A sombra nos assusta, pois revela-nos quem de fato nós somos. Por isso gastamos tanta energia para mantê-la oculta. Nós negamos
esse lado negro com todas as nossas forças, ou então projetamos esse comportamento sobre os outros.
A sombra forma-se de nossas qualidades existentes que gostaríamos de esquecer e que nem gostaríamos de olhar de perto.
Para Jung (2011):
“A sombra constitui um problema de ordem moral que desafia a personalidade do eu como um todo, pois
ninguém é capaz de tomar consciência desta realidade sem dispender energias morais. Mas nesta tomada de
consciência da sombra trata-se de reconhecer os aspectos obscuros da personalidade, tais como existem na
realidade.”
Para aceitar e assimilar a sombra a pessoa precisa ter muita coragem, muita força e muito amor. Amor pelo seu lado negativo.
As pessoas geralmente pensam que a sombra só contém aspectos escuros e negativos da personalidade, contudo é a sombra que
nos dá a dimensão humana, que escancara a realidade, que coloca nossos pés no chão. Mas que também esconde potenciais ocultos,
tesouros inestimáveis que foram desprezados. É um remédio amargo e necessário!
Ela também é a parte não vivida da nossa personalidade, por isso seu dinamismo pode conter tanto o bem como o mal. Essa parte
não vivida é inconsciente a pessoa e por isso inquietante e se manifestam de forma extrema, primitiva e desajeitada. Mas nela, existe o
potencial positivo para novos dons e talentos.
Para Zweig e Abrams (2011):
“A sombra pessoal contém, portanto, todos os tipos de potencialidades não-desenvolvidas e não-expressas. Ela
é aquela parte do inconsciente que complementa o ego e representa as características que a personalidade con-
sciente se recusa a admitir e, portanto, negligencia, esquece e enterra... até redescobri-las em confrontos desa-
gradáveis com os outros.”
A sombra costuma influenciar as relações do indivíduo com pessoas do mesmo sexo. E é comum a sombra aparecer em nossos
sonhos como personagens sombrios do mesmo sexo que o nosso.
Hall e Nordiby (1972):
“Já dissemos que a sombra é responsável pelas relações entre pessoas do mesmo sexo. Estas relações podem
ser amistosas ou hostis, dependendo de vir a sombra a ser aceita pelo ego e incorporada de modo harmonioso
à psique, ou rejeitado pelo ego e banido para o inconsciente. Os homens tendem a projetar os impulsos de sua
sombra rejeitada nos outros homens, de modo que, entre eles, surgem com frequência, sentimentos negati-
vos.”
Portanto, a sombra pode ser revelada por meio da projeção em outra pessoa do mesmo sexo geralmente.
A projeção costuma ser um mecanismo e defesa do ego contra aquilo que pode ser doloroso a ele, mas também tem um lado positi-
vo e construtivo. Mas a projeção é necessária e saudável, pois há conteúdos inconscientes que podem dissociar o ego, e um pouco de pro-
jeção é uma forma de proteção, desde que, ela seja temporária.
Além disso, conhecer esse lado da nossa personalidade implica em responsabilidade. Se existe possibilidade de escolha, a pessoa
deixa de ser apenas manobrada por forças e pode optar, tendo mais liberdade de ação. Outro aspecto importante sobre sombra é de que se
trata de um arquétipo e por essa razão ela aparece como imagem arquetípica nos mitos e nos contos de fadas.
Isso significa que existe uma sombra arquetípica, que é a sombra coletiva – seja de uma família, ou nação – e essa é muito difícil de
ser percebida e assimilada. Podemos apenas olhar para ela com o auxílio da Mitologia e dos Contos de Fadas.
Mesmo sendo um empreendimento que exige coragem, devemos tornar a sombra consciente, negligenciar e recalcar ou identifi-
car-se com ela pode levar a dissociações perigosas. Como ela é próxima do mundo dos instintos é indispensável levá-la continuamente em
consideração.
Finalizando, o conceito da sombra e sua assimilação remetem à flor de lótus que nasce da lama, mas não se contamina, florescendo
linda e bela. Aceitar, compreender e integrar o lado sujo e enlameado da alma humana é fazer o trabalho sujo.
Nossa sociedade nega o mal, nos faz viver de aparências. Mas somente quando decidimos limpar nossa própria fossa é que a alma
pode florescer.
Do esterco pode nascer flores belíssimas, do esterco se faz adubo.
Pоa
A persona é um arquétipo, que possui como função básica a
adaptação do individuo com o mundo externo. É uma função psíquica
que ajuda na adaptação social, nos relacionamentos e nos intercâmbios
entre as pessoas
Seu nome é inspirado pelo termo romano para designar máscara.
A máscara que os atores utilizavam no antigo teatro greco-romano.
Portanto, ela simboliza o rosto que usamos para o encontro com
o mundo que nos cerca.
Jung (2008) define persona como:
“A palavra persona é realmente uma expressão muito
apropriada, porquanto designava originalmente a máscara
usada pelo ator, significando o papel que ia desempenhar.
Como seu nome revela, ela é uma simples máscara da
psique coletiva, máscara que aparenta uma individuali-
dade, procurando convencer aos outros e a si mesma que
é uma individualidade, quando, na realidade, não passa de
um papel, no qual fala a psique coletiva.”
A persona é muito importante e não significa necessariamente falsidade.
Afinal de contas nós não podemos nos comportar no trabalho da
mesma forma que nos comportamos em um barzinho com os amigos.
Se fizéssemos isso, perderíamos nossos empregos.
A persona está a serviço da individuação, pelo lado positivo, pois mostra
nossas aspirações, nosso desejo de reconhecimento e ela pode ser o
caminho para a manifestação do Self.
Essa é construída pela educação; começando na família de origem, na escola, na cultura em que se está inserido, entre outros fatores.
A verdade é que saber usar no momento adequado a persona é educação e auxilia o individuo com uma facha mais polida, pois a
vida exige diversas adaptações. Ela impulsiona a movimentação em direção ao coletivo.
Essa instância psíquica só passa a ser prejudicial quando o ego se identifica apenas com um papel. Se afastando a ponto de se esquec-
er de sua verdadeira essência.
Um exemplo disso é o homem de negócios que leva trabalho para a casa e não dá a devida atenção à família, a ponto de terminar
sendo abandonado por ela.
Sobre outro efeito negativo da persona Jung (2008) diz:
“A persona é um complicado sistema de relação entre a consciência individual e a sociedade; é uma espécie de
máscara destinada, por um lado, a produzir um determinado efeito sobre os outros e por outro lado a ocultar
a verdadeira natureza do indivíduo. Só quem estiver totalmente identificado com a sua persona até o ponto de
não conhecer-se a si mesmo, poderá considerar supérflua essa natureza mais profunda. No entanto, só negará
a necessidade da persona quem desconhecer a verdadeira natureza de seus semelhantes. A sociedade espera e
tem que esperar de todo indivíduo o melhor desempenho possível da tarefa a ele conferida; assim, um sacer-
dote não só deve executar, objetivamente, as funções do seu cargo, como também desempenhá-las, sem vaci-
lar a qualquer hora e em todas as circunstâncias.”
Enquanto arquétipo, a persona está contida no inconsciente coletivo. Portanto, ela possui certa autonomia em relação ao ego,
podendo “engoli-lo”, a ponto de fazer o individuo se comportar de uma forma unilateral em todas as situações externas, o que gera
grandes problemas de adaptação social.
A identificação com a persona, por parte do ego leva a uma perda dela, pois ai se manifesta outro arquétipo, o da sombra, que con-
stela de forma a compensar a atitude unilateral do ego.
Como mediadora entre o ego e o mundo externo a persona forma um par de opostos com a anima (ou animus), que são os mediadores
entre o ego e o mundo interno. A persona se ocupa com a adaptação do individuo ao coletivo, já a anima/animus estão ocupados com a
adaptação àquilo que é pessoal, interior e individual.
Tanto persona, como anima, animus e sombra não são a totalidade psíquica, são complexos dentro da psique total. E como complexos eles
podem nos tomar a qualquer momento. A persona pode diferir em muito da personalidade verdadeira do ego, no entanto, estar consci-
ente de que é apenas um papel que se está desempenhando em prol da adaptação ao coletivo e de que isso não vai interferir na vida
privada, traz benefícios.
Um ego bem estruturado relaciona-se com o mundo exterior através de uma persona flexível; alavancando o desenvolvimento
psicológico e o amadurecimento.
A palavra de ordem, então, para o ego passa a ser flexibilidade. Flexibilidade para colocar a devida máscara no momento certo e
aprender a tirá-la quando devido e relaxar dos papéis sociais.
Quando o ego se compromete excessivamente aos ideais coletivos, a persona passa a mascar a individualidade mais profunda. Nesse
caso a dissolução da identificação com o papel exercido é extremamente necessária para o processo de individuação.
Ao longo da vida muitas personas serão usadas, muitas máscaras serão colocadas. Faz parte do processo de individuação reconhecer
as máscaras que usamos em cada momento, mas também devemos buscar aquilo que há de mais individual em nós, aquilo que ninguém
pode copiar, pois é único e exclusivo.
Ana e An
Os termos anima e animus são amplamente conhecidos por aque-
les que estudam, ou apreciam, a teoria de Carl Jung.
Para entendermos esses termos é importante lembrar que todos
nós carregamos uma quantidade pequena de hormônios do sexo oposto
em nosso organismo.
Consciente disso, Carl Jung teve a percepção de que todos nós
também carregamos em nossa psique nossa contraparte sexual, e nelas
estão encerradas as qualidades inerentes ao sexo oposto, mas que não
são conscientes. Jung percebeu também que conforme os traços
psicológicos de cada indivíduo, as tendências do sexo oposto vão sendo
reprimidos e se acumulando no inconsciente.
Anima e animus foram então definidos para designar essas partes
reprimidas do sexo oposto em nossa psique. Sendo a anima a contrapar-
te feminina da psique do homem e animus a contraparte masculina na
psique da mulher.
Jung (o eu e o inconsciente) diz que a anima, sendo feminina, é a
figura que compensa a consciência masculina. Na mulher, a figura com-
pensadora é de caráter masculino e pode ser designada pelo nome de
animus.
As palavras anima e animus vêm do latim animare, que significa
animar, avivar. Pois tanto a anima quanto o animus se assemelham a
espíritos e alma vivificadores para homens e mulheres.
Entramos em contato com a anima e animus com a projeção
sobre uma pessoa do sexo oposto. São eles os responsáveis pela paixão
súbita e a sensação de destino que isso acarreta. Por essa razão, o ato de se apaixonar é tão vivificante para as pessoas.
A anima está ligada à emotividade e a capacidade para proximidade e receptividade do homem. Já o animus está ligado às con-
vicções, opiniões e princípios da mulher. Ela é responsável pelo Eros e ele pelo Logos.
Anima e animus precisam ser desenvolvidos, pois eles são personificações do inconsciente. E quando afloram à consciência suscitam
no homem e mulher qualidades irritantes e desagradáveis. Não que o inconsciente tenha essas características, mas quando eles começam
a influenciar a consciência se apresentam ainda como uma personalidade parcial e ainda não refinada e primitiva. O animus se apresenta
como um homem inferior e primitivo, e a anima como uma mulher inferior.
Assim como a sombra eles precisam ser compreendidos, reconhecidos e integrados.
No homem a anima suscita caprichos ilógicos e humores intoxicantes. Ele se torna hiper sensível.
O animus negativo na mulher suscita opiniões ilógicas. Ela se torna arrogante e prepotente, mesmo que ela não queira transparecer
isso. Ela fica cheia de opiniões insensatas e obstinadas. Suas opiniões não exprimem o essencial, só conceitos vazios e destituídos de sentido.
É como se estivesse tomada por um juiz arbitrário, e tentar convencê-la de que suas opiniões não possuem fundamento é apenas dar murro
em ponta de faca.
No entanto, esses aspectos psíquicos precisam ser desenvolvidos. Eles precisam se tornar guias interiores para o desenvolvimento
psíquico do ego humano.
Esse outro interior, esse “não eu”, simboliza a nossa alma, aquilo que de mais profundo temos em nós, por isso são tão inspiradores.
Essas imagens internas precisam ser integradas e compreendidas, a fim e que se tornem parceiros invisíveis e apoiadores de nossa jornada
e não tomar a personalidade consciente de forma a afetar a vida e os relacionamentos.
O animus quando se apropria de uma mulher, age como um demônio e a anima ao se apropriar do homem se comporta como uma
bruxa manipuladora, ou como uma sereia sedutora, mas destruidora. O animus destrói os relacionamentos e os valores do Eros. A anima
destrói a auto-estima do homem, sua virilidade, objetividade e poder de decisão. Ele se torna extremamente sensível e perturbado.
Essas más disposições podem levar o homem a vícios, como alcoolismo e drogas, ou a depressão profunda. E em casos mais graves
ao suicídio.
Isso acontece devido à falta de percepção e desvalorização do homem em relação ao feminino, e do desconhecimento da mulher do
seu lado masculino. Atualmente observo também, uma supervalorização do aspecto masculino que leva a mulher a uma identificação igual-
mente perigosa com ele.
súbita e a sensação de destino que isso acarreta. Por essa razão, o ato de se apaixonar é tão vivificante para as pessoas.
A anima está ligada à emotividade e a capacidade para proximidade e receptividade do homem. Já o animus está ligado às con-
vicções, opiniões e princípios da mulher. Ela é responsável pelo Eros e ele pelo Logos.
Anima e animus precisam ser desenvolvidos, pois eles são personificações do inconsciente. E quando afloram à consciência suscitam
no homem e mulher qualidades irritantes e desagradáveis. Não que o inconsciente tenha essas características, mas quando eles começam
a influenciar a consciência se apresentam ainda como uma personalidade parcial e ainda não refinada e primitiva. O animus se apresenta
como um homem inferior e primitivo, e a anima como uma mulher inferior.
Assim como a sombra eles precisam ser compreendidos, reconhecidos e integrados.
No homem a anima suscita caprichos ilógicos e humores intoxicantes. Ele se torna hiper sensível.
O animus negativo na mulher suscita opiniões ilógicas. Ela se torna arrogante e prepotente, mesmo que ela não queira transparecer
isso. Ela fica cheia de opiniões insensatas e obstinadas. Suas opiniões não exprimem o essencial, só conceitos vazios e destituídos de sentido.
É como se estivesse tomada por um juiz arbitrário, e tentar convencê-la de que suas opiniões não possuem fundamento é apenas dar murro
em ponta de faca.
No entanto, esses aspectos psíquicos precisam ser desenvolvidos. Eles precisam se tornar guias interiores para o desenvolvimento
psíquico do ego humano.
Esse outro interior, esse “não eu”, simboliza a nossa alma, aquilo que de mais profundo temos em nós, por isso são tão inspiradores.
Essas imagens internas precisam ser integradas e compreendidas, a fim e que se tornem parceiros invisíveis e apoiadores de nossa jornada
e não tomar a personalidade consciente de forma a afetar a vida e os relacionamentos.
O animus quando se apropria de uma mulher, age como um demônio e a anima ao se apropriar do homem se comporta como uma
bruxa manipuladora, ou como uma sereia sedutora, mas destruidora. O animus destrói os relacionamentos e os valores do Eros. A anima
destrói a auto-estima do homem, sua virilidade, objetividade e poder de decisão. Ele se torna extremamente sensível e perturbado.
Essas más disposições podem levar o homem a vícios, como alcoolismo e drogas, ou a depressão profunda. E em casos mais graves
ao suicídio.
Isso acontece devido à falta de percepção e desvalorização do homem em relação ao feminino, e do desconhecimento da mulher do
seu lado masculino. Atualmente observo também, uma supervalorização do aspecto masculino que leva a mulher a uma identificação igual-
mente perigosa com ele.
Sf
Conforme Carl Jung, o Si-mesmo, ou Self, é uma imagem
arquetípica do potencial mais pleno do homem, ou seja, da totalidade.
Ele ocupa a posição central da psique como um todo e, portanto, do
destino do indivíduo.
É mais abrangente que o ego, que a ele encontra-se subordinado.
O ego, então está para o Self, assim como a parte está para o todo.
É muito difícil definir conceitualmente o Self, mas uma definição
mais aproximada, mesmo que limitada, seria a da “divindade interior“, a
Imago - Dei que cada indivíduo carrega em seu íntimo. Essa imago,
então é capaz de produzir sentimentos maravilhosos de êxtase, mas
também o mais assombroso temor e respeito.
E essa imagem é comumente projetada em divindades externas,
dentro dos sistemas religiosos.
Jung foi intensamente criticado por apresentar esse conceito de
Self. Foi criticado tanto por religiosos como por médicos cientistas. Os
religiosos acusaram-no de tentar deduzir Deus a uma função psicológica,
ao passo que os médicos estudiosos da época o acusaram de tentar sub-
stituir a ciência pela metafísica, o tornando um místico.
Ele, infelizmente, nunca conseguiu fazer seus críticos entenderem
que estava definindo uma realidade psicológica, e não de uma realidade
religiosa, nem material ou metafísica.
O que ocorre é que mesmo que exista ou não um Deus literal, e
mesmo que o indivíduo não acredite em nenhum Deus, o arquétipo do
numinoso é um recurso inato da humanidade, e extremamente
No dicionário crítico junguiano, é dito que Jung enfatizava que o Self deveria ser comparado a um demônio, um poder determinante
sem consciência, onde as decisões éticas são relegadas ao homem, à consciência, e, com relação a intervenções do Self, que podem advir
através de sonhos, por exemplo, Jung advertia que uma pessoa deve, tanto quanto possível, estar cônscia daquilo que ela decide e do que
faz. Depois, se responde positivamente, não está simplesmente submissa ao arquétipo nem obedecendo a seu próprio capricho; ou, se se
desvia, fica consciente de que pode estar destruindo não apenas alguma coisa de sua própria invenção, mas uma oportunidade de valor
indeterminado. O poder de exercer tal discriminação é a função da consciência.
O Self, portanto, é uma realidade psicológica. Cada indivíduo possui uma imagem do divino em seu íntimo, é uma imagem interior
particular, influenciada pela cultura e pelo meio onde vive.
O encontro com essa imagem leva ao processo de individuação, que consiste em desempenhar seu papel único na sociedade.
Mas um dos maiores perigos desse encontro é o da inflação. O ego pode se identificar com a divindade e sucumbir ao complexo de
Deus. Por isso o ego precisa ser o mais flexível possível, para estabelecer fronteiras individuais e conscientes para não sucumbir à força das
imagens arquetípicas e inconscientes.
A interação entre o ego e o Self é um processo incessante, que irá se expressar na individualidade da vida de uma pessoa.
O Self fala conosco por meio dos sonhos, e escutar esses sonhos pode trazer desenvolvimento e amadurecimento à personalidade.
Von Franz (2002) diz:
“Tudo acontece como se o ego não tivesse sido produzido pela natureza para seguir ilimitadamente os seus
próprios impulsos arbitrários, e sim para ajudar a realizar, verdadeiramente, a total idade da psique.”
O Self está ai para nos dizer, que simplesmente não possuímos controle de nada. Ouvir os sonhos é procurar saber o que a totalidade
quer de nós. Não estamos ao nosso próprio serviço, mas temos escolha entre realizar nosso potencial, contribuindo assim para uma socie-
dade mais consciente, ou atrapalhar nosso desenvolvimento e o de outros.
Escrito por: Hellen Reis Mourão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALL, C. S.; NORDBY, VERNON, J - Introdução a Psicologia Analítica, Ed. Cultrix, São Paulo, 1972.
JUNG, C. G. Aion – Estudo sobre o simbolismo do si-mesmo. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
JUNG, C. G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
JUNG, C. G. A Natureza da Psique. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
JUNG, C; VON FRANZ, M. L…(et al.). O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
SILVEIRA, N. Jung: vida e obra – 7- ed.– Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1981.
VON FRANZ, M. L. A sombra e o mal nos contos de fada. 3 ed. Paulus. São Paulo: 2002.
VON FRANZ, M. L; BOA, F. O caminho dos sonhos. São Paulo: Cultrix, 1988.
WEAVER, R. A Velha Sábia – Estudo sobre a imaginação ativa. São Paulo: Paulus, 1996.
ZWEIG, C; ABRAMS, J (orgs.). Ao encontro da sombra: o potencial oculto da natureza humana. São Paulo: Editora Cultrix, 2011.