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Perguntas

Freqüentes – FAQs

Módulo Exportação

Módulo Importação
MÓDULO EXPORTAÇÃO - TEMAS / ITENS

1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Saída de Mercadorias


1.1. Habilitação de Empresa Exportadora
1.2. Registro / Credenciamento
1.3. Tratamento Administrativo e Documentos Utilizados
1.4. Despacho Aduaneiro
1.5. Regimes Aduaneiros Especiais

2 - Tratamento Tributário da Saída de Mercadorias


2.1. Imposto de Exportação – I.E.
2.2. Outros Impostos, Taxas e Contribuições

3 - Aspectos Fiscais e Financeiros da Saída de Mercadorias


3.1. Isenção de Pagamento
3.2. Incentivos Fiscais
3.3. Financiamentos

4 - Barreiras Externas
4.1. Barreiras Tarifárias
4.2. Barreiras Não-Tarifárias

5 - Operações Cambiais
5.1. Contrato de Câmbio
5.2. Prazos para Liquidação
5.3. Custos Operacionais do Contrato de Câmbio

6 - Outros Aspectos Comerciais Relevantes

PESQUISAR POR PALAVRAS-CHAVE


ACC - 3.3.1 CONVÊNIOS - 6.29
ACORDO BITRIBUTAÇÃO - 6.6 CORREIOS - 6.35
AD. VALOREM - 6.24 CREDENCIAMENTO DE EMPRESA - 1.2.1
ADICIONAL SOBRE O FRETE; AFRMM. - 2.2.3 CREDENCIAMENTO DE PESSOA FÍSICA - 1.2.3
AGENTE COMERCIAL - 6.1 CRÉDITOS - 6.29
ÁGUA MINERAL - 6.13 CUSTOS - 5.3.1; 6.7
ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS - 6.39 CUSTOS DE FRETE - 6.38
AMOSTRAS - 1.3.4 DAC - DEPÓSITO ALFANDEGADO CERTIFICADO - 1.5.1
ANIMAIS SILVESTRES - 1.3.20 DE - DESPACHO DE EXPORTAÇÃO - 1.4.3
ANTIDUMPING - 4.2.2 DECLARAÇÃO DE VENDA LIVRE - 1.3.16
APEX - 6.36 DESPACHANTE ADUANEIRO - 1.4.4
ARBITRAGEM - 6.23 DESPACHO
P ADUANEIRO - 1.3.4; 1.4.1; 1.4.2; 1.4.3
ARROZ - 1.3.4 DESPESA COM PROPAGANDA - 6.17
ARTISTA; ARTESÃOS - 1.1.3 DESPESAS PROMOÇÃO COMERCIAL - 2.2.4
ASSOCIAÇÕES - 6.15 DOCE DE LEITE - 6.4
AUTÔNOMO - 1.1.3 DOCUMENTOS - 1.2.1
BARREIRAS NÃO-TARIFÁRIAS - 4.1.1; 4.2.1 DRAWBACK - 1.5.2; 1.5.3
BICICLETA - 6.14 DSE - 1.3.4
BNDES - 3.3.1 DUPLA TRIBUTAÇÃO - 6.6
BRINDES - 3.1.3; 3.3.2 EMBALAGEM - 3.2.1
CAFÉ - 1.3.14 ENTREPOSTO ADUANEIRO - 1.5.4
CÂMBIO - 5.2.1; 5.3.1 ERROS - 6.32; 6.33
CAPACETE PARA MOTOCICLETAS - 1.3.12 EVENTOS INTERNACIONAIS - 6.32; 6.33
CARTA DE CRÉDITO - 5.1.1; 6.7 EXPORTA FÁCIL - 6.35
CARTÃO DE CRÉDITO - 6.7; 6.9 EXPORTAÇÃO DIRETA - 1.3.21
CCR - 6.29 EXPORTAÇÃO EM CONSIGNAÇÃO - 1.3.6
CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO - 6.36 EXPORTAÇÃO INDIRETA - 1.3.21; 3.1.1
CERTIFICAÇÃO - 1.3.12; 1.3.14 EXPORTAÇÃO SIMPLIFICADO - 1.3.5
CERTIFICAÇÃO NA ARGENTINA - 6.13 EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA - 1.4.2
CERTIFICAÇÃO NO JAPÃO - 1.3.18 EXPOSITORES - 6.32; 6.33
CERTIFICADO DE APÓLICE DE SEGURO - 1.3.10 FATURA VISADA - 1.3.2
CERTIFICADO DE NÃO-OBJEÇÃO - 1.3.17 FINANCIAMENTO - 3.3.1; 3.3.2; 3.3.3
CERTIFICADO DE ORIGEM - 1.3.3 FORMAÇÃO DE PREÇO - 2.2.1
CHARUTO - 1.3.15 FSC; CERTIFICAÇÃO - 6.28
CIF - 6.21 FUMO - 1.3.15
CLASSIFICAÇÃO NCM - 6.3 HABILITAÇÃO DE EMPRESA - 1.1.1
COMERCIAL EXPORTADORA - 1.2.4 HOMOLOGAÇÃO - 6.10
COMISSÃO DE AGENTE - 6.1 IBAMA - 1.37; 1.3.20
COMUNIDADE EUROPÉIA - 6.10 IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO - 2.1.1
CONSÓRCIO - 6.15 IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 2.1.1; 6.24
CONTRATAÇÃO - 6.11 IMPOSTO DE RENDA; IR - 2.2.2; 6.6
CONTRATO - 5.2.1; 6.22 IMPOSTOS - 2.2.1
CONTRATO DE CÂMBIO - 5.1.1 INCENTIVOS - 3.1.2; 3.2.1; 6.34
CONTRATO
A DE EXCLUSIVIDADE - 6.37 INCOTERMS - 6.22
CONTRATO SOCIAL - 1.1.2; 1.3.19 INMETRO - 1.3.12
CONTRATOS-TIPO - 6.22 INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESA - 6.20
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO; CSSL - 2.2.2 INVESTIDOR ESTRANGEIRO - 6.27
IPI - 1.3.9; 1.3.15; 1.5.2; 2.2.1; 3.1.1; 3.1.4 ROTULAGEM - 6.12
ISENÇÃO - 3.1.4 RÓTULOS AMBIENTAIS - 6.12
LEI DE INFORMÁTICA - 3.1.2 SALVAGUARDA TRANSITÓRIA - 4.2.3
LIQUIDAÇÃO - 5.1.1; 5.2.1; 6.29 SEGURO DE CRÉDITO - 6.34
LISTA DE EXCEÇÃO - 6.2 SELO VERDE - 6.12
LISTA DE IMPORTADORES - 6.40 SEM COBERTURA CAMBIAL - 6.31
LITÍGIOS - 6.23 SENHA DE ACESSO - 1.1.4
LOGÍSTICA - 6.38 SGP - 6.4; 6.14; 6.33
MARCA;LOGOMARCA - 1.3.19 SGP UE - 6.14
MATERIAL PROMOCIONAL - 3.1.3 SIMPLEX - 6.9
MEDICAMENTO - 1.3.17 SISCOMEX - 1.1.4; 1.2.1
MEMORANDO DE EXPORTAÇÃO - 1.3.8 SOFTWARE - 3.1.2
MERCOSUL - 6.2 TEC - 6.16
MISSÕES DIPLOMÁTICAS - 3.1.4 TRANSPORTE - 6.38
MOEDA NACIONAL - 6.8 TRANSPORTE DE CARGAS - 6.5
NCM - 6.16 TRANSPORTE MARÍTIMO - 6.38
NOTA FISCAL - 1.3.9 TRANSPORTE MULTIMODAL - 6.5
OMC - 6.16 UNITIZAÇÃO - 6.5
ÓRGÃO ANUENTE - 6.10 VALE INTERNACIONAL ELETRÔNICO - 6.30
OURO; LAVRA - 6.19 VEGETAIS ORGÂNICOS - 1.3.11
P&D; PESQUISA E DESENVOLVIMENTO - 3.2.2 VINHO - 1.3.18
PAGAMENTOS - 2.2.4; 6.8; 6.29 VISITA A CLIENTE - 6.18
PÁSSAROS - 1.3.20 ZONAS PRIMÁRIAS - 6.25
PEQUENAS E MÉDIAS - 6.15; 6.20; 6.35 ZONAS SECUNDÁRIA - 6.25
PESSOA FÍSICA - 3.3.2
POSSE DE MOEDA ESTRANGEIRA - 6.18
PRAZOS - 5.2.1
PRODUTO SENSÍVEL - 6.14
PRODUTOR RURAL - 3.1.1
PRODUTOS FLORESTAIS - 1.3.7
PRODUTOS TÊXTEIS - 1.3.2
PROEX - 3.3.1; 3.3.4
RADAR - 1.1.1;; 1.2.2
RADAR COMERCIAL - 1.2.1; 6.26
RE - 1.3.1; 1.3.11; 1.3.13; 1.4.3; 6.1; 6.30
RECICLAGEM - 3.2.1
RECÍPROCOS - 6.29
REGISTRO - 1.2.4
REGISTRO DE EMPRESA MERCANTIL - 1.1.2
REGISTRO DE EXPORTAÇÃO - 1.3.13
REGISTRO DE FUNCIONÁRIO - 6.11
REGISTRO DE HABILITAÇÃO - 1.2.2
REGISTRO EXPORTAÇÃO SIMPLIFICADO - 1.3.13
REI - 1.1.1; 1.3.13
REMESSA - 2.2.4; 6.17
RES - 1.3.5; 1.3.13
RESTITUIÇÃO - 1.5.3
1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Saída de Mercadorias
1.1. Habilitação de Empresa Exportadora

1.1.1. Minha empresa atua no comércio interno e tenho interesse em expandi-lo. Como habi-
litar minha empresa como exportadora?
O primeiro passo para que uma empresa se habilite a exportar é efetuar a sua inscrição no Registro de Ex-
portadores e Importadores (REI), da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), e no Registro de Rastreamento
da Atuação de Intervenientes Aduaneiros (RADAR), da Secretaria da Receita Federal. O credenciamento é
gerenciado pelo SISCOMEX, que é um instrumento que integra as atividades de registro, acompanhamento
e controle das operações de comércio exterior.
Base Legal: Port. SECEX nº 15, de 17/11/2004; Instrução Normativa SRF nº 650, de 12/05/2006; Ato Declaratório Executivo Coana nº 3, de
1/06/2006.

1.1.2. A empresa interessada em exportar produtos precisa incluir tal atividade no contrato
social? Quais os procedimentos deverei tomar?
Sim. O representante da empresa deverá se dirigir à junta comercial de sua localidade e proceder a altera-
ção de objetivo no contrato social, especificando a inclusão de operação da atividade de exportação e/ou
importação. As juntas comerciais são órgãos locais com funções executora e administradora dos serviços de
registro, a quem incumbe a execução de Registro de Empresas Mercantis e são regulamentadas pelo Depar-
tamento Nacional de Registro de Comércio, da Secretaria de Comércio e Serviços, do MDIC.
Base Legal: Lei nº 8.934, de 18/11/1994 e Decreto nº 1.800, de 30/01/1996.

1.1.3. Sou artista plástico e exporto minhas obras por meio de empresa especializada em co-
mércio exterior. Posso, eu mesmo, exportar minhas obras?
Sim. Pessoas físicas também podem exportar mercadorias desde que as mesmas sejam cadastrados junto à
Secretaria de Comércio Exterior, ou a entidades por ela credenciadas.
Base Legal: Port. SECEX 15, de 17/11/2004 (com alterações promovidas até a Port. Secex nr. 14/2006).

1.1.4. Fiz todos os procedimentos para o credenciamento de empresa exportadora. Como con-
seguir a senha de acesso?
Após o credenciamento / habilitação de empresa exportadora, nos cadastros REI / RADAR e no SISCOMEX,
efetuado pelo exportador ou por intermédio de representante credenciado, o próximo passo é dirigir-se a
uma repartição da Secretaria da Receita Federal, a fim de obter a senha (vinculada ao CPF / CNPJ) de acesso
ao Sistema.
Base Legal: Port. SECEX nº 15, de 17/11/2004 (com alterações promovidas até a Port. Secex nº 14/2006).

1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Saída de Mercadorias


1.2. Registro/ Credenciamento

1.2.1. Estou fazendo levantamento preliminar sobre a viabilidade de inserção de minha em-
presa no comércio exterior. Quais as modalidades de habilitação no SISCOMEX ?
O procedimento de cadastramento e habilitação para operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior
SISCOMEX, que é o sistema de processamento e controle administrativo das operações de comércio exterior,
pode ocorrer em quatro modalidades, a saber:
a) ordinária, para pessoa jurídica que atue habitualmente no comércio exterior; prazo do procedimento de
habilitação: até 30 (trinta) dias;
b) especial, para órgãos da administração pública direta, autarquias e fundações públicas e outras institui-
ções extraterritoriais; prazo do procedimento de habilitação: 10 (dez) dias;
c) simplificada, para pessoas físicas e jurídicas que atuem eventualmente no comércio exterior ou na Zona
Franca de Manaus, ou para as pessoas jurídicas que exerçam atividades sem fins lucrativos; prazo do proce-
dimento de habilitação: 10 (dez) dias;
d) restrita, para pessoa física ou jurídica que tenha operado anteriormente no comércio exterior, exclusiva-
mente para realização de consulta ou retificação de declaração; prazo do procedimento de habilitação: 10
(dez) dias; e
e) especial, para órgão da administração pública direta, autarquia e fundação pública, órgão público autôno-
mo, organismo internacional e outras instituições extraterritoriais.
Deferido o pedido de habilitação no SISCOMEX, a unidade executora do procedimento providenciará a co-
municação ao interessado, pessoa física responsável pela pessoa jurídica, sobre a habilitação no Ambiente de
Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR).
Base Legal: Port. SECEX nº 15, de 17/11/2004 (com alterações promovidas até a Port. Secex nº 14/2006); IN SRF nº 455, de 5/10/2004; IN SRF nº
650, de 12/05/2006.

1.2.2. Além do REI / SISCOMEX / RADAR, existe algum outro registro de habilitação que o ex-
portador deverá efetuar?
Não. A propósito, caso a empresa não tenha condições, ou interesse, de efetuar o registro de suas operações
de exportação no SISCOMEX, poderá recorrer aos bancos autorizados a operar câmbio, às sociedades cor-
retoras de câmbio, aos despachantes aduaneiros e aos órgãos da administração direta e indireta que atuam
no comércio exterior, os quais estão autorizados a efetuar esses registros, desde que por conta e ordem dos
exportadores.
Base Legal: Port. SECEX nº 15, de 17/11/2004 (com alterações promovidas até a Port. Secex nº 14/2006); IN SRF nº 455, de 5/10/2004; IN SRF nº
650, de 12/05/2006.

1.2.3. Sendo produtor rural (sem CNPJ), como obter credenciamento para pessoa física para
exportar?
A inscrição no REI continua sendo a condição básica, mediante a qual o interessado obtém credenciamento
para processar o SISCOMEX.
O procedimento de habilitação de pessoa física, qualificada como produtor rural, pecuarista, artesão, artista
ou assemelhado, para a prática de atos no SISCOMEX, será executada mediante requerimento do interessado
na modalidade simplificada e será formalizada com a apresentação dos seguintes documentos:
I – cópia do documento de identificação;
II – instrumento de mandato do representante e cópia de seu documento de identificação, quando for o
caso;
III – nota fiscal de produtos rurais, quando for o caso; e
IV – cópia da carteira de artesão, quando for o caso.
Após o deferimento da ficha de habilitação no Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Inter-
venientes Aduaneiros ( RADAR ), a unidade executora do procedimento de habilitação da pessoa física da SRF
efetuará o cadastro do representante legal diretamente no SISCOMEX.
Base Legal: Port. SECEX 15, de 17/11/2004 (com alterações promovidas até a Port. Secex nr. 14/2006); IN SRF nr. 455, de 5/10/2004; IN SRF nr.
650, de 12/05/2006; Ato Declaratório Executivo Coana nr. 3, de 1º/06/2006.
1.2.4. Tenho a intenção de formar empresa Comercial Exportadora. Existe legislação específica
para empresa Comercial Exportadora?
Sim. As operações efetuadas por empresa comercial exportadora caracterizam, principalmente por exportar
produtos de diferentes fornecedores, redução de custos operacionais, estoques que permitam regularidade
no fornecimento etc. Será considerada Empresa Comercial Exportadora aquela que obtiver Certificado de
Registro Especial, expedido pelo Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) e pela Secretaria
da Receita Federal (SRF). A empresa que pleitear o registro especial deverá satisfazer os seguintes requisitos:
I) possuir capital mínimo estipulado;
II) constituir-se sob forma de ações;
III) não haver sido punida etc.
Portanto, a legislação que rege as empresas “Comercial Exportadora” não é a mesma que rege empresas ex-
portadoras.
Base Legal: Portaria 15, de 17/11/2004; Dec.Lei nº 1.248/72; Resolução CMN nº 1.928, de 26/05/1992

1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Saída de Mercadorias


1.3. Tratamento Administrativo e Documentos Utilizados

1.3.1. Estou iniciando na atividade de exportação e, no processo de exportação existem vários


documentos utilizados em suas mais distintas funções. Afinal, quais são os principais docu-
mentos e quem são os responsáveis por suas emissões?
Os documentos de exportação devem ser emitidos pelo exportador, em inglês ou no idioma do país importa-
dor. No processo de exportação, é necessário uma série de outros documentos, que são exigidos para o trans-
porte de mercadorias. Independente do meio de transporte, os documentos para embarque de mercadorias
ao exterior serão os mesmos. Além dos documentos de registro eletrônico relativos ao credenciamento do
exportador junto aos órgãos governamentais, os principais são:
• Fatura Pro Forma:
Documento que inicia a negociação. É o manifesto de intenção de realização da operação comercial (emitido
pelo exportador);
• Fatura Comercial:
Documento necessário ao desembaraço aduaneiro pelo importador, contém todos os elementos da transação
efetuada, bem como das características da mercadoria (emitido pelo exportador);
• Registro de Exportação (RE):
Documento eletrônico que tem a finalidade de registrar as operações comercial, fiscal, cambial e aduaneira
(emitido pelo exportador no Siscomex);
• Comprovante de Exportação (CE):
Documento emitido pela Secretaria da Receita Federal que consubstancia a operação de exportação e que
comprova o efetivo embarque da mercadoria;
• Romaneio (Packing List):
Lista na qual se relaciona descrição detalhada dos produtos a serem embarcados (emitido pelo exportador)
• Nota Fiscal:
Documento que acompanha a mercadoria no mercado interno a nota fiscal precisa ser liberada pela Secreta-
ria da Receita Federal para o embarque ao exterior (emitida pelo exportador);
• Conhecimento de Embarque (marítimo, aéreo, rodoviário, ferroviário):
Documento que atesta o recebimento da carga, as condições de transporte e a obrigação de entrega da mer-
cadoria ao destinatário. Aceito pelos bancos como garantia de que a mercadoria foi embarcada (emitido pela
empresa transportadora);
• Declaração de Despacho de Exportação (DDE):
Obtida por meio eletrônico, é o procedimento fiscal mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro
da mercadoria destinada ao exterior, seja ela exportada a título definitivo ou não.
• Certificado (Origem; Fitossanitário; Inspeção etc.):
Documento utilizado pelo importador habilitando-o a beneficiar-se de isenção ou redução do imposto de
importação, seja por força de acordos comerciais ou por exigências impostas pela legislação. A emissão de
certificados pode estar vinculada a exigências administrativas, sanitárias etc. (emitido por entidades creden-
ciadas pela SECEX/MDIC);
•Contrato de Câmbio:
Documento que formaliza as operações de troca de moeda estrangeira por moeda nacional quando se ex-
porta mercadorias. No âmbito externo eqüivale à nota fiscal (contratado pelo exportador a banco autorizado
pelo Banco Central a operar câmbio);
Base Legal: Dec. 4.543, de 26/12/2002.

1.3.2. Minha empresa pretende exportar confecções e fui informado sobre a exigência da “Fa-
tura Visada”. Onde posso obter informações sobre a emissão desse documento?
As exportações de produtos têxteis (confecções) estão sujeitas a controle de cotas quando destinadas aos
Estados Unidos/Porto Rico, Canadá e países da União Européia.
Nesse sentido, o primeiro passo a ser dado por uma empresa que pretenda exportar confecções para esses
países é saber, junto ao DECEX, se o produto que está sendo negociado sujeita-se a controle de cotas. Em
caso positivo, será necessária a apresentação de um carimbo “Visa” que deverá ser aposto na fatura comer-
cial, no caso de exportações para os EUA e Porto Rico, e de Licença de Exportação (LE) e Certificado de Origem
para a União Européia e o Canadá. A emissão dos documentos estão sujeitas a autorização do DECEX, nas
agências do Banco do Brasil.
Base Legal: Acordo de Vistos entre e o Governo do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América, relativo a têxteis e artigos têxteis, de
19/10/1988.

1.3.3. Minha empresa está exportando para empresas da Argentina. Como provar que os
produtos exportados são de origem brasileira e poder beneficiar-se das reduções ou isenções
tributárias no âmbito do MERCOSUL?
O documento que autentica a origem de um produto no âmbito do MERCOSUL é o Certificado de Origem.
A legislação que dispõe sobre o Certificado de Origem do MERCOSUL esclarece que é considerado originário
da região, qualquer produto que possua pelo menos 60% de valor agregado regional.
Base Legal: Dec. nº 5.455, de 02/06/2000.

1.3.4 Estamos fechando um contrato da próxima safra de arroz para a Flórida, nos Estados
Unidos. Precisamos, para tanto, enviar amostras, (20 kg) do produto para a empresa importa-
dora, segundo a legislação americana o envio pelos Correios não é permitido. Como proceder
para enviar o material para a análise naquele país?
A amostra do produto em questão poderá ser enviada ao amparo da legislação que dispõe sobre a Declara-
ção Simplificada de Exportação – DSE. O despacho aduaneiro de exportação será processado com base em
declaração formulada mediante a utilização dos modelos de formulários da DSE e Folha Suplementar dos
Anexos VI e VII. A legislação contempla a exportação de amostras, realizadas por pessoas físicas ou jurídicas,
sem cobertura cambial e sem finalidade comercial, cujo valor não ultrapasse US$ 1,000 (mil dólares dos Es-
tados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 155, de 22/12/1999; Alterada pela IN SRF nº 125, de 25 de janeiro de 2002; Alterada pela IN SRF nº 242,
de 6 de novembro de 2002; Alterada pela IN SRF nº 427, de 15 de junho de 2004; Revogada pela IN SRF 611, de 18 de janeiro de 2006.
1.3.5 Estamos fazendo pequena partida de exportação de confecções (moda praia) para os
Estados Unidos. A exportação poderá ser feita por meio do Registro de Exportação Simplifica-
do?
Não. A exportação de têxteis (confecções) para os Estados Unidos da América está atrelada a limites contin-
genciados. Por se tratar de produto nesta condição a operação não poderá ser realizada mediante a utilização
do Registro de Exportação Simplificado – RES.
Não se aplicam, também, ao RES – Exportação, as operações vinculadas ao Regime Automotivo ou sujeitas à
incidência do imposto de exportação ou, ainda, a procedimentos especiais.
Base Legal: COM. DECEX nº 25/98; Circ. BCB nº 2.836, de 08/09/98; Carta-Circular BCB nº 2.947, de 06/12/2000; Circular BCB nº 2.967, de
11/02/2000; Carta-Circular BCB nº 2.816, de 21/09/1998.

1.3.6 Como posso efetuar uma exportação na modalidade em consignação e quais são os pro-
dutos passíveis de venda?
A exportação em consignação implica a obrigação de o exportador comprovar dentro de prazos, contados
da data do embarque, o ingresso de moeda estrangeira, pela venda da mercadoria ao exterior, na forma da
regulamentação cambial, ou o retorno da mercadoria:
As mercadorias classificadas nos capítulos 2 a 13 e 23 da NCM/SH tem prazo até 180 (cento e oitenta) dias; e
as demais até 360 (trezentos e sessenta) dias.
Poderá ser concedida pelo DECEX/MDIC, desde que devidamente justificada, uma única prorrogação por pra-
zo, no máximo, idêntico ao originalmente autorizado.
Todos os produtos da pauta de exportação brasileira são passíveis de venda em
consignação, exceto aqueles relacionados no Anexo “R” da Portaria SECEX nº 35, de 24/11/2006.
Base Legal: Port. SECEX nº 35, de 24/11/2006.

1.3.7 Existe no Brasil lista de produtos cuja exportação esteja proibida no âmbito dos produtos
florestais?
Sim. A exportação de mercadorias classificadas como dos produtos e subprodutos oriundos da flora brasilei-
ra, nativa ou exótica, é regulamentada respeitando as demais legislações que regulamentam as exportações
brasileiras.
As categorias de exportação leva em consideração a origem, natureza, espécie, quantidade, qualidade, grau
de industrialização e outras, consoantes à política de preservação e conservação dos recursos naturais reno-
váveis, são elas:
I - Livre: refere-se a mercadoria sem restrição a sua comercialização. Todavia, devem ser observadas as normas
gerais e/ou tratamentos administrativos que orientam a sua exportação.
II - Limitada: refere-se a mercadoria sujeita a procedimentos especiais ou a contingenciamento, observado, no
que couber, as normas gerais e/ou tratamento administrativos que orientam a sua exportação.
III - Suspensa: refere-se a mercadoria impedida temporariamente de ser exportada.
IV - Proibida: refere-se a mercadoria cuja saída do território nacional é vedada, considerando-se como tal
aquela que assim esteja prevista em lei e tratados ou convenção internacional firmado pelo Brasil.
As mercadorias que têm sua exportação limitada, suspensa ou proibida, em virtude de legislação ou em
decorrência de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, estão relacionadas no anexo da Portaria
IBAMA nº 83, de 15/10/1996.
Base Legal: Portaria IBAMA nº 83, de 15/10/1996.
1.3.8. Gostaria de obter informações sobre o documento “Memorando de Exportação”.
O Memorando de Exportação é um documento vinculado à legislação estadual, criado com a finalidade de
estabelecer controle das operações de mercadorias contempladas com a desoneração do ICMS, nas vendas
de mercado interno conduzidas com fim específico de exportação.
A Secretaria da Receita Federal divulgou, por meio do Convênio ICMS 107, de 26/12/2001, modelo do Me-
morando de Exportação.
Base Legal: O Conv. ICMS nº 113, de 13/12/96 (alterado pelos Convs. ICMS nºs 54, de 23/05/97; 34, de 19/06/98; 107, de 26/12/01; e 61, de
04/07/03).

1.3.9. Como é feita a emissão de nota fiscal de empresa que entrega seus produtos à empresa
exportadora?
A nota fiscal é o documento que deve acompanhar a mercadoria desde a saída do estabelecimento do expor-
tador até a chegada no local de embarque. É emitida em moeda nacional, com base na conversão do preço
FOB em reais, pela taxa de compra do dólar americano do dia de sua emissão.
Na exportação indireta, que é quando uma empresa entrega seus produtos à outra, com a finalidade de ex-
portação, a nota será emitida em nome da empresa que efetuará a operação de exportação.
A emissão da nota fiscal é fundamental para que o exportador tenha acesso aos incentivos fiscais da expor-
tação, tais como o IPI e o ICMS.
Base Legal: Dec. nº 2.637/98.

1.3.10. Na exportação FOB é necessária a apresentação de Certificado de Apólice de Seguro?


Não. A apresentação do Certificado de Apólice de Seguro só é obrigatória na modalidade de exportação (CIF)
- Custo, Seguro e Frete. Nessa modalidade todas despesas, inclusive seguro marítimo e frete, até a chegada
da mercadoria no porto de destino designado correm por conta do vendedor.
Base Legal: incoterms 2000 (CIF).

1.3.11 Existe nova regulamentação para a exportação de produtos vegetais orgânicos?


Sim. No objetivo a identificar a exportação de produtos orgânicos, a Câmara de Comércio Exterior (CAMEX)
e a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) implementaram normas a serem adotadas quando do preenchi-
mento do Registro de Exportação (RE) no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
Agora basta informar o código 80180 no campo 2.a do RE (Enquadramento da operação) e o nome da certi-
ficadora no campo 11. Todos os demais campos devem ser preenchidos normalmente, inclusive os referentes
aos códigos NCM e Naladi/SH (campos 10.a e 10.c).
Base Legal: Resolução SECEX nº 13, de 08/07/2006.

1.3.12. Fabricamos capacetes para condutores e passageiros de motocicletas. Como obter cer-
tificação para exportação do produto?
A certificação dada a capacetes para condutores e passageiros de motocicletas é do tipo certificação compul-
sória, que é regulamentada por lei ou portaria de um órgão regulamentador, como por exemplo o INMETRO.
A compulsoriedade dá prioridade às questões de segurança, saúde e meio ambiente, assim os produtos lis-
tados nas regulamentações apenas podem ser comercializados com a certificação.
Para obter a certificação de produto, é necessário contatar um dos Organismos de Certificação de Produto
credenciados pelo Inmetro. A lista dos Organismos de Certificação encontra-se disponível no sítio do Insti-
tuo.
Base Legal: Resolução Contran nº 20 de 17/02/1998; Portarias do Inmetro nº 178 de 20/11/1996; nº 086 de 24/04/2002 e nº 097 de 14/05/2002;
NBR nº 7.471.
1.3.13. Empresa de grande porte pode utilizar o Registro de Exportação Simplificado?
Sim. O Registro de Exportação Simplificado foi criado a fim de facilitar as empresas que realizam operações
de exportação não superior a US$ 20 mil, independente de sua classificação de porte.
Os benefícios, entre outros, da utilização do RES, em relação ao Registro de Exportação (RE) são: o número de
campos para o preenchimento ser bastante reduzido; e a formalização da operação na parte cambial ocorrer
mediante assinatura de simples boleto, por parte dos exportadores.
Base Legal: Comunicado DECEX nº 25, de 24/09/1998; Portaria SECEX nº 15, de 17/11/2004.

1.3.14. Somos produtores de café e temos interesse de exportá-lo em grão. Quais os requisitos
para atingir essa meta? Quais são as exigências? Necessita de algum tipo de certificação?
Sim. As exportações de café no Brasil estão sujeitas ao Registro de Venda – RV. O exportador obriga-se a apre-
sentar à SECEX, informações ou documentação comprobatória das operações. A ANVISA, Órgão Anuente,
publicou regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade para café torrado, o MAPA aprovou o
regulamento técnico de identidade e de qualidade para a classificação do café beneficiado em grão cru e, o
MDIC publicou portaria que trata sobre a emissão dos certificados de origem do café, exigidos por força do
Acordo Internacional do Café.
Base Legal: Resolução Anvisa 277, de 22/09/2005; Instrução Normativa MAPA nº 8, de 11/06/2003; Portaria MDIC 219, de 19/12/2002 e Portaria
SECEX nº 15, de 23/11/2004.

1.3.15. Empresa interessada em exportar charutos, gostaria de saber se existe algum procedi-
mento especial para efetuar a operação?
Não. A exportação de charutos e cigarrilhas, contendo fumo (tabaco), é livre, ou seja, o tratamento admi-
nistrativo é normal e não há qualquer restrição à saída da mercadoria. Ao produto não incide o Imposto de
Exportação. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é de 30% (trinta por cento). Não é admissível a
exportação em consignação. A exportação do produto é financiada, se de interesse do exportador, pelo PRO-
EX em até 6 meses.
Base Legal: Portaria MDIC nº 58, de10/04/2002; MICT 369/94.

1.3.16. Pretendo exportar nossos produtos, destinados a alimentação animal, à Comunidade


Européia e o importador exigiu um documento chamado “Declaração de Livre Venda”. Onde
posso encontrar esse documento?
A Declaração de Livre Venda é um documento emitido pelo Serviço de Fiscalização e Fomento da Produção
Animal (SFFA/DFPA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que regulamenta os procedi-
mentos para a exportação de produtos destinados à alimentação animal. Os requisitos básicos para a emis-
são do documento são: 1) o estabelecimento deve ser registrado no SFFA como fabricante; 2) o produto a
ser exportado poderá, em alguns casos, não ser registrado no SFFA e; 3) anexar as exigências oficiais do país
importador.
Estão disponíveis ao exportador, no Ministério da Agricultura, quatro modelos de declarações: 1) Declaração
de Livre Venda para Estabelecimento e Produto; 2) Declaração de Livre Venda para Estabelecimento; 3) Certi-
ficado Sanitário para a União Européia e; 4) Certificado Sanitário para Demais Países.
Base Legal: Dec. 76.986, de 06/01/2003.
1.3.17. Na exportação de medicamento feita por nossa empresa o importador solicitou o
“Certificado de Não-Objeção”. Como obter o documento?
O Certificado de Não-Objeção é um documento expedido pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), do
Ministério da Saúde, certificando que as substâncias ou medicamentos objeto da exportação não estão sob
controle especial no Brasil.
Base Legal: Portaria ANVISA nº 344, de 12/05/1998. (atualizada pela Resolução RDC nº 98, de 20/11/2000; Resolução RDC nº 178, de 17/05/2002;
Resolução RDC nº 18, de 28/01/2003).

1.3.18 Minha empresa é fabricante de vinho, que é aprovado e certificado pelo Ministério da
Agricultura e pela ANVISA. Estamos viabilizando a exportação do produto para o Japão. O re-
gistro e a aprovação no Ministério da Agricultura é pré-requisito para o mercado japonês?
Sim. Este é o primeiro passo dado pelo exportador para que o produto seja introduzido no mercado inter-
nacional. Produtos classificados como alimentos e bebidas têm rigoroso controle sanitário. No Brasil esses
produtos passam por análises físico-químicas e/ou microbiológicas de registro, orientação e controle de ex-
portação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministério da Saúde, de acordo com a
legislação, regulamento técnico e normas referentes aos Padrões de Identidade e Qualidade fixados.
Sendo o Japão um dos mais rigorosos países em termos de controle de padrões saudáveis e de qualidade,
o produto passará por novas análises de comprovação de conformidade e/ou adequação daquele país, con-
forme a “Lei Sanitária de Alimentos - (Food Sanitation Law)” e outros regulamentos estabelecidos para a
importação de produtos devido a motivos de manutenção de saúde e ordem públicas. Vale lembrar que, a
alfândega japonesa funciona como autoridade máxima local e é responsável pelo controle do cumprimento
de todas as leis que regulam as exportações e importações do país. O Órgão responsável pela certificação e
homologação de produtos é a “Japan External Trade Organization – JETRO”.
Base Legal: Resolução ANVISA RDC nº 286, de 28/10/2005; Dec. 2.314, de 05/09/1997, 5.305, de 14/12/2004; Lei 7.678, de 08/11/1998, 10.970,
de 12/11/2004; IN MAPA nº 2, de 02/02/2006; nº 5, de 06/05/2005, nº 12, de 24/05/2006, nº 2 de 27/01/2005; Portaria MAPA nº 2.535, de
24/10/2003; Dec. nº 3.029, de 16/04/1999.

1.3.19.Minha empresa está registrada com um nome, porém, quero criar outro e uma marca
mais competitiva para lançar no mercado internacional. Onde posso registrar essa mudança e
como registrar a criação de logomarca?
O registro de marcas e patentes no Brasil é de responsabilidade do Instituto Nacional de Propriedade Intelec-
tual (INPI). Para obter o registro ou proceder a mudança de uma marca, logomarca ou patente, é necessário
formular o pedido ao instituto que o examinará com base nas normas legais estabelecidas pela Lei da Pro-
priedade Industrial e normas correlatas
A marca fantasia descrita no contrato social, registrada nas juntas comerciais não garantem direitos sobre o
uso da marca. Somente o registro do nome, marca e logomarca no INPI garante a sua proteção. O mesmo
vale para as invenções, elas estarão protegidas somente quando possuir a patente.
Base Legal: Lei 9.279, de 14/05/1996; Lei 10.196, de 16/02/2001

1.3.20. Gostaria de saber se posso implantar criadouro de pássaros silvestres com a finalidade
de venda no mercado interno e de exportação?
Sim. Os criadouros com fins econômicos e industriais serão enquadrados nas categorias de Criadouro de Es-
pécimes da Fauna Silvestre Brasileira e Exótica para fins Comerciais - pessoa jurídica e pessoa física.
O interessado em implantar criadouro com fins econômicos de animais da fauna silvestre brasileira deverá
protocolar carta-consulta na Superintendência do IBAMA onde pretende instalar o empreendimento, pre-
encher e assinar formulário padrão de Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou
Utilizadoras de Recursos Naturais e anexar:
a) cópia dos documentos de identificação da pessoa física (Identidade e CPF) e da pessoa jurídica, no caso de
empresa (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica -CNPJ, Contrato Social atualizado, CPF e Identidade do diri-
gente);
b) localização do empreendimento e forma de acesso, com croqui da localização do criadouro na proprieda-
de;
c) objetivo da criação e sistema de manejo; e
d) estimativa da quantidade inicial de matrizes e reprodutores, com nome popular e científico da(s) espécie(s)
e sua procedência.
Base Legal: Lei nº 5.197, de 03/01/1967; Lei nº 9.605, de 12/02/1998; Decreto nº 3.179, de 21/09/1999; Portaria IBAMA nºs. 117 e 118, de
15/10/1997; Portaria IBAMA nº 93, de 07/07/1998; Instrução Normativa nº 01, de 15/05/1999

1.3.21. Qual a diferença entre a exportação direta e indireta?


Na Exportação Direta o exportador conduz todo o processo, desde os primeiros contatos com o importador
até a conclusão da operação de venda.
Nesse caso, o exportador cuida de todos os detalhes, desde a comercialização e entrega do produto até a
cobrança, o produto exportado é faturado pelo próprio produtor ao importador
Embora mais ambiciosa, essa modalidade pode ser a mais lucrativa e propiciar um maior crescimento no mer-
cado internacional, embora com mais riscos.
Na Exportação Indireta, o produtor utiliza os serviços de uma outra empresa, cuja função é encontrar compra-
dores para os seus produtos. Esta modalidade requer a participação de uma empresa mercantil, que adquire
mercadorias de indústrias ou produtores no mercado interno para posterior exportação.
Referências:
http://www.aprendendoaexportar.gov.br/

1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Saída de Mercadorias


1.4. Despacho Aduaneiro

1.4.1. Quais os procedimentos adotados para a realização do Despacho Aduaneiro de Expor-


tação?
O despacho aduaneiro de mercadorias na exportação é o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a
exatidão dos dados declarados pelo exportador em relação às mercadorias, aos documentos apresentados e
à legislação específica, com vistas a seu desembaraço e a sua saída para o exterior.
A maioria das mercadorias exportadas é submetida ao despacho aduaneiro comum de exportação, em algu-
mas situações, o interessado pode optar pelo despacho aduaneiro simplificado.
Despacho Aduaneiro com Registro no Siscomex. O Despacho aduaneiro é processado no Sistema Integrado de
Comércio Exterior (Siscomex), após o interessado providenciar a sua habilitação para utilizar o Siscomex.
Despacho Aduaneiro sem Registro no Siscomex. Em algumas situações, também podem ser utilizados formu-
lários específicos para o despacho aduaneiro de bens que serão submetidos ao Regime Especial de Exportação
Temporária.
Base Legal: Instrução Normativa SRF no 611, de 18/01/2006; Alterada pela IN SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006; Instrução Normativa RFB no
560/05.
1.4.2. Estamos efetuando uma partida na modalidade de exportação temporária. Essa moda-
lidade está sujeita ao despacho aduaneiro normal?
Sim. Todas as mercadorias estão sujeitas ao despacho aduaneiro, até aquelas mercadorias classificadas nos
regimes especiais como as exportações temporárias.
Base Legal: Instrução Normativa nº 27, de 28/04/1994; Alterada pela IN SRF nº 63, de 2 de julho de 1998. Alterada pela IN SRF nº 103, de 20 de
agosto de 1998. Alterada pela IN SRF nº 13, de 11 de fevereiro de 1999. Alterada pela IN SRF nº 155, de 22 de dezembro de 1999. Alterada pela
IN SRF nº 156, de 10 de maio de 2002. Alterada pela IN SRF nº 354, de 01 de setembro de 2003.Alterada pela IN SRF nº 471, de 12 de novembro
de 2004. Alterada pela IN SRF nº 510, de 14 de fevereiro de 2005.

1.4.3. Fui informado que sem a nota fiscal não se realiza o despacho aduaneiro de exportação.
Quais os documentos necessários para a realização do Despacho Aduaneiro de Exportação?
Sim. Sem a nota fiscal realmente o despacho aduaneiro de exportação não poderá ser iniciado. Os documen-
tos necessários para o início do despacho de mercadorias são:
• Registro de Exportação – RE;
• Primeira via da Nota Fiscal;
• Original do Conhecimento de Carga ou Manifesto Internacional de Carga, por via terrestre, fluvial ou lacus-
tre;
• Outros documentos que a legislação especificar, como, certificados (Sanitário, Fitossanitário, de Classifica-
ção, etc.).
Quando se tratar de exportação para países membros do Cone Sul, o Manifesto Internacional de Carga
pode ser substituído pelo Manifesto Internacional de Carga Rodoviária/Declaração de Trânsito Aduaneiro
(MIC-DTA), para transporte rodoviário ou, pelo Conhecimento – Carta de Porte Internacional / Declaração de
Trânsito Aduaneiro (TIF/DTA), para transporte ferroviário.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 28 de 27 de abril de 1994.

1.4.4. Temos a intenção substituir gradualmente os despachantes aduaneiros profissionais,


contratados especificamente para executar os serviços demandados por nossa empresa. A
intenção, agora, é criar departamento de exportação com pessoal que poderia desempenhar
essa função. Somente os despachantes aduaneiros profissionais podem exercer essa ativida-
de?
Sim. O Despachante Aduaneiro pratica atos relacionados com o procedimento fiscal de despacho aduanei-
ro, os quais, hoje, estão elencados, basicamente, no artigo 1º do Decreto nº 646/92, atual Regulamento do
artigo 5º, do decreto-lei nº 2.472/88. Essas atividades básicas já estavam previstas no artigo 560 do Regula-
mento Aduaneiro baixado com o Decreto nº 91.030/85.
Desse modo, o exercício da profissão de despachante aduaneiro somente será permitido ao inscrito no Regis-
tro de Despachante Aduaneiros, mantido pela Secretaria da Receita Federal.
A Instrução Normativa SRF nº 650, que estabelece procedimentos de habilitação de exportadores para ope-
ração no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), também estabelece critérios para o credencia-
mento de seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.
Base Legal: Dec. nº 91.030, de 05/03/1985; Dec-Lei nº 2.472, de 01/09/1988; Dec. 646, de 09/09/1992; IN SRF nº 650, de 12/05/2006.
1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Saída de Mercadorias
1.5. Regimes Aduaneiros Especiais

1.5.1. Existe no Brasil modalidade de exportação de produto à matriz de empresa estrangeira


quando a mercadoria deverá ser entregue à sua subsidiária no Brasil? A mercadoria, portanto,
não deixará o território brasileiro.
Sim. O regime de Depósito Alfandegado Certificado (DAC), permite que a mercadoria seja exportada sem que seja
caracterizada a sua saída física do território aduaneiro brasileiro, permanecendo em local autorizado pela Secreta-
ria da Receita Federal até que sejam obedecidos os trâmites legais de exportação e posterior importação.
A mercadoria, então, receberá tratamento normal no que diz respeito tanto à parte fiscal, quanto creditícia e
cambial de produto estrangeiro, sujeitando-se à legislação nacional de regência das importações.
A admissão no regime DAC será autorizada para mercadoria vendida a pessoa sediada no exterior, que tenha
constituído mandatário credenciado junto a SRF, mediante contrato de entrega no território brasileiro, à or-
dem do comprador, em recinto autorizado a operar o regime.
Base Legal: Dec. 4.543, de 26/11/2002 arts. 441 a 446; IN SRF nrs. 266, de 23/12/2003, 322, de 24/04/2003, e 362, de 07/10/2003.

1.5.2. Existe algum tipo de incentivo fiscal se eventualmente os produtos que foram por mim
importados fossem exportados?
Sim. No processo normal de importação há a incidência de impostos federais e estaduais, tais como: II, IPI,
ICMS, PIS, COFINS etc.
Existe na legislação brasileira a possibilidade de o importador exportar os produtos adquiridos do exterior,
apenas quando esses produtos sofrerem processo de benecifiamento no País. Desse modo, os impostos reco-
lhidos inicialmente na importação poderão ser restituídos, em forma de créditos.
Estamos falando do regime aduaneiro especial DRAWBACK (restituição). A empresa deve formalizar o pedido
mediante preenchimento do formulário modelo “restituição” (em via única) e entregá-lo à repartição da SRF,
que emitirá o Certificado de Crédito à importação.
Base Legal: Decs.37, de 18/11/66, 4.543, de 26/12/02,4.765, de 24/06/03, Ports. SECEX nr. 4, de 11/06/97, 14, de 17/10/01; IN SRF nr. 168, de
18/06/02; Resol. CAMEX nr. 12, de 18/06/02.

1.5.3. Gostaria de saber se minha empresa pode remeter produto para ser testado/demonstra-
do na Itália.
Sim. A melhor opção operacional é a Exportação Temporária. Modalidade em que se aplica à pessoa jurídica,
independentemente do destino na mercadoria, a suspensão dos tributos devidos na exportação (sem cober-
tura cambial) e na reimportação. O prazo de vigência do regime será de até um ano, prorrogável a juízo da
autoridade aduaneira.
Base Legal: Dec.4.543, de 26/12/2002,Dec. 4.765, de 24/06/2003; IN SRF nr. 319, de 04/04/2003.

1.5.4. Por quanto tempo minha mercadoria pode beneficiar-se do regime especial de entre-
posto aduaneiro de exportação no regime comum?
Na modalidade comum do regime especial de entreposto aduaneiro de exportação o prazo de permanência
da mercadoria, será de um ano, a partir da data de entrada na unidade de armazenagem, prorrogável por
período não superior, no total, a dois anos. Em situações especiais, poderá ser concedida nova prorrogação,
respeitado o limite máximo de três anos.
Base Legal: Dec. nº 4.543, de 26/12/2002 – RA. Art. 356 a 371.
2 - Tratamento Tributário da Saída de Mercadorias
2.1. Imposto de Exportação - I.E.

2.1.1. Qual a sistemática de cálculo do imposto de exportação e quais os produtos que inci-
dem o tributo?
O Imposto de Exportação é um tributo que tem como fato gerador a saída da mercadoria do território aduanei-
ro. Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto o preço de venda das mercadorias exportadas
não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou produção, acrescido dos impostos e das contribuições
incidentes e de margem de lucro de quinze por cento sobre a soma dos custos.
A incidência de tributos internos não afetam todas as exportações, uma vez que essa medida obedece a regras
internacionais. Nesse sentido, a finalidade desse tributo é apenas regulatório, incidindo a tributação somente a
alguns produtos que demandam interesse econômico, social etc; dentre eles:
- Peles de bovinos, ovinos e equídeos; e outras peles em bruto: alíquota de 9% (nove por cento) de IE;
- Papel para cigarros; cigarros; fumo; armas e munições. alíquota de 150% (cento e cinqüenta por cento) de IE.
Base Legal: Dec.Lei 1.578, de 23/12/1977; Port. SECEX nr. 12/03 e 15/04.

2 - Tratamento Tributário da Saída de Mercadorias


2.2. Outros Impostos, Taxas e Contribuções

2.2.1. Estou elaborando a formação de preços para os produtos que exporto. Como não in-
cide o imposto de exportação, que outros impostos serão excluídos da planilha de preço de
exportação?
Sobre a questão da não incidência do imposto de exportação na formação de preço, igualmente, os demais
tributos federais, estaduais e municipais incidentes no mercado interno não fazem parte da base de cálculo
da formação de preço, a saber:
- IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): imunidade;
Base Legal: Dec.4.543/2002 Art. 18 inciso II § 2º.

- Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS): não-incidência;


Base Legal: LCP 87/1996 Art. 3º, inciso II (alterações: LCP 92/1997; 99/1999;102/2000; 114/2002; 115/2002; 120/2005).

- Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP), (Cumulativo


e Não-cumulativo): não-incidência;
Base Legal: Lei nº 10.637/2002 (alterações Leis 11.196/2005 e 11.307/2006);

- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) - (Cumulativo e Não-cumulativo): não


incidência.
Base Legal: Lei 10.833/2003, Art. 6º, inciso I.

- Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza (ISS): não incidência.


Base Legal: Lei Complementar nº 116, de 31/07/2003

2.2.2. Gostaria de saber, no âmbito da carga tributária, quais as obrigações terá o exporta-
dor?
Para o exportador restam apenas os pagamentos relativos ao Imposto de Renda – IR, e a Contribuição Social
sobre o Lucro (CSSL).
Base Legal: Lei nº 7.689, de 1988 alterada pela Lei nº 8.034, de 12/04/1990, Lei nº 8.212, de 24/07/1991, Lei nº 8.541, de 23/12/1992, Lei nº
8.981, de 20/01/1995, Lei nº 9.065, de 20/06/1995, de Lei nº 9.249, de 26/12/1995).
2.2.3. O Adicional sobre o Frete para a Renovação da Marinha (AFRMM), incide também nas
exportações?
Não. O Adicional sobre o Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), instituído Decreto-Lei no
2.404, de 23 de dezembro de 1987, destina-se a atender aos encargos da intervenção da União no apoio ao
desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileiras, e constitui
fonte básica do Fundo de Marinha Mercante (FMM).
O fato gerador do AFRMM é o início efetivo da operação de descarregamento da embarcação em porto brasi-
leiro, ou seja, apenas na importação. O AFRMM não incide sobre a navegação fluvial e lacustre, exceto sobre
cargas de granéis líquidos, transportadas no âmbito das regiões Norte e Nordeste.
Base Legal: Dec.Lei nº 2.404, de 23 /12/1987; Lei nº 10.893, de 13/07/2004.

2.2.4. Minha empresa vai participar de feira promocional no exterior. Existe regulamento, no
Brasil, sobre a redução ou isenção de IR na remessa de recursos para pagamento de despesas
com promoção comercial?
Sim. O Governo regulamentou a redução a zero da alíquota do Imposto de Renda incidente nas remessas,
para o exterior, destinadas exclusivamente ao pagamento de despesas relacionadas com:
I) pesquisa de mercado para produtos de exportação;
II) participação em feiras, exposições e eventos semelhantes; e
III) propagandas realizadas no âmbito desses eventos.
Base Legal: Medida Provisória nº 2.159-70, de 27/08/2001; Dec. 5.183, de 13/08/2004; Portaria SECEX nº 12, de 25/08/2004.

3 - Aspectos Fiscais e Financeiros da Saída de Mercadorias


3.1. Isenção de Pagamento

3.1.1. Participamos de cooperativa rural e vendemos toda a produção para empresa exporta-
dora. Teremos isenção dos impostos internos na compra de insumos, tais como: ração, vacina
etc.?
Sim. As compras internas, com fim exclusivamente de exportação, serão comparadas e observarão o mesmo
regime e tratamento fiscal que as importações desoneradas com fim exclusivamente de exportação feitas sob
o regime de Drawback , ou seja:
• ICMS, isenção;
• PIS e COFINS, isenção;
• IPI, isenção;
• ISS, não incidência.
Base Legal: Lei 8.402, de 08/01/1992; Lei 9.532, de11/12/1997 (com alterações).

3.1.2. Minha empresa produz e exporta software. Existe incentivos direcionados a empresas
que atuam no segmento de pesquisa e desenvolvimento desses produtos?
Sim. O Governo brasileiro publicou dois decretos que regulamentam a nova Lei de Informática. São regras
de incentivos fiscais para os produtores de bens e serviços de informática e automação. Para receber os be-
nefícios as empresas serão obrigadas a apresentar projetos ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que serão
analisados pelo Grupo Técnico Interministerial de Análise de Processo Produtivo Básico (PPB). A coordenação
do grupo ficará a cargo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O Decreto
nº 3.801 estabelece os tipos de atividades de desenvolvimento e pesquisa em tecnologia da informação e os
tipos de institutos de pesquisa ou entidades de ensino que se enquadram na lei.
Base Legal: Lei 8.248, de 23/11/1991; Lei 10.176, de 11/01/2001; Dec. 3800, de 23/04/2001, Dec. 4.401, de 02/10/2002; MPV 100, de 30/12/2002;
Lei 10.664, de 23/04/2003, Lei 11.077, de 31/12/2004; Dec. 5.906, de 27/09/2006.

3.1.3. Minha empresa pretende enviar material promocional (brindes) à empresa filial na Ar-
gentina. Na entrada dos produtos na alfândega daquele país, incidirá algum tributo?
Não. A importação de material promocional proveniente dos Estados-Partes do MERCOSUL ou a eles des-
tinados, para ser utilizado ou distribuído gratuitamente na ocasião ou em função da realização de feiras,
exposições, congressos etc., é isenta de tributos. Aos brindes e semelhantes, assim consideradas mercadorias
adequadas a fins estritamente promocionais, será observado o limite de valor (FOB) de US$ 5,000.00 (cinco
mil dólares), por expositor.
A saída, o ingresso e a circulação no País dos bens destinados aos demais Estados-Partes do MERCOSUL ou
deles provenientes, poderá ocorrer mediante a simples apresentação do formulário Declaração Aduaneira de
Material Promocional (DAMP), acompanhado de comprovantes da realização do evento e da participação do
solicitante.
Base Legal: Resolução GMC nº 121/96; Instrução Normativa SRF nº 10, de 31/01/2000.

3.1.4. As missões diplomáticas poderão ser ressarcidas do IPI na compra de material para a
reforma de imóvel de seu uso?
Sim. Não somente as missões diplomáticas mas também as repartições consulares de caráter permanente e as
representações de organismos internacionais de que o Brasil faça parte. Também os valores do IPI incidente
sobre produtos adquiridos no mercado interno destinados à manutenção, ampliação ou reforma de imóveis
de seu uso.
O ressarcimento será efetuado mediante requerimento do “Pedido de Ressarcimento de IPI”, no qual consta-
rão, entre outras informações, dados das notas fiscais das aquisições que dão direito ao ressarcimento.
O direito ao crédito somente será reconhecido na hipótese de a legislação do país da missão diplomática so-
licitante oferecer tratamento recíproco ao Brasil.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 600, de 28/12/2005.

3 - Aspectos Fiscais e Financeiros da Saída de Mercadorias


3.2. Incentivos Fiscais

3.2.1. Minha empresa trabalha com reciclagem de material que posteriormente será exporta-
do na forma de embalagem para outros produtos. Optamos pelo Simples (Sistema Integrado
de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
Quais os incentivos fiscais iremos beneficiar no caso de exportação indireta?
Sua empresa se beneficiará de todos os incentivos a que tem direito uma exportação direta. São assegurados
ao produtor-vendedor, nas operações de que trata o art. 228, os benefícios fiscais concedidos por lei para
incentivo à exportação (Decreto-lei nº 1.248, de 1972, art. 3º, com a redação dada pelo Decreto-lei nº 1.894,
de 16 de dezembro de 1981, art. 2º).
Base Legal: art. 228 do Dec. 4.543, de 26/12/2003; Dec-Lei nº 1.248, de 1972, art. 3º, com a redação dada pelo Decreto-lei nº 1.894, de 16 de
dezembro de 1981, art. 2º.
Palavras-chave: Embalagem; reciclagem; incentivos.
3.2.2. Existem no Brasil benefícios para empresas exportadoras que invistam em Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D)?
Sim. Os Programas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial e os Programas de Desenvolvimento Industrial
Agropecuário – PDTI e PDTA, do Ministério da Ciência e Tecnologia, foram os primeiros conjuntos de incenti-
vos fiscais estabelecidos no sentido de estimular as atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nas
empresas brasileiras.
A Lei n.º 11.196, de 21 de novembro de 2005, conhecida como Lei do Bem, objetiva incentivar a capacidade
das empresas desenvolverem internamente inovações tecnológicas quer na concepção de novos produtos
como no processo de fabricação, bem como na agregação de novas funcionalidades ou características ao pro-
duto ou processo que implique melhorias e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior
competitividade no mercado.
Os Programas permitem de forma automática o usufruto de incentivos fiscais pelas pessoas jurídicas que re-
alizem pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.
Podem participar empresas instaladas no País, associações de empresas e associações entre empresas e en-
tidades de pesquisa, que, para fins de desenvolvimento tecnológico, invistam em pesquisa básica dirigida,
pesquisa dirigida, desenvolvimento experimental, e serviço de apoio técnico.
Base Legal: Lei nº 11.196; Lei n.º 8.661, de 2 de junho de 1993; Decreto 949/93; Lei 9.532/97; Lei 10.637/2002

3 - Aspectos Fiscais e Financeiros da Saída de Mercadorias


3.3. Financiamentos

3.3.1. Existe no Brasil algum programa de financiamento para minhas exportações?


Sim. Existem vários tipos de financiamentos às exportações brasileiras. Os mais utilizados são:
- Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), tem o objetivo de financiar o capital de giro, através de ins-
tituição financeira, às empresas exportadoras, na forma de antecipação, para que possam produzir, comer-
cializar os produtos objeto de exportação. O exportador se compromete a entregar a esta instituição, após o
embarque da mercadoria, as respectivas divisas;
- Adiantamento de Cambiais Entregues(ACE), adiantamento feito por instituição financeira ao exportador, em
moeda nacional, após o embarque da mercadoria.
BNDES-exim, Pré e Pós-Embarque é o financiamento disponibilizado pelo BNDES, para apoiar a produção de
bens destinados à exportação;
- Programa de Financiamento às Exportações (PROEX), apóia a exportação de bens e serviços.
Base Legal: Resolução CMN nº 3.399/06; Circular Bacen nº 3.325/06. Portaria MDIC n.º. 375, de 21.12.1999; Portaria MDIC n.º. 58, de 10.04.2002,
Resolução CMN n.º. 2.575, de 17.12.1998; Carta Circular Bacen n.º. 2.881, de 19.11.1999, Portaria MDIC n. 374, de 21.12.1999; Portaria MDIC
n.º 58, de 10.04.2002; Resolução CMN nº 3.219, de 30.06.2004.

3.3.2. Dentre os programas do BNDES voltados ao financiamento à exportação, existe algum


que contempla crédito à pessoa física?
Sim. O BNDES financia pessoas físicas que sejam domiciliadas e residentes no país e se incluam nos seguintes
casos:
• o produtor rural, financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas novos, de fabricação
nacional. Financiamento de até R$ 10 milhões para investimento em projetos de: implantação, ampliação ou
modernização de empreendimentos; preservação e recuperação do meio ambiente; conservação de energia;
informatização; capacitação tecnológica e/ou melhoria da qualidade e produtividade.
• o transportador autônomo de carga, para a aquisição de chassis de caminhão/carrocerias novos, somente
em operações realizadas através de instituições financeiras credenciadas.
• o microempreendedor, formal ou informal, através dos Programas Sociais. Nesses Programas as operações
são negociadas e contratadas com instituições de microcrédito, como Organizações Não Governamentais -
ONGs, Sociedades de Crédito aos Microempreendedores - SCM ou Organização da Sociedade Civil de Interes-
se Público - OSCIP que se encarregam de repassar os recursos ou realizar financiamento às pessoas físicas.
Base Legal: Circular BNDES nºs. 197 e198, de 18/08/2006.

3.3.3. Somos fabricantes de aparelho de ar-condicionado. O BNDES pode financiar minhas


exportações? Como?
Sim. O BNDES financia a exportação de bens produzidos no país que estejam na relação de produtos finan-
ciáveis, nas modalidades Pré-embarque, Pré-embarque Especial, Pré-embarque Empresa âncora e Pós-em-
barque. Trading Companies ou Comercial Exportadora também podem acessar a linha de financiamento
Pré-embarque.
Aparelhos de ar-condicionado constam da relação de produtos financiáveis aplicável às Linhas de Financia-
mento de todas as modalidades.
O prazo total de financiamento será de até 12 (doze) anos, devendo constar do Registro de Operações de
Crédito (RC), do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
Base Legal: Carta-Circular BNDES nº 73/2005.

3.3.4. O que é o PROEX e como ter acesso a esse benefício às exportações.


O Programa de Financiamento às Exportações (PROEX) é um programa do Governo Federal para financiar as
exportações brasileiras de bens e serviços em condições equivalentes às do mercado internacional. O Banco
do Brasil é o agente exclusivo da União para o Proex.
São duas modalidades de apoio às exportações:
• PROEX Financiamento:
Financiamento direto ao exportador brasileiro ou ao importador com recursos do Tesouro Nacional.
• PROEX Equalização:
Exportação financiada pelas instituições financeiras no país e no exterior, na qual o PROEX paga parte dos
encargos financeiros, tornando-os equivalentes àqueles praticados no mercado internacional.
A portaria MDIC nº 58, relaciona a pauta dos produtos alegíveis ao Programa.
Base Legal: Portaria MDIC n.º. 375, de 21.12.1999; Portaria MDIC n.º. 58, de 10.04.2002; Resolução CMN n.º. 2.575, de 17.12.1998; Carta Cir-
cular n.º. 2.881, de 19.11.1999, do BACEN; Portaria MDIC n. 374, de 21.12.1999; Resolução C.M.N nº 3.219, de 30.06.2004.
Referências: http://www.bb.com.br

4 - Barreiras Externas
4.1. Barreiras Tarifárias

4.1.1 Qual é o papel da OMC e seus procedimentos frente às barreiras técnicas impostas no
comércio internacional?
A OMC constitui o fórum mais importante voltado para as negociações comerciais. Organização internacional
criada em 1995 com a intenção de regular o comércio e impedir a adoção de políticas protecionistas.
Os princípios básicos da OMC são, em geral, os mesmos do GATT, dentre os quais o princípio da não-dis-
criminação, que é especialmente importante para a compreensão da importância da assinatura do Acordo
sobre Barreiras Técnicas e do Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias. Este princípio está refletido
em duas cláusulas, a da Nação mais Favorecida e a do Tratamento Nacional. A cláusula da Nação mais Favo-
recida determina que qualquer vantagem, privilégio ou imunidade garantida a qualquer parte contratante
do acordo, seja qual for o produto, deve ser estendida incondicionalmente às outras partes contratantes. Por
sua vez, a cláusula do Tratamento Nacional estabelece que produtos importados de países contratantes não
podem ser submetidos a impostos internos ou outros encargos que sejam superiores àquele aplicados direta
ou indiretamente aos produtos domésticos.
Referências:
CNI/SENAI/INMETRO. Barreiras Técnicas às Exportações.

4 - Barreiras Externas
4.2. Barreiras Não-Tarifárias

4.2.1 Tomei conhecimento, através da mídia, sobre os constantes aumentos de utilização das
Barreiras Não-Tarifárias no comércio exterior como meio de protecionismo. O que são conside-
radas Barreiras Não-Tarifárias?
Segundo definição da OMC, as barreiras Não-Tarifárias são barreiras comerciais derivadas da utilização de nor-
mas ou regulamentos técnicos não transparentes ou que não se baseiam em normas internacionalmente acei-
tas. Podem ser decorrentes da adoção de procedimentos de avaliação de conformidade não transparentes ou
demasiadamente dispendiosos, bem como de inspeções excessivamente rigorosas. As barreiras Não-Tarifárias
não se referem ao pagamento de direitos aduaneiros sobre a exportação/importação, mas da necessidade de
atendimento a requisitos técnicos ou administrativos.
Referências:
CNI; MDIC; AEB. Barreiras Técnicas ao Comércio Internacional.

4.2.2.Qual a diferença entre a direito “antidumping” e medida de salvaguarda?


O direito “antidumping” é a tarifa ou ônus imposto aos produtos com o objetivo de inibir as importações que
se presumam concorrência danosa ao mercado do país importador. Ações antidumping são instrumentos de
proteção típicos de economias abertas.
A medida de salvaguarda é um instrumento de defesa comercial que consiste na aplicação de medidas tem-
porárias e seletivas, tais como tarifas ou restrições quantitativas (quotas), destinadas a dificultar a entrada de
produtos importados que estejam ameaçando a produção nacional de bens similares.
A competência para aplicação da legislação antidumping, de subsídios e medidas compensatórias e de salva-
guardas está a cargo da CAMEX. Entretanto, todas as decisões serão tomadas com base em parecer elaborado
pelo Departamento de Defesa Comercial (DECOM/SECEX/MDIC).
Base Legal: Lei nº 10.833, de 29/12/2003; Lei nº 9.019/95; Medida Provisória 2.158-35, de 21/08/2001; Dec. 3.981, de 24/10/2001.

4.2.3. A Salvaguarda Transitória pode ser aplicada a qualquer país ?


Não. A Salvaguarda Transitória só é aplicada à República Popular da China. Dadas as peculiaridades de sua
economia de transição, promotora de grandes distorções na competitividade global de produção, a República
Popular da China, quando de seu ingresso na Organização Mundial do Comércio (OMC), em dezembro de
2001, assinou um termo de acessão que incluiu a possibilidade dos demais Estados-membros da Organização
aplicar uma medida de salvaguarda específica aos produtos de origem chinesa.
Esse mecanismo possui a mesma base conceitual da Salvaguarda. A especificidade, nesse caso, encontra-se
em sua característica transitória, ou seja, passível de ser utilizado somente até 2013, ano em que se analisa
que a transição chinesa para uma economia de mercado estará consolidada, e, também, no fato de só poder
ser utilizado para produtos de origem chinesa.
Nesse sentido, a Salvaguarda Transitória – China é um mecanismo que tem por objetivo restringir os surtos
de importações de produtos chineses que ameacem ou estejam causando desorganização no mercado de se-
tores produtivos domésticos de produtos similares. Observa-se que o mecanismo não se trata de uma defesa
de uma prática desleal, mas um mecanismo temporário de proteção de setores indústrias domésticos frente
à forçada competitividade dos chineses.
As investigações para aplicação de medidas de salvaguarda transitória, a pedido do setores produtivos do-
mésticos, serão conduzidas pelo Departamento de Defesa Comercial (DECOM) da Secretaria de Comércio
Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) que observará, necessaria-
mente, as seguintes condições:
a) existência de surto de importações de origem chinesa;
b) ameaça ou desorganização de mercado doméstico; e
c) relação entre o surto de importação chinesa e a desorganização de mercado.
A Salvaguarda Transitória, caso tenha mérito, poderá ser aplicada de cinco formas possíveis: a) adicional ao
Imposto de Importação – II, ou seja, tarifa ad valorem; b) tarifa específica; c) combinação de ambas (ad valo-
rem e específica); d) restrição quantitativa, cotas; ou e) a combinação das anteriores.
Base Legal: Decreto n° 5.556/05.

5 - Operações Cambiais
5.1. Contrato de Câmbio

5.1.1.Como devo proceder o fechamento do Contrato de Câmbio?


O Fechamento do Câmbio implica os seguintes compromissos por parte do exportador: negociar as divisas
obtidas com a instituição financeira escolhida a uma determinada taxa de câmbio; entregar, em data fixada,
os documentos comprobatórios da exportação e outros comprovantes, estes se solicitados pelo importador.
É importante lembrar que a data acordada não pode ultrapassar o limite máximo de 15 dias após o embar-
que da mercadoria para o exterior, conforme determinação do Banco Central; efetuar a liquidação do câmbio
em uma determinada data, que é marcada pela entrada efetiva da moeda estrangeira. O cumprimento deste
compromisso depende, evidentemente, do pagamento por parte do importador. O Fechamento do Câmbio
na exportação pode ser efetuado até 180 dias antes do embarque da mercadoria, ou até 180 dias após o seu
embarque. A data de embarque é definida pela data do Conhecimento de Embarque.
A última obrigação do exportador, relacionada com a operação de câmbio, é a entrega da moeda estrangeira
ao banco, que, por sua vez, efetuará o pagamento do valor equivalente em moeda nacional à taxa de câmbio
acertada na data da contratação do câmbio. Este procedimento é conhecido como Liquidação do Câmbio. A
entrega da moeda estrangeira pode efetuar-se das seguintes formas:
o importador efetua o pagamento na conta do banco com que foi contratado o câmbio. É importante notar
que a legislação brasileira estabelece o prazo máximo de 10 dias para a liquidação do câmbio, a contar da
data de entrega dos documentos, no caso de transação à vista, ou após o vencimento da letra de câmbio,
no caso de venda a prazo; nas operações amparadas por carta de crédito, a entrega dos documentos com-
probatórios da exportação ao banco é considerada equivalente à entrega de moeda estrangeira. O banco
deverá liquidar o câmbio no prazo máximo de 10 dias, a contar da data de entrega dos documentos pelo
exportador.
Base Legal: Medida Provisória nº 315; Resolução CMN nº 3.389, regulamentada pela Circular BCB nº 3.325; Resolução nº 3.417, regulamentada
pela Circular BCB nº 3.330; Portaria Conjunta SRF/BCB nº 1.064.

5 - Operações Cambiais
5.2. Prazos para Liquidação

5.2.1.Quais os prazos para a Liquidação dos Contratos de Câmbio de exportação?


A Resolução nº 3.417, de 27/11/2006, aprovou a ampliação do prazo máximo entre a contratação e a liqui-
dação dos contratos de câmbio em geral. O Banco central estabeleceu que, no caso das operações de câmbio
de exportação, o prazo máximo para a liquidação do contrato de câmbio é o último dia útil do 12º mês sub-
seqüente ao do embarque da mercadoria ou da prestação de serviços, ficando a contratação prévia mantida
em 360 dias antes do embarque ou da prestação de serviços.
A resolução estabeleceu, também, a obrigatoriedade às instituições integrantes do Sistema Financeiro Na-
cional autorizadas a operar no mercado de câmbio de, até o dia 15 do mês subseqüente às correspondentes
liquidações, fornecer por intermédio de mecanismo eletrônico regulado pelo Banco Central do Brasil, para
acesso exclusivo da Secretaria da Receita Federal, os dados necessários àquela secretaria para execução dos
controles de exportação.
Base Legal: Resolução nº 3.417, regulamentada pela Circular BCB nº 3.330; Portaria Conjunta SRF/BCB nº 1.064.

5 - Operações Cambiais
5.3. Custos Operacionais do Contrato de Câmbio

5.3.1 Quais seriam os custos operacionais de um Contrato de Câmbio?


O custos operacionais de contratos de câmbio estão sujeitos a despesas cobradas pelo banco comprador das
divisas ou pelo corretor de câmbio.
Quanto aos custos passíveis de cobrança pelo banco comprador de moeda estrangeira, normalmente listam-
se os seguintes:
• valor, fixo ou variável, incidente sobre cada contrato de câmbio, incluindo seu preenchimento (edição), en-
tre US$ 30 e US$ 100, definido a critério de cada banco;
• valor referente às despesas bancárias com comunicação e remessa ao exterior (courier) dos documentos
representativos da exportação, para serem apresentados e cobrados do importador;
• outros critérios de cada banco.
Base Legal: Banco Central – Resolução BCB nº 2.303 de 25/7/96; Resolução BCB nº 2.747, de 28/6/00; e Carta Circular BCB nº 3.138 de 9/6/04.
Referências: Exportação Aspectos Práticos e Operacionais. 5ª Edição, 2006. Aduaneiras. São Paulo.

6 - Outros Aspectos Comerciais Relevantes

6.1. Pretendo fazer curso de formação de Agente Comercial. Como é feito o cálculo de paga-
mento de comissão do agente?
A comissão de agente, calculada sobre o valor da mercadoria no local de embarque para o exterior (FOB),
corresponde à remuneração dos serviços prestados por um ou mais intermediários na realização de uma
transação comercial. A legislação brasileira não fixa percentuais, mas na prática os índices registram 3% para
produtos primários, até 6% para produtos manufaturados e, até 15% para produtos industrializados.
Toda a operação relacionada a comissão de agente, percentual, valor e forma de pagamento deverá constar
no Registro de Exportação (RE). Existem três modalidades para o pagamento da comissão: em conta gráfi-
ca, deduzida da fatura comercial e a remeter. O pagamento de comissão a agente é fiscalizado pela SECEX/
MDIC.
Base Legal: Portaria SECEX nº 15, de 17/11/2004.

6.2. Estou fazendo trabalho acadêmico sobre o Mercosul e gostaria de saber até quando se
estenderá a Lista de Exceção de cada Estado Parte?
A lista de exceção foi mantida até 31/12/2008, com até 100 códigos tarifários, por cada Estado Parte, poden-
do ser alterada a cada seis meses em até 20% dos códigos.
Por decisão do Conselho do Mercado Comum foi autorizado, no decorrer do ano de 2006, a adotar alíquotas
diferenciadas para Bens de Informática e Telecomunicações.
Base Legal: Decisão CMC 38/05; Resolução nº 15, de 30/06/2006.
6.3. Estou exportando produtos para a Austrália. A classificação tarifária NCM (no Brasil) é a
mesma naquele país?
Não. A classificação NCM ou Nomenclatura do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é composta de 8 dígitos,
os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, que é o método internacional de classificação de
mercadorias. Os sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito
do MERCOSUL. Portanto, a classificação tarifária na Austrália é igual a do Brasil até o 6º dígito.
Base Legal: Circular SECEX nº 36, de 25/04/2006.

6.4. Sou exportador de doce de leite e pretendo diversificar as vendas para países como os
Estados Unidos. Existe redução de impostos para este produto naquele país, quando exporta-
do pelo Brasil?
Sim. Os Estados Unidos da América criaram em 1964 o Sistema Geral de Preferências. O SGP é um sistema
que prevê a importação, com isenção ou redução de taxas, de todos os produtos enquadrados no programa
e provenientes de países em desenvolvimento
Entretanto, o produto importado só recebe o tratamento preferencial mediante solicitação feita pelo impor-
tador, por meio de documentação de liberação alfandegária (Shipment Entry Documentation), no qual deve
ser aposto o SPI (Special Program Indicator) do produto (A, A* ou A+) como prefixo ao código HTSUS.
Caso o importador não solicite a documentação de liberação alfandegária, mesmo sendo elegível ao trata-
mento, o produto sofrerá o tratamento tarifário normal.
A lista contendo todos os produtos beneficiados encontra-se no anexo I da Circular SECEX nº 3/2001.
Base Legal: Circular SECEX nº 3, de 19/01/2001.

6.5. Somos uma empresa direcionada à logística. Estamos interessados na criação do depar-
tamento de unitização de cargas. Gostaria de obter informações sobre modalidades de trans-
porte de cargas.
Transporte Multimodal de Cargas é aquele que, regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalida-
des de transporte, desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um Operador
de Transporte Multimodal.
O Transporte Multimodal de Cargas compreende, além do transporte em si, os serviços de coleta, unitização
desunitização, movimentação, armazenagem e entrega de carga ao destinatário, bem como a realização dos
serviços correlatos que forem contratados entre a origem e o destino.
No âmbito do MERCOSUL o Dec. 1.563 dispõe sobre Acordo de Alcance Parcial para a facilitação do transpor-
te multimodal de cargas entre os países-membros.
Base Legal: Lei 9.611, de 19/01/1998; Dec. 3.411, de 13/04/2000; Dec. nº 1.563, de 19/07/1995.

6.6. Como funciona o acordo para evitar a bitributação do Imposto de Renda entre Brasil-
Portugal?
O artigo 14 da Convenção entre o Brasil e Portugal, destinada a evitar a dupla tributação e a prevenir a eva-
são fiscal em matéria de impostos sobre o rendimento, dispõe que os rendimentos que um residente de um
Estado Contratante obtidos pelo exercício de uma profissão liberal ou de outras atividades de caráter inde-
pendente só são tributáveis nesse Estado, a não ser que tais remunerações sejam pagas por um residente do
outro Estado Contratante. Nesse caso, os rendimentos podem ser tributados nesse outro Estado.
Os métodos de aplicação da Convenção destinada a evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em
matéria de imposto sobre o rendimento estão normatizados na Portaria MF nº 8/2002.
Base Legal: Dec.Legislativo nº 188, de 08/06/2001; Dec. nº 4.012, de 13/11/2001; Portaria MF nº 28, de 31/01/2002.
6.7. Quais os custos que teria uma exportação sob a modalidade de pagamento por carta de
crédito?
Carta de Crédito de exportação é a abertura de crédito documentário onde mostram-se descritas as condições
em que a operação deve ser concretizada e, por outro lado, a figura de um banco que se compromete, por
conta e ordem de seu cliente, a pagar a mercadoria, mediante a apresentação dos documentos representati-
vos da transação.
A Carta de Crédito pode ser definida como uma ordem de pagamento condicionada, isto é, o exportador fará
jus ao recebimento se atender a todas as exigências por ela estipuladas.
A aprovação do pedido de Carta de Crédito depende de limite de crédito e margem operacional disponível da
empresa. O custo normalmente varia entre 1% e 4% do valor da carta de crédito. Entretanto, dependendo do
banco e do cadastro do cliente, o custo pode ser fixo, independente do valor do crédito aberto.
Base Legal: Esta modalidade têm seus procedimentos definidos pelas Regras e Usos Uniformes sobre Créditos Documentários da Câmara de
Comércio Internacional (CCI), conhecidas como Brochura 500 (UCP 500), em vigor desde janeiro de 1994.

6.8. Um importador paraguaio pode fazer pagamento de exportação brasileira em moeda


nacional (real)?
Sim. Poderão ser autorizadas exportações, no comércio fronteiriço, para a Argentina, Bolívia, Paraguai e Uru-
guai, de determinados produtos brasileiros, contra pagamento em moeda nacional.
Base Legal: Art. 67 e 68 da Portaria Secex nº 15, de 17/11/2004, com as alterações promovidas até a Portaria Secex nº 14/2006.

6.9. O importador pode fazer o pagamento das exportações por cartão de crédito?
Sim. As exportações até o limite de US$ 20.000 (vinte mil dólares americanos), ou o equivalente em outra mo-
eda podem ser pagas por cartão de crédito. A operação é realizada por meio do RES, Registro de Exportação
Simplificado (SIMPLEX). Por ser uma operação de responsabilidade da administradora de cartões de crédito,
o exportador não precisa tomar providências relativas ao câmbio.
Base Legal: MPV nº 315/06; Resolução BCB nº Circular BACEN 3.291, de 08.09.2005 ; e 3.389/06.

6.10. Estamos exportando produtos para a Espanha. O importador nos solicita a “homologa-
ción”. O que é esse documento exigido pela Comunidade Européia?
A homologação de produtos é um procedimento exigido na importação pela Comunidade Européia e fun-
ciona como uma espécie de anuência a produtos que necessitam efetuar uma análise complementar, dentro
de sua área de competência. Desse modo, cada grupo produtos requer normas específicas por parte do seu
respectivo órgão anuente.
Base Legal: Regulamentação da Comunidade Européia: Produção Vegetal: Regulamento CEE 2092/2001; Produção Animal: Regulamento CEE
1804/1999.

6.11. Tenho empresa de serviços no Brasil e uma filial nos Estados Unidos. Na contratação de
funcionário naquele país a efetivação e registro se procederá no Brasil?
Não. A contratação de funcionário obedece às leis vigentes do país onde a empresa está instalada.

6.12. Minha empresa pretende exportar produtos para a Comunidade Européia. Soubemos da
exigência de alguns países sobre ‘rótulos ambientais’. O que são esses rótulos?
Os rótulos ambientais são selos que visam a informar ao consumidor algumas características sobre o produ-
to. Os rótulos ambientais costumam ser conhecidos também como “selo verde”, “selo ambiental” ou “rótulo
ecológico”.
Existem atualmente diversos programas de rotulagem e estes podem ser classificados em dois grupos: os de
iniciativa própria, adotados e implantados pelo próprio fabricante dos produtos; e os de rotulagem terceiri-
zada, conduzidos por organismos independentes do fabricante.
Assim como no Brasil, a Comunidade Européia mantêm centros de certificação de produtos importados, que
devem obedecer a padronização e conformidade das normativas locais.
Base Legal: Portaria MAPA nº 17, de 10/04/2001.

6.13. Somos exportadores de água mineral e gostaríamos de saber como obter certificação
para o produto na Argentina?
Após o registro e certificação do produto no Brasil o exportador deverá entrar em contato com as autorida-
des argentinas da Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (A.N.M.A.T).
Base Legal: Resolução Conjunta nº 12/2004 e nº 70 2004.

6.14. Minha empresa produz e exporta bicicletas para vários países da América Latina. Estes
produtos poderiam ter tratamento preferencial na União Européia?
Sim. Bicicletas tem o tratamento de produto sensível que, em geral, tem redução de 3,5 pontos percentuais
da tarifa “ad valorem” ou redução de 30% da tarifa específica.
A Comunidade Européia concede o benefício do Sistema Geral de Preferências (SGP) a 130 países em desen-
volvimento, entre eles o Brasil. As preferências são diferenciadas em função da sensibilidade do produto. Os
produtos não-sensíveis tem concessão de tarifa zero.
Base Legal: Circular SECEX nº 2, de 5/01/2006;

6.15. Somos uma empresa que processa carne suína e pretendemos expandir nossos negó-
cios. Gostaríamos de obter informações sobre a legislação brasileira que trata das associações
de consórcio de exportação.
No Brasil ainda não há legislação específica que regulamente o funcionamento de consórcios entre empresas
para exportação. Desse modo, os consócios são constituídos na forma de uma sociedade civil sem fins lucra-
tivos, na qual as empresas com interesses comuns se agrupam e se organizam em torno de uma entidade
estabelecida juridicamente, para promover o acesso de seus produtos e serviços no mercado internacional.
Diante da falta de legislação específica a Câmara propôs Projeto de Lei nº 126/04, denominado Lei Geral das
Micro e Pequenas Empresas.
A Lei Geral, que ainda está em processo de aprovação, tem um capítulo destinado aos consórcios de empre-
sas, que prevê, dentre outras, regulamentar a personalidade jurídica e a neutralidade tributária.
Base Legal: Projeto de Lei 123/04.

6.16. Tomei conhecimento de que a Organização Mundial do Comércio estará promovendo


mudança de 85% do HTS (Harmonized Tariff System). Como, no Brasil, os seis dígitos com-
põem a base de nossos dez dígitos, gostaria de saber de que maneira essa medida afetará o
sistema utilizado pelo Brasil e quando estará disponível a nova versão da TEC?
Vale lembrar que o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotaram, desde 1995, a Nomenclatura Comum
do MERCOSUL (NCM), que tem como base o Sistema Harmonizado, aprovado pela Organização Mundial de
Aduanas (OMA), na versão 2002. É composta por oito dígitos, e não dez, os seis primeiros são formados pelo
Sistema Harmonizado, o sétimo e o oitavo dígitos correspondem aos desdobramentos específicos atribuídos
no âmbito do Mercosul.
Os países-membros da OMA se reúnem regularmente com intuito de promover a atualização, ou seja, a inclu-
são, a exclusão ou a modificação dos 9 mil itens que integram o Sistema Harmonizado. Nesta reforma (2007),
serão suprimidas diversas Posições e Sub-Posições atuais, o que implicará na eliminação de 178 códigos da
Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), de forma a entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2007.
Base Legal: Circular SECEX nº 36, de 25/04/2006.

6.17. Pretendemos fazer remessa de recursos ao exterior para cobrir despesas com propagan-
da de nossos produtos em publicação de circulação internacional. Essa remessa estará isenta
de impostos?
Não. A legislação brasileira prevê a redução a zero da alíquota do imposto sobre a renda incidente nas re-
messas de recursos, para o exterior, destinadas ao pagamento de despesas com propaganda e comunicação
realizadas exclusivamente no âmbito de eventos relacionados à promoção de destinos turísticos brasileiros.
Base Legal: Dec. Nº 5.553, de 06/09/2005.

6.18. Pretendo visitar cliente no exterior. Qual a quantia em reais ou em moeda estrangeira
poderei levar?
A quantia autorizada na saída do território aduaneiro será de valor não excedente a 10 mil reais, ou o equiva-
lente em moeda estrangeira. A partir daí a pessoa que detiver posse de quantia superior aplicar-se-á a pena
de perdimento da moeda nacional ou estrangeira.
Base Legal: Lei nº 9.069, de 29/06/1995; Dec. nº 4543, de 26/12/2002; Dec. nº 4.765, de 24/06/2003.

6.19. Gostaria de saber sobre a legislação brasileira que trata da exportação de ouro. Estamos
formando cooperativa de lavra de pequena monta do minério.
O ouro pode ser classificado como mercadoria ou ativo financeiro. Quando se tratar de mercadoria, sua
comercialização externa se processa como a de qualquer outro produto, conforme estabelecido pela SECEX/
MDIC. Quando se tratar de ativo financeiro, o mercado é regulado pelo BCB. Neste caso, tanto o BCB como as
instituições autorizadas podem comprar e vender ouro no mercado internacional.
Base Legal: Anexo “O” da Port. SECEX 35, de24/11/2006; lei nº 7.766, de 11/05/1989.

6.20. Tendo em vista estudo de possibilidades de inserção internacional de empresa, via ex-
portação, e levando em consideração que as micro e pequenas empresas participam somente
pontualmente no comércio, quais as principais questões enfrentadas pelas empresas no pro-
cesso de internacionalização.
São vários os fatores determinantes que emperram o processo de internacionalização de empresas, em espe-
cial as micro e pequenas. Nesse sentido, a gestão empresarial, a capacidade de adaptação e absorção de novas
práticas comerciais, gerenciais e administrativas são os fatores críticos da nova empreitada. A seguir, alguns
pontos que ajudarão a corrigir erros nas etapas de futuras operações relacionadas à internacionalização.
- Indecisão – planejamento estratégico é essencial, não importando o tamanho da empresa. A inserção de em-
presa no mercado internacional é um processo de longo prazo. Requer investimentos e gastos relativamente
altos;
- Despreparo - treinar e envolver os funcionários no espírito do negócio internacional. Selecionar parceiros,
planejar investida de ação no mercado externo. Desenvolver pesquisa de potenciais compradores e a prepa-
ração do produto;
- Falta de pesquisa de mercado – fator importante na primeira etapa da exportação, a pesquisa de mercado
pode ser feita por meio de banco de dados especializados, consulados e embaixadas brasileiras, no exterior.
A finalidade básica da pesquisa de mercado é obter informações econômicas e políticas sobre o mercado-
alvo;
- Falta de adaptação do produto – a diversificação da linha de produtos facilita sua adaptação no mercado
externo. A fonte de informações sobre o que é necessário adaptar constitui em importante item da pesquisa
de mercado;
- Falta de conhecimento operacional – vender ao mercado externo requer conhecimentos relativos aos pro-
cedimentos aduaneiros internos e externos. O procedimento operacional implica na atenção voltada além
regime aduaneiro, a legislação vigente dos dois países;
- Falta de profissionalismo – sendo a exportação um processo que envolve gastos relativamente altos, o pro-
fissionalismo da equipe é muito importante. A capacitação profissional faz parte do investimento estratégico
da empresa.
- Megalomania – no início, é preciso pensar pequeno. Muitas empresas fracassam na exportação por mega-
lomania. As vezes, no impulso de arranjar clientes, os pedidos podem ser maiores que a produção. Exportar
além da capacidade de produção pode comprometer a qualidade do produto.
Referências:
SOARES, Cláudio. Introdução ao Comércio exterior: Fundamentos Teóricos do comércio Internacional. São Paulo: Ed. Saraiva, 2004.

6.21. Recebi intenção de compra, oriunda do exterior, na qual solicita a cotação “CIF” do meu
produto para decisão de compra. Quais as obrigações do exportador e do importador na mo-
dalidade CIF de exportação?
Na modalidade CIF (Cost, Insurance and Freight) o exportador é o responsável pela contratação do transporte
marítimo internacional e do seguro que cobre as perdas e danos da mercadoria durante o trajeto, ou seja, o
exportador tem a obrigação de colocar a mercadoria dentro do navio no porto de origem, arcando com os
custos de frete e seguro e de carregamento na origem
A responsabilidade do exportador termina quando a mercadoria é colocada a bordo do navio no porto de
origem, quando esta é transposta a amurada da embarcação.
Há condições contratuais que permitem que o exportador arque com os custos da exportação CIF desembar-
cado, onde se inclui também os custos com descarga e desembarque da mercadoria no porto de destino. Os
risco do transporte é de responsabilidade do importador.
Base Legal: Câmara de Comércio Internacional. INCOTERMS 2000, de 1º/01/2000.

6.22. Com o objetivo de dar maior segurança aos processos de exportação da empresa, no que
diz respeito aos pagamentos, agradeceria informar sobre a elaboração de contratos interna-
cionais de compra e venda.
Um contrato internacional de compra e venda pode ser formado durante o processo de negociação ou a
partir de modelos. Em ambos os casos, existem cláusulas específicas do comércio internacional que podem
ou não ser padronizadas, como é o caso dos INCOTERMS e das cláusulas compromissórias.
A principal característica de um contrato internacional é que ele está conectado a mais de um sistema jurídi-
co, que o leva a ser regido pelas regras do Direito Internacional Privado. A um contrato internacional de com-
pra e venda estão sempre coligados outros contratos autônomos, sem os quais não poderia ser cumprido,
tais como, o contrato de seguro, o de transporte e o de pagamentos internacionais.
A técnica contratual moderna substitui a antiga maneira de conceber contratos, criando os contratos-tipo,
que são regulamentações ou fórmulas de contratos padronizadas, com diversos pontos comuns, distinguin-
do-se geralmente tão só no que tange às particularidades de cada ramo de comércio. Os contratos-tipo são
simples formulários contendo todas as estipulações que devem conter, a fim de que seus elementos essen-
ciais sejam determinados. As partes contratantes pertencem, geralmente, ao mesmo ramo de atividade. Por
presumir que elas conheçam as regras e os usos de seu ramo de atividade, o que facilita muito a conclusão
rápida dos contratos.
Referências:
SOARES, Cláudio. Introdução ao Comércio exterior: Fundamentos Teóricos do Comércio Internacional. São Paulo: Ed. Saraiva, 2004.

6.23. Minha empresa pretende mover ação contra cliente que não honrou compromisso de pa-
gamento de produtos que importou. Gostaria de saber sobre questões de arbitragem, no caso
de o contrato não conter cláusula específica que prevê o não pagamento de exportação.
A resolução de litígios nos contratos internacionais de comércio nasce quando as partes incluem no texto a
chamada cláusula compromissória, pela qual os pactuantes admitem a validade da arbitragem como o insti-
tuto que irá resolver eventuais controvérsias.
Nos casos de litígios internacionais a arbitragem constitui em uma forma prática e rápida de resolver contro-
vérsias entre as partes. É imperioso afastar a solução judicial do conflito existente entre as partes para que
prevaleça a arbitragem convencionada. Pelo protocolo de Genebra de 1923, a pactuação tanto da cláusula
como do compromisso arbitral impõe às partes a obrigação de submeter eventuais conflitos ao juízo arbitral,
afastada a solução judicial. Nos contratos internacionais, ganha relevo a aplicação dos princípios gerais de
direito internacional em detrimento da normatização específica de cada país, o que justifica a análise da cláu-
sula arbitral convencionada entre as partes sob a ótica do protocolo de Genebra de 1923.
Portanto, se no contrato mencionado não existir a cláusula compromissória, a solução será impetrar ação na
justiça comum no país do importador.
Base Legal: Lei nº 9.307, de 23/10/1996.

6.24. O que vem a ser, no âmbito do comércio internacional, uma tarifa “ad valorem”, ela
também é aplicada a produtos exportados?
Sim. A tarifa “ad valorem” também é aplicada a produtos exportados. No Brasil alguns produtos exportados
são tarifados, ou seja, há incidência do imposto de exportação (IE). O Anexo “O” da Portaria SECEX nº 35,
de 24/11/2006, fornece relação de produtos aos quais incidem o imposto de exportação. A base de cálculo
da tributação se faz conforme o valor (FOB) da mercadoria exportada. Para efeito de determinação da base
de cálculo do imposto, o preço de venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de
aquisição ou produção, acrescidos dos impostos e contribuições incidentes e de margem de lucro.
Base Legal: Dec-Lei. 1.578/77; Portaria SECEX nº 35, de 24/11/2006.

6.25. Uma mercadoria exportada pode sair do país por uma zona secundária?
Não. A saída física da mercadoria de um país somente se dará em zona primária. A zona primária é aquela
por onde saem os produtos nacionais exportados e/ou entram os produtos estrangeiros importados, e com-
preendem os portos, aeroportos e as fronteiras alfandegadas autorizadas pela Secretaria da Receita Federal,
do Ministério da Fazenda (SRF/MF), a proceder a nacionalização ou a desnacionalização de mercadorias. Já na
zona secundária a mercadoria poderá apenas ter seu processo legal de despacho e desembaraço. Isso quer
dizer que a mercadoria pode sair do território nacional por desembaraço em uma zona secundária.
Base Legal: Dec. 4.543, de 26/11/2002. Reg. Aduaneiro, arts. 2º ao 14º
6.26. Como obter acesso ao Sistema Radar Comercial?
Desenvolvido pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) o Radar Comercial é um instrumento de consulta
e análise de dados relativos ao comércio exterior, que tem como principal objetivo auxiliar na seleção de mer-
cados e produtos que apresentam maior potencialidade para o incremento das exportações brasileiras.
O Sistema Radar Comercial tem contribuído para a democratização das informações relativas ao comércio
externo, propiciando às empresas acesso gratuito a dados e análises que facilitam a sua inserção no mercado
internacional.
Referências: http://radar.desenvolvimento.gov.br/rada

6.27. Pessoa física estrangeira que investir em empresa brasileira exportadora pode obter vis-
to permanente?
Sim. A Resolução Normativa nº 60, disciplina a concessão de autorização de trabalho para fins de obtenção
de visto permanente para investidor estrangeiro, pessoa física, que pretenda fixar-se no Brasil com a finalida-
de de investir recursos próprios de origem externa em quaisquer atividades produtivas.
A concessão do visto ao estrangeiro ficará condicionada à comprovação de investimento, em moeda estran-
geira, em montante igual ou superior, a US$ 50.000,00 (cinqüenta mil dólares).
Base Legal: Resolução Normativa M.T.E nº 60, de 06 de outubro de 2004.

6.28. Somos exportadores de madeira e nossos compradores estão exigindo, agora, a certifi-
cação FSC. Onde podemos obter tal certificação?
O Conselho de Manejo Florestal (do inglês Forest Stewardship Council - FSC) é uma organização sem fins lu-
crativos voltada para a preservação do meio ambiente. Foi criado no final do ano de 1980 por grupos sociais
preocupados com o futuro das florestas tropicais em todo mundo. Sua sede se localiza em Bonn, Alema-
nha.
Esses grupos eram formados por entidades ligadas ao meio ambiente, movimentos sociais e da sociedade
civil e também com a contribuição de ONGs voltadas para a questão ambiental.
Neste período, os movimentos sociais da Europa e Estados Unidos estavam preocupados com o avanço do
desmatamento na Amazônia e também com as queimadas na Indonésia.
O processo de criação do FSC veio da necessidade de reduzir o desequilíbrio ambiental que estava aconte-
cendo em todo o mundo devido ao crescimento do consumo de madeira tropical pelos países europeus e os
Estados Unidos. Tendo em vista a complexidade que envolve o setor florestal com as questões sociais, am-
bientais e econômicas, que o FSC elaborou normas chamadas de Princípios e Critérios (P&C), para a promoção
do bom manejo florestal e garantindo o desenvolvimento social com responsabilidade ambiental e que seja
economicamente viável.
No Brasil o FSC é representado pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal que, igualmente, tem como
objetivo principal promover o manejo e a certificação florestal. Existem atualmente cinco certificadoras cre-
denciadas pelo FSC. Estas certificadoras estão autorizadas a avaliar as unidades de manejo florestal e permitir
o uso da logomarca do FSC.
Referências:
http://www.fsc.org.br/index.cfm?fuseaction=conteudo&IDsecao=165.

6.29. Como funciona o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos?


O Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR), da Associação Latino-Americana de Integração
(ALADI) e da República Dominicana, foi concebido originalmente, com a finalidade de iniciar uma formal
cooperação multilateral entre os bancos (centrais) da região para chegar em etapas sucessivas à integração fi-
nanceira e monetária mediante a formação de organismos financeiros que estabeleçam uma cooperação mais
avançada. Para isso, estabeleceram-se como objetivos básicos do Convênio: estimular as relações financeiras
entre os países da região; facilitar a expansão do comércio recíproco; e sistematizar as consultas mútuas em
matérias monetárias, cambiais e de pagamentos.
Baseado em um sistema de Liquidação Diferida pelo Líquido (LDL), ao amparo do CCR são cursados e com-
pensados, pagamentos internacionais entre os bancos centrais membros, de modo que, ao final de cada
quadrimestre (período de compensação), somente se transfere ou se recebe, segundo resulte deficitário ou
superavitário, o saldo global do banco central de cada país perante os demais.
Base Legal: Circular n.º 2.797, de 30/04/1998; Circular n.º 3.114, de 17/04/2002; Circular n.º 3.158, de 23/10/2002; Circular n.º 3.160, de 30/10/2002;
Carta-Circular n.º 3.049, de 22/10/2002.

6.30. Gostaria de saber se nas operações até 2 mil dólares posso utilizar o Vale Internacional
Eletrônico?
Sim. O Vale Internacional Eletrônico é mais um serviço implementado pelos Correios e visa a remessa e re-
cebimento de valores do exterior por via eletrônica. Os maiores beneficiários do sistema são os empresários
de pequenas e médias empresas que vendem seus produtos no mercado externo, principalmente via Exporta
Fácil. Não há restrição quanto ao número de remessas por emitente, mas o valor máximo por remessa é de 3
mil euros.
Para o recebimento de pagamento de exportação é indispensável a apresentação do número da DSE ou RE.
Referências: http://www.correios.com.br/produtos_servicos/catalogo/internacionais/intl_Valepostal.cfm

6.31. Quais as normas que regem as exportações sem cobertura cambial e como são realiza-
das?
A legislação brasileira contempla a exportação sem cobertura cambial somente em casos específicos como
donativos, exportação temporária, para reparo ou manutenção, etc. Todos os casos de exportação sem cober-
tura cambial encontram-se descritos no Anexo “Q” da Portaria SECEX nº 35, de 28/11/2006.
Base Legal: Portaria SECEX nº 35, de 24 de novembro de 2006; (Cap. XIX e Anexo “Q”).

6.32. Quais os erros mais comuns que estão sujeitos os expositores brasileiros quando da par-
ticipação de feira internacional.
Os erros mais comuns praticados por expositores em eventos internacionais são:
• Participação irregular (observar a freqüência da feira);
• Preparação insuficiente (pessoal não preparado; o inglês como idioma é fundamental);
• Participação apenas nas grande feiras em detrimento a eventos menores;
• Pouco entrosamento com o ambiente do evento, tornando os contatos em oportunidades perdidas;
• Pós-feira insuficiente: contatos sem respostas; conclusões mal definidas.
Referências:
SOARES, Cláudio. Introdução ao Comércio exterior: Fundamentos Teóricos do comércio Internacional. São Paulo: Ed. Saraiva, 2004.

6.33. Gostaria de obter informações sobre o SGP, tais como, quais são os países outorgantes,
e qual é a situação atual da renovação do SGP-EUA frente as exportações brasileiras?
Criado em 1970 por meio de acordo aprovado pela Junta de Comércio e Desenvolvimento da Conferência
das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento da UNCTAD, os países desenvolvidos, membros da
Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), criaram o Sistema Geral de Preferências
com o intuito de facilitar o acesso de produtos originários de países em desenvolvimento. Nesse sentido os
países desenvolvidos concedem redução ou isenção do imposto de importação.
Quanto ao SGP-EUA, informações obtidas junto a Câmara de Comércio AMCHAM esclarecem que a Câmara
dos deputados e o Senado Americano aprovaram, dia 08 e 09/12/2006, a prorrogação por mais dois anos do
Sistema Geral de preferências.
Base Legal: Anexo II da Circular SECEX nº 03, de 19/01/2001.
Referências:
SOARES, Cláudio. Introdução ao Comércio exterior: Fundamentos Teóricos do comércio Internacional. São Paulo: Ed. Saraiva, 2004.

6.34. O que são os seguros contra riscos à exportação fornecidos por países emergentes? O
referido incentivo é oferecido pelo Brasil?
Sim. O Seguro de Crédito à Exportação (SCE) objetiva segurar as exportações brasileiras de bens e serviços
contra os riscos comerciais, políticos e extraordinários que possam afetar as transações econômicas e finan-
ceiras relativas a operações de crédito.
Nesse sentido, o Governo criou o Fundo de Garantia à Exportação – FGE, vinculado ao Ministério da Fazenda,
com a finalidade de dar cobertura às garantias prestadas pela União nas operações de seguro de crédito à
exportação.
No âmbito privado, a Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação (SBCE), tem a finalidade, conforme De-
creto nº 3.937, de 25/09/2001, de atuar em nome próprio ou por conta da União nas operações de cobertura
às exportações contra riscos diversos.
Base Legal: Lei 6.704, de 26.10.79; Port/MF nº 196, de 19/08/1997; Lei 9.818, de 23.08.1999; Decreto 3.937, de 25.09.2001; Resolução CAMEX nº
44, de 23/12/2003; e Dec. 4.929, de 23/12/2003; Dec. 4.993, de 18/02/2004; Lei nº 10.856, de 05/04/2004; Portaria/MF nº 416, de 16/12/2005;
Lei 11.281, de 20/02/2006

6.35. O que é o Exporta Fácil e quais seriam suas vantagens para as pequenas e médias empre-
sas?
O Exporta Fácil Brasil – Correios, é um conjunto de serviços oferecidos pela Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos, vinculada ao Ministério das Comunicações, no sentido de auxiliar a pequena e média empresa
(em especial os artesãos, produtores rurais, etc.) e pessoas físicas, nas questões relativas a exportação, em
especial, desburocratizando o processo postal e alfandegário. O programa oferece logística simplificada no
envio de documentos e encomendas de valor até US$ 10.000,00 (10 mil dólares), por remessa.
As modalidades do Exporta Fácil são:
Premium: indicada para o exportador que necessite de prazo garantido de entrega, sendo de 1, 2, 3 ou 4 dias
úteis. Conta com um seguro gratuito de R$ 450,00 mais o valor da postagem. Possui peso máximo de até
30 kg. A soma de suas dimensões não pode ser superior a 150 cm, sendo que a maior não pode ultrapassar
105 cm;
Expressa: indicada para o exportador que necessita maior urgência na entrega de seus produtos, que varia
de 3 a 7 dias úteis, conforme as cidades de origem e destino da mercadoria, contando ainda com um seguro
gratuito de R$ 200,00 mais o valor da postagem. Possui peso máximo de até 30 kg. A soma de suas dimen-
sões não pode ser superior a 150 cm, sendo que a maior não pode ultrapassar 105 cm.
Prioritária: indicada para o exportador que necessita de um equilíbrio entre preço e prazo. A entrega varia
de cinco a treze dias úteis, conforme as cidades de origem e destino e conta com um seguro gratuito de R$
100,00 mais o valor da postagem.
O peso máximo é de 2 kg para todos os países. A soma de sua dimensões não pode ser maior que 90 cm,
sendo que a maior não pode ultrapassar 60 cm.
Base Legal: Portaria MC nº 710, de 20/11/2000; Portaria MC nº 251, de 06/05/2002.
Referências: Sítio da Internet: http://www.mc.gov.br.
6.36. O que são e como funcionam os centros de distribuição de mercadorias do Brasil no ex-
terior?
O centros de distribuição criados pela Agência de Promoção das Exportações – APEX/MDIC são pontos no
exterior que facilitam as vendas de produtos manufaturados de pequenas e médias empresas brasileiras. A
APEX já conta com dois centros em funcionamento, um em Dubai (Emirados Árabes Unidos) e outro em Mia-
mi (Estados Unidos). Há previsão para o ano de 2007 de abertura de centros em Lisboa (Portugal), Varsóvia
(Polônia) e Frankfurt (Alemanha). O objetivo é abrir outros centros como na China, Rússia, África do Sul, Fin-
lândia e Índia, esses ainda sem previsão.
Referências:
Sítio da Internet: http://www.apexbrasil.com.br/.

6.37. Pretendo exportar marca de biquíni já existente no mercado brasileiro. Como proceder a
respeito, uma vez que esta marca não é de minha propriedade?.
Em princípio não há restrição com relação à exportação de produtos produzidos por outra empresa. É ne-
cessário observar se a empresa produtora dos biquínis mantém contrato de representante exclusivo no país
mercado de seu interesse.

6.38. Como compor planilha detalhada sobre os custos de frete e quais as principais taxas que
incidem sobre o transporte marítimo?
A tarifa do frete marítimo é composta basicamente dos seguintes itens: frete básico: valor cobrado segundo
o peso ou o volume da mercadoria (cubagem), prevalecendo sempre o que propiciar maior receita ao arma-
dor;
• Ad-valorem, Percentual que incide sobre o valor FOB da mercadoria. Aplicado normalmente quando esse
valor corresponder a mais de US$ 1000 por tonelada. Pode substituir o frete básico ou complementar seu
valor;
• Sobretaxa de combustível (buker surcharge), percentual aplicado sobre o frete básico, destinado a cobrir
custos com combustível;
• Taxas para volumes pesados (heavy lift charge), valor de moeda atribuído às cargas cujos volumes individu-
ais, excessivamente pesados (normalmente acima de 1500 kg), exijam condições especiais para embarque/de-
sembarque ou acomodação no navio;
• Taxas para volumes com grande dimensões (extra lenght charge), aplicada geralmente a mercadorias com
comprimento superior a 12 metros;
• Sobretaxa de congestionamento (port congestion surcharge), incide sobre o frete básico, para portos onde
existe demora para atracação dos navios;
• Fator de ajuste cambial (currency adjustment factor - CAF), utilizado para moedas que se desvalorizam sis-
tematicamente em relação ao dólar norte-americano;
• Adicional de porto, taxa cobrada quando a mercadoria tem como origem ou destino algum porto secundá-
rio ou fora da rota.
Referências: http://www.fiesp.com.br/

6.39. Quais as normas que disciplinam o transporte de alimentos industrializados no Brasil?


O transporte de alimentos industrializados está regulamentado por legislações federal e estaduais. Além dis-
so, é oportuno consultar os serviços de vigilância sanitária dos estados, municípios e do Distrito Federal, uma
vez que, de acordo com a Lei 8.080, cabe aos estados e ao Distrito Federal estabelecer normas, em caráter
suplementar, e aos municípios normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu
âmbito de atuação.
Base Legal: Portaria SVS/MS nº 326, de 30/07/1997; Resolução - RDC Anvisa nº 275, de 21/11/2002; Lei nº 8.080, de 19/09/1990; Resolução - RDC
Anvisa nº 175, de 08/07/2003.

6.40. Como posso conseguir relação de importadores para os produtos que exporto?
A relação de importadores poderá ser obtida por solicitação às Embaixadas e Consulados brasileiros no exte-
rior; Câmaras de Comércio; Itamaraty; Trade Points; Federações da Indústria; participação em feiras, exposi-
ções, seminários; rodadas de negócios e sites na Internet, etc.
Referências:
http://www.BrazilTradeNet.gov.br/
http://www.exportplastic.com.br/pt/importadores.pdf
http://www.belgalux.com.br/b2b.htm
http://www.fiemg.com.br/content/produto/produtos_resultado.asp?nCodUnidade=13850&nSequencia=1&nOcorrencia=1&nCodProduto=108
&nCodMunicipio=3136702&datainicio=&datafim=&descpromocao=&nBuscaUnidade=1
Perguntas e Respostas
Freqüentes - FAQ

Módulo Importação
MODÚLO IMPORTAÇÃO - TEMAS / ITENS

1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Entrada de Mercadorias


1.1. Habilitação de Empresa Importadora
1.2. Tratamento Administrativo e Documentos Utilizados
1.3. Despacho Aduaneiro de Importação
1.4. Regimes Aduaneiros Especiais de Importação

2 - Tratamento Tributário da Entrada de Mercadorias


2.1. Imposto de Importação (I.I.)
2.2. Outros Impostos, Taxas e Contribuições na importação

3 - Aspectos Fiscais e Financeiros da Entrada de Mercadorias


3.1. Isenção de Pagamento na Importação
3.2. Incentivos Fiscais
3.3. Financiamentos

4 - Outros Aspectos Comerciais Relevantes de Importação

BUSCA POR PALAVRAS-CHAVE - MÓDULO IMPORTAÇÃO


1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Entrada de Mercadorias
1.1. Habilitação de Empresa Importadora

1.1.1. A inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI) poderá ser cancelada se a


empresa não importar habitualmente ?
Não. A inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI) só poderá ser negada, suspensa ou can-
celada nos casos de punição em decisão administrativa final por infrações de natureza fiscal, cambial, de
comércio exterior ou, por abuso de poder econômico.
Base Legal: Art. 2º da Port. SECEX nº. 35, de 24/11/2004.

1.1.2. A empresa registrada na Secex como exportadora, poderia eventualmente operar tam-
bém na atividade importadora?
Sim. O Registro de Exportadores e Importadores, como sugere o nome, compreende as duas vertentes. Os
registros são efetuados automaticamente no Sistema Integrado de Comércio exterior (Siscomex), sempre que
o importador realiza a primeira operação de importação.
Os cadastros antigos de importadores (até 1997) foram mantidos com a implantação do Siscomex.
Base Legal: Art. 1º da Portaria SECEX nº 35, de 24 de novembro de 2006.

1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Saída de Mercadorias


1.2. Tratamento Administrativo e Documentos Utilizados

1.2.1. Quais os produtos classificados no sistema administrativo de licenciamento automático


das importações brasileiras?
Atualmente, os produtos no âmbito do regime aduaneiro especial de Drawback são os únicos sujeitos a licen-
ciamento automático e as operações são conduzidas previamente ao despacho aduaneiro de importação. O
importador deverá sempre consultar o Siscomex a fim de verificar o tratamento administrativo a que se su-
bordina a sua operação. Como orientação geral, o interessado poderá consultar “Consolidação das Portarias
Secex (importação)”.
Base Legal: Portaria MDIC nº 35, de 24 de novembro de 2004.

1.2.2. Como saber em qual modalidade de licenciamento um determinado produto importado


se enquadra?
Em princípio, todos os produtos estão dispensados de licenciamento, devendo os importadores apenas pro-
videnciar o registro da Declaração de Importação (DI) no Siscomex, com o objetivo de dar início aos proce-
dimentos do Despacho Aduaneiro junto à unidade local da Secretaria da Receita Federal. Entretanto, alguns
produtos estão sujeitos à anuência prévia dos órgãos competentes. Esses produtos estão relacionados em
lista no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) ou podem ser verificados
mediante consulta ao Siscomex.
Base Legal: Art. 6º. da Port. SECEX nº. 14, de 23/11/2004.
1.2.3. De que maneira a pessoa física pode importar produtos?
A pessoa física somente poderá importar mercadorias em quantidades que não revelem prática de comércio,
e desde que não se configure habitualidade.
Base Legal: § 2º Art. 1º da Port. SECEX nº. 35, de 24/11/2004.

1.2.4. É permitido o ingresso no País de automóvel na condição de bagagem?


Não. Para fins de tributação aduaneira, entende-se como bagagem o conjunto de bens, novos ou usados, que
o viajante porta consigo, no mesmo meio de transporte em que viaje, não acobertado por conhecimento de
transporte, ou ainda aquele que, em função de sua viagem, chegue ao País ou dele saia, por meio de uma
empresa transportadora, como remessa postal, encomenda expressa, encomenda aérea ou qualquer outro
meio de transporte, amparado por conhecimento de carga ou documento equivalente.
Os bens integrantes da bagagem devem ser, necessariamente, destinados a uso ou consumo pessoal do via-
jante, em compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem, inclusive aqueles para presentear, ou desti-
nados a sua atividade profissional, e não podem permitir a presunção de importação ou exportação para fins
comerciais ou industriais, devido a sua quantidade, natureza ou variedade.
No conceito de bagagem também não são considerados: automóveis, motocicletas, motonetas, bicicletas
com motor, casas rodantes e demais veículos automotores terrestres; aeronaves; embarcações de todo o
tipo, motos aquáticas e similares, e motores para embarcações; cigarros e bebidas de fabricação brasileira,
destinados à venda exclusivamente no exterior; bebidas alcoólicas, fumo e seus sucedâneos manufaturados,
quando se tratar de viajante menor de dezoito anos; e bens adquiridos pelo viajante em loja franca, por oca-
sião de sua chegada ao País.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 117, de 6 de outubro de 1998; Art. 2º da Port. SECEX nº. 35, de 24/11/2004.

1.2.5. A importação de máquinas usadas, do setor gráfico, é permitida?


Sim. A importação de máquinas usadas está sujeita a licenciamento não automático, previamente ao embar-
que no exterior, desde que atendidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:
a) não sejam produzidos no País, ou não possam ser substituídos por outros, atualmente fabricados em ter-
ritório nacional, capazes de atender, satisfatoriamente, aos fins a que se destina o bem, a ser importado; e
b) tenham na data de registro do pedido de importação, idade inferior ao limite de sua vida útil, o que deverá
estar devidamente comprovado em laudo técnico de vistoria e avaliação apresentado junto com o pedido de
Licença de Importação (LI).
Base Legal: Portaria Decex nº 8, de 13 de maio de 1991; Portaria Secex nº 35, de 24 de novembro de 2006; Portaria MICT nº 235, de 07 de de-
zembro de 2006.

1.2.6. Qual o procedimento adotado na importação, para conserto ou reparo, de equipamen-


to exportado com defeito?

A importação mencionada se enquadra na Admissão Temporária para Aperfeiçoamento de Ativo. Esse regime
aduaneiro especial permite o ingresso, para permanência temporária no País, para conserto ou reparo, com
suspensão do pagamento de tributos, de mercadorias estrangeiras ou desnacionalizadas, destinadas a ope-
rações de aperfeiçoamento ativo e posterior reexportação.
As condições básicas para a aplicação do regime são: I) que a mercadoria seja de propriedade de pessoa se-
diada no exterior e admitida sem cobertura cambial; II) que o beneficiário seja pessoa jurídica sediada no País;
e III) que a operação esteja prevista em contrato de prestação de serviço.
Base Legal: Art. 332 do Dec. 4.543, de 26 de dezembro de 2002.
1.2.7. Atuo na área de vitivinicultura e gostaria de saber se é permitido importar mosto de
uvas para industrialização de vinho?
Não. É proibida a industrialização de mosto e da uva de procedência estrangeira, para a produção de vinhos
e derivados do vinho e da uva.
Base Legal: Lei no. 7.678, de 8/XI/88, Decretos Nºs. 99.066, de 8/03/90, e 113, de 5/05/91.

1.2.8. Quais são os critérios para a inclusão de bovinos importados, no Sistema Brasileiro de
Identificação e Certificação de Bovinos (Sisbov)?
O requisitos para a inclusão no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sis-
bov), compreendem basicamente três fases:
I) emissão de Autorização de Importação (AI): consiste na identificação numérica individual dos animais a
serem importados. A numeração é requerida por Fiscal Federal Agropecuário junto à Base Nacional de Dados
do Sisbov (BND);
II) II) ingresso no território nacional dos bovinos e bubalinos importados: o ingresso se dará somente através
de Postos de Vigilância Sanitária (PVS) e nos Serviços de Vigilância Sanitária (SVA), aprovados previamente
pelo Departamento de Defesa Animal do Mapa para o recebimento de animais importados e deverão dispor
de instalações individuais que possibilitem a inspeção dos animais. Após a inspeção física e documental dos
bovinos importados, a autoridade sanitária do PVS ou SVA envolvido informará à BND, no máximo em 24
horas, os códigos de identificação individuais dos animais cujo ingresso foi efetuado e;
III) III) quarentena no destino: os bovinos são submetidos à quarentena, em estabelecimento previamente
aprovado pelo serviço veterinário oficial, durante a qual serão submetidos a exames clínicos e, quando for o
caso, a exames laboratoriais e outros procedimentos sanitários previstos na Autorização de Importação ou
demandados pela autoridade sanitária responsável pela quarentena.
Base Legal: Instruções Normativas: MAPA nº 1, de 09/01/2002; MAPA nº 17, de 14/07/2006; SDA nº 47, de 31/07/2002; SDA nº 59, de
30/07/2003.

1.2.9. Existe alguma restrição à importação de bovinos no Brasil?


Sim. Em decorrência da Encefalite Espongiforme Bovina (EEB) no Canadá e a necessidade de manter a inte-
gridade do rebanho bovino nacional, as autoridades brasileiras resolveram proibir a entrada, em território
nacional, de ruminantes e produtos derivados dessas espécies daquele país.
Os produtos incluídos na proibição são: carnes e miúdos; hemoderivados; farinha de sangue; farinha de
carne; farinha de carne e ossos; farinha de ossos autoclavados; farinha de resíduos de açougue; farinha de
vísceras de aves; farinha de penas e vísceras de aves; farinha de resíduos de abatedouros de aves, bem como
qualquer ingrediente ou matéria-prima que contenha vísceras de animais alimentados com proteína ou gor-
dura de ruminantes.
Os produtos excluídos da proibição: sêmen; leite e produtos lácteos; colágeno obtido de peles e farinha de
ossos calcinada.
Base Legal: Instrução Normativa SDA nº 58, de 30/07/2003.

1.2.10. Quais os procedimentos administrativos para importação de amostras?


Na importação: amostras sem valor comercial; mercadorias cujo valor total seja igual ou inferior a US$ 500.00;
sem finalidade comercial, o despacho aduaneiro simplificado pode ser realizado sem registro no Siscomex,
por meio dos formulários para declaração simplificada de importação (DSI-Formulário),
Em algumas outras situações, também podem ser utilizados formulários específicos para o despacho adua-
neiro de bens que serão submetidos ao Regime Especial de Admissão Temporária, como, por exemplo, em
eventos internacionais realizados no Brasil,
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 611, de xx/xx/2006

1.2.11. Quais os motivos que podem levar o importador ao cancelamento da Declaração de


Importação (DI) e como fazê-lo?
Um dos motivos mais freqüentes é a hipótese de registro de mais de uma Declaração de Importação (DI) para
uma mesma operação comercial. As declarações excedentes poderão ser canceladas pelo titular da unidade
da Secretaria da Receita Federal (SRF) responsável pelo despacho aduaneiro da mercadoria, de ofício ou a
requerimento do importador ou de seu representante legal, eleito com poderes específicos.
O pedido de cancelamento da DI deverá ser formalizado mediante o “Pedido de Cancelamento de Declaração
de Importação e Reconhecimento de Direito de Crédito”.
Os valores recolhidos a título de tributo ou contribuição administrado pela SRF, por ocasião do registro da
DI, que, em virtude do cancelamento da declaração por multiplicidade de registros, tornarem-se indevidos,
poderão ser restituídos ao importador.
Base Legal: art. Nº 63 da Instrução Normativa SRF nº 680, de outubro de 2006; Instrução Normativa SRF nº 702, de 28 de dezembro de 2006.

1.2.12. Quais os procedimentos que uma empresa deverá adotar na importação de produtos
farmacêuticos?
A importação de produtos farmacêuticos está sujeita ao Regime de Vigilância Sanitária e deverá cumprir as
exigências de controle de qualidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.
A empresa importadora somente poderá operar quando for concedida pela Anvisa a autorização de funcio-
namento específica da atividade e será responsável pela qualidade, eficácia e segurança dos produtos que
importar. Todos os produtos devem ser submetidos a ensaios completos de controle de qualidade, lote a lote,
através de laboratório próprio da importadora ou da contratação de serviços de terceiros. Em caso de labora-
tório de terceiros, o laboratório contratado deve possuir licença de funcionamento atualizada, expedida pela
autoridade sanitária competente e prova de capacitação para os testes realizados.
Base Legal: Resoluções RDC nº 234, de 17/08/2005; .nº 350, de 28/12/2005; Portaria ANVISA nº 185 de 08/03/1999.

1.2.13. Como posso usufruir dos benefícios da Declaração Simplificada de Importação?


A Declaração Simplificada de Importação (DSI) será formulada pelo importador ou seu representante em mi-
crocomputador conectado ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), mediante a prestação das
informações constantes do Anexo I da IN SRF nº611.

A DSI apresentada em conformidade com o estabelecido poderá ser utilizada no despacho aduaneiro de bens:
I - importados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, em quantidade e freqüência que não carac-
terize destinação comercial, cujo valor não ultrapasse US$ 3,000 (três mil dólares) ou o equivalente em outra
moeda;
II - importados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, cujo valor não ultrapasse US$ 3,000 (três
mil dólares) ou o equivalente em outra moeda;
III - recebidos, a título de doação, de governo ou organismo estrangeiro por:
a) órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; ou
b) instituição de assistência social;
IV - submetidos ao regime de admissão temporária;
V - reimportados no mesmo estado ou após conserto, reparo ou restauração no exterior, em cumprimento do
regime de exportação temporária; e
VI - que retornem ao País em virtude de:
a) não efetivação da venda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior em consignação;
b) defeito técnico, para reparo ou substituição;
c) alteração nas normas aplicáveis à importação do país importador; ou
d) guerra ou calamidade pública;
VII - contidos em remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000 (três mil dólares) ou o
equivalente em outra moeda;
VIII - contidos em encomenda aérea internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3,000 (três mil dólares) ou o
equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte internacional expresso porta a porta,
nas seguintes situações:
a) a serem submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses de que trata o item IV;
b) reimportados, nas hipóteses de que trata o item V;
c) a serem objeto de reconhecimento de isenção ou de não incidência de impostos; ou
d) destinados a revenda;
IX - integrantes de bagagem desacompanhada;
X - importados para utilização na Zona Franca de Manaus (ZFM), quando submetidos a despacho aduaneiro
de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3,000 (três mil dólares) ou o equiva-
lente em outra moeda;
XI - industrializados na ZFM, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do ter-
ritório nacional, até o limite de US$ 3,000 (três mil dólares) ou o equivalente em outra moeda;
XII - importados para utilização na ZFM ou industrializados nessa área incentivada, quando submetidos a
despacho aduaneiro de internação por pessoa física, sem finalidade comercial; ou
XIII - importados com isenção, com ou sem cobertura cambial, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) ou por cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos, devidamen-
te credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou freqüência que não revele destinação comercial,
até o limite de US$ 10.000 (dez mil dólares) ou o equivalente em outra moeda
Base Legal: Dec-Lei no 288, de 28/01/1967; IN SRF no 285, de 14/01/2003; IN SRF nº 611, de 18/01/2006 (alterada pela IN SRF nº 680, de 2/10/
2006, alterada pela IN SRF nº 720, de 12/02/2007).

1.2.14. Quais os procedimentos requeridos pelas autoridades sanitárias brasileiras com rela-
ção a importação de mercadorias na forma de matérias-primas (alimentos) ?
A importação de mercadorias na forma de matérias-primas ou produtos semi-elaborados, está sujeita ao re-
gistro de licenciamento de importação no Siscomex, após o embarque no exterior, e à fiscalização sanitária,
antes do seu desembaraço aduaneiro, realizada pela Autoridade Sanitária da Anvisa em exercício no local
onde ocorrerá o desembaraço aduaneiro.
A empresa interessada ou seu representante legalmente habilitado, deverá apresentar à autoridade sanitária
em exercício no local de desembaraço, as informações e documentos a seguir:
I – Petição de Fiscalização e Liberação de Mercadoria Importada – Anvisa;
II - Comprovante de recolhimento da taxa de fiscalização sanitária;
III - Licença de Funcionamento (Alvará) ou documento correspondente válido para a atividade pertinente,
emitida pela autoridade sanitária competente Estado, Município ou do Distrito Federal;
IV - Informação sobre a regularização do produto perante a Anvisa;
V - Certificado ANIMAT, para produto oriundo da Argentina;
VI - Autorização de acesso para inspeção física;
VII - Número da Licença de Importação ou Licença Simplificada de Importação;
VIII - Conhecimento de carga embarcada (AWB, BL, CTR);
IX - Fatura comercial (Invoice);
X - Certificado de Controle de Qualidade; e
XI - Termo de Guarda e Responsabilidade da mercadoria em armazém externo ao recinto alfandegado.
Base Legal: Resolução RDC Anvisa nº 1, de 06/01/2003.

1.2.15. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que o proce-


dimento de importação de plantas e seus produtos está dividida em 5 categorias de risco. E
que o produto de minha importação, cogumelos em conserva, está classificado na Categoria
0 (zero). Gostaria de saber quais são os procedimentos que deverei tomar quando da impor-
tação?
A importação de plantas, partes de plantas e seus produtos, é condicionada ao atendimento, por categoria
de risco, dos requisitos fitossanitários estabelecidos pela autoridade sanitária. São considerados produtos
vegetais Categoria 0 (zero) aqueles que, mesmo sendo de origem vegetal, pelo seu grau de processamento,
não requerem nenhum tipo de controle fitossanitário e não são capazes de veicular praga em material de
embalagem nem de transporte, não demandando, portanto, intervenção das Organizações Nacionais de Pro-
teção Fitossanitária (ONPF).
Além de cogumelos, enquadram-se na Categoria 0 (zero): óleos; álcoois; frutos em calda; gomas açúcares;
carvão vegetal; celulose; sucos; melaço; corantes; congelados; enlatados; engarrafados a vácuo; palitos para
dentes; palitos para picolés, para fósforo; essências; extratos; fios e tecidos de fibras vegetais processadas;
sublinguais; pastas (ex.: cacau, marmelo); frutas e hortaliças pré-cozidas e vinagre, picles, cozidas; polpas;
resinas; vegetais em conserva.
Base Legal: Dec. nº 24.114, de 12/03/1934; Lei nº 9.972, de 25/05/2000; Dec. nº 3.664, de 17/11/2000; Lei nº 10.711, de 5/08/2003; Dec. nº
5.153, de 23/07/2004; IN Mapa nº 23, de 2/08/2004; IN Mapa nº 6, de 16/05/2005;

1.2.16. Quais são os países que exigem o Certificado de Autenticidade do Tabaco e quais as
entidades no Brasil credenciadas a expedi-lo?
Somente as exportações para os países da União Européia, de alguns tipos tabaco, devem ser acompanhadas
pelo Certificado de Autenticidade do Tabaco.
No Brasil, as entidades credenciadas pela Secretaria de Comércio Exterior para emissão do Certificado são as
seguintes:
- Banco do Brasil S/A: Agências de Porto Alegre (RS), Caxias do Sul (RS), Salvador (BA), Blumenau (SC);
- Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP);
- Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC); e
- Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS).
Base Legal: Circular Mdic nº 91, de 2/12/2003.

1.2.17. É possível liquidar fatura de importação utilizando cartão de crédito como meio paga-
mento?
Sim. Não existe nenhuma restrição quanto ao meio de pagamento nas operações de importação de até
US$ 20 mil.
Entretanto, para a utilização dessa modalidade, é necessário que a internação da mercadoria em território na-
cional tenha ocorrido através de Declaração Simplificada de Importação (DSI). O pagamento é feito mediante
débito em conta corrente do importador, pelo valor correspondente em Reais.
Base Legal: Circular BCB 3.325, de 24.08.2006 – Atualização RMCCI n° 12.

1.2.18. Quais são os documentos exigidos pelo Banco Central, aos agentes autorizados a ope-
rar câmbio, quanto à identificação e qualificação de clientes?
Os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio devem certificar-se da qualificação de seus clientes,
mediante a realização, entre outras providências julgadas pertinentes, da sua identificação, das avaliações de
desempenho, de procedimentos comerciais e de capacidade financeira, devendo organizar e manter atuali-
zados ficha cadastral e documentos comprobatórios em meio físico ou eletrônico, observado que neste caso
seja permitido ao Banco Central do Brasil poder verificar o arquivo de imediato e sem ônus.

A ficha cadastral deve conter os dados a seguir e estar associada aos seguintes documentos comprobatórios:

a) no caso de pessoa jurídica de direito privado:


I - firma ou denominação - cópia do ato constitutivo e, caso tenha havido atualização, cópia de sua última
atualização;
II - endereço completo e telefone - cópia do documento que ateste o endereço (certificado expedido por au-
toridade competente ou conta emitida por concessionária de serviço público);
III - cópia do último balanço registrado, se houver obrigatoriedade, referente a período encerrado há não mais
de 18 (dezoito) meses;
IV - banco(s) com o(s) qual(is) opera e mantêm conta corrente;
V - no caso de assinatura manual no contrato de câmbio ou no boleto, cartão de autógrafos contendo nome,
qualificação e espécime das assinaturas dos representantes autorizados pela empresa a assinar contratos de
câmbio, devendo o cartão, em se tratando de intermediador da operação de câmbio, conter abono por banco
autorizado a operar no mercado de câmbio.

b) no caso de pessoa jurídica de direito público ou de representação de governo estrangeiro, utilizando assi-
natura manual no contrato de câmbio ou no boleto: somente cartão de autógrafos contendo nome, qualifi-
cação e espécime das assinaturas dos representantes autorizados pela pessoa jurídica de direito público ou
pela representação de governo estrangeiro a assinar contratos de câmbio;

c) no caso de pessoa física: nome, documento de identidade (e órgão emissor) ou do passaporte, conforme o
caso, número de inscrição no CPF, endereço residencial e comercial, nacionalidade e profissão.

Os documentos devem ser mantidos pelos agentes autorizados pelo período de cinco anos, contados da
liquidação da última operação realizada no mercado de câmbio com o cliente, para apresentação ao Banco
Central do Brasil, quando solicitados.
É dispensada a exigência de ficha cadastral com relação às operações de valor igual ou inferior ao equivalente
a R$ 10 mil, realizadas pelos agentes autorizados a operar no mercado de câmbio.
Base Legal: Circular 3.325, de 24.08.2006 – Atualização RMCCI n° 12
1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Saída de Mercadorias
1.3. Despacho Aduaneiro de Importação

1.3.1. Em que se baseia e como se procede a seleção parametrizada de importação?


A parametrização da importação é o mecanismo que permite a autoridade alfandegária a proceder a clas-
sificação e conferência, por meio de canais específicos, da declaração de importação de toda mercadoria
importada. As declarações de importação são parametrizadas para um dos seguintes canais de conferência
aduaneira:
- verde: desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental, a verificação da merca-
doria e a entrega dos documentos de instrução do despacho;
- amarelo: procedimento do exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desem-
baraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria;
- vermelho: a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da verifi-
cação da mercadoria;
- cinza: o desembaraço somente será realizado após o exame documental, a verificação da mercadoria e o
exame preliminar do valor aduaneiro.
Havendo motivos que o justifiquem, pode-se determinar a conferência da mercadoria, mesmo quando o
despacho for selecionado para os canais verde ou amarelo.
Base Legal: IN SRF nº 680, de 2/10/2006, alterada pela IN SRF nº 702, de 28/12/2006, alterada pela IN SRF nº 731, de 3/04/2007.

1.3.2. Qual é o prazo legal para a conclusão da conferência aduaneira de importação para os
canais amarelo e vermelho?
A conferência aduaneira relativa às declarações selecionadas para os canais amarelo e vermelho deverá ser
concluída no prazo máximo de cinco dias úteis, contados do dia seguinte ao da recepção do extrato da decla-
ração e dos documentos que a instruem, salvo quando sua conclusão dependa de providência a ser cumprida
pelo importador, devidamente registrada no Siscomex.
Base Legal: IN SRF nº 69, de 10/12/1996; IN SRF nº 206, de 25/09/2002, alterada pela IN SRF nº 406, de 15/03/2004, alterada pela IN SRF 611, de
18/01/2006, alterada pela IN SRF nº 680, de 2/10/2006; .Dec. 4.543, de 26/12/2002.

1.3.3. O que é despacho aduaneiro de importação para consumo?


Entende-se por despacho aduaneiro de importação para consumo o despacho de mercadoria importado a
título definitivo. Tem-se como despacho para consumo: I) o despacho aduaneiro de mercadorias importadas
sob o regime de “drawback” em qualquer das suas modalidades; e II) o despacho aduaneiro para admissão
de mercadorias estrangeiras na Zona Franca de Manaus.
Base Legal: Ato Declaratório CCA nº 115/86; art. nº 70 Dec. 4.543/2002.

1.3.4. Como é realizado o controle aduaneiro à operação de navio estrangeiro em viagem de


cruzeiro em portos brasileiros?
A chegada do navio em viagem de cruzeiro deverá ser informada à autoridade aduaneira que jurisdicione o
porto de entrada no País, com antecedência mínima de seis horas, para fins de visita aduaneira. Será aplicado
o regime de admissão temporária, mediante procedimento simplificado, que consistirá no despacho conces-
sório da autoridade aduaneira, registrado no termo de entrada da embarcação, por ocasião do encerramento
da visita aduaneira.
O controle aduaneiro sobre as mercadorias de origem estrangeira transportadas no navio em viagem de
cruzeiro, ou embarcadas no País para reposição de estoques, destinadas à provisão de bordo ou à venda em
lojas, bares e instalações semelhantes, observará o seguinte:
I - provisões de bordo: os víveres de origem estrangeira deverão ser depositados em compartimento próprio,
de onde serão retirados conforme as necessidades de consumo da tripulação e dos passageiros;
II - mercadorias estrangeiras destinadas à venda: o comandante do navio manterá registro do estoque diário
de mercadorias estrangeiras a bordo, que permita identificar o movimento ocorrido no período, relativamen-
te ao saldo inicial, entradas, saídas e saldo final.
No ato da visita, no porto de entrada no País, o comandante do navio apresentará, à autoridade aduaneira,
relação, em três vias, das mercadorias estrangeiras existentes a bordo, destinadas à venda, que constituirão
o estoque inicial.
O despacho aduaneiro das mercadorias estrangeiras será processado em nome do mandatário, com base em
uma única Declaração Simplificada de Importação - DSI, para o total de mercadorias vendidas no período de
apuração.
No caso de novo suprimento do navio, no decorrer do tempo de permanência no País, deverão ser observados
os seguintes procedimentos:
I - mercadoria de origem estrangeira: a transferência da mercadoria, do ponto de descarga até o embarque
no navio, será realizada sob o regime de trânsito aduaneiro;
II - mercadoria de origem nacional: o embarque será autorizado mediante a simples apresentação da respec-
tiva nota fiscal.
O fornecimento de bordo de mercadoria de origem nacional não caracteriza operação de exportação.
A autoridade aduaneira poderá, a qualquer tempo, durante a permanência do navio no País, proceder, a bor-
do, aos levantamentos necessários à verificação do fiel cumprimento das normas aplicadas.
Base Legal: IN SRF nº 137, de 23/11/1998;

1.3.5. Quais são os documentos instrutivos do despacho aduaneiro de importação, relativos


aos canais amarelo, vermelho ou cinza?
Além do Extrato da Declaração de Importação, que é emitido pelo Sistema, a pedido do importador, deverá
ser apresentado os seguintes documentos, que, após a conferência aduaneira serão devolvidos ao importa-
dor ou seu representante, mediante recibo no próprio Extrato da Declaração: I) conhecimento de carga ou
documento equivalente, como prova de posse ou propriedade da mercadoria; II) fatura comercial assinada
pelo exportador, emitida em 2 (duas) vias. Na impossibilidade de apresentação da via original o importador
poderá apresentar cópia obtida por qualquer meio, ficando o desembaraço aduaneiro condicionado à apre-
sentação do respectivo original; III) romaneio (packing list); e IV) outros, exigidos em decorrência de acordos
internacionais ou de legislação específica.
Base Legal: IN SRF nº 680, de 2/11/2006; IN SRF nº 702, de 28/12/2006; IN SRF nº 731, de 3/04/2007.

1.3.6. Quando o importador poderá solicitar o registro antecipado da Declaração de Importa-


ção (DI)?
A DI relativa a mercadoria que proceda diretamente do exterior poderá ser registrada antes da sua descarga
na unidade da Secretaria da Receita Federal (SRF) de despacho, quando se tratar de:
I - mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva se realizar diretamente para terminais de oleodutos,
silos ou depósitos próprios, ou veículos apropriados;
II - mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente características de periculosidade;
III - plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos facilmente perecíveis ou suscetíveis de danos
causados por agentes exteriores;
IV - papel para impressão de livros, jornais e periódicos;
V – mercadoria destinada a órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou munici-
pal, inclusive autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas; e
VI - mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre.
O registro antecipado poderá ser realizado também em outras situações ou para outros produtos, confor-
me estabelecido em normas específicas, ou, em casos justificados, mediante prévia autorização do chefe da
unidade da SRF de despacho.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006; Alterada pela IN SRF nº 702, de 28 de dezembro de 2006; Alterada pela
IN SRF nº 731, de 3 de abril de 2007.

1.3.7. Quais são as exigências impostas pela autoridade alfandegária para a retificação da De-
claração de Importação (DI)?
A retificação de informações prestadas na declaração, ou a inclusão de outras, no curso do despacho adua-
neiro, ainda que por exigência da fiscalização aduaneira, será feita, pelo importador, no Siscomex.
A retificação da declaração somente será efetivada após a sua aceitação, no Siscomex, pela fiscalização adu-
aneira, exceto no que se refere aos dados relativos à operação cambial.
Quando da retificação resultar importação sujeita a licenciamento, o despacho ficará interrompido até a sua
obtenção, pelo importador.
Em qualquer caso, a retificação da declaração não elimina a aplicação das penalidades fiscais e sanções ad-
ministrativas cabíveis.
A retificação da declaração após o desembaraço aduaneiro, qualquer que tenha sido o canal de conferência
aduaneira ou o regime tributário pleiteado, será realizada:
I - de ofício, na unidade da SRF onde for apurada, em ato de procedimento fiscal, a incorreção; ou
II - mediante solicitação do importador, formalizada em processo e instruída com provas de suas alegações
e, se for o caso, do pagamento dos tributos, direitos comerciais, acréscimos moratórios e multas, inclusive
as relativas a infrações administrativas ao controle das importações, devidos, e do atendimento de eventuais
controles específicos sobre a mercadoria, de competência de outros órgãos ou agências da administração
pública federal.
Na hipótese de a retificação pleiteada implicar em recolhimento complementar do Imposto sobre Operações
relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermuni-
cipal e de Comunicação (ICMS), o processo deverá ser instruído também com o comprovante do recolhimen-
to ou de exoneração do pagamento da diferença desse imposto.
Na análise de pedidos de retificação que se refiram à quantidade ou à natureza da mercadoria importada
deverão ser observados, no mínimo, os seguintes aspectos:
I - a compatibilidade com o peso e a quantidade de volumes informados nos documentos de transporte; e
II - o pleito deve ser instruído com a nota fiscal de entrada no estabelecimento importador da mercadoria
a que se refere, emitida ou corrigida, nos termos da legislação de regência, com a quantidade e a natureza
corretas.
Poderá ser aceito como elemento de convicção, pela autoridade fiscal, documento emitido por terceiro que
tenha manuseado ou conferido a mercadoria, no exercício de atribuição ou responsabilidade que lhe foi con-
ferida pela legislação, no País ou no exterior.
Do indeferimento do pleito de retificação caberá recurso, interposto no prazo de trinta dias, dirigido ao chefe
da unidade da SRF onde foi proferida a decisão.
Ressalvadas as diferenças decorrentes de erro de expedição, as faltas ou acréscimos de mercadoria e as diver-
gências que não tenham sido objeto de solicitação de retificação da declaração pelo importador, que venham
a ser apurados em procedimento fiscal serão objeto, conforme o caso, de lançamento de ofício dos tributos
incidentes e penalidades cabíveis ou de aplicação da pena de perdimento.
As divergências constatadas pelo importador, entre as mercadorias efetivamente recebidas e as desemba-
raçadas, deverão ser registradas por esse no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrências.
A retificação independe do procedimento de revisão aduaneira de toda a declaração de importação que, caso
necessário, poderá ser proposta à unidade da SRF com jurisdição para fins de fiscalização dos tributos inci-
dentes no comércio exterior, sobre o domicílio do importador.
A retificação, por solicitação do importador, será efetuada:
I - na unidade da SRF com jurisdição para fins de fiscalização dos tributos incidentes no comércio exterior,
sobre o domicílio do importador, quando decorrentes de:
a) qualquer alteração no regime tributário inicialmente pleiteado para a mercadoria;
b) correção da quantidade ou da natureza de mercadoria admitida no Regime Aduaneiro Especial de Entre-
posto Industrial sob Controle Informatizado (Recof);
c) transferência de propriedade de automóvel importado com isenção; ou
d) outras hipóteses estabelecidas em ato da Coana; ou
II - na unidade da SRF onde foi efetuado o despacho aduaneiro da mercadoria, nos demais casos.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006; Alterada pela IN SRF nº 702, de 28 de dezembro de 2006; Alterada pela
IN SRF nº 731, de 3 de abril de 2007.

1.3.8. É possível a devolução de mercadoria importada?


Sim. A devolução ao exterior de mercadoria estrangeira importada poderá ser autorizada pelo chefe da uni-
dade da SRF com jurisdição sobre o recinto alfandegado em que esta se encontre, desde que o pedido seja
apresentado antes do registro da DI e não tenha sido iniciado o processo de infrações relativas às mercado-
rias, ou na hipótese de ser autorizado o cancelamento da Declaração de Importação (DI)I.
O pedido de devolução deverá ser instruído com os documentos originais relativos à importação, quando
couber.
A autorização poderá ser condicionada à verificação total ou parcial da mercadoria a ser devolvida.
Não será autorizada a devolução de mercadoria chegada ao País com falsa declaração de conteúdo ou com
qualquer outra irregularidade que a sujeite à aplicação da pena de perdimento.
Base Legal: Dec.Lei nº 1.455, de 7/04/1976; IN SRF nº 680, de 2/11/2006; Alt. IN SRF nº 702, de 28/12/ 2006; Alt. IN SRF nº 731, de 3/04/2007

1.3.9. Quais as operações amparadas pela Declaração de Trânsito de Transferência (DTT)?


Em regra geral, a Declaração de Trânsito de Transferência é aquela que ampara as operações de trânsito
aduaneiro que envolvam as transferências, não acobertadas por conhecimento de transporte internacional,
como:
a) materiais de companhia aérea, ou de consumo de bordo, entre Depósitos Afiançados (DAF) da mesma
companhia;
b) mercadorias entre lojas francas ou seus depósitos;
c) mercadorias vendidas pelas lojas francas a empresas de navegação aérea ou marítima e destinadas a con-
sumo de bordo ou a venda a passageiros, desde que procedentes diretamente da loja franca para o veículo
em viagem internacional;
d) mercadorias já admitidas em regime de entreposto aduaneiro, entre recintos alfandegados;
e) mercadorias armazenadas em estação aduaneira interior (porto seco) e destinadas a feiras em recintos al-
fandegados por tempo determinado, com posterior retorno ao mesmo porto seco;
f) carga nacional com locais de origem e destino em unidades aduaneiras nacionais, com passagem por ter-
ritório estrangeiro;
g) bagagem acompanhada extraviada;
h) bagagem acompanhada de tripulante ou passageiro com origem e destino no exterior, em passagem pelo
território nacional; e
i) mercadoria admitida no regime de Depósito Alfandegado Certificado (DAC) com destino ao local de em-
barque ou transposição de fronteira.
Base Legal: IN SRF nº 248, de 25/11/2002; Alterada pela IN SRF nº 262, de 20 de dezembro de 2002.Alterada pela IN SRF nº 295, de 4/02/2003;
Alterada pela IN SRF nº 337, de 27/06/2003.

1 - Aspectos Administrativos e Operacionais da Saída de Mercadorias


1.4. Regimes Aduaneiros Especiais de Importação

1.4.1. Existe a possibilidade da prática de Drawback para produtos alimentícios, com o obje-
tivo de atender o mercado interno?
Não. A operação especial é concedida apenas para a importação de matérias-primas, produtos intermediários
e componentes destinados à fabricação, no País, de máquinas e equipamentos.
Operação que decorre de licitação internacional, proveniente de financiamento concedido por instituição
financeira também internacional, da qual o Brasil participe, ou por entidade governamental estrangeira, ou
ainda, pelo BNDES, com recursos captados no exterior.
Base Legal: Lei nº 8.032, de 12/04/1990; Lei nº 10.184, de 12/02/2001; Portaria nº 35, de 24/12/2006.

1.4.2. Há incidência do Imposto de Importação aos produtos industrializados na Zona Franca


de Manaus, quando mandados para outros estados do Brasil?
Sim. Os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, salvo os bens de informática e os veículos au-
tomóveis, tratores e outros veículos terrestres, suas partes e peças, excluídos os das posições 8711 a 8714
da Tarifa Externa Comum (TEC), e respectivas partes e peças, quando dela saírem para qualquer ponto do
Território Nacional, estarão sujeitos à exigibilidade do Imposto sobre Importação relativo a matérias-primas,
produtos intermediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e outros insumos de origem
estrangeira neles empregados, calculado o tributo mediante coeficiente de redução de sua alíquota ad valo-
rem.
Base Legal: Dec-Lei nº 288, de 1977; Lei nº 8.387, de 1991; Leis nºs 10.176, de 11/01/2001 e 10.664, de 22/04/2003 e 11.077, de 30/12/2004.

1.4.3. Como se aplica o Regime Especial de Importação de Insumos (Recom), destinados a in-
dustrialização por encomenda?
O Recom é o regime que permite a importação, sem cobertura cambial, de chassis, carroçarias, peças, partes,
componentes e acessórios, classificados nas posições 8701 a 8705, com suspensão do pagamento do impos-
to sobre produtos industrializados. É aplicado exclusivamente a importações realizadas por conta e ordem de
pessoa jurídica domiciliada no exterior.
O Imposto de Importação incidirá somente sobre os insumos importados empregados na industrialização dos
produtos.
Os produtos resultantes da industrialização por encomenda terão o seguinte tratamento tributário:
I - quando destinados ao exterior, resolve-se pela suspensão do pagamento do imposto sobre produtos indus-
trializados incidente na importação e na aquisição, no mercado interno, dos insumos neles empregados; e
II – quando destinados ao mercado interno, serão remetidos obrigatoriamente a empresa comercial atacadis-
ta, controlada, direta ou indiretamente, pela pessoa jurídica encomendante domiciliada no exterior, por conta
e ordem desta, com suspensão do pagamento do imposto sobre produtos industrializados.
A concessão do regime dependerá de habilitação prévia perante a Secretaria da Receita Federal, que expedirá
as normas necessárias ao cumprimento do referido regime.
Base Legal: art. 5o da Lei no 9.826, de 23/08/1999; IN SRF no 01, de 12/01/2000; IN SRF nº 17, de 16/02/2000; art. 17 da MP no 1.990-29 de
10/03/2000.

1.4.4. É possível fazer a transferência de mercadoria importada e admitida em regime adua-


neiro especial ou atípico para outro regime?
Sim. A transferência de mercadoria entre regimes aduaneiros especiais ou atípicos ocorrerá em relação à tota-
lidade ou parte da mercadoria e com ou sem mudança de beneficiário, aplicando-se às operações de impor-
tação realizadas a título não definitivo e sem cobertura cambial, exceto para as transferências de mercadorias
entre os regimes aduaneiros atípicos da Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio, devendo, em am-
bos os casos, ser observadas as condições e os requisitos próprios do novo regime. Na hipótese de mudança
de beneficiário, a transferência fica condicionada à autorização expressa do consignante.
A transferência é realizada mediante a extinção, parcial ou total, do regime anterior e a admissão, no novo
regime, da quantidade de mercadoria transferida. A extinção se fará pela retificação da Declaração de Impor-
tação (DI) relativa à admissão no regime anterior e será realizada de ofício, pela autoridade aduaneira que
concedeu o regime anterior, consistindo na averbação, no campo “Informações Complementares”, da quan-
tidade, classificação fiscal, descrição e valor da mercadoria transferida, bem como a identificação do novo
regime, o número da respectiva Declaração de Importação e, ainda, o saldo remanescente de mercadoria que
permanecer no regime.
A transferência de regime é efetuada com base no Documento de Transferência de Regime Aduaneiro (DTR).
O DTR deverá ser emitido pelo beneficiário do regime anterior e terá como número de referência o número
da DI que serviu de base para a admissão da mercadoria nesse regime, acrescido de número seqüencial de
dois dígitos, que identificará cada operação de transferência. As vias do DTR deverão ser mantidas em poder
dos respectivos destinatários pelos prazos previstos na legislação, para fins de apresentação à SRF, quando
solicitadas
Base Legal: IN SRF nº 121, de 11/01/2002; alterada pela IN SRF nº 335, de 24/06/2003, alterada pela IN SRF nº 410, de 19/03/2004.

1.4.5. Quais os casos em que não serão permitidos a admissão no regime especial de entre-
posto aduaneiro de importação ?
A admissão no regime de entreposto aduaneiro de importação não será autorizada quando se tratar de: I)
mercadoria cuja importação esteja proibida; II) bem usado; III) mercadoria importada sem cobertura cam-
bial.
Base Legal: IN SRF nº241, de 6/11/2002.

1.4.6. Quais as mercadorias que poderão ser admitidas no regime especial de entreposto adu-
aneiro de importação ?
A admissão no regime de entreposto aduaneiro de importação, regime exclusivo das Estações Aduaneiras de
Interior (Eadi), será autorizada para a armazenagem dos bens de acordo com a característica do estabeleci-
mento, a seguir indicados:
I - aeroporto:
a) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de aeronaves, e de equipamentos e
instrumentos de uso aeronáutico;
b) provisões de bordo de aeronaves utilizadas no transporte comercial internacional;
c) máquinas ou equipamentos mecânicos, eletromecânicos, eletrônicos ou de informática, identificáveis por
número de série, importados, para serem submetidos a serviço de recondicionamento, manutenção ou repa-
ro, no próprio recinto alfandegado, com posterior retorno ao exterior;
d) partes, peças e outros materiais utilizados nos serviços de recondicionamento, manutenção ou reparo de
máquinas ou equipamentos; ou
e) quaisquer outros importados e consignados a pessoa jurídica estabelecida no País, ou destinados à expor-
tação, que atendam às condições para admissão no regime.

II - porto organizado e instalações portuárias:


a) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de embarcações, e de equipamentos
e instrumentos de uso náutico;
b) provisões de bordo de embarcações utilizadas no transporte comercial internacional;
c) bens destinados à manutenção, substituição ou reparo de cabos submarinos de comunicação; ou
d) quaisquer outros importados e consignados a pessoa jurídica estabelecida no País ou destinadas a expor-
tação, que atendam às condições para admissão no regime.

III - porto seco:


a) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de aeronaves e embarcações;
b) partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de outros veículos, bem como de
máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos;
c) máquinas ou equipamentos mecânicos, eletromecânicos, eletrônicos ou de informática, identificáveis por
número de série, importados, para serem submetidos a serviço de recondicionamento, manutenção ou repa-
ro, no próprio recinto alfandegado, com posterior retorno ao exterior;
d) partes, peças e outros materiais utilizados nos serviços de recondicionamento, manutenção ou reparo de
máquinas ou equipamentos; ou
e) quaisquer outros importados e consignados a pessoa física ou jurídica, domiciliada ou estabelecida no País,
ou destinados a exportação, que atendam às condições para admissão no regime.
Base Legal: IN SRF nº241, de 6/11/2002.

1.4.7. Quais as atividades poderão ser permitidas, e realizadas pelos importadores, aos produ-
tos admitidos no regime especial de entreposto aduaneiro de importação ?
Nos recintos alfandegados credenciados a operar o regime de entreposto aduaneiro na importação, além
da prestação dos serviços comuns, poderão, ainda, ser realizados os seguintes serviços, pelos importadores,
relativos às mercadorias ali armazenadas:
I) etiquetagem e marcação, para atender a exigências do comprador estrangeiro; II) exposição, demonstração
e teste de funcionamento; III) acondicionamento ou reacondicionamento; IV) montagem; V) beneficiamen-
to; VI) transformação, no caso de preparo de alimentos para consumo a bordo de aeronaves e embarcações
utilizadas no transporte comercial internacional ou destinados a exportação; VII) manutenção ou reparo de
embarcações e em instrumentos de uso náutico; máquinas ou equipamentos mecânicos, eletromecânicos,
eletrônicos ou de informática.
Base Legal: IN SRF nº241, de 6/11/2002.
1.4.8. Qual o prazo para o início do despacho aduaneiro de importação?
O despacho aduaneiro de importação inicia-se com o registro da Declaração de Importação no Siscomex,
momento no qual ocorre, quando for o caso, o pagamento dos tributos federais, estaduais e municipais devi-
dos, mediante débito automático na conta indicada na Declaração de Importação, junto a agência habilitada
de banco integrante da rede arrecadatória de receitas federais, por meio de Documento de arrecadação de
Receitas federais (Darf) eletrônico.
Como regra geral, o despacho aduaneiro de importação somente deverá ter início após a chegada da merca-
doria na unidade da Secretaria da Receita Federal de despacho, na qual o importador submeter a mercadoria
importada.
O despacho de importação deverá começar: I) até 90 (noventa) dias da descarga, se a mercadoria estiver em
recinto alfandegado; II) até 45, (quarenta e cinco) dias após esgotar-se o prazo estabelecido para permanên-
cia da mercadoria em recinto alfandegado de zona secundária; e III) até 90 (noventa) dias da abertura da mala
postal.
Base Legal: IN SRF nº241, de 6/11/2002.

1.4.9. Quando se dá o início do Despacho de Trânsito Aduaneiro de Importação (DTA)?


O início do Despacho de Trânsito Aduaneiro de Importação (DTA) é caracterizado no ato do registro da decla-
ração de trânsito aduaneiro no Siscomex.
São condições para o registro da declaração de trânsito, além de outras estabelecidas e gerenciadas automa-
ticamente pelo Sistema:
I - a chegada da carga;
II - a disponibilidade da carga no Siscomex;
III - o preenchimento de todos os dados obrigatórios;
IV - a existência de saldo suficiente na conta corrente de garantia para acobertar o trânsito aduaneiro solici-
tado; e
V - a regularidade da habilitação do transportador.
A declaração não registrada pelo beneficiário será automaticamente cancelada após quinze dias da sua ela-
boração no sistema.
Base Legal: IN SRF nº 248, de 25/11/2002; Alterada pela IN SRF nº 262, de 20 de dezembro de 2002.Alterada pela IN SRF nº 295, de 4/02/2003;
Alterada pela IN SRF nº 337, de 27/06/2003.

1.4.10. Em que consiste o ato de Revisão Aduaneira e até quando a autoridade pode exigi-la?
A Revisão Aduaneira é o ato pelo qual é apurada, após o desembaraço aduaneiro, a regularidade do paga-
mento dos impostos e dos demais gravames devidos à Fazenda Nacional, da aplicação de benefício fiscal e da
exatidão das informações prestadas pelo importador na declaração de importação
Para a constituição do crédito tributário, apurado na revisão, a autoridade aduaneira deverá observar os pra-
zos referidos nos arts. 668 e 669 do Dec. 4543/2002.
A revisão aduaneira deverá estar concluída no prazo de cinco anos, contado da data do registro da declaração
de importação correspondente.
Considera-se concluída a revisão aduaneira na data da ciência, ao interessado, da exigência do crédito tribu-
tário apurado.
Base Legal: Dec. no 37, de 1966 art. 54, com a redação dada pelo Decreto-lei no 2.472, de 1988, art. 2o, e Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 8o;
Dec. 4543/2002.
1.4.11. No âmbito do regime de Admissão Temporária para o Aperfeiçoamento Ativo quais as
operações podem ser admitidas?
O regime aduaneiro especial de Admissão Temporária para Aperfeiçoamento Ativo é o que permite o ingres-
so, para permanência temporária no País, com suspensão do pagamento de tributos, de mercadorias estran-
geiras ou desnacionalizadas, destinadas a operações de aperfeiçoamento ativo e posterior reexportação.
As operações de aperfeiçoamento ativo, compreendem:
I - as operações de industrialização relativas ao beneficiamento, à montagem, à renovação, ao recondiciona-
mento, ao acondicionamento ou ao reacondicionamento aplicadas ao próprio bem; e
II - o conserto, o reparo, ou a restauração de bens estrangeiros, que devam retornar, modificados, ao país de
origem.
São condições básicas para a aplicação do regime:
I - que as mercadorias sejam de propriedade de pessoa sediada no exterior e admitidas sem cobertura cam-
bial;
II - que o beneficiário seja pessoa jurídica sediada no País; e
III - que a operação esteja prevista em contrato de prestação de serviço.
A Secretaria da Receita Federal poderá aplicar ao regime, no que couber, à normas previstas para o regime
de admissão temporária.
Base Legal: art. 332 do Dec. 4.543, de 26/12/2002.

1.4.12. O Sistema de Internamento de Mercadoria Nacional (SINAL), se aplica a mercadorias


importadas em todo o território nacional?
Não. O Sistema de Internamento de Mercadoria Nacional (SINAL) é um sistema que tem como finalidade per-
mitir que as empresas transportadoras (rodoviárias, rodofluviais e aéreas, inclusive autônomos) antecipem,
por meio de envio de arquivo eletrônico, os dados da documentação fiscal (Conhecimento e Nota Fiscal) para
registro, vistoria e, conseqüentemente, internamento das notas fiscais que acobertam mercadorias com des-
tino apenas à Amazônia Ocidental e Macapá/AP, requisitos necessários para usufruírem dos benefícios fiscais
concedidos às áreas incentivadas.
As principais funcionalidades do Sistema são:
I) Servir de plataforma de entrada de dados da documentação fiscal;
II) Iniciar a validação de dados da documentação fiscal enviada para a Suframa;
III) Gerar o PIN formalizando o recebimento e a validação dos dados da documentação fiscal enviada para a
Suframa.
Base Legal: Port. MDIC/SUFRAMA nº. 529, de 28/11/2006.

1.4.13. Quanto à formalização de procedimentos como se dá o ingresso físico de mercadorias


nacionais em área da Zona Franca de Manaus?
O internamento de mercadorias nacionais nas áreas incentivadas, administradas pela Superintendência da
Zona Franca de Manaus – Suframa, será processado mediante os seguintes procedimentos:
I - transmissão prévia dos dados dos documentos fiscais, via Sistema de Controle de Mercadoria Nacional
(SINAL) da Suframa;
II – geração do Protocolo de Ingresso de Mercadoria Nacional (PIN);
III - apresentação de três (3) vias do PIN, 1ª e 5ª vias da nota fiscal e duas (2) vias do conhecimento de trans-
porte para fins de recepção, conferência documental prévia e vistoria física da mercadoria ingressada;
IV – autenticação ou chancela do PIN pela Suframa;
V - análise e conferência documental complementar para verificação e validação dos dados transmitidos pela
Internet, via SINAL, com a documentação física mencionada no inciso III;
VI – cruzamento de informações e verificação de dados com órgãos fiscais, no caso em que se aplicar;
VII - emissão da comprovação do ingresso da mercadoria.
Base Legal: Port. MDIC/SUFRAMA nº. 529, de 28/11/2006.

1.4.14. Em que consiste o Regime de Trânsito Aduaneiro?


O Regime Especial de Trânsito Aduaneiro é o que permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro,
de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão do pagamento de tributos.
O regime inicia-se desde o local de origem ao local de destino e desde o momento do desembaraço para
trânsito aduaneiro pela unidade de origem até o momento em que a unidade de destino certifica a chegada
da mercadoria.
Base Legal: IN SRF nº 248, de 25/11/2002; Art. 273 do Dec. 4.543, de 26/12/2002.

1.4.15. Quais são os beneficiários do Regime de Trânsito Aduaneiro?


Na Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA) de entrada, são beneficiários do Regime de Trânsito Aduaneiro:
I) o importador;
II) o exportador;
III) o depositante;
IV) o representante, no País, de importador ou exportador domiciliado no exterior;
V ) o permissionário ou o concessionário de recinto alfandegado;
VI) o operador de transporte multimodal;
VII) o transportador, habilitado nos termos da Seção III; e
VIII) o agente credenciado a efetuar operações de unitização ou desunitização da carga em recinto alfande-
gado.
Base Legal: IN SRF nº 248, de 25/11/2002; Art. 273 do Dec. 4.543, de 26/12/2002.

1.4.16. Quais as modalidades do Regime de Trânsito Aduaneiro?


As modalidades do Regime de Trânsito Aduaneiro são:
I - o transporte de mercadoria procedente do exterior, do ponto de descarga no território aduaneiro até o
ponto onde deva ocorrer outro despacho;
II - o transporte de mercadoria nacional ou nacionalizada, verificada ou despachada para exportação, do local
de origem ao local de destino, para embarque ou para armazenamento em área alfandegada para posterior
embarque;
III - o transporte de mercadoria estrangeira despachada para reexportação, do local de origem ao local de
destino, para embarque ou armazenamento em área alfandegada para posterior embarque;
IV - o transporte de mercadoria estrangeira de um recinto alfandegado situado na zona secundária a outro;
V - a passagem, pelo território aduaneiro, de mercadoria procedente do exterior e a ele destinada;
VI - o transporte, pelo território aduaneiro, de mercadoria procedente do exterior, conduzida em veículo em
viagem internacional até o ponto em que se verificar a descarga; e
VII - o transporte, pelo território aduaneiro, de mercadoria estrangeira, nacional ou nacionalizada, verificada
ou despachada para reexportação ou para exportação e conduzida em veículo com destino ao exterior.
Base Legal: IN SRF nº 270, de 25/11/2002; Art. 273 do Dec. 4.543, de 26/12/2002.
1.4.17. Os recintos alfandegados só poderão ser instalados em zonas secundárias?
Não. Os recintos alfandegados serão declarados pela autoridade aduaneira competente, na zona primária ou
na zona secundária, a fim de que neles possa ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem
e despacho aduaneiro.
Base Legal: Art. 9º do Dec. 4.543, de 26/12/2002.

1.4.18. Quais os tipos de mercadorias que poderão ser controladas nos recintos alfandegados?
Poderão ser controladas:
I) mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial;
II) bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
III) remessas postais internacionais.
Base Legal: Art. 9º do Dec. 4.543, de 26/12/2002.

1.4.19. Quais os requisitos e procedimentos para o credenciamento de Recinto Alfandegado?


O regime de entreposto aduaneiro, na importação e na exportação, será operado em porto seco, recinto al-
fandegado de uso público localizado em aeroporto ou porto organizado, instalação portuária de uso público
ou instalação portuária de uso privativo misto, previamente credenciados pela Secretaria da Receita Federal
(SRF).
O credenciamento de Recinto Alfandegado, fica condicionado:
I - à delimitação de áreas distintas destinadas à armazenagem das mercadorias importadas ou a exportar,
conforme o caso, ao amparo do regime; e
II - ao desenvolvimento e manutenção de controle informatizado de entrada, movimentação, armazenamen-
to e saída das mercadorias relativas a cada beneficiário, incluídas aquelas objeto das operações de industria-
lização, manutenção ou reparo autorizadas.
O credenciamento será realizado a requerimento do administrador do recinto alfandegado, apresentado ao
titular da unidade da SRF com jurisdição sobre o local.
O requerimento deverá indicar as atividades para as quais solicita autorização:
I - armazenagem;
II - exposição, demonstração e teste de funcionamento;
III - industrialização; ou
IV - manutenção ou reparo.
Base Legal: IN SRF nº 241, de 6/11/2002; Alterada pela IN SRF nº 289, de 27/01/2003; Alterada pela IN SRF nº 356, de 4/09/2003; Alterada pela IN
SRF nº 463, de 19/11/2004; Alterada pela IN SRF nº 548, de 16/06/2005.

1.4.20. Quais os requisitos e procedimentos para a localização e instalação de terminal alfan-


degado de uso público?
O terminal alfandegado de uso público deverá estar localizado e instalado de acordo com proposta formula-
da pela Superintendência Regional da Receita Federal (SRRF) que o jurisdicionará, contendo, pelo menos, os
seguintes elementos:
I - levantamento da demanda;
II - indicação do local mais conveniente;
III - disponibilidade de recursos humanos e materiais;
IV - tipo de carga a ser armazenada;
V - prazo da concessão ou permissão.
A proposta será analisada pela Coordenação Geral do Sistema Aduaneiro (Coana) que emitirá parecer conclu-
sivo e submeterá o assunto à deliberação do Secretário da Receita Federal.
O Secretário da Receita Federal expedirá ato autorizando a instauração de procedimentos administrativos
visando à outorga da concessão ou permissão do terminal proposto e especificará a localização do terminal,
a unidade administrativa da SRF em cuja jurisdição deverá ser instalado, o prazo da concessão ou permissão
e o tipo de carga a ser armazenada no terminal.
Base Legal: IN TCU n° 27, de 2/12/1998; IN SRF nº 055 de 23/05/2000; Alterada pela IN SRF nº 70, de 24/08/ 2001; Alterada pela IN SRF nº
212/2002.

1.4.21. Quais as hipóteses necessárias para a concessão automática do regime de entreposto


aduaneiro na importação?
A concessão do regime poderá ser automática nas hipóteses de importação de:
I - partes, peças e outros materiais de reposição, manutenção ou reparo de embarcações e aeronaves, bem
assim de equipamentos e seus componentes de uso náutico ou aeronáutico;
II - bens destinados à manutenção, substituição ou reparo de cabos submarinos de comunicação; e
III - bens destinados a provisões de bordo de aeronaves e embarcações.
A concessão automática ficará condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos:
I - o conhecimento de carga deverá acobertar exclusivamente mercadorias destinadas ao regime; e
II - o beneficiário deverá manter controle informatizado de estoque, atualizado diariamente.
Base Legal: IN SRF nº 241, de 6/11/2002; Alterada pela IN SRF nº 289, de 27/01/2003; Alterada pela IN SRF nº 356, de 4/09/2003; Alterada pela IN
SRF nº 463, de 19/11/2004; Alterada pela IN SRF nº 548, de 16/06/2005.

2 - Tratamento Tributário da Entrada de Mercadorias


2.1. Imposto de Importação (I.I)

2.1.1. As alíquotas do Imposto de Importação entre os Estados-Partes do Mercosul são todas


iguais?
Sim. Como regra geral desde 1º/01/96, todos os produtos tem livre circulação no Mercosul e as alíquotas do
Imposto de Importação entre eles passaram a ser zero, estabelecendo o livre comércio entre os quatro paí-
ses.
Entretanto, os produtos “sensíveis”, aqueles que têm muita importância na estrutura de produção de cada
país, tem um tratamento diferenciado. A essa diferenciação dá-se o nome de “lista de exceção”. Com base na
Decisão do Conselho Mercado Comum (CMC) 38/05, permanece autorizada, até 31/12/2008, a manutenção
de lista de exceções à TEC, com até 100 códigos tarifários por cada Estado Parte do Mercosul, podendo ser
alterada a cada seis meses, em até 20% dos códigos. Pelas Decisões CMC 39/05, 13/06 e 27/06, o Brasil foi
autorizado adotar, no decorrer de 2006 e 2007, alíquotas diferenciadas para Bens de Informática e Telecomu-
nicações (BIT).
Base Legal: Decisões CMC 38/2005; 39/2005; 13/2006; 27/2006.
2.1.2. Como se calcula o Imposto de Importação de uma mercadoria. Qual é a base de cálculo?
A base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for “ad valorem”, é definida conforme a
classificação fiscal do produto a ser importado e incidirá sobre o valor CIF (custo, seguro e frete) da merca-
doria importada, multiplicado pela Taxa Fiscal de Conversão (câmbio), ou seja:
Valor Aduaneiro (Valor FCA + Frete + Seguro) = Valor CIF
- Valor FCA
- Frete e Seguro Internacionais.
Base de Cálculo do Imposto de Importação:
Valor Aduaneiro (CIF) x Taxa de Câmbio.
Para efeito de cálculo do imposto, considera-se o fato gerador a data de registro da Declaração de Importa-
ção da mercadoria despachada para consumo.
O pagamento do Imposto de Importação devido, é efetuado mediante débito automático em conta corrente
indicada na DI, junto a agência habilitada de banco integrante da rede arrecadatória de receitas federais, por
meio de Darf eletrônico, no momento do registro da Declaração de Importação.
Base Legal: Art. nº 75 do Dec. 4543, de 26 de dezembro de 2002.

2.1.3. É possível importar medicamentos pelos correios, com isenção de tributos, sendo pes-
soa física?
Sim. Os medicamentos destinados a pessoa física não pagam imposto, pois são tributados com alíquota zero
do imposto de importação. A sua liberação está condicionada à apresentação de receita médica exigida pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Base Legal: Portaria MF nº 156, de 24 /07/1999; Instrução Normativa SRF nº 096, de 04/08/1999.

2.1.4. Como é feito o pagamento de impostos no caso de importação pelos correios?


Para mercadorias até US$ 500 (quinhentos dólares) o imposto será pago no momento da retirada do bem,
nos próprios correios, sem qualquer formalidade aduaneira.
Quando o valor da remessa postal for superior a US$ 500 (quinhentos dólares), o destinatário deverá apre-
sentar Declaração Simplificada de Importação (DSI).
No caso de utilização de empresas de transporte internacional expresso, porta a porta (courier), o pagamento
do imposto é realizado pela empresa de courier à SRF. Assim, ao receber a remessa, o valor do imposto será
uma das parcelas a ser paga à empresa.
Entretanto, nas remessas postais o interessado poderá optar pela tributação normal. Para isso deve informar-
se no momento da retirada do bem nos correios.
Na hipótese de utilização de companhia aérea de transporte regular o destinatário deverá apresentar a DSI
podendo optar pela tributação normal.
Base Legal: Portaria do Ministro da Fazenda 156/99; Decreto 2498/98 Art. 20.do Decreto 2498/98; Instrução Normativa SRF nº 096, de
04/08/1999.

2.1.5. Que impostos incidirão na importação de livros didáticos?


Nenhum. A importação de livros, jornais, periódicos e do papel destinado à sua reprodução é isenta de qual-
quer imposto, taxas ou contribuições.
Base Legal: Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso II, alínea “a”, e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso IV); art. 135 do Dec. nº 4.543, de 2002.
2.1.6. Quais as hipóteses em que uma mercadoria entre no território aduaneiro do País em que
não haja a incidência do Imposto de Importação (II)?
A não incidência do imposto de importação, na entrada de mercadoria no território aduaneiro do País, ocorre
nas seguintes hipóteses:
I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro
inequívoco ou comprovado de expedição, e que for devolvida para o exterior;
II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra ante-
riormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para
o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda;
III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento;
IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação, observa-
da a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda; e
V - embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de navegação para
subsidiária integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesma empresa
nacional de origem; e
VI - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada no seu território, desde
que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira.
Base Legal: Lei no 9.432, de 8/01/1997, art. 11, § 10; Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Alterado pelo Dec. nº 4.765, de 24/06/2003; Alterado pelo
Dec. nº 5.138, de 12/06/2004; Alterado pelo Dec. nº 5.268, de 9/11/2004; Alterado pelo Dec. nº 5.431, de 22/04/2005.Alterado pelo Dec. nº 5.887,
de 06/09/2006.

2.1.7. Para efeito de base de cálculo do Imposto de Importação qual o momento do seu fato
gerador?
Para efeito de cálculo do Imposto de Importação, considera-se ocorrido o fato gerador:
I - na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo;
II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa
postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum; bens compreendidos no conceito de ba-
gagem, acompanhada ou desacompanhada; e mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações
de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria for apurado pela autoridade aduaneira; e
III - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o
respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria.

Base Legal: Lei nº 9.779, de 19/01/1999, Lei no 9.432, de 8/01/1997, art. 11, § 10; Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Alterado pelo Dec. nº 4.765, de
24/06/2003; Alterado pelo Dec. nº 5.138, de 12/06/2004; Alterado pelo Dec. nº 5.268, de 9/11/2004; Alterado pelo Dec. nº 5.431, de 22/04/2005.
Alterado pelo Dec. nº 5.887, de 06/09/2006.

2.1.8. Qual o procedimento tributário aplicado, relativo ao Regime de Tributação Especial de


Bens, no que se refere ao excesso do limite de isenção?
O regime de tributação especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a
exigência tão-somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de cinqüenta por
cento sobre o valor do bem. Aplica-se o regime de tributação especial aos bens compreendidos no conceito
de bagagem, que excederem o limite de isenção e adquiridos em lojas francas de chegada, que excederem o
limite de isenção estabelecido para bagagem de viajante
Base Legal: Art. 10, aprovada pela Decisão CMC no 18, de 1994, internalizada pelo Decreto no 1.765, de 1995); e (Norma de Aplicação relativa ao
Regime de Bagagem no Mercosul, Art. 13, item 2, aprovada pela Decisão CMC no 18, de 1994, internalizada pelo Decreto no 1.765, de 1995).
2 - Tratamento Tributário da Entrada de Mercadorias
2.2. Outros Impostos, Taxas e Contribuições na Importação

2.2.1. O Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante incide em todos os produ-
tos importados ?
Não. Apenas no âmbito do Regime Aduaneiro Especial de Drawback é concedido incentivo que compreende
a suspensão ou isenção do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM). Esse regime
implica na importação de mercadoria utilizada na industrialização de produto destinado a exportação.
Base Legal: Instr. Norm. SRF nº 248, de 2002; Port. SECEX nº. 14, de 23/11/2004.

2.2.2. Quando a mercadoria for isenta do Imposto de Importação isto quer dizer que os outros
impostos também serão isentos?
Não. Isso depende muito do grau de essencialidade temporal do produto. Por exemplo, o produto sêmen
animal (NCM: 0511.99.20) têm todos os impostos federais isentos (II; IPI; PIS; Cofins), embora o ICMS seja
tributado normalmente. Já o produto ovos de bicho-da-seda (NCM: 0511.99.30) têm isenções do Imposto
de Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), embora haja a incidência de PIS; Cofins
e ICMS.
Dessa forma, as isenções federais, estaduais e municipais estão relacionadas diretamente com a essencialida-
de que o produto representa para o momento econômico do país.
Base Legal: TECWin 2007.

2.2.3. Qual é o valor da taxa de utilização do Siscomex nas operações de importação?


A taxa de utilização do Siscomex, administrada pela Secretaria da Receita Federa, será devida no registro da
declaração de importação, à razão de: I) R$ 30,00 (trinta reais) por declaração de importação; e II) R$ 10,00
(dez reais) por adição de Declaração de Importação, observados os seguintes limites: a) até a 2ª adição - R$
10,00; b) da 3ª à 5ª - R$ 8,00; c) da 6ª à 10ª - R$ 6,00; d) da 11ª à 20ª - R$ 4,00; e) da 21ª à 50ª - R$ 2,00; e
f) a partir da 51ª - R$ 1,00.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 680, de outubro de 2006; Instrução Normativa nº 702, de 28 de dezembro de 2006.

2.2.4. Como é calculado e a que se destina o Adicional de Tarifa Aeroportuária (Ataero)?


O Ataero destina-se à aplicação em melhoramento, reaparelhamento, reforma e expansão de instalações
aeroportuárias e da rede de telecomunicações e auxílio à navegação aérea.
O cálculo do Ataero é da proporção de 50% (cinqüenta por cento) sobre todas as tarifas aeroportuárias, a
saber:
I – Tarifa de embarque – devida pela utilização das instalações e serviços de despacho e embarque em estação
de passageiros; incide sobre o passageiro do transporte aéreo;
II – Tarifa de pouso – devida pela utilização das áreas e serviços relacionados com as operações de pouso, ro-
lagem e estacionamento da aeronave até três horas após o pouso; incide sobre o proprietário ou explorador
da aeronave;
III – Tarifa de permanência – devida pelo estacionamento da aeronave, além das três primeiras horas após o
pouso; incide sobre o proprietário ou explorador da aeronave;
IV – Tarifa de armazenagem e capatazia – devido pela utilização dos serviços relativos à guarda, manuseio,
movimentação e controle da carga nos armazéns de carga aérea dos aeroportos; incide sobre o consignatário,
ou o transportador no caso de carga aérea em trânsito.
Base Legal: Lei nº 6.009, de 26/12/1973; Lei nº 7.920, de 12/12/1989; Dec.Lei nº 1896, de 17/12/1981.

2.2.5. O que é a Cide-Combustíveis, qual a sua incidência e quais os fatos geradores?


A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) incide sobre a importação de pe-
tróleo e seus derivados, derivados de gás natural, e álcool etílico combustível.
A Cide-Combustíveis tem como fatos geradores as operações de importação e de comercialização no mercado
interno dos seguintes produtos:
I - gasolina e suas correntes;
II - diesel e suas correntes;
III - querosenes;
IV - óleos combustíveis;
V - gás liqüefeito de petróleo, inclusive o derivado de gás natural e de nafta, e
VI - álcool etílico combustível.
Base Legal: Lei nº 10.336, de 19/12/2001, Dec. nº 4.066, de 27/12/2001;arts. 4o e 5o, e IN SRF nº 107, de 2001; Dec. nº

2.2.6. Qual é a base de cálculo e quais as alíquotas incidentes na importação e na comerciali-


zação no mercado interno da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Com-
bustíveis)?
A base de cálculo da Cide-Combustíveis, na importação e na comercialização no mercado interno, é a quan-
tidade de produtos expressa nas respectivas unidades de medidas estatísticas.
As alíquotas específicas da Cide-Combustíveis incidentes na importação e na comercialização no mercado
interno são:
I- gasolina, R$ 860,00 (oitocentos e sessenta reais) por metro cúbico;
II - diesel, R$ 390,00 (trezentos e noventa reais) por metro cúbico;
III - querosene de aviação, R$ 92,10 (noventa e dois reais e dez centavos) por metro cúbico;
IV - outros querosenes, R$ 92,10 (noventa e dois reais e dez centavos) por metro cúbico;
V - óleos combustíveis com alto teor de enxofre, R$ 40,90 (quarenta reais e noventa centavos) por tonelada;
VI - óleos combustíveis com baixo teor de enxofre, R$ 40,90 (quarenta reais e noventa centavos) por tonela-
da;
VII - gás liqüefeito de petróleo, inclusive o derivado de gás natural e de nafta, R$ 250,00 (duzentos e cinqüen-
ta reais) por tonelada; e
VIII - álcool etílico combustível, R$ 37,20 (trinta e sete reais e vinte centavos) por metro cúbico.
Base Legal: Lei nº 10.336, de 19/12/2001, Dec. nº 4.066, de 27/12/2001;arts. 4o e 5o, e IN SRF nº 107, de 2001; Lei nº 10.636 de 30 /12/2002 ;
Dec. nº 4.543, de 26/12/2003; Dec. nº 4.765, de 24/06/2004.

2.2.7. Qual o tratamento tributário aplicável à operação de navio estrangeiro em viagem de


cruzeiro em portos brasileiros?
Inicialmente o armador estrangeiro deverá constituir representante legal no País, pessoa jurídica, outorgando-
lhe poderes para, na condição de mandatário:
I - promover a importação de mercadorias estrangeiras;
II - requerer a concessão de regimes aduaneiros especiais;
III - proceder ao despacho para consumo das mercadorias estrangeiras comercializadas a bordo do navio;
IV - promover a aquisição de mercadorias nacionais para abastecimento do navio;
V - na qualidade de responsável tributário, calcular e pagar os impostos e contribuições federais devidos,
decorrentes das atividades desenvolvidas a bordo do navio ou a ele relacionadas, no período em que perma-
necer em operação de cabotagem em águas brasileiras.
Relativamente ao disposto no item V, as atividades e a apuração dos impostos e contribuições serão registra-
das e demonstradas na escrituração do mandatário, destacadamente daquelas que lhe são próprias, obser-
vadas todas as normas de determinação e pagamento aplicáveis às pessoas jurídicas nacionais.
A base de cálculo será, quanto:
a) ao imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e à contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), o lucro
operacional das atividades, observado o disposto no parágrafo único do art. 339 do Regulamento do Impos-
to de Renda aprovado pelo Decreto nº 1.041, 1994;
b) ao imposto de importação - II, o valor aduaneiro da mercadoria estrangeira;
c) ao imposto sobre produtos industrializados (IPI), vinculado à importação, o valor aduaneiro da mercadoria
estrangeira acrescido do imposto de importação;
d) à contribuição para o PIS/PASEP e à Cofins, a receita bruta de venda de bens e serviços;
e) ao imposto de renda incidente na fonte (IRF), o valor do rendimento pago ou creditado.
§ 3º Os impostos e contribuições referidos no parágrafo anterior serão apurados e pagos na forma e nos pra-
zos estabelecidos para as demais pessoas jurídicas, exceto o II e o IPI, incidentes na importação, que deverão
ser pagos até a data de saída do navio do País, considerando-se, para este fim, como período de apuração, o
período de permanência da embarcação em águas brasileiras.
Os impostos e contribuições devidos serão pagos mediante Documentos de Arrecadação de Tributos e Con-
tribuições Federais (Darf).
Base Legal: IN SRF nº 137, de 23/11/1998;

2.2.8. Quais os impostos ou taxas incidentes na entrada de mercadorias nacionais na área de


abrangência da Zona Franca de Manaus?
A Taxa de Serviço Administrativo (TSA) cobrada pela Suframa, relativa ao processo de internamento de merca-
doria nacional, tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público, prestado ao seu
usuário ou posto à sua disposição. A TSA é gerada tomando como base o valor total da nota fiscal, conforme
enquadramento nas faixas da tabela de valores das mercadorias internadas.
Base Legal: Lei nº. 9.960, de 28/01/2000; Port. MDIC/SUFRAMA nº. 529, de 28/11/2006.

2.2.9. Todas as empresas são obrigadas a pagar a Taxa de Serviço Administrativo (TSA) à Su-
frama?
Sim. Ficam isentos do pagamento da TSA, relativa ao processo de ingresso de mercadorias nacionais, ape-
nas:
I – a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal e as respectivas Autarquias e Fundações Públicas;
II – as instituições, sem fins lucrativos, reconhecidos como de utilidade pública pelo Governo Federal;
III – as entidades consulares;
Base Legal: Lei nº. 9.960, de 28/01/2000; Port. MDIC/SUFRAMA nº. 529, de 28/11/2006.
2.2.10. A Taxa de Serviço Administrativo (TSA) incide, também, a todas as mercadorias nacio-
nais, nas áreas incentivadas sob a administração da Suframa?
Não. Ficam isentos do pagamento da TSA, relativa ao processo de ingresso de mercadorias nacionais, ape-
nas:
I – os livros, os jornais, os periódicos ou o papel destinado a sua impressão; e
II – os equipamentos médico-hospitalares.
Base Legal: Lei nº. 9.960, de 28/01/2000; Port. MDIC/SUFRAMA nº. 529, de 28/11/2006.

3 - Aspectos Fiscais e Financeiros da Entrada de Mercadorias


3.1. Isenção de Pagamento na Importação

3.1.1. Existe alguma isenção de imposto na importação de objetos de arte na forma de doação
por museu no exterior?
Sim. Há isenção do Imposto de Importação de objetos de arte e somente são beneficiados aqueles classifica-
dos nas seguintes posições da Nomenclatura Comum do Mercosul: 9701 (quadros, pinturas e desenhos, feitos
inteiramente à mão; colagens e quadros decorativos e semelhantes); 9702 (gravuras, estampadas e litogra-
fias, originais); 9703 (produções originais de arte estatuária ou de escultura, de quaisquer materiais); e 9706
(antigüidades com mais de 100 anos).
Os objetos de arte citados, no âmbito da isenção, deverão ser recebidos, em doação, somente por museus
instituídos e mantidos pelo poder público ou por outras entidades culturais reconhecidas como de utilidade
pública.
Base Legal: Lei nº 8.961, de 23/12/1994.

3.1.2. Na compra de automóvel pertencente a funcionário de Missão Diplomática os impostos


não cobrados anteriormente pela autoridade alfandegária, devido às isenções concedidas, de-
verão agora ser recolhidos pelo novo proprietário?
Depende. Só ocorrerá a incidência de impostos, relativos a automóvel adquirido de funcionário de missão
diplomática acreditadas junto ao governo brasileiro, se a transferência de propriedade ou cessão de uso for
antes de decorrido um ano da respectiva aquisição, a pessoa que não goze do mesmo benefício.
Base Legal: Dec-Lei nº 37, de 1966.

3.1.3. Quais as hipóteses em que a Receita Federal poderá restituir ao importador impostos
pagos indevidamente?
Poderão ser restituídas pela Secretaria da Receita Federal (SRF) as quantias recolhidas ao Tesouro Nacional a
título de tributo ou contribuição, nas hipóteses: I) de cobrança ou pagamento espontâneo, indevido ou maior
que o devido; II) erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do
montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; ou III)
na reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
Base Legal: Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Alterado pelo Dec. nº 4.765, de 24/06/2003; Alterado pelo Dec. nº 5.138, de 12/06/2004; Alterado pelo
Dec. nº 5.268, de 9/11/2004; Alterado pelo Dec. nº 5.431, de 22/04/2005.Alterado pelo Dec. nº 5.887, de 06/09/2006.
3.1.4. Existe isenção do Imposto de Importação no comércio de cidades fronteiriças ao Brasil?
Sim. A isenção do imposto na importação de bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades
situadas nas fronteiras terrestres, aplica-se apenas aos bens destinados à subsistência da unidade familiar
de residentes nas cidades fronteiriças brasileiras. Entende-se por bens destinados à subsistência da unidade
familiar os bens estritamente necessários ao uso ou consumo pessoal e doméstico.
Base Legal: Decreto-lei no 2.120, de 1984, art. 1o, § 2o, “b”, Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso II, alínea “f”, e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o,
inciso IV).

3 - Aspectos Fiscais e Financeiros da Entrada de Mercadorias


3.2. Incentivos Fiscais

3.2.1. Quais são os tipos de “Drawback” concedidos na modalidade de suspensão de tribu-


tos?
Dentre as várias modalidades de “Drawback” algumas se enquadram como operações especiais concedendo
isenção, suspensão e restituição de tributos.
A modalidade Suspensão consiste na importação de insumos, a serem utilizados na industrialização ou bene-
ficiamento de produto a exportar, com a suspensão dos impostos (I.I., I.P.I., PIS e Cofins e a Isenção do ICMS
e AFRMM) incidentes, tornando, desta forma, o beneficiário mais competitivo no mercado internacional.
Dentro da modalidade Suspensão existem as seguintes submodalidades ou operações especiais de Drawba-
ck:
I - “Drawback” genérico: Caracteriza-se pela discriminação genérica da mercadoria a importar e o seu respec-
tivo valor;
II - “Drawback” sem cobertura cambial: Caracteriza-se pela não cobertura cambial, parcial ou total, da im-
portação;
III - “Drawback” solidário: Caracteriza-se pela participação solidária de duas ou mais empresas industriais;
IV - “Drawback” intermediário: Caracteriza-se pela importação de mercadoria, por empresas denominadas
fabricantes/intermediários, destinada a processo de industrialização de produto intermediário a ser fornecido
a empresas industriais/exportadoras, para emprego na industrialização de produto final destinado à expor-
tação;
V - “Drawback” para embarcação: Caracteriza-se pela importação de mercadoria utilizada em processo de
industrialização de embarcação, destinada ao mercado interno,
VI - “Drawback” para fornecimento no mercado interno: Caracteriza-se pela importação de matérias-primas,
produtos intermediários e componentes destinados à fabricação, no País, de máquinas e equipamentos a se-
rem fornecidos, no mercado interno, em decorrência de licitação internacional, contra pagamento em moeda
conversível proveniente de financiamento concedido por instituição financeira internacional, da qual o Brasil
participe, ou por entidade governamental estrangeira, ou ainda, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), com recursos captados no exterior.
Base Legal: Lei n.º 8.032, de 12/04/1990; Lei n.º 8.402, de 8/01/1992; Dec-Lei nº 1.248, de 29/11/1972; Lei nº 10.184, de 12/02/2001; Port. SECEX
nº 11, de 25/08/2004; Port. SECEX nº 35, de 24/11/2006.

3.2.2. Quais são os incentivos fiscais concedidos à Zona Franca de Manaus, no âmbito federal,
na entrada de mercadorias de procedência estrangeira?
As mercadorias de procedência estrangeira na Zona Franca de Manaus, destinadas a seu consumo interno,
industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, usufruem dos seguintes benefício fiscais, no
âmbito federal:
a) Imposto sobre a Renda (IR):
• Redução de 50% do IR, de 2004 a 2008, concedida a empreendimentos com projetos de ampliação, moder-
nização ou diversificação aprovados;
• Redução de 25% do IR, de 2009 a 2013, concedida a empreendimentos com projetos de ampliação, moder-
nização ou diversificação aprovados

b) Imposto de Importação (I.I.):


• Isenção do I.I., na entrada de mercadorias relacionadas na Portaria Interministerial nº 300, de 20/12/1996.
• Redução de 88% do I.I., aplicada a matérias-primas, produtos intermediários, materiais secundários e de
embalagens empregados na fabricação de produtos industrializados na ZFM, quando dela saírem para qual-
quer ponto do Território Nacional, desde que o fabricante tenha projeto aprovado pelo Conselho de Adminis-
tração da Suframa e atenda ao Processo Produtivo Básico (PPB);
• Redução do I.I., na fabricação de bens de informática, condicionada à aplicação de um coeficiente de redu-
ção proporcional à participação de mão-de-obra e insumos nacionais;
• Redução do I.I., na fabricação de veículos automotivos (utilitários);

c) Imposto sobre Produtos Industrializados (I.P.I.):


• Isenção de I.P.I., para mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus;
• Isenção de I.P.I., para as mercadorias de procedência estrangeira consumidas na ZFM;
• Isenção do I.P.I. para mercadorias de procedência estrangeira consumidas na Amazônia Ocidental, desde
que listadas em Portaria Interministerial (em vigência a Portaria Interministerial n.o 300/96).
• Isenção do I.P.I.,
• Isenção do I.P.I. para mercadorias de procedência nacional ingressadas na ZFM e Amazônia Ocidental.
• Isenção do I.P.I. aos produtos elaborados com matérias-primas agrícolas e extrativas vegetais de produção
regional, exclusive as de origem agropecuária, em todas as localidades da Amazônia Ocidental.
• Crédito do I.P.I., calculado como se devido fosse, sempre que os produtos elaborados com matérias-primas
agrícolas e extrativas vegetais de produção regional, exclusive as de origem agropecuária, sejam empregados
como matérias-primas, produtos intermediários ou materiais de embalagem na industrialização, em qualquer
ponto do Território Nacional, de produtos efetivamente sujeitos ao pagamento do imposto.
Base Legal: Decreto-lei no 288, de 1967, art. 3o;, Lei no 8.032, de 1990, art. 4o;

3 - Aspectos Fiscais e Financeiros da Entrada de Mercadorias


3.3. Financiamentos

3.3.1. Existe algum financiamento público que contemple a importação de máquinas agríco-
las?
Sim. O Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame) é uma linha de crédito destinada a empresas
de micro e pequeno porte, localizadas em qualquer região do país. São utilizados recursos do BNDES para
financiar a aquisição de máquinas e equipamentos nacionais novos, cadastrados na Agência Especial de Fi-
nanciamento Industrial, e capital de giro associado à aquisição isolada de equipamentos.
Base Legal: Circular BNDES nº 195, de 28.07.06
3.3.2. É possível empresa credenciar, no Finame, produtos que apenas comercializa ?
Não. O credenciamento é destinado somente aos fabricantes de máquinas e equipamentos de fabricação na-
cional, não sendo aplicável a empresas comerciais, distribuidores, revendedores ou prestadoras de serviço.
Base Legal: Circular BNDES nº 195, de 28.07.06,

4 - Outros Aspectos Comerciais Relevantes de Importação

4.1. Assim como no pagamento das exportações pode ser feito em reais, apenas por países li-
mítrofes, existe também a possibilidade do mesmo procedimento aplicar-se às importações?
Ao contrário do que se verifica nas exportações, a importação de mercadorias com pagamento em Real é per-
mitida para todas as empresas brasileiras, independente da cidade em que estejam localizadas. Entretanto,
essa operação praticamente é ignorada por importadores, em razão de o Real não ser uma moeda conversí-
vel, impedindo sua utilização pela empresa estrangeira que a receber.
Base Legal: Portaria SECEX nº15, de 17/11/2004.

4.2. Qual é o valor máximo que se pode importar por remessa postal?
Na importação de bens via Remessa Postal ou Encomenda Aérea Internacional, inclusive para remessa de
compras realizadas via Internet, aplica-se o Regime de Tributação Simplificada (RTS). O valor máximo dos
bens a serem importados neste regime é de US$ 3,000 (três mil). A tributação incidente é de 60% (sessenta
por cento) sobre o valor dos bens constantes da fatura comercial, acrescido dos custos de transporte e do
seguro também relativo ao transporte, se não tiverem sido incluídos no preço da mercadoria.
No caso de utilização de empresas de transporte aéreo internacional expresso (courier), será acrescentada a
tributação de 18% do ICMS
Base Legal: Portaria do Ministro da Fazenda 156/99; Decreto 2498/98 Art. 20.do Decreto 2498/98; Instrução Normativa SRF nº 096, de
04/08/1999.

4.3. Qual é o valor máximo que pessoa física pode importar por remessa postal, sem paga-
mento de impostos?
As remessas no valor total de até US$ 50 (cinqüenta dólares) não pagam impostos, desde que o remetente e
o destinatário sejam pessoas físicas.
Base Legal: Portaria do Ministro da Fazenda 156/99; Decreto 2498/98 Art. 20.do Decreto 2498/98; Instrução Normativa SRF nº 096, de
04/08/1999.

4.4. Como é determinado o valor aduaneiro de uma mercadoria importada?


O valor aduaneiro consiste, segundo certos métodos técnicos aprovados pela Organização Mundial do Co-
mércio (OMC), na fixação do valor de uma determinada mercadoria importada e tem como objetivo servir de
base para o cálculo do tratamento tarifário, aplicado pela alfândega.
Tal mecanismo, sempre que utilizado à luz dos critérios da OMC, resultará numa justa fixação de preços,
contribuindo para a regulação do mercado e, constituindo numa excelente forma de controlar os preços
internacionais.
Na determinação do valor aduaneiro, independentemente do método de valoração aduaneira utilizado, se-
rão incluídos os seguintes elementos: I) o custo de transporte das mercadorias importadas até o porto ou
aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as for-
malidades de entrada no território aduaneiro; II) os gastos relativos a carga, descarga e manuseio, associados
ao transporte das mercadorias importadas, até a chegada aos locais referidos no inciso anterior; e III) o custo
do seguro das mercadorias durante as operações de transporte e manuseio das mercadorias.
Base Legal: Instrução Normativa SRF nº 327, de 09/05/2003; Decreto nº 1.355, de 30/12/1994; Decreto nº 4.543, de 26/12/2002.

4.5. Como obter a restituição de impostos pagos indevidamente relacionadas a Declaração de


Importação (DI)?
O pedido de restituição de receita da União, arrecadada mediante Darf, cuja administração não esteja a
cargo da SRF, deverá ser apresentado à unidade da SRF competente para promover sua restituição, que o
encaminhará ao órgão ou entidade responsável pela administração da receita a fim de que este se manifeste
quanto à pertinência do pedido. Reconhecido o direito de crédito do requerente, o processo será devolvido
à unidade da SRF competente para efetuar a restituição, que a promoverá no montante e com os acréscimos
legais previstos na decisão proferida pelo órgão ou entidade responsável pela administração da receita, ou
sem acréscimos legais quando a decisão não os prever.
Base Legal: Inst. Norm. SRF nº 34/1998; nº 88/1998; nº 210/2002; nº 323/2003; nº 460/2004; 534/2005; nº 563/2005; nº 600/2005; nº
728/2007.

4.6. Qual é a penalidade aplicada pela Receita Federal ao importador caso não promova o re-
torno, ao país de destino, de produto importado para reparo?
A autoridade alfandegária aplicará multa de 50% (cinqüenta por cento), proporcional ao valor do imposto
incidente sobre a importação da mercadoria, pelo não retorno ao exterior de bens ingressados no País sob o
regime aduaneiro especial de admissão temporária para conserto ou reparo.
Base Legal: Dec-Lei 37, de 18/11/1966; Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Lei nº 10.833, de 29/12/2003.

4.7. Quando ocorre a importação não-definitiva qual a maneira de torná-la definitiva?


A importação definitiva ocorre quando a mercadoria estrangeira importada é nacionalizada e despachada
para consumo, independentemente da existência de cobertura cambial, o que significa integrá-la à massa
de riquezas do País com transferência de propriedade do bem para qualquer pessoa aqui estabelecida. A
nacionalização é a seqüência de atos que transfere a mercadoria estrangeira para a economia nacional. Nas
importações definitivas, o documento que comprova a transferência de propriedade do bem importado é,
normalmente, o conhecimento de embarque.
Já as importações não-definitivas, são aquelas, contrariamente às importações definitivas, não ocorre nacio-
nalização. São os casos, por exemplo, de mercadorias importadas sob o regime aduaneiro especial de Admis-
são Temporária que, após a sua permanência no País, são reexportados. Estas importações podem, à opção
do importador, tornarem-se definitivas, oportunidade na qual deverá ser providenciada toda a documentação
pertinente e pagos os impostos devidos, se for o caso. Neste caso, não será o conhecimento de embarque o
documento que comprova a transferência de propriedade, pode ser usada a fatura comercial definitiva, carta
de doação ou outro equivalente. As importações não-definitivas não se sujeitam ao pagamento de impostos,
exceto no caso de admissão temporária com utilização econômica do bem no País, o que implicará recolhi-
mento proporcional calculado em razão do tempo de sua permanência e no prazo de vida útil considerado
pela secretaria da Receita Federal.
Base Legal: .arts. 306 a 334 Dec-Lei nº 4.543, de 26/12/2002.
4.8. Quais as características principais da transação denominada “Back-to-Back”?
Operação Back-to-Back consiste na importação e a entrega simultânea de mercadoria no exterior, sem trân-
sito pelas fronteiras brasileiras, sob comando de uma empresa localizada no País, que deve realizar o paga-
mento ao exterior pela compra efetuada, sob autorização do Banco Central, e o correspondente recebimento
de valores pela venda, ou seja, a operação ocorre de forma eminentemente financeira sem trânsito aduaneiro
pelo País.
Base Legal: Banco Central do Brasil (BCB).

4.9. Quais os itens que não integram o valor aduaneiro de uma mercadoria, segundo o méto-
do do valor da transação?
Não integram o valor aduaneiro, segundo o método do valor de transação, desde que estejam destacados
do preço efetivamente pago ou a pagar pela mercadoria importada, na respectiva documentação compro-
batória:
I - os encargos relativos à construção, à instalação, à montagem, à manutenção ou à assistência técnica, re-
lacionados com a mercadoria importada, executados após a importação; e
II - os custos de transporte e seguro, bem como os gastos associados ao transporte, incorridos no território
aduaneiro, a partir de porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado
onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro.
Base Legal: Decreto nº 4.765, de 24.6.2003.

4.10. O que é importação por conta e ordem de terceiros?


A importação por conta e ordem de terceiros é um serviço prestado por uma empresa importadora a qual
promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadorias adquiridas por outra empresa
– a adquirente –, em razão de contrato previamente firmado, que pode compreender ainda a prestação de
outros serviços relacionados com a transação comercial, como a realização de cotação de preços e a inter-
mediação comercial. Assim, na importação por conta e ordem, embora a atuação da empresa importadora
possa abranger desde a simples execução do despacho de importação até a intermediação da negociação no
exterior, contratação do transporte, seguro, entre outros, o importador de fato é a adquirente, a mandante
da importação, aquela que efetivamente faz vir a mercadoria de outro país, em razão da compra internacio-
nal; embora, nesse caso, o faça por via de interposta pessoa, a importadora por conta e ordem, que é uma
mera mandatária da adquirente.
Em última análise, é a adquirente que pactua a compra internacional e dispõe de capacidade econômica para
o pagamento, pela via cambial, da importação. Entretanto, diferentemente do que ocorre na importação por
encomenda, a operação cambial para pagamento de uma importação por conta e ordem pode ser realizada
em nome da importadora ou da adquirente, conforme estabelece o Regulamento do Mercado de Câmbio e
Capitais Internacionais do Banco Central do Brasil (Bacen).
Dessa forma, mesmo que a importadora por conta e ordem efetue os pagamentos ao fornecedor estrangeiro,
antecipados ou não, não se caracteriza uma operação por sua conta própria, mas, sim, entre o exportador
estrangeiro e a empresa adquirente, pois dela se originam os recursos financeiros.
Base Legal art. 1º da IN SRF nº 225, de 18/10/2002, e art. 12, § 1°, I, da IN SRF nº 247, de 21/11/2002; RMCCI – Título 1, Capítulo 12, Seção 2; Lei
nº 10.637, de 03/12/2002; Dec. 4.524, de 17/12/2002.

4.11. Qual o destino dado aos produtos apreendidos pela Secretaria da Receita Federal?
A destinação de mercadorias apreendidas pela Secretaria da Receita Federal, pode ocorrer nas seguintes mo-
dalidades:
- venda, mediante leilão, a pessoas jurídicas, para seu uso, consumo, industrialização ou comércio;
- venda, mediante leilão, a pessoas físicas, para uso ou consumo;
- incorporação a órgãos da administração pública direta ou indireta do nível federal, estadual ou municipal,
dotados de personalidade jurídica de direito público;
- incorporação a entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública federal, estadual ou municipal,
ou a Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) qualificadas conforme a Lei nº 9.790, de
23 de março de 1999;
- destruição ou inutilização, na hipótese de produtos contrafeitos, pirateados ou falsificados, cigarros, pro-
dutos condenados pela vigilância sanitária ou defesa agropecuária, dentre outros para os quais não seja
possível a destinação por incorporação ou leilão.
A Receita Federal também tem a competência para destinar certos grupos de mercadorias a beneficiários
específicos. Os principais critérios de destinação são:
- produtos perecíveis e mercadorias de pequeno valor comercial: repasse a órgãos da administração pública
direta ou indireta federal, estadual ou municipal, excluídas as sociedades de economia mista e empresas pú-
blicas, ou a entidades sem fins lucrativos - declaradas de utilidade pública ou qualificadas como Oscip;
- medicamentos e produtos médico-hospitalares ou odontológicos: repasse aos órgãos ou entidades do Mi-
nistério da Saúde, das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, bem como a hospitais universitários de
instituições públicas de ensino superior;
- borracha natural, madeiras e animais silvestres ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Na-
turais Renováveis (Ibama) ou a outros órgãos ou entidades públicas responsáveis pela execução das políticas
de preservação ambiental;
- obras de arte, peças de arqueologia e museu, outros bens de valor artístico ou cultural ao Instituto do Pa-
trimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN);
- materiais radioativos ou nucleares à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) ou a órgãos e instituições
de pesquisa indicados pelo CNEN;
- incorporação às Secretarias Estaduais de Segurança Pública, de Fazenda e de Educação, incluídos os órgãos
de suas respectivas estruturas;
- incorporação ao patrimônio da Receita Federal, no caso de produtos ou equipamentos que possam ser úteis
ao melhor desempenho institucional do órgão;
- incorporação, prioritariamente, a outros órgãos do Ministério da Fazenda, a órgãos da Presidência da
República, a órgãos do Ministério da Defesa (Marinha, Exército, Aeronáutica); do Estado Maior das Forças
Armadas; a órgãos do Ministério da Educação; do Poder Judiciário Federal; do Poder Judiciário Estadual; do
Ministério Público da União; do Ministério Público dos Estados; do Departamento de Polícia Federal; do De-
partamento de Polícia Rodoviária Federal, entre outros.
Assim, em estrito vínculo com a legislação em vigor, os produtos apreendidos pela Secretaria da Receita Fede-
ral vêm sendo destinados por meio de leilão, incorporação a órgãos públicos das três esferas da administra-
ção, doação a entidades sem fins lucrativos, ou levados a destruição por força de lei e normas específicas. A
escolha entre as opções que a lei confere para proceder à destinação é avaliada, caso a caso, pela autoridade
competente, com vistas a alcançar, mais rapidamente, benefícios administrativos, econômicos ou sociais, em
que pesem as peculiaridades do local da apreensão, o tipo da mercadoria disponível e a necessidade de a
Secretaria da Receita Federal promover o rápido esvaziamento dos depósitos, de sorte a permitir condições
operacionais para o cumprimento de sua função institucional de combate e repressão aos crimes de contra-
bando e descaminho.
Outro ponto que, por oportuno, merece destaque, é que todas as mercadorias apreendidas pela Secretaria
da Receita Federal passam por um controle rígido, por meio de sistema informatizado único e de abrangência
nacional, de todas suas etapas desde a apreensão até a destinação final, sendo perfeitamente identificável a
situação e o destino de cada item de apreensão.
Base Legal: art. 29, item II, do Dec-Lei nº 1.455, de 07/04/1976; Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Port. MF nº 100, de 22/04/2002; Portaria SRF nº555,
de 30/04/2002.
4.12. Quando e como um Estado-Parte do Mercosul pode iniciar um processo de investigação
de origem a produto importado?
Quando houver suspeitas de irregularidade relacionada à veracidade ou observância das disposições do Re-
gime de Origem do Mercosul, o processo aduaneiro de investigação de origem é o procedimento mediante
o qual a autoridade aduaneira verifica o cumprimento das regras de origem para determinada mercadoria,
visando apurar ocorrências envolvendo o produtor ou o exportador da mercadoria importada.
Em caso de dúvida fundamentada sobre a autenticidade ou veracidade do Certificado de Origem, o chefe da
unidade local da SRF solicitará à Coana a requisição de informações adicionais junto à autoridade competente
do Estado-Parte exportador.
A Coana aguardará resposta ao pedido de informações pelo prazo de quinze dias úteis, contado da data de
recebimento da solicitação pela autoridade competente do Estado-Parte exportador.
Findo o prazo estabelecido sem que tenha havido resposta ao pedido de informações, ou quando as informa-
ções prestadas forem consideradas insuficientes pela Coana, será emitido Ato Declaratório Executivo (ADE)
contendo:
I - descrição e classificação fiscal da mercadoria objeto de processo aduaneiro de investigação de origem;
II - nome e nacionalidade da empresa estrangeira exportadora;
III - produtor ou fabricante;
IV - entidade certificante; e
V - prazo previsto para a conclusão da investigação.
O prazo para a conclusão da investigação será de até noventa dias e poderá ser prorrogado por igual período.
A emissão do ADE representará o início do processo aduaneiro de investigação de origem, sujeitando a ope-
ração sob investigação, quando couber, e as importações subseqüentes de mercadorias idênticas do mesmo
produtor à prestação de garantia.
Durante o processo aduaneiro de investigação de origem, a Coana poderá: I) requerer informações e cópia da
documentação em posse da entidade certificadora do Estado-Parte exportador, necessárias à verificação da
autenticidade do Certificado de Origem que ampara a mercadoria sob investigação e da veracidade das infor-
mações nele contidas; II) enviar questionário escrito ao exportador ou produtor do outro Estado-Parte, rela-
cionado com a mercadoria objeto de investigação; III) solicitar à repartição oficial do Estado-Parte exportador,
mediante justificativa, as gestões pertinentes destinadas à realização de visitas de verificação para examinar
o processo produtivo e as instalações destinadas à produção da mercadoria em questão; ou IV) adotar outros
procedimentos, de conformidade com o acordado entre os Estados-Partes.
As informações obtidas no processo de investigação terão caráter confidencial e deverão ser utilizadas, exclu-
sivamente, para elucidar as questões que suscitaram o procedimento.
O processo aduaneiro de investigação de origem será encerrado com a lavratura de relatório conclusivo a
respeito do cumprimento ou não das normas de origem.
A Coana emitirá ADE com base no relatório conclusivo do processo aduaneiro de investigação de origem.
O ADE que declarar o não cumprimento das normas de origem, as mercadorias idênticas produzidas pelo
produtor/exportador investigado receberão o tratamento tributário aplicável às importações de mercadorias
de terceiros países.
A investigação será dada por concluída com a desqualificação da origem e conseqüente exclusão do trata-
mento tarifário preferencial, quando:
I - existirem elementos de prova suficientes para formar juízo da qualificação da origem da mercadoria de
modo diverso do que consta no Certificado de Origem;
II - a informação ou documentação requerida às autoridades competentes do Estado-Parte exportador não for
fornecida no prazo estipulado;
III - a resposta não contiver elementos suficientes para comprovar a veracidade do Certificado de Origem que
ampara a importação da mercadoria sob investigação; IV - os produtores ou fabricantes não concordarem
com a realização de visita de verificação.
Base Legal: IN SRF nº 149, de 27/03/2002.
4.13. Quais os prazos estabelecidos para a contratação de câmbio de importação?
As operações de câmbio podem ser contratadas para liquidação futuras, devendo a liquidação ocorrer em
até:
a) 720 dias, no caso de operações interbancárias e de arbitragem; (NR)
b) 360 dias no caso de operações de câmbio de natureza financeira, com ou sem registro no Banco Central do
Brasil / Departamento de Combate a Ilícitos Financeiros e Supervisão de Câmbio e Capitais Internacionais;
c) 3 dias úteis, no caso de operações de câmbio relativas a aplicações de títulos de renda variável que estejam
sujeitas a registro no Banco Central do Brasil / Departamento de Combate a Ilícitos Financeiros e Supervisão
de Câmbio e Capitais Internacionais
Base Legal: Circular 3.325, de 24.08.2006 – Atualização RMCCI n° 12

4.14. É permitido às pessoas físicas e jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no País
liquidar suas obrigações com o exterior?
Sim. É facultada a liquidação, no mercado de câmbio, em moeda estrangeira equivalente, de compromissos
em moeda nacional, de qualquer natureza, firmados entre pessoas físicas ou jurídicas residentes, domicilia-
das ou com sede no País e pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior, me-
diante apresentação da documentação pertinente.
Base Legal: Circular 3.325, de 24.08.2006 – Atualização RMCCI n° 12

4.15 Quais os tipos de tarifas aplicadas pelo Brasil à importação?


Nas negociações do Sistema Multilateral de Comércio Internacional (SMC/OMC), do qual o Brasil faz parte,
considera-se dois tipos de tarifas aplicadas pelo País:
• Tarifa consolidada: é o teto registrado na Organização Mundial do Comércio (OMC). No Brasil, é de 35%
para produtos industriais e a média é de 31%;
• Tarifa aplicada: é a que realmente é praticada. A tarifa média é de 10,77 e a máxima é de 35%.
Base Legal: Dec. nº 1.343, de 23/12/94; Res. Camex nº 43, de 22/12/2006

4.16. Quais os itens que integram o valor aduaneiro de uma mercadoria?


Integram o valor aduaneiro, independentemente do método de valoração utilizado:
I - o custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou
o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território adu-
aneiro;
II - os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transporte da mercadoria importada,
até a chegada aos locais referidos no inciso I; e;
III - o custo do seguro da mercadoria durante as operações de transporte, descarga e manuseio.
Base Legal: Decreto nº 4.765, de 24.6.2003.

4.17. No caso de fraude quanto ao preço da mercadoria importada, quais os métodos utiliza-
dos pela autoridade aduaneira para a determinação de base de cálculo dos tributos?
No caso de fraude, sonegação ou conluio, em que não seja possível a apuração do preço efetivamente prati-
cado na importação, a base de cálculo dos tributos ou contribuições e demais direitos incidentes será deter-
minada mediante arbitramento do preço da mercadoria, em conformidade com um dos seguintes critérios,
observada a ordem seqüencial:
I - preço de exportação para o País, de mercadoria idêntica ou similar; ou
II - preço no mercado internacional, apurado em cotação de bolsa de mercadoria ou em publicação especiali-
zada; mediante método substitutivo ao do valor de transação, observado ainda o princípio da razoabilidade;
ou mediante laudo expedido por entidade ou técnico especializado.
Base Legal: Dec. nº 4.543, de 26/12/2002; Alterado pelo Dec. nº 4.765, de 24/06/2003; Alterado pelo Dec. nº 5.138, de 12/06/2004; Alterado pelo
Dec. nº 5.268, de 9/11/2004; Alterado pelo Dec. nº 5.431, de 22/04/2005.Alterado pelo Dec. nº 5.887, de 06/09/2006.

4.18. Quais os procedimentos necessários para que uma instituição integrante do Sistema Fi-
nanceiro Nacional opere no mercado de câmbio?
Para que uma instituição, integrante do Sistema Financeiro Nacional, opere no mercado de câmbio é neces-
sário:
a) possuir capital realizado e patrimônio de referência não inferiores aos níveis estabelecidos pela regulamen-
tação específica, mantendo-os atualizados enquanto vigorar a autorização concedida pelo Banco Central do
Brasil;
b) designar, entre os administradores homologados pelo Banco Central do Brasil, o responsável pelas opera-
ções relacionadas ao mercado de câmbio;
c) apresentar projeto, nos termos a serem fixados pelo Banco Central do Brasil, indicando, no mínimo, os
objetivos operacionais básicos e as ações desenvolvidas para assegurar a observância da regulamentação
cambial e para prevenir e coibir o crime de lavagem de dinheiro e outros crimes tipificados na Lei nº 9.613,
de 03/03/1998.
Base Legal: Lei nº 9.613, de 03/03/1998; Circular 3.325, de 24.08.2006 – Atualização RMCCI n° 12;

4.19. No caso de dúvidas quanto à classificação fiscal o importador poderá pedir a autoridade
aduaneira a verificação física da mercadoria?
Sim. O importador poderá requerer, previamente ao registro da DI, a verificação das mercadorias efetivamen-
te recebidas do exterior, para dirimir dúvidas quanto ao tratamento tributário ou aduaneiro, inclusive no que
se refere à sua perfeita identificação com vistas à classificação fiscal e à descrição detalhada.
O requerimento deverá ser instruído com o conhecimento de carga correspondente e dirigido ao chefe do se-
tor responsável pelo despacho aduaneiro, o qual poderá ainda decidir pela necessidade de acompanhamento
do ato pela fiscalização aduaneira.
A verificação da mercadoria pelo importador, ainda que realizada sob acompanhamento da fiscalização adu-
aneira, não dispensa a verificação física pela autoridade aduaneira, por ocasião do despacho de importação,
se for o caso.
Base Legal: IN SRF nº 680, de 2/10/2002

4.20. É permitida a importação de mercadoria de forma fracionada?


Sim. Nas importações por via terrestre será permitida a entrega fracionada da mercadoria que, em razão do
seu volume ou peso, não possa ser transportada em apenas um veículo ou partida e quando for efetuado o
registro de uma única declaração para o despacho aduaneiro, correspondente a uma só importação e a um
único conhecimento de carga.
A entrada no território aduaneiro de toda a mercadoria declarada deverá ocorrer dentro dos quinze dias úteis
subseqüentes ao do registro da declaração.
No caso de descumprimento do prazo estipulado pela autoridade aduaneira, será exigida a retificação da de-
claração no Siscomex, tendo por base a quantidade efetivamente entregue, devendo, o saldo remanescente,
ser objeto de nova declaração.
Por ocasião do despacho do último lote relativo à DI o desembaraço aduaneiro será registrado no Siscomex.
Na hipótese de o importador não promover a retificação em até 60 dias a partir do fim do prazo estipulado,
a fiscalização deverá efetuar o desembaraço da DI e, em seguida, a sua retificação de ofício.
A entrega de lote de mercadoria desembaraçada mediante fracionamento, será realizada pelo depositário
com base em autorização expressa da autoridade aduaneira competente.
O importador deverá apresentar à autoridade aduaneira os seguintes documentos:

I - via original do conhecimento de carga, ou de documento equivalente, como prova de posse ou proprie-
dade da mercadoria;
II - comprovante do recolhimento do ICMS ou, se for o caso, comprovante de exoneração do pagamento do
imposto, exceto no caso de Unidade da Federação com a qual tenha sido celebrado o convênio referido no
art. 53 para o pagamento mediante débito automático em conta bancária, por meio do Siscomex;
III - Nota Fiscal de Entrada emitida em seu nome, ou documento equivalente, ressalvados os casos de dispen-
sa previstos na legislação estadual; e
IV - documentos de identificação da pessoa responsável pela retirada das mercadorias.
O importador deverá comprovar o recolhimento ou a exoneração do pagamento do ICMS ou, se for o caso,
efetuar o débito automático desse imposto, relativo a cada lote de mercadoria a ser entregue.
Base Legal: art. 107, inciso IV, alínea “c”, do Decreto-Lei no 37, de 1966, com a redação dada pelo art. 77 da Lei nº 10.833, de 2003.
MÓDULO IMPORTAÇÃO FINAME - 3.3.1 - 3.3.2
PALAVRAS-CHAVE FORMAÇÃO DO VALOR ADUANEIRO - 4.16
IDENTIFICAÇÃO DE CLIENTES DE MERCADO DE CÂMBIO - 1.2.18
IMPORTAÇÃO DE ALIMENTOS - 1.2.14
ADMISSÃO TEMPORÁRIA - 1.2.6 IMPORTAÇÃO DE AMOSTRAS - 1.2.10
ADMISSÃO TEMPORÁRIA PARA APERFEIÇOAMENTO ATIVO - 1.4.11 IMPORTAÇÃO FRACIONADA - 4.20
AFRMM - ADIC. FRETE PARA REN. DA MARINHA MERCANTE - 2.2.1 IMPORTAÇÃO MÁQUINAS AGRÍCOLAS - 3.3.1
APERFEIÇOAMENTO ATIVO - 1.2.6 IMPORTAÇÃO PARA REPARO - 4.6
ATAERO - ADICIONAL DE TARIFA AEROPORTUÁRIA - 2.2.4 IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM - 4.10
AUTOMÓVEL - 1.2.4 IMPORTAÇÃO ZFM - 3.2.2
BACK-TO-BACK - 4.8 IMPORTAÇÕES DEFINITIVAS - 4.7
BAGAGEM - 1.2.4 IMPORTAÇÕES NÃO-DEFINITIVAS - 4.7
BASE DE CÁLCULO - 2.1.7 - 2.2.6 IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 2.1.1 - 2.1.4 - 2.1.7
BASE DE CÁLCULO DE TRIBUTOS - 4.17 INCIDÊNCIA, FATO GERADOR - 2.2.5
BENEFICIÁRIOS - 1.4.15 INFRAÇÕES - 1.1.1
BOVINOS - 1.2.9 INVESTIGAÇÃO DE ORIGEM - 4.12
BUBALINOS - 1.2.8 ISENÇÃO - 1.4.2 - 2.1.3 - 2.2.2 - 3.11 - 3.12 - 3.12
CÁLCULO DO VALOR ADUANEIRO - 4.17 ISENÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 3.14
CÁLCULO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 2.1.2 ISENÇÕES CONCEDIDAS A ZONA FRANCA DE MANAUS - 3.2.2
CANAIS - 1.3.1 - 1.3.5 - 1.4.3 LICENCIAMENTO - 1.2.3
CANAIS AMARELO E VERMELHO - 1.3.2 LICENCIAMENTO AUTOMÁTICO - 1.2.1
CANCELAMENTO DA DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (DI) - 1.2.11 LICENCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO - 1.2.2
CATEGORIA DE RISCO - 1.2.15 LIVROS, JORNAIS E PERIÓDICOS - 1.3.3 - 2.1.5
CERTIFICAÇÃO DE BOVINOS - 1.2.8 MÁQUINAS USADAS - 1.2.5
CERTIFICADO DE AUTENTICIDADE DE TABACO - 1.2.16 MATÉRIA-PRIMA - 1.2.14
CIDE - 2.2.5 - 2.2.6 - 3.11 MATERIAL USADO - 1.2.5
CLASSIFICAÇÃO FISCAL DA MERCADORIA IMPORTADA - 4.19 MEDICAMENTOS - 2.1.3
COMÉRCIO FRONTEIRIÇO - 3.14 MERCADORIA APREENDIDA - 4.11
COMPRA DE AUTOMÓVEL - 3.12 MERCADORIA IMPORTADA - 1.4.4
CONCESSÃO AUTOMÁTICA PARA EADI - 1.4.21 MERCADORIA ISENTA DE IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 2.2.2
CONFERÊNCIA ADUANEIRA - 1.3.2 MERCOSUL - 2.1.1 - 4.12
CONSERTO - 1.2.6 MISSÃO DIPLOMÁTICA - 3.12
CONTROLE ADUAN. APLICÁVEL A NAVIOS DE CRUZEIRO - 1.3.4 MODALIDADE - 1.4.16
CONTROLE DE MERCADORIAS - 1.4.18 MOSTO - 1.2.7
CREDENCIAMENTO DE RECINTO ALFANDEGADO - 1.4.19 MULTA - 4.6
DECLARAÇÃO DE TRÂNSITO DE TRANSFERÊNCIA - 1.3.9 - 1.4.9 NÃO INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - 2.1.6
DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE IMPORTAÇÃO - 1.2.13 OBJETOS DE ARTE - 3.11
DESPACHO ADUANEIRO - 1.3.5 OPERADOR DE CÂMBIO - 4.18
DESTINAÇÃO DE MERCADORIAS - 4.11 PAGAMENTO COM CARTÃO DE CRÉDITO - 1.2.17
DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA AO EXTERIOR - 1.3.8 PAGAMENTO DAS IMPORTAÇÕES - 4.1
DOCUMENTOS EXIGIDOS CLIENTES DE MERCADO DE CÂMBIO - 1.2.18 PAGAMENTO DE OBRIGAÇÕES COM O EXTERIOR - 4.14
DRAWBACK PARA MERCADO INTERNO - 1.4.1 PAGAMENTO EM REAIS - 4.1
DRAWBACK SOLIDÁRIO - 3.2.1 PARAMETRIZAÇÃO - 1.3.1 - 1.3.5 - 1.4.3
DSI - 1.2.13 PESSOA FÍSICA. - 1.2.3
EADI - ENTREPOSTO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO - 1.4.5 - 1.4.6 PLANTAS - 1.2.15
EADI - ENTREPOSTO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO - 1.4.7 - 1.4.8 PORTO SECO - 1.4.21
FATO GERADOR - 2.1.7 PRAZOS PARA CONTRATAÇÃO DE CÂMBIO - 4.13
PROCEDIMENTOS PARA INSTALAÇÃO DE TERMINAL ALFANDEGADO DE USO PÚBLICO - 1.4.20
PRODUTOS BIOLÓGICOS - 1.1.12
RECINTOS ALFANDEGADOS - 1.4.17 - 1.4.18
REGIME DE TRIBUTAÇÃO ESPECIAL - 2.1.8
REGISTRO ANTECIPADO DA DI - 1.3.6 - 1.3.7
REGISTRO DE IMPORTADOR - 1.1.2
REGRAS DE ORIGEM - 4.12
REI - 1.1.1
REMESSA POSTAL - 2.1.4 - 4.2 - 4.3
REPARO - 1.2.6
RESTITUIÇÃO - 4.5
RESTITUIÇÃO DE IMPOSTOS - 4.5
RESTITUIÇÃO DE TRIBUTOS - 3.13
RESTRIÇÃO - 1.2.9
REVISÃO ADUANEIRA - 1.4.10
SINAL - 1.4.12 - 1.4.13
SISBOV - 1.2.8
SISCOMEX - 1.1.2
SISTEMA DE INTERNAMENTO DE MERCADORIA NACIONAL - 1.4.12 - 1.4.13
TARIFAS APLICADAS - SMC - OMC - 4.15
TAXA DE UTILIZAÇÃO DO SISCOMEX - 2.2.3
TRANSFERÊNCIA DE REGIME ADUANEIRO - 1.4.4
TRÂNSITO ADUANEIRO - 1.4.14 - 1.4.15 - 1.4.16
TRATAMENTO TRIBUTÁRIO APLICÁVEL A NAVIOS DE CRUZEIRO - 2.2.7
TRIANGULAÇÃO - 4.8
TSA - TAXA DE SERVIÇO ADMINISTRATIVO; SUFRAMA - 2.2.8- 2.2.9 - 2.2.10
UVAS - 1.2.7
VALOR ADUANEIRO - 4.9
VALORAÇÃO ADUANEIRA - 4.4
VERIFICAÇÃO - 4.19
VINHO - 1.2.7
ZFM - 1.4.2

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