INICIALMENTE
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1- REQUER OS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
Podemos colher do laudo firmado pelo Dr. Pedro de TAL (CRM – nº.
112233), que (doc. 09 ):
"(...) como era de se esperar após cirurgias bariátricas, evoluiu com flacidez importante de pele
nos braços, mamas, abdome, além de dores lombares. As correções plásticas são uma
extensão da cirurgia bariátrica. Tais correções são consideradas como complementação ao
tratamento cirúrgico bariátrico, para que haja total restabelecimento físico e emocional dos
pacientes."
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"Atualmente está pesando 80 kg com IMC de 32. Tem conseqüentemente excesso de pele
(flacidez) nos braços, tronco e MMII com dificuldades de limpeza e umidade acarretando
micoses nas dobras e , necessitando portanto, de cirurgias plásticas corretivas."
"O Sr. Antônio de Tal é portador de Diabetes Mellitus e obesidade mórbida, sendo submetido a
cirurgia bariátrica, resultando com um abdome em avental com dificuldade de higiene local,
sendo necessário correção cirúrgica."
DO DIREITO
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a) O caso em estudo é de cirurgia plástica reparadora – Enquadramento
contratual apto a cobrir o ato cirúrgico .
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procedimento meí dico/hospitãlãr, quãndo essenciãl pãrã gãrãntir ã sãuí de e, em
ãlgumãs vezes, ã vidã do segurãdo, vulnerã ã finãlidãde bãí sicã do contrãto. 4. Sãuí de
eí direito constitucionãlmente ãssegurãdo, de relevãê nciã sociãl e individuãl.” (REsp
183.719/SP, rel. Min. Luis Felipe Sãlomãã o, Quãrtã Turmã, j. 18/09/2008, DJe
13/10/2008).” (MARQUES, Clãí udiã Limã. Contratos no Código de Defesa do
Consumidor: o novo regime das relações contratuais.
contratuais. 6ª Ed. Sãã o Pãulo: RT, 2011, pp.
1028-1029)
“Dessã mãneirã percebe-se que ã clãí usulã gerãl de boã-feí permite que o juiz crie
umã normã de condutã pãrã o cãso concreto, ãtendo-se sempre ãà reãlidãde sociãl, o
que nos remete ãà questãã o dã equidãde, previstã no finãl dã normã em comento. “
(NUNES, Luiz Antoê nio Rizzãto. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor.
Consumidor. 6ª
Ed. Sãã o Pãulo: Sãrãivã, 2011, p. 671)
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DIREITO DO CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. PLANO DE SAÚDE. CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR. INCIDÊNCIA. CIRURGIA PLÁSTICA PÓS-EMAGRECIMENTO.
NATUREZA REPARADORA. PROCEDIMENTO COMPLEMENTAR ESSENCIAL AO
TRATAMENTO DA OBESIDADE POR CIRURGIA BARIÁTRICA CORREÇÃO DE
LIPODISTROFIA. INSERÇÃO NAS COBERTURAS OFERECIDAS. PROCEDIMENTO
ACOBERTADO E NÃO EXCLUÍDO EM CLÁUSULA REDIGIDA DE FORMA CLARA E
OSTENSIVA. CUSTEIO. ASSEGURAÇÃO. MODULAÇÃO CONSOANTE O OBJETO DO
CONTRATADO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EXPRESSÃO. ADEQUAÇÃO.
PRESERVAÇÃO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. INOCORRÊNCIA.
1. Emergindo dos elementos coligidos que fora receitado, como mais indicado para o
tratamento da enfermidade que acomete a consumidora, a realização de cirúrgica
plástica reparadora dos excessos cutâneos decorrentes da perda acentuada de peso, o
fato resplandece incontroverso, determinando que, remanescendo controvertida
apenas a aferição de existência de cobertura contratual do tratamento indicado, a
resolução da questão seja pautada pelo simples cotejo do procedimento médico
almejado com as coberturas oferecidas pelo plano de saúde. 2. Consubstanciando o
contrato de plano de saúde, ainda de natureza coletiva, relação de consumo, a exata
exegese da regulação que lhe é conferida deve ser modulada em ponderação com a
destinação do contrato e com as coberturas oferecidas e almejadas pela contratante,
resultando na aferição de que, afigurando-se o procedimento indicado passível de ser
enquadrado nas coberturas contratualmente asseguradas, deve ser privilegiada a
indicação médica em ponderação com as coberturas oferecidas, pois destinadas ao
custeio dos tratamentos alcançados pelos serviços contratados mais adequados e
condizentes com as necessidades terapêuticas da consumidora de acordo com os
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recursos oferecidos pelos protocolos médicos vigentes. 3. A exata dicção da
preceituação contratual que legitima o fornecimento do tratamento resulta em que,
derivando de prescrição médica e não sendo excluída das coberturas oferecidas, a
indicação deve ser privilegiada, não se afigurando conforme o objetivado com a
contratação do plano de saúde nem com a natureza do relacionamento dele derivado
que o fornecimento do produto seja pautado pelo seu custo ou origem por não se
coadunar essa modulação com a regulação conferida pelo legislador aos contratos de
consumo, legitimando que, conformando-se a situação com o convencionado e com o
tratamento que lhe é resguardado, seja assegurado o fomento do tratamento cirúrgico
prescrito, que compreende todos os acessórios necessários à sua consecução,
notadamente quando inerentes e indispensáveis à consumação da intervenção
cirúrgica e aprovados pelo órgão regulador competente (CDC, arts. 47 e 51, IV, § 1º, II).
4. O contrato de adesão não encontra repulsa legal, sendo, ao invés, expressamente
legitimada sua utilização pelo legislador de consumo, que, de forma a resguardar os
direitos dos consumidores aderentes, ressalvara simplesmente que devem ser
redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legítimos de forma a facilitar
sua compreensão, devendo as cláusulas que redundem em limitação de direitos ser
redigidas com destaque de modo a permitir sua imediata e fácil compreensão,
ensejando que, inexistindo disposição específica confeccionada de forma clara e
destacada excluindo o custeio do tratamento prescrito ao consumidor, deve sobejar a
inferência de que está compreendido nas coberturas asseguradas (CDC, art. 54, §§ 3º e
4º). 5. Os honorários advocatícios, de conformidade com os critérios legalmente
estabelecidos, devem ser mensurados em importe apto a compensar os trabalhos
efetivamente executados pelos patronos da parte que se sagrara vencedora, observado
o zelo com que se portaram, o local de execução dos serviços e a natureza e
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importância da causa, não podendo ser desvirtuados da sua destinação teleológica e
serem arbitrados em importe irrisório, sob pena de serem desconsiderados os
parâmetros fixados pelo legislador e sua destinação, amesquinhando-se os trabalhos
desenvolvidos no patrocínio da pretensão (CPC, art. 20, §§ 3º e 4º). 6. A formulação da
pretensão reformatória com lastro nos parâmetros defendidos pela parte recorrente
como apto a aparelhá-la e a legitimar seu acolhimento não importa em procrastinação
do feito, encerrando simples exercício dialético e defesa do direito, cujo
reconhecimento é postulado de conformidade com a apreensão que extraíra da
regulação legal que lhe é dispensada, obstando que o havido seja enquadrado como
fato apto a ensejar a caracterização da litigância de má-fé. 7. Apelação conhecida e
desprovida. Unânime. (TJDF; Rec 2012.01.1.021961-8; Ac. 672.708; Primeira Turma
Cível; Rel. Des. Teófilo Caetano; DJDFTE 03/05/2013; Pág. 72)
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DIREITO DO CONSUMIDOR. CIRURGIA BARIÁTRICA. REDUÇÃO DE ESTÔMAGO.
OBESIDADE MÓRBIDA. PLÁSTICAS REPARADORAS SUBSEQUENTES. PARTE INERENTE
AO TRATAMENTO INTEGRAL DA MOLÉSTIA DO CONSUMIDOR. NEGATIVA DO PLANO
DE SAÚDE AO CUSTEIO. CLÁUSULA CONTRATUAL QUE COLOCA O CONSUMIDOR EM
DESVANTAGEM EXCESSIVA. INVALIDADE.
Art. 84 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer,
o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que
assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
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§ 1° - A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas
optar o autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático
correspondente.
§ 2° - A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (art. 287 do CPC).
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I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou
II - ...
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O fumus boni júris caracteriza-se pela própria requisição do ato
cirúrgico prescrito, efetuada por médicos cadastrados junto à Requerida, que evidencia o caráter
indispensável do procedimento, sua necessidade e urgência para possibilitar a intervenção
cirúrgica corretiva que, mais, destina-se a dar sobrevida digna ao Autor.
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PEDIDOS
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d) com a inversão do ônus da prova, face à hipossuficiência do Autor
frente à Requerida, nos termos do Artigo 6º inciso VIII do CDC,
protesta e requer a produção de provas admissíveis à espécie , em
especial a oitiva do representante legal da requerida e de
testemunhas, bem como perícia, se o caso assim o requerer.
Fulano de Tal
Advogado - OAB(PR) 112233
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