_-ROP-.pdf
30. RAMOS, Maria Lya, Avaliação das Operações da Indústria Petrolífera de
Angola, Novembro de 2011. Disponível em:
http://www.osisa.org/sites/default/files/angola_oil_portuguese_final_less_
photos.pdf, visto em 04 de Julho de 2016.
31. REVISTA, Chevron, Plano de Negócios de Excelência Operacional, 2014
á 2016.
32. TRABALHO, Organização Internacional, Sistema de Gestão de
Segurança e Saúde no Trabalho, Abril, 2011, 1ª edição. Disponível em:
http://www.dnpst.eu/uploads/relatorios/relatorio_oit_2011_miolo.pdf.
33. UCA - Universidade Católica de Angola, Relatório de Energia em Angola
2010.
34. UCA - Universidade Católica de Angola, Relatório Económico de Angola
2014, Julho, 2015, 1ª edição, 1ª tiragem.

70
8. Anexos

Procedimentos Operacional de Segurança

SOP Título: Procedimentos Operacional de Segurança

4 Incident Investigation and Reporting

5 Confined Space Entry Standard

7 Campo de Malongo Onshore e Offshore o sistema de água de incêndio e equipamento de combate ao fogo.

8 O calçado de segurança Programa (sob revisão)

9 Hot Work Standard (Versão Portuguesa sob revisão)

10 Isolation of Hazardous Energy Standard (LO/A) (Versão Portuguesa sob revisão)

11 Respiratory Protection Program

12 Lifting and Rigging Standard (Versão Portuguesa sob revisão)

14 Simultaneous Operations Guidelines

14B Safety Review & Risk Mitigation - Construction Activities

71
15 Tank and Process Vessel Cleaning

16 Lista de Verificação de conformidade aposentados, consulte a OE Assurance Process

17 Waste and Process Effluent Management

18 H2S Protection for Production & Drilling Operations

19 Mescladas com SOP-18

20 Aposentados

21 Permit to Work Procedures

22 Operador de um veículo de peões e responsabilidades:


Aposentado, consulte a MVS Process

23 Facility Design and Operating Parameters

24 Aposentado: consulte códigos e normas técnicas SASBU & Diretrizes Técnicas na página da FE

25 Gás Detetor (Portable and Personal)

26 Materiais Radioativos de Ocorrência Natural

72
27 Exposure Monitoring Plan

28 Hearing Conservation

29 HES Análises de conformidade e inspecções aposentados, consulte a OE Assurance Process

30 Working at Heights

31 Reporting Non-Compliance Incidents

32 Programa de Gestão de segurança de processo:


Aposentados

33 Chemical Hazard Communication

34 Safety Signs

35 Asbestos and Refractory Ceramic Fibers

36 Management of Change

37 Reuniões de segurança: aposentado, consulte


Seção do Manual de Práticas Seguras 2.0

38 Fire Contingency Plan

73
39 HES Position Based Training Requirements

40 Plano de prevenção de derrames de aposentados, consulte: Chevron Engineering Standards (CES) e SASBU
Technical Codes & Standards

41 Process Hazard Analysis Guidelines

42 SASBU Contractor HES Management

43 Elétrico Padrão SASBU SWP

44 Pipe Color Coding and Labeling

45 Scaffolding

46 SASBU Excavations SWP

47 Procedimentos de evacuação de Base Malongo

48 SASBU MSW Commercial Diving Standard

49 Personnel Transfer and Small Boat Transportation

50 Os procedimentos de abastecimento de combustível

74
51 Transp. of Dangerous Goods by Air & Sea

52 O transporte e a utilização de materiais radioactivos

53 Bloodborne Pathogens Exposure Control Plan

54 Procedure for Bypassing / Isolating Safety System Devices

55 Powered Industrial Trucks

56 HES Due Diligence for Asset Transfer

57 Vida Selvagem Malongo

58 Barricada temporária: Aposentados


Consulte a seção do Manual de Práticas Seguras

59 Evacuation Escape and Rescue Standard

60 SASBU PPE SWP

61 Flexible Hose Standard

Anexo 1: Sistema de gestão de segurança, Saude e Ambiente.

Fonte: Chevron

75
76
9. Apendices

SEMANAS

Junh
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
o
ACTIVIDADES
2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5
5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2
ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª ª

Aceitação da carta

Apresentação do orientador, visita a


instalação da Chevron-CABGOC-
Chicala e das áreas do departamento
de HSE da empresa

Assinatura do Contrato de
confidencialidade

77
Assinatura do Contrato de estágio
acadêmico/profissional

Discussão com os experts de


diferentes especialistas de diferentes
áreas de HSE da empresa

Definição do Tema e seus objectivos


gerais e específicos

Levantamento Bibliográfico das Leis


e Decretos do SSA da Indústria
Petrolífera em Angola

Elaboração do Anteprojecto

Submissão do Anteprojecto ao
Instituto

Revisão dos planos de


implementação do SSA da Chevron-
CABGOC em Angola

78
Visita e recolha de dados ao Campo
Petrolífero do Malongo e Instalações
da Chevron offshore dos Blocos 0 e
14

Análise dos dados obtidos na


empresa

Desenvolvimento do Tema

Apresentação do primeiro relatório


aos orientadores

Informação e interpretação das


informações recolhidas

Elaboração da primeira proposta de


um anteprojecto

Elaboração esquemática dos dados

Redação dos resultados

79
Avaliação e discussão dos
Resultados

Apresentação da Monografia a
empresa Chevron-CABGOC para
asseguramento de que foram
cumpridos os aspectos de contrato
de confidencialidade da empresa

Revisao final do trabalho

Apresentação do trabalho na
Jornada Cientifica

Culminação do TFC

Pré-defesa

Rectificação dos pontos indicados na


pré-defesa

80
Entrega dos 3 exemplares do TFC ao
Coordenador do Curso

Defesa

81
10. Figuras.

Na Sonda de Perfuração West Tucana

82
Na Plataforma de Produção Benguela Belize Lobito Tomboco (BBLT)

83
No Termina do Malongo - Cabinda

84
85
No escritório da Chicala em Luanda

86

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