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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS


Curso: Bacharelado em Ciência e Tecnologia
Disciplina: Ambiente, Energia e Sociedade – 60h (Código: 1200340)

Natureza e relações sociais


Natureza

Presença do homem na Terra


Comportamento do homem em relação
à natureza
Surgimento da preocupação ambiental
no Brasil
Natureza
Associações com a palavra natureza (no ocidente) Autor
→ A palavra deriva do verbo em Latim “nascor” (nascer) e Mun
tem relação com “natura”. Estes termos são associados (2002b,
com a idéia de alguma coisa tendo uma natureza ou uma p.419).
1a.
qualidade por si própria.

→ Filósofos pré-socráticos: falavam de uma “physis” – Gonçalves


natureza. (2008,
p.29).
→ Os deuses gregos não eram entidades sobrenaturais,
pois eram compreendidos como parte integrante da
natureza.
2a. → Filósofo Tales: “tudo está cheio de misteriosas forças
vivas; a distinção entre natureza animada e inanimada não
tem fundamento algum, tudo tem alma”.

→ Filósofos romanos como Cícero e outros sugeriram que Mun


“natura rerum” (a natureza das coisas) poderia ser um (2002b,
deus elemental ou força física presente em todas as coisas. p.419).
Continua
Natureza (cont.)
Associações com a palavra natureza (no ocidente) Autor
Oposição homem-natureza: Gonçalves
(2008,
→ Depois (período de Platão e Aristóteles), observou-se uma
p.31-33).
mudança do conceito de “physis”, de natureza que, pouco a
pouco se afirmou atingindo essa concepção contemporânea de
natureza não-humana.
→ Posteriormente, foi com Descartes que essa oposição
homem-natureza, se tornou mais completa, constituindo-se no
centro do pensamento moderno e contemporâneo.
3a. → O conhecimento cartesiano vê a natureza como um recurso,
ou seja, um meio para se atingir um fim. O homem passa a ser
visto como o centro do mundo (antropocentrismo); o sujeito em
oposição à natureza.

→ O enfoque antropocêntrico opera na dicotomia homem- Diegues


natureza, onde o homem tem direitos de controle e posse do (1996)
ambiente, sobretudo por meio da ciência moderna e da citado por
Camargo
tecnologia.
(s.d).
Natureza (cont.)
▪ No entendimento de Gonçalves (2008, p.9 e p.143):

- O homem é a natureza que toma consciência de si própria


e esta é uma descoberta verdadeiramente revolucionária
numa sociedade que disso se esqueceu ao se colocar o
projeto de denominação da natureza.

- A dominação da natureza é um projeto absurdo, pois se o


homem é também natureza, quem o dominaria?
Presença do homem na Terra
• Universo: há ≅ 15 bilhões de anos (GOLDEMBERG; LUCON, 2008, p.357).
• Terra: há ≅ 4,6 bilhões de anos (HINRICHS; PORCHER, 2001).

• Vida na Terra: ≅ 3,6-3,7 bilhões de anos atrás (MILLER, 2008, p.68).

• Aparecimento do homem moderno (Homo sapiens): há 1,7


milhões de anos (CAIRES; CORRÊA, 2008, p.81 e 102).
→ Presença:
▪Bastante recente em temos geológicos;
▪Depende de condições ambientais bastante específicas:
temperatura, presença de água e de outras formas de vida.
• Descoberta do fogo: 500 mil a.C., começando assim, o homem
controlar seu ambiente (GOLDEMBERG; LUCON, 2008, p.357).
→ Durante toda sua existência, o homem se transforma e
transforma a natureza (CAMPANELLA, 1978, p.69).
Alguns aspectos do comportamento humano
em relação à natureza, ao longo do tempo
■ Homem primitivo
- Não possuía meios de defesa contra as intempéries da
natureza, nem meios de produção eficazes para a
transformação dos recursos naturais (CAMPANELLA, 1978, p.69).
- Na maioria das vezes, retirava da natureza o suficiente para
sua sobrevivência e o necessário para sua proteção contra
animais selvagens (CAMPANELLA, 1978, p.69).
- Posicionava-se como parte do sistema natureza, numa
posição submissa e de respeito aos fenômenos da mesma
que eram cultuados por ele (BONAZINA et al., 1997, p.2).
Comportamento humano em relação à
natureza (cont.)

■ Homem primitivo (cont.)


- Nessa época, as relações econômicas e políticas dos
indivíduos praticamente inexistiam (CAMPANELLA, 1978, p.101).
- Conforme foi evoluindo, o homem foi passando para a
condição de agricultor e de pastor, o que lhe permitiu um
crescimento a nível comunitário (CRUZ, 1978, p.53).
Comportamento humano em relação à
natureza (cont.)
■ Sociedade escravagista
- Ao contrário da primitiva, o trabalho gerava não só o
necessário para a sobrevivência dos homens, mas também,
o produto excedente que era vendido e transformado em
dinheiro, ou seja, em capital que tinha o poder de
apropriação da mão-de-obra dos escravos (CAMPANELLA, 1978,
p.71).

- O regime escravagista reinou durante vários séculos, sendo


destruído com a derrubada dos grandes impérios políticos
e econômicos da época: Grécia e Roma (CAMPANELLA, 1978,
p.102).
Comportamento humano em relação à
natureza (cont.)
■ Sistema feudal (CAMPANELLA, 1978, p.102)
- Com a derrubada dos grandes impérios, surgiu o sistema
feudal que se caracterizava, basicamente, por pequenas
unidades de terras produtoras, sob o comando do senhor
feudal, que mantinha uma guarda para controlar a
produção dos camponeses.
- Se deteriorou quando começaram a aparecer nas cidades,
pequenos ofícios e, no campo, os próprios camponeses
produziam para seu sustento.
- Neste estágio surgiu a produção mercantil simples de
mercadorias que se baseava na troca desses produtos no
mercado.
Comportamento humano em relação à
natureza (cont.)
■ Sistema feudal (CAMPANELLA, 1978, p.102) (cont.)
- A produção mercantil simples começou se degenerar, pois
alguns homens, mais aptos individualmente e detentores
de meios de produção mais hábeis, conseguiam produzir
um maior número de mercadorias que outro produtor
qualquer.
- Assim, foram desaparecendo os que tinham baixa
produtividade os quais se sujeitaram ao trabalho
assalariado, trabalhando para os que produziam mais.
Comportamento humano em relação à
natureza (cont.)
■ Sociedade capitalista (GONÇALVES, 2008, p.119)
- Começou a se afirmar efetivamente quando o capital se deslocou da
esfera do comércio para a esfera produtiva.
- Primeira expressão da esfera produtiva: a manufatura, ao reunir sob
um mesmo teto vários trabalhadores, combinando os trabalhos
parcelares de cada um deles sob o comando de um capitalista.
- Com o capitalismo, as relações dos homens com a natureza
acirraram-se cada vez mais, pois cada um age de acordo com seus
interesses. Cria-se um sistema competitivo onde o maior objetivo é o
lucro e, assim, a natureza é fortemente atingida.
- A partir da revolução industrial: → a manufatura começou a ser
substituída pelo uso da máquina → proporcionou maior
produtividade → a natureza passa a ser mais modificada.
Surgimento da preocupação ambiental no
Brasil
• Questão ambiental:
- Remonta à chegada dos primeiros europeus no Brasil:
“...uma natureza exuberante e praticamente virgem de um lado e, do
outro, uma reflexão política sobre como usufruí-la, tendo em vista as
projeções econômicas e geopolíticas do poder europeu em
expansão” (PÁDUA (1987) citado por JUCHEM (1993, p.1)).

• Processo de utilização da natureza:


- Foi mais marcante e contínua ocorrendo com os ciclos econômicos
como ciclo extrativista (madeiras, minerais etc.), industrialização
(JUCHEM , 1993, p.1) e o desmatamento para produção agropecuária
como monoculturas e criação de gado.
Surgimento da preocupação ambiental
no Brasil (cont.)
• Latifúndio
- Até 1930, a economia brasileira baseava-se, fundamentalmente, na
produção agrícola.
- Bastava o desmatamento e a ampliação da área cultivada para se
obter o aumento da produção: nos levou a uma tradição de pouco
respeito pela conservação dos recursos.

• Desenvolvimento industrial
→ Investimento de capital estrangeiro em países onde a indústria era
praticamente inexistente e a mão-de-obra tinha um baixo custo:
- 1930: a indústria começou a se introduzir no Brasil (após a crise
capitalista de 1929);
- Na década de 1970: o Brasil alcançou um grande
desenvolvimento industrial.
(CAMPANELLA, 1978, p.83, GONÇALVES, 2008, p.14)
• Preocupação ambiental (GONÇALVES, 2008, p.14-16)
- Surgiu na década de 1970 num contexto histórico-cultural onde tecnocratas
brasileiros, participantes de seminários e colóquios internacionais, declaravam que
a “pior poluição é a da miséria” e tentavam, assim, atrair capital estrangeiro para o
país.

- Contudo, a pressão da preocupação ambientalista crescia a nível internacional,


obrigando as instituições financeiras públicas e privadas a colocarem exigências, no
sentido de proteção do meio ambiente, para a realização de investimentos aqui.

- Assim, antes que se houvesse enraizado no país um movimento ecológico, o Estado


criou diversas instituições para gerir o meio ambiente, a fim de que os ansiados
investimentos pudessem aqui aportar.

- Fontes mais importantes de preocupação ecológica no Brasil: o Estado (interessado


nos investimentos estrangeiros que só chegavam caso se adotassem medidas de
caráter preservacionista); o movimento social gaúcho e fluminense além de outras
lutas em todo o Brasil e, finalmente, a contribuição dos exilados políticos que aqui
chegaram em finais da década de 70.
Referências bibliográficas
• BONAZINA, Maria Cristina Rath et al. O repensar da relação homem-natureza, a partir da ecopsicologia: uma
contribuição para a ergonomia. Anais eletrônicos ENEGEP, 1997. Disponível em:
<http://publicacoes.abepro.org.br/index.asp?pchave=O+repensar+da+rela%E7%E3o+homem-
natureza%2C+a+partir+da+ecopsicologia%3A+uma+contribui%E7%E3o+para+a+ergonomia&ano=&x=16&y=8>.
Acesso: 26 fev. 2009.

• CAIRES, Andreia; CORRÊA, Rafael. Um olhar sobre o início de tudo. Veja, ano 41, n.25, p.76-131, 25 jun. 2008.

• CAMPANELLA, Marco Antonio T. As causas da crise ambiental. In: SILVA, Carlos Eduardo Lins da (Coord.). Ecologia e
sociedade: uma introdução às implicações da crise ambiental. São Paulo: Edições Loyola, 1978. p.67-106.

• CRUZ, Álvaro Gomes. A história da ação humana sobre a natureza. In: SILVA, Carlos Eduardo Lins da (Coord.). Ecologia e
sociedade: uma introdução às implicações da crise ambiental. São Paulo: Edições Loyola, 1978. p.51-66.

• GOLDEMBERG, José; LUCON, Oswaldo. Energia, meio ambiente e desenvolvimento. 3.ed. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2008.

• GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os (des)caminhos do meio ambiente. 14.ed. São Paulo: Contexto, 2008.

• JUCHEM, P. A. A questão ambiental. In: JUCHEM, P. A. (Coord.). Manual de avaliação de impactos ambientais. 2. ed.
Suplemento 2. Curitiba: IAP:GTZ, 1995. p.1-10.

• MILLER JR., G. Tyler. Ciência ambiental. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

• MUN, Ted (Editor). Encyclopedia of global environmental change. Social and economic dimensions of global
environmental change. West Sussex: John Wiley & Sons Ltd, 2002b. v.5.

• MUN, Ted (Editor). Encyclopedia of global environmental change. The earth system: biological and ecological
dimensions of global environmental change. West Sussex: John Wiley & Sons Ltd, 2002a. v.2.

Obrigada pela atenção.

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