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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

Engenharia Civil

Eduardo Geraldo de Oliveira Santos


Rogério Fonseca Santos
Rosanne Rodrigues Santos Maciel Gonçalves

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE VIGAS DE ALMA CHEIA E


VIGAS ALVEOLARES EM PERFIL W

Teófilo Otoni – MG
2018
Eduardo Geraldo de Oliveira Santos
Rogério Fonseca Santos
Rosanne Rodrigues Santos Maciel Gonçalves

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE VIGAS DE ALMA CHEIA E VIGAS


ALVEOLARES EM PERFIL W

Monografia apresentada ao curso de Engenharia Civil


da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri como requisito essencial para obtenção do
grau de Bacharel em Engenharia Civil

Orientador: Prof. Eduardo Lourenço Pinto


Coorientadora: Prof. Ana Paula Moura

Teófilo Otoni – MG
2018
Eduardo Geraldo de Oliveira Santos
Rogério Fonseca Santos
Rosanne Rodrigues Santos Maciel Gonçalves

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE VIGAS DE ALMA CHEIA E VIGAS


ALVEOLARES EM PERFIL W

Monografia apresentada ao curso de Engenharia Civil


da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha
e Mucuri como requisito essencial para obtenção do
grau de Bacharel em Engenharia Civil

Orientador: Prof. Eduardo Lourenço Pinto


Coorientadora: Prof. Ana Paula Moura

Aprovado em: ____ /____/_____

__________________________________________
Prof. Ana Paula Moura
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM

__________________________________________
Prof. Danilo Bento de Oliveira
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM

__________________________________________
Prof. Eduardo Lourenço Pinto
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM

Teófilo Otoni – MG
2018
RESUMO

O uso de estruturas metálicas tem sido um atrativo para profissionais do ramo da construção
civil em decorrência de sua velocidade de montagem e credibilidade na execução. Durante anos,
a tecnologia voltada a produção de perfis metálicos, automação de corte e solda de aço estrutural
tem passado por estudos e consequentemente experimentado grandes avanços. O resultado
disso foi o despontamento de novos perfis e o regresso das vigas alveolares. A viga alveolar é
o produto de um perfil de alma cheia o qual é separado em sua alma por corte longitudinal e as
partes resultantes são soldadas de modo que a altura da seção transversal do novo perfil seja
maior que o perfil original. Isso lhe garante maior rigidez e como resultado, menor deformação
se comparado aos perfis de alma cheia. Sua alma possui alvéolos (aberturas) em sequência que
a caracteriza como: casteladas, as quais apresentam alvéolos hexagonais; e celulares, onde seus
alvéolos são circulares. O comportamento estrutural da viga alveolar é alterado em decorrência
destas aberturas e uma consequência é a redução da sua capacidade de resistência ao esforço
cortante. O presente trabalho consiste em realizar a comparação entre vigas alveolares e vigas
de alma cheia, com objetivo de explorar suas diferenças no que se refere ao desempenho
estrutural. Foram realizadas comparações de momento resistente, resistência a esforço cortante
e deformações entre vigas alveolares e vigas de alma cheia para diferentes vãos.

Palavras-chave: Vigas alveolares, Vigas de alma cheia, Dimensionamento, Estruturas


metálicas
ABSTRACT

The application of steel structure in Civil constructions has been a trend between the Civil
Engineers, mainly because the quickness installation and the credibility of the execution. Over
the years, the technology applies at steel production, cut automation, and welding steel has been
motivation of a wide array of studies and researches, because of that the steel construction has
been experiencing a lot advances. As the result of this fact, the genesis of new steel gauge and
the return of the open web-expanded steel beam. The open web-expanded beam is the result of
a web profile steel beam, whose have the web opened through an automation cut and have the
parts welded. This procedure origin a new beam with a cross sectional bigger than the original
profile, which bring to the alveolar beam less deformation. The alveolar beam web has
sequential openings, which can be circular, in the case of Cellular Beams, or hexagonal, in the
case of the castellated beam. The Open Web-expanded Beam’s structural behavior is altered
due to the openings and a collateral effect is the reduction of the shear strength. This paper
consists is a comparison between Castellated Beams and web profile beams, which purpose is
prospect their differences of the structural behavior. There were performed comparisons of
bending moments, shear strength and deformations between Castellated Beams and Web
Profile Beams for several beam span and applicant loads.

Keywords: Castellated Beams, Metal Beams, Structural Dimensioning.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Viga em regime elástico .......................................................................................... 39


Figura 2 - Seções internas contidas lateralmente...................................................................... 40
Figura 3 - Forças localizadas comprimindo a alma .................................................................. 41
Figura 4 - Forças localizadas tracionando a alma..................................................................... 42
Figura 5 - Esquema de montagem de vigas alveolares ............................................................. 44
Figura 6 - Ponto de início do corte na alma .............................................................................. 45
Figura 7 - Tipos comuns de vigas alveolares ........................................................................... 46
Figura 8 - Elementos da seção transversal e longitudinal de uma viga alveolar ...................... 47
Figura 9 - Propriedades da seção transversal ........................................................................... 48
Figura 10 - Corte das vigas celulares e faixas de variação do diâmetro e espaçamento entre os
alvéolos .................................................................................................................. 48
Figura 11 - Limites geométricos entre alvéolos em vigas celulares ......................................... 49
Figura 12 - Padrão Litzka ......................................................................................................... 53
Figura 13 - Padrão Peiner ......................................................................................................... 54
Figura 14 - Padrão Anglo-saxão .............................................................................................. 55
Figura 15 - Mecanismo de Vierendeel ..................................................................................... 56
Figura 16 - Elementos analisados na seção transversal de uma viga castelada ........................ 57
Figura 17 - Equilíbrio de forças em um alvéolo ....................................................................... 58
Figura 18 - Seção crítica em um alvéolo .................................................................................. 59
Figura 19 - Elementos atuantes no montante de alma de uma viga castelada .......................... 60
Figura 20 - Flambagem do montante da alma .......................................................................... 62
Figura 21 - Encurvadura lateral com torção ............................................................................. 64
Figura 22 - Determinação da altura da viga de aço em função do vão..................................... 66
Figura 23- Parâmetros geométricos - Litzka ............................................................................ 74
Figura 24 - Parâmetros geométricos - Peiner .......................................................................... 83
Figura 25 - Parâmetros geométricos - Anglo-Saxão ............................................................... 90
Figura 26 - Parâmetros geométricos - Celular ......................................................................... 98
Figura 27- Capacidade resistente ao momento fletor -Steel Deck de 2 m (%) ...................... 127
Figura 28 - Capacidade resistente ao momento fletor -Steel Deck de 2,5 m (%) .................. 127
Figura 29 - Capacidade resistente ao momento fletor -Steel Deck de 3,0 m (%) .................. 128
Figura 30 - Capacidade resistente ao esforço cortante -Steel Deck de 2,0 m (%).................. 129
Figura 31 - Capacidade resistente ao esforço cortante -Steel Deck de 2,5 m (%).................. 129
Figura 32 - Capacidade resistente ao esforço cortante -Steel Deck de 3,0 m (%).................. 130
Figura 33 - Deformação da viga com Steel Deck de 2,0 m (%) ............................................. 130
Figura 34 - Deformação da viga com Steel Deck de 2,5 m (%) ............................................. 131
Figura 35 - Deformação da viga com Steel Deck de 3,0 m (%) ............................................. 131
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Principais aços carbono utilizados e suas propriedades mecânicas ........................ 22


Tabela 2 - Valores dos coeficientes de ponderação das resistências 𝛾𝑚, ELU........................ 30
Tabela 3 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações 𝛾𝑓 = 𝛾𝑓1𝛾𝑓3 .......................... 33
Tabela 4 - Valores dos fatores de combinação 𝜓1e de redução 𝜓1 e 𝜓1 para as ações variáveis
............................................................................................................................... 34
Tabela 5 - Relações geométricas com a altura do perfil original ............................................. 52
Tabela 6 - Sobrecarga máxima ................................................................................................. 68
Tabela 7 - Valor da carga atuante em função do vão do Steel Deck para ELU (kN/m) .......... 69
Tabela 8 - Valor da carga atuante em função do vão do Steel Deck para ELS ........................ 70
Tabela 9 - Parâmetros referentes ao momento fletor resistente................................................ 72
Tabela 10 - Grupos de análise ................................................................................................ 107
Tabela 11 - Análises Grupo 1 ................................................................................................. 109
Tabela 12 - Análises Grupo 2 ................................................................................................. 110
Tabela 13 - Análises Grupo 3 ................................................................................................. 111
Tabela 14 - Porcentagem de Redução da Flecha em Relação à Alma cheia (%) em vãos de 6,00
m .......................................................................................................................... 112
Tabela 15 - Analises Grupo 4 ................................................................................................. 112
Tabela 16 - Analises Grupo 5 ................................................................................................. 113
Tabela 17 - Analises Grupo 6 ................................................................................................. 114
Tabela 18 - Analises Grupo 7 ................................................................................................. 115
Tabela 19 - Analises Grupo 8 ................................................................................................. 116
Tabela 20 - Analises Grupo 9 ................................................................................................. 117
Tabela 21 - Analises Grupo 10 ............................................................................................... 118
Tabela 22 - Analises Grupo 11 ............................................................................................... 118
Tabela 23 - Analises Grupo 12 ............................................................................................... 119
Tabela 24 – Porcentagem de interação das vigas de Alma Cheia .......................................... 121
Tabela 25 - Porcentagem de interação das vigas Padrão Litzka............................................. 122
Tabela 26 - Porcentagem de interação das vigas Padrão Peiner............................................. 123
Tabela 27 - Porcentagem de interação das vigas Padrão Anglo-Saxão .................................. 124
Tabela 28 - Porcentagem de interação das vigas Padrão Celular ........................................... 125
LISTA DE SIGLAS

CSN – Companhia Siderúrgica Nacional


FEM – Fábrica de Estruturas Metálicas
ELU – Estado-Limite Último
ELS – Estado-Limite de Serviço
FLT – Flambagem Lateral com Torção
FLA – Flambagem Local da Alma
FLM – Flambagem local da Mesa
LNE – Linha Neutra Elástica
LISTA DE SÍMBOLOS

𝑏𝑓 Largura da mesa do perfil original


𝑏𝑤 Menor largura do montante de alma
𝑐 Constante utilizada para definir a seção crítica
𝑑 Altura total da seção transversal
𝑑𝑔 Altura total da seção expandida
𝑓𝑙𝑖𝑚 Flecha limite
𝑓𝑡 Flecha total
𝑓𝑢 Resistência à ruptura do aço
𝑓𝑦 Resistência característica ao escoamento do aço
ℎ Força cortante
ℎ𝑒𝑥𝑝 Altura do lado inclinado em aberturas hexagonais ou octogonais
ℎ𝑜 Altura do alvéolo
ℎ𝑝 Altura da chapa expansora
ℎ𝑡 Altura total do cordão ou tê
𝑘 Razão de expansão
𝑝 Passo
𝑞 Carga distribuída atuante
𝑡𝑓 Espessura da mesa do perfil original
𝑡𝑤 Espessura da alma do perfil original
𝑦̅ Posição do centro de gravidade do tê
𝑦𝑎 Distância do centro de gravidade do tê à borda superior do alvéolo
𝑦𝑜 Distância do centro de gravidade do tê ao centro da viga
𝐴𝑒 Área equivalente de uma viga alveolar
𝐴𝑡 Área da seção transversal de um tê
𝐶𝑏 Fator de modificação do momento fletor
𝐶𝑤 Constante de empenamento da seção transversal
𝐷𝑜 Diâmetro do alvéolo
𝐸𝑎 Módulo de elasticidade do aço
𝐹𝐺𝑖,𝑘 Valor característico das ações permanentes
𝐹𝑄,𝑒𝑥𝑒 Valor da ação excepcional transitória
𝐹𝑄𝑖,𝑘 Valor característico da ação variável principal
𝐹𝑄𝑗,𝑘 Valor característico das ações variáveis secundárias que podem atuar em conjunto
com a ação variável principal
𝐹𝑄1,𝑘 Ação variável principal característica
𝐺 Módulo de elasticidade transversal
𝐺1 Peso próprio das vigas para vãos de 6 m e 8 m
𝐺2 Peso próprio das vigas para vãos de 10 m e 12 m
𝐺3 Peso próprio para revestimento
𝐺4 Peso próprio da laje
𝐼𝑒 Inércia equivalente
𝐼𝑡 Momento de inércia do tê em relação ao centro de gravidade
𝐼𝑦 Momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo de simetria
𝐼𝑦𝑐 Momento de inércia da mesa comprimida em relação ao eixo de simetria
𝐿 Vão da viga
𝐿𝑏 Comprimento destravado da peça
𝐿𝑝 Comprimento destravado na plastificação
𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 Comprimento destravado correspondente ao início do escoamento
𝑀𝐴 Valor do momento fletor solicitante de cálculo, em módulo, na seção situada a um
quarto do comprimento destravado, medido a partir da extremidade da esquerda
𝑀𝐵 Valor do momento fletor solicitante de cálculo, em módulo, na seção central do
comprimento destravado
𝑀𝐶 Valor do momento fletor solicitante de cálculo, em módulo, na seção situada a três
quartos do comprimento destravado, medido a partir da extremidade da esquerda
𝑀𝑝𝑙𝑜 Momento fletor de plastificação
𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 Momento fletor do início do escoamento
𝑀𝑅𝑑 Momento fletor resistente de cálculo
𝑀𝑆𝑑 Momento fletor solicitante de cálculo
𝑀𝑠𝑑,𝑐 Momento fletor solicitante na seção crítica
𝑄1 Peso da sobrecarga de utilização
𝑅𝑑 Valores de cálculo correspondentes aos esforços resistentes
𝑅𝑘 Valores característicos correspondentes aos esforços resistentes
𝑅𝑚 Parâmetro de monossimetria da seção transversal
𝑆𝑑 Valores de cálculo correspondentes aos esforços solicitantes
𝑆𝑙𝑖𝑚 Valores-limites que devem ser adotados para tais efeitos
𝑆𝑠𝑒𝑟 Valores dos efeitos estruturais de interesse
𝑉𝑐𝑟 Força cortante crítica
𝑉𝑝𝑙 Força cortante correspondente à plastificação da alma por cisalhamento
𝑉𝑅𝑑 Força cortante resistente de cálculo
𝑉𝑅𝑑1 Força cortante resistente de cálculo para escoamento do montante de alma por flexão
𝑉𝑅𝑘1 Força cortante resistente característica para escoamento do montante de alma por
flexão
𝑉𝑅𝑑2 Força cortante resistente de cálculo para flambagem do montante de alma
𝑉𝑅𝑘2 Força cortante resistente característica para flambagem do montante de alma
𝑉𝑆𝑑 Força cortante solicitante de cálculo
𝑉𝑠𝑑,𝑐 Força cortante na seção crítica
𝑍𝑥𝑜 Módulo resistente plástico da seção vazada da viga alveolar
𝑎 Coeficiente de dilatação térmica
𝛾𝑎1 Coeficiente de ponderação das resistências para ações normais
𝛾𝑓 Coeficiente de ponderação das ações
𝛾𝑓1 Parcela que considera a variabilidade das ações
𝛾𝑓2 Parcela que considera a simultaneidade de atuação das ações
𝛾𝑓3 Parcela que leva em conta possíveis erros nos cálculos dos efeitos das ações
𝛾𝑔 Coeficiente de ponderação das ações permanentes
𝛾𝑚 Coeficiente de ponderação das resistências
𝛾𝑞 Coeficiente de ponderação das ações variáveis
 Índice de esbeltez
𝑝 Parâmetro de esbeltez limite para seções compactas
𝑟 Parâmetro de esbeltez limite para seções semicompactas
𝜐𝑎 Coeficiente de Poisson
𝜓0 Fator de combinação
𝜓0𝑗,𝑒𝑓 Coeficientes de combinação efetivos
𝜓0𝑗 Coeficiente de combinação em situações normais
𝜓2𝑗 Coeficiente de combinação quando 𝐹𝑄1 ocorrer em um curto intervalo de tempo
𝑎 Massa específica
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 18
2.1 Objetivo geral .................................................................................................................... 18
2.2 Objetivos específicos ......................................................................................................... 18
3 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 19
3.1 Aço estrutural ................................................................................................................... 19
3.1.1 Propriedades do aço ..................................................................................................................................... 20
3.1.2 Tipos de aço .................................................................................................................................................. 22
3.1.3 Fabricação do aço ......................................................................................................................................... 23
3.1.4 Tipos de perfil ............................................................................................................................................... 25
3.1.4.1 Perfis laminados ........................................................................................................................................ 25
3.1.4.2 Perfis soldados........................................................................................................................................... 26
3.1.5 Aspectos positivos e negativos do uso o aço ............................................................................................... 26
3.2 Segurança Estrutural ....................................................................................................... 28
3.2.1 O Método dos estados-limites ..................................................................................................................... 29
3.2.1.1 Estados-limites últimos ............................................................................................................................. 29
3.2.1.2 Estados-limites de serviço ......................................................................................................................... 30
3.2.2 Ações ............................................................................................................................................................ 31
3.2.2.1 Ações permanentes ................................................................................................................................... 31
3.2.2.2 Ações variáveis .......................................................................................................................................... 31
3.2.2.3 Ações excepcionais .................................................................................................................................... 32
3.2.3 Coeficientes de ponderação das ações ........................................................................................................ 32
3.2.3.1 Coeficientes de ponderação para estados-limites últimos ....................................................................... 32
3.2.3.2 Coeficientes de ponderação para estados-limites de serviço ................................................................... 33
3.2.4 Combinações de ações ................................................................................................................................. 34
3.2.4.1 Combinações últimas ................................................................................................................................ 35
3.2.4.1.1 Combinações últimas normais ............................................................................................................... 35
3.2.4.1.2 Combinações últimas especiais .............................................................................................................. 35
3.2.4.1.3 Combinações últimas de construção ...................................................................................................... 36
3.2.4.1.4 Combinações últimas excepcionais ........................................................................................................ 36
3.2.4.2 Combinações de serviço ............................................................................................................................ 37
3.2.4.2.1 Combinações de serviço quase permanentes ........................................................................................ 37
3.2.4.2.2 Combinações de serviço frequentes ...................................................................................................... 37
3.2.4.2.3 Combinações de serviço raras ................................................................................................................ 37
3.3 Vigas de Alma Cheia ........................................................................................................ 38
3.3.1 Modos de colapso das vigas de alma cheia .................................................................................................. 38
3.3.1.1 ELU – Momento Fletor .............................................................................................................................. 38
3.3.1.2 ELU - Força Cortante .................................................................................................................................. 41
3.3.1.3 ELU - Força localizada nas mesas ............................................................................................................... 41
3.3.1.3 ELS ............................................................................................................................................................. 42
3.4 Vigas Alveolares ................................................................................................................ 42
3.4.1 Histórico ....................................................................................................................................................... 42
3.4.2 Fabricação .................................................................................................................................................... 43
3.4.3 Tipos de geometria ....................................................................................................................................... 46
3.4.3.1 Vigas celulares (circulares) ........................................................................................................................ 48
3.4.3.2 Vigas Casteladas ........................................................................................................................................ 49
3.4.3.2.1 Padrão Litzka .......................................................................................................................................... 52
3.4.3.2.2 Padrão Peiner ......................................................................................................................................... 53
3.4.3.2.3 Padrão Anglo-saxão ................................................................................................................................ 54
3.4.4 Estados limites .............................................................................................................................................. 55
3.4.4.1 Formação de mecanismo plástico (Mecanismo de Vierendeel) ................................................................ 56
3.4.4.2 Escoamento do montante de alma por cisalhamento .............................................................................. 59
3.4.4.3 Escoamento do montante de alma por flexão .......................................................................................... 61
3.4.4.4 Flambagem do montante da alma ............................................................................................................ 61
3.4.4.5 Flambagem lateral com torção .................................................................................................................. 63
3.4.4.6 Deslocamento excessivo ........................................................................................................................... 64
4 METODOLOGIA................................................................................................................ 64
4.1 Parâmetros adotados nas formulações ........................................................................... 65
4.1.1 Levantamento das cargas ............................................................................................................................. 67
4.1.2 Combinações de ações ................................................................................................................................. 69

4.3 Dimensionamento de vigas de alma cheia em perfis I ................................................... 70


4.3.1 Força cortante resistente ............................................................................................................................. 70
4.3.2 Momento Fletor ........................................................................................................................................... 72
4.3.3 Verificação da flecha .................................................................................................................................... 73
4.4 Dimensionamento de vigas para o padrão Litzka ......................................................... 74
4.4.1 Formação do mecanismo plástico ................................................................................................................ 76
4.4.2 Escoamento do montante de alma por cisalhamento ................................................................................. 76
4.4.3 Escoamento do montante de alma por flexão ............................................................................................. 77
4.4.4 Flambagem do montante de alma ............................................................................................................... 77
4.4.5 Flambagem Lateral com Torção ................................................................................................................... 78
4.4.6 Estado limite de serviço de deslocamento ................................................................................................... 81
4.5 Dimensionamento de vigas para o padrão Peiner ......................................................... 83
4.5.1 Formação do mecanismo plástico ................................................................................................................ 84
4.5.2 Escoamento do montante de alma por cisalhamento ................................................................................. 85
4.5.3 Escoamento do montante de alma por flexão ............................................................................................. 86
4.5.4 Flambagem do montante de alma ............................................................................................................... 86
4.5.5 Flambagem Lateral com Torção ................................................................................................................... 87
4.5.6 Estado limite de serviço de deslocamento ................................................................................................... 89
4.6 Dimensionamento de vigas para o padrão Anglo-Saxão............................................... 90
4.6.1 Formação do mecanismo plástico ................................................................................................................ 92
4.6.2 Escoamento do montante de alma por cisalhamento ................................................................................. 92
4.6.3 Escoamento do montante de alma por flexão ............................................................................................. 93
4.6.4 Flambagem do montante de alma ............................................................................................................... 94
4.6.5 Flambagem Lateral com Torção ................................................................................................................... 94
4.6.6 Estado limite de serviço de deslocamento ................................................................................................... 96
4.7 Dimensionamento de vigas celulares .............................................................................. 98
4.7.1 Formação do mecanismo plástico ................................................................................................................ 99
4.7.2 Escoamento do montante de alma por cisalhamento ............................................................................... 100
4.7.3 Escoamento do montante de alma por flexão ........................................................................................... 101
4.7.4 Flambagem do montante de alma ............................................................................................................. 101
4.7.5 Flambagem Lateral com Torção ................................................................................................................. 102
4.7.6 Estado limite de serviço de deslocamento ................................................................................................. 104

4.8 Procedimento de análise................................................................................................. 105


5 RESULTADOS .................................................................................................................. 109
6 CONCLUSÃO.................................................................................................................... 132
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 134
ANEXO .................................................................................................................................. 136
16

1 INTRODUÇÃO

As vigas alveolares são assim chamadas por possuírem aberturas (alvéolos)


sequenciais em sua alma, podendo também, serem encontradas na literatura pela definição de
vigas de alma expandida. O surgimento das vigas alveolares se deu pela necessidade da
utilização de perfis metálicos mais leves e que, ao mesmo tempo, atendesse a critérios de
resistência às solicitações impostas e principalmente garantisse uma maior rigidez à flexão se
comparado aos perfis de alma cheia com o mesmo peso.
Dois são os tipos de vigas alveolares: vigas casteladas, as quais apresentam alvéolos
hexagonais, sendo seus padrões Litzka, Peiner e Anglo-Saxão e vigas celulares, onde seus
alvéolos são circulares.
O primeiro registro da fabricação de uma viga alveolar foi do tipo castelada em
meados do século XX, onde o engenheiro Geoffrey Murray Boyd necessitava vencer um grande
vão com um perfil a ser utilizado como monotrilho para uma talha, porém, os perfis existentes
não resistiam às solicitações.
Ainda nesta época, o uso das vigas alveolares mostrava-se como uma solução
bastante atrativa, porém, seu modo de produção deixava seu custo era elevado, limitando suas
aplicações. No entanto, com a evolução da ciência da solda e estudos sobre seu comportamento
e desenvolvimento de métodos de dimensionamento, seu uso teve crescimento notório.
Obtêm-se uma viga alveolar a partir de corte longitudinal em perfis laminados de
alma cheia, onde as partes resultantes são deslocadas uma em relação a outra e soldadas de
modo a resultar um novo perfil com novas propriedades geométricas, capaz de vencer grandes
vãos por apresentarem elevados valores de inércia em decorrência do aumento da altura da
seção transversal do perfil.
As aberturas na alma do perfil alteram o comportamento estrutural se comparados
com os perfis de alma cheia, sem variação no peso da peça, reduzindo a resistência ao esforço
cortante e introduzindo novos modos de colapsos como: formação do mecanismo plástico,
escoamento do montante de alma por cisalhamento e flexão, flambagem do montante de alma.

Outros aspectos positivos se tratando das vigas alveolares são a redução do espaço
estrutural, pois facilitam a passagem de dutos entre suas aberturas, e ainda pode-se trabalhar a
17

questão estética na concepção de projetos arquitetônicos, explorando os alvéolos ao longo da


viga.
Por fim, o uso de vigas alveolares nas construções tende a aumentar
consideravelmente e estudos a respeito devem ser realizados a fim de se obter cada vez mais
resultados que favoreçam sua aplicação.
18

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

O presente trabalho teve como objetivo principal a comparação entre vigas de alma
cheia com vigas alveolares, sejam elas casteladas nos padrões Litzka, Peiner e Anglo-Saxão e
celulares, com ênfase no ganho de rendimento em relação ao momento fletor, esforço cortante
e flecha.

2.2 Objetivos específicos

Para a concretização do objetivo geral, definiu-se os seguintes objetivos


específicos:
- realizar uma análise a partir dos modelos de cálculo existentes na literatura para
as vigas alveolares e de acordo com a ABNT NBR 8800:2008 para as vigas de alma cheia;
- analisar o comportamento das vigas em relação aos estados-limites considerando
de 6 m, 8 m, 10 m e 12m e diferentes carregamentos;
- a partir dos resultados obtidos propor futuros estudos para um melhor
entendimento das vigas alveolares.
19

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Aço estrutural

O aço é conhecido desde a antiguidade, porém passou a ser utilizado em larga escala
apenas nas décadas 50, 60 e 70 do século XIX. Grandes avanços ocorreram nas indústrias, como
em 1856, quando o inglês Henri Bessemer inventou um alto forno capaz de produzir aço em
grandes quantidades e em 1864, quando os irmãos Martin desenvolveram um forno ainda
melhor que o de Bessemer (PFEIL e PFEIL, 2009). Queiroz (1993) adiciona que o seu advento
ocorreu em meados do século XIX, devido ao advento do transporte ferroviário, exigindo uma
demanda muito grande de aço e ferro para construção de pontes e estações. O autor afirma que
um dos pioneiros e principais responsáveis pela popularização das construções metálicas foi
Gustave Eiffel, engenheiro francês responsável por grandes obras no final do século XIX e
início do século XX.

De acordo com Pfeil e Pfeil (2009), a indústria siderúrgica se instalou no Brasil


após a Segunda Guerra Mundial com a construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
O mesmo autor já havia citado em 1996 que o primeiro edifício alto em estruturas metálicas no
Brasil foi o Edifício Avenida Central, construído e montado no Rio de Janeiro, pela extinta
Fábrica de Estruturas Metálicas (FEM) da CSN em 1961; outro exemplo notório da utilização
de estruturas metálicas na construção civil brasileira são os vãos metálicos da ponte Rio-Niterói,
possuindo 200 m em vãos laterais e 300 m no vão central, sendo esta a maior ponte em linha
reta do mundo.

Chiaverini (1996) caracteriza o aço como uma liga ferro-carbono com quantidade
de carbono variando entre 0,0008% e 2,11%, acrescido de elementos residuais, resultantes dos
processos de fabricação. A presença de carbono no aço é um fator determinante das
características do produto final. Pfeil e Pfeil (2009) explica que o carbono aumenta a resistência
do aço, porém o deixa mais frágil; assim aços com baixos teores de carbono têm menos
resistência a tração, entretanto maior ductilidade.

A definição de um aço é feita a partir das características mecânicas obtidas em


ensaios de tração. A resistência característica de escoamento, limite de resistência e
alongamento na ruptura são as características a serem analisadas (CARVALHO e
FIGUEIREDO, 2014).
20

É um erro comum o emprego do termo 'ferro' para se referir ao material utilizado


em elementos estruturais de aço, Carvalho e Figueiredo (2014) ratificam que este erro é
cometido corriqueiramente e citam o teor de carbono como a principal diferença entre eles,
sendo o aço aquele que possui um teor inferior a 2,04% e o ferro fundido, entre 2,04% e 6,7%.

3.1.1 Propriedades do aço

As propriedades mecânicas são fatores intrínsecos aos aços e determinantes na


escolha da matéria prima do aço estrutural. De acordo com Fakury et al. (2016), "os aços
empregados na fabricação de perfis de seção aberta [...] precisam possuir propriedades
mecânicas adequadas para a utilização em peças submetidas a tensões e deformações".

A ABNT NBR 8800:2008 determina os seguintes valores para as propriedades


mecânicas:

- Módulo de Elasticidade: 𝐸 = 𝐸𝑎 = 200.000 MPa;

- Coeficiente de Poisson: 𝜐𝑎 = 0,3;

- Módulo de Elasticidade Transversal: G = 77 000MPa;

- Coeficiente de Dilatação Térmica: 𝛽𝑎 = 1,2 x 10−5 °𝐶 −1 ;

- Massa Específica: 𝜌𝑎 = 7 850 kg/m³.

Além das propriedades definidas pela norma, existem outras propriedades


importantes do aço que são dignas de nota. A seguir são listadas as principais:

a) Ductilidade:

Conforme Pfeil e Pfeil (2009) a ductilidade é a caracterização da capacidade que


um material tem de se deformar quando se é submetido a ação das cargas. É importante na
redistribuição de tensões e também, devido às grandes deformações que ocorrem antes da
ruptura, como advertência de que a estrutura está sendo submetida a cargas elevadas;

b) Fragilidade:

Pfeil e Pfeil (2009) define a fragilidade como o oposto de ductilidade e explica que
aços podem se tornar frágeis devido, principalmente, a agentes térmicos, sendo essa
propriedade extremamente importante para as construções metálicas, visto que em materiais
frágeis a ruptura ocorre bruscamente, sem aviso prévio;
21

c) Resiliência e Tenacidade:

De acordo com Callister (2008), resiliência é a capacidade do material de absorver


energia enquanto ocorre deformação no regime elástico, e de recuperar esta energia após a
remoção da carga. Tenacidade é definida pelo mesmo autor como a capacidade que o material
apresenta em absorver energia até sua ruptura. Pfeil e Pfeil (2009) cita que estas duas
propriedades podem ser obtidas a partir do diagrama tensão deformação do aço, sendo
resiliência a área sob o gráfico até o limite de proporcionalidade e a tenacidade toda área sob o
gráfico;

d) Dureza:

Pfeil e Pfeil (2009) define dureza como a resistência ao risco ou abrasão do material.
Segundo os autores, os ensaios de dureza são uma maneira rápida e eficiente de se determinar
a resistência do metal devido às relações físicas existentes entre dureza e resistência. Callister
(2008) ressalta que a dureza e o limite de resistência à tração são aproximadamente
proporcionais entre si;

e) Fadiga:

De acordo com Callister (2008), a fadiga está relacionada às falhas que ocorrem
quando as estruturas estão sujeitas a tensões dinâmicas e oscilantes, por isso é possível que
ocorra a ruptura em níveis de tensão abaixo dos limites de resistência ao escoamento. O autor
expõe que a fadiga é a principal causa de falhas em elementos metálicos, com um percentual
de 90% dentre as falhas individuais dos metais;

f) Corrosão:

Pfeil e Pfeil (2009) definem corrosão "como o processo de reação do aço com
alguns elementos presentes no ambiente em que se encontra exposto, sendo o produto desta
reação similar ao minério de ferro". A corrosão é um dos maiores problemas que afetam as
estruturas metálicas. Callister (2008) expõe um dado interessante de que 5% das receitas de
uma nação desenvolvida são relacionadas com gastos de prevenção, manutenção, e substituição
de peças sujeitas a corrosão.
22

3.1.2 Tipos de aço

Os principais aços estruturais utilizados no Brasil são classificados em Aço


Carbono e Aço de Baixa Liga. Além destes dois grupos principais existem ainda os aços com
tratamento térmico e os resistentes à corrosão. De acordo com a ABNT NBR 8800:2008, a
resistência ao escoamento 𝑓𝑦 máxima deve ser de 450 MPa e a relação mínima entre as
resistências de ruptura e ao escoamento 𝑓𝑢 /𝑓𝑦 é de 1,18.

a) Aços carbono:

Como o próprio nome sugere, aços carbono são aqueles que têm carbono em sua
composição. Fakury et al. (2016) afirma que a resistência ao escoamento máxima desse tipo de
aço é de 300 MPa e que o nível de resistência se deve principalmente a presença de carbono
(entre 0,15% e 0,29%) e de manganês (até 1,5%). Pfeil e Pfeil (2009) corrobora que elementos
adicionais podem estar presentes no aço carbono nas seguintes porcentagens máximas: silício
0,60% e cobre 0,35%.

A resistência do aço é aumentada com o aumento do teor de carbono em sua


composição, em contrapartida, a ductibilidade do aço é diminuída com porcentagens elevadas
deste elemento (PFEIL e PFEIL, 2009).

A Tabela 1 a seguir mostra os principais tipos de aço carbono utilizados atualmente.

Tabela 1 - Principais aços carbono utilizados e suas propriedades mecânicas

Especificação Teor de carbono (%) Limite de escoamento 𝒇𝒚 Resistência a ruptura 𝒇𝒖


(MPa) (MPa)

ABNT MR250 baixo 250 400

ASTM A7 0,25 – 0,29 240 370 - 500

ASTM A 36 baixo 250 400 - 500

ASTM A 307 médio - 415


(Parafuso)

ASTM A 325 baixo 635 825


(Parafuso)

Fonte: PFEIL e PFEIL, 2009, adaptado.

b) Aços de baixa liga:


23

Os aços de baixa liga são aços carbono acrescidos de alguma liga como cromo,
cobre, molibdênio, níquel, fósforo e etc. (PFEIL e PFEIL, 2009). De acordo com Fakury et al.
(2016), os aços de baixa liga, também são chamados de aços de alta resistência mecânica, pois
permitem a produção de metais com propriedades mecânicas superiores com um baixo custo;

c) Aços resistentes à corrosão:

De acordo com Fakury et al. (2016), tanto os aços carbono quanto os aços de baixa
liga podem conter porcentagens adequadas de elementos como cobre, cromo e níquel que
proporcionem ao aço uma resistência maior à corrosão atmosférica;

d) Aços com tratamento térmico:

Pfeil e Pfeil (2009) classificam aços com tratamento térmico àqueles que são
submetidos a tratamentos para aumentar sua resistência. Os autores citam que esse tipo de aço
é muito utilizado em conectores e na fabricação de aço para protensão, porém são pouco
utilizadas em estruturas correntes devido à dificuldade de soldagem.

3.1.3 Fabricação do aço

De acordo com Pfeil e Pfeil (2009) os principais meios de produção de aço no


Brasil são a fundição de sucata em fornos elétricos e a produção de ferro fundido em alto forno
seguido de refinamento em aço num conversor de oxigênio. O autor complementa que em
ambos os processos o objetivo é refinar o ferro fundido, para posteriormente se adicionar os
elementos de liga de cada tipo de aço.

As etapas de fabricação do aço são as seguintes:

a) Preparo das matérias primas

De acordo com Silva e Pannoni (2010), a primeira etapa do processo de produção


do aço é necessária para aumentar a eficiência do alto forno. Existem vários processos de
tratamento prévio do aço, sendo a sinterização o mais comum e utilizado dentre eles. Segundo
o autor, mais de 70 % do aço do mundo tem a sinterização como etapa inicial de produção. A
sinterização é um processo químico que ocorre em altas temperaturas gerando aglomerados de
minérios de ferro com outros elementos como coque, finos de calcário e dolomita;

b) Produção em alto forno


24

Ainda segundo Pfeil e Pfeil (2009), os metais ferrosos são obtidos por redução dos
minérios de ferro no alto forno. Segundo o autor, o minério e outros elementos como calcário
e coque, são inseridos na parte de cima do alto forno, enquanto pela parte de baixo é permitida
a entrada de ar quente. Assim, o minério e os outros elementos são transformados em ferro
liquefeito com carbono e escória fundida, que serão drenados periodicamente pela parte inferior
do forno. O ferro fundido ou gusa é o produto final do alto forno e esta liga contém altos teores
de carbono e várias impurezas;

c) Conversor de oxigênio:

O ferro fundido obtido no alto forno passa então para a etapa de refinamento, que
ocorre no conversor de oxigênio. De acordo com Pfeil e Pfeil (2009), o funcionamento do
conversor de oxigênio é a injeção de oxigênio no ferro fundido liquefeito obtido anteriormente.
Com isso, o carbono é queimado na forma de monóxido e dióxido de carbono. As outras
impurezas ainda presentes no ferro fundido são combinadas com calcário e óxido de ferro,
dando origem a uma escória que flutua no aço liquefeito. Depois de analisar e se constatar que
o aço liquefeito está de acordo com os parâmetros desejados, o mesmo é jogado em uma panela
e a escória é descartada em outro recipiente;

d) Tratamento do aço na panela:

O tratamento na panela é necessário para a estabilização do ferro fundido liquefeito,


fazendo com que os gases produzidos durante o processo no alto forno sejam liberados
lentamente, sendo esse método chamado de desgaseificação. Uma consequência indesejada da
liberação dos gases é a formação de vazios no aço, fato que é evitado com a adição de alumínio,
silício, entre outros elementos durante o processo de tratamento na panela (PFEIL e PFEIL,
2009);

e) Lingotamento:

De acordo com Silva e Pannoni (2010) depois de obtido o metal líquido, o processo
continua com a transferência do metal do estado líquido para o estado sólido na geometria
adequada; os métodos principais de se obter metal no estado sólido são: o lingotamento
convencional e o lingotamento contínuo. Nos dois processos, basicamente, verte-se o metal
líquido em fôrmas lingoteiras no tratamento convencional e fôrmas de cobre no tratamento
contínuo, onde o aço é solidificado e está pronto para passar pelo processo de laminação;

f) Laminação:
25

Segundo Pfeil e Pfeil (2009) o processo de laminação consiste na passagem do aço


obtido no lingoteamento por rolos giratórios que darão a forma dos perfis ao aço. Os perfis
passam por vários rolos subsequentes até chegarem na forma ideal para serem utilizados na
indústria;

g) Tratamento térmico:

Esse tratamento é utilizado para melhorar as propriedades do aço quando necessário


e são utilizados para reduzir as tensões internas da laminação (normalização), além de modificar
a estrutura cristalina, causando melhorias nas propriedades do aço (têmpera recozida) (PFEIL
e PFEIL, 2009).

3.1.4 Tipos de perfil

Os principais tipos de perfis estruturais abordados pela ABNT NBR 8800:2008 são
os perfis laminados e os perfis soldados, mas existem outros tipos de produtos estruturais, como
os fios trefilados, as cordoalhas e os cabos.

3.1.4.1 Perfis laminados

Fakury et al. (2016) explica que perfis laminados tem essa denominação pois são
obtidos a partir de processos de laminação, podendo ser barras, chapas e perfis de seção I, H, U
e L, sendo suas particularidades:

a) Chapas:

As chapas apresentam espessura muito menor do que largura e comprimento


(PFEIL e PFEIL, 2009). Fakury et al. (2016) explica que o processo de laminação é feito sob
altas temperaturas, cerca de 1000 °C, onde as barras são comprimidas até a forma desejada ao
passar por sucessivos pares de cilindros verticais e horizontais cuja folga diminui
gradativamente;

b) Barras:

Pfeil e Pfeil (2009) explica que barras são elementos onde a espessura e a largura
são muito pequenos em relação ao comprimento, podendo ser com área transversal redonda,
quadrada ou retangular alongada. Segundo Fakuty et al. (2016), as barras redondas são
fabricadas utilizando cilindros com ranhuras;
26

c) Perfis:

Seção I, H, U e L: Os perfis de seção aberta produzidos em laminadores geralmente


são de alta eficiência (PFEIL e PFEIL, 2009). Fakury et al. (2016) explica que esses perfis são
produzidos de maneira parecida às chapas, porém são utilizados blocos como matriz, e são
usados cilindros de vários tamanhos para moldar os perfis conforme a seção transversal. Os
perfis de aço com seção aberta produzidos no Brasil atualmente são o perfil I de face inclinada,
os perfis I e H de face paralela, e os perfis U e L (cantoneiras) de abas iguais.

3.1.4.2 Perfis soldados

Pfeil e Pfeil (2009) define perfis soldados simplesmente como a união de chapas ou
perfis laminados por meio de soldas. O autor complementa que a utilização de perfis soldados
é necessária em situações construtivas que requerem momentos de inércia elevados nas duas
direções, como por exemplo em colunas e estacas, e em outras situações em que o calculista
julgar necessário.

A ABNT NBR 5884:2000 determina como padrão as seguintes séries de perfil


soldado:

- Perfil CS (coluna soldada);


- Perfil VS (viga soldada);
- Perfil CVS (coluna e viga soldada).

3.1.5 Aspectos positivos e negativos do uso o aço

As vantagens da utilização do aço nas construções se devem por:

a) elevada resistência:

Fakury et al. (2016) afirma que o índice de resistência, determinado pela razão entre
a resistência e o peso específico, do aço é o maior entre os materiais estruturais. Portanto, a
seção transversal dos elementos de aço é muito menor do que de outros materiais, gerando
estruturas bem mais leves. Devido a esse motivo o autor afirma que a utilização de aço é
adequada para obras onde exista a necessidade de vencer grandes vãos e em locais onde os solos
não estão em boas condições para fundação;

b) elevada ductilidade:
27

A elevada ductilidade favorece a resistência a impactos e a distribuição de tensões


onde existem altas taxas de concentração de tensão (FAKURY et al., 2016);

c) alto grau de confiança:

De acordo com Fakury et al. (2016), o aço é um material muito confiável, devido
às suas características mecânicas bem definidas, homogeneidade e isotropia. Graças à
confiabilidade do aço, seu coeficiente de ponderação é menor que o do concreto, por exemplo;

d) canteiros de obra mais otimizados e rapidez na execução:

Fakury et al. (2016) destaca que os canteiros de obra em estruturas metálicas são
menores, mais limpos e organizados, pois não é necessária a utilização de escoramentos e
formas em demasia, nem de grandes áreas de estocagem e manuseio de materiais. Além dos
canteiros mais organizados, o autor aponta que as obras em aço são concluídas em um tempo
mais curto em relação a outros materiais, devido principalmente ao fato das estruturas serem
pré-fabricadas com dimensões precisas, o que facilita muito na montagem e execução;

e) facilidade de reforço, ampliação, reciclagem e reaproveitamento:

Fakury et al. (2016) afirma categoricamente que “a obra executada com perfis de
aço pode ser facilmente reformada ou ampliada em caso de necessidade”. O autor aponta
também para outra característica positiva da utilização do aço como um material sustentável. O
aço ainda é um material muito fácil de ser reciclado, fato que contribui para redução no gasto
de matéria prima, gastos menores de energia na produção e não são necessárias grandes áreas
para acúmulo do material em desuso.

Em contrapartida, o aço pode ter seu uso comprometido por:

a) Corrosão:

Dias (1997) define corrosão como as alterações físico-químicas que atingem uma
substância devido a ação de determinados agentes da natureza, como o vento, a chuva, o calor
etc. O autor ainda explica que o processo de corrosão é o inverso da metalurgia, usando as
seguintes palavras, "na metalurgia, o minério recebe energia para transforma-se em metal; na
corrosão, o metal retorna à condição de minério, liberando energia."

Fakury et al. (2016) cita a corrosão como um dos principais problemas que atingem
as estruturas metálicas. Segundo o autor, a corrosão reduz de forma gradual a seção do elemento
28

estrutural podendo até o tornar inoperante para sua função inicial; esse fato pode gerar graves
danos a toda estrutura, podendo levar ao colapso em casos extremos.

Fakury et al. (2016) aponta algumas situações onde o risco de ocorrer corrosão nas
estruturas é maior, como em locais onde a umidade relativa do ar é muito grande, ambiente com
altos índices de poluição, próximo ao mar e perto de piscinas. Porém, existem algumas técnicas
que protegem a estrutura contra a corrosão, como a pintura e a galvanização.

b) Comportamento em situação de incêndio:

Outro problema apontado por Fakury et al. (2016) quanto à utilização de estruturas
de aço é o comportamento indesejado destas em situações de incêndio, pois as propriedades
mecânicas se degeneram rapidamente quando expostas a altas temperaturas. Por isso, segundo
o autor, é de essencial importância buscar a proteção da estrutura metálica contra o fogo quando
esta é aparente. Essa proteção pode se dar por meio de materiais de revestimento contra fogo,
tintas intumescentes ou até escolha de aços resistentes ao fogo.

3.2 Segurança Estrutural

Uma estrutura corresponde a uma ou mais peças ligadas entre si e ao meio exterior,
com a finalidade de fornecer estabilidade, recebendo as ações atuantes, absorvendo-as
internamente e transmitindo-as aos apoios (PINHEIRO, 2007).

Carvalho e Figueiredo (2014) cita a importância de uma análise detalhada do


comportamento de uma estrutura para que se distinga os elementos estruturais dos sistemas
estruturais. Sendo os elementos estruturais peças como lajes, vigas, pilares e outros, e o sistema
estrutural como o arranjo das peças citadas acima.

A classificação das estruturas é feita de diversas maneiras por diversos autores em


função das dimensões, carregamentos, vínculos e estaticidade. Considerando as vigas como
elementos relevantes para esse trabalho, estas são definidas como barras que sofrem
carregamento transversal em relação ao eixo. Quanto à estaticidade (hipostática, isostática ou
hiperestática), as vigas de aço na maioria das vezes são ligadas apenas na alma, tornando-se
biapoiadas e isostáticas: apresentam impedimento aos movimentos de corpo rígido, com o
número de vínculos igual ao número de equações necessárias para se obter a estabilidade da
estrutura (PINHEIRO, 2007).
29

Pinheiro (2007) denomina estruturação como a escolha do sistema estrutural do


edifício, sendo a etapa em que escolhe os elementos estruturais e suas posições, formando um
sistema estrutural capaz de absorver os esforços provenientes das ações e transmiti-los às
fundações. Sua escolha dependerá de fatores técnicos e econômicos, como a capacidade do
meio técnico para desenvolver o projeto, disponibilidade de materiais, mão-de-obra e
equipamentos para a execução.

O dimensionamento de uma estrutura deve garantir que ela suporte as solicitações


submetidas ao longo da execução e utilização, impedindo falhas como um todo ou em partes da
mesma. A resistência dos materiais utilizados, características geométricas da estrutura e as
ações permanentes e variáveis impostas estão relacionadas à segurança estrutural e tais fatores
devem ser levados em consideração nos cálculos durante a análise estrutural (CARVALHO e
FIGUEIREDO, 2014).

3.2.1 O Método dos estados-limites

O método dos estados-limites é a característica do dimensionamento de acordo com


as situações em que a estrutura está exposta (FAKURY et al., 2016). Os estados-limites são
divididos entre estados-limites últimos (ELU) e estados-limites de serviço (ELS).

3.2.1.1 Estados-limites últimos

A ABNT NBR 8800:2008 define os estados-limites últimos como as combinações


mais desfavoráveis que podem ocorrer ao longo de toda vida útil da estrutura. Fakury et al.
(2016) cita que sua ocorrência está ligada às situações de colapso, seja ele total ou parcial. O
colapso pode estar ligado à falha material, instabilidade do elemento estrutural ou do sistema
estrutural, ou pelo deslocamento do corpo rígido.

Um dimensionamento satisfatório para ELU abordado pela ABNT NBR 8800:2008


é o seguinte:

𝑅𝑑 ≥ 𝑆𝑑 (1)
𝑆𝑑 valores de cálculo para os esforços atuantes, podendo ser força axial de tração ou
compressão, momento fletor ou força cortante

𝑅𝑑 valores de cálculo correspondentes aos esforços resistentes


30

Para determinação do esforço resistente de cálculo deve-se aplicar a seguinte


expressão:

𝑅
𝑅𝑑 = 𝛾 𝑘 (2)
𝑚

𝑅𝑘 valores característicos correspondentes aos esforços resistentes

𝛾 coeficiente de ponderação das resistências

Com o uso do coeficiente de ponderação presume-se que o valor de cálculo pode


ser menor que este previsto, seja pela variabilidade das propriedades mecânicas do material ou
ainda pelas incertezas advindas do comportamento das peças na situação de colapso, durante a
execução, ou pelas dimensões das seções das peças adotadas (FAKURY et al., 2016). Os
valores dos coeficientes de ponderação das resistências estão apresentados na Tabela 2.

Tabela 2 - Valores dos coeficientes de ponderação das resistências 𝜸𝒎 , ELU

Combinações Aço Estrutural Concreto Aço das


Armaduras
𝜸𝒂 𝜸𝒄
𝜸𝒔
Escoamento, flambagem e Ruptura
instabilidade
𝛾𝑎2
𝛾𝑎1

Normais 1,10 1,35 1,40 1,15

Especiais ou de 1,10 1,35 1,20 1,15


construções

Excepcionais 1,00 1,15 1,20 1,00

Fonte: ABNT NBR 8800:2008, adaptado.

3.2.1.2 Estados-limites de serviço

Os estados-limites de serviço, de acordo com a ABNT NBR 8800:2008, fazem


referência ao desempenho que a estrutura apresenta durante a utilização da mesma. Segundo
Fakury et al. (2016), este estado-limite refere-se à capacidade que a estrutura possui em
desempenhar suas funções, e sua ocorrência pode ocasionar danos na aparência e
funcionalidade da estrutura, além de prejudicar o conforto dos usuários. A seguinte
desigualdade deve ser respeitada:
31

𝑆𝑠𝑒𝑟 ≤ 𝑆𝑙𝑖𝑚 (3)

𝑆𝑠𝑒𝑟 valores dos efeitos estruturais de interesse

𝑆𝑙𝑖𝑚 valores-limites que devem ser adotados para tais efeitos

Diferentemente do que ocorre nos estados-limites últimos, nos estados-limites de


serviço não é necessário a majoração das ações, apresentando, assim, segundo a ABNT NBR
8800:2008, um valor de 𝛾𝑚 = 1.

3.2.2 Ações

Fakury et al. (2016) define ações como fatores capazes de produzir estados de
tensão, deformação ou movimento em uma estrutura. Estas podem ser classificadas em
permanentes, variáveis ou excepcionais.

3.2.2.1 Ações permanentes

As ações permanentes são aquelas que pouco ou nada se alteram ao longo da vida
útil da estrutura. Elas se subdividem entre ações permanentes diretas ou indiretas: as ações
permanentes diretas fazem referência ao peso próprio da estrutura, bem como a todos os
elementos que compõem a construção (acabamentos, revestimentos, pisos, instalações, paredes,
entre outros), além do empuxo devido ao peso próprio, e as ações permanentes indiretas são a
protensão, recalques ou retração nos materiais (como no caso da retração do concreto) (ABNT
NBR 8800:2008; FAKURY et al., 2016).

O valor característico das ações permanentes 𝐹𝑔𝑘 deve ser calculado a partir das
médias das respectivas distribuições de probabilidade, que estão definidas na ABNT NBR 6120
(ABNT NBR 8800:2008).

3.2.2.2 Ações variáveis

As ações variáveis estão relacionadas com o uso e ocupação da edificação, causada


pela sobrecarga em pisos, equipamentos, móveis, ações do vento e variação da temperatura
(ABNT NBR 8800:2008).

Os valores previstos para as ações variáveis podem ser encontrados em normas


como a ABNT NBR 6120 e ABNT NBR 6123, e seus valores são apresentados com uma
32

possibilidade de serem ultrapassados desfavoravelmente em um intervalo de 50 anos (ABNT


NBR 8800:2008).

3.2.2.3 Ações excepcionais

As ações excepcionais são caracterizadas por também sofrerem variações com o


tempo, porém ocorrem em um intervalo de tempo muito curto em relação à vida útil da
estrutura, e possuem uma possibilidade de acontecimentos muito baixa. Acontecimentos
excepcionais são explosões, choques entre veículos, tornados, incêndios, abalos sísmicos, entre
outros (ABNT NBR 8800:2008; FAKURY et al., 2016).

3.2.3 Coeficientes de ponderação das ações

A ABNT NBR 8800:2008 define um coeficiente 𝛾𝑓 que deve ser utilizado para
ponderar as ações, sendo este coeficiente expresso por:

(4)
𝛾𝑓 = 𝛾𝑓1 𝛾𝑓2 𝛾𝑓3

𝛾𝑓 coeficiente de ponderação das ações

𝛾𝑓1 parcela que considera a variabilidade das ações

𝛾𝑓2 parcela que considera a simultaneidade de atuação das ações

𝛾𝑓3 parcela que leva em conta possíveis erros nos cálculos dos efeitos das ações, que podem
ocorrer por problemas construtivos ou por deficiência no método de cálculo empregado

3.2.3.1 Coeficientes de ponderação para estados-limites últimos

Segundo a ABNT NBR 8800:2008, 𝛾𝑔 ou 𝛾𝑞 deve ser representado por 𝛾𝑓1 𝛾𝑓3,
como mostra a Tabela 3 e 𝛾𝑓2 se equivale ao fator de combinação 𝜓0 (Tab. 4).

𝛾𝑔 coeficiente de ponderação das ações permanentes

𝛾𝑞 coeficiente de ponderação das ações variáveis

𝜓0 fator de combinação
33

Tabela 3 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações 𝜸𝒇 = 𝜸𝒇𝟏 𝜸𝒇𝟑

Combinações Ações permanentes (𝜸𝒈 )𝒂

Diretas Indiretas

Peso Peso Peso próprio de Peso próprio Peso próprio


próprio de próprio estruturas de elementos de elementos
estruturas das moldadas no local e construtivos construtivos
metálicas estruturas de elementos industrializad em geral
pré- construtivos os com equipamentos
moldadas industrializados e adições in loco
empuxos
permanentes

Normais 1,25 1,30 1,35 1,40 1,50 1,20

(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)

Especiais ou 1,15 1,20 1,25 1,30 1,40 1,20


de construção
(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)

Excepcionais 1,10 1,15 1,15 1,20 1,30 0

(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)

Ações variáveis (𝜸𝒒 )

Efeito da temperatura)𝒃 Ação do vento Ações Demais ações variáveis,


truncadas incluindo as decorrentes
do uso e ocupação

Normais 1,20 1,40 1,20 1,50

Especiais ou 1,00 1,20 1,10 1,30


de construção

Excepcionais 1,00 1,00 1,00 1,00

Fonte: ABNT NBR 8800:2008, adaptado.

3.2.3.2 Coeficientes de ponderação para estados-limites de serviço

O coeficiente de ponderação para os estados-limites de serviço, de acordo com a


ABNT NBR 8800:2008, em geral é 𝛾𝑓 = 1. Nas combinações de ações de serviços, que serão
34

apresentadas a seguir, devem ser usados coeficientes de redução 𝜓1 e 𝜓2 , que podem ser
retirados da Tabela 4, para cálculo das ações variáveis frequentes e quase permanentes,
respectivamente.

Tabela 4 - Valores dos fatores de combinação 𝝍𝟏 e de redução 𝝍𝟏 e 𝝍𝟏 para as ações


variáveis

Ações 𝜸𝒇𝟐

𝝍𝟎 𝝍𝟏 𝝍𝟐

Ações variáveis Locais em que não há predominância de pesos e de 0,5 0,4 0,3
causadas pelo uso e equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de
ocupação tempo, nem de elevadas concentrações de pessoas
(edificações comerciais de acesso restrito)

Locais em que há predominância de pesos e de equipamentos 0,7 0,6 0,4


que permanecem fixos por longos períodos de tempo, ou de
elevadas concentrações de pessoas (edificações comerciais,
de escritórios e de acesso público)

Bibliotecas, arquivos, depósitos, oficinas e garagens e 0,8 0,7 0,6


sobrecargas em coberturas

Vento Pressão dinâmica de vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0

Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média 0,6 0,5 0,3


anual local

Cargas móveis e seus Passarelas de pedestres 0,6 0,4 0,3


efeitos dinâmicos
Vigas de rolamento de pontes rolantes 1,0 0,8 0,5

Pilares e outros elementos ou subestruturas que suportam 0,7 0,6 0,4


vigas de rolamento de pontes rolantes

Para estado-limite de fadiga utilizar 𝝍𝟏 = 𝟏

Fonte: ABNT NBR 8800:2008, adaptado.

3.2.4 Combinações de ações

Os efeitos mais desfavoráveis das ações devem ser determinados por meio da
combinação de ações, sendo que estas combinações se diferem para as combinações últimas e
de serviço. Segundo Fakury et al. (2016), as ações são majoradas por coeficientes de
35

ponderação que levam em consideração incertezas adotadas no projeto, e essas incertezas


variam em função do tipo de ações.

Todas as combinações estão especificadas na ABNT NBR 8800:2008, e assim


apresentadas:

3.2.4.1 Combinações últimas

Uma estrutura sempre estará exposta a ações permanentes e a algum tipo de ação
variável. Quando do caso de uma estrutura apresentar apenas uma ação variável deve-se somar
seus valores característicos para o cálculo da combinação de ações, porém em situações onde
duas ou mais ações variáveis atuarem na estrutura deve ser assumido o efeito mais desfavorável
do efeito dessas ações (FAKURY et al., 2016).

3.2.4.1.1 Combinações últimas normais

De acordo com a ABNT NBR 8800:2008, estas ações são decorrentes do uso
previsto para a edificação, e para seu cálculo deve-se considerar as ações permanentes e ação
variável principal com seus valores característicos, e as demais ações variáveis com seus valores
reduzidos de combinação.
𝑚 𝑛

𝐹𝑑 = ∑(𝛾𝑔𝑖 𝐹𝐺𝑖,𝑘 ) + 𝛾𝑞𝑖 𝐹𝑄𝑖,𝑘 + ∑(𝛾𝑞𝑗 𝜓0𝑗 𝐹𝑄𝑗,𝑘 ) (5)


𝑖=1 𝑗=2
𝐹𝐺𝑖,𝑘 valor característico das ações permanentes

𝐹𝑄𝑖,𝑘 valor característico da ação variável principal

𝐹𝑄𝑗,𝑘 valor característico das ações variáveis secundárias que podem atuar em conjunto com a
ação variável principal

3.2.4.1.2 Combinações últimas especiais

Quando os efeitos produzidos pelas ações consideradas nas combinações últimas


normais são superados em intensidade, deve-se considerar as combinações últimas especiais.
As ações atuantes nesses casos são de ações variáveis de natureza ou intensidade especial
(ABNT NBR 8800:2008).
36

Para a determinação das combinações últimas especiais, deve-se considerar as


ações permanentes e a ação variável especial com seus valores característicos, e as demais ações
variáveis minoradas.
𝑚 𝑛

𝐹𝑑 = ∑(𝛾𝑔𝑖 𝐹𝐺𝑖,𝑘 ) + 𝛾𝑞𝑖 𝐹𝑄1,𝑘 + ∑(𝛾𝑞𝑗 𝜓0𝑗,𝑒𝑓 𝐹𝑄𝑗,𝑘 ) (6)


𝑖=1 𝑗=2
𝐹𝑄1,𝑘 ação variável especial em seu valor característico

𝜓0𝑗,𝑒𝑓 coeficientes de combinação efetivos

𝜓0𝑗 coeficiente de combinação em situações normais

𝜓2𝑗 coeficiente de combinação quando 𝐹𝑄1 ocorrer em um curto intervalo de tempo

3.2.4.1.3 Combinações últimas de construção

Segundo a ABNT NBR 8800:2008, deve-se considerar esse tipo de combinação


quando no processo de construção ocorrer algum estado último, devendo-se considerar todas
as ocorrências de estados-limites últimas em determinada fase da obra.
𝑚 𝑛

𝐹𝑑 = ∑(𝛾𝑔𝑖 𝐹𝐺𝑖,𝑘 ) + 𝛾𝑞𝑖 𝐹𝑄1,𝑘 + ∑(𝛾𝑞𝑗 𝜓0𝑗,𝑒𝑓 𝐹𝑄𝑗,𝑘 ) (7)


𝑖=1 𝑗=2
𝐹𝑄1,𝑘 valor característico da ação transitória atuante na estrutura

3.2.4.1.4 Combinações últimas excepcionais

Quando a estrutura estiver exposta a ações excepcionais, esta deve ser considerada
na combinação de ações, sendo esta ação variável considerada como principal, e as demais
como secundárias (ABNT NBR 8800:2008).
𝑚 𝑛

𝐹𝑑 = ∑(𝛾𝑔𝑖 𝐹𝐺𝑖,𝑘 ) + 𝐹𝑄,𝑒𝑥𝑒 + ∑(𝛾𝑞𝑗 𝜓0𝑗,𝑒𝑓 𝐹𝑄𝑗,𝑘 ) (8)


𝑖=1 𝑗=1

𝐹𝑄,𝑒𝑥𝑒 valor da ação excepcional transitória


37

3.2.4.2 Combinações de serviço

A classificação das combinações dos estados-limites de serviço está relacionada ao


seu tempo de permanência na estrutura, podendo ser classificadas em quase permanentes,
frequentes e raras (ABNT NBR 8800:2008).

3.2.4.2.1 Combinações de serviço quase permanentes

De acordo com a ABNT NBR 8800:2008, este tipo de ação pode atuar da ordem de
metade do período de vida da estrutura, sendo utilizadas para efeitos de longa duração e fazem
referência à aparência da estrutura, estando essa aparência relacionada aos deslocamentos
excessivos que não oferecem danos à estrutura.
𝑚 𝑛

𝐹𝑠𝑒𝑟 = ∑ 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + ∑(𝜓2𝑗 𝐹𝑄𝑗,𝑘 ) (9)


𝑖=1 𝑗=1

3.2.4.2.2 Combinações de serviço frequentes

A ABNT NBR 8800:2008 classifica as ações de serviço como frequentes como


aquelas que ocorrem na ordem de 105 num período de vida útil de 50 anos, ou que tenha um
período de duração total de 5% desse período de vida útil. Essas ações são consideradas como
reversíveis, não causando danos permanentes à estrutura.
𝑚 𝑛

𝐹𝑠𝑒𝑟 = ∑(𝐹𝐺𝑖,𝑘 ) + 𝜓1 𝐹𝑄1,𝑘 + ∑(𝜓2𝑗 𝐹𝑄𝑗,𝑘 ) (10)


𝑖=1 𝑗=2

3.2.4.2.3 Combinações de serviço raras

As combinações raras são definidas ABNT NBR 8800:2008 como as ações que
podem ocorrer durante um período muito curto da vida útil da estrutura, sendo este período
definido como no máximo algumas horas. Seus efeitos são considerados irreversíveis, causando
danos permanentes à estrutura.
𝑚 𝑛

𝐹𝑠𝑒𝑟 = ∑(𝐹𝐺𝑖,𝑘 ) + 𝐹𝑄1,𝑘 + ∑(𝜓1𝑗 𝐹𝑄𝑗,𝑘 ) (11)


𝑖=1 𝑗=2
38

3.3 Vigas de Alma Cheia

As vigas são elementos estruturais que recebem os carregamentos e os transferem


aos pilares ou a outras vigas da estrutura, e são os principais elementos estruturais, estando
submetidos a flexão normal simples (FAKURY et al., 2016). O autor ainda cita que os perfis I,
sejam eles duplamente simétrico ou monossimétrico, são os mais utilizados na prática, sendo,
portanto, objeto de estudo do presente trabalho.

Os perfis I são os mais utilizados por serem os mais funcionais no que se refere à
resistência ao trabalho da flexão, pois possuem a maior inércia no plano da flexão devido à área
afastada do eixo neutro (PFEIL e PFEIL, 2009). Os autores ainda afirmam que seções com
áreas muito próximas ao eixo neutro, como no caso de peças maciças de seção quadrada ou
circular, necessitam de uma seção maior para que consigam resistir a um mesmo esforço atuante
que uma viga de perfil I estaria submetida.

3.3.1 Modos de colapso das vigas de alma cheia

As vigas devem ser verificadas para ELU (que se remete ao momento fletor e à
força cortante) e ELS (deslocamentos e vibrações).

As falhas decorrentes da atuação do momento fletor podem ser: colapso pela


plastificação total da seção transversal, colapso por flambagem lateral com torção (FLT) e
colapso por flambagem local dos elementos comprimidos. Se tratando do ELU decorrente da
força cortante, as falhas podem ser por: colapso por escoamento, colapso por escoamento e
colapso por flambagem.

Na verificação ao estado-limite de serviço deve-se verificar a flecha e vibrações de


acordo com os valores limites abordados nos anexos da ABNT NBR 8800:2008.

3.3.1.1 ELU – Momento Fletor

a) Plastificação total da seção transversal:

Para o entendimento da formação da rótula plástica deve-se considerar uma viga


birrotulada, de seção qualquer, submetida a algum carregamento e que sofra flexão em relação
ao eixo de inércia x, sendo o ponto de análise aquele que possui maior momento atuante 𝑀𝑚𝑎𝑥 .
Na fase inicial da análise, com um carregamento pequeno, a viga se encontra em regime
elástico, e a variação de tensão e deformação ocorre linearmente para o ponto de momento
39

máximo, e nesta etapa as tensões possuem um valor inferior à resistência ao escoamento do aço
𝑓𝑦 e as deformações são inferiores à deformação que representa o início do escoamento 𝜀𝑦 , além
de que o eixo de deformação nula é chamado de Linha Neutra Elástica (LNE) e passa pelo
centro geométrico da figura (FAKURY et al., 2016). Na Figura 1 pode-se verificar a máxima
tensão de compressão 𝜎𝑐𝑥1, máxima tensão de tração 𝜎𝑡𝑥1 e as deformações 𝜀𝑐1 e 𝜀𝑡1 .

Figura 1 - Viga em regime elástico

Fonte: FAKURY et al., 2016, adaptado.

Com o aumento do carregamento, a viga ainda apresenta comportamento elástico,


até que a máxima tensão atinja uma resistência igual a resistência ao escoamento do aço e o
momento fletor atuante será o momento fletor do início do escoamento. Na medida em que se
aumenta o carregamento, o escoamento tende a seguir para o interior da seção onde ocorre o
momento máximo. Assim, as seções mais externas se encontram plastificadas com uma tensão
constante de 𝑓𝑦 , e a seção interna ainda se encontra no regime elástico. Neste momento o eixo
de deformação nula não corresponde com a LNE. Toda a seção se encontrará plastificada com
o aumento do carregamento, sendo que a seção acima do eixo de deformação nula estará
sofrendo compressão constante com valor igual ao escoamento do aço 𝑓𝑦 , e a parte abaixo da
seção neutra também fica submetida a uma tensão de tração igual ao escoamento do aço. Deste
momento em diante, as deformações tendem a crescer na seção plastificada mesmo que não
ocorra aumento de esforços atuantes. (FAKURY et al., 2016).

Com a plastificação total da seção ocorre o que se chama de rótula plástica, e o


momento fletor que leva à formação dessa rótula é o momento de plastificação, dado por 𝑀𝑝𝑙
(FAKURY et al., 2016).

b) Flambagem local:
40

Quando o perfil é submetido a tensões de compressão ocorre o que se chama de


flambagem local, seja FLA ou FLM (FAKURY et al., 2016). O autor cita a importância de se
verificar a mesa comprimida e a alma, que fica parcialmente comprimida.

c) Flambagem lateral com torção:

Segundo Fakury et al. (2016), as imperfeições geométricas que as seções


apresentam influenciam seu comportamento quanto a curvatura lateral e a torção, que tentem a
ter seus valores aumentados à medida que o momento fletor cresce. Este aumento da curvatura
ocorre pelo fato de que a seção comprimida tende a se deslocar cada vez mais, e a seção
tracionada tende a frear este deslocamento.

O efeito da flambagem lateral com torção pode ser impedido realizando um


travamento na seção transversal, onde, no caso de perfis I, é realizado principalmente na mesa
comprimida. O efeito da FLT ocorre pelos movimentos de translação e torção, que se
apresentam em conjunto, mas para o travamento da seção, impedindo-se apenas um destes
movimentos já se consegue a estabilidade do elemento estrutural. O comprimento destravado é
o comprimento situado entre duas seções que possuem travamento lateral e é denominado 𝐿𝑏 .
Este comprimento destravado é considerado nulo quando a contenção lateral for contínua, efeito
este proporcionado por conectores de cisalhamento (FAKURY et al., 2016).

Figura 2 - Seções internas contidas lateralmente

Fonte: FAKURY et al., 2016, adaptado.


41

3.3.1.2 ELU - Força Cortante

Fakury et al. (2016), para explicar o estado-limite último causado por uma força
cortante, considera um perfil I para uma viga birrotulada, sendo este o modelo mais usual na
prática. A alma é o elemento da viga mais resistente à ação da força cortante, deixando esta de
cumprir suas funções quando da ocorrência da flambagem por cisalhamento, que provoca
ondulações na alma. Esta situação caracteriza um colapso estrutural. A flambagem por
cisalhamento pode ser combatida adotando-se enrijecedores transversais ao longo da seção
longitudinal da viga.

3.3.1.3 ELU - Força localizada nas mesas

Em casos onde uma força localizada atuar comprimindo diretamente a mesa de um


perfil I, pode-se verificar a ocorrência de quatro estados-limites últimos, sendo eles: escoamento
local da alma, enrugamento da alma, flambagem lateral da alma e flambagem da alma por
compressão. Os quatro estados-limites últimos descritos acima podem ser visualizados na
Figura 3.

Figura 3 - Forças localizadas comprimindo a alma

Fonte: FAKURY et al., 2016, adaptado.

No caso de forças tracionando a alma do perfil I ocorre dois estados-limites, sendo


estes a flexão local da mesa, sendo esta a que se encontra a força localizada, e o escoamento
local da alma, ambos representados na Figura 4.
42

Figura 4 - Forças localizadas tracionando a alma

Fonte: FAKURY et al., 2016, adaptado.

Para todos os estados-limites últimos apresentados acima, a ABNT NBR 8800:2008


apresenta os métodos para verificação da capacidade resistente da viga, que estão apresentados
no item 4.3.

3.3.1.3 ELS

As falhas decorrentes do ELS, segundo Fakury et al. (2016), influenciam na


aparência e funcionalidade da construção, podendo causar desconforto ao usuário e um mal
funcionamento dos equipamentos, além de levar ao surgimento de fissuras e trincas, problemas
com portas, janelas e materiais de acabamento.

Fakury et al. (2016) explica que quando o problema está relacionado à aparência,
deve-se utilizar as combinações quase permanentes, por levarem a menores valores de
deslocamentos; para problemas reversíveis utiliza-se combinações frequentes, com valores de
deslocamentos maiores que aqueles apresentados nas combinações quase permanentes;
problemas irreversíveis devem ser trabalhados com as combinações raras, sendo estas as que
levam a maiores valores de deslocamento.

Para vigas de cobertura ou pisos, a ABNT NBR 8800:2008 limita dos


deslocamentos verticais em L/250 para cobertura e L/350 para situações de piso.

3.4 Vigas Alveolares

3.4.1 Histórico

Segundo Alminhana (2014), o surgimento das vigas alveolares tem relação direta à
necessidade da utilização de perfis que garantissem uma rigidez maior à flexão se comparado
43

aos perfis de alma cheia manufaturados no início do século XX. Outro fator importante, de
acordo com Ferrari (2013), é que sua evolução está associada ao desenvolvimento da ciência
da solda, que ocorreu em torno de 1920.

Em 1937, o engenheiro Geoffrey Murray Boyd realizou o primeiro pedido de


patente para vigas casteladas, concedido então em 1939 pelo British Patent Office. Essa
solicitação foi idealizada ao projetar um perfil que seria utilizado como monotrilho para uma
talha, onde os perfis disponíveis que atendiam à restrição de largura da mesa não eram rígidos
o suficiente para vencer o vão (OLIVEIRA, 2012). De acordo com o autor, Boyd, a princípio,
imaginou enrijecer um perfil soldando outro abaixo dele. No entanto, amadurecendo a ideia,
chegou-se à hipótese de castelar o perfil, aumentando assim sua altura e sua rigidez, dando
origem às chamadas futuramente vigas casteladas.

Devido ao custo elevado de produção das vigas alveolares, seu uso foi bastante
limitado no período entre o final da década de 30 e início da década de 60, onde, a partir da
década de 50, mais precisamente na segunda metade, estudos sobre seu comportamento e
métodos de dimensionamento foram desenvolvidos.

3.4.2 Fabricação

As vigas alveolares são obtidas através de perfis laminados, em I ou H, por cortes


longitudinais em sua alma. Após o corte, as duas metades resultantes (Fig. 5) são postas uma
sobre a outra e soldadas de modo a conseguir uma maior altura da seção e consequentemente
uma maior inércia, mantendo a área da seção e o peso da estrutura inalterados.
44

Figura 5 - Esquema de montagem de vigas alveolares

Fonte: GRÜNBAUER, 2012

Segundo Oliveira (2012), em perfis laminados, o corte da alma pode ser realizado
com plasma, laser ou oxicorte, onde a opção da tecnologia a ser utilizada dependerá da
velocidade, precisão desejada e espessura da chapa a ser cortada. Tal corte deverá ser iniciado
num ponto interno da alma (Fig. 6) para evitar que as metades resultantes sofram empenamento
em consequência das tenções residuais de tração existentes na mesa do perfil. Caso a viga tenha
um comprimento amplo, o ideal é que alguns pontos do traçado permaneçam sem o corte para
evitar que as metades dos perfis flexionem.
45

Figura 6 - Ponto de início do corte na alma

Fonte: OLIVEIRA, 2012

Realizado o corte parcial, a viga é disposta sobre a superfície de montagem e então,


com auxílio de um maçarico, suas extremidades são soltas e todo o perímetro de corte recebe
um tratamento específico com o objetivo de preparar a superfície para receber a solda. Os
montantes das partes são alinhados e a ligação destes são feitos por pontos de soldas e
posteriormente, após a junção parcial das duas partes, é realizada a soldagem final e, por fim,
jateamento e pintura da peça com a finalidade de evitar oxidação e corrosão do aço
(OLIVEIRA, 2012).

De modo geral, as vantagens das vigas alveolares superam suas limitações, o que
faz com que surja interesse de grupo científico e tecnológico no intuito de evolução de métodos
de fabricação e conhecimento de seu desempenho (DARWIN, 1990).

De acordo com Martinho (2014), se comparadas às vigas de alma cheia, as vigas


alveolares possuem menores deformações e maior resistência, ou seja, vãos de maiores
dimensões podem ser vencidos com segurança e com a mesma quantidade de material.

No que se refere a questões estéticas, esse tipo de viga permite a acomodação de


instalações técnicas como: sistemas de ar condicionado, instalações elétricas, hidrossanitárias e
etc. Porém, devido as aberturas na alma, apresentam diferentes modos de ruptura e
possibilidades de colapso, estes devem ser investigados de acordo com as peculiaridades da
viga. Deve-se atentar também para o custo de fabricação destas pois envolvem um tempo maior
de fabricação e exigem um certo controle de qualidade (MARTINHO, 2014).
46

3.4.3 Tipos de geometria

As vigas alveolares possuem tipologias variadas, como apresentado na Figura 7, e


essa variação é decorrente da forma de seus alvéolos. Os tipos mais comuns são: vigas
casteladas que apresentam aberturas hexagonais ou octogonais, quando uma chapa expansora é
soldada na alma; vigas celulares que apresentam aberturas circulares.

Figura 7 - Tipos comuns de vigas alveolares

Fonte: TÉCHNE, 2017

Este tipo de viga possui elementos geométricos não existentes em seus perfis de
origem. Em relação a seção transversal, surgem os tês (ou cordões) inferiores e superiores. Já
na seção longitudinal, há o aparecimento dos alvéolos, que são aberturas visíveis e o montante
de alma, que está situado entre os alvéolos. A Figura 8 apresenta essas geometrias citadas.
47

Figura 8 - Elementos da seção transversal e longitudinal de uma viga alveolar

Fonte: SILVEIRA, 2011

As propriedades geométricas da seção transversal dos alvéolos estão


apresentadas na Figura 9, a depender do perfil original adotado em alma cheia.
48

Figura 9 - Propriedades da seção transversal

Fonte: SILVEIRA, 2011

3.4.3.1 Vigas celulares (circulares)

As vigas celulares apresentam uma certa flexibilidade para sua produção,


possibilitando diversas combinações entre o diâmetro de seu alvéolos, a distância entre o centro
destes e a altura da seção transversal, como apresentado na Figura 10, resultando em algumas
vantagens como: uma maior flexibilidade, sendo possível ajustar vigas mais favoráveis para
sistemas de piso ou para coberturas; liberdade de projeto, onde é possível estabelecer a
localização dos alvéolos, reduzindo então detalhes relacionados à união com outras vigas
(GONÇALVES, 2015; OLIVEIRA, 2012).

Figura 10 - Corte das vigas celulares e faixas de variação do diâmetro e espaçamento entre os alvéolos

Fonte: SILVEIRA, 2011

Segundo Silveira (2011), o padrão de corte da viga celular possui registro de patente
datado em 23 de janeiro de 1990 e possui ligação com a empresa Wescol Structures Limited,
no Reino Unido. Neste documento são apresentadas variações de corte que resultam em vigas
49

de inércia variável, vigas com alvéolos vertical ou horizontalmente alongados e as vigas


híbridas.

De acordo com Oliveira (2012), uma largura mínima 𝑏𝑤,𝑚𝑖𝑛 do montante é definida
com o objetivo de assegurar a construção apropriada da viga e impossibilitar que ocorra o
enfraquecimento em determinadas regiões. Já em relação a largura máxima 𝑏𝑤,𝑚𝑎𝑥 , leva-se em
conta o custo e fabricação, quanto o desempenho estrutural das vigas. As relações de 𝑏𝑤,𝑚𝑖𝑛 e
𝑏𝑤,𝑚𝑎𝑥 estão apresentadas na Figura 11.

Figura 11 - Limites geométricos entre alvéolos em vigas celulares

Fonte: OLIVEIRA, 2012, adaptado.

Comparada a uma viga castelada, a viga celular apresenta algumas desvantagens


durante o seu processo de fabricação. Devido ao tipo de corte para a obtenção do alvéolo de
forma circular, ocorre a perda de material e o trajeto percorrido pela máquina de corte é duplo,
resultando num gasto de tempo e de energia maiores (OLIVEIRA, 2012).

3.4.3.2 Vigas Casteladas

As vigas casteladas, dentre os tipos de vigas alveolares, são as mais utilizadas como
elementos estruturais nas mais diversas construções. São as primeiras vigas fabricadas com
50

aberturas na alma e assim denominadas devido à semelhança de seu padrão hexagonal com as
muralhas de um castelo, podendo ainda serem nomeadas como vigas colmeia, também devido
à semelhança com as mesmas. Essas vigas possuem aberturas hexagonais, ou ainda octogonais,
quando são utilizadas chapas expansoras aumentando a altura das mesmas.

As vigas octogonais são utilizadas quando há a necessidade de se aumentar ainda


mais a inércia destas vigas, para tal são adicionadas chapas expansoras nos montantes das
aberturas hexagonais formando essa nova configuração de alvéolos (OLIVEIRA, 2012). De
acordo com o autor, em pesquisas realizadas por Lleonart, em 1988, o mesmo afirmou que na
época as vigas com furos hexagonais eram mais usuais do que as de alvéolos octogonais que,
quando demasiadamente esbeltas, podem apresentar problemas de instabilidade.

Originadas através de um projeto idealizado pelo engenheiro Geoffrey Murray


Boyd, as vigas casteladas consistem em recortes na alma do perfil original de aço, com uma
soldagem realizada de modo intercalado, aumentando a altura do perfil e por consequência sua
inércia. Inicialmente, esse tipo de viga era nomeada como viga Boyd, nome de seu idealizador,
mas com o advento da Segunda Guerra Mundial, entre outras questões, as mesmas não foram
muito comercializadas, levando seus direitos de patente a serem atribuídos à uma empresa que
comercializava perfis de aço, passando então as chamadas vigas casteladas (OLIVEIRA, 2012).

Segundo Oliveira (2012), as vantagens da utilização das vigas alveolares em


construções se destaca pelo significativo ganho de inércia proporcionado pela técnica de
castelação em relação ao perfil original, considerando ainda que esse ganho de inércia ocorre
sem consumo adicional de aço, apenas com o deslocamento das partes cortadas. O autor ainda
explica que por possuírem maior inércia, essas vigas estão aptas para vencer maiores vãos e
também favorecer ao atendimento de critérios de deslocamentos máximos admissíveis para
vigas. No entanto, para ganhar inércia através dessa técnica deve-se atentar a um limite até o
qual o perfil laminado pode ser expandido.

Muitos estudos foram realizados por diversos pesquisadores com a finalidade de


determinar uma razão de expansão ótima e como essa mudança influenciaria no desempenho
estrutural das vigas alveolares. No caso das casteladas, essa razão de expansão varia em uma
certa faixa determinada nessas pesquisas (OLIVEIRA, 2012). A razão de expansão 𝑘 é
denominada através da relação entre a altura do perfil expandido 𝑑𝑔 e a altura do perfil original
𝑑.
51

De acordo com Oliveira (2012), os pesquisadores Toprac e Cooke desenvolveram,


em 1959, um programa experimental com a finalidade de analisar o comportamento dessas
vigas nas fases elástica e plástica, e ainda seu modo de colapso e capacidade de carga,
analisando todos os resultados e destacando que as falhas ocorriam por mecanismos de
cisalhamento e flambagem da mesa. O autor explica que os resultados obtidos indicaram um
ganho de resistência nas vigas de acordo com o aumento da altura da seção, sem recomendar
um valor ótimo exato para a razão dessa expansão, observando que o ganho em resistência da
viga castelada em relação a viga em alma cheia é crescente até a razão de expansão igual a 1,5.
Após isso há uma variação conforme aumenta, podendo ser maior ou menor, sendo esse valor
de 1,5 o mais utilizado em diversas literaturas.
O comportamento estrutural das vigas em geral está diretamente relacionado com
diversos fatores como o valor e o tipo da carga aplicada na estrutura, o perfil original utilizado,
o vão ao qual está sendo empregado e detalhes construtivos, onde um fator de grande influência
é o traçado geométrico da viga alveolar, que implica diretamente nas propriedades da seção
transversal da viga conforme as relações existentes entre alvéolo e montante (ALMINHANA,
2014; OLIVEIRA, 2012).

As vigas casteladas podem ser subdivididas em alguns padrões de castelação


desenvolvidos no mercado internacional durante os anos desde sua criação. Os padrões, em
alguns casos receberam o nome de seus criadores e são identificados como tal, de acordo com
variadas características atribuídas aos mesmos, representadas por diferentes geometrias de
conforme os equipamentos de corte e os perfis de viga usados. Dentre os principais, se destacam
os padrões Litzka, Peiner e Anglo-Saxão, onde suas utilizações variam conforme a localidade
onde estão sendo utilizados (ALMINHANA, 2014).

Na escolha das vigas casteladas, é de extrema importância a definição de qual


padrão será utilizado na execução da estrutura devido à diferença de propriedades, fator que
influencia diretamente o dimensionamento da viga, pois as dimensões dos alvéolos e dos
montantes são interdependentes. Modificando a altura do alvéolo, o comprimento do montante
será alterado. Caso contrário ocorre às vigas celulares, onde o diâmetro do alvéolo não tem
relação direta com a largura do montante (OLIVEIRA, 2012).

Para cada tipo de padrão usualmente utilizado nas estruturas alveolares há


parâmetros geométricos que definem essas seções ao longo do corte da viga e que podem ser
relacionadas em função da altura do perfil original, conforme apresentado na Tabela X. Já a
52

altura do perfil alveolar pode ser obtida multiplicando a altura do perfil de alma cheia (d) pela
razão de expansão (k). Como citado anteriormente, é frequente uma razão de expansão ótima
de 1,5 para as vigas casteladas (PEREIRA et al., 2016). De acordo com o autor, o principal
parâmetro do projeto de uma viga castelada é o seu comprimento de projeto, simbolizado por
𝐿𝑣 , que representa o vão livre entre os apoios da viga.

Tabela 5 - Relações geométricas com a altura do perfil original

Litzka Peiner Anglo-saxão


Passo (p) √3 𝑑 ≈ 1,7321 𝑑 1,5 𝑑 1,08 𝑑
Largura do montante de alma √3
𝑑 ≈ 0,5774 𝑑 0,5 𝑑 0,25 𝑑
na altura média da viga - 𝑏𝑤 3
Largura do alvéolo na altura 2√3
𝑑 ≈ 1,155 𝑑 𝑑 0,83 𝑑
média da viga - 𝑎𝑜 3
Projeção horizontal do lado 𝑏𝑤 𝑏𝑤
0,29 𝑑
inclinado do alvéolo - 𝑏 2 2
Fonte: OLIVEIRA, 2012 apud PEREIRA, 2016, adaptado.

3.4.3.2.1 Padrão Litzka

O padrão Litzka, de uso mais difundido, foi assim nomeado em homenagem a


Hubert Litzka, pioneiro no desenvolvimento de vigas casteladas. É caracterizado por apresentar
aberturas hexagonais regulares nos alvéolos, todos os lados iguais, proporcionando melhor
resistência à viga, salvo quando as tensões tangenciais são mais importantes que as tensões
normais. Outra característica são as proporções relacionadas com o passo, que é dividido em
seis partes iguais, o ângulo interno do alvéolo com a horizontal que é de 60° e a razão de
expansão usual, conforme a literatura, de 1,5 (OLIVEIRA, 2012; VERÍSSIMO, 2010).

Também pode-se observar a regularidade dimensional ao longo de todo o corte, a


distância entre duas aberturas adjacentes é o triplo da largura mínima do montante e a projeção
horizontal do lado inclinado da abertura é a metade da largura mínima do montante (PEREIRA
et al., 2016). Tais características podem ser observadas na Figura 12.
53

Figura 12 - Padrão Litzka

Fonte: ALMINHANA, 2014, adaptado.

3.4.3.2.2 Padrão Peiner

De acordo com Oliveira (2012), o padrão Peiner, que também é caracterizado pela
regularidade dimensional ao longo do corte, é similar ao padrão Litzka, diferindo pelo alvéolo
não ser exatamente um hexágono regular, basicamente pela menor largura do alvéolo,
possuindo um desempenho estrutural bastante semelhante entre os padrões (VERÍSSIMO,
2010). Nesse padrão, o alvéolo possui largura 𝑎𝑜 igual à altura 𝑑, resultando em um ângulo
interno de 63,4° com a horizontal, conforme representado na Figura 13. É possível observar
que a distância entre duas aberturas adjacentes é o triplo da largura mínima do montante, como
no padrão Litzka. A projeção horizontal do lado inclinado é a metade da largura mínima do
montante e a abertura possui largura igual à altura (PEREIRA, 2016).
54

Figura 13 - Padrão Peiner

Fonte: ALMINHANA, 2014, adaptado.

3.4.3.2.3 Padrão Anglo-saxão

O padrão Anglo-saxão, outro tipo de viga castelada, apresenta geometricamente


aberturas que possuem o segmento inclinado, formando um ângulo interno de
aproximadamente 60° com a horizontal, tal como no padrão Litzka, sendo as proporções das
aberturas tomadas de forma que o passo tenha um valor ótimo de 1,08𝑑 e a largura do alvéolo
com 𝑎𝑜 = 0,828𝑑, conforme disposto anteriormente na Tabela 5 e representado nas relações
geométricas da Figura 14 (OLIVEIRA, 2012).

Esse padrão de viga castelada é usualmente utilizado em países como a Inglaterra,


Estados Unidos e Canadá, sendo também difundida no Reino Unido. Nos estudos de Dougherty
e Demirdjian, os autores descreveram 1,08𝑑 como o valor ótimo do passo, considerando
suficiente e reduzida a largura do montante para o não rompimento na região soldada da viga e
para evitar a formação de mecanismo plástico nos cordões (BRINKHUS, 2015).
55

Figura 14 - Padrão Anglo-saxão

Fonte: ALMINHANA, 2014, adaptado.

3.4.4 Estados limites

Como apresentado anteriormente, nas estruturas metálicas deve-se analisar os


estados-limites últimos e os estados-limites de serviço, relacionados com a segurança e com
diversas situações pelas quais essas estruturas podem estar submetidas.
De acordo com Kerdal e Nethercot (1984), a existência de aberturas na alma das
vigas alteram os modos de falha observados em vigas de alma cheia e viabilizam o surgimento
de novos modos de falha. Segundo Martinho (2014), os novos modos de falhas por vigas
alveolares estão relacionados ao tipo de carregamento aplicado sobre a mesma, a geometria do
corte, esbeltez e espessura da alma.

Para a verificação dos ELU em vigas alveolares devem ser considerados os


seguintes estados-limites, conforme Veríssimo et al. (2010):

a) estado limite último de formação de mecanismo plástico;


b) estado limite último de escoamento do montante de alma por cisalhamento;
c) estado limite último de escoamento do montante de alma por flexão;
d) estado limite último de flambagem do montante da alma;
e) estado limite último de flambagem lateral com torção.
Além dos ELU citados acima, deve-se verificar o ELS para deslocamento excessivo
nas vigas alveolares.
56

Para os estados limites de serviço, Veríssimo et al. (2010) considera que assim
como para as vigas de alma cheia, nas vigas alveolares devem ser considerados os
deslocamentos excessivos da estrutura, através do cálculo da flecha nessas vigas, onde a inércia
da seção varia ao longo do comprimento da viga devido à forma das vigas alveolares.

3.4.4.1 Formação de mecanismo plástico (Mecanismo de Vierendeel)

O mecanismo de Vierendeel é o resultado da atuação de um elevado valor de


esforço cortante que gera momentos secundários na região dos alvéolos e consequentemente a
deformação dos mesmos. Rótulas plásticas surgem nos cantos da abertura dos alvéolos, onde
sua forma passa a ser de um paralelogramo, conforme representado na Figura 15. Tal
mecanismo ocorre em vigas que possuem um vão pequeno, tês de altura baixa e comprimento
de solda grande.

Figura 15 - Mecanismo de Vierendeel

Fonte: MARTINHO, 2014

Como em cada alvéolo os valores de momento fletor e esforço cortante variam entre
um e outro, o alvéolo propenso a ocorrer o mecanismo de Vierendeel será o que apresentar o
maior valor de esforço cortante atuante, e consequentemente, a seção crítica estará presente
nesta região. Caso a viga possua alvéolos com o mesmo valor de esforço cortante, o mecanismo
de Vierendeel ocorrerá na abertura que possuir o maior valor de momento fletor.

Silveira (2011) apresenta uma formulação para a análise das tensões em elementos
isolados de cada alvéolo. A análise é feita para pontos da seção 1 (seção que une os pontos de
momento nulo) e seção 2, indicados na Figura 16.
57

Figura 16 - Elementos analisados na seção transversal de uma viga castelada

Fonte: SILVEIRA, 2011

A seção 1 representa a menor área de seção transversal, estando sujeita a um


momento fletor M e a tensões de cisalhamento V, que se dividem igualmente entre os dois tês
(SILVEIRA, 2011).

Segundo Silveira (2011), na seção 2, além das já existentes tensões normais e de


cisalhamento em consequência do momento fletor e esforço cortante, há um acréscimo da
tensão normal em decorrência da flexão causada pela força cortante na extremidade do tê em
balanço (Fig. 17), fazendo com que tal seção seja considerada a mais desfavorável.
58

Figura 17 - Equilíbrio de forças em um alvéolo

Fonte: SILVEIRA, 2011

Caso a distribuição do carregamento seja variada, a determinação da seção a qual


apresenta combinações mais desfavorável, ou seja, a seção crítica, pode ser inviável. De modo
a facilitar tal localização, foi proposto um procedimento prático por Delesques (1969): traça-se
o diagrama de momento fletor e abaixo deste, traça-se também o diagrama de esforço cortante
multiplicado por uma constante que tem como função converter a força cortante no centro do
alvéolo em um momento fletor equivalente que atua na seção 2. A seção crítica está localizada
onde a distância entre as curvas dos diagramas apresenta o seu valor máximo, conforme pode
ser visto na Figura 18.
59

Figura 18 - Seção crítica em um alvéolo

Fonte: VERÍSSIMO, 2010

3.4.4.2 Escoamento do montante de alma por cisalhamento

O carregamento atuante e a geometria do alvéolo podem levar a um colapso do


montante de alma por cisalhamento.

Na Figura 19 é possível observar, a partir do equilíbrio de forças realizado em torno


do ponto O, a força de cisalhamento 𝑉ℎ que atua ao longo da solda que une os dois tês. Esta
força de cisalhamento solicita o montante de alma a flexão fazendo que a mesma fique sujeita
a zonas de tração e compressão.
60

Figura 19 - Elementos atuantes no montante de alma de uma viga castelada

Fonte: SILVEIRA, 2011

O equilíbrio de forças em torno do ponto O é dado pela seguinte equação:

𝑉𝑝 𝑉+𝐹𝑝
−𝑉ℎ 𝑦𝑜 + + =0 (12)
22 2 2

De acordo com Silveira (2011), a tensão de cisalhamento máxima ocorre na menor


largura do montante, sendo definida por:

𝐹
𝑉ℎ (𝑉 + 2 ) 𝑝
𝜏𝑚𝑎𝑥 = 1,5 = 0,75 ≤ 𝜏𝑦 = 2 (13)
𝑏𝑤 𝑡𝑤 𝑏𝑤 𝑡𝑤 𝑦𝑜

Pelo fato do carregamento distribuído ser dominante, 𝑉 apresenta um valor mais


significativo que o apresentado por F/2, sendo então desprezado. A equação acima é então
reescrita da seguinte forma, onde o termo a direita se refere a capacidade resistente do montante
da alma:
61

𝑏𝑤 𝑡𝑤 𝑦𝑜 𝑓𝑦
𝑉 ≤ (14)
1,3𝑝

𝑉 força cortante

𝑏𝑤 menor largura do montante de alma

𝑡𝑤 espessura da alma do perfil original

𝑦𝑜 distância do centro de gravidade do tê ao eixo da viga

𝑝 passo

Segundo Silveira (2011), a verificação quanto ao rasgamento da solda de emenda


do montante ocorre por meio da verificação do escoamento do montante da alma por
cisalhamento. Isso pode ser feito desde que a solda penetre toda a espessura da alma, fazendo
com que a área da superfície de ruptura para solda e metal base seja considerada a mesma, o
que leva a uma ruptura no próprio metal base, por possuir resistência ao escoamento inferior
àquela existente na solda.

3.4.4.3 Escoamento do montante de alma por flexão

A mesma tensão cisalhante que solicita o montante de alma apresentada na seção


anterior provoca um momento fletor a uma distância y do eixo da viga, levando a uma tensão
normal máxima sob a área de atuação (SILVEIRA, 2011).

O cálculo da força cortante resistente depende das relações entre a altura do lado
inclinado em aberturas hexagonais ou octogonais e da altura da chapa expansora, quando
houver, e suas formulações estão apresentadas posteriormente neste trabalho, bem como as
formulações de todos os outros modos de ruptura.

3.4.4.4 Flambagem do montante da alma

O colapso do montante de alma das vigas alveolares por ocorrer por flambagem
por compressão ou por cisalhamento. A geometria das aberturas e a intensidade dos esforços
que atuam na viga será determinante para que ocorra determinado modo de colapso. Caso o
momento fletor seja predominante, ocorre a flambagem da alma por compressão; caso o
esforço cortante seja predominante, ocorre a flambagem do montante da alma por
62

cisalhamento (SILVEIRA, 2011).

Neste tipo de colapso, o momento fletor se sobrepõe aos esforços cortantes ao


longo da viga e ocorre a flambagem do montante de alma por compressão sem torção da
região. O montante de alma desloca-se para fora do plano da viga se comportando como uma
coluna submetida a compressão (FERRARI, 2013). Geralmente, verifica-se este tipo de
colapso em pontos de força localizada, tendo como exemplo a reação de um apoio aplicada
pontualmente no montante da alma.

A figura 20 apresenta a zona de tração pelo contorno AB e a zona de compressão


pelo contorno CD que ocorre no montante da alma de uma viga alveolar. A solicitação do
montante da alma ocorrerá pela força cisalhante F. A ação destes esforços causam
flambagem do montante de alma.
Figura 20 - Flambagem do montante da alma

Fonte: SILVEIRA, 2011

Em pontos de carregamento concentrado pode ocorrer a flambagem por


compressão, com o montante da alma sofrendo um deslocamento para fora do plano.

Silveira (2011) apud. Delesques (1968) cita que a flambagem elástica, aquela
onde as tensões ainda não atingiram a resistência ao escoamento, é improvável de ocorrer no
Padrão Litzka.
63

A capacidade resistente de uma viga alveolar para a flambagem do montante da


alma depende de uma força crítica, que está relacionada com a geometria de cada padrão e
sua comparação com a força resistente máxima calculada no escoamento do montante de
alma por flexão. Esta carga crítica está diretamente relacionada com o passo que cada alvéolo
apresenta (SILVEIRA, 2011).
Uma equação generalizada para esta carga crítica é a seguinte:

3
𝐸𝑡𝑤 2𝑏𝑤 𝑦𝑜 − 0,8ℎ𝑒𝑥𝑝 − ℎ𝑝
𝑉𝑐𝑟 = [1 + (1 − )( )] (15)
1,18𝑦𝑜 𝑝 𝑦𝑜

𝑉𝑐𝑟 força cortante crítica

𝑏𝑤 menor largura do montante de alma


𝑏𝑤 espessura da alma do perfil original
𝑦𝑜 distância do centro de gravidade do tê ao eixo da viga
𝑝 menor largura do montante de alma
ℎ𝑝 altura da chapa expansora
ℎ𝑒𝑥𝑝 altura do lado inclinado em aberturas hexagonais ou octogonais
Silveira (2011) cita que este tipo de colapso é mais comum quando na presença de
chapa expansora, pelo fato da maior altura de o montante levar a sua instabilidade e possível
flambagem, sendo este um parâmetro a se analisar quanto ao emprego ou não de chapa
expansora.

3.4.4.5 Flambagem lateral com torção

Vigas alveolares podem experimentar flambagem lateral como vigas de alma


cheia de acordo com o valor de seu comprimento destravado (Fig. 21). Em perfis I este
fenômeno de deslocamento lateral e giro da seção transversal pode ser elucidado pelo fato da
parte comprimida da viga estar ligada continuamente à parte tracionada por intermédio da
alma (BEZERRA, 2011).
64

Figura 21 - Encurvadura lateral com torção

Fonte: MARTINHO, 2014

As formulações para esse modo de colapso, como apresentado posteriormente, se


assemelha ao modo de verificação proposto pela ABNT NBR 8800:2008, porém, substitui-se
os parâmetros de esbeltez para os comprimentos destravados da peça.

3.4.4.6 Deslocamento excessivo

De acordo com Silveira (2011), diferente do adotado para vigas de alma cheia,
onde se considera apenas o momento fletor para o cálculo da flecha, nas vigas alveolares as
deformações oriundas do esforço cortante não devem ser desprezadas. Assim, a flecha total
será a soma da parcela relativa ao esforço cortante com a parcela do momento fletor.
A flecha devido ao esforço cortante varia em torno de 5 a 20% da flecha total
(VERÍSSIMO, 2013, apud CIMADEVILA, 2000).
65

4 METODOLOGIA

Para levantar os resultados deste trabalho foi sistematizado um procedimento de


análise de dados que busca abranger um maior número possível de situações em que as vigas
possam estar submetidas. Alguns parâmetros foram fixados, como o tipo de perfil utilizado,
as cargas atuantes, as características dos apoios das vigas, entre outros; enquanto outros
parâmetros foram alterados para cada análise, como a tipologia do perfil, o tamanho do vão,
entre outros.

Os dimensionamentos foram propostos pelas formulações da ABNT NBR


8800:2008 para as vigas de alma cheia e através de formulações teóricas propostas por
Veríssimo (2010), Silveira (2011) e Lubke (2017), paras as vigas alveolares. A automação do
procedimento foi realizada com o auxílio do software Microsoft Excel®, onde foi disposto
todos os dados e cálculos utilizados para a análise. A seguir estão explicitados os parâmetros
utilizados no trabalho, além dos métodos de dimensionamento e a automação no software.

4.1 Parâmetros adotados nas formulações

Para a análise neste trabalho, alguns parâmetros foram pré-definidos com base no
referencial teórico exposto anteriormente. Primeiramente foi definido que todos os perfis
analisados seriam perfis laminados com seção transversal com dupla simetria; segundo
Silveira (2011) apesar de perfis soldados eventualmente terem aberturas na alma e possuírem
comportamento semelhante aos perfis laminados com aberturas, não é necessária uma razão
de expansão dos perfis.

Por razões de disponibilidade de dados foram utilizados os perfis Laminados da


Gerdau® para composição deste trabalho, por isso o tipo de aço utilizado foi o ASTM A572
Grau 50, sendo este o aço utilizado pela Gerdau® para fabricação dos seus laminados.

Para o dimensionamento foi assumido uma viga biapoiada, com um apoio em


cada extremidade, sendo um apoio de primeiro gênero e um apoio de segundo gênero.
Conferindo à estrutura uma característica isostática, considerada ideal para os cálculos.

Uma laje em Steel Deck foi considerada sobre a vigas, com influência no
carregamento apresentado no tópico seguinte. Para que haja travamento contínuo ao longo do
comprimento para FLT com as vigas, tornando a mesma uma estrutura mista (composta pelas
vigas metálicas e steel deck), são necessários conectores de cisalhamento. Conectores estes que
66

segundo Fakury et al. (2016), fazem com a viga tenha um comprimento destravado nulo.
Assim, para as formulações apresentadas no trabalho o comprimento destravado foi
considerado como zero, não sendo assim necessária a verificação ao FLT para vigas de alma
cheia.

Toprac e Cooke (1957, apud Oliveira 2012) determinaram um valor de expansão


ótimo de 1,5 para vigas casteladas, baseado no fato de que a resistência em relação ao ELU
Flambagem Lateral por Torção aumenta até a razão de 1,5 e começa a decrescer quando a
razão é aumentada. Em relação a razão de expansão para vigas celulares Oliveira (2012)
define uma faixa entre 1,3 e 1,6.

Para as vigas celulares, a abertura do alvéolo foi considerada como sendo 0,8 da
altura do perfil original.
As tabelas e ábacos de pré-dimensionamento são ferramentas amplamente
empregados na Engenharia e Arquitetura com o objetivo de dar suporte ao desenvolvimento de
projetos estruturais. No que se refere a vigas de perfis metálicos, tais instrumento possibilitam
uma pré definição do perfil necessário, levando em consideração variados parâmetros que
influenciam seu comportamento estrutural (RIBEIRO, 2017).

Para adoção do parâmetro L/20 para determinação da altura inicial de um perfil


metálico em função do vão, foi utilizado o ábaco (Fig. 22).

Figura 22 - Determinação da altura da viga de aço em função do vão

Fonte: YOPANAN, 2000


67

A área formada no ábaco possui uma linha superior e uma linha inferior, além das
linhas laterais. O relevante para análise são as linhas superior e inferior. A linha superior
representa valores máximos de pré-dimensionamento. Já a linha inferior, limites mínimos.
Quando se trata de uma estrutura com carregamentos consideráveis (edifícios comercias),
aconselha-se a utilização da linha superior. Já para estrutura pouco carregada (cobertura),
aconselha-se o uso da linha inferior. Para o parâmetro de escolha da altura do perfil, adotou-
se uma linha intermediária entre a superior e inferior. Tal valor intermediário equivale a L/20.

4.1.1 Levantamento das cargas

Para análise, foi escolhida laje de piso mista com Steel Deck (MF75 –
METFORM) de 14 cm de altura (Fig. 22), sistema de apoio duplo e em relação ao tipo de
sobrecarga atuante, considerou-se edifício do tipo comercial (galeria de lojas). O peso próprio
da laje foi determinado considerando concreto de densidade normal (2.400 kg/m³).
Figura 22 - Dimensões do Steel Deck

Fonte: Catálogo METFORM, 2018.

Os valores referentes ao peso próprio da viga vêm do peso dos perfis de aço
adotados em cada situação. Um valor necessário para a altura do perfil em alma cheia é
aproximadamente 𝐿/20. Assim, por meio da altura necessária de perfil para cada vão foi
definido um peso próprio do perfil.

Para vãos de 6 m e 8 m o valor do peso próprio adotado foi de 50 kg/m, e para vãos
de 10 m e 12 m, que exigem perfis mais altos, foi considerado um peso próprio de 100 kg/m.

Sendo assim, teremos as seguintes cargas atuantes:

G1 = 0,5k N/m (peso próprio das vigas de 6 e 8 m);

G2 = 1,00 kN/m (peso próprio das vigas de 10 e 12 m);


68

G3 = 1,00 kN/m² (revestimento do piso);

G4 = 2,5 kN/m² (peso próprio da laje);

Q1 = 3,00 kN/m² (sobrecarga de utilização – valor obtido na NBR 6120/1980 –


Tabela 2 – Item 17).

Para a situação de vão duplo e laje mista com espessura de 14 cm, de acordo as
especificações técnicas do fabricante (Tab. 6), o vão máximo da laje para que não haja a
utilização de escoramento em decorrência da aplicação de uma determinada carga limite é de
3100 mm. Portanto, por praticidade, adotou-se um vão máximo de 3000mm, vão
intermediário de 2500 mm e vão mínimo de 2000 mm. Sendo que, para cada vão, foi feito
uma verificação da utilização ou não de escoramento para laje mista.
Tabela 6 - Sobrecarga máxima

Relação
Vão máximo x Sobrecarga máxima
Vão máximo (mm)
Vão
máximo
Altura total Espessura Peso
sem
da laje Steel Deck Próprio 2000 2500 3000
escoramento
(mm) (mm) (kN/m²)
p/ Apoio
Duplo (mm)
Sobrecarga máxima (kN/m²)
140 0,80 3100 2,50
13,16 7,54 4,48
Fonte: METFORM, 2016 adaptado.

Sendo a sobrecarga a ser considerada na laje de:

G2 + Q1 = 1,00 kN/m² + 3,00 kN/m² = 4 kN/m², (16)


69

nota-se que o valor encontrado de 4 kN/m² é inferior aos valores apresentados na Tabela 6.
Logo, não será necessário a utilização de escoramento da laje para qualquer um dos vãos
adotados.

4.1.2 Combinações de ações

a) Combinações últimas normais:

A carga atuante 𝐹𝑑 (Tabela 7) na viga dependerá do comprimento do vão do Steel


Deck e do vão da viga. Logo, para a determinação desta, temos:
𝑚

𝐹𝑑2 = ∑(𝛾𝑔𝑖 𝐹𝐺𝑖 ) + (𝛾𝑞𝑖 𝐹𝑄𝑖 ) (17)


𝑖=1

onde:

𝐹𝐺𝑖 = 𝑮𝒊 . vão 𝑆𝑡𝑒𝑒𝑙 𝐷𝑒𝑐𝑘

𝐹𝑄𝑖 = 𝑸𝒊 . vão 𝑆𝑡𝑒𝑒𝑙 𝐷𝑒𝑐𝑘

Adotando 𝜸𝒈 = 1,4 e 𝜸𝒒 = 1,5 (Tabela coeficientes de ponderação), temos:

Tabela 7 - Valor da carga atuante em função do vão do Steel Deck para ELU (kN/m)

Vão Steel Deck (m)


2,00 2,50 3,00
Vãos 6 e 8 m 20,00 24,90 29,60
Vãos 10 e 12 m 9,9 12,25 14,60

b) Combinações de serviço:

Para a análise em questão, como se trata de uma edificação do tipo comercial, de


acordo com a NBR 8800:2008, adotou-se para o coeficiente de redução para as ações
variáveis ψ2 = 0,4.

Portanto, temos os seguintes valores para cargas resultantes da combinação de


serviço em função do vão do Steel Deck e da viga (Tabela 8):
70

Tabela 8 - Valor da carga atuante em função do vão do Steel Deck para ELS

Vão Steel Deck (m)


2,00 2,50 3,00
Vãos 6 e 8 m 9,90 12,25 14,60
Vãos de 10 e 12 m 10,40 12,75 15,10

Para a análise em questão, será desconsiderada a contribuição da laje na resistência da


viga, pois o objetivo deste trabalho é investigar o comportamento desta última.

“Sabe-se que a desconsideração do dimensionamento das vigas


metálicas como mistas pode ser feita apenas para fins acadêmicos, em situações
reais de projeto deve-se fazer com que a laje e viga metálica funcionem
conjuntamente, visto o maior desempenho que há nessa condição
(ALMINHANA, 2014)”.

4.3 Dimensionamento de vigas de alma cheia em perfis I

4.3.1 Força cortante resistente

Condição necessária:

VSd ≤ VRd (18)

𝑉𝑆𝑑 força cortante solicitante de cálculo

𝑉𝑅𝑑 força cortante resistente de cálculo

Para o cálculo da força cortante resistente é necessário a verificação da esbeltez da


seção 𝜆, 𝜆𝑝 , 𝜆𝑟 .

 índice de esbeltez


= (19)
𝑡𝑤

𝜆𝑝 parâmetro de esbeltez limite para seções compactas


71

𝐾𝑣 𝐸
𝑝 = 1,10√ (20)
𝑓𝑦

𝜆𝑟 parâmetro de esbeltez limite para seções semicompactas

𝐾𝑣 𝐸
𝑟 = 1,37√ (21)
𝑓𝑦

se 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 :

𝑉𝑝𝑙
𝑉𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1 (22)

se 𝜆𝑝 ≤ 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 :

𝜆𝑝 𝑉𝑝𝑙 (23)
𝑉𝑅 =
𝜆 𝛾𝑎1

se 𝜆 > 𝜆𝑟 :

2
𝜆𝑝 𝑉𝑝𝑙 (24)
𝑉𝑅𝑑 = 1,24 ( )
𝜆 𝛾𝑎1
𝑉𝑝𝑙 força cortante correspondente à plastificação da alma por cisalhamento

𝑉𝑝𝑙 = 0,60𝑡𝑤 𝑑𝑓𝑦 (25)

𝑑 altura total da seção transversal

𝑡𝑤 espessura da alma

𝑓𝑦 resistência ao escoamento do aço

𝛾𝑎1 = 1,1 Coeficiente de ponderação das resistências para ações normais

𝐾𝑣 = 5 , alma se enrijecedores transversais

𝐸 módulo de elasticidade do aço


72

4.3.2 Momento Fletor

Condição necessária

𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑀𝑅𝑑 (26)

𝑀𝑅𝑑 momento fletor resistente de cálculo

𝑀𝑆𝑑 momento fletor solicitante de cálculo

Para determinação do momento fletor resistente de cálculo, deve-se levar em


consideração a esbeltez. Tratando de perfis W, os mesmos são dimensionados como peças não
esbeltas, apresentando 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 . Todos os parâmetros de cálculo aqui necessário estão descritos
na Tabela 9.

• Para FLM e FLA, o momento fletor resistente característico é dado por:

se 𝜆 ≤ 𝜆𝑃 :

𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = (27)
𝛾𝑎1
se 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 :

1 𝜆 − 𝜆𝑃
𝑀𝑅𝑑 = [𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟 ) ] (28)
𝛾𝑎1 𝜆𝑟 − 𝜆𝑃

se 𝜆 > 𝜆𝑟 : (não aplicável à FLA)

𝑀𝑐𝑟
𝑀𝑅𝑑 = (29)
𝛾𝑎1

Tabela 9 - Parâmetros referentes ao momento fletor resistente

Estados-
Tipo de seção e eixo de
limites 𝑀𝑟 𝑀𝑐𝑟 𝜆 𝜆𝑝 𝜆𝑟
flexão
aplicáveis
(𝑓𝑦 -𝜎𝑟 )𝑊 𝐿𝑏 𝐸
FLT Ver Nota 1 1,76√ Ver Nota 1
Seções I e H com dois Ver Nota 5 𝑟𝑦 𝑓𝑦
eixos de simetria e 𝑏
seções U não sujeitas a (𝑓𝑦 -𝜎𝑟 )𝑊 𝐸
FLM Ver Nota 6 𝑡 0,38√ Ver Nota 6
momento de torção, Ver Nota 5 Ver Nota 8 𝑓𝑦
fletidas em relação ao
eixo de maior momento Viga de alma ℎ 𝐸 𝐸
de inércia FLA 𝑓𝑦 𝑊 esbelta 3,76√ 5,70√
(Anexo H) 𝑡𝑤 𝑓𝑦 𝑓𝑦

Fonte: NBR 8800:2008, adaptado.


73

As notas descritas na tabela acima são as seguintes:

Nota 1:

1,38 √𝐼𝑦 𝐽 27 𝐶𝑤 𝛽12


𝜆𝑟 = √1 + √1 + (30)
𝑟𝑦 𝐽𝛽1 𝐼𝑦

(31)
𝐶𝑏 𝜋 2 𝐸𝐼𝑦 𝐶𝑤 𝐽𝐿2𝑏
𝑀𝑐𝑟 = √ (1 + 0,039 )
𝐿2𝑏 𝐼𝑦 𝐶𝑤
(𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 )𝑊 (32)
𝛽1 =
𝐸𝐽
𝐼𝑦 ( 𝑑 − 𝑡𝑓 ) (33)
𝐶𝑤 =
4

Nota 5:

A tensão residual de compressão nas mesas, 𝜎𝑟 , deve ser tomada igual a 30% da
resistência de escoamento do aço utilizado.

Nota 6:

Perfil laminado:

0,69 𝐸
𝑀𝑐𝑟 = 𝑊𝑐 (34)
𝜆²

𝐸 (35)
𝜆𝑟 = 0,83 √
𝑓𝑦 − 𝜎𝑟
Nota 8:

𝑏⁄𝑡 é a relação entre largura 𝑏 e espessura 𝑡 da mesa do perfil; para perfis I e H, b


é a metade da largura total.

4.3.3 Verificação da flecha

Condição necessária:

𝑓𝑡 ≤ 𝑓𝑙𝑖𝑚 (36)

𝑓𝑡 flecha total
74

5 𝑞𝐿4 (37)
𝑓𝑡 =
384 𝐸𝐼
𝑞 carga distribuída atuante

𝐿 vão da viga

𝑓𝑙𝑖𝑚 flecha limite

𝐿 (38)
𝑓𝑙𝑖𝑚 =
350

4.4 Dimensionamento de vigas para o padrão Litzka

Figura 23- Parâmetros geométricos - Litzka

ℎ𝑝 (39)
ℎ𝑜 = 2 [𝑑(𝑘 − 1) + ]
2
ℎ𝑜 altura do alvéolo

𝑑 altura total da seção original

𝑘 razão de expansão, dada por 𝑑𝑔 ⁄𝑑

ℎ𝑝 altura da chapa expansora

𝑝 = 3𝑏𝑤 (40)

𝑝 passo (distância entre centros de alvéolos)

𝑏𝑤 menor largura do montante de alma


75

1,1547ℎ𝑜 (41)
𝑏𝑤 =
2
˚ ângulo = 60 ˚

𝑑𝑔 = 𝑘𝑑 + ℎ𝑝 (42)

𝑑𝑔 altura total da seção expandida

𝑑𝑔 ℎ𝑝 (43)
ℎ𝑒𝑥𝑝 = − ℎ𝑡 −
2 2
ℎ𝑒𝑥𝑝 altura do lado inclinado em aberturas hexagonais ou octogonais

ℎ𝑡 altura total do cordão ou tê

𝑑𝑔 − ℎ𝑜 (44)
ℎ𝑡 =
2
𝑏𝑓 𝑡𝑓 + ℎ𝑡 𝑡𝑤 − 𝑡𝑓2 𝑡𝑤
2 2 (45)
𝑦̅ =
2(𝑏𝑓 𝑡𝑓 + ℎ𝑡 𝑡𝑤 − 𝑡𝑓 𝑡𝑤 )
𝑦̅ posição do centro de gravidade do tê

𝑏𝑓 largura da mesa do perfil original

𝑡𝑓 espessura das mesa do perfil original

𝑡𝑤 espessura da alma do perfil original

ℎ𝑜 (46)
𝑦𝑜 = + ℎ𝑡 − 𝑦̅
2
𝑦𝑜 distância do centro de gravidade do tê ao centro da viga

𝑦𝑎 = ℎ𝑡 − 𝑦̅ (47)

𝑦𝑎 distância do centro de gravidade do tê à borda superior do alvéolo

3 2
𝑏𝑓 𝑡𝑓3 𝑡𝑓 2 𝑡𝑤 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 ) ℎ𝑡 + 𝑡𝑓 (48)
𝐼𝑡 = + 𝑏𝑓 𝑡𝑓 (𝑦̅ − ) + + 𝑡𝑤 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 ) (𝑦̅ − )
12 2 12 2
𝐼𝑡 momento de inércia do tê em relação ao centro de gravidade

𝐴𝑡 = 𝑏𝑓 𝑡𝑓 + (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤 (49)

𝐴𝑡 área da seção transversal de um tê


76

4.4.1 Formação do mecanismo plástico

𝑦𝑜 𝑦𝑎 𝑏𝑤 𝐴𝑡 (50)
𝑐=
2𝐼𝑡
𝑐 constante utilizada para definir a seção crítica

O momento solicitante é calculado pela seguinte equação:

𝑀𝑆𝑑 = 𝑀𝑆𝑑,𝑐 + 𝑐 𝑉𝑆𝑑,𝑐 (51)

𝑀𝑠𝑑 momento fletor solicitante

𝑀𝑆𝑑,𝑐 momento fletor solicitante na seção crítica

𝑉𝑆𝑑,𝑐 força cortante na seção crítica

Para que o estado limite último de formação de mecanismo plástico não ocorra, o
momento fletor solicitante encontrado acima deve ser menor que o momento de plastificação
de cálculo da seção.

𝑀𝑝𝑙𝑜
𝑀𝑆𝑑,𝑓 ≤ (52)
𝛾𝑎1
𝑀𝑝𝑙𝑜 momento fletor de plastificação

𝑀𝑝𝑙𝑜 = 𝑍𝑥𝑜 𝑓𝑦 = 2 𝑦𝑜 𝐴𝑡 𝑓𝑦 (53)

𝑍𝑥𝑜 módulo resistente plástico da seção vazada da viga alveolar

𝑓𝑦 resistência ao escoamento do aço

4.4.2 Escoamento do montante de alma por cisalhamento

Para garantir a não ocorrência do escoamento do montante de alma por


cisalhamento, a força cortante solicitante não deve ser menor que a força cortante resistente.

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑 (54)

𝑉𝑆𝑑 força cortante máxima da viga

𝑉𝑅𝑑 força cortante resistente de cálculo


77

𝑉𝑅𝑘 (55)
𝑉𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘 força cortante resistente característica

𝛾𝑎1 coeficiente de ponderação para combinações normais

A força cortante resistente característica para o padrão Litzka é dado pela equação
abaixo:

4
𝑉𝑅𝑘 = 𝑡𝑤 𝑦𝑜 𝑓𝑦 (56)
9√3

4.4.3 Escoamento do montante de alma por flexão

A verificação da ocorrência ou não do escoamento do montante de alma por flexão


é dada pela seguinte equação:

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑1 (57)

𝑉𝑅𝑑1 força cortante resistente de cálculo para escoamento do montante de alma por flexão

𝑉𝑅𝑘1 (58)
𝑉𝑅𝑑1 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘1 força cortante resistente característica para escoamento do montante de alma por flexão

A força cortante resistente característica está relacionada com ℎ𝑒𝑥𝑝 e ℎ𝑝 , e deve ser
calculada de acordo com as expressões abaixo:

se 0 ≤ ℎ𝑝 < ℎ𝑒𝑥𝑝 :

2
2 𝑦0 𝑡𝑤 𝑏𝑤 (2 ℎ𝑒𝑥𝑝 − ℎ𝑝 )
(59)
𝑉𝑅𝑘1 = 𝑓𝑦
3 ℎ²𝑒𝑥𝑝 𝑝
se ℎ𝑒𝑥𝑝 ≤ ℎ𝑝 :

2 𝑦0 𝑡𝑤 𝑏 2 𝑤 (60)
𝑉𝑅𝑘1 = 𝑓𝑦
3 ℎ𝑝 𝑝

4.4.4 Flambagem do montante de alma

Assim como nos estados limites anteriores, a força cortante deve respeitar a
condição onde:
78

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑2 (61)

𝑉𝑅𝑑2 força cortante resistente de cálculo para flambagem do montante de alma

𝑉𝑅𝑘2 (62)
𝑉𝑅𝑑2 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘2 força cortante resistente característica para flambagem do montante de alma, a depender
de 𝑉𝑐𝑟

𝑉𝑐𝑟
se ≤ 1:
𝑉𝑅𝑘1

2 (63)
𝑉𝑅𝑘2 = 𝑉
3 𝑐𝑟
𝑉𝑐𝑟
se 1 ≤ 𝑉𝑅𝑘1
≤ 2:

𝑉𝑅𝑘1 + 𝑉𝑐𝑟 (64)


𝑉𝑅𝑘2 =
3
𝑉𝑐𝑟
se ≥ 2:
𝑉𝑅𝑘1

𝑉𝑅𝑘2 = 𝑉𝑅𝑘1 (65)

A força cortante crítica 𝑉𝑐𝑟 para padrões Litzka é dada por:

3
𝐸 (4𝑦0 − 0,8ℎ𝑒𝑥𝑝 − ℎ𝑝 )𝑡𝑤 (66)
𝑉𝑐𝑟 =
3,54𝑦02

4.4.5 Flambagem Lateral com Torção

Para a verificação da flambagem lateral com torção deve-se atender a seguinte


condição:

𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑀𝑅𝑑 (67)

onde:

𝑀𝑅𝑘 (68)
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
O cálculo de 𝑀𝑅𝑘 depende dos seguintes parâmetros apresentados a seguir.
79

𝐼𝑦 (𝑑𝑔 − 𝑡𝑓 )² (69)
𝐶𝑤 =
4
𝐶𝑤 constante de empenamento da seção transversal

𝐼𝑦 momento de inércia em torno de y

𝑡𝑓 𝑏𝑓3 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤3


(70)
𝐼𝑦 = 2 ( + )
12 12
2 (71)
𝐽 = (𝑏𝑓 𝑡𝑓3 + (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤3
)
3
𝐽 constante de torção

0,7 𝑓𝑦 𝑊𝑥𝑜 (72)


𝛽1 =
𝐸𝐽
𝑊𝑥𝑜 módulo de resistência elástico da seção vazada

4𝑦𝑜2 𝐴𝑡 (73)
𝑊𝑥𝑜 =
𝑑𝑔
(74)
𝐼𝑦
𝑟𝑦 = √
𝐴𝑎
𝑟𝑦 raio de giração em y da seção vazada

𝐴𝑎 = 2𝐴𝑡 (75)

O momento resistente característico da peça é dependente dos valore de 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 , 𝐿𝑝


e 𝐿𝑏 , sendo eles:

1,66 √𝐼𝑦 𝐽 27 𝐶𝑤 𝛽12 (76)


𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 = √1 + √1 +
𝐽 𝛽1 𝐼𝑦

𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 comprimento destravado correspondente ao início do escoamento

𝐸 (77)
𝐿𝑝 = 1,76𝑟𝑦 √
𝑓𝑦
𝐿𝑝 comprimento destravado na plastificação

𝐿𝑏 comprimento destravado da peça

A partir dos comprimentos destravados têm-se:


80

se 𝐿𝑏 > 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 :

𝐶𝑏 𝜋 2 𝐸 𝐼𝑦 𝐶𝑤 𝐽 𝐿2𝑏 (78)
𝑀𝑅𝑘 = √ ( 1 + 0,039 )
𝐿2𝑏 𝐼𝑦 𝐶𝑤
se 𝐿𝑝 < 𝐿𝑏 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 :

𝐿𝑏 − 𝐿𝑝
𝑀𝑅𝑘 = 𝐶𝑏 [0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 − (0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 − 𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 ) ] (79)
𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 − 𝐿𝑝
se 𝐿𝑝 𝐿𝑏 :

𝑀𝑅𝑘 = 0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 (80)

𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 momento fletor do início do escoamento

0,31 𝐸
𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 = √𝐼 (1000 𝐶𝑤 + 39 𝐽 𝐿²𝑏 (81)
𝐿²𝑟,𝑐𝑜𝑟 𝑦
𝑀𝑝𝑙𝑜 momento de plastificação

𝑀𝑝𝑙𝑜 = 𝑍𝑥𝑜 𝑓𝑦 = 2 𝑦𝑜 𝐴𝑡 𝑓𝑦 (82)

𝐶𝑏 fator de modificação do momento fletor determinado pela ABNT NBR 8800:2008

O cálculo de 𝐶𝑏 necessita de algumas considerações que estão descritas a seguir:

Situação A - Vigas de seções I, H e U, fletidas em relação ao eixo central de inércia


perpendicular à alma, e seções caixão e tubulares retangulares fletidas em relação a um eixo
central de inércia, simétricas em relação ao eixo de flexão, em um comprimento destravado 𝐿𝑏
no qual uma das mesas encontra-se livre para se deslocar lateralmente e a outra mesa possui
contenção lateral contínua contra esse tipo de deslocamento, o fator de modificação para
momento fletor não-uniforme é dado por:

A.1) quando a mesa com contenção lateral contínua estiver tracionada em pelo
menos uma extremidade do comprimento destravado:
2 𝑀1 8 𝑀2 (83)
𝐶𝑏 = 3,0 − −
3 𝑀0 3 (𝑀0 + (𝑀1 )
A.2) em trechos submetidos a uma força transversal uniformemente distribuída,
com momento nulo nas extremidades e com apenas a mesa tracionada contida contra
deslocamento lateral:

𝐶𝑏 = 2,00
81

A.3) demais casos inclusos na situação A:

𝐶𝑏 = 1,00

Situação B - Em trechos em balanço entre uma seção com restrição a deslocamento


lateral e à torção e a extremidade livre:

𝐶𝑏 = 1,0

Em qualquer outro tipo de situação diferentemente das situações A e B:

12,5 𝑀𝑚𝑎𝑥 (84)


𝐶𝑏 = 𝑅 ≤ 3,0
2,5 𝑀𝑚𝑎𝑥 + 3 𝑀𝐴 + 4 𝑀𝐵 + 3 𝑀𝐶 𝑚
sendo:

MA valor do momento fletor solicitante de cálculo, em módulo, na seção situada a um quarto


do comprimento destravado, medido a partir da extremidade da esquerda;

MB valor do momento fletor solicitante de cálculo, em módulo, na seção central do


comprimento destravado;

MC valor do momento fletor solicitante de cálculo, em módulo, na seção situada a três quartos
do comprimento destravado, medido a partir da extremidade da esquerda;

2
𝑅𝑚 parâmetro de monossimetria da seção transversal, igual a 0,5 + 2(𝐼𝑦𝑐 ⁄𝐼𝑦 ) para seções
com um eixo de simetria, fletidas em relação ao eixo que não é de simetria, sujeitas à curvatura
reversa, e igual a 1,00 em todos os demais casos;

𝐼𝑦𝑐 momento de inércia da mesa comprimida em relação ao eixo de simetria (como a curvatura
é reversa, esse momento de inércia refere-se à mesa de menor momento de inércia);

𝐼𝑦 momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo de simetria.

4.4.6 Estado limite de serviço de deslocamento

O deslocamento de um perfil no padrão Litzka é calculado a partir da uma inércia


equivalente e área equivalente, sendo encontrados pelas seguintes expressões:

11 3 4 5 2 ℎ𝑝3 (85)
𝐼𝑒 = 2(𝐴𝑡 𝑦02 + 𝐼𝑡 ) + 𝑡𝑤 ( ℎ𝑒𝑥𝑝 2
+ ℎ𝑝 ℎ𝑒𝑥𝑝 + ℎ𝑝 ℎ𝑒𝑥𝑝 + )
36 9 24 36
82

𝐼𝑒 inércia equivalente

1 54 𝐺 3
= [0,20ℎ𝑒𝑥𝑝 + 0,375ℎ𝑒𝑥𝑝 ℎ𝑝 (ℎ𝑒𝑥𝑝 + 0,75ℎ𝑝 ) + 0,215ℎ𝑝3 ]
𝐴𝑒 𝑡𝑤 𝑦𝑜2 𝑝2 𝐸 (86)
0,60 𝑝2 𝐺 2𝑡𝑤 𝑦𝑎2
+ (2,08ℎ𝑒𝑥𝑝 + 1,5ℎ𝑝 ) + +
𝑡𝑤 𝑦𝑜2 648𝐼𝑡 𝐸 45𝐼𝑡2
𝐴𝑒 área equivalente de uma viga alveolar

O deslocamento total é dado por:

𝑓 = 𝑓𝑀 + 𝑓𝑉 (87)

𝑓 deslocamento total

𝑓𝑀 parcela do deslocamento devido à flexão

𝑓𝑉 parcela do deslocamento devido ao cisalhamento

5 𝑞𝐿4 (88)
𝑓𝑀 =
384 𝐸𝐼𝑒
𝑞𝐿2 (89)
𝑓𝑉 =
8𝐺𝐴𝑒
𝑞 carga distribuída atuante

𝐿 vão da viga

O deslocamento total deve atender ao deslocamento limite permitido pela ABNT


NBR 8800:2008, sendo o valor limite para vigas de piso 𝐿⁄350, assim:

𝐿 (89)
𝑓𝑙𝑖𝑚 = 𝑓
350
83

4.5 Dimensionamento de vigas para o padrão Peiner

Figura 24 - Parâmetros geométricos - Peiner

ℎ𝑝 (90)
ℎ𝑜 = 2 [𝑑(𝑘 − 1) + ] = 𝑑 = 2𝑏𝑤
2

ℎ𝑜 altura do alvéolo

𝑑 altura total da seção original

𝑘 razão de expansão, dada por 𝑑𝑔 ⁄𝑑

ℎ𝑝 altura da chapa expansora

𝑝 = 3𝑏𝑤 = 1,5𝑑 (91)

𝑝 passo (distância entre centros de alvéolos)

𝑏𝑤 menor largura do montante de alma

𝑑 (92)
𝑏𝑤 =
2
˚ ângulo = 63,4 ˚

𝑑𝑔 = 𝑘𝑑 + ℎ𝑝 (93)

𝑑𝑔 altura total da seção expandida

ℎ0 ℎ𝑝 (94)
ℎ𝑒𝑥𝑝 = −
2 2
84

ℎ𝑒𝑥𝑝 altura do lado inclinado em aberturas hexagonais ou octogonais

𝑑𝑔 − ℎ𝑜 (95)
ℎ𝑡 =
2
ℎ𝑡 altura total do cordão ou tê

𝑏𝑓 𝑡𝑓2 + ℎ𝑡2 𝑡𝑤 − 𝑡𝑓2 𝑡𝑤


𝑦̅ = (96)
2(𝑏𝑓 𝑡𝑓 + ℎ𝑡 𝑡𝑤 − 𝑡𝑓 𝑡𝑤 )
𝑦̅ posição do centro de gravidade do tê

𝑏𝑓 largura da mesa do perfil original

𝑡𝑓 espessura das mesa do perfil original

𝑡𝑤 espessura da alma do perfil original

ℎ𝑜 (97)
𝑦𝑜 =+ ℎ𝑡 − 𝑦̅
2
𝑦𝑜 distância do centro de gravidade do tê ao centro da viga

𝑦𝑎 = ℎ𝑡 − 𝑦̅ (98)

𝑦𝑎 distância do centro de gravidade do tê à borda superior do alvéolo

3 2
𝑏𝑓 𝑡𝑓3 𝑡𝑓 2 𝑡𝑤 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 ) ℎ𝑡 + 𝑡𝑓 (99)
𝐼𝑡 = + 𝑏𝑓 𝑡𝑓 (𝑦̅ − ) + + 𝑡𝑤 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 ) (𝑦̅ − )
12 2 12 2
𝐼𝑡 momento de inércia do tê em relação ao centro de gravidade

𝐴𝑡 = 𝑏𝑓 𝑡𝑓 + (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤 (100)

𝐴𝑡 área da seção transversal de um tê

4.5.1 Formação do mecanismo plástico

𝑦𝑜 𝑦𝑎 𝑏𝑤 𝐴𝑡 (101)
𝑐=
2𝐼𝑡
𝑐 constante utilizada para definir a seção crítica

O momento solicitante é calculado pela seguinte equação:

𝑀𝑆𝑑 = 𝑀𝑆𝑑,𝑐 + 𝑐 𝑉𝑆𝑑,𝑐 (102)


85

𝑀𝑠𝑑 momento fletor solicitante

𝑀𝑆𝑑,𝑐 momento fletor solicitante na seção crítica

𝑉𝑆𝑑,𝑐 força cortante na seção crítica

Para que o estado limite último de formação de mecanismo plástico não ocorra, o
momento fletor solicitante encontrado acima deve ser menor que o momento de plastificação
de cálculo da seção.

𝑀𝑝𝑙𝑜
𝑀𝑆𝑑,𝑓 ≤ (103)
𝛾𝑎1
𝑀𝑝𝑙𝑜 momento fletor de plastificação

(104)
𝑀𝑝𝑙𝑜 = 𝑍𝑥𝑜 𝑓𝑦 = 2 𝑦𝑜 𝐴𝑡 𝑓𝑦
𝑍𝑥𝑜 módulo resistente plástico da seção vazada da viga alveolar

𝑓𝑦 resistência ao escoamento do aço

4.5.2 Escoamento do montante de alma por cisalhamento

Para garantir a não ocorrência do escoamento do montante de alma por


cisalhamento, a força cortante solicitante não deve ser menor que a força cortante resistente.

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑 (105)

𝑉𝑆𝑑 força cortante máxima da viga

𝑉𝑅𝑑 força cortante resistente de cálculo

𝑉𝑅𝑘 (106)
𝑉𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘 força cortante resistente característica

𝛾𝑎1 coeficiente de ponderação para combinações normais

A força cortante resistente característica para o padrão Peiner é dado pela equação
abaixo:

4
𝑉𝑅𝑘 = 𝑡𝑤 𝑦𝑜 𝑓𝑦 (107)
9√3
86

4.5.3 Escoamento do montante de alma por flexão

A verificação da ocorrência ou não do escoamento do montante de alma por flexão


é dada pela seguinte equação:

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑1 (108)

𝑉𝑅𝑑1 força cortante resistente de cálculo para escoamento do montante de alma por flexão

𝑉𝑅𝑘1 (109)
𝑉𝑅𝑑1 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘1 força cortante resistente característica para escoamento do montante de alma por flexão

A força cortante resistente característica está relacionada com ℎ𝑒𝑥𝑝 e ℎ𝑝 , e deve ser
calculada de acordo com as expressões abaixo:

se 0 ≤ ℎ𝑝 < ℎ𝑒𝑥𝑝 :

2
2 𝑦0 𝑡𝑤 𝑏𝑤 (2 ℎ𝑒𝑥𝑝 − ℎ𝑝 )
(110)
𝑉𝑅𝑘1 = 𝑓𝑦
3 ℎ²𝑒𝑥𝑝 𝑝
se ℎ𝑒𝑥𝑝 ≤ ℎ𝑝 :

2 𝑦0 𝑡𝑤 𝑏 2 𝑤 (111)
𝑉𝑅𝑘1 = 𝑓𝑦
3 ℎ𝑝 𝑝

4.5.4 Flambagem do montante de alma

Assim como nos estados limites anteriores, a força cortante deve respeitar a
condição onde:

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑2 (112)

𝑉𝑅𝑑2 força cortante resistente de cálculo para flambagem do montante de alma

𝑉𝑅𝑘2 (113)
𝑉𝑅𝑑2 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘2 força cortante resistente característica para flambagem do montante de alma, a depender
de 𝑉𝑐𝑟

𝑉𝑐𝑟
se ≤ 1:
𝑉𝑅𝑘1
87

2 (114)
𝑉𝑅𝑘2 = 𝑉
3 𝑐𝑟
𝑉𝑐𝑟
se 1 ≤ ≤ 2:
𝑉𝑅𝑘1

𝑉𝑅𝑘1 + 𝑉𝑐𝑟 (115)


𝑉𝑅𝑘2 =
3
𝑉𝑐𝑟
se ≥ 2:
𝑉𝑅𝑘1

𝑉𝑅𝑘2 = 𝑉𝑅𝑘1 (116)

A força cortante crítica 𝑉𝑐𝑟 para padrões Peiner é dada por:

3
𝐸 (4𝑦0 − 0,8ℎ𝑒𝑥𝑝 − ℎ𝑝 )𝑡𝑤 (117)
𝑉𝑐𝑟 =
3,54𝑦02

4.5.5 Flambagem Lateral com Torção

Para a verificação da flambagem lateral com torção deve-se atender a seguinte


condição:

𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑀𝑅𝑑 (118)

onde:

𝑀𝑅𝑘 (119)
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
O cálculo de 𝑀𝑅𝑘 depende dos seguintes parâmetros apresentados a seguir.

𝐼𝑦 (𝑑𝑔 − 𝑡𝑓 )² (120)
𝐶𝑤 =
4
𝐶𝑤 constante de empenamento da seção transversal

𝐼𝑦 momento de inércia em torno de y

𝑡𝑓 𝑏𝑓3 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤3


(121)
𝐼𝑦 = 2 ( + )
12 12
2 (122)
𝐽 = (𝑏𝑓 𝑡𝑓3 + (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤3
)
3
𝐽 constante de torção
88

0,7 𝑓𝑦 𝑊𝑥𝑜 (123)


𝛽1 =
𝐸𝐽
𝑊𝑥𝑜 módulo de resistência elástico da seção vazada

4𝑦𝑜2 𝐴𝑡 (124)
𝑊𝑥𝑜 =
𝑑𝑔
(125)
𝐼𝑦
𝑟𝑦 = √
𝐴𝑎
𝑟𝑦 raio de giração em y da seção vazada

𝐴𝑎 = 2𝐴𝑡 (126)

O momento resistente característico da peça é dependente dos valore de 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 , 𝐿𝑝


e 𝐿𝑏 , sendo eles:

1,66 √𝐼𝑦 𝐽 27 𝐶𝑤 𝛽12 (127)


𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 = √1 + √1 +
𝐽 𝛽1 𝐼𝑦

𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 comprimento destravado correspondente ao início do escoamento

𝐸 (128)
𝐿𝑝 = 1,76𝑟𝑦 √
𝑓𝑦
𝐿𝑝 comprimento destravado na plastificação

𝐿𝑏 comprimento destravado da peça

A partir dos comprimentos destravados têm-se:

se 𝐿𝑏 > 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 :

𝐶𝑏 𝜋 2 𝐸 𝐼𝑦 𝐶𝑤 𝐽 𝐿2𝑏 (129)
𝑀𝑅𝑘 = √ ( 1 + 0,039 )
𝐿2𝑏 𝐼𝑦 𝐶𝑤
se 𝐿𝑝 < 𝐿𝑏 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 :

𝐿𝑏 − 𝐿𝑝
𝑀𝑅𝑘 = 𝐶𝑏 [0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 − (0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 − 𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 ) ] (130)
𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 − 𝐿𝑝
se 𝐿𝑝 𝐿𝑏 :

𝑀𝑅𝑘 = 0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 (131)


89

𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 momento fletor do início do escoamento

0,31 𝐸
𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 = √𝐼 (1000 𝐶𝑤 + 39 𝐽 𝐿²𝑏 (132)
𝐿²𝑟,𝑐𝑜𝑟 𝑦
𝑀𝑝𝑙𝑜 momento de plastificação

𝑀𝑝𝑙𝑜 = 𝑍𝑥𝑜 𝑓𝑦 = 2 𝑦𝑜 𝐴𝑡 𝑓𝑦 (133)

𝐶𝑏 fator de modificação do momento fletor determinado pela ABNT NBR 8800:2008

O cálculo de 𝐶𝑏 segue o que foi apresentado em 4.4.

4.5.6 Estado limite de serviço de deslocamento

O deslocamento de um perfil no padrão Peiner é calculado a partir da uma inércia


equivalente e área equivalente, sendo encontrados pelas seguintes expressões:

11 3 4 5 2 ℎ𝑝3 (134)
𝐼𝑒 = 2(𝐴𝑡 𝑦02 2
+ 𝐼𝑡 ) + 𝑡𝑤 ( ℎ𝑒𝑥𝑝 + ℎ𝑝 ℎ𝑒𝑥𝑝 + ℎ ℎ + )
36 9 24 𝑝 𝑒𝑥𝑝 36
𝐼𝑒 inércia equivalente

1 54 𝐺 3
= [0,20ℎ𝑒𝑥𝑝 + 0,375ℎ𝑒𝑥𝑝 ℎ𝑝 (ℎ𝑒𝑥𝑝 + 0,75ℎ𝑝 ) + 0,215ℎ𝑝3 ]
𝐴𝑒 𝑡𝑤 𝑦𝑜2 𝑝2 𝐸 (135)
0,60 𝑝2 𝐺 2𝑡𝑤 𝑦𝑎2
+ (2,08ℎ𝑒𝑥𝑝 + 1,5ℎ𝑝 ) + +
𝑡𝑤 𝑦𝑜2 648𝐼𝑡 𝐸 45𝐼𝑡2
𝐴𝑒 área equivalente de uma viga alveolar

O deslocamento total é dado por:

𝑓 = 𝑓𝑀 + 𝑓𝑉 (136)

𝑓 deslocamento total

𝑓𝑀 parcela do deslocamento devido à flexão

𝑓𝑉 parcela do deslocamento devido ao cisalhamento

5 𝑞𝐿4 (137)
𝑓𝑀 =
384 𝐸𝐼𝑒
𝑞𝐿2 (138)
𝑓𝑉 =
8𝐺𝐴𝑒
90

𝑞 carga distribuída atuante

𝐿 vão da viga

O deslocamento total deve atender ao deslocamento limite permitido pela ABNT


NBR 8800:2008, sendo o valor limite para vigas de piso 𝐿⁄350, assim:

𝐿 (139)
𝑓𝑙𝑖𝑚 = 𝑓
350

4.6 Dimensionamento de vigas para o padrão Anglo-Saxão

Figura 25 - Parâmetros geométricos - Anglo-Saxão

ℎ𝑜 = 𝑑 + ℎ𝑝 (140)

ℎ𝑜 altura do alvéolo

𝑑 altura total da seção original

ℎ𝑝 altura da chapa expansora

𝑝 = 1,08ℎ𝑜 (141)

𝑝 passo (distância entre centros de alvéolos)


91

𝑏𝑤 = 0,25ℎ𝑜 (142)

𝑏𝑤 menor largura do montante de alma

˚ ângulo = 59,9 ˚

𝑑𝑔 = 𝑘𝑑 + ℎ𝑝 (143)

𝑘 razão de expansão, dada por 𝑑𝑔 ⁄𝑑

𝑑𝑔 altura total da seção expandida

𝑑𝑔 ℎ𝑝 (144)
ℎ𝑒𝑥𝑝 = − ℎ𝑡 −
2 2
ℎ𝑒𝑥𝑝 altura do lado inclinado em aberturas hexagonais ou octogonais

ℎ𝑡 altura total do cordão ou tê

𝑑𝑔 − ℎ𝑜 (145)
ℎ𝑡 =
2
𝑏𝑓 𝑡𝑓 + ℎ𝑡 𝑡𝑤 − 𝑡𝑓2 𝑡𝑤
2 2 (146)
𝑦̅ =
2(𝑏𝑓 𝑡𝑓 + ℎ𝑡 𝑡𝑤 − 𝑡𝑓 𝑡𝑤 )
𝑦̅ posição do centro de gravidade do tê

𝑏𝑓 largura da mesa do perfil original

𝑡𝑓 espessura das mesa do perfil original

𝑡𝑤 espessura da alma do perfil original

ℎ𝑜 (147)
𝑦𝑜 = + ℎ𝑡 − 𝑦̅
2
𝑦𝑜 distância do centro de gravidade do tê ao centro da viga

𝑦𝑎 = ℎ𝑡 − 𝑦̅ (148)

𝑦𝑎 distância do centro de gravidade do tê à borda superior do alvéolo

3 2
𝑏𝑓 𝑡𝑓3 𝑡𝑓 2 𝑡𝑤 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 ) ℎ𝑡 + 𝑡𝑓 (149)
𝐼𝑡 = + 𝑏𝑓 𝑡𝑓 (𝑦̅ − ) + + 𝑡𝑤 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 ) (𝑦̅ − )
12 2 12 2
𝐼𝑡 momento de inércia do tê em relação ao centro de gravidade
92

𝐴𝑡 = 𝑏𝑓 𝑡𝑓 + (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤 (150)

𝐴𝑡 área da seção transversal de um tê

4.6.1 Formação do mecanismo plástico

√3 𝑦𝑜 𝑦𝑎2 𝐴𝑡 (151)
𝑐=
2𝐼𝑡
𝑐 constante utilizada para definir a seção crítica

O momento solicitante é calculado pela seguinte equação:

𝑀𝑆𝑑 = 𝑀𝑆𝑑,𝑐 + 𝑐 𝑉𝑆𝑑,𝑐 (152)

𝑀𝑠𝑑,𝑓 momento fletor solicitante

𝑀𝑆𝑑 momento fletor solicitante na seção crítica

𝑉𝑆𝑑 força cortante na seção crítica

Para que o estado limite último de formação de mecanismo plástico não ocorra, o
momento fletor solicitante encontrado acima deve ser menor que o momento de plastificação
de cálculo da seção.

𝑀𝑝𝑙𝑜
𝑀𝑆𝑑,𝑓 ≤ (153)
𝛾𝑎1
𝑀𝑝𝑙𝑜 momento fletor de plastificação

𝑀𝑝𝑙𝑜 = 𝑍𝑥𝑜 𝑓𝑦 = 2 𝑦𝑜 𝐴𝑡 𝑓𝑦 (154)

𝑍𝑥𝑜 módulo resistente plástico da seção vazada da viga alveolar

𝑓𝑦 resistência ao escoamento do aço

4.6.2 Escoamento do montante de alma por cisalhamento

Para garantir a não ocorrência do escoamento do montante de alma por


cisalhamento, a força cortante solicitante não deve ser menor que a força cortante resistente.

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑 (155)


93

𝑉𝑆𝑑 força cortante máxima da viga

𝑉𝑅𝑑 força cortante resistente de cálculo

𝑉𝑅𝑘 (156)
𝑉𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘 força cortante resistente característica

𝛾𝑎1 coeficiente de ponderação para combinações normais

A força cortante resistente característica para o padrão Anglo-Saxão é dado pela


equação abaixo:

25 (157)
𝑉𝑅𝑘 = 𝑡𝑤 𝑦𝑜 𝑓𝑦
81√3

4.6.3 Escoamento do montante de alma por flexão

A verificação da ocorrência ou não do escoamento do montante de alma por flexão


é dada pela seguinte equação:

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑1 (158)

𝑉𝑅𝑑1 força cortante resistente de cálculo para escoamento do montante de alma por flexão

𝑉𝑅𝑘1 (159)
𝑉𝑅𝑑1 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘1 força cortante resistente característica para escoamento do montante de alma por flexão

A força cortante resistente característica está relacionada com ℎ𝑒𝑥𝑝 e ℎ𝑝 , e deve ser
calculada de acordo com as expressões abaixo:

ℎ𝑒𝑥𝑝
se 0 ≤ ℎ𝑝 < :
2,32

2
232 𝑦0 𝑡𝑤 𝑏𝑤 ( ℎ𝑒𝑥𝑝 − 1,16ℎ𝑝 )
(160)
𝑉𝑅𝑘1 = 𝑓𝑦
75 ℎ²𝑒𝑥𝑝 𝑝
ℎ𝑒𝑥𝑝
se ≤ ℎ𝑝 :
2,32

2 𝑦0 𝑡𝑤 𝑏 2 𝑤 (161)
𝑉𝑅𝑘1 = 𝑓𝑦
3 ℎ𝑝 𝑝
94

4.6.4 Flambagem do montante de alma

Assim como nos estados limites anteriores, a força cortante deve respeitar a
condição onde:

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑2 (162)

𝑉𝑅𝑑2 força cortante resistente de cálculo para flambagem do montante de alma

𝑉𝑅𝑘2 (163)
𝑉𝑅𝑑2 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘2 força cortante resistente característica para flambagem do montante de alma, a depender
de 𝑉𝑐𝑟

𝑉𝑐𝑟
se ≤ 1:
𝑉𝑅𝑘1

2 (164)
𝑉𝑅𝑘2 = 𝑉
3 𝑐𝑟
𝑉𝑐𝑟
se 1 ≤ ≤ 2:
𝑉𝑅𝑘1

𝑉𝑅𝑘1 + 𝑉𝑐𝑟 (165)


𝑉𝑅𝑘2 =
3
𝑉𝑐𝑟
se ≥ 2:
𝑉𝑅𝑘1

𝑉𝑅𝑘2 = 𝑉𝑅𝑘1 (166)

A força cortante crítica 𝑉𝑐𝑟 para padrões Anglo-Saxão é dada por:

3
𝐸 (2,86𝑦0 − 0,8ℎ𝑒𝑥𝑝 − ℎ𝑝 )𝑡𝑤 (167)
𝑉𝑐𝑟 =
2,2𝑦02

4.6.5 Flambagem Lateral com Torção

Para a verificação da flambagem lateral com torção deve-se atender a seguinte


condição:

𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑀𝑅𝑑 (168)

onde:
95

𝑀𝑅𝑘 (169)
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
O cálculo de 𝑀𝑅𝑘 depende dos seguintes parâmetros apresentados a seguir.

𝐼𝑦 (𝑑𝑔 − 𝑡𝑓 )² (170)
𝐶𝑤 =
4
𝐶𝑤 constante de empenamento da seção transversal

𝐼𝑦 momento de inércia em torno de y

𝑡𝑓 𝑏𝑓3 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤3


(171)
𝐼𝑦 = 2 ( + )
12 12
2 (172)
𝐽 = (𝑏𝑓 𝑡𝑓3 + (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤3
)
3

𝐽 constante de torção

0,7 𝑓𝑦 𝑊𝑥𝑜 (173)


𝛽1 =
𝐸𝐽
𝑊𝑥𝑜 módulo de resistência elástico da seção vazada

4𝑦𝑜2 𝐴𝑡 (174)
𝑊𝑥𝑜 =
𝑑𝑔
(175)
𝐼𝑦
𝑟𝑦 = √
𝐴𝑎
𝑟𝑦 raio de giração em y da seção vazada

𝐴𝑎 = 2𝐴𝑡 (176)

O momento resistente característico da peça é dependente dos valore de 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 , 𝐿𝑝


e 𝐿𝑏 , sendo eles:

1,66 √𝐼𝑦 𝐽 27 𝐶𝑤 𝛽12 (177)


𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 = √1 + √1 +
𝐽 𝛽1 𝐼𝑦

𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 comprimento destravado correspondente ao início do escoamento

𝐸 (178)
𝐿𝑝 = 1,76𝑟𝑦 √
𝑓𝑦
96

𝐿𝑝 comprimento destravado na plastificação

𝐿𝑏 comprimento destravado da peça

A partir dos comprimentos destravados têm-se:

se 𝐿𝑏 > 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 :

𝐶𝑏 𝜋 2 𝐸 𝐼𝑦 𝐶𝑤 𝐽 𝐿2𝑏 (179)
𝑀𝑅𝑘 = √ ( 1 + 0,039 )
𝐿2𝑏 𝐼𝑦 𝐶𝑤
se 𝐿𝑝 < 𝐿𝑏 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 :

𝐿𝑏 − 𝐿𝑝
𝑀𝑅𝑘 = 𝐶𝑏 [0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 − (0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 − 𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 ) ] (180)
𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 − 𝐿𝑝
se 𝐿𝑝 𝐿𝑏 :

𝑀𝑅𝑘 = 0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 (181)

𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 momento fletor do início do escoamento

0,31 𝐸
𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 = √𝐼 (1000 𝐶𝑤 + 39 𝐽 𝐿²𝑏 (182)
𝐿²𝑟,𝑐𝑜𝑟 𝑦
𝑀𝑝𝑙𝑜 momento de plastificação

𝑀𝑝𝑙𝑜 = 𝑍𝑥𝑜 𝑓𝑦 = 2 𝑦𝑜 𝐴𝑡 𝑓𝑦 (183)

𝐶𝑏 fator de modificação do momento fletor determinado pela ABNT NBR 8800:2008

O cálculo de 𝐶𝑏 segue o mesmo procedimento de 4.4.

4.6.6 Estado limite de serviço de deslocamento

O deslocamento de um perfil no padrão Anglo-Saxão é calculado a partir da uma


inércia equivalente e área equivalente, sendo encontrados pelas seguintes expressões:

187 3 133 79 2 25 3 (184)


𝐼𝑒 = 2(𝐴𝑡 𝑦02 + 𝐼𝑡 ) + 𝑡𝑤 ( ℎ𝑒𝑥𝑝 + 2
ℎ𝑝 ℎ𝑒𝑥𝑝 + ℎ𝑝 ℎ𝑒𝑥𝑝 + ℎ )
648 324 432 1296 𝑝
𝐼𝑒 inércia equivalente
97

1 54 𝐺 3
= 2 2
[0,20ℎ𝑒𝑥𝑝 + 0,375ℎ𝑒𝑥𝑝 ℎ𝑝 (ℎ𝑒𝑥𝑝 + 0,75ℎ𝑝 ) + 0,215ℎ𝑝3 ]
𝐴𝑒 𝑡𝑤 𝑦𝑜 𝑝 𝐸 (185)
0,60 𝑝2 𝐺 2𝑡𝑤 𝑦𝑎2
+ (2,08ℎ𝑒𝑥𝑝 + 1,5ℎ𝑝 ) + +
𝑡𝑤 𝑦𝑜2 648𝐼𝑡 𝐸 45𝐼𝑡2
𝐴𝑒 área equivalente de uma viga alveolar

O deslocamento total é dado por:

𝑓 = 𝑓𝑀 + 𝑓𝑉 (186)

𝑓 deslocamento total

𝑓𝑀 parcela do deslocamento devido à flexão

𝑓𝑉 parcela do deslocamento devido ao cisalhamento

5 𝑞𝐿4 (187)
𝑓𝑀 =
384 𝐸𝐼𝑒
𝑞𝐿2
𝑓𝑉 = (188)
8𝐺𝐴𝑒
𝑞 carga distribuída atuante

𝐿 vão da viga

O deslocamento total deve atender ao deslocamento limite permitido pela ABNT


NBR 8800:2008, sendo o valor limite para vigas de piso 𝐿⁄350, assim:

𝐿 (189)
𝑓𝑙𝑖𝑚 = 𝑓
350
98

4.7 Dimensionamento de vigas celulares

Figura 26 - Parâmetros geométricos - Celular

Realizando o dimensionamento com as seguintes relações apresentadas por Lubke


(2017):

𝐷𝑜 = 0,8𝑑 + ℎ𝑝 = ℎ𝑜 (190)

𝑝 = 1,5𝐷0 (191)
𝑝 (192)
= = 1,5
𝐷𝑜

𝐷𝑜= ℎ𝑜 altura do alvéolo

ℎ𝑝 altura da chapa expansora

𝑑 altura total da seção original

𝑝 passo (distância entre centros de alvéolos)

𝑏𝑤 = 𝑝 − 𝐷𝑜 (193)

𝑏𝑤 menor largura do montante de alma

𝐷𝑜 2 𝑏𝑤 2 (194)

𝑑𝑔 = 𝑑 + ( ) − ( ) + ℎ𝑝
2 2

𝑑𝑔 altura total da seção expandida


99

𝑘 razão de expansão, dada por 𝑑𝑔 ⁄𝑑

𝐷𝑜 ℎ𝑝 (195)
ℎ𝑒𝑥𝑝 = −
2 2
ℎ𝑒𝑥𝑝 altura do lado inclinado em aberturas hexagonais ou octogonais

𝑑𝑔 − 𝐷𝑜 (196)
ℎ𝑡 =
2
ℎ𝑡 altura total do cordão ou tê

𝑏𝑓 𝑡𝑓2 + ℎ𝑡2 𝑡𝑤 − 𝑡𝑓2 𝑡𝑤


𝑦̅ = (197)
2(𝑏𝑓 𝑡𝑓 + ℎ𝑡 𝑡𝑤 − 𝑡𝑓 𝑡𝑤 )
𝑦̅ posição do centro de gravidade do tê

𝑏𝑓 largura da mesa do perfil original

𝑡𝑓 espessura das mesa do perfil original

𝑡𝑤 espessura da alma do perfil original

𝐷𝑜 (198)
𝑦𝑜 = + ℎ𝑡 − 𝑦̅
2
𝑦𝑜 distância do centro de gravidade do tê ao centro da viga

𝑦𝑎 = ℎ𝑡 − 𝑦̅ (199)

𝑦𝑎 distância do centro de gravidade do tê à borda superior do alvéolo

3 2
𝑏𝑓 𝑡𝑓3 𝑡𝑓 2 𝑡𝑤 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 ) ℎ𝑡 + 𝑡𝑓 (200)
𝐼𝑡 = + 𝑏𝑓 𝑡𝑓 (𝑦̅ − ) + + 𝑡𝑤 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 ) (𝑦̅ − )
12 2 12 2
𝐼𝑡 momento de inércia do tê em relação ao centro de gravidade

𝐴𝑡 = 𝑏𝑓 𝑡𝑓 + (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤 (201)

𝐴𝑡 área da seção transversal de um tê

4.7.1 Formação do mecanismo plástico

𝑦𝑜 𝑦𝑎 𝑏𝑤 𝐴𝑡 (202)
𝑐=
2𝐼𝑡
100

𝑐 constante utilizada para definir a seção crítica

O momento solicitante é calculado pela seguinte equação:

𝑀𝑆𝑑 = 𝑀𝑆𝑑,𝑐 + 𝑐 𝑉𝑆𝑑,𝑐 (203)

𝑀𝑠𝑑,𝑓 momento fletor solicitante

𝑀𝑆𝑑 momento fletor solicitante na seção crítica

𝑉𝑆𝑑 força cortante na seção crítica

Para que o estado limite último de formação de mecanismo plástico não ocorra, o
momento fletor solicitante encontrado acima deve ser menor que o momento de plastificação
de cálculo da seção.

𝑀𝑝𝑙𝑜
𝑀𝑆𝑑,𝑓 ≤ (204)
𝛾𝑎1
𝑀𝑝𝑙𝑜 momento fletor de plastificação

𝑀𝑝𝑙𝑜 = 𝑍𝑥𝑜 𝑓𝑦 = 2 𝑦𝑜 𝐴𝑡 𝑓𝑦 (205)

𝑍𝑥𝑜 módulo resistente plástico da seção vazada da viga alveolar

𝑓𝑦 resistência ao escoamento do aço

4.7.2 Escoamento do montante de alma por cisalhamento

Para garantir a não ocorrência do escoamento do montante de alma por


cisalhamento, a força cortante solicitante não deve ser menor que a força cortante resistente.

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑 (206)

𝑉𝑆𝑑 força cortante máxima da viga

𝑉𝑅𝑑 força cortante resistente de cálculo

𝑉𝑅𝑘 (207)
𝑉𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘 força cortante resistente característica

𝛾𝑎1 coeficiente de ponderação para combinações normais


101

A força cortante resistente característica para o padrão Celular é dado pela equação
abaixo:

4 1 (208)
𝑉𝑅𝑘 = (1 − ) 𝑡𝑤 𝑦𝑜 𝑓𝑦
3√3 

4.7.3 Escoamento do montante de alma por flexão

A verificação da ocorrência ou não do escoamento do montante de alma por flexão


é dada pela seguinte equação:

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑1 (209)

𝑉𝑅𝑑1 força cortante resistente de cálculo para escoamento do montante de alma por flexão

𝑉𝑅𝑘1 (209)
𝑉𝑅𝑑1 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘1 força cortante resistente característica para escoamento do montante de alma por flexão

𝑦0 𝑡𝑤 𝑓𝑦 (3𝜂 − √𝜂2 + 8)
𝑉𝑅𝑘1 = (210)
3𝜂
√4 − ( 𝜂 − √𝜂2 + 8)²

4.7.4 Flambagem do montante de alma

Assim como nos estados limites anteriores, a força cortante deve respeitar a
condição onde:

𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑2 (211)

𝑉𝑅𝑑2 força cortante resistente de cálculo para flambagem do montante de alma

𝑉𝑅𝑘2 (212)
𝑉𝑅𝑑2 =
𝛾𝑎1
𝑉𝑅𝑘2 força cortante resistente característica para flambagem do montante de alma, a depender
de 𝑉𝑐𝑟

𝑉𝑐𝑟
se 𝑉𝑅𝑘1
≤ 1:
102

2 (213)
𝑉𝑅𝑘2 = 𝑉
3 𝑐𝑟
𝑉𝑐𝑟
se 1 ≤ ≤ 2:
𝑉𝑅𝑘1

𝑉𝑅𝑘1 + 𝑉𝑐𝑟 (214)


𝑉𝑅𝑘2 =
3
𝑉𝑐𝑟
se ≥ 2:
𝑉𝑅𝑘1

𝑉𝑅𝑘2 = 𝑉𝑅𝑘1 (215)

A força cortante crítica 𝑉𝑐𝑟 para padrões Celulares é dada por:

3
𝐸 (𝑦0 − 0,2(2 − 𝜂)𝐷0 )𝑡𝑤 (216)
𝑉𝑐𝑟 =
0,59 𝜂 𝑦02

4.7.5 Flambagem Lateral com Torção

Para a verificação da flambagem lateral com torção deve-se atender a seguinte


condição:

𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑀𝑅𝑑 (218)

onde:

𝑀𝑅𝑘 (219)
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
O cálculo de 𝑀𝑅𝑘 depende dos seguintes parâmetros apresentados a seguir.

𝐼𝑦 (𝑑𝑔 − 𝑡𝑓 )² (220)
𝐶𝑤 =
4
𝐶𝑤 constante de empenamento da seção transversal

𝐼𝑦 momento de inércia em torno de y

𝑡𝑓 𝑏𝑓3 (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤3


(220)
𝐼𝑦 = 2 ( + )
12 12
2 (221)
𝐽 = (𝑏𝑓 𝑡𝑓3 + (ℎ𝑡 − 𝑡𝑓 )𝑡𝑤3
)
3
𝐽 constante de torção
103

0,7 𝑓𝑦 𝑊𝑥𝑜 (222)


𝛽1 =
𝐸𝐽
𝑊𝑥𝑜 módulo de resistência elástico da seção vazada

4𝑦𝑜2 𝐴𝑡 (223)
𝑊𝑥𝑜 =
𝑑𝑔
(224)
𝐼𝑦
𝑟𝑦 = √
𝐴𝑎
𝑟𝑦 raio de giração em y da seção vazada

𝐴𝑎 = 2𝐴𝑡 (225)

O momento resistente característico da peça é dependente dos valore de 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 , 𝐿𝑝


e 𝐿𝑏 , sendo eles:

1,66 √𝐼𝑦 𝐽 27 𝐶𝑤 𝛽12 (226)


𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 = √1 + √1 +
𝐽 𝛽1 𝐼𝑦

𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 comprimento destravado correspondente ao início do escoamento

𝐸 (227)
𝐿𝑝 = 1,76𝑟𝑦 √
𝑓𝑦
𝐿𝑝 comprimento destravado na plastificação

𝐿𝑏 comprimento destravado da peça

A partir dos comprimentos destravados têm-se:

se 𝐿𝑏 > 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 :

𝐶𝑏 𝜋 2 𝐸 𝐼𝑦 𝐶𝑤 𝐽 𝐿2𝑏 (228)
𝑀𝑅𝑘 = √ ( 1 + 0,039 )
𝐿2𝑏 𝐼𝑦 𝐶𝑤
se 𝐿𝑝 < 𝐿𝑏 𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 :

𝐿𝑏 − 𝐿𝑝
𝑀𝑅𝑘 = 𝐶𝑏 [0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 − (0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 − 𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 ) ] (229)
𝐿𝑟,𝑐𝑜𝑟 − 𝐿𝑝
se 𝐿𝑝 𝐿𝑏 :

𝑀𝑅𝑘 = 0,90 𝑀𝑝𝑙𝑜 (230)


104

𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 momento fletor do início do escoamento

0,31 𝐸
𝑀𝑟,𝑐𝑜𝑟 = √𝐼 (1000 𝐶𝑤 + 39 𝐽 𝐿²𝑏 (231)
𝐿²𝑟,𝑐𝑜𝑟 𝑦
𝑀𝑝𝑙𝑜 momento de plastificação

𝑀𝑝𝑙𝑜 = 𝑍𝑥𝑜 𝑓𝑦 = 2 𝑦𝑜 𝐴𝑡 𝑓𝑦 (232)

𝐶𝑏 fator de modificação do momento fletor determinado pela ABNT NBR 8800:2008

O cálculo de 𝐶𝑏 segue o que foi apresentado anteriormente em 4.4.

4.7.6 Estado limite de serviço de deslocamento

O deslocamento de um perfil no padrão Litzka é calculado a partir da uma inércia


equivalente e área equivalente, sendo encontrados pelas seguintes expressões:

𝑡𝑤 𝐷𝑜3 1 (233)
𝐼𝑒 = 2(𝐴𝑡 𝑦02 + 𝐼𝑡 ) + (2,5 − )
48 
𝐼𝑒 inércia equivalente

1 54 𝐺 3
= [0,20ℎ𝑒𝑥𝑝 + 0,375ℎ𝑒𝑥𝑝 ℎ𝑝 (ℎ𝑒𝑥𝑝 + 0,75ℎ𝑝 ) + 0,215ℎ𝑝3 ]
𝐴𝑒 𝑡𝑤 𝑦𝑜2 𝑝2 𝐸 (234)
0,60 𝑝2 𝐺 2𝑡𝑤 𝑦𝑎2
+ (2,08ℎ𝑒𝑥𝑝 + 1,5ℎ𝑝 ) + +
𝑡𝑤 𝑦𝑜2 648𝐼𝑡 𝐸 45𝐼𝑡2
𝐴𝑒 área equivalente de uma viga alveolar

O deslocamento total é dado por:

𝑓 = 𝑓𝑀 + 𝑓𝑉 (235)

𝑓 deslocamento total

𝑓𝑀 parcela do deslocamento devido à flexão

𝑓𝑉 parcela do deslocamento devido ao cisalhamento

5 𝑞𝐿4 (236)
𝑓𝑀 =
384 𝐸𝐼𝑒
105

𝑞𝐿2 (237)
𝑓𝑉 =
8𝐺𝐴𝑒
𝑞 carga distribuída atuante

𝐿 vão da viga

O deslocamento total deve atender ao deslocamento limite permitido pela ABNT


NBR 8800:2008, sendo o valor limite para vigas de piso 𝐿⁄350, assim:

𝐿 (238)
𝑓𝑙𝑖𝑚 = 𝑓
350

4.8 Procedimento de análise

A partir das planilhas elaboradas conforme apresentado no ANEXO A, com o


auxílio do Microsoft Excel® é possível se adquirir uma gama de resultados. Entretanto, muitos
destes resultados são prescindíveis, já que cada série de perfis apresenta várias bitolas de mesma
altura, aumentando apenas a massa linear. Assim é necessário apenas a análise da bitola com
menor peso de cada série a suportar a carga em questão.

O Grupo 01 abrange as vigas de comprimento igual à 6,00 metros suportando uma


laje Steel Deck com vão efetivo de 2,00 metros. A carga considerada pelo conjunto do grupo
foi de 9,9 kN/m para a combinação de serviço, e 19,5 kN/m para a combinação última. De
acordo com a relação ℎ = 𝐿⁄20, a altura desejável para o grupo 1 deve ser de 300 mm. As
bitolas mais leves de cada série a resistir às cargas solicitantes foram escolhidas para serem
analisadas em cada um dos padrões alveolares e para alma cheia. Assim foram escolhidos perfis
das séries W 310 x 28,3, W 360 x 32,9 e W410 x 38,3.

O Grupo 02 inclui as vigas com vão de 6,00 m suportando uma laje Steel Deck de
2,50 m. Os esforços normais incidentes totalizam 24,2 kN/m, já os esforços de serviço somam
12,25 kN/m. Como o vão da viga permaneceu o mesmo no grupo, as séries escolhidas foram as
mesmas, apenas a bitola W 310 x 28,3 foi alterada para uma bitola W 310 x 32,7, pois a primeira
não resistiu aos esforços para o vão de 2,5 m da laje Steel Deck.

No Grupo 03 foram analisadas as vigas com comprimento igual à 6,00 m resistindo


às cargas e sobrecargas geradas pela laje Steel Deck com vão igual à 3,00 m. As cargas últimas
equivalem à 28,9 kN/m e as cargas de serviço à 14,6 kN/m.
106

Para as análises do Grupo 04, foram utilizadas vigas com comprimento de 8,00 m,
suportando lajes Steel Deck de 2,00 m. Assim as cargas solicitantes normais equivalem à 19,5
kN/m, enquanto as combinações de serviço equivalem à 9,9 kN/m. De acordo com a relação
ℎ = 𝐿⁄20, a altura mínima para vigas de comprimento igual à 8,00 m é de 400 mm. Assim os
perfis escolhidos foram o W 410 x 38,8, o W460 x 52,0 e o W 530 x 66,0.

O Grupo 05, conforme apresentado na tabela 19, analisa as vigas com vãos de 8,00
m submetidos às cargas geradas por uma laje Steel Deck com vão de 2,50 m. As combinações
últimas das cargas incidentes nas vigas são 24,2 kN/m e as combinações de serviço tem o valor
de 12,25 kN/m. Os grupos 05 e 06 utilizaram os mesmos perfis das séries W 460 e W 530,
alterando apenas o perfil da série W 410, sendo que no Grupo 05 o perfil escolhido para série
foi o W 410 x 38,8.

As vigas componentes do Grupo 06 tem comprimento de 8,00 m e suportam uma


laje Steel Deck de 3,00 m de vão de influência. As cargas últimas suportadas são de 28,9 kN/m
e as cargas de serviço de 14,6 kN/m. Novamente, os perfis W 460 x 52,0 e W 530 x 66,0 foram
utilizados, mudando apenas o perfil da série W 410 para uma bitola com peso por metro linear
de 46,11 kg.

A partir do Grupo 07, o comprimento da viga dos perfis analisados é de 10,00 m,


assim a altura desejada para o pré-dimensionamento é de 500 mm. Os vãos de Steel Deck
analisados são os mesmos dos Grupos 01 a 06, porém as cargas incidentes nas vigas são mais
altas, devido ao aumento do peso próprio das mesmas. As cargas atuantes para o comprimento
de viga de 10,00 m e vão do Steel Deck de 2,00 m são de 20,00 kN/m para as combinações
últimas e 15,10 kN/m para as combinações de serviço. Os perfis escolhidos foram o W 530 x
66,00, o W 610 x 101,00 e o W 610 x 174,00.
O Grupo de análise 08 consiste em vigas de comprimento de 8,00 m submetidas
aos esforços gerados por uma laje Steel Deck de vão igual 2,50 m. As cargas geradas pelo Steel
Deck, sobrecarga e peso próprio equivalem a 24,9 kN/m para as combinações últimas e 12,75
kN/m para as combinações de serviço. Os perfis escolhidos foram o W 530 x 66,0, o W 610 x
101 e o W 610 x 174.
O Grupo de análise 09 é similar aos Grupo 07 e 08. Sendo o comprimento da viga
e as séries analisadas os mesmos. A diferença entre os grupos é o vão da laje Steel Deck
suportada pela viga, que no caso do Grupo 09 é 3,00 m. Assim, as cargas atuantes nas vigas são
29,6 kN/m para as combinações últimas e 15,1 kN/m para as combinações de serviço.
107

Os grupos 10, 11 e 12, por sua vez, possuem perfis com bitolas semelhantes, pois,
de acordo com a relação L/20, a altura pré-determinada para um vão de 12 m é de 600 mm.
Portanto, para a comparação, dos 04 (quatro) perfis existentes para esta série, optou-se por
utilizar o primeiro perfil mais leve W 610 x 101 e os dois últimos perfis W 610 x 155 e W 610
x 174. Percebe-se que em ambas as tabelas, os valores de momento resistente de cálculo e
esforço cortante resistente de cálculo apresentam valores idênticos entre si para um mesmo
perfil de aço, independente do vão da laje mista Steel Deck. Isso se dá pelo fato de que ambos
os valores levam em consideração a geometria do perfil.

Em busca de atingir resultados abrangentes e substanciais, foi elaborado um


procedimento de análise baseado no perfil em Alma Cheia mais leve de cada série a resistir às
cargas determinadas com base nos vãos de lajes que as vigas podem suportar. Para isso foram
criados 12 grupos de análise, sendo estes grupos divididos de acordo com o comprimento da
viga e com o vão da laje Steel Deck, a Tabela 10 apresenta a divisão dos grupos:

Tabela 10 - Grupos de análise

Vão da Vão steel Carga (kN/m)


Grupo Perfil
viga (m) deck (m) ELU ELS
1 6 2,0 20,0 9,9 W310 x 28,3
1 6 2,0 20,0 9,9 W360 x 32,9
1 6 2,0 20,0 9,9 W410 x 38,8
2 6 2,5 24,9 12,25 W310 x 32,7
2 6 2,5 24,9 12,25 W360 x 32,9
2 6 2,5 24,9 12,25 W410 x 38,8
3 6 3,0 29,6 14,6 W310 x 38,7
3 6 3,0 29,6 14,6 W360 x 32,9
3 6 3,0 29,6 14,6 W410 x 38,8
4 8 2,0 20,0 9,9 W410 x 38,8
4 8 2,0 20,0 9,9 W460 x 52
4 8 2,0 20,0 9,9 W530 x 66
5 8 2,5 24,9 12,25 W410 x 46,11
5 8 2,5 24,9 12,25 W460 x 52
5 8 2,5 24,9 12,25 W530 x 66
6 8 3,0 29,6 14,6 W410 x 53
6 8 3,0 29,6 14,6 W460 x 52
6 8 3,0 29,6 14,6 W530 x 38
7 10 2,0 9,9 10,4 W530 x 66
7 10 2,0 9,9 10,4 W610 x 101
7 10 2,0 9,9 10,4 W610 x 174
8 10 2,5 12,25 12,75 W530 x 66
8 10 2,5 12,25 12,75 W610 x 101
8 10 2,5 12,25 12,75 W610 x 174
108

9 10 3,0 14,6 15,10 W530 x 66


9 10 3,0 14,6 15,10 W610 x 101
9 10 3,0 14,6 15,10 W610 x 174
10 12 2,0 9,9 10,4 W610 x 101
10 12 2,0 9,9 10,4 W610 x 155
10 12 2,0 9,9 10,4 W610 x 174
11 12 2,5 12,25 12,75 W610 x 101
11 12 2,5 12,25 12,75 W610 x 155
11 12 2,5 12,25 12,75 W610 x 174
12 12 3,0 14,6 15,10 W610 x 101
12 12 3,0 14,6 15,10 W610 x 155
12 12 3,0 14,6 15,10 W610 x 174
109

5 RESULTADOS

A planilha elaborada no Microsoft Excel® permitiu levantar uma gama de


resultados; por isso, em vias de simplificar a análise de maneira que contemple a maior
quantidade de situações possíveis, foi criado o procedimento de análise explicado na seção
anterior.

A Tabela 11 apresenta os resultados obtidos para o Grupo 01.

Tabela 11 - Análises Grupo 1

Vão da Viga 6 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 121.21 0.00 348.89 0.00 1.52 0.00
W 310 x 28,3

Litzka 160.17 32.15 103.95 -70.20 0.75 50.82


Peiner 160.17 32.15 103.95 -70.20 0.74 51.02
Anglo Saxão 160.17 32.15 72.19 -79.31 0.76 50.23
Celular 145.61 20.13 91.51 -73.77 0.91 40.16
Vão Steel Deck 2 m

Alma cheia 145.65 0.00 380.92 0.00 1.00 0.00


W 360 x 32,9

Litzka 212.08 45.60 93.69 -75.41 0.52 47.55


Peiner 212.08 45.60 101.49 -73.36 0.51 48.65
Anglo Saxão 212.08 45.60 79.27 -79.19 0.53 46.75
Celular 192.64 32.26 100.61 -73.59 0.63 36.94
Alma cheia 189.571 0.00 477.54 0.00 0.654 0.00
W 410 x 38,8

Litzka 285.58 50.65 110.335 -76.90 0.354 45.87


Peiner 285.58 50.65 119.547 -74.97 0.343 47.55
Anglo Saxão 285.58 50.65 99.739 -79.11 0.36 44.95
Celular 259.69 36.99 126.474 -73.52 0.421 35.63

Percebe-se um ganho significativo de momento resistente de cálculo, em relação à


alma cheia, em todos os perfis alveolares, sendo que no perfil com menor altura os ganhos
foram de 32,15 % para as vigas castelada e 20,13 % para o padrão celular. Já no perfil com
maior altura os ganhos foram de 50,65% e 36,99%, para os padrões castelados e para o padrão
celular, respectivamente. A flecha apresentou um ganho superior aos apresentados pelo
momento, sendo que na série de menor perfil ocorreu uma diminuição de mais de 50% nas
flechas dos perfis castelados. Os perfis com alvéolos circulares também apresentaram melhora
nos resultados da flecha, porém em porcentagens menores que os perfis castelados. Em relação
ao esforço cortante, identifica-se uma diminuição na resistência que varia entre 70% e 80% em
relação ao cortante suportado pela viga de alma cheia.

Os resultados do Grupo 02 são apresentados na Tabela 12.


110

Tabela 12 - Análises Grupo 2

Vão da Viga 6 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 150.91 0.00 388.75 0.00 1.57 0.00
W 310 x32,7

Litzka 190.44 26.19 115.84 -70.20 0.78 50.41


Peiner 190.44 26.19 115.84 -70.20 0.77 50.92
Anglo Saxão 190.44 26.19 80.45 -79.31 0.79 49.84
Celular 172.94 14.59 102.03 -73.75 0.95 39.92
Vão Steel Deck 2.5 m

Alma cheia 145.65 0.00 380.92 0.00 1.24 0.00


W 360 x 32,9

Litzka 212.08 45.60 93.69 -75.41 0.65 47.53


Peiner 212.08 45.60 101.49 -73.36 0.64 48.67
Anglo Saxão 212.08 45.60 79.27 -79.19 0.66 46.73
Celular 192.64 32.26 100.61 -73.59 0.78 37.03
Alma cheia 189.571 0.00 477.54 0.00 0.809 0.00
W 410 x 38.8

Litzka 285.58 50.65 110.34 -76.90 0.44 45.98


Peiner 285.58 50.65 119.55 -74.97 0.42 47.59
Anglo Saxão 285.58 50.65 99.74 -79.11 0.45 44.99
Celular 259.69 36.99 126.47 -73.52 0.52 35.60

Os resultados obtidos foram semelhantes aos do Grupo 01, com um aumento


significativo do momento resistente. Percebe-se que no perfil da série 31, onde foi necessário a
troca da bitola, o ganho de momento de 26,19% do perfil W 310 x 32,7, não foi tão elevado
quanto os 32,15% do perfil W310 x 28,3 analisado no grupo 1. A flecha também apresentou
reduções consideráveis, sendo que nas séries mais altas a redução da flecha da viga castelada
mais alta foi menor do que nas séries mais baixas; o padrão celular apresentou as menores
variações, porém com diminuição da flecha superiores à 35 %. Ademais, os esforços cortantes
apresentaram o mesmo comportamento que o grupo 1, com uma queda aproximada de 70% da
capacidade resistente nos perfis castelados e celular.
Os resultados do Grupo 03 estão dispostos na Tabela 13.
111

Tabela 13 - Análises Grupo 3

Nesse Grupo, apesar de os ganhos de momento e flecha apresentarem valores


próximos aos dos grupos 01 e 02, alguns estados-limites últimos não atenderam as condições
de dimensionamento propostas. No perfil W 310 x 38,7 a condição de que o momento
solicitante deve ser menor que o momento resistente não foi atendida para os padrões Litzka e
Peiner no estado-limite último de formação de mecanismo plástico (em destaque). O perfil
alveolado no padrão Peiner tem momento resistente de 275,14 kN.m enquanto o momento
solicitante é de 300,68 kN.m e o perfil no padrão Litzka tem o mesmo momento resistente do e
momento solicitante de 347,20 kN.m.
O mesmo ocorreu para o ELU Escoamento da Alma por Cisalhamento no perfil W
360 x 32,9, no qual algumas verificações não foram atendidas. O valor do momento resistente
no padrão Litzka resultou em 235,64 kN.m, enquanto o momento solicitante chegou à 269,27
kN.m. No padrão Anglo Saxão o ELU de Escoamento do Momento de Alma teve esforço
cortante resistente de 79,27 kN e cortante solicitante de 86,7 kN.
Comparando os resultados das flechas dos perfis W 360 x 32,9 e W 410 x 38,8 que
foram analisados para todos os tamanhos de vãos da laje Steel Deck, percebe-se que a redução
percentual da flecha do padrões alveolares em relação à flecha do perfil de Alma Cheia é
sensivelmente próxima para todos os vãos, como é apresentado nas Tabela 15. Assim pode-se
inferir que a relação entre a flecha em perfis de Alma Cheia e Perfis Alveolares geralmente será
a mesma, independente da carga aplicada na viga. Através da Tabela 14 é perceptível que a
112

flecha do padrão celular é maior que a flecha dos padrões castelados, possuindo porcentagem
de redução consideravelmente menor.
Tabela 14 - Porcentagem de Redução da Flecha em Relação à Alma cheia (%) em vãos de 6,00 m

Vão Steel Deck (m)


2,0 2,5 3,0
Alma cheia 0.00 0.00 0.00
W 360 x 32,9 Litzka 47.55 47.53 47.56
Peiner 48.65 48.67 48.64
Anglo Saxão 46.75 46.73 46.74
Celular 36.94 37.03 36.97
Alma cheia 0.00 0.00 0.00
W 410 x 38,8

Litzka 45.87 45.98 45.95


Peiner 47.55 47.59 47.61
Anglo Saxão 44.95 44.99 44.92
Celular 35.63 35.60 35.58

Os resultados para o grupo 04 estão expostos na Tabela 15.


Tabela 15 - Analises Grupo 4

Vão da Viga 8 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 189.57 0.00 477.54 0.00 2.07 0.00
W 410 x 38,8

Litzka 285.58 50.64 110.34 -76.90 1.01 50.97


Peiner 285.58 50.64 119.55 -74.97 1.01 51.02
Anglo Saxão 285.58 50.64 99.74 -79.11 1.03 50.39
Celular 259.69 36.99 126.47 -73.52 1.24 40.22
Vão Steel Deck 2 m

Alma cheia 298.57 0.00 643.58 0.00 1.24 0.00


W 460 x 52

Litzka 428.14 43.40 163.99 -74.52 0.62 49.72


Peiner 428.14 43.40 177.71 -72.39 0.61 50.36
Anglo Saxão 428.14 43.40 133.41 -79.27 0.63 49.07
Celular 389.34 30.40 169.14 -73.72 0.75 39.27
Alma cheia 417.752 0.00 879.28 0.00 0.755 0.00
W 530 X 66

Litzka 606.23 45.12 226.84 -74.20 0.39 48.61


Peiner 606.23 45.12 245.94 -72.03 0.38 49.54
Anglo Saxão 606.23 45.12 181.21 -79.39 0.39 47.81
Celular 552.37 32.22 229.32 -73.92 0.47 38.28

Os resultados do Grupo 04 diferem-se dos grupos anteriores. Percebe-se que o


ganho de momento não variou tanto entre os perfis de menor e maior altura. Os ganhos
percentuais variam entre 43 e 50 %. Já os valores da deformação diferem dos resultados obtidos
anteriormente, a faixa de variação do percentual de redução da flecha é ainda menor, entre 48
e 51%; os valores de redução percentual para o padrão celular está fora desta faixa com valores
bem abaixo dos padrões castelados, como ocorreu em todos os grupos analisados.
113

Nos perfis alveolares ocorre uma redução de 70 a 80 % na capacidade resistente ao


esforço cortante, similar aos outros grupos. Para todos os perfis analisados no grupo 04, os
estados-limites últimos determinantes para o esforço cortante foram a flambagem da alma para
os padrões Litzka e Peiner e escoamento do montante da alma por cisalhamento para os padrões
Anglo-Saxão e Celular.
Tabela 16 - Analises Grupo 5

Vão da Viga 8 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 254.80 0.00 530.86 0.00 2.08 0.00
W 410 X 46,11

Litzka 349.75 37.27 142.67 -73.12 1.03 50.34


Peiner 349.75 37.27 154.55 -70.89 1.02 50.82
Anglo Saxão 349.75 37.27 110.43 -79.20 1.05 49.71
Celular 317.53 24.62 140.19 -73.59 1.25 39.77
Vão Steel Deck 2.5 m

Alma cheia 298.57 0.00 643.58 0.00 1.53 0.00


W 460 X 52

Litzka 428.14 43.40 163.99 -74.52 0.77 49.77


Peiner 428.14 43.40 177.71 -72.39 0.76 50.36
Anglo Saxão 428.14 43.40 133.41 -79.27 0.78 49.05
Celular 389.34 30.40 169.14 -73.72 0.93 39.24
Alma cheia 417.752 0.00 879.28 0.00 0.934 0.00
W 530 X 66

Litzka 606.232 45.12 226.844 -74.20 0.48 48.61


Peiner 606.232 45.12 245.942 -72.03 0.471 49.57
Anglo Saxão 606.232 45.12 181.206 -79.39 0.487 47.86
Celular 552.368 32.22 229.317 -73.92 0.576 38.33

Os valores dos esforços cortantes e dos momentos fletores para os perfis W 460 x
52,0 e W 530 x 66,0 foram os mesmos obtidos no Grupo 04. Contudo, a deformação apresenta
valores absolutos maiores nos perfis do Grupo 05. Os valores percentuais da redução da flecha
nos perfis alveolares em relação aos perfis de alma cheia são praticamente os mesmos.
114

Os resultados para o grupo 06 estão dispostos na tabela 17.


Tabela 17 - Analises Grupo 6

Vão da Viga 8 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 269.44 0.00 568.78 0.00 2.08 0.00
W 410 X 53

Litzka 463.35 71.97 171.28 -69.89 1.05 49.42


Peiner 417.02 54.77 171.28 -69.89 1.03 50.34
Anglo Saxão 417.02 54.77 117.94 -79.26 1.07 48.75
Celular 378.10 40.33 151.22 -73.41 1.27 38.98
Vão Steel Deck 3 m

Alma cheia 298.57 0.00 643.58 0.00 1.82 0.00


W 460 X 52

Litzka 428.14 43.40 163.99 -74.52 0.92 49.78


Peiner 428.14 43.40 177.71 -72.39 0.91 50.33
Anglo Saxão 428.14 43.40 133.41 -79.27 0.93 49.07
Celular 389.34 30.40 169.14 -73.72 1.11 39.24
Alma cheia 417.752 0.00 879.28 0.00 1.113 0.00
W 410 x 38,0

Litzka 606.232 45.12 226.844 -74.20 0.572 48.61


Peiner 606.232 45.12 245.942 -72.03 0.561 49.60
Anglo Saxão 606.232 45.12 181.206 -79.39 0.581 47.80
Celular 552.368 32.22 229.317 -73.92 0.687 38.27

Assim como aconteceu com alguns perfis dos Padrões Litzka e Peiner do Grupo 03,
a verificação do ELU de formação de mecanismo plástico para o perfil W 530 x 66,0 no padrão
Litzka não foi atendida. Ainda que se tenha verificado um ganho de resistência ao momento
comparado com o perfil de alma cheia, seu momento resistente foi inferior ao momento
solicitante, o que acarretaria a plastificação da viga em questão. Assim, para que uma viga de
padrão Litzka fosse utilizada nessa situação, seria necessário aumentar a bitola do perfil, e
utilizar uma viga W 410 x 60.

Nos outros padrões analisados no Grupo 06, o aumento percentual da resistência ao


momento fletor ocorre em uma faixa de 43 e 55%, enquanto a redução da flecha varia em torno
de 50%, e o esforço cortante entre 70 e 80%, como ocorrido anteriormente.

Os resultados para o grupo 07 estão dispostos na tabela 18.


115

Tabela 18 - Analises Grupo 7

Vão da Viga 10 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 417.75 0.00 879.28 0.00 1.94 0.00
W 530 X 66

Litzka 606.23 45.12 226.84 -74.20 0.93 52.17


Peiner 606.23 45.12 245.94 -72.03 0.93 51.91
Anglo Saxão 606.23 45.12 181.21 -79.39 0.94 51.60
Celular 552.68 32.30 229.32 -73.92 1.13 41.53
Vão Steel Deck 2 m

Alma cheia 768.10 0.00 1191.47 0.00 0.88 0.00


W 610 X 101

Litzka 1150.56 49.79 321.70 -73.00 0.46 47.67


Peiner 1150.56 49.79 348.48 -70.75 0.45 49.03
Anglo Saxão 1150.56 49.79 247.94 -79.19 0.47 46.87
Celular 1045.05 36.06 314.71 -73.59 0.55 37.32
Alma cheia 1434.14 0.00 1622.88 0.00 0.458 0.00
W 610 X 174

Litzka 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.26 43.23


Peiner 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.246 46.29
Anglo Saxão 2179.73 51.99 340.45 -79.02 0.265 42.14
Celular 1971.4 37.46 433.612 -73.28 0.304 33.62

Nos perfis de todas as séries analisadas, os valores dos momentos resistentes são
mais elevados que os momentos solicitantes, mesmo com o aumento de carga devido ao peso
da viga. De acordo com a Tabela 21, pode-se observar uma resistência ao momento fletor entre
45 e 53%; redução do esforço cortante em torno de 70% e diminuição da flecha em torno de
50%. É válido citar que os perfis celulares têm comportamentos distintos do perfil castelados
assim como nos grupos anteriores, pois a diminuição da flecha e aumento da resistência ao
momento são bem inferiores aos demais, além de sofrerem redução da resistência ao esforço.
Os resultados para o grupo 08 estão dispostos na tabela 19.
116

Tabela 19 - Analises Grupo 8

Vão da Viga 10 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 417.75 0.00 879.28 0.00 2.37 0.00
W 530 X 66

Litzka 606.23 45.12 226.84 -74.20 1.14 52.15


Peiner 606.23 45.12 245.94 -72.03 1.14 51.94
Anglo Saxão 606.23 45.12 181.21 -79.39 1.15 51.60
Celular 552.37 32.22 229.32 -73.92 1.39 41.53
Vão Steel Deck 2.5 m

Alma cheia 768.10 0.00 1191.47 0.00 1.08 0.00


W 610 X 101

Litzka 1150.56 49.79 321.70 -73.00 0.56 47.68


Peiner 1150.56 49.79 348.48 -70.75 0.55 49.07
Anglo Saxão 1150.56 49.79 247.94 -79.19 0.57 46.85
Celular 1045.05 36.06 314.71 -73.59 0.68 37.38
Alma cheia 1434.14 0.00 1622.88 0.00 0.562 0.00
W 610 X 174

Litzka 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.318 43.42


Peiner 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.301 46.44
Anglo Saxão 2179.73 51.99 340.45 -79.02 0.325 42.17
Celular 1971.4 37.46 433.612 -73.28 0.373 33.63

Novamente, os valores apresentados giram em torno dos valores dos outros grupos,
sendo a diminuição do esforço cortante na casa dos 70%, a diminuição da flecha entre 42 e 53
% e o aumento da resistência do momento fletor entre 43 e 55%. É válido destacas que no perfil
W 530 x 66,0, o valor determinante para o cortante ocorre no estado-limite último de
flambagem da alma, enquanto no perfil W 610 x 174, ocorreu no ELU do escoamento do
montante de alma por cisalhamento. Os resultados para o grupo 09 estão dispostos na tabela 20.
117

Tabela 20 - Analises Grupo 9

Vão da Viga 10 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 417.75 0.00 879.28 0.00 2.81 0.00
W 530 X 66

Litzka 606.23 45.12 226.84 -74.20 1.35 52.15


Peiner 606.23 45.12 245.94 -72.03 1.35 51.94
Anglo Saxão 606.23 45.12 181.21 -79.39 1.36 51.58
Celular 552.37 32.22 229.32 -73.92 1.64 41.52
Vão Steel Deck 3 m

Alma cheia 768.10 0.00 1191.47 0.00 1.28 0.00


W 610 X 101

Litzka 1150.56 49.79 321.70 -73.00 0.67 47.69


Peiner 1150.56 49.79 348.48 -70.75 0.65 49.02
Anglo Saxão 1150.56 49.79 247.94 -79.19 0.68 46.83
Celular 1045.05 36.06 314.71 -73.59 0.80 37.43
Alma cheia 1434.14 0.00 1622.88 0.00 0.665 0.00
W 610 X 174

Litzka 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.377 43.31


Peiner 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.356 46.47
Anglo Saxão 2179.73 51.99 340.45 -79.02 0.384 42.26
Celular 1971.4 37.46 433.612 -73.28 0.442 33.53

Os resultados apresentados Tabela 20, apresentando os mesmos valores obtidos


para os Grupos 07 e 08 para as resistências aos esforços cortantes e momentos fletores.
Analisando as deformações, ocorre um aumento da mesma à medida que são
acrescentadas novas cargas atuantes nas vigas.
Os resultados para os grupos 10, 11 e 12 estão dispostos nas Tabelas 21, 22 e 23
respectivamente.
118

Tabela 21 - Analises Grupo 10

Vão da Viga 12 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 768.10 0.00 1191.47 0.00 1.82 0.00
W 610 X 101

Litzka 1150.56 49.79 321.70 -73.00 0.90 50.80


Peiner 1150.56 49.79 348.48 -70.75 0.89 51.12
Alnglo Saxão 1150.56 49.79 247.94 -79.19 0.91 50.14
Celular 1045.05 36.06 314.71 -73.59 1.09 40.21
Vão Steel Deck 2 m

Alma cheia 1190.11 0.00 1460.23 0.00 1.08 0.00


W 610 X 155

Litzka 1916.65 61.05 441.78 -69.75 0.56 47.92


Peiner 1916.65 61.05 441.78 -69.75 0.55 49.49
Alnglo Saxão 1916.65 61.05 306.79 -78.99 0.57 47.09
Celular 1734.15 45.71 390.76 -73.24 0.67 37.77
Alma cheia 1434.14 0.00 1622.88 0.00 0.95 0.00
W 610 X 174

Litzka 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.496 47.79


Peiner 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.48 49.47
Alnglo Saxão 2179.73 51.99 340.45 -79.02 0.504 46.95
Celular 1971.4 37.46 433.612 -73.28 0.593 37.58

Tabela 22 - Analises Grupo 11

Vão da Viga 12 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 768.10 0.00 1191.47 0.00 2.24 0.00
W 610 X 101

Litzka 1150.56 49.79 321.70 -73.00 1.10 50.78


Peiner 1150.56 49.79 348.48 -70.75 1.09 51.14
Alnglo Saxão 1150.56 49.79 247.94 -79.19 1.11 50.16
Celular 1045.05 36.06 314.71 -73.59 1.34 40.22
Vão Steel Deck 2.5 m

Alma cheia 1190.11 0.00 1460.23 0.00 1.33 0.00


W 610 X 155

Litzka 1916.65 61.05 441.78 -69.75 0.69 47.97


Peiner 1916.65 61.05 441.78 -69.75 0.67 49.55
Alnglo Saxão 1916.65 61.05 306.79 -78.99 0.70 47.14
Celular 1734.15 45.71 390.76 -73.24 0.83 37.73
Alma cheia 1434.14 0.00 1622.88 0.00 1.165 0.00
W 610 X 174

Litzka 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.608 47.81


Peiner 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.588 49.53
Alnglo Saxão 2179.73 51.99 340.45 -79.02 0.618 46.95
Celular 1971.4 37.46 433.612 -73.28 0.726 37.68
119

Tabela 23 - Analises Grupo 12

Vão da Viga 12 m
Momento Cortante Flecha
Valor % de ganho Valor % de ganho Valor % de ganho
Alma cheia 768.10 0.00 1191.47 0.00 2.65 0.00
W 610 X 101

Litzka 1150.56 49.79 321.70 -73.00 1.30 50.77


Peiner 1150.56 49.79 348.48 -70.75 1.29 51.15
Alnglo Saxão 1150.56 49.79 247.94 -79.19 1.32 50.17
Celular 1045.05 36.06 314.71 -73.59 1.58 40.23
Vão Steel Deck 3 m

Alma cheia 1190.11 0.00 1460.23 0.00 1.57 0.00


W 610 X 155

Litzka 1916.65 61.05 441.78 -69.75 0.82 48.00


Peiner 1916.65 61.05 441.78 -69.75 0.79 49.59
Alnglo Saxão 1916.65 61.05 306.79 -78.99 0.83 47.17
Celular 1734.15 45.71 390.76 -73.24 0.98 37.76
Alma cheia 1434.14 0.00 1622.88 0.00 1.38 0.00
W 610 X 174

Litzka 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.72 47.83


Peiner 2179.73 51.99 490.248 -69.79 0.697 49.49
Alnglo Saxão 2179.73 51.99 340.45 -79.02 0.731 47.03
Celular 1971.4 37.46 433.612 -73.28 0.86 37.68

Apresentando os mesmos resultados, os valores de porcentagem de ganho em


momento resistente e perda em porcentagem de resistência a esforço cortante serão o mesmo,
o que se faz desnecessário a exploração dos dados referentes a estes temas por grupo separado.
Por outro lado, cada grupo apresenta resultados diferentes, porém bastante aproximados em
relação a deformação da viga.
Tomando a análise individual dos perfis, têm-se que, para o perfil W 610 x 101 de
alma cheia, seu valor do momento resistente foi de 768,10 kNm. Já para os perfis alveolares,
utilizando o W 610 x 101 para a elaboração do padrão Litzka, Peiner e Anglo Saxão,
apresentaram um aumento na resistência ao momento fletor de 49,79%. Já o padrão celular,
também apresentou um aumento na resistência ao momento fletor, sendo este de 36,06%, porém
inferior aos outros tipos de padrões alveolares.
Em relação ao esforço cortante, como já previsto em função dos resultados
anteriores e de acordo com a literatura, todos os perfis alveolares tiveram uma perda de
resistência de 73,00% a 79,19% em relação ao perfil de alma cheia, que apresentou um valor
resistente ao cortante de 1191,47 kN.
Para o perfil W 610 x 155, os padrões Litzka, Peine e Anglo Saxão tiveram um
aumento de resistência ao momento fletor de 61,05%. Para o padrão celular, o aumento foi de
45,71%, sendo que ambos valores obtidos foram comparados ao perfil de alma cheia, que
120

apresentou um valor de resistência a momento fletor de 1190,11 kNm. Sobre a resistência ao


esforço cortante das vigas alveolares, a redução variou de 69,75% a 78,99%, sendo que o perfil
de alma cheia apresentou um valor de resistência a esforço cortante igual a 1460,23 kN.
Por fim, na utilização do perfil W 610 x 174, o perfil de alma cheia apresentou uma
resistência ao momento fletor no valor de 1434,14 kNm e os perfis castelados, em relação a
este valor, tiveram uma aumento de 51,99% na sua resistência ao momento fletor. Já o padrão
celular, apresentou aumento de 37,46%.
Para esforço cortante, a variância de perda de resistência das vigas alveolares em
relação à viga de alma cheia foi de 69,79% a 79,02%, onde a resistência ao esforço cortante da
viga de alma cheia foi de 1622,88 kN.
Vale notar que, entre todos os padrões de vigas alveolares analisados, para os
grupos 10, 11 e 12, o padrão Peiner é que apresentou, mesmo que não muito diferente dos
demais, a maior porcentagem em diminuição da deformação se comparado a deformação da
viga de alma cheia.

Os resultados apresentados anteriormente levam em consideração o comportamento


das vigas alveolares para momento fletor, esforço cortante e deslocamento em comparação às
vigas de alma cheia.

Nas próximas tabelas os resultados são apresentados mediante a comparação dos


esforços solicitantes e os esforços resistentes para todos os padrões. Assim, pode-se averiguar
situações em que as vigas alveolares tenham passado com uma “folga” em relação às vigas de
alma cheia.

Nas tabelas anteriores foram apresentados os resultados para cada vão de influência
da laje em Steel Deck combinados com vãos adotados para as vigas, e escolhidos três (3) perfis
dentro de uma mesma séria. Para as tabelas seguintes foram analisados os resultados apenas
para o primeiro perfil da série que atendia a todas as verificações.

Assim, nas cinco (5) tabelas seguintes, Tabela 24, Tabela 25, Tabela 26, Tabela 27
e Tabela 28, encontra-se disposto os resultados para vigas de alma cheia, vigas Padrão Litzka,
Padrão Peiner, Padrão Anglo-Saxão e Padrão Celular.
121

Tabela 24 – Porcentagem de interação das vigas de Alma Cheia

Alma Cheia
FLM FLA Cortante Flecha
VÃO DA LAJE Resistente MRd Solicitante MSd Resistente Solicitante Resistente Solicitante Calculada
GRUPO VÃO DA VIGA Limite [cm]
STEEL DECK [kN.m] [kN.m] MRd [kN.m] MSd [kN.m] VRd [kN] VSd [kN] [cm]
121.21 87.75 129.22 87.75 348.89 58.50 1.52 1.71
1 6m 2,0 m
38% 47% 496% 89%
150.91 108.90 152.11 108.90 388.75 72.60 1.57 1.71
2 6m 2,5 m
39% 40% 435% 92%
154.87 108.90 192.89 108.90 338.35 72.60 1.20 1.71
3 6m 3,0 m
42% 77% 366% 70%
189.57 156.00 231.15 156.00 477.54 78.00 2.07 2.29
4 8m 2,0 m
22% 48% 512% 90%
254.80 193.60 279.45 193.60 530.86 96.80 2.08 2.29
5 8m 2,5 m
32% 44% 448% 91%
269.44 231.20 329.95 231.20 568.78 115.60 2.08 2.29
6 8m 3,0 m
17% 43% 392% 91%
417.75 250.00 488.65 250.00 879.28 100.00 1.94 2.86
7 10 m 2,0 m
67% 95% 779% 68%
417.75 311.25 488.65 311.25 879.28 124.50 2.37 2.86
8 10 m 2,5 m
34% 57% 606% 83%
417.75 370.00 488.65 370.00 879.28 148.00 2.81 2.86
9 10 m 3,0 m
13% 32% 494% 98%
768.10 360.00 916.76 360.00 1191.47 120.00 1.82 3.43
10 12 m 2,0 m
113% 155% 893% 53%
768.10 448.20 916.76 448.20 1191.47 149.40 2.24 3.43
11 12 m 2,5 m
71% 105% 698% 65%
768.10 532.80 916.76 532.80 1191.47 177.60 2.65 3.43
12 12 m 3,0 m
44% 72% 571% 77%
122

Tabela 25 - Porcentagem de interação das vigas Padrão Litzka

Litzka
Mecanismo Plástico FLT Cisalhamento Flexão Falmbagem Alma Flecha
Solicitante
VÃO DA LAJE Resistente Resistente Solicitante Resistente Solicitante Resistente Solicitante Resistente Solicitante Calculada
GRUPO VÃO DA VIGA (MSd + c.VSd)max Limite [cm]
STEEL DECK Mplo/ϒa1 [kN.m] MRd [kN.m] MSd [kN.m] VRd [kN] VSd [kN] VRd [kN] VSd [kN] VRd [kN] VSd [kN] [cm]
[kN.m]
177.97 154.68 160.17 87.75 103.95 58.50 207.91 58.50 117.70 58.50 0.75 1.71
1 6m 2,0 m
15% 83% 78% 255% 101% 44%
211.60 205.38 190.44 108.90 115.84 72.60 231.68 72.60 154.55 72.60 0.78 1.71
2 6m 2,5 m
3% 75% 60% 219% 113% 45%
275.14 347.20 247.63 130.05 102.69 86.70 205.39 86.70 104.35 86.70 0.77 1.71
3 6m 3,0 m
-21% 90% 18% 137% 20% 45%
317.31 263.46 285.58 156.00 143.62 78.00 287.25 78.00 110.33 78.00 1.01 2.29
4 8m 2,0 m
20% 83% 84% 268% 41% 44%
388.61 359.56 349.75 193.60 159.01 96.80 318.03 96.80 142.67 96.80 1.03 2.29
5 8m 2,5 m
8% 81% 64% 229% 47% 45%
463.35 469.68 417.02 231.20 171.28 115.60 342.55 115.60 174.71 115.60 1.05 2.29
6 8m 3,0 m
-1% 80% 48% 196% 51% 46%
673.59 403.51 606.23 250.00 260.94 100.00 521.87 100.00 226.84 100.00 0.93 2.86
7 10 m 2,0 m
67% 142% 161% 422% 127% 32%
673.59 502.37 606.23 311.25 260.94 124.50 521.87 124.50 226.84 124.50 1.14 2.86
8 10 m 2,5 m
34% 95% 110% 319% 82% 40%
673.59 597.20 606.23 370.00 260.94 148.00 521.87 148.00 226.84 148.00 1.34 2.86
9 10 m 3,0 m
13% 64% 76% 253% 53% 47%
1278.40 650.56 1150.56 360.00 357.03 120.00 714.07 120.00 321.70 120.00 0.90 3.43
10 12 m 2,0 m
97% 220% 198% 495% 168% 26%
1278.40 809.95 1150.56 448.20 357.03 149.40 714.07 149.40 321.70 149.40 1.10 3.43
11 12 m 2,5 m
58% 157% 139% 378% 115% 32%
1278.40 962.83 1150.56 532.80 357.03 177.60 714.07 177.60 321.70 177.60 1.30 3.43
12 12 m 3,0 m
33% 116% 101% 302% 81% 38%
123

Tabela 26 - Porcentagem de interação das vigas Padrão Peiner

Peiner
Mecanismo Plástico FLT Cisalhamento Flexão Falmbagem Alma Flecha
Solicitante
VÃO DA LAJE Resistente Resistente Solicitante Resistente Solicitante Resistente Solicitante Resistente Solicitante Calculada
GRUPO VÃO DA VIGA (MSd + c.VSd)max Limite [cm]
STEEL DECK Mplo/ϒa1 [kN.m] MRd [kN.m] MSd [kN.m] VRd [kN] VSd [kN] VRd [kN] VSd [kN] VRd [kN] VSd [kN] [cm]
[kN.m]
177.97 137.95 160.17 87.75 103.95 58.50 360.11 58.50 127.56 58.50 0.74 1.71
1 6m 2,0 m
29% 83% 78% 516% 118% 43%
211.60 181.26 190.44 108.90 115.84 72.60 401.28 72.60 167.59 72.60 0.77 1.71
2 6m 2,5 m
17% 75% 60% 453% 131% 45%
275.14 300.68 247.63 130.05 102.69 86.70 355.74 86.70 112.91 86.70 0.74 1.71
3 6m 3,0 m
-8% 90% 18% 310% 30% 43%
317.31 236.60 285.58 156.00 143.62 78.00 497.53 78.00 119.55 78.00 1.01 2.29
4 8m 2,0 m
34% 83% 84% 538% 53% 44%
388.61 318.07 349.75 193.60 159.01 96.80 550.84 96.80 154.55 96.80 1.02 2.29
5 8m 2,5 m
22% 81% 64% 469% 60% 45%
463.35 410.11 417.02 231.20 171.28 115.60 593.32 115.60 189.17 115.60 1.03 2.29
6 8m 3,0 m
13% 80% 48% 413% 64% 45%
673.59 365.13 606.23 250.00 260.94 100.00 903.91 100.00 245.94 100.00 0.93 2.86
7 10 m 2,0 m
84% 142% 161% 804% 146% 33%
673.59 454.59 606.23 311.25 260.94 124.50 903.91 124.50 245.94 124.50 1.14 2.86
8 10 m 2,5 m
48% 95% 110% 626% 98% 40%
673.59 540.40 606.23 370.00 260.94 148.00 903.91 148.00 245.94 148.00 1.35 2.86
9 10 m 3,0 m
25% 64% 76% 511% 66% 47%
1278.40 577.92 1150.56 360.00 357.03 120.00 1236.80 120.00 348.48 120.00 0.89 3.43
10 12 m 2,0 m
121% 220% 198% 931% 190% 26%
1278.40 719.51 1150.56 448.20 357.03 149.40 1236.80 149.40 348.48 149.40 1.09 3.43
11 12 m 2,5 m
78% 157% 139% 728% 133% 32%
1278.40 855.32 1150.56 532.80 357.03 177.60 1236.80 177.60 348.48 177.60 1.29 3.43
12 12 m 3,0 m
49% 116% 101% 596% 96% 38%
124

Tabela 27 - Porcentagem de interação das vigas Padrão Anglo-Saxão

Anglo Saxão
Mecanismo Plástico FLT Cisalhamento Flexão Falmbagem Alma Flecha
Solicitante
VÃO DA LAJE Resistente Resistente Solicitante Resistente Solicitante Resistente Solicitante Resistente Solicitante Calculada
GRUPO VÃO DA VIGA (MSd + c.VSd)max Limite [cm]
STEEL DECK Mplo/ϒa1 [kN.m] MRd [kN.m] MSd [kN.m] VRd [kN] VSd [kN] VRd [kN] VSd [kN] VRd [kN] VSd [kN] [cm]
[kN.m]
177.97 111.06 160.17 87.75 72.19 58.50 145.04 58.50 111.67 58.50 0.76 1.71
1 6m 2,0 m
60% 83% 23% 148% 91% 44%
211.60 142.52 190.44 108.90 80.45 72.60 161.63 72.60 137.07 72.60 0.79 1.71
2 6m 2,5 m
48% 75% 11% 123% 89% 46%
275.14 221.76 247.63 130.05 71.32 86.70 143.29 86.70 103.99 86.70 0.79 1.71
3 6m 3,0 m
24% 90% -18% 65% 20% 46%
317.31 194.25 285.58 156.00 99.74 78.00 200.39 78.00 118.75 78.00 1.03 2.29
4 8m 2,0 m
63% 83% 28% 157% 52% 45%
388.61 253.59 349.75 193.60 110.43 96.80 221.87 96.80 150.74 96.80 1.05 2.29
5 8m 2,5 m
53% 81% 14% 129% 56% 46%
463.35 320.65 417.02 231.20 118.94 115.60 238.97 115.60 173.73 115.60 1.07 2.29
6 8m 3,0 m
45% 80% 3% 107% 50% 47%
673.59 301.95 606.23 250.00 181.21 100.00 364.08 100.00 243.36 100.00 0.94 2.86
7 10 m 2,0 m
123% 142% 81% 264% 143% 33%
673.59 375.93 606.23 311.25 181.21 124.50 364.08 124.50 243.36 124.50 1.15 2.86
8 10 m 2,5 m
79% 95% 46% 192% 95% 40%
673.59 446.89 606.23 370.00 181.21 148.00 364.08 148.00 243.36 148.00 1.36 2.86
9 10 m 3,0 m
51% 64% 22% 146% 64% 48%
1278.40 465.32 1150.56 360.00 247.94 120.00 498.16 120.00 339.21 120.00 0.91 3.43
10 12 m 2,0 m
175% 220% 107% 315% 183% 27%
1278.40 579.32 1150.56 448.20 247.94 149.40 498.16 149.40 339.21 149.40 1.11 3.43
11 12 m 2,5 m
121% 157% 66% 233% 127% 32%
1278.40 688.67 1150.56 532.80 247.94 177.60 498.16 177.60 339.21 177.60 1.32 3.43
12 12 m 3,0 m
86% 116% 40% 180% 91% 38%
125

Tabela 28 - Porcentagem de interação das vigas Padrão Celular

Celuar
Mecanismo Plástico FLT Cisalhamento Flexão Falmbagem Alma Flecha
Solicitante
VÃO DA LAJE Resistente Resistente Solicitante Resistente Solicitante Resistente Solicitante Resistente Solicitante Calculada
GRUPO VÃO DA VIGA (MSd + c.VSd)max Limite [cm]
STEEL DECK Mplo/ϒa1 [kN.m] MRd [kN.m] MSd [kN.m] VRd [kN] VSd [kN] VRd [kN] VSd [kN] VRd [kN] VSd [kN] [cm]
[kN.m]
128.89 101.71 116.00 87.75 83.74 58.50 116.33 58.50 104.50 58.50 1.14 1.71
1 6m 2,0 m
27% 32% 43% 99% 79% 66%
192.15 135.64 172.94 108.90 102.03 72.60 141.74 72.60 150.02 72.60 0.95 1.71
2 6m 2,5 m
42% 59% 41% 95% 107% 55%
248.71 193.62 223.84 130.05 90.93 86.70 126.31 86.70 112.16 86.70 0.92 1.71
3 6m 3,0 m
28% 72% 5% 46% 29% 54%
288.54 186.03 259.69 156.00 126.47 78.00 175.69 78.00 134.39 78.00 1.23 2.29
4 8m 2,0 m
55% 66% 62% 125% 72% 54%
352.81 239.67 317.53 193.60 140.19 96.80 194.74 96.80 161.79 96.80 1.25 2.29
5 8m 2,5 m
47% 64% 45% 101% 67% 55%
420.11 297.19 378.10 231.20 151.22 115.60 210.07 115.60 187.55 115.60 1.27 2.29
6 8m 3,0 m
41% 64% 31% 82% 62% 55%
613.74 293.16 552.37 250.00 229.32 100.00 318.56 100.00 260.92 100.00 1.13 2.86
7 10 m 2,0 m
109% 121% 129% 219% 161% 40%
613.74 364.99 552.37 311.25 229.32 124.50 318.56 124.50 260.92 124.50 1.39 2.86
8 10 m 2,5 m
68% 77% 84% 156% 110% 49%
613.74 433.88 552.37 370.00 229.32 148.00 318.56 148.00 260.92 148.00 1.64 2.86
9 10 m 3,0 m
41% 49% 55% 115% 76% 58%
1161.16 440.84 1045.05 360.00 314.71 120.00 437.18 120.00 364.12 120.00 1.09 3.43
10 12 m 2,0 m
163% 190% 162% 264% 203% 32%
1161.16 548.85 1045.05 448.20 314.71 149.40 437.18 149.40 364.12 149.40 1.34 3.43
11 12 m 2,5 m
112% 133% 111% 193% 144% 39%
1161.16 652.45 1045.05 532.80 314.71 177.60 437.18 177.60 364.12 177.60 1.58 3.43
12 12 m 3,0 m
78% 96% 77% 146% 105% 46%
126

De acordo com as tabelas acima referentes a cada tipo de viga em particular,


podemos inferir os seguintes resultados:

- Para as vigas em alma cheia, em perfis mais leves, sua capacidade resistente
trabalhou em torno de 30% acima do solicitante para a flambagem lateral com torção e 45%
para a flambagem lateral da alma. Apenas nos vãos de 12 m observou-se uma capacidade
resistente 100% acima da solicitante. A capacidade de resistir ao esforço cortante foi pelo
menos 4 vezes a carga solicitante, o que mostra sua grande eficiência em resistir a esse tipo de
esforço. Em se tratando da flecha, a observada ficou em torno de 70% daquela adotada como
limite;

- Para o Padrão Litzka, foi possível analisar o momento resistente para a formação
do mecanismo plástico e ao FLT. Entre os dois, a formação do mecanismo plástico governa o
dimensionamento, apresentando valores em resistência menores aos analisados para a
flambagem lateral com torção, o que pode ser explicado pelo comprimento destravado nulo que
a peça apresentou em razão dos conectores de cisalhamento para garantir que viga e laje
trabalhem juntas. Para a análise da força cortante o dimensionamento foi governado pela
flambagem da alma, justificada pela maior esbeltez que a expansão da mesma apresenta. Os
deslocamentos calculados trabalharam em no máximo 47% do limite, observando uma redução
de, pelo menos, 25% daquele observado nas vigas e alma cheia;

- Os Padrões Peiner e Anglo-Saxão apresentaram uma diferença significativa


comparando-a com o Padrão Litzka no que se refere ao colapso governante para análise do
esforço cortante. Diferente do que foi relatado no parágrafo anterior, aqui o cisalhamento
apresentou capacidade resistente ao que apresentado na flambagem da alma. As verificações
quanto ao momento fletor e deslocamento se comportaram de maneira semelhante à Litzka.

- As vigas com aberturas celulares, embora tenham mostrado resultados


satisfatórios para momento fletor e flecha se comparadas às vigas de alma cheia, dentre os
quatro (4) padrões alveolares foi o que mostrou menor ganho de resistência, tendo seu
dimensionamento governado pelo mecanismo plástico e cisalhamento.

Com os dados coletados acima alguns gráficos podem ser modulados de forma a
apresentar o comportamento de cada padrão à medida que o vão aumentava. Gráficos
comparativos do momento fletor, esforço cortante e deslocamento são apresentados nas figuras
abaixo:
127

Figura 27- Capacidade resistente ao momento fletor -Steel Deck de 2 m (%)

Figura 28 - Capacidade resistente ao momento fletor -Steel Deck de 2,5 m (%)


128

Figura 29 - Capacidade resistente ao momento fletor -Steel Deck de 3,0 m (%)

É possível observar nas Figuras 27, 28 e 29 que a viga alveolar do tipo Anglo-Saxão
apresenta uma melhor porcentagem de momento resistente sobre o solicitante, se comparada
aos demais padrões alveolares, bem como à viga de alma cheia. Em contrapartida, o padrão
Litzka foi o que se mostrou menos favorável, apresentando os piores resultados.
129

Figura 30 - Capacidade resistente ao esforço cortante -Steel Deck de 2,0 m (%)

Figura 31 - Capacidade resistente ao esforço cortante -Steel Deck de 2,5 m (%)


130

Figura 32 - Capacidade resistente ao esforço cortante -Steel Deck de 3,0 m (%)

Novamente, a partir das Figuras 30, 31 e 32 pode-se observar a queda do rendimento


em relação à resistência ao esforço cortante das vigas alveolares em relação às vigas de alma
cheia. Dentre os quatro padrões alveolares, diferente do que ocorreu com o momento fletor, o
padrão Anglo-Saxão foi o que apresentou a maior queda, se comparado à alma cheia.

Figura 33 - Deformação da viga com Steel Deck de 2,0 m (%)


131

Figura 34 - Deformação da viga com Steel Deck de 2,5 m (%)

Figura 35 - Deformação da viga com Steel Deck de 3,0 m (%)

Por fim, a partir das Figuras 33, 34 e 35, é possível observar o ganho em rigidez das
vigas alveolares se comparadas à viga de alma cheia, o que lhes garantem uma menor
deformação e consequentemente uma maior porcentagem se comparada a deformação limite.
132

Nota-se também que a viga padrão celular é, entre as alveolares, que apresenta um menor
rendimento em porcentagem.

6 CONCLUSÃO

Partindo do objetivo do presente trabalho, que seria a comparação de rendimento


entre vigas de alma cheia e as vigas alveolares, foi realizado uma abordagem dos parâmetros
necessários para os cálculos e a elaboração de uma planilha onde foi possível obter resultados
de dimensionamentos para ambas as vigas.

Alguns parâmetros foram decididos previamente, como altura da chapa expansora


(considerada igual a 0 (zero)), razão de expansão entre o perfil original de alma cheia e o perfil
alveolar (1,5), tipo de aço (ASTM A572 G50), tipo de perfil (laminado), laje steel deck que
levou à consideração de um travamento lateral contínuo e vãos de 6 m, 8 m, 10m e 12m.

Em decorrência dos estudos realizados para este trabalho pôde se confirmar vários
pontos encontrados no referencial bibliográfico existente acerca de vigas alveolares.
Primeiramente, as vigas alveolares apresentam um comportamento superior em relação às vigas
de alma cheia se tratando de resistência ao momento fletor, onde em diveros casos analisados
o ganho de resistência chegou a valores superiores a 50%. Outro fato observado através dos
resultados obtidos com o trabalho foi a sensível queda do rendimento dos perfis alveolares em
relação a resistência ao esforço cortante.

Além disso, observou-se que a flecha reduz consideravelmente nos perfis


alveolares, podendo esse fato ser atribuído principalmente ao ganho de inércia com a expansão
da alma da viga.

Outras observações pertinentes fazem referência aos modos de colapso governantes


para cada viga. Se tratando do momento fletor, a formação do mecanismo plástico se mostrou
mais frágil que o observado na flambagem lateral com torção, fato que pode ser justificado pelo
travamento lateral ao longo de todo o comprimento da viga em decorrência do tipo de laje
utilizado. Quanto ao esforço cortante, nas vigas alveolares notou-se que a flambagem da alma
e o cisalhamento podem governar o dimensionamento, principalmente em razão do aumento da
alma dessas vigas.

A grande quantidade de dados obtidas neste trabalho tornou plausíveis certas


suposições, como a definição de um valor específico da redução da resistência ao esforço
cortante nas vigas alveolares. Diminuição esta que, segundo os resultados obtidos, gira em torno
133

de 70 a 80%, ou seja, o valor do esforço cortante resistente para as vigas alveolares é


aproximadamente 20 a 30 % do valor do esforço cortante resistente de um perfil em alma cheia.

A suposição de um valor ideal de redução do esforço cortante seria um avanço


considerável no estudos das vigas alveolares, porém estudos mais complexos e aprofundados
são necessários para a confirmação desta hipótese.

Além deste, outros estudos são propostos a seguir para o avanço no estudo das
vigas alveolares:

- estudo isolado nos perfis com abertura circular, tendo em vista que entre os quatro
padrões alveolares, esse foi o que apresentou o menor ganho em resistência;

- analisar como uma chapa expansora pode influenciar na resistência desses perfis;

- uma verificação quanto ao consumo de aço entre os perfis em alma cheia e perfis
alveolares.
134

REFERÊNCIAS

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135

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pesquisa. Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, 2010.
136

ANEXO

A imagem a seguir exibe a interface de inserção de dados e de apresentação dos


resultados da planilha elaborada neste projeto. Na área de “Dado para Análise” é possível inserir
os dados necessários para as verificações. Primeiramente é escolhido o perfil analisado, através
dos campos de seleção. Nesta área se escolhe o padrão da viga alveolar entre Litzka, Peiner
Anglo-Saxão, Celular e Alma Cheia; insere-se a razão de expansão e quando necessário a altura
chapa expansora; o tipo de perfil, que para este trabalho foi reduzido apenas aos laminados da
Gerdau Açominas® (Séries W e HP) e a designação do perfil, dentre as várias opções
disponíveis pela fabricante.

Em Seguida se escolhe o tipo de aço, na área denominada “Tipo de aço”. Os aços


disponíveis para análise na tabela são aqueles citados na ABNT NBR 8800:2008.

Finalmente, as cargas atuantes são definidas. Foram fixados 4 comprimentos para


as vigas, em busca de refinar os dados obtidos. Outra especificação inserida na planilha
relaciona-se às cargas atuantes, essas foram delimitadas àquelas produzidas por lajes Steel Deck
com vãos de 2,00 m, 2,50 m e 3,00 m.

Os dados devem ser inseridos nos campos com preenchimento na cor branca, para
facilitar a inserção foram criadas listas suspensas com os dados que podem ser utilizados na
planilha.

Nas áreas em Cinza estão dispostas informações tabeladas, que são definidas a
medida que o usuário insere os dados necessários, como as cargas distribuídas, combinação de
serviço e combinação última, que dependem do vão da laje Steel Deck e do comprimento da
viga, e os dados do perfil original.

Os resultados estão expostos no canto superior direito, onde uma fórmula


condicional permite o usuário perceber facilmente se o perfil atendeu à todas as verificações,
quando os campos estão preenchidos de verde, ou se alguma das verificações não foi atendida,
quando os campos ficam na cor vermelha.
Planilha para entrada de dados e coleta de resultados

DADO S PARA ANÁLISE: RESULT ADO S:


Padrão Adotado: Peiner ELU - Mecanismo Plástico ELU - Escoamento por Flex ão
Razão de expansão: 1 .5 Mplo/ϒ a1 [kN.m] = 1 41 .43 VRd1 [kN] = 330.1 54
Altura da chapa expansora [mm]: 0 (MSd + c.VSd)max [kN.m]= 1 85.23 VSd [kN] = 86.7

T ipo de Perfil: W ELU - Escoamento por C isalhamento ELU - Flambagem da Alma


VRd [kN] = 95.307 VRd2 [kN] = 1 05.538
Designação do Perfil: W 31 0 x 23,8 VSd [kN] = 86.7 VSd [kN] = 86.7
T ipo de Aço: ELU - Flambagem Lateral com T orção ELS - Deformação
MRd [kN.m] = 1 27.29 f [cm] = 1 .38006
Aço normatizado por: AST M MSd [kN.m] = 1 30.05 f lim[cm] = 1 .71 429
G rupo de perfil: 1

Denominação aço: A572 - G rupo 1 , 2 e 3 - G rau 50


6.7 mm
Ações Atuantes:

Perfil W 31 0 x 23,8
Vão da viga [m]: 6

Padrão Peiner
3
Vão do Steel Deck [m]:
291 .6 mm 305 mm
Carga Distribuída [kN/m] 28.9
(Comb. Normal):
Carga Distribuída [kN/m] 1 4.6
(Comb. Serviço):
6.7 mm
1 01 mm
Carga Pontual 12 [kN] Valor da Carga
0 Aplicada: 0
0
Carga Distribuída [kN/m] 28.9
DADO S DO PERFIL O RIG INAL
DIMENSÕ ES EIXO X - X
Massa Área A
2 tw 4 3 3
Linear [kg/m] [cm ] d [mm] b f [mm] tf [mm] h mm d' [mm] Ix [cm ] W x [cm ] rx [cm] Zx [cm ]
[mm]
24.1 30.7 305 1 01 5.6 6.7 291 .6 271 .6 4346 285 1 1 .89 333
DADOS DO AÇO PRO PRIEDADES EIXO Y - Y
4 Cw 4 3 3
fy (MPa) fu (MPa) E(MPa) G(MPa) J [cm ] 6 Iy [cm ] W y [cm ] ry [cm] Zy [cm ]
[cm ]
345 450 200000 77000 4.65 25594 116 23 1 .94 37
Planilha de cálculo dos esforços

Quantidade
de
intervalos:
Distância MOMENTO
CORTANT MSk +
1200 Seção: do apoio FLETOR
E [kN] c.VSk [KNm]:
A: [kNm]
0 0 86.7 0 103.751
Reação Apoio 1
86.7 1 0.005 86.5555 0.43313875 104.011
[kN]:
Reação Apoio 2
86.7 2 0.01 86.411 0.865555 104.271
[kN]:
3 0.015 86.2665 1.29724875 104.530
4 0.02 86.122 1.72822 104.788
5 0.025 85.9775 2.15846875 105.045
6 0.03 85.833 2.587995 105.302
7 0.035 85.6885 3.01679875 105.558
8 0.04 85.544 3.44488 105.813
9 0.045 85.3995 3.87223875 106.067
10 0.05 85.255 4.298875 106.321
11 0.055 85.1105 4.72478875 106.574
12 0.06 84.966 5.14998 106.826
13 0.065 84.8215 5.57444875 107.078
14 0.07 84.677 5.998195 107.329
15 0.075 84.5325 6.42121875 107.579
16 0.08 84.388 6.84352 107.828
17 0.085 84.2435 7.26509875 108.077
18 0.09 84.099 7.685955 108.325
19 0.095 83.9545 8.10608875 108.572
20 0.1 83.81 8.5255 108.818
21 0.105 83.6655 8.94418875 109.064
22 0.11 83.521 9.362155 109.309
23 0.115 83.3765 9.77939875 109.553
24 0.12 83.232 10.19592 109.797
25 0.125 83.0875 10.61171875 110.040

A seguir são exibidas as abas das planilhas onde foram inseridos os cálculos das
verificações propostas para cada padrão em particular, de acordo com a metodologia
apresentada anteriormente.
Análise Perfil Alma Cheia

h [mm] = 291.6
tw [mm]= 5.60
d [mm] = 305.00

Estados Limites Últimos


i) Barras Prismáticas Submetidas à Força Cortante

l= 52.07
lr = 73.76
lp = 59.22

Vpl [kN]= 353.556

VRd [kN]= 321.415


VSd [kN]= 86.7

VSd < VRd

Dimensionamento é satisfatório!

ii) Barras Prismáticas Submetidas à Momento Fletor

Condição Necessária

l= 52.071
lr = 137.240
lp = 90.53

Peça Não-Esbelta
Mpl [kN.m]= 114.89

Flambagem Lateral da Mesa - FLM

Mr [kN.m]= 68.8275
Yc [m] = 0.153
Mcr [kN.m] = 4.02E-03
Kc [] = 0.554
Wc [m³] = 6.63E-06
l= 15.075
lr = 23.886
lp = 9.15

MRd [kN.m]= 87.61


MSd [kN.m]= 130.05

Flambagem Lateral da Alma - FLA

Mr [kN.m]= 98.325
l= 52.071
lr = 137.240
lp = 90.53

MRd [kN.m]= 104.44


MSd [kN.m]= 130.05

Estados Limites de Serviço


i) Deformação

Distribuída: 2.834502991

Flecha Total [cm]: 2.835


Flecha Limite [cm]: 1.714
Análise Perfil Padrão Litzka

(h0) [mm] = 305 b [mm] = 88.046


p [mm] = 528.275 Ângulo [°] = 60
bw [mm] = 176.092 dg [mm] = 457.5
a0 [mm] = 352.184 hexp [mm] = 152.5

Parâmetros Calculados:
ht [mm] = 76.25
ӯ [mm] = 17.277
y0 [mm] = 211.473
ya [mm] = 58.973
It [mm4] = 518841.889
At [mm²] = 1066.18

Estados Limites Últimos


i) Formação do Mecanismo Plástico:

c [mm] = 2256.371

Condição Necessária

(MSd + c.VSd)max [kN.m] = 203.62


Mplo[kN.m] = 155.57

(MSd + cVSd) > Mplo/ϒa1

ELU para Formação de Mecanismo Plástico não atendido.

ii) Escoamento do Montante de Alma por Cisalhamento:

Condição Necessária

VRd [kN] = 95.307


VSd [kN] = 86.70

VRd > VSd

Para o ELU-Escoamento do Montante de Alma por Cisalhamento, o


dimensionamento é satisfatório!

iii) Escoamento do Montante de Alma por Flexão:

Condição Necessária

VRd1 [kN] = 190.614

VSd [kN] = 86.7

VRd1 > VSd

Para o ELU-Escoamento do Montante de Alma por Flexão, o


dimensionamento é satisfatório!

iv) Flambagem do Montante de Alma:

Condição Necessária

Vcr [kN] = 160.604

VRd1 [kN]= 209.676

VRd2 [kN]= 97.335

VSd [kN] = 86.7

VRd2 > VSd


Para o ELU-Flambagem do Montante de Alma, o dimensionamento é
satisfatório!

v) Flambagem Lateral com Torção:

Condição Necessária

CW[m6]= 5.68E-20
4
J [m ]= 2.84E-08
b1 = 1.77E+01
Lp [m] = 9.85E-01
Lb [m] = 0.00E+00
Lr,cor [m] = 8.44E-01
4
IY [m ] = 1.15E-06
E [kPa]= 2.00E+08
WX [m³]= 4.17E-04
ry [m]= 2.32E-02
fy [kPa] = 3.45E+05
4
Zx [m ]= 4.51E-04
Mpl [kNm]= 1.56E+02
Mr,cor [kNm]= 7.05E-04
MMAX [kNm] = 1.30E+02
Ma [kNm] = 0.00E+00
Mb [kNm] = 0.00E+00
Mc [kNm] = 0.00E+00
RM [] = 1.00E+00
Cb[]= 5.00E+00

MRd [kN.m] = 127.287

MSd [kN.m] = 130.05

MRd < = MSd

ELU para Flambagem Lateral com Torção não atendido.


ELU para Flambagem Lateral com Torção não atendido.

Estado-Limite de Serviço
Deslocamento Excessivo

Ie [cm4]= 10246.69817
Ae [cm²] = 5.128224273
q [kN/cm] 0.146
L [cm] = 600
fM [cm] = 1.202
fV [cm] = 0.166

f [cm] = 1.369
flim [cm]= 1.714

f < = flim

Para o ELS - Deslocamento Excessivo, o dimensionamento é satisfatório!


Análise Perfil Padrão Peiner

(h0) [mm] = 305.000 b [mm] = 76.250


p [mm] = 457.500 Ângulo [°] = 63.400
bw [mm] = 152.500 dg [mm] = 457.500
a0 [mm] = 305.000 hexp [mm] = 76.25

Parâmetros Calculados:
ht [mm] = 76.250
ӯ [mm] = 17.277
y0 [mm] = 211.473
ya [mm] = 58.973
It [mm4] = 518841.889
At [mm²] = 1066.180

Estados Limites Últimos


i) Formação do Mecanismo Plástico:

c [mm] = 1954.076

Condição Necessária

(MSd + c.VSd)max [kN.m] = 185.23


Mplo[kN.m] = 155.57

(MSk + cVSk) > Mplo/ϒa1

ELU para Formação de Mecanismo Plástico não atendido.

ii) Escoamento do Montante de Alma por Cisalhamento:

Condição Necessária

VRd [kN] = 95.307


VSd [kN] = 86.70

VRd > VSd

Para o ELU-Escoamento do Montante de Alma por Cisalhamento, o


dimensionamento é satisfatório!

iii) Escoamento do Montante de Alma por Flexão:

Condição Necessária

VRd1 [kN] = 330.154

VSd [kN] = 86.7

VRd1 > VSd

Para o ELU-Escoamento do Montante de Alma por Flexão, o


dimensionamento é satisfatório!

iv) Flambagem do Montante de Alma:

Condição Necessária

Vcr [kN] = 174.137

VRk1 [kN]= 363.169

VRd2 [kN]= 105.538

VSd [kN] = 86.7

VRd2 > VSd


Para o ELU-Flambagem do Montante de Alma, o dimensionamento é
satisfatório!

v) Flambagem Lateral com Torção:

Condição Necessária

CW[m6]= 5.68E-20
J [m4]= 2.84E-08
b1 = 1.77E+01
Lp [m] = 9.85E-01
Lb [m] = 0.00E+00
Lr,cor [m] = 8.44E-01
4
IY [m ] = 1.15E-06
E [kPa]= 2.00E+08
WX [m³]= 4.17E-04
ry [m]= 2.32E-02
fy [kPa] = 3.45E+05
4
Zx [m ]= 4.51E-04
Mpl [kNm]= 1.56E+02
Mr,cor [kNm]= 7.05E-04
MMAX [kNm] = 1.30E+02
Ma [kNm] = 0.00E+00
Mb [kNm] = 0.00E+00
Mc [kNm] = 0.00E+00
RM [] = 1.00E+00
Cb[]= 5.00E+00

MRd [kN.m] = 127.287

MSd [kN.m] = 130.05

MRd < = MSd

ELU para Flambagem Lateral com Torção não atendido.


Estado-Limite de Serviço
Deslocamento Excessivo

Ie [mm4]= 9715.696617
Ae [mm²] = 7.608662811
q [kN/cm] 0.146
L [cm] = 600
fM [mm] = 1.267922465
fV [mm] = 0.112141486

f [cm] = 1.38
flim [cm]= 1.714

f < = flim

Para o ELS - Deslocamento Excessivo, o dimensionamento é satisfatório!


Análise Perfil Padrão Anglo-Saxão

(h0 = d) [mm] = 305.000 b [mm] = 38.125


p [mm] = 329.400 Ângulo [°] = 59.900
bw [mm] = 76.250 dg [mm] = 457.500
a0 [mm] = 253.150 hexp [mm] = 152.5

Parâmetros Calculados:
ht [mm] = 76.250
ӯ [mm] = 17.277
y0 [mm] = 211.473
ya [mm] = 58.973
It [mm4] = 518841.889
At [mm²] = 1066.180

Estados Limites Últimos


i) Formação do Mecanismo Plástico:

c [mm] = 1308.832

Condição Necessária

(MSd + c.VSd)max [kN.m] = 154.80


Mplo[kN.m] = 155.57

(MSk + cVSk) > Mplo/ϒa1

Para o ELU-Formação de Mecanismo Plástico, o dimensionamento é


satisfatório!

ii) Escoamento do Montante de Alma por Cisalhamento:

Condição Necessária
VRd [kN] = 66.186

VSd [kN] = 86.70

VRd < = VSd

ELU para Escoamento do Montante de Alma por Cisalhamento não


atendido.

iii) Escoamento do Montante de Alma por Flexão:

Condição Necessária

VRd1 [kN] = 132.979

VSd [kN] = 86.7

VRd1 > VSd

Para o ELU-Escoamento do Montante de Alma por Flexão, o


dimensionamento é satisfatório!

iv) Flambagem do Montante de Alma:

Condição Necessária

Vcr [kN] = 172.734

VRk1 [kN]= 146.277


VRd2 [kN]= 96.670

VSd [kN] = 86.7

VRd2 > VSd

Para o ELU-Flambagem do Montante de Alma, o dimensionamento é


satisfatório!

v) Flambagem Lateral com Torção:

Condição Necessária

CW[m6]= 5.68E-20
4
J [m ]= 2.84E-08
b1 = 1.77E+01
Lp [m] = 9.85E-01
Lb [m] = 0.00E+00
Lr,cor [m] = 8.44E-01
4
IY [m ] = 1.15E-06
E [kPa]= 2.00E+08
WX [m³]= 4.17E-04
ry [m]= 2.32E-02
fy [kPa] = 3.45E+05
4
Zx [m ]= 4.51E-04
Mpl [kNm]= 1.56E+02
Mr,cor [kNm]= 7.05E-04
MMAX [kNm] = 1.30E+02
Ma [kNm] = 0.00E+00
Mb [kNm] = 0.00E+00
Mc [kNm] = 0.00E+00
RM [] = 1.00E+00
Cb[]= 5.00E+00
MRd [kN.m] = 127.287

MSd [kN.m] = 130.05

MRd < = MSd

ELU para Flambagem Lateral com Torção não atendido.

Estado-Limite de Serviço
Deslocamento Excessivo

Ie [mm4]= 10212.984
Ae [mm²] = 4.793
q [kN/cm] 0.146
L [cm] = 600.000
fM [mm] = 1.20618521
fv [mm] = 0.178017967

f [cm] = 1.38
flim [cm]= 1.714

f < = flim

Para o ELU-Formação de Mecanismo Plástico, o dimensionamento é


satisfatório!
Análise Perfil Padrão Celular

(h0 = D0) [mm] = 244.000 b [mm] = 122.000


p [mm] = 366.000 Ângulo [°] = 0.000
bw [mm] = 122.000 dg [mm] = 410.655
a0 = D0 [mm] = 244.000 hexp [mm] = 122
h [] = 1.5
Parâmetros Calculados:
ht [mm] = 83.328
ӯ [mm] = 19.518
y0 [mm] = 185.810
ya [mm] = 63.810
It [mm4] = 668334.861
At [mm²] = 1105.814

Estados Limites Últimos


i) Formação do Mecanismo Plástico:

0.820684924

c [mm] = 1196.669

Condição Necessária

(MSd + c.VSd)max [kN.m] = 150.74


Mplo[kN.m] = 141.78

(MSk + cVSk) > Mplo/ϒa1

ELU para Formação de Mecanismo Plástico não atendido.

ii) Escoamento do Montante de Alma por Cisalhamento:

Condição Necessária
VRd [kN] = 83.741

VSd [kN] = 86.70

VRd < = VSd

ELU para Escoamento do Montante de Alma por Cisalhamento não atendido.

iii) Escoamento do Montante de Alma por Flexão:

Condição Necessária

VRd1 [kN] = 116.330

VSd [kN] = 86.7

VRd1 > VSd

Para o ELU-Escoamento do Montante de Alma por Flexão, o


dimensionamento é satisfatório!

iv) Flambagem do Montante de Alma:

Condição Necessária

Vcr [kN] = 185.543

VRk1 [kN]= 127.963

VRd2 [kN]= 104.502

VSd [kN] = 86.7


VRd2 > VSd

Para o ELU-Flambagem do Montante de Alma, o dimensionamento é


satisfatório!

v) Flambagem Lateral com Torção:

Condição Necessária

6
CW[m ]= 4.70E-08
4
J [m ]= 2.92E-08
-
b1 [m ¹]= 1.54E+01
Lp [m] = 9.67E-01
Lb [m] = 0.00E+00
Lr,cor [m] = 2.81E+00
4
IY [m ] = 1.15E-06
E [kPa]= 2.00E+08
WX [m³]= 3.72E-04
ry [m]= 2.28E-02
fy [kPa] = 3.45E+05
3
Zx [m ]= 4.11E-04
Mpl [kNm]= 1.42E+02
Mr,cor [kNm]= 5.78E+01
MMAX [kNm] = 1.30E+02
Ma [kNm] = 0.00E+00
Mb [kNm] = 0.00E+00
Mc [kNm] = 0.00E+00
RM [] = 1.00E+00
Cb[]= 5.00E+00

MRd [kN.m] = 115.998

MSd [kN.m] = 130.05

MRd < = MSd

ELU para Flambagem Lateral com Torção não atendido.


ELU para Flambagem Lateral com Torção não atendido.

Estado-Limite de Serviço
Deslocamento Excessivo

Ie [cm4]= 8080.089
Ae [cm²] = 5.594
q [kN/cm] 0.146
L [cm] = 600.000
fM [cm] = 1.524580937
fv [cm] = 0.152523582

f [cm] = 1.67710
flim [cm]= 1.714

f < = flim

Para o ELS - Deslocamento Excessivo, o dimensionamento é satisfatório!

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