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29/04/2014

Profa. Juliana Fonseca

Por que estudar as propriedades magnéticas dos materiais?

- Uma compreensão do mecanismo que explica o comportamento


magnético permanente de alguns materiais pode nos permitir
alterar e, em alguns casos, moldar as propriedades magnéticas.

Como funciona uma bússola?

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Magnetismo

- capacidade de atração em imãs; ou seja, a capacidade que um


objeto possui de atrair outros objetos.

Imãs naturais - compostos por pedaços de ferro magnético ou


rochas magnéticas como a magnetita (óxido de ferro: Fe3O4).
Imãs artificiais - produzidos por ligas metálicas, como por exemplo,
níquel-cromo.
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Magnetismo
“Fenômeno pelo qual os materiais impõem uma força ou influência
de atração ou de repulsão sobre outros materiais, é conhecido há
milhares de anos”.

Os fenômenos magnéticos foram, talvez, os primeiros a despertar a


curiosidade da humanidade sobre o interior da matéria.

Os mais antigos relatos de


experiências com a chamada "força
misteriosa" da magnetita (Fe3O4), o
ímã natural, são atribuídos aos
gregos e datam de 800 a.C.

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200 d.C - A primeira utilização prática do magnetismo foi a bússola,


inventada pelos chineses, baseando-se na propriedade que uma
agulha magnetizada tende a se orientar na direção do campo
magnético terrestre.

900 d.C - A bússola foi empregada em navegação pelos chineses,


mas só foi utilizada no Ocidente a partir do século XV.

Século XIX - com a descoberta da relação do magnetismo com a


eletricidade, os fenômenos magnéticos ganharam uma dimensão
muito maior através dos trabalhos de Hans Christian Oersted,
André Marie Ampère, Michael Faraday, Joseph Henry, etc.

No final do século XIX - diversos fenômenos já eram


compreendidos e tinham aplicações tecnológicas;
motores e geradores elétricos eram as mais importantes.

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Hoje - Muitos de nossos dispositivos tecnológicos modernos


dependem do magnetismo e de materiais magnéticos;

Esses dispositivos incluem: geradores e transformadores de energia


elétrica, motores elétricos, rádios, televisões, telefones,
computadores e componentes de sistemas de reprodução de som e
vídeo.

gerador
motor

transformador
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rádio

Ferro / alguns aços / mineral magnetita:


são exemplos bem conhecidos de materiais que exibem
propriedades magnéticas.

No entanto → todas as substâncias são influenciadas, em maior ou


menor grau, pela presença de um campo magnético.

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Inseparabilidade dos polos

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Dipolos Magnéticos

As forças magnéticas são geradas pelo


movimento de partículas carregadas
eletricamente;

Essas forças magnéticas são aditivas a


quaisquer forças eletrostáticas que
possam prevalecer.

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Dipolos Magnéticos

Linhas de força imaginárias podem ser traçadas para indicar a


direção da força em posições da vizinhança da fonte do campo.

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 Distribuições do campo magnético,


como indicadas pelas linhas de
força, para uma corrente circular e
também para um imã.

Vídeo: Magnetismo e movimento de


elétrons
http://www.youtube.com/watch?v=ax
ud8v0ThqU

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Os dipolos magnéticos são influenciados por campos magnéticos


de maneira semelhante à forma como os dipolos elétricos são
afetados pelos campos elétricos.
E E
Força
+q
-q +q
Força
-q

No interior de um campo magnético, a força


do próprio campo exerce um torque que
tende a orientar os dipolos em relação ao
campo.

Exemplo: maneira como a agulha de uma


bússola magnética alinha-se com o campo
magnético da Terra.
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Vetores do Campo Magnético


Intensidade do campo magnético, 𝑯
campo magnético aplicado
externamente.

Se o campo magnético for gerado por


meio de uma bobina cilíndrica
(solenoide):
espiras
corrente
𝑁𝐼
𝐻=
𝑙
comprimento

𝑯: Ampère/metro
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Vetores do Campo Magnético

Indução Magnética /
Densidade de Fluxo Magnético, 𝑩

Representa a magnitude do campo interno no


interior de uma substância que está sujeita a um
campo 𝐻.

𝑩 e 𝑯 são vetores do campo: caracterizados


pela magnitude e pela direção no espaço.

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Vetores do Campo Magnético

Indução Magnética /
Densidade de Fluxo Magnético, 𝑩

𝐵 = 𝜇𝐻

𝝁: permeabilidade - propriedade do meio


específico através do qual o campo H passa e
onde B é medido.
(dimensões: Wb/A∙m ou H/m)

A unidade para B é o tesla ou Wb/m2


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Observações:

- No vácuo

𝐵0 = 𝜇0 𝐻

𝜇0 : permeabilidade no vácuo, que é uma constante universal (4𝜋 × 10−7 𝐻/𝑚).


𝐵0 : a densidade do fluxo no vácuo.

Vários parâmetros podem ser empregados para descrever as propriedades


magnéticas dos sólidos. Um deles é a razão entre a permeabilidade de um
material e a permeabilidade no vácuo:

𝜇
𝜇𝑟 =
𝜇0
𝝁𝒓 : permeabilidade relativa, adimensional.
É a medida do grau pelo qual o material pode ser magnetizado, ou da facilidade
pela qual um campo B pode ser induzido na presença de um campo externo H.
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A Magnetização, 𝑴, do sólido é definida por:

𝐵 = 𝜇0 𝐻 + 𝜇0 𝑀

Na presença de um campo H, os momentos magnéticos no interior de


um material tendem a ficar alinhados com o campo e a reforçá-lo em
virtude de seus campos magnéticos.
O termo 𝜇0 𝑀 é uma medida dessa contribuição.

A magnitude de M é proporcional ao campo aplicado da seguinte


maneira:

𝑀 = 𝜒𝑚 𝐻

𝜒𝑚 : suscetibilidade magnética, é um parâmetro adimensional.

𝜒𝑚 = 𝜇𝑟 − 1
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Origens dos Momentos Magnéticos

As propriedades magnéticas macroscópicas dos materiais são


consequências dos momentos magnéticos que estão associados
aos elétrons individuais.
Alguns desses conceitos são relativamente complexos e envolvem
alguns princípios mecânico-quânticos.

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Origens dos Momentos Magnéticos

Cada elétron em um átomo possui momentos magnéticos que se


originam de duas fontes:

1° - seu movimento orbital ao redor


do núcleo.

Sendo uma carga em movimento, um


elétron pode ser considerado um
pequeno circuito circular com
corrente, que gera um campo
magnético muito pequeno e que
apresenta um momento magnético ao
longo do seu eixo de translação.

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2° - Cada elétron também pode ser considerado como se estivesse


girando ao redor de um eixo; o outro momento magnético tem sua
origem nessa rotação do elétron.

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Os momentos magnéticos de spin podem estar apenas em uma


direção “para cima” ou em uma direção antiparalela, “para baixo”.

Dessa forma, cada elétron em um átomo pode ser considerado


como se fosse um pequeno ímã, que possui momentos magnéticos
orbital e de rotação permanentes.
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O momento magnético mais fundamental é o magneton de Bohr,


𝜇𝐵 , que possui magnitude de 9,27 x 10-24 A m2.

Para cada elétron em um átomo, o momento magnético de spin é


de ±𝜇𝐵 (sinal positivo para o spin para cima e negativo para baixo).

Em cada átomo individual, os momentos orbitais de alguns pares


eletrônicos se cancelam mutuamente.

Isso também é válido para os


momentos de spin.

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Observações:

O momento magnético resultante de um átomo é a soma dos


momentos magnéticos de cada um dos seus elétrons constituintes,
incluindo as contribuições orbitais e as de spin, e levando-se em
consideração os cancelamentos de momentos.

Para um átomo com camadas ou subcamadas


eletrônicas completamente preenchidas, quando
todos os elétrons são considerados, existe um
cancelamento total do momento orbital e do
momento spin.

Dessa forma → os materiais compostos por átomos com camadas


eletrônicas totalmente preenchidas não são capazes de ser
permanentemente magnetizados.
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Os tipos de magnetismo incluem:

- o diamagnetismo,
- o paramagnetismo,
- o ferromagnetismo.

Todos os materiais exibem pelo


menos um desses tipos e o
comportamento depende da
resposta do elétron e dos dipolos
magnéticos atômicos à aplicação
de um campo magnético externo.
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Diamagnetismo

BISMUTO COBRE PRATA

- são materiais que, se colocados na


presença de um campo magnético,
têm seus imãs elementares orientados
no sentido contrário ao sentido do
campo magnético aplicado.
CHUMBO

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Diamagnetismo

- forma muito fraca de magnetismo,

- não é permanente,

- persiste apenas enquanto um


campo externo está sendo aplicado.
Bi/supercondutor
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Diamagnetismo
Levitação Magnética

Bi/supercondutor
http://www.youtube.com/watch?v=2zBTws0pJ3o
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Diamagnetismo

Ele é induzido por uma mudança no movimento orbital dos


elétrons, causada pela aplicação de um campo magnético.

A magnitude do momento magnético induzido é extremamente


pequena e ocorre em uma direção oposta à do campo aplicado.

A permeabilidade relativa 𝜇𝑟 é menor que 1 e a suscetibilidade


magnética é negativa → a magnitude do campo B no interior de um
sólido diamagnético é menor que no vácuo.

A suscetibilidade volumétrica 𝝌𝒎 para materiais sólidos


diamagnéticos é da ordem de -10-5.
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Diamagnetismo

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Suscetibilidades magnéticas à temperatura ambiente para


materiais diamagnéticos

Diamagnéticos
Material Suscetibilidade 𝜒𝑚
Cloreto de sódio −1,41 × 10−5
Cobre −0,96 × 10−5
Mercúrio −2,85 × 10−5
Ouro −3,44 × 10−5
Óxido de alumínio −1,81 × 10−5
Prata −2,38 × 10−5
Silício −0,41 × 10−5
Zinco −1,56 × 10−5

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Paramagnetismo

ALUMÍNIO MAGNÉSIO SULFATO DE COBRE


Materiais que possuem elétrons desemparelhados e que, na
presença de um campo magnético, se alinham, fazendo surgir um
ímã que tem a capacidade de provocar um leve aumento na
intensidade do valor do campo magnético em um ponto qualquer.
Esses materiais são fracamente atraídos pelos ímãs.
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Paramagnetismo

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Paramagnetismo
- cada átomo possui um momento de dipolo permanente em
virtude de um cancelamento incompleto dos momentos
magnéticos de spin e/ou orbital do elétron.
- na ausência de um campo magnético externo, as orientações
desses momentos magnéticos atômicos são aleatórias → uma peça
do material não apresenta qualquer magnetização macroscópica
resultante.

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Paramagnetismo

Esses dipolos atômicos estão livres para girar.

Resulta quando eles se alinham de alguma maneira preferencial,


por rotação, com um campo externo

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Como os dipolos se alinham com o campo externo, eles o


aumentam, dando origem a uma permeabilidade relativa 𝜇𝑟 maior
que 1 e a uma suscetibilidade magnética que, apesar de ser
relativamente pequena é positiva.
Suscetibilidades magnéticas à temperatura ambiente para
materiais diamagnéticos
Paramagnéticos
Material Suscetibilidade 𝜒𝑚
Alumínio 2,07 × 10−5
Cloreto de cromo 1,51 × 10−3
Cromo 3,13 × 10−4
Molibidênio 1,19 × 10−4
Sódio 8,48 × 10−6
Sulfato de manganês 3,70 × 10−3
Titânio 1,81 × 10−4
Zircônio 1,09 × 10−4 38

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Dependência de B em relação ao campo externo H para um


material que exibe comportamento diamagnético

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FERRO NÍQUEL COBALTO

- Esses materiais se imantam fortemente se colocados na presença


de um campo magnético.
- A presença de um material ferromagnético altera fortemente o
valor da intensidade do campo magnético.
- São substâncias ferromagnéticas somente: o ferro, o cobalto, o
níquel e as ligas que são formadas por essas substâncias.
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Em um material ferromagnético desmagnetizado, os


domínios apontam para direções aleatórias

Com um ímã, a maioria dos domínios aponta para a mesma direção

Observações:
- Aços
- Aquecimento

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Apresentam um momento magnético permanente na ausência de


um campo externo, e magnetizações muito grandes e
permanentes.

São possíveis suscetibilidades magnéticas tão elevadas quanto 106


para os materiais ferromagnéticos.

Consequentemente, H<<M e, a partir da equação

𝐵 = 𝜇0 𝐻 + 𝜇0 𝑀

Podemos escrever

𝐵 ≅ 𝜇0 𝑀
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Os momentos magnéticos
permanentes nos materiais
ferromagnéticos resultam dos
momentos magnéticos atômicos
devido aos spins dos elétrons que não
são cancelados em consequência da
estrutura eletrônica.

Existe também uma contribuição do


momento magnético orbital, que é
pequena em comparação ao
momento devido ao spin.

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A origem dessas forças de acoplamento não é completamente


compreendida, mas acredita-se que ela surja da estrutura
eletrônica do metal.

Esse alinhamento mútuo de spins existe ao longo de regiões de


volume do cristal relativamente grandes, denominadas domínios.

A máxima magnetização possível, ou magnetização de saturação


𝑀𝑠 , de um material ferromagnético representa a magnetização que
resulta quando todos os dipolos magnéticos em uma peça sólida
estão mutuamente alinhados com o campo externo;

Momentos magnéticos resultantes (em magnetons de Bohr):


Ferro Cobalto Níquel
2,22 2,71 0,6
45

Calcule (a) a magnetização de saturação e (b) a densidade do fluxo


de saturação para o níquel, que possui massa específica de 8,90
g/cm3.

Solução:
(a) a magnetização de saturação é simplesmente o produto do
número de magnetons de Bohr por átomo (0,60), da magnitude do
magneton de Bohr 𝜇𝐵 e do número de átomos N por metro cúbico

𝑀𝑠 = 0,60𝜇𝐵 𝑁
𝜌𝑁𝐴
𝑁=
𝐴𝑁𝑖
(8,90 × 10 )(6,02 × 1023 )
6
𝑁=
58,71
𝑁 = 9,13 × 1028 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠/𝑚3
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Logo,
𝑀𝑠 = 0,60 × 9,27 × 10−24 × 9,13 × 1028

𝐴
𝑀𝑠 = 5,1 × 105
𝑚

(b)

𝐵 = 𝜇0 𝑀𝑠

𝐴
𝐵 = (4𝜋 × 10−7 )(5,1 × 105 𝑚)

𝐵 = 0,64 𝑡𝑒𝑠𝑙𝑎

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O que é
Fenômeno observado em alguns materiais, em que ocorre o
cancelamento total do momento magnético como resultado de um
acoplamento antiparalelo de átomos ou de íons adjacentes.

Exemplos
Óxido de manganês (MnO)
Óxido de cromo (CrO)
antiferromagneto

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Efeito da Temperatura

A interação antiferromagnética se destrói a alta temperatura por


efeito da entropia.

A temperatura acima da qual não se aprecia o antiferromagnetismo


se chama temperatura de Neel.

Acima desta, os compostos são tipicamente paramagnéticos.

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Aplicação - Menor byte magnético já feito (IBM)

20 átomos de ferro formam a menor


unidade de armazenamento magnético já
construída – usando o antiferromagnetismo.

É uma unidade de armazenamento


antiferromagnética, que foi usado agora
pela primeira vez para armazenar dados.

A estrutura usa apenas 12 átomos por bit,


comprimindo um byte inteiro (8 bits) em 96
átomos. Para se ter uma ideia dessas
dimensões, basta ver que um disco rígido
moderno usa de mais de meio bilhão de
átomos por byte.
http://www.italpro.com.br/equipamentosmagneticos/tag/antife
rromagnetismo/(3/4/2012)

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Os dados são gravados e lidos com a ajuda de um microscópio eletrônico.

Os pares de linhas de átomos têm dois estados magnéticos possíveis, representando


os valores 0 e 1 de um bit clássico.

Um pulso elétrico emitido pela ponta do microscópio inverte a configuração


magnética de um estado para o outro, fazendo a gravação.

Os nanomagnetos são estáveis apenas a uma temperatura de -268 °C.

Apesar disso, os pesquisadores esperam que conjuntos de cerca de 200 átomos


sejam estáveis a temperatura ambiente.
51

Diferente do que ocorre no ferromagnetismo, usado nos discos rígidos


convencionais, no material antiferromagnético os spins dos átomos vizinhos são
alinhados em posições opostas, o que torna o material magneticamente neutro
em macroescala.

Isto significa que as linhas de átomos antiferromagnéticas podem ser colocadas


muito mais próximas umas das outras, sem interferir magneticamente entre si.

Ao contrário dos materiais ferromagnéticos, os materiais antiferromagnéticos


são relativamente insensíveis a campos magnéticos, devendo, em princípio,
permitir que as informações sejam guardadas de forma mais densa.
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O que é?
Magnetizações grandes e permanentes encontradas em alguns
materiais cerâmicos.

É resultante de um acoplamento antiparalelo de


spins e de um cancelamento incompleto dos
momentos magnéticos.

Exemplos
Ferritas (óxidos cerâmicos compostos por cátions divalentes e
trivalentes, ex. Fe2+ e Fe3+).
Elas são representadas pela fórmula química MFe2O4
(M: elemento metálico).
Principal ferrita: magnetita (Fe3O4)
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Fórmula real do Fe3O4:


Fe2+O2--(Fe3+)2(O2-)3
os íons Fe existem nos estados de valência +2 e +3 na razão 1:2

Há um momento magnético de spin resultante para cada íon:

Fe2+ - 4 magnetons de Bohr


Fe3+ - 5 magnetons de Bohr

Os íons O2- são magneticamente neutros.

O momento ferrimagnético resultante tem


origem no cancelamento incompleto dos
momentos de spin.
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 Estrutura da Magnetita – Espinélio Invertido

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Há dois tipos de posições que podem ser ocupadas pelos cátions Fe

Para uma delas, NC = 4 (tetraédrica).


Para a outra posição, o NC = 6 (octaédrica).
Íons trivalentes (Fe3+)
Metade dos está localizada em posições octaédricas; a outra
metade encontra-se em posição tetraédrica.
Íons divalentes (Fe2+)
Estão todos localizados nas posições octaédricas.
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O fator crítico é o arranjo dos


momentos de spin dos íons Fe:

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Ferritas cúbicas com outras composições podem ser produzidas


pela adição de íons metálicos que substituem alguns dos íons ferro
na estrutura cristalina.

Momentos magnéticos resultantes para Na fórmula química da ferrita:


6 cátions M2+O2--(Fe3+)2(O2-)3,
Momento magnético de além do íons Fe2+, M2+ pode
Cátion spin resultante (magnetons representar íons divalentes
de Bohr) como Ni2+, Mn2+, Co2+ e Cu2+,
Fe3+ 5 cada qual com um momento
Fe2+ 4 magnético de spin resultante.
Mn2+ 5
Co2+ 3 Exemplos comuns:
Ni2+ 2 - ferrita de níquel (NiFe2O4)
Cu2+ 1 - ferrita de manganês (MnFe2O4)

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Ferritas hexagonais - têm estrutura cristalina semelhante à


estrutura inversa do espinélio, com simetria hexagonal, em vez de
cúbica.

A fórmula química para esses materiais pode ser representada por


AB12O19, na qual A é um metal divalente tal como bário, chumbo
ou estrôncio, e B é um metal trivalente tal como alumínio, gálio,
cromo ou ferro.

Exemplos mais comuns


PbFe12O19 e o BaFe12O19.

Aplicação:
biociência e medicina: uso de partículas magnéticas para induzir a
hipertermia em tecidos biológicos na terapia do câncer.
59

Granadas - têm estrutura cristalina complicada, que pode ser


representada pela fórmula geral M3Fe5O12.

M representa um íon de terra-rara, tal como samário, európio,


gadolínio ou ítrio.

Exemplo:
A granada de ferro e ítrio (Y3Fe5O12), algumas vezes representada
por YIG, é o material mais comum desse tipo.

Granada de alumínio e ítrio, fluoreto de lítio e ítrio e o A granada de ítrio e ferro é muito eficiente como
vanadato de ítrio são usados em lasers infravermelhos 60 da energia sonora.
transmissor e transdutor

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Observações:

As magnetizações de saturação para os materiais ferrimagnéticos


não são tão elevadas quanto para os ferromagnéticos.

Por outro lado, as ferritas, sendo materiais cerâmicos, são bons


isolantes elétricos.

Para algumas aplicações magnéticas, tais como em


transformadores de alta frequência, é mais desejável uma baixa
condutividade elétrica.

61

Comportamentos magnetização-temperatura para Fe e Fe3O4

A magnetização de
Com o aumento da
saturação é máxima a 0 K,
temperatura, a
temperatura na qual as
magnetização de saturação
vibrações térmicas são
diminui gradualmente e
mínimas.
então cai abruptamente
para zero:
Temperatura de Curie, Tc

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 A elevação da temperatura de um sólido resulta em um aumento


da magnitude das vibrações térmicas dos átomos.

 Os momentos magnéticos atômicos são livres para girar; dessa


forma, com o aumento da temperatura, o maior movimento
térmico dos átomos tende a tornar aleatórias as direções de
quaisquer momentos que possam estar alinhados.

 Em Tc, as forças mútuas de acoplamento de spins são


completamente destruídas, tal que em temperaturas acima de Tc
tanto os materiais ferromagnéticos quanto os ferrimagnéticos
são paramagnéticos.

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 A magnitude da temperatura de Curie varia de material para


material:

Ferro - 768 °C
Cobalto - 1120 °C
Níquel - 335 °C
Fe3O4 - 585 °C

 O antiferromagnetismo também é afetado pela temperatura.


Esse comportamento desaparece no que é denominado
temperatura de Néel.
 Em temperaturas acime deste ponto, os materiais
antiferromagnéticos também se tornam paramagnéticos.
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Qualquer material ferromagnético ou


ferrimagnético que esteja em
temperatura abaixo de Tc é composto
por regiões de pequeno volume nas
quais há um alinhamento mútuo de
todos os momentos de dipolo
magnéticos em uma mesma direção.

Tal região é denominada domínio, e


cada um está magnetizado em sua
magnetização de saturação.

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Os domínios adjacentes estão separados por contornos ou paredes


de domínio, através dos quais a direção da magnetização varia
gradualmente.

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Observações:

Normalmente os domínios têm dimensões microscópicas, e para uma


amostra policristalina, cada grão pode consistir em mais que um único
domínio.

Em uma peça de material com dimensões macroscópicas existe um


grande número de domínios e todos podem ter diferentes orientações de
magnetização.

A magnitude do campo M para o sólido como um todo é a soma vetorial


das magnetizações de todos os domínios, em que a contribuição de cada
domínio é ponderada de acordo com sua fração volumétrica.

Para uma amostra não magnetizada, a soma vetorial apropriadamente


ponderada das magnetizações de todos os domínios é igual
67
a zero.

densidade do
fluxo de saturação

A densidade do fluxo B e a
intensidade do campo H não
são proporcionais para os
materiais ferromagnéticos e
ferrimagnéticos.

𝐵 = 𝜇𝐻
permeabilidade inicial
Se inicialmente o material não
estiver magnetizado, então B
varia em função de H.
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inversão da direção do campo

remanência
coercividade
(ou força coercitiva)

remanência negativa coercividade positiva


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Explicação:

A partir da saturação (ponto a), o processo pelo qual a estrutura do


domínio varia é invertido.

Existe uma rotação do único domínio com o campo invertido.

Em seguida, são formados domínios que apresentam momentos


magnéticos alinhados com o novo campo, os quais crescem à custa dos
domínios originais.

Crítico para essa explicação é a resistência ao movimento das paredes de


domínio que ocorre em resposta ao aumento do campo magnético na
direção oposta.

Isso é responsável pela defasagem de B em relação a H, ou a histerese.


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Invertendo a direção do campo H antes da saturação...

O ciclo NP é uma curva de histerese que


corresponde a um campo menor do que
o de saturação.

É possível inverter a direção do campo


em qualquer ponto ao longo da curva e
gerar outros ciclos de histerese.

Para o ciclo LM, o campo H é invertido


até zero.

Um método para desmagnetizar um


material ferromagnético/ferrimagnético
consiste em ciclá-lo repetidamente em
um campo H que muda de direção e
diminui em magnitude.

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Materiais Magneticamente Moles vs Magneticamente Duros

Materiais Magneticamente Moles:


- apresentam baixo Hc;
- têm baixas perdas por histerese;
- alta permeabilidade magnética;
- utilizados em núcleos de motores e
transformadores.

Materiais Magneticamente Duros:


- apresentam elevado Hc;
- difíceis de magnetizar e desmagnetizar;
- utilizados na fabricação de ímãs permanentes.
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Materiais Magneticamente Moles

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Materiais Magneticamente Duros

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Curvas de B em função de H para materiais paramagnéticos,


diamagnéticos e ferromagnéticos/ferrimagnéticos.

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O que é Anisotropia?
- Exibição de diferentes valores de uma propriedade em diferentes
direções cristalográficas.

As curvas de histerese magnética têm diferentes formas, que


dependem de diversos fatores:

(1) Se a amostra for um monocristal ou um policristal;


(2) Se for policristalina, se há qualquer orientação preferencial dos
grãos;
(3) A presença de poros ou de partículas de segunda fase;
(4) Outros fatores, tais como temperatura e, se uma tensão
mecânica estiver aplicada, do estado de tensão.

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Por exemplo: curva de B em função de H para monocristais de


níquel (CFC) e de ferro (CCC), na qual o campo de magnetização é
aplicado nas direções cristalográficas [100], [110] e [111].

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Cobalto (HC) – direções [0001], 1010 e 1120

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Direção de fácil magnetização – direção cristalográfica na qual a


magnetização é mais fácil.

Direção cristalográfica dura – direção para a qual a magnetização


de saturação é a mais difícil.

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Usada no núcleo de transformadores, que requerem o emprego de


materiais magnéticos moles.

Uma liga comumente utilizada para essa aplicação é a liga ferro-


silício (97% Fe – 3% Si).

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Os monocristais dessa liga são magneticamente anisotrópicos, assim


como também o são os monocristais de ferro.
Consequentemente, as perdas de energia em transformadores podem ser
minimizadas se seus núcleos forem fabricados a partir de monocristais,
tal que uma direção do tipo [100] fique orientada paralelamente à
direção do campo magnético aplicado.

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Infelizmente, os monocristais são caros de preparar e, assim, não são


economicamente viáveis.

Uma alternativa melhor, usada comercialmente, consiste em fabricar os


núcleos a partir de lâminas policristalinas anisotrópicas dessa liga.

Uma maneira de desenvolver anisotropia em metais policristalinos é por


meio de deformação plástica, por exemplo laminação.

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Para esse tipo de textura, durante a laminação, para a maioria dos grãos
na chapa, um plano cristalográfico específico (hkl) fica alinhado
paralelamente à superfície da chapa e, além disso, uma direção [uvw]
naquele plano fica paralela à direção da laminação.
Dessa forma, uma textura de laminação é indicada pela combinação
plano-direção, (hkl)[uvw].
Para as ligas CCC, a textura da laminação é (110)[001].

http://www.youtube.com/wa
tch?v=ZqdUb6iphwY

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