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7.12.

PROPOSTA PEDAGÓGICA DE QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Química pode ser vista como um instrumento de formação humana que


amplia os horizontes culturais e a autonomia no exercício da cidadania. O conhecimento
químico deve ser um dos meios de interpretar o mundo e intervir na realidade, devendo
ser apresentado como ciência, com seus conceitos, métodos e linguagem próprios e
como construção histórica, relacionando o desenvolvimento tecnológico aos muitos
aspectos da vida em sociedade.
A abordagem histórica da Ciência e da história da Química como pressuposto
teórico das Diretrizes Curriculares se configura como uma exigência importante para
melhor entendermos os conteúdos químicos ensinados. Olhar para o desenvolvimento da
história da ciência química permite entender que ela não se desenvolveu pelo acúmulo de
descobertas individuais de mentes brilhantes e que não aconteceram linearmente. A
ciência química é uma produção de homens que vivenciaram momentos de permanência
e de rupturas.
Uma concepção de ensino de Química que rompe com as abordagens
tradicionais do objeto de estudo da disciplina é uma abordagem de conceitos químicos na
perspectiva da elaboração/reelaboração de significados dos conceitos científicos, em
duas instâncias de abordagem: contextual e conceitual.
As duas abordagens (contextual/conceitual) trabalhadas em conjunto fornecem
aos alunos instrumentos para uma leitura crítica de mundo, desenvolvem o seu
conhecimento da ciência química, a sua apropriação dos conceitos da Química e os
sensibilizam para um comprometimento com a vida no planeta.
O objeto de estudo da Química é a matéria, suas propriedades, sua estrutura e
suas transformações.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Propiciar ao estudante os conhecimentos necessários para a utilização dos


conceitos e da linguagem química, de modo que seja capaz de compreender os
fenômenos naturais e a aplicação desses conceitos e dessa linguagem nos setores da
sociedade onde o conhecimento químico se faz presente.
Formar conhecimentos científicos a respeito dos conhecimentos químicos.
Contribuir para que o estudante tenha uma visão mais abrangente do universo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
1º. ANO - MATÉRIA E SUA NATUREZA: Estuda os aspectos macroscópicos e
microscópicos da matéria, a essência da matéria e caracteriza-se pelo “trabalho” com
modelos e representações.

2º. ANO - BIOGEOQUÍMICA: caracterizado pelas interações existentes entre a


hidrosfera, litosfera e atmosfera.

3º. ANO - QUÍMICA SINTÉTICA: caracteriza-se pela síntese de novos materiais:


produtos farmacêuticos a indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes,
edulcorantes), fertilizante, agrotóxica. Avanços tecnológicos, obtenção e produção de
materiais artificiais que podem substituir os naturais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º.ANO - MATÉRIA E SUA NATUREZA: Estrutura da matéria, substância, misturas,
métodos de separação, fenômenos físicos e químicos, estrutura atômica, distribuição
eletrônica, tabela periódica, ligações químicas, funções químicas, radioatividade.

2º. ANO - BIOGEOQUÍMICA: Soluções, Termoquímica, Cinética Química, Equilíbrio


Químico, Eletroquímica;

3º. ANO - QUÍMICA SINTÉTICA: Química do carbono, Funções Oxigenadas,


Polímeros, Funções Nitrogenadas, Isomeria.

CONTEÚDOS/OBJETIVOS POR ANO


1º. ANO
Conteúdo Estruturante: MATÉRIA E SUA NATUREZA

OBJETIVOS ESPECIFICOS

- Caracterizar os modelos atômicos de Dalton, Thomson, Rutherford-Bohr e


estabelecer comparações entre eles.

- Mostrar as diversas maneiras de interação entre os átomos para a formação das


substâncias.

- Compreender a transformação química da matéria como resultante de quebra e


formação de ligação nas substâncias.

- Reconhecer as funções químicas (ácidos, bases, sais e óxidos) através da


identificação de suas propriedades funcionais.

- Compreender as relações quantitativas de massa atômica, de quantidade de


matéria (mol) e número de Avogadro nos fenômenos químicos.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

- Visão Macroscópica da Química: o nascimento da Química; estrutura da matéria;


propriedades gerais da matéria transformação da matéria; a Química nos problemas da
Humanidade

Visão Microscópica da Química; características dos modelos atômicos;


organização dos elementos químicos; interação entre os átomos; transformação de
substâncias ligadas ao cotidiano.

Estudo da Química Inorgânica: ácidos; bases ou hidróxidos; sais; óxidos;


compostos ligados ao cotidiano; reações químicas;

Aspectos Quantitativos da Química: massa atômica; massa molecular; mol;


número de Avogadro.

Conteúdo Estruturante: BIOGEOQUÍMICA


2º. ANO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Identificar e relacionar unidades de medida usadas para diferentes grandezas,


como energia, densidade, volume e concentração de solução.
- Analisar gráficos e tabelas;

- Classificar as reações quanto à variação de energia;

- Expressar as grandezas variação de entalpia de reação e variação de entalpia de


reação (calor de reação) em joule (J) ou quilo joule (KJ) e em caloria (cal) ou quilocaloria
(kcal).

- Calcular a variação de entalpia (AH) de reações por intermédio de gráficos de


energia, tabelas ou equações termoquímicas (aplicação da Lei de Hess).

- Calcular a variação de entalpia (AH) de uma reação com base em dados de


energia de ligação e vice-versa.

- Reconhecer os principais fatores que modificam a rapidez das reações


(temperatura, superfície de contato e concentração e catalisadores).

- Relacionar os conceitos de pH e pOH das soluções aquosas e suas implicações


nos fenômenos naturais como a chuva ácida.

- Compreender que se pode obter energia elétrica a partir das reações químicas.

- Prever a possibilidade de ocorrência de uma reação espontânea, de oxidação e


redução, analisando o valor do potencial-padrão da pilha, obtido de dados de uma tabela
de potenciais – padrão de redução.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

- Soluções: classificação, solubilidade, concentração, molaridade

- Termoquímica: entalpia; reações exotérmicas e endotérmicas; Lei de Hess.

- Cinética Química: velocidade de reação; fatores que influem na velocidade das


reações.
- Equilíbrio Químico: Constante de equilíbrio; deslocamento do equilíbrio; equilíbrio
iônico da água: pH e pOH

- Eletroquímica: pilhas; eletrólise.

Conteúdo Estruturante: QUÍMICA SINTÉTICA


3º. ANO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Reconhecer a importância da química orgânica nos dias atuais.

- Caracterizar as principais diferenças entre os compostos orgânicos e


inorgânicos.

- Relacionar os diversos compostos orgânicos com o cotidiano enfatizando sua


obtenção e aplicação como matéria-prima para a fabricação de vários materiais, por
exemplo, o petróleo como fonte de hidrocarbonato.

- Identificar grupos funcionais de compostos orgânicos oxigenados, nitrogenados e


halogenados.

- Compreender os códigos e símbolos próprios da Química para nomear


compostos orgânicos de acordo com as regras oficiais recomendadas pela IUPAC e
nomenclatura usual.

- Reconhecer os principais usos e aplicações industriais das substâncias


oxigenadas, nitrogenadas e halogenadas.

- Identificar os diferentes tipos de isomeria.

- Dispor as questões de algumas reações importantes dos hidrocarbonetos, dos


álcoois e dos ácidos carboxílicos.

- Reconhecer a importância dessas reações nos processos de transformação das


matérias-primas.

- Identificar os principais fenômenos radioativos.

CONTEÚDOS ESPECIFICOS

Estudo dos compostos de carbono; Cadeias carbônicas; hidrocarbonetos; Álcoois;


Haletos; Aldeídos; Fenóis, Éteres; Ésteres; Ácidos carboxílicos; Cetonas; Aminas; Amidas;
Nitro compostos; Isomeria Plana e Espacial; Reações químicas orgânicas; Fontes de
compostos orgânicos naturais e sintéticos.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O processo de ensino-aprendizagem, em Química, deve partir do conhecimento


prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas (idéias pré-
concebidas sobre o conhecimento da Química) ou concepções espontâneas, a partir das
quais será elaborado um conceito científico.

Nessas diretrizes propõem-se que a compreensão e apropriação do


conhecimento químico aconteça por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da
Química, que é o estudo da matéria e suas transformações. Este processo deve ser
planejado, organizado e dirigido pelo professor, numa relação dialógica, onde a
aprendizagem de conceitos químicos se realize no sentido da organização do
conhecimento científico.

Esta proposta visa dar sentido aos conceitos químicos e para que ela se
concretize é vital a importância da experimentação para a realização da atividade
pedagógica. Entretanto, para isso não são necessários materiais laboratoriais de
precisão, pois as análises realizadas nas escolas não visam o resultado quantitativo dos
experimentos.

A importância da abordagem experimental está na caracterização do seu papel


investigativo e de sua função pedagógica em auxiliar o aluno na explicitação,
problematização, discussão, enfim, da significação dos conceitos químicos. É necessário
perceber que o experimento faz parte do contexto normal de sala de aula, e que não se
deve dicotomizar teoria e prática: é clara a necessidade dos alunos se relacionarem com
os fenômenos sobre os quais se referem os conceitos a serem formados e significados no
processo de ensino-aprendizagem.

Outra questão relacionada ao Ensino de Química, que se busca com essa


proposta de diretrizes, é a crítica ao privilégio que concebe às operações matemáticas,
em detrimento do trabalho com o conteúdo químico. Na maioria das vezes, o que é
privilegiado e trabalhado exaustivamente em sala de aula, é o cálculo da concentração
das soluções nas diversas formas (molaridade, título, entre outras), deixando-se de lado a
compreensão do contexto em que esses conceitos são utilizados.

Os números, os resultados quantitativos, sem dúvida, trazem subsídios para a


construção do conceito químico de concentração, não devendo ser menosprezados,
porém ele pode ser mais bem compreendido por outras vias que não somente a dos
cálculos matemáticos.

Cabe ao professor criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense


mais criticamente sobre o mundo, reflita sobre as razões dos problemas. Essa noção de
leitura do mundo proporcionará ao estudante do Ensino Médio uma reflexão mais
abrangente sobre a realidade.

Devemos criar condições favoráveis e agradáveis para o ensino e


aprendizagem da disciplina, aproveitando, no primeiro momento, a vivencia dos alunos,
os fatos do dia-a-dia, a tradição cultural e a mídia, buscando com isso reconstruir os
conhecimentos químicos para que o aluno possa fazer a leitura do seu mundo.

É preciso romper com a transmissão de conteúdos, realizado ano após ano com
base na disposição sequência do livro didático tradicional e que apresenta, entre outros
aspectos, uma divisão entre Química Orgânica e Inorgânica que afirma a fragmentação e
a linearidade dos conteúdos químicos. É preciso desvencilhar-se de conceitos imprecisos,
desvinculados do seu contexto. É necessário mudar essa situação, provocar a
curiosidade do aluno quando ouvir falar de conceitos químicos, cuidando com o uso de
analogias que podem levara interpretações equivocadas sobre os conceitos fundamentais
da Química.
A sala é composta de pessoas com diferentes costumes, tradições, pré-conceitos
e ideias que dependem de sua origem cultural e social e esse ponto de partida deve ser
considerado contemplando assim a lei referente a História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana e Indígena (leis nº.10639/03 e nº.11645/08).
A abordagem pedagógica sobre Educação Ambiental, Preservação ao uso indevido
de Drogas, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente,
Gênero e Diversidade Sexual será através de artigos, textos e filmes sugeridos na série
Cadernos temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob


condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por meio de
interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo
pontual, portanto sujeita a alterações no seu desenvolvimento.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos


científicos. O processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos” (MALDANER, 2003, p .44) se dá a partir de uma ação pedagógica em que a
partir de conhecimentos anteriores dos alunos seja permitido aos mesmos o entendimento
e a interação com a dinâmica dos fenômenos naturais por meio de conceitos químicos.

Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar
instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos,
como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da
tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório,
apresentação de seminários, entre outro. Esses instrumentos devem ser selecionados de
acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

Em relação á leitura de mundo, o aluno deverá posicionar-se criticamente nos


debates conceituais, articulando o conhecimento químico às questões sociais,
econômicas e políticas, ou seja, a construção coletiva do conhecimento a partir do ensino,
da aprendizagem e da avaliação. É preciso ter clareza também de que o ensino da
química como de outra ciência, deve ser sob o prisma da atividade humana, portanto,
sem verdades absolutas.
Essa diretriz visa uma avaliação que não dicotomize teoria e prática e que
deverá considerar as estratégias empregadas pelos alunos na articulação e reflexão dos
experimentos com os conceitos químicos. Tal prática avaliativa requer um professor que,
em primeiro lugar, compreenda a concepção do ensino de Química na perspectiva crítica.

Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem


claros para os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo.

REFERÊNCIAS

RUSSEL, J.B. Química geral. São Paulo: McGraw-hill,1986.

FELTRE, R. Química Geral Vol. 1, Fisico Química Vol.2, Química Orgânica Vol. 3

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